jornal da batalha ediÇÃo abril 2016

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Acidentes aumentam e fazem mais vítimas | DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: [email protected] | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXV nº 309 | Abril de 2016 | PORTE PAGO Publicidade Publicidade W pág. 07 T 244 870 500 R. da Graça - 4-10 - Leiria www.opticacunhafonseca.com W pág. 12 e 13 Batalha W pág. 05 Bombeiros precisam de novos sócios a pagar Burlão engana turistas e outro simula assalto Jardoeira já pode ampliar e receber novas empresas W pág. 16 pág. 8 Quatro gerações de refugiados recebidas em São Mamede

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Page 1: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Acidentes aumentame fazem mais vítimas

| DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: [email protected] | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXV nº 309 | Abril de 2016 |PORTE PAGO

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T 244 870 500R. da Graça - 4-10 - Leiriawww.opticacunhafonseca.com

W pág. 12 e 13

Batalha

Wpág. 05

Bombeiros precisamde novos sócios a pagar

Burlão engana turistase outro simula assalto

Jardoeira já pode ampliare receber novas empresas

Wpág. 16

pág. 8

Quatro gerações de refugiadosrecebidas em São Mamede

Page 2: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Opinião Espaço Público

Propriedade e ediçãoBom Senso - Edições e Aconselhamentosde Mercado, Lda.

DiretorCarlos Ferreira (C.P. 1444)

Redatores e ColaboradoresArmindo Vieira, Carlos Ferreira e João Vilhena; António Caseiro, António Lucas, Célia Ferreira, co-mendador José Batista de Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/Batalha.

Departamento ComercialTeresa Santos (Telef. 918953440)

Redação e ContactosRua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 812440-901 BatalhaTelef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 [email protected]: 502 870 540 Capital Social: 5.000 €

GerênciaTeresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos(detentores de mais de 10% do Capital:Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos)Depósito Legal Nº 37017/90Insc. ERC sob o nº 114680Empresa Jornalística Nº 217601Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 LeiriaTelef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895Impressão: Diário do Minho, Lda.Tiragem 1.000 exemplaresAssinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal;20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.

Estas figuras, esculpi-das em diversos pontos do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, só são enigmáti-cas por desconhecermos o que os seus escultores nos queriam transmitir. Assim, só nos resta investigá-las ou tentar as hipóteses mais credíveis.

O único estudo que co-nheço sobre esta cativante matéria é o do notável his-toriador Professor Saul An-tónio Gomes, publicado no capítulo “Temas Mitoló-gicos Clássicos” das suas “Vésperas Batalhinas – Es-tudos de História e Arte” (Edições Magno – 1997).

A imagem que reproduzo

(fotografia que tirei em Fe-vereiro último) está numa das mísulas do lado norte do pórtico principal do Monu-mento e sobre ela diz o Pro-fessor Saul Gomes: “Alusivo a um outro mito heracliano, será, cremos, a mísula do lado norte do pórtico que apresenta um fortíssimo viajante trazendo, no seu ombro esquerdo, um enfra-quecido atleta. Figuração da lenda de Hércules e de An-teu? Muito provavelmente. Garante a lenda que An-teu era um gigante, filho de Posídon e de Geia… Anteu obrigava todos os viajantes a lutar consigo. Tendo-os vencido e morto, levava os

seus despojos para enfei-tes do templo de Posídon. A sua força temível tornava-o invulnerável enquanto es-tivesse em contacto com a mãe-terra, o solo (…)”.

Ora tendo sido isso desco-berto por Hércules, levan-tou-o do chão e facilmente o venceu.

No lado sul do pórtico, noutras mísulas reproduz-em-se temas muito possi-velmente referentes tam-bém a Hércules (Hércules e o leão de Nemeia e Hércules e o touro do Rei Minos, em Creta). Mas diz o Professor Doutor Saul Gomes que a primeira pode ser alusiva ao atleta dos Jogos Olímpicos

e dos Jogos Píticos, o céle-bre Mílon de Crotona, que é morto por um leão quando tenta abrir uma árvore ao meio, numa demonstração da sua força invulgar mas ficando com as mãos presas no tronco que rasgou.

Como o leitor vê, obser-vado atentamente e não em corrida, como tanta gente faz, o Mosteiro revela coisas surpreendentes e sempre primorosamente talhadas, resplandecentes de beleza e, também, de significado.

José Travaços Santos

Baú da Memória

Figuras enigmáticas do Mosteiro

Estava-se em 1964 quan-do, em Veneza, se consagra-ram os princípios de uma Carta Internacional para a Conservação e Restauro dos Monumentos e Sítios. O documento veio no se-guimento de uma série de tentativas de união das na-ções, depois dos abalos da 2ª Guerra Mundial.

No mesmo a no , a UNESCO apadrinhou a cri-ação do Conselho Interna-cional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS) com vista à defesa do património e à proteção de edifícios his-tóricos.

O organismo, sem fins lucrativos, tem 144 comis-sões internacionais. Portu-gal acolhe uma delas, tra-balhando para a conserva-ção e preservação dos sítios

património cultural. Conta com a colaboração de diver-sos especialistas em áreas como a história, a arquite-tura, a arqueologia, a geo-grafia, o urbanismo, entre outras (mais informações em www.icomos.pt).

Tendo em vista a promo-ção do património portu-guês, classificado ou não pela UNESCO, o ICOMOS celebra um dia dedicado aos monumentos e sítios - o 18 de Abril. ICOMOS e Dir-eção-Geral do Património Cultural desafiam as autar-quias a celebrar a data com a realização de atividades que visem o usufruto do Patri-mónio pela comunidade.

O tema de este ano é o “Património do Desporto” e pretende celebrar o pa-pel da prática desportiva na

melhoria da vida das pes-soas. Paralelamente, va-loriza instalações dedica-das ao desporto (estádios ou piscinas, por exemplo) e sua importância nas comu-nidades.

Na história mais recente da Batalha, o desporto corr-elaciona-se com o encontro

comunitário e associativo. Na primeira metade do sé-culo XX, os trabalhadores das minas de carvão já se re-uniam para fins desportivos, formando uma equipa de fu-tebol que lhes fomentava a socialização e uma evasão à dureza do trabalho.

Hoje, o desporto cada vez

mais parte da vida da co-munidade batalhense, ser-vindo de encontro a várias pessoas que, formal ou in-formalmente, se reúnem em caminhadas, corridas ou o ciclismo. Diversas estrutu-ras desportivas existentes no concelho constituem pa-trimónio coletivo de usu-fruto comunitário servindo a prática física e o lazer, jun-tamente com o associati-vismo.

O Município da Batalha, através do MCCB, come-morou o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios no dia 17 de Abril, com uma atividade que desafiou a comunidade a “mexer-se” pelo Património. Uma ca-minhada pela antiga cerca conventual do Mosteiro. O percurso recorda o antigo

muro e outras estruturas de apoio ao convento (moi-nho, lagar de azeite) e evoca as memórias das atividades de recreio e lazer dos fra-des dominicanos, nomea-damente a caminhada e a pesca. A proposta junta a prática desportiva a uma oportunidade de que mui-tos batalhenses ainda não usufruíram.

O MCCB desafia os lei-tores do Jornal da Batalha a acompanhar as iniciati-vas promovidas, através da página Web do museu em www.museubatalha.com ou directamente, no centro da Vila (Largo Goa, Damão e Diu).

Museu da Comunidade

Concelhia da Batalha

Município da Batalha

Sobre o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

s Espaço do Museu

Jornal da Batalha2 abril 2016

Page 3: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Espaço Público Opinião

Esta terra já não é muito nossa. Chega-se a uma idade em que já não se estuda aqui, já não se traba-lha aqui, já não se passeia por aqui e também já não se sai muito aqui. Os vizinhos não nos reconhecem a cara, o tio afastado mal nos põe os olhos em cima, e os amigos de infância admiram-se porque “es-tamos tão diferentes”. É quase es-tranho pensar que as gerações que nos são anteriores fizeram tudo neste canto: trabalharam, fizeram amizades, apaixonaram-se, cas-aram-se, sem nunca arredar pé.

E no entanto não deixo de sentir uma certa cobiça por essa pacatez sedentária.

Há vezes em que vamos embora, não por não querermos este lugar, mas antes por acharmos que este lugar não nos quer a nós. Parece-nos tudo muito antigo, muito es-morecido e muito desenhado para idades maiores que as nossas. E por isso saímos a achar que a terra que nos deu luz não passa de um berço, incapaz de nos sustentar o peso dos anos. Ainda assim, fica sempre um certo dissabor por nos

terem podado as raízes.Passa-se que muitos, mesmo

que com idades vizinhas da mi-nha, discordarão com o que digo. Sentem-se íntegros aqui, não lhes falta nada, e não precisam de ar-redar pé como os antigos. A esses, invejo-os. É que quando se sai da-qui em busca de algo que nos ca-rece, parte-se na certeza de que para trás fica sempre coisa alguma que posteriormente nos fará falta no outro lugar. Nunca estamos preenchidos. Era bonito que os ares daqui rejuvenescessem, no

entanto se me torcerem o nariz e permanecerem iguais, gosto deste lugarejo na mesma - e quem sabe se o motivo que me leva a gostar tanto dele não é exatamente esta eterna imutabilidade.

Os críticos do sofá

Aquilo que nos é estranho, estranhamos. É natural, é um mecanismo de defesa e de preservação do nosso es-tado das coisas, das nossas rotinas, das nossas ideias; que tendemos a não contra-riar porque isso nos obriga-ria, frequentemente, a enca-rar o (nosso) mundo de uma perspetiva diferente, mais trabalhosa e incerta.

Esta nossa postura, cada vez mais habitual, como re-flexo do mundo inseguro e instável em que vivemos, leva-nos, muitas vezes, a avaliar os outros como se fossem portadores de hábi-tos e ideias insanas – alguns são, como foram portugue-ses ao longo da história e são na atualidade.

Mas, nós, que desde o princípio, de Guimarães até às paragens mais recônditas do planeta, primámos pela tolerância e respeito pelos diferentes povos que en-contrámos, corremos hoje o risco de ir na enxurrada impensada de ataques aos que nos são estranhos.

O concelho da Batalha tem cinco mil emigrantes. Portugal pelo menos cinco milhões, incluindo os des-cendentes serão uns 30 mi-lhões.

Ora, perante esta experi-ência, deve resultar como natural o acolhimento de refugiados (uma família de oito pessoas em São Ma-mede) no nosso concelho; tanto mais que fogem da guerra e da fome, trazendo consigo crianças e idosa, atravessando mares de vi-olência inqualificável à luz da civilização.

É isso, estou certo, que vai acontecer com a gene-ralidade dos batalhenses, alheios aos críticos de sofá e da Internet.

_ Editorial

Carlos FerreiraDiretor

A responsabilidade de ensinar o passado

Uma certa cobiça pela pacatez sedentária

Y cartas

Por Mariana Lopes

s Conversas da Mariana

Estamos em presença de um tema que continua com total atuali-dade, não obstante já se falar muito menos do que há poucos meses atrás. A situação continua gravís-sima, com centenas de milhar, ou até milhões de homens, mulheres e crianças, quase abandonados à sua “sorte”. Como não têm apare-cido corpos de crianças nas praias da Europa do sul, ainda bem, a co-municação social desviou as aten-ções quase exclusivamente para os atentados na europa e agora para os Panamá Papers.

Mas o problema dos refugiados mantém-se e sem solução à vista. E se refrescarmos a memória, tudo terá começado com mais intensi-dade a partir da invasão do Iraque pelas forças aliadas. Cujo sinal de partida foi dado nos Açores, na cé-lebre (por más razões) cimeira das Lajes, pelo ex-presidente Bush, pelo ex-1º ministro da Inglaterra Blair, pelo ex-presidente do governo Es-panhol Aznar e pelo ex-presidente da Comissão Europeia Barroso, que

ditou a invasão do Iraque. Esta intervenção absurda origi-

nou a situação dos refugiados que hoje vivemos e potenciou a espiral de ódio de alguns (muitos??) muçul-manos contra o ocidente, com espe-cial incidência para a Europa. Uma das consequências desta invasão foi a criação do chamado “estado islâ-mico”, uma força militar muito or-ganizada e potencialmente muito perigosa, liderada por antigos gene-rais do regime de Saddam Hussein e pela sua famosa (por más razões), guarda nacional republicana.

A invasão deixou à deriva muitos milhares de militares que se junta-ram, sob um comando profissional , e que desataram a cometer atroci-dades contra o seu próprio povo e contra os que têm uma visão dife-rente, como é o caso da Europa.

Aqui chegados, continuo a pen-sar que o problema dos refugiados só será passível de uma solução aceitável se o trabalho se iniciar na origem, ou seja, nos seus países de naturalidade. A não ser assim, o

problema perdurará e gerará con-flitos de difícil resolução.

Pelos vistos a Europa não pensa assim e tem vindo a atirar com mui-tos milhões de euros para cima do problema, como confirma a recente decisão da devolução de centenas de milhar de refugiados para a Tur-quia, a troco de milhares de mi-lhões de euros.

O concelho da Batalha recebeu esta semana a primeira família de refugiados. Concordo com a adesão do município a este projeto solidá-rio. Concordo que estas pessoas, cujos últimos anos têm sido com-plicadíssimos, fugindo à guerra, à fome e à instabilidade, tenham acesso a condições básicas de vida, como é o caso da habitação, saúde, educação, trabalho, etc. Mas tam-bém acho que os municípios e o país não podem, nem devem, es-quecer os seus cidadãos que ainda não têm as mesmas condições bá-sicas de vida. Todos têm habitação condigna? Todos têm médico de fa-mília? Todos têm emprego?

Quero apenas com isto dizer, e repito que concordo que o país deve ajudar a resolver este grave pro-blema mundial, mas também tem a obrigação e o dever de olhar com toda a frontalidade para os pro-blemas que existem dentro do seu território, tomando medidas ur-gentes para os resolver com maior celeridade.

Para que o problema dos refugi-ados seja minimizado, será sempre imperioso que a sociedade civil se envolva de corpo e alma e isso só acontecerá se forem mais visíveis as medidas e decisões que mais ra-pidamente colmatem as desigual-dades sociais que o país ainda evi-dencia.

s A opinião de António LucasPresidente da Assembleia Municipal da Batalha

A Europa e os refugiados

Está a tornar-se um ‘bico de obra’ a responsabilidade inadiável de ensinarmos, dentro do nosso saber e vivências, aquilo que her-dámos dos sacrifícios dos nos-sos compatriotas, que ao longo de mais de oito séculos fizeram o Portugal de hoje.

Ao lermos sobre os sacrifícios feitos em guerras e guerrilhas or-ganizadas, sabemos que os nossos antepassados nos deixaram um le-

gado que nos honra.Nesta época controlada pelo

avanço inexorável das tecnolo-gias, sobretudo audiovisuais, a intranquilidade está a apoderar-se do nosso dia a dia, retirando-nos os valores nascidos do berço e que fizeram este país fabuloso encostado ao oceano Atlântico e a Espanha.

E para a imortalidade do país dos “Lusíadas” é sempre urgente

arregaçar as mangas para não nos deixarmos invadir por línguas e costumes vindos do estrangeiro, que até nos quer retirar a riqueza da culinária e as tradições que fi-zeem a nossa história e cultura.

Os exemplos positivos têm de ser ensinados e transmitidos aos jovens portugueses em todo o mundo. É, efetivamente, uma grande respon-sabilidade manter a nossa identi-dade, língua, cultura, costumes e

tradições, a história. É uma riqueza que é bom preservar e transmitir aos vindouros e nos cinco conti-nentes onde há emigrantes.

Deve ser assim. Temos a res-ponsabilidade de continuar o país de Luís de Camões, Afonso Hen-riques, Eça de Queirós ou Afonso Lopes Vieira.

Comendador José Batista de Matos

Paris

Jornal da Batalha abril 2016 3

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Opinião Espaço Público

Neste mês de abril, o Nú-cleo de Combatentes da Ba-talha está na “crista da onda” no que se refere ao número de eventos em que está en-volvido: quatro, dos quais um é de âmbito nacional e os outros três de amplitude mais restrita, sendo que, quando este artigo chegar ao conhecimento dos leito-res, três deles já foram con-sumados.

O 1º evento ocorreu no dia 2 e tratou-se da repetição de um passeio que fizemos no dia 12 de março (117 pessoas, dois autocarros), visitando Setúbal, Troia (travessia de ferryboat), Grândola e Al-cácer do Sal. O passeio terá agradado de tal forma que tivemos de o repetir, agora com mais 100 pessoas e de novo dois autocarros.

O 2º evento desenrolou-se no dia 8 e teve para nós um significado especial, pois tratou-se da comemoração do nosso 76º aniversário.

Esta comemoração dividiu-se em duas partes distintas: a primeira ocorreu pelas 14h30,

sob a forma de um colóquio acerca da 1ªGG, conforme vos demos conta nos dois ar-tigos anteriores, e a segunda desenrolou-se no salão de festas dos nossos “Soldados da Paz”, traduzida num jant-ar-convívio, com uma adesão de participantes de tal modo elevada que chegámos a re-cear termos de recusar ins-crições dos mais retardatá-rios, o que, felizmente, não chegou a acontecer.

Mas foi, sem dúvida, o 3º evento o mais marcante e ba-dalado, quer a nível de toda a comunidade batalhense, quer nacional! Estamos a fa-lar do Dia do Combatente e da efeméride da batalha de La Lys, cujas cerimónias alusivas, de âmbito nacional, todos os anos se realizam na nossa Vila.

Só que este ano estas ce-rimónias tiveram um brilho especial, pois foram presi-didas pelo nosso novel Pre-sidente da República, Prof. Dr. Marcelo Duarte Nuno Rebelo de Sousa que, mesmo ainda há tão pouco tempo

na presidência, devido à sua forma de ser e de estar, já se transformou num fenómeno de popularidade, de tal rele-vância, que arrasta atrás de si multidões cada vez maiores, como se voltou a confirmar no dia 9 de abril, aqui, na Vila de Stª Maria da Vitória!

Nem a chuva desmotivou a multidão, ainda que nos tenha feito temer efeitos ne-fastos nos velhos, mas sem-pre garbosos combatentes que, vindos de quase todo o país, a aguentaram estoi-camente, empunhando as muitas dezenas de guiões dos seus núcleos, primeiro formados na retaguarda das tropas em parada e depois marchando orgulhosamente em continência ao Sr. Presi-dente da República.

E se, por algum momento, qualquer destes Combaten-tes das savanas e tenebrosas florestas africanas, chegou a interrogar-se porquê S. Pe-dro decidira abrir as tornei-ras, precisamente naquela altura, por certo que não tar-dou a esquecer a contrari-

edade quando, de novo, to-dos formados no interior do Mosteiro, Sua Excelência o Sr. Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, quebrou mais uma vez o protocolo, para os ir cumprimentar pessoalmente, um a um!

Foi, temos a certeza, um dos momentos mais mar-cantes na vida destes bra-vos que, há mais de 40 anos, partiram em defesa da Pá-tria, a enfrentar um inimigo desconhecido, quase sem-pre emboscado e invisível.

E ainda com a agravante de, ao regressarem - os que ti-veram essa sorte - em vez de receberem algum reconhe-cimento, terem sido recebi-dos com indiferença, para não dizermos ostracizados, quase como se fossem cri-minosos de guerra!

Foi preciso passarem dé-cadas para, ainda que lenta-mente, começarem a sentir que lhes ia sendo retirado aquele estigma e agora, neste 9 de abril de 2016, no seu dia – O Dia do Combatente! – Cre-mos que todos se voltaram a

sentir cidadãos de pleno di-reito, graças à prestigiante deferência que o mais alto magistrado da Nação teve para com eles.

Bem haja, Sr. Presidente! Vivam os Combatentes!

… E já não vamos porme-norizar o 4º evento de abril (dia 29), porque muito pouco representa, perante os mo-mentos extraordinários que os combatentes viveram na Batalha, como acima rela-tamos.

NC-LC

Mês de abril especial

s Noticias dos combatentes

Foi publicado no Diário da Republica, 1. ª série, n.º 62 – 1.º suplemento, de 30/03/2016, a Lei n.º 7-A/2016, que apro-vou o Orçamento do Estado para 2016, tendo introduzido alterações a diversos Códi-gos Fiscais, assim como, a outra legislação complemen-tar. Em termos de IVA, pas-sam a beneficiar da taxa re-duzida de IVA, 6%, as bebi-das vegetais de arroz, aveia e amêndoa sem teor alcoó-lico, usadas como alternativa ao leite e ainda, as algas vi-vas, frescas ou secas, sumos e néctares de frutas e de al-gas ou de produtos hortíco-las, assim como, prestações de serviços que contribuem para a produção aquícola, entre outros.

A partir de 1 de julho de 2016, passam a estar abrangi-das pela taxa intermédia de IVA, 13%, as refeições pron-tas a consumir, nos regimes de pronto a comer e levar ou com entrega ao domici-lio, assim como, prestações

de serviços de alimentação e bebidas, com exclusão das bebidas alcoólicas, refrige-rantes, sumos, néctares e águas gaseificadas ou adi-cionadas de gás carbónico ou outras substâncias. A en-trega de refeições prepara-das, com ou sem um serviço de transporte associado, é considerada, para efeitos de IVA, uma transmissão de bens. Passa, assim, a ser tri-butada à taxa intermédia do imposto, por exemplo, a en-trega de refeições prepara-das em regime de take away. Não estão abrangidos a en-trega de quaisquer outros produtos alimentares que não consistam em refeições preparadas, pelo que os mes-mos devem ser tributados à taxa de imposto que lhes cor-responda individualmente.

Quando o serviço inclua elementos sujeitos a taxas distintas para o qual é fixado um preço único, o valor tri-butável deve ser repartido pelas várias taxas, tendo por

base a relação proporcional entre o preço de cada ele-mento da operação e o preço total que seria aplicado de acordo com a tabela de pre-ços ou proporcionalmente ao valor normal dos serviços que compõem a operação. Não sendo efetuada aquela repartição, é aplicável a taxa mais elevada à totalidade do serviço.

Em termos de Imposto Sobre o Património (IMI), define o conceito de prédio rústico para os terrenos si-tuados fora de um aglome-rado urbano, exceto os que sejam de classificar como terrenos para construção e os que tenham por destino normal uma utilização ge-radora de rendimentos co-merciais e industriais, desde que estejam afetos a ativida-des agrícolas ou silvícolas e ainda o conceito de prédios rústicos para os terrenos si-tuados dentro de um aglo-merado urbano, desde que, por força de disposição le-

galmente aprovada, não pos-sam ter utilização geradora de quaisquer rendimentos ou só possam ter utiliza-ção geradora de rendimen-tos agrícolas ou silvícolas e estejam a ter, de facto, esta afetação.

A atualização do Valor Pa-trimonial Tributário (VPT), dos prédios urbanos afetos a uma atividade comercial, in-dustrial ou de serviços deixa de ser anual, passando a ser trienal.

Aquela atualização é defi-nida pela aplicação do coefi-ciente de desvalorização da moeda, fixado anualmente por Portaria do Governo, para efeitos do Imposto So-bre o rendimento (IRS) e do Imposto sobre Rendimento Pessoas Coletivas (IRC), cor-respondente ao ano da úl-tima avaliação ou atualiza-ção.

Em 2016, o VPT dos pré-dios urbanos afetos a uma atividade comercial, indus-trial ou de serviços será ob-

jeto de uma atualização ex-traordinária de 2,25%. Esta atualização é apenas aplicá-vel aos prédios cujo VPT foi atualizado entre 2012 e 2015.

No que concerne a altera-ções à Legislação Comple-mentar, saliento, a gratuiti-dade dos manuais escolares e recursos didáticos no 1.º ano do 1.º ciclo do ensino bá-sico. No início do ano letivo de 2016/2017 são distribuídos gratuitamente os manuais escolares a todos os estudan-tes do 1.º ano do 1.º ciclo do ensino básico. A distribuição dos manuais escolares é feita pelas escolas aos encarrega-dos de educação, mediante documento comprovativo. Cada aluno tem direito a um único exemplar dos manu-ais adotados, por disciplina e por ano letivo.

É criado um grupo de tra-balho, por despacho do mem-bro do Governo responsável pela área da educação, tendo como missão a definição de um programa de aquisição

e reutilização de manuais escolares e recursos didáti-cos com vista a implemen-tar progressivamente, no prazo da atual legislatura, a sua gratuitidade em toda a escolaridade obrigatória e o Governo define os procedi-mentos e condições de dis-tribuição e recolha dos ma-nuais escolares, bem como o alargamento progressivo aos restantes anos e ciclos de ensino da escolaridade obrigatória.

Orçamento do Estado para 2016s Fiscalidade

António CaseiroMestre em Fiscalidade

Pós-graduação em Contabilidade

Avançada e Fiscalidade

Licenciatura em Contabilidade

e Administração

Pres

idên

cia

da R

epúb

lica

Jornal da Batalha4 abril 2016

Page 5: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Atualidade

O presidente da Associa-ção Humanitária dos Bom-beiros Voluntários da Ba-talha (AHBVB), Francisco Freitas, lamentou o atraso no pagamento das quotas e incentivou os batalhenses a

fazerem-se sócios da insti-tuição, que vive com “as fi-nanças apertadas”, durante a cerimónia comemorativa do 38º aniversário, que de-correu na Batalha no dia 17 deste mês.

“Quem é sócio, por favor não deixe de pagar a quota, não espere que alguém lhe bata à porta, até porque é muito difícil arranjar vo-luntários para esta tarefa”, apelou Francisco Freitas, adiantando que “o contri-buto é bastante importante” e “todo o cêntimo que entre é bem-vindo e bem apro-veitado”.

“Quem não é, por favor faça-se sócio. Além de con-tribuir para uma associação que está disponível 24 horas para ajudar” a população, “oferece vantagens aos as-sociados” e “um euro por mês não é muito”, embora para a AHBVB “seja um grande auxilio”, explicou.

O presidente da AHBVB constatou que “as associa-ções de bombeiros volun-tários vivem sempre com as finanças apertadas”, num “esforço grande para não faltarem aos compromis-sos”, obtendo receitas dos subsídios de entidades ofi-

ciais, como a câmara da Ba-talha, dos serviços que efe-tuam e das quotas.

“É precisamente na co-brança das quotas que es-tamos a sentir maiores di-ficuldades. Há poucos anos havia pessoas que genero-samente se ofereciam para fazer esse serviço, agora não. É um trabalho árduo e nada fácil. O pior é que se tornou um hábito, se não forem a casa cobrar já não pagam. São poucos aque-les que se dirigem à asso-ciação para o fazer ou que

o fazem por transferência bancária”, lamentou Fran-cisco Freitas.

Sobre a cerimónia, con-siderou que “estão de pa-rabéns” os bombeiros, que com “o seu sacrifício, de-dicação e saber, fazem que a associação cumpra a sua nobre missão de socorrer quem precisa sem olhar a quem”, sendo de “inteira justiça homenagear quem tanto dá e tão pouco re-cebe”.

“Hoje, ser bombeiro não é fácil. Desengane-se

aquele que pensa que é só para os que não sabem fa-zer mais nada. É uma ati-vidade que nos desafia di-ariamente sobre as nossas capacidades, físicas ou in-telectuais. A formação nos mais diversos setores e atu-alização de conhecimentos são constantes. A evolução dos tempos obriga-nos a ser cada vez mais exigentes na-quilo que fazemos e não se compadece com a ineficá-cia nem com a incompetên-cia”, concluiu o presidente da AHBVB.

Bombeiros precisam de quotas pagas e de novos associadosm A quota, de apenas um euro por mês, é muito importante para a associação, como disse o presidente da AHBVB na cerimónia comemorativa do 38º aniversário

Atividade e contas dos Soldados da Paz2014 2015 Total

Incêndios 42 56 +14

Urbanos/industriais/transporte 18 32 +14

Rurais/florestais 24 24 =

Serviços de saúde 3.719 3.109 -610

Doentes transportados 7.838 7.699 -139

Serviços de urgência/emergência 1.592 1.372 -220

Doentes assistidos 1.590 1.396 -194

Acidentes rodoviários 61 96 +35

Doentes socorridos 77 123 +46

Outras ocorrências 283 299 +16

Km percorridos 309.409 310.025 +616

Pessoas transportadas 9.419 9.214 -205

Total de serviços 5.697 4.986 -711

Média mensal de serviços 475 416 -59

Orçamento (principais valores)

Total de despesas 637.303 608.342 -28.961

Custos com pessoal 325.000 360.000 +35.000

Fornecimentos e serviços de terceiros 143.100 148.200 +5.100

Prestação de serviços 203.000 220.000 +17.000

Despesas correntes 468.100 508.200 +40.100

Receitas correntes 467.250 541.600 +74.350

Total de proveitos + Reserva financeira (255 mil €) 758.250 820.600 +62.350

Corpo ativo (incluindo assalariados) - 108 108

Bombeiros assalariados 22 17 -5

Equipa de intervenção permanente 5 5 =

p Francisco Freitas elogiou a dedicação dos bombeiros ao bem públicoA

rqui

vo/J

B

s registo

Principais dificuldades

* Angariação de novos elementos para o corpo bombeiros. Importante a criação de incentivos locais para motivar os jovens

Melhorias

* Melhor gestão dos recursos materiais e humanos do corpo ativo, no sentido de ga-rantir a presença permanente de bombei-ros na Batalha, mas principalmente em São Mamede, para uma primeira intervenção mais rápida, eficaz e musculada, em situa-ções de emergência médica

* Aposta na formação contínua dos bom-beiros

* A tomada de posse de um novo comando trouxe um novo paradigma de operaciona-lidade, de organização e gestão do Corpo de Bombeiros

Necessidades

* A viatura do INEM veio usada para a Bata-lha há 12 anos. Como tem muito uso, está com muita frequência na oficina (em 2015 foi 11 vezes). Substituição pedida ao INEM desde 2015.

* O veículo do comando é antigo e não ofe-rece segurança a quem o utiliza e muito me-nos quando está no teatro das operações. A AHBVB está a reunir esforços para adquirir um que satisfaça as condições exigidas

Aquisições e obras em 2015

* Viatura de transporte de doentes* Sete equipamentos de proteção Individual

para combate a fogos urbanos* Computador para a central de São Ma-

mede* Computador portátil para serviço do co-

mando* Equipamento quartel online que permite

monitorizar pessoal e equipamentos, faci-litando a organização e gestão de recursos, com um pacote extra de envio automático de SMS

* Central telefónica e extensões compatíveis com o sistema informático

* Equipamento de desencarceramento* Recuperação de poço que apresentava ele-

vado grau de ruína* Recuperação das cancelas* Melhoria significativa das condições na

zona da churrasqueira* Rampas em pedra para deficientes * Arranjo exterior da zona da estação de ser-

viço * Platibanda no parque de estacionamento* Pequena arrecadação nas traseiras do quar-

tel* Remodelação e ampliação do posto médico Aluguer de espaço para a central de fibra ótica da Vodafone, permitindo obter uma renda mensal num espaço que não tinha uti-lidade. Fonte: AHBVB

Jornal da Batalha abril 2016 5

Page 6: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Batalha Atualidade

Um homem e a sua mãe residentes no concelho da Batalha, que estiveram de-saparecidos quatro dias, fo-ram auxiliados em Sevilha (Espanha) e regressaram a casa na manhã de 29 de março.

O carro em que seguiam, aparentemente sem des-tino, avariou e a mulher conseguiu pedir ajuda a um polícia. Pouco depois, apanharam um autocarro

com destino a Lisboa e da-qui para Leiria, chegando de táxi a casa, em Moura-tos, Batalha.

José Carlos Ferreira Flo-rindo, de 34 anos, e a mãe, Edviges Pereira Ferreira, de 77, estavam desaparecidos desde o dia 25, pelas 11 horas, e foram vistos pela última vez junto à sede da associa-ção da Quinta do Sobrado.

O homem, empregado numa fábrica de fornos in-dustriais na Zona Indus-trial da Jardoeira, não es-taria bem de saúde, devido ao agravamento de uma depressão de que padecia. “Isolou-se, deixou de falar com as pessoas e começou a ter atitudes pouco normais”, adiantou um familiar.

O batalhense, divorciado há pouco mais de um ano, sem filhos, praticante de caça, tinha como destino

Vendas Novas, no Alentejo, onde iria com a sua mãe passar a Páscoa.

Atrás deles, noutro carro, seguia o irmão mais velho de José Carlos Ferreira Flo-rindo, que os perdeu de vista assim que a viatura

onde seguiam acelerou.O homem e a sua mãe - que

apresenta dificuldades de mobilidade e andava muito preocupada com o estado de saúde filho - não aten-deram os telemóveis, des-ligados pelo menos desde

que os familiares tentaram contactá-los.

A idosa e o filho não sou-beram explicar por onde andaram, nem o que os le-vou até Espanha, quando o destino era a casa de fa-miliares em Vendas Novas.

Estiveram três dias sem co-mer, nem beber, dentro do carro, e José Carlos Ferreira Florindo foi internado no hospital de Leiria devido ao agravamento do seu estado depressivo. A mãe está bem de saúde.

Idosa e filho desaparecidosestiveram três dias em Espanha m Estiveram três dias sem comer, nem beber, dentro do carro. O seu destino era a casa de familiares em Vendas Novas

p José Florindo e a mãe, Edviges Ferreira, vivem em Mouratos

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Jornal da Batalha6 abril 2016

Page 7: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Atualidade Batalha

Arrendava para férias apartamentos e casas que não eram seus

Um homem residente no concelho da Batalha é sus-peito de usar as redes de acesso público (Wi-Fi) da Internet, nomeadamente de estabelecimentos comerci-ais, para burlar dezenas de pessoas que pretendiam ar-rendar apartamentos ou ca-sas destinados a férias.

O suspeito, de cerca de 30 anos, sem ocupação co-nhecida, pedia as palavras-passe nos estabelecimentos – na Batalha aconteceu pelo menos num café – e depois publicava anúncios com fo-tografias no site OLX a ar-rendar apartamentos ou ca-sas de terceiros.

Um jovem de 18 anos, resi-dente no concelho de Porto de Mós é uma das vítimas. Era responsável pelo arren-damento de uma casa na Nazaré para um grupo de 18 amigos comemorarem a passagem de ano 2015/2016.

Após uma pesquisa na In-ternet, encontrou uma casa com piscina, situada na Pe-derneira, e entrou em con-tacto com o suposto arren-datário.

O burlão pediu-lhe que pagasse, por transferência bancária, metade do valor do arrendamento. Após o pagamento, a vítima não mais conseguiu contactar o suspeito, que desligou o telemóvel e deixou de res-ponder aos emails.

Por isso, o jovem e a irmã dirigiram-se à casa que su-punham estar para arren-dar, verificando que era ha-

bitada por uma senhora.Os irmãos apresentaram

então queixa na PSP da Na-zaré, onde constataram a existência de outras denún-cias semelhantes, nomeada-mente uma em que os burla-dos compõem um casal de estrangeiros que ficaram sem casa para comemorar a passagem de ano.

O indivíduo terá lesado pessoas de norte a sul do país e no estrangeiro; ha-vendo a decorrer contra ele diversos processos em tri-bunal.

As autoridades policiais conseguiram ligar o sus-

peito às fraudes porque as vítimas transferiam o di-nheiro para as suas contas bancárias e através dos nú-meros de ID (IDentifica-ção do acesso) das redes de Wi-Fi dos locais públicos que utilizava e cujos ver-dadeiros proprietários são testemunhas nos processos em curso.

O dinheiro conseguido pelo burlão também terá passado por contas bancá-rias da sua companheira, mas desconhece-se o even-tual envolvimento da mu-lher no esquema fraudu-lento.

O Centro Recreativo da Golpilheira recebe sábado, 30, um Festival de Sopas Solidário, cujos fundos re-vertem para o projeto de construção de uma escola destinada a meninas no Quénia.

“O festival tem outros ob-jetivos, além de ajudar esta causa, porque não esquece-mos a população mais ca-renciada do concelho, pelo que faremos, em simultâ-neo, uma recolha de bens”, explicou ao Jornal da Bata-lha Jéssica Rito, organiza-dora do festival.

O projeto destinado à construção de uma es-cola na favela de Mathare, no Quénia, para 78 meni-nas, chama-se “Há ir e vol-tar” e foi fundado por Di-

ana Vasconcelos (no Face-book, no link: https://goo.gl/9ZN8vY).

“Entrei em contacto com a Diana Vasconcelos atra-vés do Facebook, onde ela partilha fotos e vídeos, e fi-quei a conhecer o seu pro-jeto, adianta Jéssica Rito.

“Em 2015 construiu uma escola em Kibera (Quénia),

o maior bairro de lata do mundo, para 75 crianças, com ajuda de muitos por-tugueses. Em setembro do ano passado viu-se obrigada a deixá-la, devido a uma em-boscada feita pela polícia do Quénia”, conta.

Além da escola em Ki-bera, o projeto “Há ir e vol-tar” já apadrinhou mais de

200 crianças e criou micro-negócios para os pais delas. Agora está a construir a se-gunda escola na região.

“Mas não nos esquece-mos da população mais ca-renciada do concelho da Ba-talha e, como tal, pedimos que tragam bens alimenta-res e de higiene, brinquedos e roupa para serem distri-buídos, com a ajuda da Junta de Freguesia da Golpilheira, pelas crianças carenciadas da região”, destaca Jéssica Rito.

A entrada no Festival de Sopas, marcado para as 19h30, custa cinco euros e inclui a taça, todas as sopas e um copo de sumo. Tem o apoio da junta de freguesia e do Centro Recreativo da Golpilheira.

m Burlou dezenas de pessoas de norte a sul do país e no estran-geiro. Tem diversos pro-cessos em tribunal

p O homem usava a Internet para falsos arrendamentos

p A escola no Quénia destina-se a 78 meninas

Festival de sopas na Golpilheiraajuda a fazer escola no Quénia

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Simulou assalto para enganar a seguradora

Uma mulher, negociante de arte, de 65 anos, residente no concelho da Batalha, preparava-se para burlar uma seguradora, depois de simular um assalto à sua própria casa e o furto de artigos de valor, quando foi detida em flagrante delito pela Policia Judiciária (PJ) de Leiria.

A alegada burlona “denunciou a prática de um crime de furto de obras de arte, jóias e outros objetos valiosos” da sua casa com “a intenção de ludibriar as autoridades” revelou no dia 15 de março o Departamento de Investi-gação Criminal da PJ de Leiria.

A PJ “esclareceu factos participados fraudulenta-mente, que ocorreram no dia 11 de março, na Batalha”, refere em comunicado, adiantando que “a alegada ofen-dida tinha a intenção de ludibriar as autoridades, preten-dendo fazer crer que acabara de ser vítima de crime de furto no local de residência, mediante arrombamento, do qual teria resultado a subtração de artigos com valor consideravelmente elevado”.

No desenvolvimento da investigação, a PJ “determi-nou que a versão apresentada pela denunciante era falsa, integrando um plano criminoso mais amplo que consistia na subsequente obtenção de enriquecimento ilegítimo através de burla a uma entidade seguradora”.

Afinal, a mulher tinha escondido em casa os 13 qua-dros valiosos, esculturas e jóias de ouro e diamantes, en-tre outros bens, que dissera terem sido furtados.

A mulher está em liberdade, por decisão do tribunal, sujeita a termo de identidade e residência.

Jornal da Batalha abril 2016 7

Page 8: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Batalha Atualidade

O número de acidentes e as suas consequências au-mentaram no concelho da Batalha em 2015, face ao ano anterior, enquanto crimi-nalidade baixou, segundo dados da GNR, revelados à margem das comemora-ções do 7º aniversário do Comando Territorial de Leiria, que decorreram na Batalha, nos dias 1 e 2 deste mês.

No ano passado, houve mais nove acidentes rodo-

viários no concelho (+4%) do que em 2014, sendo de salientar o significativo au-mento (18%) do número de despistes e de feridos leves (+34%).

Com excepção dos atro-pelamentos, que foram me-nos dois, todos os outros pa-râmetros das estatísticas da GNR fornecidas ao Jornal da Batalha registaram subi-das de 2014 para 2015.

Em contrapartida, a cri-minalidade participada à

GNR no concelho caiu ou manteve-se em todos itens, com exceção dos crimes contra a vida em sociedade (por exemplo falsificação ou condução sob efeito de álcool), que foram mais dois no ano passado. A quebra mais acentuada verifica-se nos crimes contra o patri-mónio (-16%), que incluem, por exemplo, os furtos em veículos ou em residências e estabelecimentos comer-ciais.

No ano passado, a GNR da Batalha percorreu mais 383 quilómetros do que em 2014, correspondendo o to-tal anual a 225 quilómetros por dia, contribuindo para o sentimento de segurança e de proximidade da popu-lação, defendido pelo coro-nel Vasco Martins, Coman-dante do Comando Territo-rial de Leiria da GNR (CTL/GNR) durante as comemo-rações realizadas na Bata-lha.

“Para cumprir a parte im-portante da sua missão” de patrulhamento dos postos territoriais e de proximi-dade, “o comando neces-sita de ser dotado de meios adequados, como sejam via-turas, material informático, bem como meios humanos imprescindíveis para atin-gir a eficiência desejada”, disse Vasco Martins na sua intervenção.

A última distribuição de militares “foi madrasta” para o CTL/GNR, contem-plando-o apenas com 14 mi-

litares. O comandante da unidade espera que “o nú-mero de efetivos a atribuir em setembro permita dotar os postos mais desguarne-cidos dos meios humanos necessários”.

Por outro lado, “a situação financeira do país, da GNR e do CTL/GNR, vem afe-tando o normal funciona-mento da unidade, com re-flexos necessariamente ao nível do moral e da opera-cionalidade”, referiu Vasco Martins, destacando que “as dificuldades fazem-se sentir dia a dia, especial-mente ao nível da manu-tenção dos equipamentos e viaturas, a atingirem níveis de paralisação e de inopera-cionalidade preocupantes, com reflexos na atividade operacional”.

O comandante do CTL/GNR registou e enalteceu “a generalizada e crescente

procura de soluções” pelas câmaras municipais, que “minimizem o sentimento de insegurança das popu-lações, em verdadeira par-ceria, fruto de um relacio-namento aberto e leal que têm com a Guarda”.

Para Vasco Martins, “a descida dos índices de cri-minalidade e o aumento das detenções em flagrante de-lito são sinais evidentes da melhoria do desempenho operacional dos militares, que ajudam a manter o dis-trito no grupo daqueles onde é seguro viver”.

O comandante operacio-nal da GNR, o major-gen-eral Luís Botelho Miguel, também destacou o facto de

Leiria apresentar dos mais baixos índices de crimina-lidade a nível nacional, “re-sultado do esforço e traba-lho dos militares da GNR”.

Para o presidente da Câ-mara “a realização na Bata-lha das comemorações do dia do CTL/GNR revestiu-se de um enorme motivo de orgulho para o município, atendendo ao prestígio que a GNR detém no país e no estrangeiro”. “Com a cele-bração desta efeméride, a Batalha prestou também a sua homenagem a todas e a todos os militares que de-sempenham as mais diver-sas funções na GNR”, con-cluiu Paulo Batista Santos.

Acidentes e consequênciasaumentam no concelhom Houve um significa-tivo aumento (+18%) do número de despistes e de feridos leves (+34%) no ano passado. Em contrapartida, na crimi-nalidade regista-se uma quebra generalizada

Sinistralidade rodoviária 2014 2015

Natureza

Total de Acidentes 226 235

Colisão 169 171

Despiste 49 58

Atropelamento 8 6

Vítimas

Mortais 0 1

Graves 2 9

Leves 74 99

Patrulhamento2014 2015

Total de patrulhas 1 438 1 547

Total de Km 81 738 82 121

Criminalidade2014 2015

Crimes contra as pessoas 106 105

Crimes contra o património 319 268

Crimes contra a vida em sociedade 16 18

Crimes contra o estado 3 3

Crimes contra animais de companhia 0 1

Crimes previstos em legislação avulsa 35 24

p O papel dos militares na segurança da população foi enaltecido nas cerimónias

Exposição. No âmbito das comemorações, esteve patente no Posto de Turismo da Batalha, de 30 de março a 9 deste mês, uma exposição com 21 fotografias, intitulada “Por caminhos que Patrulhamos”, resultado de um concurso interno promovido no CTL/GNR que premiou três militares.

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Jornal da Batalha8 abril 2016

Page 9: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Atualidade Batalha

Os batalhenses residen-tes em Bruxelas – onde na manhã 22 de março aten-tados terroristas causa-ram pelo menos 35 mortos e 340 feridos de 20 nacio-nalidades – escaparam ile-sos aos ataques, de acordo com os contactos estabele-cidos pelo Jornal da Bata-lha junto da comunidade de emigrantes.

“Aqui vive-se um clima de medo e desconfiança con-tra muçulmanos, o que não será de estranhar, pois já se sabia que os atentados, mais cedo ou mais tarde, iriam acontecer”, afirmou Daniel Santos, natural do Casal da Quinta, na Batalha.

Daniel Santos, de 36 anos, vive a um quilómetro do local do segundo atentado, perto do parlamento Euro-peu. “Quanto a voltar para

Portugal, seria um sinal de fraqueza perante os terro-ristas e é isso que eles que-rem: espalhar o terror e a in-segurança e temos de fazer com que isso não aconteça; temos de nos manter unidos e firmes”, adiantou.

“Sei que várias pessoas da Batalha estão bem”, referiu, por sua vez, Fernanda Bor-ges, natural da Batalha, que reside há 27 anos em Bru-

xelas e habita a 20 minu-tos do aeroporto e da zona do metro onde se deram as explosões.

“Foi o dia mais terrível que nós portugueses vive-mos, até porque muitos se encontravam a caminho do trabalho e das escolas”, ex-plicou a batalhense, refor-çando: “Foi o dia de maior tristeza e de terror que vi-vemos e nos deixa marca-

dos para sempre”. “Prova-velmente regressarei ao meu país”, lamenta.

Já o casal Carla e Joaquim Cerejo, de 36 e 40 anos, tam-bém da Batalha, que vivem a 10 minutos do aeroporto e muito perto da estação do metro onde ocorreram as explosões, referiu que “as autoridades aconselharam a população a não sair de casa, as redes telefónicas

estiveram congestionadas e as escolas receberam or-dem para se manterem fe-chadas”

O casal, que está há nove anos em Bruxelas, vai “con-tinuar a fazer a vida nor-mal”. “Isto não vai acabar por aqui, disso nos estamos certos, mas também não po-demos deixar tudo para trás e partir, pois em todos os países há conflitos e pro-

blemas”.Pelo menos 35 pessoas

morreram (mais três ter-roristas que se fizeram ex-plodir) e 340 ficaram feridas em duas explosões no aero-porto Zaventem e outra na estação de metro de Mael-beek, em Bruxelas, pelas 07 horas do dia 22 de março, segundo um balanço das autoridades.

O vereador do PS na câ-mara da Batalha e a sua mu-lher, candidata pelo mesmo partido à presidência da Junta de Freguesia do Re-guengo do Fetal nas últi-mas eleições autárquicas, são “arguidos e queixosos” num processo que envolve ambos num caso de violên-cia doméstica que deverá acabar em tribunal.

A mulher, Nélia Cid, ex-membro da assembleia de freguesia do Reguengo do Fetal, acusa Carlos Repo-lho, ainda marido (o pro-cesso de divórcio litigioso

está em curso) de violência doméstica, mas o ex-can-didato à liderança da câ-mara da Batalha nega as acusações.

“A violência tem sido fí-sica e sobretudo psicoló-gica”, disse Nélia Cid ao jor-nal Região de Leiria, de 24 de março, adiantando que “os episódios de violência doméstica têm-se arrastado e agravado como resultado do pedido de divórcio, em setembro” de 2015.

A violência psicológica, adiantou, “é muito pre-sente com chantagem a ní-

vel profissional”, para além de “ameaças de posse de arma”. “A violência física ocorre com pontapés e em-purrões”, adiantou Nélia Cid ao jornal, destacando

que teve de pedir a inter-venção das autoridades: “A polícia protegeu-me para sair de casa, numa noite em que as ameaças não para-ram”.

Carlos Repolho, vereador com os pelouros do desen-volvimento rural e do orde-namento florestal, afirma que a sua mulher utiliza a sua função no município para, “através da descredi-bilização e difamação, con-seguir prejudicá-lo pessoal-mente, politicamente e pro-fissionalmente”.

“Não confirmo nada do que a anda a acusar-me na praça pública”, adiantou em declarações ao Região de Leiria. O autarca considera ainda que a sua situação não está colocada em causa por

estes acontecimentos, até porque não foi judicial-mente “acusado de nada”. “Tanto eu como a minha es-posa somos queixosos e ar-guidos em simultâneo neste processo”, salienta.

Este caso foi revelado a 2 de março pelo jornal I, que publicou excertos do relato que a GNR da Batalha reco-lheu de Nélia Cid. Segundo o jornal, a GNR foi chamada várias vezes a casa do casal. Pelo menos numa situação foram feitas duas chamadas na mesma noite.

“Foi o dia mais terrível que nós portugueses vivemos”

Vereador e ex-candidata a juntaenvolvidos em violência doméstica

m Batalhenses recor-dam ataques bombis-tas em Bruxelas que fizeram 35 mortos. A comunidade de emi-grantes do concelho não foi atingida

p Nélia Cidp Carlos Repolho

p Os atentados aconteceram no metro e aeroporto de Bruxelas

p Daniel Santos

p Joaquim e Carla Cerejo

p Fernanda Borges

Jornal da Batalha abril 2016 9

Page 10: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Batalha Atualidade

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193 camas para séniores após investimento de três milhões

Câmara vai ter Serviço de Apoio ao Consumidor para resolver conflitos

A construção de dois no-vos lares destinados a sé-niores, nas freguesias da Batalha e São Mamede, or-çamentados em três mi-lhões de euros, vai aumen-tar para 193 o número de camas no concelho, aten-dendo a que o lar existente no Reguengo do Fetal tem 84 camas, embora apenas duas estivessem disponí-

veis em março.O lar a construir na Ba-

talha, pela Irmandade da Santa Casa da Misericór-dia, corresponde a um in-vestimento total de 1,8 mi-lhões de euros e 60 camas (um milhão e 30 camas na primeira fase), e o que será construído em São Ma-mede, pelo Centro Social e Cultural da Paróquia, prevê um investimento de 1,2 mi-lhões de euros para alber-gar 49 camas.

No dia 15 de março, a au-tarquia e as duas institui-ções assinaram, no Centro de Artesanato da Batalha, onde decorrem atividades da Academia Sénior, os protocolos de apoio à cons-

trução dos lares. A câmara comparticipa com 240 mil euros, um encargo anual de

120 mil a atribuir de forma igual pelas duas Institu-ições Particulares de So-

lidariedade Social (IPSS), este ano e em 2017.

O apoio financeiro do

município foi aprovado por unanimidade pela assem-bleia municipal e, segundo a autarquia, “consubstancia a importância que a ampli-ação da rede de apoio resi-dencial para idosos repre-senta para o concelho”.

Tanto mais que, como constatou o presidente da Câmara, Paulo Batista San-tos, “regista-se um défice de camas e de unidades de aco-lhimento de pessoas idosas e de mobilidade reduzida, razões que conferem aos novos projetos uma forte expectativa de toda a co-munidade, associada ao au-mento da qualidade de vida e de bem-estar”.

A câmara da Batalha vai disponibilizar aos munícipes um serviço de apoio e de informa-ção ao consumidor, em resultado de um proto-colo com o Centro de de Estudos de Direito do Consumo – Associação Portuguesa de Direito do Consumo, anunciou a au-tarquia a 29 de março.

O novo serviço, de âm-bito gratuito e disponí-vel a todos os munícipes, incluirá a promoção de ações de informação e aconselhamento relati-vos aos direitos do con-sumidor, a instituição de

mecanismos de mediação de litígios de consumo e ainda a realização de ações de formação dirigi-das aos alunos e à popu-lação em geral relativas a esta temática.

Segundo o presidente da câmara, pretende-se “garantir o cumprimento da lei e facultar aos muní-cipes de todo o concelho informação qualificada relativa aos direitos do consumidor”.

No entender de Paulo Batista Santos, o serviço de apoio ao consumidor, a instalar na autarquia, “visa a prestação de um

contributo válido em ma-téria de aconselhamento e no que se refere à satis-fação de dúvidas e ques-tões relativas aos direitos instituídos e legalmente previstos”.

O “Serviço de Apoio ao Consumidor” tem como grandes objetivos infor-mar, esclarecer e acon-selhar a população sobre os direitos e deveres em matérias de conflitos de consumo, oriundos das aquisições de bens e ser-viços, estando ainda pre-vista a mediação de con-flitos resultantes de atos de consumo.

m Misericórdia da Ba-talha e Paróquia de São Mamede responsáveis pela construção de dois novos lares

A assembleia geral do Rancho Folclórico Ro-sas do Lena, da Rebolaria (Batalha), aprovou a 18 de março, “por unanimidade, um voto de louvor e de agra-decimento” ao Jornal da Ba-talha e ao seu diretor, Car-los Ferreira.

A decisão da assembleia geral dirige-se ao diretor do jornal e “ao prestigioso jornal que dirige tão supe-riormente, pela feliz e ge-nerosa divulgação que têm feito das atividades do Ran-cho Folclórico Rosas do Lena, dando a conhecê-las em termos cativantes e lev-ando-as, de forma prestigi-

ante para o agrupamento, ao público da região”.

“Este voto é uma enorme honra e uma forte motiva-ção para continuarmos a fazer o nosso trabalho, no-ticiando toda a informação, mas apostando sobretudo na divulgação dos elemen-tos distintivos do nosso con-celho, que o Rancho Folcló-rico Rosas do Lena retrata com um rigor e saber reco-nhecidos em Portugal e em dezenas de outros países”, referiu Carlos Ferreira.

“Aproveito também para agradecer toda a colabora-ção que o Rancho Rosas do Lena tem dado ao nosso jor-

nal, sobretudo nas pessoas de José Travaços Santos e do seu presidente, José An-tónio Bagagem”, adiantou o diretor do Jornal da Ba-talha.

A assembleia aprovou, também por unanimidade, votos de louvor e agradeci-mento à câmara da Batalha, ao seu presidente, Paulo Ba-tista Santos; aos vereadores e aos serviços técnicos do município, na pessoa do seu chefe, Manuel Gameiro, e aos jornais Folclore e ao seu diretor, Manuel João Silva Barbosa, e Jornal da Golpi-lheira e ao seu diretor, Luís Miguel Ferraz.

Rosas do Lena aprova voto de louvor ao Jornal da Batalha

p O presidente da câmara fala aos alunos da Academia Sénior

Nume“Aonde a Ciência e a espiritualidade

se abraçam”

Tarôt Polimata EspiritualCiências Ocultas Sigilo Decoro

914 867 710

Jornal da Batalha10 abril 2016

Page 11: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

abril 2016Jornal da Batalha 25 anos“Pedreiras: as mães de todos os buracos. Vai Rebentar!”

Na edição de março 1991 o Jornal da Batalha destaca quatro temas, muito dife-rentes, desde o mercado imobiliário a uma viagem à Madeira, iniciativa do próprio jornal.

“Os preços das casas” é um dos títulos, explicado a seguir: “O mercado de ha-bitações não regista uma grande oferta. Os preços das moradias não apre-sentam, também, uma grande disparidade en-tre si. Saiba o resultado da pesquisa efectuada pelo JB”.

“Batalhenses vão à Ma-deira. O nosso Jornal está a lançar a ideia: ir à Madeira em ritmo de passeio em ju-nho próximo. Trata-se da primeira de muitas iniciati-vas inéditas que propomos

aos leitores. Descubra a “Pé-rola do Atlântico”, incentiva o texto publicado na capa de março de 1991.

“A Câmara Municipal vai realizar uma Feira Interna-

cional de Artesanato. Será em final de junho. A pro-moção da Batalha não se ficará por aqui. No final de maio uma equipa do con-celho vai a Itália participar

nos Jogos sem Fronteiras. E milhões de telespectadores irão ouvir falar da Batalha”, lê-se no texto que justifica o título: “Vamos ter Feira de Artesanato e Jogos sem

Fronteiras. Batalha nas bo-cas do mundo”.

Finalmente, “Cavaco “as-sinou” promessas” é o úl-timo título da capa, expli-cado assim: “O Primeiro

Ministro veio à Batalha e sem prometer nada fez muitas promessas. A his-tória parece complicada, mas não é. Contamos os quês e os porquês”.

A edição de abril de 1991 tem apenas três títulos na capa. “A Hora da Juven-tude” é um deles.

“São deste mundo e vi-vem na Batalha. Querem participar e ter uma voz activa. são jovens à pro-cura dum lugar próprio, têm ideias e projectos. E querem tratar por tu o fu-turo e por senhor o pas-sado. Falamos deles”, conta o jornal.

“Pedreiras: as mães de todos os “buracos”. Vai Re-bentar!”, é o título que justi-fica “uma história que mete dinheiro, buracos, licenças e ambiente. Pode rebentar a qualquer momento”

O último título de capa é: “Batalhenses de Paris em Festa. Longe da Terra Perto do Coração”.

“Os nossos emigran-tes passaram a Páscoa em Festa. Foi uma maneira di-ferente de partilhar amên-doas e saudades. Estivemos lá”, destaca o JB.

m “Uma história que mete dinheiro, bura-cos, licenças e ambi-ente. Pode rebentar a qualquer momento”, dizia o JB na edição de abril de 1991

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O mês de abril traz-nos o aumento das horas de sol, os dias ficam maiores e parece que temos mais tempo para as atividades (pelo menos as de ar livre). É uma altura propicia para as sementeiras ao ar livre, no entanto podemos correr o risco das geadas. Por cá costumo não semear tudo de uma só vez.

Se tem um pacote de se-mentes, lance-as à terra em diferentes alturas, assim pode evitar perder as pe-quenas plântulas e tem a vantagem de ter legumes em crescimento em dife-rentes fases. Porque gosto de estar sempre a colher e não ter de conservar, faço isso com cenouras, couves

fechadas, rabanetes, beter-rabas e afins, pois são sem-pre melhores quando aca-bados de colher. Por isso, de duas em duas semanas, ou mensalmente, lanço novas sementes à terra.

Tem-me acontecido que algumas sementes só des-pontam quando assim o en-tendem e depois aparecem-me legumes espontâneos que já nem me lembrava que ali estariam. Isto tam-bém acontece porque deixo a maior parte das minhas plantas ganharem semen-tes. Por este andar qualquer dia deixo de ter de semear, para apenas coletar.

Cá em casa consideramos que a grande variedade de alimentos que ingerimos

é a melhor garantia para manter uma boa saúde. As nossas saladas usam muitas folhas de legumes e incluem flores. Usamos na saladas folhas de beterraba (as mais jovens e tenras) de rúcula, de coentros, de alface, e flo-res de cebolinho, de borra-gem e de calêndulas. Tam-bém podíamos usar flores de capuchinha (mas não apreciamos o seu sabor).

Em suma, criámos por cá um jardim comestível, que para além de ser aprazível aos olhos e ao olfacto tam-bém o é para o palato.

Por esta altura aparece nalguns terrenos uma planta de seu nome comum borragem (Borago officina-lis), antigamente conhecida

pelo nome de “planta da co-ragem”.

Parece ser uma ótima companheira para os po-mares e para os campos de morangueiros, pois é uma boa consociação na horta e pomar.

Diz-se que a borragem dá coragem. Devido aos seus componentes, produz no corpo uma sensação hila-riante, levantando a moral e ajudando a combater de-pressões, mas deve ser con-sumida com moderação.

Tal como tudo na vida, precisa de ter conta e me-dida.

Foi lançado o desafio de colocar a Batalha a florir, pois eu acrescento: usem flores comestíveis, assim

podemos agradar a todos os sentidos.

Hortícolas para semear e/ou plantar ao ar livre: abó-boras, aipo, alfaces, alho francês, batatas, beringelas, beterrabas, brócolos, ce-bolas, cenouras, coentros, couves flor, couves repolho, couve rábano, espinafres, ervilhas, malaguetas, nabi-ças, nabos, pepinos, pimen-tos, salsa, tomates, rabane-tes, rúcula e calêndulas.

Jardim, semear: amores perfeitos (só os de flor pe-quena é que são os naturais e pode comer as suas flo-res), cravos, crisântemos, dálias, bocas de lobo, capu-chinhas (estas são excelen-tes para circundar a nossa horta), agrião de jardim e

calêndulas.Arbustos e arvores de

fruto para plantar: amorei-ras, arandos, framboesas, groselheiras, mirtilos, mo-rangueiros e videiras.

Algumas plantas, como é o caso das pimenteiras e dos pimentos, se tiverem ficado abrigadas das gea-das, podem apenas ser po-dadas que voltam a produ-zir frutos.

Mantenha-se a par das partilhas no Facebook em: https://goo.gl/SLkUzI

Na horta cultivamos ali-mentos e sentimentos! Boas Colheitas.

s AMHO A Minha Horta

Flores comestíveis agradam a todos os sentidosCélia Ferreira

p As capas das edições de março e abril de 1991

Page 12: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Batalha Atualidade

Uma bisavó. Um casal com dois filhos menores. Um casal com um filho maior de idade. Esta é a

composição das quatro ge-rações da família iraquiana que está a viver na antiga escola primária de São Ma-mede, na Batalha, desde o dia 4 deste mês, no âmbito do compromisso solidário de Portugal com a Europa para o acolhimento a pes-soas em fuga de países em guerra.

O grupo, cujo elemento mais velho tem 77 anos e o mais novo apenas seis, saiu do Iraque há seis anos e viveu na Síria, Jordânia, Egito, Líbia e Itália. Che-gou à Europa atravessando o Mediterrâneo num barco superlotado, semelhante aos que os média tem mos-trado inúmeras vezes nos últimos anos.

“Nós viemos para Portu-gal por acaso. Não fomos nós que escolhemos, ca-lhou em sorteio. Mas como temos familiares na Bél-gica, Suíça e Suécia, Por-tugal é um país mais pró-ximo”, explica o patriarca da família, Hassan Jamal, de 49 anos.

No segundo dia no con-celho, a família teve opor-tunidade de ir ao centro de saúde, ao Centro Social e Cultural da Paróquia e à escola de São Mamede des-tinada às crianças, ao San-tuário de Fátima, às Grutas da Moeda e ao Mosteiro da Batalha. A visita foi organi-zada pela câmara e serviu também para os refugia-dos conhecerem estabele-cimentos comerciais.

“O processo de acolhi-mento correu bem, perm-itiu-nos ter mais tempo de preparação para receber estas pessoas, que tiveram de fugir dos seus países e procuram uma melhor vida na Europa”, afirma o presidente da câmara.

“Num período de tran-sição das suas vidas, ofer-ecemos-lhe essa oportuni-dade e se quiserem, no fu-turo, fixar a sua residência no concelho temos muito gosto em recebê-los. Mas, para já, trata-se de um aco-lhimento de transição, para que se possam integrar, be-neficiar da nossa solidari-edade e ambicionar uma nova vida”, adianta Paulo Batista Santos.

Quanto à receção aos refugiados pela popula-ção, o autarca afirma que “a gente da Batalha é soli-dária e disponível”. “Sem-pre que alguém precisou da nossa ajuda estivemos disponíveis. Não tenho duvidas nenhumas que as-sim sucederá neste caso. Não tenho absolutamente receio nenhum neste âm-bito e a garantia que posso dar aos munícipes é que a forma como estamos a acolher estas pessoas e a mesma como apoiamos os batalhenses que precisam”, explicou o presidente da câmara.

Quanto à possibilidade do concelho receber mais refugiados, Paulo Batista Santos afirma: “Nós temos uma capacidade limitada e apenas os queremos rece-ber com qualidade, como acontece com esta família. Se tivermos capacidade para receber mais famí-lias nas mesmas condi-ções iremos fazê-lo, mas o que ambicionávamos, num quadro geral, era ocupar o espaço que tínhamos dis-ponível”.

A antiga escola onde os refugiados estão alojados é composta por dois apar-tamentos T3, equipados, e a rede de apoio constituída por entidades, voluntários

Quatro gerações de família iraquiana fogem da guerra para São Mamede

m “Num período de transição das suas vidas, oferecemos-lhe uma oportunidade e se quiserem fixar residência no concelho temos muito gosto em recebê-los”, diz o presidente da câmara

p O presidente da câmara e a vereadora da cultura com os refugiados

Jornal da Batalha12 abril 2016

Page 13: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Atualidade Batalha

p A família nas Grutas da Moeda

p As crianças estrangeiras brincam no jardim da vila

e empresas da Batalha para os acolher está a trabalhar para que tenham aulas de português, as crianças fre-quentem as atividades de tempos livres e mais tarde a escola, comecem a tra-balhar e tenham acesso a outros meios que lhes per-

mitam ter uma vida normal com brevidade.

A língua – a família ape-nas fala árabe – é uma di-ficuldade, ultrapassada no primeiro dia com a ajuda de um intérprete da Mes-quita de Leiria; gestos, as primeiras palavras em por-

tuguês, como “obrigado”, e a língua inglêsa, mesmo que apenas para demons-trar a satisfação pela forma como foram recebidos – “Very Good!”.

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Jornal da Batalha abril 2016 13

Page 14: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Batalha Atualidade

Um grupo de 12 alunos e sete pro-fessores oriundos de países como França, Itália e Es-lovénia, esteve uma semana no conce-lho para, em con-junto com colegas do Agrupamento de Escolas da Bata-lha, desenvolverem trabalho de progra-mação de robôs e construção de apli-cações para dispo-sitivos móveis.

A iniciativa de-correu no âmbito do projeto MORE (Mobile Resour-ces on Education: let’s learn each other), do programa Erasmus+ e o programa da estadia incluiu visitas cultu-rais na região (Batalha, Fátima, Nazaré e Alcobaça), bem como um dia para conhecerem Lisboa e a Sintra.

“Uma das particularidades do projeto é a interação com alunos mais novos, nomeadamente do 1º CEB, o que, a nível das demonstrações dos robôs, se tem re-velado um sucesso”, explicou o subdiretor do Agrupa-mento de Escolas da Batalha, Jorge Pereira, no dia 4 de abril. “Esta é a última mobilidade do projeto que envolve alunos, depois das mobilidades realizadas em 2015, em Pau (França), Medvode (Eslovénia) e Sassari (Itália)”, adiantou o professor.

Estudantes estrangeiroscooperam com batalhenses

Agrupamento de escolas premeia méritoe presta homenagem a Travaços Santos

Alunos recebem bolsas de estudo no valor de 26 mil euros

As 4ªs Jornadas Culturais do Agrupamento de Escolas da Batalha, que decorreram a 7 e 8 deste mês, incluíram a realização de meia cen-tena de atividades e uma homenagem ao historiador batalhense José Travaços Santos.

O diretor do agrupa-mento, Luís Novais, desta-cou, pela sua importância, a cerimónia de homenagem aos antigos colaboradores, a entrega de certificados e prémios de mérito aos alu-nos que se evidenciaram pelo aproveitamento e com-portamento no último ano letivo e “a tradicional home-nagem a um vulto do conce-lho da Batalha, com um pa-

pel relevante no campo da educação e da cultura”, este ano José Travaços Santos.

“O grandioso espetáculo de som, luz e performance desportiva “4º Sarau Des-portivo - Educação Física”, onde evoluíram mais de três centenas de participantes, entre alunos, professores, pais e funcionários do agru-

pamento”, foi outro dos mo-mentos destacados por Luís Novais.

“Foram dois dias cheios de atividades, que evidenciam o dinamismo e a abrangência do agrupamento de esco-las, cuja oferta educativa vai desde o pré-escolar até ao secundário, passando pelo ensino geral do 1º, 2º e 3º

CEB, profissional, vocacio-nal e pelo ensino de adul-tos”, referiu o diretor.

A iniciativa “pretendeu proporcionar espaços e mo-mentos de aprendizagem não formal e divulgar as boas práticas nos diversos níveis de ensino e áreas leci-onados”, “dentro do espírito inovador que caracteriza”

o agrupamento, segundo Luís Novais, permitindo, igualmente, o cruzamento de diferentes elementos da comunidade nos laborató-rios, exposições, espaços lúdico-pedagógicos, pales-tras, workshops, oficinas, animação de exterior e es-petáculos.

O agrupamento é o 5º me-

lhor a nível nacional, no que diz respeito a escolas públi-cas, e o 1º no distrito de Lei-ria (incluindo escolas par-ticulares), no ranking ela-borado pelo jornal Público e pela Universidade Cató-lica, com base nos dados dos exames nacionais for-necidos pelo Ministério da Educação.

A câmara da Batalha atri-buiu no presente ano letivo 50 bolsas de estudo a alu-nos do concelho matricu-lados no ensino superior, que apresentam carências financeiras, no valor total de 26 mil euros – mais 6.750 euros e nove alunos do que no último ano letivo.

“Esta medida reveste-se de grande importância no contexto do apoio socioe-conómico aos alunos bene-ficiados, bem como para às famílias dos estudantes”, considerou o presidente da câmara, no dia 23 de março, no final de uma cerimónia, na autarquia, com a pre-sença dos alunos.

Para Paulo Batista Santos, “a capacitação dos jovens da Batalha é entendida como uma verdadeira prioridade da autarquia e merece, por essa via, a disponibilidade de recursos públicos aten-dendo a esta dimensão de

qualificação da nossa po-pulação”.

O programa de atribuição de bolsas de estudo aos alu-nos do ensino superior visa a valorização dos jovens e do seu percurso académico, tendo em vista o contributo que poderão dar para o au-mento da qualificação de recursos humanos no con-celho, promovendo, em pa-ralelo, o desenvolvimento social, económico e cultu-ral.

Os cursos mais represen-tativos no grupo de alunos que usufruem deste apoio são da área das engenha-rias, direito e gestão.

No âmbito da atribuição de bolsas de estudo pelo município da Batalha, os alunos que beneficiam de ajuda financeira têm de prestar serviços comuni-tários no concelho, no pe-ríodo de férias.

A câmara vai alargar, no ano letivo de 2016/2017, o

apoio a bolseiros de Cabo Verde (Ilhas da Fogo e Brava) no âmbito do pro-tocolo subscrito entre a As-sociação dos Municípios da Região Fogo e Brava e Co-munidade Intermunicipal da Região de Leiria.

O protocolo tem como ob-jeto a cooperação e troca de boas práticas abrangendo áreas no âmbito da solida-riedade para com a popula-ção local.

m Jornadas culturais proporcionaram es-paços e momentos de aprendizagem não formal e divulgaram as boas práticas

p José Travaços Santos durante a homenagemp Os melhores alunos foram distinguidos pela escola

p A câmara atribuiu 50 bolsas de estudo a jovens do ensino superior

Jornal da Batalha14 abril 2016

Page 15: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Atualidade Batalha

A sala dos “Inventores” do Centro Infantil Moi-nho de Vento (CIMV) está a participar na 13ª edição do Prémio Fundação Ilídio Pinho “Ciência na Escola”, cujo tema é “A Ciência e a Tecnologia ao serviço de um mundo melhor”.

O pré-escolar do CIMV - ano letivo passado também participou na iniciativa -, é

o único representante do concelho e candidatou três projetos à primeira fase do concurso, ficando apurado o dos “Inventores”, com o tema “A Criança... e a Ma-gia do Computador”.

Este prémio, uma parce-ria da Fundação Ilídio Pi-nho, do Ministério da Edu-cação e Ciência e do Mi-nistério da Economia, visa estimular o interesse dos alunos, da educação pré-escolar, dos 1º, 2º e 3º ci-clos do ensino básico e do ensino secundário, pelas ci-ências e áreas tecnológicas através do apoio a projetos inovadores.

Neste momento e até 20

de maio decorre a fase de desenvolvimento dos pro-jetos apurados, que implica o envio à organização de um relatório final. O obje-tivo dos “Inventores”, da educadora Madalena Grá-cio, é chegar à final e apren-der sobre os temas do pro-jeto.

A divulgação dos cem projetos selecionados para uma exposição pública acontece a 7 de junho e em data a anunciar realiza-se a cerimónia de entrega dos prémios.

Os prémios atribuídos por escalão na primeira fase, do pré-escolar ao se-cundário, variam entre 200

e 500 euros e destinaram-se a apoiar a implementação dos projetos selecionados pelo Júri regional, como é o caso do da CIMV, da Asso-ciação de Propaganda e De-fesa da Região da Batalha.

O valor dos três prémios e três menções honrosas fi-nais por escalão oscila en-tre dois mil e 20 mil euros. 60% do valor é atribuído diretamente à escola e dest-ina-se a apoiar a continua-ção das atividades do pro-jeto premiado; 15% é para o professor coordenador do projeto e 25% é destinado aos alunos envolvidos no projeto.

A câmara aderiu ao mo-vimento “Florir Portugal”, através da iniciativa “Florir Batalha”, lançada no dia 6 deste mês, no Auditório do Mosteiro da Batalha, com a presença do ator Virgílio Castelo, e de Tó Romano, mentor do projeto.

A ideia consiste em desa-fiar a população a colocar flores nas janelas e nas va-randas das habitações e já envolve 25 municípios.

Segundo a câmara, que ofereceu aos presentes no lançamento um vaso com flores, o projeto “pretende projetar uma tendência vi-

sual de alegria e cor bem como uma oportunidade para reforçar a importân-cia dos pequenos mercados, e da atividade florícola de grande importância para o concelho, onde se localizam das principais unidades pro-dutivas de plantas do país”.

“O projeto “Florir Bata-lha” revela-se de grande im-portância, quanto à capa-cidade de mobilização que suscita junto dos munícipes, bem como na imagem que poderá projetar da Batalha e do próprio país no domínio do turismo”, referiu o presi-dente da câmara.

Paulo Batista Santos as-segurou que o “Florir Ba-talha” não tem custos sig-nificativos e pediu a todos os batalhenses para colabo-rarem, colocando floreiras nas varandas e janelas das suas casas, até ao dia 9 de maio, data em que a vila re-cebe a imagem de Nossa Senhora de Fátima, numa procissão da Jardoeira até à Batalha.

A autarquia vai colocar floreiras nos edifícios públi-cos e locais turísticos, inclu-indo candeeiros de ilumina-ção pública.

“Inventores” do Moinho de Ventodisputam prémio nacional de ciência

Batalhenses convidados a florir varandas e janelas

m O prémio visa esti-mular o interesse dos alunos pelas ciências e áreas tecnológicas

p É a segunda vez que as crianças do centro participam

p Paulo Batista Santos diz que os custos não são elevados

FRANÇA. A 25ª edição do convívio de batalhenses radicados em França juntou mais de 150 participantes no dia 9 de abril, na cidade de Ormesson-Sur-Marne, na região de Paris. Este convívio “prestigia o concelho e todos aqueles que, estando em Portugal ou no estrangeiro, sentem como sua a Batalha”, disse o presidente da câmara, Paulo Batista Santos.

ASSOCIAÇÕES. A câmara vai investir 18 mil euros em obras na Igreja do Mosteiro da Batalha, com o objetivo de melhorar as condições do culto e da fruição do mo-numento. Nesse sentido foi assinado um protocolo de colaboração com a Fábrica da Igreja, no dia 11 deste mês. No âmbito das atividades sócio-educativas atribuiu seis mil euros a 14 associações.

Jornal da Batalha abril 2016 15

Page 16: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

A revogação do plano de pormenor da Zona Indus-trial Concelhia da Bata-lha (Parque Industrial da Jardoeira), uma decisão to-mada na assembleia muni-cipal de 26 de fevereiro, foi publicada no dia 21 de março no Diário da República.

Esta iniciativa permitirá uniformizar as áreas de construção com as regras em vigor para as atividades económicas no novo Plano Diretor Municipal (PDM), em vigor desde agosto de 2015, favorecendo amplia-ções e melhores índices construtivos para o parque

industrial.“O município da Batalha

pretende igualmente apre-sentar estas infraestruturas empresariais no âmbito da “pré-qualificação de áreas de acolhimento empresa-rial” da região centro, a de-correr até ao dia 3 de maio e tem em vista o mapeamento das necessidades em termos de áreas para acolhimento empresarial, sendo uma fase de pré-qualificação que cul-minará com a identificação dos investimentos a finan-ciar no quadro 2014-2020”, explica a câmara num co-municado divulgado a 21 de março.

“Este caminho de inova-ção e apoio à localização em-presarial foi uma opção assu-mida desde o início do atual mandato autárquico e que agora conhece um forte de-

senvolvimento no incentivo à fixação de novos projetos empresariais, mais também, não menos relevante, per-mite melhores condições de expansão às empresas já fi-xadas na Batalha”, considera o presidente da câmara.

“Dispor de uma fiscalidade

reduzida, apoio ao desenvol-vimento de projetos e possi-bilidade de isenção de taxas municipais são outros fato-res que a autarquia coloca à disposição dos empreen-dedores e das empresas lo-cais”, adianta Paulo batista Santos.

Recorde-se que, no âm-bito dos trabalhos desen-volvidos no Plano Estraté-gico do Concelho da Batalha 2020, a câmara municipal definiu como prioridade a melhoria das áreas de aco-lhimento empresarial, no-meadamente ao nível da

ampliação da Zona Indus-trial Concelhia da Batalha (Jardoeira) e da definição de uma nova Área de Acolhi-mento Empresarial em São Mamede - este último pro-jeto suporta, igualmente, a concretização de nova liga-ção rodoviária entre o IC9 e a EN 356, na zona de São Mamede.

“As novas áreas de locali-zação empresarial irão am-pliar consideravelmente a oferta de lotes empresariais na área do município e loc-alizam-se estrategicamente junto dos principais eixos ro-doviários, a Zona Industrial Concelhia da Batalha com ligação direta à A 19/ A8 e a Área de Acolhimento Em-presarial em São Mamede junto ao nó acesso da A1 em Fátima”, destaca o comuni-cado da autarquia.

A Cooperativa de Apicul-tores Produtores e Embala-dores de Mel (CAPEMEL) abriu recentemente, na Ba-talha, a “Loja do Apicultor”, situada entre o Intermarché e a Cooperativa Agrícola.

Neste espaço, o público encontra material apícola diverso, produtos naturais, mel e seus derivados - pró-polis, geleia real, pólen – con-siderados excelentes para a saúde e bem-estar.

A CAPEMEL foi criada em julho de 20015, na Ba-talha, e conta 26 coope-rantes de várias regiões do país. Tem como finalidade comercializar produtos das explorações apícolas dos co-operadores e todo o tipo de material apícola.

Para além da vertente co-mercial, tem ainda como missão prestar apoio técnico

aos apicultores, formação e divulgar o mundo apícola a crianças e jovens, através de sessões informativas e visi-tas guiadas, caso sejam soli-citadas pelas escolas.

A “Loja do Apicultor” está aberta de segunda a sexta-

feira, das 9 às 13 horas e das 15 às 18 horas. Mais in-formações podem ser soli-citadas pelo email [email protected] ou na página da CAPEMEL no Facebook, cli-cando no link https://goo.gl/kpCHhF.

Parque Industrial da Jardoeirajá pode receber novas empresas

Apicultores abrem lojapara vender e dar formação

m O novo plano permite igualmente melhores condições de expansão às empresas

p As empresas também já podem ampliar as suas instalações

Economia

p A loja situa-se próximo da cooperativa da Batalha

EXPOSIÇÃO. A EDP Distribui-ção e a Fundação EDP, em par-ceria com a câmara da Batalha têm patentes uma exposição intitulada “A Eletricidade na Batalha: à luz de um novo olhar” na Galeria Mouzinho de Albuquerque, até 24 deste mês. O presidente da EDP distribuição, João Torres, des-tacou, na Batalha, o projeto de redes inteligentes Inov-grid, lançado em 2007, que “continua a ser reconhecido internacionalmente como de referência”.

TURISMO. A câmara da Batalha esteve presente na Nauticampo - Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto, Aventura e Caravanismo, na FIL, de 6 a 10 deste mês, com o objetivo de dar a conhe-cer ao público e aos operadores turís-ticos a sua oferta turística na área da natureza e da aventura. Promoveu a rede de percursos pedestres, Centro de BTT, escalada e a espeleologia no Reguengo do Fetal, para além do mosteiro e do museu.

Jornal da Batalha16 abril 2016

Page 17: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Saúde

As doenças infeciosas podem ser provocadas por vários microorganismos: bactérias, vírus, fungos e parasitas. Todos eles têm características diferentes, provocam doenças distin-tas e, por conseguinte, exi-gem tratamentos também diferentes.

Os antibióticos são medi-camentos que apenas têm lugar no tratamento de in-

feções provocadas por bac-térias. Daí que não faça sen-tido tomá-los para o trata-mento de infeções víricas ou até fúngicas.

A confusão surge quando certas doenças podem ser provocadas por vírus ou por bactérias. Por esta ra-zão, cabe ao seu médico ava-liar os sinais e sintomas e perceber qual o microorga-nismo que está por detrás

da doença e aí tomar a de-cisão de prescrever ou não antibiótico.

Quando, de facto, os an-tibióticos são necessários (e isso é uma decisão mé-dica), devem ser tomados de acordo com as indicações da-das pelo seu médico: na dose, horário e duração por ele aconselhadas. Isto porque, no caso de alguma destas recomendações falhar, cont-

ribui-se para o aparecimento de resistências aos antibióti-cos, ou seja, as bactérias não só não são destruídas, como acabam por se tornar mais fortes e adquirem a capaci-dade de resistir a esse anti-biótico. Esta situação repre-senta um problema para a saúde do próprio e tem tam-bém implicações graves para a saúde pública, pois as bac-térias transitam entre as pes-soas e entre estas e o meio ambiente.

A resistência antibiótica é um drama que tem vindo a preocupar cada vez mais a comunidade médica. O uso indevido de antibióticos não

só em medicina, mas tam-bém em áreas como a pecu-ária e a agricultura têm con-tribuído para o emergir de novas resistências que nos deixam cada vez com menos armas eficientes para o com-bate das infeções.

Outra questão importante é a do desperdício de me-dicação sobrante. Quando a caixa de antibióticos tem mais comprimidos do que aqueles que lhe foram re-comendados, não dispense os restantes no lixo co-mum, pois isso pode fazer com que sejam processados junto com o restante lixo e integrados em fertilizantes

agrícolas, contribuindo as-sim para a perpetuação das resistências.

Os antibióticos são uma das maiores evoluções da medicina, têm de ser trata-das com o respeito que me-recem para poderem conti-nuar a ser úteis.

Já alguma vez tinha pen-sado nisto?

O uso de antibióticos deve ser racional e acontecer ape-nas quando aconselhado por um médico. Siga as recomen-dações do seu.

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Page 18: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

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Ginecologia / Obstetrícia ....................................Dr. Paulo Cortesão ......................................... segunda - tarde

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Endocrinologia .........................................................Dra. Cristina Ribeiro .......................segunda / terça - tarde

Pediatria ........................................................................Dra. Carolina Cordinhã ............... quarta/sábado - manhã

Cirurgia Geral/Vascular.......................................Dr. Carlos Almeida ................................................. sexta - tarde

Otorrinolaringologia ............................................Dr. José Bastos ......................................................quarta - tarde

Próteses Auditivas ..........................................................................................................................................quarta - tarde

Nutrição Clínica ........................................................Dra. Rita Roldão ............................................. sábado - manhã

Terapia da Fala ..........................................................Dra. Débora Franco .....quinta - tarde / sábado - manhã

Neuro Osteopatia /Acumpunctura ..............Tec. Acácio Mariano ...........................................quarta - tarde

(Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Medicina DentáriaDra. Ângela Carreira

Terça / quarta / quinta - tarde /

sábado - manhã

Implantologia

Cirurgia Oral

Ortodontia

Rx-Orto

Telorradiografia

Próteses Dentárias

O infantário Jardim da Isabel, na Batalha, promo-veu um conjunto de ações para comemorar o Dia Azul - Dia Mundial da Conscien-cialização do Autismo, que se assinalou no dia 2 deste mês.

“O objetivo era dar a co-nhecer crianças que veem o mundo de forma diferente, - já que o autismo é um pro-blema de desenvolvimento infantil - mas que, se as ajudarmos, podem ter uma vida de sucesso”, explicou Isabel Grosso, diretora do infantário, que pretendeu envolver “o maior número de pessoas no concelho da Batalha”.

O programa contou com a colaboração do Atlético Clube Batalha, no que res-peita à organização da Cor-rida D’Avis do Dia Azul, no dia 31 de março, com iní-cio às 20h30, junto ao posto de turismo da Batalha. An-

tes houve uma sessão de aquecimento e alongamen-tos, com a professora Carla

Leite, e decorreu também uma caminhada para cri-anças. A participação era

gratuita.A câmara da Batalha

também participou na ini-

ciativa, iluminando um edi-fício público de azul e co-laborando na organização de todos os eventos.

A organização contac-tou os comerciantes, para que seguissem algumas das suas ideias para “vestir a Batalha de Azul”, como aconteceu em muitos esta-belecimentos.

O infantário propôs que os comerciantes e todos os batalhenses se vestis-sem de azul, divulgassem e afixassem o cartaz do Dia Azul, com um logótipo es-pecial para as lojas aderen-tes; pendurassem balões azuis à porta dos estabele-cimentos, decorassem uma montra de azul, colocas-sem uma faixa azul numa zona exterior visível ou ilu-minassem os estabeleci-mentos com luzes azuis ou filtradas de azul.

Dia Azul deu a conhecer criançascom problemas de desenvolvimento

p O Dia Azul mobilizou centenas de batalhenses

Dr. Evandro Gameiro

Segunda / sexta - tarde

O que é o autismo?“O autismo é uma per-

turbação global do de-senvolvimento infan-til que se prolonga por toda a vida e evolui com a idade. O bebé pode mostrar indiferença pe-las pessoas e pelo ambi-ente, pode ter medo de objectos. Por vezes tem problemas de alimenta-ção e de sono. Pode cho-rar muito sem razão apa-rente ou, pelo contrário, pode nunca chorar.

Dos dois aos cinco anos de idade o compor-tamento autista tende a tornar-se mais óbvio. A criança não fala ou ao fa-lar, utiliza a ecolália ou inverte os pronomes. Há crianças que falam cor-rectamente mas não uti-lizam a linguagem na sua função comunicativa.

Os adolescentes podem melhorar as relações so-ciais e o comportamento ou, pelo contrário, podem voltar a fazer birras, mos-trar auto-agressividade ou agressividade para com as outras pessoas”. Fonte: Federação Portuguesa de

Autismo

Jornal da Batalha18 abril 2016

Page 19: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

A câmara da Batalha de-fendeu, a 31 de março, a atri-buição ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória do estatuto de Panteão Nacional, pela importância para a história de Portugal das personali-dades sepultadas no monu-mento.

A posição da autarquia surgiu na sequência do agen-damento de um projeto de lei do PS para que o Mosteiro dos Jerónimos seja elevado a Panteão Nacional e “rev-este-se da mais elementar justiça e cumprirá, por via dessa classificação, a função régia para que foi erigido e onde está sepultada a Dinas-tia de Avis”, segundo o presi-dente da câmara.

Paulo Batista Santos elo-gia a pretensão do PS quanto ao Mosteiro dos Jerónimos, mas recorda que no Mos-teiro de Santa Maria da Vi-tória, monumento nacional e património mundial da hu-manidade da UNESCO, es-tão “alguns dos nomes com maior significado histórico da idade média e que repre-sentam quer a independên-cia nacional, quer a expan-são encetada através do Des-cobrimentos”.

O município realça, em co-municado, que na Capela do Fundador, repousam D. João I, “o garante da Independên-cia de Portugal”, D. Filipa de Lencastre, “sua esposa e dis-tinta formadora da Ínclita Geração dos Altos Infantes”, o infante D. Henrique, “o Na-vegador e mestre da Ordem de Cristo”, o infante D. João, mestre da Ordem de Santi-ago, sua esposa, D. Isabel, D.

Fernando, mestre da Ordem de Avis, “que morreu com fama de santo, no cativeiro de Fez”, e ainda D. Afonso V e D. João II.

Nas Capelas Imperfeitas está ainda localizado o pan-teão de D. Duarte, “um dos maiores vultos da Dinastia de Avis e da cultura portu-guesa”, refere o comunicado, acrescentando que no mos-teiro também “repousa o Soldado Desconhecido”.

A câmara da Batalha es-creveu a todos os grupos par-lamentares, defendendo que o mosteiro seja incluído na discussão do projeto de lei do PS para o Mosteiro dos Jerónimos.

Mosteiro poderá receberestatuto de Panteão Nacionalm No monumento repousam alguns dos nomes com maior significado histórico da idade média e que representam a independência nacional e os Descobrimentos

Cultura

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Page 20: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

Batalha Cultura

O jovem Miguel Marques, DJ e produtor musical resi-dente na Golpilheira (Bata-lha), venceu um concurso para participar no “13º Festi-val Secundário”, que decor-reu de 20 a 24 de março em Gouveia, e é considerado o maior do género em Portu-gal - reuniu 43 mil festivalei-ros em 12 edições.

No final do festival, Miguel Marques estava sa-tisfeito: “Correu super bem, superou as minhas expec-tativas, foi uma experiência incrível e uma grande sen-sação e espero lá voltar nas próximas edições!”

O DJ Miguel tem apenas três anos de experiência

(começou em 2013), mas já é considerado “uma jovem promessa” no panorama na-cional da música de dança eletrónica.

A sua carreira começou “por brincadeira”, como re-

fere, utilizando o software “Virtual DJ” e sentindo a cada passo “uma crescente paixão pela música”, o que o levou a entrar no “mundo do deejaying com o intuito de animar as pistas de dança”.

Miguel Marques, de 19 anos, passou, entretanto, a utilizar outros softwares de música, fez remixes e foi “sentindo uma crescente evolução” enquanto passava por casas e eventos festivos

da zona centro.O seu primeiro origi-

nal intitula-se “Rebola” e teve apoio de alguns dee-jays (DJ). O estilo atual de DJ Miguel é o “Afro House/Comercial”, no qual deverá “continuar a apostar no fu-turo”. O jovem ambiciona “mostrar inovação e desen-volver projetos com lança-mentos em breve”.

O ponto mais alto da car-reira de Miguel Marques, até ao momento, é a par-ticipação no “13º Festival Secundário”, que durante cinco dias reuniu no Sr. dos Verdes, na Serra da Estrela, milhares de estudantes de ensino secundário e os seus amigos.

A Urban Fun, empresa promotora do evento, orga-nizou um concurso de DJ para dar oportunidade aos “novos talentos da música eletrónica nacional de atuar no festival”. O DJ Miguel foi um dos dez vencedores.

DJ da Golpilheira ganha concurso e atua no maior festival estudantilm O seu primeiro origi-nal intitula-se “Rebola” e teve apoio de deejays (DJ). O estilo atual de DJ Miguel é o “Afro House/Comercial”

Rancho do Reguengo do Fetal precisa de novos elementos

O Rancho Folclórico da Casa do Povo do Reguengo do Fétal lançou este mês um apelo ao associativismo da população, no sentido de aumentar o número de ele-mentos do grupo etnográ-fico, fundado há 48 anos.

“São necessários novos elementos, a partir dos seis anos para as diversas es-pecialidades etnográficas do rancho folclórico, como sejam dançarinos, canto-res, músicos e figurantes”, afirma o grupo num comu-nicado.

Os ensaios são às sext-as-feiras, às 21h30, na sala da cooperativa da Casa do Povo do Reguengo do Fetal, e todos “são bem vindos”, como refere o grupo.

O Rancho Folclórico da Casa do Povo do Reguengo do Fetal foi fundado em ju-nho de 1967, com base numa marcha popular, por João Neves da Costa Rei e Fran-cisco Gomes Calado, e re-trata as danças e cantares

da parte serrana da Alta Es-tremadura.

Está filiado na Federação Portuguesa de Folclore e INATEL e ganhou o Prémio Montepio da Nª Senhora da Vitória – Batalha (1968) e o 1º Prémio do Concurso

de Ranchos Folclóricos da Região Etnográfica-Leiria (1970).

Gravou discos e fez di-gressões à Checoslová-quia, França, Suíça, Grécia, Espanha e Dinamarca. Par-ticipou na Europeade de

Arte Popular 1993 em Hor-sens, Dinamarca (1993), na produção e apresentação do vídeo “Memórias da Mi-nha Aldeia” (filmado entre 1992/1993) e na 1ª Conven-ção do Rancho Folclórico e Serões na Aldeia (1994)

Em 1999 interrompeu a sua atividade, que viria a se retomada após diligências nesse sentido desenvolvi-das em 2013 por um grupo de pessoas do Reguengo do Fetal.

Museu etnográficoao vivo na Rebolaria

O Rancho Folcló-rico Rosas do Lena pro-move a 8 de maio, das 15 às 17 horas, o “Museu ao Vivo”, no Museu Et-nográfico da Alta Estre-madura, na Rebolaria, com a casa rural a reve-lar lidas domésticas. As 17h30, na sede do grupo, decorre um Festival Re-gional de Folclore.

No dia 15 de maio, das 15 às 18 horas, acon-tece mais “Uma tarde na ponte da Boitaca”, com artesanato ao vivo, taberna típica, doçaria regional, música popu-lar, na ponte neogótica da Boitaca na antiga es-trada nacional Lisboa-Porto, a 300 metros do mosteiro.

A ponte, construída no século XIX, tem a originalidade das casas dos portageiros nos dois extremos. Na ocasião, pode ser visitado o Cen-tro de Interpretação da 1ª Posição do Exército Português na Batalha Real de Aljubarrota, a poucas dezenas de me-tros do extremo sul da ponte.

No 10 de julho, das 15 às 24 horas, na Praça de D. João I e no Largo do Condestável, decorre o 11º Festibatalha, com mostra/venda de ar-tesanato, música po-pular pelo Grupo de Concertinas do Rosas do Lena, Festival Nacio-nal de Folclore, marchas populares e bailarico.

p O rancho foi fundado em junho de 1967

p Miguel Marques durante a sua atuação em Gouveia

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Jornal da Batalha20 abril 2016

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Património

Tem a vila da Batalha qua-tro preciosos exemplares da arquitectura barroca sete-centista que vou designar por edifício da Misericórdia, que pertence à Irmandade da Santa Casa, edifício no largo da Misericórdia, pro-priedade da distinta médica Drª. Liliana João de Sousa Monteiro Ribeiro, solar da Quinta do Fidalgo, repartido pelo empresário Jorge Filipe, na parte com fachada para a estrada nacional, e pela dis-tinta poetisa e pintora D. Ma-ria Adelaide Lemos de Oli-veira Simões, e edifício do largo de Goa, Damão e Diu, a minha casa. Na imagem que se publica estão por esta ordem.

Pena é não se saber, pelo menos eu não sei, quem te-riam sido os construtores dos quatro edifícios. Andei às voltas com os mestres, arquitectos ou engenheiros que no século XVIII tive-ram ligações à Batalha, tal-vez mais teóricas do que prá-ticas, como foram os casos de Manuel do Couto, que em 1689 foi nomeado mestre dos paços reais de Almeirim e de Salvaterra de Magos e do Mosteiro da Batalha, mant-endo-se nestes cargos cerca de 40 anos e vindo a falecer em 1733, do seu sucessor ca-pitão engenheiro Custódio Vieira, nomeado para a Ba-talha em 1734, falecido em 1747, e do coronel engenheiro Carlos Mardel de nacionali-dade húngara, que veio para Portugal em 1733, falecendo em 1763, que a partir de Feve-reiro de 1747 assumiu o cargo de arquitecto dos paços reais da Ribeira, de Sintra, de Sal-vaterra e de Almeirim e do Mosteiro da Batalha. As vin-das, destes encarregados da conservação do nosso Mos-teiro, à Batalha, seriam es-porádicas e pouco contacto teriam com a povoação. Não me parece que tivessem as-sumido qualquer obra por cá.

Do mesmo século XVIII eram o mestre José da Silva e o seu filho Joaquim da Silva, naturais do Juncal,

concelho de Porto de Mós. Além do belo Santuário do Senhor dos Milagres (Mi-lagres, concelho de leiria) deixaram obra por toda a região mas também não me parece que tivesse havido intervenção sua nos quatro edifícios em referência. Pode ser que investigação mais aprofundada nos esclareça sobre o assunto.

O edifício da Misericór-dia foi erguido, no reinado de D. João V, pelo segundo ou terceiro decénio do sé-culo XVIII. A velha Confra-ria do Hospital de Santa Ma-ria da Vitória, instituída por D. João I em 1427, em 2 de Agosto de 1714 foi erigida em Santa Casa da Misericórdia e, com certeza, pouco depois se começariam as obras de demolição do hospital e dum pequeno templo da invoca-ção do Senhor do Bom Des-pacho para dar lugar ao edifí-cio actual e à sua capela.

A capela tem na parte su-perior das ombreiras do deu portal as características vi-eiras (conchas) e nos cantos superiores do edifício vasos flamejantes. As vieiras não estão muito visíveis pelo que passam um tanto desperce-bidas. É curioso verificar que na intercessão de duas pa-redes por cima do átrio que dá acesso a uma porta late-

ral do templo e à porta dos serviços da instituição, a va-zar as águas do telhado está uma gárgula de calcário es-culpida em forma de trom ou canhão à semelhança das gárgulas do mosteiro.

A janela por cima do por-tal ostenta o escudo real do tempo de D. João V, também de calcário da nossa região.

No interior do templo, bas-tante conservado, no tecto vê-se o mesmo escudo real. O altar e o formoso retábulo, de madeira policromada, da-tando já do terceiro quartel do século XVIII, crendo-se que sejam obra do mestre entalhador António Pereira da Silva, que na época tinha oficina na nossa Vila, estão referenciados na obra do Professor Doutor Francisco Lameira, da Universidade do Algarve, “Retábulos das Mi-sericórdias Portuguesas”.

Por sua vez, o outro altar da capela, feito de calcário, deve ter pertencido ao tem-plo primitivo da Confraria do Hospital: “(…) O imóvel (da velha Confraria) tinha também um oratório ou pe-quena capela (seria a do Se-nhor do Bom Despacho?) em cujo altar se encontrava “huã imagem de Nossa Senhora, de pedra”. Tratava-se de um espaço central da vida da Confraria e do Hospital. Este

oratório ou altar, cremos, ainda hoje se encontra bem visível na parede nascente da actual igreja da Misericór-dia, podendo verificar-se, no piso superior do imóvel, a ar-catura primitiva, sendo que o altar propriamente dito deve resultar de obra posterior à intervenção de Mestre Boy-tac, conquanto de finais de Quinhentos ou início do sé-culo XVII.

“Este altar e/ou oratório deveria conjugar-se com o espaço ou câmara onde se encontravam os leitos para os pobres e doentes, pró-ximo, portanto, dos mode-los organizacionais erguidos noutros hospitais da época em que, no fundo das enfer-marias, se abriam oratórios (…)”. (Professor Doutor Saul António Gomes em “O Livro do Compromisso da Confra-ria e Hospital de Santa Maria da Vitória - 1427-1544”).

Na mesma obra, o notá-vel Historiador publica uma imagem do altar que era dedicado a Santa Maria do Pranto. Guardada agora pela Misericórdia batalhense há uma formosa imagem de Nossa Senhora, do século XVI. Não me parece, con-tudo, tratar-se de uma Se-nhora do Pranto. Aliás, é tradição local que a imagem que está na Misericórdia é

a de Santa Maria da Vitó-ria, que julgo correcto, e que pertencera à Igreja de Santa Maria-a-Velha. Que destino teve a imagem da Senhora do Pranto?

O outro edifício do largo da Misericórdia deve ser, também, joanino e erguido por altura muito próxima do da Misericórdia. Perten-ceu em grande parte do sé-culo XX a Bernardo Fernan-des Monteiro, que foi figura marcante na nossa Vila, e depois a seu filho Horácio Fernandes Monteiro, emi-grante no Brasil onde fale-ceu. Por este foi vendido a Sérgio Gonçalves Ferreira, mais conhecido por Sérgio Pinto, pertencendo agora a sua sobrinha, Dr.ª Liliana Ribeiro.

Como consequência das demolições do Plano de ur-banização dos anos 60, ali estiveram instalados o Gré-mio da Lavoura e a Caixa de Crédito Agrícola.

Os arcos das portas e das janelas, de calcário regional, são primorosamente orna-dos de elementos próprios do barroco a que não faltam os vasos flamejantes. Pena é que os aventais das janelas estejam degradados, aguar-dando a actual proprietária autorização para o restauro do exterior do edifício, que

ela louvavelmente se propõe manter com rigor. O inte-rior há muito que foi alterado completamente pelo que não vejo razão para não se autori-zar a proprietária a adaptá-lo agora às suas necessidades.

Vou deixar para o próximo mês o edifício da Quinta do Fidalgo, em vista do muito que há a dizer sobre ele, passando já ao do largo de Goa, Damão e Diu, adqui-rido pelo meu pai no princí-pio dos anos 30 do século XX aos proprietários da Quinta do Fidalgo.

O tipo de ornatos das por-tas da varanda e das janelas indicam, e foi esta a explica-ção dos especialistas, que se trata de construção do rei-nado de D. José I, por volta de 1750.

Arcos e aventais das jane-las são de calcário, o mesmo sucedendo às padieiras e ombreiras das portas da va-randa. Estas muito trabalha-das, ostentam grandes viei-ras e vasos flamejantes. A varanda larga, com o alpen-dre assente em colunas de grande elegância, é igual-mente de calcário bem como a escadaria muito bem di-mensionada com degraus largos feitos à medida da pas-sada humana. Na varanda o painel de azulejos, reprodu-zindo São João Baptista, é do século XX, da extinta “Ce-râmica Lusitânia”. No inte-rior, com tectos e sobrados de madeira, em três janelas mantêm-se as “conversadei-ras”, bancos de pedra em que as pessoas se sentam frente a frente.

Continuarei no próximo mês, se Deus quiser.

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da

Batalha (157)

Obras Consultadas: “O Livro do Compromisso da Confraria do Hospital de Santa Maria da Vitória (1427-1544)”, do Professor Doutor Saúl António

Gomes; Magno Edições, 2002;“Retábulos das Misericórdias Portuguesas”, do

Professor Doutor Francisco Lameira; edição do Departamento de História, Arqueologia e Património da Universidade do Algarve e

União das Misericórdias Portuguesas, 2009;“Dicionário Histórico e Documental dos

Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses”, do Dr. Sousa Viterbo, Volumes

I, II e III; edição da Imprensa Nacional – Casa da Moeda;

“Cadernos da Vila Heróica”, nº 4, Novembro de 1980.

Arquitectura barroca setecentista na Vila (I)

p Exemplares de arquitectura barroca (fotografias do autor)

Jornal da Batalha abril 2016 21

Page 22: JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

A Associação Recreativa Amarense foi a terceira equipa do concelho da Ba-talha a vencer uma compe-tição no fim de semana de 12 e 13 de março, depois do Centro Recreativo da Gol-pilheira ter conquistado a Taça do Distrito em Futsal Júnior Feminino e o Centro Cultural e Recreativo da Quinta do Sobrado e Pal-meiros vencido o Campeo-nato Distrital da 1ª Divisão em Futsal Sénior Feminino - Grupo B.

A equipa do Amarense venceu a Taça do Distrito em Futsal Júnior Mascu-lino, ao derrotar o Peniche

Amigos Clube (4-0) em jogo disputado no Pavi-lhão Gimnodesportivo da Nazaré. Nas meias finais, o Amarense tinha derro-tado o Externato da Bene-dita (2-1).

Entretanto, as “Gol-pi lhas” derrotaram o Louriçal (6-0) e conquista-ram a Taça do Distrito em Futsal Júnior Feminino, em partida disputada no Pavi-lhão Gimnodesportivo da Martingança, Alcobaça, e conseguiram a dobradi-nha esta época. No dia 20 de fevereiro tinham con-quistado o 1º lugar do Cam-peonato Distrital de Lei-ria de Futsal Júnior Femi-nino, ao vencerem em casa o Vieirense (17-3).

“Muito orgulho nas mi-nhas jogadoras!!”, foi como a treinadora Teresa Jordão comentou, no Facebook, a exibição das atletas.

Precisamente no Pavi-

lhão Municipal da Golpi-lheira – a casa habitual da equipa de Teresa Jordão –, a equipa sénior feminina do Centro Cultural e Re-creativo da Quinta do So-brado e Palmeiros conquis-tou, o Campeonato Distri-tal da 1ª Divisão - Grupo B, ao derrotar a Associa-ção Recreativa e Cultural da Alcaidaria (3-2).

Por outro lado, Samuel Remédios, atleta da Fre-guesia de São Mamede, que representa o Benfica, ficou em 9º lugar no heptatlo no Campeonato do Mundo de Atletismo, em pista co-berta, que decorreu de 17 a 20 de março em Portland (EUA).

“No decurso dos excelen-tes resultados desportivos obtidos por equipas e atle-tas do concelho, a câmara municipal atribuiu diversos votos de louvor, atendendo à importância desportiva

que os resultados conquis-tados representam para o município e para a região”, anunciou o município em comunicado.

Por estes resultados “de excelência desportiva”, o presidente da câmara refere que “deve ser enaltecido o desempenho dos atletas e o exemplo e dedicação dos treinadores e dirigentes dos clubes cujos resulta-dos dignificam o desporto e contribuem para a divul-gação do concelho”.

Paulo Batista Santos des-taca que o investimento do município na prática des-portiva, que na presente época desportiva ascende a 117 mil euros em subsídios, “têm garantido aos clubes condições de estabilidade e de trabalho para a pros-secução de bons resultados em termos desportivos e de formação cívica”.

Futsal conquista três títulos e atleta fica em 9º nos mundiais de atletismo

m Câmara atribuiu votos de louvor, atendendo à importância desportiva dos resultados

p O Amarense venceu a Taça do Distrito em Futsal Júnior Masculino

Desporto

Atlético de São Mamedecom bons resultados

O Atlético Clube de São Mamede marcou presença, a 13 de março, pelo 4º ano consecutivo, na maratona e na meia maratona de Badajoz. Na maratona concluíram 468 atletas, sendo o melhor da coletividade António Silvino, em 46º da geral e 6º escalão, com 2:57’.43’’. Na meia maratona ter-minaram 707 atletas e Bruno Reis classificou-se em 61º da geral e 60º es-calão, com 1:28’:44’’ Pelo 2º ano consecutivo, Filipe Tomás brilhou no pódio como o atleta mais idoso, 72 anos.

Os atletas do clube par-ticiparam em Altura, Cas-tro Marim, no 7º Chal-lenge do Algarve, de 25 a 27 de março. António Silvino foi 1º em vetera-nos IV no corta mato e

na corrida da praia e 3º na meia maratona. Anabela Remédios foi a 1ª em ve-teranos II nas três pro-vas. Charles Custódio foi 7º nos séniores em corta mato; 6º em séniores na corrida na praia e 11º sé-niores na meia mara-tona. António Silvino e Anabela Remédios ven-ceram nos respetivos es-calões e Charles Custódio obteve o 6º lugar.

O clube participou pela terceira vez consecutiva no Trial Serra dos Can-deeiros, com 21 quilóme-tros, no dia 25 de março. Concluíram a prova 122 atletas, conseguindo o Nélio Almeida o 2º lugar da geral, com 1:51’56”. A título coletivo, ficou em 2º lugar.

Natural das Alcanadascandidato à APAF

Luciano Gonçalves, de 36 anos, natural de Alcanadas, na Batalha, é candidato à presidên-cia da Associação Por-tuguesa de Árbitros de Futebol (APAF). As elei-ções para os novos órgãos sociais estão marcadas para 20 de maio.

O desafio foi-lhe lan-çado em março pelo ár-bitro internacional Artur

Soares Dias, presidente da assembleia geral da as-sociação.

Luciano Gonçalves conta com o apoio de no-mes relevantes da arbitra-gem nacional, como Artur Soares Dias, Pedro Pro-ença e o próprio José Fon-telas Gomes, bem como das associações distritais de Leiria, Braga, Porto, Santarém e Guarda.

Xadrez do CDRT da Torre em destaque

Os atletas do CRDT Torre alcançaram cinco títulos no Campeonato Distrital de Jovens Clás-sicas de Xadrez de Leiria 2015/2016 (três de cam-peão, um de vice cam-peão e um terceiro lugar do pódio), no dia 3 deste mês, na sede dos Corvos do Lis.

O atleta Simão Meneses

obteve o 3º lugar do pódio geral dos Sub 8; Maria Gomes sagrou-se cam-peã feminina nos Sub 8; Sofia Gomes foi campeã feminina nos Sub 10 e ob-teve o 4º lugar da geral, e Sofia Meneses sagrou-se campeã feminina Sub 14 e também vice campeã da classificação geral.

Jornal da Batalha22 abril 2016

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Publicidade/Necrologia Batalha

Maria da Conceição Vale da Serra 84 anos

N. 03 – 02 – 1932F. 02 – 04 – 2016

Reguengo do Fetal – BatalhaAGRADECIMENTO

Lucinda Bento da Silva 90 anos

N. 16 – 05 – 1925 F. 17 – 03 – 2016

Santo Antão – BatalhaAGRADECIMENTO

Seus filhos: Susana, José João e Maria João Rei, netos e e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm agradecer todo o apoio e carinho para com eles nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada. Que descanse em paz. “ Aqueles que amamos não morrem,apenas partem antes de nós”Tratou: Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Seus filhos: Joaquim da Silva Oliveira, Carlos da Silva Oliveira, Mª Arminda da Silva Oliveira Ferreira, noras, genro, netos e restantes fa-miliares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. “ Permanecerás viva nos nossos corações. Descansa em paz.” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHANotária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas sessenta e sete a folhas sessenta e oito verso, do Livro Duzentos e Doze - B, deste Cartório.

António da Conceição Ribeiro, NIF 167 843 915 e mulher Maria Fernanda Calado Vieira Ribeiro, NIF 167 843 923, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, onde residem no lugar de Casal Duro, declaram que com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terra de cultura, pinhal com mato, com a área de dois mil e oitocentos metros quadrados, sito em Cova da Barreira, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Joaquim Inácio, de sul com Manuel João, de nascente com caminho e de poente com Câmara Municipal, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, ins-crito na matriz predial rústica sob o artigo 9999, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €656,96.

Que, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e ses-senta e nove por doação verbal de António Ribeiro Moço, viúvo, pai do marido, residente que foi no lugar de Casal Duro, Alqueidão da Serra, Porto de Mós, não dispondo, os justificantes, de qualquer titulo formal para os registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo.

Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio e direito predial em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exer-ceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propri-edade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé, durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio, por usucapião.

Batalha, quatro de Abril de dois mil e dezasseis. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Jornal da Batalha, Edição 309, de 14 de Abril de 2016

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHANotária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas setenta e seis a folhas setenta e sete, do Livro Duzentos e Doze - B, deste Cartório. Carlos Alberto Oliveira Henriques, casado, natural da fregue-sia e concelho da Batalha, onde reside no lugar de Santo Antão, com o cartão do cidadão n° 07161628 4 ZY3 válido até 27/01/2020, que outorga na quali-dade de Vice-Presidente da Câmara, em representação do: MUNICÍPIO DA BATALHA, pessoa coletiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, declaram que com exclusão de outrem, declara que o Município da Batalha, que representa, é dono e legitimo possuidor do prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão que se destina a escola primá-ria, com duas divisões, quatro portas e dezoito janelas, com a superfície co-berta de cento e noventa e quatro metros quadrados, um telheiro com a área de cento e dois metros quadrados, uma cabine com a área de quatro metros quadrados e um recinto descoberto com a área de novecentos e sessenta e um metros quadrados, sito na Rua dos Moinhos, n°.2, Portela das Cruzes, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 4252, com o valor patrimonial de €47.110,00.

Que o Município da Batalha adquiriu o referido prédio, no ano de mil novecentos e setenta e quatro, por transmissão verbal da Direção Geral das Construções Escolares, com sede na Praça de Alvalade, em Lisboa, não dis-pondo, assim, a justificante de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo.

Que em consequência daquela transmissão verbal, o Município da Batalha possui o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias, conservação e defesa da pro-priedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião.

Batalha, seis de Abril de dois mil e dezasseis. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6Jornal da Batalha, Edição 309, de 14 de Abril de 2016

Joaquim Carreira Vieira 70 anos

N. 18 – 11 – 1945F. 01 – 04 – 2016

BatalhaAGRADECIMENTO

Manuel António de Jesus 95 anos

N. 04 – 12 – 1920 F. 15 – 03 – 2016

Torre – Reguengo do FetalAGRADECIMENTO

Pedro José Meneses Monteiro88 anos

N. 17 – 09 – 1927F. 30 – 03 – 2016

Golpilheira – BatalhaAGRADECIMENTO

Sua filha, irmã e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agra-decer todo o apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada. A todos, muito obrigado.

Tratou: Funerária Santos & Matias, L.da

Seus filhos: Armindo, Joaquim e Mª Emília, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todo o apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acom-panharam o seu querido familiar até à última morada. A todos, muito obrigado. “ Aqueles que amamos nem sempre estão junto a nós, mas nunca saem do nosso coração” Tratou: Funerária Santos & Matias L.da – Batalha

Sua esposa, filhos, netos e restantes familiares, e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem com agrade-cer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada. “ Permanecerás para sempre nos nossos corações e nas nossas lem-branças”Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha

Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação cele-brada neste Cartório Notarial, no dia cinco de abril de dois mil e dezasseis, exarada a folhas cento e trinta e três a folhas cento e trinta e quatro verso do Livro de Notas para “Escrituras Diversas” Trezentos e Trinta e Dois — A:

MARIA DA PIEDADE LOPES DA SILVA e cônjuge MANUEL FERREIRA MONIZ

DA SILVA, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, residentes na Rua dos Romanos, 56, Bico Sacho, Golpilheira, Batalha.

Se declararam, com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores do prédio rústico sito em Bico Sacho ou Bico Sachos, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, composto ,de terra de semeadura, oito oliveiras e duas árvores de fruto, com a área de mil cento e dez metros quadrados, a con-frontar do norte com Laura Vieira, do sul com serventia, do nascente com Rua Padre Jerónimo Ribeiro e do poente com Rua Nossa Senhora da Boa Viagem, não descrito na Conservatória do Registo Predial

da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 655, por proveniência do artigo rústico 3.209 da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial IMT de € 260,40, a que atribuem igual valor.

Que o prédio veio à sua posse por doação verbal de Manuel Lopes e es-

posa Maria Júlia da Piedade, residentes que Bico Sacho, Golpilheira, Batalha, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta e oito, já no seu estado de casados.

Que, não obstante não terem título formal de aquisição do referido pré-dio, por força daquela compra verbal, foram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, pagaram os respetivos impostos, gozaram todas as utilidades por ele propor-cionadas, cultivaram-no, colheram os seus frutos sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o ostensivamente e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

A colaboradora,(Sandra Marisa Guerra da Silva Oliveira)

Jornal da Batalha, Edição 309, de 14 de Abril de 2016

CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRORua Francisco Serra Frazão, Lote B, 4º r/c dto -2480-337 Porto de Mós

Jornal da Batalha abril 2016 23

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O Presidente da Repú-blica presidiu, no Mosteiro da Batalha, no dia 9 deste mês, às cerimónias de co-memoração do Dia do Com-batente, ao 98.º aniversá-rio da Batalha de La Lys e à 80.ª romagem ao Túmulo do Soldado Desconhecido, onde depositou uma coroa de flores.

Na sua intervenção, pe-rante as forças em parada,

Marcelo Rebelo de Sousa re-alçou o vínculo dos milita-res portugueses à luta “pela Pátria, paz e liberdade”, re-cordando que Portugal nas-ceu há quase 900 anos “no regaço dos soldados”.

“Nada nem ninguém fará vacilar a nossa vontade de lutar pelas causas da Pátria, da paz, da liberdade, da de-mocracia e da dignidade da pessoa humana”, disse o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, enalte-cendo a ação dos militares portugueses em diversos te-atros de operações, em mis-sões internacionais, “defen-dendo a paz e o direito in-ternacional” quando “novos

paradigmas” se apresentam à sua eventual intervenção no campo de batalha.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou as “novas amea-ças” à paz no mundo e disse

que “a formação, os valores e os princípios dos comba-tentes se mantêm fiéis aos princípios doutrinários que sempre caracterizaram” os militares portugueses.

“Se os adversários da li-berdade e da tolerância con-tam com o temor, com a inti-midação, com a hesitação ou com a dúvida da nossa parte, desenganem-se”, acentuou

o Presidente da República, convicto que “o crescente protagonismo” do país “no cenário internacional em transformação” e o seu “compromisso com a paz e o multilateralismo em vá-rios continentes” prestigia a imagem de Portugal no mundo.

Marcelo Rebelo de Sousa participou na missa de su-frágio pelos combatentes falecidos, celebrada pelo bispo Manuel Linda e assi-nou o livro de ouro da Liga dos Combatentes, no Mu-seu das Oferendas, onde agora está também exposta a última Bandeira Nacional hasteada em Macau.

“Ninguém fará vacilar a nossa vontadede lutar pelas causas da Pátria”

A fechar B

ABRIL 2016Inscrições abertas para a maratona em BTTA 10ª edição da Maratona do Centro em bicicleta todo-o-terreno (BTT), com organização e promoção da responsabilidade da Air-bike – Associação de ciclismo, decorre na Batalha no dia 15 de maio. As inscrições, no site www.airbike.net, custam 16 euros e encerram às 24 horas de 8 de maio.

m O Presidente da República presidiu, no Mosteiro da Batalha, às cerimónias de Comemoração do Dia do Combatente

p O Presidente da República enalteceu o papel dos militares

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