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ICMS- IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS ART 155, II e §2º I a XII CF/88; LC 87/96; 92/97; 99/99; 102/00; 114/02; 116/03; 122/06; 138/10 Resoluções do Senado Federal 22/99; 95/96; Convênios de secretários de fazenda dos Estados e DF; Legislação dos Estados e DF. o Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

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ICMS- IMPOSTO SOBRE CIRCULAO DE MERCADORIAS E SERVIOS

ART 155, II e 2 I a XII CF/88; LC 87/96; 92/97; 99/99; 102/00; 114/02; 116/03; 122/06; 138/10 Resolues do Senado Federal 22/99; 95/96; Convnios de secretrios de fazenda dos Estados e DF; Legislao dos Estados e DF.

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior; 2. O imposto previsto no inciso II atender ao seguinte: I - ser no-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operao relativa circulao de mercadorias ou prestao de servios com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;II - a iseno ou no-incidncia, salvo determinao em contrrio da legislao:a) no implicar crdito para compensao com o montante devido nas operaes ou prestaes seguintes;b) acarretar a anulao do crdito relativo s operaes anteriores;III - poder ser seletivo, em funo da essencialidade das mercadorias e dos servios;IV - resoluo do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da Repblica ou de um tero dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecer as alquotas aplicveis s operaes e prestaes, interestaduais e de exportao;V - facultado ao Senado Federal:a) estabelecer alquotas mnimas nas operaes internas, mediante resoluo de iniciativa de um tero e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;b) fixar alquotas mximas nas mesmas operaes para resolver conflito especfico que envolva interesse de Estados, mediante resoluo de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois teros de seus membros;VI - salvo deliberao em contrrio dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alquotas internas, nas operaes relativas circulao de mercadorias e nas prestaes de servios, no podero ser inferiores s previstas para as operaes interestaduais;VII - em relao s operaes e prestaes que destinem bens e servios a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-:a) a alquota interestadual, quando o destinatrio for contribuinte do imposto;b) a alquota interna, quando o destinatrio no for contribuinte dele;VIII - na hiptese da alnea "a" do inciso anterior, caber ao Estado da localizao do destinatrio o imposto correspondente diferena entre a alquota interna e a interestadual;IX - incidir tambm:a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa fsica ou jurdica, ainda que no seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o servio prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domiclio ou o estabelecimento do destinatrio da mercadoria, bem ou servio; b) sobre o valor total da operao, quando mercadorias forem fornecidas com servios no compreendidos na competncia tributria dos Municpios;X - no incidir!!!!:ATENO!a) sobre operaes que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre servios prestados a destinatrios no exterior, assegurada a manuteno e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operaes e prestaes anteriores; b) sobre operaes que destinem a outros Estados petrleo, inclusive lubrificantes, combustveis lquidos e gasosos dele derivados, e energia eltrica;c) sobre o ouro (ativo financeiro), nas hipteses definidas no art. 153, 5;d) nas prestaes de servio de comunicao nas modalidades de radiodifuso sonora e de sons e imagens de recepo livre e gratuita; XI - no compreender, em sua base de clculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operao, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado industrializao ou comercializao, configure fato gerador dos dois impostos;XII - cabe lei complementar:a) definir seus contribuintes;b) dispor sobre substituio tributria;c) disciplinar o regime de compensao do imposto;d) fixar, para efeito de sua cobrana e definio do estabelecimento responsvel, o local das operaes relativas circulao de mercadorias e das prestaes de servios;e) excluir da incidncia do imposto, nas exportaes para o exterior, servios e outros produtos alm dos mencionados no inciso X, "a";f) prever casos de manuteno de crdito, relativamente remessa para outro Estado e exportao para o exterior, de servios e de mercadorias;g) regular a forma como, mediante deliberao dos Estados e do Distrito Federal, isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados.h) definir os combustveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidir uma nica vez, qualquer que seja a sua finalidade, hiptese em que no se aplicar o disposto no inciso X, b; i) fixar a base de clculo, de modo que o montante do imposto a integre, tambm na importao do exterior de bem, mercadoria ou servio.

3 exceo dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poder incidir sobre operaes relativas energia eltrica, servios de telecomunicaes, derivados de petrleo, combustveis e minerais do Pas. Comment by Gilberto: II IE 4 Na hiptese do inciso XII, h, observar-se- o seguinte: I - nas operaes com os lubrificantes e combustveis derivados de petrleo, o imposto caber ao Estado onde ocorrer o consumo; II - nas operaes interestaduais, entre contribuintes, com gs natural e seus derivados, e lubrificantes e combustveis no includos no inciso I deste pargrafo, o imposto ser repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operaes com as demais mercadorias; III - nas operaes interestaduais com gs natural e seus derivados, e lubrificantes e combustveis no includos no inciso I deste pargrafo, destinadas a no contribuinte, o imposto caber ao Estado de origem; IV - as alquotas do imposto sero definidas mediante deliberao dos Estados e Distrito Federal, nos termos do 2, XII, g, observando-se o seguinte: a) sero uniformes em todo o territrio nacional, podendo ser diferenciadas por produto; b) podero ser especficas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operao ou sobre o preo que o produto ou seu similar alcanaria em uma venda em condies de livre concorrncia; c) podero ser reduzidas e restabelecidas, no se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. Comment by Gilberto: NRAE MAS,R90 DIAS

5 As regras necessrias aplicao do disposto no 4, inclusive as relativas apurao e destinao do imposto, sero estabelecidas mediante deliberao dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do 2, XII, g

Trata-se de um imposto no-cumulativo; real ( o imposto que no leva em considerao as condies inerentes ao contribuinte, incidindo por igual face a qualquer pessoa, so os denominados "Impostos sobre o Patrimnio", comoIPTU,IPVAeITR), proporcional (Quando estabelecido em porcentagem nica incidente sobre o valor da matria tributvel, crescendo o valor do imposto apenas quando o valor bsico para o clculo sofra crescimento (ICMS, IPI e o ISS, quando incidente sobre a receita)e de carter fiscal (carrear recursos aos cofres pblicos)

Princpios do ICMS Seletividade: conforme a essencialidade do bem. O ICMS PODE ser seletivo, no obrigatrio. Fica a critrio do legislador estadual. Embora existam posicionamentos discordantes facultatividade. No cumulatividade: pode-se compensar o que foi pago na cadeia anterior com a cadeia posterior.

CRITRIO MATERIAL: o ICMS apresenta cinco hipteses de incidncia, ou seja; cinco critrios materiais: 1. Realizar operaes de circulao de mercadorias; 155,II CF2. Prestar servios de transporte interestadual ou intermunicipal; 155,II CF3. Prestar servios de comunicao; 155,II CF4. Sobre energia eltrica art. 1553 CF5. Sobre a importao de bens art. 1552 IX, a CF

Realizar operaes de circulao de mercadorias. O fato gerador realizar operaes de circulao de mercadoria. O mero circular de mercadoria no gera ICMS. Necessariamente deve ocorrer uma operao jurdica e com transferncia de titularidade!!! preciso que tenha ocorrido um negcio jurdico mercantil. A circulao, segundo Sabbag, deve ser capaz de realizar o trajeto da mercadoria da produo at o consumo. As mercadorias que foram levadas por uma enchente, esto circulando, mas no geraram operao jurdica, o mesmo ocorre em relao a um assalto em uma loja. A sada de uma mercadoria de um estabelecimento para outro estabelecimento do mesmo titular, segundo a lei 87/96 gera incidncia de ICMS, porm a CF diz que o fato gerador operao jurdica de circulao e transferncia de titularidade de mercadoria, nesse caso a simples circulao de um estabelecimento para outro do mesmo proprietrio/titular no implicar em incidncia de ICMS, mesmo tendo ocorrido a circulao de mercadoria. Smula 166 do STJ + art. 155, II.

Mas se a transferncia de mercadoria do mesmo proprietrio ocorrer entre estabelecimentos que se localizam em estados diferentes, neste caso, a doutrina muito tem discutido, pois h quem defenda haver a incidncia do imposto para no violar o pacto federativo. Porm, em 2010, no Resp 1125133, Luis Fux disse que onde existe a mesma razo incide o mesmo dispositivo legal, assim, no incidir ICMS em caso de transferncia de uma mercadoria entre estados, se no houver mudana de titularidade, pois mesmo assim no implica em realizao de operao jurdica, pois trata-se de bens do mesmo titular. Aplica-se a smula 166.

Operaes: so atos ou negcios jurdicos em que ocorre a transmisso de um direito. No basta apenas ser proprietrio da mercadoria. Circulao: implica na mudana de titular. O efeito jurdico s ocorre se a mercadoria ou o bem mudar de titular.

A operao de circulao deve envolver mercadoria e no produto. Mercadoria o objeto de mercancia, o que foi colocado no comrcio para ser vendido.

S haver incidncia do ICMS quando se tratar de circulao de mercadoria, com o intuito de venda/revenda.

O que esta no comrcio para ser vendido mercadoria, mas uma vez adquirida a mercadoria ela se tornar, via de regra, um produto e sobre ela no mais incidir ICMS. por isso que o ativo permanente/ativo fixo de uma empresa no gera ICMS. No entanto, a aquisio gera crditos para o empresrio razo de 1/48 por ms, iniciada no ms em que ocorrer a entrada no estabelecimento.

O fornecimento de alimentao em bares e restaurantes e estabelecimentos similares, com a simultnea prestao de servios, constitui FG de ICMS. Smula 163 STJ.

No entanto..... O ICMS dever ser exigido sem considerar a destinao da coisa importada. Em consequncia, poder haver incidncia tributria mesmo nos casos de admisso temporria, de bens que devam permanecer no pas, em razo de feiras, exposies, congressos, espetculos artsticos, competies esportivas.

ATENO: o ICMS NO INCIDE sobre operaes interestaduais relativas energia eltrica e petrleo, inclusive lubrificantes e combustveis lquidos dele derivados, quando destinados comercializao e industrializao. Art. 3,III, Lei 87/96. MAS.... INCIDIR sobre a entrada no territrio do Estado destinatrio, de petrleo, inclusive lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos dele derivados, e de energia eltrica quando no destinados comercializao ou industrializao, decorrentes de operaes interestaduais, cabendo o imposto ao estado onde estiver localizado o adquirente. Art. 2 1,III LC 87/96.

O ICMS incidir sobre MERCADORIA, comercializada habitualmente, com fim de lucro. A operao mercantil centra-se na obrigao de dar (atividade-fim) devidamente materializada.

Prestao de servios de transporte interestadual e intermunicipal

O ICMS incide sobre servio de transporte entre municpios ou entre estados. O ICMS incide sobre prestao de servios em regime de direito privado. Transporte de cargas, passageiros, ferrovirio, etc. Somente se pode cogitar de prestao de servios, quando existem duas ou mais pessoas na condio de prestador e tomador dos servios. Para tanto imprescindvel que haja uma relao contratual.

O fato gerador pode se constituir no incio da prestao do servio, em outro Estado, ou ainda, com o ato final do transporte, no caso de servio iniciado no exterior.

NO INCIDE ICMS em operaes realizadas dentro dos limites de um mesmo municpio, nesse caso, incide ISS. Tambm no incide sobre servios de transporte para o exterior. A incidncia do ICMS sempre associada a prestaes onerosas. O sujeito ativo na prestao de servios de transporte intermunicipal e interestadual o do local onde tenha incio a prestao do transporte.

Os Estados tm exigido da Empresa de Correios e Telgrafos ICMS sobre servios de comunicao e transporte. A disputa sobre a exigncia do ICMS ainda ser analisada em recurso extraordinrio de relatoria do ministro Dias Toffoli. A incidncia do ICMSno transporte de encomendas pela Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos (ECT) teve repercusso geral reconhecida. A ECT alega imunidade tributria recproca. Art. 150, VI, a. Ver RE 627051 aguardando deciso. Ver RE601392 - aguardando deciso.

Terceira hiptese de incidncia de ICMS: servios de comunicao O servio de comunicao abrange trs elementos: o emissor da mensagem, o receptor e uma mensagem. Se faltar um desses elementos no haver a incidncia de ICMS comunicao, Dai ser imperioso a existncia de uma fonte emissora, uma fonte receptora e uma mensagem transmitida pelo prestador de servios.

O imposto incide sobre prestaes onerosas de servios de comunicao, por qualquer meio, inclusive gerao, emisso, recepo, retransmisso, repetio e ampliao de comunicao de qualquer natureza. Art. 2, III, LC 87/96.

O ICMS, j pacificado pelos tribunais superiores, incide sobre a atividade fim, que a comunicao. Incide o ICMS ainda que as prestaes se iniciem no exterior.

Sobre o que for utilizado como atividade meio e preparao para se ter uma comunicao, no incidir ICMS. a atividade fim que ocasiona a incidncia. Assim, habilitao de celular, no gera ICMS smula 350 do STJ- a habilitao uma atividade meio para se ter a comunicao. Na habilitao no h servio efetivo de telecomunicao, ocorre apenas a disponibilizao do servio. Os ICMS NO INCIDE nos provedores de internet (smula 334 STJ- ver tambm art. 155 II), pois estes realizam apenas servio de valor adicionado (segundo a prpria lei de internet) e no servio de comunicao.

O Regulamento Geral dos Servios de Telecomunicaes dispe que no caracterizam servios de telecomunicaes a atividade de habilitao ou de cadastro de usurio, e equipamento para acesso a servios de telecomunicaes, nem os denominados servios de valor adicionado. Servio de valor adicionado a atividade que acrescenta a um servio de telecomunicaes (que lhe d suporte e com o qual no se confunde) novas utilidades relacionadas ao acesso, ao armazenamento, apresentao, movimentao ou recuperao de informaes. O termo engloba tudo o que no pode ser identificado como voz, ou seja: jogos, vdeos, mensagens de texto e multimdia, navegao na Internet etc. VAS (Value Added Services) ou SVA. todo e qualquer esforo de uma empresa em agregar valor ao seu negcio, produto etc, (um produto complementar mostrando seus benefcios ao cliente final. Os provedores de internet apenas criam condies para que ocorra a ligao entre dois pontos. No se caracteriza nesse caso um tpico servio de comunicao. Essa postura defendia pelo STJ leva em considerao o princpio da legalidade e da tipicidade fechada. Tipicidade fechada ou (legalidade estrita): A lei deve conter em si todos os elementos para valorao dos fatos e produo dos efeitos, sem carecer de qualquer recurso a elementos a ela estranhos e sem tolerar qualquer valorao que substitua ou acresa contida no tipo legal. Todos os elementos da hiptese de incidncia devem estar minuciosamente previstos em lei, sem que exista nenhuma margem de escolha para a Administrao.O ICMS incide apenas sobre situaes de efetiva comunicao. Os atos considerados preparatrios para a execuo do servio-fim, no so geradores do imposto.07.04.14Quarta hiptese de incidncia do ICMS: art 1553 - Energia Eltrica So contribuintes todos os participantes da atividade de fornecimento de energia eltrica: concessionrio, permissionrio e autorizados de servio pblico de distribuio, bem como produtor independente e ainda, o adquirente de energia eltrica, oriunda de outro estado, quando no destinada comercializao.

Recolhe-se o ICMS sobre a energia eltrica efetivamente utilizada e no sobre aquela contratada. Smula 391 STJ Ver REsp. n 960.476/SC Indstrias e grandes prestadores de servios em geral, mantm contratos individualizados de fornecimento com as distribuidoras de energia eltrica. Os empresrios que consomem elevada quantidade de energia eltrica tm de assinar com as concessionrias contrato de fornecimento com reserva de potncia. Segundo as regras aplicveis ao setor eltrico, esses consumidores eram obrigados a pagar no apenas pela energia eltrica efetivamente consumida, mas tambm pelo potencial eltrico que a distribuidora deveria manter continuamente sua disposio. Esse potencial, chamado de demanda contratada, consistia na carga mxima de potncia que o consumidor poderia utilizar em um mesmo momento. O valor contratualmente fixado a ttulo de demanda contratada deveria ser pago integralmente pelo adquirente mesmo que no viesse a utiliz-la por inteiro em nenhum momento do perodo de medio. Toda vez que a demanda medida fosse menor do que a contratada, o valor a ser cobrado do consumidor seria o desta ltima, no se discriminando na fatura um valor menor correspondente poro utilizada. O que ocorria antes da smula 391 que o ICMS era recolhido sobre a energia contratada e no sobre a energia efetivamente utilizada. Assim o STJ entendeu que o contribuinte final tinha razo. Quem contribuinte de direito do ICMS a concessionria, pois trata-se de tributo indireto, que repassado embutido no preo da energia eltrica para os consumidores finais. O consumidor final por ter suportado o nus, foi reclamar que estava pagando ICMS sobre energia contratada e no sobre a efetivamente utilizada e o STJ deu provimento ao pedido com a smula 391. O consumidor final pediu tambm ao STJ de forma cumulativa a restituio. Mas o STJ nos termos do art. 165 c/c com 121 do CTN indeferiu o pedido de restituio. Para que ocorresse esta restituio o contribuinte de direito, no caso a concessionria, precisava nos termos do art. 166 do CTN ter autorizao do consumidor final para conseguir a restituio ou provar que havia suportado o nus no repassando o imposto.MAS..... Recentemente final de 2012, o STJ modificou seu entendimento e decidiu que o consumidor final, apenas e to somente no caso de ICMS energia eltrica pode pedir a restituio. Pois, no caso como o contribuinte de direito a concessionria, ela no tem interesse de seguir a orientao do STJ de recolher o ICMS sobre o valor da energia efetivamente utilizada, mas sobre a energia contratada. A concessionria no tem legitimidade mais para pedir restituio, o consumidor final que tem tal legitimidade. Tal posicionamento ampara-se no fato de que a prpria lei regulamentadora das concesses (lei 8987/95 e art. 4 da lei 9.074/95) prev que a criao, alterao ou extino de tributos implica a reviso da tarifa.

Quinta hiptese de incidncia do ICMS: sobre a importao (de bem, mercadoria e servio) - art 1552 IX,a CF A partir da Ec33/2001 todo mundo que importar um produto dever pagar o ICMS na importao, mesmo se no for comerciante/ contribuinte habitual. O imposto neste caso caber ao estado onde estiver situado o domiclio ou estabelecimento do destinatrio da mercadoria, bem ou servio. O STF entende que legtima a cobrana do imposto por ocasio do desembarao aduaneiro. Smula 661. A crtica que a doutrina faz sobre a incidncia do ICMS sobre produtos, e no apenas sobre mercadoria. E no se pode aceitar ICMS sobre produto, para uso privado, que no ser colocado em prateleiras para comercializar. Assim, em sede de repercusso geral o STF esta analisando a situao, se constitucional ou no a Ec33/2001. A smula 660 ( no est mais em vigor) do STF foi republicada em 2003, depois da EC33 para dizer que somente o contribuinte habitual/comerciante poder recolher, ocorre que esta smula, refere-se importao de mercadorias e produtos antes da Ec33 e assim somente quem fosse comerciante/contribuinte habitual recolheria. No entanto, aps a EC33 est previsto na CF que todo mundo deve recolher o ICMS importao, at que o STF se manifeste. O art. 1552 IX, a.

Nas operaes de importao a base de clculo do ICMS o valor constante do documento de importao, acrescido do valor do imposto de importao, IPI e IOF, bem como de quaisquer outros tributos e despesas aduaneiras. (Art. 13, V LC 87/96). Ateno: No integra a base de clculo do ICMS o montante do IPI, quando a operao, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado industrializao ou comercializao, configurar fato gerador de ambos os impostos. (Art. 155, 2,XI ou LC 87/96 art. 13, 2) Para que o IPI no faa parte da base de clculo do ICMS devem ser observadas as seguintes situaes:a) A operao deve ser realizada entre contribuintes do ICMS.b) O produto deve ser destinado industrializao ou comercializao. No pode ser mercadoria destinada ao fim da cadeia produtiva.c) A operao deve configurar fato gerador do IPI e do ICMS.

Ex: Ambos caracterizam prestao de dar: trata-se da entrega de um produto que passou por um processo de industrializao (IPI) mas o ICMS implica na mera transferncia de titularidade de uma mercadoria. O que muda o FG. Fabricante vende o produto ao preo de 10 mil reais, para um outro contribuinte. Ocorre o FG de ICMS e IPI. O valor do IPI foi de 1500 e na regra geral a base de clculo do ICMS 11.500,00. Porm se o comprador da mercadoria for utiliz-la em uma nova etapa de fabricao, ou vai vender esse produto, o clculo de ICMS no considera o valor de IPI em sua base de clculo. O IPI faz parte da base clculo quando o comprador vai consumir a mercadoria adquirida, se ele for repassar a mercadoria no se considera o IPI na base de clculo do ICMS. Se a mercadoria destinar-se ao consumo ou ao ativo fixo do adquirente, inclui-se o IPI na base de clculo do ICMS.Hipteses de imunidades especficas do ICMS art. 1552 X CF Operaes com livros, jornais, peridicos e o papel destinado a sua impresso art. 150,VI,d CF A imunidade apenas para impostos: ICMS, II, IE, IPI. O caso de PIS/COFINS iseno.

Exportaes Nas exportaes no incide ICMS, mas o exportador pode ficar com o crdito de ICMS relativo s operaes anteriores. Art. 155,2 XII A LC 87/96 ampliou os casos de no incidncia, permitidos por este dispositivo (Art. 155,2 XII,e) Mesmo se a empresa que vai exportar recorrer a uma outra empresa para exportar, no incidir ICMS. Geralmente esta outra empresa uma trading, que compra do empresrio com a obrigao de exportar, via de regra as tradings possuem os contatos, os caminhos para a exportao. art. 3, nico I, LC 87/96.

Se a empresa mandar seus produtos para o entreposto aduaneiro, para que este possa promover a exportao. O entreposto uma rea controlada pela receita, o prazo para que a mercadoria fique entrepostada no mximo 180 dias. A vantagem desta alternativa que a empresa exportadora pode antecipar os crditos presumidos de exportao. art. 3, nico, II, LC 87/96.

Operaes interestaduais relativas energia eltrica e petrleo, inclusive lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos dele derivados, destinados comercializao/industrializao. art. 3, III LC 87/96 Se consumidor final tem ICMS, caso contrrio no.

Operaes com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial. Nesse caso incide s IOF. Art. 1535 CF. art. 3, IV LC 87/96 Se for ouro mercadoria incide ICMS e IPI.

Quando o prestador de servio utiliza instrumentos/aparelhos/equipamentos em sua atividade prestadora, sobre esta atividade incidir o ISS, porm no incidir ICMS sobre os instrumentos/equipamentos, etc. art. 3, V LC 87/96. Transferncia de propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espcie. Nesse caso, mesmo que tenham mercadorias no estoque no incide ICMS, pois foi vendida a empresa inteira. Quando as mercadorias forem vendidas pelo novo dono, o ICMS incidir normalmente, sobre as operaes jurdicas de circulao de mercadorias. Nos casos de alienao fiduciria, NO h que se falar em ICMS. Ex. aquisio de veculo. art. 3, VII LC 87/96. Quando financiado o banco que titular do veculo. O ICMS foi pago no momento da aquisio do veculo, no h ICMS quando acaba o gravame/alienao. na transferncia do banco para o alienante que no h ICMS. A mesma situao ocorre quando ocorre o no pagamento e o banco pega de volta o veculo. Sobre venda comum incide ICMS. Salvados de sinistro, no caso de seguros, a seguradora fica com o que restou do bem segurado e aproveita algo, as operaes decorrentes desta situao no geram ICMS. A seguradora reembolsa o segurado e fica com o bem, nessa operao NO h ICMS. Art. 3, IX LC 87/96.

Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicao industrial de mdias pticas de leitura a laser. (Includa pela Emenda Constitucional n 75, de 15.10.2013) Todos os impostos incidentes na cadeia produtiva de um CD ou DVD, que vai desde a contratao de estdio, msico, mixagem, produo, at a distribuio a lojas para venda a consumidores finais (exceto a industrializao na fase final, de multiplicao de cpias idnticas) ser beneficiada pela imunidade. Observe-se que no gnero impostos no se inserem as contribuies (ao PIS, COFINS, contribuio previdenciria, CSLL, Cide-royalties), j que as contribuies sociais so outra espcie do gnero tributos e no esto abrangidas por essa imunidade. Trazendo esses reflexos tributrios de forma sistemtica, temos: Primeira etapa de produo dos CDs, DVDs e Bu-Rays - contratao de estdio, msico, mixagem, produo fonogrfica e videofonogrfica IR e ISS: via de regra, a imunidade destes impostos ter reflexo primeiro no preo dos servios, que em tese ser menor haja vista no haver esse custo por parte das empresas que o realizam.

Segunda etapa: replicao dos CDs, DVDs e Bu-Rays (fabricao) ICMS e IPI: sero normalmente tributveis.

Terceira etapa: distribuio e venda dos CDs, DVDs e Bu-Rays ICMS e IR: esta etapa ser imune do ICMS e do IR gerado na venda desses produtos.Ref. http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI191564,101048-Imunidade+tributaria+dos+CDs+e+DVDs+analise+da+EC+7513 Sujeitos da Relao Tributria: O art. 155 da CF determina que competir lei complementar a definio dos contribuintes. O sujeito passivo estabelecido na LC n 87/96 no art. 4: Pessoas que pratiquem operaes relativas circulao de mercadorias; Importadores de bens de qualquer natureza; Prestadores de servios de transporte interestadual e intermunicipal; Prestadores de servios de comunicao. Pode figurar como sujeito passivo o responsvel tributrio. Estados e DF so competentes para instituir. ( sujeitos ativo) Contribuinte: qualquer pessoa fsica ou jurdica que realize com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial operao de circulao de mercadoria ou prestao de servio de transporte interestadual ou intermunicipal e de comunicao, ainda que iniciadas no exterior. ATENO! Considera-se tambm como contribuinte quem realiza operaes de importao, mesmo que de forma no habitual. Fica prejudicada a Smula 660 do STF. O contribuinte do ICMS via de regra o empresrio art. 966- CC Quem exerce profissionalmente atividade econmica organizada para a produo ou a circulao e bens e servios. A lei poder atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do imposto. A lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crdito tributrio a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigao, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em carter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigao (art. 128, CTN). A responsabilidade tributria prevista no CTN art. 128 a 138. O art. 121 do CTN refere-se ao sujeito passivo da obrigao tributria: Contribuinte: quem pratica o FG ou Responsvel: terceiro que tem relao com o FG., mas que no contribuinte (no praticou o FG). Esta terceira pessoa deve estar vinculada ao FG.Ver art. 134 CTN. Responsabilidade por substituio: O indivduo que pratica o fato gerador jamais chega a ser, realmente, sujeito passivo da obrigao tendo em vista a existncia prvia de dispositivo legal, atribuindo a responsabilidade a uma terceira pessoa. A dvida desde sua origem, em decorrncia de previso legal do prprio responsvel, muito embora este no tenha realizado o fato gerador.

O instituto utilizado para o recolhimento da maior parte dos tributos no Brasil. Segundo Leandro Paulsen, o Fisco emprega tal tcnica na arrecadao do imposto sobre a renda, sobre a circulao de mercadorias, sobre a prestao de servios, sobre as operaes de crdito e seguros, bem como nas contribuies sociais.

Pode ocorrer a substituio tributria em duas situaes: Para trs, ou regressiva", ocorre a postergao do pagamento do tributo para uma etapa seguinte a ocorrncia do fato gerador. A hiptese de incidncia j ocorreu, e, o vnculo obrigacional j est formado, mas, a extino do crdito tributrio apenas ocorrer na operao subsequente. Aqui, o substituto terceira pessoa vinculada ao fato gerador anteriormente ocorrido. Art. 128 CTN O pagamento do tributo efetuado posteriormente ocorrncia do fato gerador. Nessa espcie de substituio tributria, tambm conhecida como diferimento, o ressarcimento financeiro do substituto se d imediatamente na nota fiscal, descontando-se do valor da mercadoria a ser paga ao substituto, a quantia referente ao tributo recolhido ao Fisco. Assim temos como exemplo: no caso de vrios produtores de soja, que vendem seu produto para a COCA-COLA fabricar sucos, pode ocorrer que o fisco venha a cobrar sobre a obrigao tributria da Coca Cola em momento posterior, para facilitar a fiscalizao. Ex 2: Sacha Calmon cita o caso dos frigorficos, que substituem os vendedores de bois, porcos ou perus, e das cooperativas de leite, que substituem os produtores. Eduardo Sabbag tambm cita o caso do leite cru, sucatas e cana em caule.

Na prtica, no h prejuzo para nenhuma das partes, e ainda h uma vantagem para o fisco: A diminuio da evaso fiscal, justamente porque a fiscalizao tributria ser concentrada em uma nica pessoa, o industrial.

Exigir dos pequenos produtores rurais o adimplemento de alguma espcie tributria extremamente difcil para o fisco, uma vez que tais pessoas no possuem organizao ou aparelhamento contbil suficiente para manter um registro confivel. Eduardo Sabbag explica com clareza o mecanismo da substituio tributria para trs: O produtor rural de leite cru distribui seu produto para empresa de laticnios. O escolhido por lei para recolher o tributo a empresa de laticnios. Assim, o fato gerador ocorreu l atrs, na sada da propriedade rural, e o recolhimento feito aqui na frente (laticnio). Portanto, adia-se ou difere-se o pagamento, dando azo figura do diferimento. Diferimento a postergao do recolhimento do tributo indireto para um momento ulterior ao da ocorrncia do fato gerador. O fato gerador ocorre l atrs, na sada da propriedade do vendedor, mas o recolhimento feito c na frente. Para frente (progressiva ou por antecipao): o contribuinte recolhe antecipadamente o ICMS sobre venda que ser realizada no futuro. Recolhe-se um valor relativo a fato futuro e incerto. Nesta situao, por se tratar de FG presumido (no provisrio) o STF entende que no d direito restituio ou complementao quando pago maior ou a menor. A restituio s ocorrer se no houver o resultado final. "A lei poder atribuir a sujeito passivo de obrigao tributria a condio de responsvel pelo pagamento de imposto ou contribuio, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituio da quantia paga, caso no se realize o fato gerador presumido". Artigo 150, 7. A principal finalidade deste instituto facilitar o controle na arrecadao de determinados tributos, de forma a evitar a sonegao e evaso fiscal. Em contrapartida, seu maior problema est exatamente em considerar um fato gerador que ainda no se concretizou. Assim, alm de seu prprio tributo, o substituto deve arcar, desde j, com o tributo referente ao substitudo previamente prpria ocorrncia do fato gerador. Por exemplo, a AMBEV vai redistribuir a cerveja para diversos bares, o fato gerador da venda dessas garrafas pelos bares aos consumidores finais ainda no ocorreu (fato gerador futuro), mas a LEI pode (para fins de facilitar a arrecadao) presumir os valores e cobr-los da AMBEV. Este regime de recolhimento tem sido aplicado em diversos setores, tais como combustvel, lubrificante, veculo novo, lcool carburente, energia eltrica, fumo, cimento, refrigerante, cerveja, gua mineral, sorvete e fruta. A sada do veculo produzido na indstria automobilstica em direo concessionria. O fato gerador ocorrer em momento ulterior, com a venda do veculo na concessionria, porm o ICMS recolhido antes da ocorrncia do fato imponvel. a substituio tributria para frente, pois o fato gerador ocorrer na frente. Foi proposta uma ADIn n. 1.851-4/AL em relao ao 7 do art. 150 da CF, mas a questo foi esclarecida da seguinte forma: No h que se falar em inocorrncia do fato gerador. No se trata de idealizar uma fico jurdica. H a ocorrncia de um fato gerador que se presume. Tal presuno somente afastada na hiptese do fato gerador no se concretizar, ocasio em que ser promovida a respectiva restituio.