itapetinga-ba · maio no auditório da smec com a presença de todos os agentes construtores das...

130
1 ITAPETINGA-BA

Upload: duongthuan

Post on 21-Jan-2019

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

1

ITAPETINGA-BA

Page 2: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................... ........... 4

2 METODOLOGIA UTILIZADA NO PROCESSO AVALIATIVO DO PME...... 6

3 ANÁLISES SITUACIONAIS DO MUNICÍPIO................................................. 7

3.1 Caracterização do Município de Itapetinga............................................... 8

3.1.1 Aspectos Históricos....................................................................................... 8

3.1.2 Aspectos Geográficos................................................................................... 10

3.1.3 Aspectos Demográficos................................................................................ 11

3.1.4 Aspectos Socioeconômicos........................................................................... 14

Aspectos Culturais........................................................................................ 17

4 ANÁLISE SITUACIONAL DA EDUCAÇÃO................................................ 20

4.1 NÍVEIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA E SUPERIOR....................................... 20

4.1.1 Educação Infantil.......................................................................................... 20

4.1.1.1 Diagnóstico................................................................................................... 20

4.1.1.2 Indicadores Educacionais.............................................................................. 26

4.1.2 Ensino Fundamental.................................................................................... 26

4.1.2.1 Diagnóstico.................................................................................... .............. 29

4.1.3 Ensino Médio .............................................................................................. 32

4.1.3.1 Diagnóstico................................................................................................... 33

4.2 MODALIDADES E DESAFIOS EDUCACIONAIS......................................... 35

4.2.1 Educação Inclusiva..................................................................................... 35

4.2.2 Alfabetização na Idade Certa .................................................................... 38

4.2.3 Educação em Tempo Integral.................................................................... 41

4.2.4 Qualidade da Educação Básica................................................................. 43

4.2.5 Educação de Jovens e Adultos (EJA)...................................................... 45

4.2.5.1 Diagnóstico....................................................................................... ......... 46

4.2.6 Educação no Campo................................................................................. 57

4.2.7 Educação Profissional em Nível Médio................................................... 58

4.2.7.1 Diagnóstico................................................................................................ 59

4.3 Educação Superior.................................................................................... 61

4.3.1 Ensino Superior............................................................................................ 61

4.3.2 Diagnóstico................................................................................................... 61

4.3.3 Ensino Superior Modalidade EaD................................................................ 64

4.4 VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO........................... 65

4.4.1 FORMAÇÃO DOS PROFESSORES E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO.. 65

4.4.1.1 Diagnóstico.................................................................................... ............... 66

4.5 GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO.................................... 72

4.6 Recursos Financeiros para a Educação no Município........................... 76

4.6.1 Financiamento da Educação Municipal................................................... 76

4.6.1.1 Diagnóstico................................................................................................ 77

Page 3: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

3

4.6.1.2 Fontes de Recursos para a Educação................................................... 77

5 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO.................................................... 86

METAS E ESTRATÉGIAS DO PME......................................................... 88

Page 4: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

4

1. INTRODUÇÃO

Partindo do pressuposto de que o desenvolvimento do educando e o

seu preparo para o exercício da cidadania deve estar embasado nos princípios de

liberdade e solidariedade conduzindo- o para o projeto de educação com objetivos

de excelência, os quais, para serem operacionalizados, devem partir da

fundamentação sobre o conhecimento e aprendizagem com meta para construção

da autonomia, formando sujeitos que, pela consciência crítica no seu próprio

projeto e na sociedade, possam agir de forma responsável, criativa, cooperativa e

inovadora. Possam também formular juízos próprios de valores, os quais

conduzam à tomada de decisão oportuna ao agir em diferentes circunstâncias da

vida, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade.

Na busca do pleno desenvolvimento, necessariamente o conhecimento

deve ser a estratégia mais importante para a concretização da autonomia. Assim,

necessário se faz ter de maneira palpável subsídios para se decifrar a dinâmica

social de uma localidade e intervir como sujeito que utiliza a educação para a

reconstrução social com base na realidade histórico-estrutural.

O Plano Municipal de Educação (P.M.E.) não é um plano da Rede

Municipal de Ensino, mas um plano de Educação do Município. Este plano está

integrado ao Plano Estadual de Educação e ao Plano Nacional de Educação

(PNE), porém mais integrado, ainda, à realidade, à vocação, às políticas públicas

do município e sua proposta de desenvolvimento que é determinar as metas e as

estratégias de suas ações na educação escolar.

Desta forma, o PME tem como primícia planejar as políticas públicas

para a área a curto, médio e longo prazo e, com isso, contribuir para a efetivação

do acesso à educação, uma vez que é um instrumento de cidadania, de garantia

de direitos das crianças, adolescentes, jovens e adultos e, ao mesmo tempo, é

uma diretriz que faz com que as políticas não sejam cindidas à medida que as

gestões vão mudando, o que infelizmente é uma situação muito comum no Brasil.

A revisão e a avaliação dos PMEs é um processo previsto pela Lei

13.005/2014, que estabeleceu o novo Plano Nacional de Educação (PNE). No

entanto, desde 2001, quando entrou em vigor no país o primeiro PNE, estados,

municípios e o Distrito Federal já tinham a obrigação de criar as suas versões

Page 5: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

5

locais das metas e estratégias, pois o Plano Municipal de Educação é o

instrumento mais importante da política educacional e o momento é propício para

a discussão sobre essas prioridades nas cidades, com a participação de todos.

Desta forma, a avaliação e a reformulação do Plano Municipal de

Educação (PME) consiste em basicamente definir metas a serem atingidas num

prazo de 10 anos e descrever as estratégias que serão usadas para se conseguir

alcançar as metas do Plano Nacional de Educação - PNE. Vale ressaltar que o

PME é muito mais do que uma declaração de intenções, pois a sua importância

não reside apenas em garantir um direito fundamental pelo qual os municípios

têm grande responsabilidade. A construção coletiva do PME e a sua

implementação têm o potencial de mudar a forma como os gestores, os

profissionais da educação e demais segmentos da comunidade lidam com as

políticas educacionais com a pretensão de propor de maneira efetiva uma

educação de qualidade ao:

I - Erradicar o analfabetismo;

II - Universalizar o atendimento escolar;

III - Superar as desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da

cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;

IV - Melhorar a qualidade da educação;

V - Formar para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e

éticos em que se fundamenta a sociedade;

VI - Promover o princípio da gestão democrática da educação pública;

VII – Promover uma educação humanística, científica, cultural e tecnológica do

País;

VIII - Estabelecer e cumprir a meta de aplicação de recursos públicos em

educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure

atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX – Valorizar os (as) profissionais da educação;

X – Promover os princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade

étnica, religiosa e sexual e à sustentabilidade socioambiental.

Logo, é a partir desta atualização que será possível retratar a situação

educacional do município, com relação aos níveis e modalidades de ensino, aos

Page 6: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

6

profissionais da educação básica, a gestão democrática e ao financiamento da

educação, uma vez que é esta atualização que irá permitir avaliar o que acontece

hoje e que norteará as próximas ações, para que estejam vinculadas a realidade

educacional. Tudo isso resultará em mais qualidade de ensino. É preciso pensar

uma nova concepção de educação dentro de um diagnóstico realizado e com

metas e estratégias propostas para a educação municipal na próxima década.

2. METODOLOGIA UTILIZADA NO PROCESSO DE AVALIATIVO DO PME

A operacionalização e a gestão da Educação no Município de

Itapetinga estão ancoradas e apoiadas em um sistema de ensino onde os agentes

construtores do processo educativo têm seus papéis e responsabilidades

delineados, reforçados pela criação da Lei Federal nº. 10.172/01, que instituiu o

Plano Nacional de Educação e que contém e prevê indicações essenciais para a

criação e a avaliação do PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – PME.

Em detrimento da significância desse trabalho para o município, houve

uma orientação do PROAM e da CONSTAT EDU para sistematizar

exaustivamente todo conhecimento necessário visando a revisão e avaliação do

PME em consonância com as orientações disponibilizadas para os sistemas de

educação de todo o país. Nesse processo foi anexada a visão municipal

específica a respeito do papel, funções e, principalmente, do posicionamento da

“EDUCAÇÃO” no contexto desenvolvimentista de Itapetinga.

Durante o trabalho realizado, utilizou-se também como orientação

metodológica, a convivência, articulação e integração dos membros da Comissão,

representada pelo REPRESENTANTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE

EDUCAÇÃO: Titular: Marisa Soares Gandra e Suplente: Silvana Ferreira dos

Santos, DIRETOR (A) DE ESCOLA DA REDE PÚBLICA: Suplente: Maria das

Graças Souza Silva Seibert, SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO: Titular:

Sibele Shirley da Silva Moura Nery e Suplente: Jusceleide Moreira de Souza,

REPRESENTANTE DE PROFESSOR: Titular: Ênia Figueredo Novais:

REPRESENTANTE DO SINDICATO DE PROFESSORES: Titular: Renan Coelho

de Araújo e Suplente: Naci Gonçalves de Oliveira e REPRESENTANTE DO

Page 7: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

7

CONSELHO DO FUNDEB: Titular: Hosana Silva de Almeida Batista, para a

realização do processo de avaliação e reconstrução do PME, vislumbrando o

direcionamento da oferta do mercado de trabalho para o perfil econômico do

Município, a preparação geral visando à formação de cidadãos com plena

condição de acesso aos benefícios do convívio social, da cultura, da criatividade

no campo das artes, da preparação e produção intelectual de modo que estes

possam inserir-se, individual e coletivamente, no contexto social do Município,

aprimorando-o e tornando-o mais digno e responsável na sua atuação social

enquanto sujeito de direito.

No percurso metodológico também foi realizado um Ato Público pela

SMEC, no dia um 07 de maio de 2015, na Câmara de Vereadores, a fim de fazer

cientes, a comunidade e os vereadores, de todo o desenvolvimento do trabalho

acerca do PME, bem como do cronograma a ser cumprido para votação do

Projeto de Lei e que até o dia 24 de junho do ano em curso deve estar

sancionado. Vale ressaltar que todo o processo de revisão e avaliação fora

amplamente divulgado nas emissoras de rádio do município. No processo de

revisão e avaliação a comunidade, como um todo, teve acesso às propostas das

Metas e Estratégias para a educação municipal na próxima década, no dia 16 de

maio de 2015, para que todos os munícipes pudessem fazer as inferências que

julgassem pertinentes através do preenchimento de um formulário disponibilizado

no e-mail: pme.itapetinga@gmail e no dia 21 de maio a Comissão de Avaliação e

Acompanhamento do Plano Municipal de Educação complementar com o que

julgar necessário, para culminar com uma Audiência Pública no dia 22 maio no

Auditório do Colégio Luis Eduardo Magalhães, dando continuidade no dia 25 de

maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das

comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de

um processo coletivo, participativo, transparente e, efetivamente, democrático.

3. ANÁLISES SITUACIONAIS DO MUNICÍPIO

Realizar a análise situacional de um município é trabalho que requer

pesquisa e estudos minuciosos nas áreas demandadas. O direito à educação

Page 8: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

8

encontra-se vinculado à obrigatoriedade de seu cumprimento. O município tem o

papel de ofertar uma educação básica de qualidade e de assumir, a cada ano,

esse papel que é de importância vital dentro da perspectiva de atender as

crescentes necessidades de uma sociedade, de acesso à informação, ao

conhecimento e aos meios necessários à formação de sua cidadania.

Neste contexto, o documento apresenta um breve relato da análise

situacional do município de Itapetinga no seu contexto histórico e social, dando

ênfase maior à análise da educação, pois é a partir desta análise que serão

planejadas as ações para a oferta de uma educação básica, pública municipal de

melhor qualidade para todos, que é caminho para a construção da cidadania.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITAPETINGA

3.1.1 Aspectos Históricos

Em 1912, Sr. Bernardino Francisco de Souza e alguns parentes e

trabalhadores, fixaram-se às margens do Rio Catolé dedicando-se às atividades

agrícolas tentando encontrar a estrada pedestre entre Vitória da Conquista e

Ilhéus, dando início ao povoamento da região. Quatro anos depois, o Sr. Augusto

de Carvalho chegou à região adquirindo uma propriedade rural, visando dedicar-

se à agricultura e à pecuária. Este demarcou em suas terras uma área de 10

hectares, criando, assim, no ano de 1924, o povoado de Itatinga.

Em 1926, o Sr. Mariano Soares de Oliveira Campos, oriundo do

município de Itambé, resolveu fixar residência na região. Ao chegar, conheceu Sr.

Augusto de Carvalho, que lhe mostrou algumas pequenas casas, e disse que ali

estava a vila de Itatinga. Com efeito, Itatinga foi o primeiro nome de Itapetinga,

nome de origem tupi-guarani com o significado de "pedra branca" ("ita=pedra";

"tinga=branca").

O povoado de Itatinga passou a ser distrito do município de Vitória da

Conquista em 22 de junho de 1933, pelo Decreto Estadual de n° 8.499. Em 14 de

novembro de 1934 sob a liderança dos Senhores Orlando Bahia, Juvino Oliveira,

Mariano Campos, Augusto de Carvalho, José de Souza Paim e outros, foi criada a

Associação Cultural Itatinguense, posteriormente organizada sob a forma de

Page 9: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

9

fundação com o fim de divulgar o conhecimento e a cultura no seio do pequeno

povoado.

Seguindo o seu progresso, Itatinga cresceu, e no dia 30 de março de

1938, teve a sua sede elevada à categoria de Vila, permanecendo integrada ao

município de Vitória da Conquista. Porém, no mesmo ano, em 30 de novembro, a

Vila de Itatinga foi desmembrada do município de Vitória da Conquista e anexada

ao de Itambé pelo Decreto Estadual nº 11.089 de 30/11/1938.

A mudança no nome de Itatinga ocorreu no ano de 1944, com o

Decreto-Lei Estadual n° 12.978, no qual o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística determinou que nenhum município do estado poderia ter nome

semelhante a outro. Como os municípios mais antigos tinham preferência em

manter os seus nomes, foi adicionada a sílaba "pe" ao nome de Itatinga,

formando então o novo nome da vila: Itapetinga.

O crescimento foi rápido, tanto sob o aspecto humano quanto

econômico, e em 12 de dezembro de 1952 foi criado o Município de Itapetinga,

sendo o seu território desmembrado do município de Itambé, conforme Lei

Estadual nº 508 de 12/12/1952.

O prefeito José Vaz Sampaio Espinheira, em um de seus mandatos,

firmou uma parceria sócio-cultural com a cidade de Dairy Valley, hoje com o

nome de Cerritos. O prefeito de Dairy Valley na época visitou Itapetinga e

participou da inauguração da famosa "praça dos bois", a Praça Dairy Valley, além

de prestigiar uma semana de eventos em Itapetinga firmando essa parceria. Da

mesma forma, Espinheira passou uma semana na cidade Dairy Valley, onde,

além da semana cultural, recebeu a homenagem de ter uma rua com seu nome,

Espinheira ln, e outra com o nome Itapetinga ln.

O município de Itapetinga comemorou em 12 de dezembro de 2002, 50

anos de emancipação política. Foi no governo de Régis Pacheco (1951- 1955)

que foi decretada a emancipação política da cidade.

No momento em que a cidade comemorou seu cinquentenário

percebeu-se que a sociedade à proporção que se desenvolveu, tornou-se mais

complexa e diversificada. A população de Itapetinga tem características que são

comuns à maioria das cidades interioranas de pequeno para médio porte. Na

faixa um pouco acima dos 68 mil habitantes –censo 2010- costumam situar-se

Page 10: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

10

grupos demográficos produtivos, ordeiros, pacíficos, solidários. Esse é de um

modo geral, também o perfil do itapetinguense. As características diferenciadoras

decorrem em grande parte da maneira como a sociedade se organizou, como se

apropriou daquelas condições que asseguram uma melhor qualidade de vida para

os seus habitantes. Aí se incluem os serviços básicos de atendimento à

população, como saúde e educação e de infraestrutura básica, como esgoto,

água, luz, pavimentação e limpeza urbana.

3.1.2 Aspectos Geográficos

Fonte:www.wikipédia.com.br

Itapetinga possui uma área de 1.615,4 Km², fica localizada na região

Sudoeste da Bahia, mais precisamente a 15º12’14” de latitude sul e 40º12’10” de

longitude oeste, sendo sua altitude média de 368 metros.

O município faz divisa com as cidades de Itambé, Macarani, Itarantim,

Potiraguá, Itororó, Itajú do Colônia e Caatiba. Dista 101 Km de Vitória da

Conquista, 250 Km de Jequié, 500 Km de Feira de Santana, 140 Km de Itabuna,

166 Km de Ilhéus e 580 Km de Salvador.

Figura 1.

Page 11: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

11

O clima é quente e seco no verão, e frio e úmido no inverno, isto é,

tropical semi-úmido. As chuvas são inconstantes durante todo o ano, entretanto, o

período das águas acontece no verão, entre novembro e abril, chovendo em

média 800 mm por ano. A temperatura média anual a temperatura varia de 20ºC a

38ºC, com média compensada de 27ºC.

A vegetação predominante é de pastagens e zona de Mata Atlântica

semi-decídua. Em outros tempos, encontravam-se nesta mata a peroba,

jacarandá, ipê, baraúna, cedro, jequitibá, vinhático, jatobá, aroeira e outras. Há

hoje resíduos de florestas virgens, mas sem qualquer projeto de preservação. O

solo é basicamente pedregoso, ondulado e raso, é rico em minerais, como o

potássio, apresentando pouca acidez. Em outras palavras, as terras da região são

propícias a pastagens, lavouras e silvicultura. No seu subsolo, há pedra calcária,

cristal de rocha, berilo e tabatinga.

O principal curso d'água da região é o Catolé Grande, que nasce em

Barra do Choça e banha toda a cidade. A devastação das suas matas ciliares, o

esgotamento sanitário que cai em seu leito, a retirada desordenada da areia e

outras agressões acabaram por assoreá-lo. Outros rios que cortam o município

são: Catolezinho, Duas Barras, Colônia, Palmeirão, Rio Pardo, Rio da Onça e Rio

da Negra.

O acesso principal à cidade é pela rodovia BA 263. Há, ainda, um

aeroporto recém ampliado, com capacidade de decolagem e aterrissagem de

aviões de médio porte.

3.1.3 Aspectos Demográficos

A densidade demográfica do município de Itapetinga com base nos

últimos dados, censo IBGE 2007, é de 39,29 hab/km². Grande parte da

população está concentrada na zona urbana, apesar da redução da taxa de

urbanização, que passou de 95,26% em 2000 para 89,02% em 2007. Entre

algumas justificativas para este fato está a ampliação dos galpões da Indústria

Vulcabrás/Azaléia no distrito de Bandeira do Colônia, que fica a 30 Km da sede.

Page 12: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

12

TABELA 01 - POPULAÇÃO POR SITUAÇÃO DE DOMICILIO

2000 2007 2010

População Total 57.931 63.243 68.273

Urbana 55.182 56.304 66.276

Rural 2.749 6.939 1.997

Taxa de urbanização 95,26% 89,02% 97,07%

Fonte: IBGE/2010

O município apresentou um crescimento populacional expressivo

nos últimos anos. Conforme a contagem populacional do IBGE em 2000 a

população era de 57.931 e em 2010 passou para 68.273 atribuindo este

crescimento à instalação da indústria calçadista e expansão da Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) com a criação de novos cursos.

TABELA 02 - POPULAÇÃO POR RAÇA (COR)

Discriminação Quantidade Percentual

Branca 17.069 26,93%

Negra 4.256 11,68%

Parda 41.860 60, 18%

Indígena 50 0,08%

Fonte: IBGE/2010

A população do município, em sua maioria, declara-se de cor parda

(60,18%) e o que surpreende é a existência de povos indígenas que residem no

município (0,08%), o que pode ser insignificante em números, mas fundamental

para a adequação educacional e a preservação dos costumes e cultura dos

mesmos.

Page 13: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

13

TABELA 03 - POPULAÇÃO POR IDADE E SEXO

Idade

Sexo

Total Masculino Feminino

0 a 4 2.724 2.549 5.273

5 a 9 2.876 2.907 5.783

10 a 14 3.115 3.039 6.154

15 a 19 2.879 3.098 5.977

20 a 24 3.510 3.439 6.949

25 a 29 2.517 3.464 5.981

30 a 34 2.832 2.937 5.769

35 a 39 2.296 2.510 4.806

40 a 44 2.139 2.167 4.306

45 a 49 1.694 1.864 3.558

50 a mais... 5.867 6.850 12.717

Fonte: IBGE/2010

A população jovem (de 10 a 24 anos) é predominante na tabela 03,

o que exige maior destaque em programas educacionais que atendam suas

necessidades e expectativas, profissionalização, lazer e cultura, pois o índice de

educação do município (IDHM-E) atualmente é de 0,667.

A expectativa de vida ao nascer é de 85,78% e o índice de

longevidade (IDHM-L) de 0,680. Itapetinga possui 40 estabelecimentos de saúde,

sendo 21 da rede pública e 19 da rede privada.

Fonte: WWW.wikipédia.com.br

Figura 2. Figura 3. Figura 4.

Page 14: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

14

O abastecimento e tratamento de água de Itapetinga é realizado

pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE. A produção de água tratada é

de 190 litros por segundo, cujo tratamento utilizado é o método convencional,

dotado de sistema de coagulação, decantação, filtração e desinfecção através de

cloração. A malha da rede de distribuição possui uma extensão de cerca 127.789

metros, composta por materiais diversos, cujos diâmetros variam de 60 a 500

mm. O sistema de abastecimento de água possui uma amplitude de 98% de

cobertura, existindo atualmente 26 mil ligações domiciliares.

O município de Itapetinga utiliza-se dos serviços da Companhia de

Eletricidade do Estado da Bahia- COELBA, empresa responsável pela distribuição

de energia elétrica no município e também no setor da telefonia, possui cobertura

das operadoras OI (telefone fixo e móvel), VIVO, CLARO e TIM.

O sistema de Esgotamento Sanitário de Itapetinga é do tipo misto, com

uma extensão de sua malha próximo de 71.000 m. É um sistema unitário na sua

maioria, sendo a rede de coleta composta de condutos com diâmetros variados,

constituídos de diversos materiais como: manilhas de barro petrificado e cimento

armado e PVC.

Para coletar o lixo da cidade de Itapetinga a Secretaria de Serviços

Públicos conta atualmente com uma empresa terceirizada que faz a coleta 100%

noturna. A coleta atinge todos os domicílios da cidade que também possui um

aterro sanitário onde o lixo é depositado.

A empresa Viação Itapetinga é responsável pelo transporte urbano. O

serviço de mototáxis encontra-se regularizado via Lei Municipal aprovada pela

Câmara de Vereadores em novembro de 2009. Para o transporte intermunicipal e

interestadual a cidade conta com as empresas Rota, Novo Horizonte, Brasileiro,

Gontijo, São Geraldo, Águia Branca e Salutaris.

3.1.4 Aspectos econômicos e sociais

Atualmente, Itapetinga é um importante centro econômico e social do

sudoeste baiano. Conta com um razoável parque industrial, uma economia que

tende a se diversificar para abandonar a pecuária como única atividade.

Page 15: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

15

Os estudos do espaço urbano vêm se intensificando em função da alta

urbanização existente no mundo e da falta de planejamento com que ocorre. O

município teve grande desenvolvimento em virtude da atividade pecuária.

Recentemente a atividade industrial no modelo flexível vem influenciando no

crescimento da cidade. Um dos pontos de expansão da estrutura urbana da

cidade carente em planejamento merece maior atenção das autoridades

competentes no sentido de criar programas de saneamento básico em parceria

com o Governo Federal.

TABELA 04. DADOS SOBRE INDICADORES DE RENDA E POBREZA

Indicador

Indicadores de Renda e Pobreza (taxas)

2000 2014

IDH – municipal 0,700 0,667

Renda per capita R$ 160,32 R$ 506,76

Proporção de pobres 44,24 % 45,2%

Índice de Gini – Bahia 0,590 % 0,559

Fonte: Atlas de desenvolvimento humano.

(Confederação Nacional dos Municípios) http:WWW.cnm.org.br acessado em /07/2010

NOTA: O Índice de Gini mede o grau de desigualdade na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita.

De acordo com a tabela 04 o índice de pobreza teve um pequeno

decréscimo entre os anos de 2000 a 2014 havendo um aumento na renda per

capita da população em R$ 346,44,aumentando em 0,96% a proporção de

pobreza.

TABELA 05. DESENVOLVIMENTO HUMANO 1991 E 2014

Indicadores

Índices

2010 2014

Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal

0,700 0,667

Page 16: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

16

1.Educação 0,799 0,562

2.Longevidade 0,680 0,790

3.Renda 0,620 0,562

Fonte: Atlas de desenvolvimento humano.

(Confederação Nacional dos Municípios) http:WWW.cnm.org.br acessado em 14/05/2015

Observa-se que na tabela 05 o índice de desenvolvimento humano

municipal em 2015 passou a ser 0,667. Vale ressaltar que a Fábrica Azaléia, nas

duas últimas décadas, foi o grande instrumento para alavancar o IDH do

município de Itapetinga, mas a crise instaurada na fábrica frente ao mercado

calçadista fez com que ocorressem demissões, provocando por isto migração de

vários munícipes em busca de outras fontes de trabalho, incidindo, também uma

redução nos outros índices de desenvolvimento sócio – econômico e cultural.

TABELA 06. ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE POR TIPO E LOCALIZAÇÃO

Localização Total

Números de estabelecimentos de saúde

Posto

de

saúde

Centro

de

saúde

Unidade

mista

Pronto

Socorro

Hospital Outros

Urbana 12 02 01 01 01 01 clínica

Rural 01

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde (2015)

Visualizando a tabela 06 podemos constatar que o atendimento a

saúde no município oferece condições de atendimento a população uma vez que

na tabela 05 esse fato está constatado pelo aumento na longevidade da

população contribuindo o setor de saúde essa mudança de qualidade de vida.

Existem ainda no município 03 Unidades de Saúde Mental. Os

hospitais citados acima, não são de instâncias da rede municipal, são

particulares, dos quais 03 possuem convênios com o SUS.

Page 17: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

17

O IDH médio de Itapetinga é 0,667 (PNUD/2000) e o PIB per capita é

R$ 11.207,39 (IBGE/2011) http://pt.wikipedia.org/wiki/Itapetinga#cite_note-

IBGE_PIB-6 acessado em 24/05/2015

A economia do município é baseada na pecuária, indústria (parque

industrial composto pela calçados Azaléia Nordeste/Vulcabrás, Frigorífico do

Grupo Bertin, Indústrias de Laticínios, ILPISA/Valedourado) e pelo comercio que

também atende às cidades circunvizinhas, configurando outra fonte de renda para

o município.

3.1.5 Aspectos culturais

A cidade conta com vários espaços socioculturais, dentre eles: o ITC -

Itapetinga Tênis Clube; Coroas Country Club; BNB Clube; AABB - Associação

Atlética Banco do Brasil; Casa de Eventos O Gabirabão; o Parque Poliesportivo

da Lagoa, onde se realiza os festejos juninos e concentração de diversas

entidades para práticas esportivas, comemorativas e de cunho religioso e político;

a Concha Acústica de Itapetinga, com sua versão atual construída no ano de

1984, a qual nunca havia passado por uma reforma, que aconteceu em julho de

2010, com readaptação de edificação para instalação do Departamento Municipal

de Cultura.

O Museu de Arte e Ciências de Itapetinga fora criado no ano de 1970,

fechado no final da década de 1990 e reaberto para visitação pública em 2010,

funcionando nas dependências do Estádio Municipal, quando teve o seu acervo

restaurado e a sua documentação organizada. Este é um trabalho realizado com

muito afinco pela Secretaria de Educação e Cultura de Itapetinga que visa

resgatar seus valores culturais levando informação através do Museu.

Como marco de visitação turística, Itapetinga é a única cidade do

interior baiano a contar com um zoológico, o Parque Zôo Botânico da Matinha,

área de mata atlântica preservada às margens do Rio Catolé, em pleno centro

urbano que no ano de 2009 recebeu benfeitorias a título de reforma, entre elas do

parque infantil bem como a aquisição de novos animais para exposição.

Entretanto, no ano 2012 zoológico teve as suas portas fechadas para execução

de obras de reforma, que seriam promovidas pelo Executivo, posteriormente

Page 18: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

18

recebendo notificações do INEMA e IBAMA para adequação e cumprimento da

Legislação Vigente em detrimento da legalização junto INEMA e IBAMA. O

Memorial Juvino Oliveira e a Capelinha do Menino Jesus (Igrejinha de Pedra), o

Restaurante Bella Vista e Parque Infantil localizados na Fazenda Bela Vista).

Figura 5 Parque Poliesportivo da

Lagoa

Fonte: www.wikipédia.com.br

Figura 6 Igrejinha de Pedra

Figura 7 Zoomatinha

Fonte: www.wikipédia.com.br

Fonte: www.wikipédia.com.br

Page 19: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

19

Em 12 de dezembro é comemorado o aniversário de emancipação

política do município. Quando se realiza Marcha Itapetinga para Cristo, com a

participação de centenas de evangélicos, finalizando no Parque Poliesportivo da

Lagoa com culto de gratidão a Deus. São José é o Santo Padroeiro da cidade,

reverenciado em 19 de março com atividades festivas e celebração religiosa.

São João de 21 a 24 de junho - Itapetinga há muito vem se destacando

como um importante município no circuito das festas juninas por contar com um

excelente espaço, o Parque Poliesportivo da Lagoa, grandes atrações musicais

do cenário nacional, sendo referência e destino favorito de turistas de diversas

cidades circunvizinhas, da Capital e ainda de diversos lugares do Brasil. Dentro

da programação do São João, destaca-se além da festa “aberta” no Parque da

Lagoa, o Forró da Vaca Loca e o Forró do Coroas Country Clube, tradicionais

festas “particulares” de grande repercussão na cidade e na região.

1º de Maio - é um feriado bastante movimentado por conta de diversas

manifestações culturais promovidas por Sindicatos, órgãos públicos e, ainda, é

realizada uma grande cavalgada, intitulada Cavalgada do Trabalhador, contando

a mesma com várias atividades de atendimento ao cidadão, sorteios de prêmios e

shows na casa de eventos O Gabirabão, ITC e Parque Poliesportivo da Lagoa,

promovido pelos sindicatos de classe

Itapetinga conta com uma área de eventos na qual se realiza

exposições e feiras diversas no mês de maio - Parque de Exposições Juvino

Oliveira - Neste espaço são expostos animais bovinos, bufalinos, caprinos e

equinos de várias partes do país, contando, ainda, com amostras das mais

variadas artes e shows artísticos. A Exposição em Itapetinga, ao longo dos anos,

vinha perdendo seu brilho e sobrepujança por motivos diversos que iam desde

fatores econômicos a políticos, segundo o Sindicato Rural de Itapetinga, órgão

responsável pelo gerenciamento do Parque e Organização da Exposição,

admitindo que sozinho não poderiam custear o evento sem a participação efetiva

do poder público. Desta forma, a Prefeitura Municipal de Itapetinga tornou-se a

grande aliada para a realização deste grande evento que marca o cenário

nacional, regional e municipal, mobilizando a economia, a cultura e o lazer,

Page 20: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

20

fazendo com que o Sindicato Rural contabilizasse no ano de 2014 um montante

de 40 mil visitantes e um volume de negócios em torno de 20.000.000,00 (apenas

o Banco do Brasil fez 8 milhões em financiamentos) tudo isso graças às feiras,

palestras, vários shows e leilões realizados durante a exposição que atraem

criadores de todo o Brasil.

Desponta como ícone importante no cenário cultural e intelectual de

Itapetinga, a Academia Itapetinguense de Letras criada em 20 de fevereiro de

2000 e, hoje, em sua composição, conta com 17 acadêmicos, promovendo

reuniões e eventos para disseminar a cultura de Itapetinga.

4. ANÁLISE SITUACIONAL DA EDUCAÇÃO

4.1 NÍVEIS DA EDUCAÇÃO: EDUCAÇÃO BÁSICA E SUPERIOR

4.1.1 EDUCAÇÃO INFANTIL

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96, em seu

artigo 29, determina que "a Educação Infantil, primeira etapa da educação básica,

tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade,

em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação

da família e da comunidade". A emenda 59 de 11/11/09 dá nova redação aos

incisos I e VII do art. 208, de forma a prever a obrigatoriedade do ensino de

quatro a dezessete anos e ampliar a abrangência dos programas suplementares

para todas as etapas da Educação Básica.

4.1.1.1 Diagnóstico

No Município de Itapetinga este nível educacional se encontra em

desenvolvimento. A procura pela matrícula é grande principalmente nas creches,

pelas razões óbvias dos pais saírem para trabalhar e muitas vezes não terem

onde deixar os seus filhos, e/ou, em outros casos, garantir a vaga na creche em

razão da família ser carente e, nesse caso, ter a garantia dos cuidados

essenciais, além do mais importante, a alimentação. Essa etapa da educação é

projetada e realizada para ser o alicerce de uma construção de bases sólida e

Page 21: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

21

segura, caracterizando-se, por uma série de ações desafiadoras como os pais

compreenderem a importância que esse nível representa no contexto infantil,

deixando de lado a ideia que a mesma é assistencialista e compreendendo que

no município a educação é elemento constitutivo do ser humano e, portanto, deve

estar presente desde o momento do seu nascimento, como meio e condição de

formação, desenvolvimento, integração social e realização pessoal.

TABELA 07 – EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICIPIO DE ITAPETINGA, POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E

LOCALIZAÇÃO, DE 2010 A 2014

ANOS MUNICIPAL ESTADUAL PARTICULAR TOTAL

2010

URBANA URBANA RURAL

CRECHE PRÉ-ESCOLAR CRECHE PRÉ-ESCOLAR

441

1393

---

---

43

742

2619

2011

CRECHE PRÉ-ESCOLAR CRECHE PRÉ-ESCOLAR

429

1405

---

---

68

597

2499

2012

CRECHE PRÉ-ESCOLAR CRECHE PRÉ-ESCOLAR

552

1347

---

---

142

578

2619

2013

CRECHE PRÉ-ESCOLAR CRECHE PRÉ-ESCOLAR

552

1413

---

---

193

596

2754

2014

CRECHE PRÉ-ESCOLAR CRECHE PRÉ-ESCOLAR

567

1329

---

---

175

612

2683

Fonte: INEP / Resultado Censo Escolar

Conforme observado na tabela 7, a Rede Estadual em Itapetinga não

oferece o nível da Educação Infantil, Creche e Pré-Escolar. Os mesmos são

contemplados apenas nas Redes Municipal e Particular, sendo da

responsabilidade do município o atendimento às crianças do Meio Rural a partir

da Pré - Escola, bem como a manutenção das Instituições que as atendem.

Observa-se um crescimento na demanda da matrícula, apontando para a

necessidade de uma política de expansão no âmbito público para a Educação

Infantil do município, a necessidade de investimento nas creches (tendo como

foco a perspectiva do: Brincar, Cuidar e Educar para crianças de 0 a 03 anos) e

pré-escolas (para crianças de 4 à 5 anos), para que se possa assegurar a todas

Page 22: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

22

as crianças, na faixa etária de 0 à 5 anos, seu direito constitucional de acesso à

Rede Pública, instrumentalizando-as adequadamente para a cidadania por

intermédio do acesso universalizado do conhecimento básico.

TABELA 08 - FREQUÊNCIA POR ANO DO NASCIMENTO

MUNICÍPIO DE ITAPETINGA

NASCIDOS VIVOS

MUNICÍPIO DE ITAPETINGA

PERÍODO

2010

2011

2012

2013

2014

TOTAL

1221

1232

1327

1183

1425

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde

Percebe-se nesta tabela um pequeno decréscimo nos nascidos vivos

entre os anos 2012 e 2013. Se compararmos esse número ao do ano 2010,

observamos ainda mais claramente esta diferença. Percebe-se que em relação às

creches o número de vagas ofertadas é considerado insuficiente, haja vista a

quantidade de nascidos vivos entre 2010 e 2014, pois, como observado na tabela

07, mesmo sendo ampliado o número de vagas desse nível, ainda é insuficiente

para atender toda a população dessa faixa etária.

TABELA 09 - ESCOLARIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUNICÍPIO – 2010

SEGMENTO

POPULAÇÃO

(A)

MATRÍCULA

(B)

NÃO-MATRICULADOS

TAXA

CRECHE / PRÉ-

ESCOLA (PARTE)

5273

1600

3673

69%

Fonte: INEP – Indicadores Demográficos e Educacionais 2010

Quando observa a quantidade da população de 0 à 4 anos no

Censo/2010, percebe-se que o atendimento em parte da Educação Infantil até o

momento é insatisfatória, pois, o número de matrícula está muito aquém a

Page 23: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

23

população dessa faixa etária. O Município concluiu a construção e viabilizou o

funcionamento de três Centros de Educação Infantil desde 2009, onde são

ofertadas vagas para creches e pré-escola, amenizando assim o quadro

apresentado. Em 2012, o município concluiu um Centro de Educação Infantil no

Distrito de Bandeira do Colônia, e até o momento atende a população de até

cinco anos dessa localidade. Ainda se faz necessário a criação de um Centro de

Educação Infantil no Distrito de Palmares, bem como a ampliação desse

atendimento na Sede, onde já existe apontado nas metas atuais deste PME a

possibilidade de construção no Bairro Primavera. Ainda nesse sentido, dois

Centros de Educação Infantil estão sendo concluídos no município, através do

Pro Infância, sendo um no Bairro Vila Riachão e outro no Bairro Vila Érica,

visando atender melhor a população da faixa etária, desses locais onde a procura

é grande.

TABELA 10 - TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO, POR LOCALIZAÇÃO – 2010

POPULAÇÃO DE 0 À 4 ANOS

MATRÍCULA 0 À 4 ANOS

ESCOLARIZAÇÃO %

5273

1600

30%

Fonte: IBGE – Contagem 2010

O baixo percentual de escolarização evidenciado na população dá-se

no que já fora abordado quanto ao atendimento às Creches nos dados anteriores

apontados nas tabelas.

Em se tratando da estrutura física das escolas que oferecem

Educação Infantil, a maioria das unidades escolares se encontram adequadas, de

modo a atender a legislação em vigor. Na verdade são adaptadas para que o

educando não fique desassistido.

Em relação aos profissionais que atuam na Educação Infantil,

atualmente a Rede Municipal de Educação de Itapetinga apresenta quase 100%

dos docentes graduados em Pedagogia e destes mais da metade pós –

graduados em áreas afins.

Page 24: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

24

Do ponto de vista de estrutura física e material de apoio, as escolas de

Educação Infantil do município, se observados os Parâmetros Nacionais de

Qualidade para o Atendimento deste nível, não é contemplado em sua totalidade,

pois, as Unidades Escolares ainda não dispõe de material lúdico em quantidade

suficiente para atender todas as salas de uma só vez. Os docentes compartilham

nas Escolas esses materiais para que todas as salas possam ter acesso. A partir

do ano 2014 a Secretaria de Municipal de Educação comprou para os alunos da

Educação Infantil livros didáticos integrados onde se observa que o trabalho com

as linguagens está contemplado e essa ação muito colaborou para o

desenvolvimento das aulas, pois, é mais um recurso que vem a colaborar com a

aprendizagem significativa das crianças.

Apesar ainda de se observar algumas dificuldades no atendimento aos

matriculados desse nível, é garantido condições básicas de higiene, conforto e

salubridade. Ações, como instalação de parques infantis, piscina, melhoramento

do espaço físico, aquisição de outros materiais didáticos e pedagógicos, e

capacitação dos profissionais envolvidos, no sentido de melhoramento, no âmbito

geral, já estão sendo desenvolvidos nas classes de Educação Infantil e para os

próximos anos a tendência é que haja expansão nesse sentido.

Em relação ao acompanhamento pedagógico um técnico lotado na

SME é designado para tal fim. São realizadas visitas e acompanhamento aos

estabelecimentos, bem como encontros de formação para esse nível, além dos

encontros periódicos com os educadores para estudos e avaliação dos trabalhos

desenvolvidos com os educandos. As escolas, atualmente, quase na totalidade

contam com um apoio pedagógico em nível de coordenação para auxiliar as

atividades docentes nas Unidades Escolares. Esses profissionais, por sua vez,

participam das atividades de formação junto aos professores e são orientados

com frequência pelo coordenador (a) técnico da SME. Quanto à avaliação,

acontece através de fichas e relatórios individuais que são preenchidos no final de

cada unidade.

A Secretaria Municipal de Educação está voltada para elaboração de

propostas e projetos educacionais que visam à melhoria na qualidade da

Educação Infantil. Outro fator que vislumbra uma melhoria da realidade observada

é a criação das Unidades Executoras (UEX) presente em quase todas as

Page 25: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

25

unidades, captando verbas que possibilitam os recursos do PDDE a serem

aplicados em materiais permanentes e de consumo.

A ideia explicitada no PNE é de que a educação infantil, do nascimento

à inclusão da criança no ensino fundamental, seja organizada segundo o

processo contínuo e global de desenvolvimento e aprendizagem da criança

pequena e não de acordo com modelos históricos reducionistas ou adulterados

pelas condições econômicas/sociais excludentes.

Isso significa que aqueles que lutam pela expansão e melhoria da

Educação Infantil precisam de uma melhor compreensão sobre as questões

pertinentes ao financiamento e à gestão educacional, temas que vem sendo

discutidos com frequência nos meios acadêmicos, e levados aos educadores

desse nível através dos encontros de formação continuada.

O que se percebe na realidade das crianças brasileiras é que, para as

crianças da Educação Infantil já existem algumas tentativas de mudanças, como

por exemplo, nas matrículas, na qualificação dos professores, na elaboração de

propostas pedagógicas e na diversificação de metodologias. Mas, para as

crianças em idade escolar da Creche, no período em que os pais trabalhadores

necessitariam com mais frequência, ter acesso às instâncias que se

encarregassem da educação de seus filhos pequenos, por se tratar do período de

maior relevância do desenvolvimento infantil e da sensibilidade mais aguçada do

cérebro para determinadas aprendizagens e habilidades, permanece uma lacuna

que o município de Itapetinga buscará para reverter, se tornando em um futuro

próximo, quiçá até o prazo de vigência deste Plano, referência na modalidade da

Educação Infantil.

Todos os fatores apresentados, ao que se parece, não foram

suficientemente capazes ou poderosos para colocar, de fato, a educação das

crianças pequenas na agenda política e nem na extremidade das prioridades

educacionais. Segundo declarações de Vital Didonet “(...) mantemos um sistema

educacional de Saci Pererê, tentando se equilibrar sobre uma perna só.

Procuramos universalizar o ensino fundamental à revelia da educação infantil”.

Em outra parte do seu discurso esse autor afirma: “Ou a educação infantil é a

primeira etapa da educação básica e tem que ser estabelecida de forma sólida e

Page 26: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

26

extensivamente ou a educação básica quer se constituir no ar, a partir da

segunda etapa”.

Hoje, a Educação Infantil no Brasil já faz parte do cotidiano e não deve

ser vista como uma opção de cuidados, mas sim como um direito de toda a

criança; o direito de conviver e ampliar seus espaços de socialização. A infância é

entendida como um mundo de possibilidades que, se devidamente amparado, é

capaz de proporcionar vivências que favorecem uma formação integral e

harmônica da criança nesta sociedade em constante e rápida transformação.

(ULBRA, 2008).

As Diretrizes acima bem como os objetivos, metas e resultados

esperados apresentados nas mesmas direcionam-se sua aplicabilidade à

Educação Pública Municipal por ocasião de seu Diagnóstico focar as escolas

públicas municipais. Entendemos que, por se tratar de um Plano Municipal que

envolva todas as redes (pública e particular) muitas das propostas apresentadas

perpassam sua aplicabilidade também às outras instancias, pela certeza de que

todas caminham em busca de uma educação de qualidade.

4.1.1.2 INDICADORES EDUCACIONAIS

A Constituição Federal de 1988, e a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional de 1996, definiram com clareza o papel e a importância do

município como ente federativo autônomo, na formação e na gestão da política

educacional, criando, inclusive, o seu próprio sistema de ensino. As definições

legais têm sido instrumentos utilizados para a melhoria do desempenho da

educação no Município de Itapetinga, que atendendo a LDB (9.394/96), artigo 11,

inciso V: oferece educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o

Ensino Fundamental, estendendo o atendimento a outros níveis de ensino

ofertados pelas redes Federal, Particular, Estadual e Municipal.

Em defesa de uma educação de qualidade, o município vem se unindo

àqueles que lutam pelo resgate da dignidade da escola pública e atuam em favor

da educação. É justo constatar que vem crescendo, hoje, a consciência de que a

Page 27: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

27

educação é um direito de todos. Um instrumento fundamental para a construção

da democracia brasileira, para a afirmação da nossa cidadania.

4.1.2 ENSINO FUNDAMENTAL

A Constituição Federal de 1988 em seus artigos 205 e 206 contemplam

a educação como direito de todos e dever do Estado e da Família, tendo como

um de seus princípios a igualdade de acesso e condições de permanência, oferta

gratuita do ensino público, dentre outros, também prevista na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação, Lei 9394/96. Como atribuição do Município, a Constituição

prevê em seu artigo 30, inciso VI a oferta do Ensino Fundamental em parceria

com o Estado e a União. O artigo 208 da Constituição Brasileira preconiza ainda,

a garantia de sua oferta, inclusive para todos os que a ele não tiveram acesso na

idade própria.

A obrigatoriedade do Ensino Fundamental foi ampliada a nível federal

de oito para nove anos pelo Projeto de Lei nº 3.675/04, passando a abranger a

Classe de alfabetização (fase anterior à 1ª série, com matrícula obrigatória aos

seis anos) que, até então, não fazia parte do ciclo obrigatório (a alfabetização na

rede pública e em parte da rede particular era realizada normalmente na 1ª série),

como consta no artigo 32 da Lei 9394/96.

A estruturação do novo ensino fundamental oferece

possibilidades para:

reafirmar o compromisso com a garantia do direito a aprendizagem de

saberes básicos para cada estudante;

redimensionar a formação continuada dos profissionais da educação;

repensar a estrutura da escola em suas dimensões física, administrativa e

pedagógica;

reafirmar a importância da elaboração participativa da nova proposta

pedagógica, do novo projeto político pedagógico e do novo regimento

escolar;

reelaborar o currículo;

repensar concepções, procedimentos e instrumentos de avaliação;

mobilizar a participação da família na vida escolar;

Page 28: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

28

ampliar a participação dos Conselhos de Educação.

A estruturação do novo ensino fundamental apresenta alguns

desafios:

Construção do plano de ampliação;

Reelaboração das propostas pedagógicas, dos projetos político

pedagógico e regimentos escolares;

Convivência das duas estruturas do ensino fundamental (oito anos em

extinção e nove anos em implementação);

Reorganização da educação infantil;

Reorganização dos tempos-espaços escolares;

Elaboração de um novo currículo para o novo ensino fundamental;

Consolidação do “Ciclo da Infância”;

Consolidação e redefinição do tempo da alfabetização.

Em agosto de 2008 o município de Itapetinga aderiu a esse sistema

organizacional de nove anos, através da Resolução CME nº 001/2008 de

21/08/2008 em conformidade com a Lei 11.274/2006. Como não existe a

migração automática dos alunos, (do ensino de 08 para 09 anos) gradativamente

o município vai se adaptando, tendo como obrigatória a matrícula dos alunos de

06 anos no 1º ano do Ensino Fundamental.

Segundo as orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais para o

Ensino Fundamental:

a obrigatoriedade da matrícula no Ensino Fundamental de crianças com 6

anos completos ou a completar deverá ser até o dia 31 de março do ano

em que ocorrer a matrícula;

a matrícula das crianças que completam 6 anos após 31 de março do

ano em que ocorrer a matrícula deverá ser na Pré-Escola;

que as instituições escolares, e solidariamente os sistemas de ensino,

assegurarão aos estudantes o direito à carga horária mínima anual de 800

horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho

educacional.

Page 29: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

29

Essas Diretrizes definem que nos 3 anos iniciais do ensino

fundamental é preciso assegurar:

a alfabetização e o letramento;

o desenvolvimento das diversas formas de expressão, o aprendizado da

matemática e das demais Áreas de Conhecimento;

o princípio da continuidade da aprendizagem, tendo em conta a

complexidade do processo de alfabetização e os prejuízos que a

repetência pode causar no Ensino Fundamental como um todo.

O 1º ano do ensino fundamental deve ser entendido como parte integrante

de um ciclo de três anos denominado “ciclo da infância”. Um período

voltado à alfabetização e ao letramento, sem minimizar o desenvolvimento

das diversas expressões e o aprendizado das áreas de conhecimento.

(Parecer CNE/CEB nº 4/2008).

A Avaliação da aprendizagem dos estudantes será realizada pelos

professores e Escola em consonância com a Secretaria Municipal de Educação,

como parte integrante da proposta curricular e da implementação do currículo,

sendo redimensionadora da ação pedagógica assumindo um caráter processual,

participativo e formativo de modo contínuo, cumulativo e diagnóstico.

4.1.2.1 Diagnóstico

O Ensino Fundamental de 9 anos da Rede Municipal pode ser

classificado em três segmentos: (i) o primeiro ciclo corresponde aos primeiros três

anos (chamados de ciclo de alfabetização), tendo em suas classes um único

professor regente; (ii) o segundo ciclo corresponde aos dois anos finais do

Fundamental I, nos quais o trabalho pedagógico é desenvolvido por um único

professor regente; (iii) o terceiro ciclo corresponde aos quatro anos do Ensino

Fundamental II, constituído por uma equipe de professores especialistas em

diferentes disciplinas.

Conforme tabela abaixo, o Ensino Fundamental é ofertado nas Redes

Municipal, Estadual e Privada, sendo a Educação do Meio Rural atendida

exclusivamente pela Rede Municipal para essa modalidade.

Page 30: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

30

TABELA 11 – Evolução das matrículas do ensino fundamental no município de Itapetinga, por dependência administrativa e localização 2010/2013

Anos Municipal Estadual Privada

Total Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

2010 8.150 241 1.462 - 1.739 - 11.592

2011 8.007 231 1.513 - 1.688 - 11.439

2012 7.929 200 1.434 - 1.757 - 11.320

2013 7.944 175 1.053 - 1.741 - 10.913 Fonte: MEC/INEP. Censo Escolar – www.inep.gov.br

Nota-se que a matricula no Ensino Fundamental vem decrescendo

gradativamente (Tabela 11). O total de alunos matriculados em 2010 em todo o

município, incluindo Zonas Urbana e Rural, foi de 11.592, passando para 10.913

em 2013, um decréscimo de aproximadamente 5,8% em quatro anos (Gráfico 1).

Podemos considerar que uma das razões para esse decréscimo está atrelado ao

fluxo populacional existente diante do desemprego da empresa

Vulcabrás/Azaléia.

GRÁFICO 01: Total de alunos matriculados no Ensino Fundamental do Município de Itapetinga

Ao observarmos o Gráfico 2, percebemos que a redução dos índices

de matricula nos quatro anos também está presente no Ensino Fundamental da

Rede Municipal. A partir de 2012, algumas turmas do Ensino Fundamental da

Rede Estadual deixaram de ser ofertadas gradativamente, passando, no ensino

público, a ser ofertado apenas na Rede Municipal. Mesmo com essa migração,

observa-se uma redução de matrícula em ambas as Redes do Ensino Público. A

redução de matrícula na Zona Urbana do Município atingiu um percentual de

aproximadamente 2,5%.

Page 31: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

31

GRÁFICO 02: Total de alunos matriculados no Ensino Fundamental da Zona Urbana da Rede

Municipal de Itapetinga

Os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB

possibilita o monitoramento da qualidade da educação onde são contemplados os

índices de aprovação/reprovação/abandono e as proficiências nas áreas de

Português e Matemática. A partir desses dados é possível medir e avaliar a

qualidade do aprendizado a fim de estabelecer metas e estratégias para a

melhoria da educação.

TABELA 12 – DADOS DO IDEB DE 2007 A 2013 DA BAHIA, DE ITAPETINGA

E DA REDE MUNICIPAL DE ITAPETINGA.

2007 2009 2011 2013

A.I. A.F. A.I. A.F. A.I. A.F. A.I. A.F.

BAHIA 3,2 2,8 3,5 2,9 3,9 3,1 3,9 3,2

META 3,2 2,6 2,9 2,8 3,3 3 3,6 3,4

ITAPETINGA 3 2,8 3,4 2,9 4,3 3,4 4,4 3,5

META 2,6 2,7 3 2,8 3,4 3,1 3,7 3,5

REDE MUNICIPAL 3,2 2,9 3,4 3 4,4 3,7 4,4 3,7

META 2,7 2,8 3 2,9 3,4 3,2 3,7 3,6

Fonte Q- Edu 2015

Diante dos dados apresentados na Tabela 12, a qualidade de ensino

da Rede Municipal de Itapetinga vem se destacado com relação aos índices do

Município de Itapetinga e da Bahia como um todo. Desde 2007, a educação

Municipal de Itapetinga tem superado as metas estabelecidas pelo INEP, tanto

Page 32: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

32

nos Anos Iniciais (A.I.), quanto nos Anos Finais (A.F.). É notório que os A.I.

demonstram índices melhores que os A.F. e essa diferença pode ser justificada

pelo Fluxo dos A.F. ser menor diante das taxas de reprovação e evasão para

esse segmento de ensino. Ao observar o Gráfico 03, percebe-se que

gradativamente a educação da Rede Municipal, em ambos os segmentos, vem

superando as metas estabelecidas pelo INEP. Em 2013 a meta estabelecida para

os Anos Iniciais foi de 3,7, sendo atingido o índice de 4,4, e para os Anos Finais a

meta proposta foi de 3,6, atingindo o índice de 3,7. Os investimentos feitos na

educação em Formações Continuadas, incentivo a escolarização em Nível

Superior de todos os professores da Rede e em programas de pós-graduação lato

senso e stricto senso, além de instrumentos avaliativos e diagnósticos da

aprendizagem, tem permitido traçar as metas e estratégias para melhorar a

qualidade do ensino, demonstrado nos dados do IDEB e outros instrumentos de

avaliação externa.

GRÁFICO 03 – Evolução da Rede Municipal de Itapetinga, a partir dos Índices do IDEB de 2007 a 2013.

Fonte: Q- Edu 2015

4.1.3 ENSINO MÉDIO

Page 33: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

33

O Ensino Médio no Brasil tem se constituído, ao longo da história da

educação brasileira, como o nível de maior complexidade na estruturação de

políticas públicas e de enfrentamento aos desafios estabelecidos pela sociedade

moderna, em decorrência de sua própria natureza enquanto etapa intermediária

entre o Ensino Fundamental e a Educação Superior e a particularidade de atender

a adolescentes, jovens e adultos em suas diferentes expectativas frente à

escolarização, levando-se em consideração que estes conceitos são

estabelecidos por uma construção social.

Pode-se afirmar que um dos grandes desafios da educação brasileira,

hoje, é não somente garantir o acesso de grande maioria dos jovens à escola,

mas, permitir-lhes a permanência numa escola feita para eles, que atenda às

suas necessidades e aspirações. É lidar com segurança e opções políticas claras

diante do binômio, quantidade versus qualidade.

Formar cidadãos capazes de participar da vida política, social e

econômica da sociedade é a aspiração do ideário da escola cidadã (Saviani,

1986), pois o simples ler e escrever já não atende às exigências e desafios do

mundo do trabalho, da vida em sociedade.

4.1.3.1 Diagnóstico

No Município de Itapetinga o Ensino Médio é ofertado pelas redes,

Federal com a Escola Média Agropecuária IF/Baiano; Estadual que integram o

Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães, com Ensino Médio Regular, nos turnos

diurno e noturno, Colégio Alfredo Dutra e Colégio Industrial, com Ensino Médio

profissionalizante, em tempo integral, sendo que no turno noturno do Alfredo

Dutra funciona com a EJA regular, EJA profissionalizante e Ensino Médio regular,

no Industrial o turno noturno com o Ensino Médio regular o Colégio Polivalente no

diurno funciona o E.M. regular em três anos e mais um ano profissionalizante, um

total de 4 anos e no noturno funciona somente a EJA e a Rede Privada

composta pelas Escolas Savina Petrilli, São José, COOEDITA, Colégio Batista e

Colégio e Curso Dinâmico, sendo este com cursos profissionalizantes.

TABELA 13 - DESEMPENHO NO EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO DOS CONCLUINTES DAS ESCOLAS DIVULGADAS - ENEM 2013 NO MUNICÍPIO

Page 34: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

34

Nível Desempenho Ciências da

Natureza

Desempenho Ciências Humanas

Desempenho Linguagens e

Códigos

Desempenho Matemática

Desempenho Redação

Rede Federal

490,0 553,0 513,0 550,0

578,0

Rede Estadual

487,0 439,0 457,0

468,0 483,0

Rede Municipal

0,00 0,00 0,00

0,00 0,00

Rede Privada

572,00 509,5 523,75

579,5 615,25

EC/INEP: http://mediasenem.mec.gov.br/enemMedias Escola

Como em todas as séries do ensino básico, existe também evasão no

Ensino Médio, porém esta é mais acentuada no período noturno e percebe-se que

o principal fator que contribui para esta evasão são as condições sócio-

econômicas dos alunos que são obrigados a entrar no mercado de trabalho,

trocando de turno ou abandonando a escola. Seria esta uma das causas do

resultado apresentado na tabela 14 (que engloba todo o ensino médio nos três

turnos) que aponta a Rede estadual com o menor desempenho. O ensino

ofertado pela Rede Estadual é o de maior abrangência no período noturno,

enquanto que na Particular é oferecido apenas por uma escola e a Rede Federal

não contempla neste turno. A escola tem tentado diminuir esta evasão realizando

projetos de conscientização da importância da educação na vida de todo cidadão

que quer se inserir com qualificação no mercado de trabalho.

Os alunos oriundos do Ensino Fundamental da Rede Municipal são

atendidos pelas Redes: Privada, Federal e Estadual que dispõe de número

suficiente de vagas. Contudo, o maior número é atendido pela Rede Estadual que

possibilita o acesso irrestrito, haja vista, que o município conta apenas com uma

escola Federal (IF/Baiano) a qual exige aprovação em teste de seleção. Não

temos o número exato, mas sabemos que em termos percentuais é baixíssima a

quantidade de alunos da Rede Pública do Ensino Fundamental que migram para

a Rede Particular.

Os professores do Ensino Médio têm se preocupado em planejar aulas

mais dinâmicas e prazerosas, conscientizando também esse aluno sobre a

importância do seu ingresso numa universidade para se tornar um profissional

Page 35: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

35

mais capacitado e apto a desenvolver bem sua função assim como também ter

uma boa remuneração. Percebe-se que este incentivo tem levado cada vez mais

alunos a se inscreverem no ENEM, possibilitando assim seu acesso ao ensino

superior. Para dinamizar as aulas as escolas são equipadas com instrumentos

tecnológicos (data-show, laboratório de informática, TV pen drive, DVDs, etc), que

estão à disposição do professor para a sua prática pedagógica.

4.2 MODALIDADES E DESAFIOS EDUCACIONAIS

4.2.1 Educação Inclusiva

Educação inclusiva é um tema amplo, e nesse sentido o discurso sobre

a efetivação dessa prática no nosso município é recorrente. Várias foram as

tentativas de promover uma proposta pedagógica que prime pela proposta de

“educação para todos”. Alguns projetos foram implantados pela Secretaria

Municipal de Educação - SMEC, com o desejo de criar oportunidades iguais para

pessoas com necessidades educacionais diferentes e oportunizar o acesso à

educação pública a todos, de forma plena. No ano de 2010 foi implantado o

PRESE, um programa que visa combater a distorção série/idade e conta com

uma equipe de apoio formada por profissionais distintos: psicólogo, assistente

social pedagogos em parceria com outros órgãos responsáveis pela criança e

adolescente do município. O projeto contempla alunos com as mais diversas

demandas de aprendizagens que vão de quadros de comprometimento orgânico

(deficiência intelectual, síndromes, transtornos), vulnerabilidade social,

perpassando pelas questões étnicos raciais e de gênero, cumprindo a proposta

da educação inclusiva que visa criar oportunidades de avanços e

desenvolvimento pleno para todos os indivíduos, de qualquer faixa etária e de

qualquer segmento educacional.

Contudo, são muitas as dificuldades encontradas no sentido de

promover práticas consistentes da educação inclusiva dentro dos espaços

Page 36: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

36

escolares. Insinuações preconceituosas e comportamentos discriminatórios são

ainda vivenciados. Daí verificar-se um número reduzido de procura por vagas por

parte dos pais ou responsáveis por crianças e jovens com necessidades especiais

nas escolas. Além disso, os inúmeros obstáculos com relação ao processo de

integração e acompanhamento clínico e psicossocial dos alunos matriculados no

ensino regular se configuram em empecilhos para a permanência dos mesmos na

escola.

Diante do exposto, percebe-se que a educação includente no município

já estar perpassando pelo respeito à limitação do outro, condição essencial dessa

modalidade educacional, uma vez que já se está implantando um modelo de

inclusão cujas respostas às necessidades pedagógicas de todos os alunos se

façam no mesmo contexto, através de atividades comuns, embora adaptadas,

sem resquícios discriminatórios. Tal prática pressupõe a articulação de

profissionais variados, visando o acompanhamento contínuo e eficaz dos alunos

inseridos no ensino regular. O que ainda é muito precário no município, pois as

escolas ainda não possuem nos quadros funcionais, profissionais com formação

específica, designados para acompanhamento especializado e contínuo dos

alunoscom necessidades especiais.

Os alunos atendidos pela Rede Pública Municipal de Ensino se

encontram inseridos no ensino regular. Tendo em vista o atendimento à demanda

dessa modalidade de educação no município, fez-se necessário revelar o quadro

atual, tomando por base a tabela abaixo:

TABELA 14 – MATRÍCULAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO

PORNECESSIDADE E NÍVEL DE ENSINO EM 2009.

NECESSIDADES ED.

INFANTIL

SÉRIES

INICIAIS

DO E. F.

SÉRIES

FINAIS

DO E. F.

ENSINO

MÉDIO TOTAL

01

24

04

-

29

65

-

06

07

01

14

-

02

08

08

18

Page 37: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

37

01 02 01 02 06

-

01

-

-

01

ALTAS HABILIDADES

TOTAL 02 35 51 45 133

Fonte: Secretaria Municipal de Educação - 2009

Enquanto trabalho específico no sentido de atender as pessoas com

Necessidade Educativa Especial - NEE, é oferecido pela Secretaria Municipal de

Educação de Itapetinga, o acompanhamento às crianças e adolescentes de

nossas escolas, o atendimento psicológico ambulatorial e psicoterapia lúdica,

atendimento psicopedagógico clínico/institucional e orientação às escolas para

acolhimento e adaptação curricular que demandam do comprometimento de

alguns casos específicos, feito por especialistas na área de Educação Inclusiva e

em parceria com o Departamento de Ciências H.E.e Linguagem – DCHEL do

curso de Pedagogia da UESB – Campus de Itapetinga, curso de extensão em

Libras UESB, setor de LIBRAS. O atendimento psicológico e psicopedagógico

contam ainda com a parceria do atendimento fonaudiológico oferecido pelo SUS e

com auxílio do CMDCA e Conselho Tutelar para atendimentos às crianças que

estejam em um quadro de vulnerabilidade social.

Entendemos que as ações acima citadas ainda não conseguem dar

conta da demanda de necessidades especiais que surgem nas escolas. No

entanto, no ano de 2015, algumas medidas foram tomadas no sentido de otimizar

a proposta de uma educação para todos e promover uma educação que

contemple as diferenças respeitando o direito a pertencer. A SMEC lançou o

projeto de escolas piloto de Educação Inclusiva, com o desejo de formar

profissionais multiplicadores de uma pedagogia inclusiva nas três modalidades de

ensino: Educação Infantil, Educação Fundamental I e II com um olhar criterioso e

mais atento para a Educação de Jovens e Adultos, oferecendo intérprete de

LIBRAS para aluno surdo e implantando o atendimento psicopedagógico aos

alunos da EJA que encontram-se com dificuldade no processo de aquisição da

leitura e escrita, além de promover a reclassificação de alunos que sinalizam um

nível de aprendizagem mais adiantado em relação aos demais do mesmo curso,

promovendo ganhos na carreira acadêmica.

Page 38: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

38

As escolas piloto contam com salas de AEE, que contam com o

atendimento psicológico, psicopedagógico, intérprete de LIBRAS, material em

BRAILE e professor de apoio que atuam com reforço escolar para crianças com

dificuldade de aprendizagem. A parceria com profissionais da área de saúde,

APAE e outros órgãos que atuam com algumas de nossas crianças são

contactadas no sentido de criar elos de atendimento e promover uma educação

plena a todos os alunos da rede.

É possível ainda, afirmar, que após divulgação do Projeto Piloto das

Escolas Inclusivas, bem como formação continuada de professores para atuar

com um olhar voltado para diversidade humana, pessoal de apoio, e assistência

prestada as escolas incluídas no projeto pelos coordenadores técnicos da SMEC,

houve um aumento considerável da procura de pais de crianças com

necessidades educacionais especiais nas escolas do projeto. Pode atribuir este

fato a confiança que os pais têm sentido em nossas escolas, tanto no trato

pedagógico quanto no trato afetivo, bem como dos materiais e espaços

adaptados e acessíveis (construção de rampas, banheiros adaptados para

cadeirantes, piso tátil) visando favorecer o desenvolvimento pleno dos educandos

das escolas piloto, quebrando as barreiras atitudinais e de acessibilidade que

outrora eram enfrentadas.

Ainda em conformidade com a proposta de “educação para todos”, é

proposta da Secretaria Municipal de Educação de Itapetinga, fomentar nas

escolas da rede um olhar acerca da educação inclusiva em todos os aspectos e

esferas da formação acadêmica dos educandos, pois entende que toda escola

precisa ser inclusiva. Nesse sentido, a equipe que atende as escolas piloto de

educação inclusiva, presta atendimento aos alunos e formação continuada aos

profissionais das outras escolas da rede incluindo os distritos, sempre que surge

uma demanda específica, com o objetivo de solidificar o pensamento de uma

educação para a cidadania e que contemple os valores humanos, essenciais para

formação de sociedade justa, acolhedora e que respeite as diferenças.

Apesar de respaldado legalmente, o direito a educação ainda transita

entre as barreiras atitudinais, arquitetônicas e burocráticas. Ainda assim é

possível pensar em uma educação que se configure em uma proposta de

igualdade e justiça. Pensar a educação inclusiva, é sobretudo pensar a essência

Page 39: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

39

da educação com um olhar amplo e específico. Não há como pensar os espaços

humanos, sem pensar na igualdade das diferenças.

4.2.2 Alfabetização na Idade Certa

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um acordo

formal assumido pelo Governo Federal, Distrito Federal, estados, municípios e

entidades para firmar o compromisso de alfabetizar crianças até, no máximo, 8

anos de idade, ao final do ciclo de alfabetização. Na história do Brasil, temos

vivenciado a dura realidade de identificar que muitas crianças têm concluído sua

escolarização sem estarem plenamente alfabetizadas. Assim, este Pacto surge

como uma luta para garantir o direito de alfabetização plena a meninas e

meninos, até o 3ºano do ciclo de alfabetização. Busca-se, para tal, contribuir para

o aperfeiçoamento da formação dos professores alfabetizadores. Este Pacto é

constituído por um conjunto integrado de ações, materiais e referências

curriculares e pedagógicas a serem disponibilizados pelo MEC, tendo como eixo

principal a formação continuada de professores alfabetizadores.

As propostas educativas para com os três primeiros anos do Ensino

Fundamental estão voltadas ao ensino da leitura, escrita e o conhecimento lógico-

matemático, habilidades essenciais à contextualização do significado de

aprender, bem como ao aprimoramento dos conhecimentos em consonância com

a ampliação do nível de escolarização. Os desafios em se desenvolver o ensino

da linguagem escrita e a leitura estão encontrados primeiramente no cotidiano da

sala de aula, no qual o professor procura encontrar estratégias de ensino que

possibilitem esta forma de aprendizagem. Chegar a estas possibilidades vem de

encontro ao conhecimento do modo de como desenvolver estas habilidades. Com

esta finalidade, foi criado no Brasil o Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade

Certa (PNAIC). O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um

compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos

estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas

até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental.

Aos oito anos de idade, as crianças precisam ter a compreensão do

funcionamento do sistema de escrita; o domínio das correspondências

Page 40: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

40

grafofônicas, mesmo que dominem poucas convenções ortográficas irregulares e

poucas regularidades que exijam conhecimentos morfológicos mais complexos; a

fluência de leitura e o domínio de estratégias de compreensão e de produção de

textos escritos.

Dentro dessa visão, a alfabetização é, sem dúvida, uma das

prioridades nacionais no contexto atual, pois o professor alfabetizador tem a

função de auxiliar na formação para o bom exercício da cidadania. Para exercer

sua função de forma plena é preciso ter clareza do que ensina e como ensina.

Para isso, não basta ser um reprodutor de métodos que objetivem apenas o

domínio de um código linguístico. É preciso ter clareza sobre qual concepção de

alfabetização está subjacente à sua prática.

Partindo deste pressuposto se faz necessário informar diante das

questões elencadas a realidade do município de Itapetinga - Ba quanto ao

PACTO Bahia que o referido programa foi implementado em nosso município em

2012 todas as escolas que ofertavam o 1º Ano do Ensino Fundamental. Em 2013,

foi implantado o Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC),

atendendo aos alunos do 1º a 3º anos do Ensino Fundamental, da rede municipal

de ensino. Salientamos que desde 2011 o município de Itapetinga já tem

efetivada a sua proposta pedagógica a implantação do Ciclo de Alfabetização,

atendendo a população da sede e do campo, com materiais didáticos oriundo do

MEC e com outros recursos, visando atender a uma política e objetivos

específicos para atender a esta demanda, realidade e necessidade.

O município já tem efetivado uma política de inclusão para crianças

com necessidades educativas especiais, inferindo ainda que em 2015 selecionou-

se três escolas pela SMEC para implantar o Projeto de Educação Inclusiva e

neste momento a secretaria está buscando as formações de pessoal, ofertando

apoio dos recursos, incentivando a acessibilidade nas escolas e equipamentos

tecnológicos, a fim de que estes alunos sejam verdadeiramente incluídos, tenham

o seu direito garantido e as suas necessidades satisfeitas.

É inegável que com a implementação do Ciclo de alfabetização se faz

necessária a revisão dos espaços escolares diante das salas de leitura ou

bibliotecas, pátio, quadra de esporte, sala de informática para garantir melhor a

qualidade na aprendizagem das crianças.

Page 41: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

41

Ciente de que a educação é prioridade se faz necessário percebemos

que os tempos escolares ainda é pouco, tanto para o planejamento semanal

quanto para os profissionais participarem das formações continuadas realizadas

pelo governo federal, secretaria de educação, mas existe o atendimento de todas

as escolas da zona rural mesmo com difícil acesso, criando uma logística para

locomoção da ida e retorno, acomodação e alimentação.

Quanto ao processo de avaliação externas são aplicadas pela

coordenação pedagógica e diretores como aplicadores, no último caso troca-se o

professor. É mister ressaltar que o coordenador local do Pacto é o responsável

direto em capacitar o grupo gestor para esta ação, do monitoramento,

recolhimento das provinhas, alimentar o sistema, além de difundir os resultados, a

fim que a equipe gestora socialize os resultados para comunidade escolar e

diante dos resultados apresentados em reuniões e planejamentos pensem e

criem estratégias para a elaboração dos planos de intervenções voltados para

sanar as dificuldades apresentadas nos aspectos de leitura, escrita e matemática.

O município trabalha com uma política de formação continuada como

Pacto/Pnaic, que é executada em parceria com o Estado e a União com o objetivo

de garantir oportunidades para o diálogo, a troca de experiências e o

aprofundamento da teoria, favorecendo a consolidação dos conhecimentos e

integração do grupo docente que atende à esta categoria.

4.2.3 Educação em Tempo Integral

A Educação Integral está presente na legislação educacional brasileira

e pode ser apreendida em nossa Constituição Federal, nos artigos 205, 206 e

227; no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 9089/1990); na Lei de

Diretrizes e Bases (Lei nº 9394/1996), nos artigos 34 e 87; no Plano Nacional de

Educação (Lei nº 10.179/01) e no Fundo Nacional de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Básico e de Valorização do Magistério (Lei nº

11.494/2007).

Por sua vez, a Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, que instituiu o

Plano Nacional de Educação (PNE), retoma e valoriza a Educação Integral como

possibilidade de formação integral da pessoa. O PNE avança para além do texto

Page 42: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

42

da LDB, ao apresentar a educação em tempo integral como objetivo do Ensino

Fundamental e, também, da Educação Infantil. Além disso, o PNE apresenta,

como meta, a ampliação progressiva da jornada escolar para um período de, pelo

menos, 7 horas diárias, além de promover a participação das comunidades na

gestão das escolas, incentivando o fortalecimento e a instituição de Conselhos

Escolares.

O termo Educação em Tempo Integral ou Escola de Tempo Integral diz

respeito àquelas escolas que ampliaram a jornada escolar de seus estudantes,

trazendo ou não novas disciplinas para o currículo escolar. A maioria das

unidades de ensino que adotam esse modelo geralmente implantam a extensão

de atendimento de, no mínimo, 7 horas diárias aos estudantes que estudam as

disciplinas do currículo básico, como Português e Matemática integradas as áreas

de cultura, artes e esporte.

Na perspectiva da Educação Integral, o conceito de tempo integral

suscita várias discussões, uma vez que há algumas correntes dos movimentos

sociais ligados à educação que defendem que apenas a ampliação do tempo de

estudo não garante o resultado ambicionado pela Educação Integral no ensino e

aprendizagem dos estudantes, resultado este que deseja garantir o pleno

desenvolvimento das crianças e adolescentes.

O artigo 36 do parecer número sete da Resolução do Conselho

Nacional de Educação (2010) aponta que é considerado período integral toda

jornada escolar organizada em sete horas diárias, resultando em carga horária

anual de 1.400 horas. O artigo 37 aponta ainda, que além da ampliação do

tempo, o alargamento de horas nesse sistema de ensino tem como objetivo criar

novos espaços e oportunidades, fomentando maior envolvimento de outros

profissionais da escola, dos familiares e demais setores sociais.

Na resolução, é previsto um currículo integrado para a escola em

tempo integral, no qual o estudante tenha acesso à experimentação científica,

cultura, artes, esporte, lazer, tecnologias de comunicação, direitos humanos,

preservação do meio ambiente, saúde, entre outros componentes, que devem

estar articulados às mais diversas áreas do conhecimento, vivências e práticas

socioculturais.

Page 43: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

43

A Meta 6 do PNE visa oferecer educação em tempo integral em, no

mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos

alunos da educação básica. A proposta do MEC de implementar a Educação em

tempo integral nas escolas da rede pública é muito louvável, porém inúmeras

dificuldades entrepõe-se ante o ideal e o real: Não há estrutura físicas adequada

nas escolas municipais e nem orçamento financeiro suficiente sustentar a

implementação da referida proposta dentro dos critérios estabelecidos pelo MEC.

O município de Itapetinga iniciou o seu processo de implementação da

educação em tempo integral, através das ações indutoras do Programa Mais

Educação, a partir da adesão de três escolas da Rede Municipal no ano de 2011

tendo a ampliação para 18 escolas no ano de 2012 atingindo o número de 1.809

alunos atendidos pelo Programa e em 02 escolas da Rede Estadual com o Ensino

Médio em 2013, levando em consideração a estrutura físicas dessas, pois foram

as que ofertaram maiores condições para receber os alunos, ou parte deles, em

tempo integral.

Há a pretensão de ampliação da educação integral de forma gradativa,

até alcançar os objetivos e metas propostos, porém de forma eficiente. Mas para

que isso aconteça, faz-se necessário reformar e adequar as escolas com a

finalidade de atender com dignidade a todos os alunos e ofertar uma educação de

maior qualidade para todos, principalmente aos que são portadores de

necessidade especiais.

Destaca-se nesse cenário o Projeto de Educação Integral da Rede

Estadual onde 02, que ofertam Educação em Tempo Integral atendendo 396

alunos de ensino fundamental e médio em condições de vulnerabilidade social. O

referido projeto recebe as estudantes das 7:30 às 16:30, oferece três refeições

diárias, uniforme, material didático, professores qualificados, currículo específico e

uma estrutura física adequada.

4.2.4 Qualidade da Educação Básica

Ofertar Educação Básica pública de qualidade para todos é um dever,

é uma aspiração para os governantes e ter acesso à essa educação é um direito

de todos. Porém, apesar das novas políticas públicas e de investimentos (que

Page 44: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

44

ainda são insuficientes), implementados em função de melhorar a qualidade da

educação pública no Brasil, é preocupante e alarmante a baixa qualidade da

educação apresentada em nosso país, que ocupa um dos piores rankings do

mundo, comprovados através do indicardes de desempenho nas avaliações

institucionais criados pelo MEC, como, por exemplo, o Sistema de Educação

Básica (Saeb) Prova Brasil, IDEB, dentre outros.

A atual configuração da educação básica brasileira reflete, em grande

medida, as mudanças desencadeadas pelas reformas dos anos de 1990. A partir

da aprovação LDB 9.394/96, uma série de alterações aconteceu. Novas

propostas de gestão da educação, de financiamento, de programas de avaliação

educacional, de políticas de formação de professores, dentre outras medidas,

foram implementadas com o objetivo de melhorar a qualidade da educação.

Os resultados das avaliações externas e internas realizadas

periodicamente, assim com a proficiência apresentada, demonstram que as

escolas da Rede Pública Municipal superaram a meta do IDEB (Índice de

Desenvolvimento da Educação Básica) estabelecida para o ano de 2013 para o

Ensino Fundamental apontada como ideal pelo Governo Federal.

GRÁFICO-

04

Fonte: qedu.org.br. acessado em 23/04/2015 Dados do IDEB de 2007 a 2013 da Bahia, de Itapetinga e da Rede Municipal de Itapetinga.

Diante do quadro de proficiência apresentado, percebe-se que o

município apresenta uma qualidade relativamente boa e o nível de aprendizagem

Page 45: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

45

dos alunos encontra-se ascensão em todas as áreas da educação, principalmente

nas de Linguagem e de Exatas, destacando-se Língua Portuguesa e Matemática.

Diante da análise da tabela 12, nota-se que o município de Itapetinga

apresenta uma qualidade boa da Educação Básica, e que estar prestes a

alcançar a meta do IDEB projetada para ele, por isto tem tomado medidas de

urgência em ampliar a implementação de ações que venham a melhorar a

qualidade da educação ofertada à todos os alunos.

Vários fatores contribuem de forma direta e indireta, para a qualidade

da educação pública em Itapetinga. Dentre eles destaca-se aspectos sociais,

classes multisseriadas em muitas escolas do campo, pouco apoio e participação

das famílias na vida escolar dos filhos e evasão nas turmas da EJA.

Algumas ações já foram implantadas até a presente data pela

Secretaria Municipal de Educação para tentar melhorar o desempenho dos alunos

e consequentemente, a qualidade da educação pública de Itapetinga, como

formação de professores, projetos de intervenção pedagógica na área de

linguagem e de matemática, implementação de projeto de correção de distorção

série/idade, Educação de Jovens e Adultos e Educação Integral.

O município sempre se preocupou em melhorar a qualidade da

educação ofertada e em parceria com o FNDE assegurar o direito de todos os

alunos como os de acesso e permanência na escola, assegurando o transporte, a

alimentação escolar, materiais e didáticos básicos e necessários para o

desenvolvimento das atividades pedagógicas, visando o desenvolvimento pleno

do aluno, coma a garantia efetiva do seu direito.

4.2.5 Educação de Jovens e Adultos – EJA

A Constituição Federal de 1988 estendeu o direito ao ensino

fundamental aos cidadãos de todas as faixas etárias, o que estabelece o

imperativo de ampliar as oportunidades educacionais para aqueles que já

ultrapassaram a idade de escolarização regular na idade certa. Além da extensão,

a qualificação pedagógica de programas de educação de jovens e adultos é uma

exigência de justiça social, para que a ampliação das oportunidades educacionais

Page 46: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

46

não se reduza a uma ilusão e a escolarização tardia de milhares de cidadãos não

se configure como mais uma experiência de fracasso e exclusão.

A educação de jovens e adultos correspondente a esse nível de ensino

caracteriza-se não só pela diversidade do público que atende e dos contextos em

que se realiza, como pela variedade dos modelos de organização dos programas,

mais ou menos formais, mais ou menos extensivos. A legislação educacional

brasileira é bastante aberta quanto à carga horária, à duração e aos componentes

curriculares desses cursos. (Proposta Curricular Educação de Jovens e Adultos, I

Seguimento, 2001)

A Educação de Jovens e Adultos a partir da Lei de Diretrizes e Bases

da Educação nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996foi incorporada como a

modalidade da Educação Básica nas etapas do Ensino Fundamental e Médio

para atender aqueles que não tiverem escolarização na idade própria, artigo 5º da

mesmalei fica bem claro que qualquer indivíduo que se sentir lesado desse direito

pode dirigir-se ao Poder Judiciário para efeito de reparação e tão ação é gratuita.

4.2.5.1 Diagnóstico

Verificamos que a produção acadêmica de corte filosófico e

epistemológico é muito reduzida, interpretada como sintoma de um campo de

conhecimento ainda em construção, por isso na coleta de dados ficou inviável a

construção numérica de perfil da EJA no município de Itapetinga, porém nota-se

que a maioria dos trabalhos é estudo de casos, relatos analíticos ou

sistematizações de experiências, práticas e projetos de escopo reduzido, referido

a uma ou poucas unidades escolares ou sala de aula, quando muito a um

programa de âmbito municipal ou estadual.

Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil o número de

jovens e adultos frequentando escolas por períodos mais prolongados, bem como

a queda do índice de analfabetos tem alcançadonúmerosexpressivos. É o que se

observa a partir de análise feita entre os anos de 1991 a 2000.

Page 47: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

47

TABELA 15- NÍVEL EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO JOVEM PARA JOVEM ENTRE 15 A 17 ANOS

Fonte: MEC/ INDICADORES DEMOGRÁFICOS E EDUCACIONAIS. Com base nos dados do

IBGE - censo 2000.

TABELA 16- NÍVEL EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO JOVEM PARA JOVEM

ENTRE 18 A 24 ANOS

Nível educacional da população jovem para jovens entre 18 a 24 anos

Nível

Redução na taxa de

analfabetismo

Redução do percentual de

jovens com menos de 4 anos de

estudo

Redução do percentual de

jovens com menos de 8 anos de estudo

Aumento do percentual de freqüência na escola

em torno

9,25 9,16 5,9 3,82

Fonte: MEC/ INDICADORES DEMOGRÁFICOS E EDUCACIONAIS.

TABELA 17- NÍVEL EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO ACIMA DE 25 ANOS

Nível educacional da população acima de 25 anos

Nível

Redução na taxa de

analfabetismo

Redução do percentual de

jovens com menos de 4 anos de

estudo

Redução do percentual de

jovens com menos de 8 anos de estudo

Aumento na média em anos de estudo

11,48 9,23 8,23 1,06

Fonte: MEC/ INDICADORES DEMOGRÁFICOS E EDUCACIONAIS.

TABELA 18- NÍVEL EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO DE 0 a 24 ANOS

Nível/etapa

Nº.

Número de Número de crianças e/ou jovens

Nível educacional da população jovem para jovens entre 15 a 17 anos

Nível

Redução na taxa de

analfabetismo

Redução do percentual de jovens com menos de 4

anos de estudo

Redução do percentual de

jovens com menos de 8 anos de estudo

Aumento do percentual de freqüência na escola

em torno

14,13 28,55 13,57 29,37

Page 48: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

48

Faixa etária educacional correspondente

Populacional de crianças e/ou jovens

pessoas matriculadas

matriculados por faixa etária e nível/etapa educacional correspondente

0 A 3 ANOS Educação infantil: Creche

8.212.648

2.298.707

6.980.052

4 E 5 ANOS Educação infantil: Pré- escola

5.802.254

4.681345

6 A 9 ANOS Ensino fundamental: anos iniciais

12.037.387

16.360.770 23.406.511

0 A 14 ANOS Ensino fundamental: anos finais

17.166.761

13.997.870

5 A 17 ANOS Ensino médio

10.357.874

8.400.689

23.406.511

18 A 24 ANOS Educação superior

23.878.190

6.379.229

3.331.000

TOTAL 77.455.114 52.118.610 39.362.826

Fonte: IBGE, 2010; Inep, 2011a; 2011b.

Segundo o IBGE, as diferenças entre o número de jovens e

adolescentes e os respectivos números de matrículas por nível/etapa e,

particularmente, o número de matrículas correspondente a cada faixa etária e

nível/etapa educacional evidenciam a grande demanda da população brasileira

por educação. De uma população de 77.455.114 crianças e jovens, de 0 a 24

anos, o número geral de matrículas na educação básica e superior é de apenas

52.118.610, contudo, ao verificar o número de matrículas segundo a faixa etária e

o nível/etapa educacional correspondente, o número cai para 39.362.826. Esse

indicador aponta para dois grandes desafios: a) garantir o acesso de todos (as) à

educação; b) melhorar a qualidade da educação, de modo garantir a

aprendizagem e a redução da distorção/defasagem idade-nível/etapa

educacional, bem como a correção do fluxo escolar.

De acordo o IBGE, o Censo da Educação Básica, no Ensino

Fundamental, da população residente em Itapetinga-BA, de 0 a 24 anos, que

ainda não concluíram a educação básica, total de 68.273 pessoas, ficando

distribuídas como na tabela abaixo.

TABELA 19 POPULAÇÃO DE ITAPETINGA – NÚMERO DE ANALFABETOS

População Residente Itapetinga de Analfabetos de 0 24 anos

Page 49: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

49

em 68 .273

População de

Analfabetos

Cor parda 20.619

Negro 4.539

Amarelo 266

Branco 7.484

Indígena 124

População de

Analfabetos

33.032

Fonte: IBGE, Censo 2010;

A Educação de Jovens e Adultos oferecida na rede municipal e

estadual contempla o Ensino Fundamental I, séries iniciais e finais no período

noturno, de segunda a sexta-feira, disponibilizando 02 horas semanais com

acompanhamento pedagógico das turmas e os planejamentos são

acompanhados por coordenadores das escolas. As atividades de ensino se

processam regularmente;as avaliações são processuais, sistemáticas e

acumulativas realizadas pelas equipes de educadores ao longo do período letivo.

É preciso ressaltar que os professores não possuem formação específica para

trabalhar com essa modalidade.

A rede particular oferece a EJA no Curso Dinâmico que funciona como

escola técnica com período semestral onde os conhecimentos adquiridos pelos

jovens e adultos podem ser aproveitados na vida profissional, mediante

apresentação do histórico escolar de conclusão do Ensino Médio. Os cursos

oferecidos são: Técnico de segurança e Técnico de Enfermagem, com

componentes curriculares específicos de cada curso, assegurando a

profissionalização dos sujeitos no nível técnico.

Para os jovens e adultos não alfabetizados em nosso município a

Secretaria de Educação aderiu ao Programa do governo Federal TOPA – Todos

pela Alfabetização, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e MEC,

atendendo a 440 alunos a partir dos 15 anos, que são acompanhados por 32

alfabetizadores e 05 coordenadores de turma. Para a operacionalidade do projeto

são disponibilizados os espaços das escolas municipais no turno noturno

abrangendo o centro da cidade, os bairros periféricos e uma turma que atende no

Page 50: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

50

diurno, aos pescadores de baixa renda– da piscicultura, onde é dado todo suporte

estrutural pela SME e condições necessárias para o bom andamento do trabalho.

Os jovens e adultos precisam continuar sendo vistos como sujeitos

pensantes, reflexivos e carregados de experiência socioculturais, além disso,

possuem grande competência cognitiva que deve ser bem estimulada através de

situações pedagógicas com intencionalidade e sentido social para eles que são os

sujeitos interessados.

A Criação de uma nova proposta pedagógica municipal precisa ser

real, vivificada, onde os educadores sejam vistos como agentes ativos e

construtores do processo, exige-se uma ação coletiva, criteriosa e fundamentada

em princípios sólidos de formação e acompanhamento pedagógico que possibilite

o acesso as novas concepções e reflexões sobre as práticas pedagógicas

observadas no ensino noturno, contemplado a integração da Educação

Profissionalizante com a EJA (Ensino Fundamental).

Nesse contexto, a integração da formação inicial e continuada de trabalhadores com o ensino fundamental na modalidade EJA é uma opção que tem possibilidade real de conferir maior significado a essa formação, pois tem o poder de incidir diretamente na melhoria da qualificação profissional dos sujeitos aos quais se destina. Não se trata, de maneira alguma, de subsumir o conteúdo propedêutico do ensino fundamental a uma preparação para o mundo do trabalho, mas sim de garantir a totalidade do primeiro integrando-o à segunda. (PROEJA, 2007).

O Município aderiu em 2009 ao Projeto TJC “Trabalho, Justiça e

Cidadania” projeto idealizado pela Amatra (associação dos magistrados) e

desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Educação com apoio de

indústrias da cidade atendendo ao público jovem e adulto que são atuantes no

mercado de trabalho, sobretudo dos estudantes das instituições de ensino da

rede estadual e municipal da EJA. O programa funcionou nos anos de 2009 até

2012, cuja meta foi a efetivação de capacitação feita aos professores com a

orientação de juízes e advogados. Posteriormente os professores estavam

imbuídos de transmitir os conteúdos trabalhados em salas de aula,sendo que

estes estavam associados ao universo do trabalho, saúde no trabalho, direitos e

deveres dos empregados domésticos, direito da mulher, enfim assuntos

relacionados à cidadania.

Page 51: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

51

Uma das etapas do Projeto constituía nadisponibilidade

dosmagistrados irem até as instituições de ensino participar de um momento

chamado “tira-dúvidas”,onderespondiam questões as quais

osprofessores nãoconseguiram sanar, resultando também numa aproximação

maior entre o judiciário e a comunidade local. A SMEC contribui não somente no

que se refere a ceder os profissionais para atuarem diretamente com o projeto,

mas também disponibilizou recursos financeiros, repassados através dos

impressos utilizados na capacitação dos professores, divulgação, lanches,

transportes dos professores e materiais diversos. A implantação desse projeto

contribuiu de forma significativa para a diminuição da evasão escolar e para

informaraos cidadãos sobre os seus direitos e deveres, o que também tornou o

processo ensino/aprendizagem mais interessante à medida que se trabalhava

com temas pertinentes ao universo dos estudantes jovens e adultos, transmitindo-

lhes saberes acerca do universo da cidadania.

A Secretaria de Educação, avaliando o Ensino Noturno em 2009, junto

aos coordenadores técnicos, vislumbrou-se a necessidade de um

acompanhamento administrativo, além do acompanhamento do trabalho

pedagógico, junto aos vices diretores das escolas do noturno, culminando com a

designação de um Coordenador Técnico para o acompanhamento

especificamente administrativo de 2010 até 2013. A partir de 2015 o

acompanhamento volta a ser realizado por um único técnico da Secretaria de

Educação, uma vez que as seis (06) escolas de atendimento noturno foram

reduzidas a dois grandes núcleos, atendendo assim em pontos extremos da sede,

reduzindo o quadro de profissionais da EJA no município, como merendeiras,

zeladoras, professores e vices. A nucleação ficou da seguinte forma: o Colégio

CAIC Paulo Hagge passou a receber os alunos da Escola Clodoaldo Costa; o

Centro Educacional José Marcos Gusmão (antigo C. E. C. Noralice Gusmão)

recebeu os alunos oriundos das escolas: Sizaltina S. S. Fernandes, Nair D.

Jandiroba, Ismael Cruz e Maria Amélia; sendo disponibilizado transporte escolar

para locomoção dos estudantes, de seus bairros até os núcleos. É importante

salientar que nos Distritos de Bandeira e de Palmares a EJA continua sendo

mantida a modalidade, sendo ofertando ainda o EMTEC (Ensino Médio com

intermediação tecnológica) nos dois Distritos, montadas pela DIREC,

Page 52: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

52

possibilitando a conclusão dos estudos alunos que concluíram seus estudos do

Ensino Fundamental nessas Unidades Escolares. Também foi ampliada a oferta

às escolas rurais, sendo duas delas de anos finais.

É necessário que se tenha clareza que a Educação de Jovens e

Adultos é uma modalidade de ensino muito importante para o desenvolvimento

social e para a inclusão de um segmento da população que teve seus direitos

negados por um longo período histórico no país. Atualmente, os jovens ainda são

presença marcante nas escolas de EJA. A grande maioria dos estudantes da EJA

é oriunda de um processo educacional fragmentado, marcado por frequente

evasão e reprovação no Ensino Fundamental regular, no diurno.

A fim de traçar o perfil dos alunos evadidos da EJA, a SMEC fez uma

pesquisa no final de 2014 com todos os alunos desta modalidade no intuito de

diagnosticar e amenizar as principais causas da evasão.

Gráficos traçados a partir dos 192 alunos evadidos do EJA

(J.M GUSMÃO e P.H/CAIC ) ano de 2014

GRÁFICO 05

GRÁFICO 06

Page 53: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

53

Fazendo a analise dos gráfico 05 e 06, observa-se que a maior

quantidade de alunos evadidos pertence ao sexo masculino e a idade

corresponde entre 18 e 25 anos.

Referente ao grafico 07 a mior parte do aluno evadidop da EJA é

solteio.

No gráfico 08, observa-se que 48% considera a escola boa, 28%

considera a escola ótima, 20% considera a escola regular e apenas 4% considera

a escola péssima.

GRÁFICO 07

GRÁFICO 08

Page 54: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

54

Nos dados que constam no gráfico 09 referente aos professores, 48%

dos alunos os consideram uma pessoa comum, 29% os consideram um mestre,

12% os consideram um facilitador e 11% os consideram uma pessoa

despreparada.

Perguntados se gostam de estudar no gráfico 10, os alunos

responderam que sim 74%, e que não 26%

A maioria dos alunos da EJA 56% dos alunos trabalham, conforme

gráfico 11.

GRÁFICO 09

GRÁFICO 10

GRÁFICO 11

Page 55: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

55

No gráfico 12 podemos perceber os principais motivos da evasão dos

alunos do segmento da EJA. Conforme demonstrado 33% trabalho, 24%

desinteresse do próprio aluno, 19% distância e horário da escola, 15% questões

familiares, 4% motivo de saúde, 4% falta de interesse da parte do aluno e 1%

dificuldade de aprendizagem.

No município, assim como em todo país, a Educação de Jovens e

Adultos era oferecida,no passado, no sistema público municipal sobe a condição

de Ensino Noturno em algumas escolas, com iniciativas de implantação de uma

educação de Jovens e Adultos, porém de forma desarticulada e sem um

aprofundamento, repetindo posturas viciosas do ensino fundamental aplicado ao

noturno, de forma descontextualizada, com algumas práticas pontuais, fruto dos

esforços e experiências de professores que pensavam na valorização e

reconhecimento desta modalidade de ensino.

Do acompanhamento aos estabelecimentos de ensino,diálogos com

profissionais que atuavam no noturno em 2010, atores principais no processo que

são os estudantes, percebeu-se a necessidade do ensino noturno com uma

identidade própria, uma vez que o ensino era baseado em conteúdos e matriz

curricular do ensino regular.Resultou-se daí a elaboração de um documento junto

às representações das escolas,coordenação técnica da SME e UESB, que

nortearia o Ensino Noturno, com Diretrizes e Matriz Curricular e Planos de Curso

próprios da Rede, e não mais regidos pelo ensino regular ou adaptação da

proposta estadual.

GRÁFICO 12

Page 56: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

56

Esse documento foi elaborado com base em diálogos mediados por

uma comissão com professores como representação das escolas em diálogo com

os atores do processo: grupo gestor, estudantes e demais profissionais da

educação que atuavam no ensino noturno em 2010. O documento entrou em

vigor a partir do ano de 2011, tendo a partir de então a EJA – Educação de

Jovens e Adultos - regularizada, com aulas de conteúdos significativos ao público

que atende.

Pra fins de organização, a partir de reuniões com professores, serviços

gerais, vigilantes e alunos, com visitas semanais aos estabelecimentos de ensino,

pensou-se na elaboração de um documento que regularizasse normas de

funcionamento do Ensino Noturno, normatizando o funcionamento de cunho

administrativo da EJA no município de Itapetinga - documento esse

disponibilizado à todas UEs de Ensino Noturno – com objetivo de unificar e

solidificar o atendimento administrativo desta modalidade de ensino.

Atualmente, os professores municipais da EJA passam por encontros

de formação continuada, para sedimentar o que já foi construído. As escolas

trabalham com o Projeto macro da Redecom temas atuais, elaborado pela

Secretaria de Educação a cada ano, também os que são elaborados pela

coordenação técnica da Secretaria, buscando parcerias com outras secretarias,

entidades públicas e particulares, levando para dentro da escola os subtemas do

Projeto, relacionados ao cotidiano dos estudantes jovens e adultos. Dentre os

conteúdos trabalhados, temos: saúde física e mental, ética e cidadania,

autoestima, primeiros socorros,atividades comemorativas, de caráter religioso e

valorização profissional;também com projetos internos elaborados nas escolas,

atendendo as especificidades de cada unidade de ensino.

É o acesso ao saber, à cultural, à diversidade de linguagem, à

consciência corporal e às múltiplas possibilidades e complexidades do mundo que

é preciso assegurar na prática pedagógica específica de EJA, incluindo

horários/calendários de atendimentos dinâmicos para que os educandos possam

concluir seus estudos com resultados satisfatórios.

E foi pensando numa Educação de Jovens e Adultos de qualidade que

a partir de 2014 a Secretaria de Educação passou a promover ações voltadas

para o desenvolvimento social e inclusão desse segmento da população que teve

Page 57: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

57

seus direitos negados por um longo período histórico no país. Partindo desse

princípio, as UE´s do noturno no município, passaram a oferecer,aulas de

Educação Física, professor de Educação Física; aulas de informática articulado

com os CDC´s, uma psicóloga e uma psicopedagoga, dando atendimento

psicológico e psicopedagógico nos núcleos da sede no diurno.

Essas são ações pontuadas nas Diretrizes Curriculares do

Município.As aulas de recreação são oferecidas aos estudantes dos anos iniciais

e atividades esportivas no diurno para os dos anos finais, promovendo interação e

socialização entre os estudantes com jogos intercalasses e intercolegiais com

calendário preestabelecido,tendo como pretensão de implantação nas demais

unidades que também atendem a EJA, nos Distritos de Bandeira e de Palmares.

A partir de 2015 as aulas de informática serão oferecidas nos CDC´s das escolas

no diurno, com aulas semanais, certificando os alunos da EJA, tornando-o apto a

se inserir no mercado de trabalho.

O atendimento psicológico e psicopedagógico são ainda insuficientes;

levando em conta a demanda das escolas. Mas já representa um ganho

significativo para o Ensino de EJA no município. Para esse atendimento, foi feita

uma triagem entre os alunos que apresentam dificuldades gritantes de

aprendizagem e necessidades especiais. Com base no que foi constatado, a

Secretaria de Educação disponibiliza atendimento no diurno para esse estudante,

sendo esses encaminhados pelas próprias escolas.

4.2.6 Educação no campo

Embora, o PNE não traz um capítulo exclusivo sobre esta modalidade

de ensino, o PME procura realizar um destaque especial para esta categoria no

PME, uma vez que termo “campo” é o resultado de uma nomenclatura

proclamada pelos movimentos sociais, adotado pelas instâncias governamentais

e suas políticas públicas educacionais, porém, ainda pronunciada em alguns

universos acadêmicos dos estudos do “rural”. Tal perspectiva, a de nomear o que

seriam “populações rurais em suas mais variadas formas de produção de vida”,

foi retomada em outros dois documentos que sucederam essa resolução: a

“Resolução nº. 5 do Conselho Nacional de Educação de 17 de dezembro de

Page 58: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

58

2009”, que foi integrada nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Infantil (Brasil, MEC/SEB, 2010) e o “Decreto nº 7.352 de 2010” referente à

“Política de Educação no Campo”. Ambos os documentos retomam, de modo

mais restrito, a “Resolução nº. 2 (2008)” e explicitam o que entendem por

“populações ou infâncias do campo” e “escola do campo”.

A Educação do Meio Rural de Itapetinga tem tido ações voltadas ao

acesso e a permanência na escola, à aprendizagem e à valorização do universo

cultural das populações do campo, sendo estruturado em quatro eixos: Gestão e

Práticas Pedagógicas – Formação Inicial e Continuada de Professores -

Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional - Infraestrutura Física e

Tecnológica.

O município conta atualmente com dez escolas no campo, assim

relacionadas e localizadas quanto à distância da Sede: Ana Maria Fernandes, 40

km, Antônio Clarindo, 55 km, Dona Yolanda, 55 km, Euflozina Mª do Carmo, 8 km,

Judith Garcia, 42 km, Maria das Graças, 19 km, Maria José Moura, 17 km,

Palmeirinha, 24 km, Reunidas Maravilha, 30 km, Texana, 10 km. Pela inexistência

de áreas de assentamento, remanescentes de quilombolas e comunidade

indígena a população do campo tem garantida o acesso à educação básica em

número suficiente de escolas.

As escolas do campo de Itapetinga são caracterizadas por sua

dispersão geográfica, pois estão localizadas em regiões distintas, devido ao modo

como a população está distribuída e seu distanciamento. As Unidades Escolares

atendem 203 alunos, da Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e EJA Anos

Iniciais e Finais, funcionando nos turnos matutino, vespertino e noturno. Das dez

escolas do campo, nove escolas são compostas de classes uni docentes, que são

organizadas para atender múltiplas séries e multietapas, vários níveis de

aprendizagens em espaço e tempo único, atendidas por um professor. O quadro

de docentes é composto por 15 professores, desses, apenas três não têm

graduação.

Assim, a SMEC não cessa os seus esforços para construir uma política

pública para a Educação do Campo, que vise à garantia ao acesso, à

permanência e o sucesso de crianças, adolescentes, jovens e adultos nas escolas

rurais. Dentre esses esforços, está à mobilização de órgãos não governamentais

Page 59: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

59

e dos movimentos sociais, dividindo a responsabilidade com o poder público, o

que vem, hoje, contribuindo para novas reflexões sobre uma educação que

contemple toda a sua diversidade.

4.2.7 Educação Profissional Em Nível Médio

A Educação Profissional está concebida sob um paradigma pedagógico

que, embora novo do ponto de vista da sua incorporação oficial, já há algum

tempo faz parte e inspira muitos discursos e estudos, sem estar, ainda, presente

de forma significativa na real prática educacional. De acordo com esse paradigma

e como resposta ao novo perfil que a laborabilidade ou a trabalhabilidade vem

assumindo, o foco central da educação profissional transfere-se dos conteúdos

para as competências (RCNEP, 2000).

A laborabilidade ou a trabalhabilidade, entendida como componente da

dimensão produtiva da vida social e, portanto, da cidadania, é objetivo primordial

da educação profissional. No núcleo dessa modalidade de educação está o

processo de apropriação da condição ou do conjunto de condições para produzir

benefícios - produtos e serviços - compartilhados socialmente e para o acesso ao

usufruto desses benefícios, em situações permanentemente mutáveis e instáveis

(RCNEP, 2000).

A significativa reforma da educação brasileira em curso tem como

objetivo proporcionar melhores condições de vida e inserção no mercado de

trabalho ao jovem e ao adulto trabalhador, levando-se em consideração que as

diretrizes da educação profissional proposta no Plano Nacional de Educação,

busca superar o déficit educacional e profissional, ao prever que o cidadão

brasileiro deve galgar – com o apoio do Poder Público - níveis altos de

escolarização, pois estudos têm demonstrado que o aumento de um ano na

média educacional da população economicamente ativa determina um incremento

de 5,5% do PIB - Produto Interno Bruto (PNE, 2000). Nesse contexto, a elevação

da escolaridade do trabalhador coloca-se como essencial para a inserção

competitiva do Brasil globalizado.

Page 60: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

60

A nova educação profissional desloca o foco do trabalho educacional do

ensinar para o aprender, do que vai ser ensinado para o que é preciso aprender

no mundo contemporâneo e futuro.

4.2.7.1 Diagnóstico

Atualmente a indústria calçadista Vulcabrás/zaléia se apresenta como

principal potencial econômico do Município de Itapetinga. Como tal, admite um

número elevado de operários, principalmente jovens em idade de escolarização,

esses na maioria sequer concluíram o ensino médio e, portanto, carentes de

qualificação profissionalizante, apesar da referida empresa em convênio com o

SENAI realizar a capacitação dos seus funcionários para o exercício de funções

específicas. Além da admissão para o trabalho na sede da empresa, muitos

serviços são descentralizados, propiciando o surgimento de outras atividades

laborais como a mecânica, metalurgia (solda, tornearia), transporte, construção

civil e alimentação. Percebe-se que existe carência de capacitação para esses

serviços, apontando a necessidade do desenvolvimento de políticas públicas

voltadas para a educação profissional.

Atualmente a Rede Municipal não oferece em seu Sistema de Ensino a

Educação Profissional, sendo ofertada no município de Itapetinga em duas

unidades escolares da Rede Estadual, em uma unidade Federal e algumas

escolas particulares. No ano de 2009, a Rede Estadual de Ensino implantou o

Centro Territorial de Educação Profissional – CETEP, no município de Itororó, a

fim de atender todos os municípios do Médio Sudoeste. Entretanto, os alunos de

Itapetinga e região, encontram dificuldades de acesso e permanência nos cursos

ofertados, uma vez que não existe transporte escolar gratuito.

Importante dizer que no Colégio Estadual Alfredo Dutra é ofertado os

cursos de Nutrição e Dietética, e Informática, ambos na modalidade PROEJA

Médio (Educação de Jovens e Adultos Profissionalizantes), e no Colégio

Polivalente de Itapetinga é ofertado o Ensino Profissionalizante Integrado Técnico

em Vendas. O Instituto Federal Baiano – IF - Baiano oferece o curso Técnico em

Agropecuária em nível Médio, com finalidade de qualificar jovens e adultos

Page 61: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

61

egressos do Ensino Fundamental. Além dessa modalidade, possui cursos

técnicos subseqüentes em Agropecuária, Alimentos e Informática. Há também no

município escolas particulares que oferecem o curso de Técnico em Enfermagem,

o Centro Social Pio XII e o Centro Social Urbano, que em convênio com o SENAI

e SENAC, ofertam cursos profissionalizantes como: pintura em tecidos, bordados

culinária, manicure, cabeleireiro, artesanatos, dentre outros.

4.3. EDUCAÇÃO SUPERIOR

4.3.1 Ensino Superior

O Ensino Superior profissionaliza e capacita o sujeito a ocupar um

espaço de respeito na sociedade, possibilitando um maior acesso ao universo do

mercado de trabalho, de forma mais equacionada. O município de Itapetinga

conta com universidades públicas, Estadual e Federal, e privada, com cursos

presencial, semi-presencial e à distância.

4.3.2 Diagnóstico

Em âmbito estadual o município de Itapetinga conta com o Campus

Juvino Oliveira onde se encontra instalada a Universidade Estadual do Sudoeste

da Bahia – UESB, criada em 1980. Abrange a Região Sudoeste, centralizada em

Vitória da Conquista e tem uma relação direta com mais de 60 municípios.

A UESB tem promovido diversas ações objetivando consolidar o

ensino de graduação como importante estratégia de transformação social, no

intuito de fortalecer a formação superior de qualidade, suprindo as demandas de

aprendizagem dos cidadãos.

Page 62: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

62

Através dos 36 cursos oferecidos, articula-se as diversas áreas de

conhecimento promovendo uma formação pedagógica articulada ao saber.

Atualmente, para graduação, oferece 270 vagas no campus de Itapetinga.

Os concursos e seleções públicas, o concurso vestibular, as

monitorias de disciplina e transferências internas e externas dos cursos de

graduação da UESB estão diretamente relacionadosa diretriz estratégica em

questão, bem como concorre para o seu fortalecimento.

Ao longo de seus 35 anos, a UESB tem promovido diversas ações

na busca de consolidar o ensino de graduação como importante estratégia de

transformação social, articulando os saberes oriundos do ensino, da pesquisa e

da extensão, no intuito de re-significar em seus egressos, o papel da formação

superior na (re) construção de um novo modelo de sociedade. O Projeto

Pedagógico institucional propõe uma ação intervencionista no campo da formação

pedagógica articulada aos saberes das diversas áreas de conhecimento, nos 36

cursos de graduação oferecidos atualmente na instituição.

A UESB tem atendido plenamente às deliberações do Conselho

Estadual de Educação no que se refere à legalização de seus cursos. Assim,

apenas os cursos que foram criados nos últimos dois anos ainda não estão

reconhecidos, embora estejam plenamente em condições de regularidade e

funcionamento.

Em Itapetinga os cursos de graduação no que diz respeito ao grau,

turno de oferta, nº de vagas e concorrências, apresentam a seguinte situação:

TABELA 20 - CURSOS UESB/CAMPUS JUVINO OLIVEIRA- ITAPETINGA-BA

COD CURSO GRAU TURNO VAGAS

106 QUIMICA Licenciatura Noturno 20 + 03

109

QUÍMICA com Atribuições

Tecnológicas Bacharelado Noturno 20 + 03

110 FÍSICA Licenciatura Noturno 20 + 03

201 ENG.DEALIMENTOS Bacharelado Diurno 40 + 03

202 ENG. AMBIENTAL Bacharelado Diurno 30 + 03

Page 63: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

63

311 LIC.CIE.

BIOLOGICAS Licenciatura Noturno 20 + 03

315 CIÊNCIAS

BIOLOGICAS Bacharelado

Vespertino/ Noturno

20 + 03

403 ZOOTECNIA Bacharelado Diurno 28 + 03

404 ZOOTECNIA-2ºSEM Bacharelado Diurno 30 + 03

612 PEDAGOGIA Licenciatura Noturno 30 + 03

613 PEDAGOGIA Licenciatura Matutino 30 + 03

Total de cursos oferecidos: 9 Total de vagas oferecidas: 381

Fonte: http://download.uol.com.br/vestibular2/concorrencia/uesb09.pdf

Observa-se na tabela 20 que o número de vagas oferecidas atualmente

pela UESB é de 381. Importante informar que o ingresso à Universidade acontece

de duas formas, sendo uma pelo o vestibular normal com 50% das vagas e outra

pelo Sisu (Enem) com o outro 50% das vagas.

Por meio de convênio firmado entre a prefeitura UESB foi realizada a

formação em nível superior para os professores da rede pública municipal no

período de 2006 a 2009.

TABELA 21– ALUNOS MATRICULADOS CURSO PÓS GRADUAÇÃO UESB

2007 e 2015

Curso Alunos Matriculad2os 2007

Alunos Matriculados 2013/2014

Meio Ambiente e Desenvolvimento 32 32

Educação Infantil 20 Extinto

Direitos Humanos e Democracia 30 Extinto

Especialização em Educação e Diversidade Étnico Cultural

Ainda não implantado

28

Fonte: UESB Campus Juvino Oliveira Itapetinga-Ba 2009 a 2014

Observa-se pela tabela de 2006 a 2009 que houve redução na oferta

de cursos oferecidos pela UESB, que passou oferecer apenas os cursos de

especialização em Meio Ambiente e Desenvolvimento implantado no ano de 2013

e o de Educação e Diversidade Étnico Cultural no ano de 2014.

Page 64: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

64

TABELA 22 - CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU JÁ

RECOMENDADOS PELA CAPESA DE IMPLA

NAÇÃO

CURSO ANO VAGAS 2015

Mestrado em Zootecnia 2003 32

Mestrado em Engenharia de Alimentos 2006 31

Doutorado em Zootecnia 2008 77

Mestrado em Ciências Ambientais 2009 38 Fonte: UESB Campus Juvino Oliveira Itapetinga-Ba 2009 a 2015

Além de oferecer pós-graduação Lato Sensu, a UESB/Itapetinga

também tem oferecido pós-graduação Stricto Sensu em nível de mestrado e

doutorado.

4.3.3 Ensino Superior Público modalidade EaD

No ano de 2009 a UESC através do Polo da Universidade Aberta do

Brasil implementou no município seu pólo de Educação a Distância onde oferecia

os seguintes cursos:

Pedagogia

Ciências Contábeis

Letras Vernáculas

Física

Biologia

Em 2015a UESC reduziu a oferta de cursos, sendo apenas oferecidos os

cursos de:

Física

Letras Vernáculas

Também no campo a UESB, vem dando seus primeiros passos na

Educação à Distância oferecendo no Campus Juvino Oliveira o Curso de

Especialização de Mídias na Educação por meio da plataforma do Eproinfo.

Page 65: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

65

4.3.4 Ensino Superior Privado

O município conta também com 01 universidade com Ensino a

Distância–EaD, que vem oportunizando a expansão de cursos de graduação que

apresenta uma carga horária distribuída entre tele-aulas, auto-estudo e ambiente

web.

A UNOPAR iniciou as atividades educacionais em 2004, em parceria

com o Colégio Albert Schweitzer, oferecendo os seguintes cursos:

Administração

Ciências Contábeis

Letras

Pedagogia

Serviço Social

Téc. Análise e Desenvolvimento de Sistema – 36 alunos

História

Superior de Tecnologia em Analise e Desenvolvimento de Sistema

Superior em Gestão Ambiental

Superior em gestão de Recursos Humanos

Superior em Gestão de Marketing

Superior em Processos Gerenciais

Superior de Tecnologia Estética E imagem pessoal

Superior de Tecnologia em Gestão hospitalar

Superior de Tecnologia de Segurança do trabalho

Para viabilizar a permanência de alunos de baixa renda que

ingressaram na Educação Superior, o governo municipal implantou em Salvador a

Residência dos Estudantes de Itapetinga – RESITA, em novembro de 1981,

sendo hoje uma das mais tradicionais residências públicas no estado. A

residência atualmente tem a capacidade para alojar vinte e oito estudantes com

ensino médio ou aprovados no vestibular. O acesso é favorecido aos

itapetinguenses natos ou às pessoas de outras cidades que residam ou tenham

residido em Itapetinga por no mínimo cinco anos. É feito um processo seletivo

pela diretoria e uma comissão de três membros entre os meses de novembro a

Page 66: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

66

março. A avaliação engloba análise do questionário socioeconômico,

desempenho escolar e entrevista feita com a família e o inscrito interessado.

4.4 VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

4.4.1 Formação dos professores e valorização do Magistério

O conjunto de reformas educacionais empreendidas pelo Governo

Brasileiro nos anos 90 tem colocado a ampliação das oportunidades educacionais

e a melhoria da qualidade de ensino ligadas ao desempenho dos profissionais da

educação. Alguns pontos da legislação que dão suporte à implementação dessas

reformas podem demonstrar as garantias estabelecidas para a efetivação de

políticas de valorização do magistério público da Educação Básica.

Assim, a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 206, fixa dentre

outros princípios com os quais deve ser ministrado o ensino no Brasil, o da

“valorização dos profissionais do ensino, garantidos na forma da lei, planos de

carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso

exclusivamente por concurso público de provas e títulos [...] (BRASIL, 1988).

Contudo, as políticas de valorização do profissional da Educação Básica são mais

especificadas nas Leis: 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e

9.424/96 que regulamentou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do

Ensino Fundamental e valorização do Magistério (FUNDEF), além do Plano

Nacional de Educação (PNE) aprovado por meio da Lei nº 10.172/2001 e a Lei

11.738/08 que regulariza o Piso Nacional de salário para os profissionais da

Educação Básica.

4.4.1.1 Diagnóstico

Visando a efetivação das inovações introduzidas por meio dessas leis

quanto ao tratamento dado aos docentes e especialistas da educação básica e,

principalmente, o cumprimento do ordenamento legal e funcional de todo o

conteúdo do Titulo VI da nova LDB, o município de Itapetinga vem empreendendo

nos últimos anos, algumas iniciativas no sentido de promover a qualificação dos

profissionais da educação nas Redes Federal, Estadual, Municipal e Privada.

Page 67: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

67

Para tanto, parcerias e convênios são estabelecidos entre as Redes

Federal, Estadual e Municipal, com instituições de nível superior, pública e

privada, a fim de oportunizar a formação dos docentes, como também, assegurar

o desenvolvimento de processos de formação continuada para todos os

profissionais (cursos de formação e especialização, seminários, congressos,

palestras, jornadas e encontros pedagógicos), nas diversas modalidades de

ensino, favorecendo desse modo o desenvolvimento do processo de construção e

reconstrução da prática reflexiva dos sujeitos envolvidos.

No tocante à Rede Privada, as escolas da mesma exigem formação

inicial superior para o quadro de seus professores e, não obstante, conforme o

sistema aos quais estão vinculadas, oferecem capacitações contínuas aos seus

profissionais.

TABELA 23 - NÚMERO DE PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL,

ESTADUAL E PARTICULAR, POR NÍVEL DE FORMAÇÃO EM 2010,2014

Anos Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior Total

Estadual Municipal Particular Estadual Municipal Particular Estadual Municipal Particular

2010 - - - 220 152 77 304 308 55 1.026 2014 - - - 159 90 53 310 429 93 1.038

Fonte: Secretaria Municipal de Educação

Conforme tabela 30, no ano de 2010 grande parte dos professores da

Rede Estadual possuía nível superior, enquanto nas redes Municipal e Privada

apresentam crescimento em 2014. Estima-se que estes números sejam ainda

maiores em 2015, pelo fato de muitos profissionais se encontrarem em fase de

conclusão de cursos de licenciatura. Na Rede municipal especialmente, as

funções docentes por formação e zona de atuação em 2014, estão definidos

conforme tabela:

TABELA 24- REDE MUNICIPAL - FUNÇÃO DOCENTE POR FORMAÇÃO EM

ATIVIDADE EM 2014 (EFETIVOS)

FORMAÇÃO QAUNTIDADES

NIVEL MEDIO 64

NIVEL SUPERIOR 259 Fonte: Secretaria Municipal de Educação

Page 68: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

68

TABELA 25- FUNCIONÁRIOS EMPRESTADOS A INSTITUIÇÕDES DE

ENSINO DO ESTADO E ONGS

FORMAÇÃO EFETIVOS DA PREFEITURA

CONTRATADOS PELA PREFEITURA

NIVEL MEDIO 04 01

NIVEL SUPERIOR 29 11 Fonte: Secretaria Municipal de Educação

TABELA 26 -PROFESSORES CONTRATADOS ATUANTES EM 2014 EM

ESCOLAS DO MUNICÍPIO.

FORMAÇÃO QUANTIDADE

NIVEL MEDIO 25

NIVEL SUPERIOR 117 Fonte: Secretaria Municipal de Educação

TABELA 27- PROFESSORES EFETIVOS EM GOZO DE LICENÇAS EM 2014.

FORMAÇÃO QUANTIDADE

NIVEL MEDIO 4

NIVEL SUPERIOR 38 Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura – Itapetinga-Bahia // Chefia de Divisão de Recursos Humanos

Convém ressaltar que a maioria dos docentes, dos servidores que atuam

como auxiliares de sala, monitores que atuam com alunos em sala de aula da

rede municipal e até então só possuíam o Ensino Médio completo e outros

incompleto (como era o caso de muitos auxiliares de sala), já estão em formação

em nível superior, no Programa Plataforma Freire, do Governo Federal em

parceria com a Prefeitura Municipal/Secretaria Municipal de Educação e UESB –

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, outros já concluíram ou estão em

fase final dos cursos de licenciaturas ou graduações. Como incentivo ao Curso de

Licenciatura Plena e valorização do magistério municipal é assegurado ao

professor efetivo, em exercício de regência de classe através do Decreto nº

2.922/2005 ajuda financeira de 50% da mensalidade para as graduações e pós

graduações e caso esteja cursando Universidade Pública fora do município

receberá o incentivo financeiro referente às despesas de locomoção. Atualmente

mantém parceria com as universidades, UNOPAR- Universidade Norte do

Page 69: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

69

Paraná, Faculdade Monte Negro, ICEF/ Faibra – Instituto de Capacitação

Educacional e Formação, Instituto Prominas, CEUCLAR – Centro Universitário

Claretiano..

Além do incentivo ao aprimoramento dos estudos os profissionais

recebem capacitações constantes, visando o aprimoramento das suas práticas e

acompanhamento contínuo dos trabalhos. Para os docentes existe

acompanhamento pedagógico, feito pelos coordenadores das unidades escolares

e pelos coordenadores técnicos da SMEC. No caso da Escola não possuir

Coordenador Pedagógico, o Coordenador Técnico lotado na SME da área

específica executa esse trabalho reali

Desde o planejamento à execução, as ações do Projeto Político

Pedagógico, como também do PDE, são discutidas, planejadas e reformuladas

pela equipe que compõe a escola. Apesar de algumas escolas ainda sentirem

dificuldades técnicas na elaboração desses instrumentos, as decisões não são

tomadas apenas pelos gestores, existe por parte da Secretaria Municipal de

Educação a preocupação constante com a função democrática e a participação

coletiva de todos. Daí a disponibilização de um profissional técnico para

acompanhar e orientar os dirigentes. A avaliação das atividades é vista como

parte essencial das práticas educativas e por isso é realizada constantemente

pelos sujeitos da comunidade escolar. No ano de 2009 o Programa Círculos de

Avaliação em parceria com o governo do Estado, foi instituído nas unidades

escolares, com o objetivo de avaliar todas as dimensões da escola com a

expectativa de diagnosticar os problemas específicos e a partir daí, buscar formas

para solucioná-los, com toda a comunidade escolar junto a Secretaria de

Educação do Municio

No tangente a outras funções desempenhadas especificamente nas

escolas da Rede Municipal, a tabela a seguir mostra que em 2014 já havia por

parte dos mesmos um nível de escolaridade razoável, visto que 72% desses

profissionais tinham ensino médio, 24,5% possuíam o ensino fundamental e 4,4%

com Ensino Superior referenciado na tabela como outros. Um dos fatores que

certamente impulsionaram a elevação do nível de instrução destes funcionários

foi o incentivo dado pelo governo municipal na redução de carga horária de

trabalho pra os que se dispunham a prosseguir seus estudos.

Page 70: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

70

TABELA 28 - PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO, POR NÍVEL DE

ESCOLARIDADE NA REDE MUNICIPAL EM 2014(EFETIVOS)

Cargos

Nível de Escolaridade

Fundamental

Incompleto

Fundamental

Completo

Médio

Completo

Outros

Merendeira 68 26 20 19 03

Vigilante 48 07 03 11 -

Servente 10 09 03 - -

Secret. Escol. 22 - - 18 04

Porteiro - - - - -

Outros 146 08 28 105 05

Fonte: Secretaria Municipal de Educação

No tocante as funções desempenhadas por outros funcionários

especificamente nas escolas da Rede Municipal, observa-se que há alguns anos

a Secretária Municipal de Educação vem se preocupando com a formação dos

seus profissionais. Parte dos servidores nos cargos de Merendeira e Auxiliar de

Serviços Gerais estão se capacitando com o PROFUNCIONÁRIO, uma parceria da

Secretária Municipal de Educação e o governo Estadual. O cargo de Vigia foi

contemplado com treinamento de segurança através da Policia Militar. Ressalta-

se que, visando à valorização dos profissionais da Rede Municipal de Educação,

essa secretaria colocou a capacitação dos mesmos dentre a pauta de ações a

serem desenvolvidas nos próximos anos. Além disso, está previsto a aquisição de

fardamentos e acessórios para garantir melhores condições de higiene e

segurança aos trabalhadores.

Aliados aos professores e técnicos, os 558 funcionários atuantes no apoio

administrativo e nas demais funções relacionadas na tabela, dão sustentação

favorável ao funcionamento das instituições de ensino da Rede Municipal, pois

correspondem à demanda funcional das mesmas.

A situação funcional desses funcionários está distribuída conforme a

tabela abaixo:

TABELA 29 - PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO, POR SITUAÇÃO FUNCIONAL

NA REDE MUNICIPAL EM 2014

Situação Funcional

Page 71: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

71

Cargos Nº

Servidor Público

Concursado CLT

Contrato Temporário

Terceirizado Outro

Merendeira 108 68 40 - -

Vigilante 119 48 71 - -

Servente 10 10 0 - -

Secretário(a) Escolar

49 22 27 - -

Porteiro 0 0 0 - -

Outros 272 146 126 - -

TOTAL

558 294 264

Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura – Itapetinga-Bahia // Divisão de Recursos Humanos

No quadro de funcionários dispostos nas respectivas situações

contratuais observa-se que o número dos admitidos por concurso público

sobrepõe ao de contrato temporário. Como se vê, 294 funcionários são efetivos,

correspondendo, portanto, ao percentual de 52,68% e apenas 47,32% atuam com

contratos temporários. Portanto, o número de contratação temporária já aponta a

necessidade da realização de concurso para provimento das vagas.

Não existe no município um Plano de Cargos e Salários que contemple

todos os Profissionais da Educação. Quanto aos cursos está em atividade o

PROFUNCIONÁRIO, uma parceria da Secretária Municipal de Educação e o

governo Federal, capacitando duas turmas: uma Auxiliar de Serviços Gerais e

outra de Merendeiras, já em fase de conclusão. Para os demais servidores a

Secretária Municipal de Educação aguarda a abertura de novas turmas que

atenderão: vigias, motoristas e auxiliares administrativos.

A Secretaria Municipal galga vôos no sentido de firmar parcerias e

convênios com o governo Federal e Estadual, para implantação e implementação

de programas como: PROINFO, INFOCENTRO, PDE/Escola, Formação pela

Escola, Conselho Escolar, PACTO, PNAIC, Mais Educação e ADAB na escola. E

outras parcerias com o Instituto Natura Trilhas e Comunidade de Aprendizagem,

Policia Militar com o PROERD, dentre outros.

Quanto à melhoria dos salários, algumas ações vêm sendo

executadas. O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Professores tem

Page 72: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

72

sido cumprido, porém, já foram desencadeadas discussões e alguns

encaminhamentos no sentido de agilizar a reformulação e regulamentação do

mesmo. O Estatuto do Magistério foi elaborado com a participação das partes

interessadas e já foi aprovado pelo executivo. O Piso Nacional Profissional

Salarial estabelecido pelo governo federal está sendo implementado no município

e o desejo de proporcionar aos educadores salários ainda melhores, está

evidenciado nos discursos e planos de ação da Secretaria Municipal de

Educação.

Apesar de algumas unidades escolares não estarem funcionando a

contento, devido às instalações físicas inadequadas, na medida do possível as

solicitações de materiais e/ou serviços são atendidas e o número de funcionários

dessas instituições é equivalente à demanda de trabalho existente. A maioria

deles trabalha em regime celetista e foram admitidos através de concursos

públicos.

Um dos grandes desafios da educação é fazer acontecer, além da

quantidade, a qualidade do ensino. Esta passa, com certeza, pela formação inicial

e continuada dos profissionais que atuam na educação. A melhoria da qualidade

de ensino, indispensável para assegurar ao cidadão o pleno exercício da

cidadania e a inserção das atividades produtivas que permita a elevação

constante ao nível da vida, constitui um compromisso da municipalidade.

Este compromisso, entretanto, não poderá ser cumprido sem a

valorização do magistério, uma vez que os docentes exercem papel fundamental

no processo educacional. Como as atividades necessárias à construção da

educação escolar não se restringem ao trabalho docente, é essencial que a todos

os demais profissionais que atuam no ambiente escolar, sejam igualmente

asseguradas condições para formação continuada.

A política global de formação dos profissionais em educação, bem

como a garantia da plena continuidade de atualização profissional deve privilegiar

uma sólida formação teórica, a relação teoria-prática, a interdisciplinaridade, a

gestão democrática, a formação cultural, o desenvolvimento de compromisso

cultural, ético e político da docência e dos trabalhos que auxiliam sua realização,

a reflexão crítica sobre a formação para o magistério, a fim de favorecer a

qualidade da profissionalização e valorização dos profissionais.

Page 73: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

73

4.5. GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO

A Constituição da República Federativa do Brasil é o marco formal da

garantia do Estado Democrático de Direito, que assegura aos cidadãos o direito

de participar da vida pública, intervindo nas Políticas de Estado. Esta participação

não pode ficar limitada somente ao direito de votar, mas, sem sombra de dúvidas,

ao direito de participar das tomadas de decisão, que indicarão os rumos do país,

do estado e do município. No que se refere ao Plano Municipal de Educação,

especificamente, está se tratando das Políticas Públicas para a Educação no

Município de Itapetinga.

Neste contexto, as metas e estratégias, que nortearão a Gestão

Democrática, terão a finalidade de promover e ampliar a participação dos

segmentos, que compõem as Associações de Professores – APLB, Conselhos

Escolares e Conselhos Municipais, vinculados à Educação. Esta prática dará

continuidade à política de descentralização, promovendo autonomia pedagógica,

administrativa e financeira, das Unidades Educativas, conforme preconiza a

Legislação Educacional vigente.

Por se tratar de um marco legal garantido pela Emenda 59/2009 da

Constituição Federal e pela LDB 9394/96 Art. 11, preconizando que:

Os Municípios incumbir-se-ão de:

1. organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos

seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da

União e dos Estados;

2. exercer ação redistributiva em relação às escolas;

3 baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;

4 autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu

sistema ensino;

5.oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com

prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino

somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área

de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela

Constituição Federal a manutenção e desenvolvimento do ensino.

Page 74: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

74

No ano de 2012, o município de Itapetinga passou a ser Sistema

Municipal de Ensino instituído através da Lei nº 1.175/2012, uma vez que já havia

acontecido a criação do Conselho de Alimentação Escolar – CAE pela Lei 686/95

e posteriormente o Conselho Municipal de Educação – CME instituído no ano de

1997 pela Lei 740/97, e neste mesmo ano foi criado o CACS – FUNDEB

implantado através da Lei 731/97. Os Conselhos Municipais citados têm Lei de

criação aprovado pela Câmara e Regimento interno aprovado pelos seus pares.

O Conselho Municipal de Educação de Itapetinga é composto por

representantes de professores, diretores, pais de alunos, alunos, técnicos

administrativos e poder executivo. O CME é atuante e trabalha em parceria com a

secretaria de educação, visando à melhoria da qualidade da educação ofertada

no município, porém não existem programas de formação de conselheiros, o que

contribui para a pouca participação de alguns de seus membros, que acabam por

desconhecer a real função social do referido conselho. Diante do exposto, se faz

necessário a implantação de cursos de formação para conselheiros municipais

visando o fortalecimento e melhor atuação do mesmo na educação municipal.

O reconhecimento das reivindicações históricas do movimento dos

educadores em prol da gestão democrática, bem como a necessidade de

materializar no sistema educacional esse princípio preconizado pela LDB,

constituiu algumas das fortes razões que induziram o Ministério da Educação a

inscrever, na sua agenda, uma política direcionada à ampliação dos espaços de

participação nas escolas de educação básica, o que se efetivou mediante a

Portaria Ministerial n. 2.896/2004, que instituiu o Programa Nacional de

Fortalecimento dos Conselhos Escolares.

Neste sentido, a educação do município de Itapetinga – Ba tem

encontrado uma forte atuação dos Conselhos Municipais que tem trabalhado com

o objetivo de:

I – ampliar a participação das comunidades escolar e local na gestão

administrativa, financeira e pedagógica das escolas públicas;

II – apoiar a implantação e o fortalecimento de Conselhos Escolares;

III – instituir políticas de indução para a implantação de Conselhos

Escolares;

Page 75: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

75

IV – promover, em parceria com os sistemas de ensino, a capacitação

de conselheiros escolares, utilizando inclusive metodologias de educação à

distância;

V – estimular a integração entre os Conselhos Escolares;

VI – apoiar os Conselhos Escolares na construção coletiva de um

projeto educacional no âmbito da escola, em consonância com o processo de

democratização da sociedade;

VII – promover a cultura do monitoramento e avaliação no âmbito das

escolas para a garantia da qualidade da educação (Portaria Ministerial n.

2.896/2004, art. 1º).

Sendo assim, é possível dizer que o município de Itapetinga – Ba tem

tido o Conselho Escolar como um dos grandes instrumentos de democratização

da escola pública, uma vez que um colegiado é composto por integrantes dos

quatro segmentos que representam a comunidade escolar (pais, alunos,

professores e funcionários) vinculado diretamente à escola. Ressaltamos que no

município ainda não foi efetivada a eleição direta para gestores. Apesar de já ter

sido ofertado o curso de formação para gestores, denominado PROGESTÃO;

além de realização de Jornadas Pedagógicas e reuniões para estudos de temas

voltados para a educação, bem como para o crescimento de ordem afetivo e

pedagógico do gestor.

Além do diretor, o setor administrativo das unidades escolares, conta

com o secretário escolar, funcionário pertencente ao quadro efetivo da Prefeitura

Municipal, ocupante do cargo de auxiliar administrativo, que é o responsável pela

documentação escolar dos alunos.

No setor de serviços gerais, há a participação de merendeiras,

responsáveis pela elaboração da merenda servida aos alunos e servidores

responsáveis pela limpeza e manutenção da estrutura física do prédio. Os

funcionários, que desempenham tais funções, são ocupantes de cargos efetivos

na estrutura funcional da Prefeitura Municipal.

No setor pedagógico, todas as unidades escolares da rede municipal

de ensino contam, em seu quadro funcional, com um coordenador ou professor

que desempenha a função de apoio pedagógico, acompanhando o planejamento

Page 76: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

76

dos professores, assim como a sua aplicação em sala de aula, é realizada por um

professor.

Todas as escolas municipais de Itapetinga–Ba possuem Regimento

Interno como documento de normas e procedimentos administrativos, apesar da

necessidade de divulgação e reformulação dos mesmos. Entretanto, muitos

profissionais dos estabelecimentos de ensino não conhecem o teor desse

documento, uma vez que não existe um estudo do mesmo, a fim de efetivar a

democratização nas unidades escolares.

Acerca da formação e funcionamento dos grêmios estudantis não

existe uma participação por parte dos alunos, pois não há incentivo da escola e

da própria comunidade, impossibilitando ao aluno reconhecer seu papel de

agente construtor de sua história e de sua participação como cidadão. Ressalta-

se, porém que existe na proposta de trabalho da Secretaria Municipal de

Educação o incentivo à implantação de grêmios estudantis como mais um recurso

de democratização do ambiente escolar.

A SMEC tem procurado juntamente com as unidades de ensino a

promoção de eventos que possibilitam a integração entre escola e comunidade

(feiras, festas comemorativas e reuniões diversas), são realizados

frequentemente, oportunizando a percepção de mudança e renovação contínua

dos indivíduos, fazendo com que estes se sintam sujeitos de direito que

participam de um pleito educativo altamente democrático de modo a se sentirem

agente construtores da sua própria história.

4.6 RECURSOS FINANCEIROS PARA A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO

4.6.1. Financiamento da Educação Municipal

O dever do Estado de garantia de acesso à educação justifica-se, pois,

por ser a educação elemento essencial do exercício pleno da cidadania. Esta,

indubitavelmente, é a dimensão primordial da obrigação do poder público. Há,

entretanto, outros aspectos que não são irrelevantes. A educação é também um

investimento. Há correlação entre escolaridade da população e desenvolvimento.

Page 77: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

77

A educação melhora a qualidade de vida, o acesso ao mercado de trabalho, e

constitui instrumento de ascensão social.

Um bom planejamento nos investimentos, de forma a melhorar a

eficiência do sistema educacional, pode significar uma considerável economia de

recursos, que poderiam ser então deslocados para o atendimento do padrão de

qualidade a que se refere à LDB.

A educação é um investimento feito pelo município que deve ser

contínuo, e cujos resultados aparecem em longo prazo – às vezes na próxima

geração. Daí a importância da existência de fontes de recursos estáveis que

financiem o esforço de universalização do ensino e o aprimoramento de sua

qualidade.

A meta 20 do PNE visa ampliar o investimento público em educação de

forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do

País no quinto ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do

PIB no final do decênio. Os municípios estão vivenciando uma grande crise

financeira devido aos baixos recursos arrecadados e baixo investimento,

principalmente na área da educação. Os recursos do FUNDEB são basicamente

utilizados no pagamento da folha de pessoas, restando pouco para as outras

despesas pagáveis com esta fonte de recurso.

Reconhece-se que o governo federal vem ampliando os investimentos

na educação através de programas como do Plano de Ações Articulada (PAR),

PDDE Interativo, Programa Nacional do Livro didático – PNLD - Transporte

Escolar, Merenda escolar, Proinfo, dentre outros. Porém, percebe-se que ainda

não é suficiente e que há uma urgência de maior investimento na educação para

que se possa atender às suas demandas e garantir a oferta uma educação de

qualidade e igualitária para todos. Cabe então ao governo federal aumentar o

investimento na educação do país e fazer cumprir o que está definido na meta 20

do PNE. Os gestores municipais precisam elaborar o Plano Plurianual e definir as

ações e investimento da educação.

4.6.1.1 Diagnóstico

Page 78: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

78

Os estudiosos do financiamento público da educação afirmam que o

financiamento precisa se voltar para o enfrentamento de três problemas cruciais,

a saber, acesso, permanência e sucesso, integrando-os e relendo-os a partir do

desenvolvimento social e da garantia dos direitos humanos.

4.6.1.2 Fontes de Recursos da Educação

Implantar políticas educacionais aos munícipes que frequentam as

escolas do município de Itapetinga, proporcionando um ensino de qualidade,

através de políticas educacionais concretas, praticadas nas unidades escolares

para o desenvolvimento pleno da cidadania.

A Constituição Federal de 1988, no seu art. 212 dispõe que:

A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados,

o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita

resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na

manutenção e desenvolvimento do ensino.

A manutenção de programas de Educação Infantil e de Ensino

Fundamental é uma competência municipal, cabendo à União e aos estados

prestar colaboração técnica e financeira.

Segundo os Artigos 68 e 69 da LDB a educação pública tem as

seguintes fontes de financiamentos:

Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educação os originários de:

1. Receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

2.Receita de transferências constitucionais e outras transferências;

.Receita do salário-educação e de outras contribuições sociais;

4.Receitas de incentivos fiscais;

5.Outros recursos previstos em lei.

Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante dos impostos, compreendida as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público. (LDB 9394/96)

Page 79: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

79

A medida provisória nº 338/06 de 28 de Dezembro de 2006, especifica

as receitas que comporão o FUNDEB:

TABELA 30- RECEITAS DE MANUNTENÇÃO DO FUNDEB

Imposto Artigo CF 2007 2008 2009

ITCMD - Imposto sobre

Transmissão causa mortis

e doação, de quaisquer

bem ou direitos (Estadual)

Art. 155, Inciso I 6,66% 13,33% 20%

ICMS - Imposto sobre

Operações Relativas à

Circulação de Mercadorias e

sobre Prestação de Serviços

de Transportes Interestadual

e Intermunicipal de

Comunicação (Estadual)

Art. 155, Inciso II 16,66% 18,33% 20

IPVA- Imposto sobre a

Propriedade de Veículos

Automotores (Estadual)

Art. 155, Inciso

III 6,66% 13,33% 20%

Competência Residual

(participação estadual)

Art. 157, Inciso,

II 66,6% 13,33% 20%

ITR- Imposto sobre

Propriedade Territorial Rural

(participação municipal)

Art. 158, Inciso, II 6,66% 13,33% 20%

IPVA- (participação

municipal) Art. 158, Inciso, III 6,66% 13,33% 20%

IMS (participação municipal) Art. 158, Inciso IV 16,66% 18,33% 20%

FPE (Estado) Art. 159, Inciso,

I, alínea “a” 16,66% 18,33% 20%

FPM (Município) Art. 159, Inciso, I,

alínea “b” 16,66% 18,33% 20%

IPLEX (participação 16,66% 18,33% 20%

Page 80: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

80

estadual)

Complementação da União:

I- R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais) em 2007;

II- R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais) em 2008;

III- R$ 4.500.000.000,00 (quatro bilhões e quinhentos milhões de reais) em

2010;

IV- 10% do montante resultante da contribuição dos Estados e Municípios a

partir de 2010.

Fonte: Ministério de Educação e Cultura - MEC

Observa-se que, no caso das receitas sobre as quais já era feito o

desconto, em favor do FUNDEF (ICMS, FPE, EPM e IPLEX) o percentual passou

de 15% para 20% em três anos, ou seja, houve um incremento de 1,66% ponto

percentual a cada ano (5/3- 1,66). No caso das demais receitas de impostos e

transferências, que não integravam a base de contribuição para o FUNDEF

(IPVA, ITR, ITCMD) o percentual de contribuição passou de 0% para 20% 3m três

anos com incremento anual de 6,66% pontos percentuais ao ano (20/3 = 6,66).

Pelo disposto na Emenda Constitucional nº 53/06 a complementação

da União deixa de ser uma exceção (antes só ocorria quando o valor por aluno no

âmbito do território estadual não atingia o mínimo nacional instituído por decreto

presidencial) e passa a ser progressiva.

Tanto a sub-vinculação dos impostos quanto à complementação da

União e a inserção das matrículas observando a uma gradação de três anos,

conforme tabela a baixo:

TABELA 31- ORIGEM DAS RECEITAS

ORIGEM DAS

RECEITAS

2007 2008 2009 2010

Impostos que

compunham o FUDEF 16,66% 18,33% 20% 20%

Page 81: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

81

Novos impostos

vinculados ao FUNDEB 6,66% 13,33% 20% 20%

Complementação da

União 2 bilhões 3 bilhões 4,5 bilhões 10%

Matrículas

Ensino

Fundamental

+ 1/3 demais

Ensino

Fundamental

+ 2/3

Toda a

Educação

Básica

Toda a

Educação

Básica

Fonte: Ministério de Educação e Cultura - MEC

Os recursos do FUNDEB são distribuídos entre o Distrito Federal, os

Estados e seus Municípios considerando exclusivamente as matrículas

presenciais efetivas, nos respectivos âmbitos de atuação prioritária conforme o

incisos 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal.

TABELA 32- BENECICIÁRIOS DOS RECURSOS DO FUNDEB (CUSTO

POR ALUNO)

Creche 3.349,27

Pré Escola 2.576,36

Séries Iniciais do Ensino Fundamental Urbano 2.576,36

Séries Iniciais do Ensino Fundamental Rural 2.962,82

Séries Finais do Ensino Fundamental Urbano 2.834,00

Séries Finais do Ensino Fundamental Rural 3.091,64

Ensino Fundamental em Tempo Integral 3.349,27

Ensino Médio Urbano 3.220,46

Ensino Médio Rural 3.349,27

Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 3.349,27

Educação Especial 3.091,64

Educação Indígena e Quilombola 3.091,64

Educação de Jovens e Adultos com Avaliação no Processo 2.061,09

Educação de Jovens e Adultos Integrada à Educação Profissional de Nível Médio com Avaliação no Processo

3.091,64

Fonte: Ministério de Educação e Cultura – MEC –PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 17, DE

29 DE DEZEMBRO DE 2014 - Estimativa Anual de Receitas FUNDEB 2015 (Art. 15, I e II, da Lei

nº11.494/2007) R$ mil

Page 82: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

82

As mudanças ocorridas no Plano Educacional que trouxeram um

novo eixo norteador para as políticas de gestão e financiamento, influenciando

sobre a realidade municipal, que ainda trabalha de forma centralizadora,

organizada segundo a lógica da patronagem estatal.

Em Itapetinga a realidade não é diferente, em função do fator histórico

da falta de implementação até 2009 por parte da Secretaria de Educação de

políticas públicas efetivas, que pudessem buscar estabelecer um processo de

continuidade nos programas estabelecidos, criando uma estrutura na Secretaria

Municipal de Educação que ultrapassasse os interesses políticos partidários e que

pudesse desenvolver diretrizes permanentes, facilitando o acesso da comunidade

aos serviços prestados pela educação, desenvolvendo assim uma política de

profissionalização e valorização dos servidores.

Não é possível pensar e administrar a educação e suas complexidades

de forma improvisada, sem planejamento. Além disso, não é qualquer tipo de

planejamento que ajudará na busca de soluções. O planejamento autoritário que

falha em não incluir o outro, elaborado por quem vive fora da realidade da

educação não atende aos interesses educacionais. É preciso enfrentar os

desafios se valendo do planejamento construído democrática e

participativamente, passando pelas UEs incluindo a comunidade escolar,

quebrando a mentalidade centralizadora existente na cidade, principalmente na

educação que tem o papel de desenvolver na sociedade uma mentalidade crítica.

TABELA 33. OUTRAS RECEITAS COM O SETOR EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE ITAPETINGA, ADMINISTRADAS PELA PREFEITURA.

2005/2014

Ano

Alimentação

escolar

Transporte

Escolar

Convênios

Outras

Receitas Total

2005 330.300,00 27.120,00 Sem dados 307.465,82 664.885,82

2006 440.464,80 25.846,08 Sem dados 383.832,29 850.143,17

2007 485.208,00 23.060,60 Sem dados 370.524,63 878.793,23

2008 463.584,40 22.718,53 24.000,00 433.245,92 943.548,85

Page 83: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

83

2009 483.093,60 44.968,23 517.575,53 1.045.637,36

2010 764.498,40 65.499,36 708.278,56 1.538.276,32

2011 751.380,00 61.070,10 853.670,17 1.666.120,27

2012 843.588,00 53.418,93 981.316,11 1.878.323,04

2013 952.040,00 51.808,30 1.000.438,16 2.004.286,46

2014 918.972,00 43.820,71 1.228.670,07 2.191.462,78

Fonte: Secretaria Municipal da Educação/ Secretaria da Administração/ Prefeitura Municipal

– informações do SIOPE

Na tabela 33, observamos que houve um aumento nas receitas

destinadas a alimentação e transporte escolar entre os anos de 2005 a 2014, isso

se deve ao fato do aumento no valor per capita e no número de alunos.

TABELA 34. RECURSOS APLICADOS EM EDUCAÇÃO PELO GOVERNO MUNICIPAL DE ITAPETINGA, POR NÍVEL OU MODALIDADE DE ENSINO

2005/2014.

Ano Ed. Infantil Ensino Fundamental

Total

2005 21.589,12 9.462.673,26 9.484.262,38

2006 522.798,59 10.444.120,30 10.444.120,30

2007 328.603,02 12.364.399,42 12.693.002,44

2008 437.662,25 18.218.235,09 18.655.897,34

2009 860.285,66 16.481.161,12 17.341.446,78

2010 3.736.912,63 18.560.469,01 22.297.381,64

2011 9.442.382,85 15.935.985,74 25.378.368,59

2012 5.650.630,29 24.507.767,99 30.158.398,28

2013 4.128.241,41 29.176.844,07 33.305.085,48

2014 3.870.000,00 34.090.887,38 37.960.887,38

Fonte: Secretaria Municipal da educação/ Secretaria da Administração/ Prefeitura

Municipal/Siope

Observando os dados da tabela 34, destacamos que nos anos de 2005

a 2014 não existiam uma separação pelo município no que se refere a distribuição

Page 84: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

84

de recursos entre a Educação Infantil e Ensino Fundamental, por isso os valores

foram apresentados de forma geral.

Em relação às despesas com educação do município por categoria e

elemento de despesa 2005/2014 observou-se que neste período não havia na

Secretaria de Educação uma preocupação em armazenar dados para facilitar o

acesso. Os setores responsáveis utilizavam os dados em um ano e depois eram

descartados. Houve uma dificuldade na coleta dos dados, pois se encontravam

em vários lugares. A SEMC hoje está buscando mecanismos para o

armazenamento, acompanhamentos e análises de dados, evitando que passemos

pelos mesmos problemas no futuro. Encontra-se em andamento a sistematização

de um setor responsável por essa tarefa dentro da própria secretaria objetivando

direcionar as ações da mesma. Acreditamos que esta realidade está próxima de

ser mudada visto que o Governo do Estado propôs em março de 2015 um pacto

com todos os municípios da Bahia no intuito de instrumentalizar os municípios em

muitas áreas e entre elas está a informatização das redes municipais via sistema

de informação.

TABELA 35. RECEITA E APLICAÇÃO DOS RECURSOS RECEBIDOS

DO FUNDEF NO MUNICÍPIO DE ITAPETINGA 2004/2006

Ano

Total recebido

Aplicação

Salário dos

professores

Capacitação dos

leigos

Gastos com MDE

2004 Sem dados Sem dados Sem dados Sem dados

2005 6.060.488,10 4.110.943,47 - 2.212.492,32

2006 6.785.289,66 4.635.669,71 - 2.965.400,61

Fonte: Secretaria Municipal da Educação/ Secretaria da Administração/ Prefeitura

Municipal.

Nota: No período analisado, os recursos eram repassados pelo FUNDEF, sendo que o

ano de 2014, a falta de dados se justifica pelos motivos explícitos acima. Salientando que

nesse período os recursos advindos do FUNDEF eram destinados somente ao Ensino

Fundamental.

TABELA 36. RECEITA E APLICAÇÃO DOS RECURSOS RECEBIDOS

DO FUNDEB NO MUNICÍPIO DE ITAPETINGA EM 2007/2014

Page 85: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

85

Ano

Total recebido

Aplicação

Salário dos

professores

Capacitação dos

leigos

Gastos com MDE

2007 9.167.875,83 5.895.970,16 - 2.352.023,61

2008 14.175.456,44 8.581.235,47 - 4.840.641,73

2009 13.046.928,78 8.992.563,71 3.989.587,41

2010 17.293.836,81 10.668.767,57 6.352.128,36

2011 21.082.064,49 12.898.216,20 7.971.255,25

2012 26.082.308,02 16.572.512,55 8.741.779,37

2013 25.746.611,16 16.106.152,25 9.459.353,27

2014 28.710.544,60 21.526.188,11 6.243.037,92

Fonte: Secretaria da Administração e ou Fazenda do Município/siope

A partir de 2007 entra em vigência o FUNDEB, como observado na tabela

36, passando esse fundo a financiar também a Educação Infantil e a EJA.

Comparando o total recebido em 2006 (Tabela 35) como 2008 (Tabela 36), houve

um aumento significativo da receita para a educação municipal.

TABELA 37. APLICAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL

EXERCÍCIO 2006 (EM R$)

Dos recursos Da aplicação

Receita de imposto e

transferências Recursos Próprios

Total aplicado em

educação

%

aplicado

20.818.395,65 3.222.894,46 6.582.300,35 27,38

Fonte: Site: Tribunal de Contas dos Municípios. Tab.17.

Se aplicado o percentual apontado na tabela evidencia-se uma diferença

nos números finais. Isso se justifica quando das deduções permitidas legalmente

como merenda escolar, salário educação, transporte escolar, convênios,

deduções do FUNDEB. valores utilizados, mas que não entram no percentual com

o MDE – Manutenção e Desenvolvimento da Educação.

TABELA 38. RECURSOS DA EDUCAÇÃO NO PPA - 2006 – 2014

ANOS

Previsto

Em R$

Programa\projetos\atividades

educacionais.

Total Utilizado

2006 9.090.000,00 Educação para Todos 10.628.340,18

Page 86: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

86

2007 10.099.000,00 Educação para Todos 11.924.050,48

2008 11.199.000,00 Educação para Todos 17.758.710,91

2009 12.430.000,00 Educação para Todos 17.254.440,65

2010 18.308.920,00 Educação para Todos 23.653.262,65

2011 27.707.420,00 Educação para Todos 28.541.476,38

2012 33.930.000,00 Educação para Todos 32.042.721,52

2013 37.937.849,00 Educação para Todos 34.198.357,09

2014 44.325.054,00 Educação para Todos 36.802.632,28

Fonte: Prefeitura Municipal/Siope

Observando a tabela 38 existe uma progressão de recursos destinados

a Programas, Projeto e Atividades comparados aos anos de 2006 a 2009,

justificados pelo aumento de receitas constitucionais, automáticas e voluntárias.

5. AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO

Conforme o artigo 3º da Lei nº 13.005/2014 25/06/2014 que instituiu o

novo Plano Nacional de Educação, o acompanhamento da execução e avaliação

do Plano Municipal de Educação - PME é incumbência do Poder Legislativo e da

sociedade civil organizada através de seus representantes com assento no Fórum

Permanente de Educação Municipal.

O PME deverá ter uma avaliação contínua e avaliações periódicas,

sendo que a primeira avaliação será ao final do primeiro ano de vigência da lei

que o aprovará.

O Poder Judiciário e o Ministério Público poderão ser parceiros no

acompanhamento e na avaliação, o que certamente fortalecerá as decisões que

devam ser tomadas para correção de rumos e busca dos necessários suportes

para otimização do plano que contará, também com o Fórum Permanente de

Educação Municipal a atuação das entidades da sociedade civil diretamente

interessadas e responsáveis pelos direitos da criança e do adolescente, tais como

Page 87: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

87

o Conselho Tutelar e o Conselho de Acompanhamento e Controle Social do

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização

dos Profissionais da Educação (FUNDEB) e o Conselho Municipal de Alimentação

Escolar (CAE), Comissão do Plano Municipal de Educação e Conselho Municipal

de Educação.

A avaliação do PME deverá valer-se também, dos dados e análises

qualitativas e quantitativas pelo sistema de avaliação do Ministério da Educação,

destacando-se o Sistema de Avaliação do Ensino Básico (SAEB) e da própria

sistemática de avaliação institucional da Secretaria Municipal de Educação

(SME).

O PME, por conseguinte, expressa o processo democrático de sua

construção e a significativa participação de trabalhadores/as, mães/pais,

estudantes, dirigentes, demais atores sociais e todas e todos que se preocupam

com a educação, seja por meio das entidades da sociedade civil organizada ou

pelo compromisso pessoal, refletindo, discutindo e propondo caminhos para a

educação municipal.

Page 88: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

88

METAS E ESTRATÉGIAS

Page 89: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

89

DIRETRIZES, METAS E ESTRATEGIAS DO PLANO MUNICIPAL DE

EDUCAÇÃO DE ITAPETINGA

I - Erradicação do analfabetismo;

II - Universalização do atendimento escolar;

III - Superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da

cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;

IV - Melhoria da qualidade da educação;

V - Formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais

e éticos em que se fundamenta a sociedade;

VI - Promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII - Promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;

VIII - Estabelecimento e cumprimento de meta de aplicação de recursos públicos

em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure

atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX - Valorização dos (as) profissionais da educação;

Page 90: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

90

X - Promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à

sustentabilidade socioambiental.

Meta 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as

crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de

educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50%

(cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da

vigência deste Plano Municipal da Educação - PME.

Estratégias:

1.1) Realizar a busca ativa de crianças em idade correspondente a Educação

Infantil, em ação intersetorial entre os órgãos de Assistência Social, Saúde e

proteção a infância como uma forma de obter o número de crianças que

necessitam ser inseridas no universo escolar;

1.2) Manter e ampliar, em regime de colaboração com a União e respeitando as

normas de acessibilidade, programa nacional de construção e reestruturação de

escolas, bem como de aquisição de equipamentos, visando à expansão e à

melhoria da rede física de escolas públicas de Educação Infantil até o terceiro ano

de vigência do PME.

Page 91: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

91

1.3) Implantar, até o fim de 2016, a avaliação da Educação Infantil, a ser realizada

a cada 2 (dois) anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de

aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal, as condições de gestão, os

recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores

relevantes a esta etapa educacional;

1.4) Promover e incentivar a formação inicial e continuada dos (as) profissionais

que atuam na Educação Infantil municipal, garantindo, progressivamente até o

final da vigência do PME, o atendimento a estes alunos por profissionais com

formação que atenda as necessidades específicas dessa modalidade de ensino;

1.5) Estimular e promover a articulação entre a UESB, núcleos de pesquisa e

cursos de formação para profissionais da educação, de modo a garantir a

elaboração e a atualização de currículos e propostas pedagógicas que

incorporem os avanços de pesquisas ligadas ao processo de ensino-

aprendizagem às teorias educacionais no atendimento da população de 0 (zero) a

5 (cinco) anos; )

1.6) Fomentar o atendimento das populações do campo e da população itinerante

na educação infantil, por meio do redimensionamento da distribuição territorial da

oferta, limitando a nucleação de escolas e o deslocamento de crianças, de forma

a atender às especificidades dessas comunidades, garantido consulta prévia e

informada;

1.7) Priorizar e fomentar a oferta do atendimento educacional especializado

complementar e suplementar aos (às) alunos (as) da Ed. Infantil com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,

assegurando a educação bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da

educação especial nessa etapa da educação básica;

1.8) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da

permanência das crianças na Educação Infantil, em especial dos beneficiários de

programas de transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os

órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância;

Page 92: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

92

1.9) Possibilitar, até o final da vigência do PME, o acesso à Educação Infantil em

tempo integral, para no mínimo de 50% das crianças de 0 (zero) a 05 anos,

conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Infantil.

1.10) Adequar espaços escolares já existentes na Educação Infantil do Campo no

município para atender a demanda dos alunos em idade de creche também nas

comunidades do campo;

1.11) Buscar, em regime de colaboração com a União, até o quinto ano da

vigência do PME, a implantação, brinquedotecas e salas de multimídias nas

instituições de Educação Infantil pública para atender os educadores e

educandos;

1.12) Até o ano de 2016, o município deverá inserir todas as crianças de 04 a 05

anos nas escolas que ofertam a Educação Infantil e progressivamente até o final

da vigência deste plano a construção de unidades escolares que atendam as

demandas e as necessidades. Inserir no mínimo 50% das crianças de 0 a 03 nas

creches públicas municipais, sendo, para isto, necessária a finalização da

construção das creches da Vila Érica e na Vila Riachão até 2017 e construir com

a colaboração da União um Centro de Educação Infantil no distrito de Palmares e

um Centro de Educação Infantil no bairro Primavera, buscando a melhoria da

qualidade de ensino destes alunos, realizando um atendimento adequado,

promovendo também a inclusão social das crianças com necessidade educativa

especial que se encontram nesta fase escolar.

1.13) Instalar estrutura de parque infantil em todas as escolas da Educação

Infantil da rede pública municipal até o quinto ano da vigência do PME.

1.14) Incentivar a formação a nível superior em pedagogia, no mínimo, para os

servidores que atuam como auxiliares de sala.

Page 93: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

93

1.15) Realizar concurso público para profissionais da educação, inserido na

listagem de cargos do município, o Auxiliar de Classe, dentro dos parâmetros

legais e dos padrões que propõem profissionais habilitados e competentes para

atenderem esta modalidade de ensino, garantindo a presença deste em todas as

salas do pré I.

1.16) Preservar as especificidades da educação infantil na organização das redes

escolares, garantindo o atendimento da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em

estabelecimentos que atendam a parâmetros nacionais de qualidade, e a

articulação com a etapa escolar seguinte, visando ao ingresso do (a) aluno(a) de

6 (seis) anos de idade no ensino fundamental;

Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a

população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95%

(noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade

recomendada, até o último ano de vigência deste PME.

Estratégias:

2.1) Criar equipes multidisciplinares (professores, psicólogos, psicopedagogos,

assistente social), em parceria com outras secretarias, para elaboração de

projetos interdisciplinares que visem o acompanhamento individualizado dos (as)

alunos (as) do Ensino Fundamental da Rede Publica de Educação Municipal que

se encontram em situação de distorção de série e idade, promovendo formações

especificas e continuadas desses profissionais;

2.2) Fortalecer, em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de

assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude, o

acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do

aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de renda,

bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências na escola,

visando ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso escolar dos

(as) alunos (as);

Page 94: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

94

2.3) Promover, através de ação intersetorial, com órgãos públicos de assistência

social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude, a busca ativa de

crianças e adolescentes fora da escola;

2.4) Disciplinar, no âmbito do sistema de ensino municipal, a organização flexível

do trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar de acordo

com a realidade local, a identidade cultural e as condições climáticas da região,

no caso da Educação no Campo;

2.4) Promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a

fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre fruição dos (as)

alunos (as) dentro e fora dos espaços escolares, assegurando ainda que as

escolas se tornem pólos de criação e difusão cultural;

2.5) Incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das

atividades escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações entre as

escolas e as famílias, através de reuniões, seminários e conferências para inserir

as famílias das escolas no contexto educativo dos alunos

2.6) Oferecer atividades extracurriculares que envolvam dança, música, esporte,

ciência e tecnologia, de incentivo aos (às) estudantes e de estímulo a habilidades,

inclusive mediante certames e concursos nacionais e municipais;

2.7) Criar espaços para que as atividades curriculares e extracurriculares possam

ser realizadas adequadamente.

2.8) Promover, em articulação com outras secretarias do governo municipal,

atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades esportivas nas escolas,

interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional e de

desenvolvimento esportivo nacional e municipal.

2.9 ) Ampliar a oferta do Ensino Fundamental dos anos finais para as populações

do campo, nas próprias comunidades, com proposta pedagógica especifica.

2.10) Garantir formação continuada dos educadores das escolas do campo, da

sede e distritos

Page 95: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

95

2.11) Garantir formação continuada específicas para os educadores das escolas

do campo, com classes com multietapas e multisseriadas, com base nas

Diretrizes Curriculares para a Educação do Campo;

2.12) Garantir a formação continuada e em serviços aos gestores da educação

básica da rede municipal;

2.13) Instituir e manter instrumentos de avaliação municipal periódicas, no inicio e

no final de cada ano letivo, baseados nos instrumentos avaliativos nacionais,

como a ANA, a Prova Brasil e as Olimpíadas Nacionais e Municipais, bem como

Simulados municipais.

2.14) Avaliar bienalmente a Proposta Curricular Municipal do Ensino

Fundamental, no intuito de atualizar estes instrumentos na perspectiva de elevar a

qualidade da educação pública municipal;

2.15) Garantir a implementação da lei 11.645/08,. para incluir no currículo oficial

da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira

e Indígena, a Lei nacional 9.795/99, que institui a Política Nacional de Educação

Ambiental e a Lei nacional 11.769/08, para dispor sobre a obrigatoriedade do

ensino da música na Educação Básica, que institui o ensino da história e cultura

afro-brasileira, africana e indígena, a lei 9.795/99, que institui a política nacional

de educação ambiental, e a lei 11769/2008 que institui o ensino de música, bem

como promover o ensino e a reflexão das questões de gênero e sexualidade

como temáticas que transversalizem as propostas curriculares;

2.16) Garantir a elaboração de proposta curricular para o Ensino Fundamental de

Nove Anos na rede municipal de ensino, observando as diretrizes curriculares

nacionais e as especificidades locais;

2.17) Promover ações de correção do fluxo escolar do Ensino Fundamental,

através de programas e projetos específicos para este fim, e de práticas

pedagógicas significativas, as quais possam viabilizar a garantia social do direito

de aprender do educando, bem como viabilizar a garantia do percurso escolar

digno;

Page 96: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

96

2.18) Manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do ensino

fundamental, por meio do acompanhamento individualizado do (a) aluno (a) com

rendimento escolar defasado e pela adoção de práticas como aulas de reforço no

turno complementar, estudos de recuperação e progressão parcial, de forma a

reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade;

2.19) Promover e ampliar em parceria com o Estado e/ou União a criação de

espaços culturais e esportivos, de forma regular, bem como o desenvolvimento da

prática desportiva, integrada ao currículo escolar;

2.20) Promover durante a vigência deste Plano, políticas que favoreçam o

funcionamento de todas as escolas do campo em período integral conforme

demanda local.

2.21) Assegurar durante a vigência do Plano em todas as escolas do campo a

estrutura física adequada bem como dotadas de material didático específico,

funcionando em regime de nucleação em tempo integral de acordo com a

demanda.

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população

de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de

vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%

(oitenta e cinco por cento).

Estratégias:

3.1) Manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do ensino

fundamental, por meio do acompanhamento individualizado do (a) aluno (a) com

rendimento escolar defasado e pela adoção de práticas como aulas de reforço no

turno complementar, estudos de recuperação e progressão parcial, de forma a

reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade;

3.2) Promover e ampliar em parceria com o Estado atividades que garantam a

criação de bens e espaços culturais, de forma regular, bem como o

desenvolvimento da prática desportiva, integrada ao currículo escolar;

Page 97: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

97

3.3) Estimular a participação de alunos do município no Exame Nacional do

Ensino Médio – (Enem), fundamentado em matriz de referência do conteúdo

curricular do ensino médio;

3.4) Fomentar, em parceria com o estado,a expansão das matrículas gratuitas de

ensino médio integrado à educação profissional, observando-se as peculiaridades

das populações do campo, das pessoas com deficiência;

3.5) Estruturar e fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da

permanência dos e das jovens beneficiários (as) de programas de transferência

de renda, no ensino médio, quanto à frequência, ao aproveitamento escolar e à

interação com o coletivo, bem como das situações de discriminação, preconceitos

e violências, práticas irregulares de exploração do trabalho, consumo de drogas,

gravidez precoce, em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de

assistência social, saúde e proteção à adolescência e juventude;

3.6) Apoiar ações de busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete)

anos fora da escola, em articulação com os serviços de assistência social, saúde

e proteção à adolescência e à juventude;

3.7) Apoiar programas de educação e de cultura para a população urbana e do

campo de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de

adultos, com qualificação social e profissional para aqueles que estejam fora da

escola e com defasagem idade/série;

3.8) Articular com a rede estadual de ensino,o redimensionamento da oferta de

ensino médio nos turnos diurno e noturno, bem como a distribuição territorial das

escolas de ensino médio, de forma a atender a toda a demanda, de acordo com

as necessidades específicas dos (as) alunos (as);

3.9) Apoiar, junto a rede estadual de ensino, formas alternativas de oferta do

ensino médio, garantida a qualidade, para atender aos filhos de profissionais que

se dedicam a atividades de caráter itinerante;

Page 98: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

98

3.10) Incentivar a implementação de políticas de prevenção à evasão motivada

por preconceito ou quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção

contra formas associadas de exclusão;

3.11) Divulgar e estimular a participação dos adolescentes nos cursos das áreas

tecnológicas e científicas;

3.12 Ampliar, em parceria com e Estado, a oferta do Ensino Médio para a

população do campo, através da expansão do programa de Ensino Médio com

Intermediação Tecnológica;

3.13 Fomentar em parceria com os entes federados programas de educação e de

cultura para a população urbana e do campo;

3.14 Apoiar, em regime de colaboração com o Estado e União os programas e

políticas relacionadas ao ensino médio;

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos

com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades

ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional

especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia

de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais,

classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Estratégias PME

4.1 Declarar, no censo nacional as matrículas dos (as) estudantes da educação

regular da rede pública que recebam atendimento educacional especializado

complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na

educação básica regular, e as matrículas efetivadas, conforme o censo escolar

mais atualizado, na educação especial oferecida em instituições comunitárias,

confessionais ou filantrópicas e sem fins lucrativos, conveniadas com o poder

público e com atuação exclusiva na modalidade, nos termos da Lei no 11.494,

de 20 de junho de 2007;

Page 99: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

99

4.2 Garantir, no prazo de vigência deste PME, a universalização do atendimento

escolar à demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três)

anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação, observado o que dispõe a Lei no 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional;

4.3 Implantar, ao longo da vigência deste PME, salas de recursos multifuncionais

e fomentar a formação continuada de professores e professoras para o

atendimento educacional especializado nas escolas urbanas e do campo;

4.4 Garantir a ofertar e o atendimento educacional especializado em salas de

recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos

ou conveniados, nas formas complementar e suplementar, a todos (as) alunos

(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação

básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação clínica e

pedagógica;

4.5 Garantir, em parceria com a União e Estado, a criação de centros

multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições

acadêmicas e integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência

social, pedagogia e psicologia, para apoiar o trabalho dos (as) professores da

educação básica com os (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais

do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.6 Manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade

nas instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos (as)

alunos (as) com deficiência por meio da adequação arquitetônica, da oferta de

transporte acessível e da disponibilização de material didático próprio e de

recursos de tecnologia assistiva, assegurando, ainda, no contexto escolar, em

Page 100: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

100

todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a identificação dos (as)

alunos (as) com altas habilidades ou superdotação;

4.7 Garantir a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais -

LIBRAS como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa

como segunda língua, aos (às) alunos (as) surdos e com deficiência auditiva

de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e classes bilíngues e em

escolas inclusivas, nos termos do art. 22 do Decreto no 5.626, de 22 de

dezembro de 2005, e dos arts. 24 e 30 da Convenção sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura

para cegos e surdos-cegos;

4.8 Garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino regular

sob alegação de deficiência e promovida a articulação pedagógica entre o

ensino regular e o atendimento educacional especializado;

4.9 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao

atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do

desenvolvimento escolar dos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação beneficiários

(as) de programas de transferência de renda, juntamente com o combate às

situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao

estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional, em

colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social,

saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude;

4.10 Buscar parcerias com instituições de educação superior as quais suscitem

pesquisas e ações voltadas para o desenvolvimento de metodologias,

materiais didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, com

vistas à promoção do ensino e da aprendizagem;

4.11 Buscar parcerias institucionais com foco na promoção e desenvolvimento

de pesquisas e ações interdisciplinares para subsidiar a formulação de políticas

Page 101: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

101

públicas intersetoriais que atendam as especificidades educacionais de

estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação que requeiram medidas de atendimento

especializado;

4.12 Promover a articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de

saúde, assistência social e direitos humanos, em parceria com as famílias, com

o fim de desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do

atendimento escolar, na educação de jovens e adultos, das pessoas com

deficiência e transtornos globais do desenvolvimento com idade superior à

faixa etária de escolarização obrigatória, de forma a assegurar a atenção

integral ao longo da vida;

4.13 Apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à

demanda do processo de escolarização dos (das) estudantes com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,

garantindo a oferta de professores (as) do atendimento educacional

especializado, profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores (as) e intérpretes

de Libras, guias-intérpretes para surdos-cegos, professores de Libras,

prioritariamente surdos, e professores bilíngues;

4.14 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou

filantrópicas e sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a

ampliar as condições de apoio ao atendimento escolar integral das pessoas

com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação matriculadas nas redes públicas de ensino;

4.15 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou

filantrópicas e sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a

ampliar a oferta de formação continuada e a produção de material didático

acessível, assim como os serviços de acessibilidade necessários ao pleno

acesso, participação e aprendizagem dos estudantes com deficiência,

Page 102: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

102

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação

matriculados na rede pública de ensino;

4.16 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou

filantrópicas e sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, a fim de

favorecer a participação das famílias e da sociedade na construção do

sistema educacional inclusivo.

4.17 Promover parcerias com as secretarias de Saúde e de Ação Social,

instituições públicas, comunitárias, confessionais ou filantrópicas e sem fins

lucrativos, estabelecendo convênios com o poder público, a fim de favorecer

atendimento aos estudantes com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculados na rede

pública de ensino;

4.18 Firmar parcerias com o programa do governo da União e do Estado para

garantir a formação continuada de professores em (AEE) Atendimento

Educacional Especializado para melhor atender as demandas da rede de

educacional do município.

4.19 Elaborar e implementar uma Proposta Pedagógica Curricular da rede

municipal de ensino que assegure a Política de Educação Especial;

4.20 Assegurar nas escolas municipais com estudantes com deficiência a

atuação dos profissionais de apoio: cuidadores em casos específicos,

tradutores e intérpretes de LIBRAS.

4.21 Buscar parcerias com instituições públicas e/ou privadas para realização

anual de teste de acuidade visual com alunos da Rede Municipal.

Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º(terceiro)

ano do ensino fundamental.

Page 103: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

103

Estratégias:

5.1) Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do

ensino fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-

escola, com qualificação e valorização dos (as) professores (as) alfabetizadores e

com recursos pedagógicos específicos, a fim de garantir a alfabetização plena de

todas as crianças;

5.2) Acompanhar os instrumentos de avaliação nacional periódicos e específicos

para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, bem como instituir

no sistema de ensino publico municipal novos instrumentos de avaliação e

monitoramento, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os

alunos e alunas até o final do terceiro ano do ensino fundamental;

5.3) Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas

pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria

do fluxo escolar e a aprendizagem dos (as) alunos (as) da rede pública municipal,

consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade;

5.4) Assegurar a alfabetização de crianças do campo e de populações itinerantes,

com a produção de materiais didáticos específicos, e desenvolver instrumentos de

acompanhamento que considerem o uso da língua materna e a identidade cultural

destas pessoas;

5.5) Promover e estimular a formação inicial e continuada de professores (as)

para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias

educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre

programas de pós-graduação stricto sensu e ações de formação continuada de

professores (as) para a alfabetização;

5.6) Garantir a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas

especificidades, inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem

estabelecimento de terminalidade temporal;

Page 104: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

104

5.7) Instituir durante a vigência deste plano instrumentos de avaliação municipal

periódicos e contínuos, baseados nos instrumentos avaliativos nacionais,

envolvendo os objetivos de aprendizagem definidos nacionalmente;

5.8) Manter a parceria com os entes federados mediante continuidade da adesão

nos programas que favoreçam a alfabetização infantil;

5.9) Garantir a consolidação do letramento matemático e linguístico dos

educandos das séries inicias do ensino fundamental da rede pública municipal de

ensino;

Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50%

(cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos,

25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.

Estratégias:

6.1) Promover, com o apoio da União, a oferta de educação básica pública em

tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e

multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de

permanência dos (as) alunos (as) na escola, ou sob sua responsabilidade, passe

a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo, com a

ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola;

6.2) Aderir, em regime de colaboração como Estado e com a União, a programa

de construção de escolas com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado

para atendimento em tempo integral aos alunos da rede pública municipal,

prioritariamente em comunidades pobres ou com crianças em situação de

vulnerabilidade social;

6.3) Aderir e manter, em regime de colaboração, a programa nacional de

ampliação e reestruturação das escolas públicas municipais, por meio da

instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, inclusive de informática,

espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios,

Page 105: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

105

banheiros e outros equipamentos, bem como da produção de material didático e

da formação de recursos humanos para a educação em tempo integral;

6.4) Fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos,

culturais e esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários,

bibliotecas, praças, parques;

6.5) Estimular a oferta de atividades voltadas à ampliação da jornada escolar de

alunos (as) matriculados nas escolas da rede pública de educação básica por

parte das entidades privadas de serviço social, de forma concomitante e em

articulação com a rede pública de ensino;

6.6) Garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na

faixa etária de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos, assegurando atendimento

educacional especializado complementar e suplementar ofertado em salas de

recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas;

6.7) Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na

escola, direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar,

combinado com atividades recreativas, esportivas e culturais;

6.8) Buscar parceria com o governo federal, estadual e empresas privadas, para

ampliar os recursos e investimentos na alimentação dos estudantes das escolas

públicas de tempo integral;

6.9) Mapear as escolas do município, buscando identificar aquelas com

condições de atender os alunos com a educação em tempo integral, observando-

se os critérios de infraestrutura, transporte e alimentação escolar;

6.10) Implementar um currículo para atender as especificidades de saberes e

tempo, na oferta de educação em tempo integral;

6.11) Promover a formação continuada dos professores da rede pública municipal

de ensino, na perspectiva da educação em tempo integral;

Page 106: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

106

6.12) Construir novas unidades escolares visando atender a demanda da

educação em tempo integral. Sendo que até o final de 2017 seja implantada uma

escola piloto numa das unidades existentes da rede municipal de ensino em

tempo integral;

6.13) Promover em regime de colaboração com o estado a oferta de educação

integral para o Ensino Fundamental anos finais, nas unidades estaduais com

espaços ociosos.

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e

modalidades de atuação, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem

de modo a atingir as seguintes médias municipais para o Ideb:

2015 2017 2019 2021

Anos Iniciais do

Ensino Fundamental 4,0 4,3 4,6 4,9

Anos Finais do Ensino

Fundamental 4,0 4,2 4,5 4,8

Ensino médio 4,3 4,7 5,0 5,2

Fonte:INEP

Estratégias:

7.1) Promover ações em parceria com o Estado e União para que estudantes do

ensino fundamental e do ensino médio alcancem o nível desejado de aprendizado

em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu

ano de estudo, 7.2) Assegurar que os (as) alunos (as) do ensino fundamental da

rede municipal e do ensino médio, em parceria com o Estado, tenham alcançado

nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de

Page 107: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

107

aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, pelo menos, o nível

desejável;

7.3) Elaborar ate o final de 2016 um conjunto municipal de indicadores de

avaliação institucional com base no perfil do alunado e do corpo de profissionais

da educação, nas condições de infraestrutura das escolas, nos recursos

pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em outras dimensões

relevantes, considerando as especificidades das modalidades de ensino;

7.4) Implantar processo contínuo de auto avaliação das escolas de educação

básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as

dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento

estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada

dos (as) profissionais da educação da Rede Pública Municipal e o aprimoramento

da gestão democrática;

7.5) Formalizar e executar os planos de ações articuladas dando cumprimento às

metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública e às

estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da gestão

educacional, à formação de professores e professoras e profissionais de serviços

e apoio escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e

à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar pública municipal;

7.6) Associar a prestação de assistência técnica financeira à fixação de metas

intermediárias, nos termos estabelecidos conforme pactuação voluntária entre os

entes federados, priorizando as escolas da Rede Pública Municipal com Ideb

abaixo da média nacional;

7.7) Orientar quanto a inserção nos instrumentos de avaliação da qualidade do

ensino fundamental, os eixos de ciências e demais áreas do conhecimento, bem

como apoiar o uso dos resultados das avaliações nacionais pelas escolas e rede

de ensino para a melhoria de seus processos e práticas pedagógicas;

7.8) Desenvolver indicadores específicos de avaliação da qualidade da educação

especial, bem como da qualidade da educação bilíngüe;

Page 108: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

108

7.9) Orientar as políticas da rede municipal de ensino, de forma a buscar atingir

as metas do Ideb, diminuindo a diferença entre as escolas com os menores

índices e a média nacional, garantindo equidade da aprendizagem;

7.10) Fixar, acompanhar e divulgar bienalmente os resultados pedagógicos dos

indicadores do sistema nacional de avaliação da educação básica e do Ideb,

relativos às escolas da rede pública municipal de educação básica;

7.11) Promover ações e parcerias visando melhorar o desempenho dos alunos da

educação básica nas avaliações da aprendizagem no Programa Internacional de

Avaliação de Estudantes - PISA, tomado como instrumento externo de referência,

internacionalmente reconhecido, de acordo com as seguintes projeções:

PISA 2015 2018 2021

Medias dos resultados em matemática, leitura e ciências.

438 455 473

Fonte: INEP

7.12) Incentivar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do

fluxo escolar e a aprendizagem significativa; bem como o monitoramento e

acompanhamento dos resultados escolares na rede de ensino;

7.13) Garantir transporte gratuito para todos (as) os (as) estudantes da educação

do campo na faixa etária da educação escolar obrigatória à rede pública municipal

de ensino, mediante renovação e padronização integral da frota de veículos, de

acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia,

Qualidade e Tecnologia – INMETRO, visando a reduzir a evasão escolar e o

tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local;

7.14) Universalizar, até o quinto ano de vigência deste PME, o acesso à rede

mundial de computadores em banda larga de alta velocidade nas escolas da rede

pública de educação municipal, promovendo a utilização pedagógica das

tecnologias da informação e da comunicação;

Page 109: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

109

7.15) Apoiar técnica e financeiramente a gestão escolar mediante transferência

direta de recursos financeiros à escola, garantindo a participação da comunidade

escolar no planejamento e na aplicação dos recursos, visando à ampliação da

transparência e ao efetivo desenvolvimento da gestão democrática;

7.16) Ampliar programas e aprofundar ações de atendimento aos alunos, em

todas as etapas da educação básica atendidos pela rede pública municipal de

ensino, por meio de programas suplementares de material didático-escolar,

transporte, alimentação e assistência à saúde;

7.17) Assegurar, em regime de colaboração, a todas as escolas públicas de

educação básica da rede municipal de ensino o acesso a energia elétrica,

abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos

sólidos;

7.18. Garantir o acesso dos alunos da rede pública municipal a espaços para a

prática esportiva, a bens culturais e artísticos e a equipamentos e laboratórios de

ciências;

7.19) Promover até o segundo ano de vigência deste PME a garantia de

acessibilidade às pessoas com deficiência nas escolas da rede pública municipal;

7.20) Institucionalizar e manter, em regime de colaboração, reestruturação e

aquisição de equipamentos para escolas públicas da rede municipal, visando à

equalização regional das oportunidades educacionais;

7.21) Prover equipamentos e recursos tecnológicos digitais e garantir a utilização

pedagógica no ambiente escolar a todas as escolas públicas municipais da

educação básica, criando, inclusive, mecanismos para implementação até o final

do ano 2020 a universalização das bibliotecas nas instituições educacionais, com

acesso a redes digitais de computadores, inclusive a internet;

7.22) Garantir a informatização integral da gestão das escolas públicas da rede

municipal de ensino e da Secretaria de Educação do Município, colocando as

escola em rede, bem como buscar programa nacional de formação inicial e

Page 110: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

110

continuada para o pessoal técnico da secretaria de educação e das unidades

escolares;

7.23) Formalizar parcerias intersetoriais e com entidades filantrópicas e

confessionais para implantar políticas de combate à violência na escola, inclusive

pelo desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para

detecção dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual,

favorecendo a adoção das providências adequadas para promover a construção

da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a

comunidade;

7.24) Implementar, em parceria com os órgãos de promoção, proteção e defesa

da criança e adolescentes, políticas de inclusão e permanência na escola para

adolescentes e jovens que se encontram em regime de liberdade assistida e em

situação de rua, assegurando os princípios da Lei no 8.069, de 13 de julho de

1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente;

7.25) Garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas

afro-brasileira, africanas e indígenas e implementar ações educacionais, nos

termos da Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, assegurando-se a

implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de

ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial,

conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil e também garantir

a efetivação das Leis que asseguram o debate ensino das temáticas de educação

ambiental, música, bem como gênero e sexualidade;

7.26) Consolidar nas escolas da rede pública municipal, a educação no campo de

populações tradicionais e de populações itinerantes, respeitando a articulação

entre os ambientes escolares e comunitários e garantindo o desenvolvimento

sustentável e preservação da identidade cultural; a participação da comunidade

na definição do modelo de organização pedagógica e de gestão das instituições,

consideradas as práticas socioculturais e as formas particulares de organização

do tempo; a oferta bilíngue para os alunos com necessidades educativas

especiais na educação infantil e no ensino fundamental, a reestruturação e a

aquisição de equipamentos; a oferta de programa para a formação inicial e

Page 111: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

111

continuada de profissionais da educação pública municipal; e o atendimento em

educação especial;

7.27) Desenvolver currículos e propostas pedagógicas específicas para educação

escolar das escolas do campo, incluindo os conteúdos culturais e regionais

correspondentes às respectivas comunidades considerando o fortalecimento das

práticas socioculturais, produzindo e disponibilizando materiais didáticos

específicos, inclusive para os (as) alunos (as) com necessidades educacionais

especiais da rede pública municipal;

7.28) Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação

formal da rede pública municipal com experiências de educação popular e cidadã,

com os propósitos de que a educação seja assumida como responsabilidade de

todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas

educacionais;

7.29) Promover parcerias para a articulação dos programas da área da educação,

de âmbito local, estadual e nacional, com os de outras áreas, como saúde,

trabalho e emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação

de rede de apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da

qualidade educacional;

7.30) Universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas

áreas da saúde e da educação, o atendimento aos estudantes da rede pública

municipal de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e

atenção à saúde;

7.31) Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção,

prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e

emocional dos profissionais da educação da rede pública municipal, como

condição para a melhoria da qualidade educacional;

7.32) Promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do

Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e leitoras e a

capacitação de professores e professoras, bibliotecários e bibliotecárias e agentes

da comunidade para atuar como mediadores e mediadoras da leitura, de acordo

Page 112: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

112

com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da

aprendizagem;

7.33) Promover, através do Conselho Municipal de Educação, a regulação da

oferta da educação infantil pela iniciativa privada, de forma a garantir a qualidade

e o cumprimento da função social da educação

7.34) Estabelecer políticas de estímulo aos docentes, gestores e discentes das

escolas públicas municipais de modo a aprimorarem a qualidade do ensino

aprendizagem;

7.35) Implantar um sistema tecnológico na gestão escolar na rede pública

municipal, o qual possa facilitar e incentivar o monitoramento e acompanhamento

da vida escolar dos educandos pelas respectivas famílias, em tempo real,

viabilizando assim o acompanhamento das atividades escolares dos educandos e

respectivos resultados;

7.36) Fortalecer a educação do campo nas escolas da rede pública municipal,

ampliando a oferta do ensino fundamental dos anos finais, com adoção de

práticas e propostas curriculares e pedagógicas coerentes com as especificidades

locais.

7.37) Prover parcerias com a União e Estado para a melhoria e manutenção das

estradas vicinais, garantindo assim o acesso dos estudantes às escolas da rede

pública do município sem perdas no tempo pedagógico;

7.38) Reestruturar a proposta curricular da educação básica da rede pública

municipal, em especial da educação do Campo, visando atender e adequar suas

especificidades;

7.39) Implementar ações pedagógicas com foco na melhoria do desempenho

acadêmico dos educandos, elevando assim a proficiência do ensino fundamental

municipal

Page 113: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

113

7.40) Promover a melhoria da prestação dos serviços educacionais através do

fortalecimento da gestão pedagógica e escolar, com foco na efetividade da

aprendizagem do educando;

7.41) Instituir, em articulação com a Secretaria Municipal de Agricultura,

Secretária de Meio Ambiente e Instituições de Ensino Superior e em parceria

com a União e o Estado, proposta curricular e ações pedagógicas para educação

ambiental;

7.42) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da

permanência e do aproveitamento escolar de qualidade para os estudantes do

ensino fundamental das escolas municipais urbanas e das escolas do Campo;

7. 43) Desenvolver programas e projetos de correção do fluxo escolar do ensino

fundamental da rede pública municipal, bem como fomentar práticas pedagógicas

significativas, as quais viabilizem a garantia social do direito de aprender do

educando e seu percurso escolar digno.

7.44) Garantir, através de parceria com instituições de ensino superior a formação

inicial, continuada e em serviços dos educadores da educação básica da rede

pública municipal na sua área de atuação, com base nas Diretrizes e Propostas

Curriculares vigentes e demandas atuais;

7.45) Fazer levantamento anual, das demandas da rede pública municipal de

ensino no que se refere a estrutura física, equipamentos e mobiliários, visando

providências necessárias;

7.46) Utilizar recursos financeiros próprios do município, como também os

recursos advindos do Salário Educação e FUNDEB para construir, adequar,

ampliar e reformar escolas públicas da rede municipal e demais órgãos

educacionais vinculados a SMEC;

7.48) Garantir as condições necessárias à aquisição de mobiliários e

equipamentos, incluindo os tecnológicos, para a rede pública municipal de ensino,

conforme demandas e prioridades;

Page 114: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

114

7.49) Prover aquisição de veículos para atender as demandas da rede pública

municipal de ensino, incluindo as ações de monitoramento e acompanhamento

das atividades pedagógicas e administrativas das escolas da sede e do campo;

7.50) Promover adequação, ampliação, reforma e construção de bibliotecas e/ou

salas de leituras da rede pública municipal de ensino, conforme demandas e

prioridades;

7.51) Suscitar assistência financeira para garantir as condições necessárias a

ampliação, melhoria e manutenção da infraestrutura física das escolas

pertencentes à rede pública municipal;

7.52) Adquirir materiais e equipamentos pedagógicos de suporte ao processo

didático da educação infantil e educação fundamental da rede pública municipal

de ensino;

7.53) Estabelecer parcerias institucionais para implantação e/ou ampliação de

laboratório de informática para atender as demandas das escolas públicas

municipais;

7.54) Implantar laboratórios de ciências da natureza e demais áreas do

conhecimento para viabilizar as atividades pedagógicas e afins na rede pública

municipal de ensino;

7.55) Desenvolver ações voltadas para a melhoria da qualidade da alimentação

escolar das escolas públicas municipais;

7.56) Implementar programas e projetos de formação leitora e escritora na

perspectiva da proficiência dos educandos;

7.57) Fortalecer através de formação o sistema de supervisão técnica da SMEC,

administrativa e pedagógica da rede escolar pública municipal.

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte

e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no

Page 115: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

115

último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região

de menor escolaridade no município e dos 25% (vinte e cinco por cento)

mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros

declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Estratégias:

8.1) Institucionalizar programas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo,

para acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação e

progressão parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar

defasado, considerando as especificidades dos segmentos populacionais

considerados;

8.2) Implementar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos

populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-

série, associados a outras estratégias que garantam a continuidade da

escolarização, após a alfabetização inicial;

8.3) Garantir aos estudantes da rede pública municipal de ensino acesso gratuito

a exames de certificação da conclusão dos ensinos fundamental e médio;

8.4) Articular a oferta gratuita de educação profissional técnica por parte das

entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas a

outros entes federados, de forma concomitante ao ensino ofertado na rede

escolar pública municipal, para os segmentos populacionais considerados;

8.5) Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o

acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola específicos para os

segmentos populacionais considerados, de maneira a estimular a ampliação do

atendimento desses (as) estudantes na rede pública regular de ensino;

8.6) Promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos

populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social,

saúde e proteção à juventude;

Page 116: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

116

8.7) Implementar, em parceria com a União e o Estado, programa de incentivos

aos jovens do campo, visando atender aos alunos na faixa etária superior a 23

anos que concluíram o ensino fundamental;

8.8) Ampliar a oferta na rede pública de ensino, a educação de jovens e adultos

no campo e na zona urbana.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou

mais para 95% (noventa cinco por cento) até 2017 e, até o final da vigência

deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 60% (sessenta

por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Estratégias:

9.1) Assegurar a oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que

não tiveram acesso à educação básica na idade própria;

9.2) Realizar levantamento dos jovens e adultos com ensino fundamental e médio

incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas na educação de jovens e

adultos;

9.3) Implementar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de

continuidade da escolarização básica;

9.4) Realizar chamadas públicas regulares para educação de jovens e adultos,

promovendo-se busca ativa em parceria com organizações da sociedade civil e

dos órgãos do governo municipal e estadual;

9.5) Realizar avaliações específicas, que permitam aferir o grau de alfabetização

de jovens e adultos com mais de 15 (quinze) anos de idade;

9.6) Executar ações de atendimento ao estudante da educação de jovens e

adultos da rede pública municipal por meio de programas suplementares de

transporte, alimentação e saúde, incluindo atendimento multifuncional em

articulação intersetorial;

Page 117: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

117

9.7) Assegurar e promover a oferta de educação de jovens e adultos, nas etapas

de ensino fundamental e médio;

9.8) Apoiar técnica e financeiramente projetos inovadores na educação de jovens

e adultos da rede pública municipal de ensino que visem ao desenvolvimento de

modelos adequados às necessidades específicas desses alunos;

9.9) Considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades dos

idosos, com vistas à promoção de políticas de erradicação do analfabetismo, ao

acesso a tecnologias educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas,

à implementação de programas de valorização e compartilhamento dos

conhecimentos e experiência dos idosos e à inclusão dos temas do

envelhecimento e da velhice nas escolas;

Meta 10: Oferecer, em articulação com a União e o Estado, no mínimo, 25%

(vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos,

nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação

profissional, até o último ano de vigência deste PME.

Estratégias: 10.1) Implantar um programa municipal, em consonância com os programas

nacional e estadual de educação de jovens e adultos, voltado à conclusão do

ensino fundamental e à formação profissional inicial, de forma a estimular a

conclusão da educação básica;

10.2) Expandir, através de parcerias institucionais, as matrículas na educação de

jovens e adultos, de modo a articular a formação inicial e continuada de

trabalhadores com a educação profissional, objetivando a elevação do nível de

escolaridade do trabalhador e da trabalhadora;

10.3) Fomentar, através de parcerias institucionais, a integração da educação de

jovens e adultos com a educação profissional, em cursos planejados, de acordo

com as características do público da educação de jovens e adultos e

Page 118: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

118

considerando as especificidades das populações itinerantes e do campo, inclusive

na modalidade de educação a distância;

10.4) Ampliar, através de parcerias institucionais, as oportunidades profissionais

dos jovens e adultos com deficiência e baixo nível de escolaridade, por meio do

acesso à educação de jovens e adultos articulada à educação profissional;

10.5) Prover parcerias institucionais com a União e o Estado com vistas a

reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e à melhoria

da rede física de escolas públicas municipais que atuam na educação de jovens e

adultos integrada à educação profissional, garantindo acessibilidade à pessoa

com deficiência;

10.6) Promover uma reforma curricular da educação de jovens e adultos, em

consonância com as diretrizes curriculares nacionais, até o final do 2° ano de

vigência do PME e em parceria com as Instituições de ensino superior,

articulando a formação básica e a preparação para o mundo do trabalho de forma

a organizar o tempo e o espaço pedagógicos adequados às características

desses alunos e alunas;

10.7) Assegurar, por meio de ações institucionais, a formação continuada de

docentes da rede pública municipal de educação que atuam na educação de

jovens e adultos articulada à educação profissional;

10.8) Prover parceria com instituições privadas, filantrópicas e públicas, de

instância federal, estadual e municipal, visando manter a oferta de cursos de

ensino médio voltados para agronegócio, agroecologia, dentre outros, na

modalidade da pedagogia de alternância, para jovens e adultos do campo;

10.9) Articular ações junto ao Estado e a União para implantação de educação

profissional técnica de nível médio que atendam as peculiaridades locais, através

dos Institutos Federais e das Escolas de Rede Estadual que ofertam a Educação

Profissional;

Page 119: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

119

Meta 11: Ampliar, em regime de colaboração, as matrículas da Educação

Profissional Técnica de Nível Médio e Pós - Médio, assegurando a qualidade

da oferta e que pelo menos 30% dessa ampliação seja no segmento público.

Estratégias: 11.1) Apoiar a expansão das matrículas de educação profissional técnica de nível

médio na Rede Estadual e Federal de Educação Profissional, Científica e

Tecnológica, levando em consideração a responsabilidade dos Institutos na

ordenação territorial, sua vinculação com arranjos produtivos, sociais e culturais

locais e regionais, bem como a interiorização da educação profissional;

11.2) Fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível

médio nas redes públicas estaduais de ensino, buscando a oferta do transporte

por parte do Estado para os alunos pertencentes ao município de Itapetinga no

deslocamento até o CETEP/Itororó;

11.3) Apoiar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível

médio na modalidade de educação a distância nas redes Federais e Estaduais,

com a finalidade de ampliar a oferta e democratizar o acesso à educação

profissional pública e gratuita;

11.4) Estimular e apoiar a expansão do estágio na educação profissional técnica

de nível médio e do ensino médio regular, preservando-se seu caráter pedagógico

integrado ao itinerário formativo do aluno, visando à formação de qualificações

próprias da atividade profissional, à contextualização curricular e ao

desenvolvimento da juventude;

11.5) Apoiar a oferta de matrículas gratuitas de educação profissional técnica de

nível médio pelas entidades privadas de formação profissional vinculadas a

entidades sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência, com

atuação exclusiva na modalidade;

Page 120: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

120

11.6) Publicizar as formas de financiamento estudantil à educação profissional

técnica de nível médio oferecida em instituições privadas de educação superior;

11.7) Incentivar, junto a rede estadual de ensino o atendimento do ensino médio

gratuito integrado à formação profissional para as populações do campo de

acordo com os seus interesses e necessidades;

11.8) Promover a articulação com o Estado e a União para a oferta de educação

profissional técnica de nível médio público nas Instituições Estaduais de

Educação existentes no município.

Meta 12: Contribuir, para elevação da matricula no ensino superior, em

regime de colaboração, garantindo, no mínimo, 50% (cinquenta por cento)

da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos que tenha acesso à

educação superior, no segmento público.

Estratégias:

12.1) Articular parceria com instituições públicas e privadas de ensino superior,

para implantação de cursos presencial ou na modalidade a distância, no

município;

12.2) Buscar parceria com a UESB e outras instituições a oferta gratuita de curso

preparatório para exames de acesso ao ensino superior e o ENEM para jovens e

adultos do município, que concluíram ou estão concluindo o terceiro ano do

ensino médio;

12.3) Articular em parceria com a União e o Estado a oferta de educação superior

pública e gratuita, prioritariamente para a formação de professores e professoras

para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências da educação e

humanas, para atender ao déficit de profissionais em áreas específicas, através

do incentivo à participação nos programas de formação continuada e superior do

governo federal e estadual;

Page 121: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

121

12.4) Apoiar e orientar os alunos de ensino superior a recorrer às políticas de

inclusão e de assistência estudantil dirigidas aos estudantes de instituições

públicas, bolsistas de instituições privadas de educação superior e beneficiários

do Fundo de Financiamento Estudantil – FIES;

12.5) Apoiar e ampliar a oferta de estágio na área de educação como parte da

formação na educação superior;

12.6) Incentivar os profissionais da educação a buscarem formação nas áreas de

ciências e matemática, considerando as necessidades do desenvolvimento do

País, a inovação tecnológica e a melhoria da qualidade da educação básica;

12.7) Ampliar e divulgar, em parceria com as universidades, a oferta dos cursos

pré-vestibulares;

12.8) Criar, em parceria institucional, programa de iniciação à docência, através

de estágios em escolas públicas da rede municipal de ensino, a estudantes

matriculados em cursos de licenciatura, a fim de aprimorar a formação de

profissionais para atuar no magistério da educação básica;

12.9 Estimular a oferta de vagas, por meio da expansão e interiorização da rede

federal de educação superior, da Rede Federal de Educação Profissional,

Científica e Tecnológica e do sistema Universidade Aberta do Brasil,

considerando à população na idade de referência.

Meta 13: Ampliar, em regime de colaboração, a proporção de mestre e

doutores do corpo docente, em efetivo exercício, no conjunto do Sistema

Municipal de Educação, para que ao final da década deste PME, pelo menos

40% do corpo docente tenha mestrado e no mínimo 20% doutorado.

Estratégias: 13.1.) Fomentar a formação de consórcios entre instituições públicas de educação

superior, com vistas a potencializar a atuação regional, inclusive por meio de

Page 122: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

122

plano de desenvolvimento institucional integrado, assegurando maior visibilidade

Territorial às atividades de ensino, pesquisa e extensão;

13.2) Prover parceria com o Estado e a União para ampliar a formação inicial e

continuada dos (as) profissionais da educação básica pública municipal;

13.3) Fomentar a qualidade da educação superior apoiando a ampliação da

proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no

conjunto do sistema de educação municipal;

13.4). Assegurar no Plano de Carreira a liberação do profissional, quando do

corpo docente municipal em efetivo exercício, para curso stricto sensu sem

perdas salariais;

Meta 14: Contribuir, em regime de colaboração entre Estado e União para

elevação gradual do número de matriculas na pós-graduação stricto sensu,

em mestrado e doutorado de modo a ampliar em 50% o número de mestres

e doutores do município ate o final da década desse PME.

Estratégias:

14.1) Viabilizar, conforme critérios definidos pelo plano municipal de carreira e

estatuto do magistério a liberação do professor para a realização de cursos de

pós- graduação em mestrado e/ou doutorado, sem perdas de seus vencimentos;

14.2) Incentivar o educador cursista a buscar o financiamento estudantil por meio

do Fies à pós-graduação stricto sensu;

14.3) Instituir programa de concessão de bolsas para os professores,

coordenadores e demais profissionais da educação não docentes que realizarão a

pós-graduação stricto sensu, baseada em critérios a serem definidos nos Planos

de Carreira;

Page 123: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

123

14.4) Prover parceria com Estado e União para criar ações em prol da redução

das desigualdades étnico-raciais e regionais e para favorecer o acesso das

populações do campo a programas de mestrado e doutorado;

14.5) Prover parcerias entres instituições de ensino, pesquisa e extensão,

públicas e privadas, para promover o intercâmbio científico e tecnológico,

municipal e intermunicipal;

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União e o Estado, no

prazo de 3 (três) anos de vigência deste PME, política municipal de

formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do

caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurando

que todos os profissionais da educação básica (conforme alterações

previstas na lei 12014) possuam formação específica de nível superior, na

área de conhecimento em que atuam.

Estratégias:

15.1) Atuar, conjuntamente, com base em um plano estratégico que apresente

diagnóstico das necessidades de formação de profissionais da educação e da

capacidade de atendimento, por parte de instituições públicas e comunitárias de

educação superior existentes no município, Território de Identidade e Estado;

15.2) Prover parcerias com o Estado e a União, para buscar programas

específicos para formação de profissionais da educação para as escolas do

campo e para a educação especial;

15.3) Divulgar e incentivar os profissionais da Rede municipal de ensino a

solicitar, em plataforma eletrônica, matrículas em cursos de formação inicial e

continuada, bem como divulgar e atualizar seus currículos eletrônicos;

15.4) Articular, junto ao Ministério da Educação e a SEC/IAT, a implementação de

mais cursos no Polo - Itapetinga da Universidade Aberta do Brasil-UAB;

Page 124: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

124

15.5) Implantar, no prazo de 1 (um) ano de vigência do PME, política municipal de

formação continuada para os (as) profissionais da educação de outros segmentos

que não os do magistério, construída em regime de colaboração entre os entes

federados;

15.6) Instituir programa de concessão de bolsas de estudos para que os

professores de idiomas das escolas públicas de educação básica da rede

municipal realizem estudos de imersão e aperfeiçoamento no Brasil ou em países

que tenham como idioma nativo as línguas que lecionem;

Meta 16: Estimular a formação, em nível de pós-graduação, para 50%

(cinquenta por cento) dos professores da educação básica, em regime de

colaboração, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos (as)

os (as) profissionais da educação básica a formação continuada em sua

área de atuação, considerando as necessidades, demandas e

contextualizações dos sistemas de ensino

Estratégias:

16.1) Realizar, em regime de colaboração, o planejamento estratégico para

dimensionamento da demanda por formação continuada e fomentar a respectiva

oferta por parte das instituições públicas de educação superior, de forma orgânica

e articulada às políticas de formação do Estado e da união;

16.2) Fortalecer a formação dos professores e das professoras das escolas

públicas municipais de educação básica, em cursos de Pós-graduação através de

parcerias entre o Estado e a União e instituições privadas de ensino superior, e

de incentivo ao professor para participar dos cursos de formação ofertados pelo

Ministério da Educação e Secretaria de Educação do Estado;

16.3) Assegurar a existência do coordenador pedagógico para executar ações de

formação continuada na unidade escolar;

Page 125: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

125

Meta 17: Valorizar os profissionais do magistério da rede pública municipal

de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos

demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do quinto ano

de vigência deste PME.

Estratégias:

17.1) Constituir, por iniciativa da Secretaria Municipal de Educação, a partir da

vigência deste PME, um Fórum permanente, com representação do Município, do

Estado e dos trabalhadores da educação, para acompanhamento da atualização

progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério

público da educação básica;

17.2) Constituir como tarefa do fórum permanente o acompanhamento da

evolução salarial por meio de indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios - PNAD, periodicamente divulgados pela Fundação Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística - IBGE;

17.3) Revisar, adequar e aprovar o Plano de Carreira dos Profissionais do

Magistério da rede pública municipal no prazo máximo de um ano a partir da

vigência deste PME observados os critérios estabelecidos na Lei no 9.394/96;

17.4) Prover parceria com a União e o Estado para ampliar a assistência

financeira específica da União ao município para implementação de políticas de

valorização dos (as) profissionais do magistério, em particular o piso salarial

nacional profissional.

Meta 18: Assegurar, no prazo de 1 (um) ano, a aprovação do plano de

Carreira para os profissionais da educação básica tomando como referência

o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do

inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Page 126: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

126

Estratégias:

18.1) Estruturar a rede pública municipal, de educação básica de modo que, até o

início do terceiro ano de vigência deste PME, 100% (Cem por cento) 90%

(noventa por cento), dos respectivos profissionais do magistério e 100% (cem por

cento) no mínimo, dos respectivos profissionais do magistério e 60% (sessenta

por cento) no mínimo, dos respectivos profissionais da educação não docentes

sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas

redes escolares a que se encontrem vinculados;

18.2) Implantar, na rede pública municipal de educação básica acompanhamento

dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais

experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a

decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse

período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do (a)

professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as

metodologias de ensino de cada disciplina;

18.3) Prever, nos planos de Carreira dos profissionais da educação do Município,

licenças remuneradas, bolsas de estudos e incentivos para qualificação

profissional, inclusive em nível de pós-graduação stricto sensu;

18.4) Realizar anualmente, a partir do primeiro ano de vigência deste PME, por

iniciativa da Secretaria Municipal de Educação, em regime de colaboração, o

censo dos (as) profissionais da educação básica de outros segmentos que não os

do magistério;

18.5) Considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo no

provimento de cargos efetivos para essas escolas;

18.6) Acompanhar o repasse de transferências federais voluntárias, na área de

educação, quando da aprovação de lei específica estabelecendo planos de

Carreira para os (as) profissionais da educação;

18.7) Criar e Estruturar Estimular a existência de comissões permanentes de

trabalhadores profissionais da educação da rede pública municipal, para subsidiar

Page 127: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

127

os órgãos competentes na elaboração, reestruturação e implementação dos

planos de Carreira;

18.8) Realizar, em parceria com os Conselhos Municipais de Acompanhamento e

Controle Social da Educação e APLB Sindicato, avaliação e observância do

cumprimento do Plano de Carreira dos profissionais da educação.

Meta 19: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, a partir da

vigência desse PME, para a efetivação da gestão democrática da educação,

associada a critérios técnicos e à consulta pública à comunidade escolar,

no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da

União para tanto.

Estratégias: 19.1) Aderir aos programas federais e estaduais de apoio e formação aos

conselheiros do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do

FUNDEB, do Conselho Municipal de Alimentação Escolar, do Conselho Municipal

de Educação aos representantes educacionais em demais conselhos de

acompanhamento de políticas públicas, garantindo a esses colegiados espaço

físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar,

com vistas ao bom desempenho de suas funções;

19.2) Garantir a liberação da carga horária para os conselheiros presidentes

funcionários efetivos com vista ao bom desempenho das suas funções;

19.3) Garantir a dotação orçamentária para o funcionamento do Conselho

Municipal de Educação de forma a possibilitar sua autonomia financeira;

19.4) Instituir o Fórum Municipal Permanente de Educação, com o intuito de

coordenar as Conferências Municipais de Educação, bem como efetuar o

acompanhamento da execução do PME;

19.5) Estimular, em todas as escolas da rede pública municipal, a constituição e o

fortalecimento de grêmios estudantis e associações de pais, fomentando a sua

articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das respectivas

representações;

Page 128: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

128

19.6) Estimular a constituição e o fortalecimento de conselhos escolares, como

instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional,

inclusive por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-se

condições de funcionamento autônomo;

19.7) Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação,

estudantes e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos,

currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares,

assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores

escolares;

19.8) Garantir processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão

financeira nos estabelecimentos de ensino, de modo que esteja de acordo com a

política administrativa da SMEC;

19.9) Desenvolver programas de formação de gestores escolares, bem como

aplicar critérios específicos, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos

para o provimento dos cargos, cujos resultados possam ser utilizados por adesão;

19.10) Garantir a gestão democrática da educação, obrigatoriamente

prioritariamente através da eleição para gestores escolares (diretor e vice),

baseado em critérios técnicos e estabelecer critérios específicos para o

provimento dos cargos de gestores escolares em legislação especifica,

assegurando a formação;

19.11) Fortalecer o Conselho Municipal da Educação proporcionando a

destinação de recursos humanos e financeiros para o seu pleno funcionamento;

Meta 20: Contribuir para que seja asseguradaAssegurar, a partir da vigência

deste PME, a gestão plena dos recursos financeiros da educação, na

perspectiva da promoção da autonomia da Secretaria Municipal de

Educação e ampliar progressivamente o investimento em educação pública,

garantindo a efetivação legal dos recursos.

Page 129: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

129

Estratégias:

20.1) Promover de forma gradativa a gestão dos recursos financeiros da educação visando a autonomia da Secretaria Municipal da Educação; 20.2) Aprimorar e promover ampliação dos investimentos da educação pública, a

fim de garantir a qualidade da educação pública municipal;

20.3) Fortalecer os mecanismos e instrumentos que promovam a transparência e

o controle social dos recursos da educação buscando a qualidade do ensino;

20.4) Promover o aperfeiçoamento dos mecanismos de acompanhamento da

arrecadação e da aplicação da contribuição social do salário-educação;

20.5) Garantir o destino à manutenção e desenvolvimento do ensino, em

acréscimo aos recursos vinculados nos termos do art. 212 da Constituição

Federal, na forma da lei específica, a parcela da participação no resultado ou da

compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural e outros

recursos, com a finalidade de cumprimento da meta prevista no inciso VI

do caput do art. 214 da Constituição Federal;

20.6) Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos

do parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000,

a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados

em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de

portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos

de acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, com a colaboração entre o

Ministério da Educação, Ministério Público e o Tribunal de Contas da União;

20.7 Garantir o cumprimento da Lei de Responsabilidade Educacional, depois de

aprovada, assegurando padrão de qualidade na educação básica, em cada rede

de ensino, aferida pelo processo de metas de qualidade aferidas por institutos

oficiais de avaliação educacional;

20.8) Fortalecer fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para os

níveis, etapas e modalidades da educação básica de responsabilidade do

Page 130: ITAPETINGA-BA · maio no auditório da SMEC com a presença de todos os agentes construtores das comunidades educativa e civil, como uma forma de demonstrar a construção de um processo

130

município, observando-se as políticas de colaboração entre a União, Estado e o

município;

20.9) Aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento da arrecadação

dos recursos municipais destinados a educação pública municipal, além das

verbas repassadas pelo Estado e União;

20.10) Garantir e destinar, na forma da lei, 25% (vinte e cinco por cento) dos

recursos da arrecadação municipal para a educação do município;

20.11) Prover, junto a União e Estado, ampliação dos investimentos e recursos

financeiros para a educação básica;

20.12) Utilizar, conforme a implementação pela União, o Custo Aluno Qualidade –

CAQ como referência para aplicação do investimento na educação de todas as

etapas e modalidades da educação básica atendidas pela rede pública municipal

de ensino, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de

gastos educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do

pessoal docente e dos demais profissionais da educação pública, em aquisição,

manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos

necessários ao ensino e em aquisição de material didático-escolar, alimentação e

transporte escolar.