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Director: Abel Matos Santos Ano 1 Número 9 1 de Janeiro de 2007 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222 Feliz Ano de 2007 Destaques Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. O Novo Juiz da Irmandade, é Diamantino Diogo. Conheça as suas prioridades. Página 19 Executivo camarário debaixo de fogo com ataques da oposição. Páginas 14, 32 e 34 Graça R. Cunha, em entrevista como Provedora da Santa Casa, após reeleição para novo mandato. Páginas 4 e 5 O Contraditório, saiba quem e porquê, está contra a reposição do busto do Maj. Luíz Alberto Oliveira. Páginas 8 e 9 Páginas 24 e 25 O Jornal de Coruche por dentro! Mais destaques na última página. PROCISSÃO INSC 2006 1 1 0 0 NA COMPRA NA COMPRA DESTE JORNAL DESTE JORNAL Pr Pr esépios de Coruche 2006 esépios de Coruche 2006

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Director: Abel Matos Santos – Ano 1 • Número 9 • 1 de Janeiro de 2007 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: € 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222

Feliz Ano de 2007

Destaques

Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

O Novo Juiz da Irmandade, éDiamantino Diogo. Conheça assuas prioridades.

Página 19

Executivo camarário debaixo defogo com ataques da oposição.

Páginas 14, 32 e 34

Graça R. Cunha, em entrevistacomo Provedora da Santa Casa,após reeleição para novo mandato.

Páginas 4 e 5

O Contraditório, saiba quem eporquê, está contra a reposição dobusto do Maj. Luíz Alberto Oliveira.

Páginas 8 e 9

Páginas 24 e 25O Jornal de Coruche por dentro! Mais destaques na última página.

PROCISSÃO IINSC 22006

1100 €€NA COMPRA NA COMPRA

DESTE JORNALDESTE JORNAL

PrPresépios de Coruche 2006esépios de Coruche 2006

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Ao lerem as linhasdeste editorial, jáestaremos todos no

ano de 2007, que significa2007 anos depois do nasci-mento de Cristo. No Natal, aNatividade, foi isso que fes-tejamos e assinalando-se de-pois o inicio de um AnoNovo que todos esperamsempre que seja melhor queo anterior.

Eu também faço essesvotos, para todos! Contudo,parece que as dificuldadeseconómicas vão continuar,com as taxas de juro a subire os salários a diminuir faceà inflação.

Os esforços de todos nósvão continuar a ser muitos,bem como as dificuldades,e, cá no nosso burgo, muitastransformações estão a ocor-rer e novos desafios se lan-

çam, que devem implicar to-dos sem excepção, paracriar-mos um tecido socialforte, assente no desenvolvi-mento e no respeito pelosvalores, tradições e patrimó-nio que possuímos, pois éisso que nos tem mantido háséculos. Ignorar-mos estarealidade é destruir a nossaterra!

Coruche precisa de sereencontrar, tal como as Fa-mílias fazem no Natal quan-do se juntam à consoada, epor isso é chegada a alturade fazer o encontro com ahistória e de nos entender-mos quanto ao nosso futuro.

Este jornal em 8 mesesde existência conseguiu, res-peitando tudo e todos, colo-car na discussão pública osprincipais assuntos da regi-ão, informando e fornecen-

do dados objectivos e impar-ciais, que representam sem-pre as principais correntesde opinião. A civilidade e aeducação são o timbre desteespaço de bem estar que euquero que seja o Jornal deCoruche.

Que seja como uma gran-de sala de família, onde to-dos podem falar e ser ouvi-dos, e ai se aprende a crescere a viver, a intervir e a dis-cutir, mas acima de tudopensando sempre no BEMda família.

Existem também sempreuns meninos mal comporta-dos que esperneiam quandopercebem que não têm ra-zão, mas que ainda não fo-ram capazes de aceitar isso.

Seja como for, este Jornalestá ao serviço de Coruche edas suas gentes, bem como

da Pátria que nos acolhe.Por isso mesmo já leva-

mos o nome de Coruche àtelevisão, ao programa doProf. Hermano Saraiva, játemos fora do Concelho,postos de venda em Lisboa,Carregado, Marinha Gran-de, Cartaxo e em breve esta-remos em Santarém e portodo o Distrito.

O número de assinantesem todo o território de Portu-gal continua a aumentar,bem como no estrangeiro,sendo um marco importanteno relacionamento com osnossos conterrâneos na diás-pora.

Conferências, como aque trouxe o eminente Prof.Daniel Sampaio a Coruche,colóquios, iniciativas públi-cas como a da reposição dobusto do Sr. Major Luíz

Alberto de Oliveira, são só oinicio de vários aconteci-mentos que visam trazerPortugal a Coruche, e viceversa, desenvolvendo a nos-sa cultura cívica e intelectu-al, no respeito pela história epelo nosso passado, parasermos bem sucedidos nopresente e no futuro.

Abriu-se um espaço defrescura, transparência eseriedade que Coruche deveaproveitar.

Por isso a todos apeloque continuem a apoiar oJornal de Coruche, o jornalda nossa Terra!

Um Feliz e Próspero AnoNovo, são os desejos sin-ceros deste vosso amigo

____Abel Matos Santos

Director

2 O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006

Fundador, Proprietário e Director: Abel Matos SantosCP: TE 463 ([email protected])

Redacção: Av. 5 de Outubro, 357-3.º B. 1600-036 LisboaRua de Salvaterra de Magos, 95. 2100-198 Coruche • Fax: 243 675 693

Editor: ProCoruche – NIPC: 507700376Registo na ERC n.º 124937Depósito Legal: 242379/06 ISSN: 1646-4222Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: MensalCoordenação, Paginação e Grafismo: Manuel Gomes Pinto

Agenda e Notícias: ([email protected])Redactor Principal: João Carlos Louro (CP 7599)Assistente Redacção: Patrícia LealAssinaturas e Publicidade: Isabel Pinto, Conceição Louro([email protected]) • Tlm: 91 300 86 58 e 96 600 12 93Contabilidade: Manuel Alves dos SantosImpressão: Empresa do Diário do Minho, Lda, Braga.Distribuição e cobranças: Carlos Tadeia • Tlm: 93 632 22 90Colaboraram neste número: Abel Matos Santos, Alberto Paiva, Ana Leão,Carlota Barros Alarcão, Domingos da Costa Xavier, Francisco Dias, Gonçalo Dias,Gonçalo Ribeiro Telles, Graça Ribeiro da Cunha, João Machado de Barros, JoãoSobral Barros, João Carlos Louro, João Costa Pereira, João Cravidão, JoaquimMesquita, José Caeiro, José Freire da Silva, José Maria Bento, Luís Martins,Mariazinha Alarcão de Macedo, Manuel Alves dos Santos, Manuel Pinto, MiguelMattos Chaves, Osvaldo Ferreira, Patrícia Cruz, Patrícia Leal, Pedro Vargas,Rodolfo Begonha, Samuel Pombo, Vitório Rosário Cardoso, Búzios, CáritasCoruche, Educor, GI-CMC, GI-Verdes, Gov. Civil Santarém, Nersant, ANF,SRUCP.Fotografias: Abel Matos Santos, Alberto Paiva, Carlota Barros Alarcão, JoãoCarlos Louro, João Costa Pereira, Joaquim Mesquita, Maria do Castelo Santos,Manuel Pinto, Patrícia Leal, Patrícia Cruz, Pedro Dias, Pedro Vargas, VitórioRosário Cardoso, CMC, GCS, Nersant, SRUCP.Cartoon: Pedro NascimentoWeb: Henrique LimaFoto da capa: Passaagem de ano na MadeiraFonte: Dir. Reg. Turismo da Madeira

www.ojornaldecoruche.com

Estamos em 2007…precisamos de saúde, determinação e inteligência

Locais de Venda do Jornal de CorucheCoruche• Papelaria Central, de Castelo & Santos, lda. Rua de Santarém, 76• Papelaria Cinderela, de Cidália Felizardo. Rua dos Guerreiros, 55 B• Papelaria Aguarela, de Graça e Silva, lda. Rua da Misericórdia, 43• Cabra Cega – Loja 1 – Praça da Liberdade, 9 – R/c• Cabra Cega – loja 2 – Urb. das Baleias – Junto ao Lidl de Coruche• Tabacaria/papelaria de Luís Veríssimo, Centro Comercial Horta da Nora,

loja B 18, na Rua de Olivença• Tabacaria de Manuel Sacramento Lopes, no Intermarché• Posto de Combustível Galp Jomoval, Av. Luís de Camões• Livraria Maia, de Francisco José Rosado – Praça da Liberdade, 50 – R/c• Minimercado Ferreira – Rua de Santo António, 2• Pastelaria Grão de Café – Rua de Santarém

Fajarda • Posto de Combustível Repsol

Couço • Drogaria Higiene, de Vasco Teles, na Rua do Comércio

Biscainho• Posto de Combustível Repsol, EN 119• Junta de Freguesia do Biscainho

Santana do Mato • Tasca Azevedo, Est. Nacional

Lisboa• Papelaria do Centro Comercial Aqua Roma – Av. de Roma• Papelaria do Centro Comercial do Campo Pequeno• Papelaria do Hotel Vila Rica - Av. 5 de Outubro

Cartaxo• Posto de Combustível BP no Cartaxo – EN3-Km 26, Vila Chã de Ourique

Carregado• Posto de Combustível BP no Carregado – EN1-Ponte da Couraça

Marinha Grande• Posto de Combustível BP na Marinha Grande

EE D I TD I T O R I A LO R I A L

Membro da

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Recebeu o Jornal de Coruche e oseu Director, desejos de Boas Festasde várias entidades que a seguir refe-rimos, agradecendo os votos endere-çados e retribuindo com igual estimae consideração, desejando um 2007com sucessos e realizações, pleno depaz, saúde e prosperidade.

- “Os Corujas” Ginásio Clube deCoruche

- Rancho Folclórico Regional doSorraia - Coruche

- Escola Básica 1 e 2 de Coruche- Jornal “Correio da Galiza”- Museu Municipal de Coruche- Jornal “O Almeirinense”- Campo Pequeno- Cavaleira Isabel Ramos- Município de Coruche- Paróquia de Coruche- Vereador Francisco Oliveira- Presidente da Câmara Muni-

cipal de Coruche- Junta de Freguesia de Coruche- Junta de Freguesia de Fajarda- Vereador Nelson Galvão

- Conselho Executivo do Agru-pamento Educor – Escola Dr.Armando Lizardo

- Irmandade de Nossa Senhorado Castelo

- J. Cordeiro – Contabilidade eGestão, Lda

- Guarda Nacional Republicanade Coruche

- Junta de Freguesia da Erra- PSD de Coruche- Clínicas Dr. Pedro Choy – Sílvia

del Quema

O Jornal de Coruche no final des-te ano de 2006, quer agradecer publi-camente o empenho de todos aquelesque têm contribuído para que esteJornal tenha atingindo a qualidade e arelevância que já demonstra.

Por isso a todos os colaborado-res e cronistas, anunciantes e assinan-tes, bem como a todos aqueles quenos lêem, vai o nosso obrigado e osvotos de muita saúde e prosperidadepara 2007.

AMS

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 3

Agradecimento de Boas Festas

EDITALTAXAS E LICENÇAS APROVADAS PARA O ANO 2007

Jacinto Amaro de Oliveira Barbosa, Presidente da Junta de Freguesiade Coruche, nos termos da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, Artigo 38º,alínea h), com as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2000, de 11 deJaneiro, torna público que:

Após proposta deste órgão executivo em reunião ordinária de07.11.2006 e aprovação pelo órgão deliberativo em reunião de11.12.2006, foram aprovadas as seguintes taxas e licenças para o cor-rente ano de 2007:

• Inumações (Cemitérios Santo Antonino, Azervadinha e Rebocho)– € 66,05

• Taxas e Licenças – € 22,55• Concessão de Terrenos – € 385,00• Empedramentos – € 141,55• Atestados – € 10,50• Confirmação de Agregados / Outros – € 2,65• Aluguer de Ossário – € 20,95• 2ª Via do Alvará – € 10,50• Trasladações – € 69,60• Inumações efectuadas no Novo Cemitério de Coruche

– € 370,00 (Taxa Única)• Inumações efectuadas depois das 17:00 horas no período de

15 de Abril a 15 de Setembro – € 88,75• Animais de Companhia – € 5,00 + Imposto de Selo• Animais com Fins Económicos – € 5,00 + Imposto de Selo• Animais com Fins Militares – € 5,00 + Imposto de Selo • Animais para Investigação Científica – € 5,00 + Imposto de Selo• Cães de Caça – € 7,50 + Imposto de Selo • Cães - Guia – € 4,00 + Imposto de Selo• Cão Potencialmente Perigoso – € 10,00 + Imposto de Selo• Cão Perigoso – € 15,00 + Imposto de Selo• Gato – € 4,00 + Imposto de Selo• Taxa de Registo – € 3,00

Os valores acima identificados são os legalmente praticados pelaJunta de Freguesia de Coruche, no entanto, alertam-se todos os inter-essados, para o facto de qualquer valor cobrado por outrém, que nãose inclua nos valores acima mencionados, não ser da responsabili-dade ou do conhecimento desta Autarquia, nem reverterem os mes-mos a favor da Junta de Freguesia de Coruche.

De referir no entanto, que o aumento verificado em algumas taxase licenças praticadas pela Junta de Freguesia de Coruche, foi basea-do no valor da taxa de inflação previsto para 2007, de 2,1%.

Para constar se passou o presente e outros de igual teor, que vão serlegalmente afixados nos locais habituais e publicados num Jornal daregião.

Junta de Freguesia de Coruche, 03 de Janeiro de 2007.

O Presidente da Junta

Jacinto Amaro de Oliveira Barbosa

Junta de Freguesia de Coruche

O Jornal de Coruche adereà Associação Portuguesade Imprensa

No passado dia 3 de Dezembro,o Jornal de Coruche foi referenciadopelo distinto e emérito Prof. JoséHermano Saraiva no seu programa“A Alma e a Gente”, que passa naRTP.

Este programa de grande audiên-cia e visto também na RTP Inter-nacional e RTP África, destacou onosso jornal exactamente pelos seusobjectivos de servir a terra e os nos-sos valores de portugueses e coru-chenses, assentes na nossa melhortradição.

É o reconhecimento de que esta-mos no caminho certo e espero quetodos os coruchenses nos continuema apoiar, concordando e discordandomas participando, neste nosso pro-jecto jornalístico assente em valoresde Bem, e, não em objectivos com-erciais, políticos ou mercantis.

Ao Senhor Professor HermanoSaraiva o nosso muito obrigado e osdesejos sinceros que nos possa visi-tar em breve pois teremos muitahonra em recebê-lo.

____

O Jornal de Corucheno programa do Prof. José

Hermano Saraiva

O Jornal de Coruche, tornou-se recente-mente membro da API – Associação Portu-guesa de Imprensa, percorrendo assim maisum passo no seu processo de crescimento,enquanto órgão informativo e formativo quese pretende projectar para além de Coruche,levando com ele o nome da nossa terra.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 20064

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No rescaldo dos resulta-dos das eleições para a MesaAdministrativa da Santa Casada Misericórdia, o Jornal deCoruche falou com os res-ponsáveis da anterior Direc-ção que, através do trabalhoque vêm desenvolvendo, ga-nharam o direito a mais ummandato de três anos à frenteda Instituição.___

JC – Agora que as eleiçõesforam ganhas a questão que secoloca prende-se com o futuro.Desta forma, quais são as pers-pectivas e consequentes projec-tos a desenvolver no próximotriénio?

Vice Provedor: Decidimosdividir a actividade dos próxi-mos anos da Santa Casa daMisericórdia em três centros.Os centros sociais, – Lar deIdosos, Centro de Dia e ApoioDomiciliário –, os centros devalor, subdivididos em Farmá-cia e Herdade e finalmente osCentros de Apoio, ou seja, oPatrimónio e os Serviços Admi-nistrativos. Este planeamentotorna mais fácil o estabeleci-mento dos objectivos da Ins-tituição.

Provedora: A grande apos-ta de futuro, além do términoda remodelação do Lar deIdosos, é a formação dos fun-cionários. Acho que não fazsentido melhorar as instalaçõessem que haja um acompanha-mento profissional e formadodas pessoas que lidam diaria-mente com os idosos. Esta vaiser a nossa aposta a 100%,podendo mesmo vir a recorrera escolas profissionais quepossam providenciar essa mes-ma formação.

Queremos também promo-ver fortemente o voluntariado,principalmente no Centro deDia e no Lar de Idosos. Destafeita o nosso objectivo é for-mar um grupo de voluntáriosorganizados, com pessoas dis-poníveis ou reformadas, nasquais as pessoas se sintamestimuladas e percebam que ovoluntariado exige a obrigaçãode prestar um serviço com oqual se comprometeram.

Acho importante transmitiràs pessoas a noção de compro-misso assumido perante umainstituição. Inclusive, por estesdias vai realizar-se um Con-gresso sobre voluntariado emÉvora, no qual as pessoas vãoser elucidadas da importânciaque tem uma acção tão simplescomo prestar um serviço vo-

luntário durante uma ou duashoras por dia.

Um dos projectos mais im-portantes será a criação de umaUnidade de Cuidados Conti-nuados que será o próximogrande passo da Santa Casa daMisericórdia. Desta forma,além de uma ligação que está aser iniciada entre o Centro deSaúde e a Segurança Social,tem-se também verificado umforte empenho por parte dasautoridades administrativas davila. A localização ideal destaUnidade seria no Monte daBarca visto estarem a ser re-modeladas todas as infraestru-turas, de forma a centralizartoda a acção de assistência eapoio aos idosos.

Pretendemos ainda criar umcartão social, mais numa ver-

tente ligada à Farmácia. Estaidentificação exclusiva dosirmãos da instituição e dosclientes mais fiéis do estabe-lecimento farmacêutico, possi-bilitará uma série de regaliasassim que entrar em funciona-mento.

JC – Que tipo de regalias?Provedora: Essas regalias

não estão ainda definidas poisestamos ainda a aguardar o queé que o Estado vai estipular emtermos de descontos de medi-cação.

JC – Que balanço fazem doanterior triénio?

Vice Provedor: Apesar dealgumas dificuldades o balan-ço final é bastante positivo.Tudo o que tínhamos planeadopara este mandato que agoraterminou prendia-se com as

soluções apresentadas no estu-do por nós encomendado, mascomo era um projecto algoambicioso, teremos de desen-volvê-lo de forma faseada.

Com alguma pena, das so-luções que consideramos em-preendedoras, só a remodela-ção do Lar de Idosos está já emcurso. Não apenas porque osprojectos demoram algum tem-po a desenvolver-se, mas tam-bém porque as verbas não sãomuitas. Aliás, estamos a ficarum bocado “estrangulados”com as actuais obras de remo-delação do Lar.

JC – A que tipo de outrosprojectos empreendedores serefere?

Vice Provedor: Refiro-me,como já foi dito a uma Uni-dade de Cuidados Continua-dos, e à construção de Residên-cias Assistidas, focadas numsegmento social da populaçãomais alto. Estas soluções seri-am óptimas para o nosso con-celho, mas infelizmente maisuma vez se prende com o pro-blema da falta de verbas.

Provedora: Acho que tam-bém é importante referir quecontrariamente a outras SantasCasas, a Misericórdia de Co-ruche tem focado a sua acçãoprincipal nos idosos, uma vezque achamos que as camadasjovens do concelho têm já al-guns centros que lhes servemde apoio.

JC – Em termos de rela-cionamento com empresas ouinstituições do concelho deCoruche, acha que a tarefa daSanta Casa enquanto institui-ção tem sido dificultada emtermos de parcerias ou con-tribuições?

Provedora: A relação com

Patrícia Leal *

EM DIRECTO

Entrevista à Provedora

Maria da Graça Ribeiro da Cunhae ao Vice-Provedor

José Maria Ferreira Bento

Santa Casa da Misericórdia de Coruche

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a Autarquia e com todo o muni-cípio, assim como, com Centrode Saúde, Segurança Social,Cáritas Paroquial, Vicentinos,Paróquia e outros, tem sidomuito cordial, uma vez queexiste uma entreajuda e sãoestabelecidas parcerias. Emtermos de empresas, a ligaçãotorna-se, por vezes mais difícilporque a Instituição recorrefundamentalmente a estas enti-dades com o intuito de receberalgum donativo.

No entanto, também achoque a nossa tarefa foi mais faci-litada do que a do anteriorProvedor da Misericórdia deCoruche, o Eng. Luís Dias, cujomandato terminou em 1999 oqual foi extremamente impor-tante, pois com a sua grandeobra, permite-nos trilhar um ca-minho seguro e bem delineado.

JC – Enquanto Instituiçãode cariz social, acha que apopulação devia interessar-semais pelo Concelho e as suascarências?

Vice Provedor: Penso quea integração da instituição nasociedade é muito importante,até porque não queremos “es-tar sozinhos” e quantas maisparcerias conseguirmos reali-zar, mais projectos poderão terfuturo. O nosso objectivo pren-de-se também com o alarga-

mento da acção da Santa Casae a incisão da atenção sobre onosso trabalho. Pretendemostambém em 2007 criar um “diaaberto” nas diversas valênciasda Santa Casa para que a popu-lação em geral tome conheci-mento da nossa missão.

Provedora: Penso que se-ria correcto desde já, dadoestarmos a falar em população,em nome da Mesa Adminis-trativa manifestar o nossoagradecimento a todos os Ir-mãos da Santa Casa, que deum modo significativo com-pareceram à Assembleia Geralde 30 de Novembro, votandoos novos Corpos Sociais para otriénio 2007/2009, e que,igualmente demonstraram ereforçaram o apoio à Mesapara a continuidade e execu-ção do Plano de Actividades eProjectos em curso. Também onosso maior agradecimentopela dedicação, espírito desolidariedade e empenho aosIrmãos que fizeram parte dosÓrgãos e que terminam fun-ções no final de 2006.

___

O balanço que se faz depoisde analisados os aspectos, co-nhecidos os meios e avaliandoas condições, é que por muitoambicioso que seja um projec-to de melhoria de um conce-lho, penso que todos os esfor-ços se devem fazer para queesse seja uma realidade.

Em vez da construção deprédios habitacionais em mas-sa, porque não se investe namelhoria de vida de uma popu-lação e no desenvolvimento deum concelho? Fica a pergunta,esperam-se respostas.

* Jornalista

A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia deCoruche, também mais conhecida apenas porMisericórdia de Coruche, foi fundada no ano de

1558. A sua acção, quer no campo social como noespiritual é regida pela prática das catorze Obrasde Misericórdia, sendo estas:

As Irmandades das Misericórdias, são poisInstituições onde a bondade do homem se reflectee se desenvolve para benefício próprio e alheio,tendo como alicerces o Evangelho de Jesus. Naverdade os objectivos que as caracterizam sãoexactamente os mesmos que o Senhor apontoucomo essenciais à vida Cristã.

A justiça e perfeição que Jesus quer dos home-ns, o caminho da santidade a que todos nós somoschamados, consiste essencialmente na bondadedo coração e esta conduz à prática das obras demisericórdia.

As Misericórdias são por natureza e vocaçãopromotoras dos valores do Reino de Deus.

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 5

EM DIRECTO

Espiritualidade dasMisericórdias

AS 14 OBRAS DE MISERICÓRDIA

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 20066

Não seria justo falar daSanta Casa da Misericórdiade Coruche, da sua vidaactual, de novos projectos,sem prestar a devida home-nagem e reconhecer publi-camente a obra do anteriorProvedor Eng. Luís Dias,que Deus chamou, não hámuito tempo, à sua pre-sença, e durante cerca de umquarto de século esteve àfrente dos destinos destaHumanitária Instituição.

Quando da sua entrada,na primeira tomada de possecomo Provedor, a SantaCasa tinha uma Farmácia, ovelhinho “Asilo” com 25velhotes e o antigo Hospitalque funcionava em pleno –ao todo 18 funcionários eum triciclo motorizado co-mo meio de transporte.

O que a seguir se relatanão consegue transcrever agrandiosidade do trabalho,do empenhamento, da dedi-cação, dos momentos detristeza ou dos momentos dealegria, na actuação e vivên-cia do Eng. Luís Dias du-rante os seus mandatos co-mo Provedor, mas procuratão somente dar um simplesretrato daquilo que nosparece mais notório.

– Situado na casa senho-rial da Herdade do Monte daBarca que foi deixada por

testamento da Snra. D. Ma-ria Clarisse Teixeira deAlmeida e Lereno, à SantaCasa da Misericórdia deCoruche e à Escola Salesi-ana do Estoril, após algunsproblemas e situações com-plicadas, apesar da falênciado empreiteiro da obra, e de-vido à grande pressão exer-cida na altura pela Seguran-ça Social para a conclusãodas obras, com grande esfor-ço financeiro e não só, foientão inaugurado e colocadoa funcionar em 1982, o actu-al Lar de Idosos do Monteda Barca, que tem mais de80 utentes residentes, e quese torna demasiado pequenopara os pedidos, e inscriçõesexistentes.

– Em área próxima doLar de Idosos foi efectuado

o aproveitamento de umantigo celeiro e foi transfor-mado num bom Salão deFestas, neste momento, ar-rendado a uma empresa par-ticular do ramo hoteleiro.

– Reportando aos perío-dos difíceis da reforma agrá-ria, teve que ser provado quea Herdade do Monte daBarca não podia ser nacio-nalizada, após diversas edifíceis secções em Tribu-nal, que chegaram ao tri-bunal da Relação em Évora,também quase em simultâ-neo a resolução da ocupaçãoefectuada em 1975, de cercade 40 hectares para a insta-lação da Zona Industrialdo Monte da Barca, conse-guiu resolver estes proble-mas a contento de todas aspartes.

– Após alguma controvér-sia e talvez má interpretaçãoquanto à cedência do espa-ço/terreno na Herdade doMonte da Barca, imperou obom censo nas negociaçõese tornou-se uma realidadepara o nosso concelho ainstalação da DAI – Fábri-ca de Açúcar de Beter-raba, no início dos anos 90.

– No antigo “Asilo” foiconstruído um moderno econfortável edifício ondefunciona desde 1995, o Cen-tro de Dia – José DiasAndré, que diariamente aco-lhe, fornece refeições e tra-tamento de roupa a mais de50 utentes.

– No campo das obrassociais e também por inicia-tiva do Eng. Luís Dias, aSanta Casa presta ApoioDomiciliário – a cujas fun-cionárias chamou de “Sama-ritanas”, através do forneci-mento de refeições, higiene,limpeza, e também muitocarinho, a mais de 70 famí-lias necessitadas do nossoconcelho.

– Foi também implemen-tada a modernização einformatização da Farmá-cia da Misericórdia.

– Depois de nos ter sidodevolvido o edifício, e tam-bém com a finalidade decontribuir para o bem estar

da população, foi decidido oaproveitamento das insta-lações do Antigo Hospital earrendamento para a im-plantação de uma clínicamédica onde podem serefectuadas consultas de di-versas especialidades, exa-mes complementares e dediagnóstico.

– Na área do patrimóniofoi resolvido o problema doregisto da Praça de Toiros– cujos legítimos proprie-tários são as Irmandades deNossa Senhora do Castelo,Lar de São José e Santa Ca-sa da Misericórdia.

– Igualmente foi encerra-da e resolvida a situação daherança do General Cor-des de Avelar – Courela dosAniversários e Herdade doValverde, que são proprieda-des da Santa Casa da Mise-ricórdia de Coruche.

“CONHEÇA-NOS PARANOS AMAR.

AME-NOS PARA NOSAJUDAR”.

Eternamente gratos, peloexemplo de disponibilidadee espírito de sacrifício.

A Irmandade da SantaCasa da Misericórdia deCoruche

____

A Santa Casa da Miseri-córdia de Coruche, em ceri-mónia que teve lugar noGoverno Civil de Santarémno passado dia 22 de De-zembro, recebeu para usodos seus utentes mais idosose que apresentam maior difi-culdade de mobilidade umacadeira de rodas, doadapela solidariedade desen-volvida através do “ProjectoTampinhas”, em todos os Jar-dins de Infância e Escolas doAgrupamento EDUCOR.

A todos os alunos, edu-cadores, professores e famí-lias envolvidas no projectode recolha de tampas deplástico o nosso bem hajam,um agradecimento especialà Direcção do Agrupamentoque promove um projectoeducativo apoiado em valo-res como a solidariedade,também à Câmara Munici-pal de Coruche parceira doprojecto, o nosso muitoobrigado.

Santa Casa

Eng. Luís Manuel Leal Agostinho Dias – A Obra

Corpos Sociais para o Triénio2007-2009, eleitos na AssembleiaGeral de 30/11/2006

Santa Casa da Misericórdia de Coruche

AASSSSEEMMBBLLEEIIAA GGEERRAALLPPrreessiiddeennttee:: Jorge Manuel da Silva Noronha Falcão

VViiccee-PPrreessiiddeennttee:: Abel Manuel de Matos Alves dos SantosSSeeccrreettáárriiooss EEffeeccttiivvooss:: Miguel de Serpa Corte-Real, Nuno Manuel de Oliveira BandeiraSSeeccrreettáárriiooss SSuupplleenntteess:: Maria do Céu Smith Pires Mata Mendes, Alberto Patrício Dias

DDEEFFIINNIITTÓÓRRIIOOEEffeeccttiivvooss:: José Dionísio, António José Evangelista Mendes Brotas, José Joaquim Roque

SSuupplleenntteess:: José João Henriques Coelho, António Dionísio Pinto,António Miguel Silva Serrão Lucas Saraiva

MMEESSAA AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVAAPPrroovveeddoorraa:: Maria da Graça S. L. C. Ribeiro da Cunha

VViiccee-PPrroovveeddoorr:: José Maria Ferreira BentoSSeeccrreettáárriioo:: Francisco Dias Cortez FerreiraTTeessoouurreeiirroo:: Luís Manuel de Sousa Nobre

VViissiittaaddoorr:: Ana Maria Bento Machado da SilvaEEffeeccttiivvooss:: Manuel Gualdino Azevedo Matias,José Gonçalves Ferreira de Barahona Núncio

SSuupplleenntteess:: António Cabral da Silveira Gonçalves Ferreira,Maria do Rosário Barata Batista, José Diogo Roquete Salema

“Tampinhas” oferececadeira de Rodas à

Misericórdia

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 7

A vila de Coruche, há maisde duzentos anos, ocupavauma pequena faixa de aluviãoentre a “ribeira” – assim sechamava localmente ao leitovisível do Sorraia junto à vila –e a base da vertente que separaaquele aluvião da zona planál-tica superior.

A referida vertente que atra-vessa todo o concelho, abrigaa vila do norte, e é atravessadapelas águas da chuva que es-correm para o rio.

A encosta da vertente está,por isso, sujeita à constante la-vagem pelas águas das chuvase à consequente erosão do soloo que provoca a existência denumerosas “barrocas” por on-de a água se escoa torrencial-mente.

O desaparecimento da vege-tação destas vertentes e barro-cas, devido a lavouras, à pas-torícia e à construção de casas,tem provocado as inundaçõesde lama que hoje atingem,periodicamente, muitos luga-res do Alentejo e do Algarve.

As vertentes e as “barrocas”devem, portanto, estar perma-nentemente revestidas de vege-tação natural que, muitas ve-zes, terá que ser sustentada porpaliçadas de madeira.

Tal revestimento e trata-mento são importantes nas bar-reiras do Castelo não só para asustentabilidade da Igreja e dosrestantes edifícios como tam-bém para evitar que as enxur-radas mais violentas atinjam a

vila. A vegetação arbórea earbustiva da encosta e da res-pectiva cumeada também éimportante na valorização doconforto ambiental da própriavila porque permite a formaçãoduma zona quente “thermalbelt” e de brisas de encosta quepoderão ter uma ligação direc-ta com o necessário revesti-mento de arvoredo e vegetaçãoripícola da margem do rio oque não sucede quando as mar-

gens são obstruídas por cons-truções de materiais inertes e,por isso, despidas da vegetaçãonatural própria da respectivasituação ecológica.

É evidente que a beleza dapaisagem, a qualidade do am-biente, a sustentabilidade eco-lógica e a possibilidade de de-fesa e regularização das cheiasresultam fundamentalmente davalorização biofísica e da liga-ção entre o sistema vegetal dasvertentes (a que pertencem asbarreiras do Castelo) e a natu-ralização das margens do Sor-raia, sem a qual o rio estarácondenado a morrer biologica-mente devido à gradual perdade biodiversidade.

Acresce ainda, o que talfacto é importantíssimo sob oponto de vista cultural, da me-mória, de educação, para a per-da do “génio” do lugar e do seuvalor para as pessoas que oviverem.

Para essa contribuem asobras desligadas de um contex-to actual, da paisagem e dos

valores e recursos naturais que,inconscientemente, negam, pa-ra dar lugar a um mero decora-tivismo convencional.

Estão neste caso a constru-ção de edifícios obesos e deexcessiva altura, tanto no alu-vião onde nasceu a vila, comona plataforma superior paraonde tem crescido comprome-tendo não só as panorâmicasexteriores como a silhueta,proporção e luz da vila, o dese-nho da sua estrutura básica e aqualidade ambiental e culturaldos seus espaços interiores.

____* Arquitecto paisagista

3 – As barreiras e barrocasProf. Gonçalo Ribeiro Telles *

CONHCER CORUCHE

Legenda do desenho

1 – Antiga Charneca. Montado2 – Castelo3 – Barreiras e Barrocas4 – Vila5 – Rio6 – Campo. Lezíria

Legenda do desenho

1 – Planalto2 – Vertente e Estrada Nacional3 – Avenida e margem adjacente4 – Margem adjacente e campo

Brisa de Encosta

Infiltração

Escoamento superficial

Retenção

ANIMAIS, SEMENTES, RAÇÕES EACESSÓRIOS

Estrada da Lamarosa (Limoeiro)2100-018 Bairro da Areia • Coruche

TTeelleeff.. 224433 661199 446677 •• TTllmm.. 993333 337755 007788

O revestimento vegetal e o arvoreda da cumeada da vertente e da margem adjacente ao rio é importante na formação de brisas de encosta,na infiltração e escoamento das águas pluvias e na valorização da paisagem e das vistas.

Ramos de NoivaDecoração de IgrejasCoroas e Palmas para Funeral

Mercado Municipal, Lj. 18 – 2100 CorucheTel. 243 675 683 – Tlm. 964 092 957

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 20068

Cartas ao Director

Ex.mo Senhor Luís Ferreira

Muito agradeço o seu email e a sua opinião. Muito gostaria de poder falarcom o Senhor, por telefone ou pessoalmente se assim o entendesse, para lheprovar factualmente que aquilo que diz sobre a pessoa do Sr. Major não é maisdo que um enorme e crasso erro.

Já conhecia o decreto lei que me enviou, que agradeço, e naturalmente queo Sr. Major assina esse decreto porque era na altura membro do Governo, comoMinistro da Guerra. Por essa associação de ideias, quem há poucos anos fundouo SIS (saberá certamente quem são) também são pidescos e fascistas.

Terei oportunidade de arranjar o dec. lei que criou o SIS e ficará estupefac-to com o decalque quase integral do texto que agora me envia e de quem o assi-na. (Decreto-Lei nº 225/85, de 4 de Julho. Visto e aprovado em Conselho deMinistros de 7 de Março de 1985. – Mário Soares – Rui Manuel ParenteChancerelle de Machete – António de Almeida Santos – Eduardo Ribeiro Pereira– Jaime José Matos da Gama – Mário Ferreira Bastos Raposo – ErnâniRodrigues Lopes. Assina a criação do SIS, António Ramalho Eanes e MárioSoares – vide www.sis.pt)

Caro Senhor, todos os estados têm de ter serviços de informação, e aquilo aque Vexa se quis referir não é à PIDE, mas sim PVDE.

O desenvolvimento para PIDE-DGS só surgiu mais tarde e nada teve a vercom o Major Oliveira, que em 1934 foi forçado a demitir-se por ter tentado umgolpe para derrubar o regime. Se calhar não sabia!? Mas é verdade, e há outras,que também parece desconhecer.

Por acaso sabe porque razão um Ministro da Guerra graduado em General,acabou como Major? Terá lido o livro “Diário de Salazar” e terá lido Vexa o quelá vem escrito sobre a Personalidade que mais fez por Coruche e que tanto abo-mina?

Está documentado em todos os arquivos, e no ISCSP – Instituto Superior deCiências Sociais e Politicas, aliás onde fui buscar esta e outras informações.

Deixo o meu contacto e gostaria muito que me enviasse o seu telefone paraque lhe pudesse ligar e falarmos um pouco.

Fique ciente, que tomar o partido de quem fez bem pela nossa terra nunca éo pior partido. Pode ser o mais difícil, mas nunca o pior.

Peço-lhe que não confunda esta iniciativa, nem o meu Jornal (que é de todose também seu) com politiquices. Este não é de facto um jornal independente(porque nunca ninguém é independente) mas é sem sombra de dúvidas um jornaltransparente.

Carta ao Director28/12/06 – 20h21m

Caro Director

Ao tomar conhecimento da iniciativa desse jornal de elevar uma figura dopassado como mentor e benfeitor deste concelho fico sem palavras.

A figura para a qual esse jornal desenvolveu uma subscrição pública, pas-me-se, foi nada mais nada menos que um dos subscritores do Decreto-Lei n.º22992 – que cria a polícia de vigilância e defesa do Estado, a famigerada PIDE,conforme cópia do Diário do governo n.º 195 de 29 de Agosto de 1933.

O senhor director não está a promover uma figura benemérita, como diz,mas sim a tentar branquear uma realidade deste país, que nos mergulhou em 48anos de obscuridade – o fascismo. Sendo certo que o Senhor não deve ter sofri-do na pele as amarguras desses tempos, até pela sua idade, mas muitos conterrâ-neos meus sofreram, por todo o concelho de Coruche há testemunhos disso.

Tenho imensa pena que um jornal que se diz independente das terras doSorraia tenha tomado o pior partido, perdido a oportunidade de vingar de ser umverdadeiro jornal da nossa terra.

CumprimentosLuís Ferreira

Resposta do Director 128/12/06 – 21h45m

O ContraditórioRecebemos via email uma

carta dirigida à minha pessoana qualidade de Director destejornal, do Sr. Luís AlbertoFerreira do Couço que é tam-bém o Presidente da Junta deFreguesia do Couço.

Esta carta, como se poderáler abaixo na íntegra, insurge--se contra a minha iniciativa edeste Jornal de reabilitar amemória do grande Homemque foi o Sr. Major Luíz Al-berto de Oliveira.

Das dezenas de cartas deapoio e centenas de contactosque tenho recebido, quer portelefone quer pessoalmente, aapoiar a reposição da estátuado nosso Major, tinha estranha-

do ainda não ter havido alguémque se manifestasse contra, oque verdade se diga achavacaricato.

Mas eis que, finalmente,surgiu alguém que frontal eabertamente exerce com liber-dade o seu direito de cidadaniae demonstra a sua oposição,ainda por cima explicando por-quê.

Muito agradeço a este ci-dadão, que sendo também umapessoa com relevância autár-quica e política no nossoconcelho, tem outras responsa-bilidades públicas, sociais ecívicas.

Acontece que as normasdo respeito e da boa educação

exigiam uma resposta daminha parte, o que de imediatofiz, pela mesma via.

Desta forma, ficam aqui asrazões de um e de outro, paraque os coruchenses, todos esem excepção, as possam ler eo Povo, esse sim, possa julgare decidir através da assinaturada subscrição ou não.

Fundamental é, em qual-quer juízo, o pleno conheci-mento dos factos e é isso que oJornal de Coruche pretendesempre.

Viva o nosso Major! VivaCoruche! Viva Portugal!

Abel Matos SantosDirector

No próximo número editaremos umaseparata, que sairá com o Jornal deCoruche, onde se reproduzirão váriosdocumentos oficiais que corroboramtodos os factos abonatórios publica-dos neste jornal em relação à extra-ordinária personalidade do Sr. MajorLuíz Alberto de Oliveira, bem comooutros factos inéditos neste jornal,relatados num brilhante artigo publi-cado em 1957 na revista da CulturaLusíada da Sociedade Histórica daIndependência de Portugal.

Repor a Verdade, repondo a estátua, é fazer justiça e ser grato ereconhecido a quem muito fez pela nossa terra e pelas nossas gentes.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 9

Por isso mesmo, as páginas deste Jornal estão abertas para o Senhor ou paraquem quiser nelas escrever, desde que devidamente identificados e naturalmentesujeitos aos factos da história e ao contraditório, sempre dentro do respeito e dacivilidade.

Mas há tanta coisa que gostaria de lhe dizer, mas não por email. Acrescentosó que já recolhemos mais de 500 assinaturas e mais havemos de recolher e aestátua será uma realidade de novo, pois de lá nunca devia ter saído, pois nós osjovens e o povo em geral precisam de bons exemplos e não é por se arrancar aestátua que se apaga a história.

Para que saiba e não hajam dúvidas, eu não sou de Esquerda nem de Direita,pois acho isso um disparate e divide as pessoas em vez de as unir. Eu julgo as pes-soas e a história pelos factos e pelos actos.

Como já viu no Jornal de Coruche escrevem pessoas de todos os quadrantes,sem limitações políticas ou ideológicas.

Se depois de conversar-mos o que muito me agradaria, e, se o Senhor quiser,poderei publicar este seu email na integra nas cartas ao Director. Não lido malcom ideias diferentes das minhas, porque gosto de aprender.

Agora para tomarmos posições é preciso estarmos bem informados e acre-dite que não tomei esta iniciativa por qualquer razão que não seja a de fazerjustiça a um Homem (e não a um regime) que tanto fez por Coruche, e, isso éinegável e indesmentível.

Agradeço a sua opinião e frontalidade e despeço-me com os meus cumpri-mentos

Abel Matos Santos

Ex.mo Senhor Luís Alberto Ferreira

Na ausência de resposta ao email que lhe dirigi em resposta ao seu, venhojuntar alguma informação relevante para que possa julgar o Major, o Jornal deCoruche e a minha pessoa de forma diferente.

São documentos do ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Polí-ticas, a referência política do País, pertencente à Universidade de Lisboa.

Como pode ler, e será publicado no Jornal, qualquer ideia de Fascismo caipor terra, porque este homem se bateu contra ele, Servindo sempre a Pátria, desdeo regime Monárquico, a República e o Estado Novo, porque a função de um bomportuguês e de um bom militar é a de Servir e não servir-se.

Mais informação foi recolhida e será publicada no Jornal de Coruche sobreo Major, nomeadamente um excelente artigo de 10 páginas de 1957 sobre a vidado Major Major Luíz Alberto de Oliveira, após a sua morte, editado pela So-ciedade Histórica da Independência de Portugal, onde foi Tesoureiro e Vice-Presidente, e onde entre vários feitos heróicos no campo militar e cívico, foi tam-bém CAMPEÃO do MUNDO de ESGRIMA, facto só por si mais do que rele-vante.

Enfim, tenho a certeza que a informação que obteve do Major Luíz Albertode Oliveira foi manifestamente insuficiente e que com estes dados e outros quelhe apresentarei, a juntar aos anteriores, mudará certamente a sua opinião.

Sei que é o Presidente da Junta de Freguesia do Couço, já estivemos juntose conhece-me, sabe o trabalho sério que temos feito em prol do Couço nas notí-cias e a importância que damos à sua freguesia, pelo que me sinto algo desa-gradado com algumas das coisas que referiu.

Sei também que representa uma área politica que é a do PCP e que provavel-mente possam sentir esta iniciativa como a referiu, mas de facto não é assim, e,penso que seria uma boa oportunidade para o PCP em Coruche fazer justiça e seafirmar até contra a ditadura, reabilitando a memória de um homem que contraela se bateu.

Estou disponível, como sempre, para conversarmos.Cumprimentos e um Bom Ano Novo

Abel Matos Santos

Cartas ao Director

Resposta do Director 230/12/06 – 15h14m

Na ausência de qualquer resposta por parte do Sr. Luís Ferreira ena posse de mais informação seguiu novo email

EDITAL

CONTRATAÇÃO DE PESSOALJoaquim Gonçalves Banha, Presidente da Freguesia de

Santana do Mato, no uso da sua competência atribuída na alínea g)do artigo 38.° da Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna a público oseguinte:

Estão abertas inscrições, nos termos das Leis nº 23/2004, de 22de Junho e 99/2003, de 27 de Agosto, dos Decretos-lei nº 427/89 de7 de Dezembro, 409/91, de 17 de Outubro, 29/2001 de 3 deFevereiro, 320-A/2000 de 15 de Dezembro e alínea h) do artº 9.° daConstituição da República Portuguesa, no prazo de dez dias após apublicação no Jornal “O Jornal de Coruche”, para a contratação atermo resolutivo certo de pessoal para o lugar abaixo indicado:

(*) À Remuneração Base acresce o subsídio de refeição edemais regalias em vigor.

Junto ao requerimento de admissão deverão ser apresentadosos seguintes documentos:

– Fotocópia do Bilhete de Identidade actualizado; (frente everso)

– Certificado de Habilitações literárias ou Cópia; (completas)– Curriculum Vitae;– Carta de condução de ligeiros e pesados.

Métodos de selecção:– Analise à inscrição, avaliação curricular e prova de entrevista

profissional de selecção.

Os interessados deverão contactar a Secretaria da Junta, quelhes facultará o requerimento modelo-tipo necessário à referidainscrição.

Para constar se passou este edital e outros de idêntico teorque vão ser afixados nos locais do costume e publicado no Jornal"O Jornal de Coruche".

O Presidente da Junta

(Joaquim Gonçalves Banha)

Santana do Mato, 04 de Janeiro de 2007.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200610

O QUE É A DOR?A Dor é a experiência senso-

rial e emocional de desconforto,que está normalmente associadacom a lesão ou irritação de teci-do orgânico ou sua ameaça. Estapode atacar, todas as pessoas, detodas as idades e em qualqueraltura, independentemente dosexo. A Dor pode ser passageira,como as dores de parto, de cóli-cas intestinais ou de fracturas demembros, ou tornar-se crónicacomo a que resulta de artrite,enxaqueca ou cancro.

QUALIDADES EDIMENSÕES DA DORAs sensações de Dor podem

ser bastante diversas e pos-suírem diferentes qualidades.Por exemplo, algumas dorespodem ser descritas como inci-sivas, penetrantes, bem local-izadas e outras como mal defi-nidas e insípidas, podendo asdores mal definidas ter uma sen-sação de golpe, picada ou for-migueiro. No entanto as dorespodem ter características pul-sáteis, ou constantes, ou agudase violentas, ou penetrantes elocalizadas. A sensação de des-conforto que experiênciamos de-pende do tipo de irritação ou le-são que ocorreu e da sua locali

zação. As condições de Dorpodem também diferir de acor-do com a sua origem e duração.

DOR ORGÂNICA VSPSICOGÉNICA

Pessoas que sofrem danos elesões físicas, como queimadurasgraves, são submetidas a umasituação de Dor que é claramen-te relacionada com a lesão dotecido corporal. Quando estedesconforto é provocado princi-palmente por lesão de tecidos,este tipo de Dor é descrita comosendo de causa Orgânica.

Para outro tipo de dores, ondeos exames médicos não encon-tram qualquer lesão de tecidosou base orgânica para que elaexista, este tipo de desconfortoestá primordialmente envolvidocom processos psicológicos.Por esta razão, este tipo de Doré descrita como sendo de causaPsicogénica ou Psicológica. Umexemplo extremo desta situa-ção, é um sujeito com perturba-ções mentais que imagina queestá a ser baleado e diz sentir ador das balas no seu corpo. Naverdade este sujeito realmentesente Dor.

Só há pouco tempo os inves-tigadores deixaram de considerara Dor orgânica e psicogénica

como duas entidades separadas.Agora, sabe-se que virtualmentetodos os tipos de Dor envolvemuma inter relação e influência defactores fisiológicos e psíquicos.

Assim, a Dor é vista comoum continuum e as diferentesexperiências de Dor envolvemdiferentes misturas de factoresorgânicos e psíquicos. Isto pare-ce claro em Dores de cabeçadesencadeadas por contracçãomuscular devidas ao Stress.Contudo, algumas dores comcariz crónico e sem causa física,são classificadas como desor-dens somatoformes, assumindoum papel principalmente psico-génico. No entanto, o facto denão se encontrar uma causa físicanão quer dizer que ela não exista.

DOR AGUDA VSCRÓNICA

Estar submetido à Dor demodo contínuo ou frequente-mente durante um período demuitos meses ou anos, é dife-rente de ter ocasionalmente oude modo isolado ataques dolo-rosos de curto termo. A maiorparte das experiências de Dorsão temporárias, esta chega edesaparece em minutos, horas,dias ou até semanas, muitasvezes com a ajuda de analgési-

cos ou outro tipo de tratamentosprescritos por um técnico, comopor exemplo fisioterapia oumassagens. Se uma situaçãosimilar de Dor ocorre no futuro,não está relacionada de mododirecto com a situação anterior.Isto é o caso das quotidianasdores de cabeça (cefaleias) e dasdores tipicamente produzidaspor tensão muscular, feridas aci-dentais, cáries dentárias ou cirurgia.

DOR AGUDAA Dor aguda, refere-se ao

desconforto que as pessoasexperimentam em condiçõestemporárias, por períodos detempo que podem ir até porvolta dos seis meses. Os pacien-tes com Dor aguda têm normal-mente maiores níveis de ansie-dade que o normal, subsistindouma sensação de angústia e pre-ocupação enquanto a sua condi-ção vai melhorando e a Dordesaparece.

Quando uma situação dolo-rosa subsiste mais do que algunsmeses, os pacientes continuam ater elevados níveis de ansiedadee tendem a desenvolver senti-mentos de desespero e desam-paro devido à falta de eficáciade diversos tratamentos médi-cos, na tentativa de aliviar a sua

situação. A Dor pode então vir adominar a vida do sujeito.

Isto é o que acontece fre-quentemente quando a situaçãode desconforto se torna crónica,como se pode ver no seguintedepoimento: “Suportaria mel-hor a dor se conseguisse teruma boa noite de sono (...)sinto-me exausto, extenuado.Sinto-me cada vez mais irritadocom a minha família e tenhocada vez menos amigos e inter-esses. Gradualmente, à medidaque o tempo passa, os limites domeu mundo vão diminuindo.Preocupo-me cada vez maiscom a minha dor e interesso-mecada vez menos com o que merodeia. O meu mundo agora é aminha casa, o consultório médi-co e a farmácia”.

A vivência da dor é marca-damente diferente quando esta éaguda ou crónica. Muitos doen-tes em situação crónica deixamos empregos por causas emo-cionais e físicas, passando aviver com menos rendimentosao mesmo tempo que as contascom a saúde se avolumam.

(Continua no próximo número)

A Dor – do desconforto à tortura(Parte I)

Dr. Abel Matos Santos *

VIVER COM SAÚDE

A - ALMEIDARua da Misericórdia, 16 2100-134 Coruche Tel. 243 617 068

B - FRAZÃORua Direita, 64 2100-167 Coruche Tel. 243 660 099

C - HIGIENERua da Misericórdia, 11 2100-134 Coruche Tel. 243 675 070

D - MISERICÓRDIALargo S. Pedro, 4 2100-111 Coruche Tel. 243 610 370

– OLIVEIRARua do Comércio, 72 2100-330 CouçoTel. 243 650 297

– S. JOSÉRua Júlio Dinis, Nº 3 - B 2100-405 LamarosaTel. 243 724 062

Centro de Saúde de CorucheUrgência - SAP - 24 horas/dia

Estrada da Lamarosa2100-042 CorucheTelef: 243 610 500 Fax: 243 617 431

Hospital Distrital de Santarém Av. Bernardo Santareno

2005-177 SantarémTel: 243 300 200Fax: 243 370 220

www.hds.min-saude.ptMail: [email protected]

Tel: 243 300 860243 300 861

Linha AzulTel: 243 370 578

Extensão de Saúde CouçoRua Sacadura Cabral

2100-345 Couço243 669 080 - 243 650 109

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JANEIRO 2007

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 11

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A utilização lícita de bebidasalcoólicas está fortemente entro-sada na cultura e economia damaioria dos países europeus queincondicionalmente toleram nãosó o consumo do álcool, masigualmente o processo de alcoo-lização.

Aludindo pelas diferentesculturas e tradições mundanas, aqualificação do álcool como“lubrificador de relações soci-ais humanas”, regulamenta osfenómenos que disciplinam anormalidade vigente das socie-dades contemporâneas.

A Europa continua a ser aregião do mundo que mais pro-duz e consome bebidas alcoóli-cas, apresentando o Luxembur-go no topo da classificação comum consumo médio de álcoolpuro per capita de 12,6 L, segui-do pela Hungria com 11,4 L eRepública Checa com 11L.Portugal, infelizmente, ocupa opouco honroso 8º lugar com umconsumo médio de álcool purode 9,6 L.

Estes dados suportam a cata-logação de Portugal como umdos maiores consumidores deálcool do mundo, enquadradonum modelo de ingestão de ál-cool tradicionalmente caracteri-zado pelo consumo de vinhodiário, particularmente às refei-ções e numa permutação globaldos padrões de beber dos paísesindustrializados ao nível do au-mento do consumo de cerveja.

Os resultados estatísticos

nacionais mais relevantes refe-rentes ao consumo do álcool(Inquérito Nacional de Saúde)revelaram, em termos gerais,uma diminuição da prevalênciade consumidores de álcool, pre-dominantemente os homens euma diminuição da quantidademédia do consumo do álcool(gramas), marcada pela trans-posição do consumo de vinhopara cerveja, sobretudo nas fai-xas etárias mais jovens.

Os dados epidemiológicosrelativos às doenças do álcool,

demonstram que o seu consumoexcessivo provoca profundasramificações sociais, médicas epsicológicas, não só para o indi-víduo, mas também para aque-les que o rodeiam, devendo serexaltado com maior proeminên-cia nas agendas sócio-políticasque nos regem.

Actualmente, o alcoolismodeve ser reconhecido como umgrave problema de saúde públi-ca, oscilando a taxa de prevalên-cia entre 1% a 10% da popu-lação. Em Portugal, é frequente

referir-se que cerca de 10% dapopulação apresenta gravesincapacidades ligadas ao álcool.Provavelmente falamos damaior toxicodependência dosportugueses.

Para termos ideia dos custosdo alcoolismo para o erário pú-blico, basta-nos a simples equa-ção: o valor médio da produçãode bebidas alcoólicas representa2% do Produto Nacional Bruto(PNB), enquanto que o custoeconómico dos problemas liga-dos ao álcool (PLA) atinge os 5 a6% do Produto Nacional Bruto.

A vigilância de saúde públi-ca deve concentrar as suasatenções na permutação doshábitos tradicionais do consumode bebidas alcoólicas, nomeada-mente:

1 – Aumento do consumoem dois grupos populacionaisde risco – jovens, pela sua ima-turidade orgânica e as mulheres,pela sua menor capacidade emmetabolizar o álcool;

2 – Jovens com um padrãode consumo orientado para aembriaguez;

3 – Associação do álcool aoutras substâncias que alteram ofuncionamento mental (haxixe,cocaína);

4 – Aparecimento em super-fícies comerciais de bebidascom embalagens muito atracti-vas – design drinks, conhecidascomo alcopops, em que o álcoolaparece diluído em sumos forte-mente adocicados, de modo a

neutralizar o sabor do álcool e asua rejeição natural;

5 – Aparecimento de produ-tos não alcoólicos com apetên-cia especial para as crianças,com uma apresentação sugesti-va de uma bebida alcoólica (ex.espumante), cuja a intenção émimetizar as saudações e festascomemorativas dos adultos;

6 – Estreita colaboraçãoentre as marcas de bebidas e asactividades académicas, despor-tivas e culturais, dirigindo osseus targets a grupos populacio-nais de maior risco, tendo comoresultado o aumento da incidên-cia de alcoolizações maciças ecomportamentos de hetero-agres-sividade;

7 – Veiculação de notíciasimprecisas, vagas e por vezesfrancamente erróneas acercados putativos benefícios dasbebidas alcoólicas para a saúde.

A conceptualização do con-sumo do álcool alicerça-se numamplo conjunto de factores intrae inter-dependentes (políticos,culturais, económicos, sanitári-os, pessoais, etc), que concor-rem para a necessidade crescen-te de adoptar um enfoque inte-grador da alcoologia portugue-sa, gizando em uníssono a re-dução efectiva dos ProblemasLigados ao Álcool.

____* Psicólogo Clínico

do Serviço de Psiquiatria do Hospitalde Santa Maria e

Membro da Direcção daSociedade Portuguesa de Alcoologia

Que álcool se bebe em Portugal?Samuel Pombo *

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A intenção do governo de encerrar oServiço de Atendimento Permanente deBenavente (SAP) não agrada aos autar-cas de Samora Correia que apelam aoMinistro da Saúde que a reconsidere.

A ideia é a de criar um Serviço deUrgência Básica (SUB) a localizar no

Biscainho, para servir os Municípios deBenavente, Coruche e Salvaterra deMagos. No dia 7 de Dezembro, foiaprovada uma moção contra por eleitosda CDU na reunião da Assembleia deFreguesia. Esta considera que a novaproposta de localização não contempla o

tempo real de deslocação das pessoas, erelembra que Samora Correia tem 15 milresidentes, sendo a maior freguesia doconcelho. Recorrem ainda ao SAP trabal-hadores de concelhos vizinhos em aci-dentes de trabalho, doença, etc. O serviçoSAP está aberto durante 24 horas, e está

a sete quilómetros de Samora Correia.A moção foi enviada ao Ministro da

Saúde para que este reavalie a propostade criação do SUB no Biscainho, man-tendo-se assim o Serviço de UrgênciaPermanente, até que seja encontrada umasolução definitiva.

Samora Correia

Também contra encerramento das urgências

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200612

O Jornal de Coruche percorreu os três bares de Coruche e descobriu o que mudou nos últimos anos.

Já lá vai o tempo áureo da PinkPanther. Para a geração nascida depoisde 80, não passou de um espaço ondeestiveram apenas uma ou duas vezes,em matinés de sexta-feira, depois dasaulas, porque os pais mais não permiti-am. Contudo, para outros, mais velhos,foi com ela que nasceu a paixão pelanoite.

Pedro Orvalho, um dos responsáveispelo bar “Espaço Clean”, é um dos que,

ainda hoje, se sente “nostálgico e triste”quando recorda a discoteca. “A PinkPanther teve a sua época, foi umagrande casa, conhecida até em Lisboa,trouxe a Coruche imensa gente de todoo lado” conta Pedro Orvalho ao Jornalde Coruche. E acrescenta, com orgulho:“O Espaço Clean está neste momento afazer o papel de discoteca de Coruche”.

Inaugurado no dia 1 de Outubro de2004, o bar, surgiu, segundo o respon-sável, com um objectivo bem definido:“Fazer renascer a noite em Coruche”.“A abertura do Espaço Clean, mudoualgumas mentalidades e preconceitos.Havia a ideia de que Coruche jamaisvoltaria a ter uma noite apelativa, quesegurasse os jovens e ainda trouxessegente de fora. O Clean é a prova de queisso foi possível”, defende PedroOrvalho. E lembra que “os jovens deCoruche deixaram de sair para fora davila, muitas vezes a conduzir emcondições pouco adequadas”.

MUDANÇA DEGERAÇÕES

Continuando a percorrer os bares deCoruche, em frente ao campo de fute-bol Horta da Nora, está o Bebedouro.Para o proprietário, Nélson Filipe,ainda faz falta à vila uma aposta emgrande: “Ao sábado, as pessoas ficam umpouco nos bares e quando chega a meia-noite procuram outro local. Faz falta umacoisa em grande, mesmo porque Corucheé grande e está isolado”.

Aberto há onze anos, o bar já rece-beu diferentes gerações. Com a remo-

delação do espaço, em Abril de 2005, obar ficou, segundo o responsável, maisadulto, e atrai agora um público difer-ente. “Ultimamente tem-se notado amudança de gerações. Antigamentehavia mais festa, apreciava-se mais anoite e também a tarde”.

Quando se fala em público difer-ente, o Bêdebare não pode ser esqueci-do, já que acolhe um cruzamento degerações. “O bar está aberto a toda a

gente, mas, de facto, existe um tipoespecífico de público. Desde sempreque foi assim, talvez pelas característi-cas do bar, ou pela decoração, ou pelotipo de música e iniciativas realizadas”,entre elas “várias festas temáticas,exposições de pintura, de fotografia eescultura e passagens de modelos”,conta, ao Jornal de Coruche, GlóriaBaptista, responsável pelo bar.

Tudo começou a 24 de Junho de1995, com um desejo de abrir um barnum ponto central da vila. Em localiza-ção e História, o Bêdebare é, sem dúvi-da, privilegiado. A casa com “cerca de180 anos e com paredes de quase ummetro de espessura” era antigamenteum “celeiro de café de uma fábrica detorrefacção”, conta.

GNR NÃO COLABORA ONECESSÁRIO

A noite, o álcool e alguma descon-tracção levam por vezes ao descontrolode quem bebe. Para quem trabalha ànoite, é essencial saber lidar com estassituações.

De acordo com Glória Baptista é“importantíssimo saber manter acalma” e é claro que a “experiência demuitos anos com o bar aberto é umamais valia”. A responsável deixa o con-selho: “Nunca se podem abrirexcepções e as regras de casa são paramanter por todos. O respeito é, sem dú-vida, o mais importante”.

De acordo com Nélson Filipe, pro-prietário do Bebedouro, não existe uma“fórmula secreta para resolver ainsegurança”, mas um maior esforço daGNR já ajudava: “Eles não colaboramo necessário. Telefonamos para pas-sarem no bar e muitas vezes não pas-sam. É vergonhoso. Mesmo assim, jáfoi muito pior”.

Também o Espaço Clean já enfren-tou alguns problemas de insegurança,durante uma época de “alguma pertur-bação em Coruche”, segundo PedroOrvalho. “Vivíamos num clima de inse-gurança, perante a falta de meios dasforças da autoridade. Mas penso quehoje as coisas estão controladas e a

GNR começou finalmente a actuar comeficácia”. Mesmo assim o responsávellembra que é “extremamente importan-te o Grupo de Intervenção rápida estarpresente em Coruche às sextas e sába-dos à noite, já que são alturas de maiorrisco”.

Mais habitual do que o clima deinsegurança são as bebedeiras, muitas,felizmente, sem grandes consequên-cias. Pedro Orvalho deixa, com boa dis-posição, o segredo para gerir situaçõescomo estas: “Depende da pessoa. Masfundamentalmente, como diz o PauloBento, com tranquilidade, e muita,muita paciência!”.

____Patrícia Cruz

EM DESTAQUE

A noite de Coruche ainda é uma criança?

MÁRIO GODINHO

Praça da República • 2100-321 Couço • Coruche

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 13

O correcto aproveitamentoda meia milenar presença doluso capital histórico-culturalno mundo e sobretudo, hoje, naÁsia marítima e economica-mente emergente, pode cons-tituir a chave para a saída dePortugal desta crise de identi-dade, cultural, económica e devalores. Comunidades vivas deportugueses e luso-descenden-tes, são o actual elo de ligaçãoe mais valia geopolítica e estra-tégica que Portugal tem. Estes“portugueses” aguardam ain-da, ao fim de cinco séculos, achamada para estarem ao ser-viço de Portugal___

Há 500 anos, Portugal e osPortugueses tiveram um desíg-nio – os Descobrimentos. Foiuma vontade colectiva de irmais além, de construir umaepopeia Lusíada, atingir a gló-ria. Hoje, o ambiente político-económico de Portugal, sentidopelos portugueses e medido pordiversos indicadores são respec-tivamente soturnos e de crise.

Este artigo por se tratar deum tema algo vasto, extenso ecomplexo, pormenores não se-rão desenvolvidos, apenas regis-tada a impressão que as bolsasvivas de portugueses e de luso-descendentes pela Ásia maríti-ma espalhadas, têm de Portugale dos Portugueses europeuscontinentais.

Estas lusas comunidades dis-persas pelo vasto Oriente, nãosão mais do que os descen-dentes dos portugueses de“1500’s”, não sendo de espantarque o seu amor pela Pátria Por-tuguesa seja, por vezes maior,mais exaltada e romântica doque muitos daqueles que hojevivem no chamado “PortugalContinental”, por sentirem pro-fundo orgulho nas suas raízes.

Embora não sendo um espe-cialista em geopolítica ou geo-estratégia, creio que estas comu-nidades, apesar de não repre-sentarem nem impostos, nemvotos, nem remessas significati-vas, poderão ser sem dúvida umelo estratégico para uma reapro-ximação de Portugal aos cadavez mais prósperos países asiáti-

cos, devido às lealdades locaisestabelecidas, vindo daí a van-tagem comparativa portuguesanas relações internacionais, faceàs chamadas actuais potências

dominantes presentes em fórunse centros de decisão políticainternacionais. Os Heróis do Mar,o Nobre Povo e a Nação valenteque constituíram o Portugal dafundação, da consolidação oudas memórias inscritas no HinoNacional, é exactamente assimcomo os Portugueses são ainda

hoje conhecidos e reconhecidospelas Ásias e seus eruditos po-vos milenares orientais. Sobreeste tema, é importante a com-preensão do modus vivendi da

cultura portuguesa do Oriente,para além da importante con-sciência a ter, que à chegada dosPortugueses à Ásia marítima, ossúbditos da Coroa Portuguesaencontraram civilizações dasmais avançadas e requintadasdo mundo, em que a arte e o en-genho, bem como o bom senso,

amizade, comércio e alianças queforam tidas e feitas, constituírama receita prática e eficiente damanutenção da soberania por-tuguesa em quase 500 anos.

Após a era dos grandes Im-périos, em que Portugal foi oúltimo a demitir-se, não obs-tante, territorialmente amputado,permaneceu intacta a alma por-tuguesa que pelo mundo nuncamais se viu o Sol a pôr-se, con-tinuando o espírito flamejante-mente vivo pelos recantos do

Oriente. É o Portugal que ex-travasa as limitadas fronteirasrectangulares e europeias.

A boa memória dos senti-mentos e afectos entre os povosdificilmente se apagam com otempo e o expoente máximodesse valor incarnado em Por-tugal foi exactamente o do poetae vate imortal Luíz Vaz de Ca-mões, que a partir deste senti-mento abraçou o mundo com aLíngua e Cultura Portuguesaspara nada apertar.

Do Oriente, para poderemosentender a proximidade e afectoque os orientais têm por Por-tugal, temos de conhecer e dis-tinguir quatro realidades, que seconfundem com dois grupostipo, tais como, os que vêemPortugal como família e outroscomo amigo.

O primeiro grupo, prende-secom a existência de comu-nidades portuguesas – comuni-dades definidas por aqueles quetêm plenos direitos de cidadaniae nacionalidade portuguesas – edas comunidades luso-descen-dentes, que por algum motivoperderam o direito à nacionali-dade mas que culturalmente,linguisticamente e religiosa-mente preservam a todo o custoa identidade nacional – aquelaexistente nas regiões da antigametrópole ou Portugal continen-tal –, ou seja pensam, falam erezam em Português. O segundogrupo é constituído pelas comu-nidades nativas aculturadas porportugueses, em que é habitualseguirem o modus vivendi por-tuguês, cultos e tradições e quese sentem muito próximos dePortugal mas que não têm laçosde sangue. Outra vertente destegrupo, são os povos locais, quetêm a identidade própria da na-ção a que pertencem e pormotivos de meia milenar rela-ção com Portugueses, os laçosde amizade cimentaram.

FOCOS E BOLSASLUSO-ORIENTAIS

Após esta introdução, citoapenas alguns dos casos maiscomuns, sob pena de omitirmuitos outros casos igualmente

Portugal visto pelos“Portugueses” do Oriente– Capital histórico português ancorado há 500 anos na Ásia

Vitório Rosário Cardoso *

CRÓNICAS DO ORIENTE

(Parte I)

Os Territórios Ultramarinos Portugueses no sub-continente indiano e arquipélago Malaio (1498-1580)

Procissão de S. Francisco Xavier (padroeiro do Império Português do Oriente), no Sri Lanka, antigo Ceilão

> continua na página 15

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200614

O Partido Socialista de Coruche,respondeu em comunicado aos ataquesda oposição, referindo que “assumiupor inteiro os resultados das últimasAutárquicas (Outubro de 2005), apoi-ando o Executivo Camarário nas suasacções.

O referido Executivo liderado peloPresidente Dionísio Mendes tem-seevidenciado pelo trabalho, pelo inves-timento, e também pela exemplar e ele-vada relação democrática com os ou-tros partidos, fazendo questão emouvi-los, procurando sempre equa-cionar e dar a maior atenção às pro-postas da oposição, quando viáveis”.

Os socialistas em resposta ao votode abstenção da oposição na votaçãodo Plano e Orçamento para 2007,chamaram a atenção para a percenta-gem de propostas da oposição que fo-ram contempladas: 54.% das propostasapresentadas pelo PSD e 58 % das pro-postas do PCP/CDU. O PS diz que “es-tes números dispensam quaisquer co-mentários!!!”.

Quanto à sua postura na AssembleiaMunicipal, o PS adiantou que “nãovota TÍTULOS de MOÇÕES avulso,desprovidas de conteúdo, ou com con-teúdo tendencioso provenientes dasoposições. Algumas destas moções eoutros comunicados caracterizam-segeralmente pela carga de demagogia e

ausência de propostas, cujo objectivose resume a autopromoção políticavisando atacar o trabalho do Governoou da Câmara. Votamos sim MOÇÕEScujo CONTEÚDO inclua propostasconcretas, válidas e objectivas”.

Esclareceu ainda que, no seguimen-to de comunicado de sigla PSD de19/12/2006, “nem o Presidente da Câ-mara de Coruche representa o PS nemo PS representa o Presidente. São enti-dades diferentes que trabalham para omesmo fim – desenvolver o Concelhode Coruche!.

O PS estranha ainda que a CDU e oPSD se juntem “numa tal coligação“ad hoc” que começou a adivinhar-sepor ocasião da eleição da actual Pre-sidência da Assembleia Municipal,conseguida pelos Comunistas e só pos-sível com ajuda de votos alaranjados”,que pensa ser “contra natura”, quandofoi o PS o partido mais votado paraeste Órgão nas eleições autárquicas de16 de Outubro de 2005.

O PS diz que “vota favoravelmentepropostas vindas da Câmara com obje-ctivos específicos de desenvolvimento,tais como Parque Negócios/ParqueIndustrial, ampliação da Zona Indus-trial, Quartel de Bombeiros e outras”, erefere ainda as obras do mandato ante-rior que considera de históricas e estru-turantes, em particular no Couço ondese fez um grande investimento.

Termina dizendo que “a populaçãoavaliará em próximos actos eleito-rais”.

PS Coruche respondeaos ataques da

oposição

O ano de 2006 correu bempara o distrito de Santarém nosmais variados níveis.

O reforço dos mecanismoslegais, financeiros e materiais

permitiu uma actuação muitoeficaz em termos de vigilância ecombate aos incêndios florestaise uma melhoria qualitativa equantitativa dos resultados obti-dos. As estruturas rodoviárias naregião foram aumentadas e me-lhoradas, possibilitando a todosos cidadãos uma maior proximi-dade entre eles e o país e umamaior qualidade de vida. O teci-do empresarial regista um cres-cimento em progressão que per-mite atribuir à região o recon-hecimento que lhe é merecido.Em suma, o Ribatejo encontra-se actualmente num processo demutação direccionado para odesenvolvimento que se exigeem pleno século XXI. Em ter-

mos regionais, a principal difi-culdade foi, talvez, as cheias.Mas as suas consequências foramminimizadas com a eficácia dosistema preparado e implantado.

Acredito que o ano de 2007nos irá premiar com a evoluçãopositiva destas e de outras pre-missas. Existe, no entanto, umaspecto que se encontra ainda adar os seus primeiros passos eque tem de ser profundamentealterado. A questão da solidarie-dade. Nós queremos desenvol-ver um país que seja competiti-vo, moderno e ambicioso, masimporta termos a consciência deque essa velocidade a imprimirao país e à região vai deixandouns quantos para trás. Esses

quantos são os excluídos, aque-les que, por várias razões, nãopossuem a mesma igualdade deacessos. Falo dos idosos, queprecisam do nosso carinho e donosso acolhimento. Falo das cri-anças, que devem ser vistas co-mo uma esperança por um mun-do melhor. Falo dos cidadãosportadores de deficiência, quedevem ser tratados como qual-quer outro cidadão. Porque to-dos somos iguais pela simplesrazão de sermos diferentes. Émeu objectivo para 2007 termosum reforço deste índice, de umasociedade consciente de quevive no colectivo, que tem odever de redistribuir alguma dariqueza que é criada por aqueles

que têm a felicidade de poderestar na linha da frente da com-petitividade e no acesso aosbens materiais.

Um ano novo é o momentoideal para repensarmos noserros cometidos, na forma comonos interrelacionamos com osoutros e tomarmos decisõespara melhorar o que está menosbem. E, por isso, desejo a todosum excelente 2007, na esperançade que cada um consiga ultrapas-sar os obstáculos e concretizar osseus sonhos pessoais e profis-sionais e encarar o futuro comoptimismo e um sorriso na cara.

Paulo FonsecaGovernador Civil

do Distrito de Santarém

Mensagem de Ano Novopara “O Jornal de Coruche”

EDITALLicença de Operação de LoteamentoProcesso de Loteamento nº 6/2005

Discussão Pública

Dr. Dionísio Simão Mendes, Presidente da Câmara Municipal deCoruche, torna público, em conformidade com o nº 1 artigo 22º doDecreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção conferidapelo Decreto-Lei nº 177/2001, de 4 de Junho, e nos termos do dis-posto no artigo 77º do Decreto-Lei nº 380/99, de 22 de Setembro,alterado pelo Decreto-Lei nº 310/2003, de 10 de Dezembro, que estáaberto o período de discussão pública, relativo ao pedido delicenciamento da operação de loteamento, sito na Rua da Guarita –Foros do Paúl, freguesia e concelho de Coruche, requerido por NunoMiguel Aires Lopes Castilho, NIF 203.682.912, residente em RuaCidade de Cabinda, nº 20, 1º dir., 1800-080 Lisboa.

O período de discussão pública terá a duração de 15 (quinze) dias,a contar da data de publicação do presente Edital.

O pedido de licenciamento da operação de loteamento e o respecti-vo processo, encontram-se disponíveis para consulta, na Secção deLicenciamento de Obras Particulares desta Câmara Municipal, das9.00 às 16.00 Horas, podendo os interessados apresentar as suasreclamações, observações ou sugestões, por escrito, em requeri-mento dirigido ao Presidente da Câmara Municipal, dentro do prazode discussão pública.

O Presidente da Câmara

(Dionísio Simão Mendes, Dr.)

Coruche, 28 de Dezembro de 2006.

CÂMARA MUNICIPAL DE CORUCHE

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interessantes, excluindo propo-sitadamente regiões do OrientePróximo (i.e. Bahrein, Mascate,Ormuz e Bandas Abbas), a ÁsiaOcidental, e por motivos óbviosa Costa Oriental Africana. Por-tugal e o Povo Português sãovistos com respeito, altivez,amizade e sobretudo com honra,devido à multi-secular tenaci-dade, audácia, coragem, a par dasolidariedade, misericórdia, amore justiça demonstrados por estasparagens, resultando em poesia

como os Lusíadas, Luso-Des-cendência, a convicta Fé Cristã,entre monumentos protegidos econvertidos em locais de atrac-ção turística e fontes de rendi-mento.

PORTUGALIDADE EMGOA, DAMÃO, DIU,

DADRÁ, NAGAR HAVELIE SRI LANKA

Recordemos por uns instan-tes onde terminou a Viagem deVasco da Gama. Fundado após

repetidas presenças portugue-sas, o Antigo Estado Portuguêsda Índia, afirmado por Goa, co-mo capital do Império Portuguêsdo Oriente e constituído por Da-mão, Diu, Dadra e Nagar Haveli,foi considerado como grandebastião da imperiosa presençalusa na Ásia, especificamente,no sub continente indiano.

As suas gentes, portuguesasdo Oriente, muitas ainda se sen-tem traídas pelo abandono dePortugal – tanto devido à retira-da, como ao esquecimento a queestas comunidades foram vota-das – e não menos, muitas emcondições sociais humildes eoutras que não tanto, continuamlocalmente e intra-familiarmen-te, sem tergiversações, a defen-der a Cultura, Língua e o cultodo amor à Pátria Portuguesas.Tornando-se num facto muitocomum por essas paragens. Jáem relação às gerações maisnovas, que estão naturalmenteum pouco que aculturadas pelasrealidades locais, estes continu-am bem ligados a Portugal masjá com uma visão que conjugamo Portugal do passado com o dopresente, sempre pragmáticos esonhando o futuro.

No Sri Lanka (antigo Ceilãoou Ilha dos Amores de Camões),na Birmânia ou actual Mya-nmar, na Malásia, em Malaca,Penang e Langkawi ou na Indo-nésia, em Banda Aceh, Molu-cas, Flores ou Sólor, podem exi-stir comunidades portuguesasdiminutas, mas que na grande

maioria são as comunidadesluso-descendentes as mais pre-sentes. Um dos factores alicer-çantes da identidade lusa é semdúvida o catolicismo que muito

tem preservado as ancestrais tra-dições e identidade portuguesas.

____* correspondente em Portugal

do Jornal Tribuna de Macau

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 15

Através de comunicado, aCâmara de Santarém declarou oabandono do projecto “Águasdo Ribatejo” justificado pelafalta de condições financeiras daautarquia, herdada pelos execu-tivos socialistas anteriores.

A empresa “Águas do Riba-tejo” da qual faziam parte vá-rios municípios, foi criada paragerir o saneamento e o fornec-imento de água na Comuni-dade Urbana da Lezíria do Tejo(CULT). As várias câmaras daregião iriam até final do anoceder à CULT o seu activo emequipamentos de águas e sane-amento, que iriam depois inte-grar, sob a forma de capitalsocial, a nova empresa.

O presidente do municípiode Santarém, Francisco MoitaFlores, anunciou na última reu-nião de câmara o abandono doreferido projecto, visto que “San-tarém tinha sérias dúvidas deque este negócio fosse de factovantajoso para o concelho, ra-zão pela qual negociou contra-partidas directas para o muni-cípio no valor de cerca de dezmilhões de euros, sem prejuízopara as restantes autarquias”.

José Sousa Gomes, o presi-dente da Câmara socialista deAlmeirim e da CULT criticoufortemente o executivo de San-tarém. Refere “que só quandoa CULT receber oficialmente atomada de posição de Santa-

rém poderá haver uma reacçãocolectiva. Sousa Gomes refereque o facto de o fundo de coe-são das águas não ter sidoaprovado por Bruxelas não põeem causa o estudo de viabili-dade da Águas do Ribatejo, pe-lo que critica a decisão do exe-cutivo de Moita Flores. Para oedil “ao Santarém sair do pro-jecto, torna inviável a constitui-ção da empresa tal como haviasido prevista, e que serviram debase para o estudo económicoe o programa do concurso pú-blico para a escolha do parcei-ro privado. No caso de o pro-jecto ser abandonado, o par-ceiro privado pode vir a pediruma indemnização à CULT e a

autarquia de Santarém deveráser responsabilizada”.

Municípios como o de Co-ruche, onde existem trabalhosestimados em nove milhões deeuros, terão de pagar 35 porcento das obras previstas narede de saneamento básico,custos que seriam suportadospela empresa. Esta situação po-derá levar a graves dificulda-des em alguns concelhos.

Ainda assim, o executivode Santarém critica a gestão daCULT nesta matéria, o que fezcom que o projecto não con-seguisse as verbas Fundo deCoesão das Águas no actualquadro comunitário, no valorde 18 milhões de euros. Rela-

tivamente à gestão do sanea-mento de Santarém, a autar-quia pretende criar uma empre-sa própria, com entrada de capi-tal privado, que terá uma capa-cidade de investimento a 40anos de 60 milhões de euros.

Sousa Gomes refere que sehouver alguma coesão entre osvários municípios, a Comuni-dade Urbana da Lezíria do Tejopode candidatar-se aos fundosda união europeia no Quadrode Referência Estratégico Na-cional (QREN) 2007-20013.

Águas do Ribatejo em crise– Santarém abandona projecto

Tribunal Judicial de CorucheSecção Única

Est. da Lamarosa - St.º Antonino - Palácio da Justiça - 2100-042 CorucheTelef: 243 610 380 Fax: 243 617 230 Mail: [email protected]

AVISOProcesso: 95/06.3TBCCH – Interdição / InabilitaçãoRequerente: Idalina Maria Ribeiro MadelinoRequerido: Maria Madalena Ribeiro dos Santos e outro(s)...

Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a acção de Interdição/Ina-bilitação em que é requerido Maria Madalena Ribeiro dos Santos,solteira, domicílio: Rua Nova, 2100-651 Biscainho, para efeito de serdecretada a sua interdição por incapacidade permanente global.

O Juiz de DireitoDr. Afonso Dinis Nunes

O Oficial de JustiçaMaria da Graça M. B. Vicente

Portugal visto pelos “Portugueses” do Oriente– Capital histórico português ancorado há 500 anos na Ásia

> continuação da página 13

CRÓNICAS DO ORIENTE

aa ffaallaa

a forma,a língua,oo ppeennssaammeennttoo que se cumpre,ccoommuunniiccaa.

a língua na boca,o pensamento que soa,a linguagem.

o som da língua.o gosto do som da língua na boca, sabor a mar e infinito.

a língua é velha e sábia, com o uso não se gasta,renova-se, vai crescendo,ccoonnttiinnuuaa……

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200616

No passado dia 18 de De-zembro, o deputado dos Verdes,Francisco Lopes, questionou oGoverno sobre as medidas im-plementadas para reduzir asemissões poluentes.

O Fundo de Carbono (FC)constitui um instrumento finan-ceiro que foi criado para ajudara responder às obrigações quePortugal assumiu, no âmbito doacordo de partilha de responsa-bilidades dentro da União Euro-peia, relativamente ao Protocolode Quioto.

Como se sabe, os objectivosdo Protocolo de Quioto dizemrespeito à necessidade de redu-zir as emissões de gases comefeito estufa o que deve seratingido pelos diferentes esta-dos que assinaram aquele com-promisso através da adopção deum conjunto de medidas quevão desde a alteração de com-portamentos a nível individual

no sentido de melhorar os nos-sos níveis de poupança e efici-ência energética, até à mudançado actual paradigma no sectorde transportes (dominado pelorecurso ao transporte rodoviárioindividual), apostando nostransportes colectivos e na fer-rovia, e no sector industrial,modernizando o nosso tecidoprodutivo.

Estamos a um ano de entrarno quadriénio (2008-2012) du-rante o qual teremos que atingiras metas de redução de emis-sões a que nos comprometemos.Para que Portugal de factoreduza as suas emissões é fun-damental que se sejam adopta-das medidas internas, caso con-trário ficaremos eternamentereféns do Mercado de Carbonoe anualmente obrigados a com-prar licenças de emissões.

O Governo afirmou publica-mente em diversas ocasiões que

o FC não serviria apenas para acompra de emissões (a distribuirpor empresas), nem apenas paraos mecanismos de desenvolvi-mento limpo (investimento empaíses terceiros) afirmando que“nada obsta a que as verbas doFundo de Carbono não possame devam ser também aplicadasem medidas internas quereduzam emissões, seja em quesector for (por exemplo trans-portes, agricultura, etc.), peloque essas verbas poderão seruma mais-valia directa tambéma nível nacional” (Comunicadodo MAOTDR de 1-9-2006 so-bre o PNAC 2006).

O Secretário de Estado doAmbiente, Humberto Rosa, re-conhece inclusivamente que “aforma mais barata de cumprirQuioto passa por medidas inter-nas” (em entrevista ao DiárioEconómico de 06-02-06).

O Governo atribuiu ao FC,em 2006, 6 milhões de euros,estando previsto em Orçamentode Estado para 2007 mais 78milhões.

Os Verdes

O “Tratado da Antártida”está em vigor desde 1961 e nas-ceu da vontade de consagrar ocontinente Antárctico exclusiva-mente a fins pacíficos, à investi-gação científica livre, à defesado meio ambiente e da naturezae à promoção da cooperaçãointernacional. Neste momentosão já 45 países que o subscre-vem, 16 dos quais são nossosparceiros na União Europeia.

A Antártida, por alguns ape-lidada de “a última fronteira”, éum continente extremamenterico em recursos naturais, desig-nadamente marinhos, mas tam-bém minerais, portador de umdelicado ecossistema que supor-ta um inestimável património debiodiversidade e desempenhaum importantíssimo papel naregulação do clima do planeta,servindo como sistema de refri-geração da Terra através das tro-cas de calor processadas ao nível

dos oceanos e da atmosfera.Inicialmente subscrito por

doze países (Reino-Unido, Áfri-ca do Sul, Bélgica, Japão,Estados Unidos da América,Noruega, França, Nova Zelân-dia, Rússia, Argentina, Austráliae Chile), o “Tratado da Antárti-da”, em vigor desde 1961, nas-ceu da vontade de consagrar ocontinente Antárctico, ou a An-tártida, no pólo sul, exclusiva-mente a fins pacíficos, à investi-gação científica livre, à defesado meio ambiente e da naturezae à promoção da cooperaçãointernacional.

Reconhecendo o interessesuperior de toda a humanidadeem preservar toda a região a suldo paralelo 60, quer de conflitosinternacionais quer do saque eda sobrexploração dos seusrecursos e da sua destruição, otexto do referido Tratado proi-biu expressamente todas as

actividades de natureza militar,bem como a realização de testesde armamento, explosões nu-cleares ou o depósito de resídu-os radioactivos, assumindo osseus signatários o desejo detravar igualmente a corrida àexploração de recursos minérios

que levaria, não só à degradaçãoda maior reserva (quase 90%)de água doce do planeta, consti-tuída pelo gelo polar, como re-presentaria a morte de um valio-síssimo e sensível ecossistema ede toda a vida selvagem ali exis-tente.

Neste momento são já 45países que o subscrevem, 16 dosquais são nossos parceiros naUnião Europeia, participandodeste desígnio mundial que émanter a Antártida um conti-nente verdadeiramente interna-cional, sem donos nem senho-res, um espaço de liberdade,consagrado à pesquisa e à parti-lha de conhecimento, para o quereúnem regularmente nas Reu-niões Consultivas dos Membrosdo Tratado da Antártida, ondesão adoptadas recomendações eaditados anexos ao texto origi-nal, mantendo o Tratado, bemcomo os princípios nele estabe-lecidos, vivo e em funciona-mento.

No passado mês de Dezem-bro “Os Verdes” entregaram umProjecto de Resolução na As-sembleia da República para quePortugal assine o tratado.

O CDS-PP propôs um pactode regime sobre a área doTurismo Nacional, durante o

congresso da APAVT, nos Aço-res, que se realizou no passadomês de Dezembro

As propostas de trabalho doCDS, foram dirigidas ao PSD –Partido Social Democrata, aoPS – Partido Socialista e ao PCP– Partido Comunista Português,para que se alcance um ver-dadeiro pacto de regime sobre oturismo Português, de forma adotar o País de um sector forte,estruturado e rentável, adiantouo gabinete de Ribeiro e Castro,presidente do partido.

CDS propõe pacto deregime no Turismo

Os Verdes preocupadoscom emissões poluentes

Verdes propõem a ratificação do tratado da Antártida

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 17

A ameaça nuclear ficouclara para o mundo quando nasequência do ataque surpresado Japão, em Pearl Harbor, osEUA entraram na SegundaGuerra Mundial e para obriga-rem o Japão a render-se lança-ram duas bombas atómicas. Asconsequências catastróficasdessa, então, nova arma, nãomais foram esquecidas.

Os efeitos do nuclear foramavivados posteriormente com odesastre de Chernobil, eviden-ciando-se o facto de que, paraalém dos efeitos imediatos,existem outros a longo prazoverdadeiramente lamentáveis.

Vários Estados, como me-dida importante de dissuasão eequilíbrio de poder, procura-ram e conseguiram obter a ar-ma atómica.

As grandes preocupaçõesda Comunidade Internacionalconduziram a que fossem sen-do tomadas várias medidas decontrolo, como sejam, porexemplo, o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, o Tra-tado de Proibição de TestesNucleares, ou as várias organi-zações postas a funcionar pelaNato. As peripécias das inspec-ções ao Iraque pela AgênciaInternacional de Energia Ató-mica (AIEA) correram mundo.

Existindo a arma nuclear operigo é real. Mas vários acon-tecimentos no campo da Segu-rança Internacional, infeliz-mente, têm vindo a agravar es-

ta ameaça. É que a arma nu-clear pode ter um empregomilitar mas poderá ser em-pregue por um grupo terro-rista, questão agravada peloschamados “rogue states”, esta-dos falhados ou estados fracos,que podem desempenhar umpapel perturbador pelo que jáforam considerados como omaior problema da políticainternacional.

Em 2005, para o SecretárioGeral das Nações Unidas, oarmamento nuclear “é o princi-pal perigo que o mundo en-frenta”.

A certa altura o grande pro-blema era constituído pelaambição do Irão, de há muitotempo, em tornar-se numa ver-dadeira potência regional epretender possuir a arma nu-clear. A declaração do chefe dogoverno, Mahmud Almadine-

jad, dizendo que Israel deviaser varrido do mapa, veio au-mentar a preocupação do Oci-dente e não só.

O que pensará a ArábiaSaudita e o Egipto, sunitas,que consideram os Xiitas comoapóstatas? O Egipto caminhapara uma energia nuclear pací-fica, e depois?

O Irão com arma nuclearaltera a situação estratégicaregional e mundial. A revolu-ção de 1979 ainda não parou.

Quando a Comunidade In-ternacional tentava conseguirsoluções para esta crise é sur-preendida por um teste nuclearanunciado pela Coreia do Nor-te em 9 de Outubro de 2006.

Ora, um regime totalitárioque ignora os direitos huma-nos, que tem milhões de mor-tos por fome, que tem umaestimativa de 200 mil prisio-

neiros políticos, que tem um“querido líder” peculiar à fren-te, para não empregar outroadjectivo mais duro, uma vezna posse de arma nuclear é, porcerto, altamente desestabiliza-dor para toda a área envolventee para todo o mundo.

Mais directamente envolvi-dos, temos o Japão, cuja ten-são existente com a Coreia doNorte o levou a impôr imedia-tamente sanções unilaterais e auma séria discussão internasobre a necessidade de revisãoda sua política de defesa, abran-dada apenas pelas garantias demanutenção dos compromissosassumidos pelos EUA.

A China e a Rússia, aliadostradicionais da Coreia do Nor-te, defendem um multilatera-lismo mas não podem deixarde se preocupar com a situa-ção, a China tem mesmo umtratado de defesa com a Coreiado Norte; China e Rússia colo-cam-se, por isso, como travãoà aplicação de sanções fortes,contrariamente à posição dosEUA.

Os mísseis disponíveispela Coreia do Norte atingemterritório dos EUA. A resolu-ção da ONU, 1718, que impõesanções à Coreia do Norte,resultou, naturalmente, de umcompromisso. Questão maisdifícil será, por certo, a da suaaplicação, principalmente aquestão da intercepção de na-vios que deverá ser feita pelos

EUA e Austrália.Delicadíssima é a posição

da Coreia do Sul, para quem aguerra é inaceitável, tendodecidido não suspender osgrandes investimentos em cur-so na Coreia do Norte.

As negociações do chama-do grupo dos seis, Japão, Chi-na, Rússia, EUA, Coreia doSul e Alemanha, encontram-senum impasse.

A Coreia do Norte temcomo objectivo forçar os EUAa negociações directas mas temvindo a condicionar novas ne-gociações ao levantamento dassanções.

As dificuldades do contro-lo das Armas de DestruiçãoMaciça e do tráfico ilícito, nasmãos da Máfia, levam muitos aconsiderar esse controlo im-possível e daí a necessidadeimperiosa do controlo dospotenciais utilizadores.

As ligações cada vez maisfortes do terrorismo ao crimeorganizado e os avanços cons-tantes das tecnologias, caso,por exemplo, da nanotecnolo-gia que virá colocar sérios pro-blemas na área da segurança,não nos deixam entrar muitotranquilos para este Novo Anomas não nos devem tirar aesperança de que a aplicaçãode medidas nas diversas áreasevitem o recurso à força e àssuas terríveis consequências.

_____* Ten. General do Exército

A Ameaça NuclearTen. General Rodolfo Begonha *

SEGURANÇA E DEFESA

Mahmud Almadinejad e Kim Jong-Il

Na proposta agora apresen-tada é intenção da DREL –Direcção Regional de Educa-ção de Lisboa proceder à sus-pensão do funcionamento dasEscolas Básicas de Vale Cava-los e da Azerveira apresentan-do como escolas de acolhimen-to as EB1 da Fajarda e daLamarosa respectivamente.

A Câmara Municipal deCoruche reunida em 20 de De-zembro de 2006, decidiu con-cordar com o encerramento daEB1 de Vale Cavalos, visto aescola de acolhimento propos-ta situa-se a apenas 2,5 km daEB1 de Vale Cavalos e a redede transportes na freguesia daFajarda, que é assegurada pelaCâmara, tem capacidade paradar resposta à alteração pre-tendida.

Quanto ao encerramento daEB1 da Azerveira, a Câmara deCoruche manifesta-se clara-mente contra.

O executivo refere que

“não basta limitarmo-nos aolhar para um único critério –número de alunos – há queolhar as particularidades decada situação, de cada escola,de cada lugar”, referiu o vere-ador Nelson Galvão.

A escola tem mais de 10alunos, e possui boas condi-ções, refeitório e tem merecidodas autarquias (município efreguesia) especial atenção deconservação e melhoramento.

A proposta de reordena-mento apresentada pela DRELtraz desvantagens de vária or-dem, nomeadamente: – A esco-la de acolhimento proposta fica

a cerca de 10 kms da EB1 daAzerveira não existindo redede transportes na freguesia deSão José da Lamarosa quepossa dar resposta a mais estaexigência de transporte.

De acordo com o vereadorNelson Galvão “A escola deacolhimento proposta é fre-quentada no presente ano lec-tivo por aproximadamente 40alunos. O acolhimento das cri-anças oriundas da Azerveiratraduzir-se-ia numa sobrelo-tação não recomendável dasduas salas de aula da escolade acolhimento. Retirar cri-anças de uma escola e de uma

sala com condições de comodi-dade e conforto para as colo-car num local sem condiçõesnão será com certeza a melhorsolução para as crianças daAzerveira”, referiu o autarca.

____

Governo quer fechar Escolas em Vale Cavalose Azerveira – Câmara está contra o fecho da Azerveira

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Quis o Sr. Director do Jornalde Coruche, e meu amigo Dr.Abel Matos Santos que fizesseum balanço do mandato damesa administrativa da INSCque agora cessa funções.

Confesso que senti algumahesitação em o fazer uma vezque não é fácil nem muito domeu feitio falar sobre o desem-penho de uma equipa da qual fizparte.

Porém fiquei com o dilemade ser um pouco injusto com osinúmeros Coruchenses que aolongo destes três anos nos aju-daram e apoiaram.

Gostaria de manifestar omeu profundo agradecimento aonosso “Juiz” Luís Patrício Dias,pela confiança depositada aoconvidar-me a fazer parte da sua“equipa” dando-me desse modoa oportunidade de servir estaNobre Causa.

Para Ti um Grande e Saudo-so Abraço, Luís!.

Infelizmente fomos con-frontados com um momentoparticularmente triste, com oseu falecimento, o que represen-tou um acréscimo de respon-sabilidade para todos nós, mem-bros da Mesa.

Nesse sentido preocupámo--nos em promover uma “onda”de dinamização da INSC, nosentido de a aproximar mais danossa comunidade e vice-versa.

A INSC é a segunda institui-ção mais antiga do concelho,

com elevadas responsabilidadesreligiosas, sociais, culturais epatrimoniais, e a sua interven-ção passa muito para lá da orga-nização das festas.

Para isso foi necessário criaruma certa empatia, e que passoupor melhorar as condições deacesso ao miradouro, tornar aloja mais atractiva (importantesuporte financeiro da institui-

ção), melhorar as condições dasnovenas realizadas no exterior(com a sua realização no mira-douro), publicámos alguns docu-mentos que retractam a históriada nossa comunidade (brochura“O Historial do Santuário deNossa Senhora do Castelo daVila de Coruche”; os filmes “AIrmandade” – dedicado a todosos Devotos de Nossa Senhora; e

“A Procissão” dedicado a NossaSenhora), criámos a base de da-dos, realizámos uma página naInternet , para que todos os queestão longe possam manter con-tacto diário com tudo o que aquise passa, etc, etc, etc.

Para além disto foi necessá-rio realizar algumas obras deconservação, restruturação erestauro do nosso património(ex-libris do nosso Distrito).

Todo este trabalho só foipossível graças ao apoio e cola-boração de inúmeras institui-ções públicas, privadas e inú-meros devotos, e que não mearrisco a mencionar o seus no-mes (e foram muitos!) pois cor-reria o risco de, por momentosme esquecer de algum, come-tendo desse modo uma grandeinjustiça.

A criação da comissão con-sultiva para o património foi umpasso inovador que permitiu acatalização de inúmeros projec-tos dos quais TODOS temosrazões para estar orgulhosos.

Os recursos da INSC não sãomuitos, face às necessidades ecomo tal vimo-nos obrigados aactualizar o valor da quota e asolicitar donativo para os casa-mentos e baptizados que se rea-lizam no Castelo. Reconheçoque para alguns é um esforçoadicional nos tempos de criseque atravessamos mas só com aajuda de todos é possível conti-nuar a melhorar o Castelo.

Como muitos devem estarrecordados, ao longo destes trêsanos, fomos “obrigados” a redu-zir as verbas gastas com o Fogode Artifício e a Alvorada, que de13.500 € gastos em 2004 passoupara 7.500 € em 2006.

Na minha opinião esta dinâ-mica de redução deve continuaruma vez que a INSC não tem,por razões financeiras e por ra-zões morais, condições em con-tinuar a suportar tal custo.

Que moral tem a ISNC emsolicitar o apoio a tantas indi-vidualidades para as suas obras(sociais e patrimoniais) que es-tatutariamente estão bem defi-nidas desde 1657, se depois sepermite gastar parte das suasparcas receitas em 15 minutosde Festa. Acho que não fazqualquer sentido, a bem da suacredibilização e do seu projectode valorização e conservação dopatrimónio.

Desde que me recordo sem-pre assisti, com muito entusias-mo, ao fogo de artifício e à alvo-

rada, e reconheço que a seguir àprocissão é o momento maisalto das Festas e isso não deveser ignorado.

Por isso considero que pro-blema do fogo não é só umproblema da INSC, mas sim umproblema de todos aqueles quegostam das nossas Festas e quese orgulham delas. Faço votospara que se consiga resolverdefinitivamente esta situação.

No próximo dia 10 de Marçocomemoramos os 350 anos dapublicação dos primeiros estatu-tos da INSC e é importante quetodos os devotos se envolvamneste acontecimento.

Como já é do conhecimentopúblico, está prevista para essedia a apresentação do trabalho”Do Sitio do Castelo de Coru-che à Ermida de Nossa Senhorado Castelo”, estando simultane-amente a decorrer a recolha deelementos (fotos, documentos,peças, etc) para a publicação dolivro ilustrado, que contará ain-da com versão actualizada dotrabalho “O Historial do Santuá-rio de Nossa Senhora do Casteloda Vila de Coruche”.

Uma vez que a Câmara Mu-nicipal de Coruche, aceitou onosso repto de dedicar a expo-sição, que se realiza durante asFestas em Honra de Nossa Se-nhora do Castelo, a Nossa Se-nhora, seria importante que estetrabalho fosse apresentado nes-sa data.

Não faltam ideias e projectospara dignificar ainda mais aINSC (construção de Museu;alteração de queimador de velas;substituição do pavimento dopátio da Ermida (cimento e tijo-leira) por calçada à Portuguesa;pavimentação de saída da ermi-da e colocação de valas de esco-amento de águas pluviais; aqui-sição de cópia do pendão (paraincorporar a procissão), umavez que o existente não possuicondições para integrar a procis-são devido ao seu estado de de-gradação; arranjo paisagísticoda encosta e do parque de esta-cionamento; reforço das barrei-ras de sustentação do miradouro;restauro de imagens da capela;restauro do Altar, etc, etc.).

Vamos entrar num novo ci-clo, com uma nova equipa é im-portante que todos se empenhema colaborar e apoiar, para que“amanhã” a nossa vila estejamais rica.

Muito obrigado a todos.

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200618

O Juiz cessante da INSC, Gonçalo Dias– Faz o balanço do seu mandato

INSC lança DVD sobre a Procissão e apresenta site

Irmandade de Nossa Senhora do Castelo de Coruche

DDooss DDiirreeiittooss ee OObbrriiggaaççõõeess ddooss IIrrmmããooss

Artigo 110ºCada Irmão tem o direito de lucrar as indulgências concedidas à Irmandade e a uma missa de

sufrágio de sua alma, dentro do mês após o seu falecimento.§ úúnico - Os Irmãos de ambos os sexos maiores ou emancipados, têm o direito de voto e podem

ser votados para os cargos da Irmandade.Artigo 111º

Cada Irmão é obrigado a assistir, se razões graves o não impedirem disso, às festividades emHonra de Nossa Senhora do Castelo e incorporar-se com a Irmandade na Procissão de 15 de

Agosto e a ocupar o lugar que o Juiz determinar.Artigo 112º

Nenhum Irmão elegível poderá escusar-se de servir o cargo para que foi eleito, excepto se com-provar a impossibilidade ou tiver desempenhado qualquer cargo no mandato imediatamenteanterior, fora destes casos dará a quantia de 1.000$00 para a Irmandade, se não quiser ficar

sujeito à demissão.§ úúnico - Nenhum Irmão pode ser coagido a fazer parte da Mesa em dois mandatos

consecutivos.Artigo 113º

Também poderá ser demitido o que não pagar a quota anual dois anos consecutivos excepto nocaso de impossibilidade.

Artigo 114ºA Mesa Administrativa da Irmandade tem poder disciplinar sobre os Irmãos, nos termos do

respectivo Regulamento aprovado pela Assembleia Geral.

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10€NA COMPRA

DESTE JORNAL

CONVOCATÓRIA

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Nos termos da alínea 3 do Art.º 23 dos Estatutos, convoco umaAssembleia Geral

Ordinária da Irmandade de Nossa Senhora do Castelo, para o dia 27de Janeiro de 2007 às 20h 30m a realizar-se no salão Paroquial, com aseguinte ordem de trabalhos:

Ponto 1 - Apresentação, discussão e aprovação do relatório e contasreferentes ao ano de 2006.

Ponto 2 - Admissão de novos irmãos.

Ponto 3 - Tomada de posse da mesa administrativa para o triénio2007-2009.

Se à hora marcada não estiverem presentes a maioria dos irmãos,convoco ao abrigo do n.º 1 do Artigo 18, uma segunda Assembleia para as21h30m.

Coruche, 16 de Dezembro de 2006

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

António Alberto Gonçalves Ferreira

Irmandade deNossa Senhora do Castelode Coruche

CORPOS SOCIAIS

ELEITOS PARA O TRIÉNIO 2007-2009

ASSEMBLEIA GGERAL

Presidente - António Alberto Gonçalves FerreiraSecretário - Gonçalo Alarcão Potier Dias

Secretário - Odete Caçador

MESA AADMINISTRATIVAJuiz - Diamantino da Silva DiogoVice JJuiz - Jorge de Brito e Abreu

Secretário GGeral - Ana Maria FlausinoSecretário AAdjunto - António de Oliveira Caldinhas

Tesoureiro - Nuno BandeirasVogal - Arlindo VitalVogal - Rui Mendes

CONSELHO FFISCALPresidente - José Leite Perry

Vogal - Luís da Cruz FerreiraVogal - Aníbal Gomes Figueiredo

Irmandade deNossa Senhora do Castelode Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 19

A Irmandade de Nossa Se-nhora do Castelo, apresentouno Auditório do Pavilhão Des-portivo Municipal, o filme daProcissão do dia 15 de Agostoem DVD e o seu site na Internet(www.nscastelo.pt).

O filme, de António Mira,retrata a Procissão e tem a du-ração de 56 minutos com diver-sos testemunhos de fiéis a Nos-sa Senhora. Este trabalho vemna sequência do estudo e divul-gação do património históricoe religioso da Irmandade.

Nos próximos três anos, aIrmandade terá como novoJuiz o Dr. Diamantino Diogo,que em declarações ao Jornalde Coruche, adiantou, “a mi-nha eleição como Juiz da Ir-mandade foi consensual, por-que como tudo na vida tem umtiming. Enquanto estive emLisboa, não podia de maneiraalguma ocupar mais cargos,tinha a creche e no CréditoAgrícola tinha outras missões.Agora face à minha disponibil-idade os irmãos entenderamque era altura oportuna paraser o Juiz da Irmandade deNossa Senhora do Castelo”.

Nesta eleição foi apresenta-da uma única lista e o novo juizsalientou que, “chegou-se aacordo e o projecto nos próxi-mos três anos é para trabalharem prol da Irmandade, não éuma lista honorífica, há muitopara fazer na Irmandade”.

Diamantino Diogo, dissipou asdúvidas em relação às priori-dades, “queremos cumprir rigo-rosamente os estatutos no queconcerne ao culto e devoção aNossa Senhora do Castelo, e sepossível aumentar esse culto edevoção.

Depois temos de nos pre-ocupar com a Ermida e as ca-sas que a rodeiam, porque hácasas que neste momento estãoa degradar-se. A escadaria doCastelo e os muros além dacaverna são problemas a revere a resolver. O muro da Chinacomo é conhecido, está comproblemas de inclinação, etemos de encontrar soluçõesem colaboração com a Câma-ra. A encosta do Castelo é oex-libris da Vila, vamos estu-dar o caso com um geólogo eoutras figuras para verificar-mos a sua estabilidade.

Penso que tem de haver,uma preocupação da Câmarae dos Coruchenses em relaçãoà encosta porque já vi o Cas-telo de Santarém a deslocar-see não quero que aconteça omesmo em Coruche. Para já,precisamos de informações egarantias em relação à encos-ta do Castelo e ao estado emque se encontram as minas”.

Em Março de 2007 a Irman-dade comemora os 350 anos dapublicação dos primeiros esta-tutos e a nova Mesa Adminis-trativa está já a trabalhar em

prol desta efeméride. Uma dasideias é em Agosto, mostraralgumas peças de museu àpopulação. No que concerne àsfestas religiosas, DiamantinoDiogo, não tem dúvidas, são daexclusiva responsabilidade daIrmandade de Nossa Senhorado Castelo. Mas, em relação aofogo de artifício no dia 14 deAgosto, “tenho sérias dúvidasse deve ter algo a ver com aIrmandade, teremos de discutir

com a Comissão de Festas oucom quem de direito para estu-dar a situação. Ou seja, se ofogo de artifício deve ser su-portado pela Irmandade oupor outra entidade, penso queo fogo não deve ser respons-abilidade da Irmandade.

De qualquer maneira, osCoruchenses pensam que ofogo de artifício é suportadopela Comissão das Festas,temos de discutir esta situação,

porque na realidade é suporta-do pela Irmandade. Devo adi-antar, que em 2007 o fogo deartifício se realiza e até commaior qualidade, mas temos dediscutir quem o irá suportar”,adiantou o novo Juiz da Irman-dade. A nova Mesa Adminis-trativa irá tomar posse no dia27 de Janeiro de 2007.

____João Louro

Diamantino Diogo é o novo Juiz da Irmandade– Saiba quais são as suas prioridades

INSC lança DVD sobre a Procissão e apresenta site

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A matéria central da políticaeconómica do Dr. Salazar con-sistia na busca da estabilidadefinanceira dada a situação, quetinha herdado, de permanentedesequilíbrio e descontrolo dascontas do país, do período finalda Monarquia e do período da1.ª República. O controlo dadespesa pública e o planeamen-to dos investimentos a efectuarforam duas das suas bandeiras.

Isto levou à tomada de me-didas como foi o caso da imple-mentação de uma política decondicionamento industrial,que era uma tentativa dedefender o frágil tecido em-presarial português, nascentee embrionário, dos anos 1930.

Este instrumento previa que,para ser efectuado um novoinvestimento industrial, tinhaque se obter uma licença para, omesmo, ser levado a efeito. Paraa obtenção, da referida licença,era necessário um parecer, nãovinculativo, do grémio dos pro-dutores do segmento, (em que onovo projecto se pretendia in-serir), sobre a entrada de umnovo parceiro no negócio. Dadaa autorização, o industrial podialevar a efeito os seus investi-mentos.

Por pensar ter interesse amatéria reproduzo aqui o enun-ciado da teoria que sustentavao conceito da Política deCondicionamento Industrial:

– “reconhece-se a iniciativaprivada, orientada para a orga-nização corporativa, o direitode instalar novas unidadesindustriais e de modificar outransferir as unidades existen-tes”. E mais adiante ”O Con-dicionamento Industrial visaevitar “le gaspillage” de capi-tais, dado que num país em viasde desenvolvimento, não se po-de pretender abandonar exclu-sivamente ao mecanismo demercado o desenvolvimentoeconómico sendo certas as per-das inevitáveis de capital técni-

co e financeiro que represen-taria um tal sistema.

Reconhecemos, no entanto, eainda por motivos puramenteeconómicos, que se o condi-cionamento industrial se impõecomo uma necessidade impe-riosa, é igualmente necessário,à luz da experiência adquirida,de modificar o esquema de exe-cução actual.

Mas o que importa desde jáesclarecer é que o condiciona-mento industrial não tem nen-huma ligação com a organiza-ção corporativa das activi-dades. De resto, o corporativis-mo português não afecta, emdoutrina e de facto, a organiza-ção das empresas ou a forma dasua administração. Observa-ções idênticas se aplicam nocaso do condicionamento em vi-gor relativo à instalação de em-presas pertencentes a estran-geiros ou colocadas sob contro-lo estrangeiro”.

Tudo isto se inseriu no objec-tivo traçado de desenvolver, deuma forma sistemática e organi-zada, a industrialização do país.

Este processo começou, ver-dadeiramente, no final da 2.ªguerra e baseou-se sobretudo naprogressiva implementação deum quadro de planeamento eco-nómico, com vários instrumen-tos do qual se destacam os deno-minados Planos de Fomento.

No que se refere às comu-nidades nascentes (CECA, CEEe CEEA) e respondendo a umaconsulta de Van Zeeland, en-tão Ministro dos NegóciosEstrangeiros da Bélgica, oPresidente do Conselho respon-deu em extensa carta na qualtentou retratar o seu pensamentoacerca dos planos que então sefaziam.

E a dado passo escreveu«...os Estados Unidos, pela sim-plicidade do seu espírito e ligei-reza das suas opiniões, nãovêem para a Europa outra solu-ção política que não seja a

unidade através da federação; aFrança, adopta a ideia comomaneira mais fácil de evitar orearmamento alemão isolado eamanhã potencialmente hostil;as nações que se agrupam emvolta da França parecem con-vencidas embora por motivosdiversos, de que aquele é o me-lhor caminho de salvar a Euro-pa e talvez o único de asseguraro apoio americano, em potênciamilitar ou em dólares» e maisadiante acrescentava «é sobretão frágeis fundamentos que seanda a construir a federação daEuropa» para logo de seguida seinterrogar se essa federaçãoseria possível; acrescentandoque no domínio da lógica erapossível, mas que para lá chegarsó via duas maneiras: por actode força de um federador ou porlenta evolução, o que poderialevar séculos.

Ora o Dr. Salazar interroga-va-se, dadas as circunstânciasdo momento, e visto o quadrointernacional vigente na altura(fim da 2ª grande guerra), sobrequem poderia ser o federadoreuropeu. E prosseguia na suaanálise dizendo que talvez,pela sua força e capacidadepotencial, fosse a Alemanha onovo federador. Neste casointerrogava-se para que teriavalido a guerra.

“Quanto à hipótese de ser aInglaterra a assumir esse pa-pel”, referia, que a Inglaterra noterritório europeu se tinha sem-pre comportado como um Esta-do federal, sendo no mundo acabeça de uma associação deEstados; e que “se enveredassepor esse caminho poderia per-der a chefia dessa mesma comu-nidade e os Estados integrantes,seriam levados a buscar outroponto de apoio”.

Interrogava-se em seguida oChefe do Governo acerca dospotenciais/possíveis benefíciospara Portugal «Independen-temente da aliança antiga, e

considerando apenas o jogo dasforças mundiais que emergemimportaria a Portugal umaInglaterra forte e independen-te» e mais adiante «se posso serinterprete do sentimento do po-vo português, devo afirmar queé tão entranhado o seu amor àindependência e aos territóriosultramarinos, como parte rele-vante e essencial da sua histó-ria, que a ideia da federação,com prejuízo de uma e de outros,lhe repugna absolutamente».

Era, portanto clara a in-tenção do Governo portuguêsde não participar em nenhu-ma organização que tivessepor base a ideia de avançarpara uma Federação de Esta-dos. De notar que na altura emque esta carta foi dirigida a VanZeeland, estava em formação amais federalista das comu-nidades originárias: a CECA.

Um outro ponto que importareter é a referência explícita aofacto de Portugal ter, à semel-hança da Inglaterra, territóriosultramarinos e não querer inter-ferências de terceiros no proble-ma.

Para o Prof. Mota de Cam-pos a questão era de dupla inter-pretação: por um lado havia a«vocação africana» do país eum sentimento nacional profun-damente consciente da necessi-dade de salvaguardar a pleni-tude da independência conquis-tada, e mantida ao longo se sé-culos, o que fazia com que o go-verno português encarasse comséria prevenção as intençõespolíticas expressas ou implíci-tas, mas não muito claras, daempresa comunitária; por outrolado havia a questão, não menosimportante, de a Inglaterra ser oprincipal parceiro económico dePortugal, da altura, quer comofornecedor de bens e serviços,quer como cliente dos bens pro-duzidos no país.

Num quadro de incertezasPortugal preferiu aguardar cal-

mamente o desenrolar das situ-ações, aderindo ao que não con-trariava a sua política e os seusinteresses da altura, e analisandoa todo o tempo as posições doseu aliado preferencial.

De facto, havia algo de co-mum nas preocupações dePortugal e Inglaterra:

(1) Eram parceiros comerci-ais importantes, sendo essaimportância mais marcante paraPortugal do que para o seu velhoaliado;

(2) Ambos tinham territóriosultramarinos importantes e

(3) Ambos tinham algumadesconfiança face à estratégiada França.

Esta atitude foi tambémadoptada, na altura, por váriospaíses europeus que tinhamrelações estreitas com o ReinoUnido, e que vieram mais tarde,tal como Portugal, a aderir ásComunidades, para além dospaíses que por uma razão ou poroutra, como a Finlândia, nãoaderiram a nenhum dos blocoseuropeus da época.

Mesmo assim e face aosdesenvolvimentos posterioresPortugal não deixou de acom-panhar as tendências que se viri-am a desenhar no xadrez euro-peu, como veremos a seguir.

Em primeiro lugar, as dili-gências diplomáticas de apro-ximação às Comunidades e oAcordo de 1972 – (1962-1972).Face aos desenvolvimentos ob-servados no seio da EFTA e noseio da OCDE, Portugal pediu,pela primeira vez, por cartadatada de 18 de Maio de 1962,dirigida ao presidente do con-selho da CEE, a abertura denegociações visando “estabele-cer os termos da colaboraçãoque o governo português pre-tendia ver estabelecida, numfuturo próximo, entre Portugal eo conjunto dos países da CEE”.Esta carta foi entregue pessoal-

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200620

Dr. Miguel Mattos Chaves *

A UNIÃO EUROPEIA

do pós-guerra aos nossos dias– A posição portuguesa face às Comunidades Originais (CECA, CEE, CEEA) * Gestor de Empresas

e Doutorando em Estudos Europeus pela Universidade Católica

Inserção de Portugal no Mundo (parte III)

> Continua na página 26

Bom AnoBom Ano

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 21

Descrevo a seguir algumasobservações de um passeio quefiz em Outubro último pelo rioYangtsé. Valeu pelo passeio emsi, mas valeu sobretudo peloconhecimento directo de umagrande realização humana resul-tado de uma grande vontade ecapacidade de transformação doquadro de vida de um povo, doquadro de vida de imensas pop-ulações que vivem e dependemda bacia deste rio. Por isso quevale a pena transcrever para osleitores os apontamentos que fizdo passeio e do que me foi dadoobservar. Começam assim osmeus apontamentos:

A bordo do “Yangtze N.1”da Chang Jiang Cruise OverseasTravel, descemos o rio Yangtseatravés das suas mais conheci-das e espectaculares gargantasque atravessa até chegar à gi-gantesca barragem das TrêsGargantas, emblemática do es-forço da China em direcção àmodernidade.

Partimos de Chongquing,uma metrópole de 33 milhõesde habitantes onde chegamosatravés de um voo regular numadas muitas companhias que ope-ram dentro da China. Chong-quing fica no interior da provín-cia de Sichuan e situa-se à beirado Rio Yangtsé onde este come-ça o seu trajecto acidentadoatravés das várias gargantas quesão motivo central de muitascomposições artísticas chinesas.

No aeroporto espera-nosuma jovem guia turística quenos conduz através da cidade atéao cais de embarque. Já é tarde,o avião atrasou-se muito e não épossível fazer uma visita geral.Mas apercebemo-nos de que éuma grande cidade e o percursofeito através de vias rápidasatravessa zonas urbanas em quese multiplicam as torres dehabitação. A guia confirma-nosa existência de grandes sectoresindustriais referindo como exem-plo a industria automóvel comjoint ventures com a Wolkswagene produção de um automóvel chi-nês, além da produção de motori-zadas com números da ordem dosvários milhares por dia.

Anoiteceu, o transporte dei-xa-nos num ponto alto junto aorio. No cais de embarque, situa-do lá em baixo ao fundo de umainterminável escadaria, duasfilas de tripulantes pontuam opercurso até ao barco, feito poruma sucessão de pontões para-lelos ligados por pranchas pe-donais onde cada tripulante per-

manece aprumado, segura umcandeeiro e nos deseja as boasvindas à medida que vamosavançando para o barco situadobem dentro do rio.

O barco, com uma capaci-dade de 218 passageiros, iniciao passeio no dia seguinte de

manhã e começamos a assistirao desfilar da paisagem dasmargens do rio amarelo acasta-nhado cuja superfície reflecteuma luz difusa do dia, filtradapor uma neblina que mais tardevimos a saber resultar tambémda poluição industrial destanova China em laboração força-da permanente, a perseguir amodernidade industrial da glo-balização.

Os vários guias que se vãosubstituindo ao longo dos vários

momentos do percurso continu-am a debitar milhões: milhõesde habitantes, milhões de hecta-res já submersos ou a submergir,milhões de yuans, moeda daChina, e os seus equivalentesem dólares.

Milhão e duzentos mil, tam-

bém, é o número de habitantesrealojados neste imenso projec-to cuja barragem em termosrelativos de grandiosidade, é onosso Alqueva.

Cidades e aldeias inteirasdesapareceram submersas poreste lento encher do leito, poreste inexorável subir do níveldas águas amarelo-acastanha-das, cerca de um metro por dia,prevendo-se que atinjam a cota175 entre 2007 e 2008. Nas mar-gens, grandes tabuletas com a

indicação das cotas que aindavão ser atingidas, testemunhama subida.

É estranha a configuraçãodas margens junto às novascidades que foram construídasbem acima dos 175 m, deixandograndes superfícies rampeadas e

impermeabilizadas, reforçadascom estruturas de betão quedescem até ao actual nível daságuas. Desembarca-se atravésde pontões avançados para den-tro do rio e sobe-se à cidade pormeio de elevadores funicularesou por infindáveis escadarias.Está encontrada a razão daestranheza que tivemos noembarque no primeiro dia.

O barco a certa altura do per-curso explora um braço aflu-ente. Lá muito em cima, através

de um cabo esticado entre asduas margens escarpadas, umgrupo de equilibristas avançalentamente enquanto o barco vaipassando. Os turistas saúdamenquanto ao longe, numa em-barcação local, um grupo dechineses se manifestam e saú-dam os passageiros também.

Mais acima, à beira do quefoi uma ribeira com correntesrápidas, agora inundada e trans-formada em rio com a subida donível do Yangtse, um camponêsdesrama e corta a machado oque foi um antigo freixo quefaria sombra sobre a beira doregato agora rio, antes que fiquesubmerso e inacessível. Aqueletoro será concerteza bem apro-veitado como lenha.

Mais acima ainda, desem-barcamos e somos conduzidospara pequenos barcos em queequipas de remadores nos con-duzem pela ribeira já transfor-mada em corrente de águascristalinas por entre grandespedras de superfícies arredon-dadas. A água deixou de seramarela barrenta, é transparentee duas turistas americanas mer-gulham os braços até que osretiram apressadamente quandoo cadáver do que parece umporco ou um cão passa por nósdescendo o regato. Nesta altura,o fundo dos barcos quase toca aspedras do leito e os remadores jásaltaram para a água e subiramàs margens puxando agora osbarcos com ajuda de grandescabos até não ser possível subirmais. Nessa altura, depois demanobras para inversão dorumo, iniciamos a descida, jácom os remadores a bordo, deregresso ao navio principal.

A finalidade deste passeiofoi mostrar como se navegavaaté há ainda pouco tempo nestaszonas interiores da bacia do rio,para sentirmos as grandes difi-culdades que o povo destes lo-cais enfrentava, agora transfor-madas em motivo de passeioturístico.

A nossa descida terminaperto da cidade de Yishang, amontante da barragem. Os pas-seios de barco para visitar a bar-ragem foram suspensos e substi-tuídos por passeios de autocarroque nos levam por um circuitoatravés dos estaleiros da gran-diosa obra e permitem ver umsistema complexo de comportaspara permitir a navegação no rioe comportas para regularização

CRÓNICAS DE VIAGENS

PPasseio no Rio asseio no Rio YYangtseangtse ,, na Chinana China

China, Outubro de 2006José M. Freire da Silva, Arq.

> continua na página 23

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Objectivamente e em termosgeopolíticos, Portugal é umaárea situada na periferia daEuropa, à qual se encontra um-bilicalmente ligado em termosgeográficos, históricos, cultu-rais, políticos e económicos(1).

Portugal tem um perfil dife-rente dos demais Estados daEuropa e do Noroeste Africanoque partilham consigo uma zonaa que alguns autores dão o nomede “Mediterrâneo Atlântico”.

E diferente porque as suasmatrizes(2) são:

Europeia – porque partilhaos valores e a cultura base quedesde sempre ajudou a definir ea consolidar – a civilizaçãojudaico-cristã. Afastado, pelosPirinéus, de um contacto políti-

co mais estreito com os outrosEstados europeus, desenvolveuem várias épocas uma políticaprópria. Geobloqueado pela Es-panha desenvolveu as suas ac-ções políticas quase que exclusi-vamente através do mar, nãodeixando, no entanto, de influ-enciar e ser influenciado pelaspolíticas dos Estados Continen-tais Europeus.

Atlântica – identificando-secom o Oceano e fazendo do maro seu principal suporte cultural epolítico. Boa parte da sua popu-lação dependia da orla marítimae por isso o mar influenciou aarquitectura, a pintura, a música,a literatura, as tradições orais. Oseu papel, no séc. XX, comofundador da NATO e o seu em-

penhamento nos ob-jectivos da AliançaAtlântica bem como oreconhecimento dovalor estratégico queisso representa, sãouma evidência de quequis ser um interven-tor activo nesta áreavital para os paísesocidentais. Acresceainda o facto de, nomesmo século, sertambém fundador daOCDE e da EFTA,organizações maiori-táriamente europeias,no primeiro caso, eexclusivamente for-madas por Estadosdesta região do globo,no segundo caso.

Mediterrânica –junto às portas doMediterrâneo podecontrolar esta zonacom custos mínimos.Este papel geoestra-tégico, é-lhe reconhe-cido internacional-mente. No entantoPortugal não tem sa-bido, ou querido, na

actualidade, potenciar esse fac-tor. Faltam os meios navais deguerra, considerados suficientespara o efeito e a vontade políticade os adquirir.

Afinidades e Interesses emáreas que transcendem o seusimples posicionamento geo-gráfico – fruto de uma convi-vência multisecular com outrospovos, em que se trocaram valo-res, mercadorias, cultura, religi-ão. E esse passado comum foipartilhado com índios, africa-nos, asiáticos e oceânicos, e quedeixaram uma herança de rela-ções valiosas, donde ressaltamos novos, e menos novos,Estados de Língua Oficial Por-tuguesa: Cabo Verde, São Tomée Príncipe, Guiné e Angola – na

Costa Oeste de África; O Brasil– na costa leste da América doSul; Moçambique – na CostaLeste de África e Timor-Leste –na Oceânia. Para já não falar dasantigas possessões na Índia(Goa, Damão e Diu) onde ainda(boa parte dos cidadãos que aívivem, sem qualquer ajuda dePortugal) hoje se tenta preservaro português, para além de Ma-cau – na Ásia – que se encontrahoje integrado na RepúblicaPopular da China. Ou seja setepaíses (com Portugal oito) dis-tribuídos por quatro Continentes(5 se incluirmos Portugal) e trêsOceanos (Atlântico, Índico ePacífico).

Situação geográficae geopolítica de Portugal

em relação ao MarGeográficamente situado na

parte mais ocidental do conti-nente europeu, está inserido nooeste de uma Península ocupadapor dois Estados de dimensãodiferenciada, quer em tamanhode território, quer em termospopulacionais.

O país tem um território, ter-restre, relativamente pequeno epobre em recursos naturais, pelomenos naqueles recursos quetêm grande cotação nas bolsasinternacionais de mercadorias.

Tem fronteiras terrestrescom um único vizinho, cerca decinco vezes maior em territórioe cerca de quatro vezes maiorem população – a Espanha(3).

Tem uma fronteira marítimade cerca de 800 kms, no Conti-nente, a que há que acrescentaras costas dos dois arquipélagosadjacentes, um no centro doAtlântico – os Açores, – outrona costa oeste do Norte de Áfri-ca, – a Madeira – que têm tam-bém o seu Mar Territorial e asua Zona Económica Exclusiva.

O triângulo marítimo dePortugal: – Continente – Açores

– Madeira – produziu a maiorZona Económica Exclusiva demar da Europa, adjacente ao MarTerritorial. Vejamos as dimen-sões de uma e de outra daszonas marítimas, para situarmosmelhor a questão(4):

O Mar Territorial é consti-tuído por uma área de 12 milhasnáuticas a partir da linha de bai-xa mar(5) ao longo da costa.

A Zona Económica Exclu-siva(6) é uma zona situada alémdo Mar Territorial, e a esta adja-cente. Tem uma extensão de 200milhas marítimas das linhas debase a partir das quais se mede alargura do mar territorial.

Nesta última faixa de oceanoo Estado português tem direitosde soberania, nomeadamente,para fins de exploração e apro-veitamento conservação e ges-tão dos recursos naturais, vivosou não, no leito do mar e no seusubsolo, incluindo a produçãode energia a partir da água, dascorrentes e dos ventos e outrosdireitos e deveres consignadosna referida Convenção de Direi-to Internacional. Por aqui se vê agrandeza da área disponívelpara Portugal explorar, se forcapaz, numa zona de potencialainda pouco conhecido.

Mas para explorar e defen-der os seus direitos, tanto noMar Territorial, já de si muitogrande, como na Zona Econó-mica Exclusiva, Portugal teriaque possuir uma Marinha deGuerra devidamente equipada ecom dimensão suficiente, (o quenão acontece actualmente), euma Marinha Mercante, que foiprogressivamente desfeita desdehá trinta anos a esta parte. Assimo potencial está lá mas não éexplorado.

Não temos meios de vigilân-cia e de defesa do nosso Mar,contra a exploração abusiva porparte de agentes económicos deoutros Estados.

Não tendo esses meios, so-bretudo de índole Mercante,(pescas, transporte de mercado-rias (cabotagem e de alto mar),transporte de pessoas) não esta-mos a aproveitar a “auto-estra-da” marítima que possuímos e asua ligação com outros Estados,nomeadamente com os de lín-gua portuguesa, e não estamos apotenciar o valor de algumas li-nhas de águas interiores.

Não estamos a aproveitar ofactor económico nem logístico

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200622

O MAR e PORTUGAL (parte IV)

O Universalismo de Portugal

Teorias do Poder Marítimo. Aplicação ao Caso Português

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 23

O MAR e PORTUGAL

que esta dimensão de Portugalnos poderia proporcionar. Por-quê? Por falta de vontade políti-ca? Por falta de visão e planea-mento estratégico das élites,nomeadamente dos detentoresdo poder político? Por falta deuma política de desenvolvimen-to? Por falta de uma Plano Es-tratégico Nacional?

Desde o famoso Despachon.º 100, da autoria do AlmiranteAmérico Thomaz, que o país nãotem mecanismos de expansão ede incentivo ao aparecimento emanutenção de uma Marinhasuficiente para este efeito.

O facto de o Ultramar se terautonomizado de Portugal érazão suficiente? Os milhões dequilómetros quadrados de marem que Portugal detém a sobe-rania plena – o Mar Territorial –e parcial – a Zona EconómicaExclusiva – não têm a importân-cia que parecem ter?

Dada a evidência de os cus-tos de transporte por via maríti-ma serem, em comparação comoutros meios, mais baixos; dadaa morfologia favorável dos nos-sos portos de mar; dada a di-mensão das nossas costas; dadasas suas características que facili-tam a fixação das populaçõesjunto ás mesmas; não se justifi-caria ter uma Marinha de Trans-porte de Mercadorias e de Pes-soas de grande dimensão?

A dimensão das águas e seusrecursos económicos, não sãosuficientes para que Portugalincentive, a exemplo do seu vi-zinho terrestre, por exemplo,uma Marinha de Pesca em con-sonância com esse dimensão,negociando com a força da ra-zão em Bruxelas?

Os nossos portos, dotados deuma política de enquadramentoorganizativo, alvo de alguns in-vestimentos de modernização ede racionalização operacional,não seriam atractivos aos opera-dores nacionais e internacionais?

Os estaleiros de construção ede reparação naval não poderi-am ser incentivados e apoiados,

com medidas de enquadramentoreais e efectivas, a melhorar assuas performances em matériade organização, meios e colo-cação no mercado internacionaldos seus serviços?

Para reflexão adicional: – AEspanha, com uma menor ZonaEconómica Exclusiva, tem pros-seguido uma política de expan-são da suas marinhas de guerra,de pescas e de transportes, paraalém de proceder sistemática-mente a uma melhoria dos seusportos de mar e incentivar a suaindústria de construção e repa-ração naval.

Estarão errados osgovernantes espanhóis, dasvárias tendências políticas, quetêm ocupado o poder político nopaís vizinho? Estarão erradosnas suas opções estratégicas deocupação do mar e do seu apro-veitamento intensivo em favorda Economia Espanhola? Esta-rão errados no seu posiciona-mento Geoestratégico no Sis-tema Internacional?

____

Miguel Mattos ChavesGestor de Empresas e

Doutorando em Estudos Europeuspela Universidade Católica

______

(1) Almeida, Políbio Valente de – DoPoder do Pequeno Estado – ed.Instituto de Relações Internacio-nais – Lisboa – 1990 – pp 359

(2) idem pp 361 e 362(3) Portugal – 90.000 kms2 no Conti-

nente e cerca de 10 milhões dehabitantes; Espanha – 500.000kms2 na Península e cerca de 40milhões de habitantes.

(4) Estas definições foram instituídaspela Convenção das NaçõesUnidas sobre o Direito do Mar,(inserida no Direito InternacionalPúblico) elaborada em Genebraentre 1958 e 1960.

(5) Convenção das Nações Unidassobre o Direito do Mar – Genebra1960 – Art.º 3, 4 e 5, da Secção II,da Parte II

(6) idem – Art.º 56 e seguintes daParte V

______

dos caudais e prevenir as gran-des inundações. Os autocarroslevam-nos por fim a um pontoalto de observação onde cente-nas de outros autocarros vãodesembarcando centenas e cen-tenas de turistas a quem vai sermostrada a grandiosidade daobra. Estamos na altura dosferiados de comemoração do 1.ºde Outubro, festa nacional daChina, altura de grande turismointerno.

Bonitos jardins compõemum surpreendente arranjo paisa-gístico do local e resistem bem àpassagem diária de tantos mi-lhares de pessoas. Tudo está cui-dado e não se vê um papel, umplástico, uma ponta de cigarroou uma lata pelo chão. Há umaorganização eficiente, quaseinvisível, na disciplina de todo omovimento de autocarros quechegam e partem a todo o mo-mento. Existe um edifício cen-tral onde tudo está explicado comuma grande maqueta do empre-endimento e cartazes referindoas várias fases do empreendi-mento. Seguem-se pavilhões devenda de lembranças, dos maisdiversos produtos da China.

Os guias e a população emgeral são amáveis, polidos, sor-ridentes, atenciosos. Todos che-gamos, vimos e visitamos tudoo que há para ver e regressamossem qualquer incidente.

O autocarro conduz-nos ago-ra até ao centro de Yishang ondeum guia nos espera para nosconduzir ao aeroporto. Despe-dimo-nos dos turistas que con-nosco mais de perto privaramdurante o passeio e o guia leva-nos a um restaurante para almo-çar. Neste restaurante decorreuma festa de casamento e a nos-sa chegada antecipa a dos noi-vos: à porta, uma banda de mú-sica levanta-se das cadeiras ecomeça a tocar enquanto passa-mos por eles sorridentes emdirecção a uma zona privada

onde nos servirão comida maispróxima dos hábitos ocidentais.

Mais tarde, à saída, assisti-mos um pouco à festa de casa-mento em que os noivos, vesti-dos como nas cerimónias decasamento ocidentais vão sau-dando os convidados de mesaem mesa enquanto amigos econvidados vão fotografando efilmando no meio de grande ani-mação.

Na versão da guia que nosacompanhou no passeio pelabarragem, a cidade propria-mente só tem 400.000. Na ver-são do guia que se encarregaráde nos levar a almoçar e depoisao aeroporto, serão 4 milhões oshabitantes desta área urbana que

foram resultando do processo derealojamento mas também che-gados com a construção da bar-ragem.

Táxis encarnados Citroêncruzam as grandes avenidasdesta cidade, última no percursode descida do Yangtsé e deno-tam uma “joint venture” comempresas francesas. A cidade éantiga mas cresceu segundopadrões de racionalismo moder-no com a construção da barra-gem das Três Gargantas. O Palá-cio da Justiça é uma interpre-tação monumental das realiza-ções pós-modernas do ocidente.

Torres de apartamentos suce-dem-se na paisagem urbana.

Segundo o guia que se apre-senta com o nome Joe, qualquerjovem pode comprar uma casadesde que ganhe dinheiro numemprego e obtenha financia-mento nos bancos. Há bairros decasas privadas. Os terrenos sãocedidos pelo estado em regimede “leasing” por 70 anos.

O Joe, um jovem com umacabeleira e oculinhos à PaulMcartney, resume o que se pas-sou nas últimas décadas: as ger-ações dos pais viviam em casascedidas pelas empresas e paga-vam uma renda mensal de 100yuans. Actualmente o custo dapropriedade horizontal está na

ordem dos 6.000 yuans por m2.Para termos uma escala de com-paração, comparemos o valor de100 euros com o de 1.000 yuanse não estaremos muito longe.

O Joe é natural de Whuan,uma cidade situada no mesmodistrito, mas trabalha em Ychang.Já viajou por toda a China,esteve em Lhasa, no Tibetecomo professor depois da for-mação universitária com um“major” em língua e cultura chi-nesa. Depois, como guia turísti-co, já viajou pela Tailândia,Malásia e Singapura.

O guia leva-nos finalmentepara o aeroporto e despedimo--nos desta parte do Yangtsé poiso voo vai levar-nos para Shanghai,uma cidade que fica onde o rionas suas várias ramificações jáatinge o mar. Para trás ficam abarragem das Três Gargantas e avontade de um povo que venceuo desafio de domesticar um dosmaiores rios do planeta.

____José M. Freire da Silva,China, Outubro de 2006

CRÓNICAS DE VIAGENS

Passeio no Rio Yangtse,na China

> continuação da página 21

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200624

Mais uma vez a Corart surpreendeu-nos com a feitura e colocação dequatro bonitos presépios, na Rua de Santarém (1), na Rotunda de

entrada na vila pelo lado norte (2), na sua sede (3) e no Pelourinho (4).Aqui ficam as imagens e os parabéns pela iniciativa.

Visite a Corart, no Largo Porto João Felício em Coruche.

Os Presépios da CorartNatal 2006

(1)

(2)

(3)

(2)

José Tanganho, presidente da Corart e a sua equipe

(4)

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Sobre o ToureioSobre o Toureio

Não existe mitologia quese preze que não incluano seu acervo uma

história com toiros bravos, emque os heróis se agigantam. Porassim ser, até se diz que oprimeiro acto toureiro foi prati-cado por Theseu, ao lidar asvacas de Argópila, nos camposde Marathon, perto de Atenas.

Temos portanto que convirque as tauromaquias actuais sãoherdeiras e consequência directade ritos muito velhos em que serendia culto à carga simbólicaalternada que o toiro consigo car-rega, e, que ao longo de milénioso revelam aos olhos humanos oraum Deus ora um demónio.

Em verdade, porque temcornos e cauda, qual figuraçãodemoníaca clássica, longas oca-siões existem em determinadosperíodos históricos (quase sem-pre obscurantistas) em que lheatribuem a representação dodemo e todos os malefícios iner-entes, mas porque em verdadeconsubstancia os atributos que ofazem ser tido como símbolo defertilidade e pujança, felizmen-te, a maior parte do tempo e compersistência por séculos, temsido adorado e deusificado, ra-zão que leva a que a sua matan-ça, agora e desde sempre, sejaconsiderada coisa solene, actoabsolutamente ritual e colectivo.

Note-se que o abate de ani-mais, porque a sua carne é ne-cessária à reparação protoplas-mática do Homem, Homem quemesmo que não raro o esqueça étão só um mero componente adi-cional do todo natureza, não fogeàs regras que regulam qualquerbiótopo, e porque assim é, obede-ce aos seus básicos princípios.

Desde que o Homo Sapiens(agora insiste-se para ai que éum mero Homo Economicus),passou da fase incipiente emque era simples recolector, a, ca-çador recolector, que a proteínacárnica é uma constante da suadieta. Contudo, quiçá desde oinício, ainda na pré-domesti-cação o abate das aves é funçãoindividual ou um recatado actodoméstico e assim chegou aosnossos dias.

Os pequenos ruminantes sãopor regra abatidos em ambientefamiliar não festivo, talvezporque o seu abate, simbólicoou real, se consagra no textobíblico como destinado priori-tariamente à obtenção do san-gue com que se marcam as por-tas das casas a poupar pelasvenenosas trevas da ira divina, oque pela aparente nobreza dosacrifício redundou na imagemque ainda hoje assume o ino-

cente cordeiro na liturgia cató-lica como cordeiro de Deus, ena sua lauta abundância na dietapascal, tempos que temos comoprimordiais no que refere à ren-ovação espiritual no contextosociológico mediterrânico.

Continuando a correr a pa-nóplia dos animais sacrificadospara consumo e de que mais fre-quentemente nos alimentamos,temos que convir que a matançado porco já assume característi-

cas conviviais, quer porque osuis em estado selvagem desen-volvia longas e perigosas pre-sas, quer porque quando abertoa sua disposição visceral se as-semelha notavelmente à dispo-sição das entranhas humanas, oque motiva inusitadas curiosi-dades e alguma catarse (o quefelizmente cada vez menos sereconhece e se identifica com asactuais sociedades, o que não

Dr. Domingos da Costa Xavier *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Tauromaquiasuplemento

À guiza de prólogo

> continua na página seguinte

Director: Abel Matos Santos • Registo ERC 124937Este suplemento é parte de O Jornal de Coruche nº 9 de 1 de Janeiro de 2007

Não pode ser vendido separadamente.

No número anterior deste jornal,rejubilei com o ressurgir da escola detoureio de Coruche, e, longa vida aosirmãos Badajoz para que prossigam.

Contudo, nas minhas andanças,tenho constatado que com mais ou

menos talento para o desempenho daarte, os jovens que iniciam a activi-dade, é raro deterem um pouco de cul-tura taurina.

Eu, mero exemplo, não me imagi-no a exercer o meu mister como mé-

dico veterinário sem dispor de con-hecimentos mínimos quer da históriaquer do evoluir da profissão. Inere…!

Por assim ser, e à atenção primei-ra dos alunos da escola de toureio deCoruche, aqui vos deixo um conjunto

de reflexões “Sobre o Toureio”, a queé óbvio não reconheço valor histori-ográfico, mas a que sobra boa in-tenção.

Assim o entendam, e, que sejaprofícuo início de reflexão.

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invalida a importância da suagénese), e assim a sua matançaem meio rural concita consid-erável número de presentes,para o trabalho e para o petiscoque sempre ocorre.

Desenvolvendo ainda a mes-ma linha de raciocínio, que vosfale também do abate de cavalose auroques. Quanto aos cavalos,os despojos encontrados emvestígios arqueológicos, querem concheiros, grutas, sítios oupovoados, são bem a prova deque bem antes da domesticaçãoeram sobretudo presa comes-tível.

Pelas suas características, acaça obrigatoriamente concitavaa organização do grupo de ca-çadores para a obtenção do su-cesso, mas ao analisarmos devi-damente a relutância que aindahoje existe no que refere ao seuconsumo, e fazendo fé nosinvestigadores, a sua importân-cia cárnica diminuiu na medidadirecta em que subiu no con-ceito do Homem a sua impor-tância trabalho, o que é tradu-zível em duas consequências –uma de natureza afectiva faceaos laços de vida comuns esta-belecidos, e outra, referente àqualidade, pois se é certo que aspráticas culinárias do períodocampaniforme eram tão pri-marias quanto primário era o pe-ríodo a que nos referimos, te-mos que aceitar que não deviaser agradável o seu consumo, por

sapidez e por ser carne dura efatigada por anos de trabalhoárduo.

Certo é também pelo taman-ho das peças ósseas encontradas(e sua consequente datação) queo período citado em que se veri-ficou o seu maior consumo cor-responde à abundância de Plio-hipus, sendo que a fase de evo-lução Equuos já corresponde aopós inicio da organização socialhumana sedentarizada, com oagricultar da terra que transfor-mou o Homem em cultivador,com maiores necessidades dedomesticação de animais queem seu tempo provaram queeram aptos para o trabalho.

No que ao Auroch reporta,para alguns o Bos Primigenius,o Uro dos romanos, que segun-do Otto Antonius citado porGasset, sobreviveu até 1627 nobosque polaco de Jaktorowka aosul de Varsóvia, antepassadodirecto do Bos Taurus em que onosso toiro bravo se insere, ascoisas fiavam de outra maneira,e pela sua alta perigosidade,quer pela corpulência quer pelaagressividade que sustentavacom os seus cornos mortíferos,era sempre o colectivo que seencarregava do seu abate, aexemplo confirmado do queainda hoje acontece com aspeças venatórias de maior portee maior risco que são caçadaspelas sociedades a que Des-mond Morris chamou Estupi-

dificadas e que em norma desig-namos Primitivas.

Antes e agora, sempre amorte dos toiros obedeceu aregras e a uma concertação co-lectiva, quer na pura caça quertambém na lide actual (mas aesse aspecto lá iremos..) e porvariadíssimas razões, entre elas,o que não é despiciendo, por oseu tamanho ultrapassar larga-mente as necessidades de con-sumo imediato da família ou datribo. Facto tão primário, aliadoao já referido risco, deu origemà caça organizada e aos despo-jos repartidos.

Que me desculpem algunsimbricados saltos cronológicos,que tive por essenciais parademonstração dos objectivos.Retomando, provam as evidên-cias históricas até ao momento(faço notar que está ultrapas-sadíssima a noção de históriacomo conjunto de evidênciasestáticas), que caçar toirosimplicava uma técnica muitoparticular, com especializaçãode funções entre os mais aptos,e, desde logo tudo o que impli-cava maior coragem era desem-penhado por aqueles que deentre os seus pares se desta-cavam, quer na arte de caçarquer na hierarquia social, emtempos em que a assumpçãopolitica assentava nas especialaptidão para a defesa de bens eterritório.

A este propósito, e ameni-

zando, que se saliente desde jáque mesmo nos dias de hoje nãoé concebível uma figura dotoureio que não seja inteligente.Que se dê amplo salto, para quevos não canse.

Correm os anos, e os indiví-duos que se encontravam notopo, por via das artes da guerrae da actividade venatória, espe-cializam-se na utilização dalança montados a cavalo, e du-rante séculos o abate do toiroassim se processou (os actuaispicadores, a sua origem profun-da são disto reminiscência, etemos que convir que no querefere à morte dos toiros voltamos dias de hoje a assumir umprotagonismo que os públicoslhe não pedem, o que de imedi-ato lastimamos…), sendo queos lacaios de maior coragem,quer em ajuda e defesa do seuSenhor, quer em actos de puroalarde de valor, ao enfrentarema pé o toiro, foram objecto deelogio e consequente subida naconsideração da apertada hierar-quia social vigente.

A talho de foice, apraz-meaqui dizer que conclui que étambém na raiz venatória queentronca a nossa portuguesa artede pegar toiros. Que se lembreque aquando dos alanceamentosos toiros ficavam mal mortos(ainda hoje, na maioria doscasos a morte efectiva dos toirosocorre com a “puntilha”), e oscriados que acompanhavam osseus senhores tinham necessi-dade de os agarrar para rematar,esfolar, esquartejar e carregar,que no meio de tudo isto parecehaver para ai muito boa genteque insiste em querer esquecer--se que fundamentalmente ostoiros também se comem.

Voltam a decorrer uns sécu-los, dois sensivelmente, e a evo-lução levou, já com os armen-tios bravos organizados, a quese transpusessem para as arenasas manobras do maneio cam-pesino, quer pela beleza virilque encerravam, quer (maisuma vez) porque os seus cul-tores interiorizaram que taisfaçanhas cometidas em públicoeram susceptíveis de contribuirpara a sua promoção social (oque ainda hoje em casos diver-sos acontece) e é já no séculoXIX, mesmo em seus finais, quese começam a constituir oca-sionalmente grupos com carac-terísticas de raiz urbana, nome-adamente os grupos de forcadosamadores de origem fidalga,

que desaguam directamente nopanorama actual.

Insistir na ultrapassada “bla-gue” dos alabardeiros e dosmonteiros da choca como ori-gem dos nossos forcados, igno-rando estudos sérios científicosque abordam o etno-rural, repe-tição pouco reflectida do queinadvertidamente “postulou”Jaime Duarte d’Almeida e Mas-carenhas Barreto de Baratorepetiu, a par de outros, passemos méritos dos seus trabalhos,dizia eu, é conversa que só sedeve a escassa investigação eaté reflexão, sendo que é pordemais sabido que uma boamentira mil vezes repetida aca-ba por assumir foros de verdadeabsoluta. Fechado este parênte-sis, voltemos ao toureio, de fac-to o que aqui me concitou.

Após vicissitudes diversas,(aos mais interessados aconsel-ho vivamente a leitura de “ElToro en el Mediterrâneo” deCristina Delgado Linacero, de“El culto al toro, Ritos y Sím-bolos de la Tauromaquia” deRamón Grande del Brio, e de“Sociologia del Toreo” de San-tiago Araúz de Robles, entremuitas outras excelentes obraspossíveis), dizia eu, o toureio apé instala-se no tecido geográfi-co peninsular, sempre em pro-funda relação com os eventossagrados do calendário em queos povos exprimiam a sua ar-reigada religiosidade, como pu-ra transposição ritual da rurali-dade fera para o meio urbano,como podemos constatar com aleitura de “Plazas de Toros”,obra magnifica em que GonzaloDiaz e Guillermo Vasquez Con-suegra explanam com inteligên-cia os seus estudos sobre oassunto; fenómeno de catarsecolectiva, essencial ao equilíbriopsicológico dos povos, como jáafirmei sempre de par com osagrado (que aqui se salienteque entre nós a festa de toirosarranca com a celebração dasFestas em Honra de Nossa Se-nhora das Candeias a 2 de Feve-reiro em Mourão e remata coma corrida do dia de todos os san-tos no dia 1 de Novembro noCartaxo) e carregando a ascen-tralidade dos saberes que ohomem interiorizou, como jáindiciei vagamente, desde sem-pre.

Em tempos históricos, que apré história já a afloramos, tudocomeçou com a corrida, nomeque enquanto designação ainda

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • 1 de Janeiro de 20072 Tauromaquiasuplemento

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS > continuação da página anterior

. . . Sobre o Toureio

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hoje persiste, pura e simples,dos toiros pelas ruas, Mera tau-romaquia popular resiste emPortugal nas “largadas” e “es-peras”, em Espanha nos “encier-ros” e no sul de França em ma-nifestações similares que deno-minam “course des bou”.

Na medida em que no decur-so de tais acontecimentos seapuravam técnicas de incipientetoureio, tudo se transferiu paraas paradas ou praças de armasdos castelos e depois para aspraças maiores. Papel importan-te desempenharam também aoutro nível as cercas dos con-ventos, conventos a quem se de-vem também as primeiras ga-nadarias organizadas. Confir-mando o que estou dizendo,bem antes da vacada do Infan-tado que Dom Miguel possuiu eda amplamente referida perten-ça de Rafael José da Cunha, quese diz terem sido as primeirasganadarias portuguesas, já osmonges Dominicanos do con-vento do Monte da Barca no

termo de Coruche e os mongescistecircenses do mosteiro deAlcobaça, tinham pontas degado bravo, segundo MargaridaRibeiro recolhido como con-grua, com registos de proveni-ência, e, exploração cuidada noque refere ao que hoje chama-mos encastes, registos que bemvistas as coisas são a diferençafundamental entre a ganadaria ea criação de gado da terra.

Voltando ao nosso tema pri-mordial, um facto decisivo con-tribui para a evolução do tou-reio, que curiosamente não temque ver com os toureiros, nemcom o toiro (motivo principal dafesta que leva o seu nome) mas

sim com o público. Na realida-de, o público na festa é o tercei-ro dos protagonistas e foi face àinsatisfação dos públicos, sobre-tudo de todos aqueles que habi-tando as praças maiores se viamdesalojados das suas janelaspara que a corte se instalasse,que naturalmente se começarama construir instalações próprias,os tauródromos ou praças detoiros, construções de fábrica eraiz, organizadas para acolher ospúblicos com as mesmas carac-terísticas de hierarquização so-cial que as praças maiores culti-varam e permitiam, mas em queporque cada um pagava o seulugar dele não podia ser desalo-jado, ganhando por isso o epíte-to de “respeitável”.

Ora, ao pagar a sua entradana praça, o público não sóadquiriu o direito de assistir atudo o que acontecia sem ser in-comodado, como, é lógico,aumentou substancialmente oseu grau de exigência. O públi-co, soberano na expressão do

seu contentamento ou descon-tentamento, ainda hoje se dizque tem sempre razão e segueinspirando mais medo aostoureiros (segundo alguns con-fessam!) que os toiros que naarena têm que enfrentar. Sómentalidades muito especiais sepermitem minimizar o sentir dopúblico, como por exemplo e atitulo de ilustração o genialRafael “El Gallo” que afirmavasem rebuço “que as broncas aslevava o vento e que as cornadasas levava ele”.

Face a tal grau de exigência,os toureiros foram obrigados aapurar-se e muito mais quandopor ordens de Filipe V os fidal-

gos deixaram de ter beneplácitorégio no que concerne a lidaremtoiros. Os toureiros a pé pas-saram a ter um protagonismoimpensável até tal momento,tendo no entanto o públicocomeçado por transferir os seusfavores para os picadores, queembora plebeus se apresaram adesempenhar o papel e a assu-mir o estatuto dos retirados fi-dalgos. Um desses picadores,José Daza, é até autor de umlivro muito curioso, em quedescreve as suas andanças tauri-nas e redige o que passam porser as primeiras regras do tou-reio institucional no séculoXVIII.

Depois, a partir de meadosde tal centúria, surgem as pri-meiras figuras, sendo que nosdiz Gasset que “o nome maisantigo de toureiro que se con-hece toureiro em sentido exactode que se apresentava com umaquadrilha orgânica e disciplina-da, o que parece trazer consigoque o espectáculo por ele ofere-

cido tinha já um quadro fixo –não ostenta fonética andaluza,pois é, nada menos! Zaracon-deguit.” Gasset dixit.

Mas presto e facto os Anda-luzes se colocam na primeiralinha do valor toureiro, avultan-do Francisco Romero, continua-do por seu filho Juan, este pai dogrande e quase mítico PedroRomero, rondenho que a histó-ria de forma quase unânimecredita como o primeiro dostoureiros verdadeiramente sé-rios. Pedro Romero foi o pri-meiro a impor o despejo da pra-ça, organizou e hierarquizou asquadrilhas, extrapolou a suaautoridade conquistada na arena

e ditou as regras não só da lidecomo do ambiente taurino doseu tempo. Dantes e agora,“quem manda nos toiros mandano toureio”.

Contemporâneos, ainda quemais jovens e que com Romerorepartem a glória inicial, são“Costillares”, Joaquim Rodri-guez de seu nome e José Del-gado “Pepe Hillo”, este o pri-meiro grande toureiro a morrerde cornada. “Costillares”, fun-damentalmente aperfeiçoou otoureio de capa, atribuindo-lheaté a transformação do capoteenquanto vestio em atavio pró-prio para tourear (inventou tam-bém o volapié). “Pepe Hillo”por seu lado é o arrojo e valorem pessoa e arrima-se comonunca se vira, e é bom que aquise lembre que não há muito,Dâmaso Gonzalez afirmava que“toureiro que não se arrima nãotem futuro”, sendo “Hillo”quem define o conceito de ter-renos do toiro e terrenos dotoureiro, para além de que ditouas sua vivências e saberes a Joséde la Tixera estabelecendoassim a primeira das “tauro-maquias” fixada em livro.

Em verdade, são Pedro Ro-mero, “Costillares” e “Pepe Hillo”as três grandes figuras do tou-reio moderno, verdadeiros pila-res em que viria a assentar todoo toureio que hoje se pratica.

Pedro Romero inclusivevem a ser o professor da escolade tauromaquia de Sevilha, queFernando VII instituiu com aintenção de colmatar as brechasdeixadas no tecido social tauri-no pela proibição de que se real-izassem corridas, decretada porGodoy. Dessa escola de tauro-maquia foi aluno FranciscoMontes “Paquiro”, expoente doseu tempo, de forte tempera-mento, e que a todas as áreassociais fez sentir a sua persona-lidade.

Também ele fez redigir a suatauromaquia, acabou definitiva-mente com a desordem na arenainstituindo a direcção de lide,desenvolveu a arte e fixou origor com que deviam ser exe-cutadas as sortes, determinou aforma de vestir (que JerónimoJosé Cândido viria a aperfei-çoar) sendo aliás o primeiro avestir-se por conta própria, e,também a Montes devemos aorganização da lide em três tér-cios, o que até hoje perdura.Não é por acaso que tantos anosvolvidos ainda hoje exista quem

chame ao toureio a pé a “Arte deMontes”, tão grande foi a suainfluência.

Depois de Montes, viveu-seo breve consulado de CurroGuillén, toureiro este que erairmão materno da mãe deFrancisco Arjona HErrera “Cú-chares”, artista genial nascidoem Madrid em 1818, aluno tam-bém da escola de Sevilha. É esteo primeiro dos toureiros queconcede importância à muleta,até ai atavio secundário que eletransformou no traste funda-mental com que deenvolvia anteos toiros o arrojo do seu estar.No entanto, e para que devida-mente a progressão das coisas seentenda, “Cúchares” repetiaamiúde “que com los toros hayque diquelar mucho pa cogerlosdesprevenidos”.

Vários são os nomes quereceberiam aqui por direito hon-ras de referência, mas importaque sigamos, para nos determosem “Lagartijo” e “Frascuelo”.Grandes toureiros, competiramvivamente nas arenas sendo que“Lagartijo” aportou à festa detoiros a técnica elegante e“Frascuelo” o pundonor impe-tuoso.

De “Lagartijo” se dizia quesó ver como fazia o “passeillo”resarcia os públicos do dinheirodas entradas, de “Frascuelo”que era a essência da valentia.Ambos, conquanto que dispa-res, protagonizaram uma épocaverdadeiramente áurea, se bemque é bom que se registe que foi“Lagartijo” que afirmou “quequando o toiro vem, ou te afas-tas tu ou te afasta o toiro”.

Ao finalizar o século XIX,estes figurões do toureio reti-raram-se e a sua saída de cenacoincide com o surgir de RafaelGuerra “Guerrita”, toureirocompleto que havia percorridotoda a tarimba da arte, e que atéque os públicos o afastaram,dominou por completo o “mun-dillo” em que se movia.

Como concorrentes maispróximos, só se lhe opunhamManuel Garcia “Espartero”,sevilhano artista e valoroso aque um toiro de Miura haveriade roubar a vida, e, Luís Ma-zzantini, toureiro burguês quecomeçou por querer ser cantorlírico, de belas maneiras sociais,amigo pessoal do nosso ReiDom Carlos e quase o tentadoroficial da vacada Veragua-TrêsPalácios que a Majestade fazia

3Tauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • 1 de Janeiro de 2007

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

. . . Sobre o Toureio

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O portal Tauromania.pt, já divulgou os triunfadores daTemporada 2006. Os colaboradores do Tauromania nomear-am os candidatos e a votação foi aberta a todos os aficionadosentre o dia 3 e 15 de Dezembro, via correio electrónico.Foram aceites 531 votos, que deram os seguintes vencedoresdo Prémio Tauromania Triunfador da Temporada 2006 porcategoria;

Melhor Cavaleiro1º Lugar - António Ribeiro Telles - 42,16 %2º Lugar - Vítor Ribeiro - 30,15%3º Lugar - Luís Rouxinol - 17,4 %4º Lugar - João Moura - 6,62 %5º Lugar - Ana Batista - 3,68%

Melhor Cavaleiro Praticante1º Lugar - João Ribeiro Telles Jr. - 32,18 %2º Lugar - Manuel Telles Bastos - 27,72 %3º Lugar - João Moura Jr. - 17,08 %4º Lugar - Manuel Lupi - 15,59 %5º Lugar - Duarte Pinto - 7,43 %

Melhor Ganadaria1º Lugar - Herdade de Pégoras - 44,13%2º Lugar - António José Teixeira - 33,81 %3º Lugar - D. Luís Passanha - 9,17 %4º Lugar - Manuel Coimbra - 7,45%5º Lugar - Ortigão Costa - 5,44 %

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • 1 de Janeiro de 20074 Tauromaquiasuplemento

Vencedores dos PrémiosTauromania 2006

CORUCHECORUCHELISBOALISBOA

Especial idade Carne na BrasaEspecial idade Carne na Brasa

Cruzamento de CorucheTel. 243 618 319

Encerra à Segunda-feira

R. das Necessidades, 18-20Tel. 213 958 304/5Fax 213 958 306Tlm. 917 505 313

Encerra ao Domingo

O matador de toiros Amadeudos Anjos foi avô pela oitavavez, e está por tanto mais rico.

O bebé, Santiago Machaz,

porta um nome bem toureiro, e,quem sabe se um dia se revelaránas arenas tão artista quanto oseu avô. Para o petiz um mundo

sem escolhos e para o Amadeuaquele abraço que nos merecemos amigos.

DCX

Amadeu dos Anjos está mais rico!

O preço das entradas napraça de toiros “la Malagueta”custarão menos 20% na próxi-ma temporada. Na tabela jápraticada os abonos atingirão os30%. A “diputacion provincial”aprovou por unanimidade a con-cessão da praça por um períodode cinco anos à empresa deFernando Puche, Rivera Ordo-

ñez, Javier Conde e SimónCasas. Os novos gestores pro-gramarão 14 corridas de toiros,2 novilhadas com picadores e 4sem cavalos.

Para o Domingo de Ressur-reição, a empresa prevê apre-sentar um cartel de máximacategoria, para além de montaruma temporada recordando o

famoso escritor Picasso e outradedicada à província.

Por outro lado, em termos deajuda à escola taurina da cidade,a empresa oferece 50 erales e150 vacas, 25 postos em cartéisdedicados à juventude e umautocarro para que os alunos sepossam movimentar nas tarefasde campo.

Com a devida vénia e autorização, retiramos do suplemento "Toiros" que no "Vida Ribatejana"João Mascarenhas elabora, a seguinte noticia que a seguir transcrevemos.

Preços mais baratos em Málaga

Nova empresa novos métodos

Que as nossas empresas o saibam

Foi com interesse que recebemos mais uma iniciativa do amigoJoão Costa Pereira, a novidade de um Blog inteiramente dedicadoaos Forcados de Coruche.

Lá podem encontrar fotos, histórias e curiosidades sobre os for-cados e também deixar as vossas contribuições. São apontamentoscomo este que lá podem ver! Neste caso uma brilhante foto deJoaquim Mesquita.

AMS

Pega de Amorim Lopes (com excelente ajuda de Filipe Mendes) aotoiro “Núncio” de 700 kgs, vencedor do prémio bravura e apresen-tação no concurso de ganadarias em Almeirim a 17/10/2006. Daspegas que ficam na história e na memória na época que passou.

Novo Blog alusivoaos Forcadosde Coruche

– www.forcadoscoruche.blogspot.com

Melhor Grupo de Forcados1º Lugar - Grupo de Forcados Amadores deSantarém - 33,18%2º Lugar - Grupo de Forcados Amadores deMontemor - 31,8 %3º Lugar - Grupo de Forcados Amadores doAposento da Moita - 15,67 %4º Lugar - Grupo de Forcados Amadores deCoruche - 11,29 %5º Lugar - Grupo de Forcados Amadores de VilaFranca de Xira - 8,06%

Melhor Bandarilheiro1º Lugar - João Ribeiro "Curro" - 30,91 %2º Lugar - João Santos - 28,18%3º Lugar - David Antunes - 23,94 %4º Lugar - Pedro Gonçalves - 12,73 %5º Lugar - Manuel Santos "Becas" - 4,24 %

Melhor Empresa1º Lugar - Soc. do Campo Pequeno - 49,42 %2º Lugar - Montemor é Praça Cheia - 20,18 %3º Lugar - Paulo Pessoa de Carvalho - 13,74 %4º Lugar - Toiros & Tauromaquia - 11,11 %5º Lugar - Toiro Lindo - 5,56 %

Prémio Tauromania 2006- atribuído pelos sócios da Tauromania, Lda.Mestre David Ribeiro Telles

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5Tauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • 1 de Janeiro de 2007

O Campo Pequeno pro-move, de 6 de Janeiro de a 20 deFevereiro, o concurso “À Pro-cura de Novos Toureiros”, como objectivo de apoiar a reve-lação de novos valores do tou-reio a pé.

O concurso destina-se ajovens de ambos sexos, maioresde 12 anos e menores de 21, fre-quentadores ou não de escola detoureio e inicia-se no dia 6 deJaneiro, com a apresentação doscandidatos e uma “Aula Prá-tica” de toureio de Salão, na pra-ça de toiros do Campo Pequeno.

Fomentar o aparecimento denovos valores tem sido, aolongo da história, a chama quevem garantindo o continuadointeresse do público pelo espec-táculo de toiros, rejuvenescidopelo confronto de estilos e per-sonalidades dentro da arena,aportado por sucessivas ger-ações de toureiros.

O alcance de concursos,como o que agora o Campo Pe-

queno promove, vai para alémda revelação de um ou maisvencedores que se espera ve-nham a ser figuras do toureio,pois contribuem, seguramente,para o aparecimento de novosaficionados e de novos valorespara integrarem as fileiras daimprescindível classe de ban-darilheiros.

Há 25 anos, o Campo Pe-queno promoveu um concurso“À Procura de Novos Tourei-ros” que teve como vencedoresex-equo Rui Bento e José LuísGonçalves, padrinhos do con-curso deste ano e ambos mata-dores de toiros. Rui Bento, járetirado, reparte a sua actividadepor Espanha, como apoderado epor Portugal, como responsávelpela Direcção de ActividadesTauromáquicas do Campo Pe-queno, a praça onde nasceu parao toureio. Por seu turno, JoséLuís Gonçalves, também nestapraça nascido para a Arte deMontes, continua no activo,

tendo sido o autor da melhorfaena da temporada de 2006, narejuvenescida praça de Lisboa.

O Campo Pequeno estáconsciente do importante papelque lhe cabe na promoção dafesta brava e por isso lançaagora esta iniciativa, vindo aoencontro do sonho de muitosjovens dispostos a serem os di-gnos continuadores do legadode Rui Bento e de José LuísGonçalves: Alcançar o grau dematador de toiros e construiruma carreira digna, honrando oseu nome e prestigiando o nomede Portugal.

Para o êxito total desta ini-ciativa, que terá a sua grandefinal no dia 20 de Fevereiro, noextraordinário ambiente do Cam-po Pequeno, conta a organiza-ção com o apoio de todos osque, de algum modo, se inte-ressam pelo fenómeno tauro-máquico e, designadamente,dos órgãos de comunicaçãosocial.

O júri do Campo Pequeno,composto pelos Senhores An-tónio Vasco Lucas, José ManuelPires da Costa, José NúncioFragoso, João Aranha e ManuelAndrade Guerra nomeou os tri-unfadores da temporada de2006. Coruche está bem repre-sentado, com diversas figurasnas categorias que se seguem.

Na de Cavaleiros, AntónioRibeiro Telles, na de CavaleirosPraticantes, Manuel Telles Bas-tos, no Grupo de Forcados,Amadores de Coruche, na deGanadaria, António José Teixei-ra. Salienta-se ainda o PrémioPrestígio, a título Póstumo parao Matador de toiros Manuel dosSantos.

À descoberta de novostoureiros

Campo Pequenonomeia triunfadores – Coruche bem representado

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DELEGAÇÃO NO BISCAÍNHO

No ano em que comemorou 67 anoso Grupo de Forcados Amadores deMontemor participou em 29 espectácu-los. De Norte a Sul do país, de Sevilha ao“Rock in Rio”, passando pelo CampoPequeno e acabando em Montemor, oGrupo esteve lá. Foram 97 as pegas que

ficam para contar e muitas mais histórias para recordar. Recheadode êxitos este ano chegou ao fim, com uma certeza: O Grupo deForcados de Montemor não vai ficar por aqui.

Forcados deMontemor-o-novo

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Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • 1 de Janeiro de 20076 Tauromaquiasuplemento

pastar nos campos do Vidigalcerca de Vendas Novas, toureiroque apesar da sua importância(foi talvez o primeiro a conquis-tar os contratos nos escritórios)pouco mais adendou à históriaque a sua hábil perícia comoestoqueador.

A propósito de Mazzantini,que aqui vos diga que se encon-tra em Portugal, na armaria dopalácio ducal de Vila Viçosa, oestoque com que na Guatemalaestoqueou o último toiro da suavida, e que veio propositada-mente a Portugal oferecer a ElRei Dom Carlos, à guiza deagradecimento pela ordem deNossa Senhora da Conceiçãoque este lhe havia outorgado,segundo atesta um exemplar dafamosa “Ilustração Portuguesa”,que a mão amiga de HeraldoBento me ofereceu e integra aminha colecção.

Importa que publicamentedê conta de tal facto, dado queem função dessa revista e apóslarga pesquisa, publiquei umartigo, ao tempo no “Público”,que dava a peça (deveras impor-tante) como desaparecida, ecomo resposta colhi o protestoveemente da então conservado-ra do museu-palácio de Vila Vi-çosa, que me informava daexistência em bom estado de talestoque. Sobra que vos diga quedepois da involuntária polémi-ca, o precioso estoque se encon-tra devidamente exposto, o queaté então não acontecia, o queme apraz.

Continuando, sem que atin-gisse o domínio sobre o panora-ma do seu tempo, grada figuraera Fernando “El Gallo”, o ini-ciador da famosa dinastia dos“Gallo”, que como muito bemdemonstra Paco Aguado em“Joselito, El Rey de los Toreros”é o verdadeiro percursor dotoureio de braços, que seus fi-lhos Rafael e José a par comJuan Belmonte haveriam e sub-limar e estabelecer.

Voltando a “Guerrita”, ho-mem de arrogância e vaidadeextrema, que quando se retirou(precocemente, aliás) se deu aoluxo de dizer “depois de mimninguém, depois de ninguémFuentes”, deve-se-lhe desgraça-damente o ter sido o primeirotoureiro a eleger ganadarias etambém é obra sua o encurta-mento da idade e tamanho dostoiros. Sumamente inteligente,bem cedo se apercebeu de quetriunfar era difícil, e, de que ha-via de buscar a matéria primaideal que criasse condições paraque os sucessos ocorressem, nãoolhando a meios para almejarseus fins. Obra sua é também a

vitimização dos cavalos de pi-car, dado que também rapida-mente percebeu que o “roma-near” no “encontronazo” com ocavalo por parte do toiro, era bemmaior castigo que o que o picadorlhe infligia com a quase inofensi-va “puya de limoncillo”.

De facto, mandando na festacomo mandava tudo fez paraagradar, mas exagerou tanto,apesar do seu valor, que ospúblicos não lho consentiram, esequer lhe perdoaram. Tal era aacutilância com que o invecti-vavam, que ficou para a históriaa sua frase de raivoso desabafoaquando da sua última actuaçãoem Madrid – “em Madrid, queos toureie Santo Isidro”.

Depois de “Guerrita” o amofoi Fuentes, de par com “Ma-chaquito” e “Bombita”. Os doisúltimos tiveram o seu públicoaté ao aparecimento do colossode Jelves – Joselito “El Gallo”,o último expoente do toureioantigo, toureiro que pareciasaber tanto de toiros que um diao velho Dom Eduardo Miura arir até me disse que parecia queele tinha sido parido por umavaca. Com seu irmão Rafael(outro génio, de quem se cantamas “espantadas” e quase semprese esquecem dos detalhes) ecom Juan Belmonte, e em acesacompetência com este último,protagonizaram a mais viva dascompetências na arena, quemaior ainda seria não fora que otoureiro que sabia tudo de toirostivesse tropeçado como “baila-dor” que lhe truncou a vida emTalavera.

Belmonte, o fenómeno, opasmo de Triana, veio na ver-dade adendar à festa de toirosuma noção de terrenos nuncavista até então, há quem digaque em função directa da suadebilidade física, tal era o seusitio que é bom que se recordeque o já muito citado “Guer-rita”, se permitiu dizer do tronodo seu clube em Córdoba que seapressassem a vê-lo que ele nãoia durar muito tempo. Belmonteformulou também o postuladoanda hoje vigente de que paratourear se devem dar passes emque se pare, se temple e se man-de. Personalidade singular quesó por si nos ocupava todo otempo disponível para o presen-te texto, deixou dito na biografiaque Manuel Chaves Nogales lheredactou uma frase fundamen-tal, de que jamais me esqueçoem meu disfrute do que nas are-nas vejo, e, que deve ser bementendida e reflectida – “setorea como se es”.

E, eis-nos quase chegadosaos nossos dias, importa no

entanto que aqui se citem pelasua importância o de Borox,Domingo Ortega, que passa porter sido em virtude da sua noçãodas distâncias o maior lidadordo toureio moderno, e é claro,Manuel Rodrigues “Manolete”.

Ortega produziu teoriatoureira na sua famosa confer-ência do Ateneu, sendo que taltexto continua a ser de referên-cia para o entendimento da artede lidar. “Manolete” foi umfigurão do toureio que soubecorresponder aos anseios dequietude que a traumatizada so-ciedade espanhola do pós-guer-ra civil queria desfrutar, fartaque estava de bulício. Juan SotoVignola descreve como nin-guém de forma assaz lúcidatoda a conjuntura em que a suaarte se desenvolveu, em “Mano-lete, un torero para olvidar umaguerra”.

Com o “Califa de Córdoba”estabeleceu competência CarlosArruza, mexicano que está naorigem do despertar de voca-ções toureiras ambiciosas emPortugal, e, que se impôs comuma postura afiligranada queera bem o contraponto ao hier-atismo manoletista. O seu ma-neirismo deu passo à arteexquisita de Pepe Luiz Vasquez,e, ainda com “Manolete” noactivo, despontou Luís MiguelDominguin, expoente da dinas-tia toureira de seu nome, que aorevelar-se precocemente justifi-cou que o de Córdoba proferisseao vê-lo – “o menino vem devassoura!”, numa alusão clara eexplicita à possibilidade quenele via de varrer a cena taurinada época.

Assim foi, Hemingway con-ta-o bem “Em Verão Sangren-to”. De par com o seu cunhadoAntónio Ordoñez, a maior figu-ra do toureio que me foi dadover actuar, espelho dos espelhosdos toureiros, mandaram na suaépoca, época em que malgradonão ter boa figura física, baixotee gorducho, Rafael Ortega aden-dou à trilogia Belmontina osconceitos que até ao momentoparecem ser definitivos. Bel-monte como todos sabem e já sedisse, estipulou o parar, templare mandar, Domingo Ortega natal conferência juntou-lhe o car-regar a sorte e Rafael Ortegacreio que disse tudo quandodogmaticamente pôs em práticao citar, parar, templar e mandar,carregando a sorte sempre quepossível. O seu raciocínio podeser lido num livrinho dmirávelem que se explica, que titulou“Toureio puro”.

Puro era também o estar deAntónio Bienvenida, o mais

novo dos filhos do “Papa Ne-gro”, puro e honesto, a quemnós aficionados devemos as ati-tudes corajosas de reposição daverdade na festa, nomeada-mente a sua luta anti-afeitado.

Tudo o resto que vos possadizer é quase dispiciendo, en-contrando-me como me encon-tro perante uma audiência leito-ra em pletora de afición, que emgrande parte compartilhou amesma época que eu de vivên-cia da festa. Todos creio quevimos Paco Camiño, “El Viti”,Diego Puerta, Trincheira, Si-mões, Amadeu dos Anjos, JúlioRobles, “Capea”, Dâmaso ou“El Cordobés”, bem melhortoureiro que fazedor de “tele-fonos” ou saltador de “saltos deRana”, e tantos outros naquelesanos sessenta/setenta, em queum modesto toureiro do “mon-tón” mandava para casa algu-mas figuritas que por ai se exibi-ram e exibem.

É facto, mas que ainda vosdiga que seria de todo injusto seaqui não deixasse constância deque devo a Rafael de Paula asduas melhores verónicas da mi-nha vida, ao malogrado PedrinBenjumea a execução da maisfulminante estocada que me foidado ver, a Antoñete os me-lhores “derechazos”, a Manza-nares a mais completa das fae-nas, e, podia lá esquecer-medele, a Curro Romero aquiloque à falta de melhor definição,que a arte pura é indefinível,chamarei tão só o melhor doscultores do exercício do “duen-de”, sobretudo quando, comoCañabate disse, destapava ofamoso “Tarro das essências”, oque se não estranhará de quemdisse a António Burgos que“tourear é enganar o toiro semlhe mentir”.

Vou estando longo, e poucoespaço existe para mais conside-rações, mas sempre vos digoque ai estão Javier Conde eMorante de la Puebla, se ostoiros servirem e os respeitarem,para confirmar nas arenas o queCurro proferiu e praticou quan-do pôde.

Não me passou pela cabeça,esboçar sequer, a história dotoureio, muito menos esmiuçaras “tauromaquias” enquantoexpressão do sentir individualde cada intérprete. Dizia o“Divino Calvo” Rafaé que “tou-rear é tão difícil como gatar umpúcaro por dentro”, e porque defacto assim é, e não sendo tou-reiro, ser-me-ia difícil, senãoimpossível, tratar aqui distân-cias, alturas, toques, discutir ositio, perceber o temple emfunção de cada toiro, e porque

não, de cada toureiro.José Ortega y Gasset, disse

em “Sobre a Caça e os Toiros”que “tourear é dominar o ani-mal, mas é também, e ao mesmotempo, uma dança, uma dançaem frente da morte: entenda-sediante da própria morte”, con-ceito que só por si dá muito quepensar, mas disse mais, e pelaagudez de raciocínio, sendocomo foi e é sabido uma dasmaiores figuras do pensamentoibérico, ainda me permito con-tinuar a citá-lo – Diz Gasset:

“Constituem (touro e tourei-ros) o que os matemáticos cha-mam um grupo de transforma-ção e o assim chamado é temade uma das disciplinas mais abs-trusas e fundamentais da ciênciamatemática. E como é sabidoque a geometria exige dos que acultivam um muito peculiar do-te inato para a intuição das rela-ções espaciais, isso acontecetambém com a geometria dotoureio. Somente que esta é umageometria que se exerce…

Na terminologia taurina, emvez de espaços e sistemas depontos, fala-se de terrenos e estaintuição dos terrenos – o dotouro e o do toureiro – é o domcongénito e básico que o grandetoureiro traz ao mundo. Graçasa ele, sabe estar sempre no seusitio, porque antecipou infali-velmente o sitio que vai ocuparo animal. Todo o resto, mesmosendo importante, é secundário:coragem, graça, agilidade demúsculos. O esforço e um con-tinuado exercício permitem quequem carece desse dom cheguea aprender alguns rudimentos daciência dos terrenos e consigarealizar, sem ser derrubado,algumas sortes toscas como asque os peões fazem com os seuscapotes.

Mas o toureio autêntico epleno pressupõe, inevitavel-mente, aquela estranha inspi-ração cinemática que é, naminha opinião, o talento maissubstantivo do grande toureiro.Por isso, a excelência desteaparece imediatamente desde assuas primeiras actuações. Otoureiro tão pouco se faz, masnasce”. Mais uma vez, Gassetdixit!!!

Agradeço-vos a empenhadaatenção que demonstraram, aoter-me lido, com extremapaciência, e, fico-me por aquicom um “va por ustedes”, que élógico que muito mais haveria adizer sobre o que Lorca con-siderou tão só “a festa maisculta que há no mundo”.

____* Médico veterinário

e escriba taurino

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS > continuação da página anterior . . . Sobre o Toureio

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7Tauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • 1 de Janeiro de 2007

No passado dia 20 de De-zembro, o grupo tauromáquico“Sector 1” promoveu um jantarde homenagem ao matador detoiros Victor Mendes, na passa-gem dos 25 anos da sua alterna-tiva.

BEM que merece o Victorque se comemore tal data, dadoque foi o português que maistempo se manteve entre osprimeiros do “escalafón”, facto

importante e assinalável, sabidoque é que no mundo do toiro“ninguno regala nada a nadie”.

Victor Mendes é indiscu-tivelmente uma figura do tou-reio, e, é muito importante quetal por cá se recorde. De para-béns está portanto o Victor e o“Sector 1”, que continua comestes actos a justificar a suarazão de existir.

DCX

Foi hábito na maioria dosprogramas “Tauromaquia” daVoz do Sorraia, a nota de aber-tura, quer fosse da minha res-ponsabilidade ou de alguns doscolaboradores do programa.

O seu intuito foi sempreconstrutivo, por mais severa quefosse a crítica ou o mais rasgadodos elogios. No último progra-ma optei por uma nota de encer-ramento.

Não foram criadas as con-dições mínimas para a conti-nuidade do programa “Tauro-maquia” durante o defeso, por-que matéria, essa, existe e de so-bra. Felizmente a tauromaquia éum tema onde a sua história, ali-ada ao presente e ao futuro, serásempre um tema inesgotável.

Para quem desde o dia 1 deFevereiro, por ocasião da Se-

nhora das Candeias em Mourãoinicia a maratona que terminano Cartaxo a 1 de Novembro, oInverno ou defeso como prefe-rirem chamar-lhe é convidativoa um merecido repouso que aomesmo tempo serve de reflexão.

Desde o dia 14 de Fevereiroaté ao dia 7 de Novembro, oprograma taurino da RVS levouaté aos seus ouvintes toda a in-formação dos espectáculos aque assistimos, e ou, dos que fo-ram presenciados por colegas eamigos que ao programa deram oseu importante contributo.

Demos primazia, natural-mente, tratando-se de uma rádioregional, aos toureiros, forcadose ganadarias da região. A RádioVoz do Sorraia e o programa“Tauromaquia” ganhou este anocontornos mundiais com a natu-

ral evolução dos tempos moder-nos e a adesão à indispensávelemissão via Internet.

Passamos a beneficiar de no-vos ouvintes, desde os nossoscolaboradores mais longínquosa nível nacional e aos nossosemigrantes por esse mundo fora,que graças ao nosso trabalho sesentem mais próximos das suasraízes, e, alguns prestando umenriquecedor contributo ao nos-so programa e à tauromaquia,mantendo a chama da aficíonacesa além fronteiras, como é ocaso mais sonante de AntónioSalvador com o seu programa“Sol e Toiros”, na Rádio ClubMontreal do Canadá. Ele eRafael Marcelino são um casoraro de aficíon além fronteiras,indo para eles vai o meu abraçode agradecimento pela conside-

ração e atenção que têm tido pa-ra com o programa.

Preocupamo-nos em dar onosso melhor, neste ano marca-do positivamente por muitos evariados factores. Um deles, omais relevante, foi a reaberturado Campo Pequeno a 18 de Maio,e aí começou também uma épo-ca em tudo diferente de AntónioRibeiro Telles com duas actu-ações magistrais, assim comooutra grande actuação no acon-tecimento que parou o paisinteiro e foi visto por milhões deespectadores a 7 de Setembro, aalternativa do seu sobrinho Ma-nuel, assim como a emoção quetodos sentimos ao ver mestreDavid, com a sua classe, desfilara cavalo na arena da capital paradar a alternativa ao seu neto.Estes foram para mim conside-

rados os pontos mais altos datemporada.

António que este ano optoupor menos actuações em Portu-gal e uma campanha mais forteem Espanha, apoderado por JuanHidalgo, por onde também sedestacaram nomes como Rui Fer-nandes, Moura Caetano, JoãoMoura jr. e João Telles jr., am-bos com importantes triunfos,Manuel Lupi, ou António d’Al-meida, e também o sempre vete-rano João Moura que continuoupor lá a montar cátedra nas suasactuações e por cá fez uma tem-porada extensiva com um novoapoderado, Abel Correia, quecontribuiu para que Moura tou-reasse bastante em terras lusas.(último Programa “Tauromaquia” realiza-do a 7 de Novembro de 2006)

(Continua no próximo número)

“Sector 1” HomenageiaVictor Mendes

No passado dia 16 de De-zembro, realizou-se o jantar denatal do “Recanto Taurino”, deque Rachinas é mentor, em VilaFranca de Xira.

Tiveram a gentileza de nosconvidar, e cabe dizer que bemmais que louvar a ementa deluxo de que desfrutamos, é im-portante que vos diga que a con-

vivialidade é bem o exemplo deque o conceito de “família tauri-na” não é coisa vã.

Neste momento de vida so-cial em que necessitamos binó-culos e candeia para encontrarvalores, é bem bonito que vosdê conta de momentos comoeste, tão saudavelmente vividos.

DCX

Jantar de Natal do“Recanto Taurino”

Tristemente, vivemos numpaís de equívocos…! Seria su-posto que o que inere ao des-porto, por definição, fosse sau-dável. Não…! Basta-nos um gra-ma de atenção, para que veri-fiquemos o contrário.

Um dia, somos confrontadoscom o caso Veiga e consequenteporcaria em que mergulha, nooutro sabemos que em prol deum clube que até gosto (aAcadémica, em que o meu pai,sem ganhos económicos, jogou)um político se corrompeu, nooutro sabemos por via de teste-munhos de dor de corno, emlivro editado pela D. Quixote (aesta hora a honorável Snu deveestar a dar cambalhotas no tú-mulo com tanta leviandade edi-torial… que um livro é outracoisa que não um relato espú-rio…), que o “campeoníssimo”encomenda arraiais de porradaaos inimigos e oferece “choco-latinhos” a árbitros com quecombina como “ganhar” os cam-peonatos.

Acontece que, o fenómenodesportivo, até pela difusão deque imerecidamente é objecto,se insere no que é consideradopoliticamente correcto; confun-dem o desporto com o negócioe, vai daí, sob a capa do inter-esse que malevolamente fomen-tam, passam com a borracha de

apagar sobre toda a patente por-caria, como se tal fosse na reali-dade matéria de interesse na-cional. Citando Ramalho Orti-gão, é tempo de cavar “os chó-chinhas que por ai pululam” edizer de vez basta…!

Governem-se com a porcariaem que se atolam e se sentembem, mas deixem-nos em paz.Provado que está que a mentali-dade “desportiva” que massiva-mente nos vendem não presta,equacionem a realidade e con-vençam-se de que é no portu-guesíssimo (e ibérico…) senti-mento taurino que ainda en-contram alguma verdade, e facea tal dado inequívoco, respeit-em-nos…!

Estou já velho e cansado deproclamar que, quando se reve-lar necessário encontrar moti-vação que baste para justificaros valores que caracterizam agesta que no mundo nos projec-tou e a seu tempo nos fez gran-des, será (quiçá) em meio tauri-no que será possível que os mes-mos se encontrem.

Malgrado os erros, saliente éna lusa história a heroicidadepura e generosa da ala dosnamorados que Dom Nuno usouna Batalha de Aljubarrota (peseo termo como boa a história quese vende como se totalmenteverdadeira fosse…), e, é bom

que se diga que tal espírito épatente ainda hoje em qualquergrupo de Forcados Amadores,por modesto que seja. É bomque se reflicta o actual momen-to nacional, com as suas ver-dades e mentiras, e, bom é tam-bém que o nosso povo (saudávelmentalmente, por natureza…)se questione sobre o gato por lebreque todos os dias lhe vendem.

Deixem-se de futebóis, ma-téria sem verdade e voltem-separa a coisa táurica. O toiro nãoé subornável, não nomeia árbi-tros, põe as coisas em tempero,faz apelo à verdade e executa-a,e quer queiram quer não assumea diferença. Diz repetidamente omeu amigo João Mascarenhasque “o Homem põe, Deus dis-põe, e, o toiro descompõe”, con-ceito que pese o jocoso é rele-vante e certeiro.

Deixem-me que solicite aosportugueses que ponderem sempeias a verdade do que pensam,e, pensem a coisa táurica comocoisa séria, que merece serequacionada pela positiva. Ofalso “desporto” que nos queremvender, nem diverte, nem eno-brece. Nem D. João II, nem D.Sebastião, sequer D. Carlos joga-ram pé na bola, mas todos sedivertiram com a festa de toiros.Pensem bem nisto…”

Domingos da Costa Xavier

Programa de Toiros da RVS– Nota de Encerramento do ano 2006

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Joaquim Mesquita *

A corrida para mim situa-se além da antinomiaconservantismo-progresso na medida em que,como mistério, como paroxismo de vida,se exime a opções racionais!

Urbano Tavares Rodrigues

A Nojeira e a Verdade!O P I N I Ã O

(Parte I)

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Reprodução do original gentilmente cedido, ao Jornal de Coruche, pelo Dr. João Machado de Barros (colecção particular)

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Na Freguesia de Coruche

À saída da vila de Coruche, junto às pontesmetálicas, encontra-se esta ponte construídacom tijolo da região, em 1828, e cujo nome sedeve ao facto de nela se empregarem, para aconstrução e reparação, as sisas reais.

Tem uma lápide, que ostenta o escudo, acoroa e o dístico latino empregue nas obras deutilidade pública. Encontra-se classificadacomo “Monumento de interesse público”(1983).

Permite, ainda hoje, a passagem sobreuma das zonas mais perigosas do rio: o Pegodas Armas. Este nome, “Pego das Armas”,advém de uma lenda que remonta aos tem-pos de D. Afonso Henriques: Quando o reitomou Coruche, os mouros, em debandada,fugiram a caminho do rio.

O monarca tomou-lhes o passo, cercou-os e convidou os que quisessem a perma-necer nestas terras. Aceitaram, perante asgarantias dadas. Como se fosse a assinaturade um pacto de paz, cristãos e mouros lança-ram para o fundo do pego as armas.

____Fonte:

www.cm-coruche.pt

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 25

SITIOS COM HISTÓRIA

Tel. 243 677 049Rua de S. Pedro, n.º 13 – 2100-164 Coruche

A lojados seus filhos!

Ponte dda CCoroa

Pego ddas AArmas

O Presépio daIgreja

Realizado pela Paróquia de Coruche, à escala humana, situado no átrio da igreja matriz de S. João Baptista

Natal 2006

Presépio dos Bombeiros

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mente pelo nosso EmbaixadorDr. José Calvet de Magalhães,que tinha sido nomeado Em-baixador de Portugal juntodaquela organização, ao Sr.Couve de Murville, Presidentedo Conselho das Comunidades.

A referida carta, assinadapelo Dr. Correia de Oliveira,pedia a “abertura de negocia-ções para o efeito de se encon-trar a fórmula de relações entrePortugal e a CEE, que melhorrealizasse os interesses comuns”.No plano interno, em 1962 issocorrespondeu a uma mudançana política até aí seguida pelogoverno, o que se pode compre-ender por vários motivos fre-quentemente apontados, e umda minha opinião, ouvidas queforam algumas pessoas.

Em primeiro lugar pelosindícios de sucesso que as Co-munidades transmitiam já noinicio da década. Já restavampoucas dúvidas que a vontadepolítica dos seis, iria levar a bomfim, o projecto em curso. Poroutro lado as movimentaçõesdiplomáticas de vários dos nos-sos parceiros da EFTA, indici-avam o que se viria a verificar.No entanto, as dúvidas iniciaisexistiram mesmo na mente dosmentores como Paul HenrySpaak que, em Abril de 1962,perante o Parlamento Belgadisse a dado passo “... quand ona signé le Traité de Rome, onn’avait pas confiance dans lesucéss de l’operation...”.

Em segundo lugar pelaexistência normal, no nossopaís, como noutros, de pessoasque defendiam técnica e politi-camente esse caminho e sendo,vários deles de reconhecidacapacidade, tenha o governo, deque alguns faziam parte, decidi-do mudar as suas orientações

neste domínio.Em terceiro lugar um dos

receios da Inglaterra, dePortugal e de outros países, dever nascer uma Federação deEstados tinha-se diluído face àprática das actividades da CEE.É que no inicio do processo dosoutros seis países, tinha-se for-mado a primeira comunidade –a CECA –, que era verdadeira-mente uma organização do tipofederal, e havia o receio de queos desenvolvimentos posterioreslhe seguissem as pisadas, o quenão agradava a alguns governos,o de Portugal incluído.

É bom recordar, que o quehoje parece simples, claro,óbvio, passados que são cercade 40 anos, poderia, na alturanão o parecer, mais a maisporque se estava a falar de pro-jectos completamente novos,forjados sobretudo na EuropaCentral, entre países com largastradições de trocas comerciais,mas também de conflitos. O quefoi realmente novidade foi aAlemanha ligar-se à França,com quem manteve conten-ciosos históricos importantes.

Em quarto lugar já aprópria EFTA, se tinha declara-do favorável a negociações bila-terais, entre os países seus asso-ciados e a Comunidade Econó-mica Europeia, e vários dos seusmembros, entre os quais o ReinoUnido tinham pedido mesmo aadesão à CEE (9 de Agosto de1961). Ora o nível de importân-cia das nossas exportações paraesses mercados, no cômputogeral, era já demasiado impor-tante para ser menosprezada ahipótese, embora que remota, devirmos a ficar prejudicados pelamudança de bloco dos nossosparceiros comerciais preferenci-ais. Ora, ainda nesse ano pedi-

ram a Adesão a Irlanda e a Dina-marca. A Grécia assinou umacordo de Associação com aComunidade. O movimento emdirecção às comunidades con-tinuou em 1962 e 63. Foi a vezda Espanha, da Noruega, deMalta, e da Turquia.

Portugal, estava atento a es-sas movimentações, mas aoarrepio do que tinha sido a suaatitude face a este projecto, ini-ciou o seu caminho de aproxi-mação. Esta mudança pode-sedizer que foi motivada por doisfactores principais de carácterexógeno: em primeiro lugar pelaatitude da Inglaterra, seu par-ceiro e aliado principal; e emsegundo lugar porque se perce-bia que a EFTA corria o risco deficar esvaziada de boa parte dosseus membros.

Paul Henri Spaak, a pro-pósito destes pedidos pronun-ciar-se-ia da seguinte forma:“...no que respeita ao termoassociação, penso que este ter-mo não é claro. Creio que querdizer que a nossa associação éaberta mas existem passos a darnuma economia que não estejaem estado de entrar, na sua ple-na capacidade, no Mercado Co-mum. É necessário impor-lhesum estágio de associação.. Nãopoderá haver entre os membrosque participem no Mercado Co-mum e aqueles que querem neleentrar divergências profundassobre o sentido do Tratado”.

Por outras palavras, Spaakadmitia a figura de associaçãocomo um estágio necessário deefectuar pelos países que quises-sem aderir, como membros depleno direito, ao Mercado Co-mum.

Num périplo efectuado peloDr. Correia de Oliveira pelascapitais europeias obteve da

maior parte o apoio à pretensãode Portugal.

Assim recebeu apoios deHallstein – Presidente da Co-missão; de Couve de Murville –MNE de França e Presidente doConselho; de Edward Heath doReino Unido; de Paul HenriSpaak da Bélgica (que refereque apesar das diligências dealguns países africanos paraimpedir a entrada de Portugal,não dará guarida a tais posi-ções); de L. Erhard Ministro dosNegócios Estrangeiros da Re-pública Federal Alemã – quese declara pessoalmente par-tidário da admissão de todos osmembros da EFTA; de JosephLuns da Holanda – que diz, naaltura, que transmitiu aos seuscolaboradores a instrução de que“.. não eram de admitir argu-mentos contra Portugal basea-dos em razões de ordem políticaou de organização política in-terna..”

Já posição diferente toma-ram os EUA face aos pedidosde 1962. Em comunicação deFrank Figgures, Secretário Ge-ral da EFTA, aos EmbaixadoresEFTA, após reunião com o Sr.Ball – Subsecretário para os As-suntos Económicos do Departa-mento de Estado “...os EUAdefendem a adesão ou associ-ação de todos os Estados EFTAà CEE...” mas com reticênciasexpressas e clarificadas na se-gunda parte da sua comunica-ção: “...no caso de Portugal,mas que interessa igualmente oReino Unido, o Sr. Ball mencio-nou o regime de relações eco-nómicas entre os territórios doultramar e a Comunidade Euro-peia, uma vez as Metrópolesentradas, ou associadas com amesma comunidade, O Sr. Ballexprimiu a opinião que os EUA

não poderiam ver com simpatiae até teriam que se manifestaroposição, na devida oportu-nidade, que a integração euro-peia desse lugar ao estabeleci-mento de arranjos preferenciaispara vastas zonas do ContinenteAfricano.....”. Por outras pala-vras, os EUA viam com receiouma Comunidade que inte-grasse dois países com interess-es em vastíssimas áreas afri-canas que pusesse em causa osseus (dos EUA) próprios inter-esses no continente africano.

Mas a Inglaterra veria adiadaa sua pretensão pois a França,pela voz do seu Presidente – oGeneral Charles de Gaulle,vetou a sua entrada, em 14 deJaneiro de 1963, e todos osprocessos, dos vários países,incluindo o Portugal, (a audiçãodo caso português tinha sidomarcada para o dia 11 deFevereiro de 1963, tendo apóseste veto, sido suspensa “sinedie”) ficaram prejudicados eadiados.

O motivo invocado pelaFrança, nessa altura, foi o de queo Reino Unido queria demasi-adas excepções à Pauta Adua-neira Comum e que por essemotivo não poderia entrar. Naverdade o Reino Unido preten-dia obter a salvaguarda dos inte-resses do Commonwealth, sal-vaguardar a sua agricultura bemcomo queria impor a entradasimultânea dos países neutrais(Áustria, Suécia e Suíça) e aindada Dinamarca, Noruega e Portu-gal.

(Continua no próximo número)

____Gestor de Empresas e

Doutorando em Estudos Europeuspela Universidade Católica

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200626

Nersant e Torres Novascelebraram escriturade terrenos

> continuação da página 20

– A posição portuguesa face às Comunidades Originais (CECA, CEE, CEEA)

Inserção de Portugal no Mundo (parte III)

No passado dia 14 de De-zembro, culminando um pro-cesso de cerca de cinco anos, aNersant e o Município de Tor-res Novas, nas pessoas dosseus respectivos Presidentes,celebraram a escritura de doa-ção de 5 mil m2, corresponden-tes ao local onde está instaladoo Pavilhão de Exposições da

Associação, bem como a escri-tura de dação em cumprimentode outro terreno com 48.900m2,na Várzea de Mesiões, onde aNersant pretende a médioprazo desenvolver um projectoimobiliário para instalar incu-badoras de empresas, escritó-rios e hotel.

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Nersant atribui Medalhas de Mérito– a António Fonseca Ferreira e Nelson de Souza

A cerimónia teve lugar du-rante a sessão da Tomada dePosse dos Corpos Sociais daAssociação 2006-2008, que serealizou no dia 14 de Dezem-bro.

O Presidente da CCDR-LVT, António Fonseca Ferreirae o Gestor do PRIME, Nelsonde Souza, foram agraciadoscom a Medalha de Mérito da

Nersant, como forma de reco-nhecimento público das exce-lentes qualidades de trabalho ede grande dignidade profissio-nal dos mesmos e do contribu-to que ambos prestaram àAssociação nos últimos anos.

A cerimónia foi integradano evento que marcou a toma-da de posse dos Corpos Sociaisda Associação, para o triénio

2006-2008, depois das eleiçõesde 17 de Novembro, que tevelugar no Auditório da Nersant,em Torres Novas.

Esta sessão inclui também aprimeira apresentação públicadas Acções e Projectos a dina-mizar pela Nersant durante operíodo de 2007-2013.

____Ana Leão

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 27

PP ENSENS AMENTAMENTOSOS

Parabéns e ... CondolênciasLuis António Martins *

Dia de Aniversário. Umataque de saudações: “Para-béns!”, “Que contes muitos”,(e como se não bastasse contarmuitos), “muitos e bons, nacompanhia dos teus”. Porquê?Porquê congratularmo-nos unsaos outros uma vez por ano?Por estarmos mais carecas?Com mais varizes? Doresvárias e limitações de todos osgéneros? Ou por, simples-mente, estarmos mais perto damorte? Desse final heróico oudiscreto?

Não teria mais sentido, digoeu, se respeitosamente, ofer-ecêssemos as nossas condolên-cias antecipadas ao aniversari-ante que nasceu naquele fatídi-co dia que marca a sua marchacontra o tempo por cada vezque a terra perfaz uma piruetasobre o sol, que brilhante-mente, se limita a iluminar?

Repare-se como na hora damorte, aí e só aí na hora damorte, faz sentido dar os para-béns aos familiares do famige-rado cadáver, por aquilo que omesmo fez e foi em vida, em

vez de carregarmos ainda maisa dor do tal ente querido dan-do-lhe aquilo que nóschamamos de “os meus senti-mentos”. Congratule-se o mor-to, aos que cá ficam, dêem-seou ofereçam-se os sentimen-tos, a raiva, o amor, a cólera, aalegria, a amizade e o fingi-mento aos que vivem, por quecada vez viverão menos.

Sim, sim, digam lá “nós tro-camos os parabéns pelo factode termos ganho mais um anode vida, mais um duelo contraa finitude” ou “damos as con-dolências como sinal de res-peito”. Mas respondam-me,em relação aos parabéns, deque serve a vitória numa bata-lha, se a guerra, por definição,está perdida? É como se oCoruchense fosse do distritalaté à final da Liga dos Cam-peões e perde-se com o Corode Santo Amaro de Oeiras nafinal pela simples razão de quenas regras do torneio estavaescrito que o Coruchense nãopodia vencer, ou seja que obelo do homem tem, forçosa-

mente, de morrer. E o respeito?Haverá melhor demonstraçãode respeito pelo defunto queum elogio real do que este foraem vida?

Mas, nada disto é novidade.A diferença, a resposta, a des-culpa ou a justificação está noentretenimento. É que, por aca-so, o homem teve o bom senso,ao longo da evolução da suamassa cinzenta, de criar “pas-satempos” que desviassem asua atenção do inevitável fim,colocando de parte as depres-sões existencialistas (que nosnossos tempos aumentam pro-porcionalmente ao crescimentodo número de entretenimen-tos). E voilá nasceram a arte, acivilização, o sofá, a cidade, amoda, a linguagem, as má-quinas, Deus, a tábua-de-pas-sar-a-ferro, os sentimentos, ovinho, a fome, o beijo, a casa,os sentimentos, o sofrimento, averdade e a mentira. A guerra,as pevides, as filhozes e o anonovo. A consciência, a igreja ea bolacha Maria. A religião eos pezinhos de coentrada. Numa

palavra – a Convenção. Quefaz de nós criaturas sociaisrespeitáveis e respeitadoras.

Mas, então porque existempessoas boas e más? Boas emás acções? Um homem quemata em guerra e recebe meda-lhas por isso é assim tão dife-rente de Rui que matou Carlospara levar Maria a comer gela-dos de morango? Um matoupor amor à pátria, outro matoupor amor à mulher do outro, oprimeiro matou por ódio aoinimigo da pátria, o segundopor ódio ao marido da mulherque amava. O primeiro recebereforma, o segundo prisão.

Convencionou-se meus ca-ros. Distinguiu-se a normali-dade da anormalidade, mesmoque as consequências de ambasnão sejam muito diferentes.Difundem-se símbolos sociaisa respeitar, direcções que cadaelemento do rebanho deveseguir “em nome do bemcolectivo”, semáforos existen-ciais.

Agimos em conformidadecom as ideias do nosso semel-

hante, atirando areia para osolhos uns dos outros dizendoque diz que ou que Deus disse,ou que a lei diz, quando na ver-dade apenas nos protegemosda hipótese de virmos a serconsiderados loucos, como seloucura fosse uma escolha e anormalidade uma virtude.

Agir livremente é não seromnisciente nem omnipotente,é não saber se a acção será rec-ompensada ou castigada. Eusei, assim estamos Às escurasnão é? É óbvio que estou noplano da inconsciência. Por-quê? O estimado leitor foi nor-mal toda a sua vida? Existirnão significa viver.

Ps: Diz que Maria colocouveneno no gelado de Rui. Dizque desconfiava que era ele oassassino. Vi-a esta semana debraço dado com Josué, irmãode Carlos e dono da gelataria.

Ps2: A imortalidade seria ...uma chatice. Um Belo Ano!!

____* Lic. em Filosofia

na net recebe 600 visitasem dois meses e prepara guiaDesde a sua primeira apa-

rição pública, aquando daFersant'06, em Outubro, a As-sociação Casario Ribatejano, eem especial o seu sitewww.casarioribatejano.com,tem suscitado grande curiosi-dade. Sem que a Associaçãotenha ainda feito alguma acti-vidade promocional junto dopúblico em geral, a sua páginaon-line conta já com cerca de600 visitas.

Um resultado com possibi-lidade de, em breve, ser forte-mente potenciado, uma vezque no início de 2007, a redede casas de Turismo em Es-paço Rural irá lançar o tãoaguardado “Guia do Insólito”,um livro bilingue (português efrancês), que assenta num tra-

balho de pesquisa e contactodirecto com as potencialidadese personagens mais genuínas epeculiares do Ribatejo. Umapublicação que diverge dostradicionais guias turísticos,como salienta Isabel Freire, ajornalista responsável pelaredacção dos conteúdos destelivro.

“É, sobretudo, um livro deboas histórias e boas imagensde personagens e locais carac-terísticos deste território cujofio condutor é o rio Tejo. Umaobra para colocarmos nanossa biblioteca, para lermosde quando a quando, sentadosno nosso sofá, mas também umguia para levarmos no porta-luvas do carro, num fim-de-semana de descoberta por ter-

ras ribatejanas”. O trabalho deimagem é da autoria de JosephMarando, fotógrafo profission-al de nacionalidade francesa.

Constituída em Agosto de

2005, a Associação Casario Ri-batejano reúne actualmente 23Unidades de Turismo em Espa-ço Rural localizadas no distritode Santarém.

A candidatura ao projectotransnacional EDDT – Refor-çar o Desenvolvimento Eco-nómico, liderado pela Nersant,tem permitido à Associaçãodesencadear diversas activi-dades de mobilização dos asso-ciados e preparação de umplano de comunicação nacio-nal e internacional, do qual sedestaca, não apenas o referido“Guia do Insólito”, mas tam-bém a criação do logótipo, dosite, de um catálogo comum ede alguns artigos de merchan-dising.

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As Casas do RibatejoO Casal (Fátima)

Casa da Avó Genoveva (Tomar)Casa da Azinhaga (Azinhaga)

Casa das Hortênsias (Chamusca)Casa do Patriarca

(Vila Nova da Barquinha)Casa dos Arrábidos

(Torres Novas)Casa dos Vargos (Vila do Paço)

Casa do Troviscal (Tomar)Casa WladiVal

(Ferreira do Zêzere)Hotel Rural de Cadouços

(Abrantes)Hotel Rural de Santarém

(Santarém)Monte-Velho (Abrantes)

Quinta da Alcaidaria-Mór(Ourém)

Quinta da Anunciada Velha(Tomar)

Quinta da Cabrita (Santarém)Quinta da Torre (Alpiarça)

Quinta das Freiras (Sardoal)Quinta de Arecês (Sardoal)

Quinta de Coalhos (Abrantes)Quinta de S. José dos Montes

(Tomar)Quinta do Casalinho (Almeirim)

Quinta do Valle (Tomar)Solar de Alvega (Abrantes)

Casario Ribatejano

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200628

Perante uma plateia de múltiplasnacionalidades, os chefes de cozinha eprofessores José Pereirinha e NoéliaCosta, da Escola Profissional deSalvaterra de Magos, confeccionaramalguns dos pratos mais típicos da cozin-ha portuguesa. A demonstração decor-reu em Itália, na cidade de Siena,durante o mês de Novembro, no evento“Il gusto d’imparare” (O gosto deaprender), que reuniu diversos técnicose chefes de cozinha de França, Itália ePortugal. Uma troca de experiênciasque os participantes portuguesesavaliam de forma muito positiva e quefoi promovida no âmbito do projectoPROTUR, direccionado para a melho-ria da qualificação dos recursoshumanos no sector do turismo.

Grão-de-bico estufado com pimen-

to, lombinhos de porco bísaro comqueijo de Serpa, peixinhos da horta etrouxas-de-ovos foram algumas dasentradas, pratos e sobremesas que osportugueses José Pereirinha e NoéliaCosta confeccionaram na cozinha dedemonstrações da Confesercenti Siena,no passado mês de Novembro, peranteuma plateia de técnicos e chefes de coz-inha de nacionalidades francesa e ital-iana. “Foi uma experiência fantástica.Já tínhamos participado em diversasactividades internacionais, mas nenhu-ma desta natureza. Foi um desafiopoder explicar a um conjunto de enten-didos na área da cozinha, que determi-nados ingredientes podem ser utiliza-dos de forma diferente. No fundo, todostrabalhamos na cozinha mediterrânica,mas os italianos e franceses descon-heciam que o feijão verde poderia serutilizado para fazer algo como “peixin-hos da horta. Não conheciam sequer obacalhau seco e muitos dos nossosenchidos, bem como ficaram espan-tadíssimos como é que nós con-

seguimos fazer uma sobremesa com tãopoucos ingredientes”, recorda JoséPereirinha.

Uma oportunidade para divulgar aboa gastronomia portuguesa, salienta,mas também para abrir horizontes àinovação na cozinha. “Esta iniciativateve também um outro lado muito inter-essante. É que depois da demonstraçãoe da prova, os nossos homólogoscomeçaram imediatamente, tendo emconta as suas experiências, a dar sug-estões de aplicação daqueles produtosabsolutamente inovadoras, dando-nosideias novas para executarmos emPortugal”.

O evento contou também com umaaula de cozinha com o conhecido chefefrancês Gérard Vives, cujo percursoprofissional se tem destacado pela val-orização do recurso às especiarias nacozinha. Do programa de dois dias, fezainda parte uma mesa redonda tendoem vista a realização do diagnóstico àoferta formativa nas diversas regiõesenvolvidas, ao nível do turismo, em

particular no sector da restauração ehotelaria. Nesta iniciativa, o distrito deSantarém fez-se representar pelo Prof.Reis Ferreira do Instituto Politécnico deTomar.

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Escola Profissional de Salvaterra de Magos

AApprreesseennttoouu ggaassttrroonnoommiiaattrraaddiicciioonnaall ppoorrttuugguueessaa eemm IIttáálliiaa

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 29

Corrigir comportamentos,ainda que dos mais horrendosque imaginar se possa, comaplicação dum acto que tira avida ao prevaricador é o modocorrecto de o castigar?

A discussão é antiga mas aconclusão que leve à sua abo-lição total tem sido penosa-mente adiada e continuam acair, às garras de quem decide,homens que até na morte,deveriam ter a dignidade iner-ente ao acabar de uma vida,mesmo que ela tenha sidousada no pior sentido que qual-quer um de nós lhe possa equeira dar.

Numa altura em que milha-res de Homens se empenham aminorar o sofrimento humanointegrados em organizações deassistência que espalham obem pelo mundo todo, conti-nuam as bestas mandantes – depaíses que da vida humana temapenas e só a noção de que é

uma “coisa” de que podem dis-por para se armarem em justi-ceiros – a matar, melhor, aassassinar, evocando o supre-mo direito à justiça quando, averdadeira justiça, só pode seradministrada por gente equili-brada emocionalmente e poruma sociedade que a use res-peitando leis e códigos ondenunca ninguém possa “prescre-ver” a pena capital.

Curioso para não dizer tris-te é que assim actuam gove-rnos ditos democráticos, livres,evoluídos, a par de outros onde,pelos mesmos padrões sãoconsiderados atrasados, os di-tadores imperam, e o conceitode liberdade não é reconheci-do.

Mais! Revoltante é, ouvirque o fulano A ou B foi “exe-cutado” (leia-se: assassinado)“graças a deus”.

Que deus menor é este oque é invocado por hordas

fanáticas que tem o descara-mento de olhar o “céu” paraagradecer tamanha “bênção”?

De quem é a culpa? Só dosgovernantes “civis” que pelapolítica baixa chegam aoslugares de mando? Ou é pre-ciso olhar muito mais fundo ecentrar-nos no que as religiõesvão disseminando e incutindoem espíritos onde a predis-posição para aceitar tudo semsequer parar um segundo paraa introspecção necessária àtomada de consciência de qual-quer ser humano.

O conceito da vida é sériode mais para ser discutido combase nas teologias existentessem que o Homem, livremente,a pense e sobre ela interiorize.

A morte, fim supremo detodos nós, deve ter igual dig-nidade, no pensamento e naacção.

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A associação Búzios, levou acabo no passado dia 16 de De-zembro de 2006, uma recolhade roupa, com vista ao apoio dasMissões Humanitárias da AMInas missões internacionais emÁfrica e na Ásia e das Missõescatólicas de Fátima nos PALOP.

Os pontos de recolha forama sala BÚZIOS nas PiscinasMunicipais de Coruche e a via-tura da BÚZIOS, que estacio-nou junto ao quiosque da Rua

de Santarém em Coruche.Os artigos mais precisos

foram roupa de Homem, Mu-lher e Criança. Esta campanhavem em seguimento das já rea-lizadas em 2002, 2003, 2004 e2005, e onde foram recolhidosperto de 12 toneladas de roupa.Esta iniciativa contou com oapoio da AMI, Mundo Aventu-ras e Câmara Municipal deCoruche.

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Justiceiros ouAssassinos?

Este novo instrumento deapoio ao investimento dasPME's, cujo arranque se prevêpara o início de 2007, vai serconstituído por empresas inte-ressadas quer em integrar a es-trutura accionista da NerVen-ture, a sociedade de capital derisco a constituir; quer emsubscrever o primeiro fundo decapital de risco a criar.

A Nerventure – Sociedadede Capital de Risco terá comoprincipal responsabilidade agestão de fundos de capital derisco, estando, desde já, previs-to um primeiro Fundo paraInvestidores Qualificados (FIQ),designado “FIQ Nercapital”,

que deverá arrancar com umcapital inicial mínimo de trêsmilhões de euros.

Com um capital social de750 mil Euros, caberá a estaSociedade as funções de: a)procura, análise e selecção deoportunidades de investimen-to; b) acompanhamento da car-teira de participações; prepa-ração e tramitação do desin-vestimento futuro; tratamentoconstabilístico e financeiro ereporte aos investidores e de-mais entidades envolvidas.

O capital social da Nerven-ture será detido pelas quatroAssociações Empresariais pro-motoras do projecto e por em-

presas e institucionais quedesejem entrar como accionis-tas. A UAERLVT não impõelimite mínimo ou máximo paraa participação das empresas nocapital social da Nerventure.

Veículo de investimento emcapital próprio, o FIQ Nercapi-tal efectuará participações empequenos projectos de baseregional. Este fundo terá a du-ração de dez anos, prevendo-seque os primeiros três sejam deinvestimento, os quatro ou cin-co seguintes de “maturação” eos últimos dois ou três dedesinvestimento (entenda-se:venda do capital investido).

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Nersant e UAERLVTapresentam projectode criação de Sociedade deCapital de Risco de âmbitoregional

Recolha de Roupada BÚZIOS

A Nersant deu início, no pas-sado dia 14 de Dezembro, aoquinto curso no âmbito doINOVEmpresa, o programa deformação que visa apoiar asempresas da região na inte-gração de jovens quadros quali-ficados.

Envolvendo 12 jovens re-cém-licenciados, esta acção ins-creve-se na área da GestãoComercial e é composta por trêsmeses de formação em sala, se-guidos de cerca de 9 meses deformação em contexto real detrabalho, momento em que cadaum dos formandos será integra-do numa empresa da região.

O INOVEmpresa permite,por outro lado, que os jovensrecém-licenciados beneficiemde três meses de formação dequalidade e orientada para a rea-lidade empresarial, permitindoque a transição para o mundo dotrabalho seja mais facilitada.

Até ao momento, no âmbitodo INOVEmpresa, foram já ini-ciadas 5 acções de formação,das quais três em Gestão Co-mercial e as outras duas emGestão Ambiental e Higiene eSegurança no Trabalho, envol-vendo cerca de 60 formandos e42 empresas.

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INOVEmpresaintegra jovens

O Núcleo de InvestigaçãoCriminal (NIC) da GNR deCoruche deteve dois indivíduossuspeitos por vários assaltos acasas e estabelecimentos com-erciais em Marinhais, SamoraCorreia, e Salvaterra de Magos.

Os detidos eram já alvo daemissão de vários mandados decaptura pelo país fora.

Os assaltantes ameaçavamos proprietários das lojas e casascom todo o tipo de armas,chegando mesmo a ameaçar umelemento da GNR na zona deCanha.

Os assaltantes (que foramdetidos no Montijo) tentaramantes a fuga, o que levou osagentes do NIC a persegui-los.

Foram recuperados váriosobjectos em ouro, e muitos des-tes foram já reconhecidos pelosseus proprietários.

O tribunal decretou a prisãopreventiva até ao início do jul-gamento de um dos assaltantes.Quanto ao segundo individuo,foi-lhe aplicado o termo deidentidade e residência.

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GNR detémsuspeitos de assaltos

Pode a pena de morte ser considerada administração da justiça?

João Costa Pereira

REFLEXÕES

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200630

NOTÍCIAS DO DISTRITO

Representantes das autar-quias de Coruche, Cartaxo eSalvaterra de Magos reuniramcom a administração da CP pa-ra discutir a possibilidade destacolocar em circulação compo-sições de passageiros na linhaVendas Novas-Setil, atravésdos três concelhos, até Lisboa.

Na linha Vendas Novas-Setil jácirculam composições de mer-cadorias.

O objectivo das três câma-ras municipais é permitir quemuitos trabalhadores que sedeslocam actualmente para acapital em automóvel próprio,ou autocarro, possam passar a

fazê-lo também de comboio.As autarquias aguardam porisso que a CP efectue um estu-do de mercado nos três concel-hos, para que seja possível acirculação de comboios de pas-sageiros na linha Vendas No-vas-Setil até à capital.

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Pedro Pisco dos Santos,vereador do PSD na Câmara deAlmeirim, apresentou um re-querimento dirigido ao presi-dente do município, José Sou-sa Gomes (do PS) onde pedeexplicações para o facto de oaterro sanitário da Raposa nãoter (desde a sua construção) arespectiva licença ambiental.

O vereador quis ainda escla-recer outras questões, nomea-damente quanto à existência ou

não de um estudo de impactoambiental antes do funciona-mento do aterro, o ponto de si-tuação do projecto de melhoriada Estação de Tratamento deÁguas Lixiviantes, ou se foi al-guma vez exigido às autorida-des o respectivo licenciamento.

Pisco dos Santos quer saberse as águas do aterro estão a tero tratamento adequado, e seexistem vestígios de poluiçãonos lençóis freáticos ou nos

solos. Pediu ainda à Inspecção-Geral do Ambiente que o in-forme no caso de existir perigopara a população da Raposa.

O presidente do Município,José Sousa Gomes, que tam-bém é presidente do conselhode administração da EcoLezí-ria, a empresa de capitais maio-ritariamente públicos que gereo aterro, garantiu que se está atentar regularizar a situação.

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Câmaras querem ligaçõesferroviárias entre Setil e Vendas Novas

Aterro da Raposa sem licença– PSD exige explicações

ALMEIRIM

O Centro de Saúde da Cha-musca serve um concelho comuma área particularmente gran-de (quase 750 Km2), com difi-culdades de acessibilidades eque luta com graves problemasde interioridade, é neste mo-mento servida por um conjuntode extensões de saúde locali-zadas em várias freguesiasatravés das quais se procuradar resposta às necessidades decuidados de saúde das popu-lações.

Perante a ameaça que pairasobre este Centro de Saúde dediminuição do horário de fun-cionamento e do encerramentode extensões de saúde exis-tentes, na senda daquela quetem sido a opção deste Gover-no de encerrar serviços públi-cos fundamentais por razõeseconomicistas, a Comissão deUtentes do Centro de Saúde daChamusca promoveu um abai-xo assinado defendendo osseus direitos e o actual serviço

de saúde no Concelho.Denunciam ainda as popu-

lações que no próximo ano trêsmédicos irão aposentar-se sen-do que até este momento ape-nas abriu concurso para um, oque poderá, não só significaruma redução do pessoal médi-co, como confirmar a vontadede encerrar serviços (nomeada-mente as extensões).

____Os Verdes

Governo ameaça diminuirfuncionamento do Centro deSaúde e encerrar as extensões

CHAMUSCA

SANTARÉM

O Governador Civil do Dis-trito de Santarém, Paulo Fon-seca, acolheu a cerimónia dehomologação dos acordos deCuidados Continuados Inte-grados da região de Lisboa eVale do Tejo, no passado dia

21 de Dezembro, no salão no-bre do Governo Civil, que con-tou com a presidência do Sr.Secretário de Estado da Segu-rança Social, Pedro Marques, epela Secretária de Estado Adjun-ta e da Saúde, Carmen Pignatelli.

Acordos de CuidadosContinuados Integradoshomologados noGoverno Civil

O Governador Civil do Dis-trito de Santarém, Paulo Fon-seca, presidiu à cerimónia deentrega de material ortopédico,no âmbito do Projecto Tam-pinhas, no passado dia 22 deDezembro, no Salão Nobre doGoverno Civil.

Este acontecimento surgiuna sequência de um protocoloassinado no início de 2006 en-tre o Governo Civil, a Associa-ção Tampa Amiga e a Resitejo,que entretanto adequiriu aOrtoRibatejana, empresa dedi-cada ao comércio deste tipo dematerial.

Quase um ano depois dacelebração do acordo, realiza-se agora a primeira entrega dediversos equipamentos a váriaspessoas colectivas e singularesdo distrito. A saber, a Associa-ção Humanitária de Pontével(Cartaxo), Bombeiros Volun-tários de Santarém, Centro deReabilitação e Integração Tor-rejano (Torres Novas), Centrode Saúde da Chamusca, Patrí-cia Sofia Silva Davis, de Arn-eiro das Milhariças (Santarém)e Ricardo Alexandre GrifoSantos, do Cartaxo.

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Governo Civil entregamaterial ortopédico

A cumprir um ano de exe-cução, o projecto Apoiar Microentra em 2007 com balançopositivo.

Este serviço de apoio à cria-ção de novas empresas, dina-mizado pela Nersant, desdeJaneiro de 2006, deu origem a14 novas ideias de negócio naregião de Santarém, das quaisdez já se encontram constituí-das enquanto empresas.

Apelando ao espírito de ini-ciativa, em especial dos jo-vens, o Apoiar Micro procu-rou, assim, fomentar uma novavaga de empreendedorismo naregião, sustentada por um con-junto de apoios importantespara empresas em fase de ar-ranque.

Consultoria ao nível da ela-

boração do plano de negócios edo plano de marketing, criaçãode página na Internet, acçõesde divulgação das ideias denegócios, apoio ao nível dacertificação, são apenas algunsexemplos dos serviços presta-dos.

Nos últimos dois meses, aNersant realizou sessões deapresentação das start upsapoiadas, onde uma mesa deavaliação, formada por empre-sários da região, interrogou osjovens empreendedores e apre-sentou sugestões de melhoria.

De carácter público, estassessões contaram ainda com apresença da banca, sociedadesde capital de risco, bem comode potenciais investidores.

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Apoiar Microdá origem a 14 novasideias de negócio naregião

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 31

Foi homologada a CartaEducativa de CorucheA Ministra da Educação, homologou a carta educativa do

Concelho de Coruche no passado dia 30 de Outubro, emconjunto com mais 37 do país. Para ser homologado estacarta educativa teve de ser aprovada pela AssembleiaMunicipal, Conselho Municipal de Educação e DirecçãoRegional de Educação de Lisboa.

Esta carta e princípios enuncia diversas acções para osanos 2006 a 2011, estando previsto a construção de in-fraestruturas para o ensino pré-escolar e básico, a ampliaçãodos parques escolares da Fajarda e da Lamarosa, a cons-trução do pavilhão desportivo da Escola Secundária deCoruche e a construção de um centro de recursos/bibliotecana Escola EB 2,3 Dr. Armando Lizardo. A adaptação detodo o parque escolar com aquecimento e ar condicionadoé outra das intenções previstas.

Os 11 municípios da CULTjá homologaram as suas cartasA sub-região da Lezíria do Tejo, foi a primeira no país a

ter as suas cartas educativas homologadas pelo Ministérioda Educação. Isto porque as onze câmaras que integram aCULT – Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo, as apro-varam, definindo os investimentos previstos até 2012. Amaior parte do orçamento vai para a construção de novasescolas e jardins de infância, obras de ampliação e requali-ficação de estabelecimentos de ensino, nos municípios deAlmeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo,Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra deMagos e Santarém, que integram a CULT.

Bacalhau roubado no NatalA GNR de Coruche, através do seu Núcleo de Inves-

tigação Criminal, procura os autores de um roubo algoinsólito ocorrido na quadra do Natal, na localidade do PortoAlto, Samora Correia. Os ladrões furtaram uma carrinhaque transportava bacalhau, avaliado em cerca de 35 mileuros, enquanto o condutor almoçava. O comerciante deSalvaterra de Magos, não vai esquecer este Natal, sem o seubacalhau.

Obras do Emissário muitobarulhentasA Câmara de Coruche avisou a empresa que está a fazer

a obra do emissário da vila, para cumprir o limite legal deruído para obras no período da noite.

Tudo isto se deve a uma medição de ruído efectuada pelaCULT, que detectou um valor de 3,31 decibéis, ligeiramenteacima do limite de 3 decibéis que a lei impõe.

Coruche já tem comissãode avaliação de imóveisA comissão de avaliação de imóveis de Coruche, que vai

avaliar os imóveis com vista a ajuizar dos aumentos de ren-das e da valorização dos mesmos, foi criada no passado dia20 de Dezembro por deliberação camarária.

Constituída por representantes das ordens dos advoga-dos, dos arquitectos e engenheiros e do Serviço de Finançasde Coruche, conta ainda com um técnico municipal que vaipresidir à comissão, cujos membros serão pagos e terãosubsídio de transporte.

Assembleia Municipal

De l i b e r a ç õ e s

É do conhecimento públicoe não se ultrapassarão normaséticas, se se afirmar que há ca-sos no nosso País relativos aprocessos judiciais, que por ra-zões que não vêm ao caso nes-ta despretensiosa reflexão, quena verdade não se entendem.

É difícil perceber e muitomenos compreender-se a mo-rosidade, os artifícios, emboralegais, empregues no tratamen-to de processos bastante me-diáticos e que para dignificar eclarificar situações duvidosas,deveriam ser resolvidos comceleridade.

Essa rapidez seria boa paratodos nós, para a confiança dajustiça que temos, para osagentes da mesma e também

para o bom nome dos suspeitosse forem inocentes.

Vem tudo isto a propósitodas recentes medidas que osresponsáveis tomaram de no-mear um novo Procurador e deeste ter por sua vez nomeadouma Procuradora para resolverassuntos complicados e pen-dentes. Embora tenha mediadopouco tempo, parece e nósacreditamos, que estão as pes-soas certas nos lugares certos eque a esperança já se avista.

O novo Procurador pareceser pessoa que quer ver situ-ações esclarecidas, tendo jáagitado um pouco as águasmansas e quiçá pantanosas, aonomear a Dr.ª Maria José Mor-gado para processos que se

arrastam e precisam de um fim.Esta Senhora poderá e de-

verá ter o apoio de parte signi-ficativa dos portugueses, dadoque o seu passado foi brilhantena PJ (porque é que não terácontinuado naquela altura?) e éfrontal, corajosa e competente,atributos que servem bem paraos fins que se pretendem.

Portugal precisa de deixarde ser o exemplo negativo anível europeu, no que diz res-peito aos assuntos judiciais enós utentes que somos, cida-dãos com direitos, não pode-mos aceitar que o fiel da ba-lança simbólica não mantenhao fiel, sempre e em qualquersituação, no sítio que lhe é de-vido.

A esperançaao fundo do túnel José Manuel Caeiro

REFLEXÕES

A Assembleia Municipal(AM) de Coruche aprovou pormaioria uma moção contra ogoverno queixando-se de estenão contemplar com nenhuma

verba do Piddac para 2007 oconcelho de Coruche, nem asnecessidades básicas para oseu desenvolvimento, nomea-damente a nova variante rodo-

viária do Vale do Sorraia, anova ponte entre o Couço eSanta Justa e o pavilhão poli-desportivo da Escola Secun-dária de Coruche.

• Piddac 2007 – AM contra o Governo

A AM de Coruche aprovoupor maioria uma moção com ointuito de manifestar junto daCULT – Comunidade Urbanada Lezíria do Tejo, o seu des-

contentamento pelo atraso econdução do processo Águasdo Ribatejo, exigindo explica-ções sobre o atraso nas obrasprevistas, onde só a obra do

emissário está em execução, eexigindo ainda um maior em-penho na solução dos atrasosque condicionam o inicio dasobras.

• Águas do Ribatejo – AM queixa-se à CULT

A AM deliberou por maioriauma moção que critica forte-mente o Presidente da Câmarade Coruche, Dionísio Mendes,de ser o responsável por não terefectuado as diligências ne-cessárias à instalação do Con-selho Municipal de Segurança.

Este Conselho, que terá umaactividade consultiva na articu-

lação e troca de informaçõesentre entidades ligadas à segu-rança pública do município,para funcionar terá de ter dezcidadãos do concelho nomeadospela AM, por indicação doPresidente da Câmara. A moçãodiz que Dionísio Mendes nãonomeou já os 10 cidadãos, co-mo devia ter feito, e considera

uma manifesta falta de respeitopela lei e pela AM esta situação.

Desta forma a moção daAM, assinada pela sua Presi-dente Fernanda Pinto, exige aoedil de Coruche que tome asmedidas necessárias para que oConselho Municipal de Segu-rança possa ser constituído efuncionar.

• Conselho Municipal de Segurança – AM acusa Presidente da Câmara de falta de respeito pela lei e pela AM

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200632

Avaliação de desempenhoe testes ao álcool

SSeerrvviiççooss ddaa CCââmmaarraa ddee CCoorruucchhee

O PSD de Coruche reagiuem conferência de imprensa àsdeclarações do presidente daCâmara Dionísio Mendes. Re-corde-se que, durante o almoçoanual do PS, o autarca referiuem relação à oposição, que“existe um casamento contra-natura na Assembleia Muni-cipal entre a CDU e o PSD”.Estas forças políticas, na últimaassembleia municipal de 2006,optaram pelo mesmo sentido devoto, a abstenção, nas GrandesOpções do Plano e Orçamento

para 2007. Outra das razões parao Presidente da Câmara utilizar otermo de casamento contra-na-tura, foi o facto de no início doactual mandato, a candidata daCDU derrotada nas urnas, sereleita com os votos dos vogais doPSD para presidente da As-sembleia Municipal de Coruche.

Em conferência de impren-sa, na sua nova sede, os Soci-ais-Democratas adiantaram que“as declarações do presidenteda Câmara de Coruche, sãoatentatórias da verdade e ape-

nas pretendem lançar confu-são junto da população. Refe-rir que a oposição faz ritual, éuma inverdade. O PSD faz pro-postas concretas que o executi-vo camarário do PS rejeita. OPSD viabiliza as propostas doexecutivo que sejam em prol dodesenvolvimento do Concelho,e como exemplo temos a viabi-lização da adesão do Municí-pio de Coruche à empresaÁguas do Ribatejo, que só foipossível com o apoio expressodo PSD”, adiantam os eleitos

na Assembleia Municipal doPartido Social Democrata.

Ainda na conferência deimprensa, adiantaram que,“não viabilizam propostas quenão sejam equilibradas, comoaconteceu com o pedido deempréstimo que a Autarquiapretendia para adquirir umParque de Negócios. Só que seesqueceu de negociar o terrenoe agora, dois anos depois, con-sidera que este projecto afinalnão se aplica a Coruche. Secasamento contra-natura, pa-

ra o presidente da Câmara e oPS, é exigir investimentos doGoverno no Concelho de Co-ruche e é exigir que o executi-vo camarário construa o novoQuartel dos Bombeiros, nãoentendemos, pois estas devemser as bandeiras de todos osautarcas do Concelho.

Não entendemos, nem acei-tamos, que o PS vote contrauma moção, que exija mais in-vestimentos no Concelho, porparte do Governo e que reclamepor não estarem previstas obrasem PIDDAC para 2007”,referiram os eleitos do PSD.

A terminar esta conferênciade imprensa, recordaram que,“a disciplina partidária doPSD, é marcada pela popula-ção do Concelho e pelas ne-cessidades de investimentosque o Concelho ainda tem. Co-mo demonstramos no passado,não passamos cheques embranco, mas estamos disponí-veis para votar, tudo o que per-mita ao Concelho fixar popu-lação e criar melhores condi-ções de vida para todos. Umadas nossas obrigações é fis-calizar e criticar, no sentidoconstrutivo, as acções do exec-utivo camarário. Este é o nos-so sentido de oposição e é nes-sa base que entendemos serviros melhores interesses do Con-celho”, salientaram os eleitosdo PSD na Assembleia Muni-cipal de Coruche.

____João Louro

A implementação do SIADAP,ou seja, o sistema integrado deavaliação de desempenho daadministração pública vai sercriado para permitir que osserviços prestados pela Câmarade Coruche aos munícipes pos-sa ser mais eficaz e mais rápido.

Outro dos objectivos destesistema será o de melhorar aprodutividade, e assiduidadedos trabalhadores da Câmara.

A autarquia pretende aindater uma relação com os emprei-

teiros, que visa reduzir o núme-ro e os valores dos contratos detrabalhos a mais, e exigir mais

rigor nos projectos.O último objectivo prende-

-se com a implementação dasregras de higiene, saúde e segu-rança no trabalho, o que seráfeito por uma empresa especia-lizada no sector.

Durante o mês de Novembroforam realizados testes de alcoo-lemia provisórios aos funcio-nários camarários. A partir deagora esses testes terão um ca-rácter definitivo.

____

PSD de Coruche e Presidente de Câmarade candeias às avessas

Conferência de imprensa do PSD na sua nova sede

Datas das reuniões de Câmara para 2007

Estas reuniões são públicas e têm início pelas 15:30h

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 33

Decorreu na ResidencialQuinta do Lago, em Santo An-tonino, o almoço anual doPartido Socialista de Coruche,para assinalar a vitória de 2001nas autárquicas, sob o slogan“Amar Coruche – Falar Ver-dade”. A iniciativa contou coma presença de 100 simpatizan-tes e militantes do partido eneste encontro foram dados aconhecer os investimentos rea-lizados, os projectos que estãoa decorrer e as obras para o fu-turo.

Perante os simpatizantes emilitantes do PS, Dionísio Men-des, presidente da Câmara,eleito como independente naslistas do Partido Socialista,começou por recordar a vitóriahistórica nas autárquicas de2001 no Concelho de Coruche,onde a CDU governava desdeo 25 de Abril. Para o autarca,“deu-se um novo rumo, porquesempre acreditamos que pode-ríamos mudar. De facto, umconjunto de pessoas, algumasdo PS e outras independentes,criaram uma estratégia paraconquistar o poder à CDU/PCP, que desde o 25 de Abrilgovernava a Câmara de Co-ruche. Em 16 de Dezembro de2001, conseguimos a vitória edeu-se uma nova resposta àsnecessidades do Concelho euma nova perspectiva para ogerir.

Passados cinco anos pensoque o balanço é fácil de fazer,na medida em que é evidentetodo o trabalho desenvolvido,

e as consequências desse tra-balho. Desde logo, um outroestilo de estar no poder, outraabertura, capacidade de diálo-go e uma relação de tolerânciacom as pessoas, sejam traba-lhadores municipais ou popu-lação em geral. A possibilida-de de fazer pontes, do ponto devista político, recordo que oprimeiro executivo foi viabili-zado com um vereador do PSDe acerca de um ano atrás con-quistamos a maioria absolutana Câmara Municipal”, recor-

dou o autarca eleito pelo PS.Sobre as obras no Concelho

de Coruche, “o trabalho está àvista, fizemos muita obra, mui-tas infra-estruturas, investimosbastante no Concelho e diver-sificamos o investimento emtrês áreas fundamentais. Umaque tem a ver com a criação deinfra-estruturas para melhorara qualidade de vida das popu-lações, e, aí apostamos naqui-lo que tem a ver com os esgo-tos, abastecimento de água erede viária. Investimos tam-

bém, no crescimento da econo-mia do Concelho, criando con-dições para as empresas. ZonaOficinal da Lamarosa, ZonaIndustrial do Couço, novaampliação da Zona Industrialde Coruche. O crescimento emtermos de infra-estruturas des-portivas, para servir a popu-lação na área do desporto,lazer e cultura. Recordo asPiscinas Municipais, o EstádioMunicipal em fase de con-clusão, infra-estruturas peloConcelho, como ringues poli-

valentes, pisos sintéticos emSantana do Mato, agora noCouço e dentro em breve nasFazendas das Figueiras. Defacto, é um conjunto de infra-estruturas de grande quali-dade que vão servir a popu-lação para acrescentar quali-dade de vida.

Vamos continuar neste ca-minho, estamos a terminar umquadro comunitário e estamosa lançar um novo quadro co-munitário, onde temos em 2007obras de grande vulto quequeremos concretizar e iniciaroutras, para fechar este ciclo ecomeçar outro com o novoquadro comunitário”, adiantouo edil.

Sobre o papel da oposição,durante o actual mandato, Dio-nísio Mendes, referiu que, “oque se passa na AssembleiaMunicipal é um pouco estra-nho, o PSD aparecer ligado àCDU. Não sei, onde conduziráesta estratégia, as estruturaspartidárias é que saberão, maspenso que é um casamentocontra natura e absolutamentecontrário aquilo que é a voca-ção destes partidos em termosautárquicos. Recordo que o PSvenceu nas urnas para aAssembleia Municipal nas últi-mas autárquicas, mas os vo-gais do PSD entenderam e ele-geram a candidata da CDU pa-ra comandar a Assembleia Mu-nicipal”, recordou o autarca.

____João Louro

Neste novo ano de 2007, oJornal de Coruche orgulha-sede assinalar a sua primeira pas-sagem de ano.

O caminho percorrido des-de Abril de 2006, demonstraque este Jornal veio preencheruma lacuna na informação lo-cal e regional.

A equipa deste Jornal, senteum enorme orgulho, por este

projecto ser aceite em todo oConcelho e além fronteiras.

Um Jornal que ao longodestes nove meses, deu e con-tinua a dar voz às freguesias,foi o Jornal oficial das Festasem Honra de Nossa Senhorado Castelo em 2006, ondeprestou um verdadeiro serviçopúblico, e, renovou por com-pleto a imagem da tauroma-quia local.

Apesar de Jornal mensal,dignificou esta terra levandoaos quatro cantos do Mundo,as mais variadas notícias a ní-vel local, regional e até nacio-nal.

Continuamos a crescer, frutodo trabalho, empenho e dedi-cação de toda a equipa, renova-da e jovem.

Estamos e continuamosabertos em prol da sua colabo-ração, mas não nos deixamoslevar, nas ondas do mar.

Sentimos uma enorme res-ponsabilidade, face às exigên-cias dos nossos leitores e nãoqueremos perder a corrida ru-mo ao sucesso.

Este projecto não nasceupara ser mais um Jornal, massim com o objectivo de esclare-cer os leitores e dizer a verda-de, por mais que custe a muita

gente. Além de jornal, é tam-bém um órgão dinamizador dacultura, quem não se lembra davinda a Coruche do Prof. Da-niel Sampaio. Uma iniciativaque excedeu todas as expecta-tivas. Por tudo isto, ainda te-mos um longo caminho a per-correr, mas, os nossos anun-ciantes e leitores já sabemreconhecer a qualidade.

Ao longo de 2007, haveránovidades nas nossas páginas ea certeza de que estaremossempre ao seu lado.

Bom Ano de 2007.

____João Carlos Louro

PS de Coruche realiza almoço anual

A 1.ª passagem de ano ...

Para assinalar vitória nas autárquicas 2001

O Presidente da edilidade coruchense eleito nas listas do PS, Dionísio Mendes, com Joaquim Banha, Presidente daConcelhia do PS e Presidente da Junta de Santana do Mato, no uso da palavra.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200634

A Câmara de Coruche e trêsempresas vão assinar um con-trato para a sua instalação nazona de expansão da ZonaIndustrial do Monte da Barca,em 3 lotes.

Os três terrenos agora ven-didos voltaram à posse daautarquia pelo facto de as em-presas compradoras não teremcumprido o regulamento, ou

respeitado o prazo de concep-ção do projecto da arquitectura.As obrigações do regulamentomantêm-se para os novos com-pradores.

No primeiro terreno, o lotenove, com uma área de 2.985metros quadrados, será instala-da uma policlínica que comer-cializa produtos de higienehospitalar e saúde que criará

dez postos de trabalho, e con-tará com um investimento de500 mil euros. Esta empresapretende no futuro instalar asua sede social no concelho.

Uma empresa de embala-gem e produção de químicospara limpezas industriais, serácriada no lote dez, com umaárea de 700 metros quadrados.

O investimento deverá ron-

dar os 300 mil euros e dará tra-balho a sete pessoas.

No lote 14, com 1.177 m2,estará uma empresa de galva-nização de metais e de serra-lharia, cujo investimento é de750 mil euros, e onde serãocriados sete postos de trabalho.

O valor do preço do metroquadrado nestes negócios vari-ou entre 50 cêntimos e 1,5 euros.

As abstenções dos vogaisda CDU e PSD na última As-sembleia Municipal de 2006permitiram que a proposta deOrçamento e Grandes Opçõesdo Plano para 2007 da Câmarade Coruche fossem aprovados.Os vogais do PS votaram a fa-vor dos documentos e DionísioMendes e os vereadores do par-tido socialista têm luz verdepara concretizar obra no Con-celho.

O orçamento da Câmara deCoruche ronda os 20,38 mi-lhões de euros, menos cerca de3 milhões que em 2006. Osprincipais investimentos pre-vistos para 2007 são a cons-trução da Estação Central deCamionagem, intervenção noCentro Histórico da Vila, arrua-mentos no Concelho, conclu-são da obra do Estádio Muni-cipal, conclusão da Zona In-dustrial do Couço, construçãodo Observatório do Sobreiro eda Cortiça, relvados sintéticosno Couço e Fazendas das Fi-gueiras e continuação da requa-lificação da zona norte da Vilaaté ao Castelo.

Para o presidente da Câma-ra, Dionísio Mendes, “trata-sede um orçamento de contençãoe rigor, de pagamento de obras

que estão em curso e de pers-pectiva de outras no final doactual Quadro Comunitário deApoio”. Sobre a abstenção dosvogais da CDU e PSD, disseque “não apoiam porque é onosso executivo, que está agovernar. A oposição não podedeixar de reconhecer, o bomtrabalho que se está a fazer.Faz um papel ritual e de tra-dição de não votar favoravel-mente, naquilo que são as pro-

postas deste executivo. Istoquando mais de metade daspropostas do PSD estão con-templadas no Plano de Activi-dades, mais de metade das pro-postas da CDU estão contem-pladas no Plano de Actividades.

Entendo, a posição deabstenção, como uma posiçãode disciplina partidária, even-tualmente até vem de fora e dequem tem pouco a ver com arealidade do Concelho. A opo-sição não tem coragem de vo-tar contra, porque isso, cairiamuito mal na população eseria um tiro no pé. Estranho ofacto, de o PSD aparecer liga-do com a CDU na AssembleiaMunicipal, não sei onde con-duzirá esta estratégia, mas nãome compete essa avaliação”,adiantou o edil.

Para José Coelho, vogal doPS na Assembleia Municipal,este orçamento “é equilibradoe de acordo com as exigênciasque se faz ao País e aos autar-cas neste momento. Visa essen-cialmente acabar obra, é umorçamento com rigor e politi-camente honesto, porque nãoestamos a prometer coisas, quenão se podem executar. Os fun-dos comunitários terminarame é impossível às autarquias

fazer obra sem fundos comu-nitários. Se analisarmos asGrandes Opções do Plano, ve-rificamos que existe uma estru-tura e ideias claras daquiloque o PS quer para o Conce-lho”.

Para Luís Alberto Ferreira,vogal da CDU, “a abstençãoda bancada da CDU, maisuma vez, é a de dar ao executi-vo da Câmara o benefício dadúvida em relação às GrandesOpções do Plano para 2007,tal como demos em 2006. Pen-samos que, os documentos nãocorrespondem às aspiraçõesda população do Concelho,porque existem uma série denecessidades no Concelho, porexemplo, o Quartel dos Bom-beiros, Biblioteca Municipal,além de um desinvestimento

nas freguesias. Demos o bene-fício da dúvida, porque em ter-mos nacionais, os municípiosforam penalizados com atransferência de verbas, maslamentamos que sejam anunci-ados um rol de investimentospela Câmara, que depois setornam vazios. Como exemplo,a questão do Parque de Ne-gócios, que agora caiu emsaco roto e foi uma promessado PS. Vamos esperar, que em

2007, o actual executivo daCâmara cumpra as obrasenunciadas no Plano, se issoacontecer, o benefício da dúvi-da foi bem dado, senão maisuma vez acabamos por errarao optarmos pela abstenção”.

Francisco Gaspar, vogal doPSD, adiantou que, “o GrupoMunicipal do PSD, optou pelaabstenção porque o Plano Plu-rianual de Investimentos, apre-sentado pelo executivo PS naCâmara, não apresenta o lan-çamento de novas obras exigi-das pela população e que deano para ano, têm vindo a seradiadas no tempo pelo actualexecutivo PS. As obras emcurso, já vêm de Planos anteri-ores, retardando os in-vestimentos da nova Bibliotecae Quartel dos Bombeiros. É

preocupante a diminuição dareceita da derrama previstapara 2007 e a falta de projec-tos para habitação social oude custos controlados. O adia-mento das obras têm por base,perspectivar no futuro inaugu-rações em véspera de eleiçõesautárquicas. Reconhecemosque, existem obras importantesem curso, daí não votarmoscontra os documentos, poroutro lado, não somos favo-

ráveis a uma política que tra-balha só, de quatro em quatroanos, para fazer inaugurações.A política do actual executivoPS na Câmara, vem no segui-mento da política socialista dePortugal, o executivo não pas-sa confiança para os investi-dores. Lamentamos a situaçãodo Parque de Negócios, poisfoi usado como bandeira decampanha, tivemos razão emnão dar um cheque em branco,ao executivo camarário. Oexecutivo PS meteu na gavetao Parque de Negócios, poisnunca negociou o terreno ementiu à população do Con-celho”, referiu o vogal do PSD.

____João Louro

Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2007

Três novas empresas instalam-se em Coruche

• CDU e PSD abstiveram-se e PS vota a favor

Oposição ataca executivo da Câmara de Coruche

Francisco Gaspar vogal do PSDDionísio Mendes presidentedo executivo

José Coelho vogal do PS Luís Alberto Ferreira vogal da CDUe Presidente Junta do Couço

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 35

José Sócrates tentou na suamensagem de Natal passar aideia de que a economia, ascontas públicas e o empregoestão a melhorar. Não me cabedivulgar a minha opinião sobreessa mensagem porque ela nãovalerá muito mais do que issoe, também, porque o leitor teráa sua interpretação das pala-vras que o primeiro-ministrodirigiu a todos os Portugueses.

Contudo, essa mensagemnão foi consensual. À direita eà esquerda levantaram-se vo-zes de discórdia perante taloptimismo relativo à economiaPortuguesa. Analisando os da-dos estatísticos existentes e as

análises de conjuntura de orga-nismos nacionais e interna-cionais podemos constatar querealmente há alguns indica-dores económicos que regis-tam uma evolução positiva.

Todavia, será esse desem-penho suficiente para nos fazerdescolar rumo à convergênciacom os indicadores europeus?Sem querer entrar na análise damensagem política procurareianalisar o que está por detrásda mensagem!

É interessante registar orebuliço evocado pela oposi-ção como se esta não soubesseo que são os ciclos político-económicos. Downs (1957) foium dos primeiros autores adebruçar-se sobre o ciclo a quemais tarde chamaram de ciclopolítico-económico.

Mas foi na década de 70que começaram a surgir estu-dos mais consistentes sobreestes ciclos. O estudo de Downsapesar de importante era aindamuito incipiente.

Mas o que tem a mensagemde José Sócrates a ver com estateoria? Tudo e nada. Tudoporque também ele tem quegovernar com base nos pressu-postos implícitos nos ciclospolítico-económicos e nadaporque apenas tem que se limi-

tar a seguir o “protocolo elei-toral”.

De uma forma simples oque a teoria dos ciclos politico-económicos nos diz é que exis-tem quatro classes que se dis-tinguem pelo comportamentodos políticos/partidos e doseleitores. Os políticos/partidospodem ser considerados deoportunistas ou partidários e oseleitores podem ser racionais(têm expectativas racionais) ouirracionais (têm expectativasadaptativas).

Essa divisão permite aopolítico gerir o seu ciclo políti-co-económico com um objecti-vo que está além do bem estarsocial, porque esse já faz partedas suas funções. Aquele queele ambiciona e que não estágarantido à partida é a sua ree-leição.

Assim, podemos começar aentender um pouco melhor amensagem. O político que po-de ser oportunista ou partidário(não importa agora para ocaso) sabe que está perantedois tipos de eleitores: os quetêm expectativas adaptativas eos que têm expectativas racio-nais.

Os eleitores que têm expec-tativas adaptativas dão grandeimportância ao desemprego e à

inflação como factores queinfluenciam a sua condição debem-estar. Quanto menores es-tas taxas maior o bem-estar des-te tipo de eleitores. Nordhaus(1975) considerava no seu mo-delo que os eleitores têm me-mória curta. Ou seja, as suasexpectativas são formadas deforma adaptativa. Assim, nãodão grande importância ao pas-sado e norteiam as suas deci-sões tendo em conta o desem-penho da economia pouco tem-po antes das eleições. Esseperíodo pode variar entre 1 a 2anos antes das eleições.

Este modelo tem sofridoalgumas críticas. Dois dos prin-cipais reparos são: a hipóteseda formação de expectativasadaptativas evidenciar um com-portamento”irracional” por par-te dos eleitores, uma vez queparece pouco provável quesentindo-se enganados umavez dificilmente vão promovera reeleição do político nova-mente e por outro lado, o maisimportante, alguns países, co-mo é o caso de Portugal já nãotêm possibilidade de utilizar apolítica monetária e cambialpara ajustar a taxa de inflação ede desemprego.

Depois de repensada a teo-ria dos ciclos político-econó-

micos com expectativas adap-tativas surge um modelo maisadequado. O das expectativasracionais. Enquanto nas expec-tativas adaptativas os eleitoresajustam a sua forma de ver aacção do governo com base nopassado, nas expectativas ra-cionais essa opinião é formadacom base na previsão dos valo-res futuros das variáveis eco-nómicas (produto, inflação,desemprego, etc.) que fazemparte da economia nacional.Assim, por exemplo uma mu-dança de natureza fiscal ouorçamental irá afectar as expec-tativas dos eleitores.

Veja-se por exemplo o casodos benefícios fiscais. Na pri-meira fase do ciclo foram reti-rados e agora, com a entrada nasegunda fase do ciclo político-económico são repostos.

Para finalizar, as palavrasde José Sócrates não são maisdo que palavras de esperança,ainda que com algum funda-mento.

Afinal, todos sabemos oquanto as expectativas sãoimportantes na nossa vida etambém o quanto desaponta-dos ficamos quando elas não severificam!

_____* Economista

Osvaldo Santos Ferreira *

ECONOMIA

A mensagem de Natal de Sócrates

Segundo o Instituto Nacio-nal de Estatística (INE) as ta-xas de juro implícitas nos cré-ditos à habitação mantêm umatendência de subida. A taxa dejuro do conjunto dos créditos àhabitação fixou-se no mês deNovembro em 4,567 % o querepresenta uma subida de 0,11pontos percentuais face a Outu-bro.

No mês de Dezembro a taxade juro de referência do BancoCentral Europeu (BCE) situou-se nos 3,5%, depois de seissubidas desde Dezembro de

2005. Esta tendência será paracontinuar durante o ano de 2007ainda que a um ritmo menor.

A necessidade do BCEaumentar as taxas de juro estárelacionada com a retoma daeconomia europeia e com aspressões inflacionistas que seregistam. Esta política ditadapelo BCE e antecipada pelosbancos comerciais é funda-mental. Porém, em economiasfrágeis como a portuguesa, emque muitas famílias estãosobrendividadas, os aumentossalariais são baixos, onde se

perspectiva uma taxa de infla-ção acima da média tornando osalário real menor e, o produtointerno cresce timidamente, es-tas políticas assumem um pa-pel dramático.

Embora o Governador do

Banco de Portugal não admitapara já, tudo indica que o crédi-to mal parado vá aumentarsignificativamente.

A situação financeira dosportugueses é muito sensívelao aumento das despesas, onível de poupança é dos maisbaixos da União Europeia eassim, com o aumento da taxade juro os portugueses irãopassar a ter maiores dificul-dades no final do mês.

_____Osvaldo Santos Ferreira

Economista

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200636

São já bastantes anos para avida de um Clube que vive decarolice, de boas vontades e dealgum voluntariado. A festa dopassado dia 8 de Dezembro queassinalou a comemoração dos20 anos do clube, pode-se de-compor em parte desportiva eparte de convívio, com um jan-tar para convidados, atletas e só-cios em geral.

A primeira parte decorreucom bastante interesse, tendo osfamiliares dos atletas e não só,vibrado com as peripécias doque se passava, começando como desfile dos atletas, seguindo-se uma exibição das Escolas dePatinagem, continuando comoutro momento de infantis C,liderados pelo Professor Ricar-do Raposo e pelos MonitoresTiago Borda d’Água e MárioMartins, sendo estes seniores doClube, aliás como também o sãodas Escolas.

Seguiu-se depois um jogooficial que opôs a nossa equipade Infantis A à dos atletas doHóquei Clube de Santarém,sendo a nossa equipa tambémliderada pelos mesmos elemen-tos. Ganhámos o jogo por 6-2,mas em dia de Festa de Natal eAniversário, o resultado é desomenos importância. A equipafoi constituída por José Dias,Francisco Mendes, BernardoCaçador, António Ferreira, Ma-nuel Rodrigues, João Gomes,Ricardo Marques, Miguel Palma,Pedro Costa e Miguel Neves,com arbitragem de Rui Taborda.

A parte desportiva terminoucom um jogo entre as equipas dejuniores do Sport Lisboa eBenfica e a dos Corujas que de-correu com bastante entusiasmoe em que se notou a diferença deandamento e ritmo entre ambas,sendo o resultado desfavorávelàs nossas cores por 2-10.

Resumindo os dois jogos, OsCorujas jogaram bem nos dois,muito embora tivéssemos perdi-do o jogo principal. Mas era fes-ta e o resultado é irrelevante,interessando sim o fair playpatenteado. Com arbitragem deRui Taborda e tendo CarlosRodrigues como Treinador, anossa equipa apresentou TiagoBorda d’água, Carlos Rodri-gues, Sérgio Simões, CarlosTomé, Fernando Goes, JoãoMontês, António Russo, AndréMarques, Ricardo Graça e João

Baptista. Durante os intervalos eno fim dos jogos actuaram ele-mentos da nossa Secção dePatinagem Artística que muitoagradaram à assistência.

Sem querer minimamentebeliscar o entusiasmo e o brilhodos outros atletas e técnicos, de-ve dizer-se que a Secção está emgrande actividade e a atravessarum momento ímpar, não só pelodedicação e entusiasmo das atle-tas, mas também pelo interessee empenho da treinadora, D.Joaquina de Deus. As atletas in-terpretaram Canção da Amiza-de, Floribela, Hino à Alegria,Cabaré (este levado a efeito poratletas de escalão mais elevado)e finalizaram com o númeroConquest of Paradise.

Seguiu-se, desta vez no Res-taurante Alcorucen, o tradicio-nal jantar, onde estiveram pre-sentes as entidades oficiais con-vidadas (Câmara Municipal deCoruche, Instituto Nacional doDesporto, Associação de Patina-gem do Ribatejo e ComissãoRegional de Arbitragem), paraalém de toda a Direcção do Clu-be e de alguns fundadores.

O Presidente encerrou a festasaudando os presentes e fazendovotos pela continuação da pu-jança e dinamismo do Clube,enaltecendo todos os que ao lon-go dos anos deram o seu melhorem prol do Clube e lamentandoque, por falta espaço, não pos-samos implementar a ginásticade trampolins e a de iniciação.

Parabéns Corujas, que te en-grandeçam e enobreçam!

___

Os 220 aanos ddos ““Os CCorujas”comemorados ccom ddesporto ee cconvívioJosé Manuel Caeiro

I Gala de PatinagemArtística

13 de Janeiro de 2007pelas 20 horas

Organização de“Os Corujas” e daAss. de Patinagemdo Ribatejo

Pavilhão DesportivoMunicipal – Coruche

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 37

O Novo Ano também che-gou e quero aqui deixar aosmeus votos muito sinceros deum ano cheio de saúde do quehaja de melhor na vida paratodas as famílias nomeada-mente as Coruchenses eSorraianas. São estes os meusvotos sinceros com muitaamizade.___

Prosseguindo como relato daedição anterior deste jornal,dizia eu 3 dias após ter sido fun-dado o Clube de entrada noHospital de Santa Maria comum enfarte do Miocárdio quan-do estava no meu posto de tra-balho num feriado 8 de De-zembro. Vim para casa na ante-véspera de Natal para assim pas-sar o Natal junto dos meus.Após o início do ano regresseiao hospital com muitas restri-ções e em convalescença.

Acamado no hospital, e ape-sar das restrições às visitas eobrigado a falar o menos possí-vel. Ainda assim, fui visitadopor alguns amigos fundadores ea minha primeira preocupaçãoera sempre saber como iam ascoisas relativamente ao Clube.Nesta altura em que estive nohospital, os jovens atletas doclube ainda treinavam no pavi-lhão de Santo Antonino que erainsuficiente para o Clube devidoà sua pequena dimensão.

Neste mesmo pavilhão apósalgum tempo de treinos, e com aevolução e rapidez evolutiva decada jogador, viemos a verificarque o piso deste equipamentolevantava poeiras nocivas para asaúde dos atletas, como para ostécnicos e até mesmo para nós.Fomos então falar com a Câ-mara de Coruche, para iniciarcom urgência a construção doringue, e para que fique regista-do, foi graças aos Corujas e aum outro Senhor chamado JoãoRodrigues, que se veio a revelaruma ajuda extraordinária para aconstrução do ringue, hoje jáinexistente.

Em fins de Janeiro já eu iaaparecendo nos treinos e aospoucos ia-me apercebendo decomo tudo ia decorrendo. Comojá havia uma Direcção constituí-da da qual eu não fazia parte, oque na altura me deixou de certaforma incrédulo, pois dos trêselementos primitivos eu, o Júlio

Felismino e o João M. Tadeia, oqual só este pertencia à Direc-ção. Naquele momento custou-me bastante mas, aos poucosfui-me habituando à ideia, demodo que fiquei como seccio-nista do Clube, mas como gosteisempre muito de desporto, no-meadamente o hóquei, desdemiúdo e lembro-me perfeitamentedas velhas glórias como Edgar,Perdigão, Vaz Guedes, Correiados Santos, F. Adrião, Jesus

Correia, este último já falecido eque conheci pessoalmente, eque muitas vezes me honrou emvárias deslocações que fiz aoClube de Paço de Arcos. Era alique comprávamos os materiaisdo hóquei para “Os Corujas”. Aloja existia no pavilhão e erapertença do Clube de Paço deArcos, explorado pelo CarlosDantas e Vítor Elias. Assim, emparte graças a esses dois amigose também a outros consegui

muitos contactos com pessoas ecoisas que deram origem a con-hecimentos, saberes e amizadesque transportei para benefíciodo Clube.

As nossas equipas de Juve-nis e Juniores lá iam evoluindocom o trabalho do Lapa e en-tretanto começaram a aparecermiúdos de tenra idade graças àpropaganda já desenvolvidaquer na RVS quer no JornalSorraia quer na Propagandacom a carrinha do Júlio junto aoedifício do BNU (actual CGD) eem outros locais.

Também pelas ruas e arre-dores sempre com muita dinâ-mica a procurar jovens atletas enovos sócios, lá íamos os três,eu, o Júlio, e o José M. Tadeia,tirando prontamente as fotos epreenchendo as fichas de sócio,chegando a termos mais de 400sócios no clube. Um dos treina-dores que mais marcou o Clubenas escolas de iniciação foi ocunhado do Sr. Fernando Vicen-te, já falecido, era um excelentetécnico, provavelmente um dos

melhores que já conheci, disci-plinador, compreensivo, exi-gente, rigoroso, e inteligente naforma de comunica com os atle-tas, sempre com a supervisãodesse grande homem e treina-dor, que é o Lapa.

Assim, oficialmente “Os Co-rujas” iam-se preparando, jácom duas equipas formadas a dejuniores e a de juvenis, para ostorneios que se avizinhavam. A19 de Abril de l987, um dospontos altos da história do Clu-be, em que foram convidadasduas equipas para a Inauguraçãodo Clube, nomeadamente asvelhas guardas do Clube TAP edo Dramático de Cascais. Aí foifeita também a primeira apre-sentação a todos os Coruchen-ses das duas equipas Juniores eJuvenis dos Corujas, já comequipamentos oficiais de verdee amarelo que representam ascores da nossa terra.

Após os jogos, houve umavacada e um jantar de confrater-nização, conforme constava doprograma, eventos que se deramgraças a um conjunto de pessoastão diverso, que nos forneceramos alimentos para o jantar eorganizaram a vacada. Aquificam os mais sinceros agradec-imentos aos que já partiram eaos que ainda cá estão. Tambémquero deixar aqui um agradeci-mento a todos aqueles que dealgum modo, e com o seu dina-mismo e espírito de iniciativacontribuíram para a formaçãodeste Clube, e isto só veioprovar que Coruche é uma Terrade gente boa e honesta, a Todoseles um grande bem haja...

Um Bom Ano Novopara Todos...

Alberto Paiva Ribeiro

20 aanos jjá llá vvão...mas oos CCorujas ccontinuam

20 Anos1986-2006

Inauguração e Apresentação dos Corujas, no ringue que existia por trás da Praça de toiros, na Páscoa do ano de 1987

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200638

A Escola de Futebol doAgrupamento EDUCOR, nas-ceu o ano passado integrado noDesporto Escolar. Neste anolectivo para os atletas poderemcompetir nas competições fede-radas, a escola representa o

União Figueirense.Luís Miguel Dias, mais

conhecido por Professor Ma-necas é o responsável por esteprojecto, “ter muito gosto pelojogo, ser muito empenhado,ser responsável, respeitado e

querer aprender” é a fórmula,segundo o mister, para ser umbom jogador. Para o treinadortodos os seus jogadores são“importantes e favoritos” e omelhor plantel de todas asescolas de futebol “é o meu”,referiu.

“A táctica tem a ver funda-mentalmente com a escolha daacção mais correcta em jogo”e o Professor Manecas, clarifi-ca “por exemplo se um jogadorestá sozinho frente à baliza eem vez de rematar resolve pas-sar ao colega é uma má tácti-ca”. Na equipa não há um capi-tão predefinido, em cada jogo éum jogador o capitão. Todos sãoresponsáveis e o importante épraticar desporto, o desporto quese gosta de forma saudável esalutar.

PEQUENO REPÓRTER

Escola de Futebol EducorO treinador Luís Miguel Dias, da Escola de Futebol do Agrupamento EDUCOR veio à EB1 de Coruche 1,

falar sobre o passado, presente e futuro da escola.

Os jornalistas da EB1 de Coruche 1, Madalena Salema,Miguel Nuno e Pedro Quaresma

David Manuel GodinhoRibeiro Telles, nasceu em Al-meirim a 11 de Novembro de1927 e a 18 de Março de 1939fazia em Santarém a sua pri-meira aparição pública comapenas 12 anos.

Corria o ano de 1958 quan-do na Monumental Praça doCampo Pequeno tirou a alter-nativa tendo como padrinhoAlberto Raposo Luís.

Os homens da família se-guiram-lhe os passos e tambémo seu filho António entrou naPraça do Campo Pequeno a 21de Julho de 1983 para receberdas suas mãos a alternativa.

Das suas mãos a 5 de Junhode 1980 em Santarém, JoãoRibeiro Telles recebeu a bên-ção da alternativa.

E no dia 7 de Setembro de2006 o seu neto Manuel Ri-beiro Telles Bastos levou Mes-tre David ao Campo Pequenopara uma grande noite de toi-ros e de paixão.

Todos gostam de toiros e decavalos e só Manuel RibeiroTelles não tirou a alternativa.Grená é a cor preferida da casacade Mestre David e também doseu filho Manuel enquanto oazul é a cor predilecta dosrestantes cavaleiros da família.

A herdade da Torrinha, per-to do Biscainho é o seu portode abrigo, de treino e ondehabitam os seus cavalos predi-lectos.

Cada um tem o seu; MestreDavid prefere o cavalo Ruço,de 8 anos de nome Perdigão;João, o cavalo Atinado de corcastanha e com 10 anos, en-quanto o seu irmão António temno Ópio, um cavalo ruço de 9anos, o seu grande amigo.Manuel tem muita saudade doseu cavalo lasão de nome Sá-bio.

Os mais novos da família,Manuel Bastos e João Jr. têmconfiança no Emotivo e noÓgede, respectivamente.

O Campo Pequeno é a Pra-ça de Toiros preferida por to-dos e quem sabe onde João Ri-beiro Telles Jr. tirará a sua alter-nativa.

Até agora nenhuma mulherda família seguiu as pegadasdo Pai, quem sabe…

as NETAS !!____

Matilde, Maria, Teresa eMª Aleluia Ribeiro Telles

Brincar aos Jornalistas– E.B. Coruche 1

Ribeiro Telles – uma família da arteA tauromaquia é mais que uma arte é uma paixão.

Eles são cavaleiros, elas, filhas e netas, são jornalistas na escola e fizeram a reportagem.

João, João Jr., avô David, António e Manuel

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 39

A equipa de judo da Casado Benfica de Santarém (CBS)após obter brilhantes resulta-dos quer a nível nacional como

internacional, tais como a vitó-ria da Liga de Madrid de Judo2005/2006 e a vitória em doisanos consecutivos do Campeo-

nato Nacional de Equipas deEsperanças em 2004 e 2005,sagrou-se no passado dia 16 deDezembro Campeã Nacional

de Equipas de Juniores noCampeonato em disputa nacidade da Guarda.

A Casa do Benfica de San-tarém voltou a reunir a famosaequipa que tivera ganho duasvezes consecutivas o Campeo-nato Nacional de Equipas deEsperanças, sendo esta equipaconstituída por Diogo Gaivotoe Ricardo Figueiras a -60 kg,Lasha Razmadze e João Araújoa -66kg, Wilson Nogueira a -73kg, Eduardo Leonardo eJoão Fernandes a -81kg eChristophe Lopes a +81kg.

Mais uma vez a qualidadedestes atletas foi evidente, con-seguindo a CBS os tentos de 15pontos contra 14 no primeiroencontro frente ao colégioSalesianos de Lisboa, de segui-da, já nos quartos de final,debateu-se frente do judo clubeda Trofa onde obteve 4 vitóriascontra 1 passando para a semi-final onde enfrentou a Uni-versidade Lusófona, obtendo 3

vitórias contra 1, tendo essavitória concedido o passaportepara a final de onde veio a sairvitoriosa por 3 vitórias a 2 pe-rante do Judo Clube de Lisboa.De realçar que neste Campeo-nato estiveram presentes umtotal de 13 equipas, todas elasde grande nível competitivo.

A equipa de Judo da Casado Benfica de Santarém foiacompanhada pelos treinado-res Pedro Vargas e Jorge Vítor,pelo Presidente do clube Álva-ro Gaivoto, juntamente comum fabuloso apoio por partedos pais dos atletas que semantiveram desde o inicio aincentivar os atletas escalabi-tanos.

Mais uma vez Santarém estáde parabéns por ter atletas quetanto se empenham em elevarbem alto o nome da nossacidade nos pódios desportivos.

____Pedro Vargas

Casa ddo BBenfica dde SSantarém

Campeã Nacional de Equipasde Juniores

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Ingredientes0,5 L de feijão-frade, 1 linguiça, 1 farinheira, 1 morcela, 300 g de toucinho, pãocaseiro duro em fatias finas e raminhos de hortelã.

PreparaçãoCoze-se o feijão-frade juntamente com as carnes, retirando-se alguma gorduraque se vai formando à superfície para que a sopa não fique demasiado gordurosa.Numa malga grande deita-se o pão cortado, espalhando por cima alguns ramin-hos de hortelã. Quando o feijão e as carnes estiverem cozidos, vão a escaldar opão. As carnes podem ser vertidas em conjunto com o feijão depois de se terempreviamente cortado (que era a maneira tradicional) ou servirem-se em travessaà parte.

Nota:Sopa camponesa por excelência, a sopa de feijão-frade era consumida semanal-mente pelos trabalhadores rurais do Couço quando andavam a trabalhar longe,de mantimento aviado. Geralmente era revezada pela Sopa de Carne, semanasim semana não, durante os trabalhos de Verão. Hoje adicionam-se outras carnescomo entrecosto e febras ao cozinhado, transformando-a mais numa feijoadarica, subvertendo o espírito de sopa, com alguma parca carne, com que nasceu.

in “Coruche à Mesa e outros Manjares”,por José Labaredas

Sopa de Feijão-Frade do Couço

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Na passada Sexta-feira, dia15 de Dezembro decorrerameleições para os Corpos Ge-rentes da Associação Cultural,Desportiva, Social e Recrea-tiva de Santa Ana em Santanado Mato, Coruche. Desde a datade fundação desta Associação,em Março de 1997, que nãoconcorriam a estas eleições maisdo que uma lista.

Nestas eleições apresen-taram-se duas listas onde saiuvencedora a Lista A, com 61%dos votos, liderada por OsvaldoFerreira, 30 anos, economista.Para Osvaldo Ferreira estas elei-ções marcaram uma viragem navida desta Associação.

Pela primeira vez em 9 anosapareceram duas listas paravotação e também pela primeiravez, os Corpos Gerentes sãoconstituídos com elementosfemininos, facto que não aconte-cia até então.

Para o presidente eleito háum longo e difícil trabalho pelafrente. Principalmente porquetem-se assistido a um afasta-mento da população em relaçãoà Associação.

Esta situação acontece por-que até ao momento não se temconseguido ganhar a confiançada população e sem essa confi-ança não é possível a união damesma.

Esta tendência tem que serinvertida. Osvaldo Ferreira rea-firma o mote que sempre deu àcandidatura da sua lista: “Temosque privilegiar o rigor, a trans-parência e o diálogo com os

associados e a restante popu-lação”.

Para o triénio 2006-2009 aequipa eleita quer devolver aAssociação à população. Opatrimónio Edificado é bastantevalioso mas de nada serve senão for utilizado pela popula-ção, afirma Osvaldo Ferreira.Algumas das propostas eleito-rais mais importantes da listavencedora são: a remodelação eadequação dos acessos e espa-ços da Associação a pessoasportadoras de deficiência.

É notória a desadequação eas barreiras arquitectónicasexistentes no edifício que nãopermitem uma circulação nor-mal a estes cidadãos. Para estasremodelações esperamos contarcom o apoio da Junta de Fre-guesia de Santana do Mato e daCâmara Municipal de Coruche.

Um outro projecto que gos-taríamos de ver implementadoaté ao final do mandato é oServiço de Apoio Domiciliário aIdosos. Reconhecemos que éum projecto ambicioso mas seobtivermos os apoios necessá-rios ele será executado. É umserviço que está a fazer muitafalta na Freguesia de Santana doMato, tendo em conta o númerode idosos que actualmente nãotêm qualquer apoio ou cujoapoio é deficitário.

Para além destes projectos anova direcção pretende dina-mizar a Associação com várioseventos de cariz cultural, social,recreativo e desportivo. Paramarcar o início dos trabalhos

vamos assinalar a passagem deano com um convívio aberto atoda a população. Osvaldo Fer-reira afirma que é essencial criarbenefícios para os sócios. Nessesentido a direcção pretende criarum novo cartão de sócio queterá associadas várias vanta-gens.

Para o efeito esperamos con-tar com a colaboração dosagentes económicos do Conce-lho de Coruche. O projecto estáa ser pensado para que tanto os

sócios como as agentes econó-micos saiam a ganhar com esteprotocolo.

Para finalizar, Osvaldo Fer-reira pretende um novo desenhona estrutura de gestão da Asso-ciação. Habitualmente consti-tuía-se uma lista com bastanteselementos que depois das elei-ções acabavam por se afastaruma vez que eram suplentesdaqueles que eram eleitos. “Nóspretendemos envolver todos oselementos que constituíram a

nossa lista e se possível outroselementos que queiram colabo-rar connosco”.

Para o efeito pretendemoscriar duas comissões, uma femi-nina e outra masculina, quepodem desenvolver todas asactividades que entendam, sem-pre com o apoio da Direcção.

Só assim, em equipa, con-seguiremos fazer algo de pro-veitoso pela Associação e porSantana do Mato.

____

SANTANA DO MATO

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200640

Associação de Santa Ana tem Novos Corpos Sociais– Osvaldo Ferreira é o novo presidente

Natação16 de DezembroMora – VII Festival de MoraCompetição para atletas Ca-

detes e Infantis, tendo a nossaequipa, composta por 10 atletas,alcançado uma boa performancea nível técnico e desportivo,conseguido diversos lugares dedestaque.

TriatloA equipa de Triatlo da Esco-

la de Natação Búzios, começouas suas actividades no passadomês de Dezembro. Actividadesessas que compreendem Nata-ção nas Piscinas Municipais deCoruche e Corrida, que têm

vindo a decorrer no EstádioMunicipal de Coruche, comuma frequência de dois treinossemanais (terça e sexta-feira das17:30 às 18:15 horas).

O trabalho desenvolvido nomês transacto tem sido sobretu-do de corrida, sendo específicopara a modalidade de Triatlo,com uma frequência média de12 atletas.

Pólo Aquático9 de Dezembro Complexo Aquático deSantarém – TorneioQuadrangularA equipa de Pólo participou

num torneio quadrangular em

Santarém no dia 9 de Dezem-bro, que teve a participação dasequipas Scalabisport (Santarém),Torres Novas, Pimpões (Caldasda Rainha) e Búzios (Coruche).A Búzios realizou 2 jogos:

Búzios 2 – 10 ScalabisportBúzios 0 – 8 PimpõesApesar dos resultados nega-

tivos, a participação foi um pas-so importante para o desen-volvimento da modalidade nodistrito de Santarém e tambémpara o desenvolvimento despor-tivo dos atletas da Búzios

16 de Dezembro Coruche – Sábado AventuraNo dia 16 de Dezembro de-

correu no Parque do Sorraia o“Sábado Aventura” organizadopela Búzios para os seus utentesda Escola de Natação.

Esta actividade foi constituí-da por Orientação, Rappel, Esca-lada, Tiro com Arco e Zaraba-tana.

20 de DezembroCoruche – Jantar de NatalNo dia 20 de Dezembro de-

correu o Jantar de Natal daEscola de Natação Búzios, ten-do como ementa Porco Preto noEspeto e teve a participação de70 utentes.

Resultados Obtidos em Dezembro

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 41

COUÇO

No passado dia 27 de De-zembro de 2006, na sala deleitura Américo Durão, no Cou-ço, realizou-se a cerimónia deassinatura de protocolo entre aSegurança Social e a Associa-ção de Reformados e Pensio-nistas do Couço. O objectivo doprotocolo é a implementação davalência de apoio domiciliário aser desenvolvido por esta insti-tuição do concelho de Coruche.

No final da cerimónia, adirectora da Segurança Socialdo Distrito de Santarém, Ana-bela Rato, adiantou que “esta-mos satisfeitos com implemen-

tação da valência de apoiodomiciliário no Couço, agrade-cemos à Câmara de Coruche napessoa do seu Presidente, quetem sido uma peça chave emtodo este processo. O peso daspessoas idosas no Couço é fortee daí fazer todo o sentido esteacordo de cooperação, na ver-dade são dois acordos de coo-peração. Penso que, este acordovai dar os melhores frutos, por-que sei que existe uma dinâmicada Associação local, de imple-mentar a valência de apoiodomiciliário na comunidade.Da parte do Centro Distrital,

teremos toda a abertura paracolaborar, com técnicos à dis-posição que irão transmitirboas práticas, face à sua expe-riência nesta área. Não tenhodúvidas que este protocolo terásucesso no futuro e vão-se notaros efeitos desta dinâmica decolaboração entre o Centro Ma-terno Infantil e a Associação deReformados e Pensionistas”.

Presente nesta cerimónia,Dionísio Mendes, Presidente daCâmara de Coruche, reforçou aideia da Directora Regional daSegurança Social, “muitas vezesna altura de natal ouvimos

palavras bonitas, mas nem sem-pre os actos são correspondi-dos. Desta vez, penso que, sejuntaram as palavras aos actos,é um trabalho que vem sendofeito de há uns tempos atrás. Oque se procurou foi juntar ascapacidades existentes no Cou-ço, de duas Instituições, o Cen-tro Materno Infantil e Associa-ção de Reformados e Pensio-nistas, além da boa vontade daSegurança Social, para ultra-passar as burocracias.

Este protocolo é muito im-portante, para o apoio à popu-lação idosa, já que é maiori-tária nesta freguesia. Há umagrande faixa da população,acima dos 60 anos, que necessi-ta apoio e acompanhamento.Com o serviço de apoio domi-ciliário e com um Centro de Diaa funcionar em pleno, estamos acontribuir para que essa popu-lação mais idosa, tenha me-lhores condições de vida. Pensoque está de parabéns a popu-lação do Couço.

A Câmara foi neste processofacilitadora do entendimento eprocurou criar pontes e facilitaras comunicações. A SegurançaSocial assumiu neste processouma responsabilidade com apopulação do Couço e desta fre-guesia. Essa responsabilidadevai ser partilhada, pela Asso-ciação de Reformados e Pensio-nistas, porque a partir de agoravão ter de levar o barco a bomporto. Recordo que as condi-

ções materiais existem, a Segu-rança Social vai transferir men-salmente verbas significativaspara este trabalho e a Associa-ção terá de gerir da melhor for-ma essas verbas, de modo a queos beneficiários sejam os idososdo Couço e da freguesia”, sali-entou o autarca.

Entretanto, a Câmara tem emcurso um projecto para remo-delação e criação de novas infra-estruturas na sede social daAssociação de Reformados ePensionistas do Couço.

Assinale-se que o Presidenteda Junta de Freguesia do Couço,Luís Ferreira, e o seu executivoda CDU não compareceram àcerimónia.

____João Louro

Apoio Domiciliário avança no Couço

O Pingo Doce, insígnia desupermercados do Grupo Jeró-nimo Martins, inaugurou nopassado dia 7 de Dezembro, asua nova loja de Coruche, que étambém a 201ª loja, um marcoimportante para esta cadeia desupermercados.

A loja, gerida por SusanaNeves, disponibiliza uma áreade venda de aproximadamente1000 m2, e apresenta a novaimagem e layout da insígnia,que organiza e identifica as suasvárias secções com o intuito de

ajudar os consumidores a en-contrar rapidamente os produtosde que necessitam.

O cabaz disponível foi pen-sado para os consumidores quevalorizam a qualidade e a diver-sidade adequada de produtos,apostando especialmente nosperecíveis e produtos de marcaprópria, a preços estáveis e sem-pre competitivos.

Dotado de parque de esta-cionamento exterior, o PingoDoce de Coruche oferece, ain-da, o espaço Cafés & Bolos, on-de o consumidor encontra umalarga variedade de doces e sal-gados; pão de fabrico tradicio-nal, que a partir das 18h00 sairádo forno de meia em meia hora;

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quase 8000 funcionários, oPingo Doce é a maior cadeia desupermercados em Portugal.Tem como missão ser a melhorcadeia de supermercados nosperecíveis que oferece e forne-cer ao consumidor portuguêsuma solução alimentar de quali-dade a “Preços Sempre Baixos”.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200642

Ao longo da História a for-ma como pensamos a sexuali-dade e a vivemos tem-se modi-ficado. Assistimos, ao longo dostempos, à oscilação entre o pre-domínio ora da procriação, orado prazer. Da aceitação resigna-da dos filhos passou-se à exi-gência de prazer sem filhos.

O nosso século conseguiupela primeira vez, através detécnicas contraceptivas, separaro prazer da possibilidade de pro-criação. Posteriormente, o praz-er foi absorvido pelos média,banalizando-se. Pretendia-se adesdramatização da sexualida-de, mas conseguiu-se uma qua-se obsessão. Toda a actividade épara o prazer, senão não vale apena. Levando muitas vezes auma procura de um prazer total,intenso e imediato. Daí as rela-ções efémeras, a actual incapa-cidade de gerir as frustrações, asdiferentes dependências.

Emerge em cada um de nós anecessidade de procurar conhe-cer melhor os nossos mitos,tabus e a realidade da sexuali-dade, para que possamos abor-dá-la de forma mais tranquila emanter um diálogo franco, comos nossos filhos, procurandoentender assim, as manifestaçõesdessa sexualidade aflorada eprópria a cada idade.

As Mudanças naAdolescência

Todos passam pela experiên-cia de adolescer. Não se trataaqui de uma “fase” nem de um“período” mas frequentemente– para não dizer a maior partedas vezes – de uma “crise”, a“crise da adolescência”. Ao ado-lescer, mais do que em qualqueroutra época da vida, o ser huma-no pensa sobre questões exis-tenciais como: Quem sou eu?Qual o meu lugar no mundo?Para onde vou? Porque existo?Porque sou assim? O corpo e ossentimentos do adolescente mu-dam rapidamente. É nesta altura

que se sente tam-bém um outromovimento: o daseparação.

O adolescen-te começa a afas-tar-se das pesso-as que foram in-fluentes na suainfância, ocorren-do uma mudançanos modos e pa-péis relacionais,nos projectos eprazeres antespartilhados.

O crescimen-to, habitualmentedesejado, podepassar a ser temi-do. O adolescen-te adquire um corpo apto pararealizar as suas pulsões sexuais etambém agressivas, dirigidas aooutro ou a si mesmo. Esta ca-pacidade de agir transforma tan-to a sua vida psíquica como assuas relações e os seus compor-tamentos.

A sexualidade que na infân-cia estava no campo do jogo,daquilo que não conta, ou de umfaz de conta, na adolescênciapassa a ser a sério. Reconhecer--se homem ou mulher é umaimportante tarefa na adolescên-cia. E este reconhecimento nãose dá sem o outro. A adolescên-cia é uma espécie de limbo, umazona de indefinição, onde o ado-lescente, por um lado, parecemuito crescido para fazer umasérie de coisas e, por outro,pouco crescido para fazer outrastantas coisas. O adolescente temde conquistar a sua independên-cia, autonomizar-se. No geral, oadolescente espera que venhado outro um olhar, uma palavra,que dê um reconhecimento cla-ro de que é um adulto. Ao invésdisso, muitas vezes, recebe umaresposta evasiva algo como:“Não faças isso. Afinal, já és umhomem!”, para em seguida “Nãochegues tarde em casa! Não tensidade para isso”.

Esta resposta, ou melhor,esta “não-resposta”, é parte im-portante do fenómeno e/ou pro-blemática da adolescência.

Como Ajudar os seus FilhosAdolescentes no Caminho

de uma Sexualidade Saudável

Para que possa conversar comos seus filhos de forma tranquilaé importante que reflicta sobresi próprio e a forma como pensasobre o que é e como deve servivida a sexualidade. Seguem-se algumas questões que opodem ajudar a pensar sobre oassunto:

– O que pensa sobre o direitoque têm os jovens em idadeescolar de terem relações sexu-ais?

– De quem é a responsabili-dade de fixar limites sexuaisnuma relação?

– Teve alguma relação sexu-al quando adolescente? Quepensa sobre essa experiênciaagora? Podem essas reflexõesajudar a tratar o tema com seusfilhos?

– Qual a sua opinião sobre ouso de contraceptivos na ado-lescência?

A possibilidade do adoles-cente compartilhar com os pais

todos os seus sentimentos defragilidade, ambivalência, estra-nheza e ansiedade, terá a vercom as oportunidades de diálo-go que foram sendo desenvolvi-das desde a infância e com aaceitação e entendimento dasdiferenças de valores e atitudes.

Os pais deverão ser capazesde se descentrar tentando colo-car-se no ponto de vista dooutro. Devem ser estruturantes,contribuindo assim para que osjovens construam os seus pró-prios pontos de vista e os seusvalores.

Existem alguns valores quedevem ser transmitidos aos jo-vens, tais como:

– O respeito por si próprio epela sua dignidade enquantopessoa.

– O respeito pelo outro. Aninguém é permitido ver o outrocomo meio de satisfação das suaspróprias necessidades.

É importante referir que paralidar com a sexualidade dos fi-lhos, os pais poderão defrontar--se muitas das vezes com a suaprópria sexualidade. A sexuali-dade dos filhos traz à tona paramuitos pais, aspectos da suaprópria sexualidade. É impor-tante perceber que a sexualidadeé diferente em cada fase dodesenvolvimento humano.

Na nossa sociedade o sexo évisto como pecaminoso e confu-so. No entanto, quando se falade sexualidade é convenienteassociá-la ao amor, à ternura, aobem-estar e ao prazer. Como tal,teremos que debater a sexuali-dade retirando-lhe o carácterescondido, perigoso e pertur-bante de que muitas vezes érevestida.

Tal como Dolto refere: “...creio que o importante não é afecundidade do corpo, massobretudo a fecundidade afecti-va e espiritual. Não é o gozoexclusivo dos corpos dos doisamantes, é o seu gozo simultâ-neo de coração e de espírito”.

Sugestões para Pais:

É importante que o pai e amãe falem entre si sobre comofoi a sua própria infância e ado-lescência – como sentiram osproblemas da sexualidade, co-mo tiveram acesso à informaçãoe como sentiram as informaçõesque obtiveram. Esta antecipaçãoé um pôr em comum que con-tribui para que ambos tenhamestratégias idênticas no lidarcom os filhos e que em muitopode contribuir para a sua esta-bilidade e crescimento saudável.Frequentemente são importan-tes momentos de formação entreo casal.

Não perca na próxima ediçãoo tema:

Os avós nos dias de hoje

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Equipa Técnica:Isabel Miranda

(Psicóloga Clínica/Coordenadora)Mauro Pereira

(Psicólogo Clínico/Psicoterapeuta)Nuno Figueiredo

(Psicólogo Clínico)Gonçalo Arromba

(Estagiário de Psicologia Clínica)

À Descoberta da Sexualidade– A Adolescência

Para colaborar nesta rubrica envie,por e-mail ([email protected])ou via CTT, as imagens ou situações

que deseje ver publicadas.

O semáforo não tem vidro, nem lâmpada,tem o casquilho à mostra, tem papeis lá dentro.Quem mete papeis, mete as mãos, e, todossabemos que quando a luz acende a correntefica no casquilho.

Está no semáforo de passagem de e paraa escola de Santo Antonino, se porventuraalguém (principalmente miúdos) colocam lá amão já se sabe o que acontece.

Não são as luzes de cima, essas estãoboas, são as mais pequenas que estão apouco mais de 1 metro de altura.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 43

E chegados ao mês maisbonito do ano, sobretudo para“aquelas” que têm a felicidadede “cumprir” como Maria!

“Feliz daquela que acreditouque teriam cumprimento ascoisas que foram ditas da partedo senhor.”

Disse-lhes o Anjo: “Não te-mais, pois vos anuncio umagrande alegria, que o será paratodo o povo: Hoje na cidade deDavid, nasceu-vos um Salvador,que é o Messias, Senhor... En-contrareis um menino envoltoem panos, e deitado numa man-jedoura”.

Grandiosa Missão, a da mu-lher e Mãe... Educar! E tal comoMaria disse então: “Faça-se emmim segundo a tua palavra!”.

Assim, nós mulheres e edu-cadoras, devemos aceitar comhumildade e confiança o papelque nos é confiado, e que é decerteza o maior e mais impor-tante das nossas vidas. O acto deEDUCAR!

Será para todas as mães omaior motivo de regozijo e de

júbilo o poder participar na obrado Senhor. E dizer como Maria:“De facto, desde agora todas asgerações me hão-de chamarditosa!”.

E penso que neste nosso mêsde Natal, é de tal forma grande onascimento do senhor, e o papelde Maria sua mãe, que me abste-nho de falar de outros assuntosque nos têm interessado nosmeses anteriores.

Gostaria de poder desta for-ma participar no vosso Natal detodos os dias e acabar comocomecei, com uma frase quetraduz bem o que a minha mãecomo educadora que foi comi-go, me transmitiu para todo osempre:

“Feliz daquela que acreditouque teriam cumprimento ascoisas que foram ditas da partedo senhor.”

Espero que todos tenhamtido um santo Natal e que 2007vos traga tudo o que desejam... eaté para o mês que vem!

____

* Educadora de Infância

O acto de EDUCAR

EDUCAR AGORA

Mariazinha A.C.B. Macedo*

Feliz 2007Envie os desenhos dos seus filhos

para: Rua de Salvaterra de Magos, 952100-198 Coruche Fax: 243 675 693

[email protected]

Queridos Meninos e Meninas

Encontrei no meio do jardim de Corucheum menino muito engraçado. Tinha um vesti-do até aos pés, amarelo, o cabelo azul, e umaestrelinha na mão!

Perguntei-lhe quem era, pois não o con-hecia.

Disse-me: Sou o Anjo protector de todosos meninos de Coruche!

E onde vais, com essa estrelinha na mão?Perguntei!

Vou a Belém cantar ao menino Deus queestá nas palhinhas deitado, e vou dar Glória aDeus para todo o sempre.

Sabes anjinho, eu gostava de te tirar umafotografia, mas como não tenho máquina,vou fazer o teu retrato, e mostrá-lo no Jornalde Coruche.

Se algum de vocês for passear à tardinhaao parque do Sorraia, vejam se o encontram,está bem? Tem o vestido amarelo, e o cabeloazul. Ai, é verdade, já me esquecia, a estrelaé cor de rosa e tem um laço no vestido, que étodo às bolinhas!

Se vocês puderem desenhem os amigui-nhos dele, que são todos os anjinhos do Céu!

Adeus meninos, espero encontrá-los nojardim a cantar com ele ao menino Jesus!

OLÁ MENINOS E MENINAS DE CORUCHE!

Era uma vez. . . Coruche!

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FAJARDA

A Junta de Freguesia daFajarda, levou a efeito umafesta de Natal para as suascrianças no passado dia 16de Dezembro, nas instalaçõesda ARCDF – AssociaçãoRecreativa, Cultural e Des-

portiva Fajardense.De facto o Natal é princi-

palmente das crianças e a ini-ciativa foi um sucesso que es-peremos se continue a repetir.

Um bem haja à Fajarda!

Festa de Nataldas Crianças

O Presidente da Câmara Municipal deCoruche deseja a todos os coruchenses umano de 2007 repleto de realizações pessoais ecolectivas.

Bom Ano Novo!

O Presidente da CâmaraDionísio Simão Mendes, Dr.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200644

Avé Maria

GREGÓRIO DA COSTA XAVIER8/5/1920 – 21/12/2006

A família agradece penhoradamente todo o apoio que lhe foi prestadonesta hora difícil, e a todos os que acompanharam o funeral

e a missa do 7.º dia em 27/12/2006.

Pai Nosso A. M.

ANTÓNIA MARIA MARQUEZAGRADECIMENTO

Sua família, profundamente sensibilizada pelas provas de amizadee pesar recebidas por ocasião do falecimento e funeral do seu entequerido vem, por este único meio, expressar a sua sincera gratidão.

Igualmente agradecem a todos quantos os honraram com a suapresença na missa do 7.º dia, mandada celebrar por alma da saudosa extinta.

A Família

P. N.

Avé Maria

ARTUR ANTÓNIO SANTOS OLIVEIRAFALECEU

Pai, nora, netos e bisneta cumprem o doloroso dever de participaro falecimento do seu ente querido, ocorrido em Cascais,

no dia 28 de Setembro de 2006.Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este meio agradecera todos os que os acompanharam na sua dor, durante o velório, no funeral

para o cemitério da Guia em Cascais e também na missa do 7.º dia.Para todos vai o nosso profundo reconhecimento.

Pai Nosso

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Faleceu no passado dia 28 de Setembro, em Cascais, o Senhor Artur AntónioSantos Oliveira. Era filho do nosso estimado assinante Senhor José Robertode Oliveira, a quem o “O Jornal de Coruche” apresenta, bem como à Exma.família, sentidas condolências.

Faleceu no passado dia 21 de Dezembro o nosso estimado amigo e assinante,Sr. Gregório da Costa Xavier, casado com a Sr.ª D.ª Teresa Costa Xavier epai do nosso coordenador da página taurina Dr. Domingos da Costa Xavier,aos quais o Jornal de Coruche endereça as mais sentidas condolências.

• BAPTISMOS •Igreja de São João Baptista

Dia 1 - António Francisco Saraiva Flausino doNascimento Cruz

Igreja do Castelo

Dia 8 - João Maria Nunes VicenteDia 9 - Maria Carolina Palma RitaDia 9 - Maria Palma PereiraDia 29 - José Maria da Veiga Pereira Maia de Loureiro

• CASAMENTOS •Igreja do Castelo

Dia 2 - Rui Acabado Honrado Lucas comMaria Alves Santos Grilo da Silva

• FALECIMENTOS •Dia 2 - Joaquim António Aires Bacalhau, 90 anosDia 3 - Emília Clara, 89 anosDia 4 - Claudino Manuel Luís, 68 anosDia 5 - Rosaria Maria, 91 anosDia 5 - António Rosa Teles, 58 anosDia 6 - Antónia Maria, 82 anosDia 7 - Manuel Filipe Galvão, 81 anosDia 7 - Jacinto Félix, 72 anosDia 8 - José Luís, 71 anosDia 8 - José Ferreira, 81 anosDia 8 - António José Carvalho Rosalino, 34 anosDia 10 - João Luís Vieira Gonçalves, 64 anos

Dia 11 - Manuel da Silva, 86 anosDia 12 - Maria Leonor Garcia, 91 anosDia 13 - Joaquim Pedro, 58 anosDia 14 - Joaquim da Silva Basílio, 73 anosDia 15 - Arlete Rosa, 69 anosDia 17 - Jacinta Antónia, 85 anosDia 18 - António Manuel Alves, 45 anosDia 19 - João Casimiro da Costa, 81 anosDia 19 - Carlota Ferreira Pintassilgo, 83 anosDia 20 - Domingas Emília, 86 anosDia 21 - Joaquina Fortunata Alves, 79 anosDia 21 - Gregório da Costa Xavier, 86 anosDia 24 - Guilhermina Maria Dias, 76 anosDia 24 - Maria Gama da Costa, 91 anosDia 25 - Albertina Maria Umbelino, 73 anosDia 25 - João Joaquim Serrão, 56 anosDia 25 - António João Vital, 88 anosDia 25 - Francisco Miguel Claro, 74 anosDia 26 - António Emídio Borda d'água de Oliveira,37 anosDia 27 - Manuel Joaquim Barroso da Silva, 58 anosDia 28 - Vitorina Maria, 87 anosDia 28 - Maria Custódia, 79 anosDia 28 - Luís António Leal, 53 anosDia 29 - Manuel Rodrigues Arráteis, 92 anosDia 29 - Manuel Domingos, 82 anosDia 30 - Custódia Maria Rosa, 80 anosDia 30 - Manuel Ferreira Moleiro, 73 anos

Informação das agências funerárias de Coruche

IInnffoorrmmaaççõõeess ddaa PPaarróóqquuiiaa ddee CCoorruucchheeDDeezzeemmbbrroo ddee 22000066

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 45

As cerimónias comemorati-vas da Restauração da Inde-pendência que tiveram início aomeio-dia, com uma missa so-lene na Igreja de São Domingos,teve lugar pela tarde e junto aoobelisco que perpetua a gestados conjurados de 1640, naPraça dos Restauradores as evo-cações aos heróis da Restau-ração. Estiveram presentes, paraalém do edil lisboeta e do presi-dente da SHIP, Jorge Rangel, osrepresentantes das chefias dosdiferentes ramos das ForçasArmadas e o Duque de Bragan-ça, D. Duarte Pio, em que foramdepositadas coroas de flores nabase do monumento à Restau-ração, por alunos de diversosestabelecimentos de ensino, no-meadamente das Escolas Navale de Polícia, Academias Militare da Força Aérea, do ColégioMilitar, dos Institutos Militaresde Odivelas e Pupilos do Exér-cito e Casa Pia de Lisboa.

Um coro de alunos da CasaPia de Lisboa entoou “A Portu-guesa” e o Hino da Restauraçãodurante o hastear e o arriar dasBandeiras Nacional e da Resta-uração, que foi também acom-panhado pela Banda do Exér-cito, que marcou a cerimóniaevocativa com os toques desilêncio em memória de quantos

tombaram pela Pátria.Findas as evocações no exte-

rior, as cerimónias continuaramno Palácio da Independência, noLargo de S. Domingos -na sededa Sociedade Histórica da Inde-pendência de Portugal – para aassinatura do Livro de Honra.Na mesma ocasião, o presidenteda SHIP, Jorge Rangel, pediupara, ao contrário de anos ante-riores, em que apenas assi-navam o livro as altas individua-lidades, todos os presentes des-sem assim testemunho do seu“amor pela Pátria”.

Na presença de mais de meiomilhar de pessoas, o dia come-morativo da restauração da in-dependência terminou com avisita a uma exposição da colec-ção de música do MaestroManuel Ivo Cruz (de partiturasde Hinos, Marchas e CantosPatrióticos, sobretudo), patentenuma sala do Palácio, e com aactuação, no seu Salão Nobre,do grupo coral timorense LOIK,que apresentou canções de Ti-mor, Indonésia, Filipinas, Ma-cau e Brasil.

A Fundação da SociedadeHistórica da Independência

de Portugal Em 24 de Maio de 1861 fun-

dava-se a Comissão Central do

1.º de Dezembro de 1640 comoreacção ao sentimento iberistaque grassava em largos sectoresda sociedade portuguesa. Partin-do da iniciativa de Feliciano deAndrade Moura, comerciantelisboeta, logo reuniu grande nú-mero de adeptos entre os quaisAlexandre Herculano, BritoAranha, Inocêncio Francisco daSilva, Anselmo José Braam-camp, José Estêvão.

Empenhando-se desde sem-pre na independência de Portu-gal e no culto dos valores pá-trios, a Comissão viu o seunúmero de associados gradual-mente aumentar o mesmo acon-tecendo ao seu prestígio. Osseus primeiros estatutos datamde 1 de Dezembro de 1869, ten-do sido já por várias vezes revis-tos, a última das quais em 1998.Desde as suas primeiras reu-niões que o Palácio Almada foia sede de facto e de direito a par-tir de 1940.

Também desde 1861 se pro-moveram as comemorações do1.º de Dezembro, embora nesseano não se chegassem a realizarpor estar a Nação de luto pormorte de D. Pedro V. Ao longodestes anos as comemoraçõestomaram diversas formas, man-tendo-se contudo constante acelebração de um Te-Deum, talcomo D. João IV, logo em 1641,determinara.

A actividade da SociedadeHistórica da Independência dePortugal, nome que a Comissãotomou em 1927, orientou-se nocumprimento dos seus objec-tivos estatutários: promover oculto do amor da Pátria, come-morar as grandes datas nacio-

nais, combater tudo o que afectea dignidade de Portugal. Para talpromoveu a edificação de diver-sos monumentos no País, salien-tando-se o Monumento aos Res-tauradores, a angariação de fun-dos e objectos para socorreralgumas populações em casospontuais de necessidade (comoa fome em Cabo Verde em 1863ou recolha de livros para Angolaem 1998), a realização de con-ferências na sua sede, quer decarácter histórico-cultural comode carácter político-institucio-nal, a realização de exposiçõesdidácticas, programas radiofóni-cos, concursos para os jovensdescendentes de portugueses aresidir no estrangeiro, edição dediversas obras e a promoção deactividades desportivas, salien-tando-se a esgrima.

Desde o início, a ComissãoCentral teve a sua sede no Palá-cio dos Almadas, então proprie-dade particular, hoje designadocomo Palácio da Independência.Em 30 de Maio de 1939 a Lein.º 1814, de 1925, autoriza à Di-recção Geral da Fazenda Públi-ca adquiri-lo para a ColóniaPortuguesa do Brasil, a 25 deAgosto do mesmo ano é assina-

da a escritura do edifício e em24 de Novembro de 1940 éentregue à SHIP.

A Sociedade, a Actualidadee os Jovens

Ainda no âmbito das come-morações, Jorge Rangel, Presi-dente da Direcção Central daSHIP anunciou a criação de doisnúcleos juvenis da Sociedade,com a sua autonomia devida, aAla Nuno Álvares, que será lid-erada pelo Padre Hugo dosSantos, actual capelão e docenteda Universidade Católica Portu-guesa, que terá por objectivo areflexão sobre a identidade por-tuguesa e os grandes desafios dePortugal e o Núcleo Infante DomHenrique, que se debruçará so-bre a “recriação e desenvolvi-mento de um diorama da His-tória de Portugal, da afirmaçãono Presente, face ao Futuro” e oestabelecimento de um quadrode universalização para a cul-tura portuguesa.

Os jovens sócios da SHIPtêm participado ainda em diver-sas actividades desportivas eculturais, como é o caso da esgri-ma e passeios de estudo.

Vitório Rosário Cardoso

Portugal comemora aindependência a 1 de Dezembro

“Celebrar a independência de Portugal é, antes de mais, a declaraçãoinequívoca de que Portugal tem sentido, tem alma e tem espírito que lhe sãopróprios, e que não nos é indiferente continuarmos a ser Portugueses e, todosos dias, podermos afirmar Portugal”.

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Bom AnoBom Ano

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200646

É com um misto de emo-ções que analiso o ano des-portivo de 2006. Se por umlado temos resultados queenchem de orgulho a popu-lação portuguesa, por outrolado assistimos a uma série deepisódios que demonstramalguma da triste realidade dodesporto em Portugal.

Comecemos pelos factorespositivos: Não poderia deixarde começar pelo excelente 4.ºlugar alcançado pela SelecçãoPortuguesa no Mundial daAlemanha. Quem não se lem-bra da vitória duríssima frenteà Holanda ou do épico frente àInglaterra. Esta é a prova deque temos um excelente con-junto de jogadores, segura-mente dos melhores de sempre,com Ronaldo e Deco comomaiores referências, orientadospor um treinador (Scolari) com“pulso forte” para lidar comuma grande quantidade deestrelas o que nem sempre éfácil. Devo ainda referir quetemos um excelente conjuntode jovens jogadores que irágarantir seguramente umagrande qualidade à Selecçãonos próximos anos.

Continuando a nível inter-

nacional, também o Benficarealizou uma excelente cam-panha na Liga dos Campeõesda época passada chegando aosquartos de final, deixando pelocaminho equipas como o Man-chester e o Liverpool, apenassendo eliminado pelo futuro ven-cedor, o todo-poderoso Barce-lona, futuro vencedor da prova.

No plano nacional, o desta-que vai obviamente para o FCPorto. Foi campeão da épocatransacta com o “alternativo”3-4-3 de Co Adriaanse, comRicardo Quaresma em gran-de destaque, e esta época con-tinua a dominar o campeonatodesta vez com Jesualdo Fer-reira como técnico. O Portodesta época está ainda melhordo que na época passada. Oplantel é melhor e mais homo-géneo e com um Quaresmaainda melhor. O Porto tem 5pontos de vantagem sobre oSporting e 8 sobre o Benfica ese continuar assim revalidará otítulo, mas a grande questão ése o Porto consegue ou nãomanter este ritmo de vitórias.

Todas as equipas sem ex-cepção têm quebras de forma eo Sporting e o Benfica não po-derão falhar quando essa alturavier. No caso do Sporting, a

inexperiência de muitos joga-dores poderá jogar a desfavorda equipa como já se viu con-tra o Spartak no último jogo daChampions.

A equipa é boa, mas seráque todos estes jovens terão“estofo” para aguentar a pres-são a determinada altura docampeonato? Penso que o Spor-ting deveria contratar 1 ou 2jogadores com mais experiên-cia para equilibrar o plantel.Nessa altura a equipa leoninaserá indiscutivelmente maisforte e com mais condiçõespara lutar pelo título.

O Benfica será porventuraa maior incógnita deste campeo-nato. Com um plantel de quali-dade indiscutível, a equipa per-siste em ser irregular e acumu-lar maus resultados fora decasa que têm feito toda a dife-rença na tabela classificativa.No entanto a equipa pareceestar melhor. Com o sistemamais estabilizado e pratica-mente sem lesões e ainda como regresso de Rui Costa, aequipa tem todas as condiçõespara realizar uma boa segundavolta e assim aproximar-se doFC Porto.

Mas não só de futebol o anodesportivo foi feito. As maio-

res referências desportivas em2006 foram muito provavel-mente a triatleta Vanessa Fer-nandes, com as vitórias naTaça do Mundo e no Europeuconfirmando-se como uma me-nina-prodígio e uma atleta deexcepção.

A judoca Telma Monteirotambém merece as melhoresreferências depois do títuloEuropeu que conquistou o mêspassado. A jovem atleta nãomais parou de ganhar e aindatem margem para evoluir numadas poucas modalidades ondese tem trabalhado muito bem ecom resultados que saltam àvista nos últimos anos.

Também Emanuel Silva noremo conquistou um brilhantesegundo lugar no CampeonatoEuropeu dando assim segui-mento à excelente prestaçãonos Jogos Olímpicos. Por fim éobrigatório falar de FrancisObikwelu, vencedor dos 100e 200, no Europeu de Atle-tismo. O homem que um diaencontrou na construção civilum meio de sobrevivência,vence agora medalhas devido àsua humildade, classe e simpa-tia. Um grande atleta!

Mas infelizmente não só defactores positivos se fez esteano. O famosíssimo caso Ma-teus encheu as páginas de to-dos os jornais do país. Umasimples inscrição mal feita fezcom que vários organismosnão conseguissem chegar a umacordo em tempo adequado dequem deveria parar à segundadivisão. Acabou por descer oGil Vicente numa decisão malexplicada e a quem pouco con-venceu. Ficou então bem ex-posto que os oficiais do fute-bol, entregues ao poder judicialacabam por tornar o caso in-governável.

O caso Nuno Assis é outrodos casos surrealistas do nossofutebol. O governo decidiu ho-mologar o parecer da Procura-doria-Geral da República quefoi no sentido de revogar oarquivamento da suspensão de

Nuno Assis, decidido peloConselho de Justiça. A decisãode mandar arquivar o processoa 19 dias do fim da suspensãodeixou meio mundo boquia-berto. Como é óbvio o Tribunalde Laussane não gostou e mar-cou a sentença final para o iní-cio do ano, a qual poderá terconsequências nefastas para ojogador. Este processo encerramuitas dúvidas jurídicas e émais um caso à Portuguesa.

Para terminar tenho quefalar infelizmente do caso“Apito Dourado”. 2006 foiano em que Carolina Salgado,ex-companheira de Pinto daCosta, lançou um livro sobreos mais negros meandros dofutebol português. Gostando--se ou não da senhora emquestão, já que de moral elanão deve ter muito, a verdade éque ela conseguiu “mexer”com o processo que estava mo-ribundo. Não se falou de outracoisa e isso apressou o Pro-curador-Geral a nomear MariaJosé Morgado, pessoa emquem os portugueses confiam,para liderar o processo.

Acusações gravíssimas fo-ram reveladas no livro. Muitagente pôde constatar aquiloque já sabíamos, ou seja, quehá corrupção ao mais altonível no futebol Português.Agora é necessário provar e oestado português deve tomarcomo bom exemplo a formacomo decorreu o processo do“Cálciocaos” onde em cerca deum mês se descobriu, resolveue se tomou medidas para puniros infractores.

Enfim, esperemos que oano de 2007 seja o ano da mu-dança e “limpeza” do futebolportuguês mas que seja tam-bém um ano de maior evoluçãono Desporto em Portugal paraque os brilhantes atletas quetemos nos continuem a propor-cionar alegrias.

Um abraço e Bom Ano.____

Comentador de Desporto

João Sobral Barros *

FORA DE JOGO

O Ano Desportivo de 2006

CARTOON

RectificaçãoNo número anterior, por lapso, não referimos a auto-ria das fotos sobre a notícia da Confraria do ToiroBravo, que foi da Senhora Joaquina Brito Estêvão.

As fotos do almoço dos Forcados foram da autoria deJoão Mesquita e as fotos alusivas à escola de toureio deCoruche, cedidas gentilmente pelos Srs. Manuel eAntónio Badajoz, a nosso pedido.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 2006 47

Acordem Coruchenses daletargia em que hibernaram. Otrabalho chama por vós, nadacai do céu por obra e graça doEspírito Santo. Certamente elevos ajudará, mas para isso temque existir uma vontade fortedos coruchenses, sem essaunião será uma utopia.

Meus amigos coruchenses,já vos lembrei como se conse-guiu reavivar o futebol em Co-ruche, infelizmente nesta altu-ra enfermamos do mesmo malque tão bem conheci quandovim para esta linda terra quehoje considero como minha,porque me deu uma filha, merespeitaram e ajudaram a viver,e, já nessa altura ouvia dizer“eles que façam”.

É pena que esses “putos”

que existiam em 1941 já nãoexistam na sua totalidade e ospoucos que restam tenham aprovecta idade de 80 e 82 anos.É pena que o tempo tenha pas-sado tão depressa para eles,certamente não deixariam che-gar ao lugar onde hoje nos en-contramos.

Porque esse dogma perma-nece inviolável, será essa achamada de atenção que nestaquadra natalícia desperte oscorações para a união, de mãosdadas, dêem uma luz de esper-ança nesta cruzada em que par-ticipemos para que o grupodesportivo o Coruchense saiadesta letargia.

Foram os “putos” que cata-pultaram o nosso clube paraque escrevesse no seu historial

a letras de oiro, sermos cam-peões nacionais da 3.ª divisãonacional.

Oxalá a varinha mágicatoque nos corações dos coru-chenses e nos alerte para queamizade só pode ser medidaem recordações com paz eamor. Vamos sonhar que o PaiNatal deixe no sapatinho doGrupo Desportivo “O Coru-chense” a vontade de todos paracolocar o seu clube no patamarque os homens desejem.

Escreve estas linhas um dos“putos” que chegou à Fede-ração Portuguesa de Futebolcom a licença de jogador da 1.ªcategoria com o n.º 41486, rep-resentando o Grupo Despor-tivo “O Coruchense” na épocade 1948/49.

João de Matos Cravidão *

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estarão representadas todas as equipas e respec-

tivos Campeões do Distrito.

Breves Sobre RodasNo passado fim de semana no dia 16 em Almeirim(Tigres) e no dia 17 em Évora (Diana), a Secção dePatinagem Artística dos “Os Corujas” foi convidadapor aqueles Clubes, tendo actuado com muito agra-do nos Saraus daquelas cidades.

Perfila-se no nosso horizonte desportivo mais umgrande evento, que está a ser estudado ao por-menor para que tenha o sucesso dos anteriores.

I.ª GALA DISTRITAL DE PATINAGEM ARTISTICA

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 9 • Dezembro de 200648

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O Jornal de Coruche por dentro