jornal 2 editado com jornal do fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

12
Jornal da AFLOBEI - Associação de Produtores Florestais da Beira Interior • Directora: Marta Ribeiro Telles • Novembro 2008 Edição/ Design gráfico: Jornal do Fundão Editora, Lda. • Este Boletim é financiado pelo Fundo Florestal Permanente Folha Florestal PRODER abre candidaturas para a floresta Conheça os prazos e investimentos elegíveis EDITORIAL Em Outubro e Novembro de 2008 começaram finalmente a ser definidos prazos de candidatura aos apoios de algumas acções florestais do PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural, previsto para o período de 2007-2013. Numa época em que é preciso encorajar os agentes florestais a investir – ideia que transpareceu no semi- nário que a AFLOBEI reali- zou em Outubro – é de la- mentar que só agora come- cem a estar reunidas condi- ções de investimento no fu- turo da nossa floresta. O sector florestal português precisa de se encontrar, de evoluir através de um espí- rito de inovação e competi- tividade que o torne, acima de tudo, mais sustentável. Está nas mãos de todos nós (Estado, produção e indús- tria florestal) ultrapassar as dificuldades e investir numa floresta com maior valor ambiental, social e econó- mico. A indústria do pinho, em particular, vive dias de ex- pectativa. Em Junho, a zona afectada e de restrição do Nemátodo da Madeira do Pinheiro passou a corres- ponder a todo o território continental português. É importante perceber qual a verdadeira dimensão deste problema, quais as suas consequências para o sector florestal e, para a produção e indústria do pinho em par- ticular. Terá Portugal que aprender a conviver com este problema? Voltando ao seminário em que a AFLOBEI apre- sentou desafios e oportuni- dades para o sector flores- tal, é possível entender que os problemas da floresta apenas podem ser ultrapas- sados por quem dela vive diariamente. O desafio está em fazer cada vez mais e melhor. Em saber aprovei- tar as conjunturas para cres- cer e adaptar-se às novas realidades. Consciente dis- so, a AFLOBEI tem promo- vido soluções e instrumen- tos que permitem aumentar a sustentabilidade das ex- plorações dos associados. Poderá conhecer melhor al- guns dos nossos projectos nesta edição do Folha Flo- restal: Porco Preto, Enxertia do Pinheiro Manso, Forma- ção Profissional, Certifica- ção Florestal e Zonas de In- tervenção Florestal. A Direcção AFLOBEI já realizou os Planos de Defesa da Floresta das quatro ZIF aprovadas Zonas de Intervenção Florestal Página 2 Página 3 Págs. 8, 9 e 10 CDOS de Castelo Branco faz balanço positivo Incêndios Florestais Seminário apresentou desafios para a floresta Plano formativo da AFLOBEI oferece a activos oportunidade de formação nos sectores florestal e agro-florestal Formação profissional Página 11 Foram já anunciados os períodos de candidatura de várias acções florestais do PRODER. Apresentamos, nesta edição, as acções que o Pro- grama do Desenvolvimento Rural promove para a floresta e as novas re- gras dos apoios ao investimento. Nemátodo da Madeira do Pinheiro A doença do Nemátodo da Madeira do Pinheiro tem vindo a alastrar-se pelo território português, aumentado a preocu- pação da produção e indústria da madeira de pinho. Conheça o que o Estado Português tem feito para a combater Págs. 6 e 7 Página 4

Upload: luistiagocarvalho

Post on 22-Jun-2015

908 views

Category:

Documents


9 download

DESCRIPTION

Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal 2 Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

Jornal da AFLOBEI - Associação de Produtores Florestais da Beira Interior • Directora: Marta Ribeiro Telles • Novembro 2008Edição/ Design gráfico: Jornal do Fundão Editora, Lda. • Este Boletim é financiado pelo Fundo Florestal Permanente

Folha Florestal

PRODER abre candidaturaspara a floresta

Conheça os prazos e investimentos elegíveisEDITORIALEm Outubro e Novembro de2008 começaram finalmentea ser definidos prazos decandidatura aos apoios dealgumas acções florestaisdo PRODER – Programa deDesenvolvimento Rural ,previsto para o período de2007-2013.

Numa época em que épreciso encorajar os agentesflorestais a investir – ideiaque transpareceu no semi-nário que a AFLOBEI reali-zou em Outubro – é de la-mentar que só agora come-cem a estar reunidas condi-ções de investimento no fu-turo da nossa floresta. Osector florestal portuguêsprecisa de se encontrar, deevoluir através de um espí-rito de inovação e competi-tividade que o torne, acimade tudo, mais sustentável.Está nas mãos de todos nós(Estado, produção e indús-tria florestal) ultrapassar asdificuldades e investir numafloresta com maior valorambiental, social e econó-mico.

A indústria do pinho, emparticular, vive dias de ex-pectativa. Em Junho, a zonaafectada e de restrição doNemátodo da Madeira doPinheiro passou a corres-ponder a todo o territóriocontinental português. Éimportante perceber qual averdadeira dimensão desteproblema, quais as suasconsequências para o sectorflorestal e, para a produçãoe indústria do pinho em par-ticular. Terá Portugal queaprender a conviver comeste problema?

Voltando ao seminárioem que a AFLOBEI apre-sentou desafios e oportuni-dades para o sector flores-tal, é possível entender queos problemas da florestaapenas podem ser ultrapas-sados por quem dela vivediariamente. O desafio estáem fazer cada vez mais emelhor. Em saber aprovei-tar as conjunturas para cres-cer e adaptar-se às novasrealidades. Consciente dis-so, a AFLOBEI tem promo-vido soluções e instrumen-tos que permitem aumentara sustentabilidade das ex-plorações dos associados.Poderá conhecer melhor al-guns dos nossos projectosnesta edição do Folha Flo-restal: Porco Preto, Enxertiado Pinheiro Manso, Forma-ção Profissional, Certifica-ção Florestal e Zonas de In-tervenção Florestal.

A Direcção

AFLOBEI já realizou osPlanos de Defesa daFloresta das quatroZIF aprovadas

Zonas deIntervençãoFlorestal

Página 2

Página 3

Págs. 8, 9 e 10

CDOS de Castelo Brancofaz balanço positivo

IncêndiosFlorestais

Seminárioapresentoudesafios paraa floresta

Plano formativo daAFLOBEI oferece a activosoportunidade deformação nos sectoresflorestal e agro-florestal

Formaçãoprofissional

Página 11

Foram já anunciados os períodos de candidatura de várias acçõesflorestais do PRODER. Apresentamos, nesta edição, as acções que o Pro-grama do Desenvolvimento Rural promove para a floresta e as novas re-gras dos apoios ao investimento.

Nemátodo da Madeira do PinheiroA doença do Nemátododa Madeira do Pinheirotem vindo a alastrar-sepelo território português,aumentado a preocu-pação da produção eindústria da madeira depinho. Conheça o queo Estado Portuguêstem feito paraa combater

Págs. 6 e 7

Página 4

Page 2: Jornal 2 Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

O Comandante Rui Esteves, respon-sável pelo Comando Distrital deOperações de Socorro de CasteloBranco (CDOS) falou em exclusivocom o Folha Florestal. Faz um ba-lanço positivo dos resultados obtidosdurante as fases mais complicadasdo combate aos incêndios florestais,em especial se comparados aos re-sultados da última década.

A organização do dispositivo en-volvido no combate aos fogos é umdos factores apontados para a redu-ção verificada nos valores de área ar-dida. O Comandante Operacional dodistrito de Castelo Branco destaca ostempos de chegada ao local dos in-cêndios, inferiores em dois minutosà média nacional de 11 minutos. Opassado dia 12 de Setembro, com aocorrência de 18 incêndios em si-multâneo, foi o momento mais com-plicado do Verão. No entanto, aimensa maioria dos incêndios foi re-solvida numa fase inicial. O grandedesafio é diminuir o número deocorrências.

Que balanço faz do período defi-nido como crítico nos incêndios flo-restais?

Na avaliação que se faz aos incên-dios florestais de 2007 e 2008 é nor-mal referir-se que as condições me-teorológicas também ajudaram. Seanalisarmos o índice de severidadediário concluímos que o distrito deCastelo Branco, face ao ano de2007, teve um acréscimo da influên-cia do risco meteorológico.

Há muito a fazer, nomeadamenteno que diz respeito ao número de ig-nições. Mas, se tivermos em conta arelação entre a área ardida e o núme-ro de ignições, estamos perante umresultado positivo, se formos analisar

Grande maioria dos fogosresolvida em fase inicial

Desafio é diminuir número de incêndios

onde se tem vindo a verificar maiororganização, disponibilidade e em-penho para que se consigam estesresultados. Assim como o envolvi-mento dos sapadores florestais, daAfocelca e do cidadão no processode defesa da floresta contra incên-dios.

No entanto, o mês de Setembro, em Castelo Branco, fez subir bas-tante os valores de área ardida do distrito…

Esse aumento deve-se sobretudoao dia 12 de Setembro, que foi omais negativo de 2008. Nesse diaaconteceram, a partir das 11h45,um total de 18 incêndios em simul-tâneo, sensivelmente todos na áreade intervenção do corpo de bom-beiros de Castelo Branco. Isto pro-vocou situações complexas relati-vas aos meios que tínhamos para

acudir a todas estas ocorrências.Ainda para mais os incêndios ini-

ciaram-se em zonas onde haviacondições para que rapidamente aschamas progredissem. Por outrolado, nesse dia tivemos rajadas devento muito forte, na ordem dos 80km/hora. Foi um dia em que astemperaturas não eram muito altas,mas a humidade era muito baixa, ecom as rajadas de vento forte in-fluenciou o comportamento de trêsdestes incêndios. E esses foram ostrês grandes incêndios do distritoem 2008, todos ocorridos no conse-lho de Castelo Branco. Resumindo,

em 748 ocorrências, 745 tiveramaparentemente bons resultados, eestas três ocorrências foram muitonegativas tendo em conta a área ar-dida resultante dos incêndios.

Observando dados estatísticos re-centes relativos aos incêndios no distrito, é possível localizar uma zona ou um concelho com maior tendência à ocorrência de incêndios florestais?

Daquilo que nos diz o históricode dados estatísticos das últimasduas décadas podemos concluirque Castelo Branco, Fundão e Co-vilhã são os três conselhos quemais ocorrências têm. Representamcerca de 75 por cento do númerototal de ocorrências no distrito.

Isso terá a ver com vários facto-res. São os municípios que maispessoas têm, que mais eixos rodo-viários têm, entre diversas razões.O empenho e a estratégia devemprocurar reduzir o número de igni-ções essencialmente nestes três mu-nicípios.

A prevenção estrutural é impor-tante para facilitar os acessos e o combate aos incêndios florestais. Sente que esse trabalho tem tido bons resultados?

É evidente que a prevenção ésempre uma actividade inacabada.É uma competência da AutoridadeFlorestal Nacional e tem havido umempenhamento de todos na preven-ção dos incêndios florestais. Refi-ro-me à limpeza dos matos e daszonas envolventes ao aglomeradospopulacionais e casas; e também àlimpezas das estradas. Mas, isso éalgo que tem que ser continuado,ser feito todos anos para que, nosperíodos críticos, o risco esteja mi-tigado. Em parte, a melhoria e o su-cesso da questão dos incêndios flo-restais tem muito a ver com o com-portamento do cidadão e como eleajuda a prevenir os fogos.

a última década.Saliente-se que, no combate aos

incêndios florestais foi definidauma estratégia para que, no máxi-mo em 11 minutos, os meios esti-vessem no teatro de operações.Conseguimos superar esse objec-tivo, ao colocarmos no local, emmédia, um meio de primeira inter-venção em nove minutos. Nãotendo conseguido este distrito di-minuir o número de ignições, con-seguiu que dos 748 incêndios, 99por cento fossem resolvidos numafase inicial.

Importa referir como pontos po-sitivos, aquilo que foi a evoluçãoda organização. Nomeadamente aconsolidação do conceito tácticodo ataque inicial e ampliado, a re-definição de regras de utilizaçãode fogos tácticos de supressão, omelhor desempenho e segurançadas equipas no combate, o aper-feiçoamento táctico e de interven-ção dos meios aéreos, e ainda aconsolidação dos sistemas deapoio à decisão e avaliação dodispositivo.

Nos últimos anos tem havido uma redução bastante animadora ao nível da área ardida…

Sim. Em termos de área ardida,os últimos três anos criam a boaperspectiva de que a situação pos-sa melhorar significativamente.Principalmente tendo em contaque, ao nível do distrito, consegui-mos fazer o despacho de meiosem dois minutos e temos, comoreferi anteriormente, uma médiade chegada ao teatro de operaçõesdois minutos inferior à média na-cional (que é de 11 minutos).

É realmente animador e temmuito a ver com a resposta que osvários agentes de Protecção Civiltêm dado. Salientam-se natural-mente os corpos de bombeiros,

O alerta chega ao Comando Dis-trital de Operações de Socorro deCastelo Branco na sua grandemaioria pelo cidadão. Em caso deincêndio deve ligar o 112.

Cidadãos mais alerta

Fonte: CDOS (1 Jan-31 Outubro)

Número de Incêndios

(distrito de Castelo Branco)

Covilhã 89

Sertã 49

Fundão 164

Castelo Branco 186

Penamacor 34

Oleiros 21

Proença-a-Nova 48

Idanha-a-Nova 68

Vila Velha de Ródão 59

Belmonte 23

Vila de Rei 7

Total 748

O dispositivo de combate a incên-dios florestais para o distrito de Cas-telo Branco contou com 601 elemen-tos apoiados por 138 viaturas.Nos três Centros de Meios Aéreosdo distrito estiveram instalados setemeios aéreos: quatro aerotanques(dois médios e dois ligeiros) e trêshelicópteros (dois ligeiros e um mé-dio)

Dispositivo

Causas das ignições

- A rapidez da detecção;- A identificação do local;- A hora a que a ocorrência tem iní-cio;- A simultaneidade de ocorrências;- O vento e a humidade do materialcombustível;- O dispositivo de resposta.

Factores que influenciamo combate aos incêndiosflorestais

Folha Florestal Novembro 2008 www.aflobei.pt SUPLEMENTO 2

Fonte: CDOS

Page 3: Jornal 2 Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

AFLOBEI já elaborou Planosde Defesa da FlorestaA AFLOBEI já elaborou os Pla-nos de Defesa da Floresta ContraIncêndios (PDF) referentes àsquatro Zonas de Intervençãoaprovadas: ZIF Monforte da Bei-ra - Malpica do Tejo; ZIF Sarze-das - Magarefa; ZIF Sarzedas -Estacal e ZIF de Penha Garcia.Os PDF das três primeiras esti-veram já em consulta pública du-rante 30 dias, para que os pro-prietários e produtores florestaisabrangidos pelas respectivasáreas efectuassem as sugestõesque considerassem convenientes.Antes disso foram apresentadosà Comissão Municipal de Defesada Floresta Contra Incêndios doMunicípio de Castelo Branco, daqual receberam parecer favorá-vel.

O Plano de Defesa da Flores-ta da ZIF de Penha Garcia estáem consulta pública entre 14 deNovembro e 14 de Dezembro.Entretanto, recebeu também pa-recer favorável das ComissõesMunicipais de Defesa da Flo-resta Contra Incêndios dos Mu-nicípios de Idanha-a-Nova ePenamacor. Os interessados emconsultar o documento podemfazê-lo na sede da AFLOBEIou nas Juntas de Freguesia dosdois municípios envolvidos.

Uma vez terminado o períodode consulta pública, os proprie-tários e produtores florestaisabrangidos pela ZIF têm 15dias para apresentar sugestõesou correcções à entidade gesto-ra da ZIF – neste caso a AFLO-BEI.

Depois de todo este processo,os PDF são submetidos a apro-vação da Autoridade Florestal

Zonas de Intervenção Florestal

A AFLOBEI foi desdecedo uma das prin-cipais impulsionado-ras da constituiçãode Zonas de Inter-venção Florestal naBeira Baixa. As ZIFforam um instru-mento criado peloGoverno Portuguêshá sensivelmentetrês anos, atravésdo Decreto-Leinº127 de 2005. Oobjectivo da suacriação passa sobre-tudo por promovera gestão conjuntade áreas por umaúnica entidade,para assim possibili-tar uma melhor ges-tão dos espaços flo-restais.

Nacional, que terá 30 dias paradecidir sobre a sua aprovação.

Saliente-se que o Plano deDefesa da Floresta é um requi-sito necessário à constituiçãodas ZIF. Tem como finalidadecontribuir para a prevenção facea fogos florestais e consiste, deforma geral, em realizar umaavaliação global de tudo o quese encontra no terreno. Desi-gnadamente ao nível de cargacombustível, de pontos de água,de rede viária e de outros aspec-tos relevantes.

Planos de Gestão FlorestalPara cada Zona de Intervenção

Florestal será também necessáriaa elaboração de um Plano deGestão Florestal (PGF). Este ins-trumento é de extrema utilidadepara a gestão das propriedades,visto que permite orientar a inter-venção nos espaços florestais,promovendo o ordenamento doterritório e potencializando a pro-dução sustentada de bens e servi-ços. Enquanto Entidade Gestora,a AFLOBEI vai também elaboraro PGF adaptado a cada uma dasZIF.

ZIF Castelo Branco, ZIF Benquerenças e ZIF Malhada do Cervo em requerimento

Os processos das ZIF de Cas-telo Branco, Benquerenças eMalhada do Cervo estão já naúl t ima fase do processo, aaguardar a aprovação do reque-rimento feito ao Ministro daAgricultura. Se merecerem pa-recer positivo, segue-se a ofi-cialização da sua criação, atra-vés da publicação das respecti-vas portarias em Diário da Re-pública.

Folha Florestal Novembro 2008 www.aflobei.pt3 SUPLEMENTO

O Programa de Desen-volvimento Rural (PRO-DER) privilegia projectosrealizados no âmbito deZonas de IntervençãoFlorestal. A Acção1.3.1 – Melhoria Produ-tiva dos Povoamentos,já com período de can-didatura iniciado (até10 de Fevereiro de2009) atribui a projec-

tos no âmbito das ZIF li-mites máximos de apoiosuperiores. Obriga ain-da a que, quando setrate de beneficiação depovoamentos florestais,a intervenção incida emespaços dotados de Pla-no de Gestão Florestal(PGF) com dimensão su-perior a 25 hectares,apenas com a excepção

ZIF no PRODER de povoamentos de fo-lhosas produtoras demadeira de elevadaqualidade e de alfarro-beira (em que aquela di-mensão é de 5 hecta-res).No caso de ZIF não énecessário apresentarum PGF aquando dacandidatura ao pedidode apoio. No entanto, oprimeiro pagamento doapoio fica condicionadoà aprovação do PGF.Devem-se também desta-

car os apoios relativosàs acções da Medida2.3 – Gestão do EspaçoFlorestal e Agro-Flores-tal, já com a regulamen-tação publicada em Diá-rio da República. As ZIFsão prioritárias na atri-buição dos apoios e pre-vêem benefícios no níveldos apoios ao investi-mento. Esse benefício ve-rifica-se em investimen-tos como a instalação emanutenção de faixasde gestão de combustí-

vel; controlo de pragas edoenças na sequênciade incêndios; refloresta-ção de áreas ardidas;florestação de terrasagrícolas e não agríco-las; e na reconversão depovoamentos com finsambientais. A recupera-ção de montados de so-bro/azinho e de povoa-mentos de castanheiroem declínio (áreas críti-cas) é apoiada a 100por cento quando noâmbito de uma ZIF.

Page 4: Jornal 2 Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

Longicórnio do pinheiro (insecto-vector)

Combate ao Nemátodocabe a todos

O avanço do Nemátodo da Madeira do Pinheiro por território portuguêstem provocado preocupação na produção e indústria da madeira. Em entrevistaao Folha Florestal, José Manuel Rodrigues, chefe da Divisão de Sanidade Florestalda Autoridade Florestal Nacional, explica o que tem sido feito pelo Estado Português.

Em Junho, legislação europeia e nacional passaram a considerar o território continental português como afectado pelo NMP. Quais as implicações desta decisão para os proprietários/ produtores flores-tais e para a indústria da madeira?

As implicações directas destadecisão são a necessidade de apli-cação das medidas de protecçãoextraordinária dirigidas ao Nemá-todo da Madeira do Pinheiro(NMP), consagradas na legislação,à totalidade do território continen-tal. No que respeita aos proprietá-rios e outros titulares isto envolve aobrigatoriedade de remoção, pelosmesmos, das árvores hospedeirasdo NMP (sobretudo pinheiros mastambém outras resinosas - abetos,cedros, larixs, píceas ou espruces,falsas tsugas e tsugas) identificadascomo infestadas pelo NMP bemcomo as que apresentam sintomasde declínio, isto é as que se encon-tram enfraquecidas, com a copaseca ou a secar, não esquecendo,entre estas, as localizadas em áreaspercorridas por incêndios. Ao nívelda Indústria, a consequência maissignificativa é a necessidade dereadequação ou de capacitação, da-das as exigências relativas ao trata-mento e circulação dos produtos esubprodutos oriundos de árvoreshospedeiras.

É também premente referir que ofacto de se considerar todo o terri-tório continental Zona de Restriçãodo NMP pretende contribuir paraum mercado mais equilibrado e re-duzir as possibilidades de especu-lação quanto aos preços da “ma-deira de pinho”.

Presentemente, que restrições e obrigações existem sobre o territó-rio português na questão do NMP?

Genericamente, existem obriga-ções em termos de exploração flo-restal das árvores coníferas hospe-deiras do NMP, incluindo restri-ções/imposições à movimentaçãodo material resultante.

Em síntese, é obrigatória a elimi-nação, de imediato, de árvores deconíferas hospedeiras que apresen-tem sintomas de declínio, se estefor detectado entre 2 de Abril a 31de Outubro (o período de vôo deum insecto responsável pela trans-missão do NMP árvore a árvore,por isso designado insecto-vector).Assim como as detectadas infesta-das (positivas para a presença de

Doença detectada no distrito de Castelo Branco

migação.No caso da madeira sob a forma

de embalagens, se produzidas apartir de 27/06/2008, devem sersubmetidas a tratamento pelo calorou fumigação, quer se destinem acirculação ou exportação; estes tra-tamentos aplicam-se também a ma-deira utilizada para carga, esteiras,separadores e suportes.

É possível, dada a dinâmica aque este processo tem vindo a estarsujeito e permanente reavaliação,que se verifiquem alterações aosdiplomas em vigor a curto/médioprazo.

Há dois anos, numa entrevista ao Programa de Rádio da Aflobei, considerava que o NMP estava re-lativamente controlado e confinado a uma área. O que é que aconteceu para que hoje o problema tenha ad-quirido uma dimensão bastante maior?

Efectivamente a situação no ter-reno em 2006 era distinta. É certoque se vinha a assistir a um alarga-mento da zona então afectada oque, em parte, motivou a determi-nação, pela Comissão Europeia, doestabelecimento de uma Faixa deContenção Fitossanitária, isto é,um corredor onde foram elimina-das as árvores hospedeiras doNMP, sintomáticas ou não, com ointuito de prevenir a dispersão dadoença. Mas, por outro, os dadosexistentes apontavam então parauma redução do número de árvoresinfectadas, evidenciando que sãovários os agentes, bióticos e abióti-cos, responsáveis pelo declínio (erelembro que na impossibilidadede testar todas as árvores são estasque removemos, isto é, as queapresentem sintomas de declínio).

No que respeita aos motivos quejustificam agora a presença deNMP noutras zonas do país, nãotendo ainda sido possível determi-nar exactamente quais as suas ver-dadeiras causas (estando no entan-to estas a ser averiguadas, designa-damente por recurso a análises bio-moleculares) é, no entanto, prová-vel que o factor humano tenha de-sempenhado um papel importantena dispersão da doença, aliás,como tem sucedido em outros paí-ses onde o NMP está presente. Aacção humana desempenha um pa-pel fundamental na dispersão (epor consequência no controlo) des-te inimigo.

NMP) localizadas nos 20 quilóme-tros adjacentes à fronteira terrestrecom Espanha (e de todas as locali-zadas num raio de 50 metros ouque cubra pelo menos 10 exempla-res, sintomáticas ou não). No âmbi-to das prorrogativas da inspecçãofitossanitária, estipuladas pelo DL154/2005 é ainda possível ordenara aplicação de outras medidas deprotecção fitossanitária sempre quenecessário. É o que sucede nestemomento, por exemplo, relativa-mente às zonas onde foi detectadoNMP pela primeira vez, em que seexige a eliminação das árvores in-festadas e das que apresentem sin-tomas de declínio, num raio de 50metros.

Relativamente à circulação demadeira susceptível, caso seja pro-veniente de árvores sintomáticasou infestadas, esta deve, durante operíodo de vôo do insecto, ser ime-diatamente destruída ou descasca-da, após o abate, e enviada paraparque de recepção, onde ficará su-jeita à aplicação de fumigante oumolha permanente. Poderá entãoser transportada para unidades in-dustriais autorizadas localizadas navizinhança e ser utilizada comocombustível ou submetida aos tra-tamentos fitossanitários preconiza-dos para posterior utilização, desi-gnadamente tratamento pelo calorou trituração e fumigação. Tam-bém no caso de árvores não sinto-máticas, testadas e identificadas ne-gativas para a presença de NMP énecessário o descasque imediatoapós o abate, transporte para unida-

O Ministro da Agricultura recen-temente referiu que de 2.249 análi-ses realizadas a árvores doentes, apenas 2,9 por cento revelaram de-ver-se ao nemátodo. É possível ter-se certezas da dimensão que o NMP tem actualmente Portugal?

Confrontada com a detecção defocos positivos fora da antiga Zonade Restrição (estabelecida em tor-no da Península de Setúbal), a Au-toridade Florestal Nacional, entreoutras medidas, desencadeou deimediato um intenso plano de pros-pecção e amostragem que nestemomento totaliza já cerca de 3000amostras de coníferas hospedeiras,colhidas em todo o país mas commais expressão na zona Centro ena região próxima da fronteira.

Face à intensificação da prospec-ção e amostragem que tem vindo adecorrer em contínuo, desde então,a AFN considera dispor de umconjunto de informações que per-mite com razoável segurança ter,por um lado, uma visão da disper-são do NMP no país e, por outro,do real nível de infecção por NMPno que respeita às árvores queapresentam sintomas de declínio.Na realidade existem já actualiza-ções aos dados então apresentadospelo Sr. Ministro, para uma percen-tagem de 2.7% de árvores sintomá-ticas identificadas como infestadaspor NMP.

A AFN tem estimativas do nú-mero de árvores que foram já aba-tidas para controlo do NMP e dos valores que isso implicou?

Foram abatidas, desde o iníciodo Programa de Luta Contra oNMP, cerca de um milhão e tre-zentas mil árvores na antiga Zonade Restrição (estabelecida em tor-no da Península de Setúbal); cercade um milhão na Faixa de Conten-ção Fitossanitária (a que acresceum número muito superior deexemplares de reduzida dimensão,DAP<10); e um número ainda nãoapurado para os cortes nos locaisem que foram identificadas árvorespositivas para a presença de NMP,processo que está a decorrer.

Em termos de valores implica-dos, contabilizando as várias ac-ções realizadas ao longo de dezanos, ascenderão no total a cercade 43 milhões de euros; estes valo-res foram suportados pelo EstadoPortuguês e por fundos comunitá-rios.

des industriais autorizadas e sujei-ção aos procedimentos referidos.No período de não vôo do insectoos condicionalismos são, em regra,similares.

A casca e sobrantes do abate edo processamento devem ser quei-mados ou submetidos aos proces-samentos e tratamentos previstos.Deve ser sublinhado que a elimina-ção dos sobrantes de exploraçãoflorestal assume, aliás, um papelextremamente importante para ocontrolo da doença.

No caso de circulação para os 20quilómetros adjacentes à fronteiraterrestre com Espanha, Arquipéla-gos e para os outros Estados Mem-bros, bem como de exportaçãopara países terceiros, a madeirasusceptível sob a forma de toros e acasca isolada deve ser submetida atratamento pelo calor e, se na for-ma de estilhas, partículas, desperdí-cios ou aparas, a tratamento por fu-

“O factor humanodesempenhou umpapel importantena dispersãoda doença”

Folha Florestal Novembro 2008 www.aflobei.pt SUPLEMENTO 4

“Valores de comba-te ao Nemátodoascendem a cercade 43 milhões deeuros”

Page 5: Jornal 2 Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

Porco Preto valoriza montados da Beira InteriorA AFLOBEI apoia projectos de in-tegração do porco preto em pro-priedades de associados, dinami-zando e promovendo esta impor-tante mais-valia para as áreas demontado de azinho e sobro da Bei-ra Interior.

Na procura de novas oportunida-des para os associados, a AFLO-BEI desenvolve o serviço de acon-selhamento técnico e preparaçãodas explorações para a produção deporco preto em regime extensivode montanheira. Esta é uma oportu-nidade de valorizar as exploraçõesnesta região, aumentando o seurendimento socio-económico e am-biental.

A prática da montanheira inicia-se nos meses de Outubro ou No-vembro, prolongando-se portrês/quatro meses. Caracteriza-sepor ser um período de engorda àbase de uma alimentação compostapor bolota e ervas que são ofereci-das pelo montado de sobro e azi-

nho.Antes de cada campanha, entre

Julho e Setembro, é necessário pro-ceder ao licenciamento das explo-rações, serviço no qual a AFLO-BEI também presta apoio.

Existem boas perspectivas de ex-ploração do porco preto na BeiraInterior, uma vez que a região pos-

sui características próprias de umsistema agro-silvo-pastoril, comáreas de montado de sobro e azinhoque se estendem pelo seu território.

É, portanto, um mercado comelevado potencial de desenvolvi-mento e uma aposta na promoçãodos produtos regionais de qualida-de.

A AFLOBEI está a realizar uma inicia-tiva de enxertia do pinheiro manso, exe-cutando as várias fases do processo. Aprimeira fase teve início em Maio de2008, e foi assinalada com uma acçãode formação em que marcaram presen-ça vários associados, na Herdade do ValeFeitoso, em Penha Garcia.

O processo tem evoluído desde aí coma assistência técnica da AFLOBEI. Podeacompanhar a execução e os resultadosda enxertia através de actualizações fre-quentes no site da AFLOBEI.

AFLOBEI comprojecto deenxertia

Em Junho deste ano, foi criado pela Portaria n.º 553-B/2008 o Pro-grama de Acção Nacional para Controlo do Nemátodo da Madeira do Pinheiro. Concretamente, o que está a ser feito para fazer face ao Nemátodo?

Estão a ser desenvolvidas váriasacções no âmbitos dos quatro EixosEstratégicos definidos no Programade Acção, a saber:

Relativamente à prospecção eamostragem, foi assumida a moni-torização de mais de 3300 parcelasaté ao final do ano com a respectivarecolha de amostras (mínimo de3000 amostras e análises), númeroque será cabalmente cumprido emesmo ultrapassado. A acção con-tinuará e reforçar-se-á em 2009. Es-tas acções estão a ser conduzidaspela AFN.

Foi conduzida a erradicação deárvores sintomáticas na ex ZonaTampão (em redor da Península deSetúbal), em dois focos positivos,um na Arganil e na Lousã, que estáa decorrer em contínuo na ex ZonaAfectada e também nos casos de-tectados positivos noutras zonas dopaís, de acordo com Edital remeti-do às freguesias e municípiosabrangidos. Estas acções foram/se-rão realizadas maioritariamente porempresas contratadas para o efeitoem substituição dos proprietários,legítimos responsáveis, caso estesnão o façam.

O controlo da actividade de ex-ploração florestal e circulação demateriais lenhosos de coníferashospedeiras do NMP está a ser arti-culado com a Guarda Nacional Re-publicana, tendo sido definidasprioridades de fiscalização. A even-tual aplicação de coimas (pela AFNe a Direcção Geral de Agricultura)pode atingir 44 890 euros, a que sesomam as sanções acessórias.

Quanto ao sistema de inspecção,para supervisão e controlo das uni-dades industriais, foi reforçado, es-tando prevista a realização de ac-ções de formação/reciclagem, con-substanciada em Directiva Opera-cional específica. Esta, para alémda adopção do conjunto de normase de procedimentos necessários ao

processo de certificação das unida-des industriais que tratam a madei-ra, inclui também as determinadaspelo International Forestry Quaran-tine Research Group e que farãoparte do conjunto de requisitos acumprir para a autorização e verifi-cação das condições de tratamentodas unidades industriais.

O Ministério da Agricultura, doDesenvolvimento Rural e das Pes-cas, em conjunto com o Ministérioda Economia e Inovação estão adesenvolver o processo de certifica-ção nacional de unidades indus-triais que tratam materiais lenho-sos, tendo já o Instituto Portuguêsda Qualidade estabelecido uma Co-missão Técnica, que definiu as nor-mas de instalação e operação deunidades industriais de tratamentoe que serão consolidadas nos próxi-mos dias.

Na área da sensibilização têmvindo a ser desenvolvidas uma sé-rie de acções, de abrangência na-cional, envolvendo não só entida-des da fileira florestal, mas tambémoutros agentes e o público em geralcom o objectivo de aumentar a in-formação e consciencialização parao problema do nemátodo da madei-ra do pinheiro. Está também previs-ta a realização de acções de forma-ção/reciclagem a técnicos de Orga-nizações de Produtores Florestais edos Gabinetes Técnicos Florestaisdas Câmaras Municipais com o ob-jectivo de alargar o universo de en-tidades dedicadas à questão doNMP.

Há, até ao momento, alguma evi-dência da presença do NMP no dis-trito de Castelo Branco?

Até ao momento foi identificadoapenas um caso positivo, na Fre-guesia de Oleiros, Concelho deOleiros.

O que deverão fazer os produto-res florestais se for confirmada a presença do NMP próximo das suas propriedades?

Se for confirmada a presença doNMP próximo das suas proprieda-des os proprietários deverão estaratentos à publicação de editais quepossam requerer o corte de árvoreshospedeiras do NMP, num raio que

Nemátodo da Madeira do Pinheiro

As candidaturas à Intervenção Territo-rial Integrada Tejo Internacional irão de-correr na mesma época que as candida-turas ao pagamento único. Se pretendercandidatar-se a um apoio de naturezasilvo ambiental, deverá apresentar umplano de intervenção plurianual aprova-do pela estrutura local de apoio, a qualé constítuida pelas seguintes entidades:

- DRAP CENTRO- AFLOBEI- ICNB – Instituto de Conservação da

Natureza e Biodiversidade- AFN – Autoridade Florestal Nacional- QUERCUSInforme-se já, contactando a sua de-

legação na DRAP CENTRO.

TejoInternacional– novos apoios

formação conduzidas pelas entida-des oficiais. Faço notar que o pro-blema do Nemátodo da Madeira doPinheiro não é um problema do go-verno, nem um problema em ex-clusivo dos proprietários florestaise dos industriais da fileira do pinhomas um problema do Estado. É detodos nós portanto, dado que o pa-trimónio florestal põe à disposiçãode todos, recursos dos quais pode-mos usufruir. A sua preservaçãodeveria ser, logo, interesse comum.

Em Outubro foi noticiado que três empresas perderam a sua certi-ficação após terem exportado ma-deira infectada pelo NMP. Será complicado ganhar a confiança do mercado estrangeiro na madeira portuguesa?

Existe, de facto, presentemente,alguma desconfiança por parte dosEstados-Membros relativamenteaos produtos e subprodutos de co-níferas hospedeiras exportados, da-das as detecções referidas. Contu-do, dado o processo de inspecçãoaos operadores registados, o pro-cesso de certificação em prepara-ção, a preparação e implementaçãode Directivas Operacionais parafiscalização e controlo, para alémda possibilidade de condução deinspecções ao país para verificaçãoda conformidade das acções com oproposto, cremos que esta confian-ça poderá ser reconquistada.

Uma Decisão da Comissão Eu-ropeia de 7 de Outubro (2008/790/CE) demonstra algum receio de propagação do NMP a

Espanha. Se for confirmada a pre-sença da doença em Espanha, o NMP poderá tornar-se uma amea-ça para a floresta europeia?

O NMP pode já ser encaradocomo uma ameaça à floresta Euro-peia, tal como outros organismosde quarentena, sobretudo no con-texto de comércio global e merca-do livre; aliás é por esse motivoque Portugal tem vindo a ser alvode um controlo estrito das acçõesde extracção, processamento e cir-culação/exportação dos produtos esubprodutos de coníferas hospedei-ras, desde a detecção de NMP nopaís. A isso seguiu-se a imediatanotificação à Comissão Europeia,como previsto. O facto de ser con-firmada a sua presença em Espa-nha e noutros países e ocorridas asdevidas notificações à ComissãoEuropeia, consistindo obviamentenuma expansão da problemática aoutros países e portanto à florestaeuropeia poderá no entanto assegu-rar a adopção de standards de con-trolo fitossanitário equiparáveis aosexigidos actualmente a Portugal,por todos os países. Programas demonitorização mais elaborados,maior consciencialização e envol-vimento do público para as temáti-cas fitossanitárias e aumento damassa crítica em termos de know-how científico e de preparação/im-plementação de planos de contin-gência e contenção de agentes no-civos à floresta. E, nesse sentido,consistir num espaço também deoportunidade conjunto de reflexãoe acção no que respeita ao papelque os Estados entendem que asflorestas deverão desempenhar na-cionalmente e ao nível da UniãoEuropeia e outras questões relacio-nadas com o comércio internacio-nal.

“Foi identificado umcaso positivo naFreguesia de Olei-ros.”

pode abranger as suas proprieda-des, devendo mesmo tomar a ini-ciativa de o fazer espontaneamente,sobretudo no que respeita a árvoresque apresentam sintomas de declí-nio. Podem informar-se junto dosserviços regionais de quais as obri-gações fitossanitárias e documen-tais a cumprir no que respeita à ac-tividade de exploração florestal(corte, rechega, eliminação de so-brantes, transporte a unidades auto-rizadas).

É, actualmente, ilusório desejar a erradicação do NMP de Portugal? Qual é o objectivo que realistica-mente se pode procurar?

Actualmente os objectivos cen-tram-se essencialmente na erradi-cação de focos isolados, sempreque tal seja exequível e, regra ge-ral, na contenção da dispersão nosoutros casos e diminuição da taxade infecção. É também crucial es-tarmos perante um público infor-mado que tenha presente as impli-cações de acções negligentes noque respeita ao movimento de ma-deira de coníferas hospedeiras eque, neste sentido, vigie as acçõesdos vários intervenientes e promo-va a informação a terceiros, emcomplemento às acções de fiscali-zação e controlo bem como de in-

Folha Florestal Novembro 2008 www.aflobei.pt5 SUPLEMENTO

“NMP já é encaradocomo uma ameaçaà floresta Europeia”

Page 6: Jornal 2 Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

Folha Florestal Novembro 2008 www.aflobei.pt

Estão abertos os prazos para apresentação de candidaturas aosapoios de várias acções florestais do PRODER – Programa de Desen-volvimento Rural. Apresentamos aqui as medidas florestais do PRODERcom regulamentação já publicada em Diário da República.

Acções florestais do PRODEPrazos definidos

Acção 1.3.1 «Melhoria produtiva de povoamentos»

Tipologia

Zonas não

desfavorecidas

Zonas

desfavorecidas

Beneficiação de povoamentos de espécies de rápido

crescimento e reconversão de povoamentos mal

adaptados

30%

Beneficiação de povoamentos de espécies resinosas

e instalação de pomares de espécies resinosas 50%

Beneficiação de povoamentos de espécies resinosas

e instalação de pomares de espécies resinosas 50% 60%

Parques de recolha de matérias -primas e

equipamento de corte 50%

Restantes despesas 50% 60%

Acção 1.3.2

«Gestão

multifuncional»

Portaria 821/2008

de 8 de Agosto

Gestão Cinegética

(Zonas de caça associativa;

Zonas de caça turística)

Gestão de pesca nas águas

interiores

Apicultura

Produção de cogumelos

silvestres, de plantas aromáticas,

condimentares e medicinais e de

Instalação de campos de alimentação e de

espécies arbóreas e arbustivas produtoras de fruto

Instalação e beneficiação de zonas de refúgio,

comedouros, bebedouros, limpezas pontos água;

Instalação de observatórios de fauna e aquisição

de equipamentos associados; etc

Instalação de espécies arbóreas e arbustivas

melíferas

Aquisição de colmeias e de equipamento de

protecção ao apicultor

Aquisição de equipamento de extracção e

processamento de produtos apícolas para unidades

de produção primárias

Aquisição e aplicação de inoculo de cogumelos

comestíveis; Instalação de espécies arbóreas e

arbustivas micorrizadas; e Disseminação de esporos

Instalação de espécies aromáticas,

condimentares e medicinais; Instalação de espécies

produtoras de frutos silvestres, etc

Acção 1.3.2 «Gestão multifuncional»

Tipo de BeneficiárioZonas não

desfavorecidas

Zonas

desfavorecidas

Entidades gestoras de ZIF e de Áreas

Agrupadas

- Organizações de produtores florestais e

de agricultores;

- Órgãos de administração dos baldios

50% 60%

- Entidades gestoras de caça associativa,

turísticas ou de pesca desportiva 40% 50%

- Produtores florestais 30% 40%

Acção 1.3.3

«Modernização

e capacitação

das empresas

florestais»

Portaria

846/2008 de 12

de Agosto

Colheita, recolha, concentração e

triagem de material lenhoso,

incluindo biomassa florestal e

resina

Extracção, recolha e

concentração de cortiça nas

unidades de produção

Primeira transformação de

material lenhoso, incluindo a

biomassa florestal e resina

Primeira transformação de

cortiça

Beneficiários

Microempresas com

actividade no sector

florestal (material lenhoso,

biomassa e resina)

Pequenas e médias

empresas que se dediquem

à colheita, concentração ou

transformação de cortiça

Acção 1.3.3 «Modernização e capacitação das empresas florestais»

Localização

Tipologia de investimentoRegiões fora de

convergência Regiões de convergência

Colheita, recolha, concentração e triagem de

material lenhoso, incluindo a biomassa

florestal e resina

35% 45%

Extracção, recolha e concentração de cortiça

nas unidades de produção 40% 50%

Primeira transformação de material lenhoso,

incluindo a biomassa florestal e resina 35% 45%

Primeira transformação de cortiça:

- Inserido em zona de produção suberícola

- Não inserido em zona de produção

suberícola

40% 45%

30% 30%

Período de Candidaturas

Medida 1.3 - Promoção da competitividade florestal

NÍVEL DOS APOIOS

NÍVEL DOS APOIOS

NÍVEL DOS APOIOS

Acção 1.3.1

«Melhoria

produtiva de

povoamentos»

Portaria 828/2008

de 8 de Agosto

Adensamento de clareiras

Despesas relativas à

melhoria dos povoamentos

florestais

Desramações e limpeza de

árvores jovens

Podas de formação

Selecção de árvores “de futuro”

(marcação de sobreiros jovens)

Correcção de densidades

excessivas (povoamentos

jovens)

Instalação de elementos de

descontinuidade

Selecção de varas em

povoamentos explorados em

regime de talhadia

Despesas elegíveis se

realizar pelo menos uma

das anteriores

Controlo da vegetação

espontânea

Fertilizações ou instalação de

culturas melhoradoras do solo

(prados permanentes)

Tratamentos Fitossanitários

Sacha e amontoa

Despesas Elegíveis

Associadas

Protecções individuais de

plantas

Cercas ou redes

Construção e beneficiação

da rede viária

Parques de recolha de

matérias primas florestais

Equipamentos de corte

(motosserras,

motorroçadouras, corta-

matos e estilhaçadores)

Outras despesas elegíveis

Reconversão de povoamentos mal

adaptados

Beneficiação de material de base

inscrito ou a inscrever no Catálogo

Nacional de Materiais de Base

Instalação de pomares de

sementes, progenitores familiares,

clones e mistura clonal, para

aquisição de materiais de

reprodução certificados

Reconversão de povoamentos

mal adaptados na mesma ou

noutra espécie (excepto o

eucalipto)

Povoamentos mal adaptados -

apresentam produtividade não

adequada às condições locais,

com valores de produção

inferiores a 50% da produção

estimada para a estação

Selecção de varas em

povoamentos explorados em

regime de talhadia

ACÇÕES PRAZO

Acção 1.3.3

Modernização e Capacitação das Empresas

Florestais

23 de Outubro a 15 de Dezembro de

2008

Acção 1.3.1

Melhoria Produtiva dos Povoamentos

10 de Novembro de 2008 a 10 de

Fevereiro de 2009.

Acção 1.3.2

Gestão Multifuncional

2 de Dezembro de 2008 a 15 de

Março de 2009

Subacção 2.3.1.1

Defesa da Floresta Contra Incêndios

2 de Dezembro de 2008 a 15 de

Março de 2009

Subacção 2.3.2.1

Recuperação do Potencial Produtivo

2 de Dezembro de 2008 a 31 de

Março de 2009

Subacção 2.3.2.2

Inst. de Sist. Florestais e de Sistemas Agro-

Florestais

2 de Dezembro de 2008 a 31 de

Março de 2009

Subacção 2.3.3.2

Reconversão de Povoamentos Com Fins

Ambientais

24 de Novembro de 2008 a 28 de

Fevereiro de 2009

Subacção 2.3.3.3

Protecção Contra Agentes Bióticos Nocivos

24 de Novembro de 2008 a 15 de

Janeiro de 2009

Page 7: Jornal 2 Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

SUPLEMENTO 7

R com candidaturas abertas

Acção 2.3.1

«Minimização de

riscos»

Portaria 1137-

C/2008 de 9 de

Outubro

«Defesa da Floresta

Contra Incêndios»

(Subacção 2.3.1.1)

Acções estruturais em

articulação com os Planos

Municipais de Defesa da

Floresta Contra Incêndios

Instalação e manutenção

de parcelas integradas na

rede primária de faixas de

gestão de combustível

Instalação e manutenção

de mosaicos de parcelas de

gestão de combustível

Construção e beneficiação

de pontos de água (rede de

pontos de água)

«Minimização de

riscos bióticos após

incêndios»

São privilegiados os

investimentos no âmbito

de Zonas de Intervenção

Florestal

Controlo de pragas e

doenças, na sequência de

incêndios

Controlo de espécies

invasoras lenhosas, na

sequência de incêndios

Subacção n.º 2.3.1.1 «Defesa da floresta contra incêndios»

Tipo de Beneficiário

Faixas de

Gestão de

Combustível

Outros

Investimentos

Aquisição de

Equipamentos

Específicos

Entidades Gestoras de ZIF;

- Entidades Gestoras de Baldios;

- Organismos da Admin. Central

100% 90% 50%

- Restantes Beneficiários 80% 70% 40%

Acção 2.3.2

«Ordenamento e

recuperação dos

povoamentos»

Portaria 1137-B/2008

de 9 de Outubro

«Recuperação do

potencial produtivo»

(Subacção 2.3.2.1)

«Instalação de sistemas

florestais e agro-

florestais»

(Subacção 2.3.2.2)

Restabelecimento do

potencial silvícola de

áreas afectadas por

incêndios ou agentes

bióticos nocivos

Adensamento

Desramações e podas

Tratamentos fitossanitários

Remoção do material ardido

Instalação de elementos de

descontinuidade

Despesas Elegíveis

Florestação de terras

agrícolas

Florestação de terras

não agrícolas

Instalação de sistemas

agro-florestais em

terras agrícolas

Florestação

Instalação de pastagens biodiversas

Correcção e fertilização do solo

Aquisição e instalação de protecções

individuais de plantas

Subacção n.º 2.3.2.1 «Recuperação do potencial produtivo»

Reabilitação e reflorestação

Tipo de Beneficiário

Estabilização de emergência

após incêndio e reabilitação

de habitats florestais em

áreas classificadas Folhosas Resinosas

Entidades Gestoras de ZIF;

- Entidades Gestoras de Baldios;

- Organismos da Adm. Central

70% 60%

- Restantes Beneficiários

100%

60% 50%

Subacção n.º 2.3.2.2 «Instalação de sistemas florestais e agro-florestais»

Florestação de Terras Agrícolas e

de Terras Não AgrícolasTipo de Beneficiário

Folhosas Resinosas

Instalação de Sistemas

Agro-Florestais

- Entidades Gestoras de ZIF;

- Entidades Gestoras de Baldios;

- Organismos da Adm. Central

70% 60%

- Restantes Beneficiários 60% 50%

50%

Acção 2.3.3

«Valorização

ambiental dos

espaços florestais»

Portaria 1137-

D/2008 de 9 de

Outubro

«Promoção do valor

ambiental dos espaços

rurais»

(Subacção 2.33.1)

«Reconversão de

povoamentos com fins

ambientais»

(Subacção 2.33.2)

«Protecção contra agentes

bióticos nocivos»

(Subacção 2.33.3)

Controlo da erosão em zonas

degradadas ou em risco de erosão

acentuada (elevada

susceptibilidade à desertificação)

Manutenção e recuperação de

paisagens notáveis, montados de

azinho notáveis (Rede Natura

2000); Manutenção de galerias

ripícolas e corredores ecológicos

Reconversão de povoamentos

com fins ambientais

Instalação de

povoamentos

florestais

Destruição de cepos

Construção e

beneficiação de rede

viária e divisional

Controlo do Nemátodo da Madeira

do Pinheiro (áreas definidas pela

Autoridade Florestal Nacional)

Recuperação de montados de

sobro e azinho e povoamentos de

castanheiro em declínio (áreas

definidas pela AFN)

Controlo de espécies invasoras

lenhosas não indígenas

Despesas

Elegíveis

Subacção n.º 2.3.3.1 «Promoção do valor ambiental dos espaços florestais»

Tipo de Beneficiário

Controlo de processos de erosão/manutenção

e recuperação de paisagens notáveis,

montados de azinho notáveis inseridos na

Rede Natura 2000, galerias ripícolas e de

corredores ecológicos

Todo o tipo de Beneficiários 100%

Subacção n.º 2.3.3.3 «Protecção contra agentes bióticos nocivos»

Controlo de espécies

invasoras lenhosas

Tipo de Beneficiário

Controlo

do NMP

em áreas

definidas

pela AFN

Recup. de

montados

de sobro e

azinho e de

pov. de

castanheiro

em declínio

Áreas com

problemas de

estabilidade

ecológica

Outras

áreas

Entidades Gestoras de ZIF;

- Entidades Gestoras de Baldios;

- Organismos da Adm. Central

100%

80% 60%

Restantes Beneficiários

100%

80% 60% 50%

Medida 2.3 - Gestão do espaço florestal e agro-florestal NÍVEL DOS APOIOS

NÍVEL DOS APOIOS

NÍVEL DOS APOIOS

Subacção n.º 2.3.1.2 «Minimização de riscos bióticos após incêndios»

Tipo de Beneficiário

Áreas de intervenção

prioritária indicadas

no aviso de abertura

do concurso

Outras Áreas

Entidades Gestoras de ZIF;

- Entidades Gestoras de Baldios;

- Organismos da Admin. Central

100% 90%

- Restantes Beneficiários 80% 70%

Subacção n.º 2.3.3.2 «Reconversão de povoamentos com fins ambientais»

Tipo de BeneficiárioReconversão de povoamentos com fins

ambientais

- Entidades Gestoras de ZIF;

- Entidades Gestoras de Baldios;

- Organismos da Admi.Central

70%

- Restantes Beneficiários 60%

Page 8: Jornal 2 Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

Folha Florestal Novembro 2008 www.aflobei.pt SUPLEMENTO 8

AFLOBEI apresentoudesafios para a floresta

Investir para produzir mais ecom melhor qualidade

O Seminário «Tradição e Futuro:Desafios da Nossa Floresta», or-ganizado pela AFLOBEI, reali-zou-se dia 8 de Outubro no audi-tório da NERCAB, em CasteloBranco. O evento contou comcerca de 180 pessoas, que duranteuma tarde assistiram a um total denove palestras sobre os mais im-portantes mercados florestais tra-dicionais e emergentes.

O primeiro painel centrou-senos mercados florestais de sempre(madeira para celulose, madeirade pinho e mercado da cortiça), eo segundo painel foi dedicado aosrecentes mercados da biomassaflorestal e sequestro de carbono.Finalmente, o terceiro painel con-templou o financiamento doPRODER para o sector florestal ea certificação florestal, que impli-

O Grupo ALTRI esteve representado no Seminário por Joaquim Fer-reira Matos, administrador de várias empresas do Grupo. Em 2007,as três unidades industriais da ALTRI (Celbi, Caima e Celtejo) tive-ram uma produção de pasta superior a 550 mil toneladas por ano,sendo que a imensa maioria tem com destino a exportação.

É também de destacar o papel das Organizações de ProdutoresFlorestais, que são entendidas pelo sector da celulose como entidadesque contribuem para a promoção de melhores práticas florestais en-tre os produtores privados.

A reduzida produtividade dos eucaliptais de algumas regiões é umdos problemas apontados pela ALTRI, que adianta que o baixo nú-mero de árvores por hectare se traduz em povoamentos sub-lotados eirregulares. Acresce que muitos dos povoamentos não recebem a in-tervenção adequada após a ocorrência de incêndios, situação queprejudica a indústria da pasta de papel e a floresta portuguesa.

O futuro da fileira da madeira de eucalipto para pasta de papel cen-tra-se no:

- Aumento da produtividade florestal;– Reforço da eficiência e segurança, com especial atenção para a

defesa da floresta contra incêndios;– Integração das actividades desenvolvidas, permitindo a sua

maior rentabilidade;- Desenvolvimento de uma estratégia integrada de Inovação &

Desenvolvimento, tendo em vista o melhoramento genético do euca-lipto;

– Actividade centrada no conceito “business and biodiversity”,que prevê a introdução da protecção da biodiversidade nas estraté-gias e políticas das empresas.

Reforçar a rolha e apostar em produtos inovadoresPortugal é o maior exportador decortiça enquanto matéria-prima,com valores de exportação próxi-mos às 160 mil toneladas e aos 850milhões de euros. A França, os Es-tados Unidos da América e a Espa-nha são os principais destinos daprodução portuguesa.

A rolha de cortiça é, naturalmen-te, o produto de cortiça mais ex-portado, dominando o mercado dacortiça. Talvez por isso, JoaquimLima, director-geral da APCOR,defenda o desenvolvimento de no-vos produtos. A aposta passa pordar outras aplicações à cortiça, as-sociá-la a outros materiais, promo-vendo a sua utilização no universodo design e elevando a cortiça amaterial nobre.

A APCOR defende também o au-mento da qualificação dos trabalha-dores do sector, a continuação doinvestimento na inovação, a adop-ção de processos mais eficientes, ede sistemas de gestão da qualidadee rastreabilidade dos produtos.

A indústria da cortiça promove esustenta o montado de sobro, que éo habitat por excelência de muitasespécies animais e vegetais. Esteecossistema é também importanteem termos ambientais, uma vezque o montado português fixa 4,8milhões de Toneladas de CO2, porano. Estas vantagens são realçadaspela fileira da cortiça, de forma acombater a concorrência que os ve-dantes alternativos têm movido àrolha.

Madeira de melhor qualidadeO mercado da madeira de pinho precisa sobretudo de madeira demaior qualidade. Essa foi uma das principais mensagens de AntónioNabais, da SONAE Indústria - Abastecimentos Portugal.

É importante saber gerir o pinho, repondo as áreas ardidas e conso-lidando as serrações. Se a madeira for de qualidade, António Nabaisgarante a existência de mercado.

O Nemátodo da Madeira do Pinheiro tem vindo a assustar os pro-prietários de pinhais e a indústria da madeira. Para este responsável, asolução passa por procurar nesta situação uma oportunidade. Devemser abatidos os pinheiros doentes e reflorestada novamente a área.

ca para o mercado a prática de umagestão florestal sustentável.

O sector florestal português vivetempos agitados, que se transfor-mam em janelas de oportunidadespara desenvolver a floresta, para in-vestir na qualidade da oferta e naexploração de novos produtos e ser-viços.

Não obstante a diversidade dosmercados analisados, cada um comas suas próprias condicionantes epotencialidades, uma ideia é co-mum em todos: está na mão da pro-dução e da indústria transformar asdificuldades em oportunidades, erentabilizar o valor económico, am-biental e social da floresta.

As empresas e associações pre-sentes no Seminário têm consegui-do desenvolver, com sucesso, a suaactividade nas respectivas fileiras

florestais. Para tal, tem contribuído,acima de tudo, uma forte aposta naqualidade da gestão e operacionali-zação do investimento, e na inova-ção de processos e tecnologias. Osector florestal está a evoluir, e pro-cura responder às necessidades edesafios dos tempos actuais. O futu-ro da produção comercial tem aoseu dispor modernos instrumentosde mercado, como a certificaçãoflorestal, o aproveitamento de pro-dutos como a biomassa florestal ede serviços como a fixação de car-bono.

Em resumo, para que a nossa flo-resta consiga ser competitiva, urgeaumentar a qualidade da gestão flo-restal, aumentar a produtividade dafloresta, promovendo a sua susten-tabilidade e das actividades econó-micas florestais.

Seminário

Mercado da Madeira para Celulose(Celtejo, Grupo ALTRI)

Mercado da Madeira de Pinho (SONAE Indústria)

Mercado da Cortiça (APCOR – Associação Portuguesa da Cortiça)

Painel “Mercados Tradicionais”Este painel centrou-se nos mercados tradicionalmente mais impor-tantes da floresta: madeira para celulose, madeira de pinho e cortiça.

Page 9: Jornal 2 Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

Folha Florestal Novembro 2008 www.aflobei.pt9 SUPLEMENTO

Painel “Novos Mercados”Este painel abordou alguns dos mercados emergentes nafloresta. Em particular, a biomassa florestal e o carbono.

Mercado da biomassa teráque conseguir rentabilidadeJosé Miguel Lupi Caetano, presidente do conselho de administraçãoda empresa MAPA – Floresta e Energia trouxe ao Seminário umaapresentação do ciclo da biomassa, da produção à indústria. Um ci-clo que se inicia com a produção de estilha - a partir de resíduos flo-restais -, que é transportada para parques, onde é transformada e pre-parada para ser entregue em centrais de biomassa, para produção deenergia.

Neste contexto surgem dúvidas sobre a capacidade de seaproveitar com rentabilidade a biomassa florestal existente. Opresidente da MAPA identifica vários constrangimentos, queresultam das características das propriedades florestais em algu-mas regiões: a ausência de uma exploração florestal activa, a re-duzida dimensão das propriedades, as fracas acessibilidades e amorfologia do terreno. Tudo isto dificulta e encarece o processode recolha da biomassa.

A solução para resolver estas situações obriga à inovação e aoinvestimento em soluções mais eficientes. O futuro desta fileiradeverá trazer consigo o investimento em novos métodos e tec-nologias de exploração florestal, a criação de entrepostos, o au-mento da área de gestão florestal, a aposta na logística e em no-vos meios de transporte. E com tudo isto, o aumento da escalade negócio.

Biomassa – Da Produção Florestal à Indús-tria de Energia (MAPA – Floresta e Energia)

Apenas 4 centrais de biomassatêm concursos finalizadosNeste momento apenas três centraisde biomassa florestal estão em fun-cionamento. A Central de Mortáguae duas centrais no distrito de Caste-lo Branco, a Ródão Power e Cen-troliva, ambas em Vila Velha deRódão. Paulo Preto dos Santos, dasempresas Enerwood e Sobioen –Soluções de Energia, lembrou que,em 2006 foram anunciados 15 con-cursos para novas centrais de pro-dução de electricidade através dabiomassa, com uma potência con-junta máxima de 100 megawatts.No entanto, dois anos depois, ape-nas quatro foram contratados. Noveconcursos aguardam a assinatura de

contrato e um dos concursos aindanão teve relatório de avaliação pro-visório.

Esta demora, de acordo com oresponsável da Enerwood, temprovocado uma perda de peso dapotência instalada em biomassaface a outras fontes de energia re-novável. Apesar disso, em 2008,a produção anual de energia eléc-trica com biomassa tem já umpeso de 4,5% no total da produ-ção de energia eléctrica nacional.

No entanto, existem diversasameaças à viabilidade deste mer-cado. A mais relevante decorrede Portugal ter uma das tarifas de

venda de energia produzida comrecurso a biomassa mais baixasda União Europeia. No nossopaís, a remuneração é de107 /MWh, contra, a título deexemplo, um máximo previsto de159 /MWh para Espanha (paraespécies dedicadas) e de300 /MWh para algumas centraisitalianas.

Para o sector da biomassa emPortugal poder ser competitivo, opaís terá que acompanhar a ten-dência europeia de subida das ta-rifas de remuneração da energiaeléctrica.

A Biomassa na Política EnergéticaNacional e Centrais Eléctricas de Bio-massa (Enerwood)

Produtores podem ser remunera-dos por mais-valias ambientaisO Projecto Extensity – Sistemas de Gestão Ambiental e de Sustenta-bilidade na Agricultura Extensiva, coordenado pelo Instituto Supe-rior Técnico de Lisboa, visa optimizar o desempenho económico, so-cial e ambiental das explorações agrícolas e agro-florestais.

De acordo com Ricardo Teixeira, um dos responsáveis peloprojecto, no qual a AFLOBEI é parceira, o Extensity conta comcerca de 100 explorações e perto de 70 mil hectares; a maioriaconstituída por montado, com especial foco na produção animalextensiva.

O Extensity promove a produção animal em pastagens perma-nentes biodiversas ricas em leguminosas. Estas pastagens per-mitem um aumento da produtividade das pastagens, através doacréscimo sustentável do encabeçamento. Com isso, aumenta amatéria orgânica do solo, o que conduz a uma maior retençãode água, à diminuição da erosão e a um maior sequestro de car-bono. As pastagens permanentes contribuem então para o incre-mento do sequestro de carbono (5 toneladas CO2/ha/ano), o queajuda ao cumprimento do Protocolo de Quioto por parte de Por-tugal.

O Projecto Extensity está a desenvolver uma candidatura paraque esse esforço seja remunerado pelo Fundo Português de Car-bono. O objectivo é que os produtores agro-florestais e agricul-tores aderentes sejam remunerados com 5 a 10 euros por tonela-da (cerca de 25 a 50 euros por hectare/ ano), permitindo umavalorização extra da sua propriedade.

O Carbono e a Sustentabilidade Agro-Florestal(Projecto Extensity / Instituto Superior Técnico)

O Seminário juntou profissionais

dos quadrantes da produção,

da industria, da investigação

e do ensino, que assistiram

com interesse às intervenções

e participaram nos debates

Page 10: Jornal 2 Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

Folha Florestal Novembro 2008 www.aflobei.pt SUPLEMENTO 10

Certificação Florestal (Capital Natural)

Custos reduzem-se com oaumento da área certificadaA certificação florestal procura implementarum “boa gestão florestal” em florestas ondese exploram produtos comerciais e, ao mes-mo tempo, criar um mecanismo que permitaao mercado comprar e promover produtosflorestais provenientes dessas fontes bemgeridas. Para tal, é atribuído um certificadode qualidade da gestão florestal (em relaçãoa um conjunto de requisitos), baseado numaavaliação independente. Há várias iniciati-vas de certificação florestal, sendo as maisconhecidas as do FSC e do PEFC.

Ana Dahlin, sócia-gerente da Capital Na-tural, é consultora na área e defende as van-tagens da certificação na melhoria da gestãoflorestal: maior controlo dos recursos; viabi-lidade económica permanente e abertura de

novos mercados; melhores sistemas de ges-tão, incluindo mecanismos de planeamento,monitorização e comunicação; melhor aces-so ao mercado e por vezes maiores preços.

A floresta recolhe essencialmente benefí-cios ao nível da sustentabilidade, da manu-tenção/ aumento da biodiversidade e de ou-tros valores ecológicos.

Actualmente, os produtos certificados ofe-recem benefícios, sobretudo, no comércioentre empresas. O impacte no consumidorfinal é ainda algo limitado. No entanto, acertificação da gestão florestal tem tendên-cia a ganhar impacto com o aumento daconsciência ambiental e social das empre-sas.

A AFLOBEI está a desenvolverum processo de certificação flo-restal sob a forma de grupo, queirá incluir cerca de onze mil hec-tares.A certificação da gestão naárea dos associados envolvidosirá permitir a valorização dassuas propriedades e dos produ-tos proveniente das mesmas: ma-deira de eucalipto e pinho, pi-nhão, cortiça, medronho, cogu-melos, caça, etc.No conjunto destes produtos, éde salientar a caça, visto que acertificação cinegética ainda é

pouco explorada e poderá seruma oportunidade para a BeiraInterior. Esta região, devido àsóptimas condições para a práti-ca da actividade cinegética, é olocal ideal para desenvolver acaça certificada, com os olhosno mercado do turismo cinegéti-co internacional.No fundo, a implementação dacertificação florestal permite des-envolver uma boa gestão flores-tal, e oferecer ao mercado a ga-rantia de que os produtos flores-tais provêm de fontes bem geri-das.

AFLOBEI desenvolveiniciativa de CertificaçãoFlorestal de Grupo

Projecto Agro 3.6 (AFLOBEI)

Gestão Florestal SustentávelA Aflobei realizou um projecto, ao abrigodo Programa Agro 3.6, em que se fez o es-tudo da implementação da Norma Portu-guesa 4406:2003 nos hectares correspon-dentes à área florestal dos associados daAFLOBEI. Lembramos que a Norma Por-tuguesa tem como objectivo a promoçãoda Gestão Florestal Sustentável, ou seja,promover o uso da floresta sem compro-meter as suas funções económicas, sociaise ambientais.

No âmbito deste projecto foi feito o es-tudo e parametrização dos indicadores deGestão Florestal Sustentável (GFS) empropriedades associadas da AFLOBEI. Foi

feito o levantamento cartográfico da áreade associados e uma recolha de vários da-dos (levantamento das manchas florestais /espécies, pontos de água, ocupação dosolo, rede viária e divisional existente,etc.) para com esses dados se avaliar aaplicabilidade dos indicadores de GFS aosdiferentes sistemas florestais, estruturasfundiárias e modalidades de gestão exis-tentes. O objectivo foi conhecer a poten-cialidade de se avançar futuramente comprocessos de certificação florestal.

O trabalho irá continuar a ser efectuadoem outras áreas associadas da AFLOBEI,mas não incluídas no projecto, e continua-

Candidaturas aos apoios por Internetsão a principal novidadeO PRODER 2007-2013 – Programa de Desen-volvimento Rural introduz algumas novidadesna apresentação dos pedidos de apoio. Fernan-do Delgado, técnico da Direcção Regional deAgricultura e Pescas do Centro, destaca o factode todas as candidaturas serem feitas por inter-net. Isto é, os formulários são obtidos no sítio doPRODER (www.proder.pt) e são enviados porinternet para os seus serviços. Ao contrário doque acontecia até agora, todos os restantes do-cumentos obrigatórios na candidatura são en-viados apenas posteriormente.

Fernando Delgado deixa um alerta para outraalteração importante: a partir de agora não épossível fazer correcções aos processos de can-didatura após o término do prazo de entregas.Esta situação é tanto mais importante, porque,

de acordo com Fernando Delgado, nas acçõesagrícolas já abertas há mais tempo, têm sidoaprovadas poucas candidaturas.

PRODER 2007-2013 (DRAP Centro)

Painel “Gestão Agro-FlorestalSustentável”Este painel foi dedicado ao financiamento do PRODER para o sec-tor florestal e à gestão florestal sustentável e sua certificação.

Principais regras do PRODERTaxas de apoio• Taxas de apoio ao investimento flores-

tal são mais reduzidas relativamente aosantigos Programas AGRO e RURIS

Entrega dos pedidos de apoio• Os pedidos de apoio são submetidos

por concurso divulgado pela Autoridadede Gestão do PRODER com antecedênciade 10 dias seguidos relativamente à datade publicidade do respectivo aviso deabertura

• Os formulários de pedidos de apoiosão electrónicos, e estão disponíveis nosite do PRODER (www.proder.pt)

• A submissão dos formulários é tam-bém feita via internet

• Nos avisos de abertura das candidatu-ras são definidas as regiões ou áreas de in-tervenção a abranger

Análise e decisão dos pedidos de apoio• As Direcções Regionais de Agricultura

e Pescas (DRAP) analisam e emitem pare-cer sobre os pedidos de apoio (prazo máxi-mo de 60 dias úteis)

• A análise e hierarquização dos projec-tos são feitas com base num quadro de va-lias (Valia do Beneficiário + Valia Estraté-gica + Valia Técnico-Económica = Valia

Global da Operação)• Os pedidos de apoios são enviados à

Autoridade de Gestão do PRODER, aquem compete a aprovação (prazo máxi-mo de 35 dias úteis)

• Os projectos com parecer favorável,mas não aprovados por insuficiência orça-mental no concurso transitam automatica-mente para o concurso seguinte no qualsejam enquadráveis. Caso não sejam nova-mente aprovados são recusados em defini-tivo.

Contabilidade• Obrigatoriedade de conta bancária es-

pecífica para o projecto• Pagamento das despesas por transfe-

rência bancária• Pagamento por cheques até ao montan-

te total de 5000 euros (med.1.3.2.) ou15000 euros (med.1.3.1., 2.3.2., 2.3.3.) ou50000 euros acompanhados do extractobancário (med.2.3.1.)

Plano de Gestão Florestal• Nas acções 1.3.1 «Melhoria Produtiva

de Povoamentos» e 2.3.2 «Ordenamento erecuperação dos povoamentos» os benefi-ciários são obrigados a cumprir um Planode Gestão Florestal.

rão a ser acompanhadas as áreas es-tudadas.

Os indicadores de Gestão FlorestalSustentável, devido à sua natureza,podem servir de informação de basepara a elaboração de Planos de Ges-tão Florestal.

Page 11: Jornal 2 Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

AFLOBEI promoveFormação Profissional

AFLOBEI realizapasseio micológico

A AFLOBEI está a desenvolver um conjunto de cursos de formação para activosempregados e desempregados durante 2008 e 2009, em regime pós-laboral.

Ao frequentar as formaçõespromovidas por a AFLOBEI, efinanciadas pelo Fundo SocialEuropeu e Estado Português,os formandos têm a possibili-dade gratuita de adquiriremqualificações no sector flores-tal, agro-florestal e activida-des relacionadas. É tambémuma oportunidade de aumen-tarem o nível escolar e profis-sional, reforçando a emprega-bilidade nos sectores.As formações são de curta du-ração, entre 25 e 50 horas, esão realizadas no distrito deCastelo Branco.

Cursos a decorrerTrês dos cursos programadosestão já a decorrer. O curso dePrincípios Básicos de Técni-cas de Socorrismo marcou oinício da actividade formativada AFLOBEI. O curso de Mi-cologia (Cogumelos) tambémjá arrancou, com duas turmas,uma no Fundão e outra emCastelo Branco. A formaçãoem Sistemas de InformaçãoGeográf ica (SIG) , tambémcom duas turmas, teve por seulado, início nos dias 17 e 18de Novembro.Estes cursos irão voltar a de-correr em 2009. Caso estejainteressado em receber forma-ção nestas áreas, poderá ins-crever-se para garantir lugarnas turmas previstas para opróximo ano.

Aproveitando a formação emMicologia, a AFLOBEI promo-veu um passeio micológico nopassado dia 9 de Novembro,realizado em Almaceda (conce-lho de Castelo Branco). Cercade 20 pessoas partiram à desco-berta do universo dos cogume-los, certamente, um dos maisvaliosos e saborosos recursosnaturais da Beira Baixa.

Sob orientação de José Gravi-

to Henriques, da Direcção Re-gional de Agricultura e Pescasdo Centro, e especialista em mi-cologia, os participantes aumen-taram os seus conhecimentos so-bre a flora micológica da região.Durante o percurso, foram iden-tificadas diversas espécies decogumelos e recolhidos exem-plares, salientando-se os cuida-dos que se deve ter na apanha eas características de cada um.

Como não podia deixar de ser,os participantes puderam tam-bém apreciar um delicioso al-moço à base de cogumelos, con-feccionado pelo Chefe ValdirLubave, da Pousada de Belmon-te.

Para além do saber e da expe-riência adquirida neste passeio,a iniciativa resultou num agra-dável dia passado no meio danatureza. Passeio organizado pela Aflobei levou participantes à descoberta dos cogumelos

Sistemas de Informação Geográfica

Cursos florestais e agro-florestais para activos

Para obter mais informações so-bre cada um dos cursos e parafazer a sua inscrição deverá con-tactar a AFLOBEI através do nú-mero 272 325 741, ou dirigir-se

à nossa sede em Castelo Branco,na Avenida General HumbertoDelgado, nº 57 – 1º andar. Podeainda informar-se no nosso site,em www.aflobei.pt.

Informações

Micologia

Formações para2008Paraalémdasformações, jáemcurso,aAFLOBEIdeveráabrirainda durante 2008 as seguin-tes:

ExploraçãoFlorestal–50horasReconhecer as técnicas ineren-tes a todas as operações de ex-ploração florestal praticandoem árvores de um povoamen-to; Determinar rendimentos ecustos de operações de cortemoto-manuais e mecanizadas;Identificarosobjectivose facto-res que influenciam essas técni-cas.

Planeamento da ExploraçãoFlorestal–25horasIdentificar todas as operaçõesda exploração florestal e pla-neá-las de maneira que decor-ramsobamaiorsegurança,evi-tando desperdícios desnecessá-rios.

Instalação de Culturas Hortíco-las–25horasDefinir as operações culturaisinerentes à instalação ao ar livree em forçagem de culturas hor-tícolaseàsuaprotecçãofitossa-nitária.

Nemátodo da Madeira do Pi-nheiro–25horasFormas de combate e preven-ção face à doença do Nemáto-dodaMadeiradoPinheiro.

Formações para2009Pode desde já inscrever-senas acções programadaspara 2009, com a oportuni-dade de participar em novasturmas para cursos já inicia-dos, nomeadamente o dePrincípios Básicos de Téc-nicas de Socorrismo, Mico-logia e Sistemas de Infor-mação Geográfica.- Princípios básicos de Téc-nicas de Socorrismo- Micologia- SIG – Sistemas Informa-ção Geográfica (grau avan-çado)- Enxertia do Pinheiro Man-so- Exploração Florestal- Resinagem e descortiça-mento- Planeamento da Explora-ção Florestal- Funcionamento e Conser-vação de equipamentos mo-tomanuais- Podas e desbastes- Processos de mobilizaçãodo Solo- Processos de correcção efertilização do solo- Culturas Arvenses- Culturas Hortícolas- Operações Culturais deHortícolas- Implantação de um Pomar- Sistema de Gestão Am-biental – ISO 14001- Auditorias Ambientais

Folha Florestal Novembro 2008 www.aflobei.pt11 SUPLEMENTO

Page 12: Jornal 2 Editado com Jornal do Fundão (tiragem: 17 mil exemplares)

Pinha

Cortiça

Nota

Preços dos Produtos Florestais

Novembro 2008

Pinheiro Bravo

Pinheiro Bravo Em pé À porta da fábrica

Serração 22,5 €/ ton 37,5 € a 40 €/ ton

Varas 10 € a 15 €/ ton 55 €/ ton

Fascina 5 € a 6 € ton 27 €/ ton

Nota

O mercado ainda não

se mexeu. Neste período

e até Janeiro de 2009

não é aconselhável

negociar cortiça.

No mercado desta madeira houve uma descida brutal do preço. Poderá esta

situação estar relacionada com o problema do Nemátodo da Madeira do Pinheiro.

Nota Esta campanha caracteriza-se

por uma descida na produção,

superior à da campanha passada.

O preço não aumentou com a

descida da produção, uma vez

que a indústria tem

em stock muito pinhão.

Biomassa

À porta da fábrica

Biomassa26 € - 29€ / ton (a 35% humidade)

17€ (a + 35% humidade)

Nota O mercado encontra-se, neste momento,

com uma quantidade elevada de biomassa.

Lenhas

Lenhas

Sobreiro

(em pé)

Azinheira

(em pé)

20 € a 26 € / ton

Nota Este ano houve um aumento

considerável na mortalidade

destas espécies.

Eucalipto

A procura de madeira de eucalipto tem aumentado

por parte do circuito comercial.

Folha Florestal Novembro 2008 www.aflobei.pt SUPLEMENTO 12

Folha FlorestalDirectora: Marta Ribeiro Telles • Propriedade: AFLOBEI - Associação de Produtores Florestais daBeira Interior • Edição e Grafismo: Jornal do Fundão Editora, Lda. • Logótipo: RVJ Editores, Lda.• Impressão: NaveprinterEste Suplemento faz parte integrante da edição do «Jornal do Fundão» do dia 20 de Novembro de 2008 e não pode ser vendido separadamente