joão cabral de melo neto (1920 – 1999)

10
João Cabral de Melo Neto (1920 – 1999) O homem sem alma

Upload: gyda

Post on 16-Mar-2016

34 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

João Cabral de Melo Neto (1920 – 1999). O homem sem alma. • O RIO (1953) • PAISAGENS COM FIGURAS (1954-1955) • MORTE E VIDA SEVERINA (1954-1955) • UMA FACA SÓ LÂMINA (1955). O RIO. - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: João Cabral de Melo Neto  (1920 – 1999)

João Cabral de Melo Neto (1920 – 1999)

O homem sem alma

Page 2: João Cabral de Melo Neto  (1920 – 1999)

• O RIO (1953)

• PAISAGENS COM FIGURAS (1954-1955)

• MORTE E VIDA SEVERINA (1954-1955)

• UMA FACA SÓ LÂMINA (1955)

Page 3: João Cabral de Melo Neto  (1920 – 1999)

Deste tudo que me lembro, lembro-me bem de que baixava entre terras de sede que das margens me vigiavam. Rio menino, eu temia aquela grande sede de palha, grande sede sem fundo que águas meninas cobiçava. Por isso é que ao descer caminho de pedras eu buscava, que não leito de areia com suas bocas multiplicadas. Leito de pedra abaixo rio menino eu saltava. Saltei até encontrar as terras fêmeas da Mata.

Por trás do que lembro, ouvi de uma terra desertada, vaziada, não vazia, mais que seca, calcinada. De onde tudo fugia, onde só pedra é que ficava, pedras e poucos homens com raízes de pedra, ou de cabra. Lá o céu perdia as nuvens, derradeiras de suas aves; as árvores, a sombra, que nelas já não pousava. Tudo o que não fugia, gaviões, urubus, plantas bravas, a terra devastada ainda mais fundo devastava.

O RIO

Page 4: João Cabral de Melo Neto  (1920 – 1999)

Imagens em Castela

Se alguém procura a imagemda paisagem de Castelaprocure no dicionário:meseta provém de mesa.

É uma paisagem em largura,de qualquer lado infinita.é uma mesa sem nadae horizontes de marinha

posta na sala desertade uma ampla casa vazia,casa aberta e sem paredes,rasa aos espaços do dia.

PAISAGENS COM FIGURAS

Page 5: João Cabral de Melo Neto  (1920 – 1999)

Apaga-se o “eu” pessoal do poeta em favor do conhecimento objetivo da realidade. Não aparecem traços psicologizantes individuais, mas um cortante quadro crítico da realidade.

Sua poesia, nesse sentido, é uma antipoesia – isto é, uma nova forma de poesia que rompe com o extravasamento emotivo tradicional.

Linguagem:

Na arquitetura dos versos de João Cabral, as palavras têm um sentido denotativo, um sentido consagrado. As frequentes enumerações ou permutações de palavras ou versos estão presas a um rigoroso esquematismo.

Sua perspectiva voltou-se para as formas poéticas da tradição popular, como as cantigas de cordel nordestinas, as trovas medievais e a utilização das quadras. . Na composição, utilizou-se de recursos estilísticos populares, como repetições, paralelismo, etc.

Page 6: João Cabral de Melo Neto  (1920 – 1999)

CONCR

ETA

P O E S I A

Page 7: João Cabral de Melo Neto  (1920 – 1999)

................................ Haroldo de Campos

...................... Augusto de Campos

............. Décio Pignatari

a busca pela linguagem verbivocovisual

Page 8: João Cabral de Melo Neto  (1920 – 1999)
Page 9: João Cabral de Melo Neto  (1920 – 1999)
Page 10: João Cabral de Melo Neto  (1920 – 1999)