jornal abo - ed. 134 - nov. dez. 2011

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J A B O Jornal da Associação Brasileira de Odontologia Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 2011 134 O JABO deseja aos cirurgiões-dentistas um Feliz Natal e um 2012 repleto de realizações em prol da Odontologia e da saúde bucal do brasileiro 95 anos de contribuição à Odontologia brasileira Fundada em janeiro de 1917, a ABO Nacional vem construindo a história da Odontologia brasileira com forte atuação política, científica e social, privilegiando o cirurgião-dentista e a saúde bucal da população. Págs. 12 e 13 ABO representa Brasil em evento na AL O cirurgião-dentista brasileiro foi re- presentado pela ABO Nacional no 1º Encontro de Referências da Odonto- logia Latino-americana, realizado em Buenos Aires. No evento foram apre- sentadas pelo presidente da ABO Na- cional, Newton Miranda de Carvalho, a organização da Odontologia brasileira e as possibilidades de integração entre os países do continente. Pág.3 l Concluída a prestação de contas do FDI’2010 Pág.3 11 Congressos no Calendário Oficial de 2012 ABO participa da 14ª CNS As Seções Distrito Federal, Per- nambuco, Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Alagoas, Mato Gros- so do Sul, Bahia, Santa Catarina e Amazonas vão movimentar o próximo ano da Odontologia bra- sileira com novidades científicas e tecnológicas nos eventos que acontecerão de norte a sul do País. Programe-se. Págs. 4 e 5 Com assento no Conselho Nacional de Saúde, a ABO participou ativamente da 14ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília (DF), com propostas sobre SUS na Seguridade Social, Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro. Pág. 15 SAÚDE INTEGRAL Osteoporose e saúde bucal ABO contra apelo da indústria do tabaco Câncer de boca atinge 15 mil/ano no Brasil Câncer de mama: a importância do autoexame Págs. 6, 10, 11 e 23 Infância: conferência global analisa determinantes sociais e mortalidade Pág. 21 Descarte adequado para material contaminado Pág. 22

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Distribuição nacional gratuita, a cada dois meses, com informações de interesse para todos os cirurgiões-dentistas. A 134ª edição já está nas mãos dos leitores de todo o Brasil, com novidades. Boa leitura!

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Page 1: Jornal ABO - Ed. 134 - Nov. Dez. 2011

J A B OJornal da Associação Brasileira de Odontologia

Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 2011 134

O JABO deseja aos cirurgiões-dentistas um Feliz Natal e um 2012 repleto de realizações

em prol da Odontologia e da saúde bucal do brasileiro

95 anos de contribuição

à Odontologia brasileira

Fundada em janeiro de 1917, a ABO Nacional vem construindo a história da Odontologia brasileira com forte atuação política, científica e social, privilegiando o cirurgião-dentista e a saúde bucal da população.Págs. 12 e 13

ABO representa Brasil em

evento na ALO cirurgião-dentista brasileiro foi re-presentado pela ABO Nacional no 1º Encontro de Referências da Odonto-logia Latino-americana, realizado em Buenos Aires. No evento foram apre-sentadas pelo presidente da ABO Na-cional, Newton Miranda de Carvalho, a organização da Odontologia brasileira e as possibilidades de integração entre os países do continente. Pág.3

l Concluída a prestação de contas do FDI’2010Pág.3

11 Congressos no Calendário Oficial

de 2012

ABO participa da 14ª CNS

As Seções Distrito Federal, Per-nambuco, Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Alagoas, Mato Gros-so do Sul, Bahia, Santa Catarina

e Amazonas vão movimentar o próximo ano da Odontologia bra-

sileira com novidades científicas e tecnológicas nos eventos que acontecerão de norte a sul do País. Programe-se. Págs. 4 e 5

Com assento no Conselho Nacional de Saúde, a ABO participou ativamente da 14ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília (DF), com propostas sobre SUS na Seguridade Social, Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro.Pág. 15

SAÚDE INTEGRALOsteoporose e saúde bucal

ABO contra apelo da indústria do tabaco

Câncer de boca atinge 15 mil/ano no Brasil

Câncer de mama: a importância do autoexamePágs. 6, 10, 11 e 23

Infância: conferência

global analisa determinantes

sociais e mortalidade

Pág. 21

Descarte adequado para material contaminadoPág. 22

J A B OJornal da Associação Brasileira de Odontologia

Ano XIX - Número 130 - Setembro/outubro - 2010

Sobre_Capa134_frente.indd 1 06/12/2011 16:54:39

Page 2: Jornal ABO - Ed. 134 - Nov. Dez. 2011

Sobre_Capa134_verso.indd 1 06/12/2011 16:54:14

Page 3: Jornal ABO - Ed. 134 - Nov. Dez. 2011

J A B O133

Jornal da Associação Brasileira de Odontologia Ano XIX - Número 133 - Setembro/outubro - 2011

O JABO deseja aos cirurgiões-dentistas um Feliz Natal e um 2012 repleto de realizações

em prol da Odontologia e da saúde bucal do brasileiro

95 anos de contribuição

à Odontologia brasileira

Fundada em janeiro de 1917, a ABO Nacional vem construindo a história da Odontologia brasileira com forte atuação política, científica e social, privilegiando o cirurgião-dentista e a saúde bucal da população.Págs. 12 e 13

ABO representa Brasil em

evento na ALO cirurgião-dentista brasileiro foi re-presentado pela ABO Nacional no 1º Encontro de Referências da Odonto-logia Latino-americana, realizado em Buenos Aires. No evento foram apre-sentadas pelo presidente da ABO Na-cional, Newton Miranda de Carvalho, a organização da Odontologia brasileira e as possibilidades de integração entre os países do continente. Pág.3

l Concluída a prestação de contas do FDI’2010Pág.3

11 Congressos no Calendário Oficial

de 2012

ABO participa da 14ª CNS

As Seções Distrito Federal, Per-nambuco, Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Alagoas, Mato Gros-so do Sul, Bahia, Santa Catarina

e Amazonas vão movimentar o próximo ano da Odontologia bra-

sileira com novidades científicas e tecnológicas nos eventos que acontecerão de norte a sul do País. Programe-se. Págs. 4 e 5

Com assento no Conselho Nacional de Saúde, a ABO participou ativamente da 14ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília (DF), com propostas sobre SUS na Seguridade Social, Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro.Pág. 15

SAÚDE INTEGRALOsteoporose e saúde bucal

ABO contra apelo da indústria do tabaco

Câncer de boca atinge 15 mil/ano no Brasil

Câncer de mama: a importância do autoexamePágs. 6, 10, 11 e 23

Infância: conferência

global analisa determinantes

sociais e mortalidade

Pág. 21

Descarte adequado para material contaminadoPág. 22

Page 4: Jornal ABO - Ed. 134 - Nov. Dez. 2011

JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 20112

E D I T O R I A L

Por um profissional completo

N este ano que se inicia, a ABO completa 95 anos de existência - quase um século de trabalho e conquistas que se confundem com o desenvolvimento da própria Odontologia nacional. Na última década, conquistamos

o espaço merecido e necessário da Odontologia nos serviços públicos de saúde, e, apesar do enorme tempo negligenciado, já começamos a colher os frutos da devida atenção ao cuidado odontológico em larga escala. O caminho até que cada brasileiro desfrute de boa saúde bucal ainda é longo, mas muito já foi avançado. A grande questão é: o que vem depois?

Após tantos avanços, a ABO, consciente do seu papel diante do profissional que representa, celebra as conquistas da Odontologia brasileira, pois participa deste progresso e traba-lha incansavelmente pelo desenvolvimento de todo o potencial odontológico. Mas não o fazemos displicentemente. Ainda nos resta muito a fazer, especialmente considerando-se a nova e bem-vinda visão do cirurgião-dentista como profissional da saúde em sua plenitude. Na próxima década, nossas atenções devem se voltar cada vez mais ao intrincado de informações que compõem a saúde sistêmica do organismo, à complexidade física e social do paciente. E a ABO se orgulha de contribuir com a ampliação do conhecimento do cirurgião-dentista brasileiro além de sua ocupação primeira, da saúde bucal.

Muitas pesquisas estão em curso para elucidar ainda mais as relações e associações entre a saúde bucal e o bom funcio-namento de todo o organismo, e a ABO, através de sua atuação interdisciplinar, encoraja e estimula essa visão integral da saúde - como nas páginas desta edição do JABO, com uma série de informações que evidenciam o esforço de ampliar o conheci-mento atual do cirurgião-dentista, estimular a consciência de seu papel diante do paciente e de suas múltiplas necessidades e fortalecer sua atuação junto às outras profissões da saúde.

O Odontologia sistêmica constrói seu conhecimento alicer-çada nos avanços do passado, mas com os olhos voltados para o futuro, um cenário que já se desenrola e que exige urgência no preparo de novos profissionais para novos pacientes. O orga-nismo é um sistema aberto, interagindo com suas partes e com o meio em que se encontra. Também assim deve ser a mente do cirurgião-dentista, livre dos limites físicos de seu consul-tório. A ABO, que é a voz dos mais de 230 mil profissionais que representa, também procura ser seus olhos para o mundo, através da rede de informações que a entidade promove em seus congressos científicos, em sua atuação nos mais diversos fóruns sociais e por meio dos veículos de comunicação que faz circular em todo o território nacional.

Nesses 95 anos de existência, a ABO evoluiu com a Odon-tologia brasileira. Ao contribuir com o desenvolvimento do cirurgião-dentista brasileiro, a entidade faz a roda girar, sempre em direção ao ideal de saúde integral.

Newton Miranda de CarvalhoPresidente da ABO Nacional

A ABO não se responsabiliza pelos serviços e produtos das empresas que anunciam no JABO, as quais estãosujeitas às normas de mercado e do Código de Defesa do Consumidor. Artigos assinados ou conceitos emitidossão de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitida a reprodução de textos do jornal desde que citada a fonte.

J A B OE X P E D I E N T E

JABO é uma publicação bimestral da Associação Brasileira de Odontologia, de circulação nacional.Produção/edição: Edita Comunicação Integrada. Al. Santos, 1398 - 8º and. conj. 87. Telefax (+11)3253.6485 e (+11) 3284.1348. CEP 01418-100 - São Paulo - SP - Brasil. E-mail: [email protected] Diretores: Joaquim R. Lourenço e Zaíra Barros. Editora: Zaíra Barros (MTb: 8989); editor assistente: Diego Freire (MTb: 49.614); repórter: Antonio Júnior (MTb:56.580);diagramação/artes: Edita/Rafael Aguiar; fotos: Edita/David de Barros/fotoabout. Publicidade: [email protected]; GSenne - Tel.: (+11)4368.5678, e-mail: [email protected]; MN Design - Tel.:(+11) 2975.3916, e-mail: [email protected] ; Ponto 4 Propaganda Ltda. Tel. (+11) 3816.0328; e-mail [email protected]. Impressão: Darthy Gráfica.Tiragem: 100.000 exemplares. Distribuição gratuita. Circulação nos meses de em fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e dezembro.

Diretoria Nacional

Registrada no Conselho Nacional do Serviço Social (nº 110.006/54), em 12 de janeiro de 1955. Filiada à FDI e à Fola/Oral. Sede AdminiStrAtivA: Rua Vergueiro, 3153 conjs.82 e 83 - CEP 04101-300 - São Paulo - SP - Telefax: (+11) 5083.4000. E-mail: [email protected] - Site: www.abo.org.br

AssoCIAção BrAsIlEIrA DE oDoNTologIA

ABo/AcrePres. Stanley Sandro da Silva MendesR. Marechal Deodoro, 837, s.469900-210 - Rio Branco - ACTelefax(+68) [email protected]

ABo/AlagoasPres. Tiago Gusmão MuritibaAv.Roberto M. de Brito, s/n.-Jatiuca57037-240 Maceió - ALTelefax(+82) [email protected]

ABo/AmapáPres. Daiz da Silva NunesRua Dr.Marcelo Cândia, 635 CP 63568906-510 - Macapá - APTel. (+96) 3244.0202/Fax [email protected] www.abo-ap.org.br

ABo/AmazonasPres. Alberto Tadeu do N. BorgesRua Maceió, 86369057-010 - Manaus - AMTel.(+92) 3584.5535/[email protected]

ABo/BahiaPres. Antístenes Albernaz Alves NetoR.Altino Serbeto Barros, 13841825-010 - Salvador - BATel.(+71) 2203.4066/ Fax [email protected]

ABo/CearáPres. José Barbosa PortoR. Gonçalves Lêdo, 163060110-261 - Fortaleza - CETel.(+85) 3311.6666/Fax [email protected]

ABo/Distrito FederalPres. Hamilton de Souza MeloSGAS 616 - lote 115-L/2 Sul70200-760 - Brasília - DFTel.(+61) 3445.4800/Fax [email protected]

ABo/Espírito santoPres. Armelindo RoldiR. Henrique Rato, 40 - Fátima29160-812 - Vitória - ESTelefax(+27) [email protected]

ABo/goiásPres. Jorivê Sousa CastroAv.Itália, 118474325-110 - Goiânia - GOTel.(+62) 3236.3100/Fax [email protected]

ABo/MaranhãoPres.Marvio Martins DiasAv. Ana Jansen,7365051-900 - São Luiz - MATel. (+98) 3227.1719/Fax [email protected]

ABo/Mato grossoPres. Luciano Castelo MoraesRua Padre Remeter, 17078008-150 - Cuiabá - MTTelefax(+65) [email protected]

ABo/Mato grosso do sulPres. Paulo Cezar R. OgedaRua da Liberdade, 83679004-150 Campo Grande - MSTelefax (+67)[email protected]

ABo/Minas geraisPres. Carlos Augusto Jayme MachadoRua Tenente Renato César, 10630380-110 - B.Horizonte - MGTel. (+31) 3298.1800/Fax [email protected]

ABo/ParáPres. Lucila Janeth Esteves PereiraRua Marquês de Herval, 229866080-350 - Belém - PATel. (+91) 3277.3212/Fax [email protected]

ABo/ParaíbaPres. Patrícia Meira BuenoAv. Rui Barbosa,3858040-490 - João Pessoa - PBTelefax(+83) [email protected]

ABo/ParanáPres. Osiris Pontoni KlamasRua Dias da Rocha Filho, 62580040-050 - Curitiba - PRTel.(+41)3028.5800/Fax [email protected]

ABo/PernambucoPres. Luiz Gonçalves de MeloRua Dois Irmãos, 16552071-440 - Recife - PETel.(+81) [email protected]

ABo/PiauíPres. Júlio Medeiros Barros FortesRua Dr. Arêa Leão, 545 - SUL64001-310 - Teresina - PITel.(+86) [email protected]

Conselho Executivo Nacional (CEN)Presidente:Newton Miranda de Carvalho (MG)Vice-presidente:Manoel de Jesus R. Mello(CE)secretário-geral:Marco Aurélio Blaz Vasques (RO)Tesoureiro-geral:Wesley Borba Toledo (DF)1ª secretária:Daiz da Silva Nunes (AP)1o tesoureiro:Carlos Augusto Jayme Machado(MG)suplentes: Dilto Crouzeiles Nunes(RS)/ Paulo Murilo Oliveira daFontoura Jr.(RJ)/ Lucila JanethEsteves Pereira (PA)/ Júlio MedeirosBarros Fortes (PI)

Conselho Fiscal NacionalEfetivos: José Silvestre (SP)/ JoséBarbosa Porto (CE)/ Alberto Tadeu doNascimento Borges (AM)suplentes: Rafael de AlmeidaDecúrcio (GO)/ Patrícia Meira Bento (PB)/ Luiz Gonçalves Melo (PE)/ Hamilton de Souza Melo (DF)

Vice-presidentes regionaisNorte: Luiz Fernando Varrone (TO)Nordeste: Tiago Gusmão Muritiba (AL)sudeste: Osmir Luiz Oliveira (MG)sul: Nádia Maria Fava (SC)Centro-oeste: Jander Ruela Pereira (MT)

UniABoCoordenador:Sérgio de Freitas Pedrosa (DF)

ABO nos Estados

Visite o Portal ABO em www.abo.org.br

Vice-coordenador:Egas Moniz de Aragão (PR)secretário: Inácio da Silva Rocha (RJ)

Diretor do Departamentode Avaliação de Produtosodontológicos (Dapo)Oscar Barreiros de Carvalho Jr. (SP)

Diretor científico darevista ABo NacionalFernando Luiz Tavares Vieira (PE)

Conselho Nacional de saúde (CNs)Efetivo: Geraldo Vasconcelos (PE)

Conselho DeliberativoNacional (CDN)Presidente: Luiz Fernando Varrone (TO)

ABo/rio de JaneiroPres. Paulo Murilo O. da FontouraRua Barão de Sertório,7520261-050 - Rio de Janeiro - RJTel.(+21)2504.0002 /Fax [email protected]

ABo/rio grande do NortePres. Pedro Alzair Pereira da CostaRua Felipe Camarão, 51459025-200 - Natal - RNTel.:(+84) 3222.3812/Fax: [email protected]/www.aborn.org.br

ABo/rio grande do sulPres. Flávio Augusto Marsiaj OliveiraRua Furriel L. A. Vargas, 13490470-130 - Porto Alegre - RSTel.:(+51) 3330.8866/Fax: 3330.6 [email protected]

ABo/rondôniaPres. Antonio Carlos PolitanoRua D.Pedro II, 140778901-150 - Porto Velho - ROTel.: (+69) 3221.5655/Fax: [email protected]

ABo/roraimaPres. Galbânia Policarpo de SáRua D.Pedro II, 140769301-130 - Boa Vista - RRTel. (+95) 3224.0897/ Fax [email protected]

ABo/santa CatarinaPres. Murilo Ferreira LimaRua Dom Pedro I, 224 - Capoeira -88090-830 - Florianópolis- SCTelefax (+48) [email protected]

ABo/são PauloPres. José SilvestreRua Dr. Olavo Egídio, 154 - Santana02037-000 - São Paulo - SPTel.: (+11) 2950.3332/Fax: [email protected]

ABo/sergipePres. Martha Virgínia de Almeida DantasAv. Gonçalo Prado Rollemberg, 40449015-230 - Aracajú - SETel: (+79) 3211.2177 Fax: [email protected]

ABo/TocantinsPres. Luiz Fernando VarroneAv.LO15 602 Sul-Conj. 02 Lote 0270105-020 - Palmas - TOTel.: (+63) 3214.2 246/Fax: [email protected]

Page 5: Jornal ABO - Ed. 134 - Nov. Dez. 2011

JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 2011 3

ABO é o Brasil em evento inédito na Odontologia latino-americana

O cirurgião-dentista bra-sileiro foi representado pela ABO Nacional du-

rante o 1º Encontro de Referên-cias da Odontologia Latino-ame-ricana, realizado na última edi-ção do Congresso da Associação Odontológica Argentina (AOA), de 31 de outubro a 5 de novem-bro, em Buenos Aires. O presi-dente da ABO, Newton Miranda de Carvalho, o coordenador na-cional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca Jr., e o ex-presidente da Federação Dentária Internacional (FDI) Roberto Vianna foram con-vidados pela entidade irmã para ministrar palestras sobre a Odon-tologia brasileira e participar de discussões sobre a integração entre os países.

Em sua apresentação, o pre-sidente Newton Miranda de Carvalho tratou da organização da Odontologia no Brasil e do papel da ABO neste contexto. Já Pucca falou das oportunidades de trabalho no serviço público para os egressos da graduação em Odontologia. Nas discussões, foram tratados vários assuntos de interesse da ABO, como as-pectos de relações com países da Federação Odontológica Latino--americana (Fola) e a experiên-cia de fechamento de contas do FDI’2011, realizado no México, em setembro.

Também part iciparam do evento, representando a Odon-tologia de países latino-ameri-canos, Juan Carlos Cometti, da Argentina, com palestra sobre o estado da saúde bucal da popu-lação argentina e a participação das instituições odontológicas nas políticas de saúde; Jaime Edelson, do México, apresen-tando campanhas de prevenção em curso no seu país; Samuel Prophete, do Haiti, que tratou dos problemas e de perspectivas de soluções na saúde bucal da população local; Álvaro Roda, do Uruguai, com palestra sobre os rumos da Odontologia uruguaia; e María Eugenia Valle, do Chile, que falou de um assunto também em voga no Brasil: a relação entre o aumento do número de cirurgiões-dentistas e as reais necessidades da população.

FDI’2010 apuradoTambém na ocasião, convoca-

do pela ABO, o secretário-geral da entidade, Marco Aurélio Blaz Vasques, participou de reunião sobre o fechamento de contas do FDI’2010, realizado no Brasil. Ao presidente da FDI, Orlando Monteiro da Silva, de Portugal, o secretário-geral da ABO expôs por duas horas todos os aspectos referentes às contas e planilhas do FDI’2010, esclarecendo à autoridade internacional todas as situações da realização do evento em Salvador (BA). O presidente da FDI fez contato telefônico com o diretor executivo da enti-dade, Jean-Luc Eiselé, e o diretor financeiro, Vincent Casares, para agendar reunião com a Diretoria da ABO em Portugal, para onde

A B O N A C I O N A LA B O N A C I O N A L

seria encaminhada a finalização do processo. A convite da FDI, o presidente Newton Miranda de Carvalho e o secretário-geral Marco Aurélio Blaz Vasques encontraram-se com a Diretoria da FDI em Lisboa, no último dia 10 de novembro, para encerrar as negociações com a entidade.

Em Lisboa, o presidente da FDI se mostrou satisfeito com a prestação de contas da ABO, dispensando a auditoria acor-dada em reunião das partes no FDI’2011, na Cidade do México.

Page 6: Jornal ABO - Ed. 134 - Nov. Dez. 2011

JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 20114

Eventos serão realizados em 10 capitais

brasileiras e no DF e discutirão temas

relevantes ligados à Odontologia

Definidas datas dos Congressos

2012 da ABO

Já está definido o Calendá-rio Oficial de Congressos 2012 da ABO Nacional.

Os eventos oficiais terão início no mês de março e serão encerrados em novembro. Distrito Federal, Pernambuco, Espírito Santo, Ceará, Amazonas, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Bahia e Santa Cata-rina são os Estados que vão sediar os eventos. A relação completa e as informações sobre os congressos podem ser obtidas no site www.abo.org.br. Veja também nesta página os principais dados de cada congresso.

O Distrito Federal abrirá a agen-da de congressos oficiais da ABO nos dias 21, 22, 23 e 24 de março de 2012 com o 14° Congresso Inter-nacional de Odontologia do Distrito Federal. O tema já está definido: Política de Saúde Bucal como Instru-mento de Valorização Profissional e Qualidade de Vida. No mês seguinte será a vez de Pernambuco realizar o 21° Congresso Pernambucano de Odontologia, de 12 a 15 de abril, que terá como tema Odontologia e Qualidade de Vida. Continuando no Nordeste, a cidade de Fortaleza (CE) sediará o 4° Congresso Internacio-nal de Odontologia, de 23 a 26 de maio, e o tema será escolhido pelos próprios participantes que terá como base Gestão e Tecnologia.

Calendário Oficial de Congressos 2012MAIo

ABo Ceará

4° Congresso Internacional de

odontologia23 a 26 de maioFortaleza (CE)Informações:

[email protected]

19° Congresso odontológico riograndense

11 a 15 de julhoPorto Alegre (rs)

Informações:[email protected]

JUlHoABo rio grande do sul

Congresso Alagoano de odontologia

6 a 8 de setembroMaceió (Al)Informações:

[email protected]

sETEMBroABo Alagoas

12º Congresso de odontologia do rN

23 a 26 de agostoNatal (rN)

Informações:[email protected]

www.aborn.org.br

AgosToABo rio grande do Norte

16° Congresso de odontologia da Bahia

26 a 30 de outubrosalvador (BA)Informações:

[email protected]

oUTUBroABo Bahia

3º Congresso Intenacional de odontologia do Mato

grosso do sul 18 a 21 de setembro

Campo grande (Ms)Informações:

[email protected]

sETEMBroABo Mato grosso do sul

5° Congresso Internacional de odontologia de santa

Catarina22 a 26 de novembroFlorianópolis (sC)

Informações:[email protected]

NoVEMBro ABo santa Catarina

Congresso Internacional de odontologia da

Amazônia27 a 30 de junhoManaus (AM)Informações:

[email protected]

13° Congresso de odontologia do Espirito

santo28 a 30 de junho

Vitória (Es)Informações:

[email protected]

JUNHoABo Amazonas

JUNHoABo Espírito santo

21° Congresso Pernambucano de

odontologia12 a 15 de abril

recife (PE)Informações:

[email protected]

ABrIlABo Pernambuco

14° Congresso Internacional de odontologia do Distrito

Federal21 a 24 de março

Brasília (DF)Informações:

[email protected]

MArçoABo Distrito Federal

Em junho acontecem dois con-gressos: o 13° Congresso de Odon-tologia do Espírito Santo, de 28 a 30 de junho, no qual será discutida Odontologia: Ciência e Arte nos Ciclos de Vida; e o Congresso Internacional de Odontologia da Amazônia, de 27 a 30, em Manaus. No mês de julho, de 11 a 15, a Odon-tologia será destaque no Rio Grande do Sul por conta do 19° Congresso Odontológico Riograndense que terá como tema Odontologia para Todos. O Rio Grande do Norte realiza, de 23 a 26 de agosto, o 12° Congresso de Odontologia do Rio Grande do Norte, com o tema Impacto da Tecnologia na Prática Odontológica.

O mês de setembro será mar-cado por dois congressos: de 6 a 8, Alagoas realiza o Congresso Alagoano de Odontologia; e de 18 a 21, em Mato Grosso do Sul acon-tece o 3° Congresso Internacional de Odontologia do Mato Grosso do Sul, que discutirá A Odontologia Sustentável. Em outubro, Salvador (BA) sediará o 16° Congresso de Odontologia da Bahia, nos dias 26, 27, 28, 29 e 30 e o tema será esco-lhido no início de 2012. Fechando os eventos oficiais da ABO, Santa Catarina discute Saúde para Todos durante o 5° Congresso Interna-cional de Odontologia de Santa Catarina, de 21 a 24.

Último congresso da ABO de 2011 aconteceu em São Luís

Evento reuniu 400 profissionais

de Odontologia e discutiu temas relevantes da área

A cidade de São Luís (MA) sediou no mês de novembro, de 9 a 12, o último congresso da ABO de 2011: o 4° Congresso Mara-nhense de Odontologia que teve como tema Evidência Científica e Inovações Tecnológicas na Prática Odontológica. Cerca de 400 profissionais, entre cirurgiões-dentistas e estudantes, participa-ram do evento. O secretário-geral da ABO, Marco Aurélio Blaz Vasques, representou o presidente da entidade Newton Miranda de Carvalho no evento. A programação do evento contou com palestras, cursos e painéis. Nomes importantes da Odontologia nacional estiveram presentes como Rielson Alves Cardoso, doutor em Endodontia pela Facul-dade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FO-USP); Reinaldo Janson, mestre em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP e em Implantodontia pela Universidade do Sagrado Coração de Bauru e especialista em Implantodontia pela Universidade de Nova York; Julio César Joly, mestre e doutor em Periodontia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), coordenador do Instituto ImplantePerio, em São Paulo, e autor do livro Reconstrução Tecidual Estética; Ewerton Nocchi Conceição, professor da área da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre e doutor em Materiais Den-tários pela FOP-Unicamp e autor dos livros Dentística: Saúde e Estética e Restaurações Estéticas: Compósitos, Cerâmicas e Implantes, entre outros.

C O N G R E S S O SC O N G R E S S O S

CliqueABO

www.abo.org.brInformações:

Page 7: Jornal ABO - Ed. 134 - Nov. Dez. 2011

JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 2011 5

Evento acontece em março e terá como tema Política de Saúde Bucal como Instrumento de Valorização Profissional

Serão realizados cursos sobre diversas áreas da Odontologia com renomados profissionais do Brasil

DF abre congressos ABO de 2012

ABO/PE realiza 21° Copeo em abril

A cidade de Brasília rece-be o primeiro congres-so da ABO de 2012: o

14° Congresso Internacional de Odontologia do Distrito Federal (Ciodf). Considerado um dos maiores eventos de Odontolo-gia do Centro-Oeste brasileiro, acontece de 21 a 24 de março, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O tema será Política de Saúde Bucal como Instrumen-to de Valorização Profissional e Qualidade de Vida. As inscrições já podem ser feitas no site www.ciodf.com.br. Paralelo ao Ciodf acontecerá ainda o 4° Congresso Nacional de Odontologia Militar. A intenção do evento é atender a grande demanda de profissionais de todas as especialidades da Odontologia e, para isso, foram convidados profissionais gaba-ritados para expor sobre novos materiais, novas tecnologias e pesquisas. Grandes nomes na-cionais e internacionais estarão presentes no evento ajudando a difundir e ampliar o conhecimen-to em vários temas relevantes da área odontológica. Entre os no-mes que já confirmaram presença está Ramon Del Castillo Salme-

O Estado de Pernambuco abre suas portas para re-ceber o 21° Congresso

Pernambucano de Odontologia (Copeo), em comemoração aos 90 anos de existência da ABO/PE. O evento acontece de 12 a 15 de abril de 2012, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Recife. Para-lelo ao Copeo será realizado ainda o 16° Congresso Norte-Nordeste de Odontologia; 9° Congresso de Odontologia Militar do Nordeste; 6° Encontro de Técnicos em Prótese Dentária de Pernambuco; 4ª Mostra de Saúde Bucal Coletiva; 3° Encon-tro de Ex-alunos de Odontopediatria e a 2ª Mostra de Anatomia Aplicada. As inscrições podem ser feitas no site www.copeo.com.br.

Durante o evento serão realiza-dos palestras e simpósios abordando temas voltados não só para a prática clínica e profissional, naquilo que há de mais atual no contexto científico, mas também problemas que têm estreita relação com a sociedade, visando a sua melhoria de vida. Por isso, nada mais providencial como tema para o 21° Copeo: Odontologia e Qualidade de Vida. Os destaques do evento serão os cursos ministrados por referências da Odontologia brasi-leira. Entre os temas que serão abor-dados estão Odontologia Estética: Desafios Clínicos, com Guilherme

ron, da Espanha, que falará sobre Disfunción Craneomadibular y Dolor Orofacial.

Também darão palestras os pro-fissionais internacionais Álvaro Heller, do Uruguai; Edwina Kidd, da Inglaterra; Andy Wolf, de Israel; Flavio Uribe, dos Estados Unidos; e Rira Villena, do Peru. Do Brasil estarão presentes Everton Nocchi, Ivete Sartori, Julio César Bassi, Mario Zuolo, Paulo Capel Narvai, José Luiz Peixoto, Juliana Stungiski, Marcio Almeida, Henrique Bassi, Nilce Tomita, Raphael Monte Alto, Silvio Issao, Adriana Jesus Soares, André Mallmann, Gustavo Petrilli e Carlos Feldens. Serão quatro dias com cursos, conferências, workshops e uma grande feira comercial que contará com as principais marcas do mercado odontológico.

Carpena Lopes, do Paraná; Ortodon-tia, com Ary dos Santos Pinto, de São Paulo; Recontorno Cosmético do Sorriso: do Clareamento a Recons-trução Dental, com Ronaldo Hirata, do Paraná; e Sistema Prodesign S – Uma Nova Proposta, com Henrique Bassi, de Minas Gerais.

Também serão abordados Do Tratamento ao Retratamento: No-vos Conceitos em Endodontia, com Carlos Eduardo da Silveira Bueno, de São Paulo; Oclusão em Prótese sobre Implantes, com Eduardo Myiashita, de São Paulo; DTM para Clínico e para MIM: Tratar ou Indicar, com Ricardo Tanus, de São Paulo; Fundamentos da Epidemiologia, da Informática e da Gestão em Odontologia do Trabalho: Questões Práticas do Dia a Dia Profissional; com Luiz Eugênio Nigro Mazzilli, de São Paulo; Odontopediatria na Primeira Infância: Abordagem Essencial para a Qualidade de Vida do Ser Huma-no, com Maria Salete Nahás, de São Paulo; Planejamento Estético, Restaurações Diretas e Laminados Cerâmicos – Indicações, Estraté-gias e Técnicas Simplificadas, com

C O N G R E S S O SC O N G R E S S O S

Trabalhos científicosOs profissionais, pesquisadores

e acadêmicos da Odontologia terão espaço privilegiado dentro do 14° Congresso Internacional de Odon-tologia do Distrito Federal, pois poderão apresentar e discutir estudos e pesquisas na área. Serão expostos trabalhos de pesquisa, extensão, mo-nografias, palestras, mesas redondas e mini-cursos. O objetivo é não é só a divulgação científica, mas também colocar em discussão o que está sendo produzido no meio acadêmico. Os trabalhos enviados poderão ser inscri-tos nas formas de painéis, abordando temas nas diversas especialidades da Odontologia. Em breve, as inscrições serão abertas.

Mais informações:www.ciodf.com.br

Paula Mathias, da Bahia; Paradig-mas Atuais da Abordagem Clínica Periodontal, com Cassiano Rösing, do Rio Grande do Sul; Diagnóstico e Tratamento Odontológico de Pa-cientes Portadores de Insuficiência Hepática e Transplantado Hepático, com Fabrício Bitu, do Ceará.

Outros temas que também estão em pauta durante os quatro dias do Copeo são Clínica Ampliada, com Carlos Botazzo, de São Paulo; Implante, com André Zétola, do Paraná; Reabilitações Estéticas com Implantes: do Unitário à Rea-bilitação Total, com Alfredo Mikail Melo Mesquita, de São Paulo; Atualização em Biossegurança e Controle de Infecção Odontológica, com Lusiane Borges, de São Paulo; Reabilitação Estética Anterior: das Resinas às Restaurações Metal--free – Indicações, Planejamentos e Execuções, com José Carlos Garó-falo, de São Paulo; e Planejamento Clínico e Laboratorial nas Reabili-tações Orais, com Dario Adolfi, de São Paulo.

Mais informações:www.copeo.com.br.

ABO/RS lança oficialmente 19° Corig

Exposição comercial aconteceu em outubro e foram comercializados 35% dos estantes do evento

Foi dada a largada para o 19° Congresso Odontológico Rio--Grandense que acontece de 11 a 14 de julho de 2012, no Centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. No dia 20 de outubro houve o lançamento da exposição comercial que já rendeu bons frutos: 35% dos estandes foram comercializados.

Estiveram presentes no evento, o presidente da ABO/RS, Flávio Augus-to Marsiaj, e o presidente do congresso, João Batista Burzlaf. Entre as empresas que já confirmaram presença no Corig 2012 estão 3M Espe, Agis - LC Funari, AS Technology, Titanium Fix, Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), Claríssima Indústria e Comércio, Demmyn, Dental América, DFL, Equipus Sul, Eunice Soluções Produtos Odontológicos, Fatec Dental, FGM Produtos Odontológicos, Odontokit, Olsen, Oral-B, Orthosource, Sempromed, Equipamentos Médico-odontológico, SRO Radiologia, Sirona Dental, Straumann Brasil, Yamada - Prótese Dentária, entre outras.

CongressoO Corig é considerado um dos maiores encontros científicos e edu-

cacionais de Odontologia do País. Desde 1969 faz parte do calendário oficial da área e tem como objetivo proporcionar aprimoramento edu-cacional e profissional aos cirurgiões-dentistas do Brasil e dos países do Mercosul. A ABO/RS promove o congresso desde sua primeira edição. Através de simpósios, seminários, cursos teóricos, cursos práticos e conferências, o Corig revela, a cada dois anos, as inovações tecnológi-cas da Odontologia, baseadas em pesquisas científicas nas mais de 17 especialidades da profissão. O Corig é direcionado aos profissionais do segmento odontológico, especialistas e interessados em trocar experi-ências, discutir o mercado de trabalho, tendências, perspectivas e em promover a saúde, a educação e a cidadania. A média de participantes é de 7 mil pessoas.

Mais informações www.corig.com.br.

Cioce 2012 debaterá Gestão e Tecnologia

De 23 a 26 de maio, acontece em Fortaleza (CE), no Expoceará, o IV Congresso Internacional de Odontologia (Cioce) e o XVIII Congresso Cearense de Odontologia. Entre os temas que já estão confirmados para o congresso estão Restaurações Estéticas Adesivas; Reconstrução Tecidual Estética Semi-implantar; Pinos Estéticos - da Seleção à Cimen-tação; Endodontia; Estética com Restaurações Cerâmicas; e Cariologia e Prevenção. As inscrições e envio de trabalhos podem ser feitos no site www.abo-ce.org.br/cioce2012.

Entre os nomes que já estão confirmados para o Cioce 2012 estão Lorenzo Breschi, da Itália; Júlio Joly, de São Paulo; Bruno Carlini Jú-nior, do Rio Grande do Sul; Francisco de Souza Filho, de São Paulo; e Jaime Cury, também de São Paulo. O tema do congresso será escolhido pelos próprios participantes e será ligado à Gestão e Tecnologia. Um dos destaques será a feira de exposições que contará com a presença de grandes empresas, como Eurodonto, Oral-B, Cristófoli, Colgate, Dental News, Odonto Baby, Artmed, Endomil, Casa das Brocas, ACME, Dental Flex, Dabi Atlante, 3M, Med Odonto, entre outras.

Mais informações: www.abo-ce.org.br/cioce2012

Venda de estandes do Coes já está disponível

No mês de junho, de 28 a 30, no Centro de Convenções de Vitória, será realizado o 13° Congresso Odontológico do Espírito Santo (Coes) que terá como tema principal Ciência e Arte nos Ciclos da Vida. De acordo com informações obtidas no site do evento, a área para exposição já está disponível, e as empresas já podem escolher os seus estandes. O diferencial desta edição do Coes é o espaço onde todos os congressistas terão de passar pela área da exposição para entrar e sair da área da parte científica, permitindo maior contato expositor/congressistas.

Mais informações: www.coes2012.com.br

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JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 20116

A doença, crônica e progressiva, também pode atingir o sistema maxilomandibular. CD tem papel importante no diagnóstico

Osteoporose e saúde bucal

A osteoporose é um dos pro-blemas que mais afetam a população idosa em todo

o mundo. As mulheres são mais vulneráveis do que os homens – estudos revelam que 56% das mulheres com 50 anos ou mais apresentam redução na densidade mineral óssea, e 16% apresen-tam osteoporose. Nos homens na mesma faixa etária, a redução da densidade mineral atinge 18%. Mesmo parecendo lógico, ainda não existem meios de qualificar o nível de osteopenia ou osteoporose que é representativo para a saúde bucal e para os protocolos de tra-tamento da Odontologia.

Ao mesmo tempo, as crescentes pesquisas sobre o tema são promis-soras e já permitem estipular me-todologias de trabalho clínico que melhorem as condições para que os profissionais da Odontologia lidem com esses casos e aumentem suas perspectivas de sucesso nas inter-venções junto desses pacientes. “O aumento no risco de problemas de saúde em portadores de osteopenia e osteoporose ainda precisa de maiores comprovações científicas que corroborem a influência desses quadros da saúde geral com as condições bucais e os resultados de eventuais tratamentos para

a recuperação do periodonto ou mesmo de substituição dos dentes perdidos por implantes”, declara o periodontista Rodrigo Bueno de Moraes, mestre em Diagnóstico Bucal pela Universidade Paulista.

Um estudo que aponta que a doença interfere na Odontologia foi desenvolvido na Faculdade de Odon-tologia de Piracicaba da Universi-dade de Campinas (Unicamp) pela cirurgiã-dentista Karina Gottardello Zecchin. A pesquisa, desenvolvida ao longo de três anos, mostra que a osteoporose é um fator que retarda a regeneração do osso da maxila de paciente que passa por implante dentário. A pesquisadora induziu a doença em ratas – a doença acomete, em sua maioria, mulheres a partir dos 50 anos – e, após a retirada dos ovários, extraiu os dentes do animal e verificou que houve demora no crescimento do osso por conta da ausência de estrógeno e consequente diminuição da produção de coláge-no, os principais formadores dos ossos. O estudo revela ainda que a abordagem terapêutica deve ser de forma diferenciada com pessoas que possuem osteoporose.

O CD tratando a osteoporoseA osteoporose, por ser uma doen-

ça metabólica crônica e progressiva

S A Ú D E I N T E G R A LS A Ú D E I N T E G R A L

que altera a integridade estrutural do osso, pode afetar a densidade mineral de diversas partes do corpo, inclu-sive do sistema maxilomandibular. A reabsorção óssea dos maxilares influencia diretamente na fixação dos dentes junto à mandíbula. Um grau severo de perda na densidade óssea pode levar à perda de dentes naturais e dificultar a fixação de próteses e implantes. Os sinais mais comuns aos quais o CD deve estar atento são a reabsorção óssea do rebordo alveolar e a redução óssea alveolar, sem que haja motivo local para causá-las. A literatura odontológica aponta dois tipos: a tipo I Primária, que acontece após a menopausa e que leva à intensa reabsorção óssea; e a tipo II Primária, caracterizada por uma menor formação óssea.

A queda de dentes naturais e dores na gengiva, em muitos casos, podem ser sintomas da osteoporo-se. O profissional da Odontologia deve prestar muita atenção a es-ses sintomas, pois a osteoporose dificilmente é diagnosticada, a não ser que haja alguma fratura. A ocorrência de dentes frágeis e dificuldade na fixação de próteses e implantes pode ser um sinal de que há algo de errado. Por isso, o profissional precisa estar atento à idade do paciente e aos relatos de elementos dentários, a fim de evitar agravamento de doenças periodon-tais e possibilidade de fraturas por deficiência de massa óssea. O ideal é que o CD trabalhe em associação com um médico para que, juntos, possam indicar um tratamento eficaz e evitar maiores prejuízos à saúde do paciente.

Existem várias opções para au-mentar a quantidade e a qualidade do osso antes de um implante, que vão desde o revestimento do titânio do implante com hidroxiapatita até enxerto de osso bovino liofilizado ou polietileno poroso na área, entre outras. O CD deve avaliar clínica e radiograficamente a possibilidade de fazer implante no local desejado. É fundamental que a osteoporose do corpo não prejudique a saúde

bucal do paciente. Para isso, o CD deve indicar alguns cuidados, além de acompanhá-lo e realizar exames radiográficos de rotina, como:

l Eliminação do cigarro e do álcool;l Prática de exercício físico, de preferência ao ar livre, em horários que dispensem o uso de protetor solar para facilitar a absorção de vitamina D; l Ingestão de alimentos ricos em minerais; l Diminuição do uso de açúcar.

Osteoporose: doença silenciosaSegundo a Sociedade Brasileira

de Endocrinologia e Metabologia, 75% dos diagnósticos de osteo-porose são feitos apenas quando ocorre uma fratura, sendo que, no Brasil, complicações da doença causam cerca de 200 mil mortes todos os anos. Considerada uma doença silenciosa, o paciente não apresenta sintomas até que tenha uma perda óssea significativa a ponto de ter fraturas graves. Ou-tros grupos de risco para a doença compreendem pessoas com um histórico familiar de osteoporose, com baixo índice de massa corpo-ral, fumantes, sedentários, etnias como a raça branca ou asiática e aqueles que possuem dietas pobres em cálcio ou vitamina D. A questão alimentar é bastante importante,

especialmente se considerado que na ausência da vitamina D, apenas 10 a 15% do cálcio da dieta é ab-sorvido.

As fraturas ósseas decorrentes da doença ainda são responsáveis por um número maior de dias de internação hospitalar do que os casos de diabetes, infarto e câncer de mama. A cada quatro pessoas que fraturam o fêmur, uma acaba morrendo em decorrência de com-plicações da doença. A inadequa-ção na ingestão de micronutrientes relacionados à saúde óssea na população brasileira foi avaliada no Brazilian Osteoporosis Study (Brazos). De acordo com o estudo, que envolveu 2.420 indivíduos acima de 40 anos de idade, resi-dentes nas cinco regiões do País e de diversas classes econômicas e níveis de escolaridade, 99% da população ingere cálcio e vitamina D abaixo dos níveis recomendados. Estes dados alarmantes também figuram na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) . De acordo com o levantamento, nos adoles-centes e adultos, há igualmente uma inadequação quanto à ingestão de vitamina D e cálcio, tanto para mulheres, quanto para os homens, sendo a prevalência de inadequação destes nutrientes superior a 80% na população analisada.

CD Karina Gottardello Zecchin CD Rodrigo Bueno de Moraes

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JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 2011 7P R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã O

Profissionais integrarão as equipes de Saúde da Família com contratos regidos pela CLT por 12 meses

MS pretende interiorizar médicos, CDs e enfermeiros

Uma proposta do Minis-tério da Saúde pretende levar dois mil médicos,

mil enfermeiros e 700 cirurgiões--dentistas para municípios de difícil provimento, de forma supervi-sionada, com estrutura de traba-lho adequada e um contrato não precário, ou seja, com condições funcionais estabelecidas. O projeto piloto está em fase de elaboração e está sendo acompanhado de perto pelas entidades de classe.

Em reunião da Comissão Coor-denadora do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica no mês de outubro, em Brasília, o 1º vice--presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital Lima, ressaltou a importância do projeto, entretanto ponderou a necessidade que se trabalhe em mecanismos per-manentes. “O projeto vem ao encon-tro do interesses dos profissionais e da população. Mas não vamos abrir mão de buscar uma solução definitiva para interiorizar o profissional, como qualidade de assistência, a criação de uma carreira de Estado e oferta de melhor remuneração”.

Podem se candidatar a receber estes profissionais 2.286 municí-pios que passaram nos critérios do Ministério. O cálculo considerou o percentual de moradores da zona rural e em situação de extrema po-breza. Os Estados do Nordeste que mais tiveram solicitações foram a Bahia, o Piauí, o Maranhão e o Ceará. Os profissionais integrarão as equipes de Saúde da Família com contratos regidos pela CLT por 12 meses.

De acordo com o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Milton Arruda, a pro-posta é garantir acesso à saúde de qualidade para os municípios mais carentes. “Buscamos a garantia do acesso à população e sabemos que não conseguiremos sem os médicos”.

O conselheiro do CFM, Mau-ro Ribeiro, que também acompa-nhou a reunião, destacou a im-portância da telemedicina neste processo, já que a maioria dos

voluntários será recém-formado. “A supervisão é essencial, pois observamos que a solidão pro-fissional é uma das causas de abandono”. A Comissão pretende estudar quais serão os critérios

de seleção dos candidatos, forma de supervisão dos profissionais, segurança de remuneração, ques-tões contratuais, critérios de de-sempenho, forma de adesão dos municípios e papel dos Estados.

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www.abo.org.brInformações:

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JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 20118

O dinheiro foi arrecadado como ressarcimento de internações hospitalares. O valor representa mais de 80% do que foi partilhado desde 2000

Os dados foram confirmados pelo Programa de Qualificação da Saúde Suplementar implantado pela ANS em 2004

ANS repassa R$ 76 mi de planos para Saúde

Evolução dos planos em 2011

S U P L E M E N T A RS U P L E M E N T A R

A Agência Nacional de Saú-de Suplementar (ANS), que regula os planos de

saúde no País, anunciou em outu-bro o repasse de R$ 76,1 milhões ao Ministério da Saúde. O dinhei-ro foi arrecadado como ressarci-mento de internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS) ocorridas nos últimos dois anos. Trata-se do primeiro repasse dire-to ao Fundo Nacional de Saúde.

Segundo a ANS, o valor re-presenta mais de 80% do que foi partilhado desde 2000, quando a agência reguladora foi criada. Até fevereiro de 2009, a ANS havia partilhado R$ 91,6 milhões, relativos à arrecadação ocorrida desde o início da cobrança do ressarcimento ao SUS, em 2000. “Com isso, fica evidente que, de 2010 em diante, houve expressivo aumento da arrecadação”, infor-

O relatório do Programa de Qualificação da Saúde Suplementar – Compo-

nente Qualificação das Operadoras ano 2011 – mostrou o crescimento do percentual de beneficiários em planos com Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) igual ou superior a 0,5 entre 2007 e 2010, ou seja, uma tendência de crescimento na qualificação das empresas de planos de saúde em relação aos anos anteriores.

Os resultados se referem a 2010 com base em informações relacionadas ao desempenho eco-nômico-financeiro, assistencial, estrutura e operação e satisfação do beneficiário. O programa foi implementado ANS em 2004 e está em constante aprimoramento. Atu-almente, cerca de 41 milhões de beneficiários (71% do total) estão em operadoras que se encontram nesta faixa. Entre 2009 e 2010, no entanto, este percentual teve uma pequena redução, mas o número de beneficiários aumentou. Nos últimos três anos, o percentual de operadoras médico-hospitalares nas duas faixas de melhor ava-liação do IDSS pulou de 11%, em 2007, para 32%, em 2010. E nas operadoras exclusivamente odontológicas, o percentual de empresas nas maiores faixas de IDSS passou de 13%, em 2007, para 29%, em 2010.

mou a ANS, em nota. Segundo a agência reguladora, o incremento foi possível devido a “mudanças gerenciais” promovidas a partir de 2009.

“Além da desburocratização dos processos de trabalho, houve uma reorganização documental, a contratação de 89 servidores públicos temporários e melhorias nos sistemas de informação”, acrescentou a ANS. “Também contribuíram de forma decisiva para a obtenção do resultado o es-forço conjunto da ANS com o Mi-nistério da Saúde na organização das bases de dados informacionais de atendimentos do SUS.”

A partir da publicação da Lei nº 12.469, de 26 de agosto deste ano, que alterou o artigo 32 da Lei nº 9.656, de 03 de junho de 1998, o repasse dos recursos passou a ser feito diretamente ao Ministério da

A população branca tem duas vezes mais acesso a planos de saúde em comparação aos negros no Brasil. Os dados são do Instituto Data Popular, em uma pesquisa feita em par-ceria com o Fundo Baobá. Segundo a pesquisa, 15,2% dos negros possuem plano de saúde, contra 31,3%, dos brancos. O dado sobre acesso a plano de saúde reflete a desigualdade racial no País. De acordo com dados do Censo 2010 divulgados em maio, o número de pobres pardos ou pretos é 2,7 vezes o número de pobres brancos. Dados do Instituto Data Popular indicam ainda que os negros continuam sendo minoria nos estratos mais ricos. A classe A, por exemplo, é formada por 82,3% de brancos e 17,7% de negros. Já na classe E, os negros são 76,3% do total e os brancos 23,7%. A classe C é a camada social onde há menos desigualdade entre brancos (56,9%) e negros (43,1%). A primeira opção, para a maioria dos negros (64,5% deles), é o ambulatório de empresas e sindicatos. O índice entre os brancos com esse perfil é de 49,2%.

A ANS, juntamente com as operadoras de planos de saúde, está buscando uma forma para conse-guir reduzir o preço da mensalidade para todos os beneficiários com idade superior a 59 anos. A hipótese mais concreta é um modelo que misture a previdência privada com a assistência médica. Estima-se que existam 5,5 milhões de usuários de planos com esta idade em todo o País. Atualmente, os planos adotam um programa no qual os planos sofrem um aumento no custo para

aqueles usuários que chegam aos 59 anos, poden-do chegar a 70% a mais do que o valor anterior. O objetivo é conseguir estabelecer uma forma na qual parte do valor da mensalidade passe a integrar o fundo de capitalização por pes-soa. Com isso, ficaria mais barato para que os usuários acima de 59 anos pudessem ter acesso à assistência médica e à própria renda. Se esta fórmula for adotada os planos podem elevar o valor pago por jovens.

Em análise preço mais baixos de planos de saúde para idosos

No Brasil, brancos têm duas vezes mais acesso a

planos de saúde

Saúde. “O novo marco legal e a estreita articulação entre a ANS e o Ministério da Saúde permitiram o repasse de recursos do ressarci-mento de forma mais ágil, segura e menos onerosa”, declarou a agência reguladora.

No mesmo período, o percen-tual de beneficiários de operadoras médico-hospitalares nas duas faixas de melhor avaliação do IDSS passou de 19%, em 2007, para 56%, em 2010. E nas operadoras exclusiva-mente odontológicas, o percentual

de empresas nas maiores faixas de IDSS passou de 53%, em 2007, para 70%, em 2010. Para o ciclo de 2011, a ANS realizou uma Câmara Técnica para avaliações dos novos indicado-res e pesos das dimensões, que agora se encontram em Consulta Pública.

Cerca de 8% da população brasileira está coberta por planos de saúde odontológi-cos, e, de 2001 até 2010, o nú-mero de beneficiários chegou a mais de 15 milhões, cres-cendo 372,06%. Somente no primeiro trimestre de 2011, o segmento teve uma evolução de 4,08%, enquanto o índice chegou a 3,66% no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Pesquisa de Assistência Su-plementar à Saúde no Brasil – Segmento Odontológico, feita pelo Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog).

No primeiro trimestre de 2011, os planos exclusivamen-te odontológicos contratados posteriormente à lei 9.656/98 – que os regulamentam – representam uma média de 97,17%, e apenas 2,83% são contratações anteriores à vigência da lei. Os planos co-letivos representam 82,49%, enquanto os individuais e familiares, apenas 16,49%. A pesquisa aponta ainda que a região Sudeste do País é a que detém 62,96% da po-pulação de beneficiários de planos de saúde, seguida das regiões Nordeste (16,55%);

Sul (9,02%); Centro-Oeste (7,63%); e Norte (3,84%). São Paulo é o estado brasi-leiro que tem maior número de beneficiários: são 42,08% do total, entre empresas de Odontologia de Grupo, coo-perativas odontológicas, Me-dicina de Grupo, seguradoras de saúde, autogestão, coope-rativas médicas e filantropia.

A faixa na qual se con-centra o maior número de beneficiários de planos odon-tológicos é a que vai de 20 a 39 anos – cerca de 49%; seguida da faixa de 40 a 49; enquanto que aproximadamente 4% está na faixa etária que está acima dos 60 anos de idade. Estima-se ainda que os planos odontológicos gerem 3.500 em-pregos diretos e 78 mil indire-tos. Atualmente, o número de profissionais que prestam ser-viços odontológicos no Brasil cresce a cada ano. De acordo com estatísticas do Conselho Federal de Odontologia (CFO) existem, em média, 349 mil profissionais, sendo 66,57% de cirurgiões-dentistas, 23,5% de atendentes de saúde bucal, 5,57% de técnicos em prótese dentária, 3,18% de técnicos em saúde bucal e 1,18% de auxiliar de prótese dentária.

Planos de saúde odontológicos têm evolução de 4,08%

Os dados correspondem ao primeiro trimestre do ano. O número de beneficiários

chega a mais de 15 milhões

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JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 2011 9P E S Q U I S AP E S Q U I S A

Estudo conduzido por cirurgião-dentista ao longo de 35 anos investe na manutenção equilibrada da flora bacteriana presente na boca, sem o uso de produtos

químicos, para erradicar a lesão de cárie

Evidências científicas na prevenção da cárie

Diante do cenário mundial que aponta a cárie den-tária como epidemia na

sociedade moderna, o professor e pesquisador da Faculdade de Odontologia de Bauru da Univer-sidade de São Paulo (FOB-USP) José Eduardo de Oliveira Lima investiu 35 anos de estudos, tra-balhos científicos e práticas clí-nicas com o objetivo de aplicar, de forma incisiva, o conceito de prevenção da cárie, trabalhando especialmente a remoção perió-dica da placa bacteriana.

O especialista faz uma analo-gia com o homem da pré-história para explicar que a cárie deve ser conceituada como um pro-cesso anormal, porque o homem primitivo, um indivíduo que vivia em condições naturais, não desenvolvia lesão no es-malte que pudesse ser conside-rada cárie, por estar inserido em uma biodiversidade comandada pela natureza, em um equilíbrio físico-químico. Deste modo, de-fende que se invista no equilíbrio biológico da boca, sem prejuízo à qualidade de vida do ser humano, sem que ele se prive de comer os alimentos de que gosta. “Na épo-ca dos homens primitivos, apesar de todos os elementos neces-sários para desenvolver a cárie existirem, havia uma condição de desequilíbrio e reequilíbrio, representados pelo fenômeno da desmineralização e reminerali-zação, mediadas pela saliva, que mantinha a estrutura do esmalte dentário intacta e o equilíbrio da cavidade bucal”, explica.

Oliveira defende que a me-lhor maneira de evitar esse de-sequilíbrio e, por consequência,

a cárie, é a remoção periódica da placa bacteriana, desde a in-fância, no consultório, que pode proporcionar o reequilíbrio da biodiversidade antes que ela produza ácidos em quantidade e frequência suficientes para

lesionar o esmalte dentário. “Um profilaxia mensal ajuda a conquistar um resultado de quase 100% de sucesso na prevenção da cárie, sem intervenção quími-ca, mesmo que a escovação em casa seja vulnerável”, explica.

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JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 201110

Aprovada pela Câmara e pelo Senado, a medida contraria também a Organização Mundial de Saúde e consulta pública

da Anvisa. Segue agora para sanção da presidenta Dilma

Além do tabagismo ativo, os passageiros sofrem com o fumo secundário e terciário. Crianças são as que mais sofrem

Congresso libera patrocínio de tabaco em evento

Proibido fumar em locais fechados em todo o País

Fumar dentro do carro engloba três tipos de tabagismo

Contrariando explicitamente a Convenção-Quadro sobre o Controle do Uso do Tabaco,

da Organização Mundial da Saúde (OMS) e ratificada pelo Brasil há cinco anos, a Câmara e o Senado aprovaram que fabricantes de ci-garro, como Souza Cruz e Phillip Morris, podem voltar a patrocinar festivais de música e eventos espor-tivos. A permissão para propaganda institucional foi incluída na medida provisória (MP) da política indus-trial. A MP segue agora para a sanção da presidenta Dilma Roussef.

O texto da MP-540 elimina restrições à “divulgação institu-cional” dos fabricantes de cigarro, abrindo uma brecha para patrocínio de eventos específicos, segundo especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de São Paulo. “Lendo o que está aqui, ficou claro que os fabricantes podem usar a marca da

O tabagismo passivo, ou fumo de segunda mão, vem sendo cada vez mais

discutido no Brasil. O fumo passivo deriva da poluição tabágica ambien-tal, que está presente principalmente em ambientes fechados. No carro, por exemplo, onde o espaço é muito pequeno, com pouca ventilação, e que concentra um número cada vez maior de pessoas, o risco de quem é exposto a essa fumaça e similar ao de quem fuma ativamente. Além do fumo passivo, o carro é um dos ambientes que apresentam maior índice de fumo terciário, ou fumo de terceira mão. A fumaça do cigarro é feita de gases e partículas minúsculas (aproximadamente 2,5 peso molecular), e essas partículas acabam se depositando nos bancos e painéis do carro. O fato de grande parte de o carro ser acarpetada e estofada agrava essa situação. As partículas – que contém substâncias como nicotina, alcatrão e metais pe-sados – também entram nas tubula-ções de ar condicionado e ventilação do veículo, impregnando assim todo o ar do interior do carro. Mesmo

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empresa de maneira basicamente livre”, avaliou Marcelo Mansur, sócio do escritório Mattos Filho Advogados. “Como os produtos, no caso de cigarros, são as marcas, entendo que está permitindo usar inclusive o nome do produto”.

Segundo o advogado Luis Re-nato Vedovato, doutorando em Direito pela Universidade de São

sem nenhum cigarro aceso, estas partículas impregnadas no interior do veículo do fumante ficam em sus-pensão no interior do carro, quando o veículo está em movimento, sendo inspiradas pelos passageiros.

Fumantes passivosManter o cigarro para fora da

janela, ao contrário do que pen-sam os fumantes, não é solução. Essa manobra não diminui os riscos, pois a força da corrente de ar externa é bem maior que a do interior do veículo, e não há sistema de ventilação que possa expelir toda a fumaça de dentro do carro. Processo semelhante acontece em casa ou em qual-quer ambiente fechado, como recentemente foi abordada na questão do fumo em apartamen-tos de condomínios nos EUA. Cinzeiros com resíduos de cigar-ro podem intensificar o quadro. A fumaça da ponta do cigarro, chamada de corrente lateral ou corrente secundária, tem maior quantidade de nicotina, alcatrão, monóxido de carbono e outras

substâncias, pois não há o bene-fício do filtro. A corrente primária é a fumaça inalada pelo fumante, que depois expira no ambiente. Vale lembrar que todas as doenças provocadas pelo tabagismo ativo podem ser também provocadas pelo tabagismo passivo, como enfisema pulmonar, bronquite crônica e DPOC. O fumante pas-sivo adulto poderá ter, também, alterações na pressão arterial, dor

de cabeça, rinite, sinusite, dor nos olhos e na garganta. Para pessoas com problemas cardiovasculares o tabagismo passivo se torna ain-da mais perigoso.

CriançasAs crianças e as mulheres são

tidas no mundo todo como as que mais sofrem os efeitos do taba-gismo passivo. A criança começa sofrer de tabagismo passivo já no

útero. Na gravidez, as consequên-cias são abortos de repetição, bebê com baixo peso e parto prematuro. Outro problema bem comum do tabagismo da mãe é a imaturidade do pulmão do bebê ao nascer, o que dificulta a primeira respiração. Depois vem a abstinência, que traz uma série de problemas ao recém nascido irritado, e mais tarde, in-clusive prejudica a aprendizagem na escola.

Paulo (USP), o texto aprovado pelos deputados contraria a Convenção Quadro. Na avaliação da OMS, afirmou, reduzir a propaganda ins-titucional pode diminuir o consumo de cigarros, objetivo do tratado internacional. A versão da MP atropela, também, consulta pública da Anvisa que objetiva a proibição da propaganda institucional.

A bancada da saúde na Câmara conseguiu vetar outra proposta con-tida na MP, que permitiria a criação de estabelecimentos específicos para o consumo de cigarros, os fu-módromos. Derrubada esta parte do

texto, a MP acabou aperfeiçoando a legislação, proibindo de forma clara e objetiva o consumo de tabaco em ambientes fechados, públicos ou privados. Antes da mudança, uma ressalva na lei em vigor, de 1996,

permitia que os Estados regula-mentassem o assunto e permitissem estabelecimentos com locais para fumantes. Se for mantida essa alte-ração na lei, os locais de fumo em áreas fechadas se torna ilegal.

“A indústria do taba-co precisa de limite” é o conceito da campanha publicitária da organi-zação não governamen-tal Aliança de Controle do Tabagismo (ACT). A ação tem parceria com a Associação Brasileira de Estu-dos de Álcool e Outras Drogas (Abead), Fundação do Câncer e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas (Inpad), e conta com o apoio institucional da ABO Nacional.

Segundo a ACT, o objetivo é disseminar entre a popula-ção que as ações da indústria do tabaco para atrair adolescentes ao consumo de cigarro precisa de um limite. Entre essas ações estão a adição de sabores aos cigarros para tornar a primeira tragada mais palatável, a propaganda de cigarros nos pontos de vendas – geralmente posicionados ao lado das balas e do-ces – e a utilização de embalagens coloridas e atraentes para chamar a atenção do público jovem. Esses temas fazem parte de propostas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estão em discussão desde o início deste ano através das consultas públicas 112 e 117.

A campanha traz peças como anúncios para jornais, revis-tas, outdoor, busdoor e rádio, entre outras mídias, e contem-pla, ainda, as redes sociais, através do Twitter e Facebook. As mensagens apontam para página na Internet com abaixo--assinado para quem quiser apoiar a campanha.

Mais informações: www.limitetabaco.org.br

ABO apoia campanha contraapelo da indústria

do cigarro

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Os principais fatores de risco são o fumo, a ingestão de bebidas alcoólicas e contaminações pelo vírus HPV, contraído em relações sexuais.Diagnóstico precoce deve fazer parte de campanha global. ABO Nacional

cumpre seu papel social informando corretamente a população sobre a importância dessa medida

Câncer de boca atinge quase 15 mil brasileiros por ano

U ma forma de câncer pouco falada e que afeta milhares de bra-

sileiros todos os anos também é uma das modalidades da doença mais facilmente identificáveis. O câncer de boca atingiu em 2010 14.120 pessoas, sendo 10.330 homens e 3.790 mulhe-res, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Os principais fatores de risco são o fumo, a ingestão de bebidas alcoólicas e contaminações pelo vírus HPV, contraído em relações sexuais. Os dados foram divulgados du-rante o lançamento da segunda etapa da Campanha Nacional contra o Câncer de Boca.

Por causa da doença, os pa-cientes têm diversas partes do rosto atingidas - incluindo olhos, bochechas e orelhas - o que só pode ser revertido com a retirada das áreas comprometidas e o implante de próteses e tecidos. O coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca Jr., explicou que a melhor forma de se evitar a doença é a prática de hábitos saudáveis, aliada ao autoexame da boca, o que pode ser feito diante de um espelho.

“Nós podemos diminuir o número de casos. O esforço que o governo tem feito é que se massifiquem as informações de prevenção, como o controle do tabagismo e das bebidas alcoóli-cas, além dos protetores labiais para pessoas cotidianamente ex-postas ao sol. Ao menor sinal de alteração na mucosa bucal, deve se procurar orientação médica ou odontológica”, disse Pucca durante a apresentação dos números.

Autoexame deve ser campanha global

O cirurgião-dentista é um dos profissionais de saúde que tem condições de diagnosticar precocemente a doença, e tam-bém ensinar corretamente a seus pacientes como fazer o autoexa-me ou encaminhá-lo ao serviço especializado.

É importante detectar a do-ença nas fases iniciais, pois a maior parte das pessoas - cerca de 80% - só descobre o câncer de boca nas fases avançadas, o que dificulta o tratamento. A taxa de mortalidade do câncer de boca gira em torno de 13%, considerada alta para os padrões da doença. O autoexame deve fazer parte de uma campanha global, que também precisa oferecer o serviço odontológico. O profissional que trabalha nas campanhas públicas, como o Brasil Sorridente, do Ministério da Saúde, tem que ser treinado para detectar essas doenças.

S A Ú D E B U C A LS A Ú D E B U C A L

Conscientize seus pacientes

l Durante o autoexame, deve-se procurar por sinais como feridas que não desaparecem, nódulos ou caroços, dor persistente na boca, manchas brancas, vermelhas ou roxas dentro da boca l Dificuldade para mastigar, engolir ou mexer a língua l Inchaço ou dor no maxilar, dor constante na orelha, sangramento na boca, rouquidão

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Com sua forte atuação política, científica e social dando apoio ao cirurgião-dentista em todo o Brasil e no mundo e promovendo a saúde bucal sem barreiras, a história da maior entidade odontológica brasileira se confunde com a da própria Odontologia nacional

ABO Nacional: 95 anos de contribuições

para a Odontologia brasileira

F undada em 1917 para incen-tivar os cirurgiões-dentistas de todo o Brasil a trilhar

o caminho associativo e, assim, fortalecer a profissão, a ABO Na-cional consolidou-se ao longo dos anos como uma entidade com forte presença e atuação que contribuiu para a valorização da Odontologia, do profissional que representa e, consequentemente, da saúde bucal da população. Em janeiro de 2012, a ABO Nacional completa 95 anos de existência e o JABO aproveita a oportunidade para contar um pouco da trajetória tão bem-sucedida da entidade que possui forte atuação política, científica e institucional.

A entidade adotou oficialmente, em 1949, o nome de Associação Brasileira de Odontologia (ABO Nacional). Em seu primeiro esta-tuto, no artigo 1°, está escrito: “A Associação Brasileira de Odonto-logia (ABO Nacional), sucessora da União Odontológica Brasileira, constituída em 22 de janeiro de 1949, na cidade de São Paulo, é o órgão máximo da Odontologia Nacional, de caráter científico e cultural, sem fins lucrativos, tem caráter federativo e é composta por Seções estaduais a ela associadas, tendo personalidade jurídica, sede e foro na cidade de São Paulo.”

O que se tem conhecimento é que esta mudança foi aprovada no decorrer da 2ª Semana Internacio-nal de Endodontia Mário Badan, realizada em Poços de Caldas (MG), com apoio da Associação

Mineira de Odontologia - que depois tornou-se ABO/MG. Paulo Amaral, então presidente da en-tidade mineira lançou a proposta durante reunião do Conselho Deli-berativo, defendendo a designação do termo “associação” como algo mais representativo e forte do que “união”. A identidade foi cedida pela ABO/RJ, que já utilizava desde 1943, quando deixou de ser denominada Casa do Dentista Brasileiro, existente desde 1937. A seção carioca foi a única que não precisou mudar de nome e, ao mesmo tempo, a primeira a automaticamente a se enquadrar na sistemática de padronização.

Em prol do CDUm dos primeiros registros, já

com o nome ABO, em benefício do CD é o Manifesto aos Cirurgiões--dentistas do Brasil, datado de 1944, que mostra uma entidade preocupada em se estruturar melhor institucional e cientificamente, para, além de se fortalecer, agregar mais cirurgiões-dentistas e oferecer mais serviços e benfeitorias a eles. O Manifesto cria ainda um setor vol-tado a atividades culturais, serviços administrativos, laboratório físico--biológico, sociedade especializada, biblioteca e arquivo de revistas, museu odontológico e a instalação de um Hospital Dentário Modelo.

Entre os serviços previstos para o cirurgião-dentista está também um setor social e um departamento de beneficência, nos moldes do

existente na ABO/RJ da época, que amparava o CD idoso sem recursos, e que era obrigado a trabalhar para se manter. Um forte indício de que a ABO já nasceu uma entidade or-ganizada e articulada e que buscava integrar e representar a Odontologia em todo o País é o convite da posse da nova diretoria, em 1944, que tinha definidos em seu Conselho Administrativo os Departamentos de Finanças, Publicidade, Cientí-fico, Social, Expediente, Exterior, além de um Conselho Legal com sete conselheiros e representantes de diversos Estados.

Contribuição para a Odontologia brasileira

Um fator importante para a construção e formação do que é a ABO Nacional hoje foi a capa-cidade de unir diferentes grupos, de diferentes realidades, em torno de interesses comuns. Assim, foi alcançada uma importante meta e também um dos principais motivos de sua força: crescer até fincar sua bandeira associativa em todos os Estados brasileiros, chegando nos dias atuais a 321 células, entre 27 Seções e 294 Regionais em todo o território brasileiro.

A ABO Nacional continua bastante atuante nas questões polí-ticas que envolvem a Odontologia. Presença forte em Brasília, repre-sentantes da entidade acompanham o andamento de projetos de lei que interferem na profissão do cirurgião-dentista e na saúde bucal da população, mantendo contato com senadores e deputados. A en-tidade conquistou uma vaga efetiva no Conselho Nacional de Saúde (CNS), instrumento que permite o controle das políticas públicas de saúde pela sociedade.

1929: um dos primeiros registros da história da ABO, no Rio de Janeiro

1944: página do Manifesto aos Cirgurgiões-dentistas do Brasil

Anos 40: Pedro Paulo Penido, atuante presidente da ABO NacionalAugusto Coelho e Souza, fundador da Federação Odontológica Brasileira, predecessora da ABO Nacional

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A ABO Nacional também con-solidou outro tipo de representação da Odontologia, diante da imprensa e da opinião pública. Através do tra-balho desenvolvido em assessoria de imprensa, a entidade, seus diretores e consultores científicos tornaram-se fonte confiável quando a pauta é saúde bucal em jornais, rádios, revistas e TV, inclusive para checar a seriedade de outras informações divulgadas.

Capacitação, formação e interação

A fim de valorizar e incentivar o aperfeiçoamento científico e a capacitação do profissional através de cursos, palestras, congressos, entre outros eventos, foram criados dentro da ABO o Calendário Oficial de Congressos e as Escolas de Edu-cação Continuada da UniABO. Um dos primeiros congressos aconteceu em 1947, em Pernambuco: o Con-gresso Brasileiro de Odontologia, naquela época, já em sua quarta edição. Na ocasião, a entidade na-cional ainda realizou uma reunião deliberativa para debater e definir diversas questões, evidenciando a importância institucional que estes eventos tinham.

Com o passar dos anos, a ABO Nacional continuou promovendo eventos de peso para a ciência odon-tológica brasileira. Em 1981, reali-zou no Rio de Janeiro, e em 2010, em Salvador, o Congresso Mundial da Federação Dentária Internacional (FDI). Outro destaque foi a realiza-ção, em São Paulo, do 1º Congresso Internacional de Saúde Bucal em 1994, quando se comemorava o Ano Mundial da Saúde Bucal.

Selo ABOEm 1985, a ABO Nacional criou

o Selo de Qualidade ABO para ser concedido a escovas e fios dentais, dentifrícios e enxaguatórios bucais. Assim, encarou com coragem o desa-fio de ingressar na espinhosa área de normalização e controle de qualidade, que ainda era privilégio de poucos especialistas internacionais. Com isso, a entidade ganhou respeito em todo o mundo e a indústria brasileira de produtos de higiene bucal foi esti-mulada a se aprimorar e se adequar à realidade do País, se colocando hoje entre as mais avançadas.

Junto com o selo foi criado o Departamento de Avaliação de Pro-dutos Odontológicos da entidade (Dapo) que verifica as normas de controle de qualidade que definem ou caracterizam materiais e pro-dutos por meio de ensaios físicos (mecânicos), químicos e biológicos, avaliando características como pH, densidade, consistência, abrasivi-dade, espuma, entre outros. Estes ensaios são elaborados de maneira que os dados obtidos a partir deles possam ser interpretados de modo que os materiais satisfatórios, ou em conformidade, sejam valorizados e os insatisfatórios, descartados.

Inicialmente criado com as ca-tegorias Prata, Ouro e Diamante, o Selo de Qualidade foi aprimorado, neste presente ano, com o Selo ABO Premium.

JABOCriado em 1987 em formato

tablóide, papel jornal e com oito páginas, o Jornal ABO Nacional

(JABO) atravessou mais de duas décadas de evolução gráfica e edi-torial dedicado a fortalecer a iden-tidade nacional da ABO ao mesmo tempo em que mantém seus milha-res de leitores informados sobre os panoramas profissional, político, econômico e social da Odontologia brasileira e internacional. Hoje com 24 páginas, todas em papel couché e em cores, formato germânico, o JABO é distribuído bimestralmen-te em todo o território nacional, aliando notícias institucionais da entidade a assuntos diversos de interesse público.

Revista ABOCriada com a intenção de divul-

gar a produção científica do País, contribuir para o fortalecimento e a qualificação científico-tecnológica

“Os 95 anos de história da ABO são um verdadeiro patrimônio da Odontologia brasi-leira. As causas defendidas pela entidade – en-tre elas, a valorização profissional, a promoção da saúde bucal e o desenvolvimento científico e clínico da Odontologia – são também a razão pela qual o jovem cirurgião-dentista escolhe essa tão nobre profissão, cada vez mais re-conhecida como de vital importância para o bem-estar da população. Hoje, sustentada por esta história, a ABO desfruta de um amadure-cimento que nos permite olhar para a frente e vislumbrar horizontes ainda melhores para o exercício odontológico. É um trabalho diário, em diversas frentes, da menor de nossas Regionais aos nossos representantes nas mais amplas instâncias de influência na sociedade. Estamos, mais uma vez, fazendo história.”

Newton Miranda de Carvalho, presidente da ABO Nacional

da Odontologia nacional e formen-tar uma cultura científica na socie-dade brasileira, a Revista ABO Na-cional completa, em 2012, 19 anos carregando a marca da vanguarda científica. Através de suas páginas, mais de dois mil profissionais e pesquisadores da Odontologia e de diversas outras áreas foram entre-vistados, ajudando na democratiza-ção da informação científica em um País tão carente de iniciativas nesse sentido. Da mesma forma, mais de dois mil autores publicaram seus trabalhos nas páginas da Revista ABO Nacional, consolidando o veículo como uma das principais vitrines da produção científica bra-sileira em Odontologia, servindo de fonte de pesquisa para trabalhos acadêmicos e reflexões das mais diversas naturezas.

Fazendo história

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ONU: 34 milhões de pessoas têm

HIV no mundo. 2,5 milhões de vidas foram poupadas

As Nações Un idas divulgaram que 34 milhões de pes-

soas no mundo conviviam com o vírus HIV, que pode causar a Aids, até o fim de 2010. O novo balanço de soropositivos foi divulgado pela Unaids, braço da organização que mantém estatís-ticas e iniciativas sobre a doença. O número recorde, segundo a agência, se deve ao prolonga-mento cada vez maior da vida de pessoas contaminadas, graças aos avanços nas terapias contra doença. No ano passado, foram 2,7 milhões de novas infecções pelo HIV e 1,8 milhão de óbitos por conta de complicações ligadas à Aids. No Brasil, de acordo com o Boletim Epidemiológico Aids/DST 2011, a prevalência da doença permane-ce estável em cerca de 0,6% da população, enquanto a incidên-cia teve leve redução de 18,8/100 mil em 2009 para 17,9/100 mil habitantes em 2010. A Unaids destacou o papel do País ao atender pacientes “mais vul-neráveis e marginalizados”. O número de mortes ligadas à Aids no mundo caiu 21% desde 2005. Novas infecções anuais pelo HIV diminuíram 21% desde 1997.

Segundo a agência, o acesso a tratamento poupou 2,5 mi-lhões de vidas desde 1995. Na América Latina, os números da epidemia continuam estáveis, de acordo com a Unaids, com uma mé-dia de 100 mil novos casos de infecção a cada ano desde 2001. As mulheres são um terço das pessoas infec-tadas até 2010.

Brasil deve produzir kits para diagnóstico

O Brasil deverá passar a produzir seus próprios kits de diagnósticos rápidos de HIV, toxoplasmose, hepatite B, sífilis e rubéola feitos pela rede pública de saúde. Hoje os kits são importados de laboratórios estrangeiros pelo Ministério da Saúde. A ideia é ter os primeiros kits em 2014, utilizados mais focadamente na atenção ao pré-natal. A produção nacional será feita por meio de uma parceria entre a Fiocruz e a Lifemed, empresa brasileira especializada em equipa-mentos e insumos para o setor médico-hospitalar. A Universidade Federal do Paraná fez o protótipo do kit, que vai ser elaborado pela Fiocruz e produzido em escala pela Lifemed, segundo o ministério. A produção nacional pode permitir adaptações ao kit hoje existente.

Doenças não comunicáveis

respondem por 60% da mortalidade global

As Doenças Não Comunicáveis (DNCs) já estão

sendo consideradas pelas au-toridades mundiais de saúde como “epidemia de doenças” , apresentam forte crescimento e são responsáveis por 60% da mortalidade em todo o mundo. As DNCs - cancro, diabetes, doenças cardiovasculares ou respiratórias - constituem hoje uma das maiores causas de morte prematura mundial, tanto em países desenvolvidos como em vias de desenvolvimento. En-tre as DNCs mais prevalentes encontram-se as doenças orais, estimando-se que a cárie dentária afete 90% da população mundial. Da conferência da ONU partici-param, entre outras entidades, a Organização Mundial de Saúde e a Federação Dentária Internacio-nal. Na ocasião foi lançado kit de ação sobre DNCs, desenvolvido pela World Health Professions Alliance (WHPA), organização internacional que representa os pontos de vista de mais de 26 milhões de profissionais de saúde – médicos, cirurgiões-dentistas, enfermeiros, farmacêuticos, fi-sioterapeutas e médicos – em mais de 130 países.

O kit é um instrumento prá-tico, que pode ser utilizado por profissionais de saúde na co-municação com os doentes e o público em geral. Inclui um cartão “Melhor Saúde”, um guia para profissionais sobre como a saúde pode ser melhorada atra-vés de mudanças positivas no comportamento e estilo de vida. As doenças orais, como a cárie dental e as doenças periodontais, partilham os fatores de risco de outras DNCs, tais como o cancro e as doenças cardía-cas. O tabaco, o consumo abusivo de álcool e uma alimentação não saudável, com particular incidência no consumo excessivo de açúcar, são facilmen-te detectáveis pelo CD.

Conferência das Nações Unidas, realizada em Nova York, no final de setembro, reforça papel das DNCs na saúde

mundial, e reforça papel de destaque do cirurgião-dentista na prevenção dessas

manifestações, uma vez que a cárie afeta 90% da população mundial

A inegável ligação entre DNCs e doenças orais faz com que os CDs ocupem um lugar privile-giado na avaliação, diagnóstico e na referenciação dos pacientes no que tange os fatores de risco. A Odontologia e seus profis-sionais têm acesso não só aos sintomas das doenças orais, mas também aos comportamentos de risco. Seja no consumo de álcool ou tabaco, através de manchas e alterações nos dentes e mucosas, seja no consumo excessivo de açúcar e bebidas doces, através do nível de cáries. A maioria das DNCs são passíveis de prevenção com uma dieta mais equilibrada, aumento do ní-vel de atividade física, abandono do vício do tabaco e redução do consumo nocivo de álcool.

Mais informações:http://www.whpa.org/whpa-ncd--campaign.pdf

Morre o cirurgião-dentista Enrique Cister, que presidiu a Federação Odontológica Latino-america (Fola), sucedendo a dois períodos em que a entidade teve como sede o Brasil, inicialmente dirigida por Pedro Martinelli (1994-1998) que, após sua reeleição para um segundo mandato, viria a falecer, e depois por Déo Costa Ramos (1998-2000).

Argentino de Chascomús, Cister era graduado pela Universidade de Buenos Aires, com pós-graduação em Implante e Periodontia.

Antes de ser eleito para presidir a Fola, entidade que reúne os países do continente latino-americano e representa cerca de um terço dos cirurgiões-dentista do mundo, Cister foi fundador do Círculo Odontoló-gico de Chascomús, o qual presidiu entre 1986 e 1996; responsável pelo Departamento de Assuntos Interna-cionais da Confederação Odontológica da República Argentina (Cora) e delegado da entidade na Fola; foi delegado da Cora nos congressos mundiais da Federa-ção Dentária Internacional entre 1996 e 2000; de 1997

a 200 ocupou também o cargo de vice-presidente Regional do Sul da Fola.Ao final do segundo mandato brasileiro frente à Fola, a Argentina, na pessoa de Enrique Cister,

foi eleita para conduzir a federação até o ano de 2003.Tinha como característica a disposição para o trabalho, o raciocínio rápido e espírito de sínte-

se, que marcava sua participação nas assembleias da Fola e da FDI com opiniões contundentes e oportunas. Emotivo, gostava muito do Brasil e era um cantor de tangos, boleros e de sua música brasileira preferida, a Canção da América ( Milton Nascimento), que fala da amizade.

Morre Enrique Císter, ex-presidente da Fola

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ABO representa Odontologia na14ª Conferência Nacional de Saúde

D epois de participar ativa-mente de diversas etapas municipais e estaduais

da 14ª Conferência Nacional de Saúde, em todo o Brasil, a ABO integrou as discussões finais desta edição do evento, realizadas entre 30 de novembro e 4 de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF). O tema deste ano foi SUS na Segu-ridade Social, Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro.

Representaram a ABO e a Odon-tologia brasileira nas discussões o conselheiro nacional de Saúde, Geraldo Alves Vasconcelos Filho, e Márcia Vasconcelos, ambos da ABO/PE e participantes delegados do even-to, o presidente da ABO Nacional, Newton Miranda de Carvalho, e o presidente da ABO Taguatinga, Tar-císio Pinto, ambos como convidados.

A ABO também participou do estande do Fórum de Entidades Nacionais de trabalhadores de Saú-de (Fentas), distribuindo material de prevenção de doenças, revistas, edições do Jornal ABO Nacional e minidentifrícios doados pela Colga-te-Palmolive, através da responsável pelo Marketing e Relações Profissio-nais da empresa, Patrícia Bella Costa.

Geraldo Vasconcelos coordenou o grupo de trabalho que, nos dias 2 e 3 de dezembro, deliberou sobre a aprovação de propostas do relatório consolidado nas etapas estaduais e municipais da Conferência. As pro-postas aprovadas nos grupos de tra-balho foram levadas a uma plenária final, no dia 4, e aquelas que foram aceitas deverão compor as diretrizes de atuação do Ministério da Saúde durante os próximos quatro anos.

O relatório da 14ª Conferência Nacional de Saúde foi finalizado pelos delegados, vindos de todo o Brasil. Após a votação, a Carta da Conferência, voltada à sociedade brasileira, foi apresentada aos parti-cipantes. O documento, que sintetiza o debate desenvolvido no evento ao longo de quatro dias, contou com o apoio da ABO. Entre os aspectos tra-tados na Carta estão a valorização do trabalhador, o investimento em edu-cação permanente, a implantação e ampliação das Políticas de promoção da equidade, a aprovação da Emen-da Constitucional 29 e a adoção da carga horária de 30 horas semanais para as categorias profissionais que compõem o SUS.

MoçõesOs delegados da 14ª Conferên-

cia Nacional de Saúde votaram 40 moções durante a plenária final. Apenas o texto que solicitava o acesso de todo e qualquer cidadão à Conferência Nacional de Saúde, a partir da 15ª edição, não teve apoio da maioria dos delegados.

Ao todo, foram apresentadas à Comissão de Relatoria da 14ª CNS 102 moções. Destas, 12 não obe-deciam ao critério nacional, 10 não atingiram os 10% de assinaturas ne-cessárias e outras 40 foram classifi-

cadas pela Relatoria como propostas, e não moções, sendo encaminhadas aos conselhos municipais e estaduais de Saúde como recomendações.

Foram aprovadas 13 moções de apelo, oito de repúdio, uma de solidariedade e 17 de apoio, com os mais variados assuntos relacionados à saúde. Elas dirigem-se ao Ministé-rio da Saúde, ao Conselho Nacional de Saúde, à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e à Presidência da República, entre outros órgãos.

Uma das moções direcionadas

ao Ministério da Saúde diz respeito à interiorização dos cursos de Odon-tologia, Medicina, Enfermagem e Farmácia. Para o Legislativo, foi encaminhada à Câmara uma mo-ção para a aprovação do projeto de lei 7.495/2006, que cria empregos públicos de agente de combate a endemias.

A íntegra da Carta da 14ª Con-ferência Nacional de Saúde à Sociedade Brasileira pode ser acessada no site do CNS (www.conselho.saude.gov.br). Geraldo Vasconcelos e Tarcísio Pinto na mesa de trabalhos

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Crianças de comunidades carentes são beneficiadas

com ação da ABO/RS

T odos os anos, a ABO/RS, em parceria com a Uni-versidade Federal de Santa

Maria (UFSM), realiza atividades que transformam a realidade de comunidades carentes através do projeto Papai Noel Ajuda Você a Sorrir que este ano completa 10 anos de existência. As crianças são o alvo da campanha que visa conscientizá-las sobre a impor-tância de manter uma boa higiene bucal, transformando seus sorrisos. Crianças até 10 anos de idade são orientadas com atividades lúdicas e distribuição de kits de higiene bucal e lanches.

Este ano, as ações tiveram início no final de novembro, dia 28, e se estendem até 20 de dezembro. Como é a comemoração de uma década do projeto estão sendo distribuídos 10 mil kits doados pela Colgate e pela Condor. Colégios, creches e bairros carentes já foram beneficiados com as ações, como o Colégio Celina de Moraes; comunidade Assistencial da Igreja de Fátima; Colégio Ida Fiori Druck; Vila Salgado Filho; Colégio Marista de Santa Maria; Creche Nossa Senhora da Vitória; Creche Coração de Jesus; Escola Infantil Zuleima Salamoni; Escola Diácono Luiz Pozzobon; Escola Municipal Sérgio Lopes; Escola Municipal Aracy Barreto Sacchis; Escola Re-nato Nocchi Zimmermann e Creche Vila Jardim.

Para esta edição serão 30 esco-las da rede municipal e creches par-ticipantes da ação. “Conseguimos com a ajuda do presidente da ABO, Newton Miranda de Carvalho, mais kits para serem distribuídos, tanto que vamos estender a ação para outras cidades vizinhas, como Não Me Toque, Segredo e Itaara. Também faremos uma festa no estádio do Inter para mais de mil crianças com distribuição de kits

Projeto completa 10 anos este ano. Estão sendo distribuídos 10 mil kits odontológicos doados pela

Colgate e pela Condor, com o apoio da ABO Nacional

odontológicos e lanches”, contou o CD Odilon Mainardi, organizador da iniciativa. Para ajudar, mais de 30 estudantes de Odontologia da Universidade Federal de Santa Ma-ria (UFSM) se revezam nos atendi-mentos e orientações às crianças.

CampanhaNo projeto Papai Noel Ajuda

Você a Sorrir são distribuídos pelo Papai Noel kits de higiene bucal contendo escova de dente, creme dental e um folheto com orientações sobre como cuidar da saúde bucal. Até hoje, em 10 anos de projeto, foram entregues mais de 60 mil escovas. A intenção da iniciativa é usar a figura do bom velhinho para substituir a entrega de balas e doces por escovas e cremes dentais, para que as crianças assimilem a ideia de que a higiene oral é importante e indispensável. A iniciativa foi criada pelo professor da UFSM e conta com a participação dos alunos do curso de Odontologia da instituição. Além da entrega dos kits, as crianças assistem a filmes educativos que orientam sobre a importância da higiene oral, dando dicas para cui-darem dos seus dentes desde muito cedo, e mostrando como o cirurgião--dentista pode ser um amigão que deve ser visitado regularmente, pois ele pode ajudá-las a ter um sorriso belo e saudável.

Dente de John Lennoné arrematado por CDem leilão: R$ 54 mil O cirurgião-dentista canadense, Michael Zuk, arrematou por quase 20 mil libras (R$ 54 mil) um dente de John Lennon que foi vendido em um leilão em Stockport, na Inglaterra. Ele deu o lance por telefone e garantiu o molar, que havia sido dado pelo ex-Beatle para sua empregada Dot Jarllet, que trabalhou para ele nos anos 60. O dente fazia parte da coleção de raridades do mundo do rock de Alan McGee, ex-proprietário da gravadora Creation Records. Vale lembrar que Zuk já escreveu um livro sobre os dentes de celebridades e contou que precisava ter o dente do ex-Beatle: “Assim que soube que estava à venda, eu

tinha de comprá-lo”, contou à BBC. Ele também pretende não só exibir o dente em seu consultório, mas também levá-lo para cirurgias dentárias e até para faculdades de Odontologia. “Algumas pessoas acham que é algo nojento, mas outras vão achar fascinante”, acredita.

Angolano detém recorde por esticar a boca até 17 centímetros Entre os destaques da edição 2012 do Guinness, livro dos re-cordes, está o angolano Francisco Domingo Joaquim. Chamado de “Mandíbula do Terror”, ele consegue esticar a boca até 17 centímetros de comprimento. Joaquim chega a encaixar uma lata de refrigerante na boca.

Japonês cria sorriso brilhantecom luzes de LED

O japonês Daito Manabe levou a sério a recomendação dos comer-ciais de creme dental em ter os dentes brancos e brilhantes. Ele revolucionou e criou luzes de LED aplicadas aos dentes que exibem sorrisos fluorescentes e coloridos. Com isso, os dentes podem ganhar cores diferentes. As luzes de LED

são controladas por meio de computadores com uma conexão sem fio. A invenção está sendo utilizada em um comercial de loja de roupas e tornou-se conhecida no Japão. Os designers estão, agora, oferecendo workshops no Japão para ensinar a construir o acessório.

A Ç Ã O S O C I A LA Ç Ã O S O C I A L

Sophie Charlotte é a dona do Sorriso do Ano A atriz Sophie Charlotte foi eleita a dona do Sorriso do Ano durante o 17º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, rea-lizado em novembro, no Rio de Janeiro.

A atriz, que atualmente interpreta a persona-gem Amália, na novela Fina Estampa, da Rede Globo, herdou o título que já foi de outras colegas de profissão, como Giovanna Antonelli e Helena Ranaldi.

C U R I O S I D A D E S

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JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 2011 17

Ações sociais da ABO:responsabilidade o ano todo

Em 2011, foram doados 100 mil kits odontológicos para Seções e Regionais, que repassaram as doações às suas comunidades. Também teve início o projeto Mão Amiga, que leva donativos e atenção a quem necessita

C om a proximidade do Natal, muitas pessoas dedicam parte de seu

tempo e de seu dinheiro a ajudar o próximo. Na ABO, essas ações acontecem durante todo o ano. 2011 foi um ano marcado por grandes iniciativas sociais, sob o selo de Responsabilidade Social ABO. O presidente da entidade, Newton Miranda de Carvalho, conseguiu, em parceria com a Colgate-Palmolive, a distribui-ção no segundo semestre de mais de 50 mil kits odontológicos para levar orientação em saúde bucal e prática de escovação dentária para o público infantil em comunidades carentes. Além disso, neste ano nasceu o Projeto Mão Amiga, que leva donativos a instituições filantrópicas du-rante os congressos da ABO.

Os kits do Dr. Dentuço, conten-do uma escova de dente, um creme dental e um folheto educativo, fo-ram distribuídos para unidades da ABO em todo o Brasil. Quinze Es-tados, além do Distrito Federal, fo-ram contemplados, entre eles, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amapá, Ceará, Goiás, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do

Sul, Rondônia, Santa Catarina, Mato Grosso, além de Taguatinga (DF). Ao todo, em 2011, foram dis-tribuídos 100 mil kits odontológi-cos que foram usados em ações de Seções e Regionais da ABO, com o Selo Responsabilidade Social, em

campanhas que beneficiam, princi-palmente, comunidades carentes e escolas públicas. Através de ações preventivas e educativas em saúde bucal, a entidade tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida da população.

Mão AmigaDurante o

6° Congresso Odon to lóg ico de Mato Gros-so, no mês de junho, aconteceu a primeira ação do Projeto Mão Amiga, que nasceu a partir de uma ideia da protética Rosângela Carvalho, esposa do presidente da ABO, Newton Miranda de Carvalho, e do cirurgião-dentis-ta, Nilsom Medina, da ABO/SP. A intenção do projeto é reunir as esposas dos presidentes das Seções e Regionais da entidade para realizar atividades de res-ponsabilidade social e ajudar ins-tituições de caridade. Foram rea-lizadas três ações do projeto: em Mato Grosso; no Rio de Janeiro, durante a 20ª edição do Congres-so Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro, em julho; e em São Paulo, no 1° Congresso Internacional de Odontologia da ABO/SP, em setembro. Juntando as três iniciativas, foram doados

quase 1.400 li tros de leite a entidades que ajudam crianças, adolescentes e idosos, além de 400 kits odontológicos.

Entre as entidades que foram contempladas pelo projeto estão a Associação de Assistência a Crianças com Câncer (AACC) e o Abrigo Bom Jesus, que cuida de idosos, em Mato Grosso; o Educandário Social Lar de Frei Luiz, no Rio de Janeiro, que abri-ga 22 idosos e atende 130 crian-ças semi-internas e 200 crianças de até quatro anos, que passam o dia na creche; o Centro Orga-nizado de Tratamento Intensivo à Criança e o Hospital Geriátrico e de Convalescença São Luís Gonzaga, ambos em São Paulo. Em 2012, a intenção dos organi-zadores do projeto Mão Amiga é levar ainda mais donativos e atenção a quem necessita.

A Ç Ã O S O C I A LA Ç Ã O S O C I A L

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JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 201118

Redes sociais, como o Facebook, alteram a maneira como nos relaciona-mos com a sociedade. E essas alterações acontecem também dentro do cérebro, segundo um estudo publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society B. Segundo os autores, voluntários colocados em um escâner tridimensio-nal demonstraram ter estruturas maiores e mais densas em três áreas do cérebro quando vinculados a uma grande lista de amigos no Facebook, em comparação com outros que tinham poucos amigos online. As três áreas são todas relacionadas com a capacidade de socialização. “O sulco temporal superior e o giro temporal médio estão associados à percepção social, do olhar das outras pessoas ou de pistas sociais advindas de expressões faciais”, explicou o cientista Ryota Kanai, da Universidade College de Londres (UCL). A terceira área, o complexo entorrinal, “estaria associada com a memória para rostos e nomes”, acrescentou.Dois anos atrás, a neurocientista Susan Greenfield, da Universidade de Oxford, causou polêmica sobre o impacto das redes digitais nos jovens. “A mente do século 21 seria quase infantilizada, caracterizada por cur-tos instantes de atenção, sensacionalismo, incapacidade de enfatizar e um senso de identidade instável”, alertou em discurso na Câmara dos Lordes britânica. Geraint Rees, professor de neurociências da UCL, disse que o novo estudo trouxe à tona questões-chave relativas a esta controvérsia. Entre elas, se o tamanho da área de socialização no cérebro nos leva a fazer mais amigos, se esta área é alterada pelas redes sociais na internet ou se esta relação é inócua. Para Rees, que liderou a pesquisa, este enigma de causa e efeito só poderá ser resolvido com estudos posteriores.

A pesquisaEm seu estudo, Rees recrutou 125 estudantes, 46 deles homens, com idade média de 23 anos. Seus amigos no Facebook variaram entre um punhado até quase mil. A média estimada seria de 300 amigos por vo-luntário. Os resultados foram, então, checados em busca de quaisquer dados tendenciosos com uma amostra em separado, composta por 40 voluntários. Em um terceiro experimento, os cientistas analisaram mais de perto uma subamostra de 65 voluntários para ver se, na estrutura cerebral, havia relação entre o mundo digital e o mundo real.Além de se submeter a um exame de escâner cerebral, o grupo tam-bém preencheu um questionário sobre seus amigos no mundo real. Ao combinar os registros de amizade do mundo real com as dos amigos online, os cientistas descobriram apenas uma correlação na substância cerebral. Ela foi detectada em uma área denominada amíg-dala bilateral, que se acredita que processe e armazene as memórias de eventos emocionais. Esta associação não foi encontrada nas três áreas cerebrais – o sulco temporal superior, o giro temporal médio ou o complexo entorrinal –, realçadas no primeiro experimento. Rees afirmou que isto pode significar que diferentes áreas do cérebro são usadas para diferentes formas de socialização.

Doe sangue com a ajuda das redes sociais Para aumentar o número de doadores de sangue no País, o Ministério da Saúde decidiu contar com a ajuda das redes sociais. Desde novem-bro, a página do ministério no Facebook tem um aplicativo em que o internauta poderá se cadastrar como doador de sangue. O interessado deve informar o nome, o tipo sanguíneo e a região onde mora. Ele não será obrigado a doar imediatamente. Os hemocentros terão aces-so ao banco de doadores interessados para poder acioná-los quando for registrada falta de algum tipo de sangue em determinada região. Com o cadastro virtual, a ideia é que os internautas espalhem a novidade para amigos que vivem na mesma região. Atualmente, 1,9% dos brasi-leiros doa sangue regularmente. O percentual está dentro do parâmetro estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que varia de 1% a 3% da população. No entanto, a pressão por mais bolsas de sangue cresce a cada ano no País. As 3,5 milhões de bolsas de sangue coletadas anualmente já não têm sido suficientes para suprir a demanda, por exem-plo, dos transplantes de órgãos. O ideal é chegar a 5,7 milhões/ano. Se cada brasileiro doasse duas vezes ao ano, não faltaria sangue para transfusões, calcula o governo.

Uso do Facebook

pode alterar estrutura do

cérebro

Universidades com notas baixas no IGC serão

punidas pelo MEC

Pro-Odonto Prevenção

aborda avanços da Odontologia

O Centro Universitário do Norte (Uninorte) e a Fa-culdade de Odontologia

de Manaus serão as duas faculdades do Amazonas que devem ser punidas pelo Ministério da Educação (MEC) pelas constantes notas baixas tiradas no Índice Geral de Cursos (IGC). Nos últimos dois anos, o Uninorte tirou nota dois na avaliação do IGC. Somente em 2008, a instituição conseguiu uma nota positiva. Já a Faculdade de Odontologia fra-cassou nas três edições realizadas do IGC, tirando desde 2008 nota 1. A escala do IGC vai de 1 a 5. São Paulo foi o estado com maior número de instituições nesta situa-ção, com 11 casos (mas é também o estado com o maior número de entidades de ensino superior). A relação completa foi divulgada no Diário Oficial da União. No total, o processo de supervisão vai ser aplicado a uma universidade, sete centros universitários, duas insti-tuições de ensino a distância e 60 faculdades. Esses centros de ensino tiveram resultados insatisfatórios no Índice Geral de Cursos (IGC), que foi divulgado em novembro. O IGC é usado pelo ministério para avaliar o desempenho das institui-ções de ensino e leva em conta a nota dos alunos no Enade e também

No Ciclo 5 do Progra-ma de Atualização em Odontologia

Preventiva e Saúde Coletiva, o Pro-Odonto Prevenção, os diretores acadêmicos Samuel Jorge Moysés e Sônia Groisman contemplaram temas inéditos, mas que ao mesmo tempo representam a sequência consistente dos ciclos anteriores, além de buscar a atualização dos profissionais com questões ligadas às demandas do seu cotidiano pro-fissional. O Pro-Odonto Prevenção é desenvolvido pela parceria entre a ABO e a Artmed Panamericana Editora, por meio do Sescad.

De acordo com Moysés, os autores escolhidos aliam a sólida experiência profissional à sintonia com o que há de mais avançado na Odontologia mundial. Sônia Groisman destaca três temas que serão abordados nesse ci-clo: Acesso e Uso de Serviços Odontológicos: Tendências e Influência na Saúde Bucal; Uso da Epidemiologia para Implan-tação e Avaliação de Programas Preventivos de Saúde Bucal; e Mudanças Globais no Ensino de

outros critérios, como a titulação dos professores e a estrutura das univer-sidades e centros universitários. A avaliação vai de 1 a 5, sendo os mais próximos da maior os centros univer-sitários melhor qualificados. Essas instituições listadas terão limitada a quantidade de novos estudantes e perderão a autonomia para abrir novos cursos e vagas (no caso de universidades, centros universitários e entidades de ensino a distância). Todas também passarão pelo chama-do processo de supervisão, que inclui uma espécie de auditoria na institui-

Graduação em Cariologia e seus Reflexos na Clínica.

O ingresso no Ciclo 5 do Pro--Odonto Prevenção pode ocorrer em qualquer momento ao longo dos 12 meses de vigência de cada ciclo. Os quatro módulos são entregues em casa, o que possibilita a ade-são em qualquer lugar do País. Os inscritos têm acesso ao e-Learning, ambiente virtual de aprendizagem. Nele é possível encontrar o Clip-ping Saúde, atualizado diariamente com entrevistas, matérias, notícias científicas e resumos de jornais internacionais. Outro benefício é o acesso irrestrito ao Dentistry & Oral Sciencies Source (DOSS), completo banco de dados em todas as áreas da Odontologia, com 134

ção, visitas de técnicos do MEC para tentar sanar as deficiências.

Mais informações:http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=21&data=29/11/2011

http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=20&data=29/11/2011

http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=19&data=29/11/2011

periódicos científicos e mais de 30 livros. Todos com textos completos e atualizações diárias. Mais uma vantagem é o desconto de 15% na compra de livros do catálogo do Grupo A, que inclui Artmed e Editora Artes Médicas.

A ABO outorga certificado de 180 horas/aula aos aprovados na avaliação final de cada ciclo. Além do Programa de Atualização em Ortodontia, o Pro-Odonto contem-pla mais cinco especialidades: Pró-tese, Estética, Prevenção, Cirurgia e Implantodontia.

Mais informações:[email protected](51) 3025-2550

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JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 2011

A Assembleia Geral da Federação Dentária Inter-nacional (FDI) revisou,

durante a edição deste ano do Congresso Anual da entidade, na Cidade do México, capital mexi-cana, resolução que trata de ma-teriais para clareamento dental. O documento original foi elaborado durante o FDI’2005, em Montreal, Canadá.

A declaração trata como mate-riais de clareamento aqueles que se destinam a remover descolo-rações intrínsecas ou extrínsecas dos dentes. Produtos de clarea-mento dental têm sido utilizados na Odontologia por mais de um século. Em contraste, produtos com o mesmo fim, mas para uso caseiro, com aplicação feita pelo próprio paciente sob supervisão profissional limitada, foram intro-duzidos ao final da década de 80. Diante desse cenário, a declaração da FDI delimita que existem dois tipos de sistemas profissionais de clareamento atualmente dispo-níveis para tratamento de dentes naturais: alvejantes prescritos por cirurgiões-dentistas e produtos que são emitidos para pacientes no uso doméstico, sob a supervisão do cirurgião-dentista. Atualmente, os mais comumente usados são preparados de gel de peróxido de hidrogênio ou peróxido de carba-mida (ureia).

Nos últimos anos, uma varieda-de de produtos, formulações e siste-mas de distribuição foi introduzida aos profissionais e ao público em geral. Há controvérsias em curso, especialmente a respeito da regu-lamentação ou não dos produtos de clareamento como cosméticos, dispositivos terapêuticos ou alve-jantes dentais, o que definiria se a venda deve ser aberta ao público ou limitada ao controle da indicação profissional e de sua supervisão.

A FDI defende em sua decla-ração o uso adequado de proce-dimentos de clareamento dental, com prescrição e acompanhamento profissional. “O cirurgião-dentista deve realizar exame completo para avaliar as condições de saúde bucal do paciente, considerando seus desejos e necessidades, antes de iniciar qualquer tratamento de clareamento dental.” Segundo a declaração, “estudos revisados indicam que os produtos conten-do peróxido de clareamento são seguros e eficazes quando usados sob a supervisão de um cirurgião--dentista e de acordo com as ins-truções para uso profissional. Esta técnica é a prática da Odontologia e não deve ser realizada por aque-les que não são profissionais”. O

FDI revisa declaração

sobreclareamento

dental

documento segue declarando que “por razões de segurança pública, a venda indiscriminada desses pro-dutos não é apoiada”.

OrientaçõesAinda segundo a declaração

da FDI sobre clareamento dental, cirurgião-dentista e paciente devem considerar o seguinte:

l Produtos com este fim podem variar em sua formulação, con-centração, dosagem e método de tratamentol Para maximizar os benefícios e minimizar os riscos, pacientes devem procurar orientação profis-sional para determinar se o clarea-mento é adequado à sua condição específical A maioria dos efeitos colaterais comuns do clareamento dental é transitória, como sensibilidade nos dentes e irritação dos tecidos durante ou imediatamente após o tratamentol Alta concentração de produtos de peróxido de hidrogênio não deve ser utilizada sem proteção gengivall Para aplicação caseira, é preferido o uso de quantidades mínimas de baixa dose de peróxido de carba-mida e de peróxido de hidrogênio, o que é facilitado pelo uso de ban-dejas customizadas que reduzem a quantidade utilizadal A ativação dos agentes clareado-

res por calor, luz ou laser perma-nece controversa, e o cirurgião--dentista deve continuar a rever a base de evidências para esses pro-cedimentos, pois podem ter efeitos adversos sobre o tecido pulparl Os efeitos a longo prazo de con-centrações mais elevadas (> 6% H2O2 ou equivalente) de agentes clareadores sobre a polpa dental, a dentina, o esmalte e os tecidos moles da bucais ainda não são total-mente compreendidos. Eles têm o potencial de causar danos e devem ser usados com cautela

A revisão da declaração usou como referências os estudos Tera-pias Externas de Clareamento com Ativação por Calor, Luz ou Laser – Revisão Sistemática (Dent Ma-ter, 2007); Clareamento – Análise Crítica dos Aspectos Biológicos (Biol Med, 2003); O Clareamento de Dentes: uma Revisão da Litera-tura (J Dent, 2006); e Revisão dos Efeitos Adversos e Questões de Segurança (Br Dent J, 2006), além de informações do Comitê Cien-tífico dos Produtos de Consumo, reunidas no estudo Opinião sobre Peróxido de Hidrogênio em sua Forma Livre ou Quando Lançado em Produtos de Higiene Bucal e de Clareamento Dental.

Mais informações: www.fdiworldental.org

Brasil: de olho em irregularidades

No Brasil, o clareamento dental tem recebido atenção especial das entidades odontológicas, como a própria ABO Nacional que tem denunciado ao CFO irregularidades na propaganda odontológica, principalmente sobre ofertas feitas em sites de compras coletivas que anunciam preços para clareamento e a própria técnica sem orientação do cirurgião-dentista. De acordo com a Lei 5081/66, que regulamenta o exercício da Odontologia, não é permitido ao CD “anunciar preços e modalidades de pagamento”, o que ocorre em on-lines comerciais. O CFO acompanha os casos e toma as medidas cabíveis, caso a caso. As punições valem tanto para o site que anuncia as ofertas, como para o cirurgião-dentista que anuncia.

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JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 201120

Comunicação ABO:300% de retorno positivo

A área de Comunicação da ABO Nacional apresen-tou neste ano resultado

300% positivo em relação à di-vulgação de notícias de interesse nas mídias impressas e eletrônicas. Todos os assuntos (releases ABO) sobre Odontologia e saúde bucal encaminhados à imprensa durante o ano foram aproveitados pelo menos três vezes pelos diversos veículos de comunicação, em ações pró-ati-vas – ou seja, fruto do trabalho de fazer chegar às mãos dos jornalistas informações de qualidade.

A este resultado soma-se tam-bém o atendimento reativo a pelo menos 78 pedidos de jornalistas dos meios de comunicação de todo o Brasil para entrevistas com fontes qualificadas da ABO sobre outros assuntos pautados diretamente pelos jornais, revistas, rádios, TVs e portais. Eles têm a ABO como referência para subsidiar com cre-

dibilidade os temas que viram no-tícia e que são, na verdade, também consequência do envio periódico de notícias e do bom e ágil aten-dimento às solicitações externas, sem deixar nenhum jornalista sem resposta ou, como deve ser, com ótimas respostas.

A equipe de Comunicação da ABO é formada por profissionais especializados, com pós-graduação em Jornalismo Científico, sob o gerenciamento da Edita Comunica-ção Integrada – que presta serviço à ABO Nacional e é responsável, além da Assessoria de Imprensa, pela criação, produção e edição dos noticiosos da ABO, como o JABO, a Revista ABO Nacional, o JABO Futuro Profissional/Colgate e publicações especiais da entidade em espanhol e em inglês.

Acompanhe nas ilustrações o detalhamento de alguns dos resul-tados obtidos durante o ano.

Assessoria de Imprensa

Solicitações atendidas

Publicações

Pró-ativas: 13 releases = 39

notícias publicadas – aproveitamento de 300%

Atendimento a pedidos de Seções

e empresas ligadas à ABO:

58 casos

JABO: 144

páginas produzidas e editadas

Textos/conteúdos/

pesquisas para atendimento à Diretoria e à imprensa: 32

Revista ABO Nacional: 60 páginas de

entrevistas e 256 páginas

editadas

Reativas: 150 notícias publicadas,

com base em entrevistas com

fontes/consultores da ABO

Atendimento a solicitações da mídia para entrevistas

e informações sobre Odontologia: 78 casos

WebSala de Imprensa disponibiliza on-line, no Portal ABO, todos os releases distribuídos, o que facilita o acesso da mídia às informações da ABO bem como estreita os laços da entidade com os jornalistas através da Assessoria de Imprensa.

Redes sociaisAtravés da fanpage da Edita Comunicação Integrada no site de relacionamento Facebook as informações divulgadas pela Assessoria de Imprensa sobre a ABO ganham a visibilidade incomensurável da internet.

Destaques na mídia

JORNAL DA TARDE

Reportagem de 1 página sobre planos odontológicos

Entrevista: presidente da ABO Nacional

O DIASaúde: matéria sobre dente de leite

Fonte ABO/Rodrigo Bueno de Moraes/SP

AGORA SÃO PAULOEditoriaViva Bem: 1 página

sobre bruxismo infantilFonte ABO/ Francisco

Pereira Jr./RJ

TV RECORDHigiene bucal – fio dental

Fonte ABO/Rodrigo Bueno de Moraes/SP

RÁDIO ESTADÃO ESPNCorte de vagas em cursos de

OdontologiaFonte presidente da ABO

Nacional

REVISTA MEN’S HEALTHMatéria sobre como escovar

corretamente os dentesFonte ABO/Felipe Arcas/SP

FOLHA DE S. PAULO

Saúde: 1 página sobre clareamento

dentalFonte ABO/

Mauro Piragibe/RJ

I N F O R M A Ç Ã OI N F O R M A Ç Ã O

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23JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 2011

O Comitê Internacional de Negociações sobre Mer-cúrio da Organização das

Nações Unidas (ONU) reuniu-se entre os últimos dias 31 de outu-bro e 4 de novembro, em Nairóbi (Quênia), para discutir o uso do amálgama dental.

A conferência foi a terceira de uma série de cinco sessões progra-madas após decisão do Programa Ambiental da ONU, com o objeti-vo de desenvolver um instrumen-to global legalmente vinculativo sobre o mercúrio. A Odontologia mundial é representada nas dis-cussões pela Federação Dentária Internacional (FDI), com equipe coordenada pelo presidente do Comitê de Prática Dental da entidade, Stuart Johnston, e pela Associação Internacional de Pesquisa Odontológica (IADR), cuja equipe é coordenada pelo diretor executivo da entidade, Christopher Fox. Os dois grupos seguiram pauta definida durante o FDI’2011, realizado em setembro, na Cidade do México, quando uma equipe de trabalho destaca-da especialmente para deliberar sobre questões referentes ao amálgama delineou os principais

Comitê da ONU discute uso de amálgama

problemas que o cirurgião-dentista enfrenta ao lidar com os parâme-tros do setor.

Durante a sessão do Comitê Internacional de Negociações sobre Mercúrio da ONU, os governos foram convidados a apresentar seus pontos de vista sobre a proposta de uma abordagem mais abrangente que adeque juridicamente o uso do mercúrio, assim como questões

referentes à sua emissão por seto-res de petróleo e gás e sobre o uso do mercúrio como conservante médico.

A agenda da conferência inclui ainda discussões destas propostas em conjunto com normas técnicas, além de palestras de demonstração.

Mais informações: www.unep.org

Há, atualmente, um buraco de 36 anos entre a expectativa de vida entre países: uma criança nascida em Malawi chegará apenas aos 47 anos, enquanto que no Japão a criança viverá até os 83 anos de idade. No Chade, uma em cada 50 crianças morre antes de alcançar os 5 anos, enquanto na Europa 13 crianças em mil perdem a vida na mesma idade. A cada dia, 21 mil crianças morrem vítimas de pneumonia, malária, diar-reia e outras doenças antes do quinto aniversário. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS, ou WHO na sigla em inglês), não há razão biológica ou genética que justifique

Conferência global analisa determinantes sociais da saúde

essas alarmantes diferenças de saúde e de oportunidades de vida.

Para debater esta questão, repre-sentantes de mais de 100 governantes de todo o mundo reuniram-se no Rio de Janeiro, em outubro, para analisar como as condições sociais, econômi-cas e de desenvolvimento poderão ser diminuídas e reduzidas as desigual-dades resultantes, principalmente, da crise financeira mundial.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a diretora geral da OMS, Margareth Chan, entre outras au-toridades, participaram do evento, que definiu como conclusão a Declaração Política do Rio sobre

Determinantes Sociais da Saúde em que defende a adoção de melhor governança em prol da saúde e do desenvolvimento e continuar reo-rientando o setor saúde com vistas a reduzir as desigualdades de saúde entre os povos.

Mais informações:O documento na íntegra pode ser lido em:http://www.who.int/sdhconference/declaration/en/

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JABO - Ano XIX - Número 134 - Novembro/dezembro - 201122

O risco de contaminação é constante nos consultórios odontológicos. Para evitar isso, alguns cuidados devem ser tomados pelo cirurgião-dentista e seu pessoal auxiliar na hora de descartar os resíduos sólidos e líquidos utilizados no dia a dia

Descarte adequado parao material contaminado

O descarte correto de material deve ser uma preocupação constante do cirurgião-

-dentista. A Odontologia abrange uma variedade de procedimentos, que podem ir de um simples exame até uma cirurgia mais complexa. Estes procedimentos implicam em contato com materiais que po-dem estar contaminados, havendo possibilidade de transmissão de infecções, tanto de paciente para paciente, como dos profissionais para pacientes ou dos pacientes para os profissionais. Tomando alguns cuidados, principalmente nos descartes de resíduos sólidos e líquidos, é possível evitar o risco de contaminação e preservar a sua saúde e a do seu paciente.

Efetivas medidas de controle de infecção, como leis, normas e portarias, visam quebrar ou mini-mizar o risco de transmissão de in-fecções na prática da Odontologia. Várias revisões sobre o assunto e recomendações de consenso têm sido publicadas a fim de orientar os profissionais nessa prática. Essas precauções e recomendações têm contribuído para a diminuição dos riscos de transmissão de infecções na prática odontológica. O descarte correto de resíduos sólidos e líqui-dos é fundamental neste processo.

Em estabelecimentos odon-tológicos podem ser encontrados resíduos de diferentes tipos, como resíduos contaminados (algodão ou gazes sujas de sangue, pus, saliva, guardanapos, tubetes plásticos de medicamentos, luvas, máscaras etc.); resíduos perfurocortantes (agulhas, lâminas de bisturi, vidros

contaminados quebrados, instru-mentos cortantes etc.); resíduos alimentares, secos e especiais para reaproveitamento (vidros, plásticos e latas não contaminadas, papéis, caixas de papelão, invólucros de medicamentos ou materiais etc.). Cada tipo de resíduo deve ser sele-cionado adequadamente.

Como descartarUm passo importante é separar

o lixo contaminado do lixo comum. Os contaminados devem ser sepa-rados, identificados e colocados em sacos plásticos resistentes, prevenindo seu espalhamento para o ambiente. Os resíduos perfuro-cortantes têm que ser colocados em recipientes rígidos com boca pequena e resistentes, com tampa vedável, rotulados com o símbolo de risco biológico. Devem perma-necer imersos em Hipoclorito de Sódio a 1%, até limite da capacida-de do recipiente. O ideal também é que estejam localizados próximos a sua fonte, para evitar que o trans-porte deste tipo de material cause acidentes no trajeto. Seu destino final deve ser a vala séptica ou célula especial em aterro sanitário. Os resíduos alimentares, secos ou para reaproveitamento devem ser colocados separados em sacos plásticos de diferentes cores ou ade-quadamente identificados para não serem confundidos com os demais.

Já os resíduos sólidos contami-nados e não contaminados devem ser coletados pelo órgão municipal responsável, para seu adequado destino e aproveitamento. Para isso, todos os serviços de Odontologia devem contatar o serviço de limpe-za pública de sua cidade e solicitar o cadastro para coleta especial. Se o seu município não dispõe de coleta desta natureza, solicite à Delegacia Regional do CRO o envio de ofício à Vigilância Sanitária Municipal, à Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores e aos órgãos de defesa do meio ambiente para que tomem as providências cabíveis para im-plantar o serviço na sua cidade.

Líquidos e secreções succio-nadas durante os procedimentos dentários devem ser drenados di-

retamente para a rede de esgoto sa-nitária. Algodão, gaze ou qualquer material contendo sangue ou fluidos corpóreos, curativos, resíduos de cirurgias, modelo de gesso, molda-gens e kits para exames devem ser acondicionados em sacos plásticos de cor branca leitosa, padronizados, com o símbolo de risco biológico. Estes sacos devem estar contidos dentro de coletores próprios. Seu destino final deve ser a vala sép-tica ou células especiais em aterro sanitário.

Os resíduos de insumos, como cimentos, fenol, formocresol, euge-nol, materiais restauradores, restos de revelador e fixador, medica-mentos de uso sistêmico e outros, suas embalagens, quando vencidas ou após utilização, devem ser descartadas da mesma forma que os resíduos contaminados, isto é, em recipientes de material rígido, com tampa vedada e destinada ao aterro sanitário industrial. Ao final da jornada de trabalho, é re-comendável depositar os resíduos infectantes - isto é, o recipiente contendo perfurocortantes e o saco contendo os demais resíduos - em local apropriado, previamente com-binados. Esses materiais não devem ir para a lixeira comum.

Descarte de mercúrioO descarte do mercúrio, um

dos componentes mais tóxicos do amálgama usado em procedimentos odontológicos, exige um grande cuidado. Apesar do amálgama ser considerado material seguro em declarações da Federação Dentária Internacional (FDI), o mercúrio é o que mais causa preocupação. A intoxicação crônica de mercúrio pelo profissional e sua equipe deve ser evitada. Seus sintomas iniciais são: inquietude, irritabilidade, in-sônia, sialorreia, gengivite e tremor das mãos. O mercúrio ingerido pelo CD fica alojado no sistema nervoso e renal causando patologias irreparáveis. Como consequência da contaminação, os profissionais podem desenvolver mal de Parkin-son, chegando a ter dificuldade de se alimentar e se locomover, e nos casos mais avançados da doença, chegar à deficiência renal aguda por deteriorização do sistema renal.

Para evitar a contaminação do

Uso do amálgama odontológico Alguns cuidados são importantes na hora de descartar o amálgama:

l Uso da menor relação possível de mercúrio na liga;l Uso de amalgamadores mecânicos seguros, que não apresentem vazamentos de mercúrio;l Uso de isolamento absoluto para evitar queda de amálgama na cavi-dade bucal. Lembrando que a mucosa do assoalho da cavidade bucal é altamente permeável

Em casos de remoção de uma restauração de amálgama, os cuidados a serem tomados são:

l Uso obrigatório de isolamento absoluto;l Uso de brocas novas para cortar mais rápido e gerar menor aque-cimento;l Uso de água gelada no reservatório de alta rotação, pois se a tem-peratura for diminuída, menos mercúrio é emanado da restauração;l Uso de máscara, tanto para o profissional, pessoal auxiliar, como para o paciente;l Uso de sucção de alta potência durante o processo de remoção da restauração para que o mercúrio emanado não entre em contato com as pessoas e permaneça no consultório.

mercúrio no consultório odontoló-gico, o ideal é ter o piso do ambiente impermeável, sem poros e trincas, e de fácil limpeza. Em caso de derrame de mercúrio, o CD deverá lançar sobre ele enxofre em pó que, ao combinar com a substância, formará o sulfeto de mercúrio, que não oferece risco à saúde. O amal-gamador deve ficar guardado em local isento de calor, longe do Forno de Pasteur, autoclave e do ar con-dicionado para evitar a formação e dissipação dos vapores de mercúrio.

Cuidados especiais deverão ser tomados no momento de usar o amalgamador. A cápsula deve ser rosqueada, substituída de tempo em

tempo, para evitar escapamento de mercúrio. A sua fixação deve ser perfeita. No caso de suspeita de vazamento pode ser colocada uma fita adesiva envolvendo a cápsula. Após trituramento, deve-se obser-var se há vestígios de mercúrio na fita. Remove-se a cápsula após a parada completa do motor. A esto-cagem do mercúrio deve ser feita em frascos inquebráveis e herme-ticamente fechados. Os resíduos de amálgama não utilizados nas restaurações ou restos de mercúrio devem ser guardados em recipien-tes inquebráveis e bem fechados, contendo em seu interior água e fixador de RX.

C O N S U L T Ó R I OC O N S U L T Ó R I O

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Dedicada a cuidar da saúde de seus pacientes e da família, a cirurgiã-dentista não pode descuidar da sua própria saúde. A principal causa de morte entre mulheres no Brasil, o câncer de mama, pode ser evitado com cuidados simples, como o autoexame, a visita regular ao ginecologista e a mamografia

Câncer de mama: a prevenção está em suas mãos

M U L H E RM U L H E R

As mulheres brasilei-ras possuem um grande inimigo: o

câncer de mama. Segundo o Ins-tituto Nacional do Câncer (Inca), anualmente surgem, em média, 49 mil novos casos da doença.

De acordo com um estudo pu-blicado recentemente no periódico americano Cancer Epidemiology, Biomakers & Prevention, mulhe-res que estão na fase conhecida como pós-menopausa, são obesas e sedentárias e têm chances 35% maiores de desenvolver câncer de mama triplo-negativo. O tipo de tumor é uma das formas mais agressivas da doença. Os resul-tados mostraram que as mulheres que apresentavam os índices mais altos de IMC tinham 35% mais chances de desenvolver o câncer de mama triplo-negativo e eram 39% mais propensas a enfrentar outros tipos de tumor no seio. O câncer de mama está associado também à menarca precoce e menopausa tardia; mulheres que nunca ama-mentaram; tabagismo; ingestão crônica de bebida alcoólica; terapia de reposição hormonal por mais de 10 anos; histórico da doença na família, entre outros.

Para as mulheres, o diagnóstico da doença é um trauma, já que os seios fazem parte da identidade feminina. Muitas temem a do-ença, mas apenas uma em cinco sabe identificar seus sintomas, de acordo com uma pesquisa feita na Inglaterra, que revela que 83% costumam apalpar as mamas em busca de nódulos ou alterações na textura. No entanto, menos de três entre 10 não procuram verificar alterações de tamanho ou forma, e apenas 5% disse saber que os mamilos podem retrair no caso da ocorrência da doença. Antiga-mente, os tratamentos eram mais severos – muitas mulheres tinham que retirar as mamas e a mulher sentia-se estigmatizada–, mas,

atualmente, um simples toque pode ajudar no diagnóstico precoce e há técnicas cirúrgicas desenvolvidas especificamente para a reconstru-ção dessa importante parte do cor-po que afeta não só a saúde como a autoestima feminina.

AutoexameO autoexame, mesmo dividindo

opiniões, é importante, sim. Porém, de forma isolada, não é eficiente para a detecção precoce do tumor e não substitui o exame feito por profissionais. É sempre bom lem-brar como fazê-lo: em casa, em frente ao espelho, antes do banho, observe os dois seios, primeiro com os braços caídos, depois com as mãos na cintura fazendo força nas mãos e, por fim, com elas atrás da cabeça, observe tamanho, posição, forma da pele, auréola e mamilo. Faça o mesmo controle com os braços levantados e mantidos atrás da cabeça. Qualquer alteração na superfície ou rugosidade é impor-tante. Também é importante apertar o mamilo suavemente e veja se dá saída a qualquer líquido. Se o mamilo está umbilicado e não era assim, procure orientação médica. Faça o autoexame também no banho, com as mãos ensaboadas. O autoexame deve ser realizado regularmente.

MamografiaMesmo com o autoexame, a

avaliação médica periódica ainda é a melhor maneira de detectar o câncer de mama. O exame clínico mais eficiente ainda é a mamo-grafia, que deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos, exceto nas pacientes pertencentes a grupos de maior risco, nas quais deverá ser iniciada aos 35 anos. No caso das mulheres com idade entre 50 e 69 anos, a periodicidade da mamografia pode ser estendida até dois anos. Mesmo com alguns especialistas afirmando que o

exame emite radiação, estudos revelam que a radiação emitida é muito pequena, além de ser reali-zado com espaçamento temporal necessário para evitar este tipo de efeito colateral.

Pesquisa publicada no British Journal of Cancer, que tinha como objetivo avaliar os efeitos dos programas de triagem do câncer de mama por meio de mamogra-fias periódicas, mostrou que 100 mil mulheres que foram acom-panhadas num período de 100 anos – compreendendo períodos anteriores e posteriores ao uso da mamografia como triagem para o câncer de mama –, concluiu que houve efeitos positivos na redu-ção da mortalidade relacionada ao câncer de mama nas mulheres que passaram pelo programa de tria-gem mamográfica com diferentes

doses de radiação, tanto na idade entre 40-50 anos como entre 50-60 anos. O estudo mostrou ainda que não houve aumento na inci-dência de câncer de mama após a instituição da triagem mamográ-

fica periódica para os intervalos pesquisados. O mais importante é estar atenta aos sinais que o seu próprio corpo emite. Oriente as suas pacientes e também preste atenção aos primeiros sinais.

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A Colgate continua apostan-do no mercado de escova dental, que está em cons-

tante ascensão e cresceu 6% nos últimos doze meses, comparado com o mesmo período de 2010. Para isso, está ampliando a sua linha de escovas e apresenta Colgate 360°

Oral-B lança Pro-Saúde Clinical Protection Sensitive

Escova Colgate 360° Surround

Indústria médico-

hospitalar cresce 8%

A Oral-B lança o novo Oral-B Pro--Saude Clinical Protection Sensiti-ve, que tem como principal ingre-

diente o cloreto estanoso, que associado aos demais princípios ativos do produto, ajuda a bloquear as aberturas dos pequenos túbulos conectados aos nervos do dente, inibindo a movimentação do fluido e impedindo que agentes externos ativem a dor.

O componente atua a partir da primeira escovação,segundo a empresa, oferecendo proteção instantânea. Com o uso continuo, reduz significativamente a sensibilidade, de maneira duradoura, pois cria um efeito de barreira, uma espécie de escudo protetor na

superfície do esmalte dos dentes, evitando erosão ácida. Isso é possível graças a asso-ciação ao gluconato de sódio, que aumenta a biodisponibilidade do cloreto estanoso.

Também presente na fórmula de Oral-B Pro-Saúde Clinical Protection Sensitive, o fluoreto de sódio traz como benefício adicional a proteção superior contra cárie. O ingrediente melhora a remineralização, aumentando a incorporação dos íons de cálcio e fosfato no esmalte e/ou dentina dani-ficados. A estrutura do esmalte formada após a incorporação do fluoreto, a fluoroapatita, aumenta sua resistência contra uma futura desmineralização.

Design inovador da escova permite remoção de bactérias de três maneiras diferentes, limpando ao

mesmo tempo dentes, língua, bochechas e gengivas

Surround. Com design único, a nova escova Colgate remove bactérias de três maneiras diferentes: cerdas surround, que limpam simultane-amente os dois lados dos dentes e alcançam até a linha da gengiva, limpador envolvente e limpador de língua e bochechas.

“A tecnologia aplicada ao design, com novos atributos para a escova Colgate 360° Surround, representa um avanço para a categoria e tam-bém é uma novidade importante para a saúde bucal do consumidor”, informa Luciana Abe, gerente de Grupo de Complementos da Colgate--Palmolive. Comparada a uma esco-va de cerdas planas em um estudo de única escovação, a nova escova reduz aproximadamente 88% mais placas entre os dentes e 52% das placas presentes nas gengivas.

Com o objetivo de comunicar fortemente o lançamento do produto aos seus consumidores, a Colgate--Palmolive desenvolveu uma cam-panha exclusiva para a televisão, que já está no ar. Também foram produ-zidos materiais de ponto de venda e displays para visibilidade, site com informações sobre o produto, além de embalagens promocionais para dar destaque à novidade.

Mesmo com a instabilidade na zona do euro e as altas e baixas do dólar, a indústria médico-hospita-lar brasileira continua crescendo, assim como as exportações, e não terá grandes impactos em médio prazo. A informação foi dada por Paula Portugal, gerente de Projetos Internacionais da Asso-ciação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo).

No período de janeiro a ju-nho de 2011, o setor de saúde brasileiro exportou mais de US$ 338 milhões, com taxa de cres-cimento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram negociados cerca de US$ 312 milhões, somando os segmentos médico-hospitalar, implantes, insumos, laboratórios, odontologia e raio-x. A Abimo também registrou expansão de 15% no volume de importações, passando de US$ 1,6 bilhão de janeiro a junho de 2010, para US$ 1,9 bilhão no mesmo período deste ano.

O D O N T O S / AO D O N T O S / A

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J A B OJornal da Associação Brasileira de Odontologia

Ano XIX - Número 130 - Setembro/outubro - 2010

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