7/28/2019 "J hora de apostar na reabilitao"

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ENTREVISTAJOOSEMEDOCandidato do BE Cmara de Lisboa

J horade apostarnaTelma Roque

apostarmais naeabilitao e noarrendamento emvez da compra so algumasdas apostas do candidato doBE Cmara de Lisboa JooSemedoconfiaque o partidova i recuperar um lugar noExecutivo e teme que a leidas rendas tenha um efe itoexplosivo para moradorese comerciantesNas crticas que tem feito gesto de Antnio Costa area da habitao tem surgido cabea Diz que omaiorfracasso domandatoComo que o BE pode marcar a diferenaNesta gesto de seis anosnaquilo que era mais difcilmais complexo em que hmais interesses a proteger agesto de Antnio Costa falhou As questes da habitao e as relacionadas com a situao social em que muitasfamlias da cidade caram fruto da austeridade so paramim duas reas prioritrias preciso fazer opes polticas A primeira se preferimos a reabilitao ou a construo novaE o BE prefere reabilitarNs achamos que j horade apostar na reabilitao econstruir de novo menos ACmara fez o contrrio A Cmara tinha aprovadoum pro

grama extraordinrio de reabilitao que nunca saiu dagaveta Preferiu constituirum fundo que tambm foium flop partindode terrenosdestinados construo e especulao imobiliriaQual aoutra opoSe preferimos o arrendamento ou a venda Frut o dapresso que as instituiesbancrias fizeram a opo dacompra foi sempre uma primeira opo Achamos queest na hora de criar um a bolsa de arrendamento municipal de habitao que permitaa quem entender arrendar apreos mais baixosMas com que meios e comquemodeloA reabilitao da cidade nopode serfeita exclusivamente com fundos municipaisTem de envolveroutros fundos Podemserfundos do prprioEstado fundos comunitrios e tambm financiamento particular H cerca de55 mil fogos devolutos Hmuito edificado que est de strudo abandonado algumdele at com risco para a segurana de quem passaComo pensacativaro particularpara a reabilitao sobretudo naatual conjuntura econmicaH vrias maneiras Um a

delas ter uma poltica fiscalque sobrecarregue maisaqueles proprietriosque deixemos seus imveis ao abandonoA Cmara pode ter aposse administrativa desses imveis e

essa posse pode ser temporria ou definitiva H cidadesonde o Estado ou os municpios investem na reabilitao colocam os imveis reabilitados nos mercados a preos mais baratos e com as rendas amortecem o investimento ou pagam uma indemnizao ao senhorio Aoutra hiptese esse fundopblicocamarrio ou do Estado concluir o processo de reabilitao e alugar as casas Essas verbas reverteriam paraum fundo para outra atividade no mbito da reabilitaoFacilitaria a criao da bolsa de arrendamento que oBE se prope criar

Se houver habitao a preos maisbaixos baixa o preodo arrendamento Muitaspessoasquerem viver em Lisboa mas as rendas so demasiado caras ou o valor de compra demasiado elevadoUma das orientaes tem deser introduzir habitao nomercado Depois h aqui outra questo A Cmara temresponsabilidades perante cidados que no tm condies para pagar uma rendaAnualmente duas mil pessoas procuram casa junto daCmara mas esta s consegueresponder a 200 casos Humgrande diferencialque preciso ultrapassar H bairros sociais e municipais commuitashabitaes quej foram compradas mais de70 mil A Cmara obteve aqui um fundopara financiar Onde oatacouNingum sabeO preodosarrendamentoseda vendalevoumuitos lisboetas a deixar a cidadeComo que inverte estatendnciaLisboa uma grande cidadeuma grande metrpole Issotem vantagens e custos Alguns dos problemasque se refletememLisboa exigem quea AdministraoCentral tambm tenha uma relao diferente da que tem com outrosmunicpios Lisboa uma cidade muito contraditria Hmuita gente procura decasa h um nmero significativode sem abrigo e muitacasa semgente o resultado

de sucessivas polticasde habitao Numa situao decrise tudo isto mais graveHoje h pessoas que deixaramde ter condiespara assumir os compromissos quetinham com a Banca e parapagar rendas H ainda umoutro mundo de problemasresultante da lei das rendasNa apresentaodasua candidatura chamou lhebomba relgio

Para particulares e para comerciantes H muitos contratos anteriores a 1990 Oque vai ser dessas pessoasmuitas delasidosas sozinhassem qualquer apoiofam iliarMetade da populao pensionista a outra compostapor estudantes D bem ocontraste desta cidade A leidas rendas pode criaruma situao explosiva e seuma cmara no se preparar para

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isso se no t iveruma soluo ento servirpara muitopoucoQue ferramentas poderoser criadaspara acudira todas estas situaes uma opo poltica Dizerque as cmaras no tm nadaa ver com a pobreza com aexcluso social com o desemprego na esmagadoramaioria das situaes isso atpode ser verdade A opo

poltica que se coloca seum a cmara deve f ica r indiferente apenas porque issono da suaresponsabilidade ou no da sua competncia Ou se um a cmarapode ficar de olhosfechadosperante uma pessoa quenotem gua em casa eletricidade gs ou dinheiro para teruma refeio Ns achamosque no pode ficar de braoscruzados e que uma das

principais responsabilidadedaCmaradar resposta a estes casosE de que forma pode a Cmara descruzaros braosEm 2011 2012 e 2013 a Cmara aprovou uma verbapara um programa de emergncia de 1 5 milhes de euros Em 2011 ficouporgastarEm 2012 no se gastou todaaverba e vamos ve r como vaiser em 2013 quando foi aprovado tambm um fundo paraa emergncia social A Cmaraprecisa de ter umgabinetede crise para tomar fcila obteno de apoio porque lenta na resposta no estprxima dos problemas daspessoas E ns temos deserlestosnessa resposta H hojeum conjuntodeorganismosuns pblicos outros da chamada economia social quetm uma interveno grande no apoio social Eujulgoque uma cmara tambmtem de definirum programaque articule todas estas respostas No um problemafcil sobretudo quando hum Governo que cada vezmais agrava a austeridadeO novo mapa administrativo um entrave proximidade ou tudo dependerdaarticulao entre serviose instituiesDepende da forma comoforem distribudas as competncias os meios e os recursos As novas freguesias resultam de uma diviso quefoiimpostae as pessoas olharo com desconfiana Notenho dvidas disso Vamosver s e o s espritos se abrem ese a administrao local municipal abre mos das suasrotinas das suas burocraciase descentraliza de facto os meiose recursosO que o que o partido prope para area daEducaoPrimeiro precisodar seguimento econcluir a redede creches e infantriosonde h grande insuficincia Depois htodo o problema dos poiosuniversitrios e em particular da prpria cidade universitria de Lisboa que tem aver com um plano para aquela zona H ainda um problema para resolver quanto scantinas e residncias universitrias medida que soreduzidos os apoios e asbolsas preciso diversificaros apoiose servios disposio dosestudantes

Lisboa vitrine no podesobrepor se Lisboade quem nela vive

Haver com o BE uma aposta nosbairros para quem lvive e at como ponto deatrao tursticaLisboa o somatrio de vrias cidades a cidade dequem nela reside a de quemtrabalha eados turistas naciona is ou estrangeiros Tem dehaver respostaspara estas trscidades que evitem queaqueles que c vivem sejamultrapassados ou esmagadospelas dinmicasdas outras cidades Parai sso muito importante a vida comunitriados bairros que se perdeu preciso recuperar isso renovando aproveitando o queum a cidade modernapode dar a bairrosmais antigos e tradicionaisEstando o comrciotradicional adesaparecer odesafio aindamaior O que propeNoh outra formaque no seja atravsda concesso de bene

fcios de diversa natureza N o podemos dizer quedefendemos os bairros avidacomunitria sem apoiar e incentivar amanuteno e fixao de lojas que tambm voser muito atingidas com a leidas rendasEsses benefcios seriam daexclusivaresponsabilidadeda Autarquia Parte dessecomrcio centenrio fazparte do patrimnio dacidade

adeelsoas transporte pblico O que que est a falharDurante muitos anos a filosofia que imperou foi fazercom que o maior nmero decanosentrasseo maisdepressa possvel em Lisboa Rapidamente se concluiuque o queesta poltica conseguiu foideslocar um engarrafamentode um stio parao outro Hojehumanova realidade que resulta da austeridade Entrammenoscanosem Lisboa porque h muita gente que perdeu o emprego e outras deixaram de ter rendimento suficiente para poderem circularde automvel Temos menos

pressoE a inda assim menos utentes nos transportes preciso ter mais parquesnaperiferia Por outro lado osparques so caros os bilhetesde transportes e passes tambm H uma relao diretaentre o aumento do preodostransportes e a reduo dospassageiros Cada vez que opreo do bilhete sobe humareduo de passageiros ummau s inal e t ambm umafonte de problemas financeiros porque reduz a receitasdasoperadoras a favor da fuso entre aCarris e oMetropolitanoNs achamos que deve seruma empresa pblica participada pela Cmara e pelo Estado e no contexto da Autoridade Metropolitana de Transportes E sobre essa matrianum momento em que se falada privatizao do s transportes a nossaproposta a fusodas duas empresas Carris emetro garantindoumagestotcnica diferenciada S assima Cmara podeexecutar umapoltica de transportes e decirculao Ma s receioqueAntnio Costa no se importe quea rede seja privatizada se perceber que isso pode ser umbom negcio financeiroAntnio Costa tem reclamado a tutela exclusiva dagesto do trnsito Partilhada mesmaopinioCabe Cmara obviamenteter a gesto por inteiro das regrasde circulao na cidade

patrimnio que os turistastambmprocurame visitamH que incentivar a que essepatrimnio sobreviva Claroque no defendoque a Cmara se substitua nas suas responsabilidades s qu e so pblicas O problema se umacmara se pode refugiar nessas dificuldades e se o seu n ico papel dizer protestemcontestemComo que qualificao trabalho feito na reado turismo

Lisboa est na moda O quej no bom qu e a gesto daCmara sobreponha a Lisboaitrine s outras Lisboas dequem nelas vive e trabalhaTodos gostamos muito doTerreirodo Pao A Lisboadosturistas seria mais pobre sen o houvesse Terreiro doPao A questo saber se aprioridade que se deu aos investimentos e distribuiodo s f inanciamentos fo i amais equilibrada Sobre issotenho bastantes dvidas Aolongo destes seis anos Antnio Costa foi gerindo umatenso e um equilbrio entreduas concees que estavampresentes nos seus vereadores a viso de que a preocupao deve ser apenas com oespao pblico e a dos queacham que deve estender seao parque habitacional

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Admitiu entendimentosps eleitoraiscomAntnioCosta h c e rc a de um a semana quando apresentouoficialmente a sua candidatura Em quereasquepoder haver maiorsintoniaco m o PSO Bloco de Esquerda estdisponvelpara assumirtodasas responsabilidades desdeque essas responsabilidadespermitam respeitar e cumprir o programa da suacandidatura ous ej a d aminhacandidatura E portanto tudo depender dos resultados e doprograma que a maioria daCmara determinarpara a cid ad e Ns no recusamosnem aceitamos No temosuma posio predefinidaNo coloca portanto a hiptese de vir a aceitar pelourosSer em funo desse programa que o Bloco de Esquer

da na altura e em funo dosresultados tomaruma deciso Quando o Bloco de Esquerda diz que assume todasas responsabilidades incluitambm essas Temos dispo

nibilidade e abertura paraparticiparmos nas soluesnecessrias cidade Desdeque elas no ofendam nocontradigam o nosso programa Ma s mais uma questoprogramtica do que outracoisa qualquerFernando Medina ser onmero dois na lista deAntnio Costa Qual a leitura que faz desta escolhaA lista de Antnio Costaser a de Antnio Costa e doPartido Socialista No mepronunciosobre isso Masverifico tambm noutras notcias que deixam a equipa deAntnio Costa vereadoresque tiveramum papel importante nomeadamente Helena Roseta ser cabea de lista do PS Assembleia Municipal e Nunes daSilva Sobaixas numa equipa devereadores com uma intervenomuito relevantena gestodacidadeE a entrada de FernandoMedina um dirigente do PartidoSocialista bastante conhecido e ao qual reconheo bas

tantes capacidades um portuense na Cmara de LisboaFernando Seara candidatodacoligaoPSD CDS mantm sena corr ida Cmarade Lisboa apesar do acrdo doTribunaldaRelaoimpedir essa candidaturaComo que reagea esta decisoEu j disse e repito a candidatura de Fernando Seara um a candidatura fora da lei Eacho particularmente demau gostoque no dia seguinte a uma sentena judicialque no lhe favorvel Fernando Seara insista nessacandidatura fora da lei umdesafio lei um desafio democracia que no credencia nenhum candidato noabona muito a favor de Fe rnando Seara No seise vaisermeu adversrio ou no masjulgo que uma candidaturaque viola a lei eleitoral no uma candidatura que v chegar a ser efetivamente umacandidatura Mais tarde oumais cedo a lei se impor eno ter condiesde viabilidade Seria estranho perante

uma lei to clara que impedeos presidentes de cmara queconcluram trsmandatos dese candidatar presidncia dequalquer cmara A candidatura acabar porno se concretizarUma sondagem publicadapelo JornaldeNotcias nodia 2 de junho coloca o emquartolugar nas intenesde voto e no lhe garanteum lugar de vereador Seno for eleito no senteque isso pode acabar porfragilizaro BE uma vez que tambm coordenador dopartidoA campanhaeleitoral aindanocomeou est adar os primeirospassos Eu tenhomuita confiana em que sereieleito O Bloco de Esquerdairrecuperar o seu vereador na Cmarade Lisboa Portanto notrao outro cenrio que noeste N s n o concorremospara marcar presena Concorremos para alcanar esteobjetivo regressar CmaraMunicipal de Lisboa Esse oobjetivoda minha candidatura para este cenrio com

muita convico que trabalho N o admito sequer outros cenrios que noestePretende acumulara vereao com a lideranado part ido e manter se como deputadoNo estou a pensar deixardeser coordenador do Bloco de

Esquerda nem deixar de serdeputado E pensode facto servereador da Cmara Municipalde Lisboa Reafirmo o quedisse no dia em que apresentei a minha candidaturaO trauma Jos SFernandesestultrapassadoRisos Toda essa situaotodos essesepisdiosno nosdeixaram qualquer traumatismo e espero que tambmno o tenham deixado em Jos S Fernandes I ss o s oguas passadasA sua atividade profissional sobretudo a do mdicoque chegou a administrarumhospital desenrolou sequaseporinteiro na cidadedo Porto No teme servisto comoo polticodo Portoque veio candidatar se aum a cmara em Lisboa

Nasci em Lisboa cresci emLisboa Tive a minha formao profissional em LisboaVivi mais tempo em Lisboado que no Porto Julgo quesou um lisboeta de gema e conheobastantebem a cidadede Lisboa os problemas deLisboae as pessoas de LisboaNo vejo que isso seja umhandicap nem uma vantagem da minha candidaturaSou to lisboeta como mu itos outros candidatos nestaseleies Cmara de LisboaN o sinto que isso afete minimamente ne m a minhacandida tura nem a formacomoelava i ser olhadapeloseleitores

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