jornal da cidade, nº13

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r DROGAS Voluntários reforçam time da prevenção PÁGINA 9 r OBRAS Investimento pode chegar a R$ 150 milhões PÁGINA 4 E 5 r CAMINHOS Asfalto chega às rotas de ônibus em áreas irregulares PÁGINA 8 São José resgata força do basquete e é destaque nacional Páginas 6 e 7 Cidade Jornal da MAIO É O MÊS DA VIRADA CULTURAL E DO FESTIVAL DA MANTIQUEIRA. PÁGINA 11 Informativo mensal – maio de 2012 – Ano 2 - Nº 13 – www.sjc.sp.gov.br

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Page 1: Jornal da Cidade, nº13

r DROGAS

Voluntáriosreforçam timeda prevenção PÁGINA 9

r OBRAS

Investimento pode chegar aR$ 150 milhõesPÁGINA 4 E 5

r CAMINHOS

Asfalto chega àsrotas de ônibus emáreas irregularesPÁGINA 8

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E São José resgataforça do basquete eé destaque nacional

Páginas 6 e 7

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MAIO é O MêS DA vIRADA CultuRAl E DO fEStIvAl DA MANtIquEIRA. PÁGINA 11

Informativo mensal – maio de 2012 – Ano 2 - Nº 13 – www.sjc.sp.gov.br

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a cidade é sua

NAyARA é A CAMPEã DO tABuADA vANGuARDA 2012

Tranquila e sem cometer erros, Nayara Bezerra de Souza, aluna da escola municipal Professora Otacília Madureira de Moura, é a campeã do Tabuada Vanguarda

deste ano. A competição de conhecimentos em matemática, organizada pela TV Vanguarda, teve a participação de estudantes de 34 cidades da região.

2 | Jornal da Cidade | maio de 2012

Jornal da Cidade

Informativo mensal da Prefeitura de São José dos Campos | Editado pela Secretaria de Governo | Coordenação editorial e imagens: Departamento de Comunicação Social | Jornalista responsável: Andréa Martins | Editor Executivo: Eustáquio de Freitas Cartas: Rua José de Alencar 123 - Vila Santa Luzia | CEP 12209-530 – São José dos Campos - SP | telefone: 55 (12) 3947-8235 | E-mail: [email protected] | www.sjc.sp.gov.br

152é o número de

vendedores queatuam no Centro

Espaços para todos

Centros de Comércio Popular começam a funcionar e abrem mais espaços para o público

As músicas da banda de Santana e do Clube do Chorinho Pixinguinha embalaram o primeiro sábado de fun-cionamento dos Centros de Comércio Popular construídos pela Prefeitura de São José dos Campos na área central da cidade. As apresentações serviram para chamar a atenção dos consu-midores para o novo formato desses pontos de vendas de miudezas.

São 90 boxes na Rodoviária Velha (Terminal Central) e 42 na Praça João Mendes, conhecida como Praça do Sapo, além de mais quatro em cons-trução em frente à Escola Estadual Olímpio Catão para serem utilizados por vendedores de frutas. Com essas novas áreas, as calçadas anteriormen-te utilizadas pelos ambulantes agora estão liberadas para os pedestres. Em 16 pontos das ruas centrais, ambulan-tes cadastrados podem vender sorve-te, pipoca e churrasquinho, durante o dia e à noite.

A mudança faz parte da Operação Centro Vivo, destinada a promover a

Comente esta notí[email protected]

revitalização da região central como forma de destacar o patrimônio ar-quitetônico, criar novas áreas de uso público e proporcionar alternativas de lazer e de atividades culturais para a população. Os projetos resultam de estudos feitos pelo Instituto de Pes-quisa, Administração e Planejamento (Ipplan).

Os Centros de Comércio Popular foram definidos após diversos encon-tros entre representantes da Secre-taria Especial de Defesa do Cidadão, da Associação de Economia Informal (Adei), além de diversos dos ambu-lantes. Como parte desse entendi-mento, foi elaborado um projeto de lei que regulamenta a atividade des-

ses trabalhadores na região central da cidade e foi intensificada a fisca-lização para evitar o uso inadequado das ruas e calçadas, principalmente pelos ambulantes clandestinos.

A aposentada Ione Gomes Pache-co, 68 anos, mora no Jardim Satélite e foi com a filha Simone conhecer o Centro de Comércio Popular da Praça do Sapo. “Aqui ficou muito melhor, inclusive porque os ambulantes e os clientes ficam protegidos da chuva e do sol forte”, diz dona Ione, certa de que aquela parte da cidade vai me-lhorar muito.

Rosane de Oliveira, 46 anos, tra-balha como ambulante há mais de vinte anos e considera muito boa a instalação do Centro de Compras da Praça do Sapo. Ela está confiante no aumento da frequência de consumi-dores, especialiamente depois que terminar a reforma da praça.

“Está bom demais”, diz Luzia de Fátima Silva, 50 anos, lembrando que antes ela precisava montar e desmon-tar as barracas todos os dias, e agora utiliza um espaço fechado, ao lado da rodoviária velha. “Os negócios estão melhorando a cada dia”, diz ela.

Mudanças no site facilitama navegação

A Prefeitura está incluindo no site oficial do Município uma série de alterações destinadas a promover a inclusão de pesso-as com deficiência e facilitar o acesso delas às informações e serviços oferecidos via internet. O trabalho vem sendo executa-do de forma gradual pela equi-pe de informática e coordena-do pela editoria do portal com apoio da Assessoria de Políticas para Pessoas com Deficiência.

Com os novos recursos será possível, por exemplo, que pes-soas com deficiência motora nas mãos possam navegar no site sem a necessidade de utili-zar o mouse. Deficientes visuais poderão aumentar o tamanho das letras e alterar o contras-te de cor em diversas páginas, além de encontrar os atalhos por meio de ícones em cores que facilitam a acessibilidade.

Na primeira etapa, as adap-tações estão sendo feitas na capa, nas páginas de conteúdo e de serviços mais visitadas e no portal Trabalho Sem Barreiras. Nas próximas semanas, haverá uma página de esclarecimento sobre o que está acessível no site e um formulário para que observações dos usuários.

Com base nessas opiniões, serão introduzidas mudanças no desenho e no aspecto das páginas para valorizar o uso simples e intuitivo, visando fa-cilitar o acesso para o maior nú-mero possível de pessoas. To-das as mudanças são testadas por voluntários que têm defici-ência, antes de serem validadas e confirmadas no site.

www.sjc.sp.gov.bré o site da

Prefeitura de São José

Comércio popular será beneficiado também pela reforma na Praça do Sapo

Page 3: Jornal da Cidade, nº13

a cidade é sua

uRBAM vAlORIzA tRABAlHO DE AGENtES AMBIENtAIS

A Urbam organizou eventos destinados valorizar e reconhecer o trabalho de cerca de 800 agentes ambientais, que atuam na varrição de ruas e praças, coleta, centro de triagem dos materiais recicláveis e no aterro sanitário. As atividades vão até o dia 15 e fazem parte das homenagens relativas ao Dia do Gari, comemorado em 16 de maio.

3 | Jornal da Cidade | maio de 2012

Saúde começa pela bocaAções coordenadas demonstram que cuidar dos dentes também se aprende na escola e é tarefa para mães e filhos começarem bem cedo

Bem antes de surgirem os pri-meiros dentinhos, Lavínia Holanda, de 7 meses, visita o dentista perio-dicamente. Esse acompanhamento começou aos 2 meses de idade no consultório odontológico da UBS do Jardim Santa Inês 2. “Antes de eu ficar grávida, via a minha vizinha levando o bebê dela ao dentista, e achava lindo ver o filho dela segurando a escova de dentes como se fosse um troféu”, diz a mãe, Nadir Rodrigues de Souza.

Antes de os primeiros dentes de Lavínia aparecerem, a dentista da UBS do Jardim Santa Inês, Cristiani Lencioni, orientou a limpeza da boca com gaze para que não houvesse acúmulo de bactérias, que poderiam criar focos de inflamação nas gengivas da menina. Esse procedimento é importante para para o bebê e para a mãe. “A criança precisa dessa intimidade com a higie-ne bucal, e o hábito deve ser criado o quanto antes, para que faça parte da vida delas o mais cedo possível”, diz.

Agora que surgiram os primeiros dentinhos da Lavínia, dona Nadir já sabe como escová-los e utilizar o fio dental. “Eu procuro brincar e distrair a atenção dela, porque ela reclama um pouco; mas eu insisto e sei que é para bem dela”, explica.

“É gratificante ver o empenho dos pais”, comenta a dentista Cristiani. Ela lembra que, em cada visita ao consul-

tório odontológico, as crianças rece-bem aplicação de flúor para prevenção da cárie. Como a maioria entra no pro-grama com 2 ou 3 meses de vida, elas chegam à fase escolar livres de cáries.

Para atender esse público, o con-sultório não tem barulhinho de bro-ca, é todo colorido, tem brinquedos e copos educativos e, no lugar da ca-deira de dentista, tem uma maca pro-porcional ao tamanho das crianças. A ideia é deixá-las à vontade, para que não tenham medo e não sintam a ida ao dentista com uma experiência traumática.

Vanessa Valeriano, mãe de Andressa Gregório dos Santos, de 3 anos, recebeu orientações durante o pré-natal na UBS do Jardim Santa

Inês. Depois, na primeira con-sulta da filha com a dentista, recebeu o diagnóstico de que a menina tinha a língua presa.

Isso fazia com que ela tivesse cólicas, porque engolia muito ar enquanto amamentava. “Graças ao acompa-nhamento, foi operada e o problema resolvido”, diz Cristiani.

Agora, Andressa participa Progra-ma de Atendimento Preventivo em Ambiente Escolar, em que as crianças aprendem como escovar os dentes e manter a boca saudável. Ela estuda na Escola Municipal José Purcini, onde uma avaliação com as crianças de até 5 anos e constatou que 86% delas es-tavam livres de cáries - dos 197 alunos, só 28 tinham dentes cariados.

Atualmente, 110 escolas munici-pais de São José são equipadas com consultórios odontológicos. Ao todo, são 45 unidades de ensino funda-mental e 102 de educação infantil, todas com atividades práticas de pre-venção, orientações e correções da escovação, além da aplicação de flúor e tratamento dentário.

O atendimento odontológico a crianças até 3 anos de idade é parte do Odontobebê, um programa man-tido pela Prefeitura em todas as uni-dades básicas de saúde de São José dos Campos. Ele começou como um projeto-piloto em 1997, em três UBS, onde atuam 32 dentistas, que são preparados para fazer uma aborda-gem sutil, com muita paciência, para convencer as crianças.

“A nossa maior luta é uma gera-ção totalmente livre de cáries, e essa

é uma meta que, embora audaciosa, aos poucos nós estamos atingindo”, comenta a coordenadora do progra-ma. Ela resume o sucesso das ações com números: enquanto o Brasil tem uma média de 46,6% de crianças que chegam aos 5 anos livres de cárie, em São José esse índice é de 52%.

Para alcançar esse objetivo, a edu-cação tem sido de extrema importân-cia. A técnica de saúde bucal Heloísa Gregório, por exemplo, vai às escolas e utiliza cartazes, vídeos e músicas para

ensinar a importância de uma boa hi-giene bucal. “A gente faz de tudo para que as crianças aprendam como se es-tivessem se divertindo”, conta.

Em 1979, as crianças das escolas de São José tinham, em média, oito dentes perdidos ou cariados. Hoje, com o atendimento preventivo, os alunos chegam aos 12 anos com apenas 1,2 dente perdido ou caria-do. As ações beneficiam crianças de 3 a 14 anos em 166 escolas da pú-blicas.

Odontobebê atende em todas as unidades de saúde

Para participar do programa

Odontobebê, os pais devem inscrever

os bebês, de até 36 meses de idade, na

unidade básica de saúde que abrange

o bairro em que a família reside.

Alguns cuidados relacionados à

saúde bucal dos bebês são essenciais:

l Limpar a boca do bebê com gaze

embebida com água filtrada, antes

do aparecimento dos dentes;

l Iniciar a escovação logo que

aparecerem os primeiros dentes;

l Evitar o uso de chupetas e

mamadeiras.

Anote

Escovar é bom porque acaba com a

bactéria, que quer comer os nossos dentes.”

João Pedro de Almeida,

3 anos‘

Nadir aprendeu na uBS a cuidar dos dentinhos de lavíniaComente esta notícia

[email protected]

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nossa cidade

SãO JOSé ClASSIfICA 12 EquIPES NOS JOGOS DA JuvENtuDE

Atletas de 12 equipes e representantes individuais de São José vão participar da final estadual dos 29º Jogos Abertos da Juventude, em Presidente Prudente, de 7 a 16

de junho. A cidade classificou-se em nove modalidades esportivas e as equipes são formadas, em sua maioria, por alunos do Programa Atleta Cidadão.

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nossa cidade

Alunos passampor exames e avaliação de saúdeA saúde de cerca de 6.400 alunos de 45 escolas municipais e de 13 estaduais está sendo avaliada por profissionais de saúde, por meio de exames laboratoriais e consultas pediátricas. A ação é parte do programa Pincel Mágico e abrange os estudantes do primeiro e do segundo ano do ensino fundamental. O trabalho segue até o final do ano com a coleta de amostras de sangue e de fezes, que são enviadas ao Laboratório Central Municipal. O objetivo é identificar sinais, tendências ou doenças instaladas, para prevenir ou minimizar danos à saúde ou ao desenvolvimento dessas criançasalém de triagem visual e auditiva, avaliação nutricional, acompanhamento de carteiras de vacinação e de pressão arterial.

utome nota

Plantio de árvores vai formar paredão verde nas margens da via Dutra A Prefeitura, em parceria com a CCR Nova Dutra, iniciou o plantio de árvores que vão compor o “paredão verde” às margens da Via Dutra. Ao longo dos 23,7 quilômetros de rodovia que cortam o município, serão plantadas 6 mil árvores nativas e paisagísticas. Os locais foram escolhidos de forma a não criar riscos aos motoristas. O “paredão verde” ajudará a amenizar os impactos causados pelo tráfego intenso, melhorar o conforto térmico e visual e a qualidade do ar. O plantio é uma compensação pela retirada de 287 árvores para construção de marginais à Dutra.

Pugilista joseense conquista a forja dos Campeões na categoria de pesos pesadosO atleta Victor Lopes Araújo, 18 anos, é o vencedor do Torneio Forja dos Campeões 2012. O pugilista peso pesado (91 kg) venceu as cinco lutas: uma por pontos, três por nocaute técnico e uma por nocaute clássico. A competição foi disputada por 26 atletas. Victor é uma das promessas do boxe joseense e vem sendo preparado para a equipe principal da cidade. Ele começou treinando no ginásio do Campo dos Alemães e obteve seu primeiro título em competições para adultos. As aulas de iniciação no boxe ocorrem nos ginásios do Campo dos Alemães, Residencial União, Alto da Ponte, Altos de Santana e São Judas Tadeu.

133,5 milhões de reaisEsse é o total investido em 39 obras de interesse da população que foram entregues neste ano ou que estão em construção em todas as regiões da cidade

A Prefeitura de São José dos Cam-pos está tocando atualmente um total de 39 obras públicas. São construções, reformas e ampliações entregues nes-te ano ou que foram iniciadas recen-temente e representam o investimen-to de R$ 133,5 milhões. A elas devem somar-se cerca de 20 outras em pro-cesso de licitação, que serão iniciadas nas próximas semanas – quando isso ocorrer, o volume de investimentos vai superar R$ 150 milhões, sem con-siderar o que está sendo investido no sistema viário.

Em 2011, a Prefeitura já havia entre-gue à população 36 obras, em diversos setores, que exigiram a aplicação de mais de R$ 50 milhões. A maior parte dos investimentos é feita com verbas do orçamento do Município, prove-nientes de impostos e taxas, além de transferências obrigatórias feitas pelo

Comente esta notí[email protected]

Estado e pela União, conforme deter-mina a Constituição Federal.

Algumas das construções em an-damento têm caráter estratégico e servirão para o desenvolvimento de projetos e ações em áreas conside-radas prioritárias. Elas se destinam, por exemplo, a criar na cidade a in-fraestrutura necessária à execução de planos de longo prazo, como o aper-feiçoamento de pessoal e a atração e promoção de eventos e competições de alto nível.

Outra parte das realizações tem ligação direta com o atendimento de parcelas da população que precisam de atenção integral, como é o caso das pessoas com mais de 60 anos e dos jovens, entre 14 e 29 anos. Com-pletam esse cenário diversos trabalhos de reforma, ampliação e construção de equipamentos sociais e esporti-vos em todas as regiões. No centro, a principal intervenção está ligada ao programa de revitalização que amplia as áreas disponíveis para pedestres, como os Centros de Comércio Popu-lar construídos ao lado do terminal ro-doviário e na Praça João Mendes.

Alguns projetos fazem parte de ações que, por sua relevância social, conquistaram reconhecimento em ní-vel nacional, como o atendimento in-tegral ao idoso, que era desenvolvido apenas em uma unidade, no centro da cidade. Agora, está pronta a Casa do Idoso da zona sul, no Bosque dos Eu-caliptos; segue acelerada a construção

AlGuMAS OBRAS CONCluÍDAS EM 2011

u Restauração da Igreja São Benedito u Creche do bairro Santa Inês 3u Galeria de águas pluviais na Vila Rossi u Ampliação da sala ambiental no aterro sanitáriou Pista de skate no Jardim Aquarius u Academias ao ar livre em vários bairrosu PEV – pontos de entrega voluntária resíduos u Novo fórum criminalu Drenagem de córregos e rios

AlGuMAS OBRAS EM ANDAMENtO

u Creche do Jardim Paulistau Centro Comunitário do Alto da Ponte u Reforma e ampliação da Casa do Jovem u Praça João do Pulo, no Satéliteu Reforma da praça de esportes no Nova Detroit u Quadra poliesportiva na Vila Tatetuba u Urbanização de praça no Galo Branco u Quadra poliesportiva do Pararangaba u Centro Poliesportivo da Vila Tesouro u Campo de rugby no Campo dos Alemães

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Centro de Serviços Autônomos é aberto à populaçãoJá está funcionando o Centro de Serviços Autônomos, onde qualquer cidadão pode contratar ou oferecer serviços, com segurança e referências de qualidade. Podem se cadastrar para oferecer serviços as pessoas com mais de 18 anos, inclusive trabalhadores informais, com uma profissão que possa ser desenvolvida por conta própria e sem vínculo empregatício. A solicitação de serviços deve ser feita por telefone. O centro encaminhará três profissionais com o perfil adequado ao trabalho solicitado. O trabalhador terá uma carteira e um código de segurança para ser identificado pelo cliente. O preço e o pagamento são acertados entre as partes. A unidade fica na Rua Major Antonio Domingues 354, e também oferecerá cursos aos trabalhadores.

Futura Arena de Esportes Centro de Formação de Educadores

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SAúDE vACINA CONtRA GRIPE E fAz PREvENçãO DE CâNCER BuCAl

Até 25 de maio, pessoas com mais de 60 anos que participarem da campanha de vacinação contra a gripe (Influenza) passarão também por avaliações para a prevenção e diagnóstico de lesões bucais. O objetivo é diagnosticar precocemente alterações que possam ter relação com câncer bucal, que é o quinto mais comum no país entre homens e o nono entre mulheres.

5 | Jornal da Cidade | maio de 2012

Parque da Cidade empresta bicicletas inclusivas para pessoas com deficiência Pessoas com deficiência têm mais uma possibilidade de lazer e diversão no Parque da Cidade. São as bicicletas inclusivas, que estão disponíveis nos finais de semana (sextas e sábados) para empréstimos e podem ser utilizadas na trilha para pedestres e ciclistas. Monitores da Secretaria de Esportes e Lazer acompanham o serviço e orientam as pessoas interessadas e ajudam em caso de dificuldade. Cada empréstimo dura meia hora e pode ser renovado por igual período. No primeiro dia, as bicicletas inclusivas foram utilizadas por cerca de 200 pessoas.

Distribuição de roupas para famílias carentes continua no fundo SocialCerca de 35 mil peças de roupas arrecadadas pelo Fundo Social Solidariedade na primeira etapa da Campanha do Agasalho estão sendo distribuídas a famílias carentes cadastradas nas entidades sociais. As famílias podem retirar as peças no galpão do Fundo Social, no Parque da Cidade. Em 16 de junho, será realizada a segunda carreata da campanha, que passará por bairros das regiões norte e leste. Além de recolher roupas, calçados e cobertores por meio das carreatas, a campanha recebe doações nos 224 postos fixos, em toda a cidade.

Todas as obras da Prefeitura são

fiscalizadas pela por engenheiros e

arquitetos da Secretaria de Obras.

As maiores têm fiscal residente, que

passa o dia todo no local.

Em 2009, foi criada a Comissão de

Qualidade, que visita os canteiros de

obras para avaliar os trabalhos e dar

transparência às ações.

A comissão tem representantes da

Prefeitura, da Câmara Municipal e

das entidades que representam os

engenheiros, arquitetos e construtores

da cidade e da região.

Anote

133,5 milhões de reais de outra no Vista Verde, na zona leste, e está começando a quarta, na região norte. Nelas, haverá um novo serviço, a hospedagem de idosos carentes du-rante o dia, com atendimento médico, recreativo e alimentação. O investi-mento é de quase R$ 20 milhões.

As Galerias do Empreendedor tam-bém são obras estratégicas. Localizadas em bairros distantes, elas terão pontos de comércio e de serviços – inclusive públicos – e facilitarão a vida das pes-soas, que não precisarão se deslocar até o centro para resolver demandas. Os empreendedores, escolhidos entre os moradores do bairro, serão treina-dos e pagarão valores simbólicos para usar o espaço. Serão cinco Galerias – a do Campo dos Alemães e a do Putim estão em obras, e depois virão as do Mariana 2, Santa Inês 3 e Interlagos. Em cada uma, o investimento será de R$ 1,7 milhão, em média.

Na área de educação, a Prefeitura concluiu agora a escola infantil do Re-sidencial Gazzo (R$ 5 milhões) e iniciou a construção de mais duas escolas de ensino fundamental – no conjunto Frei Galvão e no Jardim República, com ca-pacidade para atender mil alunos em cada uma. E o Centro de Formação Educacional, localizado no Parque da Cidade, também está pronto e começa a receber os móveis. Nessa obra, a Pre-feitura investiu quase R$ 26 milhões.

Estão em andamento a reforma e ampliação da Escola Municipal Geral-do de Almeida (R$ 3 milhões), a cons-trução das escolas infantis do Telespa-rk (R$ 2 milhões) e do Santa Luzia (R$ 5 milhões) e de uma escola estadual na Vila Paiva (R$ 3 milhões), a refor-ma da Escola Estadual Juvenal Macha-do de Araújo, na Vila Tesouro (R$ 1,2 milhão), a reforma da Escola Estadual Márcia Helena Barbosa Lino, no Cam-

po dos Alemães (R$ 1,6 milhão).São estratégicas também as obras

do Centro de Referência da Juventu-de (R$ 14,1 milhões), que concentrará atividades, cursos e eventos para o pú-blico jovem; e da Arena Municipal de Esportes, no Jardim das Indústrias, que terá capacidade para 5 mil pessoas e ajudará a atrair para a cidade eventos de projeção nacional e internacional nas áreas de esportes e lazer. Investi-mento previsto: R$ 33 milhões.

Na área da saúde, destaca-se a am-pliação da UTI do Hospital Municipal (R$ 3 milhões), avança a reforma e am-pliação do Hospital de Clínicas Sul (R$ 2 milhões) e a ampliação do Centro de Controle de Zoonoses (R$ 1,3 mi-lhão). Ainda neste ano, serão iniciadas as obras da UPA do Putim e das UBS do Bosque dos Eucaliptos e do Jardim Paulista.

Mais duas obras de grande porte estão em fase final de concorrência pública. A galeria de águas pluviais do bairro Chácara do Araújo, na região leste, já esteve na programação, mas como não chegaram os recursos pro-metidos pelo governo federal, não foi possível a execução. A Prefeitura in-cluiu a obra no financiamento obtido no Banco Interamericano de Desen-volvimento (BID) e poderá começar os serviços ainda neste semestre.

A outra é a construção de taludes de contenção das margens do Rio Pa-raíba na altura da Vila Cristina, na re-gião norte, onde a correnteza costuma pressionar o barranco e provocar ero-sões. O serviço vai custar mais de R$ 7,2 milhões, e a concorrência pública está na fase final. Os trabalhos, con-tudo, só poderão começar quando o governo federal iniciar o repasse dos recursos acertados com o Ministério das Cidades.

www.sjc.sp.gov.br

veja no site a relaçãodas obras, com valores,

prazos e endereços

Ampliação do Hospital Municipal Centro de Referência da Juventude Escola do Residencial Gazzo

Casa do Idoso da Zona Sul

Page 6: Jornal da Cidade, nº13

matéria de capa

6 | Jornal da Cidade | maio de 2012

AGêNCIAS DE EMPREGO RECEBEM 6 MIl CuRRÍCulOS

A Secretaria de Relações do Trabalho encaminhou para 15 agências de emprego os currículos de 6.388 candidatos que se cadastraram na Expo Trabalho, realizada

no Parque da Cidade. Desse total, 53,19% eram de mulheres e 46,81% homens, sendo a maioria formada por jovens entre 18 e 21 anos.

Sucesso do São José no NBB ajuda a tornar o esporte ainda mais popular e leva à criação de onze núcleos de formação de jogadores de basquete em diversos bairros da cidade

Ainda que não comece os jogos entre os titulares e fique no banco, Luís Guilherme, conhecido como Robinho, não esconde o orgulho de estar hoje na elite do basquete brasileiro. Ele começou nas equipes de base do programa Atleta Cidadão, conquistou seu espaço como ala/armador do São José Basketball, time que é campeão paulista de 2009, líder e dono da melhor campanha na primeira fase, candidato ao título nacional na temporada deste ano do Novo Basquete Brasil (NBB) e com vaga garantida no cam-peonato sul-americano.

Outros colegas de Robinho trilharam caminhos semelhantes. Jimmy Dreher tam-bém veio do Atleta Cidadão, o programa da Prefeitura destinado a estimular a prática de vários esportes e a desenvolver atletas de alto desempenho, e hoje está na equi-pe de Jacareí. Já o pivô Evander Pereira e o armador João Paulo Lustosa, que também cresceram no esporte em São José, passa-ram pelo time principal da cidade e agora resolveram mudar para a equipe de Pinda-monhangaba.

A história se repete nas equipes femi-ninas. A lateral Estela Arantes Gregório e a armadora Carolina Ribeiro, ambas de 18 anos; a pivô Mariana Dias Silva e armadora Jéssica Carla Dias, de 19, também disputa-ram o campeonato brasileiro pelo São José. Todas começaram nas pré-equipes desen-volvidas no Ginásio do Próvisão pelos téc-nicos do Atleta Cidadão, e há cinco anos frequentam todas as listas de convocações

O sucesso no basquete já é uma tradição em

São José dos Campos, que desde a década de

1950 teve equipes que conquistaram títulos e

tiveram fama e projeção nacional e internacional.

São inúmeros os atletas que jogaram aqui e representaram

a cidade em competições de alto nível, chegaram à seleção

brasileira e participaram de pan-americanos, mundiais e

olimpíadas. Nessa lista, estão nomes como Edward Simões,

Pedro Yves, Ubiratan, Zé Geraldo, Nilo, Marcelo Vido, Pipoca,

Gérson e tantos outros. Agora, é vez da geração de Fulvio,

Murilo, Lucas, Vitória, Estela, Carolina, e muitos outros virão.

para as seleções paulista e brasileira em suas categorias.

A história desses atletas está na mente e nos sonhos de muitas meninas e meni-nos, que também gostariam de fazer carrei-ra no basquete, um esporte cada vez mais popular no país e que há muito tempo lota as quadras de São José dos Campos com uma torcida vibrante. O caminho está aber-to para quem quiser aprender as técnicas, praticar e, quem sabe, fazer o sonho virar realidade: em parceria com a Confederação Brasileira de Basquete, a Prefeitura abriu 840 vagas em 11 núcleos de formação de jogadores da modalidade.

As aulas gratuitas são em diversos bair-ros e ocorrem duas vezes por semana em turmas mistas, para garotos e garotas até 16 anos. Os interessados devem procurar um dos núcleos, acompanhados dos pais ou responsáveis e apresentar os documen-tos pessoais para se inscreverem. As aulas são ministradas por professores da Divisão de Atividades Esportivas e Comunitárias da Secretaria de Esportes e Lazer. E os alunos que se destacam têm lugar garantido nas equipes do programa Atleta Cidadão.

quatro núcleos de formação de atletas de basquete come-çaram a funcionar em fevereiro e uma nova etapa do projeto foi lançada em abril, tendo como madrinha a ex-atleta da seleção brasileira e atual diretora de Basquetebol feminino da CBB, Hortência Marcari. Assim, foram abertas mais 400 vagas de iniciação esportiva para alunos entre 8 e 17 anos. A Confederação Brasileira de Basquete vai fornecer o material esportivo e enviar treinadores credenciados para capacitar professores na cidade.

“é uma excelente forma de motivar as crianças”, disse o ex-jogador zé Geraldo, que foi várias vezes campeão na década de 1980 e hoje coordena os Núcleos de Basquete em São José dos Campos. “Com equipes de ponta na cidade, é importante formar novos talentos, para manter o processo de renovação, até porque São José é a única cidade do país com dois times na elite nacional, uma masculina e outra feminina”, ressalta.

Hortência, a rainha do basquete, é madrinha da parceria com a CBB

120é o número de

atletas de basqueteno Atleta Cidadão

840

é o número de vagasoferecidas pelos onzenúcleos de basquete

ESPORtES

Murilo, cestinha do time, inspiração para novos atletas e ídolo de milhares de torcedores no Ginário da Associação Esportiva

Formando campeões

Robinho, do Atleta Cidadão para o São José e a liderança no NBB

Page 7: Jornal da Cidade, nº13

7 | Jornal da Cidade | maio de 2012

JuDOCAS JOSEENSES PARtICIPAM DE EStÁGIO NA EuROPA

As judocas Letícia Ribeiro, Bárbara Faria e Milton Gabriel, integrantes do programa Atleta Cidadão na categoria sub-17, passaram 18 dias em treinamento na Romênia e na Alemanha, onde receberam orientação e dicas de atletas com renome internacional. As vagas foram conquistadas durante seletivas do Pan e do Sul-Americano, no início do ano.

ONzE NúClEOS ONDE vOCê PODEAPRENDER E PRAtICAR BASquEtE

ZONA SULCentro Poliesportivo João do PuloAv. Perseu 180 – Jardim Satélite 3931-6539

Ginásio de Esportes do Campo dos AlemãesRua Alencar dos Santos 430 3966-2656

Praça de Esportes do Parque IndustrialRua Palmares 3931-6534

Centro Comunitário do Jardim MorumbiRua Eliane Barbiere Soares dos Santos 1803931-2566

ZONA LESTECentro Esportivo Pousada do Vale Rua Francisco Maria Júlia

Poliesportivo Jardim Cerejeiras Av. 23 de Dezembro 400 3907-6739

Quadra de Esportes da Vila Tatetuba Praça Papa João Paulo 6º

ZONA SUDESTECentro Esportivo Vila Letônia Rua Roseira 11 3923-8604

Centro Poliesportivo do São Judas TadeuAv. São Jerônimo 706 3944-7392

REGIÃO NORTE Casa do JovemAv. Olivo Gomes 381 – Santana3923-8200

REGIÃO OESTERua dos Amores Perfeitos 63Jardim das Indústrias3931-7863

“O programa Atleta Cidadão tem excelência na formação de atletas há quase 13 anos, e não podemos esquecer que um dos seus principais objetivos é a formação completa do cida-dão”, enfatiza Carlos José lima, técnico da equipe feminina adulta e coordenador das equipes femininas de base. Para ele, a iniciação esportiva tem fundamental importância para a manutenção das equipes que representam a cidade e para o sucesso delas nas competições regionais e nacionais.

O armador fulvio Chiantia, que começou jogando na es-cola, nas aulas de educação física, e hoje é ídolo da equipe principal do São José, considera “ótima a iniciativa de desen-volver a iniciação no esporte nos bairros”. Ele destaca que o basquete hoje é o carro-chefe entre os esportes na cidade e desperta cada vez mais o interesse da meninada. E nós, do time principal, somos o espelho dessa garotada, e isso é mui-to gratificante”, avalia o jogador.

Hortência, a rainha do basquete, é madrinha da parceria com a CBB

OS CONvOCADOS

Do Atleta Cidadão para as seleções

u Em 2011Vitória Marcelino (paulista e brasileira), Estela Arantes e Carolina Ribeiro (brasileira). João Pedro Borrego e Lucas Colimério (brasileira)

u Em 2012Maíra Fernanda e Vitória Maria (paulista) Técnico Elvis Luis Pinto (paulista)

Formando campeões n PENSE NIStO

A força do esporteA prática de esportes tem sido

receitada para curar quase todos os males. Melhora a saúde, eleva a autoestima, ajuda a crescer, tira crianças da rua, afasta o jovem das drogas e mais uma infinidade de indicações. A seu modo, cada uma dessas contribuições é verdadeira, porque a atividade física sempre faz bem ao corpo e à mente.

Uma boa parte desses benefícios pode ser estendida para a coletivi-dade, pois as competições esporti-vas também podem ser fontes de alegria, motivo de confraterniza-ção, expressão do orgulho de uma comunidade. Esses fatores todos são razões suficientes para que to-dos os governos incluam o esporte em suas ações prioritárias.

No caso de São José dos Cam-pos, é mais que isto. O Município adota o esporte como eixo de inte-gração de projetos e programas de governo. Aqui, as políticas públicas de educação, por exemplo, incluem a atenção à saúde e ao desenvol-vimento infantil, a organização de competições e o apoio aos novos atletas visando a formar cidadãos.

Por conta disso, nas escolas municipais as crianças passam por exames e consultas e têm seu de-senvolvimento físico avaliado por profissionais de saúde e de educa-ção física. E sempre há um olheiro empenhado em descobrir talentos, desenvolvê-los e encaminhar às equipes de base do Programa Atle-ta Cidadão – que tem hoje mais de 1.270 atletas em 13 modalidades.

Por conta dessas ações, vem se tornando rotina ver nos jornais e na tevê notícias de joseenses que se destacam nas equipes masculi-nas e femininas e em competições regionais, nacionais e internacio-nais, nos esportes individuais e nos coletivos, inclusive naqueles praticados por idosos e por pesso-as com deficiência.

Os núcleos de formação de jo-gadores de basquete são outro destaque nas políticas públicas voltadas para o esporte em São José. Nada mais natural para uma cidade que sempre se destacounos ciclos mais importantes desse es-porte no país. Não é demais espe-rar, para breve, resultados ainda melhores dessa forma de incenti-var o esporte e enaltecer as con-quistas da nossa cidade.

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nossa cidade

CENtRO COMERCIAl E BAIRROS RECEBERãO lIxEIRAS NOvAS

A Prefeitura vai instalar mais mil lixeiras novas no centro comercial e em diversos bairros. O objetivo é melhoar a limpeza pública e proporcionar bem-estar à população. Outras mil lixeiras, depredadas por vândalos, receberão tampas novas. A cidade tem 6.500 lixeiras em

vias, praças, abrigos de ônibus, parques, vielas, centros comunitários, poliesportivos.

Caminhos novosO asfalto que chega para 14 corredores de ônibus e a diversas ruas em bairros distantes facilita a vida de milhares de pessoas em todas as regiões da cidade

A dona de casa Nair Pereira da Sil-va, 66 anos, mora no Jardim Ebenezer, bairro da zona leste em processo de regularização, e já tinha desistido de reformar a casa. Pensou em se mudar, mas desde março mudou foi de ideia e está escolhendo as cores que vai usar na pintura da fachada e dos muros de sua residência. O que a fez pensar di-ferente foi a chegada do asfalto, que agora cobre as ruas por onde passam os ônibus que atendem o local.

“Antes, nada parava limpo e a casa parecia suja e velha, mas agora, já es-tou feliz, tudo fica mais limpo e dá até para planejar a reforma”, diz ela. É o que pensa também dona Maria Lopes, que mora no Jardim Coqueiros, outro loteamento da zona leste em fase de regularização. “Essa rua parecia um rio quando chovia... E o barro, depois?”, diz ela, lembrando que nos dias de chuva nem conseguia tirar o carro da garagem. Com o asfalto, Maria sente que coisas o bairro vai melhorar e o dia a dia das pessoas ficará mais fácil.

No Jardim Santa Cecília, na zona norte, as obras de drenagem e colo-cação de guias e sarjetas foram con-cluídas e o asfalto começou a chegar. Para alegria de dona Lorivalda Gomes de Araújo Freitas, que sofria toda vez que as crianças tinham problemas respiratórios. Em breve, os pequenos já poderão tomar o ônibus para ir à escola, sem ter que enfrentar a poeira levantada pelos carros. “As obras es-tão no começo, mas a gente já sente a diferença e não vê a hora de ficar tudo pronto”, diz Lorivalda.

As mudanças estão chegando a vá-rios bairros por meio de um programa da Secretaria de Transportes que vai beneficiar, ao todo, 7 mil moradores nas zonas leste, sul e norte da cida-de. Estão sendo investidos mais de R$ 6,8 milhões em obras de drenagem, construção de guias e sarjetas e asfal-tamento de quase 16 quilômetros de ruas e avenidas, que fazem parte de 14 corredores por onde passam 11 linhas de ônibus. Até agora, seis quilômetros de vias já foram asfaltados.

Em outros bairros, diversas ruas es-tão sendo asfaltadas graças a parcerias

entre a população e o poder público: é o Plano Comunitário de Melhorias (PCM), pelo qual a comunidade parti-cipa e cobre parte das despesas. É pre-ciso ter a adesão de pelo menos 60% dos moradores, sendo que a Prefeitura paga 40% do custo da obra. Após a conclusão dos trabalhos, os morado-res começam a pagar as prestações definidas em negociação direta com a empresa executora – os valores pagos são abatidos no IPTU, nos dois anos seguintes.

Na zona leste, 80% dos moradores de uma parte do Nova Detroit ade-riram ao PCM. Foi o caso de Marildo Epifânio Oliveira, 48 anos, que vive ali há 14 anos e está no grupo de 35 famílias beneficiadas. Ele conta que a comunidade está muito animada com as obras, que vão valorizar o bairro e trazer mais qualidade de vida. Serão asfaltadas quatro ruas, que não pude-ram receber a melhoria antes porque faziam parte de uma ocupação irre-gular.

“Todo mundo concordou em pa-gar pelo asfalto”, conta Marildo, que não vê a hora de as máquinas chega-

rem. Ele garante que todos estão animados porque sabem que o bairro vai ficar mais bonito e que as melhorias não vão parar por aí. “Isso é só o começo”, diz ele.

No Jardim Califórnia, o PCM teve adesão de mais de 80%, conta Antônio Ferreira de Jesus, 75 anos. “Nós já sofremos muito aqui, de ter que arregaçar a calça e sair com as crianças no colo para levar para escola em dia de chuva, mas tudo isso é passado, agora o bairro está bonito”, comemora.

Pelo PCM, foram pavimentadas 36 ruas e cinco avenidas em diver-sos bairros. Na zona leste, mais de mil famílias já foram beneficiadas com melhorias em vias do Santa Inês 3, Residencial Dom Bosco e Jardim Califórnia, além do Limoeiro, na região oeste. Em mais duas co-munidades, as obras estão em an-damento: no Jardim Nova Repúbli-ca, na zona sul, e no Nova Michigan, na leste, onde serão pavimentados sete quilômetros de ruas e aveni-das, para melhorar a qualidade de vida de mais de 500 famílias.

BAIRROS EM quE OS CORREDORES DE ÔNIBuS JÁ fORAM ASfAltADOS

u Residencial Frei Galvão, Ebenezer e Cerejeiras (Estrada do Quebra-Eixo), Coqueiros, Santa Cecília, na zona lesteu Estrada do Jaguari (bairro Olaria), na zona norteu Jardim Mesquita,na zona sul

PRÓxIMOS BAIRROS A SEREM AtENDIDOS

u Bairro dos Freitas, Recanto Caeté e Mirante do Buquirinha, na zona norte; u Santa Hermínia, Majestic, Primavera e Castanheira 2 (Chácaras Santa Maria), na região leste.

15.650 metros de corredores de ônibus estão sendo pavimentados

7 mil pessoas de 14 bairros serão beneficiadas com as obras

11 linhas de ônibus terão mais facilidade de acesso aos bairros

PlANO COMuNItÁRIO fACIlItA PARCERIA E vIABIlIzA OBRAS E

ASfAltO NOS BAIRROS

u Para o PCM, é preciso a adesão de pelo menos 60% dos moradores das ruas a serem asfaltadas. O processo pode começar com um abaixo-assinado encaminhado à Secretaria de Transportes.

u Se não for atingido o mínimo de adesões, a comunidade pode se organizar por ruas, o que torna mais fácil alcançar a meta.

u O passo seguinte é formalizar as adesões para que a Secretaria de Transportes inicie os projetos e a concorrência para escolha da empresa responsável.

u A Prefeitura arca com 40% das obras. O valor pago pelos moradores após a conclusão da obra é descontado no IPTU durante dois anos.

No Nova Califórnia, asfalto em parceria com a comunidade

Ana ferreira, do Coqueiro Nair, do Ebenezer Marildo, do Nova Detroit

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Nenhuma ação de prevenção ao

consumo de bebidas alcoólicas e

drogas terá sucesso se não tiver a

participação efetiva da população.

Você também pode ser um agente de

prevenção às drogas e atuar como

voluntário em sua comunidade

para esse fim. O próximo curso de

formação já está marcado.

Será de 21 a 25 de maio, das 18h às

22h, na Escola Municipal Sebastiana

Cobra, no Jardim das Indústrias.

Anote

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nossa cidade

REGIãO lEStE GANHA NOvO CENtRO POlIESPORtIvO

A Prefeitura entregou em abril o novo Centro Poliesportivo João Molina, de Eugênio de Melo. Com 14 mil metros quadrados, a unidade, tem salões de ginástica e convivência, inclusive para a terceira idade, dojô para artes marciais, quadra poliesportiva coberta, quadras para vôlei e futebol de areia, playground e uma academia ao ar livre.

A dona de casa Regina Dias da Silva, de 37 anos, que mora no bair-ro Santo Onofre, na região do Putim, vive preocupada em proporcionar um futuro melhor para a família, mas con-sidera que seus compromissos de vida vão além do ambiente familiar. Ela trabalha como secretária no Conselho Municipal de Turismo, cuida da casa e dos dois casais de filhos adolescentes e encontra tempo para atuar como agente voluntária em ações de pre-venção ao uso de bebidas e drogas.

“Sou uma multiplicadora, e meu papel é divulgar informações e orien-tações sobre os perigos das drogas e como fugir delas”, diz. Sua maior preo-cupação é que adolescentes e crianças estão entrando cada vez mais cedo no mundo das experiências que levfam ao vício, à dependência e à morte. Ela frequentou um curso de uma semana e participou de pelo menos dez pales-tras organizadas pelo Programa Muni-cipal Antidrogas (Promad), da Secreta-ria de Juventude.

Outras 2.500 pessoas foram prepa-radas para atuar como multiplicadoras. São servidores públicos, membros de

190 MIl moradores deSão José são jovens, com idade entre 14 e 29 anos

2.500 pessoas participaram dos cursos ministrados por especialistas do Denarc

130 projetos da Prefeiturae seus parceiros têm ações voltadas para a juventude

12 cursos já foram realizadospara formação de agentes de prevenção às drogas

Gente

Agentes de prevenção, atuam nos bairros para informar e estimular a população a adotar atitudes de prevenção ao consumo de álcool e uso de drogas

organizações sociais e igrejas e, na grande maioria, cidadãos comuns dis-postos a se empenhar na questão. Por meio de uma parceria com o Denarc, o Departamento Estadual de Investiga-ção de Narcóticos, da Polícia Civil de São Paulo, a Prefeitura já promoveu 12 desses cursos.

As aulas são ministradas por espe-cialistas do Denarc, que apresentam as mais recentes pesquisas, discutem a legislação, mostram as drogas mais conhecidas e os males que elas provo-cam, ensinam a reconhecer e abordar dependentes. Os cursos duram uma semana, com quatro horas por dia, e orientam os participantes a adotar e estimular atitudes preventivas.

Quem passa pelo curso pode pedir sua inclusão no cadastro de multipli-cadores e é convidado para as ativida-des públicas do Promad, como treina-

mentos, seminários, palestras e ações específicas. A função dos agentes é difundir conhecimentos e apoiar as fa-mílias, escolas, entidades e organiza-ções sociais no trabalho de prevenção às drogas. A atuação deles começa pelo bairro em que vivem e pelos am-bientes que frequentam.

A Secretaria de Juventude ouviu diversos especialistas e fez vários es-tudos sobre questões ligadas às dro-gas. Um levantamento feito no início de 2011 montrou que 45% dos entre-vistados entre 15 e 17 anos já haviam experimentado bebida alcoólica. Pior: muitos tiveram a primeira experiência aos 12 anos, e 33% ficaram alcooliza-dos ao menos uma vez no último ano.

Os estudos confirmam que a princi-pal porta de entrada para o mundo das drogas é o uso de bebidas alcoólicas. Com base nisto, o Promad definiu es-tratégias e ações para atuar na origem do problema. A agente Regina Dias Silva lembra que, em muitos casos, pequenos descuidos e maus exem-plos dentro de casa podem ser fatais. “Alguns pais ainda acham engraçado exibir o filho pequeno tomando um golinho, mas não imaginam que essa diversão de hoje pode ser o início de um grande problema no futuro”, avisa.

Ela conta que, depois do curso do Promad, passou a ler mais sobre o pro-blema e a oferecer material informati-vo e discutir o assunto com os filhos. Também procurou vizinhos e escolas dos bairros próximos de sua casa para

0800770-0140

é o telefone para saber mais sobre oscursos do Promad

que faz

Regina e a família, unidos na prevenção ao uso de drogas

difundir as informações.

Qualquer cidadão pode seguir o exemplo de Regina e se tornar agente de prevenção às drogas. Basta ter mais de 18 anos de idade, participar de um dos cursos de formação oferecidos pela Prefeitura e depois se inscrever como multiplicador voluntário.

O Promad é desenvolvido desde 2010 e atua com projetos e capaci-tações em três frentes: a juventude, a família e o comércio. São mais de dez projetos pelos quais se procura mobili-zar a juventude para o desenvolvimen-to de atitudes de prevenção do consu-mo de álcool e uso de drogas. Também fez parcerias com os comerciantes para inibir a venda de bebidas alcoólicas para crianças e adolescentes. Cerca de 4.500 pontos comerciais foram visita-dos e receberam placas e adesivos com mensagens de conscientização.

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Número de Efetis: 8

Número de ateliês por escola: de 10

a 15 (com focos de aprendizagem de

acordo com os eixos curriculares).

Projeto-piloto foi criado em 2006,

em parceira com a Fundhas.

Cada Efeti tem 22 professores por

jornada ampliada.

Cada ateliê tem de 20 a 28 alunos.

Anote

nossa cidade

10 | Jornal da Cidade | maio de 2012

Cidadãos em formação

A menina Taila Caroline, hoje com 13 anos, tem uma característica espe-cial que ora merecia elogios, ora cau-sava problemas, principalmente para seus colegas de sala na Escola Muni-cipal Moacyr Benedicto de Souza, no Campo dos Alemães: ela adora falar! Por isto, era advertida algumas vezes, uma vez que em torno dela sempre ha-via agitação, conversas paralelas, falta de concentração durante as aulas.

Algumas vezes considerada como um defeito, a tagarelice de Taila foi trabalhada pelos professores, e foram abertas a ela diversas oportunidades para desenvolver seus talentos. No princípio ela estranhou, reclamou um pouco, mas encarou o desafio e aca-bou mudando completamente seu perfil pessoal e estudantil. O dom natu-ral que ela possui para a comunicação, em vez de ser reprimido, foi orientado de forma que a menina pudesse utili-zá-lo da melhor forma possível e em benefício do desenvolvimento dela.

Foi na própria escola, nos espaços complementares criados pela Educa-

Modelo da escola de tempo integral abre espaço para atividades e práticas que ajudam a formar o cidadão e a desenvolver as habilidades dos alunos

ção de Tempo Integral, que Taila pôde extravasar a vontade de falar e, ao mesmo tempo, acrescentar mais co-nhecimentos por meio das atividades oferecidas pelos professores. Hoje ela se lembra com empolgação dos ateliês que frequentava, como o “Palavraria” e o “Língua linguaruda”, que desenvol-vem o tema “Blá, blá, blá, já sei o que vou falar”.

“Às vezes, os outros alunos ficavam com vergonha de falar, de participar da atividade, que é muito divertida, mas aí eu começava e todo mundo se soltava,

Comente esta notí[email protected]

MORADORES vãO CONtAR A HIStÓRIA DE SANtANA

Moradores mais antigos e pessoas que têm documentos, fotografias e lembranças de Santana vão ajudar a contar a história do bairro e a formar o acervo histórico qno

Espaço Cultural Cine Santana. Interessados em participar devem entrar em contato com a Fundação Cultural Cassiano Ricardo, no Parque da Cidade.

Angélica Aparecida e as filhas taila e Cauânia, na escola de tempo integral

e todos iam aprendendo mais algu-ma coisa”, conta a estudante. “No começo ela reclamou, mas aos pou-cos foi se interessando pelas ativida-des, foi mudando o comportamento e hoje se tornou uma menina mais disciplinada e interessada em todas as aulas”, revela Angélica Aparecida dos Santos, a mãe de Taila Caroline.

Para a orientadora de escola Ma-ria Luiza Degasperi de Sousa, esse tipo de atuação e de orientação per-mitiu reverter uma história: a escola aproveitou o traço marcante da es-tudante para transformá-lo em po-tencial, o que permite desenvolver outras habilidades. “A liderança que Taila sempre demonstrou passou a ser utilizada também para ajudar os colegas dela”, explica.

Nos últimos dois anos, rotinas como essas têm ajudado mais de 3 mil alunos que estudam em escolas municipais que praticam a jornada ampliada. As chamadas Efetis – Esco-las de Formação em Tempo Integral – têm aulas normais num período e na outra parte do dia desenvolvem atividades que visam a formação di-versificada do aluno: vão do currícu-lo básico do ensino fundamental ao estudo e às práticas de diferentes áreas, como Artes; Ciência e Tecno-logia; Movimento, Esportes e Lazer; Empreendedorismo; Sociedade e Meio Ambiente; e Linguagem e Co-municação.

tempo extra exige dedicação e investimentos

Para algumas pessoas, a efetivação de Escolas de Tem-po Integral não tem por ob-jetivo tirar as crianças e ado-lescentes da rua, enquanto os pais ficam livres para trabalhar ou desempenhar outras ativi-dades. Na verdade, esse mo-delo acaba exigindo uma par-ticipação intensa também das famílias, porque o objetivo principal é preparar os alunos para vida em sociedade.

A formação integral inclui a transmissão do conhecimento e os aspectos afetivos e psico-motores. Reúne diferentes sa-beres, que são desenvolvidos em espaços educativos dentro e fora do ambiente escolar. Nesse modelo, cada escola tem de 10 a 15 ateliês, cada um voltado para determinado foco de aprendizagem, con-forme os eixos curriculares. O resultado, em geral, é uma educação de maior qualidade e consistência.

A transformação das esco-las municipais de ensino fun-damental em Efetis – também prevista no Plano Nacional de Educação – vem sendo feita gradativamente em São José. Para que isto ocorresse, foi necessário realizar obras de adaptação e ampliação das unidades existentes – as no-vas já estão sendo projetadas com essas características.

Além disso, escolas de tempo integral precisam de um número maior de educa-dores, pois é preciso desen-volver projetos pedagógicos inovadores, criar e diversificar as atividades oferecidas aos alunos na escola e fora dela. Para isso, é necessário adquirir equipamentos para compor os espaços, preparar e treinar os professores, ter instalações e pessoal para preparar e ser-vir três refeições diárias, entre outras ações.

Atualmente, a rede mu-nicipal tem oito escolas que mantêm turmas que passam cerca de oito horas por dia na escola. Existem outros proje-tos desse tipo em andamento, como o da escola municipal do bairro Frei Galvão, na re-gião leste, que terá capacida-de para mil alunos.

3 MIl

é o total de crianças nas escolas de formação

em tempo integral

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nossa cidade

11 | Jornal da Cidade | maio de 2012

Maio é o mês das letras, livros, músicas, shows, teatro e artes circenses em São José dos Campos. Isso, e muito mais, é o conjunto de atrações de dois grandes eventos deste mês organizados pelo governo estadual, em par-ceria com a Prefeitura. Em ambos, há diversas oportunidades de participação do público em atividades de lazer, cultural e artística.

O primeiro desses eventos será a Virada Cultural Paulista, que começa no sábado, 19 de maio, e só termina na noite de domingo. Serão 24 horas de diversão, com 43 apresentações. Os destaques são a cantora Luiza Possi e o cantor e compositor Dominguinhos, entre outros, como os grupos Móveis Coloniais de Acaju, Paranga, Casuarina e a Banda Sinfônica do Estado de SP.

Os palcos também serão abertos para os ar-tistas locais: dez deles vão se apresentar. Além disso, haverá outras 30 atrações (15 locais), distribuídas no Parque da Cidade, Teatro Mu-nicipal, Cine Santana, Espaço Mário Covas e na Igreja São Benedito.

O outro grande programa do mês é o Fes-tival da Mantiqueira – Diálogos com a Litera-tura, o maior encontro literário do estado de São Paulo, que será realizado entre 25 e 27 de maio, em São Francisco Xavier. Estão progra-mados 18 lançamentos de livros, a participação de 58 escritores, com 90 títulos diferentes, para os mais diversos tipos de público.

Na tenda principal, na Praça Cônego Man-zi, os autores recebem o público para debates temáticos, mediados pelo apresentador da TV

O MAIOR PROJEtO SOCIAl DA CIDADE CHEGA AOS 25 ANOS

vICE-CÔNSul DOS EStADOS uNIDOS BuSCA PARCERIAS

O vice-cônsul dos Estados Unidos no Brasil, Aysa Miller, esteve no Parque Tecnológico e visitou indústrias na cidade. Ele veio buscar informações sobre a região e levantar o potencial das empresas aqui instaladas para futuras parcerias comerciais e industriais com os Estados Unidos nos setores de ciência e tecnologia, aeroespacial e aeronáutica.

Maio é mês de quê?é tempo da virada Cultural Paulista e do festival da Mantiqueira

Dominguinhos, forró no Parque da Cidade

www.fccr.org.br

é o site com todaa programação

cultural da cidade

Cultura Cadão Volpato. O co-mediante Mar-cos Castro se apresentará no Photozo-fia e Zeca Ba-leiro cantará no palco prin-

cipal (dia 25). No domingo (26),

a atriz e escritora Maitê Proença e a jornalista chilena Carola Saavedra falarão numa mesa-redonda sobre a presença das mulheres na literatura.

No Espaço Cassiano Ricardo, montado pela Fundação Cultural, os autores da cidade po-derão divulgar e vender suas obras, conversar com o público e apresentar seus trabalhos. Já a tenda dos estudantes é destinada ao encontro de autores com professores e alunos de esco-las pré-agendadas. As atrações são a ilustra-dora Carla Caruso e o escritor Clóvis Bulcão. A programação tem ainda atividades para as crianças na Biblioteca Solidária e mais shows no palco principal e no Photozofia.

Milhares de crianças e adolescentes carentes já passaram pela Fundação Hélio Augusto de Souza (Fundhas), que completou 25 anos em 28 de abril. Elas frequentam 22 unidades distribuídas por toda a cidade, em horário contrário ao dô ensino regular. Lá, têm aulas de reforço escolar, atividades de educação ambiental, artes plásticas, música, dança e cursos profissionalizantes. Trata-se do maior projeto social da cidade, e seu objetivo é preparar os jovens para o mundo do trabalho, o exercício da cidadania e para a vida.

R$ 60,2MIlHõES

é o orçamanto da Fundhas para o ano de 2012

24 MIl

Crianças e adolescentes carentes foram atendidos pela Fundhas em 25 anos

8 MIljovens são beneficiados

por projetos da Fundhas e ações intersecretarias

804É o número de funcionários

que trabalham em todas as unidades da Fundhas

22É o número de unidades

da Fundhas instaladas em todas as regiões da cidade

18 PRêMIOS

foram ganhos no país e no exterior pelos programas

e projetos da Fundhas

ufique sabendo

Page 12: Jornal da Cidade, nº13

12 | Jornal da Cidade | maio de 2012

“Cada conquista nossa apenas demonstra que podemos fazer muito mais.” Clodoaldo Augusto Gonçalves

Vida nova sobre trêsrodasgente daqui

Passear no litoral tem sido uma chatice para esse joseense de 32 anos. Afinal, praia para os cadeirantes em geral costuma ser lugar de simples contemplação: é olhar o mar, sentir a brisa, ver as crianças se divertindo. Mas em pouco tempo, Clodoaldo Lu-ciano Gonçalves vai realizar um dos seus melhores sonhos: tomar o filho João Pedro pelas mãos, enfrentar as ondas e divertir-se com o garoto o quanto puder.

A vida de Clodoaldo tem sido uma constante descoberta dos próprios limites e de novas possibilidades. Foi assim que se descobriu como atleta de alto rendimento, encontrou o han-dbike e foi correr uma maratona nos Estados Unidos. Depois, aprendeu técnicas de mergulho e ingressou na canoagem, combinação esportiva que o levou a um dia de fortes emoções – e muito cansaço -, passando por rios, tirolesas e corridas em trilhas na mata.

Ele nasceu em Santana, cresceu no Jardim Satélite e passou boa parte da juventude sonhando ser jogador de futebol. “Fui vice-campeão amador pelo Aliança Futebol Clube, da Vila Cândida; joguei no CAJ (Clube Atlé-tico Joseense), disputei o Paulista de Juniores pelo time de Jacareí”, conta o ex-lateral esquerdo. Até os 18 anos, a vida dele era futebol e academia.

Foi trabalhar no comércio – na mes-ma loja do Calçadão onde hoje é ge-rente -, e aí veio o primeiro filho.

Era uma vida normal até aquela noite fatídica de novembro de 2008. Pouco depois de 21h, ele ia de moto à casa da namorada buscar um capa-cete. Fez a primeira perna da curva do S, na chegada de Santana, e nem conseguiu sair da segunda: levou um tiro nas costas, a bala se alojou na coluna, acertou a medula. Ela pensou em assalto, rolou pelo chão e, quan-do parou, não sentia mais as pernas. Até hoje, não sabe quem atirou nem o nome do bombeiro que o socorreu.

Nunca mais Clodoaldo teria domí-nio sobre as pernas. Quando estava no hospital, chegou a pensar em por fim à própria vida, pois não conseguia imaginar-se passando dias e dias na cadeira de rodas. Revoltou-se, queria se jogar no rio, de cima da ponte, mas nem isso podia fazer sozinho; até para morrer precisaria da ajuda de alguém.

Dependia especialmente do pai, o porteiro Clélio, e da mãe, dona Neide, que é dona de casa. Mudou tudo na sua relação com o mundo. “Antes de tudo, eu precisava curar a minha alma e aceitar a minha nova condição, e foi a fé em Deus que me ajudou”, conta. No início, se sentia cansado da fisiote-rapia e duvidava da reabilitação física.

A nova vida começou depois que ele descobriu em São José uma aca-demia com equipamentos adapta-dos para pessoas com deficiência e

O próximo desafio é participar, com mais dois atletas, do campeo-nato mundial, que será disputado em maio, na Itália. Para melhorar sua posição no ranking, gostaria muito de uma handbike um pouco mais leve, como as utilizadas pelos atletas internacionais de ponta. Mas uma máquina profissional, de fibra de carbono e alumínio e pesando nada mais de 11 quilos, custa 6 mil dólares (R$ 11.400). “Com a minha, é como se eu corresse levando um saco de cimento nas costas”, diz Clodoaldo, que está em busca de patrocínio.

Ele considera que a competição mais difícil de que participou foi um desafio de aventuras, disputado em Brotas, no interior do estado. Havia muitas equipes, de quatro compo-nentes cada uma, mas apenas a dele, a “Ratazana”, tinha dois cadeirantes entre os componentes. Foram sete horas de disputas, com trechos de canoagem, tirolesa e handbike em trilhas no meio da mata. “Fizemos todas as provas, fomos até bem clas-sificados e ainda ajudamos muitos atletas que ficaram perdidos no ca-minho”, se vangloria.

De uns tempos para cá, o atle-ta, que sonha participar da seleção brasileira, está empenhado também em apoiar pessoas com deficiência. “Já levei vários cadeirantes para es-portes, como canoagem, basque-te e outros, e, sempre que vejo um igual, converso e tento convencê-lo a procurar uma atividade, um espor-te”, diz Clodoaldo Augusto. Ele está certo de que as pessoas que seguem esse caminho se recuperam mais rá-pido, se integram com mais facilida-de, aliviam suas famílias e se capaci-tam para diversas outras ações.

Nasceu em Santana, em 1979 filho do porteiro Clélio e de dona NeidePai de João Pedro Gerente comercialAtleta de handbikeCampeão paulista, terceirodo paísApaixonado por canoagemSonha chegar à seleção brasileira

uperfil

CLODOALDO AUGUSTO GONÇALVES

Em pouco menos de um ano ele sai da completa inatividade para as competições de paciclismo, mergulho e até a prática de esportes de aventura

instrutores especializados. Começou reaprendendo tarefas corriqueiras, como tirar e vestir a roupa. Passou a explorar mais as habilidades e procu-rou superar os próprios limites. Vol-tou a dirigir automóveis, e hoje recla-ma que não sobra tempo para mais nada: treina de duas a quatro horas por dia, trabalha à tarde, faz acade-mia, assiste palestras, faz canoagem, joga basquete e ainda quer ajudar outros deficientes a se tornarem ati-vos e independentes.

Em janeiro de 2011, foi apresenta-do ao esporte que agora faz parte da sua rotina, o paraciclismo. Um amigo, que todos os dias ele via pedalando nas ruas, apresentou-lhe a handbike, uma espécie de triciclo movido pela força dos braços do esportista. “Eu fiz um test drive, e desde então não pa-rei mais de andar nessa máquina”, diz ele, que há seis meses também pra-tica canoagem na represa do Jaguari e no lago da Univap, e que terminou agora o curso de mergulho numa es-cola especializada de São José.

Clodoaldo treina corridas de han-dbike de segunda a sexta-feira nas ruas do Urbanova. A máquina que utiliza tem sistemas adaptados para cadeirante, mas é quase toda de fer-ro, pesa perto de vinte quilos. Mas foi com ela que disputou a Maratona de Nova York, no início do ano, e termi-nou em 23º lugar geral e o terceiro melhor entre os brasileiros. Aqui, além do campeonato paulista do ano pas-sado, classificou-se em terceiro lugar no nacional.

Clodoaldo em ação, no urbanova