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Jörg Garbers, Ms. de Teologia

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Jörg Garbers, Ms. de Teologia

Som Palavras Religião� Som é a manifestação do mundo imaterial� A diferença entre palavra e música não é

fixa� O som é a origem de tudo

� Religiões do oriente expressam isso de forma bem complexaforma bem complexa

� Religiões da America e África preservam isso

� Em Egito e em Gn 1 Deus cria pela palavra

� Em Jo 1 lemos: 1 No princípio era aquele que é a Palavra . Ele estava com Deus, e era Deus. 2 Ele estava com Deus no princípio. 3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. 4 Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens.

Som Palavras Religião� Instrumentos são ferramentas

religiosas� Tambores – vasos� Arcos – Arco de guerra� Harpa - arrado� Harpa - arrado

� As palavras e os instrumentos são instrumentos para se aproximar e influenciar o invisível.� Palavras mágicas� Orações� Encantos� Ritmos� Sons, melodias, cânticos

Música no AT� Música não é arte em função da arte.� Música, canto e dança são expressões

de vida� Música prende e liberta poderes (Js

6; 1Sm 16.16)6; 1Sm 16.16)� Música, canto e dança pertencem

juntos� Os primeiros cantos são breves e se

repetem – criando ritmo� No AT a palavra ganha cada vez mais

importância e os instrumentos perdem o seu significado próprio e a dança cada vez menos aparece.

Música no AT� Instrumentos do AT:

� Instrumentos de batida� Instrumentos de sopro� Instrumentos de cordas

� Efeitos dos instrumentosEfeitos contrários: prender – desprender / � Efeitos contrários: prender – desprender / encantar – libertar

� Êxtase (2Rs 3.15; 1Sm 10.5)� Prender e afastar de poderes (1Sm16.23; Ex

28.33)� Os instrumentos fazem parte do louvor,

eles são mais do que apenas acompanhamentos (Ps 150; Ps 148)

� Poema e cântico são a mesma coisa no antigo Israel

� O paralelismo é a forma mais importante

Música no judaismo� Da música que acompanhava o canto no

templo não sobrou nada no culto da sinagoga.� A leitura e as orações foram feitas num certo

ritmo e numa entonação comum até o V. sec.� A partir do sec. VI começa surgir o ministério

do cantor e novas poesias e melodias surgem.do cantor e novas poesias e melodias surgem.� Existia uma grande diversidade.� Especialmente grupos místicos apoiaram a

música.� Depois do sec. XIV começa o cântico de vozes

diferentes e o acompanhamento instrumental.

� O órgão entrou a primeira vez na sinagoga em 1810.

Música no Cristianismo� A língua grega antiga era no

mesmo tempo música. As coisas estão se revelando de forma soando.

� Antes de Cristo se dividem � Antes de Cristo se dividem linguagem, poesia e música.

� A linguagem se torna vaso da revelação.

� A prosa simples aponta para a verdade transcendente.

� A poesia e a música fazem essa verdade no contexto religioso “visível”.

Música no Cristianismo� Canto e poesia no NT

� Ef 5.19; Cl 3.16; 1Co 14.26

� Lc 1.46ss; 2.29ss

� 1Co 11.25� 1Co 11.25

� Fl 2.5ss; Ef 1.3ss; Apc 14.2s

� Música instrumental em geral e dança ficaram fora por muito tempo.

Música no Cristianismo� Liturgia

� Um ofício público� O ofício de ler textos sagrados

� A linguagem litúrgica era primeiro o grego e depois o latim.primeiro o grego e depois o latim.

� A relação entre linguagem e som é uma unidade fundamental.

� O texto da liturgia era a prosa simples. Poesia somente entrou mais tarde.

� O canto da liturgia era de uma voz só até o sec. IX

Música até a reforma� A partir do sec. IX começam mudanças

importantes:� A polifonia está começando a se

desenvolver.� A música não é mais somente vista na sua

função de deixar soar o texto.� Com isso começa a música, propriamente � Com isso começa a música, propriamente

dito, ocidental.� Parece que nos povos nórdicos existia um

soar junto de vários instrumentos. Com a entrada deles na cultura cristã muda a música.

� Começou uma confrontação entre palavra e música.

� Essa fase demora quase 1000 anos até os vienenses clássicos.

� A música, antes um ornamento, começa apresentar o ser humano.

Música até a reforma� Nessa época o órgão começa entrar na

igreja.� Agora são mencionados instrumentos

que acompanham a apresentação dos cânticos.

� A partir de ~1100 d.C. começa a escrita � A partir de ~1100 d.C. começa a escrita das notas.

� O cântico começa mudar:� Até agora a voz superior cantou a

melodia.� A melodia vai agora para a voz

inferior.� A voz superior contorna ricamente a

melodia, que quase não é mais reconhecível, mas se torna principal.

� Surge o “Cantus firmus”.

Música até a reforma� A música começa ocupar um

lugar autônomo na liturgia.

� As palavras de partes litúrgicas são esticadas e logo não se são esticadas e logo não se reconhece mais as palavras – a voz se tornou instrumento.

� Assim, a rigor, o cântico não é mais liturgia (chamar, nomear, falar, cantar), mas tocar.

� A música se torna profana.

� Os pais da igreja voltaram se contra o uso de instrumentos.

Música até a reforma� Assim começa no sec. XII a pergunta em

que medida a música pode ser integrado para fins litúrgicos.

� A tensão entre música santa (“gospel”) e secular surge.

� No séc. XIII surgem cânticos nas línguas dos diversos povos.dos diversos povos.

� No sec. XIV o cântico se volta novamente à linguagem, surge o moteto.

� O desenvolvimento seguiu em direção à vocalização (a capela).

� A música polifone reivindica ser carregador de sentido e do culto em geral.

� A unidade agora se busca na música, não no litúrgico.

� Separam-se padre e cantor, coral e coral dos clérigos.

� A comunidade já se silenciou depois do sec. X. Apenas o canto pertence a ela.

Música da reforma e depois� A reforma acontece no meio da Europa e

Luther favoreceu a língua alemã.� A língua alemã é diferente das línguas

romanas. O acento e a tonalidade fazem parte do significado da palavra.

� A liberdade do ser humano como ser falante é redescoberta.falante é redescoberta.

� A pessoa como compositor e intérprete precisa se conscientemente confrontar com o significado de forma musical.

� Surge assim o hino - o canto da igreja.� O hino em alemão foi introduzido no

culto, isso por sua vez significa uma liberalização da liturgia.

� O hino carregava teologia e ensino.� A música secular se desenvolveu de forma

autônoma e emancipada.

Cristãos, alegres jubilai, felizes exultando;

com fé e com fervor cantai, a Deus glorificando.

O que por nós fez o Senhor, por seu divino excelso amor,

custou-lhe a própria vida.

Fui prisioneiro de Satã, a noite me envolvia.

A minha vida, triste e vã, nas trevas se esvaía.

Abismo horrível me tragou, o mal de mim se apoderou;

perdi-me no pecado.

As obras nunca poderão livrar-me do pecado.

O livre arbítrio tenta em vão guiar o condenado.

Obedeceu de coração o Filho ao Pai amado.

Tornou-se em tudo meu irmão, e, pobre e desprezado,

ele ocultou o seu poder e um simples homem veio a ser:

Lutou por minha causa.

E disse em sua compaixão: A minha mão segura.

Alcançarás a salvação, eu venço a luta dura.

Pois eu sou teu e tu és meu; onde eu estou terás o céu.

Nada há de separar-nos.

Derramarei o sangue meu, serei à cruz pregado,

somente em benefício teu; aceita-o, confiado!O livre arbítrio tenta em vão guiar o condenado.

Horrível medo me assaltou, ao desespero me levou,

lançando-me ao inferno.

O eterno Deus se apiedou de mim, o infortunado.

De sua graça se lembrou, voltou-se ao condenado.

O seu paterno coração deu, para minha salvação,

o que há de mais precioso.

Ao Filho disse o Pai no céu: O tempo está chegado;

à terra desce, ó Filho meu, e salva o condenado!

Liberta-o de pecado e dor, morrendo, sê-lhe o Redentor:

Que tenha nova vida!

somente em benefício teu; aceita-o, confiado!

Em inocência hei de sofrer, que possas vida eterna obter

e bem-aventurança.

Ao Pai no céu eu voltarei, porém, não te abandono

O Espírito te enviarei do meu celeste trono.

Em todo o sofrimento e dor ampara-te o Consolador,

guiando-te à verdade.

Tudo o que fiz te ensinei também o faze e ensina!

Farei crescer a minha grei por minha luz divina.

A luz dos homens é falaz, enganadora é sua paz.

Confia em mim somente!

Autor da letra: Martim Lutero

Música depois da reforma� Começou agora a música

independente do órgão e do cembaliem conjunto com outros instrumentos.

� Tudo isso contribuiu para a obra de J.S. Bach.J.S. Bach.

� A época desembocou na música dos vienenses clássicos (Haydn, Mozart, Beethoven). A música deles é um reflexo da cultura.� A vida secular se separa da religiosa.� A música religiosa é a celebrativa

dominical.� A música secular é alegre, moderna,

concertante.� Mas as pessoas ainda vivem na

tradição eclesiástica.

Música depois da reforma� A música muda completamente.

Ela não mais expressa o universo da realidade, mas a opinião particular sobre a religião e o mundo do músico.

� Ela se tornou arte autônoma e � Ela se tornou arte autônoma e podia ser vista como substituto de religião.

� A música recebeu a função de conduzir o ouvinte à um sentimento religioso.

� A música começa regredir (falta a profundidade histórica), por outro lado começa com a ciência da música a pesquisa da história da música e o desejo de se conectar à história novamente.

Música a partir do sec. XIX� Música torna se identificadora

de grupos:� Nacionais� Políticos� Espirituais� Espirituais� Etc.

� Cada um escolhe a sua música.� Novos caminhos e novas

buscas na música moderna� A música não é mais

fundamento da comunhão, mas alvo dela.

Resumo� A música faz parte da religião.� O AT e o NT não regulamentam a

música.� A história mostra que a música muda

e molda, mas também é moldada pela época.e molda, mas também é moldada pela época.

� Estilos, instrumentos e textos deviam na comunidade servir a palavra em primeiro lugar.� A palavra tem o lugar principal e

primário.� Os textos são fundamentais.� A música coopera e complementa.� A música está ao lado da palavra, não

pode substituir ela.� A música é resposta à palavra.

Resumo� Aqui também vale: tudo é lícito,

mas não tudo convém.� Cada comunidade tem a

responsabilidade de estabelecer e formar regras para a música no formar regras para a música no culto.

� A música secular é sujeita ao uso pessoal em responsabilidade diante de Deus como moda, bebida, comida, etc.

� Também aqui se vale a regra da consciência ou seja dos fortes e fracos.