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IECLB • Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil Março/Abril 2011 Joinville Luterano 16 “Glória a Deus e paz na terra” faz parte da mensagem proferida pelos anjos que indicaram aos pastores o lugar onde Je- sus Cristo havia nascido. Trata-se de um texto natalino e, portanto, inspirador de renovadas esperanças. Nós gloricamos a Deus porque Deus veio a nós em Jesus Cristo. Também o gloricamos porque Deus criou a nós e a tudo o que existe e é Deus quem mantém esta criação. A criação é um elemento muito impor- tante dentro da concepção cristã de fé. A Bíblia relata que Deus criou tudo o que existe. O livro de Gênesis apresenta dois relatos da criação: Gn 1.1-2.3 e 2.4-25. Des- tes relatos, destacamos o v. 2.3, no qual, é relatada a santicação do sétimo dia, o dia do descanso, no qual Deus viu como era boa sua obra. Também o v. 2.15, em que o autor de Gênesis arma que Deus colocou o ser humano no Jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo. Além de ser boa obra de Deus, os seres humanos fo- ram especialmente incumbidos de cuidar da criação. No primeiro artigo do Credo Apostólico confessamos crer em “Deus Pai, todo-po- deroso, criador do céu e da terra.” Nosso Deus é um Deus criador, que elaborou a criação a partir do nada. Desrespeito a essa criação signica desrespeito ao pró- prio criador. Na explicação a esse artigo do Credo Apostólico, o Reformador Mar- tim Lutero enfatizou que Deus também mantém a criação, dando-lhe condições para que seja produzido tudo quanto seja necessário para uma vida digna. Por isso, a natureza precisa ser cuidada e de modo algum abusada e agredida. O tempo atual nos remete a uma gran- de necessidade de reetir sobre paz e falta de paz na Criação. Trata-se de uma paz que se traduz em respeito e compro- misso. É importante que a igreja volte a reetir sobre a relação do ser humano com o restante da Criação, sobre a relação entre a preservação da natureza e suas implicações para com a paz e os direitos humanos, sobre a relação entre Criação e economia, Criação e questões de gênero, Criação e diversidade étnica. Já no Concílio de Chapada dos Guima- rães, no ano de 2000, a IECLB lançava um manifesto onde armava: A teologia da graça nos anima e fortalece na esperança e no compromisso transfor- mador diante da ideologia do crescimento e acumulação ilimitados. Ela também pre- vine contra uma teologia que enaltece o consumo como um m em si mesmo ou glorica a prosperidade desvinculada dos valores da justiça. O que temos e somos não constitui mérito nosso, mas repre- senta dádiva e graça de Deus. Somos tão somente parte da criação divina. A criação nos é conada a nosso cuidado, jamais para sua exploração. (Manifesto de Cha- pada dos Guimarães, 2000) A realidade mostra que a Criação está perigosamente ameaçada! É fato inques- tionável que o desequilíbrio ecológico ameaça a vida (em geral e do ser humano em particular). Estamos vivendo uma épo- ca de agudo descontrole das condições climáticas. Testemunhamos e/ou somos vítimas de calor ou frio excessivo, enchen- tes, temporais, terremotos, deslizamen- tos, que causam destruição e morte – ou seja, falta Paz na Criação! Também comu- nidades da IECLB têm sido fortemente afetadas. Em seu posicionamento sobre Bioética, de 2008, a Presidência da IECLB arma: De fato, há uma fraternidade na tragé- dia e na esperança entre todos os seres vivos. Na tragédia, porque a criação como um todo sofre a realidade da morte, que também se mostra na destruição dos se- res vivos (Rm 8.20, 22-23). Mas há tam- bém uma solidariedade na esperança, porque todos aguardam pela realização do Reino de Deus, que signica a supe- ração da morte e do sofrimento (Rm 8.19, 21, 24-25). Entretanto, isso não dispensa o cristão de assumir sua tarefa de ser um bom administrador, cuidando da boa cria- ção de Deus (Gn 2.15). Somos chamados à responsabilidade, ou seja, devemos res- ponder pelos nossos atos diante do Deus vivo e verdadeiro. O tema “mudanças climáticas” é um assunto bastante candente e até mesmo polêmico, já que não encontra consenso geral na comunidade cientíca. A confe- rência de Copenhagen, em nal de 2009, foi uma tentativa de comprometer países a diminuírem suas emissões de agentes poluentes. Infelizmente não houve o com- prometimento necessário e se considera a conferência como tendo sido um fracasso. A IECLB é uma igreja de Jesus Cristo que procura testemunhar o amor de Deus em solo brasileiro. Sua voz profética e seu comprometimento com tudo aquilo que diz respeito à vida digna e justa é um de seus pontos mais fortes. Impossível para esta igreja colocar-se como instrumento da missão de Deus sem levar em conta toda a Criação de Deus, da qual o ser hu- mano é uma pequena parte. Trata-se de colocar-se a serviço para que haja paz na Criação de Deus. Obs.: Texto adaptado pelo P. Jairo Gustavo Ferreira Cruz, da carta do Texto Motivacional emitida pela IECLB. O texto pode ser visto na integra, no Portal Luteranos, no endereço a seguir. No dia 13 de março será o lançamento ocial do Tema. Acompanhe mais informações sobre o tema do ano no Portal Lute- ranos, acessando www.luteranos.com.br/tema2011 Tema do ano 2011 Paz na Criação de Deus - Esperança e Compromisso Lema: Glória a Deus e Paz na Terra (Lucas 2.14) Walter Altmann | Ex-pastor presidente da IECLB Joinville Luterano Comunidade Evangélica de Joinville | Ano XI • nº 63 • Mar/Abr 2011 Tema do ano 2011 Pág. 10 Pág. 13 Pág. 16 A manifestação da vida Pág. 9 Catástrofe “Sua confiança é tão grande quanto seu senhor” Investidura dos Pastores Sinodais A arte faz parte Pág. 5 P S Páscoa

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Page 1: Joinville Luteranotwcnet.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/02/Luterano-63.pdf · JOINVILLE LUTERANO Fundado em abril de 1965 Informativo Bimestral da Comunidade Evangélica de Joinville,

IECLB • Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil

Março/Abril 2011 Joinville Luterano16

“Glória a Deus e paz na terra” faz parte da mensagem proferida pelos anjos que indicaram aos pastores o lugar onde Je-sus Cristo havia nascido. Trata-se de um texto natalino e, portanto, inspirador de renovadas esperanças. Nós glorifi camos a Deus porque Deus veio a nós em Jesus Cristo. Também o glorifi camos porque Deus criou a nós e a tudo o que existe e é Deus quem mantém esta criação.

A criação é um elemento muito impor-tante dentro da concepção cristã de fé. A Bíblia relata que Deus criou tudo o que existe. O livro de Gênesis apresenta dois relatos da criação: Gn 1.1-2.3 e 2.4-25. Des-tes relatos, destacamos o v. 2.3, no qual, é relatada a santifi cação do sétimo dia, o dia do descanso, no qual Deus viu como era boa sua obra. Também o v. 2.15, em que o autor de Gênesis afi rma que Deus colocou o ser humano no Jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo. Além de ser boa obra de Deus, os seres humanos fo-ram especialmente incumbidos de cuidar da criação.

No primeiro artigo do Credo Apostólico confessamos crer em “Deus Pai, todo-po-deroso, criador do céu e da terra.” Nosso Deus é um Deus criador, que elaborou a criação a partir do nada. Desrespeito a essa criação signifi ca desrespeito ao pró-prio criador. Na explicação a esse artigo do Credo Apostólico, o Reformador Mar-tim Lutero enfatizou que Deus também mantém a criação, dando-lhe condições para que seja produzido tudo quanto seja

necessário para uma vida digna. Por isso, a natureza precisa ser cuidada e de modo algum abusada e agredida.

O tempo atual nos remete a uma gran-de necessidade de refl etir sobre paz e falta de paz na Criação. Trata-se de uma paz que se traduz em respeito e compro-misso. É importante que a igreja volte a refl etir sobre a relação do ser humano com o restante da Criação, sobre a relação entre a preservação da natureza e suas implicações para com a paz e os direitos humanos, sobre a relação entre Criação e economia, Criação e questões de gênero, Criação e diversidade étnica.

Já no Concílio de Chapada dos Guima-rães, no ano de 2000, a IECLB lançava um manifesto onde afi rmava:

A teologia da graça nos anima e fortalece na esperança e no compromisso transfor-mador diante da ideologia do crescimento e acumulação ilimitados. Ela também pre-vine contra uma teologia que enaltece o consumo como um fi m em si mesmo ou glorifi ca a prosperidade desvinculada dos valores da justiça. O que temos e somos não constitui mérito nosso, mas repre-senta dádiva e graça de Deus. Somos tão somente parte da criação divina. A criação nos é confi ada a nosso cuidado, jamais para sua exploração. (Manifesto de Cha-pada dos Guimarães, 2000)

A realidade mostra que a Criação está perigosamente ameaçada! É fato inques-tionável que o desequilíbrio ecológico ameaça a vida (em geral e do ser humano

em particular). Estamos vivendo uma épo-ca de agudo descontrole das condições climáticas. Testemunhamos e/ou somos vítimas de calor ou frio excessivo, enchen-tes, temporais, terremotos, deslizamen-tos, que causam destruição e morte – ou seja, falta Paz na Criação! Também comu-nidades da IECLB têm sido fortemente afetadas.

Em seu posicionamento sobre Bioética, de 2008, a Presidência da IECLB afi rma:

De fato, há uma fraternidade na tragé-dia e na esperança entre todos os seres vivos. Na tragédia, porque a criação como um todo sofre a realidade da morte, que também se mostra na destruição dos se-res vivos (Rm 8.20, 22-23). Mas há tam-bém uma solidariedade na esperança, porque todos aguardam pela realização do Reino de Deus, que signifi ca a supe-ração da morte e do sofrimento (Rm 8.19, 21, 24-25). Entretanto, isso não dispensa o cristão de assumir sua tarefa de ser um bom administrador, cuidando da boa cria-ção de Deus (Gn 2.15). Somos chamados à responsabilidade, ou seja, devemos res-ponder pelos nossos atos diante do Deus

vivo e verdadeiro.O tema “mudanças climáticas” é um

assunto bastante candente e até mesmo polêmico, já que não encontra consenso geral na comunidade científi ca. A confe-rência de Copenhagen, em fi nal de 2009, foi uma tentativa de comprometer países a diminuírem suas emissões de agentes poluentes. Infelizmente não houve o com-prometimento necessário e se considera a conferência como tendo sido um fracasso.

A IECLB é uma igreja de Jesus Cristo que procura testemunhar o amor de Deus em solo brasileiro. Sua voz profética e seu comprometimento com tudo aquilo que diz respeito à vida digna e justa é um de seus pontos mais fortes. Impossível para esta igreja colocar-se como instrumento da missão de Deus sem levar em conta toda a Criação de Deus, da qual o ser hu-mano é uma pequena parte. Trata-se de colocar-se a serviço para que haja paz na Criação de Deus.

Obs.: Texto adaptado pelo P. Jairo Gustavo Ferreira Cruz, da carta do Texto Motivacional emitida pela IECLB. O texto pode ser visto na integra, no Portal Luteranos, no endereço a seguir.

No dia 13 de março será o lançamento ofi cial do Tema.

Acompanhe mais informações sobre o tema do ano no Portal Lute-ranos, acessando www.luteranos.com.br/tema2011

Tema do ano 2011Paz na Criação de Deus - Esperança e Compromisso

Lema: Glória a Deus e Paz na Terra (Lucas 2.14)Walter Altmann | Ex-pastor presidente da IECLB

Joinville LuteranoComunidade Evangélica de Joinville | Ano XI • nº 63 • Mar/Abr 2011

Tema do ano 2011

Pág. 10 Pág. 13 Pág. 16

A manifestação da vidaPág. 9

Catástrofe“Sua

confiança é tão grande quanto seu

senhor”

Investidura dos

Pastores Sinodais

A arte faz parte

Pág. 5

PS

Páscoa

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IECLB • Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil

Março/Abril 2011 Joinville Luterano2

Comunidade Evangélica

de Joinville

Rua Princesa Isabel, 508 - Joinville/SCCentro Cx. Postal 214

CEP 89.201.270Tel. (47) 3903-1800 FAX (47) 3903-1801

[email protected] www.luteranos.com.br/cejup

PRESIDENTE

Francisco Carlos Brunken Filho

JOINVILLE LUTERANO

Fundado em abril de 1965Informativo Bimestral da

Comunidade Evangélica de Joinville, fi liada à Igreja Evangélica de

Confi ssão Luterana no Brasil/IECLB

CONSELHO EDITORIAL

Curt KlemzCristina Kühl

P. Ernâni Marino PetryIvone Ehmke KanzlerJaqueline Elise Koch

P. Jairo Gustavo Ferreira CruzLais Mezzari

Miss. Oziel Gustavo MarianNilson Vanderlei Weirich

Nivaldo KleinNivaldo Mathies

Oscar WilkeRenato Ganske

Roberto Luiz Carmeiro

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Jucemar da Cruz - 103 DRT/SC

EDIÇÃO

TWC Comunicação

DIAGRAMAÇÃO

TWC Comunicação

FOTOS

CEJ e Banco de Imagens

IMPRESSÃO

Jornal A NotíciaTIRAGEM

7.500 exemplaresArtigos assinados são de

responsabilidade de seus autores.Fechamento da próxima edição

24/03/2011

Cartas e matérias entregues apósesta data serão publicadas

na edição seguinte.

A PALAVRA DE DEUS NA MÍDIA

RESPOSTAS PARA A VIDARádio Cultura • AM 1250 Khz • Domingo - 7h

CULTO EM CASARádio Colon • AM 1090 Khz • Domingo - 9h

Março - Par. Cristo RedentorAbril - Par. São Mateus

PROGRAMA CASTELO FORTE

Sábados: 13hRádio Arca da Aliança • Rádio Difusora AM - 1480Khz

www.arcadaalianca.com.br

EXPEDIENTE EDITORIAL

MURAL

PARÓQUIA MARTIN LUTHER

CONVITE:SABOREIE UM GALETO OU UM SUCULENTO CHURRASCO!

A Paróquia Martin Luther convida para o Almoço Comunitário. Colabore também com nossa “Ação entre Amigos”, com belos

prêmios. Data: 20 de março, domingo

Programação:09h - Culto

12h - Almoço, com Churrasco e GaletoAdquira seu cartão de almoço na Secretaria da Paróquia - Rua

Tubarão, 326 - Bairro AméricaContamos com sua presença. Você é nosso convidado

Venha saborear deliciosos pastéis!

NOITE DO PASTEL

12/03/2011 - A partir das 18h

Local: PARÓQUIA CRISTO REDENTORRua Jaú, 288

Cantinho do leitor

Olá, Pastor Jairo

“Na última edição do jornal Joinville Luterano o artigo ‘férias lembra o que? Bicicleta’ parece que foi

escrito para mim, que com os meus 59 anos de idade, nunca aprendi a dirigir automóvel e tenho a bicicleta como meio de locomoção. Já estive

aí na Paróquia Unidos em Cristo, assistindo vários cultos, com a

minha bike, pedalando aqui de São Francisco do Sul onde moro há

38 anos. Hoje já está se tornando “xique” andar de bicicleta, já temos em Joinville, o Movimento Pedala

Joinville, que fazem pedaladas todas as noites e fi nais de semana.

Parabéns pelo artigo.

Saudações

Heins Gross

São Francisco do Sul - SC

eitor

- SC

Sintonizados com o Tema 2011 da IECLB “Paz na criação de Deus”, alegremente publicamos a 63ª edição do jornal Joinville Luterano. A vida em comunidade signifi ca dividir ale-grias e difi culdades, cuidar do espí-rito, mas também de tudo que Deus criou e deixou para nós. Neste início de ano tivemos muitas provas da for-ça da natureza e principalmente de como devemos estar alertas e respei-tar o meio ambiente. Certos de que Deus irá restaurar cada coração parti-do e nos fortalecer ainda mais, agra-decemos a todos que se dedicaram de

alguma forma para reconstruir a vida das pessoas que perderam entes que-ridos e bens materiais. Com o pensa-mento em Deus, haja o que houver, sempre seremos mais fortes, como as pessoas da cidade de Nova Friburgo (RJ) que deram seu testemunho de força e confi ança.

A mesma esperança também é compartilhada pelo movimento ecu-mênico de mulheres de todo o mun-do, que desde 1887 dão sentido ao Dia Mundial de Oração que este ano será em 04 de março, lembrado com atividades especiais nas comunida-

des evangélicas.Iniciamos também nosso ano com

muitas ações e visitações importantes. Como o projeto de evangelização em Teresina, Nordeste, as apresentações ecumênicas e cuidadoras, a volta do programa “Castelo Forte” e a práti-ca da fé nas férias de verão. Também trouxemos matéria que ilustra a inves-tidura dos pastores sinodais, artigos para esclarecer nossa vida em comu-nidade e muitas informações para tornar nosso dia a dia mais prazeroso junto com Deus. Aproveite cada linha do nosso jornal Luterano e boa leitura.

IECLB • Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil

Março/Abril 2011Joinville Luterano 15

Jacqueline Elise Koch

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IECLB • Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil

Março/Abril 2011 Joinville Luterano14

SaudadesPar. Martin Luther | Isolde e Ronald Wolter

O Pastor Otto Tollefson, faleceu no dia 24 de dezembro de 2010, bem na Véspera de Natal, ao lado de seus familiares.

Apesar da distância, ele traz um grande vazio para nós, pois foi um pai e irmão na fé, que deixa muitas recordações.

Lembramos as evangelizações, os grupos “ECO”, os retiros com a JE, as Es-colas Bíblicas de férias e outros programas.

Somos gratos a ele que nos ensinou o caminho de Jesus Cristo através da fé.Nossa Comunidade, nossa família e nossos amigos tem muito à agradecer

pela sua missão em nossa Igreja em Joinville e jamais vamos esquecer o que ele fez por nós.

Falecimento do P. Otto Carlyle TollefsonNo dia da véspera de Natal faleceu o

mui querido e amado P. Otto Tollefson.Ele nasceu em 16 de Janeiro de 1931

em Fergus Falls, MN, EUA. Graduou-se Queen Anne HS, Lutheran Bible Institu-te, PLU e Luther Seminary, Minneapolis. Atuou como missionário no Brasil de 1958 a 1977. P. Otto faleceu aos 79 anos de idade, no dia 24 de dezembro de 2010 às 16h55, de câncer no cólon.

Veio ao Brasil, enviado pela Igreja Evan-gelica Luterana dos EUA, para inicialmente permanecer em Campinas por 1 ano - SP e Cianorte - PR, trabalhando durante 7 anos como Reitor de escolas da missão e também colaborou com o Pastorado e então a mis-são, indicou o seu nome para a comunida-de como pessoa que poderia talvez assumir o trabalho em Joinville. Sendo então trans-ferido para Joinville a convite da Diretoria da CEJ, em 1965, permanecendo até 1976.

Quando a família chegou em Joinville, sentiu um choque cultural, pois a cultura de Joinville era completamente diferente daquele que passou em Campinas e dos sete anos no norte do Paraná – Joinville era uma cidade nova, arquitetura diferente; aqui as igrejas eram grandes, tradicionais. Quando chegaram em Joinville, haviam poucas Escolas Bíblicas. Horas bíblicas eram realizadas nas igrejas ou no salão da paróquia, eram mais em forma de prele-ções. Diz o P. Otto, que no Programa de Mordomia e Evangelização, os membros assumiram uma parte do trabalho e lide-raram grupos E.C.O. (Sigla dos grupos de estudo com objetivo de Estudar, Comparti-lhar e Orar) e assim grupos de 8 a 12 pes-soas se reuniam nas casas. Chegou a ter, se não se engana, 52 grupos. Mais tarde tam-bém iniciaram o programa que se chamava Encontros no Caminho - 5 estudos anuais sempre nos meses de maio a setembro, também dirigidos pelos membros. Os Pas-tores se reuniam para orientar os líderes. Isso deu mais um impulso, pois quando os membros tem que liderar grupos, eles se aprofundam mais na fé e assim eles podiam no âmbito da casa, compartilhar

e trocar ideias, e não só ouvir. Externar opiniões. Descobriram que os dirigentes, alguns, mesmo não tendo muita formação, às vezes eram os melhores dirigentes de grupos. Eles tinham um Dom Espiritual para liderar seu grupo.

Uma recordação que ele guardou pela passagem por Joinville, foi de como a Comunidade, os Pastores eram muito ligados, todos se apoiavam mutuamente. Trabalhavam como equipe, em todos os sentidos. Ele era encarregado do Depar-tamento de Evangelização e Mordomia e em colaboração com os demais pastores, exemplo disso era o P. Werner Zieschler, que fazia as traduções dos estudos do português para o alemão, para publicar nas duas línguas e os outros pastores também estavam envolvidos nos treina-mentos dos visitadores da Mordomia.

Ao deixar a Comunidade de Joinville, disse que nunca havia chorado tanto. Na-quela época, pensar em deixar a Comu-nidade foi difícil, porque tinham decidido fi car no Brasil até ao fi nal do Ministério. Porém sentiram que era necessário voltar aos Estados Unidos, devido a situação fami-liar. A sua sogra estava com problemas de saúde a Bárbara como fi lha única, longe, e três fi lhos que precisavam ingressar nas universidades nos E.U.A. Então decidiram, que era melhor voltar. Mas foi muito, muito difícil deixar o Brasil.

P. Otto voltou ao Brasil diversas vezes, mas na última, fi cou impressionado com o crescimento da C.E.J. Quando saíram, ha-via sete paróquias. E agora (fi nal de 2005) são dez, totalizando mais de vinte igrejas e pontos de pregação. Percebeu também o trabalho de serviço de assistência social, grupos de trabalhos, freqüência aos cultos, etc. Disse, que espera que continue assim.

A esposa do P. Otto, a Dna. Bárbara, disse, que pelo trabalho do seu marido, teve oportunidade de conhecer muitas pessoas na cidade, e um dos primeiros trabalhos foi a direção de um Coral da Ju-ventude da Comunidade, que na época era uma coisa nova. Desse trabalho ela gostou

muito, enfatizou. Ficou como regente do grupo até saírem de Joinville. Foi um de-safi o muito gostoso e continua tendo boa amizade com muitos até hoje ainda. Tam-bém não havia grupo de senhoras em por-tuguês, pois naquela época eram todos em alemão. Ela foi convidada a iniciar o traba-lho com um grupo em português, na Paró-quia Cristo Bom Pastor, mais tarde um gru-po na Cristo Redentor e também, ainda um grupo na Martin Luther. Disse ela, que foi uma coisa bem simples: tinham estudos bí-blicos, tempo de oração; foi um grupo que fi cou muito unido, e dentro do grupo cada uma fi cou se conhecendo melhor; orando, e também fi caram conhecendo melhor a Bíblia e de como ser líder de grupo.

Em suma, dna. Bárbara disse que Deus tinha lhes prometido dirigir e abençoar suas vidas, dos que O amam e eles dão gra-ças a Deus que Ele deu a oportunidade de trabalhar no Brasil, especialmente em Join-ville e isto lhes trouxe alegria e propósito de vida. Admira o que Deus lhes proporcio-nou! Em resumo, esta foi a trajetória do P. Otto e de sua esposa Bárbara em Joinville.

Conteúdo baseado na entrevista concedida ao sr. Nivaldo Klein, para o Joinville Luterano, edição 33 de mar-abr de 2006.

P. Otto e esposa Barbara, na comemoração de suas Bodas de Ouro, em julho de 2005

Otto e sua esposa Bárbara foram integrantes ativos no International Lu-theran Marriage Encounter (Encontro do Diálogo) no Brasil, Noruega, Fin-lândia e Islândia. Otto deixou enluta-dos sua esposa Bárbara, com quem era casado há 55 anos, fi lhos Scott (Don-na), Dean (Cindy) e Joel (Carrie), fi lhas Helen (Roger King) e Adel (Gordon Phillips), e 10 netas.

Não temos palavras para expres-sar nossa tristeza com o falecimento deste servo que ensinou e pregou os verdadeiros valores do Reino e através de sua vida exemplar de marido, pai, e avô, mostrou que o segredo de vida feliz é fi rmado em Jesus Cristo. Por onde passou, semeou; muito colheu, mas também, muitas sementes germi-naram, cresceram e estão dando frutos, e que só a eternidade verá, o que sua vida de fé e dedicação gerou na vida dos que estavam em sua volta. Servo fi el, que trabalhou e lutou até seus últi-mos dias para o Reino de Deus.

Colaboração de Ralf e Eliane Kirsten

IECLB • Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil

Março/Abril 2011Joinville Luterano 3

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Mozart Luiz VieiraCoordenador de Serviço

Consultor e Especialista em Dependência Química e Comunidade Terapêutica

São fatores incomparáveis e incon-troláveis. Mesmo que tentemos nos apossar deles, permanecem indepen-dentes e indomáveis. Deixam sempre claro que não nos pertencem, nem obedecem ao nosso sentido de orienta-ção espacial. Eles estão intrinsecamen-te ligados a mãe natureza e somente ela tem mecanismos de alteração de seu curso. Sempre que o equilíbrio na-tural for ameaçado, ela reagirá e nos lembrará que somos apenas seus “hos-pedes” e como tal, precisamos saber qual é nosso lugar e quais são nossos limites.

Nós, seres humanos, inteligentes e capazes de ações magnífi cas, não podemos mais fi car medindo forças com a natureza e achar que vamos sair vencedores. Em algum momento a co-brança por nossas invasões acontecerá de forma implacável. Aliás, este janeiro próximo passado não deixou a menor dúvida que o poder não está conosco.

Também é difícil fi car ouvindo, das pessoas atingidas pela reação da natu-reza, que Deus nos abandonou. O que não faz o menor sentido. Muito pelo contrário, Ele deve estar muito tris-te com tudo o que está acontecendo. Com certeza está apenas esperando nossa autorização e nosso convite para que volte a fazer parte de nossas vidas.

Precisamos lembrar que fomos nós que dissemos a Ele para não interferir e nos deixar exercer o poder de deci-são que Ele mesmo nos deu. Por isso reclamar do abandono não é justo, porque está claro que o abandonado não somos nós.

Fomos arrogantes, prepotentes e insensíveis, mas não precisamos conti-nuar assim. Basta resgatarmos a humil-dade e a dignidade de fi lhos e convidar nosso Pai a retornar às nossas vidas.

Deus criou a natureza para nos

proteger e acabamos achando que ela nunca iria precisar de nossa proteção. E talvez não precise mesmo, desde que aprendamos a respeitá-la, a amá-la, a tratá-la com carinho e a tirar dela so-mente o que ela possa nos dar. Ou seja, aprender a enxergar os limites, ser me-nos ganancioso e retribuir, devolvendo a ela o que tão generosamente nos dá: se cortarmos uma árvore, plantemos outra, por exemplo.

Nas outras áreas de nossas vidas não é diferente. De vez em quando fazemos coisas, das quais não nos or-gulhamos e “espertamente” as empur-ramos para debaixo do “tapete do es-quecimento”: um abraço que deixamos de dar, um eu te amo que deixamos de dizer, um auxílio que deixamos de prestar, um cumprimento que dei-xamos de fazer, ou um cuidado que deixamos de ter. Criamos a ilusão de que talvez ninguém tenha notado a escorregada. Mas, nós sabemos e é isso que importa. Precisamos corrigir e limpar nossa consciência. Precisamos aprender a pedir perdão e perdoar a nós mesmos.

A melhor forma que conheço de alcançar o alívio por nossas falhas, é fazer, com toda a profundidade ne-cessária, a Oração da Serenidade, que norteia nossos passos diariamente: Concedei-nos Senhor, a serenidade ne-cessária para aceitar as coisas que não podemos modifi car; coragem para mo-difi car aquelas que podemos; e sabe-doria para distinguir umas das outras.

Só por hoje. Força.

Após esta oração, com toda certe-za, conseguiremos despertar o desejo pela correção, porque entenderemos que o perdão não depende da aprova-ção dos outros, mas de atitudes pesso-ais. Após alcançarmos este equilíbrio, vislumbraremos uma melhor relação com as pessoas que nos cercam, conos-co mesmo e consequentemente com o ambiente onde vivemos.

SERVIÇO DE PREVENÇÃO

E TRATAMENTO DE

DEPENDÊNCIA QUÍMICA

(ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS)

E JOGO PATOLÓGICO

CONHECENDO LUTEROCONHECER PARA VENCER

TEMPO E ESPAÇO

A Teologia Luterana e as correntes de e-mails

Par. Apóstolos | P. Dr. Leandro Otto Hofstätter

Todos já devem ter tido a experiência de receber e-mails propondo correntes. Certa feita, um me chamou a atenção. Eis um resumo. Um guri de 4 anos no leito de um hospital. Ao redor dele, seu pai e sua mãe atentos ao que o médico falava. — O problema no coração é grave . Assim o médico lhes explicava a doença e a cirurgia. O guri entrou na conversa: Quando o senhor abrir o meu coração, Jesus vai estar lá dentro, não é?

O médico, meio desconcertado pela pergunta, fez de conta que não era com ele e continuou a explicação. Ao que o guri retrucou: — Jesus vai estar no meu coração, não é mesmo doutor? O médico, que não acreditava em Deus, chamou os pais no canto para tentar fazê-los enten-der a gravidade da situação. O guri, com um sorriso nos lábios, chamando o mé-dico para junto de si repetiu: — Quando o senhor abrir o meu coração, Jesus vai estar lá dentro, não é? Diante da insistên-cia do guri, o médico deu uma desculpa e saiu do quarto.

Chegando em sua sua sala e revendo todos os exames e os procedimentos que teria, caiu em prantos e esbravejou con-tra Deus. Na sua raiva acusava o Criador

de ter gerado uma criança apenas para sofrer. Que atitude de um Deus bondoso, zombava. De repente algo inesperado aconteceu. Deus responde. O médico, as-sustado, não consegue acreditar e procura alguém na sala. — Sou eu mesmo. Tu querias me pedir explicações, não é mesmo, meu fi lho? Recuperando-se do susto, o médico responde: — Queria sim. Como explicar que tu colocas um ser tão frágil neste mundo e tiras a sua vida com apenas 4 anos. Como me deixas nesta situação diante dos pais e do próprio menino? Ele morrerá! Ao que Deus responde: — Meu fi lho, eu enviei este pequeno anjo para resgatar uma pessoa que acreditava em mim, mas que perdeu sua fé. O anjo será muito bem recebido em meus braços. Tudo fi cará bem. — Mas quem é esta pessoa que tu queres resgatar? E para isso pre-cisas usar uma criança inocente que vai morrer, disse o médico com raiva? — Esta ovelha perdida vale todo o meu esforço, pois ela acreditava em mim, mas depois cresceu, estudou medicina e foi deixando de lado a sua fé. Hoje ela anda amargu-rada e eu quero que encontre novamente a alegria de viver, para que possa ajudar muitas pessoas! Não contendo mais as lágrimas, o médico desaba em prantos, pois Deus estava falando dele.

Conta-se que depois da cirurgia, ao despertar, o guri imediatamente perguntou ao médico se ele havia encontrado Jesus no seu coração. Ao que o médico respon-deu afi rmativamente. Até aqui a história. Se ela parasse por aqui, estava tudo bem. Entretanto, o que se seguiu foram as ameaças costumeiras deste tipo de mensagem: se eu não enviasse para tantas pessoas eu não creria em Jesus Cristo e algo poderia acontecer comigo e com minha família. De uma vez por todas gente: A REFORMA aconteceu justamente para nos abrir os olhos de que não podemos barganhar com Deus. Essa é uma diferença gritante entre a teologia luterana e a católico-romana. A Graça de Deus nos é dada sem merecimento. Cristo morreu por nós e não podemos dar algo em troca. Nos momentos bons e nos difíceis, vamos crer em Deus e não tentar fazer uma negociação com ele, ou seja, se Ele me tirar de uma determinada situação eu farei isso. Deus não reage a barganhas e ameaças. Ele é AMOR. Não ameacemos os outros com estas mensagens. Para crer, basta crer, em liberdade. Pois do contrário, não será fé. Que Deus os guarde na palma de Sua Mão.

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Março/Abril 2011 Joinville Luterano4

Parte 3Par. São Mateus | Renato Ganske

Olá caros leitores, estamos de volta com o nosso estudo sobre a publicação NOS-SA FÉ, NOSSA VIDA, que conforme pudemos verifi car na primeira parte é formada por perguntas e respostas a temas bem conhecidos por todos nós. Seguem mais três temas:

7) Quem é membro da IECLB?

Membro pelo BatismoSomos membros da IECLB pelo Batismo que ela administra ou reconhece.

Membro por admissãoO membro de outra Igreja Cristã é admitido mediante Profi ssão de Fé, após ter

recebido a necessária instrução sobre a doutrina e vida comunitária da IECLB.A admissão de menores de catorze anos deve ser requerida pela pessoa responsável por sua educação.

Membros inscritosTodas as pessoas batizadas são inscritas no quadro de membros da Comunidade.

Membro votante e elegívelTemos direito a voz e voto na Assembléia da Comunidade a partir da Confi rma-

ção ou Profi ssão de Fé. Podemos ser eleitos para cargos deliberativos a partir dos dezoito anos, e para cargos executivos, a partir dos 21 anos.

8) O que o membro da IECLB faz?O membro integrado na Comunidade há de participar na vida de Culto da Co-

munidade.

Participa na vida e no serviço da ComunidadeÉ ali que Deus nos serve, por meio da Palavra, dos Sacramentos e da comunhão

fraternal, em solidariedade e partilha.O serviço de Deus nos conforta, liberta e nos desafi a para lhe servirmos na Co-

munidade e no mundo em que vivemos.

A Comunidade é alvo e instrumento da missão de DeusA Comunidade é, pois, alvo e instrumento da missão de Deus.A fi m de conscientizar e capacitá-la para essa tarefa, Deus lhe concede ministé-

rios, cargos e funções. Através dela, Deus nos faz viver o amor, empenhando-nos pelo bem-estar e pela

salvação do próximo.

“Tendo eles chegado a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíteros e relataram tudo o que Deus fi zera com eles”. Atos 15.4

Nesta parte terminamos o estudo sobre a estrutura da IECLB e vimos como po-demos participar das decisões tomadas por ela. Já conhecemos em outra etapa o que signifi ca IECLB e em que cremos. No nosso próximo estudo estaremos iniciando o estudo dos Ministérios e apresentando os cargos e funções na Igreja de Cristo.

Voltaremos na próxima edição de Joinville Luterano, trazendo novidades. Esta publicação original, preparada pelo pastor Klaus Dieter Wirth, está disponível de for-ma integral no portal www.luteranos.com.br/uberlandia. Um grande abraço a todos e até a próxima.

CONHEÇA MELHOR A SUA IGREJAREFLEXÃO BÍBLICA

Nossa FéNossa Vida

Obra de DeusNossa Tarefa

QUE TROCA MARAVILHOSA!Par. Semeador | P. Ernâni M. Petry

Leia o texto de Romanos 6.6-13Introdução: As pessoas que vivem sem Deus seguem os desejos da sua “ve-

lha criatura” pecaminosa. E não é possível ser diferente! Para sermos diferentes, precisamos aceitar a libertação, que Cristo nos proporcionou quando morreu na cruz em nosso lugar. Depois desta libertação, acontece o processo de transforma-ção. Aqui Paulo fala em sepultar a “velha criatura”, que se corrompia com o peca-do. A partir daí, podemos nos revestir da “nova criatura”, que é criada segundo Deus para a justiça e santidade.

1. Crucifi car a velha natureza

Aceitar que a morte de Jesus seja também a nossa morte para a antiga vida, para ressuscitarmos com nova natureza, cheia do Seu amor, e voltados para viver-mos como Ele viveu!

1. Temos de morrer com Jesus, v.6; Gálatas 2.19-20 - O poder do pecado não nos domina mais. Podemos vencer o pecado, pois “maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo!” (1 João 4.4) 2. Temos de estar mortos para o pecado - v.11 - Antes amávamos o peca do, hoje amamos a alegria da nova vida em Jesus. O poder do pecado, que antes nos dominava, foi quebrado por Jesus!

2. Estar justifi cados do pecado

1. Pela morte com Cristo v.7 (O que está morto com Cristo recebeu o sangue da sua morte, é declarado justo).

3. Sermos feitos servos de Deus

1. Pela renúncia ao pecado - v.6 Por causa da nossa união com Cristo não queremos mais nos entregar às inclinações da carne. 2. Pela oferta de nós próprios a Deus - v.13. Queremos viver na paz, amor e vida nova que Cristo nos supre a cada dia pelo Seu Espírito e Sua palavra!

4. Viver para Deus

1. Mediante a ressurreição de Cristo - v.9 - Nunca mais tememos a morte, porque sabemos que há ressurreição e vida eterna para nós! 2. Mediante a morte para o pecado - v.10 3. Mediante o viver em Cristo - v.11 4. Mediante o viver de Cristo em nós - Gálatas 2.20

Conclusão: A obra do Evangelho em nós nos possibilita a crescer na fé e no viver segundo a nova natureza. Só precisamos estar unidos a Ele e obedecê-Lo.

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Março/Abril 2011Joinville Luterano 13

Investidura dos Pastores Sinodais no Sínodo Norte Catarinense

Sínodo Norte Catarinense | Nivaldo Klein

O fi nal da tarde do domingo, dia 5 de dezembro de 2010, se mostrou um tanto cinzento. Mas isso não atrapalhou o brilho da noite que se avizinhava. Noi-te de Festa! Festa que se desenrolou no templo da Paróquia da Paz, em Joinville (SC). Tinha chegado a hora do Culto de Investidura dos Pastores Sinodais Iná-cio Lemke e Renato Creutzberg, eleitos na 13ª Assembleia Sinodal, realizada no mesmo local, nos dias 29 e 30 de maio último. Presentes ao templo estavam mi-nistras e ministros, lideranças da IECLB e membros que representavam toda a extensão do Sínodo Norte Catarinense (SNC), notadamente a delegação de Rio das Antas (SC), representando a Paró-quia de origem do Pastor Inácio.

Religiosos de outras denominações também se fi zeram presentes: o Bispo Diocesano Dom Irineu Roque Scherer da Diocese de Joinville (Igreja Católica Apos-tólica Romana), o Pastor Valdir Sabka (Igreja Evangélica Luterana do Brasil) e a Pastora Sinodal Mariane Beyer Erhat que representou o Sínodo Vale do Itajaí.

Também participou do Culto de In-vestidura o representante da Presidência da IECLB, P. Carlos Augusto Möller. Ele, num primeiro ato, coordenou a despedi-

da do Pastor Manfredo Siegle do cargo de Pastor Sinodal. Siegle já tinha sido inves-tido no cargo de Pastor Sinodal no ano de 2002 e em 2006, quando foi recondu-zido à função. O Pastor Vice-Sinodal Iná-cio Lemke também despediu-se do cargo que até então vinha exercendo frente ao SNC. A partir de agora o P. Manfredo passa a integrar o quadro de Ministros Eméritos da IECLB. Em sua mensagem de despedida, P. Manfredo assim se ex-pressou: “deixo para trás o mandato de 8 anos, com a sensação do dever cumprido e sigo adiante com alegria e gratidão”.

Foram eleitos o Pastor Inácio Lemke como Pastor Sinodal e Pastor Renato Creutzberg como Pastor Vice-Sinodal. Eles foram investidos em cerimônia que teve a assessoria dos Ministros e Pasto-res Dr. Oneide Bobsin, Elke Doehl, Dr. Claus Schwambach e Marcos Aurélio de Oliveira que fi zeram a leitura da Palavra de Deus relativa ao momento.

O Presidente do Conselho Sinodal SNC, Elemer Kroeger, fez a leitura das atribuições dos Pastores Sinodal e Vice--Sinodal. Depois disso seguiu-se a for-malização da investidura presidida pelo Pastor Vice Presidente da IECLB, Carlos Augusto Möller. Esse momento foi segui-

do pela saudação especial dos Ministros Assistentes.

A prédica realizada pelo Pastor Sino-dal Inácio Lemke enfatizou o Credo da Criação (Gênesis 2). Lemke desenvolveu sua prédica a partir de algumas pergun-tas: “Cuidar? Cuidar de que? Cuidar de quem?”... Ele afi rmou que “temos com-promisso com a boa obra do Criador; que nosso desafi o será sempre olhar para a história e anunciar o novo - o mundo novo”. Voltando à pergunta ini-cial: “O que signifi ca cuidado para mim?” lembrou que “O cuidado está ligado com o conhecimento da nossa identidade, da nossa história; com respeito pela Igreja na qual trabalhamos e lideramos. No mo-mento que respeitamos a Igreja na qual vivemos e trabalhamos, também nos autorespeitaremos profi ssionais desta Igreja; estaremos dispostos a colocarmos os nossos dons a serviço desta Igreja. Como poderá viver e trabalhar na Igreja o membro que não respeita a história; as regras; as normas e os projetos da sua Igreja?”, perguntou Inácio.

E o pastor Sinodal foi adiante: “Con-cluindo, quero registrar ainda que tenho consciência que a tarefa sinodal não pode ser uma caminhada individual. Ela

tem que ser uma caminhada coletiva, sinodal comunitária e pastoral. Fomos ordenados e investidos para cuidarmos, assim como o Bom Pastor cuida de Suas ovelhas. Assim, se Deus o permitir, que-remos servir junto com vocês à Igreja de Jesus Cristo no Sínodo Norte Catarinen-se”, fi nalizou .

Na sessão de Palavra Livre foram transmitidas mensagens de despedida ao P. Manfredo e também de saudação aos novos Pastores Sinodais. Uma vez o Culto encerrado, ouviu-se um pequeno concerto ao som do Órgão de Tubos da Igreja da Paz. Também participaram do Culto, os Corais da Paróquia da Paz e da Paróquia Cristo Bom Pastor (Paróquia de origem do Pastor Renato Creutzberg).

Após o Culto, os presentes foram convidados a confraternizar com um gostoso coquetel oferecido em comemo-ração ao evento.

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Março/Abril 2011 Joinville Luterano12

Vida eterna x obediência = dízimoPar. Semeador | Irineu Romeu Brinkmann

Jesus Cristo diz: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 7.21) Não basta apenas crer, é preciso obedecer à vontade de Deus, para ter a vida eterna.

Não se iluda. A vontade de Deus tem uma relação enorme, nós a encontramos na Sagrada Escritura. Eu quero destacar dentre elas, uma: o dízimo. Deus colocou em prática o plano “B”, depois do dilú-vio, na pessoa de Abraão. (O plano “A” de conceder vida eterna ao homem, falhou quando Adão e Eva desobedeceram a sua ordem). Deus destrói todas as suas cria-turas, exceto Noé e os que estavam com Ele na arca, humanos e animais. A partir dali Deus projeta enviar Seu Filho amado para construir uma ponte sobre este abis-mo aberto. Pois bem, Abraão recebe a pro-messa de Deus em formar uma linhagem santa, justifi cada, da qual, viria o Salvador, Jesus. Certo dia, Abraão recebeu uma visi-ta de um senhor chamado Melquizedeque (Gênesis 14.18-20). Ao que tudo indica, o dízimo já era costume anterior ao perío-do bíblico. O fato é que Melquizedeque chega e abençoa Abraão. Como a tradição da época, somente quem era maior podia abençoar alguém. Abraão entendeu que Melquizedeque era um enviado especial

de Deus, e toma uma resolução: “De tudo que tenho lhe darei o dízimo”. Uma deci-são que partiu do coração de Abraão e se torna uma prática fi el entre seus fi lhos.

Ainda em Gênesis 28.18-22 Jacó faz um voto com Deus, de lhe dar o dízimo. Quero ressaltar aqui: vemos que o voto de dar o dízimo foi feito por Jacó logo de-pois de ter uma profunda experiência de fé. Deus se agradou por demais com este gesto tão nobre de seus patriarcas e insti-tuiu o dízimo na lei (Levíticos 27.30-32). E também dá as diretrizes de como, onde e quando devem e podem ser usados (Nú-meros 18.20-32).

Onze tribos de Israel receberam por herança uma porção de terra, menos a tribo de Levi. Podemos traduzir isso hoje: o dízi-mo é para sustentar toda a obra de Deus, isto é, os ministros, a estrutura, os templos, as demais edifi cações, funcionários, enfi m, toda a obra missionária. “Uma piedade que afeta somente o coração, e não atinge tam-bém o bolso, é superfi cial”. O dízimo na história de Israel era uma espécie de termô-metro da vida espiritual. Quando eram fi eis a Deus, davam o dízimo. Quando viviam em pecado e desobediência, negligenciavam o pagamento do dízimo.

O Antigo Testamento termina com uma página dolorosa, na qual Malaquias

combina diversos pecados em que o povo havia caído, entre eles, a negligência no que tange ao dízimo. (Malaquias 3.7-12) Ali encontramos uma ordem: “Trazei!”. Todos devem trazer à casa de Deus os seus dízi-mos, nem o pobre fi ca de fora. Ninguém tem o direito de dispor do dízimo como lhe apraz. O dízimo é de Deus e deve ser entregue para as coisas de Deus. Temos um motivo: “para que haja mantimento na minha casa”. Olhando do ponto de vista da igreja, o dízimo é necessário para realizar sua tarefa, sustentar os ministérios e rea-lizar a obra missionária. Temos também uma promessa: “Abrir as janelas do céu”. Deus nunca falhou em suas promessas. Ex-perimente a realidade de suas promessas em sua própria vida. Deus é fi el. E você?

O dízimo no novo testamento

Há aqueles que dizem que o dízimo pertence ao Antigo Testamento, “a lei”, e que, por isso, não temos nenhuma obri-gação de pagá-lo. Mas, o dízimo como já vimos é anterior à lei de Moisés. Ele foi incorporado a lei e permanece no perío-do da graça. Em Mateus 5.17-18 Jesus diz: “Não pensa que vim abolir a lei ou os pro-fetas; não vim pra abolir, mas cumprir...”. Em 1 Coríntios 9, Paulo declara que há um princípio que envolve a igreja: o sustento do ministério da pregação da palavra, e

fala do dever das igrejas no sustento dos seus ministros.

O apóstolo Paulo faz menção aos levi-tas, no verso 14: “Assim ordenou também o Senhor, aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho.” Note a palavra “assim”. Pode-se supor que se refere ao mesmo modo como eram sustentados os sacerdotes, assim devem ser sustentados os ministros do evangelho e tudo o que está relacionado a igreja e sua obra missionária. É importante também o verbo “ordenou”. Trata-se de uma ordem de Jesus Cristo, cuja autoridade merece ser respeitada.

É um dever do cristão crente como era para o povo judeu entregar os dízimos para o sustento do ministério. O crente que dá o seu dízimo tem visão missionária, pois vê as coisas de Deus, que envolvem o ministério da palavra.

Amados leitores, poderia ir muito mais a fundo, como por exemplo, quando Pau-lo nos dá uma relação de pessoas que não herdarão a vida eterna, (conf. 1 Coríntios 6.9-12) “Entre eles estão os ladrões e rou-badores”. Isso deve ser levado, a sério. E Malaquias diz: Quem não dá o dízimo está roubando a Deus. Como eu fi co nesta con-dição? Será que vale a pena correr o risco de fi car fora do Reino de Deus?

Pense nisso, e tome atitude!

Verão, férias e prática da fé cristãPar. Litoral Norte Catarinense | Pa. Cristina Scherer

Na praia da Enseada, a cada verão, é realizado o projeto da Tenda da Pastoral do Turismo. Esta iniciativa ocorreu em 2002 coordenada pela Diocese de Join-ville, especialmente pelo Padre Dúlcio de Araújo. O mesmo teve como objetivo evangelizar através de uma boa acolhida aos turistas, levando em conta todas as dimensões da pessoa humana e o plura-lismo religioso.

A ideia desse projeto surgiu depois de constatar que os fenômenos da in-dustrialização e urbanização tiveram forte impacto sobre a vida das pesso-as. O tempo acelerado e a mentalidade consumista e individualista caracteri-zam a vida moderna. Tal processo de-sencadeou um desequilíbrio emocional e esvaziamento afetivo, acarretando sérios prejuízos principalmente no re-lacionamento familiar.

No período das férias as pessoas procuram resolver os confl itos pessoais e/ou familiares que foram se acumulan-

do durante o ano. É o momento em que cada um procura pensar mais na vida, e de maior abertura para o diálogo e culti-vo da amizade.

Alguns estão tão confusos e depri-midos que não conseguem mais encon-trar esperança e nem soluções para os problemas. Uma palavra de fé e apoio espiritual nesta hora tem um valor tera-pêutico comprovado. As férias, em vez de se tornarem um pesadelo, passam a ser um período de verdadeiro descanso, bem-estar e harmonia familiar.

Como objetivos específi cos desta-cam-se a realização de celebrações Euca-rísticas ou da Palavra diariamente, a rea-lização de cultos ecumênicos, dinâmicas de autoestima, atender as pessoas que precisam desabafar e ser ouvidas, ofe-recer massagens terapêuticas e orientar para a saúde preventiva e alimentação natural.

Este ano o projeto passou a ser co-ordenado pela Paróquia Católica de São

Francisco do Sul, sendo que algumas atividades na tenda não foram realiza-das, porém permanecem as celebrações ecumênicas entre a igreja católica e lute-rana. Nas celebrações ecumênicas estive-ram presentes, representando a IECLB, a Pastora Cristina Scherer e o Pastor Sino-dal Inácio Lemke. As mesmas ocorrem

sempre na segunda semana de janeiro, às 20h, na Tenda.

Agradecemos todas as pessoas que participaram e se envolveram neste pro-jeto e, desde já, convidamos a todos para o próximo verão se engajar neste bonito projeto que visa promover fraternidade, diálogo e crescimento na fé cristã.

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Março/Abril 2011Joinville Luterano 5

A arte faz parteCom. São Lucas | Márcio Matthies

No conto do escritor brasileiro, Machado de Assis, temos a história da “agulha e a linha”.

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

- Porque está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada para fi ngir que vale alguma coisa neste mundo?

-Deixe-me senhora.- Que deixe? Porque lhe digo que

está com um ar insuportável? Repito que sim e falarei sempre que me der na cabeça.

- Que cabeça senhora? A senhora não é alfi nete, é agulha. Agulha não tem cabeça? Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu...

A história vai adiante, é uma dispu-ta de quem é a mais importante.

Mas o ponto, ou melhor, o nó ou será ponto cruz? Já nem sei na verda-de. Vamos chamar este ar, por talento. Cada um tem o talento que Deus lhe deu.

Com esta história queremos ilus-trar o que nossas irmãs do Grupo de Trabalhos Manuais se dispõe a fazer todas às terças-feiras a partir das 14h e que estão juntas desde 14 de março de 2007, quando iniciaram o grupo sob a liderança da Sra Rosaura Bairos. O Grupo também é conhecido por grupo de bordados, ou até mesmo de

bordadeiras, como já ouvimos serem carinhosamente chamadas, com suas habilidades de bordar vários pontos e formas, vão decorando e esboçando cortes e símbolos conforme cada épo-ca do ano, em tecidos e dando aquele toque fi nal com rendas e crochês.

Seus trabalhos são expostos si-multaneamente na reunião do café do nosso Grupo Esperança no Senhor, ou seja, junto ao café dos nossos irmãos com mais experiências.

Deus, em sua infi nita Graça e Amor nos dá dons e talentos, conforme a ca-pacidade que cada um de nós tem para administrar. Assim o grupo de Senho-ras em sua reunião, após o estudo da Palavra, de compartilhar prazeres e pesares do intervalo de uma reunião semanal, iniciam com suas agulhas e linhas o trabalho a que são chamadas a realizar. Com a exposição, divulgação e a comercialização de seus trabalhos pela própria comunidade, auxiliam com donativos, ajuda de custo em des-pesas de outros grupos, projetos e mis-sões dentro da igreja.

Convidamos você, irmã em Cristo a participar conosco do grupo, trazen-do suas habilidades e novas técnicas, não para fazer como a agulha e a linha, competindo entre si, mas para como está escrito, dar Graças ao Senhor, através da Arte fazer Parte da unidade do corpo de Cristo.

PROJETO TERESINA 2011Par. São Marcos | Nilson V. Weirich

Iniciamos o ano de 2011 com um de-safi o em nossos corações: ir para Teresina e fazer missão naquela região, através do projeto missionário da Missão Zero. No dia 9 de janeiro, após o culto de envio, realiza-do em Curitiba, muitas pessoas iniciaram a viajem e outras foram direto para Teresina.

Da cidade de Joinville tivemos a par-ticipação de Débora Bollmann, Samuel H. Wipprich, Nilson Weirich, Matheus P. Pereira, Jane Tromm, Vinícios Gramelich, Natan B. Cardoso, Camila Matthies, Pa-mela C. Boettcher, Jaqueline W. Garzillo, Estéfanie C. Deckmann, Daniele C. Strutz, Esther Maehara e Taline Schroeder. Sem dúvida foi a maior participação de Joinville nos projetos missionários do Nordeste.

A partir do início dos trabalhos de 12 a 27 de janeiro, vivemos momentos de muito aprendizado e uma experiência inesquecí-vel; ao sair todas as tardes para evangelizar nas casas e a noite ter o culto na praça, com presença marcante das pessoas de Teresina. Nestes dias que estivemos no Planalto Uru-guai, bairro onde realizamos os trabalhos, fi camos conhecidos como “amarelinhos”, por usarmos camisa e boné amarelo. Mas também fi camos conhecidos como “as pes-soas que vieram do Sul, para trazer uma

mensagem do Amor de Deus”.Divididos em duplas, as 77 pessoas

puderam visitar muitas casas e falar sobre o “Plano da Salvação”. Muitas pessoas se con-verteram e decidiram então iniciar uma ca-minhada com Cristo. Foi alugada uma sala naquele bairro e iniciou-se a igreja Luterana no Planalto Uruguai, onde a Missionária Marli, que já tem alguns anos de Nordeste, vai fi car à frente desta igreja.

É necessário que nós aqui do Sul es-tejamos orando por esta nova igreja em Teresina, para que as pessoas que acei-taram a Cristo, continuem fi rmes na fé e que mais pessoas possam ser alcançadas por este trabalho. Também é necessário que estejamos contribuindo fi nanceira-mente para o sustento desta igreja, ajuda que pode ser feita através da Missão Zero, (as secretarias das paróquias sabem como encaminhar as doações).

Fica também o desafi o para que aqui em Joinville, se trabalhe muito forte em Missão, pois me recordo bem de uma frase do pastor Sergio Schaefer: “A IGREJA QUE NÃO INVESTE EM MISSÃO, ENFEITA SEU CAIXÃO”. Busquem trabalhar mais a Missão além de nossos muros, pois muitas pessoas precisam conhecer o “Plano da Salvação”!

EBF realizado em Teresina na última tarde do projeto

Equipe de projetistas que trabalharam em Teresina

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Março/Abril 2011 Joinville Luterano6

Dança Sênior Amigas do MarCom. Apóstolo Pedro (Bal. Barra do Sul) | Diva de Assis

A Dança Sênior é uma atividade ma-ravilhosa e nos incentiva a voar mais alto, pois a expectativa é das melhores. Mas, não é só dançar. Os movimentos escolhidos entre as melhores formas nos proporcionam vitalidade em manobras saudáveis, dando-nos fi rmeza corporal nos músculos e nervos e deixando ativa a coordenação motora e mental. É um dos melhores exercícios em geronto-ativação, dança sentada e dança em pé. Como co-ordenadora e integrante do Grupo Dan-ça Sênior Amigas do Mar, depois da mi-nha família é a dança que me envolve e dá sentido à minha vida.

Em Balneário Barra do Sul, estamos com esta atividade no salão da Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana Apósto-lo Pedro, localizada nas imediações da ro-doviária, na Rua Ceará, 449. Os encontros acontecem às quartas-feiras das 14 às 17 horas. Todas as pessoas interessadas es-tão convidadas a participar conosco, não importa a religião, pois a atividade está à parte de qualquer compromisso religioso.

Serão todos bem vindos!

Formamos grupos com casais e ado-lescentes. Telefones para contato: 3447-1180 (Diva) ou 3448-1212 (Astrid)

Viver a vida é precisoSínodo Norte Catarinense

O domingo estava ensolarado, bonito, tranquilo... O cantar dos pássaros invadia nossas vidas. Não, aquele não era um do-mingo qualquer. Ele era especial, pois tinha a ver com o dia 21 de novembro de 2010, com a bonita festa que tínhamos progra-mado, com o Culto de “Formatura” do pes-soal participante do “Curso Vida no Limiar da Morte” Era 10h da manhã e estávamos concluindo o curso que tinha sido realizado a partir de uma parceria entre o Conselho Sinodal de Diaconia do Sínodo Norte Cata-rinense e a Coordenação de Diaconia da Se-cretaria da Ação Comunitária da Secretaria Geral da IECLB.

O Lar Vila Elsa estava preparado para receber as visitas que viriam de várias cida-des e Paróquias da IECLB. Entre os visitan-tes estava a Diretoria e Pastor Sinodal, ami-gos e parentes dos “formandos”. A alegria e a ansiedade denotavam que aquele momen-to traria boas marcas às vidas de todos que se “formavam”. Sim, era dia de comemorar o encerramento dos cinco Módulos que aconteceram em cinco fi nais de semana. Cinco Módulos carregados de bons conteú-dos que mexeram com os nossos conceitos: aprendemos a ouvir; a questionar; a per-guntar; a refl etir e a desmistifi car algumas temáticas que nos pareciam tão complexas e difíceis. Crescemos – com certeza!

O Curso Vida no Limiar da Morte opor-tunizou-nos um conhecimento mais apro-fundado de Jesus, o Visitador. Foi a partir de textos do Novo Testamento que melhor pu-demos perceber a Sua ralação com os doen-tes de forma natural e solidária. Vimos, que visitamos, porque Deus nos visitou primeiro através de seu Filho. Informamo-nos sobre a doença e a Bíblia; sobre a espiritualidade do visitador; sobre como se faz uma boa vi-sita; sobre como se articula um protocolo e projetos; sobre a nossa morte; sobre os 10 mandamentos para serem levados em conta quando se acompanha doentes terminais, entre outros. Olho pra traz e já lembro com saudades de cada uma das assessorias que

tanto nos motivavam a exercer o “Ministério da Visitação” em nossas Comunidades.

Nós, quando do “Culto de Encerra-mento do Curso”, assumimos, diante da Comunidade presente, o compromisso de visitarmos pacientes terminais e seus fami-liares em nossas Paróquias. Aqui lembro de uma das frases da fundadora do Movimento “Vida no Limiar da Morte” em Londres. A Dra. Cicely Saunders, escreveu: “Tu és im-portante, porque tu és tu. Tu és importan-te até que o último momento da tua vida, e nós faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que tu não apenas morras em paz, mas que tu possas viver bem até o fi m”. Esta frase nos marcou profundamente.

Pois os 22 participantes do Curso inicia-do em maio de 2010, receberam os “Ates-tados de Participação” das mãos do Pastor Sinodal Manfredo Siegle; da Coordenado-ra de Diáconia da IECLB - Diácona Leila Schwingel; da Pastora Mayke Kegel e da Diácona Valmi Ione Becker.

O depoimento das formandas Marlene Lucas, Marlise Neumann, Frida Thiem e Mi-rian Hertel emocionaram os presentes. Elas testemunharam a importância da sua parti-cipação e deste aprendizado, da ampliação dos seus horizontes com relação à vida e à própria morte. Uma destas senhoras se expressou assim: “Aprendemos a valorizar mais a vida e a olhar com sobriedade para a nossa própria fi nitude. Queremos continuar nos informando sobre este assunto que me-xeu tanto conosco. Queremos servir ao nos-so próximo com amor e responsabilidade”.

Após o Culto aconteceu a confraterni-zação. Fomos todos acolhidos no refeitó-rio do Lar Vila Elsa, onde nos foi servido um delicioso almoço festivo. Despedimo--nos na esperança de nos revermos em maio de 2011.

Diác. Valmi Ione Becker - Coordenadora Sinodal de Diaconia do Sínodo Norte CatarinenseDiác. Leila Schwingel - Coordenadora de Diaconia da Secretaria da Ação Comunitária da Secretaria Geral da IECLB

MARÇOBALNEÁRIO BARRA DO SUL / Atividades

OASE - terça-feira - 14h30Grupo Marta Maria - quarta-feira - 19hEstudo Bíblico - quinta-feira - 19h30Dança Sênior - sexta-feira - 14hEquipe de Liturgia - 17/03 - 17hEnsino confi rmatório - 19/03 - 14hReunião do Presbitério - 31/03 - 19h30

CULTOS04/03 - 19h30 - DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO06/03 - 10h - CULTO FESTIVO - CHURRASCO12/03 - 19h3020/03 - 9h - com Santa Ceia26/03 - 16h - Lot. Maria Fernanda c/ SC

SÃO FRANCISCO DO SUL / AtividadesOASE - quarta-feira - 14h30Coral - terça-feira - 19h30Equipe de Liturgia - 16/03 - 19h30Grupo de Casais - 11/03 - 19h30Estudo bíblico - 03/03 - 19h30Reunião do Presbitério - 02/03 - 19h30Reunião Conselho Paroquial - 25/03 - 19h30Reunião Equipe Culto Infantil - 12/03 - 14h

CULTOS 05/03 - 19h30 - DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO13/03 - 9h3019/03 - 19h3027/03 - 19h30

ABRILBALNEÁRIO BARRA DO SUL / Atividades

OASE - terça-feira - 14h30

Grupo Marta Maria - quarta-feira - 19hEstudo Bíblico - quinta-feira - 19h30Dança Sênior - sexta-feira - 14hEquipe de Liturgia - 14/03 - 17hEnsino confi rmatório - 02, 16, 30 - 14h

CULTOS03/04 - 9h09/04 - 19h3017/04 - 9h21/04 - 19h3022/04 - 19h3023/04 - 19h3023/04 - 16h Lot. Maria Fernanda c/ SC24/04 - 7h com Santa Ceia

SÃO FRANCISCO DO SUL / AtividadesOASE - quarta-feira - 14h30Coral - terça-feira - 19h30Equipe de Liturgia - 13/04 - 19h30Grupo de Casais - 08/04 - 19h30Estudo bíblico - 07/04 - 19h30Ensino confi rmatório - 09,23 - 9h30

CULTOS02/04 - 19h3010/04 - 9h30 - CULTO FESTIVO - CHURRASCO16/04 - 19h3021/04 - 19h30 com Santa Ceia22/04 - 9h3024/04 - 9h30 com Santa Ceia30/04 - 19h30CONTATOSComunidade São Francisco do Sul - 3444-1279Comunidade Ap. Pedro/ Bal. Barra do Sul -3448 - 3768

PARÓQUIA

LITORAL NORTE CATARINENSEEnd.: Al. Ipiranga, 219 - Centro - CEP 89240-000 | São Francisco do Sul - SC

Fone (47) 3444-1279 e 9642-9004 / e-mail: [email protected] / Barra do Sul - fone (47) 3448-3768Pastora: Cristina Scherer - e-mail: [email protected]

CHUR R ASCO• Comunidade Apóstolo Pedro - Balneário Barra do Sul

Dia 06 de Março - Culto Festivo às 10h• Comunidade de São Francisco do Sul

Dia 10 de Abril - Culto Festivo às 09h30 PARTICIPE COM SUA FAMÍLIA!

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Março/Abril 2011Joinville Luterano 11

Grupo de Dança foi colher pêssego em Araucária

Par. Martin Luther | Nivaldo Klein

Como faz anualmente, o Grupo de Dança Senior “Chuva de Prata” juntamen-te com o Grupo de Refl exão “Amigos”, da Paróquia Martin Luther de Joinville/SC empreenderam um passeio no dia 2 de dezembro último. Desta vez foram até a Chácara Santa Rita, no distrito de Cam-pestre, em Araucária/PR.

A Chácara Santa Rita faz plantio de pêssegos, ameixas e morangos. Entre pessegueiros e ameixeiras são aproxima-damente 1200 pés, que nesta época do ano estão carregados de deliciosos frutos.

A parte interessante da Chácara é a colheita, efetuada pelo próprio visitan-te: adentra-se ao pomar, colhe-se para

comer e para levar para casa... o que se come no pomar não se paga! Daí, vai-se degustando uma fruta de cada variedade e das variedades mais atrativas, colhe-se para levar.

Os quarenta participantes da viagem trouxeram muita fruta no bagageiro do ônibus. Apesar do cansaço da viagem - de aproximadamente 3 horas, do andar pelo pomar - comendo e colhendo frutas e do carregar as frutas colhidas, valeu o passeio.

Agradecemos aos Srs. David e Márcio, proprietários da Chácara, pela acolhida que nos prestaram. Com certeza vamos voltar em outra oportunidade.

Gilberto Zwetsch volta a apresentar o Programa “Castelo Forte”

PROGRAMA “CASTELO FORTE” ESTÁ DE VOLTA

Par. Bom Pastor | Gilberto Raul Zwetsch

Povo de Deus, Povo Luterano.

Saúdo a todos com o lema do mês de março que se encontra no Livro dos Sal-mos, capítulo 62, versículo 2, onde está escrito: “Só Deus é a minha rocha, e a mi-nha salvação, e o meu alto refúgio; não serei muito abalado.” Este versículo trans-mite certeza, segurança e esperança, pois “Só Deus é a minha rocha...”. E Ele tem sido esta rocha em minha vida, me acompanhando e cuidando de mim por onde eu andei.

Depois de uma breve experiência e passagem pelo estado do Amazonas, na cidade de Coari, vol-tei a Joinville. No dia 05 de fevereiro o Programa “Castelo Forte” voltou a ser apresentado na Rádio Difusora AM-1480. Houve na rádio uma alteração muito importante para a Comunidade Arca da Aliança. A Rádio foi adquirida em defi nitivo pela comunidade e por isso ela está com nova identifi cação, passando para Rádio Arca da Aliança AM-1480. Estarei sozinho no programa, pois meu companheiro, o An-tonio, mudou-se em janeiro para Curiti-ba/PR onde trabalha.

Quero agradecer a este irmão que nunca negou auxílio no tempo que esti-vemos juntos. Foi uma rica experiência que será lembrada para sempre em nos-sas vidas. Deus escolhe as pessoas sem que elas saibam, e faz com que elas pos-sam desempenhar atividades nunca antes

imaginadas. Foi assim a participação do Antonio no programa.

Que Deus esteja com ele e sua família nesta nova fase em Curitiba. Desejo animá-los e convidá-los a estar sintonizados neste programa que é luterano de corpo e alma. Terei o apoio do Hospital Dona Helena a quem agradeço na pessoa do Sr. Hilário

Wolfgramm. Ouça e divulgue o PROGRAMA

“CASTELO FORTE” que vai ao ar aos sábados das 13 às 14 horas, pela Rádio Arca da Aliança/Difusora AM - 1480 Khz onde: “A Presença de Deus está no Ar”. Ouça também pela internet através do site www.arcadaalianca.com.br. E que a graça de Deus esteja com todos os que amam o nosso Senhor Jesus Cristo com amor que não tem fi m (Efésios 6.24).

Crianças e jovens recebem programação especial

Par. da Paz | Daniele Haak

No último bimestre de 2010, o Gru-po de Jovens da Igreja da Paz voltou a se reunir. O retorno às atividades foi marcado por alegria e descontração. Na ocasião estavam presentes jovens per-tencentes a grupos de outras paróquias, entre eles o JECRIPAMALU, tradicional grupo de jovens da Paróquia Martin Lu-ther. Para cativar os jovens presentes e motivá-los a continuarem participando do grupo, a programação do encontro teve dinâmica em grupo, Rap cristão e ao fi nal, petiscos oferecidos pela direto-ria da paróquia.

O início das atividades está marcado para o dia 11 de março, às 19h no salão

paroquial. A Paróquia da Paz convida to-dos os jovens da comunidade para parti-ciparem dos encontros.

Já para as crianças de 4 a 11 anos, o departamento do Culto Infantil realizou uma tarde festiva no mês de novembro. A tarde foi um grande sucesso com brin-cadeiras lúdicas, brinquedos, desenhos, jogos interativos com a palavra de Deus, música e um delicioso lanche. Realizada na quadra de esportes, anexa Igreja, além do entretenimento proporcionado às crianças, a equipe do Culto Infantil, solicitou que os pais levassem 1kg de ali-mento não perecível, desta forma o pro-jeto multiplicou seu caráter social.

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Março/Abril 2011 Joinville Luterano10

Urso Benjamim pede desculpasEditora HagnosR$ 9,90

Alcoolismo - O que você precisa saberDonald M. LazoR$15,70

O mestre da sensibilidadeAugusto CuryR$ 19,90

Bíblia Sagrada - capa duraSociedade Bíblica do BrasilR$18,50

A timidez não é um problemaJ.S. JacksonIlustrações R.W. AlleyEditora PaulusR$ 15,00

O mestre do amorAugusto CuryR$ 19,90

Brincando de roda + CDDarci OrsoR$ 34,00

Papo cabeçaFernando Goulart e Débora KillingR$ 27,90

Uma jovem mulher segundo o coração de DeusElizabeth GeorgeEditora NaósR$ 30,60

O livro do casamentoNicky e Sila LeePublicações EncontroR$ 39,90

Por que ter medo?Molly WigandIlustrações R. W. AlleyR$ 15,00

As cinco linguagens do amorGary ChapmanR$ 24,90

Urso Benjamim diz obrigadoEditora HagnosR$ 9,90

Bíblia Sagrada - velcroSociedade Bíblica do BrasilR$ 23,00

Bíblia Sagrada SmilingüidoEditora Luz e VidaR$ 16,90

Uma mensagem para pessoas cuidadoras

Par. São Mateus | P. Rolf Rieck

Crianças cantam no refeitório do Hospital Dona Helena em Joinville. As pessoas que cuidam de enfermos, ou mesmo pedreiros e técnicos que cuidam da manutenção dos prédios e equipamentos de um Hospital, nem sempre são lembradas como pessoas que também precisam de cuidados. Médicos presentes nesta apresentação, às vésperas do Natal, se emocionaram ao receber, no dia 19 de dezembro, as crianças do Coral Infanto-Juvenil da Paróquia São Mateus que cantaram por cerca de uma hora.

O coral fez assim, em Joinville, sua primeira missão fora do âmbito da Igre-ja. Foi um projeto que causou grande excitação nos participantes. O ambiente hospitalar normalmente assusta crian-ças, mas a recepção ajudou a quebrar

este receio, acolhendo-os com carinho e dedicação. O coral tem como partici-pantes crianças a partir dos seis anos e ensaia durante o ano todo uma vez por semana. Alguns dos participantes, inclusive, emprestam seus dons tocan-do instrumentos musicais durante os eventos. Os pontos altos para o Coral Infanto-Juvenil são sempre a Páscoa, Dia da Criança e Natal. Porém, também traz seu testemunho cantado em muitas outras ocasiões, favorecendo a integra-ção do Culto Infantil e Culto Domini-cal. O grupo é regido por Beatriz Rieck.

“Temos a certeza de que estas crian-ças marcaram a vida daqueles cuidado-res. Que a mensagem de Jesus Cristo ainda ressoe e abençoe a vida destes abnegados responsáveis pelo bem-estar e recuperação de doentes.

COMUNIDADE EVANGÉLICA DE JOINVILLECNPJ 84.696.434/0001-68

Rua Princesa Isabel, 508 - Joinville - SCASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA - EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Em conformidade com o Estatuto Social, fi cam os senhores membros associados desta Entidade convocados para a Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 23 de março de 2011, quarta-feira, às 18h30, em Primeira Convocação, na

Paróquia da Paz, sito à rua Princesa Isabel, 438, bairro Centro, nesta Cidade e Estado.Não havendo número legal, a Assembleia será realizada em Segunda Convocação, às 19h30, no mesmo dia e local, podendo

deliberar de acordo com o Art. 22 do Estatuto, sendo:

ORDEM DO DIA1. Apreciar e aprovar o Relatório do Conselho Eclesiástico e Colegiado de Obreiros da CEJ-UP, relativo ao exercício de 2010;2. Apreciar e aprovar o Balanço Geral encerrado em 31.12.2010 e Parecer do Conselho Fiscal.3. Apreciação, discussão e votação do Orçamento Anual da Administração Central e Departamentos da CEJ-UP, para o

exercício de 2.011.4. Apreciação, discussão e votação do Plano Anual de Atividades da CEJ-UP, para o exercício de 2.011. 5. Assuntos gerais de interesse da CEJ-UP.

Joinville-SC, 03 de fevereiro de 2.011.

Francisco Carlos Brunken Filho - CPF 312.895.929-34 - Presidente

Monica Pietschmann Gonzaga - CPF 471.126.629-15 - 1ª Secretária

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Março/Abril 2011Joinville Luterano 7

Grupo da Igreja Católica canta na Paróquia da PazPar. da Paz | Daniele Haak

Em outubro, o Grupo Vocal da Paz da Igreja da Paz se apresentou na Catedral de Joinville, já em novembro foi a vez dos lu-teranos receberem os cantores católicos.

O Grupo “Cantores do Espírito Santo” da Catedral Diocesana São Francisco Xa-vier de Joinville, foi iniciado no período de pentecostes com o intuito de auxiliar a comunidade na entonação dos hinos. Sob a coordenação de Daniele Haak, membro da Paróquia da Paz, o grupo tem agenda cativa na Catedral e apresentações espo-

rádicas em outras paróquias. Para 2011 o grupo recebeu o convite para cantar no Santuário Madre Paulina em Nova Tren-to, onde se apresentará em março.

Na Paróquia da Paz os “Cantores do Espírito Santo” entoaram cantos cató-licos e ecumênicos, fi nalizando com a música “Porque Ele vive eu posso crer no amanhã”. Felizes com a calorosa recepção dos fi éis luteranos, o grupo fi rmou o compromisso de retornar em 2011 à Paróquia da Paz.

O Dia Mundial de Oração – D.M.O é um movimento ecumênico de mulheres cristãs de todo o mundo, para observar um dia comum de oração por ano. Este movimento iniciou em 1887 e é realiza-do em mais de 170 países. Aproximando mulheres de várias raças, culturas e tra-dições, o Dia Mundial de Oração oportu-niza que as mulheres afi rmem sua fé em Jesus Cristo, compartilhando esperanças e temores, alegrias e tristezas, oportuni-dades e necessidades.

Este ano (2011), o Dia Mundial de

Oração acontece no dia 04 de março, com uma liturgia de culto elaborada por uma equipe ecumênica de mulheres do CHILE. Teremos oportunidade de conhe-cer um pouco da realidade chilena, a par-tir dos olhos das mulheres chilenas.

O tema é a pergunta que Jesus faz aos discípulos em Marcos 6.38: “Quantos pães vocês tem?”. Esta pergunta estende--se a todos nós, motivando-nos a repartir o que temos para que seja vivenciado no-vamente o milagre da multiplicação.

Você tem separado um tempo para descansar e conversar com você mesmo/a e descobrir quais são os seus “pães”, dons e carismas para oferecê-los ao serviço de sua comunidade? Quais são os “pães” que têm na comunidade para compartilhar?

Que possamos orar em comunhão com as mulheres do Chile e de todo o mundo, colocando-nos à disposição de Deus que reparte seu amor conosco, para que possamos experimentar sinais da grande partilha do Reino de Deus.

DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO - 2011“Quantos pães vocês tem?”

(Marcos 6.38)

Par. Cristo Bom Pastor | P. Renato Creutzberg

A fi gura ao lado é uma tapeçaria es-pecial feita por uma mulher chilena de 77 anos de idade, Norma Ulloa. Ela faleceu seis meses depois da notícia de que seu bordado havia sido escolhido para ilus-trar o tema do Dia Mundial de Oração. Neste bordado ela retrata três cenas, três momentos relatados no texto de Mar-cos 6.30-46. Ele fala de DESCANSO, de COMPAIXÃO e de CUIDADO. A essência da proposta do Reino de Deus está no REPARTIR. Jesus ensina que o ato de re-partir acontece em todas as dimensões do pão de cada dia: no repartir de tempo, de dedicação, de carinho, de cuidado, de pa-lavra e de pão.

Descanso, Compaixão e Cuidado

Grupo Cantores do Espírito Santo da catedral de Joinville

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Março/Abril 2011 Joinville Luterano8

“Sua confi ança é tão grande quanto seu Senhor”Par. São Mateus | P. Rolf Rieck

Dos céus caiam baldes e mais baldes d’água. O rio manso começa a crescer ra-pidamente. É traiçoeiro. Em alguns pon-tos represa a água entre o vale para, logo depois, arrebentar tudo com muita força.

Muita gente próxima de nós sofre as consequências das muitas chuvas. Fo-camos nossa atenção em Nova Friburgo, onde vivemos 10 excelentes anos da nos-sa vida. Lá fi caram muitas pessoas que permanecem em nossos corações e men-tes. Como estariam eles?

Nada de notícias! Identifi cando pelas imagens da tele-

visão os pontos atingidos, fi cávamos ain-da mais assustados. Tudo em endereços tão próximos ao nosso endereço lá na Farinha Filho. Nós mesmos vivenciamos enxurradas dessas em Friburgo, mas nem de longe tão catastrófi ca como esta.

A cidade desapareceu. As casas foram soterradas. Os carros fl utuaram até os te-lhados. As árvores quebraram tudo pela frente. A terra engoliu vidas e também as

fontes de vida. Fome, dor, luto, desespe-ro, lágrimas, saudades.

A Ana Lucia me escreveu: “Pastor, eu fi co pensando porque Deus não escutou nossas orações. Fazer parar a chuva deve ser tão fácil pra Ele... Elias orou, Josué também..... eu também orei.” Por que?

A Rachel escreveu: “Estamos bem, gra-ças ao bom Deus. Nosso bairro foi um dos poucos que não sofreram nada, apenas fi -camos 2 dias sem luz e telefone, com racio-namento de água. Nossa cidade está bem destruída, mas aos poucos a vida começa a voltar ao normal, ou próximo disso.”

Já as notícias da Adriana não são nada boas. Perdeu seus pais e sua irmã, soterra-dos. A Augusta teve sua casa destruída. O Alexandre e a Nilma não tiveram melhor sorte. Por que alguns são poupados e ou-tros não? A Nádia, presidente da Comu-nidade, fala da difi culdade de recomeçar, de como as pessoas parecem tontas, ca-minhando sem rumo e sem o que poder fazer. A Nelci, que com seus irmãos tem

uma das grandes confecções da cidade, lembra que 25 mil pessoas em Friburgo sobrevivem costurando. Pede para que se comprem produtos de lá para ajudar a re-construir a cidade.

São pessoas que confi am em Deus. Algumas sofreram muito, outras menos. Todas, porém, precisam de carinho e atenção. CONFIANÇA - “Sua confi ança é tão grande quanto seu Senhor”.

Ana Lúcia citou Elias e Josué. Gostaria de citar o pai de todos esses que tem fé e confi ança: Abraão. Abraão tinha um gran-de Senhor. Isso lhe dava uma grande con-fi ança. Por que Abraão era assim privilegia-do? Tinha um grande Senhor porque fazia questão de fi car perto desse seu Senhor. Se quisermos ser usados por Deus, teremos que viver próximos dele. Quem aprendeu isso muito bem foi outro personagem da Bíblia: Moisés. “Disse o SENHOR a Moisés: Vai, sobe daqui, tu e o povo que tiraste da terra do Egito, para a terra a respeito da qual jurei a Abraão, a Isaque e a Jacó, di-

zendo: à tua descendência a darei. (...) Fa-lava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo; então, voltava Moisés para o arraial, porém o moço Jo-sué, seu servidor, fi lho de Num, não se apartava da tenda.” (Êx 33.1, 11). Estar per-to do Senhor Deus faz a diferença.

A realidade é cruel! Continua cruel. O Jativoca, Morro do Meio, Vila Nova têm muitas pessoas em situação de risco aqui ao nosso redor. Muitos outros lugares aqui em Joinville também tem seus fl agelados. Quem está próximo do Senhor, certamen-te tem mais confi ança para recomeçar. Isso não ameniza a dor, mas aumenta a cora-gem diante da realidade. O Senhor está ao nosso lado. Por isso podemos ir mais lon-ge. Tudo por causa de Sua graça.

“Sua confi ança é tão grande quanto seu Senhor”.

Quão grande é o seu Senhor?Força Nova Friburgo! Força Pastor

Adélcio. Força Nádia, Toni, Alexandre, Nilma, Márcio, Augusta e tantos outros.

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Rua atingida no centro da cidade

IECLB • Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil

Março/Abril 2011Joinville Luterano 9

Informações: (47) 3026-8000 - www.bomjesusielusc.edu.br - Joinville -SC

Ed. Infantil | Ens. Fundamental | Ens. Médio | Ens. Superior

Patrimônio Cultural de Santa Catarina

Páscoa - manifestação da vidaPar. Cristo Redentor | P. Oswald Doege

A s pessoas que têm algum familiar falecido costumam levar fl ores a sua sepultura, como sinal de sau-

dade, carinho e gratidão. Como você se sentiria se chegasse com fl ores ao cemité-rio e visse a sepultura aberta. Talvez o pri-meiro pensamento fosse de indignação, de revolta, de inconformidade... Teria a sepultura sido violada?

Sentimento semelhante foi experi-mentado por algumas mulheres que no domingo de páscoa, bem cedinho, foram até a sepultura para embalsamar o corpo de Jesus. Assustadas, elas se perguntam: quem teria removido a pedra que dava acesso ao túmulo de Jesus. Será que al-guém profanou o túmulo de Jesus? Será que ele foi roubado ou removido para outro lugar?

Com o sentimento que é um misto de medo, incerteza e dúvida, elas se aproxi-mam mais da gruta onde Jesus havia sido sepultado. Trêmulas entram e não demo-ra muito para fi carem atemorizadas com o que veem: um jovem vestido de bran-co - talvez seria mais correto falar em um anjo - dá às mulheres uma notícia capaz de transformar a sua tristeza em alegria. Ele lhes diz: “Não vos atemorizeis; bus-cais a Jesus, o nazareno que foi crucifi -cado, ele ressuscitou, não está mais aqui” (Marcos 16.6).

Que notícia maravilhosa. O nosso Se-nhor não está mais enterrado. Ele não é um Senhor morto que repousa numa se-pultura. Ele ressuscitou. Ele vive e está conosco até o fi m dos tempos.

Certa vez um cristão conversava com um muçulmano acerca de sua fé em Je-sus Cristo, foi quando o muçulmano lhe

disse: “Nós temos provas concretas da vida e da existência de Maomé, sabemos onde ele está sepultado, mas vocês cris-tãos, nem ao menos sabem onde ele está sepultado”.

Esta é a grande diferença. Não preci-samos fazer romarias para o túmulo de Jesus em Jerusalém e nem levar fl ores para a sua sepultura. Ele é o Senhor vivo e ressurreto, está aqui conosco e em to-dos os lugares. Ele é o Deus EMANUEL, o Deus conosco.

As mulheres, ainda trêmulas, rece-bem a tarefa de anunciar a boa nova da ressurreição de Jesus, mas elas ainda es-tão sob um impacto tão forte, que não conseguem se desincumbir desta missão

(Marcos 16.7-8). O que elas presenciaram e ouviram foi algo tão maravilhoso, que precisam de um tempo para se recompor emocionalmente.

A ressurreição de Jesus Cristo não me-xeu apenas com as mulheres; ela também mexe conosco. É algo tão maravilhoso que às vezes até temos difi culdade para entender a grandiosidade da manifesta-ção da vida. Para nos ajudar nesta com-preensão, vamos pensar no processo pelo qual passam as borboletas. Elas são lagartas que se fecham em casulos e lá dentro acontece uma transformação. De lagartas elas são transformadas em bor-boletas. Com a ressurreição de Jesus Cris-to, acontece algo parecido, houve uma

transformação. Seus amigos e discípulos não o reconhecem logo. Os discípulos no caminho de Emaús o têm como estranho. Algumas mulheres, conforme o Evange-lho de João confundem Jesus com o jardi-neiro. A ressurreição é uma nova vida em comunhão com Deus.

Mas é preciso que se diga uma coisa: a páscoa só existe porque antes houve a sexta feira da paixão, um dia triste, quan-do lembramos a crucifi cação e morte de Jesus.

Isto nos remete à palavra de Jesus que disse: “Se o grão de trigo não for deitado na terra, fi ca ele só, mas se morrer produz muitos frutos” (João 12.24). Desta forma podemos dizer que a páscoa existe por-que antes houve a sexta feira da paixão, e sem a páscoa, a sexta feira da paixão perde o seu signifi cado e a sua razão de existir.

A páscoa nos lembra que a vida se ma-nifesta mais forte do que a morte, e nin-guém nos pode mais separar do amor de Deus. É como diz o hino 67 do HPD 1: “Cristo venceu a morte. Bendito a nossa sorte! Um novo dia nos alumia”.

Que a mensagem da páscoa, do Cris-to ressuscitado, possa de fato iluminar a nossa vida.

“ Ele ressuscitou. Ele vive e está

conosco até o fi m dos tempos. ”