jornal a selva n 12

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No passado dia 9 de Dezembro de 2010, na Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira em Espinho, Christophe da Silva, aluno da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro, recebeu na presença dos represen- tantes do Ministério da Educação Francês, da Alliance Française do Porto e da Direcção Regional de Educação do Norte, o Diploma Elementar em Língua Francesa, nível B2 (DELF B2). (Pág. 2) A Selva Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro III Milénio | Nº 12 Abril 2011 Nesta edição: Notícias 2 Grande entrevista 3-5 Leituras 5-6 Ambiente 7 Novas oportunidades 8-9 Visitas de estudo 10-13 Iniciativas / Projectos 14-22 Poesia 22-23 Teatro 24 Opinião /Reflexão 25-27 Línguas 28-30 Passatempos 30 Desporto escolar 31 A nova Escola 32 Perspectivas para a nossa escola À conversa com a Directora Com a nossa escola em grandes mudanças, a equipa redactorial d’ “A Selva” entrevistou a Directora, professora Ilda Ferreira, com o intuito de recolher as suas opiniões sobre a vida escolar no presente e no futuro…. (Pág. 3) Aluno da E. B. S. F. Castro ganha Diploma internacional de Língua Francesa Como funciona o processo de certificação de competências dos adultos (RVCC) Entrevista com a professora Paula Catela Dar a conhecer as várias oportunidades que existem na nossa escola para que os adultos possam certificar as suas competências, é o objectivo da entrevista realizada pelo jornal “A Selva” à coor- denadora do CNO CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES, professora Paula Catela. (Pág. 9) Alunas da E. B. S. F. Castro apuradas para a prova de corta-mato... A Isa e a Diana, alunas do 9º e do 11º Anos da nossa escola, foram apuradas para o Campeonato Nacional de Corta - Mato. (Pág. 31) Comemoramos o 37º Aniversário da Revolução de Abril. No próximo número do jornal “A Selva” serão publicados trabalhos alusivos a esta data tão importante para Portugal 20 de Maio - 14 horas Ministra da Educação visita a Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro 24 de Maio Dia da Escola Workshops, mob dancing show, desporto, música e muito mais... (Pág. 21)

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Jornal da E.B.S. Ferreira de Castro

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Page 1: jornal a selva n 12

No passado dia 9 de Dezembro de 2010, na Escola Secundária Dr.

Manuel Laranjeira em Espinho, Christophe da Silva, aluno da Escola

Básica e Secundária Ferreira de Castro, recebeu na presença dos represen-

tantes do Ministério da Educação Francês, da Alliance Française do Porto

e da Direcção Regional de Educação do Norte, o Diploma Elementar em

Língua Francesa, nível B2 (DELF B2). (Pág. 2)

A Selva — Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro III Milénio | Nº 12 Abril 2011

Nesta edição:

Notícias 2

Grande entrevista 3-5

Leituras 5-6

Ambiente 7

Novas oportunidades 8-9

Visitas de estudo 10-13

Iniciativas / Projectos 14-22

Poesia 22-23

Teatro 24

Opinião /Reflexão 25-27

Línguas 28-30

Passatempos 30

Desporto escolar 31

A nova Escola 32

Perspectivas para a nossa escola

À conversa com a Directora

Com a nossa escola em grandes mudanças, a equipa redactorial d’

“A Selva” entrevistou a Directora, professora Ilda Ferreira, com o

intuito de recolher as suas opiniões sobre a vida escolar no presente

e no futuro…. (Pág. 3)

Aluno da E. B. S. F. Castro ganha Diploma internacional de Língua Francesa

Como funciona o processo de certificação

de competências dos adultos (RVCC)

Entrevista com a professora Paula Catela

Dar a conhecer as várias oportunidades que existem na nossa

escola para que os adultos possam certificar as suas competências,

é o objectivo da entrevista realizada pelo jornal “A Selva” à coor-

denadora do CNO – CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES,

professora Paula Catela. (Pág. 9)

Alunas da E. B. S. F. Castro apuradas para a

prova de corta-mato...

A Isa e a Diana, alunas do

9º e do 11º Anos da nossa

escola, foram apuradas

para o Campeonato

Nacional de Corta - Mato. (Pág. 31)

Comemoramos o 37º

Aniversário da Revolução

de Abril.

No próximo número do

jornal “A Selva” serão

publicados trabalhos

alusivos a esta data tão

importante para Portugal

20 de Maio - 14 horas

Ministra da Educação

visita a Escola Básica e Secundária

Ferreira de Castro

24 de Maio

Dia da Escola Workshops, mob dancing show, desporto,

música e muito mais... (Pág. 21)

Page 2: jornal a selva n 12

N o passado dia 9 de Dezembro

de 2010, na Escola Secundária

Dr. Manuel Laranjeira em Espinho, 1

aluno da Escola Básica e Secundária

Ferreira de Castro recebeu, na presen-

ça dos representantes do Ministério da

Educação Francês, da Alliance Fran-

çaise do Porto e da Direcção Regional

de Educação do Norte, o Diploma

Elementar em Língua Francesa, nível

B2 (DELF B2). O aluno agora distin-

guido chama-se Christophe da Silva.

Em Maio de 2010, este aluno realizou,

com excelentes resultados, o exame

oral e escrito que, agora, lhe conferiu

esta certificação.

Estas provas, realizadas em contexto

escolar, desde há três anos, são da

responsabilidade do Ministério da

Educação Francês e regem-se pelos

critérios europeus de certificação do

nível de proficiência linguística em

língua francesa, no âmbito do Quadro

Europeu Comum de Referência para as

Línguas (QECR). À luz deste documen-

to, os exames, iguais para todos os paí-

ses europeus, dividem-se por quatro

níveis de competência linguística (A1,

A2, B1, B2) e são promovidos, no nosso

país, pelo Serviço Educativo da Embai-

xada Francesa em Portugal e pela

Alliance Française, em articulação com

as Direcções Regionais de Educação e a

Associação de Professores de Francês

(APPF).

Este tipo de diploma poderá facilitar,

futuramente, a entrada numa universida-

de francesa e trazer vantagens no acesso

ao mercado de trabalho.

A este aluno, desejamos as maiores

felicidades para o seu futuro académico,

profissional e pessoal e esperamos que

outros alunos, agora no 9º ano, sigam o

exemplo do seu colega e se inscrevam

para a realização dos exames DELF que

terá lugar na Escola Secundária Dr.

Manuel Laranjeira, nos dias 12 e 13 de

Maio de 2011.

Diploma de Língua internacional de Língua Francesa para

aluno da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro

Página 2

Notícias

Propriedade: Escola Básica e Secundária Ferreira de

Castro - Rua Dr. Silva Lima

3720-298 Oliveira de Azeméis

Tel. 256 666 070 | Fax. 256 681 314

Directora: Ilda Ferreira

http://www.esfcastro.net

[email protected]

Responsabilidade pela edição,

redacção e composição

Alunos: Cátia Fonte, Lorina Gaspar,

Mónica Pereira, Sílvia Choupeiro,

Vanessa Lima (edição); Diana Con-

ceição, Diogo Silva, Miguel Teixeira,

Rosa Silva (redacção); Ana Carvalho,

Sara Agostinho, Tânia Paiva, Yhony

Alves (composição).

Professores: Artur Ramísio (Área de

Projecto) e Maria João Moreira

(Português).

Impressão: Escola Básica e Secundá-

ria Ferreira de Castro

Tiragem da versão impressa: 200 ex.

Editorial

Cá estamos a procurar cumprir a promessa de

uma nova era para o nosso jornal, marcada pela

responsabilidade que nos foi atribuída de

editarmos o jornal da Escola.

Durante o 2º período lectivo lançámos uma

campanha no sentido da alteração do logótipo do

jornal e de

fomentar a

participação de

toda a

comunidade

educativa na

elaboração do

jornal.

Relativamente

ao logótipo, não

obtivemos

propostas, por isso mantém-se o actual. Mas

quanto à colaboração de alunos e professores,

isso sim, foi uma aposta bem ganha, pois, como

este número do jornal revela, foram muitas e

variadas as notícias que nos fizeram chegar.

O próximo número ainda vai ser melhor!

A turma do 12º E

N o dia 28 de Março, a Biblioteca

recebeu o jornalista e escritor

Vítor Hugo Carmo que “abriu” a Feira do

Livro que ali decorreu.

O escritor falou com alunos do ensino

secundário acerca dos seus projectos

(como a conclusão de um romance e uma

incursão no cinema), das suas actividades

profissionais e da forma como consegue

conciliar o trabalho diário com a escrita.

Respondeu também às várias questões

apresentadas por um conjunto de alunos

bastante atento e interessado!

Vítor Hugo Carmo já publicou o livro de

contos “O mel e o fel” e o livro de poesia

“A outra página em branco”. Em prepara-

ção está um romance… ficaremos à espera que ele chegue à nossa BECRE!

Até lá, se tiverem curiosidade, procurem na net o programa “Fa-las curtas”, da RTP2, e

encontrarão uma curta-metragem de Vítor Hugo Carmo.

Escritor e jornalista Vítor Hugo na Feira do Livro

da Escola

Encontro do escritor e jornalista Vítor Hugo com alu-

nos da Ferreira de Castro

3 ,141592653589793…

Este é apenas o início de um número muito especial com uma infinidade de casa deci-

mais: o número π – a razão entre o perímetro de um círculo e o seu diâmetro.

No dia 14 de Março comemorou-se na Escola B. Secundária Ferreira de Castro este dia, com

o objectivo de promover junto dos alunos o gosto pela matemática, aproveitando o interesse que

o π tem suscitado ao longo dos tempos em todas as culturas.

Dia do PI

III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Page 3: jornal a selva n 12

Legenda que descreve a ima-

gem ou gráfico.

Que balanço é que faz deste ano lectivo? Faço um balanço francamente positivo, até porque comecei há pouco

tempo. É o segundo ano do meu mandato e penso que estou a conseguir

levar avante aquilo a que me propus em termos do Projecto de Inter-

venção na escola. Como sabem, há dois anos realizou-se um processo

de candidatura para o Director da escola, existiu mais do que uma can-

didatura, sendo o projecto apresentado por mim aquele que mereceu o

acolhimento da maioria dos membros do Conselho Geral. Por isso, irei

cumprir aquilo a que me propus.

Em relação ao ano passado, o número de alunos tem aumentado

ou diminuído?

Sensivelmente o mesmo. No ano passado tínhamos 1094 e este ano

1050. O que temos é mais turmas: para além do ensino regular, este ano

temos mais 2 Cursos de Educação e Formação (CEF), tipo 6; relativa-

mente aos cursos profissionais, temos mais uma turma do primeiro ano

de Animação Sociocultural e menos uma turma, do Curso Técnico de

Gestão; continuamos a ter dois cursos de Educação e Formação, tipo 2,

o de Empregado Comercial e o de Padaria e Pastelaria. O nosso objecti-

vo é aumentar a oferta formativa, não só no ensino profissional, como

também aumentar o número de turmas no ensino regular/normal. No

próximo ano lectivo vamos ter um grande desafio: o segundo ciclo

nesta escola, com turmas do quinto ano, que vamos acolher pela pri-

meira vez, a partir de Setembro. O desafio do ano em curso foi, de

facto, conviver pacificamente com as obras; no próximo será o novo

ciclo do ensino básico!

Com as novas instalações, a escola irá fazer parte de algum agru-

pamento?

Com a construção do Centro Escolar, que está previsto para os terre-

nos contíguos à Escola, já cumprimos o estipulado na lei, pois passa-

mos a constituir um Agrupamento Vertical, com alunos desde o pré-

escolar até ao décimo segundo ano. A decisão ainda não está tomada. A

DREN irá decidir depois de ouvir a Escola e o Município. No entanto,

estou com a esperança de que, tornando-se um Agrupamento Vertical,

a escola se vai tornar muito grande e difícil de gerir. Mais complicado

seria gerir um agrupamento com mais do que um núcleo escolar.

Nestes últimos anos tentamos reforçar a identidade da escola, em

torno do nosso patrono: construímos um Projecto Educativo, apro-

vado no ano anterior, um novo Regulamento Interno e uma nova

imagem da escola, um novo logótipo, tudo numa tentativa de criar e

reforçar a identidade da nossa escola. O nosso Projecto Educativo

foi considerado, pela Agência Nacional de Qualificações, um dos

seis mais interessantes e consistentes, num universo de sessenta

escolas.

Como é que vai ser dirigido, isto é: haverá novas funções?

Para o quinto ano? Sim, será nomeado um coordenador que irá

acompanhar este novo ciclo. Este, como já mencionei, será o nosso

próximo desafio.

Estão anunciadas alterações aos currículos como, por exem-

plo, vão deixar de existir as aulas de Área de Projecto. Que mais

alterações poderão vir a existir?

O que já está na lei para funcionar, a partir de Setembro, no próxi-

mo ano lectivo, é o término da Área de Projecto e do Estudo Acom-

panhado, no 3.º ciclo. O

Estudo acompanhado vai

funcionar apenas como

apoio educativo. Em

relação ao ensino secun-

dário, ainda não foi nada

publicado, embora exista

uma proposta que se

encontra em discussão

pública.

Sabe se existem casos

de violência aqui na

escola?

Esse foi um desafio

inicial, primeiro, no

projecto de Intervenção

do Director e depois no

Projecto Educativo.

Perspectivas para a nossa escola

À conversa com a Directora

As obras de remodelação da Escola

Básica e Secundária Ferreira de Castro

aproximam-se do fim e, a par disso, há

também notícias relacionadas com a

reorganização das escolas e dos

currículos. Com a intenção de saber de

que modo estas alterações se poderão

reflectir na vida escolar, no presente e no

futuro, a equipa redactorial d’ “A Selva”

entrevistou a Directora da escola,

professora Ilda Ferreira.

“Nestes últimos anos tentamos

reforçar a identidade da escola,

em torno do nosso patrono:

construímos um Projecto

Educativo, aprovado no ano

anterior, um novo Regulamento

Interno e uma nova imagem da

escola, um novo logótipo, tudo

numa tentativa de criar e reforçar

a identidade da nossa escola.”

(Cont. p. 4)

Grande entrevista III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 3

Page 4: jornal a selva n 12

Página 4

Legenda que descreve a ima-

gem ou gráfico.

Nestes documentos, um dos objecti-

vos era melhorar as relações inter-

pessoais entre os pares da escola,

reduzindo os casos de indisciplina e

violência. A escola tem uma equi-

pa, designada Equipa de Qualidade,

que faz a avaliação contínua da

escola e, portanto, também dos

casos de violência. Apercebemo-

nos do elevado número de casos de

indisciplina e da existência de mui-

tos procedimentos disciplinares.

Neste sentido, foram elaborados

inquéritos aos alunos sobre a vio-

lência. Os alunos pronunciaram-se

sobre aquilo que sentiam na escola. Fizemos uma análise e pedimos

sugestões aos alunos sobre formas de minorar este fenómeno e surgi-

ram várias ideias.

Foi, neste contexto, que nasceu o Projecto da Diversão Solidária,

coordenado pela professora Yaneth Moreira. Um dos objectivos deste

projecto é a criação e reforço de laços de solidariedade, entre alunos,

dando-lhes maiores responsabilidades. Outra forma de reduzir a violên-

cia foi o movimento associativo dos

alunos. Incentivámos o ressurgimento da

Associação de Estudantes. Acho muito

importante este tipo de iniciativas por-

que, ao mesmo tempo, os alunos criam

hábitos de cidadania responsável através

da participação nos órgãos próprios, e

também dão voz aos estudantes.

Ainda em relação à violência, criámos

o Gabinete de Apoio ao Aluno no senti-

do de evitarmos situações de violência.

Os alunos com problemas comportamen-

tais são sinalizados e é efectuado um

plano de acompanhamento. A prevenção

deste fenómeno evitará situações extre-

mas de procedimentos disciplinares.

Reduzimos substancialmente os proces-

sos disciplinares. O trabalho de preven-

ção é mais importante do que o de puni-

ção.

Existe uma participação activa dos

pais (Encarregados de Educação) na vida escolar?

Os elementos da Direcção da Associação de Pais são pessoas activas,

que gostam de colaborar e têm participado em vários projectos da esco-

la, nomeadamente no Projecto da Diversão Solidária, ofereceram as

setas electrónicas e outros equipamentos. É importante o envolvimento

dos pais nos projectos escolares. A associação reúne-se mensalmente e

eu participo nas reuniões, ouço o que têm a dizer e presto esclarecimen-

tos em relação àquilo que questionam. É importante a sua participação.

Temos pais muito atentos.

Em relação às obras, nós sabemos que estão a terminar. Quando

será o dia certo para a inauguração?

Não sabemos. O prazo inicialmente apontado para a conclusão é 14

de Março de 2011, mas dificilmente será nesse dia. Como sabem, quem

está a conduzir as obras não é a escola mas sim a empresa Parque Esco-

lar, que faz a sua gestão e que terá a decisão final sobre a data da inau-

guração. Vamos apontar para Abril...

E vem alguém especial?

Também não sabemos. Sabem que isso é tudo organizado pela

empresa e a gestão é feita por ela.

Mas não queria que viesse aqui alguém como o Presidente da

Câmara, por exemplo?

Sim, faço muita questão que venham pessoas tais como o Presi-

dente da Câmara, o Vereador da Educação. Seria importante a pre-

sença de um membro do governo, pois daria um maior significado

ao acto.

Que perspectivas tem para o futuro em relação à escola?

Espero cumprir aquilo a que me propus e levar as coisas com

calma, até porque sou uma pessoa calma e gosto de ouvir toda a

Comunidade Escolar. Adopto uma

liderança “com as pessoas” e não

“sobre as pessoas”. É essencialmente

nisso que eu aposto e também na

criação de uma rede de lideranças.

Penso que caminhamos exactamente

para isso.

O espaço escolar aumentou.

Acha que há um número suficiente

de funcionários?

Olhem, não há! Nós temos menos

10 funcionários do que os necessá-

rios. Temos feito sentir isso à tutela.

Os pais têm ajudado no que toca a

esse assunto porque também é impor-

tante a sua colaboração.

Como sabem, a escola triplicou o

seu espaço e são necessários muitos

mais funcionários. No entanto, como é sabido, o orçamento de esta-

do não permite mais contratos. Foi sugerida pela DREN a contratua-

lização externa dos serviços de limpeza, o que já nos ajudava, se

fosse concretizada. Isto porquê? Se os nossos funcionários cumpris-

sem o horário só para estarem em determinados sectores e se a lim-

peza fosse feita pela empresa teríamos horários diferentes, porque os

funcionários poderiam entrar mais tarde e cumprir o seu horário só

nos sectores. Não teriam que fazer a limpeza.

A vinda de uma empresa de serviços de limpeza teria ainda outras

vantagens. Por exemplo, os vidros do exterior do 1.º andar, têm de

ser limpos por uma empresa que tenha determinados equipamentos

específicos.

É impensável as nossas funcionárias andarem de esfregona, por se

tratar de espaços enormes. Assim, pedimos já, no projecto de orça-

mento para este ano civil, um valor para a contratualização de um

serviço de limpezas externo.

E com o aumento do espaço escolar, teremos também novos

professores, correcto?

Não sei. Porque sabem que o fim das Áreas Curriculares (Área de

Projecto e Estudo Acompanhado) irá libertar professores. Mas,

como vamos ter mais um ciclo, o 5.º ano, vamos necessitar de pro-

fessores de outras Áreas Disciplinares, portanto, aí poderá haver

alguma mudança, mas não será um grande aumento de professores.

Perspectivas para a nossa escola

Entrevista com a Directora

Professora Ilda Ferreira

(Cont. da p. 3)

(Cont. p. 5)

“O nosso Projecto

Educativo foi considerado,

pela Agência Nacional de

Qualificações, um dos seis

mais interessantes e

consistentes, num universo

de sessenta escolas.”

“Incentivamos o

ressurgimento da

Associação de

Estudantes. Acho muito

importante este tipo de

iniciativas porque, ao

mesmo tempo, os

alunos criam hábitos de

cidadania responsável

através da participação

nos órgãos próprios, e

também dão voz aos

estudantes.”

“Espero cumprir

aquilo a que me propus

e levar as coisas com

calma, até porque sou

uma pessoa calma e

gosto de ouvir toda a

Comunidade Escolar.

Adopto uma liderança

«com as pessoas» e não

«sobre as pessoas» .

Grande entrevista III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Page 5: jornal a selva n 12

Porque alteraram os horários neste ano lectivo?

Por razões pedagógicas, ou seja, tentar concentrar os alunos de forma

a que eles, saindo mais cedo, consigam mais tempo para organizarem o

seu estudo em casa: ter apoios, ter música, entre outras actividades,

concentrando durante a manhã os tempos lectivos, para que de tarde

possam desenvolver outro tipo de actividades.

Soubemos da existência de várias queixas em relação à comida

servida na Cantina da escola. Que comentário faz sobre este pro-

blema? Irá existir solução?

Por motivo de obras na escola, durante o ano de 2009-2010, o serviço

de refeições passou a ser feito na modalidade de catering. Ao longo

desse ano esta escola denunciou aos responsáveis quer da Direcção

Regional de Educação do Norte, quer da

empresa adjudicatária - Eurest, várias defi-

ciências no serviço de refeições. Menciona-

ram-se, essencialmente, questões relaciona-

das com a pouca quantidade e falta de quali-

dade de alguns pratos confeccionados. Estas

queixas, apoiadas em inquéritos preenchidos

pelos alunos, reclamações de Encarregados

de Educação, levaram à substituição do local

onde se confeccionavam os alimentos.

No início deste ano lectivo, repetiram-se

alguns problemas e acrescentaram-se outros,

como o cumprimento dos horários no início

do serviço, que foram imediatamente repor-

tados à empresa. Foi solicitada uma reunião

com os responsáveis da empresa que ocorreu

no dia 27 de Janeiro e nela ficaram decididas

algumas medidas, nomeadamente relaciona-

das com o cumprimento de horários, melho-

ria do serviço de refeições, quantidade e qualidade da comida.

No entanto, nessa reunião, foi também referido que só depois de ini-

ciada a confecção na cozinha da escola se poderiam dar outras

garantias de melhoria. Relativamente à quantidade servida e varie-

dade das ementas fomos informados de que estão a ser respeitadas

normas indicadas superiormente. Disponibilizaram-se, também, para

aceitar a presença de Pais/Encarregados de Educação que quisessem

almoçar na cantina da escola e “testar” a comida servida.

Tudo indica que, após o período de interrupção do Carnaval, as

refeições possam ser confeccionadas na escola.

Que mensagem gostaria de deixar à comunidade escolar?

A nossa escola está prestes a inaugurar

instalações totalmente renovadas e

melhores.

A Direcção espera e deseja que as

novas instalações contribuam para o

bem-estar e sucesso de todos. Cabe a

cada um de nós tirar o melhor partido

das condições oferecidas em benefício

do estudo, do ensino-aprendizagem e

também do convívio. É preciso, por

exemplo, zelar pela conservação e lim-

peza dos novos espaços e equipamentos.

Só com a colaboração de todos neste

aspecto será possível termos, realmente,

uma escola melhor.

Contamos, ainda, com a Associação

de Estudantes para colocar em prática

este apelo.

(Cont. da p. 4)

Perspectivas para a nossa escola Entrevista com a Directora

Professora Ilda Ferreira

“...ficaram

decididas algumas

medidas (…)

relacionadas com o

cumprimento de

horários, melhoria

do serviço de

refeições,

quantidade e

qualidade da

comida.”

“É preciso (…)

zelar pela

conservação e

limpeza dos novos

espaços e

equipamentos.”

“Contamos (…)

com a Associação de

Estudantes para

colocar em prática

este apelo.”

Apreciação crítica do conto “Tanta Gente Mariana”

ela diz (escreve). O conto con-

tém um grande centro de refle-

xão e quando acabamos de o ler

a nossa vida muda, porque ela

faz-nos pensar tanto que não

conseguimos ficar indiferentes.

O mesmo acontece quando

leio Fernando Pessoa. Ele faz-

me refletir!

Fernando Pessoa também fala

(escreve) muito sobre o porquê

de existirmos…

Ambos os autores tentam

compreender as pessoas,

“pessoas estranhas” para eles;

ambos se sentem sós; ambos

tentam encontrar uma solução

para as suas vidas, mas acabam

por não fazer nada; ambos pen-

A o ler este conto de

Maria Judite de Car-

valho fiquei absorvida pela

forma como ela escreve!

A história em si não me

encantou muito, mas a

forma como ela escreve é,

na minha opinião, espeta-

cular. Gostei imenso!

Ela tem frases que se des-

tacam pela sua profundida-

de de sentimentos e pelo

realismo. Por detrás delas

existe também, por vezes,

alguma ironia. E isso agra-

da-me!

Para além disto, é pratica-

mente impossível não

ficarmos a pensar no que

savam na morte; ambos intera-

gem com poucas pessoas e

passam muito tempo no quarto

sozinhos. Enfim, ambos não

têm convivência social, falam

da angústia existencial e do

isolamento.

Na minha opinião, estes dois

escritores têm uma forma de

transformar as mais simples

palavras em frases cativantes,

de grande reflexão e de pura

simplicidade.

Adriana Santos

O que andamos a ler

Grande entrevista III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 5

Nota da Redacção: a entrevista foi realizada em 18 de Fevereiro

de 2011 e, entretanto, algumas das situações relatadas sofreram

alterações, nomeadamente as questões relacionadas com Estudo

Acompanhado e Área de Projecto do Ensino Básico.

Page 6: jornal a selva n 12

M aria Judite de Carvalho nasceu em

Lisboa a 18 de Setembro de 1921.

Autora de inúmeros contos e crónicas, a

sua obra encontra-se afastada dos compên-

dios escolares, permanecendo desconheci-

da para a maioria do público escolar, ape-

sar de ter sido galardoada com inúmeros

prémios literários. Trata-se de uma autora

com uma escrita fluida e cujo universo fic-

cional revela personagens de perturbante

atualidade. Inebriadas pela complexa perso-

nalidade de Fernando Pessoa, as alunas do 3º

ASC foram convidadas a entrar neste univer-

so e o balanço foi muito positivo.

O que andamos a ler… Maria Judite de Carvalho

Resumo do Conto Paisagem sem Barcos

no colégio a falar com a Diretora,

liga-lhe Mário Sena, um ex-

namorado. Mário ligou a Joana

para se poderem encontrar, pas-

sados vinte anos, depois de ele

ter ido para o Brasil. Mário tinha

vindo passar uns tempos a Portu-

gal, antes de se casar, ele iria

casar-se com uma rapariga de 18

anos, e queria revê-la.

Artur é um homem, que traba-

lha num banco, com o qual Joana

pensa vir casar, mas existe um

problema: ele só admite casar-se

depois de a sua filha de 17 anos

se casar, ou seja, daí a muito

tempo. Joana não concordava,

mas como gostava dele, tinha de

aceitar. Na vida de Artur, Joana

estava sempre em segundo lugar.

Ele nunca lhe prestava muita

atenção, gostava que fosse tudo à

sua maneira. Certo dia, Joana

toma a decisão de acabar com

Artur, pois andava bastante can-

sada, exausta com o impasse do

seu relacionamento.

Depois de Joana ter acabado

com Artur, recebe uma chama-

da de Mário a informar que vai

voltar para o Brasil, pois tem

uns papéis muito importantes

para tratar antes de se casar

com a rapariga de 18 anos.

Chegam ainda a combinar

talvez um dia irem os três

passar uns dias ao campo.

Nessa mesma noite, Joana

falou com Paula, mas sentia-se

como se sentia no princípio,

sozinha, abandonada, sem

ninguém. Joana chega a dizer

“Sou uma ilha.”. Pois é uma

ilha perdida no oceano desco-

nhecido com um nevoeiro

denso que não deixa ver os

barcos. Joana volta à sua rotina

anterior, dar aulas, dar explica-

ções e pouco mais.

Andreia Silva

J oana é uma rapariga

de 38 anos e é pro-

fessora de Físico-

Química num colégio.

Uma rapariga calma,

descontraída, bonita,

muito preocupada com

as opiniões dos outros.

Tem uma amiga cha-

mada Paula (apesar de

Joana não a considerar

propriamente uma

amiga íntima), que é

casada com Francisco.

Elas telefonam uma à

outra diariamente para

contarem os pormeno-

res mais interessantes

de cada dia. É uma

espécie de desabafo,

pois Joana está longe

de casa, longe de tudo

e como só tem Paula

conta-lhe as coisas, os seus

medos, os seus acontecimentos.

Certo dia, quando Joana estava

Página 6

Maria Judite de Carvalho

E u confesso que inicial-

mente a minha vontade

de ler este conto era inexistente

e, quando finalmente arranjava

coragem para ler, o livro torna-

va-se confuso e complicado e

eu desistia. Portanto, li o início

umas cinco vezes. No entanto,

no momento em que percebi

que a autora regressa ao passa-

do conjugando o presente

simultaneamente, achei interes-

sante e emocionante a história.

Apesar de ter gostado do final,

e não só por estar a acabar de

ler (estou a brincar), fiquei

curiosa para saber mesmo o que

realmente Leda tinha a dizer a

Graça. Fiquei revoltada porque

nunca vou saber, mas definiti-

vamente considero que a ideia

do final do conto ser igual ao

começo é engraçada e até dá

um toque pessoal agradável.

Gostei muito da história em

si: a infância de Graça é clara-

mente marcante e toca qualquer

pessoa. Achei curioso o facto

de a autora também ter utiliza-

do a estratégia de dizer umas

coisas e só, praticamente, no

final nós as entendermos e faze-

rem sentido.

A afinidade entre Graça e

Fernando Pessoa é que ambos

nunca estão realmente felizes

e satisfeitos (“à espera do

amor, à espera de que o pai

compreendesse, à espera de

que Clotilde falasse, à espera

do perdão que nunca havia de

chegar, à espera, inconscien-

temente à espera da liberdade,

à espera de regressar onde já

nada a esperava, à espera de

Leda… De que mais?”)

Joana Carvalho

Apreciação crítica do conto “Palavras Poupadas”

Leituras III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Page 7: jornal a selva n 12

P ara comemorar o primei-

ro aniversário do

“Limpar Portugal”, no dia 19 de

Março de 2011, foi limpa a

lixeira da Minhoteira.

Esta lixeira, considerada “o

ponto negro” de todas as lixei-

ras deste concelho, contava

com uma existência de 30 anos

e era uma das mais problemáti-

cas porque, além da quantidade,

havia grande variedade de lixo

lá presente: desde pneus, latões,

ferro velho, colchões, a lixo

doméstico (fraldas, garrafas,

sacos de erva,…).

Antes do dia 19, foram feitas

algumas reuniões de preparação

para este evento em Carregosa

e Oliveira de Azeméis. Nestas

reuniões foram discutidas todas

as normas de segurança, os

meios que iriam ser disponibili-

zados para este dia… para que

no dia estivesse tudo organiza-

do.

No dia 19, as condições cli-

matéricas eram muito boas e

isso favoreceu a vinda de vários

voluntários para este evento.

Pelas 8:30 da manhã já se

e n c o n t r a v a m

na Minhoteira vários voluntá-

rios de todas as idades

(crianças, jovens e adultos) com

boa disposição para ajudar na

recolha. A câmara cedeu os

tractores e a GNR e os Bombei-

ros Voluntários de Oliveira de

Azeméis estiveram no terreno

prontos para ajudar a erradicar

esta mega-lixeira. Para uma

maior higiene e segurança

foram distribuídas luvas e t-

shirts.

Já no final da manhã, pelas 12

horas, dava-se por concluída a

limpeza desta lixeira, tendo

sido retiradas cerca de 100

toneladas de lixo.

Este evento contou com a

presença do Sr. Presidente da

câmara de Oliveira de Azeméis,

Sr. Hermínio Loureiro, que

declarou esta lixeira como “um

problema muito grave do ponto

de vista ambiental” e

como «falta de educação das

pessoas e de respeito pelo meio

ambiente». Apelou também a

que “quem presencie a prática

desses crimes os denun-

cie». Este evento contou ainda

com a presença do Vereador

Isidro Figueiredo e com um

enviado da RTP1 que relatou o

acontecimento.

Segundo Fernando Pinho,

coordenador do núcleo de Oli-

veira de Azeméis, «a questão

essencial a retirar depois deste

trabalho é que se crie uma

onda de sensibilização ambien-

tal, em particular junto das

crianças e jovens». O movi-

mento irá continuar a dar

sequência ao plano municipal

de erradicação de lixeiras, cum-

prindo o compromisso assumi-

do com a autarquia de Oliveira

de Azeméis, «Este foi o primei-

ro passo e a partir daqui vamos

procurar eliminar todos os

focos poluidores», concretizou

F. Pinho.

No fim, como forma de con-

vívio, os voluntários desloca-

ram-se para a junta de freguesia

do Pinheiro da Bemposta,

onde foi oferecido um almoço

pela câmara municipal.

Também é de notar que no

dia 20 de Março foi realizada

uma caminha pela serra da

Freita, que estava inserida nas

comemorações do primeiro

aniversário do Limpar Portugal,

que contou com a participação

de alguns voluntários.

Comentário de Fernando

Nogueira, de 40 anos:

“Havia de haver mais eventos

como este. Como iniciativa é de

louvar, principalmente porque

não envolve instituições, apenas

o esforço de cada um e, tal

como já disse, era muito bom

que houvesse muito mais inicia-

tivas como esta, porque é bom

para o ambiente e para a comu-

nidade. Um bem-haja!”

Miguel Teixeira, 12ºE

Limpeza da Minhoteira

“era muito bom que

houvesse muito mais

iniciativas como esta,

porque é bom para o

ambiente e para a

comunidade”

O s alunos do 8º Ano, que ainda recentemente realizaram uma visita de estudo ao Jardim

Botânico e ao Museu da Ciência, em Coimbra, têm desenvolvido trabalhos com grande

qualidade na disciplina de Físico-Química, os quais têm sido, por isso mesmo, expostos na

Biblioteca da nossa escola.

Exposição de trabalhos de Físico - Química na

Biblioteca da Escola

O olho humano e periscópios pelos 0itavos anos

Tema: Luz de Físico-Química

Ambiente III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 7

Page 8: jornal a selva n 12

O Centro Novas Oportu-

nidades Ferreira de

Castro, no passado mês de Mar-

ço, dinamizou algumas sessões

de júri que primaram pela origi-

nalidade e demonstração prática

de competências.

No dia 16 de Março, a adulta

Nazaré Santos, certificada com

o nível B3, fez uma pequena

demonstração ao júri, presidido

pelo Avaliador Externo Dr.

Nuno Cardoso, de como se faz

um arranjo floral.

No dia 25 de Março, foram a

júri dois Bombeiros Profissio-

nais dos Bombeiros de Fajões,

Carlos Teixeira e Hugo Soares,

que foram certificados com o

nível B3.

A apresentação a Júri foi feita

em conjunto e incidiu sobre o

Suporte Básico de Vida Adulto,

passos a dar, modos de actua-

ção, etc. Foi uma sessão muito

útil uma vez que todos os mem-

bros do júri puderam adquirir

novos conhecimentos.

Ainda no dia 25, o CNO rea-

lizou uma sessão de júri nas

instalações da “Moldit”, empre-

sa de moldes, situada em Ul/

Loureiro, onde foram certifica-

dos 10 colaboradores desta

empresa.

CNO - Certificações do mês de Março

Página 8

A sessão na Moldit

consistiu numa visita

guiada pela mesma,

onde cada candidato

evidenciou as suas

competências no seu

posto de trabalho.

A profissional Alexandra Leal participou na semana de 21 a 25 de Fevereiro numa formação que

decorreu em Gent, na Bélgica.

A Formação incidiu sobre a temática da educação de adultos, nomeadamente na motivação dos mesmos

para o investimento no aumento das suas qualificações e nas diversas estratégias passíveis de utilizar.

A profissional partilhou as temáticas abordadas na formação com a restante equipa, nomeadamente as

profissionais, técnica de diagnóstico e coordenadora do CNO.

CNO da Ferreira de Castro participa

em formação internacional

Novas Oportunidades III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Page 9: jornal a selva n 12

O que quer dizer RVCC?

É um processo de reconheci-

mento, validação, certificação de

competências, que os adultos

adquiriram ao longo da vida.

Quais são os objectivos deste

projecto?

Reconhecer a história vivida

dos adultos, as competências que

eles adquiriram ao longo da vida

a nível pessoal, profissional e a

nível de instituições comunitá-

rias em que estejam inseridos.

Estes objectivos estão a ser

cumpridos?

Sim estão. Nos primeiros anos

houve muita adesão uma vez que

as pessoas vinham de livre von-

tade e havia um maior grau de

competências; no entanto, com o

tempo, como eram subsidiadas

pelos centros de emprego, viram

-se obrigadas a frequentar o

Centro para aumentar a sua esco-

laridade. Os objectivos ficaram

um pouco comprometidos por-

que os formandos não trabalham

de forma tão eficaz, já que não

são tão bons como eram no pri-

meiro „boom‟. O número de

certificações ao longo do ano

começou a baixar; se eles não

tiverem as competências neces-

sárias são encaminhados para

outro tipo de formação para

terminarem o curso.

Há quanto tempo está em

funcionamento?

Desde de Setembro de 2006,

aqui na escola.

Tem muita adesão?

Nos primeiros anos mais, só

que neste momento o número de

alunos que nos procuram são, de

certa forma, obrigados. Mas sim,

neste momento estamos de novo

a ter muitas inscrições.

6 – Há quanto tempo está à

frente deste projecto?

Desde Setembro de 2009.

Qual o propósito desta escola

ter sido escolhida para alber-

gar esta iniciativa?

Eu penso que a escola aderiu

porque se apercebeu que havia,

de facto, adultos que, ao longo da

sua história de vida, têm muitas

competências quer a nível profis-

sional, quer a nível comunitário e

não havia uma resposta em ter-

mos de ensino curricular para

essas pessoas. Então, o centro

abriu no sentido de reconhecer a

essas pessoas as competências

que de facto elas adquiriram ao

longo da vida e acharam que

eram úteis. Foi nessa perspectiva

que aderiram a esta iniciativa.

O que motiva as pessoas a

ingressar neste projecto?

Por um lado a motivação é

verem, de certa forma, reconheci-

das as suas competências e de

alguma forma terem a equivalên-

cia a estudos que não completa-

ram noutra fase da sua vida.

As pessoas que frequentam o

RVCC prosseguem os estudos?

Já temos vários casos em que

de facto continuaram com os

estudos, alguns para licenciaturas

no Ensino Superior, outros para

cursos de educação tecnológica,

os CET‟s, que são cursos de

especialização tecnológica e

temos vários casos que estão no

Ensino Superior nesses cursos de

educação tecnológica.

As formações são feitas den-

tro ou fora da escola?

Nós temos situações de forma-

ção dentro da escola, grupos que

começam aqui na escola e com-

pletam todo o seu percurso aqui

na escola, mas também desenvol-

vemos itinerâncias, isto é, deslo-

camo-nos a juntas de freguesia,

empresas e desenvolvemos o pro-

cesso nesses locais. Portanto,

dentro da escola ou fora dela.

Que tipo de formações são

essas?

A formação é geralmente orga-

nizada da seguinte forma: primei-

ro temos uma Técnica, que é a

Dra. Liliana que, quando tem um

número de inscrições suficientes,

faz em grupo uma sessão de escla-

recimento acerca das ofertas for-

mativas que os adultos têm ao seu

dispor para completarem o ciclo

de estudos. Depois, a partir daí, a

doutora faz sessões diagnósticas

individuais para ver qual o perfil

do adulto e qual o processo que se

adequa melhor ao mesmo - se será

o processo de RVCC ou não, pois

poderá ser necessário um processo

mais formativo como os cursos de

educação e formação de adultos

que são os EFA‟s. Após essas

sessões e depois de esclarecido o

percurso ao adulto pela técnica

diagnóstica, o encaminhamento

do adulto passa para os profissio-

nais de RVCC, que são pessoas

normalmente licenciadas na área

da Psicologia ou das Ciências

Sociais, entre outras, que vão

acompanhar os adultos e explicar

em que consiste o processo que

vai iniciar. A partir de certa altura,

e depois de várias sessões com os

adultos, entram os formadores de

áreas específicas de acordo com o

currículo.

Se for um currículo básico têm

de entrar formadores de LC -

Línguas e Comunicação - e de CE

- Cidadania e Empregabilidade - e

Como funciona o processo de certificação de competências dos adultos (RVCC)

Entrevista com a professora Paula Catela

Dar a conhecer as oportunidades de formação disponíveis na

nossa escola e o modo como funciona o processo de

certificação de competências dos adultos (RVCC), é o objectivo

da presente entrevista realizada pela equipa de redacção do

jornal “A Selva” à coordenadora do CENTRO NOVAS

OPORTUNIDADES (CNO), professora Paula Maria Simões

Catela.

formadores de TIC e de Mate-

mática para a Vida. Com esses

formadores alternados, o for-

mando vai desenvolvendo as

suas competências de acordo

com a sua história de vida. No

final, quando os formadores

acharem que eles têm as compe-

tências necessárias, são propos-

tos para ir a uma sessão de júri,

isto no nível básico. No nível

secundário a sequência é a mes-

ma, mas os formadores são

diferentes, o nível é mais exi-

gente e prolonga-se em termos

de tempo. No nível secundário

existem só três áreas: CLC-

Cultura Língua e Comunicação,

STC – Sociedade, Tecnologia e

Ciências, CP – Cidadania e

Profissionalidade. No final o

processo é o mesmo: os forma-

dores vão avaliar se têm compe-

tência para irem a júri.

Os formadores são professo-

res da escola?

A maior parte sim.

Qual a variação entre as

idades dos formandos?

É muito variada, vai desde os

dezoito até cerca dos setenta

anos.

No final da entrevista a

professora Paula Catela fez

ainda a seguinte proposta:

“se conhecerem alguém que

ainda não tenha o nono ano ou

o décimo segundo, aconselhem

os mesmos a virem

experimentar o RVCC”

Novas Oportunidades III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 9

Page 10: jornal a selva n 12

E ra uma vez 121 adoles-

centes e 8 adultos. Era

uma vez 3 autocarros. Era uma

vez o relógio a bater as escassas

horas da madrugada. Era uma

vez uma viagem até Mafra.

6 horas da manhã e já alguns

alunos estão à porta da escola.

O percurso é longo, mas certa-

mente vai ser muito agradável,

pois estão reunidas as vontades

necessárias para assistir à repre-

sentação d‟O Memorial do

Convento, de José Saramago, e

para visitar o Palácio que Sua

Majestade, el-rei D. João V

mandou construir com o ouro

do Brasil e o suor do povo.

Que silêncio! Pudera, vão

todos a dormir aquele bocadi-

nho que falta…

Mas o que é bom acaba

depressa: bastou uma pequena

paragem para que todos acor-

dassem e entrassem em amena

cavaqueira.

Fim da paragem. Aqui vamos

nós rumo a Mafra. Chegámos a

horas, tratámos dos bilhetes e

assistimos à peça que a grande

maioria dos espectadores muito

apreciou. Depois do almoço –

entre o parque do Palácio e os

restaurantes ou tasquinhas da

zona – chegou a hora da visita.

Parabéns aos guias que soube-

ram cativar os estudantes com

algumas curiosidades bem

“picantes” e responder pronta-

mente aos esclarecimentos

solicitados.

Depois… Bem, depois foi

lanchar, passear e regressar de

autocarro em grande festa e

animação. O corpo estava can-

sado, o dia seguinte ia ser duro

(desculpem, mas não era possí-

vel adiar o teste…), mas ainda

havia muita garganta para

aguentar a viagem até OAZ.

20 horas 52 minutos: a chega-

da a horas depois de uma via-

gem sem percalços. Só falta

“entregar os meninos” e des-

cansar não sem antes perguntar:

Valeu a pena?

MJ

J á vem sendo hábito os

alunos desta escola partici-

parem em actividades extracur-

riculares que lhes permitem

aprofundar os conhecimentos

que adquirem nas aulas e enri-

quecer os laços que unem alu-

nos e professores. Neste ano

lectivo, os oitavos anos realiza-

ram, no passado dia 21 de

Janeiro de 2011, uma visita de

estudo a Coimbra. Nela conhe-

cerem o Museu da Ciência (no

âmbito de Físico-Química), a

Biblioteca Joanina (no âmbito

de História) e o Jardim Botâni-

co (no âmbito de Ciências

Naturais). A adesão foi extraor-

dinária, tendo faltado apenas

uma aluna por se encontrar

doente. Os alunos manifestaram

-se bastante satisfeitos com a

visita de estudo. Seguem-se

algumas fotografias da visita de

estudo.

Yaneth Moreira

Viagem de estudo a Mafra

Alunos do 8º Ano visitam Coimbra

Página 10

Museu da Ciência

Biblioteca Joanina

Jardim Botânico

N uma actividade integrada no Plano Anual de

Actividades, os alunos das turmas TG3 e 12º

C, acompanhados por professores da nossa escola,

efectivaram, recentemente, uma Visita de Estudo à

9ª Mostra da Universidade do Porto.

Alunos das turmas TG3 e 12º C visitam 9ª Mostra da Universidade do Porto

Visitas de estudo III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Page 11: jornal a selva n 12

N o passado dia 26 de

Fevereiro de 2011, os

formandos do curso EFA –

Nível Secundário – da Escola

Básica e Secundária de Ferreira

de Castro, realizaram uma visi-

ta de estudo ao Visionarium em

Santa Maria da Feira.

No laboratório do Visiona-

rium os formandos sentiram-se

“quase” cientistas pois tiveram

a oportunidade única de testar o

efeito das Drogas Sociais

(cafeína, nicotina e o álcool) no

ritmo cardíaco das misteriosas

Dáfnias. Estas experiências não

poderiam deixar de ficar regis-

tadas e, para isso, nada melhor

do que aprender a criar um

blogue, tarefa facilitada com a

preciosa colaboração da moni-

tora do Visionarium.

Esta visita é a prova viva de

que nunca é tarde para aprender

e descobrir o mundo que nos

rodeia, quer através da ciência

quer através das novas tecnolo-

gias.

N o passado dia 24 de Fevereiro de 2011, os alunos do Curso CEF –

Empregado Comercial – da Escola Básica e Secundária de Ferreira

de Castro, realizaram uma visita de estudo ao Hipermercado Continente e

ao Centro Comercial 8ª Avenida - S. João da Madeira. Os alunos tive-

ram oportunidade de visitar os armazéns do Hipermercado com uma expli-

cação especializada acerca dos procedimentos de gestão e controlo de

stocks, disposição, localização, ” ilhas” de produtos no espaço comercial e

serviços pós-venda. Identificaram e caracterizaram ainda, os diferentes

estabelecimentos comerciais e a sua localização no centro comercial.

É longo o caminho por meio de teorias, mas breve e eficaz por meio de

exemplos.

Alunos do CEF - Empregado Comercial

visitam hipermercado 8ª Avenida

Alunos do curso de Panificação e Pastelaria de visita a Bruxelas

O s alunos

da turma

do curso de Pani-

ficação e Pastela-

ria, da Escola

Básica e Secun-

dária Ferreira de

Castro, realiza-

ram entre os dias

28 e 30 de Mar-

ço, uma Visita de

Estudo à cidade

de Bruxelas -

Bélgica. Tiveram

oportunidade de

visitar o Parla-

mento Europeu e,

assim, compreender melhor o

funcionamento da União Euro-

peia. Um dos pontos altos da

visita foi a participação num

worshop de chocolate, ou não

fosse a Bélgica o país do delicio-

Visitas de Estudo

“A sabedoria do mestre, não deverá estar somente em cumprir

metas e leccionar conteúdos, mas acima de tudo, desocultar as

inúmeras competências que existem em cada jovem”

Séneca

As Drogas Sociais - formandos do curso EFA visitam Visionarium

Formandos do curso EFA no Visiona-

rium, em S. Maria da Feira

so chocolate. Houve ainda tempo para visitar a parte

histórica e turística da cidade: a Grand Place, o

Manneken Pis, as “Chocolateries” e o famoso Ato-

mium. Uma viagem inesquecível para muitos destes

alunos.

III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 11

Page 12: jornal a selva n 12

N o passado dia 11 de Março, as quatro

turmas do 3º ano do Ensino Profissional

deslocaram-se a Mafra para mais uma visita de

estudo dinamizada pela disciplina de Português.

A visita estava relacionada com um dos conteú-

dos programáticos a abordar no módulo 12 dos

cursos profissionais: Textos Narrativos e Descri-

tivos - Memorial do Convento, de José Sarama-

go (obra de leitura integral) pelo que a visualiza-

ção da representação da peça, Memorial do

Convento e a visita temática ao Palácio Nacional

de Mafra eram de grande importância para

incentivar e facilitar a leitura e compreensão

desta obra e as expectativas de professores e

alunos eram elevadas.

De facto, esta visita não só permitiu aos alu-

nos visitar o espaço onde se desenrola a ação

principal da obra, como também lhes deu a pos-

sibilidade de contatar diretamente com aspetos

da época, locais reais onde viveram algumas das

personagens históricas referidas em Memorial

do Convento.

De salientar igualmente a importância da visi-

ta temática que foi orientada por um guia que

forneceu aos alunos informações importantíssi-

mas acerca da intriga da obra, acerca da sua

dimensão

crítica, acer-

ca de aspe-

tos simbóli-

cos ligadas

ao espaço e

às persona-

gens, para

além de

outros ele-

mentos rele-

vantes para

“penetrar”

no universo

ficcional sugerido na obra.

A visualização da representação da peça, que

constitui uma adaptação do texto integral, con-

tribuiu certamente para que os discentes perce-

bessem a parte ficcionada da obra, a crítica nela

presente e até alguns aspetos que poderiam pas-

sar despercebidos se não assistissem à represen-

tação no próprio local. É sempre enriquecedor

ver o texto em ação, em particular um texto

escrito num estilo muito especial como o de

Saramago.

Como balanço global podemos afirmar que a

atividade superou as expectativas. As alunas do

3º ASC em resposta ao desafio lançado pela

professora no blog da disciplina confirmam

largamente esta conclusão.

Visita a Mafra dos alunos do 3º ano do Ensino Profissional

Página 12

“Achei a visita muito enriquecedora!

Já tinha estado antes no Convento de

Mafra, mas nunca tinha sido tão

esclarecida como fui desta vez”

Ana Monteiro

“Na parte da manhã, visitámos o

convento, acompanhadas pela guia

Ana Rita Pinto, uma guia

extremamente simpática que explicava

tudo muito bem.

Adorei conhecer o convento, aprendi

muito com a nossa guia, consegui

tirar bastantes apontamentos, ao

longo da visita, na qual obtive um

conhecimento mais abrangente sobre

a obra.”

Andreia Oliveira

“Estou convicta que esta visita de

estudo nos enriqueceu bastante não só

porque a nossa guia explicava

bastante bem as coisas, fazendo-nos

uma boa contextualização histórica

apesar de falar rápido, mas também

porque estávamos no local dos

acontecimentos.”

Catarina Santos

“No convento, à tarde, fomos ver a

peça de teatro sobre o Memorial do

Convento e tenho a dizer que gostei

muito, o elenco era muito bom e estes

incentivaram-me a ler o livro, pois

transmitiram ao público uma boa

história, cheia de emoção, ironia e um

pouco de comédia.”

Adriana Santos

“Em suma, gostei da visita no seu

todo, mas principalmente por me ter

dado uma noção geral da obra e por

me ser possível agora lê-la e analisá-

la sem grandes obstáculos!”

Arlete Silva

Memorial do Convento, de José Saramago

Visitas de estudo III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Page 13: jornal a selva n 12

N o âmbito do projecto

„The colour red‟ -

Comenius foi realizada uma

viagem, entre os dias 27 de

Fevereiro e 6 de Março, à Tur-

quia. Cinco intervenientes esti-

veram envolvidos na visita, três

alunos do 11ºA (Ana Margari-

da, André e Micael), a profes-

sora coordenadora do projecto

Alexandra Esteves e o professor

Mário Matos.

A estadia com as famílias de

acolhimento foi uma parte

importante no intercâmbio, pois

puderam compartilhar a sua

vida com uma família diferente

observando as diferentes

maneiras de viver a vida dos

turcos. Os alunos ficaram sur-

preendidos ao saberem, entre

outras coisas, que os homens se

beijam, em forma de cumpri-

mento; que as pessoas não

usam calçado dentro das suas

habitações; que as mulheres,

durante o período menstrual,

estão proibidas de rezar e que

dentro das escolas é proibido o

uso do véu, bem como de cal-

ças de ganga.

De acordo com a opinião dos

participantes nesta viagem, a

participação em rituais nas

mesquitas foi bastante interes-

sante, visto que testemunharam

realmente a rotina religiosa

muçulmana, desde o prestar

culto a Alá até aos costumes

mais minuciosos como a ablu-

ção (“lavagem”) antes de cada

oração, o descalçar-se para

entrar nas mesquitas, o acordar

ao som dos minaretes (do turco

minare), local de onde o almua-

dem anuncia as cinco chamadas

diárias à oração, entre outros.

Visitaram também alguns

monumentos importantes de

Istambul como a Mesquita Azul

e o Grande Bazar.

Além da visita a Istambul,

visitaram as grutas em Eregli

onde, segundo a mitologia,

Hércules matou Cêrberus – o

cão de três cabeças que guarda-

va o inferno. Visitaram, tam-

bém, Amasra e Safranbolu,

onde os professores e os alunos

aprenderam mais sobre a cultu-

ra turca.

Esta estadia na Turquia não

foi meramente turística, mas

também envolveu trabalhos

realizados pelos alunos que

tinham por objectivo dar a

conhecer alguns aspectos do

nosso país. Foram apresentados

quatro trabalhos: o primeiro

sobre dados estatísticos nacio-

nais sobre os casamentos ou

divórcios, o segundo também

de estatística, mas neste caso

como resposta ao questionário

„Emotions and Drives‟, o ter-

ceiro em relação ao Bispo Con-

de Manuel Pina e a sua influên-

cia na sociedade e, por último, a

apresentação do filme sobre o

Amor de D. Pedro e Inês de

Castro.

Estes trabalhos receberam

uma avaliação positiva por

parte dos professores envolvi-

dos dos outros países que consi-

deraram muito boa a apresenta-

ção bem como o envolvimento

dos alunos e dos professores

nas diversas actividades realiza-

das na Turquia.

Além da apresentação dos

trabalhos portugueses, os alu-

Viagem à Turquia no âmbito do projecto „The colour red‟ - Comenius

nos e os professores foram

brindados com algumas surpre-

sas. Assistiram a uma recriação

de um casamento turco e a dan-

ças do ventre e realizaram algu-

mas actividades como a “Art of

marbelling‟, que consiste na

marmorização de papel numa

superfície aquosa. Criaram

verdadeiras obras de arte que

trouxeram para Portugal!

Os objectivos alcançados

foram a melhoria das compe-

tências dos alunos no uso de

línguas estrangeiras (inglês) e o

desenvolvimento da tolerância

e do trabalho de equipa.

Os representantes da Alema-

nha, Bélgica, Itália, Noruega,

Portugal (Cuba) e Turquia

encontrar-se-ão em mobilidade

em Portugal no período de 3 a

11 de Maio de 2011. Na nossa

Escola as actividades desenvol-

ver-se-ão de 3 a 7 de Maio.

Apelamos a toda a comunida-

de escolar para um acolhimento

tipicamente português, de modo

a que no final professores e

alunos estrangeiros possam

dizer como o Papa Bento XVI:

"Guardo na alma a cordialidade

e acolhimento afectuoso, a

forma calorosa e espontânea do

povo português".

D e 3 a 7 de Maio, alunos belgas, italianos, noruegueses, ale-

mães, turcos e portugueses, vão participar em diversas iniciati-

vas do projecto Comenius. Neste âmbito, no dia 5 de Maio estes estu-

dantes irão passar o dia na Escola Básica e Secundária Ferreira de Cas-

tro, o que constituirá um grande momento de intercâmbio cultural.

Alunos de vários países europeus vão

estar na nossa Escola no dia 5 de Maio

Visitas de Estudo III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 13

Page 14: jornal a selva n 12

I niciou-se na nossa escola,

no primeiro período, o

Projecto Diversão Solidária

(PDS). Projectado e aprovado

no ano lectivo transacto, foi

neste ano lectivo que começou

a ser concretizado.

A implementação deste pro-

jecto teve como objectivos

proporcionar aos alunos da

escola um espaço para ocupa-

rem os seus tempos livres,

envolver a comunidade educati-

va numa iniciativa solidária/

divertida e apoiar pessoas da

comunidade educativa da nossa

escola que mais necessitam.

A sala de jogos (Espaço

Diversão Solidária - EDS) abriu

no dia da inauguração no novo

Bar da escola, a 2 de Dezembro

de 2010. Actualmente, o EDS

está aberto em quase todos os

períodos do tempo lectivo,

graças à existência de um

número já bem significativo de

voluntários. Importa esclarecer

que estes voluntários fazem

atendimento no Espaço Diver-

são Solidária, mas também

triagem dos materiais doados e

organização dos mesmos na

arrecadação criada para o efei-

to, já que além do EDS, o PDS

também tem uma arrecadação

onde organiza bens doados,

para depois serem encaminha-

dos.

No final do primeiro período

foi feito um balanço, sob forma

de relatório, que foi encaminha-

do para o Conselho Pedagógi-

co. Desse balanço transcrevem-

se aqui alguns pontos de maior

relevância:

“…

1.No Projecto Diversão Soli-

dária trabalham 87 voluntários;

2.Já foram feitas 57 doações,

com um aproveitamento de 469

bens materiais para o PDS;

3.O Espaço Diversão Solidá-

ria tem à disposição para a

comunidade educativa 69 jogos

para requisição;

4. Com a requisição dos

jogos arrecadou-se, até meados

de Fevereiro, 116,81€;

5.O projecto tem sinalizados

8 casos para auxílio;

Já foi possível encaminhar

104 bens materiais para os

beneficiários sinalizados.

…”

No Espaço Diversão Solidária

desenvolvem-se iniciativas

diversificadas. A base deste

espaço é a utilização de jogos

variados, mas, por vezes, são

concretizadas outras iniciativas.

No final do primeiro período

montou-se uma “Árvore de

Natal Solidária”, que consistiu

em receber donativos de mate-

rial escolar, em que os doadores

os colocavam na mesma árvore

de modo a preenchê-la com

enfeites diferentes e solidários.

Esta árvore foi um sucesso,

tendo-se conseguido preenchê-

la por completo com inúmeros

lápis, canetas, marcadores…

que podem agora ser encami-

nhados.

Neste segundo período já

decorreu a “Feirinha Solidária”,

onde foram vendidos, a preços

simbólicos, bens materiais

novos doados por empresas que

têm familiares a frequentar a

nossa escola. Esta iniciativa

também correu muito bem,

tendo-se arrecadado uma quan-

tia bastante satisfatória.

Quase todo o dinheiro que se

consegue adquirir serve para

colmatar necessidades materiais

que existam na comunidade

Projecto Diversão Solidária

Página 14

educativa e uma parte é gasta

na aquisição de materiais para a

manutenção do Espaço Diver-

são Solidária.

Os objectivos a que este pro-

jecto se propôs estão a ser con-

seguidos na sua plenitude. Exis-

te agora na escola um espaço

onde os alunos se divertem e

ocupam os seus tempos livres,

uma oportunidade da comuni-

dade educativa ser solidária e

um apoio extra a elementos da

comunidade educativa mais

carenciados financeiramente.

Julga-se justo fazer um

balanço extremamente positivo

deste projecto, até ao momento.

Obrigada a todos os que têm

participado, doando, fazendo

voluntariado, apoiando, incenti-

vando e frequentando o espaço.

Graças a todos, o projecto

arrancou com sucesso!

"A solidariedade é o senti-

mento que melhor expressa o

respeito pela dignidade

humana."

Franz Kafka

CONTINUE

A AJUDAR-NOS

A AJUDAR!

A COORDENADORA:

N a sexta-feira dia 8 de Abril, 92 alunos do ensino básico da nossa escola participaram no Peddy Paper “Gestão em

Movimento” com organização do 2.º e 3.º anos do curso profissional de Técnico de Gestão. Os grupos encontraram

-se no átrio da escola entre os dois blocos onde lhes foram atribuídas as identificações e instruções.

Um Peddy Paper consta de jogos de observação e de muita atenção para poderem descobrir as pistas que lhe são dadas.

Os grupos iam saindo e respondendo a diversas perguntas para encontrar as pistas e avançar. À medida que respondiam,

descobriam curiosidades sobre questões económicas e financeiras. Neste contexto de crise é importante alertar os alunos e

pôr à prova os seus conhecimentos sobre curiosidades do concelho, da Europa e também sobre reciclagem.

No último posto cada grupo (eram 23 o que demonstra o êxito desta iniciativa da Área Disciplinar de Ciências Sociais e Gestão) teve que

escrever o refrão de uma música num mural preparado para o efeito.

Este jogo serviu para, de forma pedagógica e divertida, fomentar a educação para a cidadania e o exercício pleno da mesma.

Com este dia diferente aprendemos a trabalhar em grupo, a observar, a orientar e reconhecer a importância dos ensinamentos da escola no

nosso dia-a-dia.

Embora tenha sido cansativo, divertimo-nos muito e queremos repetir.

Peddy Paper - um dia diferente, mas divertido

Iniciativas e Projectos III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Page 15: jornal a selva n 12

N o dia 22 de Março de

2011, dia mundial da

água, foi apresentada pelas

14h30, na biblioteca escolar,

uma palestra acerca da temática

do consumo e indicadores de

qualidade de água dada pela

professora Prof. Dr.ª Maria de

Natividade Vieira, docente na

Faculdade de Ciências da Uni-

versidade do Porto, e pela sua

aluna Ana Ribeiro, a frequentar

um Mestrado. O objectivo prin-

cipal da palestra era sensibilizar

a comunidade escolar para a

poupança deste bem essencial à

vida e obter informação acerca

dos indicadores que nos permi-

tem averiguar se uma água se

encontra poluída ou não.

A palestra correspondeu às

nossas expectativas, visto que

contou com mais de 70 pessoas

a assistir, a maioria com críticas

positivas acerca da mesma.

Na nossa opinião, a palestra

foi extremamente produtiva e

esclarecedora, visto que nos

mostrou uma área da Universi-

dade que os alunos do curso de

Ciências e Tecnologias da nos-

sa escola poderão seguir no

futuro, sendo esta uma área que

interessa também a nível pes-

soal a toda a comunidade.

Agradecemos a presença da

Prof. Dr.ª Maria de Natividade

Vieira e da sua aluna Ana

Ribeiro e de todos os alunos

que se deslocaram à nossa

palestra.

Os alunos do 12º A: Carlos

Miranda, Daniel Rocha, Pedro

Bastos e Pedro Pereira.

Palestra sobre consumo e qualidade da água

Com a informação que estas três oradoras

apresentaram atingimos, e até superámos, os

nossos objectivos, uma vez que ficou bem

patente a ideia de que é muito importante

prevenirmo-nos, conhecer e enfrentar o cancro

para que ele não leve a melhor sobre nós,

sobre a nossa vida: “Com a prevenção, a cura

não será em vão”.

A palestra foi uma actividade que nos deu

bastante trabalho, mas durante a sua realiza-

ção e no final pudemos sentir a recompensa

que fez com que tudo valesse a pena.

Esperamos que esta actividade tenha sido

útil para o público presente e que tenha aberto

a sua mentalidade para a importância da pre-

venção, aceitação e luta contra o cancro.

Carla Costa

Maria João Silva

Sara Silva

Sofia Rodrigues

12.ºA

oncológicos da mama no movimento

„‟Reviver‟‟ de apoio a estas vítimas), a D.

Fernanda (um caso de sucesso de cancro

da mama), e contactámos a escola de

enfermagem, que convidou um profissio-

nal do IPO – Enfermeira Isabel Estevinho.

O público era constituído por alunos de

ciências e tecnologias do 12º e 11º anos e

professores da escola.

Depois de um pequeno atraso, demos

inicio à palestra apresentando sucintamen-

te o nosso projecto.

A primeira oradora foi a Dra. Suani, que

falou sobre a importância do apoio psico-

lógico no processo de aceitação e cura

desta doença. Seguiu-se a D. Fernanda

que, com o seu exemplo de coragem e

perseverança, emocionou toda a plateia.

Por fim tivemos o prazer de ouvir a Enf.ª

Isabel Estevinho, que trabalha no I.P.O. do

Porto há 8 anos e focou a sua participação

na prevenção de cancros como o da mama,

da pele e do pulmão.

N o dia 1 de Março de 2011 teve

lugar na biblioteca da Escola Bási-

ca e Secundária Ferreira de Castro a pales-

tra organizada pelo nosso grupo de Área de

Projecto - „‟A Oncologia na nossa Vida‟‟.

Esta palestra é um dos nossos produtos

finais e tinha como objectivo desmistificar

o cancro dando a conhecer a parte científi-

ca desta doença e alertar para a prevenção

sensibilizando a comunidade escolar. Para

isso convidámos uma psicóloga, a Dra.

Suani Costa (que acompanha doentes

Palestra sobre “A oncologia na nossa vida”

Palestra sobre ciências aeronáuticas

regras de segurança a ter em conta ao exer-

cer esta profissão, a aplicação de alguns

exercícios de segurança necessários em

caso de urgência.

Por parte do público foram colocadas

várias questões que foram devidamente

esclarecidas.

Foi uma palestra bastante esclarecedora

para a comunidade escolar e permitiu

conhecer a vida de um piloto de linha

aérea.

Ana Isabel

Ana Margarida

N o passado

dia 17 de

Fevereiro realizou

-se uma palestra,

no âmbito da dis-

ciplina de Área de

projecto, do grupo

“O futuro da aviação” sobre ciências aero-

náuticas e tinha como palestrante o Sr.

Comandante Paulo Soares. Esta palestra

foi uma conversa informal na qual o

Sr. Comandante interagiu com a assistên-

cia e expôs a sua experiência de vida.

Ao longo desta conversa foram aborda-

dos vários temas, tais como: as várias

Iniciativas e Projectos III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 15

R ealizou-se no passado dia 21 de Março a

Palestra "Importância do sono nas

Aprendizagens", orientada pela DRª Núria

Madureira e DRª Helena Estevão, do Laborató-

rio do Sono e Ventilação do Hospital Pediátrico

de Coimbra, destinada aos alunos do Ensino

Secundário, no âmbito do Projecto "Escola Com

Saúde". Esta Palestra, teve como principal

objectivo sensibilizar os alunos para o papel

essencial que o sono tem na vida dos adolescen-

tes, nomeadamente na capacidade de adquirir

informação e posteriormente de a organizar e

estruturar, tornando-os capazes de tomar deci-

sões e de resolver problemas.

Palestra sobre a importância do

sono

Page 16: jornal a selva n 12

No âmbito da disciplina de

Área de Projecto, Diogo Ferrei-

ra, Joel Barbosa e Jorge Costa

entrevistaram o treinador em

maior destaque na Liga Orangi-

na de Futebol, Pedro Miguel. O

objectivo desta entrevista foi o

de procurar compreender

melhor a forma como seniores e

jovens atletas se devem empe-

nhar no desempenho das suas

funções a nível escolar e profis-

sional.

Na opinião de Pedro Miguel,

os jovens jogadores devem

colocar a escola em primeiro

lugar e, os seniores, deverão ter

um emprego externo que lhes

dê segurança financeira. Isto é

um ponto muito importante

para os jovens jogadores, que

deverão preocupar-se em estu-

dar para poder ter um emprego

no futuro que lhes dê estabilida-

de financeira, porque o futebol

não é suficiente.

Pedro Miguel destacou ainda

a importância de ter ambição de

triunfar em tudo na vida:

A vida no mundo do desporto

é suficiente para levar uma vida

sem dificuldades e sem preocu-

pações, ou é necessário ter uma

outra profissão?

PM: O futebol hoje em dia não

é como as pessoas pensam. Se

chegarmos a um patamar eleva-

do, poderá dar um futuro seguro/

próspero, e quando digo patamar

elevado, não falo da 2.º e 1.º liga,

mas sim dos melhores clubes

portugueses ou em clubes estran-

geiros. Neste caso, os jogadores

Todavia, nada nos impede que no fim do

trabalho possamos ter a nossa opinião.

Todo este conteúdo, entre outros aspec-

tos (que não estão aqui enunciados)

poderão ser encontrados no site que o

grupo ainda está a preparar durante as

aulas de Área de Projecto. O site será

divulgado em breve, quando a nossa

pesquisa estiver totalmente concluída.

Este mesmo site servirá como um “livro

aberto” ao qual todas as pessoas podem

aceder e até mesmo

intervir esclarecendo

todas as suas dúvidas

que serão respondidas

pelo próprio grupo.

O nosso trabalho debruça-se sobre o

tema “os sonhos”. Os sonhos são um tema

que apresenta diversas perspectivas, mas o

grupo baseou-se em apenas quatro: de

Freud, de cépticos, da taróloga Helena

Martins e de um padre.

Vamos ainda realizar entrevistas a um

psicólogo e a uma pessoa depressiva e

saber até que ponto os sonhos influenciam

o nosso quotidiano. Este aspecto irá conter

exemplos de casos verídicos, acerca da

existência de sonhos premonitórios.

Porém, nós, como grupo que está a fazer

uma investigação sobre este assunto, não

devemos defender qualquer tipo de posi-

ção. Por esta mesma razão temos que ser

imparciais, para chegarmos a uma verdade.

Segredos para o sucesso no desporto

Os sonhos

Página 16

poderão ter uma vida fácil em

termos de futuro, mas ainda

assim após a carreira deverão

ter de continuar a trabalhar.

Nunca se esqueçam que a car-

reira de um desportista é curta e

que estão sempre sujeitos a

lesões que podem forçar o fim

da carreira ainda mais cedo.

Este grupo tem ainda como

objectivo, futuramente, realizar

uma sessão na nossa escola com

o ex-jogador de futebol Carlos

Secretário, a qual terá como

objectivo sensibilizar os jovens

atletas para a importância de

compatibilizarem o desporto

com a a sua formação académi-

ca. Para além disto, os elementos

do grupo têm estudado docu-

mentação variada no âmbito do

tema.

Entrevista realizada nas imediações da U.D. Oliveirense

Diogo Ferreira Joel Barbosa

Jorge Costa 12º E

“Supercondutividade e Eficiência Energética” é o nome do projecto dos alunos Fábio Rodrigues,

André Gomes, João Cravo, João Alves e João Silva do 12ºB.

O nosso objectivo é divulgar a Supercondutividade e demonstrar a sua utilidade para o futuro. O

principal produto do nosso projecto é um protótipo no qual um objecto levite por Supercondutividade.

Para isso vamos utilizar uma placa de ferro na qual estarão magnetes dando a forma da nossa pista.

Será também necessário material supercondutor (em forma de disco) que será arrefecido com azoto

líquido, até a uma temperatura muito baixa (cerca de -190 °C), e o disco levitará. Este material é caro

pelo que contamos com a ajuda do IFIMUP (Instituto de Física dos Materiais da Universidade do Por-

to) que nos emprestará este material. Mais se informa que podem acompanhar a evolução do nosso

projecto no blog: www.supercondutieficiencia.blogspot.com.

Supercondutividade e Eficiência Energética

Fábio Rodrigues André Gomes

João Cravo João Alves

João Silva 12º B

Ana Sofia Mariana

Marta Sara Almeida

12º E

Iniciativas / Projectos III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Page 17: jornal a selva n 12

Para a disciplina de AP, o nosso grupo efectuou um projecto baseado

na domótica. Esta consiste na automatização de certos mecanismos

domésticos tais como abertura de persianas, portões, portas, acender

luzes e regular sua intensidade segundo a luminosidade exterior, etc. A

domótica não só facilita a execução destas tarefas como permite poupar

energia e tornar a casa mais eficiente. Portanto, o nosso projecto con-

siste numa maquete em que aplicamos não só a domótica mas também

energias renováveis. Nesta maquete iremos ter a regulação da ligação e

intensidade destes leds e abertura de persianas segundo a luminosidade

exterior que irá ser detectada por um sensor de luminosidade. Um pai-

nel fotovoltaico irá alimentar o circuito dos leds, isto é, das luzes da

casa. Seremos patrocinados pela Empresa IDr, que

nos irá emprestar a central de domótica para a

regulação destes mecanismos.

Esta maquete está projectada para ter estes meca-

nismos controlados por esta central, ou seja, é tudo

automático e regulado pela intensidade da luz exte-

rior de forma a tornar esta casa eficiente. Com tanta poluição e tantos maus hábitos de vida à nossa volta,

está nas nossas mãos salvar o Planeta Terra do poder destrutivo da

espécie humana.

Por isso, enveredámos por este projecto, a “Preservação Ambien-

tal”, que tem como objectivos práticos o cálculo da Pegada Ecológi-

ca da comunidade escolar, análises químicas e biológicas à água do

rio Ul e, principalmente a sensibilização da população para os peri-

gos das nossas acções.

Até agora, já realizámos os questionários relativos à Pegada Eco-

lógica e anotámos os resultados, recolhemos amostras da água do

rio e realizámos as primeiras análises quí-

micas e começámos a elaboração de um

documentário e de um panfleto que, poste-

riormente servirão de síntese de todo o

nosso trabalho realizado ao longo do ano

lectivo. Estes últimos contêm informação

de três animais que escolhemos entre aque-

les que se encontram em perigo.

Sejam amigos do ambiente!

A Domótica Preservação Ambiental

Joel Almeida Tiago Almeida

Fábio Martins 12º B

Ana Ribeiro Cátia Salvador

Daniel Tavares Marisa Flook

Marta Inácio 12º B

.Aspecto do rio Ul em S. Roque

Para a disciplina de Área de Projecto

do 12º ano estamos a realizar um traba-

lho sobre as praxes e a vida académica.

Temos como principal objectivo dar a

conhecer estes dois temas mais aprofun-

dadamente, pois, embora pareça que

todos sabem o que são as praxes, na

realidade, não é isso que acontece.

Como pudemos verificar através dos

inquéritos que realizámos a todas as

turmas do Secundário, muitos dos alu-

nos desconhecem a verdadeira essência

das praxes e o que estas implicam na

vida de um estudante académico.

Até ao presente momento, já seleccio-

námos bastante informação e recolhe-

mos inúmeras notícias que dão conta de

casos verídicos de praxes violentas.

Sendo assim, vamos também focar-nos

nos Direitos Anti-Praxe, que defendem

aqueles que optam por não ser sujeitos a estas práticas, por não as

considerarem fundamentais para a sua integração na Universidade.

Mais uma vez, através dos inquéritos,

verificámos também, que vários alunos

desconhecem que este tipo de direitos

existe.

Presentemente, estamos a apurar todos os

resultados dos inquéritos e a elaborar os

respectivos gráficos para no futuro apre-

sentarmos as várias conclusões que reti-

rámos. Nestes mesmos inquéritos colocá-

mos ainda questões sobre o que os alunos

consideram poder vir a ser um obstáculo

à sua aprendizagem universitária, como

por exemplo, a separação da família, a

conciliação entre os estudos e as festas

académicas, o facto de se tornarem inde-

pendentes, entre

outros.

Iremos apresentar

no Dia da Escola o

nosso trabalho final,

esperando assim esclarecer algumas dúvidas em

relação ao nosso futuro universitário.

As praxes e a vida académica

Andreia Ribeiro Jaquelina Vinagre

Joana Tavares Patrícia Guimarães

Rossana Santos 12º E

Iniciativas / Projectos III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 17

Page 18: jornal a selva n 12

Vida? Esta palavra tão pequena, talvez insignificante para alguns,

mas com tanto significado para outros… E defini-la? “Estado de acti-

vidade dos animais e plantas; o tempo que decorre desde o nascimento

até a morte; existência; modo de viver… ”.

No entanto, para nós, esta definição não basta e com este projecto

pretendemos dar uma diferente noção de vida. Queremos valorizar

tanto a parte celular que nos constitui e permite viver, sendo a célula a

base da vida, como também todas as fases por que cada um de nós,

como indivíduos e seres racionais vive.

Um dos constituintes da célula é o núcleo que por sua vez contém

todo o material genético capaz de sofrer alterações. Algumas dessas

alterações (mutações), infelizmente, podem prejudicar irreversivelmen-

te o individuo, pois provocam alterações não só físicas como também psicológicas, tendo o individuo e as pessoas que

o rodeiam que lidar diariamente com essas limitações. Todos iguais mas todos diferentes…

Visitem o nosso blogue:

http://biogene12.blogspot.com/

Somos um grupo de Área de

Projecto do 12ºA e o tema do

nosso trabalho é: “A Auto-estima

e as Perturbações Psicológicas”.

A nossa escolha foi baseada no

facto de todas nós gostarmos de

psicologia e concluirmos que este

seria um tema muito interessante

de desenvolver e, além disso,

actual, que cada vez é mais falado

e investigado.

Temos curiosidade em saber até

que ponto o ambiente stressante

em que vivemos nos dias de hoje

afecta a nossa auto-estima, averi-

guar a importância que o amor-

próprio tem na nossa vida e perce-

ber de que maneira “gostarmos de

nós próprios” pode ajudar a preve-

nirmo-nos de ter certas doenças.

Até ao momento aplicámos

inquéritos sobre esta temática,

Página 18

Somos um grupo de alunas do

12. °A e, no âmbito da disciplina

de Área de Projecto, estamos a

desenvolver um projecto cujo

tema é “A Oncologia na nossa

Vida”.

Escolhemos este tema porque

A oncologia na nossa vida

Viver ultrapassa qualquer entendimento

pretendemos des-

mistificar o cancro e

dar a conhecer a luta

permanente das

vítimas oncológicas

pela vida.

Escolhemos como

lema do nosso projecto “Com a

prevenção, a cura não será em

vão”, pois pretendemos sensibi-

lizar a comunidade escolar para

a importância de estarmos aten-

tos a determinados sinais do

nosso corpo. Deste modo pode-

mos ter uma vida mais tranquila

e segura, detectar um possível

cancro a tempo e evitar um

estádio de doença mais avança-

do.

Com a realização do nosso

trabalho esperamos obter esta-

tísticas (através de questioná-

rios e pesquisa na internet),

comparações entre células sau-

dáveis e células cancerígenas,

uma brochura, uma palestra,

panfletos e um filme.

A mensagem de luta que

queremos transmitir é para a

vida e é para pessoas com e

sem cancro, para pessoas novas

e idosas, para pessoas como tu!

Previne-te e ajuda os teus

familiares e amigos a fazê-lo

porque “Com a prevenção, a

cura não será em vão”.

visitámos o hospital psiquiátri-

co Magalhães de Lemos, no

Porto, que nos alertou para a

discriminação que existe para

com os doentes mentais e reuni-

mo-nos com o projecto “Cuidar

de Quem Cuida”, que nos irá

ajudar a perceber de que forma

o acto de cuidar de pessoas com

perturbações psicológicas pode

afectar um indivíduo.

Em suma, através de cartazes,

panfletos, uma brochura e

outros produtos finais e activi-

dades, pretendemos divulgar a

importância da prevenção des-

tas perturbações, uma vez que

estas nos podem aprisionar,

tornar pessoas incapacitadas e

dependentes dos outros. Além

disso, queremos alertar as pes-

soas para o facto de uma auto-

estima saudável poder ser o

“motor” da vida, aquilo que nos

faz crescer como indivíduos, e

daí ser tão essencial gostarmos

de quem somos.

Carla Pinto da Costa

Maria João Silva Sara Parreira da Silva

Sofia Rodrigues

12º A

Alberto Fontes

Daniela Carvalho

Francisco Cruz

Inês Nogueira

Sónia Barcelos

12º A

A Auto-estima e as Perturbações Psicológicas Cátia Martins

Marina Tavares

Sílvia Xará

Tânia Amorim

12º A

III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Iniciativas / Projectos

Page 19: jornal a selva n 12

Somos 5 alunos do 12ºA de Área de Projecto. Foi-nos proposto que

realizássemos um projecto no âmbito desta mesma área e, por conse-

quência decidimos enveredar por um caminho mais científico. Sem

qualquer tipo de dúvida, elegemos como tema para projecto:

“Medicina Legal e Ciências Forenses – Importância para o Mun-

do”.

Medicina Legal é uma especialidade médica e jurídica que utiliza

conhecimentos técnico-científicos da Medicina para o esclarecimento

de factos de interesse da Justiça. Faz uso das técnicas do campo das

Ciências Forenses para corroborar teorias/hipóteses.

Após esta explicação mais teórica, de modo a esclarecer os mais

desatentos, falaremos agora um pouco mais do que vamos produzir ao

longo do nosso projecto.

Em primeiro lugar, para esclarecermos a comunidade escolar, iremos

realizar uma palestra educativa, com a especial presença do ilustre

Prof. Dr. José Eduardo Pinto da Costa. Esta mesma palestra terá lugar

na Biblioteca Escolar da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro

no dia 6 de Abril.

Pretendemos também realizar um vídeo de sensibilização sobre o

tema. Este vídeo vai ser o grande desafio do nosso trabalho. Pre-

tendemos fazer dele o grande destaque do nosso trabalho.

Para concluir a nossa apresentação, podemos referir que dentro

deste projecto, também iremos exercer outros pequenos projectos

como inquéritos, folhetos informativos e visitas de estudo. Visto

tudo isto, pretendemos obter a maior taxa de sucesso possível e

que todos os objectivos sejam alcançados.

Somos um grupo de Área de Projecto

do 12º ano que está a desenvolver um

projecto no âmbito das Ciências Aero-

náuticas. O nosso projecto tem como

objectivo final construção de um avião

de aeromodelismo movido a m combustí-

vel alternativo – o bioálcool.

Uma vez que os veículos aéreos

actuais, devido à combustão dos combus-

tíveis fósseis, estão a contribuir, e muito,

para o aumento do nível de poluição do

nosso planeta, o nosso protótipo pode vir

a ser útil na indústria aeronáutica tornan-

do-a menos poluente.

Assim, os principais objectivos do

nosso projecto baseiam-se na construção

de um avião de aeromodelismo inovador

Medicina Legal e Ciências Forenses

http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/_knKwC7KUIEU/

Projecto: “O futuro da aviação”

http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_neL6Iukd9xY/

Bruno Soares

Bruno Pinto

Fábio

Miguel

Rui Gomes

12º A

“amigo do ambiente”, que será adaptado

de forma a possibilitar o uso de combus-

tíveis alternativos.

Para informar e sensibilizar a Comuni-

dade Escolar para a importância do nosso

projecto, iremos, ao longo deste ano

lectivo, promover algumas actividades.

O combustível que vamos utilizar irá

ser produzido por nós, sendo este um dos

produtos esperados.

No final do presente ano lectivo, ire-

mos apresentar a toda a

comunidade escolar os

frutos de um ano de

trabalho que esperamos

que seja do agrado de

todos.

Ana Isabel

Ana Margarida

Joana

Liliana

12º B

Escolhemos este tema porque todos sentimos uma grande afinidade pelos animais. É um tema

pouco explorado e cada vez mais necessário de ser aprofundado. Vamos abordar muitos subtemas

desde a biodiversidade na Península Ibérica e no Mundo, até às causas de extinção, passando

pelas tradições que envolvem os animais e os abusos cometidos contra eles.

Neste momento estamos a desenvolver um projecto que consiste na angariação de bens para

ajudar a”Associação Amigos dos Animais de São João da Madeira”. Esta associação tem à sua

responsabilidade vários animais de estimação, sobrevivendo de donativos. Estamos também a

criar um blog (http://anaturezaanimal.blogspot.com) para expormos todas as nossas actividades.

Gostávamos também de utilizar o dia da Escola para criar o Dia da Adopção, aberto a toda a

comunidade, de modo a promover a adopção dos animais. O nosso grupo vai também propor à

turma fazer uma visita de estudo ao Jardim Zoológico da Maia com um guia que nos irá explicar

alguns dados que nos possam ajudar numa pesquisa mais aprofundada acerca da diversidade de

animais.

Um dos nossos principais objectivos é fazer com que as pessoas se apercebam de que os animais

não são brinquedos, mas sim seres que merecem todo o nosso carinho e respeito.

Sê humano e ajuda-nos a ajudá-los!

Patrícia Duarte

Inês Silva Rui Pinho

Rita Almeida 12º A

Natureza Animal

III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 19

Iniciativas / Projectos

Page 20: jornal a selva n 12

Somos um grupo constituído

pelos alunos Carlos Miranda,

Daniel Rocha, Pedro Bastos e

Pedro Pereira (da turma 12ºA)

e, no âmbito da disciplina

Área de Projecto, estamos a

desenvolver um projecto acer-

ca da temática dos problemas

ambientais, concretamente na

área do consumo e qualidade

de água a nível mundial e,

particularmente, na região de

Oliveira de Azeméis.

O nosso projecto apresenta

como objectivos:

Analisar a água da região

(fontes, poços e da própria

canalização), averiguando se a

água se encontra dentro dos

limites para o consumo huma-

no;

Averiguar se o Rio Caima,

um dos maiores rios da região, se encontra poluído, observando o seu

caudal e procedendo a análises de água recolhida ao longo de diferentes

zonas do caudal do rio;

Perceber os hábitos de consumo de água da população de Oliveira de

Azeméis;

Sensibilizar a comunidade estudantil e alertar para a poupança de

água, visto que é um bem essencial em muitas actividades do nosso dia

-a-dia.

Para atingir os objectivos a que nos propomos, elaborámos um inqué-

rito à população do concelho de Oliveira de Azeméis de modo a reco-

lhermos informação acer-

ca dos seus hábitos de

utilização da água.

Para culminar o nosso

projecto, iremos proceder

à elaboração de um docu-

mentário, onde se inclui-

rão inquéritos filmados a

pessoas da localidade, as

visitas de estudo à Univer-

sidade do Porto, onde

exibiremos as experiências

de análise da água que

realizámos, e a palestra

dada pela Prof. Dr. Maria

Natividade Vieira.

Consideramos que este

projecto será extremamen-

te útil, pois demonstrará o

estado da água na região e

os hábitos da população, e,

ainda, alertará para a pou-

pança da água, visto que é um bem cada vez mais escasso, essen-

cial para toda a população.

Carlos Miranda

Daniel Rocha

Pedro Bastos

Pedro Pereira

12ºA

Problemas ambientais - consumo e qualidade da água

Página 20

Rio Caima

Biogás, uma solução eficaz

O nosso projecto tem o nome

de “Biogás, uma solução efi-

caz”e o seu principal objectivo é

a criação de um sistema caseiro

de produção de biogás a partir

do aproveitamento de resíduos

domésticos.

No início do ano lectivo opta-

mos por escolher este projecto

por se inserir no tema das ener-

gias renováveis, aproveitamento

de resíduos e diminuição da

poluição, temas que são bastan-

tes importantes actualmente.

Já com o 2º período em anda-

mento, realizamos uma visita ao

aterro sanitário de Tondela onde

é produzido biogás. Esta visita

foi fundamental para o desenvol-

vimento do nosso projecto visto

que permitiu ao grupo esclarecer

algumas dúvidas e problemas.

Neste momento estamos a

criar o nosso sistema de produ-

ção de biogás que é um protótipo

constituído por um recipiente de

armazenamento de resíduos,

termicamente isolado e sem

oxigénio, ligado a outro reci-

piente onde o biogás vai ser

armazenado.

Esperamos poder apresentar

este sistema inovador a toda a

comunidade escolar no dia da

escola e com isso sensibilizar

alunos e professores para a

importância que o aproveitamen-

to de resíduos para produção de

biogás pode ter no futuro.

Visitem o nosso blog:

Biogás 12ºB Biogás, uma solu-

çao eficaz!

http://biogas12b.webnode.pt/

João Freitas

Francisco

Marc

Pedro

12º B

Modelo do protótipo do biodigestor

III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Iniciativas / Projectos

Page 21: jornal a selva n 12

A importância do Jornalismo no passado, no presente e no futuro

Somos alunas da turma E do

12º.ano do curso de Línguas e

Humanidades. No âmbito da

disciplina de Área de Projecto

propusemo-nos a realizar um

projecto sobre o tema: ”A

importância do Jornalismo no

passado, no presente e no futu-

ro”.

Com este trabalho pretende-

mos analisar as mudanças que

o jornalismo foi sofrendo ao

longo do tempo, desde a Era de

Cátia

Lorena Mónica

Sílvia Vanessa

12º E

Gutenberg até à introdução das

mais modernas tecnologias de

informação e comunicação no

jornalismo, as quais configuram

o actual paradigma digital na

esfera da comunicação.

Um dos nossos objectivos é o

de prever o futuro do jornalis-

mo, pelo que nos estamos a

debruçar sobre as seguintes

questões:

Será que o jornal em formato

de papel irá desaparecer?

Qual virá a ser o futuro do

jornalismo?

Que impacto terá na socieda-

de?

Pequenos Seres, Grandes Heróis!

tica, pois produzem uma substân-

cia bastante útil, a penicilina. Os

bolores, responsáveis pela sua

produção, são uma espécie de

fungos muito comuns no quoti-

diano, porém, muito desvaloriza-

dos e ignorados pela população.

Aparecem em todos os lares e

são motivo de repulsa. Estes

pequenos seres, desprezados pela

sociedade, são, no fim de contas,

grandes heróis!

Com o objectivo de dar a

conhecer estes fungos à comuni-

dade, iremos desenvolver um

trabalho que demonstre a impor-

tância destes pequenos seres, que

de certo modo revolucionaram a

medicina, com a criação de anti-

bióticos, tão úteis e essenciais à

nossa saúde e qualidade de vida.

Para isso estamos a desenvolver

Os fungos têm, hoje em dia,

uma importância biológica mui-

tas vezes ignorada. Eles desempe-

nham um papel fundamental nos

ecossistemas, funcionando como

microconsumidores, sendo os

principais responsáveis pela reci-

clagem dos elementos essenciais

aos seres vivos na biosfera. Por

outro lado, há fungos que são

essenciais na indústria farmacêu-

culturas de fungos e bactérias

com o intuito de avaliar a

interacção destes dois organis-

mos. Ana Rios

Ana Silva

Marisa Lopes

Sandra Silva

Tiffany Pinho

12º B

24 de Maio - Dia da Escola

O dia 24 de Maio, Dia da Escola, perspectiva-se como um importante acontecimento para toda a comunidade

escolar, envolvendo actividades que terão a participação activa da comunidade escolar, a começar pelos

alunos. Este será um Dia Aberto com actividades alternativas às

aulas, durante o qual serão realizados workshops, actividades

desportivas e musicais como um mob dancing show, entre outras.

Entre o conjunto de iniciativas que neste dia terão lugar,

enquadram-se com particular destaque as actividades

relacionadas com os temas que estão a ser desenvolvidos na

disciplina de Área de Projecto e, entre estas, conta-se a que dará

oportunidade aos alunos de criarem uma página do jornal “A

Selva”, com o apoio da equipa que neste ano lectivo está

responsabilizada pela sua produção: a turma do 12º E.

III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 21

Iniciativas / Projectos

Page 22: jornal a selva n 12

Quando surgiu o jornal da

escola?

Perde-se no tempo a origem

de A Selva. No arquivo que

existe na escola, encontram-se

jornais de 1992, 1994/5/6/7 e

um de Maio do ano 2000. Este

número de Maio de 2000 terá

sido o último antes da série III

Milénio que se iniciou em Mar-

ço de 2006. Desta série saiu em

Janeiro de 2011 o n.º 11.

No entanto, segundo informa-

ções recolhidas junto dos pro-

fessores que estão há mais tem-

po na escola, o jornal é mais

antigo. Do que se sabe, durante

os anos em que saiu, A Selva

passou por várias vicissitudes,

teve vários formatos e até este-

ve para mudar de nome.

No ano de 2006 ressurgiu a

ideia de voltar a fazer o jornal

escolar e A Selva reapareceu,

honrando o nome (sempre

actual), inspirado numa das

principais obras de Ferreira de

Castro.

Quem o criou?

Como não sei exactamente

quando surgiu o jornal escolar

A Selva, também não sei quem

o criou. Em 2006, quando se

reiniciou a edição do jornal, os

responsáveis foram os professo-

res Luís Neto e Manuel Borges.

Porque surgiu a ideia? Com

que objectivos para a comuni-

dade escolar?

Quando reiniciamos a publi-

cação de A Selva, em Março de

2006, a ideia era construir um

jornal que desse voz à comuni-

dade escolar, que incluísse os

mais diversos géneros jornalís-

ticos e/ou literários, mas onde,

como se dizia num editorial, se

dispensava «a mais nua e pura

linguagem jornalística», isto é,

onde não se procuraria exagerar

no rigor do texto jornalístico,

admitindo, por exemplo, o

adjectivo e a linguagem mais

poética. O objectivo principal

era levar à participação do

maior número possível de alu-

nos.

Nos primeiros números essa

participação não foi muito gran-

de, mas foi melhorando ao lon-

go do tempo.

Quais os instrumentos utili-

zados?

Em 2005/2006 começámos

por criar cartazes de divulgação

e de apelo à participação de

alunos, professores, pais e todos

os outros membros da comuni-

dade escolar e educativa. Criá-

mos também um e-mail e pedi-

mos a colaboração de todos os

professores, especialmente dos

do Departamento de Línguas.

Na paginação tivemos alguma

colaboração de alunos do Curso

de Educação e Formação de

Operador de Pré-Impressão.

Alguns dos jornais foram

impressos na tipografia e outros

na reprografia da escola. De

todos se procurou fazer divul-

gação no sítio da escola na

Internet.

Alguma vez foi realizado

por alunos?

Os dez números que saíram

de 2006 a 2010 tiveram sempre

“A Selva” - passado, presente e futuro

Página 22

Entrevista

com o professor Manuel Borges

No sentido de apurar

informação sobre a

história do jornal “A

Selva” - contexto do seu

nascimento e

desenvolvimento até à

actualidade - o grupo do

12º E constituído por Ana

Carvalho, Sara Agostinho,

Tânia Paiva e Yhony Alves

entrevistou no passado dia

17 de Março um dos

principais dinamizadores

do jornal, o professor

Manuel Borges.

a participação de alunos, mas a

equipa redactorial e a responsa-

bilidade principal da edição era

de professores, com destaque

para a professora Maria João

Moreira.

O número a que tivemos

acesso saído no ano 2000 pare-

ce ter sido feito quase exclusi-

vamente por alunos.

Qual foi o impacto na

comunidade escolar?

Parece-me que nunca foi feito

um estudo do real impacto do

jornal na comunidade escolar.

Nestes últimos cinco anos,

tenho a ideia de que os primei-

ros números tiveram mais

impacto do que os últimos,

talvez por os primeiros serem,

de alguma forma, novidade.

Recordo-me de uma última

página de um dos primeiros

jornais em que constavam as

fotografias em ponto pequeno

de todos os alunos da escola

que criou bastante impacto.

Mas um jornal, ainda que

tenha pouca saída, cria sempre

impacto e é uma óptima e

memorável experiência, nomea-

damente para quem o faz e vê,

no fim, a obra concluída. A

parte mais difícil tem sido a

distribuição/venda. Era bom

que houvesse alunos com cora-

gem para fazer este trabalho de

forma mais completa, abordan-

do todos os alunos no sentido

de ficarem com o jornal…

OAZ, 17 de Março de 2011

Tenho saudades tuas

Saudades do teu sorriso

E continuo a deixar cair uma lágrima nas ruas

Todos os dias, de bocado em bocado, eu me martirizo.

E mesmo sabendo que partiste agora

Estás aqui, de alguma maneira, no meu coração

Portanto, aqui, a esta hora

Eu te dedico esta espécie de oração.

Muita gente pode não se lembrar nem se importar

A maior parte não quer admitir

O que está agora a sentir.

Eu, por outro lado, admito

E estou alegre porque sei

Que contigo sempre pude contar.

Margarida Bastos, 10ºF

Poemas à moda de Camões

Iniciativas / Projectos III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Page 23: jornal a selva n 12

Pela matina

Está sempre tudo pesado!

Seja lápis,

Seja papel,

Até os olhos que, sempre abertos,

Têm sempre lado semicerrado.

E os trapos para vestir,

Há sempre que saber:

Ainda serve?

Tem cor desbotada?

Afinal, que vestir? Não tenho nada!

Depois de saciado,

Sigo.

Caminho.

Corro.

Depende...

Estarei atrasado ou não?

E quando chego ao destino,

Volta a dar, não ma dão.

E o ponto de pérola chega

Em sinal de saudação.

Sabedoria, sei que é boa,

Mas o que trago,

Sonolência,

Penso que não!

Celebração do Estudante

Algumas quadras espontâneas

Para fazer estas quadras

inspirar-me-ei em quem?

Sem saber em quem ou em quê

inspirar-me-ei em alguém.

Um rosto redondo

carregado de lágrimas.

Uma brisa suave

cheia de dádivas.

Abro o caderno,

vejo páginas rasgadas.

Começo a escrever

palavras amadas.

Tanta coisa a dizer.

Algo a escrever.

Dias nisto e naquilo…

Muita e pouca coisa a fazer.

Beatriz Martins 8º A

A minha cama fechada

Espera já por mim.

Quem dera ser estudante

Para o resto da vida:

Depois de um dia de saber,

Sem pressas, sem querer,

Dormir, dormir, dormir.

No final:

Acordar, crescer e seguir.

Cátia Soares, 11º F

Palavras pequenas

que explicam o sentimento.

Temperaturas amenas

que aquecem e arrefecem o sofrimen-

to.

Bonecas sem coração

sem saber onde ficar.

Não há com que se preocupar!

Na minha mão há sempre lugar.

Guardar um segredo

é viajar clandestinamente.

Sem de nada ter medo,

é como amar loucamente.

Rute Portugal , 8º A

Tanto muda, o tempo se encur-

ta,

Tão rapidamente a vida permu-

ta.

Sem dar conta da idade desgas-

tada,

Ficam as memórias, as emoções

a existência devastada

Esperança? O que quer isso

dizer?

Resignada estou quando a

minha alma partir

Basta de mágoa, ira ou vontade

de sofrer.

Mariana Ferreira, 10ºF

De uma forma anormal quero

chorar.

És especial para mim desde que

te conheci.

De uma forma anormal consigo

te amar.

Paremos de fingir, meu querido.

Não há nada para dizer

Quando nos meus olhos se pode

ver

Os dolorosos golpes no meu cora-

ção ferido.

Paremos de fingir, meu amor.

A realidade não passa de um

precipício

Onde se concentra toda a dor

De que jamais escaparemos.

Meu querido, parei de te mentir

Ainda que em tempos a verdade

magoasse.

Iludi-me! Tudo o que queria era

sentir

Mesmo que desse sentimento não

gostasse.

Meu amor, por ti é raro

Esconder tal força voraz. Custou

Provar tal veneno amargo. Foi

caro,

Um preço que meu coração não

recusou.

Sinto-me fraca, vulnerável

Inocente e incapaz de lutar

Contra um mal quase incurável

Que dói, que me está a matar.

Patrícia Santos, 10ºF

Poemas à moda de

Camões

Poesia III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 23

Page 24: jornal a selva n 12

N o passado dia 19 de

Janeiro visitámos o

Museu de Serralves, no Porto,

cujo tema central era “Às artes,

cidadãos!”. Nesta exposição

pudemos observar uma combi-

nação da arte contemporânea

com temas políticos tão actuais

como a democracia, o civismo,

a utopia e a revolução. E ainda

mais numa altura em que a vida

política portuguesa está tão

turbulenta, é necessário que

nós, jovens, saibamos o que se

passa à nossa volta e nos ques-

tionemos.

É importante que nos questio-

nemos sobre a razão do desinte-

resse de tantos como nós pela

política. É importante que nos

questionemos sobre a razão de

cada vez menos pessoas vota-

rem. É importante que nos

questionemos sobre a razão de,

ainda nas últimas eleições pre-

sidenciais, mais de metade da

população portuguesa não ter

exercido o seu direito de voto.

Sim, porque é um direito, mas

mais do que isso, é um dever,

um dever de todos. Porque é

fácil criticar e apontar o dedo e

dizer que está tudo mal, mas é

nessas alturas que se pode fazer

a diferença, e a maioria fica-se

pelas vãs palavras. Quer queira-

mos, quer não, fazemos parte

de uma sociedade, e se não

começar por nós tentar fazê-la

melhor, por quem começará?

Não podemos estar à espera que

os outros façam por nós ou

decidam por nós. Cabe a cada

um esse papel.

E alegar descontentamento ou

insatisfação para não votar

também não é justificação, uma

vez que existe o voto em bran-

co, que tem um significado

totalmente diferente do não

voto. Enquanto que não votar é

demonstrar puro desinteresse

em relação à eleição, votar em

branco é um sinal de protesto, é

afirmar que apesar de saber as

suas opções, não se encontrou

nenhuma merecedora do seu

voto.

Está tudo nas nossas mãos. É

tempo de deixar a conversa em

casa e ir às mesas de voto. Bas-

ta de tanta conformismo e

comodismo!

Basta de conformismo e comodismo!

Página 24

Sofia Pinho

12º E

N o meio de tantas obras

da exposição “Às

artes, cidadãos!” surgiu uma

curiosa iniciativa: adoptar um

enxame de abelhas!

A ideia seria combater a morte

maciça desta espécie, fenómeno

que prejudica o desenvolvimento

das espécies cultivadas, deixando

de haver polinização.

A Fundação de Serralves asso-

ciou-se a este projecto com o

objectivo de dar resposta a este

alarme. Assim, através da adop-

ção, pretende instalar colmeias

nas cidades e nos campos, nas

casas particulares e nas escolas,

nos lugares públicos dos bairros.

Adoptar um enxame de abelhas

torna-se uma importante contri-

buição para a formação de uma

ilha de cultura. Esta ilha iria tornar

possível uma união entre espécies

humanas (apicultores, adoptantes

de colmeias) e não humanas

(abelhas, flores). Nestas ilhas, seres

de espécies diferentes coabitam

num espaço político, económico e

cultural.

Assim, Serralves disponibiliza

colmeias idênticas à da ilustração

para quem estiver interessado em

aderir a esta iniciativa solidária.

Se estiveres interessado, deves

contactar a Fundação e pedir mais

informações acerca do projecto.

Lembra-te: todo o ecossistema irá

beneficiar desse gesto!

Ana Filipa

12º E

Torna-te “pai” / “mãe” de uma abelha

Opinião/Reflexão III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Page 25: jornal a selva n 12

A evolução tecnoló-

gica introduziu a

ideia ilusória de domínio

absoluto do Homem sobre

a realidade que o rodeia: a

máquina tudo resolve e

transforma, sugerindo a

possibilidade do Homem

finalmente alcançar o

patamar da invencibilida-

de.

Neste mundo de ilusão

dá-se preferência ao

sucesso, à beleza e à

juventude eterna, presta-

se culto à imagem fugaz

em detrimento da reflexão

e do conhecimento.

A evolução galopante

do mundo informático

abriu portas a uma era em

que o virtual se confunde

com o real, incutindo um

sentimento de facilitismo

a uma existência que,

todos sabemos, também

se compõe de situações de

frustração.

Assim, sem verdadeira-

mente poder ser responsa-

bilizada por isso, uma

nova geração a que resol-

veram apelidar de parva,

foi-se formando na ilusão

de abundância e facilida-

de permanentes que um

mundo virtual ajudou a

consolidar: manipulada e

rendida ao conforto mate-

rial, abdicou do indispen-

sável sentido crítico e do

legítimo espírito reivindi-

cativo em troca do bem

estar inconsequente.

Mas esta geração nasci-

da depois da revolução,

tão academicamente qua-

lificada quanto politica-

mente impreparada, depa-

ra-se agora com uma rea-

lidade bem diferente,

caracterizada pela escas-

sez de estágios não remu-

nerados ou a alternativa

de caixas de supermerca-

do: afinal, a realidade não

coincide com o mundo

virtual!

A sociedade real revela-

se bastante diversa: ven-

der é a palavra de ordem -

criam-se necessidades

artificiais, desactualizam-

se continuamente sofisti-

cados produtos a cuja

concepção presidiu o con-

ceito da obsolescência

planeada, usa-se e deita-

se fora, de preferência

rapidamente.

O sentido afectivo que

outrora se atribuía aos

objectos é substituído

pelo desejo desenfreado

de consumir e por arrasto

perdem-se igualmente os

afectos e o respeito pelo

próximo: o sexo banaliza-

se, os idosos (e o seu

capital de conhecimento

resultante de uma larga

experiência de vida) são

ignorados, os incapacita-

dos votados ao desprezo,

os povos geograficamente

situados fora das rotas de

sucesso ostensivamente

ignorados.

O calculismo e o opor-

tunismo presidem à rela-

ção com o próximo, a

honorabilidade caiu em

desuso, o valor da palavra

baniu-se.

Neste quadro em que se

produz e consome numa

voragem constante, a

natureza sai duplamente

penalizada do confronto

com o Homem, apoiado

pelas tecnologias agressi-

vas de que dispõe – pri-

meiro exaurida

dos recursos que

generosamente

disponibiliza,

depois tendo que

suportar a polui-

ção decorrente

dos despojos per-

manentemente

jogados em lixei-

ras gigantescas,

transformadas

em recorrentes

focos de desequi-

líbrio ambiental.

Aquilo que numa pri-

meira impressão pareceria

significar a invencibilida-

de do Homem traduz-se

afinal no seu enfraqueci-

mento, porque se desvalo-

riza a reflexão como

motor indispensável à

construção do conheci-

mento, porque não se

aceita o espaço da derrota,

que promove a reflexão e

confere saber e maturida-

de, que humaniza, não se

admitindo como tendo que

naturalmente participar da

vida e complementar os

não menos indispensáveis

momentos de felicidade e

plenitude.

A crise que as socieda-

des ocidentais actualmente

experimentam pode resul-

tar na oportunidade para a

definição de soluções

alternativas, para a valori-

zação criativa de uma

sociedade que se pretende

mais realista e solidária:

no futuro terá que ser pos-

sível alcançar o bem estar

com muito menos. E essa

riqueza possível, também

o sabemos, terá igualmen-

te que ser partilhada por

muitos mais.

Uma “Geração Parva”?

Ilustração do aluno Diego Manjate, do 12ºD

“A crise que as sociedades

ocidentais actualmente

experimentam pode resultar

na oportunidade para a

definição de soluções

alternativas, para a

valorização criativa de uma

sociedade que se pretende

mais realista e solidária”

Opinião/Reflexão

Os jovens (actuais alunos

da Ferreira de Castro

incluídos) verificam agora

que nada têm a ganhar

com uma atitude que reve-

la tanto de arrogância

como de ingenuidade rela-

tivamente à realidade que

os rodeia: é preciso que,

para que não sejam nova-

mente apanhados em con-

trapé, não se deixem iludir

e façam o que lhes compe-

te - que reflictam para que

possam ter voz própria,

para que responsavelmente

exijam participar nas deci-

sões e para que depois evi-

tem confessar: “Que parvo

(a) que eu fui!”

Mário Luís Melo Ferreira (professor de Artes Visuais)

III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 25

Page 26: jornal a selva n 12

T al como foi noti-

ciado na edição

passada, os alunos do

12ºE e 11ºG tiveram a

oportunidade de visitar,

no passado mês de Janei-

ro, uma exposição no

Museu de Serralves, inti-

tulada “Às artes, cida-

dãos!”.

Esta exposição coloca à

disposição um lugar de

encontro entre o artista e

o espectador, atribuindo

igual poder a ambos e

criando uma plataforma

de debate. É esta envol-

vência participativa que

permite desenvolver

conhecimentos em áreas

que estão intrinsecamente

relacionadas com as

comemorações do Cente-

nário da República.

A actividade política

(direitos e deveres), o

conceito de cidadania e,

consequentemente, a

democracia e a soberania

do povo foram temas que

se evidenciaram em todas

as obras expostas, agu-

çando o interesse dos alu-

nos, nomeadamente os

que frequentam o curso

de Humanidades.

Foram várias as nacio-

nalidades que assumiram

relevância, dado a multi-

plicidade de artistas inter-

nacionais que compõem a

exposição. Assim, preten-

de-se dar a conhecer as

diferentes formas de

interpretação que podem

surgir acerca de um tema

tão abrangente e actual!

Os alunos manifestaram

a sua preferência por

variadas obras, no entanto

uma foi merecedora de

bastante destaque. Numa

demonstração profunda

do que pode ser o activis-

mo político, o artista Car-

los Mot ta ( "SEIS

ACTOS: UMA EXPE-

RIÊNCIA DE JUSTIÇA

NARRATIVA" E "DEUS

POBRE") fez uma pes-

quisa sobre antigos dis-

cursos de figuras políticas

colombianas e entregou-

os a actores nacionais.

Estes, por sua vez, foram,

literalmente, para o meio

da rua interpretar os tex-

tos políticos de forma

bastante expressiva. Apa-

rentemente, a obra não

seria motivo para tanto

interesse, contudo, desta-

ca-se pela forma como se

apresenta aos espectado-

res: uma sala rectangular,

com 6 projectores distri-

buídos uniformemente

(mostrando os vídeos das

interpretações dos discur-

sos), onde a cada uma das

projecções correspondem

colunas que emitem,

simultaneamente, o som.

É fácil de perceber que,

ao entrar na sala, somos

recebidos com uma mis-

celânea de vozes exalta-

das, numa língua estran-

geira, que nos absorvem

completamente. Parece

confuso, mas torna-se

uma experiência curiosa.

A exposição fica assim

marcada por diferentes

artistas que procuram

individualizar-se através

da apresentação, essen-

cialmente, estética, cap-

tando a atenção de todos

os espectadores.

“Às artes, cidadãos!”

Ana Filipa

12º E

Opinião/Reflexão III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 26

Page 27: jornal a selva n 12

N os dias 15 e 16 de

Fevereiro das 19 às

20.30, na Biblioteca da nossa

escola, decorreu a actividade “

Restaurante das Letras”,

dinamizada pelas formado-

ras de Cultura Língua e

Comunicação, Linguagem e

Comunicação e Cidadania e

Empregabilidade com a

colaboração da formadora

Elisabete Tavares e das

profissionais Alexandra

Leal e Mónica Leal do Cen-

tro Novas Oportunidades

Ferreira de Castro, cujo objec-

tivo era promover o gosto pela

leitura a partir de pequenos

textos de diferentes autores

portugueses e estrangeiros.

Esta actividade, integrada na

“ Semana das Línguas”, desti-

nou-se essencialmente aos adul-

tos em processo de Reconheci-

mento, Validação e Certificação

de Competências (RVCC) e aos

alunos dos cursos de Educação

e Formação de Adultos (EFA)

nocturnos e das Unidades de

Formação de Curta Duração

(UFCD).

Foi uma actividade de grande

sucesso, uma vez que nela par-

ticipou um número significativo

O n the 28th January the stu-

dents of English from the 12th form set up an evening

party in order to raise money to help them with the school trip to

London during the Easter school holidays. The show was a huge

success full of dance, poetry, music and comedy! The whole

class was actively involved in this event and many talented

teachers were of big help, too. The audience simply loved it!

Congratulations to all of you for a wonderful show with moments we will never forget!

Sarau

Restaurante das letras

de adultos, uns por iniciativa

própria outros acompanhados

pelos respectivos formadores.

Algumas apreciações elabora-

das pelos adultos como retribui-

ção dos “ pratos” oferecidos:

“Foi uma iniciativa muito

original, de bom gosto que

cativou muito os estudantes

nocturnos”

“Foi uma experiência origi-

nal. Boas entradas, pratos deli-

ciosos, bem confeccionados…”

“Balanço positivo, foi uma

actividade engraçada.”

Outras iniciativas

Línguas III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 27

Page 28: jornal a selva n 12

D ecorreu entre os dias 14

e 18 de Fevereiro mais

uma edição da Semana das

Línguas, organizada pelo

Departamento de Línguas da

nossa escola.

Com o intuito de sensibilizar

a comunidade escolar para a

importância das línguas como

meio de comunicação privile-

giado, os professores do depar-

tamento de línguas realizaram

actividades diversas para divul-

gar aspectos da gastronomia,

música, cinema, literatura, lín-

gua, hábitos sociais, entre

outros.

Alunos estrangeiros, a estudar

em Portugal por um período de

seis meses ou um ano, conver-

saram com os alunos portugue-

ses acerca da sua experiência.

Para conhecer melhor este tipo

de intercâmbio e, quem sabe,

viver uma experiência idêntica,

vai a

www.intercultura-afs.pt

Restaurante das Letras: nos

dias 14 e 15 de Fevereiro, na

Biblioteca, esteve aberto um

restaurante muito especial. A

ementa incluía pratos como, por

exemplo, “Feijoada à brasilei-

ro”, “Salada de frutas à Cas-

trim” ou “Pratinho de arroz

doce”, confeccionados por

autores portugueses e estrangei-

ros:

Pequeno-almoço multicultu-

ral: com a preciosa colaboração

dos alunos e formador do curso

de Panificação e Pastelaria, os

professores de línguas serviram

um pequeno-almoço composto

por “iguarias” típicas de cada

um dos países representados

(Portugal, Espanha, França e

Inglaterra).

Na cantina, no dia 14 de

Fevereiro, colocaram-se tabu-

leiros alusivos ao “Dia dos

Namorados” e no dia 17 foi

possível realizar passatempos

“multilinguísticos” enquanto se

almoçava.

Semana das línguas

Durante a semana das línguas

realizaram-se as semi finais do

concurso “ Spelling Bee” na

Biblioteca da nossa escola. Como

foram todos muito bons foi com

muita dificuldade que

conseguimos apurar os seguintes

finalistas.

Concurso “Spelling Bee”

Group 1 - 7th grade

Rafaela Santos 7º C

João Mota 7ºD

André Martins 7ºD

Group 2 - 8th grade

Sofia Barros 8º C

Catarina Silva 8º C

André Carvalho 8º C

Group 3 - 9th grade

Nuno Nascimento 9ºA

Henrique Xará 9º D

Pedro Godinho 9º D

Group 4 - Profissionais 10th

grade

João Brandão 1º TGPSI

Marcela Santos 1º ASC- A

Pedro Henriques 1º TD

Group 5 - 10th grade

Francisca Queirós 10º A

Eva Pinho 10ºC

Luís Moura 10º D

Mariana Ferreira 10º F

Patrícia Soares 10º F

Group 6 - 11th grade

José Rafael Costa 11º A

Sérgio Silva 11º A

Nuno Pinho 11º C

Group 7 - 12th grade

Inês Silva 12º A

Andreia Ribeiro 12º E

Rossana Santos 12º E

Group 8 - Profissionais

11th /12th grade

Sandra Coreixas 3º TG

José Valente 3º TGPSI

Fábio Brandão 3º TGPSI

III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Línguas

Página 28

Page 29: jornal a selva n 12

Alunos do 9º Ano assistem a representação da obra “Auto da Barca do Inferno”

N o dia 1 de Fevereiro de

2011, os alunos do 9ºano

da Escola Básica e Secundária

Ferreira de Castro foram a Pera-

fita (Matosinhos) assistir à peça

“Auto do Barca do Inferno” de

Gil Vicente. Esta visita de estu-

do, no âmbito da disciplina de

Língua Portuguesa, decorreu na

parte da tarde e, na minha opi-

nião, fez os alunos conhecerem

melhor o mundo da representa-

ção, motivando-os a participar e

intervir numa vida cultural mais

activa. De um modo geral, gostei

desta representação do “Auto da

Barca do Inferno” pois os acto-

res conseguiram captar a minha

atenção do início ao fim da peça

e trabalharam esta obra de Gil

Vicente fazendo com que o

público vivesse com eles todas

as emoções da representação.

Os momentos mais marcantes

da visita de estudo foram, sem

dúvida, a viagem de autocarro e,

mais tarde, a peça em si, desta-

cando-se a cena do Parvo, que

fazia as suas brincadeiras, a cena

do Corregedor que preparou

uma “dança” com as pessoas do

público e também as cenas do

Frade e da Alcoviteira (Brísida

Vaz). A cena de que mais gostei

foi a cena do Parvo pelo cómico

que a personagem criou. Não

houve nenhuma cena de que não

tenha gostado.

Na minha opinião, a peça foi

bastante divertida, animada

essencialmente pelo Parvo; cria-

tiva, devido a estratégias que os

actores inventaram para torná-la

mais apelativa e actual; bem

coordenada porque os actores

estavam muito bem ensaiados e

representaram muito bem o seu

papel. No fundo, excedeu as

minhas expectativas, no sentido

em que tudo estava melhor do

que eu tinha imaginado.

Animação, criatividade e uma

obra como esta escrita por um

autor tão conceituado – Gil

Vicente – resultaram numa peça

alegre, criativa e muito bem

representada pela Companhia de

Teatro “O Sonho”. É de destacar

também o seu profissionalismo

ao nível do som, luz e da própria

representação.

Em conclusão, gostei muito de

ter visto a representação do

Imagens da representação do

“Auto da Barca do Inferno, de Gil

Vicente, pela Companhia de Teatro

O Sonho

“Auto da Barca do Inferno”.

Ana Margarida Ferreira

9ºA

Greetings everybody! Aren‟t we sick and tired of Human

Rights? At least I am. Supporting Human Rights is support-

ing a global culture and discouraging unique cultures that

aren‟t related to the western world. Much more relevant

would be waking all dead people to their duties. I‟ll begin

with a piece of advice if you want to be successful in today‟s

world:

Firstly, you have to believe in God or other Heroes sup-

ported by masses. This will help you to cheat the emptiness

in which we all live. Besides, you won‟t need to think.

Amazing no?;

Consume mainstream music, films or books because it will

surely give you status, even if their content is very poor. Re-

ject underground cultures because they will never get any-

where and no one likes them, only weird people;

Now pay attention to the following tip: ALWAYS discuss

intricate topics even if you don‟t have any idea of what you

are saying. If no one understands you, you might be consid-

ered brainy;

Live your life freely… But regret, or else God will hunt

you down. If you aren‟t living your life according to your

own ideas, don‟t worry. God knows your desires so you will

experience a magical feeling of achievement in Heaven. Are

you picturing? Hundreds of amazing virgins, endless bottles

of whisky… Still, an enormous feeling of void due to the

lack of courage while you were alive...;

Support all charity causes willingly. It doesn‟t matter if

you‟re donating food to Africa or making hypocritical leaders

profit. You feel your void so deeply that you need to help

others;

Do not overreact. There are so many noble people looking

after you as we speak. The Pope is taking care of your faith,

your Prime Minister is running your country, your mother is

washing your clothes - So… why bother, right? Just enjoy

your meaningless days with pleasure but not too much be-

cause deep inside you fear that forgiveness from Above is

limited.;

Always smile and be nice to everyone. Cheat yourself and

those around you. Everybody wins, isn‟t it?

NO, MANKIND DOESN‟T WIN! I‟m so sick of this mad-

ness. I‟m still waiting… Free spirits where are you? Can‟t

you understand? I want paradoxes. I want to see white collar

workers with their bodies filled with tattoos and their faces

full of piercings; I want to listen to hardcore and metal in

mainstream radios; I want to smell joints of weed on the

streets because tobacco is also a drug and no one complains

about it.

All in all, please try to keep your mind unspoiled with stu-

pid moral values. This should be our main concern, our duty.

We will be ready to fight for human rights and discuss them

if we can be truly open-minded.

Línguas III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

How to be perfect By André Gomes

Página 29

Page 30: jornal a selva n 12

Curiosité

Compositeur belge origi-

naire de la ville de Laeken,

Paul Van Haver, de son

vrai nom, débute sa carriè-

re au sein du groupe de rap

Suspicion. Il décide ensui-

te de se lancer dans une

carrière en solitaire et adopte le

pseudonyme Stromae ("Maestro", à

l'envers). Le chanteur fait une en-

trée remarquable avec son single

"Alors on danse".

Página 30

Línguas/Passatempos M

ots

Ca

ch

és

N o âmbito da «Semana das Línguas», a nossa escola

recebeu calorosamente três estudantes oriundos de

países tão diferentes como a Tailândia, a Turquia e a Costa Rica.

Os três jovens encontram-se a viver em Portugal por um ano, no

seio de uma família portuguesa, que os acolhe como se de um

membro da família se tratasse, e frequentam uma escola secundá-

ria – em Sever do Vouga, São João da Madeira e Costa Rica.

Alberto Cruz (da Costa Rica), Deniz Merkit (da Turquia) e Yod-

manee Rojnchanathong (da Tailândia) participam no programa

anual de estudar/viver um ano num outro país da AFS – Intercul-

tura–AFS é uma Associação de Juventude e Voluntariado, sem

fins lucrativos. Não tem filiações partidárias, religiosas ou outras

e tem estatuto de Instituição de Utilidade Pública.Tem como objectivos contribuir

para a Paz e Compreensão entre os Povos através de intercâmbios de jovens e

famílias, para uma Aprendizagem Intercultural e Educação Global (para saberes

mais sobre a Intercultura http://www.intercultura-afs.pt/por_po/view/learn ). Com a

presença dos três estudantes, a Ferreira ficou mais próxima desses três países, cul-

turas e línguas. E o encontro deu-se num ambiente descontraído e informal, em que

houve tempo para ouvir outras línguas e outros hábitos culturais e onde a curiosida-

de dos estudantes portugueses do ensino secundário foi traduzida em perguntas, às

quais os convidados de

outras latitudes responderam

amigável e generosamente. E

as perguntas foram muitas :

sobre as escolas dos seus

países de origem, os seus

hábitos alimentares, a forma

como ocupam os tempos

livres, desporto... As línguas

em presença – Português,

Inglês, Espanhol e algumas

palavras em Turco e Tailan-

dês – serviram de pontes

para a comunicação.

Terminado o encontro, que também contou com a presença de um voluntário da

AFS, Flávio Rino, todos voltaram para as suas rotinas de sempre, mas com algo

mais, com toda a certeza, porque afinal de contas tratou-se de aproximar e de dar a

conhecer três continentes e três modos de neles se viver – Europa, Ásia e América

– e perceber como é que «outros olhos» vêem o nosso país, a nossa cultura e a

nossa língua.

UN MOMENT D‟HUMOUR …

III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Jovens de outros países na

Ferreira

Page 31: jornal a selva n 12

C erca de quatro

dezenas de alunos

da nossa Escola Básica e

Secundária Ferreira de

Castro participaram nesta

prova, após se classifica-

rem nos primeiros lugares

no corta mato organizado

entre nós. Apesar do

lamaçal existente no local

da prova (sítio da "Feira

Medieval", em Sª Maria

da Feira), tornando o per-

curso muito lamacento e

Alunas da Ferreira de Castro no Campeonato Nacional de Corta - Mato

Voleibol juvenis femininos: conquista do bicampeonato

D esde 4ª Feira, dia 16 de Março, até sábado, 19, muita

coisa aconteceu à nossa equipa. No primeiro dia visita-

mos a cidade de Espinho, onde, na Escola Dr. Manuel Laranjei-

ra, vencemos a equipa local por 3x0 (25-19, 25-17 e 15-06).

Mas já em nossa casa, no

sábado, a equipa de Espi-

nho presenteou-nos do

mesmo modo vencendo-

nos por 3x0 (18-25, 13-25

e 14-16). Com o empate

em set´s, pegou-se na

máquina calculadora e

verificou-se que o campeo-

nato era nosso, por dois

pontinhos apenas....

escorregadio, todos os

alunos estão de parabéns

pela sua participação, sen-

do de realçar os segundos

lugares alcançados pelas

alunas Isa e Diana, res-

pectivamente do 9º e do

11º Anos, que lhes permi-

tiu serem apuradas para o

corta mato nacional.

Voleibol - juniores femininos

juvenis e, ainda duas equipas da APROJE de São João da Madeira.

No primeiro jogo perdemos por 2 – 0 com a equipa A da APROJE;

no segundo jogo ganhamos por 2 – 1 à equipa B da APROJE e, por

fim, perdemos no terceiro jogo por 2 – 0 com a

equipa de juvenis da Escola Básica e Secundária

Ferreira de Castro. O torneio decorreu, de uma

forma geral, de forma positiva e com uma boa

assistência na bancada. As nossas atletas puderam

pôr em prática, numa situação de competição,

alguns dos conteúdos que têm vindo a ser exerci-

tados nos treinos. Notou-se em algumas alunas

uma certa evolução, respondendo bem a este teste,

e houve outras que denotaram algum nervosismo,

com as coisas por vezes a não saírem tão bem.

Este torneio contou com a presença da Directora e

do Presidente do Conselho Geral da nossa Escola, os quais entrega-

ram os diplomas a todos os participantes.

Desporto III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

Página 31

Desporto é na Ferreira!

A equipa de badminton da Escola Básica e

Secundária Ferreira de Castro

D ecorreram no passado mês de Janeiro as jornadas do cam-

peonato de voleibol, nas quais participou a nossa equipa

feminina de juniores de voleibol. A primeira jornada decorreu na

Escola Secundária Soares Basto e contou ainda

com a equipa da casa e com a da Escola Secundá-

ria Oliveira Júnior (S. J. da Madeira). No primei-

ro jogo a escola de São João da Madeira bateu a

escola anfitriã por três a zero (25 – 17; 25 – 14;

15 – 13) e no segundo jogo bateu a nossa escola

por dois a um (22 – 25; 25 – 15; 15 – 13). No

terceiro e último jogo as nossas meninas levaram

de vencida a Escola Secundária Soares Basto por

três a zero (25 – 18; 25 – 20; 15 – 13).

Nesta primeira jornada as nossas alunas tive-

ram uma boa prestação. Demonstraram empenho

e alguma evolução em relação à prestação no Torneio de Natal.

A segunda jornada decorreu em S. João da Madeira. Nesta jornada

participou a nossa equipa de juniores em conjunto com a equipa de

Page 32: jornal a selva n 12

A nossa nova Escola

Página 32

A nova Escola III Milénio | Nº 12 | Abril 2011

A nossa escola dispõe agora de novos e

modernos espaços que proporcionam

melhores condições de trabalho e de

convívio.

A preservação das boas condições agora

criadas é uma tarefa que cabe a toda a

comunidade educativa. A limpeza e arrumação das salas de aula e dos espaços de convívio e a conservação em bom estado dos

equipamentos são fundamentais para que todos nos sintamos bem na nossa escola e para que todos atinjam bons resultados.

No capítulo da limpeza, estão colocados em diversos pontos da escola recipientes

destinados à selecção do lixo. Assim, colocando o lixo no sítio certo, dá-se um bom

contributo para a preservação do Ambiente.

As salas de aulas foram apetrechadas com novos equipamentos, entre os quais

computadores, quadros interactivos e projectores multimédia. São equipamentos caros e que

precisam de cuidados especiais para o seu bom funcionamento. Entre esses cuidados

salientam-se os seguintes: não desligar os cabos dos computadores, evitar tocar com as

mãos nos quadros interactivos e não escrever neles com as canetas utilizadas nos quadros

brancos tradicionais.

A escola é de todos e de cada um de nós. Vamos contribuir para a sua preservação!