jornal bandeira um - marco/abril - 2012

16
Página 05 Página 11 Página 12 Página 10 Página 13 Foto: André Rodrigues Taxistas prestam homenagem a cidade de Curitiba pelos 319 anos Comprometido com os interesses da categoria Publicação mensal direcionada aos taxistas e usuários Ano 9 nº 98 Curitiba - PR março/abril - 2012 Distribuição Dirigida Pág. 03 Segundo o taxista José dos Santos, carro 1564, a cidade de Curitiba cresceu bastante e para melhor. Mudança do Ponto Frei Caneca agrada taxistas Richa autoriza crédito para incentivar uso de gás natural Placa refletiva passa a ser norma Ponto Terminal Portão pequeno mas com excelentes corridas Aprovado projeto que vai reger serviço de táxi de Curitiba

Upload: jornal-bandeira-um

Post on 16-Mar-2016

238 views

Category:

Documents


20 download

DESCRIPTION

comprometido com os interesses da categoria

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

Página 05

Página 11

Página 12

Página 10

Página 13

Foto

: And

ré R

odrig

ues

Taxistas prestam homenagem a cidade de Curitiba pelos 319 anos

Comprometido com os interesses da categoriaPublicação mensal direcionada aos taxistas e usuáriosAno 9 nº 98 Curitiba - PR março/abril - 2012 Distribuição Dirigida

Pág. 03

Segundo o taxista José dos Santos, carro 1564, a cidade de Curitiba cresceu bastante e para melhor.

Mudança do Ponto Frei Caneca agrada taxistas Richa autoriza crédito para incentivar uso de gás natural Placa refletiva passa a ser normaPonto Terminal Portão pequeno mas com excelentes corridasAprovado projeto que vai reger serviço de táxi de Curitiba

Page 2: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

02 Curitiba, março/abril - 2012

Page 3: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

03Curitiba, março/abril - 2012

Taxistas prestam homenagem a cidade de Curitiba pelos 319 anos

Curitiba completou seus 319 anos. Uma cidade que ganha di-mensões e porte a cada novo aniversário. Atrelado ao cresci-mento vem os proble-mas de cidade grande, como o trânsito, es-peculação imobiliária, entre muitos outros. Mas, a capital parana-ense ainda mantém suas velhas histórias, belezas e diferenciais em relação a outras capitais.

Aniversário come-morado no último dia 29, a cidade ainda chama atenção por sua belezas arquite-tônicas, pelos lindos parques e pelo clima instável. Roteiro bási-co de quem visita o sul do Brasil.

Uma opinião de

peso sobre Curitiba é a do motorista de táxi. Considerado o primei-ro contato com os tu-ristas, tornou-se um grande propagandista da cidade – positiva e negativamente, se for o caso. De norte a sul, em contato com todos os tipos de pessoas, é a pessoa com mais propriedade para falar sobre a capital para-naense.

Cidade boa de viver

“Eu gosto da cida-de, do modo de viver, da cultura de cidade limpa, dos projetos urbanos. De modo ge-ral é bom viver aqui”, ressalta o taxista Ade-mir de Souza, carro 1888.

Nascido em Curiti-

ba, diz não ter do que reclamar. Aliás, recla-ma um pouco do trân-sito, que, segundo ele, cresceu naturalmente com o fluxo de pesso-as e as facilidades de compra.

Perguntado sobre o turismo, ressalta que a cidade é fraca nesse ponto. É que os par-ques não são lá atra-tivos e tornaram-se o único chamariz. Mas acredita que aos pou-cos a cidade ganha destaque em outros segmentos. Cita por exemplo, os eventos, o teatro e a Copa de 2014. Ademir acredita que o evento interna-cional vai trazer muitos benefícios.

Cidade acolhedoraNatural de São Ma-

theus do Sul, interior do Paraná, o taxista Amauri Sampaio, carro 2100, vive em Curiti-ba há pouco mais de 20 anos. Se adaptou bem, casou e tem uma filha. Com jeitão amis-toso, elogia a cidade e diz que tudo que conquistou foi aqui. E relaciona a vida aqui com a criação da filha. “É um privilégio criar um filho, não é fácil. E Curitiba me deu esta oportunidade”, diz

Como pai cuidado-so, alerta aos gover-nantes que olhem para a segurança. Muito é feito, mas na opinião de cidadão acredita que falta incentivo, principalmente inves-timentos.

P a r a S a m p a i o , dois elementos são parceiros e acabam contribuindo com a

profissão. Um deles é a limpeza e o clima frio. Na avaliação do taxista, dois quesitos que atraem muitos tu-ristas.

Deixa o recado que é preciso que se traba-lhe para manter cada vez melhor. E não só autoridades, o próprio cidadão curitibano ten-te prezar pela organi-zação. “Que o próprio curitibano mantenha esse foco e mantenha a fama”, diz.

Cresceu bastante e para melhor

José dos Santos, carro 1564, mora em Colombo, mas traba-lha em Curitiba. Na vi-são de um morador da Região Metropolitana, acredita que a cidade cresceu, mas diferente do discurso ‘reclama-dor’, diz que expandiu para melhor.

Compara Curitiba com São Paulo e des-taca que a cidade tem muito emprego. Como o colega Sampaio, aposta no frio como um ponto positivo e que ajuda a atrair o turista. E segundo Santos, a cidade vai crescer ainda mais no que diz respeito ao turismo.

100%Turismo forte, cida-

de planejada, inclusive no que diz respeito a uma coisa importante aos taxistas: o trânsi-to e sinalização. Para Mário Lima, natural de Assis, interior de São Paulo, taxista há 20 anos, desde que vive aqui a cidade é 100% melhorias.

Ressalta a impor-tância do turismo. E diferente de outros co-legas, não acha ruim a Linha Turismo. Se-gundo o colega, que trabalha no Ponto da Praça Tiradentes, o ônibus é com grande certeza um bom cha-mariz. E opina que

a prefeitura precisa aumentar o número de veículos.

Segundo Lima, o turista, de forma ou de outra, acaba utilizan-do o táxi. Visitam os parques, mas quando chegam à praça, pe-gam um táxi.

Ademir de Souza, gosta da cidade, do modo de viver, da cultura de cidade limpa, dos projetos urbanos.

Natural de São Matheus do Sul, o taxista Amauri Sampaio, carro 2100, vive em Curitiba há pouco mais de 20 anos.

José dos Santos, carro 1564, mora em Colombo, mas trabalha em Curitiba.

Mário Lima, natural de Assis, interior de São Paulo, taxista há 20 anos.

Fotos/Matéria:André Rodrigues / Fernando Cruz

Page 4: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

04 Curitiba, março/abril - 2012

E-mail: [email protected]

Projeto de Lei que trata de recomposição salarial já está na Câmara

Prefeitura entrega material escolar e uniforme

O presidente do Le-gislativo, vereador Onéias Ribeiro (PT),

divulgou na sessão ordinária do dia 10 último, o projeto de Lei que trata da recomposi-ção salarial de 19,30%. Esse índice é resultado de 58% de perda salarial verificado pela atual administração em janei-ro de 2005 mas que não fo-

ram concedidos nos anos de 1997 a 2004 aos servidores municipais. “O projeto agora será analisado pela Assesso-ria Jurídica da Casa e poste-riormente pelas Comissões Competentes: Constituição e Justiça; Economia, Finan-ças e Orçamentos e por fim a comissão de Educação, Saúde e Bem Estar So-

cial”, explicou Onéias.Segundo a mensagem do

Projeto de Lei encaminhado pelo Poder Executivo, o prefeito J Camargo quando assumiu em janeiro de 2005, verificou uma defasagem salarial de 58% pela falta de reajuste inflacionário não concedido aos servidores dos anos de 1997 até 2004. “Vale lembrar, que desde 2005 até a presente data, todos os anos foram conce-didos recomposição salarial inflacionária, ano a ano, mais a parte da recomposição per-dida, colocando o município em 2012 segundo o DIEESE, num percentual de 19,30%. Isso significa que houve uma redução importante no percentual salarial devido de

38,70%” falou Camargo. O projeto de Lei divulgado

tem por objetivo conceder aos servidores ativos, que nos próximos exercícios, na data base que acontece no mês de maio, seja dado, além dos reajustes inflacio-nários gerais concedidos nos termos do art. 37, inciso X, da Constituição Federal, o percentual de 4% ano para zerar as perdas históricas de 1997 até 2004, pela falta de reajuste inflacionário daquele período.

O projeto ainda enaltece que deverá ser respeitado o percentual de gasto com a folha de pagamento do pes-soal, e os limites de Lei de Responsabilidade Fiscal.

Segundo Onéias Ribeiro,

é importante aguardar o pa-recer jurídico da matéria para aprofundar as discussões. “Zerar a recomposição sala-rial é uma vitória importante para todos os servidores. Quando a perda salarial chegou a 58% em janeiro de 2005, não foi só dos educadores e sim, de todos os funcionários da prefeitu-ra. O importante que esta matéria contemplará todas as categorias em atividade. Vamos aguardar o momento oportuno para que através de emenda ao projeto, se possí-vel possamos contemplar os pensionistas e aposentados” falou o presidente do legisla-tivo Onéias Ribeiro, que pre-vê mais de 40 dias de tramite da matéria na casa.

Prefeito Goinski agradece o empenho de todos que trabalharam por mais uma edição do programa Criança na Escola.

Incentivar as crianças a freqüentar a escola. Esse é o objetivo da política de entre-ga de material escolar e uni-forme para todos os alunos da rede municipal de ensino em Almirante Tamandaré. A ação criada pela Prefeitura Municipal se repete há 8 anos no município e teve a entrega simbólica dos itens realizada em uma solenidade com a presença do prefeito Goinski e de autoridades lo-cais e convidadas em frente a sede da Prefeitura.

Segundo o secretário Ro-mildo de Brito, todos os ma-teriais e uniformes que foram adquiridos pelo programa municipal Criança na Escola são de boa qualidade e cer-tificados pelo INMETRO. Ao

lado de outras ações em prol da educação no município, Romildo destaca o sucesso do programa: “É possível fazer bonito com seriedade e dedicação”. Ao final do evento, como acontece anu-almente, foram sorteadas duas bibliotecas com 360 volumes de livros para duas escolas: Rosilda Kowalski e Alvarenga Peixoto.

Neste ano, cerca de79 reais foram gastos por aluno com a compra do material e uniforme – um investimento de aproximadamente um milhão de reais que irá bene-ficiar mais de 10 mil alunos. “A administração de Almirante Tamandaré está de parabéns por oportunizar avanços como esse no município”, afirma o

chefe do núcleo de educação área norte, Sérgio Ferraz.

Vilson Goinski, prefeito municipal, agradeceu o tra-balho de todos os servidores da Prefeitura e ressaltou a im-portância da ação viabilizada num processo transparente de pregão eletrônico, a qual faz parte de um conjunto de medidas na área da educa-ção. “Os cursos de capa-citação para os servidores municipais, as melhorias no transporte e merenda escolar, o plano de cargos do magis-tério, as obras de reforma, ampliação e construção de prédios públicos, a entrega dos kits de higiene bucal e, por último, o reajuste salarial de mais 22% para todos os profissionais da educação.

Além de alunos e profis-sionais de escolas munici-pais e CMEI´s, participaram do evento funcionários e secretários municipais, re-presentantes da comunida-

de e os vereadores Ângelo Prosdócimo, Edson Vieira, Francisco Nunes, Leonel Siqueira, Walter Purkote, Nereu Colodel, João Marcelo Bini e Osvaldo Stival.

Page 5: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

05Curitiba, março/abril - 2012

Mudança do Ponto Frei Caneca agrada taxistas

Em julho de 2011 a reportagem do Jor-nal Bandeira UM,

atendendo um pedido da classe, ouviu os taxistas do Ponto Frei Caneca (nº 160), na Travessa Frei Caneca, ao lado do Hospital Santa Casa de Misericórdia, que solici-tavam mudança do ponto, devido a problemas com segurança e reclamação dos usuários. A solicita-ção foi atendida e o pon-to agora está localizado mais à frente, quase na esquina com a Rua André

de Barros.Quem encabeçou a

proposta foi a taxista Re-gina Gulin Esmanhoto, carro 1510. De acordo com a colega, a mudan-ça do ponto favorece o embarque de quem sai do hospital e ainda ajuda financeiramente o taxista, pois há mais visibilidade do ponto.

Outro motivo da mu-dança era quanto à segu-rança. Segundo Regina Gulin e outros taxistas ouvidos pela equipe do Jornal Bandeira UM, o

ponto estava num local vulnerável a assaltos, de-vido ao corredor que ser forma.

Agora, o ponto está bem próximo da Rua An-dré de Barros e da Praça Rui Barbosa. Regina, in-clusive, reforça outro fator positivo que é estar bem em frente a um prédio residencial.

AgradecimentoRegina Gulin disse ter

encontrado o governador Beto Richa em um even-to realizado na Praça da

Espanha. Ligeira, fez a solicitação ao governador. Acredita que o pedido deu certo ou deu sorte, pois a mudança do ponto ocorreu.

“Agradeço a vocês do Jornal Bandeira UM, a Urbs e ao governador Beto Richa, se for o caso.

Principalmente porque o governador foi atencioso com uma questão tão sim-ples”, disse Regina.

A taxista enfatiza que foi ouvida pelo governador por seus assessores, que anotaram a solicitação.

Segundo a taxista Regina Gulin Esmanhoto a mudança do ponto vai favorecer o embarque/desembarque de quem sai do Hospital Santa Casa.

Agradeço a vocês do Jornal Bandeira UM, a Urbs e ao governador Beto Richa pela mudança do ponto.

Antigamente o ponto ficava na esquina da Avenida Visconde de Guarapuava, sem estrutura e completamente escondido dos clientes.

Fotos/Matéria:André Rodrigues / Fernando Cruz

Page 6: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

06 Curitiba, março/abril - 2012

Da cidade do interior para o rádio paranaense Com quase 33 anos de rádio, TV e jornal, Jotapê adotou Curitiba como sua cidade

Jotapê se destaca em seu trabalho como repórter no programa Programa

190, do deputado e apresen-tador Roberto Accioli. Mas, a história do lavrador que se tornou radialista e foi vereador por 4 vezes em Curitiba, vai além do enquadramento da telinha, das notícias policiais e de denúncias.

No melhor estilo de quem aprendeu na escola do rádio, Jotapê diz que faz o que ama. Ou seja, jornalismo. Sua histó-ria está recheada de exemplos, curiosidades e peculiaridades. E é claro: vitórias.

Perfil Natural de Pirapozinho,

interior de São Paulo, criou-se em Colorado, noroeste do Paraná. Filho de lavradores foi na lida da roça que come-çou a gostar de rádio. “Gos-tava sempre de ouvir o rádio. Eu trabalhava na roça, mas levava sempre um radinho”, disse.

Desembarcou em Curitiba em 1976. Na mochila trouxe um par de roupas e um tênis velho e o sonho de um dia ser jornalista. O jovem morou de favor, trabalhou como chapei-ro em lanchonete, vendedor. Até conhecer Antonio Carlos Matos.

Através de Matos conse-guiu acompanhar o trabalho na Rádio Cultura. E foi assim que conseguiu sua chance e iniciou como operador de

som. Mas o destino queria mais e Jotapê conheceu Dir-ceu Gleiser, que o apadri-nhou e batizou com o nome artístico. “Um dia Gleiser me perguntou o nome e de onde eu era. Bem, respondi que era José Aparecido Alves. ‘Com esse nome aí você pode pegar o ônibus e voltar a capinar’, teria dito Gleiser”, contou Jotapê.

Como operador trabalhou por três anos até virar repórter através de Gleiser e Algaci Túlio. “Vou citar sempre o Algaci porque foi ele quem deu a minha primeira oportu-nidade”, disse Jotapê.

Para Jotapê, ouvir as rádios de Maringá e poste-riormente de Curitiba como Rádio Clube, Rádio Universo, profissionais como Capitão Hidalgo, Augusto Mafuz, Lom-bardi Júnior, Nestor Batista, Jota Agustinho, “Foguetinho, Oldemar Kramer, Kleina, entre outros, foi fundamental para pegar apreço pelo esporte e pelo jornalismo.

Do rádio à políticaMuitos radialistas despon-

taram no rádio e também na política. Jotapê pegou esse tempo áureo e emendou qua-tro mandatos de vereador em Curitiba. Segundo Jotapê, ter levado algumas premiações como repórter despertou o interesse e o convite de filia-ção por parte de políticos em 1988. “Nessa época o Algaci

já tinha saído da Independên-cia (rádio) e foi para a Rádio Clube. Eu o acompanhei na Clube e me lancei vereador e tive uma sorte danada”, diz. Depois disso, foram outras três reeleições – em 1992, 1996, 2000.

Posteriormente, Jotapê também se lançou candidato a deputado federal. A votação foi expressiva – cerca de 40 mil votos. Foi o mais votado, mas faltaram alguns votos para preencher a legenda do partido – na época o PSB.

Com quase 33 anos de rádio, TV e jornal, Jotapê diz que entre política e jor-nalismo, gosta mesmo é do jornalismo. “Mesmo como político não abandonei o rádio”, emenda. “Porque eu não fui para o rádio para ser político, eu sou um produto do rádio que acabou indo para a política.”

Jotapê está avaliando a questão de voltar a disputar as eleições municipais como vereador. Diz estar avaliando, mas já assume a posição de pré-candidato. Acredita que a política, principalmente a local, pode ser vista de dois ângulos. De quem a vê de fora e do político em suas funções. Para o repórter, a experiência como vereador durante qua-tro mandatos, atrelada a sua vivência com a população, ga-rante uma visão mais ampla. “Curitiba mudou muito e se eu tivesse a oportunidade de voltar à Câmara, eu iria com outra visão”, destaca.

Planejamento é a palavra da vez e Jotapê diz querer trabalhar nesse sentido. Fez questão de lembrar o traba-lho do Jaime Lerner. “Queira ou não, o Jaime é um dos maiores urbanistas em nível de Brasil e de mundo”, co-mentou. Jotapê opina que ser vereador é muito mais que dar nomes a ruas ou se preocupar com buracos.

“Se eu tiver a oportunidade de voltar à Câmara a primeira coisa que quero fazer é um levantamento desse monte de leis que não funcionam e que, inclusive, atrapalham”,

revela. Segundo Jotapê tem muita coisa que precisa ser atualizada.

Outros temas pontuais como a saúde, transporte, impostos e taxas, são levan-tados por Jotapê. “Apresentar projetos, mas projetos moder-nos que a população possa dizer que foi beneficiada e não ficar gastando dinheiro do povo apresentando só nome de rua, criando dia disso, dia daquilo”, diz.

FamíliaJotapê hoje está solteiro.

Mas, como ele mesmo disse, a vida lhe presenteou com quatro filhos – Reinaldo; Luis, o Jotinha; Wellington e An-dréia.

Todos estão bem criados, formados profissionalmente e seguindo o caminho. Entre-tanto, o filho Reinaldo, no qual ele chama carinhosamente de “Reinaldinho”, mesmo com os 36 anos de idade, tem um vínculo especial. Reinaldo foi adotado por Jotapê aos 5 anos de idade. E o filho ado-tivo foi um grande propulsor e paixão de vida. “Não é que eu adotei, eu fui adotado por ele”, diz emocionado. “Tudo que aconteceu na minha vida, o Reinaldo valeu tudo que eu passei.”

O apreço pela família tam-bém recai sobre outra pessoa inspiradora. Jotapê faz ques-tão de lembrar-se da mãe, hoje com 86 anos. Os netos Renato ,Renan e a Vicky, também reforçam a lista de queridos.

DisputadoJotapê, além da possibi-

lidade de candidatura, está com a corda toda, pois vem recebendo propostas e con-vites de trabalho. Segun-do ele, o último partiu de Ratinho. Jotapê recebeu o convite para trabalhar como repórter no Programa do Ratinho, em São Paulo. Atre-lado à sugestão, vem outra possibilidade para o futuro: trabalhar na Rede Massa

190A onda de convites é ten-

tadora, mas Jotapê diz ter um compromisso com o Accioli. Justamente pelo fato de Ac-cioli ser um grande parceiro e amigo e ter ajudado o repórter a retornar para uma mídia mais forte como é a TV. “Eu tenho uma gratidão muito grande com o Accioli, pois ele me resgatou para a mídia”, comenta. “Eu estou feliz com ele, tenho um reconhecimento e um carinho muito grande por ele”, reforça.

Ainda sobre Accioli, Jo-tapê diz que são “amiguíssi-mos” e que defende as ideias do deputado e apresentador. “Ele tem uma história pa-recida com a minha, talvez por isso a gente se de tão bem”, diz.

Além de trabalhar como repórter no 190, na Rede CNT, Jotapê tem seu pro-grama diário na Rádio Mais 1120, a partir das 17 horas.

Radialista Jotapê faz sua participação todos os dias da Praça Tiradentes para o programa 190 na CNT.

Os comunicadores Ratinho Junior e Jotapê durante encontro na sede do PSC em Curitiba.

Fotos/Matéria:André Rodrigues e

Fernando Cruz

Page 7: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

07Curitiba, março/abril - 2012

Page 8: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

08 Curitiba, março/abril - 2012

Page 9: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

09Curitiba, março/abril - 2012

Page 10: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

10 Curitiba, março/abril - 2012

Ponto Terminal Portão pequeno mas com excelentes corridasPequeno, mas estra-

tégicamente locali-zado perto do ter-

minal de ônibus do bairro Portão. Assim se pode de-finir o ponto 575, também conhecido como Ponto Terminal. Quem para ali vai precisar ter sorte para conseguir a vaga, afinal o ponto comporta poucos carros – quatro no máxi-mo – e, é disputado.

De acordo com o ta-xista Mario Cunha, carro 2339, o pontinho é ‘pau para toda obra’. Ou seja, garante corridas na banca e no rádio. “Às vezes aqui nem tem espaço” afirma.

E é nesse sentido que entra a reclamação do colega. “A Urbs em vez de aumentar os pontos,

diminui”, reclama quanto à extensão.

A pouco menos de cem metros, em frente ao Sho-pping Palladium, o ponto de grande extensão não é problema para quem quer ficar ali no bairro Portão.

Segundo Cunha, o ponto garante lá suas corridas (pelo menos 10 para cada taxista). Terminal de ôni-bus, clínica e lojas, fazem a gentileza de garantir o fluxo para os profissionais.

Pequeno, mas com his-

tória, o Ponto Terminal está ali desde a construção do terminal. Na sua modéstia, é forte na rotatividade e fornece corridas para to-dos – rádio e carecas.

Juceli Dolberthi, carro 201, é ‘quilometreiro’, não

gosta de disputar vagas. Parou no Ponto Terminal devido a uma corrida e diz preferir parar no ponto em frente ao Shopping Palla-dium. Mas reconhece que o ponto tem lá suas van-tagens.

Segundo o taxista Mario Cunha, o ponto é ‘pau para toda obra’.

Juceli Dolberthi aproveitou para encostar no Ponto Terminal.

Fotos/Matéria: André Rodriguese Fernando Cruz

Taxista, sua próximacorrida é até aGran Park.Venha fazer um test drive.

Maior porta-malas da categoria com 563 litros

Direção hidráulica, ar-condicionado, computador

de bordo e airbag duplo

Cobalt LSApenasR$27.054,00R$27.054,00R$27.054,00R$27.054,00R$27.054,00R$27.054,00R$27.054,00R$27.054,00R$27.054,00R$27.054,00R$27.054,00R$27.054,00

Cobalt LS com opcional R7C no sistema de venda para taxi, com faturamento direto da fábrica, isento de IPI + ICMS. Válido até 30/04/2012. FAÇA REVISÕES EM SEU VEÍCULO REGULARMENTE.

Page 11: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

11Curitiba, março/abril - 2012

Richa autoriza crédito para incentivar uso de gás natural

O governador Beto Richa autorizou no dia 26 último,

em Curitiba, a criação de linhas de crédito para incentivar o uso do Gás Natural Veicular (GNV) no Estado. Por meio de um convênio entre a Compa-nhia Paranaense de Gás (Compagas) e a Agência de Fomento do Paraná, estão disponíveis R$ 10 milhões em financiamen-tos, na modalidade micro-crédito, para conversão de motores de veículos utilizados na prestação de serviços e também para postos de combustíveis

e oficinas reparadoras e convertedoras que dese-jem investir em equipa-mentos e estrutura.

Os recursos serão emprestados a juros de 0,58% a 1% ao mês, com pagamento em até 60 meses e carência de 12 meses. O acordo assi-nado tem validade até dezembro de 2014.

“A ideia é estimular o consumo do GNV e fomentar uma nova alter-nativa energética. A linha de crédito também está alinhada com a política in-dustrial do Estado, onde o setor deve continuar cres-

cendo acima do nacional”, afirmou o governador. Ele lembrou que a produção industrial do Paraná re-gistrou crescimento de 7% em 2011, maior taxa entre os estados brasileiros.

“O preço do equipa-mento de GNV e esta linha de crédito com ju-ros baixos permitem aos trabalhadores adaptarem seus veículos com o que existe de mais moderno na área de gás veicular”, disse o diretor-presidente da Compagas, Luciano Pizzatto. Ele informou que o objetivo da empresa é ampliar a oferta do gás

natural para todo o Estado em parceria com os sindi-catos e distribuidores de combustíveis.

“Os interessados em adquirir uma linha de cré-dito têm que procurar os sindicatos do setor, que estão em contato com os agentes de crédito da agência”, afirmou o dire-tor-presidente da Agência de Fomento do Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho.

De acordo com o pre-sidente do Sindicombus-tíveis Paraná, Roberto Fregonese, o convênio contribuirá para aumentar a rede de postos de com-bustíveis fornecedores de GNV em todo o Paraná. “Trabalhamos desde o ano passado em parceria com a Compagas para oferecer ao consumidor um com-bustível mais limpo e mais barato”, afirmou.

ECONOMIA E MEIO AMBIENTE

Para os usuários que utilizam veículos para ser-viços, a linha de crédito irá permitir a conversão com tecnologia de ponta, com kits de 5ª geração e que possuem alto rendimento e garantem mais econo-mia e redução da emissão de poluentes.

O acordo faz parte do Programa de Incentivo ao Uso do GNV, criado pela Compagas, e segue a diretriz do governo do Estado de diversificação e ampliação da matriz energética do Paraná, como forma indutora de desenvolvimento integra-do estadual e regional.

“O GNV, além de ser menos poluente e tra-zer vantagem para o meio ambiente, é 50% mais econômico em re-lação ao etanol”, expli-cou Pizzatto. Caberá à Compagas fornecer orientação técnica aos interessados e avaliar o desempenho dos pro-gramas desenvolvidos.

Acompanharam a as-sinatura do convênio o coronel Adilson Castilho Casitas (chefe da Casa Militar do Paraná), o se-cretário Wilson Quintei-ro (Relações com a Co-munidade); a defensora pública-geral do Paraná, Josiane Bettini Lupion; o diretor-presidente da Companhia de Desen-volvimento Agropecuário, Silvestre Staniskewski; o diretor-presidente do Insti-tuto ÁguasParaná, Márcio Nunes, e representantes do setor de combustíveis

Foto

: Aen

otíc

ias

Page 12: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

12 Curitiba, março/abril - 2012

Dra. Sonia Inglat é advogada especialista em trânsito e apresentadora do quadro “Dicas de Trânsito” do Programa [email protected] - Twitter @soniainglat

Placa refletiva passa a ser normaA partir do dia 1º de abril, o uso

de placas refletivas passou a ser obrigatório conforme resolução do CONTRAN 231/2007. A regra passa a ser aplicada a todos os veículos novos e veículos usados que sejam transferidos de município.

Para as motos, as placas terão alteração em seu tamanho. O formato atual tem 13,6cm de altura por 18,7cm de comprimento e passam a ter 17cm por 20cm, o que permite a ampliação das letras e números da placa, assemelhando-se com aquelas

gravadas nas placas dos carros, caminhonetes e afins.

A medida de alteração nas placas tem por finalidade facilitar a fiscalização e aumentar a segurança no trânsito, já que a película especial que reflete a luz favorece a visibilidade em dias chuvosos ou à noite.

O motorista que não cumprir com as novas regras estará cometendo infração média, 4 pontos na carteira e apreensão do veículo até sua regularização.

Con f i ra como f i cam as novas placas:

Prefeitura lança oficialmente a Lousa InterativaA ferramenta inova com a última tecnologia existente no mercado e garante mais interatividade nas aulas

A Prefeitura de Colombo garante mais uma importante conquista na área educa-cional. Na manhã do dia 11último, o prefeito J. Ca-margo lançou oficialmente a implantação do projeto Lousa Interativa em todas as salas de aulas de quintos anos do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino.

“A Prefeitura tem investido na melhoria da educação

através da ampliação e mo-dernização das tecnologias disponíveis em sala de aula. A evolução está evidente nas vidas de nossas crianças e nós como gestores munici-pais temos que acompanhar esse ritmo com a intenção de cada vez mais proporcionar facilidades que melhorem o aprendizado. E a Lousa Interativa é uma ferramenta a mais para que os professo-

res possam transmitir seus conhecimentos aos nossos alunos de uma forma mais di-nâmica e interativa”, destacou o prefeito J. Camargo.

O Projeto tem como obje-tivo geral propiciar ações de modernização das Unidades Escolares, oferecendo aos alunos e professores, o aces-so a recursos tecnológicos, os quais contribuirão para a melhoria da qualidade no processo ensino-aprendiza-gem. “Aplicará metodologias diferenciadas e adequadas ao ritmo individual de apren-dizagem e às inteligências múltiplas, conceito que dá conta da diversidade de ideias, geralmente não consi-deradas durante um proces-so educacional com recursos tradicionais”, destacou o secretário de Educação, Cul-tura e Esporte, Alcione Gia-

retton, lembrando que todos os alunos serão beneficiados gradativamente com a nova ferramenta e que o sucesso do Projeto estará garantido com o comprometimento e empenho dos professores da Rede Municipal de Ensino.

A Lousa Interativa será um recurso multimídia que facil-mente se adaptará às neces-sidades de cada turma. Todo conteúdo que estiver sendo trabalhado em sala poderá ser projetado, manipulado e editado de inúmeras formas, por professor e alunos. “Essa nova ferramenta, auxiliará o professor no processo de ministrar uma aula brilhante, atraente, significativa que mantenha os alunos conec-tados a ele o tempo todo. O conteúdo que estiver sendo trabalhado em sala poderá ser projetado, manipulado, e

editado de inúmeras formas, por professor e alunos”, com-plementou o Secretário.

Representando o Poder Legislativo, o presidente da Câmara, vereador Onéias Ribeiro, parabenizou a Admi-nistração Municipal por pro-porcionar mais esse impor-tante avanço na educação.

Participaram também do evento a vice-prefeita, Rose Cavali, os vereadores Binho e Painho; secretários Munici-pais, diretores e gestores de Escolas, demais servidores e a população.

Capacitação Para que a implantação

do projeto da Lousa Intera-tiva aconteça com sucesso, a Prefeitura de Colombo re-alizará uma capacitação aos professores para o manuseio do equipamento interativo.

Page 13: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

13Curitiba, março/abril - 2012

Aprovado projeto que vai reger serviço de táxi

Foi aprovado o projeto de lei que vai reger o serviço de táxi em Curitiba. A proposta, de autoria do prefeito Lucia-no Ducci, foi aceita por una-nimidade entre os presentes na sessão plenária do último dia 26 de março, com 31 votos. Também foi aprovada uma emenda, das seis que foram apresentadas pelos vereadores.

“É bom participarmos de uma sessão com uma ma-téria tão importante que vai resultar na melhoria da prestação do serviço de táxi de Curitiba e vai trazer melhorias para aqueles que estão trabalhando durante todo este período, desde a primeira legislação de 1970. O prefeito encaminhou o projeto respeitando e ou-vindo todas as sugestões e questionamentos, natural-mente que nem todos podem ser contemplados em um projeto de tamanha respon-sabilidade”, disse o líder do prefeito, vereador Roberto Hinça (PSD).

Foi aprovada junto com o projeto a emenda que prevê que a outorga de au-torização será entregue ao taxista devidamente inscrito e que comprove mais tempo de atividade no serviço de

táxi em Curitiba e nunca tenha sido permissionário. A iniciativa foi do vereador Jairo Marcelino (PSD), que já vinha trabalhando junto aos taxistas por esta reivin-dicação.

Entre as mudanças pre-vistas na lei está a possibi-lidade de aumento no quan-titativo de táxis que c i r c u l a m pela capi-tal. Caberá à Urbani-zação de C u r i t i b a (Urbs) fixar o n ú m e -ro destes ve ícu los , proporcio-na lmente ao aumen-to da po-p u l a ç ã o . Ta m b é m ficou defi-nido que a idade máxima dos veículos deverá ser de cinco anos, considerado como referência o ano de fabricação. Atualmente, o prazo é de oito anos.

O projeto também de-f ine que, ao motor is ta prof iss ional autônomo, somente poderá ser con-

cedido um único termo de autorização vinculado a um veículo de sua pro-priedade.

DiscussãoA bancada de oposição

questionou a redação do projeto. Pedro Paulo (PT) afirmou que o texto é vago e que muitas questões que deveriam estar pontuadas na lei ficaram para ser regu-lamentadas pela Urbs. “Da forma como o projeto veio é um cheque em branco para que a Urbs regulamente da forma como quiser”, disse.

Citou a falta de definição de como será o controle de taxistas que, segundo ele, não exercem a profissão e colocam colaboradores para trabalhar. O projeto determina que os taxis-tas autorizatários deverão prestar diretamente, no mínimo, 30% do tempo de

operação do táxi.Jonny Stica (PT) disse

que não foram colocados critérios para os que con-tinuarão com a placa. Ele defendeu ainda a necessi-dade de incluir o Conselho Municipal dos Serviços de Transporte Remunerado de Pessoas na elaboração de

planos e estudos. “O Conse-lho é um espaço criado para vários debates e infelizmente acabam não acontecendo às reuniões”, disse.

Jair Cézar (PSDB), presi-dente da Comissão Especial dos Táxis, lembrou que a pauta foi largamente discuti-da na Câmara durante o ano de 2011, quando foi formada a Comissão Especial dos Tá-xis. Participaram dos debates taxistas permissionários, colaboradores, empresas, sindicatos e órgãos públicos interessados na mudança da legislação vigente, que é de 1970. “Esta casa trouxe à tona, a pedido dos verea-dores Algaci Tulio (PMDB) e Jair Cézar, a discussão para a mudança da lei, que é de 1970”, lembrou o parlamen-tar. Ele elogiou a iniciativa do prefeito de definir um tempo mínimo de 30% para que o táxi seja conduzido pelo

permissio-nário. “Tem gente com permissão de táxi que não é ta-xista”, afir-mou.

J a i r o Marcel ino agradeceu a d i s p o -s i ç ã o d o prefeito em debater e e n f r e n t a r o assunto. “No início d e 2 0 11 ,

quando começaram a falar na falta de táxis, auxiliares e autônomos já começaram a fazer um movimento para aumentar a frota”, disse. Ele lembrou que havia apresen-tado um projeto com algu-mas propostas de mudança para a categoria, mas retirou para que o prefeito pudesse

apresentar seu projeto de lei. “Estou feliz porque o prefeito cumpriu sua promessa de mandar para esta Casa um novo projeto”. Ele elogiou o desempenho dos taxistas que hoje operam na cidade. “Estes homens estão prepa-rados e têm a confiança de seus usuários e de toda a população curitibana”, com-plementou.

O projeto de lei que esta-belece normas gerais para o serviço de táxis foi aprovado em segundo turno no último dia 27 e aguarda sanção do prefeito. A proposta, de autoria de Luciano Ducci, teve uma emenda também aprovada que prevê que a outorga de autorização será entregue ao taxista devidamente inscrito e que comprove mais tempo de ati-vidade no serviço de táxi em Curitiba e nunca tenha sido permissionário. A iniciativa foi do vereador Jairo Marcelino (PSD), que já vinha traba-lhando junto aos taxistas por esta reivindicação.

ProjetoO texto define as condi-

ções para a prestação do serviço de táxi, como docu-mentações necessárias e capacitação dos condutores. Também define como será calculado o quantitativo de táxis que deverão circular pela cidade e como será concedida a autorização para a prestação do serviço. De-fine que a tarifa será fixada conforme estudos realizados pela Urbs, com critérios es-tabelecidos por regulamento. São estabelecidas ainda as punições para o descumpri-mento da lei.

O prazo para sua regula-mentação da lei pelo Execu-tivo será de sessenta dias a contar da data da publicação no Diário Oficial.

Taxistas acompanharam todo o processo de votação e mostraram-se satisfeitos com o resultado.

Vereadores foram unânimes em aprovar projeto.

Fotos: Andressa Katriny

Page 14: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

1314 Curitiba, março/abril - 2012

A embriaguez do juridiquêsConsiderações sobre a recente decisão do Superior Tribunal de Justiça: apenas bafômetro e exame de sangue podem comprovar embriaguez

1. A decisão do Superior Tribunal de Justiça – juridiquêsEm recente decisão, o

Superior Tribunal de Justi-ça, por meio da 3ª Seção, decidiu que somente com exame de bafômetro ou exame de sangue podem produzir prova suficiente para atestar que o moto-rista estava em estado de embriaguez. Muito bem, ninguém pode produzir prova contra si, conforme o princípio latino “Nemo tenetur detegere”, inscrito no art. 5º inciso LXIII da Constituição Federal, no qual o preso será informa-do de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, que assegura ao acusado o privilégio con-tra a auto-incriminação. Trocando em miúdos, nin-guém é obrigado a autoin-criminar-se, ou produzir prova contra si. Assim, o acusado pode recusar-se a soprar o bafômetro ou autorizar a coleta do seu sangue. Assunto interes-sante é quando a vítima é atropelada e falece e se esse direito permaneceria no cadáver, caso a família não autorizasse, se é que é consultada, sobre a cole-ta do sangue para análise da alcoolemia no sangue e eventual decretação de culpa exclusiva da vítima no evento. A notícia dá conta que: “De acordo com a maioria dos ministros, a Lei Seca trouxe critério objetivo para a caracteri-zação do crime de embria-

guez, tipificado pelo artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). É ne-cessária a comprovação de que o motorista esteja dirigindo sob influência de pelo menos seis decigra-mas de álcool por litro de sangue. Esse valor pode ser atestado somente pelo exame de sangue ou pelo teste do bafômetro, segun-do definição do Decreto 6.488/08, que disciplinou a margem de tolerância de álcool no sangue e a equivalência entre os dois testes.”

2. Os dados estatísticosEm 2011, no Brasil, 57

mil pessoas morreram em acidentes de trânsito. Aos custos sociais desta tragédia se somam anu-almente 300 mil que são acidentados e hospitali-zados. Isto representa R$ 5,3 bilhões de gastos re-lacionados aos acidentes de trânsito em grandes metrópoles (IPEA/ANTP, 2003). É, aproximadamen-te, 0,4% do PIB do país. Deste contingente, 100 mil ingressam no exército de inválidos. Com efeito, 42,8% é referente à perda de produção associada à morte precoce das pesso-as ou à interrupção tempo-rária de suas atividades; 13,3% é referente a custos médicos e 28,8% a custos de reparação dos veículos acidentados. A cidade de Porto Alegre (RS) tem um custo anual de 67 milhões ao ano (2008), valor de

que podemos aproximar à realidade curitibana e das principais cidades brasileiras.

3. No imaginário popular

A decisão do nosso Superior Tribunal de Justi-ça, infelizmente, é uma grande con-tribuição para a cultura da impuni-dade que reina no B ra s i l . E s t a dec i são não considerou tecni-camente os princípios constitucionais da pon-deração de valores e embarcou de forma titubeante e sem me-dir as consequências numa interpretação literal, de estrita legalidade, aquela que os conhece-dores do Direito, a chamada dou-trina, abominam. São exemplos desta inter-pretação: 1) na estação de trem russa há uma placa de proibição de cães nos trens e aparece um russo com um urso amestrado, com coleira e focinheira e exclama: “Proibido cães, não ursos”. 2) Ou ainda, do guarda municipal bi-sonho que ao se deparar com uma ambulância em socorro a um visitante car-díaco no parque a proíbe de entrar no local pois não se pode “pisar na grama”

ou “adentrar com veículos no parque.” Em nossa cidade, Curitiba, capital brasileira na qual a lei seca “não pegou” , já que tradicional e praticamente não se fazem blitz contra a alcoolemia e tradicional-mente graves acidentes ocorrem nas madrugada

das quintas aos domingos. Ali-ás, no Brasil, tem disto, al-

gumas leis “pegam” , o u t r a s , não. Em São Pau-lo, Rio de

Janeiro e outras capitais

em que a lei “pegou”, a partir da d e c i s ã o do STJ vai aumentar a dificuldade

nas blitz e, com certeza,

a lei volte a “não pegar”.

4. O que é trânsito no Brasil

No Brasil trânsito é sinô-nimo de poder (Damatta). Quem pode mais chora menos. As regras não são igualitárias e, neste emaranhado, há várias indústrias rentáveis: de equipamentos, de semá-foros, de radares, de kits de primeiros socorros, de licenciamentos, de tributa-ção pelo Estado, dos pe-

dágios etc. Os eventos no trânsito são considerados “naturais”: as mortes, a bebedeira, a saída do res-taurante um “pouco alto”, os bairros gastronômicos e a balada, o “esquenta” no posto de gasolina – e a legislação, que sempre é insuficiente, tecnicamente, precária e inaplicável, re-sulta na impunidade. Em síntese: ainda não temos democracia no trânsito.

5. A esperança é última que morre

A última instância é o Supremo Tribunal Fede-ral, e temos esperança que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (O Tribunal da Cidadania!) seja fulminada e absolu-tamente reformada pelo Supremo Tribunal Federal. Ou ainda, esperança de que nossos Congressis-tas produzam leis apli-cáveis e essencialmente democráticas neste tema tão menosprezado pela legislação. Esqueçamos que nossos parlamentares são, na sua maioria, donos de veículos de Comunica-ção, aqueles que lucram milhões com as propagan-das de bebidas alcoólicas no Brasil e que associam as bebidas com tudo que nossa tropicalidade pode nos ofecerer.

Enquanto há vida, há esperança (Dum vita est, spes est).

Por Claudio Henrique de Castro

advogado (OAB/PR nº 23.743)

Page 15: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

15Curitiba, março/abril - 2012

Curitiba no caminho certo

No panorama das cidades brasileiras, Curitiba pre-para a grande mudança

de escala que poderá, no curto espaço de alguns anos, nos colo-car num patamar de modernidade e qualidade de vida inédito em nossa história.

Quem olha por hoje, prepara o futuro. É o que Curitiba está fazendo, um dia depois do ou-tro. Para enxergar essa grande equação articulada em torno dos sonhos e aspirações da nossa gente, é preciso olhar para os indicadores, vida traduzida em números, que nos dizem quais são os nossos desafios e o quanto podemos avançar.

Nos 319 anos da nossa cidade, somos quase 1 milhão e 800 mil curitibanos e estamos muito ocu-pados. A menor taxa de desem-prego do Brasil, grande alavanca do nosso crescimento, é um in-dicador indispensável. A cidade vive um ciclo de pleno emprego, quando a taxa de desemprego é inferior a 4%. Isso significa dizer que 96% das pessoas economica-mente ativas estão trabalhando. E trabalho produz riqueza, gera consumo e recolhe impostos que se convertem em infraestrutura e serviços para o cidadão, especial-mente o trabalhador e sua família. É um círculo virtuoso.

Ao prefeito e sua equipe cabe, entre tantas tarefas, a de identi-ficar oportunidades de estímulo ao crescimento da cidade. É por isso que temos o ISS tecnológi-co, isenções para aberturas de microempresas, formação de empreendedores, programa de competividade para atrair grandes empresas e o Tecnoparque, que incentiva o desenvolvimento de companhias de base tecnológica. E agora estamos com um progra-ma inédito, a Operação Consor-ciada para atrair mais investimen-tos e criar uma nova fronteira de

desenvolvimento para os bairros vizinhos à Linha Verde.

Viva, disposta a falar de pro-blemas e participar das possíveis soluções, Curitiba dá mostras continuadas da sua capacidade de se renovar de forma perma-nente, mesmo em áreas em que é referência mundial.

Nosso sistema de transporte passa por modificações, todas ne-

cessárias. A cidade caminha para o metrô, projeto que vai despejar mais de R$ 2 bilhões em investi-mentos diretos na cidade e gerar milhares de empregos a partir de um eixo no qual circulam, a cada dia, mais de 300 mil curitibanos. Avançamos modernizando nosso conceituado ônibus, que continua recebendo inovações, como o Ligeirão, o biocombustível e o hibribus, um ônibus elétrico e a biocombustível.

Recebemos na Suécia o prê-mio de Cidade Mais Sustentável do Mundo em 2010. Ficamos em primeiro lugar no ranking das Ci-dades Verdes da América Latina há pouco mais de um ano. E a área verde da cidade aumentou em dez anos, passando de 51,5 metros quadrados por pessoa para 64,5 metros quadrados. E,

com a crebilidade de quem já retirou mais de 3 mil famílias das beiras de rios para dar a cada uma delas moradia digna, estamos trabalhando para zerar o déficit de reassentamento.

O segredo de uma boa admi-nistração é saber olhar para todos os espaços de vida humana na cidade. É por essa razão que Curi-tiba se revelou a capital brasileira

com maior redução da pobreza. Levantamento da Fundação Ge-túlio Vargas mostrou que Curitiba reduziu a pobreza em 65,3% de 2003 a 2009. O Brasil a reduziu em 45,5% nesse período. Ainda há 67 mil curitibanos em situação de pobreza, em que a renda é de até R$ 151 por pessoa. A grande conclusão que nos deixa o estudo da FGV é a possibilidade real de a desigualdade ser eliminada no horizonte de alguns poucos anos. É preciso trabalhar nisso e a Fun-dação de Ação Social está à frente desta importante missão.

Enquanto isso, a cidade ganha 1.150 novos carros por semana. Além de melhorar o transporte co-letivo, investimos muito em obras viárias, com novas trincheiras, no-vos eixos viários, renovação urbana de ruas e avenidas, programa de

asfalto novo em todos os bairros, tecnologia para gestão do trânsito, implantação de ciclofaixas e refor-ma de ciclovias, além das obras de mobilidade da Copa do Mundo.

Mas falar de cidade é falar de pessoas, suas necessidades e sonhos, o que basta para o dia e o que importa para uma vida inteira, como saúde e educação.

Curitiba tem a melhor saúde pública do Brasil entre cidades com mais de 1 milhão de habitantes, atesta o Ministério da Saúde em 2012. Mas é preciso e possível me-lhorar. E vamos melhorar. Temos também a menor taxa de morta-lidade infantil, graças, em grande parte, ao programa Mãe Curitibana. Hoje, a cidade, que se revela a cada geração mais madura, ganha o Hospital do Idoso Zilda Arns, que já nasce, moderno e bem equipado, como referência no País.

No outro extremo, a preocupa-ção deve se dar com o que real-mente pode mudar uma cidade. A educação forma, prepara e liberta. Por isso, cuidamos do futuro de nossas crianças, oferecendo a rede de ensino com o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, atestado pelo Ministério da Educação, por três vezes consecutivas e caminha-mos para a universalização da educação infantil.

Em mais de 50 audiências pú-blicas com a população no ano passado, confirmamos que Curi-tiba continua fazendo uma opção clara pela busca de soluções inovadoras e financeiramente viáveis. E, neste aniversário, a cidade reafirma a sua convicção de que o diálogo que enseja o pla-nejamento urbano de qualidade, que altera para melhor o cotidia-no, é a ferramenta essencial para garantir o processo contínuo de melhoria da vida da nossa gente, que ama e constroi esta cidade a cada dia.

Luciano Ducci é médico e prefeito de Curitiba.

Page 16: Jornal Bandeira UM - Marco/abril - 2012

16 Curitiba, março/abril - 2012