jornal da arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

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Jornal da ARQUIDIOCESE DEZEMBRO DE 2014 FLORIANÓPOLIS, nº 207 Imaculada Conceição pré-redimida por graça divina | 8 Natal: Cozinha do “Tio Lau” caridade social | 10 a festa da família cristã Natal , consumir ou celebrar? | 5

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Page 1: Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

Jornalda

ARQUIDIOCESEDEZEMBRO DE 2014FLORIANÓPOLIS, nº 207

Imaculada Conceiçãopré-redimida por graça divina | 8

Natal: Cozinha do “Tio Lau”caridade social | 10

a festa da família cristãNatal,

consumir ou celebrar? | 5

Page 2: Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

Natal do amor e da reflexão

Nos caminhos de Francisco

Contemplando o presépio

Nas redes

Para toda a população, dezembro representa o término de mais um ano. E com ele: festas, pre-sentes, confraternizações, encontros em família, amigos, virada de ano, “curtição”. Mas para nós cristãos, esse mês se destaca pelo nascimento do Menino Deus.

Como cita Pe. Evaristo Debiasi na página 06, “a vivência do verdadeiro espírito natalino pede que si-gamos os passos e a vida de Jesus. No Deus que nos abraçou pela encarnação de seu Filho, a cele-bração do Natal em família deve suscitar em cada um de nós o crescimento de amor a Deus, de amor do esposo para a esposa, dessa para o esposo, dos pais para os filhos, dos filhos para os pais, das fa-mílias para a comunidade e de toda a humanidade”. Mas afinal, você neste Natal vai consumir ou cele-brar? Reflita nas páginas desta edição.

Na última edição do Jornal da Arquidiocese de 2014, você acompanha ainda o início do Ano da Vida Consagrada, a cozinha do Tio Lau na Paróquia Santa Cruz, em São José, a movimentação da Ar-quidiocese para a Campanha da Fraternidade 2015, além de outras reflexões e notícias.

Acesse também as novidades pelo site: arquifln.org.br, facebook: facebook.com/arquifloripa e twit-ter: @arquifloripa.

Fique ligado, vem aí uma edição especial com os horários das Missas durante o verão e atrações do turismo religioso.

Um abençoado Natal cheio do amor de Cristo e um Ano Novo de muitas graças, pela intercessão de Nossa Senhora!

Os Evangelhos mostram atitudes de algumas pessoas diante do Menino na manje-doura. Os anjos cantam “glória a Deus”, os pastores, encanta-dos, foram ver o que acontece-ra, os magos vieram adorá-lo e trouxeram presentes. Todos sentiram uma grande alegria.

Neste Natal, também nós somos convidados a fazer uma visita ao presépio. Algumas ati-tudes podem ajudar a contem-plar o mistério de Deus que se fez homem.

O silêncio – O essencial se vê com os olhos do coração, é difícil dizer com palavras. É afir-mado verdadeiramente apenas com a vida. Ao olhar a manje-doura, a primeira reação é de surpresa diante do mistério de amor. Jesus entra no tempo dos homens para viver em comu-nhão com o ser humano. O es-panto se torna encanto. Quem contempla o presépio é tomado pela mesma alegria dos pas-tores. Desenvolve a capacida-de de perceber a presença de Cristo na pessoa dos necessi-tados. A contemplação desta

realidade amorosa contagia a todos. No silêncio as vozes do ciúme, do ódio, da ganância, da malícia são substituídos por vozes de bondade, de alegria, de paz, de esperança.

Deus é luz – É uma imagem muito usada para falar do divi-no. Se Deus é luz, ele é o que não se vê, mas faz ver. A luz não é para ser vista, é para ilu-minar todo o resto. Se vejo as coisas com aquele sentido es-condido aos olhos comuns, é porque alguém me faz ver. Pro-curo Deus? Há duas maneiras de espalhar a luz: ser a vela ou

o espelho que a reflete. Santo Agostinho diz que ter fé é acre-ditar no que não se vê e a re-compensa dessa fé é ver aquilo em que se acredita.

Adoração – Bernanos, autor cristão, lembra que aceitar-se a si mesmo é uma grande graça,

mas a graça de todas as graças é esquecer-se de si mesmo. Quem é capaz disso torna-se livre. Mas nenhum homem pode realizar isso. Só Deus pode rea-lizar isso nas pessoas. Quando a proximidade de Deus deixa de ser importuna e impregna o seu ser, ele torna-se capaz de esquecer-se de si e viver para o outro. A adoração não se faz na mente, mas em todo o corpo. Ela exige sempre um gesto cor-poral. Diante do menino somos convidados a externar um gesto de adoração.

2 Jornal da Arquidiocese, dezembro de 2014

opinião

Dom Wilson Tadeu Jönck,scj

Quanto bem podemos fazer com o bom exemplo, e quanto mal com a hipocrisia!1

@pontifex_pt

Reunião do Clero Arquidiocesano

“Nesta terça-feira acolhemos a Reunião do CleroArquidiocesano. Nos alegramos porque o CEAR está se

tornando constantemente um local de comunhão”.

Página do facebook da Comunidade Divino Oleiro

Filme da Irmã Dulce estreou dia 27 de novembro

Precioso canto à Virgem Maria vira sensação na internet

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC,

Fone: (48) 3224-4799 / 9982-2463

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de

Florianópolis-SC.

DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller

CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Leandro Rech,

Pe. Revelino Seidler, Pe. Vânio da Silva, A. Carol Denardi, Fernando Anísio Batista,

Jean Ricardo Severino, Lui Holleben, Olga Oliveira

JORNALISTA RESPONSÁVEL: A. Carol Denardi (SC 01843-JP)

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Lui Holleben

O faminto está ali, na esquina da estrada, e pede direito de cidadania, pede para ser considerado na sua condição, para receber uma alimentação de base sadia. Pede-nos dignidade, não esmola.

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1 de novembro, no twitter

20 de novembro, na Conferência Internacional sobre a Alimentação

Há tanto barulho no mundo! Aprendamos a estar em silêncio dentro de nós mesmos e diante de Deus.

218 de outubro, no twitter

Quando encontramos uma pessoa verdadeiramente necessitada, reconhecemos nela o rosto de Deus?4

22 de novembro, no twitter

REVISÃO: Roberson PinheiroCOORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Leandro Rech e Erlon Costa

TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense

EMAIL: [email protected] e [email protected]: www.arquifln.org.br

FACEBOOK: Arquidiocese de FlorianópolisAssessoria de Comunicação

Sede fortes e apegai-vos à Igre-

ja e à vossa fé. Transformai com a vossa esperança

e curai com o vos-so perdão, com o amor e a paci-ência do vosso

testemunho.

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26 de novembro, encorajando os cristãos

do Iraque e Oriente Médio

Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador

“Maria, você sabia que o seu bebê um dia irá andar sobre as águas? Maria, você sabia que o seu bebê irá salvar

nossos filhos e filhas?”.

“Nós podemos ser melhores do que somos. Ela mesma não tinha ideia da grandeza do seu coração. Morreu achando que tinha feito pouco. Agora a gente vê que ela nos deixou uma

herança extraordinária”.

“Fazer silêncio é a primeira atitude para quem quer

entender o mistério do Natal”.

A Doutrina Social da Igreja vem do Evangelho, da tradição cristã, é um valor evangélico.5

26 de novembro, no twitterTrecho de “Mary did you know?”, disponível no Youtube

Page 3: Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

3Jornal da Arquidiocese, Dezembro de 2014

#compartilha

Prof. Carlos Martendal

Natal 1À medida que os dias se sucedem e o Natal se

aproxima há um clima diferente no ar, existe algo diferente no coração. Faz-se uma viagem no tempo,

volta-se a ser criança com alegria de criança, pureza de criança, expectativa de criança!

Natal 2É preciso fazer-se criança para acolher a Criança, o Menino, o Filho que nos foi dado; é preciso fazer-se criança para encontrar a Mãe que acreditou; é pre-ciso fazer-se criança para encontrar o pai José, tão

bom, tão justo, tão alegre, que transparece a bonda-de, a justiça e a alegria do Pai eterno!

Natal 3Não podemos ser felizes sozinhos; só se é feliz quan-do se faz alguém feliz! Jesus nasce numa gruta para

fazer-nos morar num palácio; vive só 33 anos para nos dar uma eternidade sem fim; sofre incompreen-

sões sem conta para compreender-nos sempre; é injustiçado para nos fazer justiça; é morto para nos

dar a vida. É tempo de nascer com o Nascituro, para sermos, como Ele, Natal para os irmãos!

Natal 4Aproximemo-nos do presépio. Ali estão três pobres que se amam e que mudaram o mundo. Aproxime-mo-nos do presépio: o Verbo se fez Carne. Aproxi-

memo-nos do presépio: a “luz verdadeira” (cf. Jo 1,9) veio dissipar nossas trevas! Feliz Natal!

Emaús 40 anos: uma noite de gratidão

O Movimento de Emaús foi homena-geado pela Assembleia Legislativa na noite de 04 de novembro pela passa-gem dos 40 anos de fundação na Ar-quidiocese de Florianópolis e Diocese de Joinville.

Além dos membros jovens dos dois secretariados, estiveram presentes o Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, o orientador espiritual do Emaús de Florianópolis, Pe. Vitor Galdino Feller e o diretor espiritual do Movimento em Joinville, Pe. Diomar Romaniv, scj.

“Quando o querigma (anúncio de Cristo) é acolhido, gera sempre um en-tusiasmo. E o Emaús colocou esse en-tusiasmo no meio dos jovens. Os jovens passaram a acreditar neles mesmos, na vida cristã, que tinham um lugar na Igreja e na sociedade”, relatou Dom Wilson.

Na oportunidade, Pe. Vitor Feller, aproveitou para destacar que “o encon-tro com Jesus Cristo transforma o cora-ção dos jovens que se tornam adultos para serem missionários do Senhor Je-sus Cristo, para serem santos”.

Retalhos do Cotidiano

Cáritas da Região Sul debate a campanha contra a fome

Aconteceu de 06 a 08 de novem-bro, no bairro Barreiros, em São José,

o Encontro Inter-Regional Sul da Cáritas Brasileira. O evento teve como

objetivo a união das forças, ideias, partilhas de experiências e ações dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, para o combate à

fome. No encontro foi debatido, de ma-neira especial, a Campanha Mundial

da Cáritas: “Uma família humana – pão e justiça para todas as pessoas”.

Dom Vito: a felicidade dos 60 anos dedicados ao sacerdócio

A Matriz da Paróquia San-ta Cruz, em Areias, São José, ficou lotada de amigos e fieis que participaram da Missa em comemoração aos 60 anos de sacerdócio do bis-po auxiliar emérito, Dom Vito Schlickmann. A Celebração Eucarística ocorreu no dia 28 de novembro. Uma vida totalmente ofertada à Igreja e ao povo da Arquidiocese, que gera frutos de eternida-de e serve de exemplo para gerações futuras.

Na Assembleia Legislativa, o testemunho dos arcebispos centenários

A Assembleia Legislativa pro-moveu, na noite de 11 de novem-bro, uma sessão especial para celebrar o centenário de posse de Dom Joaquim Domingues de Oliveira como Bispo de Florianó-polis, e o centenário de nasci-mento de Dom Afonso Niehues.

A solenidade proposta pela Mesa da Assembleia foi conduzi-da pelo 1º vice-presidente, depu-tado Joares Ponticelli (PP) e pelo deputado Pe. Pedro Baldissera (PT). Na ocasião foram homena-geadas instituições ligadas dire-tamente aos dois arcebispos.

A noite ainda foi abrilhantada pelo Coro do Seminário de Teo-logia do Convívio Emaús, regido pelo Pe. Ney Brasil Pereira.

Pe. Vitor, orientador espiritual do Emaús

Foto: João Augusto de FariasFo

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Page 4: Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

A Renovação Carismática Católica da Arquidiocese de Florianópolis está na expectativa de mais um Louvor de Verão, que se realizará no dia 18 de ja-neiro, no Ginásio Irineu Bornhausen, de Camboriú. As atividades se iniciam às 8h com a oração do terço e se encer-ram às 16h com a celebração da missa.

O tema a ser vivenciado nesta edi-ção do Louvor de Verão é: “Não vos conformeis com esse mundo, mas transformai vos pela renovação do vos-so espírito” (Rm 12,2a). Algumas pre-senças já estão confirmadas: o conse-lheiro eclesial da RCC da Arquidiocese, Pe. Leandro Rech; a pregadora Vera Casagrande, do estado do Paraná e o Ministério de Música Voz Amiga, da Diocese de Criciúma.

Os pais que desejam ir ao encontro vão contar com o cantinho da criança, espaço dedicado ao cuidado e evan-gelização dos pequenos.

Giovanna Laurea DutraRenovação Carismática Católica

Louvor de Verão promete novidades para a 24ª edição

4 Jornal da Arquidiocese, Dezembro de 2014

#compartilha

Neste mês de dezembro, Pe. Olívio Guesser, da Arquidiocese de Florianó-polis, comemora 50 anos de ordenação presbiteral. Nascido em 12 de janeiro de 1935, na cidade de Antônio Carlos, ele é o oitavo dos 14 filhos do casal Pedro Je-rônimo Guesser e Maria Mannes.

Em 1950 ingressou no Pré-Seminário de São Ludgero e no ano de 1964 con-cluiu os cursos de Filosofia e Teologia no Seminário Imaculada Conceição de Via-mão, Rio Grande do Sul.

A ordenação presbiteral recebeu das mãos do Arcebispo Dom Joaquim Do-mingues de Oliveira, em 13 de dezembro de 1964.

Pe. Olívio trabalhou em Tijucas, Ilho-ta, Camboriú, Canelinha e na Diocese de Lages. Também foi capelão do Imperial Hospital de Caridade e colaborou no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, no Estreito, e paróquias vizinhas. Mesmo com a saúde debilitada, o sacerdote foi orientador espiritual do Movimento Serra.

Pe. Olívio Gesser celebra o Jubileu de Ordenação Presbiteral Schola Cantorum apresenta Audição Musical

Pe. Olívio, o 3º da esquerda para a direita, comemorará 50 anos de ordenação

Arquidiocese divulga transferência de padres para 2015

O Arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wil-son Tadeu Jönck, scj, comunicou as transferências de padres para o ano de 2015:- São João Batista - Pe. Élio Luiz Grings (pároco)- Nossa Sra. de Azambuja (Brusque) - Pe. Pedro Schlichting (pároco)- Nossa Sra. de Azambuja - Pe. Alvino Introvini Milani (vigário paroquial)- Seminário de Azambuja (Brusque) - Pe. Sílvio José Kremer (formador)- Senhor Bom Jesus de Nazaré (Palhoça) - Pe. José Osni Kuh-nen (vigário paroquial)- Catedral (Florianópolis) - Pe. Eugênio Kinceski (vigário pa-roquial)- São Judas Tadeu (São José) - Pe. Tarcísio José Schuch (pá-roco)- Nossa Sra. da Imaculada Conceição (Bombinhas) - Pe. Val-deci Cardoso Vieira (pároco)- Sagrado Coração de Jesus (Paulo Lopes) - Pe. Joselito Sch-mitt (pároco)- Nossa Sra. da Imaculada Conceição da Lagoa (Lagoa da Conceição) - Pe. Celso Antunes Duarte (pároco)- Nossa Sra. dos Navegantes (Gov. Celso Ramos) - Pe. Josino Amaral (pároco)- Sant’Ana (São José) - Pe. Pedro Alcido Philippe (pároco)- Amapá (Missões) - Pe. José Jacob Archer- Nossa Sra. do Carmo (Coqueiros) - Pe. Flávio Feller (pároco)- Sto. Antônio e Sta. Maria Goretti (Coloninha) - Pe. Siro Manoel de Oliveira (pároco)

Programação:

11 de dezembro, 19h - Santuário de Nossa Senhora de Fátima – Estreito;

20 de dezembro, 19h30 - Igreja Senhor Bom Jesus, Rachadel - Antônio Carlos.

Neste ano o evento terá a pregação de Vera Casagrande, do Paraná

Realizou-se no dia 22 de novembro, a Audição Musical 2014 da Schola Cantorum Nossa Sra. da Glória, no Teatro do Centro Educ. Menino Jesus.

Com direção geral do Pe. Tarcísio Vieira e direção musical e regência da Profª. Najla dos Santos, foram apresentadas músicas sacras interpretadas pelos componentes do primeiro e do segundo ano do curso. Também aconteceu uma homenagem à Fraternidade dos Pobres de Jesus Cristo (Fraternidade “O Caminho”). Auxiliaram na preparação vocal o Profº. Igor Issicaba e os cantores Cristian Gonçalves e Solange Scolaro.

Na ocasião aconteceu também a certificação, conferida pela FACASC, de 11 alunos que concluíram os dois primeiros anos de formação. Na última parte, apresentaram-se músicas do último CD da Fraternidade “O Caminho”, com arranjos vocais do Profº. Eusé-bio Kohler e arranjos instrumentais do músico Lauro Bragaglia.

Foto: Everton Marcelino

Page 5: Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

O que você fará na véspera e no dia de Natal? Já sei! Pre-parará um grande banquete. Trocará presentes com seus entes queridos. Festejará.

Quem você encontrará nas comemorações do Natal? Já sei! O papai Noel. Familiares e amigos, com quem passará momentos agradáveis. Crian-ças pobres que receberão brin-quedos.

Como você comemorará o Natal neste ano? Consumindo ou celebrando?

Infelizmente, o ato de pre-sentear e consumir no Natal tem se tornado o centro das atenções. O Menino Jesus tem perdido cada vez mais seu espaço na celebração do ani-versário. É como se fôssemos a um aniversário sem saber quem é o aniversariante. Então, sem saber o que fazer, são dis-tribuídos os presentes.

Na procura de um culpado, podemos dizer que a culpa é dos reis magos que presente-aram Jesus ainda na manje-doura. No entanto, a motivação originária dos reis magos es-

tava completamente revestida de simbologia, muito diferente da atual, levada por um con-sumismo irracional. Os presen-tes ofertados: ouro, incenso e mirra, tinham um significado próprio, conforme vejamos: o ouro era um presente para um rei; o olíbano (incenso) para um sacerdote, representando a es-piritualidade; a mirra, para um profeta - a mirra era usada para embalsamar corpos e, simboli-camente, representava a imor-talidade.

Qual é a motivação que te-mos para presentear no Natal? É a mesma motivação dos reis magos?

Somos levados a consumir por consumir, sem reflexão e sem critérios. Somos levados por uma grande onda - capita-lista - que diz que quanto mais consumirmos, mais felizes se-remos. Será este o verdadeiro sentido do dia 25 de dezem-bro? O que você fará neste Natal: celebrar o nascimento de Jesus ou consumir?

Ano da Vida Consagrada Natal: consumir ou celebrar?

5Jornal da Arquidiocese, Dezembro de 2014

nossa fé

No primeiro domingo do Advento (30/11/2014) teve iní-cio o Ano da Vida Consagra-da. Foi instituído pelo papa Francisco para celebrar o 50º aniversário do decreto conci-liar Perfecta e Caritatis sobre a renovação da vida religiosa, de 28 de outubro de 1965. A conclusão está prevista para o dia 02 de fevereiro de 2016, por ocasião do Dia da Vida Consagrada. No decorrer deste amplo espaço de tem-po serão realizadas inúmeras iniciativas e celebrações para ressaltar as várias dimensões da missão dos consagrados.

ImportânciaCom o decreto Perfecta e

Caritatis, o Concílio Vaticano II propôs para as pessoas con-sagradas, também chamadas de religiosos ou religiosas, a

caridade perfeita. Todos os cristãos são chamados à ra-dicalidade da vida no Evan-gelho. Mas as pessoas con-sagradas são chamadas a seguir o Senhor de uma forma especial. Por sua vida santa, sua perfeição no seguimen-to de Cristo, sua doação no serviço do próximo, seu amor aos pobres, sua disposição para a atividade missionária, “são homens e mulheres que podem acordar o mundo”, diz o papa. Além da radicalidade da vida batismal, seguem o ca-risma de alguma congregação, instituto ou ordem, vivendo em pequenas comunidades os va-lores centrais do Evangelho.

Missão Assim refere-se o Docu-

mento de Aparecida às pes-soas consagradas: “Segundo seus carismas fundacionais,

colaboram com a gestação de uma nova geração de cristãos discípulos e missio-nários e de uma sociedade onde se respeite a justiça e a dignidade da pessoa huma-na” (DAp 217). Atuando nos meios populares, no mundo da educação e da comunica-ção, da assistência social e da conscientização do povo, apontam para o mundo novo. Pelos votos de pobreza, casti-dade e obediência, sinalizam para os outros membros da Igreja e para o mundo as re-alidades definitivas do Reino de Deus. No Reino definitivo, diante de Deus, todos serão pobres, castos e obedientes, porque só o Senhor será nos-so único bem.

Pe. Vitor Galdino FellerVigário Geral da Arquidiocese

Schola Cantorum apresenta Audição Musical

Advento: vem, Senhor Jesus!“Vem, Senhor Jesus!”

Maranathá! Provavelmente é a mais antiga prece dos cristãos que ardentemente suspiravam pelo retorno do Senhor. Podemos imaginar a saudade que tinham de Je-sus, os apóstolos, discípulos, pobres e doentes que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

Na liturgia, o pedido “Vem, Senhor Jesus” é fei-to logo após as palavras da consagração, na apresenta-ção do mistério da fé, me-mória do gesto que Jesus ardentemente desejava fa-zer: comer com os apósto-los a ceia pascal, prenúncio da paixão e ressurreição.

“Vem, Senhor Jesus!” é a prece do tempo que ante-cede as alegrias natalinas. O tempo do Advento abre o ano cristão da Igreja latina e traz o sentido de expec-tativa, pedido de socorro,

esperança de mundo novo, grito por salvação.

São quatro domingos: os dois primeiros nos remetem à vinda gloriosa do Senhor no final dos tempos, e os dois últimos à vida de Jesus no Natal. Natal da história, Natal de Belém.

Mas, poderíamos per-guntar: Jesus não está entre nós, ele que está em tudo e em todos? João nos respon-de: “Ele está no mundo, mas o mundo não o reconhece” (Jo 1,10). Ele está presente por seu amor e ausente pela nossa indiferença. Então, nosso pedido tem o senti-do de que nossos olhos se-jam purificados para vê-lo e aceitar sua companhia.

Querendo ou não, todo ser humano tem saudade do Senhor, saudade do Bom Pastor. Todos queremos que ele logo retorne. Quan-

do rezamos “Senhor, sê nosso pastor”, ele respon-de: “Eu sou o pastor, carrego nos ombros todo o rebanho, cada um de vocês, assumi toda a natureza humana”.

Os corações mansos e humildes reconhecem o Senhor, pois ele uniu-se à pobreza de nossa natureza, fez-se carne por amor a nós, unindo-se a nós assumiu toda a condição humana. Para quê? Para realizar seu plano de amor: unindo sua natureza divina à nossa na-tureza humana, ele quer nos fazer divinos, para que seja-mos um com ele (cf. Gregó-rio de Nissa, Carta a Teófilo).

O Senhor desceu para nos elevar. “Vem, Senhor Jesus”!

Pe. José Artulino BesenPároco da Procasa, São José

Fernando Anísio Batista

Page 6: Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

A vida que nasce no despertar de um sim

No ventre de Maria e na gruta de Belém os sonhos de Deus e as aspirações da humanida-de se abraçaram. No presépio de Belém, Deus se humanizou e a humanidade se divinizou. Deus-Trindade, a família eterna, fez-se família humana, no Natal de Jesus.

Sim, Deus nos amou tanto que por fim nos amou através da dádiva de seu único Filho amado, que se tornou um de nós na pessoa do Deus Menino na gruta de Belém. Não há pa-lavras que possam expressar o amor de Deus Pai em Jesus pela humanidade. Resta-nos o si-lêncio, a contemplação, a adoração e a nossa eterna gratidão. Deus não somente nos amou, e nos ama, desde sempre e para sempre. Ele nos amou e nos ama com um coração semelhante ao nosso na pessoa do Menino Deus que se tor-nou um de nós na estrebaria de Belém de Judá.

Na família de Nazaré, a família humana e to-das as criaturas se definiram em sua vocação maior. Sabemos pela própria ciência que toda criação e criaturas são tecidas por uma estrutu-ra familiar. Desde o cosmos ao átomo, do mais simples dos seres vivos até o homem e a mulher criados à imagem e semelhança de Deus. Por

isto mesmo, o Natal de Jesus é a festa por exce-lência do amor, da vida, da ternura, da fraterni-dade, da família cristã e da própria humanidade.

O que precisamos saber é que o Natal de Je-sus é ensinamento e ordem. No Deus que saiu de si assumindo-nos na Pessoa de Jesus somos convocados a ir ao encontro de Deus e dos ir-mãos, particularmente daqueles mais feridos.

A vivência do verdadeiro espírito natalino pede que sigamos os passos e a vida de Jesus. No Deus que nos abraçou pela encarnação de Jesus, a celebração do Natal em família e na família deve suscitar em cada um de nós um processo de amor a Deus, de amor do esposo para a esposa, dessa para o esposo, dos pais para os filhos, dos filhos para os pais, das fa-mílias para a comunidade e de toda a humani-dade. Somente assim a festa do Natal deixa de ser uma simples recordação do nascimento de Jesus para se transformar vida de Deus em nós e entre nós, Natal de Jesus.

O Criador dos céus e da terra nasceu numa simples manjedoura fazendo-se o mais pobre dos homens, para ensinar-nos a nos despren-der de tudo o que é supérfluo na vida, assumin-

do o destino dos que mais sofrem no mundo a partir dos de casa. Sim! É e será em primeiro lu-gar em nosso coração, na vida de cada pessoa, nas famílias, nas comunidades, na Igreja e em toda a humanidade que Jesus quer e precisa nascer hoje e sempre.

Nossas ruas, lojas, casas e igrejas se ilu-minam com milhares de luzes recordando-nos que Jesus é a verdadeira Luz que veio ao mun-do para nos salvar. Os presépios falam que Deus cumpriu suas promessas de salvação para a humanidade enviando o Messias desde sempre prometido pelos patriarcas e profetas. Mas, aquele que é o verdadeiro dono da festa infelizmente ainda não ocupa o seu verdadeiro lugar em nossa vida, nas famílias e no mundo.

De coração, desejo para cada família um santo e abençoado Natal, um feliz findar de ano e um Ano Novo pleno das bênçãos e das gra-ças de Deus.

Pe. Evaristo Debiasi,Orientador espiritual do Seminário Teológico de

Tubarão e Assistente Eclesiástico Nacional da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Brasil

6 Jornal da Arquidiocese, Dezembro de 2014

capa

No terceiro capítulo do Evangelho de João pode-se conhecer um pouco de uma figura enigmática e inalterável, pelo menos no princípio, chamado Nicodemos. Sendo um fino aristocrata, partiu silenciosamente em uma noite escura na estrada de Jerusa-lém ao encontro de Jesus.

Em meio a uma conversa com Jesus, aprendeu um pouco sobre o Reino de Deus: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus.

Nicodemos perguntou-lhe: Como pode um homem renascer, sendo velho? Por-ventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez?

Respondeu Jesus: Em verdade, em ver-dade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus.

O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito.

Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo.” (João 3,3-7).

A palavra “renascido” significa “nascido de novo”. Nascer de novo é, para o cristão, “nascer do alto”. Nicodemos, na limitada humanidade, necessitava de uma mudan-ça no coração.

O Natal, quando é cristão, tem gosto de salvação. Esta época, portanto, traz inúme-ras lembranças e histórias de nascimento e renascimento. Pois, Jesus, nascido de uma Virgem, ainda hoje, assim como fez com Nicodemos, relembra da importância de renascer.

O casal Erichson e Patrícia Stueber, consa-grados da Comunidade Católica Divino Oleiro, tiveram a graça do Sacramento do Matrimônio em agosto de 2013. A partir do casamento sur-giu a vontade de se ter um filho. “Casamos aber-tos a qualquer momento, em que Deus quisesse dar essa graça para nós”, conta Erichson.

O Natal de 2014 para esta família será, cer-tamente, diferente: “Com o nascimento de Ma-ria Alice, vimos como é importante a chegada de uma criança na vida de uma família. Ima-ginemos quão importante foi o nascimento de Jesus para a humanidade, e sentimos a emo-ção de lembrar que ele não era apenas uma criança, mas o verdadeiro Filho de Deus”.

Todo mês de dezembro, o Movimento de Emaús de Florianópolis realiza quatro noites de visitas a hospitais, creches, asilos e abrigos, nas chamadas “Serenatas de Natal”.

O administrador de empresas Fernando Cani, que esteve à frente do projeto por 03 anos, conta um pouco da experiência: “As Se-renatas de Natal representam uma ação bem simples na essência, mas com grande potencial de evangelização”.

Fatos significativos marcam a trajetória das serenatas. Fernando lembra de uma em espe-cial: “Em algum hospital, algumas jovens entra-ram em um quarto e deram um pouco de cari-nho a um senhor que estava bem adoecido. De repente, ao meu lado, uma senhora foi chamar essas duas meninas que tinham entrado naque-le leito. Informaram que aquele senhor acabara de falecer, instantes após o abraço recebido das voluntárias. Suas palavras foram: ‘Queri-das, ele descansou. Parecia que estava só es-perando os anjos virem até aqui para levá-lo. E os anjos chegaram através de vocês”.

No ano de 2014, as serenatas ocorrerão de 8 a 11 de dezembro. Mais informações:

facebook.com/serenatasemausfloripa

Sonhos e aspirações se abraçam na manjedoura

Maria Alice trouxe mais alegria para os pais Erichson e Patrícia

Todas as noites, mais de 100 jovens participam das serenatas

Page 7: Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

7

“Para mim vem a imagem da Sagra-da Família e do Menino Jesus. Papai Noel não entra na minha casa. Tam-bém muitas saudades, é um tempo

de reflexão”.

Luzia Gottardi

secretária da Paróquia São Judas Tadeu, Águas Claras, Brusque

“É a comemoração do nascimento de Jesus. Lembro-me do presépio vivo. Quando eu era pequena, meu

pai nos levou em Angelina para ver o presépio vivo, muito lindo. Eu

fiquei com aquela imagem até hoje”.

Clara Nair de Souza

cozinheira da residência episcopal,Florianópolis

“Me recordo do Menino Jesus, ale-gria, festa, esperança”.

Maria da Glória Bastos

secretária da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição,

Angelina

“Eu penso na vida que renasce por meio do Menino Deus. Penso nas crianças abandonadas, que não

têm nada, nas periferias. Acho que o Natal para elas é uma tristeza, pois olham a cidade iluminada e

dentro delas não tem luz. Teríamos que pensar em uma forma do Natal chegar até elas, não só neste mo-

mento, mas em toda vida. Resgatar estas crianças. Que elas consigam ter este Menino Deus para sempre

e entendam o Natal como vida. Que o Natal ilumine as pessoas para ter

uma atitude de resgate dos carentes e abandonados”.

Margarida Maier

catequista na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Porto Belo

QUANDO SE FALADE NATAL,

DE QUE VOCÊ LEMBRA?

O livreto do Tempo Advento/Natal é uma propos-ta que a Equipe de Redação dos Grupos Bíblicos em Família/Comunidades Eclesiais de Base (GBFs/CEBs), junto com a Coordenação de Pastoral, oferece às pes-soas para levar a alegre notícia do nascimento de Jesus em meio a uma sociedade consumista e individualista que desvirtua o verdadeiro sentido do Natal. Anunciar e testemunhar a revelação do amor de Deus à huma-nidade, na pessoa de seu Filho Jesus de Nazaré que veio, vem e virá sempre aos que abrirem o coração para acolhê-lo.

Queremos ser mensageiros dessa alegre notícia, preparando os caminhos para o Senhor, rezando e re-fletindo nas casas, seguindo os encontros: Uma alegre expectativa; Alegrai-vos: o Senhor vem; Espera Jubilo-sa: O Senhor vem; O sim de Maria: O Senhor vem; e Natal: Festa da alegria.

Que nessa caminhada do Advento possamos abrir a nossa casa e o nosso coração para fazer o encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo. Alegrai-vos, o Senhor vem!

Que o nascimento de Jesus, o Filho de Deus, seja a luz, a estrela guia para iluminar todos os povos, neste abençoado, feliz e santo Natal e ao longo de 2015.

Maria Glória da Silva,Coordenadora Arquidiocesana dos GBF/CEBs

O Asilo Casa Santa Maria dos Anjos, localizado em Palhoça, prepara a celebração de “Natal dos Idosos”. O evento acontece no dia 16 de dezembro, às 19h, e conta com a participação de familiares e amigos dos idosos que moram no local. A ação é organizada pelos funcionários e tem como objetivo promover a “cultura do encontro” entre familiares e amigos dos asilados.

A recepcionista da casa, Chayenne Marian, 21 anos, destaca que este é um tempo novo: “Tempo de nascer dentro deles a vontade de viver por mui-tos anos. Vejo que o nascimento de Jesus é um mo-mento de despertar nos idosos a alegria de viver”.

Entre os idosos, a expectativa do Natal também é grande. Eloyr das Graças Oliveira de Sousa, 57 anos, natural de Campos Novos (SC), mora no asilo há cin-co anos. Ela observa que “o Natal é a comemoração do nascimento de Jesus. Cantamos Noite Feliz, re-zamos o Pai Nosso, a Ave-Maria e dançamos muito”.

O Natal também traz muitas lembranças. “Lem-bro do meu esposo Hilário Francisco de Sousa - que também ingressou no asilo, mas faleceu no mesmo dia que chegou na casa e dos meus sobrinhos que me visitam”, relata Eloyr, desejando que nesse Natal todos os moradores da Casa Santa Maria recebam muitas visitas.

A direção do Santa Maria afirma que para este mês de dezembro, o asilo já conta com a confirma-ção de cinco visitas de grupos formados por empre-sas e/ou amigos. Eles planejam oferecer um Natal diferente aos idosos, inclusive com entrega de pre-sentes. Mas, as ações não devem ser esporádicas.Por isso, a coordenação do asilo solicita uma con-tínua participação da sociedade na promoção da dignidade dos idosos residentes.

José Alisson SantosMarketing - Asilo Casa Santa Maria dos Anjos

A “Cultura do Encontro” e celebrada no Natal dos Idosos

Mensageiros da alegre noticia

Nicodemos, Maria Alice, e os fatos concretos de amor e doação nos asilos e hospitais são histórias que fazem relembrar o significado do dia 25 de dezembro.

Jesus, o verdadeiro presente, a estrela principal da Noite de Natal, abaixa-se e vem até a humanida-de para tão somente amar. Uma presença amorosa que inunda a vida, preenche todo vazio de solidão, alcança os marginalizados, transforma e aquece os corações. Alcançou Nicodemos, o casal Erichson e Patrícia, os idosos nos asilos, os doentes nos hos-pitais, você.

Com o “fiat” de Maria, o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Que a Mãe do Deus Menino ajude a todos a fazerem a experiência com seu Filho que espera também o fiat, o “faça-se, Senhor”, cumpra-se a sua vontade, na vida de cada ser humano.

Feliz Noite de Natal!

Então é Natal...

Dona Eloyr enfeita a árvore para a festa dos idosos

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Foto: José Alisson S

antos

Page 8: Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

“És toda bela, minha amada, e em ti não há man-cha” (Ct 4,7). Es-sas palavras ex-traídas do livro do Cântico dos Cânticos são bem apropriadas para iluminar o misté-rio que sonda a vida da Virgem Maria: desde o primeiro instante de sua existência, no ventre de Ana, a graça lhe foi transmitida abun-dantemente, pre-servando-a imune de toda mancha da culpa original.

O Pai a “esco-lhe em Cristo, an-tes da fundação do mundo, para ser santa e imaculada sob o seu olhar, no amor” (Ef 1,4). A beleza e simplici-dade da Virgem de Nazaré encanta-ram o Criador que olhou, com admi-ração, para a humildade de sua serva (cf. Lc 1,48). Encontrando graça junto de Deus (cf. Lc 1,30), Maria foi eleita para ser a mãe do Salvador e recebeu da parte do Senhor um nome novo: cheia de graça (cf. Lc 1,28). Repleta do favor divino, foi santificada previa-mente, pela divina graça, com vista ao seu chamado. Para ser a Mãe do Redentor, Maria “foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função” (LG 56). De fato, o Poderoso realizou maravilhas na vida dela.

Os padres orientais, desde os pri-

meiros séculos, chamam a Mãe de Deus de Pa-naghia, a “Toda Santa”, aquela que se deixou plasmar pelo Es-pírito Santo. À luz da revelação bí-blica e fiel à tra-dição, em 1854, o Papa Pio IX proclama sole-nemente o dog-ma da Imacula-da Conceição. A definição dog-mática reconhe-ce que Maria foi resgatada pelo Filho, desde a concepção. Per-tencente à raça humana, Maria também preci-sou ser redimida

pelo Messias Salvador (cf. Lc 1,47). Contudo, a Virgem não foi resgatada por purificação, mas por preservação. A mãe de Jesus foi pré-redimida, sal-va por antecipação, através de uma graça singular e por privilégio divino, em vista dos méritos de Cristo (LG 53).

Ao celebrarmos o mistério da Imaculada Conceição, somos impul-sionados a imitá-la como modelo de santidade e a assumirmos o convite de Jesus: “Sede santos, assim como o vosso Pai celeste é santo” (Mt 5,48).

Pe. Wellington Cristiano da Silva, Reitor do Seminário Propedêutico

Mons. Valentim Loch, São José/SC

Família unida na Palavra

Como o salmo precedente, também esse começa e termina com o convite a bendizer a Deus que o salmista faz a si mesmo. O convite é breve, e logo ele prorrompe numa exclamação entusiasmada, semelhante à do Salmo 8º, proclamando a grandeza do Deus Criador, assim como o Salmo 103 proclama a sua misericórdia e o Salmo 99 a sua santidade. Nova exclamação voltará no v. 24, exaltando as “numerosas” obras do Senhor.

Os pesquisadores encontram no “Hino ao Sol”, do faraó egípcio Akenáton, do séc. XIV aC, a fonte literária de inspiração para esse salmo. Como quer que seja, seu autor tem a mesma cosmovisão, fundamental, do primeiro versículo do livro do Gênesis: “No princípio, Deus criou o céu e a terra” (Gn

1,1). Tudo, todas as coisas, todas as cria-turas, são reveladoras da glória do Criador. Aqui, porém, elas não são convidadas a louvar, como pedia o final do salmo prece-dente (cf. Sl 101,20-22) ou como o fará o Salmo 148. O próprio salmista é quem lou-va, fazendo-se porta-voz dessas criaturas e retomando, a seu modo, a narrativa da criação.

Após exaltar a grandeza de Deus no céu (vv. 1b-4), ele volta-se para a terra e tudo o que há nela, especialmente o ser humano (vv. 5-24). Passa, em seguida, ao mar (vv. 25-26) e ao sustento e renovação dos se-res vivos (vv. 27-30). No final (vv. 31-34), espera que seu poema agrade ao Senhor e se compromete a continuar louvando-o “enquanto viver”.

Leia o salmo e medite:

1) Que pretende o autor com este salmo? Em que página da Bíblia ele se inspira?

2) Destaque alguma das imagens que ele usa nos vv. 2, 3 e 4.

3) O que ele diz da lua e do sol, conside-rados divindades pelos antigos?

4) De onde vem a invocação do Espírito Santo que tantas vezes rezamos?

5) Qual o sentido do desejo, expresso pelo salmista, de que “não haja mais ímpios”?

Lectio Divina

Lectio (leitura)

Os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido, deitado na manjedoura (Lc 2,16).

Meditatio (meditação)

Aos pastores é anunciada a boa e alegre notícia do nascimento tão es-perado do Messias-Salvador. Repre-sentantes dos pobres e excluídos, os pastores foram às pressas à Casa do Pão (Belém). Essa pressa – expressão tão cara a Lucas (cf. Lc 1,39; 19,5-6) – caracteriza a expectativa messiâni-ca do povo simples e humilde que, ao receber o anúncio salvífico, sai, sem demora, à procura do seu Salvador, e não se satisfaz até encontrá-lo.

À primeira vista, nada encontram de extraordinário no sinal indicado pelos anjos: apenas o casal Maria e José e uma criança deitada numa manjedoura. Mas isso basta para re-conhecerem naquela criança o Deus conosco (cf. Mt 1,23) e tornarem-se suas primeiras testemunhas. Somos, também nós, sensíveis aos singelos sinais de Deus presentes em nossa vida cotidiana?

Oratio (oração)

Glória a ti, Senhor, no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens

e mulheres por ti amados (cf. Lc 2,14). “Pois escondeste estas coisas aos sá-bios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (Lc 10,21).

Contemplatio (contemplação)

É Natal. É tempo de, como Maria, contemplar a mística do presépio. Fi-xemos nossos olhares no Menino da manjedoura, guardando a lembrança deste tão sublime acontecimento e meditando sobre ele em nosso cora-ção (cf. Lc 2,19).

Missio (missão)

No mistério da encarnação, Deus mostra ao ser humano o seu rosto. No Natal de Jesus, celebramos o nasci-mento da eterna e nova aliança do amor divino com a humanidade. Como cristãos da natividade, estamos com-prometidos a anunciar, sem temor, a alegria do encontro com o Sol nascen-te que nos vem sempre visitar (cf. Lc 1,78). O encontro com o recém-nasci-do nos impulsiona à missão: voltamos para nossas atividades cotidianas com novo sentido para vida, louvan-do e glorificando a Deus por tudo o que temos visto e ouvido (cf. Lc 2,20).

Pe.Wellington Cristiano da SilvaNossa Senhora, a cheia de graçaNo dogma da Imaculada Conceição, a pureza de Maria é preservada pelo

privilégio divino em vista dos méritos de Cristo Jesus

Conhecendo o livro dos Salmos - 104 (103): “A glória do criador”Pe. Ney Brasil Pereira

8 Jornal da Arquidiocese, Dezembro de 2014

bíblia

A análise completa deste salmo se encontra no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br

Page 9: Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

Pastoral da Comunicação de Santa Catarina se reúne em mutirão

“Auxílio gratuito que prestam uns aos outros os membros de uma co-munidade, em proveito de todos”, essa é a pro-posta de um mutirão. Assim, com o objetivo de ampliar as formas de co-municação nas dioceses de Santa Catarina, agen-tes da Pastoral da Co-municação (Pascom) do Regional Sul 4 da Con-ferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estiveram reunidos, de 14 a 16 de novembro, no II Mutirão da Comu-nicação (Muticom), em Florianópolis.

O evento teve como tema: “Uma nova Paró-quia” e o lema: “Construin-do em comunidade a cultura do en-contro”. A palestra de abertura do mutirão, realizada na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, foi fei-ta pelo Pe. Atílio Hartmann, editor da

revista dos Jesuítas do Brasil.Nos dias 15 e 16, o encontro

prosseguiu na Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC) e con-tou com a presença da assessora nacional da Pascom, Irmã Elide Fo-

golare, e do assessor da Comissão para a Comunicação da CNBB, Pe. Clóvis de Melo Andrade. Eles fala-ram sobre o Diretório de Comunica-ção da Igreja no Brasil. De acordo com o Pe. Clóvis, o documento tem

como objetivo “orientar a prática da comunicação da Igreja nos vários segui-mentos da comunicação a partir da Pascom”. As tardes foram reservadas para as oficinas práticas.

Também estiveram pre-sentes no encontro o Bis-po de Joinville, Dom Irineu Roque Scherer, referen-cial da Pascom no Regio-nal Sul 4, e o Arcebispo de Florianópolis e presidente do Regional Sul 4, Dom Wilson Tadeu Junck, scj. Nosso arcebispo espera que a partir do Muticom aconteça “um crescimen-to maior e bem articulado

de toda a comunicação em todo o Regional”.

O próximo Mutirão da Co-municação do Regional será em Cri-ciúma no ano de 2016.

Amauri Almeida SantosJornalista

O II Muticom contou com a presença dos assessores da CNBB, Irmã Elide e Pe. Clóvis

9Jornal da Arquidiocese, Dezembro de 2014

evangelização

Voluntários, colaboradores e beneficiários das entidades, pastorais e ações sociais da Arquidiocese participaram do encontro da dimensão social da evangelização, ocorrida no dia 15 de novembro, na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Palhoça.

Na abertura, o Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, destacou a importância da di-mensão social da evangeliza-ção. Junto com Palavra e Litur-gia, a Caridade Social é um dos três serviços da evangelização. “Não podemos atuar apenas numa dimensão e esquecer as outras, pois corremos o risco de não sermos autênticos na nossa atuação”, destacou Dom Wilson mostrando alegria com a pre-sença de tantas obras sociais no encontro.

No momento formativo, o pároco da Paróquia Sagrados Corações de Barrei-

ros, Pe. Alceoni Berkenbrock, apresen-tou o quarto capítulo da Exortação Apos-tólica “Evangelli Gaudium”, do Papa

Francisco, que trata especificamente da dimensão social da evangelização. A forma da abordagem do tema mostrou

quão próximas de nós são as inquietações do Papa Francisco, motivando todos os cristãos a se engajarem na dimensão social.

A parte da tarde foi destina-da à partilha dos trabalhos de-senvolvidos pelas organizações sociais, através de exposição, teatro, música e poesia. Cada instituição mostrou um pouco do que realiza em favor dos irmãos empobrecidos.

Foi um encontro maravilhoso. Um dia agradável de partilha e solidariedade, de grandes emo-ções. Percebi o poder do Evan-gelho quando é colocado em prática, onde os ensinamentos de Jesus tornam-se obras, grandes obras de amor ao próximo e do seguimento da Palavra de Deus.

Fernando Anísio Batista,Ação Social Arquidiocesana

Cristãos se engajam nos trabalhos sociaisA Exortação Apostólica do Papa Francisco colocada em prática no encontro arquidiocesano da dimensão social

Representantes das dioceses de todo estado participaram do Muticom

O Arcebispo falou para os mais de 200 participantes do encontro em Palhoça

Page 10: Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

“Aqui é uma boa ação, pois há mães que traba-lham e não têm como ali-mentar os filhos que ficam na rua. E a comida é gos-tosa”. Palavras do Ayko, 12 anos, que todo dia, há três anos, almoça na Co-zinha Comunitária Senhor Bom Jesus dos Passos, no bairro José Nitro, em São José. Ayko, que tem o sonho de ser engenhei-ro e arquiteto, leva os dois irmãos menores para al-moçar lá também.

A Cozinha Comunitária da Paróquia Santa Cruz foi funda-da no dia 10 de setembro de 2003 pelo Diácono Venceslau Alves Fer-reira (Tio Lau, como era chamado), falecido em 02 de outubro deste ano. Segundo relato do pároco, Pe. Kelvin Borges Konz, o Diácono Venceslau, com o apoio do pároco da época, Pe. Valdir Stähelin, visitou os projetos do Pe. Fachini, em Joinville. E trouxe então para a Paróquia o projeto da

“Cozinha Comunitária”.São atendidas crianças de zero a

14 anos, gestantes em risco, doentes e idosos, de segunda a sexta-feira. Em média, 40 crianças do José Ni-tro e de bairros vizinhos almoçam na Cozinha Comunitária que tem como lema: “Se morrer de fome é a maior miséria humana, deixar alguém mor-rer de fome é a maior miséria espiri-tual”.

Conforme explicou a presidente da Ação Social, Jurema Alexandre, para algumas crianças o almoço será a única refeição do dia, devido à situação de pobreza da família. “Deveriam ter mais cozinhas comu-nitárias e parcerias. Tem muita gente passando fome. ‘Faze o bem, que te faz bem’ é a minha frase preferida. Eu me sinto bem ajudando aqui”, lembrou Jurema.

A “cozinha do Tio Lau”, como também é conheci-da, conta com o apoio de voluntárias: Euzi, Eva, Iza-bel, Alice, Evanir, Judite e a coordenadora, Teresinha Meurer Guesser. “A feli-cidade é ver as crianças bem alimentadas”, afirmou Teresinha. “Não sei o que seriam destas crianças sem a cozinha”, relatou a voluntária Dona Alice da Rosa Silva.

Campanha da Fraternidade 2015 debate sobre a Igreja e Sociedade

“Aqui é uma boa ação. A comida é bem gostosa”.

Caridade social

Lideranças da Arquidiocese aprofundam o tema

“Cozinha do Tio Lau” busca saciar a fome de crianças carentes

10 Jornal da Arquidiocese, Dezembro de 2014

evangelização

Com o tema “Fraternidade: Igreja e sociedade” e lema “Eu vim para servir” (Mc 10,45), a Campanha da Fraternidade (CF) do próximo ano pretende aprofundar, à luz do Evange-lho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo Concílio Ecu-mênico Vaticano II, como ser-viço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus (Texto base p. 10).

Com o objetivo de prepa-rar os animadores, através do estudo da temática, a partir do texto-base e de outros mate-riais preparados pela Confe-rência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nos dias 07 a 09 de novembro, em Lages, aconteceu o Seminário Regio-nal da CF 2015. A Arquidio-cese de Florianópolis se fez presente.

Pe. Anésio Ferla, um dos assessores, iniciou os traba-lhos fazendo uma memória

das Campanhas da Fraterni-dade realizadas ao longo dos 50 anos de sua existência.

Outro destaque do evento foi a contribuição do professor Armando de Melo Lisboa, con-vidado especial, para fazer um contraponto, como leigo. Des-tacou ideias fortes do texto e as lacunas, levantou desafios à prática pastoral e detalhou alguns questionamentos.

Concluindo os trabalhos, Adelir Raup, coordenadora regional da CF, falou sobre a importância de uma boa ar-ticulação da campanha em todos os níveis nas dioceses. Cada região, por meio dos re-presentantes, elaborou as pro-postas de ação, inspiradas no texto-base.

Fundo de SolidariedadeAinda no contexto da Cam-

panha do ano que vem, no dia 29 de novembro, 65 lide-

ranças das paróquias, pasto-rais, movimentos, serviços e organismos participaram do Seminário Arquidiocesano da Campanha da Fraternidade, em Tijucas. Além de estudar o texto-base, com a assesso-ria do Pe. Vitor Galdino Feller, os participantes puderam co-nhecer os trabalhos que são apoiados com os recursos do Fundo de Solidariedade, pro-veniente da coleta da Campa-nha realizada a cada ano, no Domingo de Ramos.

A partir de agora, o objetivo das lideranças é fazer com que o estudo e as ações propostas continuem a acontecer em todas as instâncias da Arquidiocese.

Irmã Teresa Nascimento Congregação Irmãzinhas da

Imaculada Conceição

Benfeitores da cozinha comunitária:

Associação dos Amigos do Banco do Brasil do Roçado, Empresa Transvânio, Mini Mer-cado JN (senhor Lôla), Ação Social Paroquial e Lourenço Manes, de Antonio Carlos, além das doações espontâneas.

Mais informações sobre o projeto na Paróquia Santa Cruz, Areias, São José, pelo telefone: (48) 3246-5572.

Jurema e Dona Alice na alegria de servir as crianças Da esq. pra dir. Tias Zica, Eva, Teresinha e Alice

Page 11: Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

Paróquia do Estreito é exemplo de devoção, serviço e oração

Com o Decreto Episcopal de 25 de novembro de 1944, o Estreito foi eclesiasticamente desmembrado de São José e elevado à Paróquia, tendo como primeiro vigário, Frei Felisberto Imhorst. A comunidade do Senhor Bom Jesus, que já exis-tia há alguns anos, passou a per-tencer à Paróquia.

No dia 12 de outubro de 1987 foi criado e instalado o Santuário atendendo a uma antiga aspira-ção da comunidade e as expres-sivas manifestações de fé a Nossa Senhora de Fátima. Esta devoção continua em cada dia 13 dos me-ses de maio a outubro. É um dia de oração encerrando com a pro-cissão luminosa que reúne não só paroquianos como peregrinos de outras paróquias.

Um momento importante na pa-róquia é a Festa do Divino Espírito Santo. Como parte da preparação, as bandeireiras são enviadas em missão a partir do domingo de Páscoa. Levam, além das bandei-ras do Divino, oração e bênção às casas da paróquia durante o Tempo Pascal. Retornam na no-vena que antecede a festa, a qual se constitui em uma celebração e confraternização das famílias.

Com o mesmo espírito missio-nário, durante o Advento, um grupo de pessoas visita as casas levando a imagem do Menino Jesus, junta-mente com a oração e mensagem de fé em preparação ao Natal.

A paróquia, sob a coordenação do Conselho Paroquial de Pastoral, conta com 25 grupos entre pasto-rais, movimentos e organismos.

O Santuário tem vários momen-tos de oração: missa todas as noites, missa para os doentes às quartas-feiras à tarde, oração diária do terço, adoração e bênção do Santíssimo Sacramento todas as quintas-feiras à tarde.

Muitos presbíteros exerceram o ministério nesta paróquia. Atual-mente, o pároco é o Pe. Nildo Du-biella; o vigário, Pe. João Cardoso e o diácono João Flávio Vendrúscolo.

Testemunho de amor

Gertrudes Maria Becker, pro-fessora aposentada, participante da Legião de Maria, da Pastoral do Batismo e da Liturgia da Paróquia do Estreito, dá o seguinte testemu-nho:

“Cheguei no Estreito com seis anos de idade e estou até hoje. Para mim estas sete décadas de fundação da Paróquia represen-tam anos de vivência religiosa, de crescimento espiritual.

Um fato de alegria no Santuário aconteceu em 1987, com a presen-ça da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima. Era carnaval, mas o povo veio com todo fervor religioso nos dois dias em que a imagem esteve no Santuário, para expressar o amor a Maria.

Também outro ponto que ob-servo nestes anos é a dedicação dos padres em fazer crescer a fé do povo, o atendimento espiritual e material através da ação social, das pastorais, movimentos, servi-ços e associações”.

Leda Cassol Vendrúscolo Coordenadora do CPP

Encontro discute ciência e fé na UFSC

10/12 | 20h | 2º Coral Natal - Concerto Espiritual de Natal | Catedral

16/12 | Aniversário de Santa Paulina | Santuário Santa Paulina

13/12 | Reunião do Setor Juventude | Cacupé

6/12 | 8h | Encontro das Famílias dos seminaristas | Conv. Emaús

7/12 | 8h | Encontro Coord. Comarcais de Catequese | Perequê

Cronograma de dezembro

11Jornal da Arquidiocese, Dezembro de 2014

evangelização

O I Encontro Catarinense “Ciência, Ra-zão e Religião” ocorreu em Florianópolis, na Universidade Federal de Santa Catari-na (UFSC), de 01 a 02 de novembro. Con-tou com a participação de 60 jovens do Regional Sul 4 da CNBB.

O encontro surgiu na extensão da pro-posta da Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil (CNBB) de promover o “diá-logo entre fé e razão e formar pensadores e pessoas que estejam em níveis de de-cisão, evangelizando, com especial aten-

ção e empenho nos novos areópagos” (Diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja do Brasil, 2011-2015, n. 117).

Na prática, busca integrar num conti-nuum a caminhada da Pastoral Juvenil e da Pastoral Universitária no âmbito do Re-gional Sul 4 da CNBB, que abrange as 10 dioceses do Estado de Santa Catarina, e o diálogo com a sociedade.

Pe. William ViannaAssessor da Pastoral Universitária

Sete décadas com a Virgem de Fátima

14/12 | Maranathá - Com. Divino Oleiro | CEAR

Trabalhos sociais são homenageados na Catedral

Os fiéis celebraram e relembraram no dia 25 de novembro, Santa Catarina de Alexandria, em uma Missa na Catedral Metropolitana de Florianópolis. A santa, que é padroeira do Estado, da Arquidio-cese de Florianópolis e co-padroeira da capital, é lembrada pela fidelidade à von-tade de Deus.

“Quando participamos da festa da Padroeira lembramos que Deus quer ser sinal de amor em nossa vida, e assim que nós ajudemos a construir a Igreja. Se nossas ações testemunham a vontade de Deus, o mundo muda para melhor.”, destacou o Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck na homilia.

No fim da celebração, foi entregue o Prêmio de Iniciativa Solidária Dom Afon-so Niehues para instituições que contri-buíram para a cultura da solidariedade. O prêmio visou manter viva a chama da paz, da esperança e da solidariedade que atualmente está presente nas diver-sas ações desenvolvidas pelas entidades e grupos sociais.

Doze entidades participaram do Prê-mio, sendo que o primeiro lugar ficou com a Fundação Fé e Alegria do Brasil e o segundo lugar a Associação Beneficen-te São Dimas. As demais foram homena-geadas com uma placa pelo trabalho que

desenvolvem.A Fundação Fé e Alegria do Brasil de-

senvolve ações sociais e educativas na região da Palhoça. A iniciativa solidária é intitulada “Formando Comunidades” e tem o foco em cursos de qualificação profissional e formação humana para pro-mover o acesso da população empobre-cida à inclusão no mundo do trabalho.

Ana Paula Luna, assessora de Proje-tos Sociais da fundação relata: “Estamos muito alegres! Cada conquista que temos é a certeza de que o trabalho pode conti-nuar. É um fortalecimento deste trabalho”.

Já a Associação Beneficiente São Dimas (ASBEDIM) visa assistir os en-carcerados e suas famílias. Por diversos problemas, como superlotação de esta-belecimentos e precariedade das instala-ções, a Associação pretende através da melhora de um consultório odontológico e do Projeto Estampa Livre, contribuir ain-da mais com a Pastoral Carcerária.

“Gostaria de agradecer a todos os tra-balhos sociais realizados. Que o nosso prêmio possa ser um caminho para dar esse reconhecimento e essa notoriedade para toda a Arquidiocese.” disse o Arce-bispo, finalizando uma noite que foi única e muito especial.

Missa festiva e entrega de prêmio marcam dia de Santa Catarina

Page 12: Jornal da Arquidiocese | nº 207 | dezembro de 2014

“ Ela doou a vida ao Espírito Santo e isto não vai acabar,

porque é uma obra de Deus ”Maristela Sardo, serva e vizinha

da Casa da Providência

Um asilo em Navegantes também é atendido. A família relata que a in-cansável senhora Baptista andava nos morros mais pobres de Itajaí para ajudar. “Tirava dinheiro da própria aposentadoria”, afirma a filha Elsa Baptista Buzzi.

A neta mais nova é coroinha e aos oito anos de idade já é dizimista com a mesada que re-cebe. “Foi numa missa do dízimo que senti no coração”, comenta Ma-riana Baptista.

André Luiz Conceição tem 43 anos e há 12 é servo na capela que pertence à Paróquia São Cristóvão. Ele “curtia a noite na região de Itajaí”, mas já estava em busca de Deus. Um dia André foi no grupo de oração na Casa da Providência e se sentiu atraí-do pela simplicidade. Começou a per-severar e as festas do mundo já não o atraíam. Aos 32 anos foi crismado tendo a fundadora como madrinha. “Realmente ela me assumiu como fi-lho. Ela dizia que a nossa essência é a conversão e que esta vai nos levar

a ser santos. Minha madrinha explica-va que não dá para fugir do Espírito Santo”, relembra André que hoje tam-bém é Ministro da Comunhão.

A obra da Casa de Providência teve uma ajuda especial. Há mais de 20 anos, Jorgina Maria de Lemos

Izing, conhecida por Gina, foi de bicicleta do bairro Cordeiros onde mora até Sal-seiros para falar com Dona Onélia. De uma rápida conversa surgiu

o desejo de formar um grupo de ora-ção. Era uma segunda-feira. Na sex-ta-feira, o grupo começava.

Grupos foram abertos em outros bairros de Itajaí. Gina se tornava en-tão grande amiga de Onélia e as duas evangelizavam também nas casas. “Tudo ela passava para mim. Onélia se alimentava da Palavra e o impor-tante era falar de Jesus, evangelizar, não queria perder tempo. Muitos ma-trimônios e vidas foram restaurados pelos conselhos da Onélia que dizia: ‘Jesus sem Maria, nada. É um com-plemento’”, relata Gina.

Ela dizia que quando era pequena tinha sonhos que se tornavam realida-de. Se o sonho era ruim, ela rezava para não acontecer. Mas foi um ano após a morte do marido que Onélia Dalçóquio Baptista começou a rezar realmente pelas pessoas que a procuravam na re-sidência, no bairro Salseiros, em Itajaí. Começaram então os grupos de oração e o número foi aumentando. Da primeira casa, há 23 anos, hoje estão na tercei-ra, que se tornou uma capela. Ou, como todos conhecem, Casa da Providência, que perdeu a fundadora, Dona Onélia, no dia 08 de outubro deste ano, aos 82 anos de idade.

Cidadã honorária de Itajaí em 2009, Dona Onélia teve 16 filhos (12 vivos), 40 netos e 21 bisnetos. Do pobre ao rico, ela atendia a todos com simplicidade e alegria. “Minha mãe se preocupou só em evangelizar, tudo aconteceu natu-

ralmente. Ela foi se lançando, despren-dendo-se de tudo e Deus foi fazendo a obra. Uma mulher muito ousada, corajo-sa. Frágil de corpo, mas tinha fortaleza dentro dela que era a alma. Não tinha interesse financeiro. Ela nunca se exal-tou, sempre foi humilde, sofreu a vida toda. Ela conseguiu ser feliz no meio do sofrimento”, explicou o filho mais novo, Cláudio Baptista que serve há 18 anos na Casa da Providência.

Além dos grupos de oração sema-nais, dos aconselhamentos e missas na Casa da Providência - nome dado pelo então Arcebispo de Florianópolis, Dom Eusébio Oscar Scheid - também é feito um amplo trabalho social. Famí-lias são cadastradas e recebem utensí-lios domésticos, brinquedos, calçados, roupas, fraldas, alimentos. Cerca de 50 servos auxiliam nesse trabalho e conti-nuam a missão de Dona Onélia.

Dona Onélia, uma vida doada para a evangelização

12 Jornal da Arquidiocese, Dezembro de 2014

geral

A Casa da Providência em Itajaí atrai as pessoas pela doação gratuita e simples

Casa da Providência

Endereço: Rua João Baptista, 1207, bairro Salseiros, Itajaí. - Grupo de oração: sexta-feira, 19h30- Grupo de oração para jovem: domingo, 18h

Mãe de 16 filhos, a senhora Baptista tinha sede de evangelizar

André, Maristela, Elsa e Amélia, servos da Casa da Providência