jornal crm-rr edição 45

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Roraima forma mais 32 médicos Pág. 9 Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima | Janeiro de 2016 - EDIÇÃO 45ª JORNAL DO Pág. 7 IML: ação conjunta para solucionar o problema Mala Direta Básica 9912244223/DR/RR CRM-RR Fiscalização atinge meta Pág. 11

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Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima | Janeiro de 2016 - EDIÇÃO 45ª

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Roraima forma mais 32 médicos Pág. 9

Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima | Janeiro de 2016 - EDIÇÃO 45ª

J O R N A L D O

Pág. 7

IML: ação conjunta para solucionar o problema

Mala DiretaBásica

9912244223/DR/RRCRM-RR

Roraima forma mais 32 médicos

Fiscalização atinge metaPág. 11

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Alexandre de Magalhães Marques

DIRETORIA

Presidente: Alexandre de Magalhães Marques

1º Vice-Presidente: Rosa de Fátima Leal de Souza

2º Vice-Presidente: Francinéa Rodrigues de Moura

1ª Secretária: Anete Maria Barroso de Vasconcelos

2º Secretário: Domingos Sávio Matos Dantas

Tesoureira: Nite Lago Modernell

Corregedora: Blenda Avelino Garcia

Sub-Corregedor: Marcelo Henrique de Sá Arruda

COMISSÃO DE ESPECIALIDADE

Presidente: Marcos Antônio C. Cavalcanti de Albuquerque

Membro: Bruno Figueiredo dos Santos

Membro: Paulo Roberto de Lima

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO

Coordenadora: Rosa de Fátima Leal de Souza

Membro: José Antônio do Nascimento Filho

Membro: Débora Maia da Silva

Membro: Álvaro Túlio Fortes

Membro: Domingos Sávio Matos Dantas

Membro: Alexandre de Magalhães Marques

Membro: Edson Bussad

Membro: Francinéa Rodrigues de Moura

COMISSÃO DE ASSUNTOS POLÍTICOS – CAP

Membro:Laerth Macellaro Thomé

Membro: Raimundo Júnior Prado Oliveira

Membro: Elana Faustino Almeida

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA

Coordenador: Vitor Manuel Montenegro da Costa

Membro: Samanta Hosokawa Dias de Nóvoa Rocha

Membro: Cristiane Greca de Born

Membro: Ricardo Augusto Iosimuta Loureiro

Membro: Débora Maia da Silva

CÂMARA TÉCNICA DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Membro: Anete Maria Barroso de Vasconcelos

Membro: Niete Lago Modernell

Membro: Ricardo Augusto Iosimuta Loureiro

Membro: Rosa de Fátima Leal de Souza

COMISSÃO DE TOMADA DE CONTAS

Membro: Elana Faustino Almeida

Membro: Aurino José da Silva

Membro: Álvaro Túlio Fortes

COMISSÃO DE LICITAÇÃO

Presidente: Ricardo Augusto Iosimuta Loureiro

Membro: Domingos Sávio Matos Danta

Membro: Marcelo Cabral Barbosa

CONSELHEIROS FEDERAIS - RORAIMA

Efetivo: Wirlande Santos da Luz

Suplente: Alexandre Marques de Magalhães

REPRESENTANTE DO CONSELHO ESTADUAL DE

SAÚDE

Titular: Elana Faustino Almeida

Suplente: Mareny Damasceno de Souza

REPRESENTANTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE

Alexandre Magalhães Marques

Aurino José da Silva

CONSELHO EDITORIAL

Membro: Wirlande Santos da Luz

Membro: Alexandre de Magalhães Marques

Membro: Laerth Macellaro Thomé

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Marta Gardênia Barros

EDITOR-CHEFEWirlande Santos da Luz

JORNALISTA RESPONSÁVELMarta Gardênia Barros - DRT / RR 502

DIAGRAMAÇÃODavid Eugene

IMPRESSÃOGráfica Ioris

TIRAGEM 1000 exemplares

Av. Ville Roy, 4123, Canarinho, Boa Vista, RoraimaTel.: (95) 3623-1542Fax: (95) 3623-1554

E-mail: [email protected]: www.crmrr.cfm.org.br

EXPEDIENTE

PALAVRA DO PRESIDENTE

E que em 2016 possamos conquistar todos os nossos objetivos e contemplar uma sociedade mais justa e digna! Já disse Aristóteles: “A esperança é o sonho do homem acordado”. Até o próximo ano!

Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima

Chegamos ao fim de mais um ano. Temos o sentimento de que mais uma vez o nosso dever foi concluído com êxito. Como órgão fiscalizador, o CRM-RR tem cumprido com rigor seu papel de defensor da sociedade e da medicina. Em 2015, a Comissão de Fiscalização encabeçada pela segunda vice-presidente da instituição, Rosa Leal, visitou 14 dos 15 municípios existentes.

Infelizmente, o resultado não foi o que espe-rávamos. Se na capital Boa Vista, os usuários do SUS sofrem com superlotação, falta de leitos, falta de medicamentos e infraestrutura inadequada, no interior não é diferente e a realidade é ainda mais triste. Porque além de não haver hospitais, as pou-cas unidades existentes não oferecem condições dignas para os pacientes, principalmente para aqueles que vierem a precisar de atendimento emergencial.

Ao analisar, percebemos que esta é uma situa-ção que perdura há anos e não é só um problema de Roraima. Em todo Brasil, a população que mora nos municípios do interior sempre foi esquecida pelas políticas públicas, e os gestores parecem pouco se incomodar com essa carência.

A nossa vontade enquanto Conselho, pro-fissional e cidadão, era poder fazer muito mais e

solucionar em definitivo todas as problemáticas que envolvem a saúde de modo geral. No entanto, mesmo sem poder dar uma solução para essas questões, temos a consciência limpa em relação ao cumprimento do nosso dever, que é fiscalizar, instruir e alertar os gestores para que tomem medi-das resolutivas. Cobramos e estamos em constante vigilância para que se cumpra o que é previsto na Constituição Federal venha a ser garantido.

Além das nossas fiscalizações, outro trabalho que envolve compromisso e competência são os julgamentos de Processos Éticos Profissionais (PEP) que chegam até a nossa Corregedoria. Neste ano, cinco foram julgados e 23 estão em tramitação.

Este é um trabalho que mantém um link direto com a sociedade. Qualquer pessoa que se sinta prejudicada com alguma atitude ou proce-dimento médico tem o direito de formalizar a sua queixa no CRM. O processo é simples, a cada de-núncia feita é aberta uma sindicância para apurar os fatos e no decorrer das investigações pode ser instaurado um PEP.

Que em 2016 possamos conquistar todos os nossos objetivos e contemplar uma sociedade mais justa e digna! Já disse Aristóteles: “A esperança é o sonho do homem acordado”. Até o próximo ano!

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ARTIGO

O Caso do AcasoCertamente, em algum momento você procu-

rou um objeto perdido e encontrou outro, perdido há muito, que nem mais se lembrava e cujo “achar” já não era esperado. Esse “fenômeno” recebe o nome científico de *Serendipidade ou Serendipitia.

O termo designa as descobertas científicas feitas por acaso. Deriva do inglês SERINDIPTY, (vinda de SERENDIP, nome do antigo Ceilão, atual Sri Lank) criado por Horace Walpole, escritor e po-lítico inglês nos idos de 1754. Reza a lenda oriental que três príncipes de Serendip em excursão pela ilha fizeram importantes e inesperadas descober-tas, todas elas provenientes da observação.

A história da humanidade e particularmente as descobertas da medicina estão impregnadas de ocorrências famosas de serendipidade, algumas das quais impensáveis para a maioria dos mortais.

Lembra-se de Arquimedes de Siracusa (Eu-reka! Eureka!) e da descoberta de Goodyear (Charles) - o da borracha galvanizada - e dos ir-mãos Kellog (“corn-flakes”), e da descoberta de Kekulé (August) - a descoberta da estrutura mole-cular do benzeno. Na Medicina: da penicilina do escocês Fleming (Alexander). Na Psiquiatria: do desconhecido psiquiatra austra-liano Cade (John) que acreditava que pacientes durantes os episódios maníacos agudos excreta-vam ácido úrico e usando urato de lítio descobriu a propriedade antimaníaca desse elemento que até hoje, 50 anos após, constitui-se padrão ouro no tratamento da mania. E mais: Laborit (Henri) e o efeito da indução pré-anestésica da prometazina, depois “neurolépticos ∕ tranquilizantes” e atual-mente antipsicóticos.

O paracetamol é a medicação mais vendida na França. Nos EUA a molécula entra na compo-sição de mais de 600 medicamentos e estima-se que todas as semanas mais de 50 milhões de americanos consomem um deles.

No ano de 2013 cientistas canadenses rela-taram um curioso caso de acaso. Pessoas foram convidadas a escrever frases sobre sua própria morte. O que se observou? Esperando expressão de sentimentos negativos e ansiedade observou-se o contrário: pessoas que consumiam paracetamol

além do efeito analgésico, o paracetamol parecia tornar as pessoas menos susceptíveis á ansiedade e a sentimentos negativos.

Em um artigo recém-publicado pela revista Psychological Science, uma equipe da Univer-sidade de Ohio nos Estados Unidos composta pelos pesquisadores (**Durso (Geoffrey R.O) e **Baldwin (M.Way) relataram os resultados de uma pesquisa sobre esta hipótese intrigante.

Os pesquisadores recrutaram 82 pessoas. Metade deles tomou um grama de paracetamol e a outra metade um placebo. Todos foram submetidos ás 40 fotografias do International Affective Picture System (IAPS), um banco de dados de imagem utilizado por sua capacidade para provocar uma gama de emoções - de muito desagradável até muito agradável.

Escalas de avaliação de 0 a 10 - 05 extremamente positiva e - 05 extremamente negativa - mediram a impressão de que cada imagem deixou nos participantes.

Conclusão: Os resultados foram semelhantes aos da ob-servação dos canadenses. Nas palavras do primeiro signatário do estudo Dorso (Geoffrey): “o paracetamol poderia ter um

espectro de efeito mais amplo do que se pensava anteriormente. Mas do que um analgésico, ele pode ser visto como um “analgésico das emo-ções”. Desnecessário dizer que o mecanismo pelo qual isso ocorre não está determinado. Mais um caso de Serendipidade?

Mais um feliz acaso na Medicina que você caro Doutor (a) pode ajudar a revalidar.

* Se você amigo leitor se interessou pelo as-sunto recomendo ler o livro publicado nos Estados

Unidos em 1989, “Serendipity acidental disco-verries in Science” (Serendipidade descorbertas

acidentais na ciência), ainda não editado no Bra-sil e de autoria de Royston M.Roberts professor de Química da Universidade do Texas onde descreve

inúmeros casos desses achados casuais.

**[email protected]**[email protected]

“O acaso só favorece a mente

preparada” LOUIS PASTEUR

Dr. Laerth ThoméMédico Psiquiatra

Marta Gardênia

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O aborto em adolescentes na cidade de Boa Vista,

Um desafio a ser vencido(Projeto de pesquisa pelo término do curso de Pós-graduação em

Direito Médico, na Faculdade de Direito de Campos – UNIFLU)

“O começo da vida humana é a sua aceitação pela mulher que deseja e decide ser mãe”Miguel Kottow.

RESUMOO objetivo do presente estudo, realizado no período de

outubro de 2005 a janeiro de 2006, foi identificar e analisar as paciente com sinais e sintomas de abortamento, no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, em Boa Vista, no período da Adolescência. Para obter informações voluntárias e aleatoriamente, utilizou-se um questionário com perguntas e respostas simples, com sugestões úteis envolvendo o problema e sem identificação.

Foram catalogados 143 questionários de pacientes bem jovens. Possuíam ensino médio, 68 (47,5%) e o restante o ensino fundamental. Tinham conhecimento de métodos contraceptivos, 79 ( ). Sabiam que podiam engravidar sem proteção, 87 ( ). Sabiam que o aborto leva risco de vida, 89 ( ).

Algumas sugestões catalogadas:- mais orientação nos postos e escolas, 81 ( ); mais remédios nos postos, 87 ( ); médicos nos postos, 79 ( ); humanização nos postos, 29 ( ); contra a legalização do aborto, 94 ( ).

O aborto provocado é reconhecido como importante proble-ma de saúde pública. Apesar das proibições legais e religiosas, o aborto continua existindo, causado cerca de 12 a 15% dos óbitos maternos no Brasil. Grande parte das adolescentes coloca sua vida em risco por submeter-se a abortos clandestinos e não tem conhecimento das sequelas ou desprezam as mesmas.

OBJETIVOA etimologia da palavra “ABORTO” vem do latim, transmi-

tindo a ideia de privação do nascimento. A prática do aborto é descrita desde as civilizações antigas. Na Babilônia era tratado com um delito contra a propriedade. Na civilização hebraica só

era punido o aborto ocasionado mediante violência. Na Roma, entendia-se que o feto fazia parte do corpo da gestante. Na Grécia, a prática era livre. Hipócrates em seu juramento já sacramentava “NÃO DAREI À MULHER NENHUMA SUBSTÂNCIA ABOR-TIVA”. Com o advento do Cristianismo, o aborto passou a ser reprimido e a Igreja Católica, no passado distante, condenava até com a morte.

As taxas de aborto no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, ficam em torno de 40/1000 mulheres em idade fértil.

Aborto é uma prática danosa que encontra guarida muito mais nas pacientes jovens. É uma fase onde ocorrem muitos pre-conceitos, resistências e desconhecimento específicos.

ASPECTOS JURÍDICOS DO ABORTO.No Brasil o aborto voluntário ou provocado é considerado

ato criminoso, previsto do Código Penal Brasileiro (CPB – Dec. Lei 2.848), em seus artigos 124 a 127. O aborto legal ou permitido por lei, é explicitado no artigo 128, onde não se pune o aborto provocado por médicos em situações específicas.

A visão jurídica da vida, não se coaduna com a visão médico--científica. Embora trate a doutrina da objetividade jurídica à vida, não se trata ainda de vida antônama, posto não haver como negar que durante a gestação já existe vida. Durante a concepção, o feto possui vida biológica e não vida jurídica que só ocorre após o nascimento.

A ação física no crime do aborto não é a morte do feto ou a sua morte biológica, dada à ausência de lei que assim o ampare; mas sim, a individualidade de conclusão da formação do feto na sua regular fase de gestação. Se o bem jurídico o crime do aborto, é o feto, o seu objeto material será a interrupção do ciclo

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gravídico e, a ação consistirá no impedimento total da formação do feto. Segundo os ditames da lei por QUEIROZ (2005, P.87), a mulher grávida que aborta culposamente ao tomar um remédio originalmente desenvolvido para úlcera, esse crime é punível na forma dolosa, inexistindo crime de aborto culposo.

ASPECTOS ÉTICOS E RELIGIOSOSA Deontologia médica se opõe ao aborto provocado, man-

tendo postura de apoiar veementemente a manutenção da vida humana.

Quando o médico de plantão recebe uma paciente com problemas de aborto, com sangramento de certa monta, não pode recusar ao atendimento, mesmo que seja contrário à sua vontade. Diante de tal fato, aborto natural ou provocado, não pode comunicar o fato à autoridade policial ou mesmo judicial, em razão de estar diante de uma situação típica de “SEGREDO MÉDICO”.

No plano religioso é uma questão fechada quanto ao processo de abortamento, pois, vai de encontro aos dogmas da igreja. Deus planeja a vida do ser humano. Considera o embrião uma alma vivente e, portanto, o aborto é uma declarada violação de um de seus mandamentos “NÃO MATARÁS” (Êxodo 20:13, KEMP – 2003, P.14).

DISCUSSÃOSegundo a tese de Doutorado da Professora Albertina Duarte

Takiuti (FMUSP), mostrou que 80% dos adolescentes conhecem os métodos contraceptivos. Se esse conhecimento é tal alto, porque continua a aumentar o número de gestações indesejadas? O problema reside na dificuldade do adolescente em negociar o uso dos métodos com seu parceiro. Por parte dos adolescentes masculinos, reina o tabu de que com o uso da camisinha, haverá perda da ereção, aliado ao fato de que o mesmo enfrente a cobrança social para que seja experiente sexualmente.

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO ABORTOO aborto é um procedimento traumático que tem repercus-

sões negativas para a mulher. É um problema difícil de delimitar, avaliar e caracterizar principalmente porque muitas reações e traumas do aborto ocorrem tardiamente. Ele é antes de tudo um procedimento que produz um choque no sistema nervoso, pro-vocando um impacto na personalidade da mulher. O dilema de uma mulher com gravidez não desejada é ter que escolher entre o abortamento e ter um filho não desejado. As restrições legais,

morais e religiosas não mudam a condição básica que sempre pre-cede um abortamento. A primeira estratégia é ajudar as mulheres a evitar a gravidez.

Os países com as menores taxas de aborto são aqueles que aplicam mais amplamente programas de educação sexuais mais avançados. Os países do norte europeu têm as menores taxas do mundo no tocante ao aborto na adolescência. Tudo isso à custa da expansão sexual bem orientada e serviços de planejamento familiar de boa qualidade. A educação sexual promove o respeito mútuo entre os jovens.

O grande tabu da virgindade já não tem hoje tanto valor. Ficou esquecido no passado.

CONCLUSÃOA gravidez e a maternidade na adolescência aparecem na

literatura como um problema de saúde pública, e um risco à saúde, nos quais está envolvido o binômio mãe- feto.

O presente estudo, longe de esgotar a discussão sobre o tema, utilizou uma pequena amostragem de como cresce a questão do aborto a nível estadual.

A inquietude é geral e incomodativa. O Governo Federal montou recentemente uma comissão tripartite, para elaborar um Anteprojeto que prevê a DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO. Esse anteprojeto deu entrada na Comissão de Se-guridade Social e Família da Câmara Federal. As principais conclusões desse anteprojeto são:- descriminalização até 12 semanas de gestação; ampliação do prazo da interrupção da gravidez para 20 semanas, em caso de estupro; não determina limite de tempo para o aborto em caso de grave risco à saúde da mulher, e de má formação do feto; exige autorização do Ministério Público para que a menor de idade realize o abor-to; garante que o aborto seja realizado no SUS, bem como seja coberto pelos planos e seguros privado de saúde.

É urgente e primordial definir metas, incialmente para acabar com os preconceitos, diminuir a resistência dos jovens com um atendimento imprescindível às suas reais exigências.

“HOJE A MULHER LUTA POR UM PROJETO DE VIDA QUE NÃO A TORNE UM MERO RECPTÁCULO SEMINAL, EMBORA ASSIM CONTINUE SENDO VISTA” (Prof. ANIBAL FAÚNDES).

Agradecimento:- À Dra. Simei Monteiro Ayres, pela grande ajuda no desenvolvimento desta tarefa.

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Atestados Graciosos

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ARTIGO

Marlene de Andrade*

É considerado atestado gracioso aquele cujo favor do médico é dotado de liberalidade, ou seja, uma “generosidade” por parte do mesmo, sem que na verdade haja motivos concretos para a emissão do referido documento. É bom ficar entendido que atestado gracioso pode ser emitido com ou sem cobranças de honorários médicos.

Os empregadores estão começando a se despertar para esse problema e em alguns estados do nosso território já tem médicos respondendo processo admi-nistrativo devido essa prática criminosa. Pelo Código Penal esse ato é considerado crime, o que pode levar tanto o médico quanto o trabalhador beneficiado por esse documento, à cadeia.

Têm médicos que não têm o menor escrúpulo de emitir esse tipo de documento. E o que mais chama a atenção é o diagnós-tico. Geralmente, os mesmos são os mais

subjetivos possíveis como, por exemplo, diarréia, vômitos, dor de estômago, dor na coluna e entre outros, enxaqueca.

Nesse viés, algo deve ficar bem esclare-cido, estar doente nem sempre é sinal de in-capacidade. O médico assistente do paciente não pode ser condescendente nesse sentido e deixar de se preocupar com as consequ-ências, as quais ele pode enfrentar, tanto no Conselho Regional de Medicina, quanto nas Varas Criminais. Além do mais, para se chegar a uma conclusão diagnóstica há que haver critérios e esses critérios devem ser bem observados pelo médico assistente.

E para o empregador que não sabe, ele pode exigir que os Atestados Médicos concedidos por médicos particulares ou do governo sejam avaliados pelos médicos da confiança da sua empresa ou de sua institui-ção. Essa é a grande saída para esses crimes que vêm sendo praticados, infelizmente, por médicos inescrupulosos.

É verdade que nós médicos somos muito assediados por amigos, pacientes, sou até mesmo por familiares, em busca de atestados de “doença” inexistente a fim de justificar suas faltas. Alguns médicos e até mesmo dentistas levado por consi-derações de amizade ou laços familiares, acabam cedendo, nesse sentido ao apelo do trabalhador. Nesse caso terão que arcar

com as consequências, pois tal conduta é tipificada como punível pela legislação penal e pelo CRM.

Portanto, emitir atestado gracioso é ato reprovável, pois tem a ver com falta de cidadania. Já pensou dentro de um Hospi-tal Geral se quinze servidores faltarem em só plantão, sem motivo nenhum? Quem vão ser os maiores prejudicados? Eviden-temente, que a equipe de saúde, a qual vai ficar sobrecarregada e também a população. Essa assertiva é verdadeira também para as empresas particulares e é por isso que os médicos que homologam esses referidos atestados graciosos não podem se submeter a tal agressão à coletividade.

É bom lembrar que por causa dessa prática “piedosa” vários médicos por esse Brasil afora já foram indiciados a proce-dimentos disciplinares e judiciais e isso tem ocorrido porque os empregadores estão acordando e ficando mais atentos nesse sentido.

“Quem semeia a injustiça colhe a maldade; o castigo da sua arrogância será completo.” (Provérbios 22:8).

*Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT

https://www.facebook.com/marlene.de.andrade47

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FISCALIZAÇÃO

CRM–RR apoia a Campanha 10 medidas contra a corrupção

O Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR) oficializou, no dia 24 de setembro, o apoio à Campanha 10 Medidas Contra a Corrupção, do Ministério Público Federal (MPF).

A oficialização aconteceu com a assina-tura da Carta de Apoio Contra a Corrupção assinada pela primeira vice-presidente do CRM – RR, Rosa Leal, no gabinete do procu-rador chefe do MPF – RR, Gustavo Alcantâra.

Rosa Leal contou que esse apoio é fruto de um acordo firmado no II Encontro dos Conselhos de Medicina, que ocorreu de 9 a 11 de setembro, em Maceió – AL.

“Todos os CRM’s e o CFM estão en-

O Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR), Conselho de Odontologia de Roraima (CRO – RR), Pro-motoria de Saúde do Ministério Público de Roraima e Comissão de Direitos Humanos da OAB – RR concederam entrevista no dia 23 de novembro, na sede do CRM – RR, para esclarecer as denuncias feitas sobre a situação do Instituto Médico Legal (IML)

O presidente do CRM – RR, Alexandre Marques, contou que a situação caótica que se

encontra o IML perdura há anos e a cada dia fica mais crítica, pela falta de infraestrutura adequada e há ainda a necessidade de mu-dança do perímetro urbano para outra área.

“A situação do IML se agravou tanto, que resolvermos unir esforços para que a gente possa de maneira rápida apontar sa-ídas que possam fazer com que o Instituto funcione de maneira minimamente aceitá-vel. Não é mais possível que o IML continue funcionando dentro do perímetro urbano,

é necessário outro local”, disse Alexandre Marques.

Logo após a entrevista, a comitiva seguiu para o IML a fim de fiscalizar e ela-borar um relatório que será encaminhado para todos os órgãos de controle e Governo do Estado.

RELATÓRIO – O relatório começou a ser elaborado dia 28 de novembro e ficou concluído no dia último 18 de dezembro.

gajados nessa Campanha, pois vemos que a corrupção é um mal para o Brasil, sobretudo para melhoria da saúde pública. Estaremos cumprindo com nosso papel de profissional e cidadão para que as 10 medidas contra a corrupção virem lei”, disse Rosa.

De acordo com Gustavo Alcantâra, em Roraima a Campanha teve uma grande adesão e já obtiveram as assinaturas de 1% do eleitorado roraimense.

“A Campanha tem tomado muita força e essa parceria com o CRM – RR vem somar e nos ajudar a conseguir nosso objetivo, que é um milhão e meio de assinaturas em todo o Brasil”.

Procurador chefe do MPF – RR, Gustavo Al-cantâra e a primeira vice-presidente do CRM – RR, Rosa Leal

Crédito: Marta Gardênia

Comissão debateu situação do IML

Instituições se reúnem para solucionar o problema do IML

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EVENTOS

O Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR), por meio do pro-grama de Educação Médica Continuada, realizou no dia 10 de julho o II Café Cien-tífico sobre assuntos atuais da ginecologia e obstetrícia. O evento aconteceu na parte da manhã, no auditório do Conselho.

O palestrante foi o Dr. Olimpio Bar-bosa de Moraes Filho, da Universidade de Pernambuco e vice-presidente da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Fe-brasgo) no Nordeste.

Os temas discutidos foram: “Indução do parto na gravidez de alto risco”, “Assistência ao parto baseado em evidências cientificas” e “AMIU, curetagem e misoprostal no abortamento”.

De acordo com o conselheiro José An-tônio, organizador do evento, o objetivo era atualizar e treinar os profissionais que atuam na área de ginecologia e obstetrícia. “Quere-mos que nossos profissionais estejam a par

Com o objetivo de discutir o papel do médico-perito e suas diversas áreas de atuação, nos dias 22 e 23 de setem-bro, a Associação Brasileira de Medi-cina Legal e Perícias Médicas Regional Roraima (ABMLPM – RR) em parceria com Conselho Re-gional de Medicina de Roraima (CRM – RR) realizou o I Simpósio de Roraima de Medicina Legal e Perícia Médica, no auditório do CRM.

De acordo com a organizadora do evento e presidente da ABMLPM – RR, Nympha Salomão, o objetivo do Simpósio era esclarecer o papel do médico-perito e suas diversas áreas de atuação.

“Esse Simpósio foi um encontro edu-cativo, com esclarecimentos necessários

de todos os assuntos atuais que fazem parte do dia-a-dia de quem lida com a obstetrícia”.

A ginecologista e obstetra Sulamita Fer-

tanto para os profissionais que atuam na perícia médica como para advogados e juízes que muitas vezes trabalham parale-lamente”, disse Nympha.

A Medicina Legal e Perícia Médica é uma especialidade reconhecida pelo CFM, consta na Resolução 1973/2011. O médico--perito pode ser requisitado na área judi-cial, securitária, previdenciária, medicina legal, administrativa e trabalhista.

reira Buttenbender aprovou o evento e contou que as capacitações são necessárias para a práti-ca médica e aprimoramento do conhecimento.

“É importante participar de eventos que te estimulem a estudar, a buscar mais conhecimento. Pois, médico e paciente saem ganhando”, comentou Sulamita.

A caloura de Medicina da Universi-dade Federal de Roraima, Steffi Ferreira Buttenbender foi ao Café Cientifico acom-panhando a mãe. “Mesmo no primeiro semestre do curso é muito gratificante par-ticipar de eventos em que os conhecimentos adquiridos serão usados futuramente”.

O médico Olimpio Barbosa disse que pretende voltar a Roraima em outros even-tos. “As palestras foram proveitosas, houve participação da plateia o que engradece as discussões. Estamos sempre abertos a levar conhecimento aos profissionais da área de ginecologia e obstetrícia”.

II Café Cientifico discutiu temas da obstetrícia

I Simpósio de Roraima de Medicina Legal e Perícia Médica

O médicos Tomás Espinosa Hurtado (presiden-te da Sociedade Roraimense de Ginecologia, Olimpio Barbosa (vice-presidente da Febras-go), José Antônio (Conselheiro CRM –RR) e Cristiane Greca (diretora do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré)

Durante dois dias mais de 100 pessoas participaram para do Simpósio

O Simpósio reuniu mais de 100 pessoas, entre médicos,

acadêmicos de Medicina e advoga-dos. Entre os palestrantes estavam: Jarbas Simas (Mestre em Direito e Perito Médico do INSS); Eduardo Braga (Representante do Conselho Federal de Medicina); Raimundo Paulino Cavalcante Filho (Juiz do Trabalho); Almiro Padilha (Pre-sidente do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima); Maximiano Leite Barbosa Chaves (Presidente da Sociedade Brasileira de Medi-cina Legal e Perícia Médica), José Jozefran Berto Freire (Presidente do Conselho Técnico e Cientifico da ABMLPM) e Diego Leonardo Andrade de Oliveira (Perícias Mé-dicas e as Demandas da Natureza Judicial).

PARTICIPANTES

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Roraima formou 32 médicos em 2015 O clima de emoção e alegria marcou

a entrega das carteiras profissionais para os novos médicos. A cerimônia foi realizada no dia 8 de dezembro, no auditório do Conselho Regional de Medicina de Rorai-ma (CRM – RR). Contou com a presença dos conselheiros, coordenador do curso de Medicina da UFRR, familiares e amigos dos recém-formados.

Participaram da cerimônia 23 recém--formados de um total de 32 que concluíram o curso. Os que não puderam participar da solenidade, justificaram a ausência, pois, estavam viajando para realização de provas de residências.

Com o registro em mãos os profis-sionais tem garantido o exercício legal da medicina, podendo iniciar a prática médica, residências e pós-graduações.

A presidente interina do CRM – RR, Rosa Leal, explicou aos novos profissionais a importância do Conselho e falou sobre as três funções do órgão: a judicante, fiscaliza-dora e cartorial.

“O Conselho de Medicina é uma autar-quia federal, que além de fiscalizar a prática médica, também defende a oferta de uma saúde de qualidade para a sociedade. Ser médico é uma grande honra, pois temos a importante missão de cuidar de vidas, salvar e sempre fazer o melhor para o bem do paciente”, disse Rosa.

Além da carteira profissional, os re-cém-formados receberam o Código de Ética Médica, que de acordo com o Conselheiro

do CRM – RR, Laerth Thomé, que proferiu palestra sobre assunto, o manual deverá ser usado todos os dias na prática da medicina.

“A Ética Médica deve ser praticada todos os dias, desde uma consulta até ao dar uma notícia que não seja boa. É preciso olhar o paciente e ver nele um irmão, e sa-ber que temos um limite e não podemos ir contra a natureza”, comentou Laerth.

Para o médico recém-formado, Rafael leal, a sensação de receber o registro foi a melhor possível. “Este era um momento muito esperado por mim, agora posso exercer a profissão que escolhi para me

Os novos profissionais reafirmaram o juramento de Hipocrátes

No final de outubro, a diretoria do Conselho Regional de Medicina de Rorai-ma (CRM – RR), por meio da Resolução 004/15, normatizou a solenidade de entre-ga da Carteira do Médico Profissional aos recém-formados.

De acordo com a Resolução, é condi-ção indispensável, para o recebimento da Carteira Profissional de Médico, o compa-recimento a uma solenidade formalmente organizada para esse fim, no qual será

dedicar e começar a traçar novos objetivos profissionais”, afirmou Rafael.

A Amazonense Daniella Taeco de Andrade Tanaka veio a Roraima para estu-dar Medicina, mesmo com a conclusão do curso ela não pretende ir embora do Estado. Segundo ela, a residência médica será feita em Roraima.

“Concluir com êxito o curso de Medi-cina significa duas coisas: vitória e sucesso. Quero fazer anestesiologia e pretendo fazer minha residência em Boa Vista, gostei da cidade e das pessoas, quero ficar aqui”, contou Daniella.

Cerimônia de Entrega das Carteiras Profissionaisproferida uma palestra de orientação so-bre temas éticos pertinentes ao exercício profissional.

O novo médico, que por motivos justif icados não puder comparecer à solenidade, deverá enviar represen-tante para receber sua Carteira Pro-fissional. Porém, continua obrigado a comparecer ao CRM – RR, poste-r iormente, para assist ir a palestra sobre ética.

O conselheiro e coordenador do curso de Medicina da UFRR Antônio Sansevero; corregedora Blenda Avelino, presidente interina Rosa Leal; segundo se-cretário Domingos Sávio e o corregedor Marcelo Ar-ruda deram as boas-vindas aos novos profissionais

NOVOS MÉDICOS

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Carta ao Dr. Hélio Silva Rosário de Macêdo

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Carta ao Dr. Hélio Silva Rosário de Macêdo

Sempre tive muita vontade de ter um irmão. A maternidade não premiou minha mãe com um varão. Porém, o destino me agraciou com um irmão de coração, de trabalho, de lutas. Este

irmão era o Hélio Macêdo. Desde o primeiro contato, percebi que era uma boa pessoa, ético, bom colega, e com o passar do tempo, um amigo verdadeiro. Nossos filhos são como irmãos.

Era um a pessoa especial, um astro de luz própria, que deixava rastros por onde passava. Excelente profissional, bom pai, bom colega. Tudo já foi dito sobre ele, mas quem conviveu com sua pessoa, a cada dia se deparava com alguma atitude sua, que surpreendia.

Gostava muito do que fazia que era ser anestesiologista, o centro cirúrgico era seu segundo lar, e foi neste ambiente que sentiu os primeiros sinais de que não estava bem. E para ironia do destino, ou para marcar ainda mais nossa amizade, fui a primeira a socorrê-lo.

Foi no ambiente que tanto amava que a vida lhe esvaiu aos poucos. Deus é um escudo para todos que nele se refugiam, seu caminho é projetado, e com o nosso amigo, Ele o fez ficar rodeado de todos ou a maioria de seus colegas, como num adeus perfeito e comprovadamente sincero.

Não havia dia ruim para Hélio Macêdo, sempre no trabalho, sorrindo, brincando com os funcionários e sendo mimado também por eles.

Ocupou no Estado, todos os cargos importantes na saúde, mas só ficava feliz fazendo o que mais gostava que era anestesiar pacientes. Neste labor, se locupletava, ficava feliz e não via o tempo passa, era seu ofício predileto. Meu amigo era feliz porque tratava com bondade os necessitados. Sua luz permanecerá em nosso coração.

“Podemos ser amigos simplesmente, amigos simplesmente e nada mais”.

Por Zita Cruz

HOMENAGEM

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Desde o do dia 1º de janeiro de 2016, o Sindicato dos Médicos de Roraima (SI-MED/RR) tem nova diretoria, eleita no dia 7 de dezembro de 2015. O novo pre-sidente é o médico Samir de Araújo Xaud.

A solenidade de posse acontecerá no dia 15 de janeiro, no auditório do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR) e contará com a presença do presidente

da Federação Médica Brasileira, dr. Valdir Cardoso e o presidente da Federação Mé-dica da Amazônia, dr. Wilson Machado.

O mandato da nova diretoria é de três anos. Os demais integrantes são: Kennedy Bernardino da Silva (secretário geral); Antônio Adenildon (secretário de fi nanças); Bruno Th iago de Oliveira (secretário de comunicação e imprensa);

Marcelo Henrique Arruda (secretário de assuntos jurídicos); Frutuoso Lins Caval-cante (secretário de formação sindical e sindicalização); Fabiana Zimmermann dos Santos (secretária de administração e assuntos acadêmicos); Domingos Sávio Matos Dantas (secretário de relações de trabalho) e Roberto Carlos Cruz Carbo-nell (secretário de relações associativas).

Em 2015, o Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR), realizou o total de 100 vistorias. Dos 15 municípios existentes, 14 receberam a equipe de fi sca-lização. Faltou Uiramutã, que será um dos primeiros a passar pela avaliação neste ano de 2016.

A frente do trabalho está a primeira vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Roraima, Rosa de Fátima Leal de Souza. De acordo com ela, foi avaliada a estrutura física das unidades, os itens básicos necessários ao funcionamento de um consul-tório e atendimento de urgência emergência, as condições higiênicas, a quantidade de pro-fi ssionais. Em todos os aspectos, a situação encontrada deixa a desejar.

Das unidades hospitalares, 15 do interior e 3 na capital receberam equipes de fi scalização. Além, de todas as Casas de Saúde da Família do interior.

Segundo Rosa Leal, dos hospitais que funcionam no interior, apenas a unidade de Rorainópolis possui estrutura adequada para atender pacientes em situação de risco.

“Os demais hospitais localizados no interior do Estado, não estão aptos para atendimento de emergência, e alguns sem condições de prestarem assistência em casos de urgência. Além, de precisarem de reforma na estrutura física e equipamentos”, explicou Rosa.

Foi identifi cado que 100% das Casas Saúde da Família não possuem registro no

CRM – RR, que é uma obrigação. Confor-me a resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1971/11, os estabelecimentos hospitalares e de saúde, mantidos pela União, estados-membros e municípios, devem se cadastrar nos conselhos regionais de medicina.

“Esperamos que o poder público se empenhe em melhorar os serviços de saúde oferecidos para a população do interior do Estado. Há locais que nem deveriam estar funcionando. Continuaremos com o nosso importante trabalho de fi scalização, pois o nosso papel, também, é cobrar saúde de qualidade e condições dignas para os profi ssionais exercerem a medicina”, disse Rosa Leal.

Em 2016 Sindicato dos Médicos tem nova diretoria

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CRM–RR fi scalizou todos os hospitais públicos do Estado

FISCALIZAÇÃO 2015

A superlotação de leitos é um dos principais problemas, que dura há anos A maioria das Casas de Saúde da Família não oferece estrutura adequada

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INFORME DA TESOURARIA

ESTATÍSTICA DA CORREGEDORIA – CRM /RR

ANUIDADE 2016

O Conselho Federal de Medicina publicou a Resolução Nº 2.125/2015, fixando valores das Anuidades para o Exercício de 2016.

A ANUIDADE PARA PESSOA FÍSICA será de R$ 650,00 (seiscentos e cinquenta reais), que poderá ser paga até 31 de Março de 2016.

Os pagamentos efetuados após 31 de Março de 2016, para PESSOA FÍSICA, sofrerão os seguintes acréscimos: multa de 2% e juros de 1% ao mês.

Do pagamento com desconto para Pessoa Física:Até 29 de Janeiro de 2016, no valor R$ 617,50 (seiscentos e dezessete reais e cinquenta centavos). Até 29 de fevereiro de 2016, no valor R$ 630,50 (seiscentos e trinta reais e cinquenta centavos).A ANUIDADE DA PESSOA JURÍDICA poderá ser paga até 29 de janeiro de 2016, de acordo com as classes de capital

social. O patamar mínimo é R$ 650,00 (seiscentos e cinquenta reais) e o máximo R$ 5.200,00 (cinco mil e duzentos reais).Os pagamentos efetuados após 31 de janeiro de 2016, para pessoa jurídica, sofrerão os seguintes acréscimos: multa

de 2% e juros de 1% ao mês.A íntegra da Resolução No. 2.125/2015 está no site www.cfm.org.br.

MESES DE JANEIRO À DEZEMBRO - ANO 2015

CORREGEDORIA

Dra. Blenda Avelino GarciaCorregedora

Dr. Marcelo Henrique de Sá ArrudaSub-Corregedor

SINDICÂNCIAS1 – INSTAURADAS 0541.1 – JULGADAS 0471.2 – EM TRAMITAÇÃO 067

PROCESSOS ÉTICOS PROFISSIONAIS2 – INSTAURADOS 0072.1 – JULGADOS 0052.2 – EM TRAMITAÇÃO 023

ANUIDADE – PESSOA FÍSICA 2016

Pagamento dia 29/01/2016 R$ 617,50

Pagamento dia 29/02/2016 R$ 630,50

Pagamento dia 31/03/2016 R$ 650,00

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“Tenho andado romântico imerso em versos líquidos que lembram um mundo subaquático com pedrinhas e algas”. Este é um trecho da poesia da página 32 do livro “Não”, do escritor roraimense Jaime Brasil Filho.

O livro foi lançado primeiramente em São Paulo, novembro do ano passado, e no mês de junho deste ano em Roraima. A obra conta com 150 poesias, que reve-lam cronologicamente uma fase poética do autor.

Os assuntos da obra são dos tipos mais variados que norteiam a existência humana: morte, vida, amores, desilusões, política, entre outros. “A obra tem que transcender ao criador, não se limitar à nossa condição

humana normal que é pobre. Seres huma-nos são iguais e comuns. Mas, em algumas circunstâncias, consegue-se transcender a você mesmo”, comentou Jaime.

Segundo Jaime, o seu gosto literário é voltado para a poesia concreta, mar-ginal, foge do tradicionalismo poético. Embora, observa-se que quanto às refe-rências e inspirações, tenha citado nomes de escritores contemporâneos como Paulo Leminski e Manoel Barros. Também não foge da admiração ao consagrado traba-lho de Castro Alves, Manuel Bandeira e Fernando Pessoa.

O autor escreve há mais de 20 anos e a sua vida literária tem características próprias, o que de acordo com ele, tendem

a transcendê-lo. Ainda assim, são inerentes ao seu modo de comunicar-se com o mundo e enxergá-lo.

As particularidades da obra de Jaime são encontradas logo na primeira página, quando nos deparamos com a falta de título nos poemas, não há ponto fi nal ao encerrar o texto e as frases não começam com letra maiúscula.

“Alguns escritores e leitores de poesias não gostam do que eu escrevo, porque não tem o tradicionalismo contido nos poemas. Alguns até chamam de escritos. Quem gosta mais são os neófi tos, iniciantes, e aqueles que não leem poemas. Tenho recebido elo-gios de pessoas que não têm relação intima com a poesia”.

De Defensor Público a Poeta ou vice-versa Há quem diga que se nasce poeta e

no momento certo a poesia afl ora. Outros, que a ocasião faz o escritor. Independente de qualquer teoria, colocar no papel senti-mentos e expressá-los ao mundo por meio das palavras é primordial ter sensibilidade.

Sensibilidade para o escritor Jaime Brasil Filho é um requisito fundamental não só para escrever, mas para atuar na sua profi ssão. Ele é defensor público há mais de 10 anos. Atualmente atende os casos da Vara Criminal, na área de crime sexual, crime organizado e tráfi co.

“Nunca separei a vida da arte. Eu nun-ca vi contradição nenhuma em ser escritor,

poeta e escritor de artigos em minha ativi-dade como defensor público. Uma atividade alimenta a outra”.

A escrita, considerada por ele, com qualidade, começou aos 20 anos. No inicio, Jaime conta que a inspiração vinha por impulso. Naquele tempo era usado papel de embalagem para pão, cadernos, e escrevia em qualquer lugar: dentro de ônibus e até mesmo em mesa de bar.

“Hoje eu anoto meus insights em celular, notebook e também em caderni-nhos, sempre ando com um. Bem diferen-te da época em que comecei a escrever”, compara Jaime.

Jaime Brasil atua há 10 anos como Defensor Público’

Jaime Brasil pretende lançar outras obras poéticas

Jaime Brasil revela suas poesias

na obra ‘Não’

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Este ano, o tradicional Baile dos Médicos aconteceu no Cenarium, no dia 16 de outubro. A animação foi comandada pelo cantor Márcio Alexandre e DJ Márcio Motta. Confira os principais momentos no click do fotógrafo Jader Souza.

Baile dos Médicos 2015

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Defendendo pr inc íp ios , aper fe içoando prá t icas .

Para você, é a lanterna de um celular.

18 DE OUTUBRO. DIA DO MÉDICO.

/conselhofederaldemedicina @Medicina_CFM /cfmedicina

Conheça essa e outras histórias baseadas em fatos reais no site portalmedico.org.br

Para salvar vidas, médicos brasileiros

fazem de tudo com quase nada. Mas eles não

querem ser heróis. São profissionais que exigem

condições dignas de trabalho para cuidar

da saúde e lutar pela vida das pessoas. Assim,

eles cumprem a missão de todo o médico.

Para um médico, a única fonte de luz para fazer uma cirurgia e salvar uma vida.

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