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Cosmologia Física Oswaldo Duarte Miranda mailto: [email protected] ITA – 18 a 20 de fevereiro de 2008 Oswaldo Duarte Miranda Cosmologia Física I – Introdução II – Geometria Global e Dinâmica do Universo

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  • Cosmologia Fsica

    Oswaldo Duarte Miranda

    mailto: [email protected]

    ITA 18 a 20 de fevereiro de 2008

    Oswaldo Duarte Miranda Cosmologia Fsica

    I Introduo

    II Geometria Global e Dinmica do Universo

  • Parte I - Introduo

    Cosmologia como cincia

    Conceitos astronmicos bsicos

    Um pouco de histria

    Um panorama geral da astrofsica e da cosmologia

    Parte II Geometria Global e Dinmica do Universo

    Homogeneidade e isotropia

    A mtrica de Robertson-Walker

    Equao de Friedmann

    Parmetros e modelos cosmolgicos

    Pontos chave da cosmologia

    Oswaldo Duarte Miranda Cosmologia Fsica

    I Introduo

    II Geometria Global e Dinmica do Universo

  • Parte I Introduo

    AAAAAAA

    Cosmologia como cincia

    Alguns conceitos astronmicos bsicos

    Um pouco de histria

    Um panorama geral da astrofsica e da cosmologia

    Oswaldo Duarte Miranda Cosmologia Fsica

    I Introduo

    II Geometria Global e Dinmica do Universo

    Cosmologia como cincia

    Conceitos astronmicos bsicos

    Um pouco de histria

    Panorama geral da astrofsica e da cosmologia

  • Cosmologia* como uma Cincia

    Estudo do Universo como um todo, sua geometria global, dinmica, histria, e seus constituintes galxias e estruturas em grande escala, sua formao e evoluo

    Considerao bsica: As leis fsicas so as mesmas em todas as pocas e em todos os lugares

    Contudo, uma nova fsica deve ser evocada para explicar, e.g., matria escura, energia escura

    S conhecemos um Universo (nico objeto de estudo), e tudo que ns podemos fazer olhar a superfcie do cone de luz passado

    Observaes cosmolgicas so difceis e sujeitas a efeitos de seleo e vcios (biases)

    Cosmologia hoje um ramo da fsica

    * Do Grego kosmos = ordem, disciplina

    Oswaldo Duarte Miranda Cosmologia Fsica

    I Introduo

    II Geometria Global e Dinmica do Universo

    Cosmologia como cincia

    Conceitos astronmicos bsicos

    Um pouco de histria

    Panorama geral da astrofsica e da cosmologia

  • Como so feitas as descobertas astronmicas ?

    Descobertas Conceituais: e.g, relatividade geral, mecnica quntica, branas, inflao, alm de que a teoria pode ser inspirada pelas observaes

    Descobertas Fenomenolgicas: e.g, matria escura, QSOs, GRBs, CMBR, Planetas Extrasolares

    O desenvolvimento em cosmologia impelido pelo progresso tecnolgico

    O Progresso em Cosmologia impelido pelo Progresso Tecnolgico

    Oswaldo Duarte Miranda Cosmologia Fsica

    I Introduo

    II Geometria Global e Dinmica do Universo

    Cosmologia como cincia

    Conceitos astronmicos bsicos

    Um pouco de histria

    Panorama geral da astrofsica e da cosmologia

  • Como Flui a Informao no Universo

    A radiao eletromagntica, em todos os seus comprimentos de onda, o principal meio para obtermos informaes sobre o Universo. Por exemplo:

    Fotometria nos fornece principalmente informaes sobre a morfologia das galxias

    Espectroscopia fornece informaes sobre a dinmica das galxias e aglomerados de galxias

    Espectros trmico, sncrotron nos do informaes sobre a distribuio de gs nos aglomerados de galxias, sobre campos magnticos csmicos etc.

    Por outro lado, a termalizao da radiao por poeira apaga a informao sobre o fluxo de energia original

    Contudo, novos canais de informao esto sendo abertos: ondas gravitacionais, neutrinos

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    I Introduo

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    Cosmologia como cincia

    Conceitos astronmicos bsicos

    Um pouco de histria

    Panorama geral da astrofsica e da cosmologia

  • Oswaldo Duarte Miranda Cosmologia Fsica

    I Introduo

    II Geometria Global e Dinmica do Universo

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    Um pouco de histria

    Panorama geral da astrofsica e da cosmologia

  • Cada elemento qumico possui linhas caractersticas

    Esse o instrumento central da Astronomia que permite determinar, e.g., velocidades e composio qumica

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    Um pouco de histria

    Panorama geral da astrofsica e da cosmologia

  • Efeito Doppler Fonte Emissora em Movimento

    Fonte emissora se aproxima do observador deslocamento para o azul (blueshift)

    Fonte emissora se afasta do observador deslocamento para o vermelho (redshift)

    c

    v

    Para velocidades no relativsticas

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  • l

    e

    Espectro de referncia (laboratrio)

    Espectro emitido por fonte afastando-se do laboratrio redshift

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    Panorama geral da astrofsica e da cosmologia

  • A luz dos objetos astronmicos pode ser, e.g., coletada por telescpios acoplados a cmaras CCD (chip eletrnico feito de material semicondutor sensvel a luz)

    O chip composto por uma matriz cujos elementos so chamados pixel

    Cada pixel coleta ftons como baldes que armazenam gua da chuva

    Dessa forma pode-se registrar tanto imagens quanto espectros bem como determinar o fluxo de energia recebido de um dado objeto

    Coletando Ftons de Objetos Astrofsicos

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  • Por outro lado, a luminosidade de um objeto est ligada aos processos fsicos que geram energia. No caso, e.g., das estrelas, o processo que produz energia a fuso nuclear

    No caso de uma galxia, a luminosidade no ptico provm principalmente do conjunto de estrelas que forma a galxia. Assim, a luminosidade inferida nos permite inferir quantas estrelas a galxia contm

    Nas galxias ativas e QSOs a energia provm de outra fonte: liberao de energia gravitacional do gs que flui para o interior de um buraco negro (com massa milhes de vezes maior que a do Sol)

    Nas nebulosas a energia pode vir da sua prpria energia trmica (isto , do movimentos dos ons, eltrons e molculas das nebulosas) ou da excitao por radiao proveniente de uma fonte (estrela) prxima

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    Panorama geral da astrofsica e da cosmologia

  • Antes de Continuar ........ As Unidades Astronmicas

    Distncia:

    Unidade astrnmica: a distncia da Terra ao Sol, 1 ua = 1,496 1013 cm

    Anos luz: c 1ano, 1 al = 9,463 10 17 cm

    Parsec: a distncia que um objeto deve estar para subentenderum ngulo de 1 segundo de arco no cu, 1pc = 3,086 1018 cm = 3,26 al = 206.264,8 ua

    Massa e Luminosidade:

    Massa Solar: 1 M = 1,989 1033 g

    Luminosidade Solar: 1 L = 3,826 10 33 erg/s = 3,826 1026 J/s = 3,826 1026 W

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  • Fluxos e Magnitudes Como Determin-los?

    Detectores reais, como o CCD, so sensveis sobre uma banda finita de 8 (ou

  • No caso do nosso Sol, o fluxo de energia recebido : F = 1,36 106 erg s-1 cm-2

    Essa no ainda a luminosidade intrnseca do nosso Sol

    Para passarmos do fluxo medidopara a luminosidade intrnsecaprecisamos necessariamente conhecer a distncia do objeto (Sol neste exemplo) Terra

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    Um pouco de histria

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  • A relao matemtica entre fluxo e luminosidade :

    24 D

    LF

    =

    Portanto, a luminosidade intrnseca do Sol :

    1332136 1083,3)10496,1(41036,1 == sergL

    Por razes histricas, com origem na Grcia antiga, fluxos no ptico (e tambm no infravermelho) so medidos em magnitudes, onde:

    constantelog5,2 10 += Fm

    Onde a constante depende da faixa espectral em que feita a observao

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  • Normalmente, o fluxo de energia integrado sobre uma banda passante finita, e.g., a banda V (visvel) possui 8 = 500 600 nm, a banda B possui 8 = 390 490 nm

    Assim:

    A

    constantelog5,2 10 += FmV

    Fluxo integrado sobre o range de comprimentos de onda dessa banda

    Se o fluxo integrado sobre o espectro inteiro, ento m chamada de magnitude bolomtrica

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  • Considere duas estrelas, e.g., Sol (1) e Vega (2) observadas atravs de cmara CCD dentro da banda V. Podemos medir com o CCD acoplado a um telescpio os seus respectivos Fluxos (F) recebidos na Terra. Assim:

    Como Usamos Magnitudes?

    )/(log5,2 211021 FFmm =

    Os Fluxos recebidos na Terra so:

    215

    2

    216

    1

    1067,2

    1036,1

    =

    =

    cmsergF

    cmsergF

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  • Vega foi escolhida pois considerada uma estrela padro magnitude de ponto zero

    Dessa forma, para Vega: mV= 0

    A magnitude do Sol ento:

    mag76,261067,2

    1036,1log5,20

    5

    6

    10 =

    =

    Vm

    Essa magnitude chamada de magnitude aparente e ela est intimamente ligada com o fluxo recebido na Terra

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  • Podemos agora colocar a seguinte questo:

    Dados dois objetos astrofsicos com mesma magnitude aparente (fluxo), ento eles possuem a mesma luminosidade intrnseca?

    A resposta : Depende da distncia. Se estiverem a mesma distncia da Terra ento esses objetos possuem a mesma luminosidade. Caso contrrio, o que estiver mais longe ter maior luminosidade intrnseca

    Entra portanto em cena a necessidade de relacionarmos magnitude com distncia. Isso feito atravs da magnitude absoluta, simbolizada pela letra M e que estassociada com a luminosidade

    Por definio: M a magnitude aparente que um objeto teria se estivesse a distncia de 10pc da Terra

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  • Dessa forma:

    )/(log55

    constante].[log5,25

    constante])pc10/(.[log5,2

    constante])pc.10(4/.[log5,2

    constante])pc10(4/[log5,2)10(

    10

    2

    10

    22

    10

    22

    10

    2

    10

    pcdmM

    dF

    dF

    ddL

    LpcdmM

    +=

    +=

    +=

    +=

    +===

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  • Para o Sol que est a distncia de 4,85 10-6 pc temos MV = 5,47 se usarmos o

    valor obtido anteriormente para mV (-26,76 mag)

    A diferena entre as magnitudes aparente e absoluta (em qualquer banda) chamada de mdulo de distncia

    )10/(log5 10 pcdMm =

    Mdulo de distncia

    Veja que para chegar nesse resultado necessrio conhecer a distncia do objeto estudado. Para objetos que esto prximos de ns, existem vrios mtodos que podem ser usados como paralaxe trigonomtrica, paralaxe espectroscpica entre outros

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  • Considere um objeto com elevada luminosidade intrnseca, de forma que ns podemos consider-lo como vela padro

    Observando objetos dessa classe prximos de ns, de forma que seus fluxos e suas distncias possam ser medidos com bastante preciso ento ser possvel obter a magnitude absoluta dessa vela padro

    Se for possvel agora observar cosmologicamente esses objetos, determinando seus fluxos (magnitude aparente) poderemos inferir a distncia de luminosidade (que representaremos como DL) desses objetos a partir do mdulo de distncia apresentado no slide anterior

    Determinar as distncias cosmolgicas de fontes astrofsicas nos permite obter dados fundamentais sobre o Universo. Veremos isso mais adiante...........

    A utilidade do mdulo de distncia para a Cosmologia repousa no seguinte:

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  • A Evoluo do Pensamento Cosmolgico

    ...... Da magia para a fsica: misticismo teologia filosofia fsica

    ...... Mudana de pensamento (revoluo Copernicana): Universo antropocntrico/antropomrfico Universo heliocntrico

    ...... Revoluo Darwiniana: de Universo esttico e imutvel Universo em evoluo e expanso

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  • A Descoberta das Galxias

    Sculo XVIII:

    Os primeiros catlogos de nebulosas: Charles Messier, William Herschel

    Os pioneiros dos Universos Ilha: Thomas Wright, Immanuel Kant

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  • Sculos XIX e XX:

    Mais catlogos, os primeiros espectros de galxias, mas nenhuma compreenso sobre a fsica

    No Encontro da Academia Nacional de Cincias em Washington (26 de abril de 1920), Harlow Shapley e Herber Curtis do palestras sob o ttulo A Escala do Universo

    Shapley argumentou que as nebulosas so parte da nossa Galxia, a nica

    Curtis argumentou que eram outros sistemas como nossa Galxia

    Esquema de Arthur Eddington (1912) colocando o Sol 60 anos luz acima do plano Galctico

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  • As Nebulosas so Extragalcticas

    Em 1923 Hubble descobriu estrelas variveis Cefeidas em M31 (Andromeda) usando o telescpio de 100 polegadas do Monte Winson

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  • Oswaldo Duarte Miranda Cosmologia Fsica

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  • Base Terica da Cosmologia Moderna: Teoria Geral da Relatividade - TRG (1915)

    Abaixo, e a direita, nota de aula de um curso dado por Einstein em 1919 sobre a TRG. O tpico final foi sobre cosmologia (que ele comeou estudar dois anos antes). Apresenta seu mtodo para construo do primeiro modelo cosmolgico-matemtico da TRG. Seu Universo contem matria no relativstica, estrelas e nebulosas (em acordo com as observaes da poca) mas espacialmente finito

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  • Os Primeiros Modelos Cosmolgicos

    Einstein em 1917 construiu o primeiro modelo cosmolgico relativstico. Pensando que o Universo fosse esttico, ele introduziu o termo cosmolgico (constante) para contra-balanar a fora gravitacional. Seu modelo era instvel

    Willem De Sitter em 1917 tambm desenvolveu um modelo similar, mas obteve solues das equaes de Einstein para um Universo vazio em expanso

    Em 1932, Einstein & De Sitter desenvolvem juntos um outro modelo cosmolgico que batizado com seus nomes, modelo cosmolgico de Einstein-De Sitter

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  • Knut Lundmark (1924)

    O Universo em Expanso Lei de Hubble

    Vesto Melvin Slipher(1917)

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  • Observaes realizadas por Hubble em 1929 confirmam que o Universo est em expanso os espectros das galxias esto deslocaddos para o vermelho (redshift)

    O redshift cosmolgico um pouco diferente do Doppler. O cosmolgico devido expanso do espao

    A expanso passa a ser chamada de efeito De Sitter

    rc

    Hz

    c

    vz

    0=

    =

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    Universodoidade1

    0

    =H

  • H0 a constante de Hubble

    Esse um parmetros chave da cosmologia moderna

    Seu valor atual:111,3

    2,30 )(2,73+

    = MpcskmH

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    Uma galxia a 1Mpc desloca-se com velocidade = 73,2 km/s (z ~ 2,4 10-4)

    Uma galxia a 10Mpc desloca-se com velocidade = 732 km/s (z ~ 2,4 10-3)

    Uma galxia a 100Mpc desloca-se com velocidade = 7320 km/s (z ~ 2,4 10-2)

  • O espao expande e carrega as galxias

    Num Universo homogneo e isotrpico no existe centro preferencial

    A Expanso do Universo

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  • Fator de Escala = R(t)

    Distncia Prpria = R(t) distncia co-mvel (ser definida mais adiante)

    R(t) aumentou por um fator 2

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  • O que ele provavelmente quis dizer que no havia necessidade de introduzir a constante cosmolgica, j que a TRG naturalmente fornecia Universo em expanso

    Einstein, Hubble, e Walter Adams em Monte Wilson (1931)

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  • George Lemaitre

    Em 1927 desenvolveu, de forma independente, modeloscosmolgicos do tipo-Friedmann. Em 1933 ele fez o filme rodarpara trs obtendo um estado primordial quente e denso para o Universo que ele batizou de ovo csmico. Esta primeira previsosobre o Big-Bang foi completamente ignorada

    Alexander Friedmann

    Em 1922 desenvolveu um modelo cosmolgico para Universo emexpanso baseado na TRG. Esse modelo no foi levado muito a srio, j que a expanso do Universo no tinha ainda sidoestabelecida

    Os Modelos de Friedmann e Lemaitre

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  • Desenvolvimento da Cosmologia Relativstica

    E. Milne em 1933 desenvolveu modelos cosmolgicos baseados na relatividade especial

    A.S. Eddington promoveu e desenvolveu modelos relativsticos. Iniciou a interface da cosmologia com a teoria quntica

    H. Robertson e G. Walker desenvolveram uma slida base matemtica para a cosmologia relativstica e a mais famosa mtrica cosmolgica

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  • Descoberta da Matria Escura

    Fritz Zwicky (1933): Aplica o chamado teorema virial para o aglomerado de Coma, deduzindo que ele contem 400 vezes maismatria que a observada em estrelas

    Sinclair Smith em 1936 obtm resultado semelhante para o aglomerado de Virgo

    Esse resultado foi deixado de lado at 1970 quando observaesdas curvas de rotao de galxias mostraram a existncia damatria escura (DM) de forma no ambgua

    DM toma o papel principal nos modelos cosmolgicos que estudam a formao dasestruturas do Universo

    A natureza da DM agora uma das questes consideradas fundamentais da fsica (e cosmologia) atual

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  • Programa Palomar, 1950s 1970s

    Cosmologia como uma pesquisa de 2 nmeros [H0 e q0]

    Diagrama de Hubble dos aglomerados mais brilhantes foi usada como ferramenta principal

    ApJ, 1961

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  • Cosmologia Observacional: 1970s 1980s

    Introduo de novas tcnicas instrumentais, e.g., CCDs tm papel fundamental no avano da compreenso do Universo

    Testes clssicos como o diagrama de Hubble continuavam no conclusivos para a definio do modelo cosmolgico

    Contudo, vrios outros avanos foram obtidos

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  • Cosmologia do Estado Estacionrio (1948)

    Proposta como uma alternativa ao Big-Bang

    Baseada no Principio Cosmolgico Perfeito: O Universo homogneo no tempo e no espao

    Isso significa que nova matria deve ser criada a medida que o Universo expande

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  • Prevendo a Nucleossntese Csmica e a CMBR

    Gamow em 1948 tambm rodou o filme ao contrrio obtendo a nucleossntese primordial no Universo Teoria "$(

    Tambm previram que a fase de expanso quente do Universo seria observada hoje como um fundo trmico com T ~ 5 K

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  • No existe ncleo estvel com massa-5. Combinando He e trtio para produzir Li exige vencer a repulso Coulombiana. Dessa forma, quase todos os nutrons livres do Universo na poca da nucleossntese so incorporados em He

    Outro gap em massa-8 faz com que a nucleossntese primordial termine no Li com algum trao de Be sendo produzido

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  • Descoberta da CMBR: Evidncia Direta do Big-Bang

    Arno Penzias & Robert Wilson (1965)

    Prmio Nobel de Fsica de 1978

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  • Espectro da CMBR: Corpo Negro Perfeito

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  • Por exemplo:

    Aplicando a Lei de Wien ao espectro de corpo negro do slide anterior temos:

    fmax = 160 GHz ou 8max . fmax = 0,5684c 8max = 1,07 10-3 m

    Da Lei de Wien:

    KT

    KmT

    72,21007,1

    10898,2

    .10898,2

    3

    3

    3

    max

    =

    =

    =

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  • Nucleossntese Prediz as Corretas Abundncias para os Elementos Leves

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  • Descoberta dos Quasares (1963)

    Cyril Hazard

    Estudo da emisso

    em rdio

    Maarten Schmidt

    Determinou o espectroe o redshift (distncia)

    Allan SandageFez a identificao ptica

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  • Descoberta da Estrutura em Grande Escala

    O Universo era considerado homogneo em escalas galcticas at...

    1930s: H. Shapley, F. Zwicky, e colaboradores

    1950s: Donald Shane, Carl Wirtanen, e outros

    1950s 1970s: Gerard de Vaucouleurs com os primeiros redshiftssurveys

    1970s 1980s: CfA, Arecibo, e outros redshifts surveys

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  • .... e hoje

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  • Desenvolvimento de Modelos Tericos de Galxias e Formao de Estruturas: 1970s 1990s

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  • Simulaes Numricas de Formao de Estruturas e Formao Galctica: 1970s 2000s

    Simulao de formao de estruturas num cubo csmico por Andrew Kratsov

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  • ..... e o estado da arte ...............

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  • Inflao: Idia Terica Chave em Cosmologia

    Alan Guth (1980); percursores: D. Kazanas, A. Starobinsky

    Explica um nmero de problemas fundamentais em cosmologia: planura, horizonte, origem das estruturas, ausncia de defeitos topolgicos..........

    Inflao catica: Andrei Linde o nosso Universo apenas uma bolha contida numa estrutura bem maior?

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  • Cosmologia de Preciso a partir da CMBR

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  • Simulao da Histria Csmica Primitiva a partir do WMAP

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  • John C. MatherGeorge F. Smoot

    Prmio Nobel de Fsica de 2006

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  • 1o pico: Curvatura espacial do Universo + Matria

    2o pico: Matria barinica

    3o pico: Matria escura

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  • E Qual a Melhor Composio para o Universo?

    Essa composio consistente com diversas observaes (incluindo SNIa e CMBR)

    A natureza da matria escura e da energia escura esto entre as principais questes em aberto da cosmologia atual

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  • Fator de escala do

    Universo em relao

    ao presente

    Supernovas Ia Reforando a Necessidade da Energia Escura

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  • Supernovas Ia ocorrem quando uma an branca em um sistema binrio acretamassa e ultrapassa o limite de 1,44 M

    Rompendo esse limite a estrela perde a condio de equilibrio gravitacional e explode

    Esse limite muito bem estabelecido. Assim a luminosidade do evento praticamente constante Funciona como indicador de distncia cosmolgica

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  • SNIa

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  • Parte II Geometria Global e Dinmica do Universo

    AAAAAAA

    Homogeneidade e isotropia

    A mtrica de Robertson-Walker

    Equao de Friedmann

    Parmetros e modelos cosmolgicos

    Pontos chave da Cosmologia

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    Homogeneidade e isotropia

    Mtrica de Robertson-Walker

    Equao de Friedmann

    Parmetros e modelos cosmolgicos

    Pontos chave da cosmologia

  • O Princpio Cosmolgico

    Cosmologia relativstica usa algumas consideraes de simetria ou princpios para tornar o problema de compreender o Universo vivel

    O Princpio Cosmolgico diz que:

    Em qualquer poca, o Universo o mesmo em todas as localizaes e em todas as direes, exceto para pequenas irregularidades locais

    Dessa forma, globalmente o Universo considerado ser homogneo (uniforme)e isotrpico (o mesmo em todas as direes) em todas as pocas; e sua dinmica deveria ser a mesma em todos os lugares

    Observao: O Princpio Cosmolgico Perfeito considera que o Universo aparenta ser o mesmo em todos os tempos isto , homogneo no tempo esta a base da Teoria do Estado Estacionrio

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  • Homogeneidade e Isotropia

    Homogneo mas no Isotrpico Isotrpico em mas no Homogneo

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  • Homogneo e Isotrpico No Homogneo e no Isotrpico

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    Pontos chave da cosmologia

  • Qual a Geometria Global do Universo?

    Isso vai depender da quantidade total de matria e energia no Universo

    Matria e energia iro determinar a dinmica global e a evoluo do Universo

    Parmetro importante: parmetro de densidade 0 (onde o subndice 0 refere-se ao valor atual desse parmetro

    0 > 1 k > 0

    0 < 1 k < 0

    0 = 1 k = 0

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  • Mtrica: Quantificando a Geometria

    A geometria do espao completamente especificada pela mtrica g Uma mtrica relativstica especial (Euclidiano) a mtrica de Minkowski:

    Uma mtrica geral (TRG) descrevendo um Universo homogneo e isotrpico amtrica de Robertson-Walker:

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  • Coordenadas Co-Mveis

    Coordenadas co-mveis so as coordenadas r, , da mtrica de Robertson-Walker.

    Se a expanso do Universo perfeitamente homognea e isotrpica, ento as coordenadas co-mveis de qualquer ponto permanecem constantes no tempo

    Um observador co-mvel ir perceber o Universo sempre homogneo e isotrpico ao seu redor

    As coordenadas co-mveis nos dizem onde um dado evento ocorreu

    Num Universo em expanso a quantidade R(t) presente na mtrica de Robertson-Walker que explica como coordenadas co-mveis (constantes) se reconciliam com distncias que crescem com o tempo

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  • Quantificando a Cinemtica do Universo

    O fator de escala, normalmente representado como R(t) ou a(t): representa a distncia espacial entre dois quaisquer referenciais que se movem com suas coordenadas co-mveis

    Isso completamente descreve a evoluo de um Universo homogneo e isotrpico

    Calculando R(t) e suas derivadas possvel obter os modelos cosmolgicos. Isso feito resolvendo as Equaes de Friedmann

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  • Redshift Cosmolgico

    Analogia com um balo em expanso. Galxias afastam-se mantendo suas dimenses, mas os ftons em movimento so deslocados para o vermelho

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  • Propagao da Luz e Redshift Cosmolgico

    Nossa viso do Universo depende da forma como a luz propaga atravs do espao curvo. Para entender isso, ns temos que considerar os caminhos definidos por geodsicas nulas

    Considere um observador situado em r = 0. Considere raios de luz radiais propagando em direo do observador. Como ds = 0 temos:

    c

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  • Integrando a ltima equao, e supondo que o raio de luz emitido em t1 na

    distncia r1 e recebido hoje (r = 0) em t0:

    c

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    Considerando agora que as cristas da onda foram emitidas em t1 e t1 + t1 e foram recebidas pelo observador entre os tempos t0 e t0 + t0 vem:

    =+ 1

    0 2/12

    11

    1 )1()(

    rtt

    t kr

    dr

    tR

    cdt

  • Considerando que R(t) no varie para pequenos intervalos do tipo t0 e t1ento temos:

    )()(

    0)()(

    1

    1

    0

    0

    11

    1

    00

    0

    tR

    cdt

    tR

    cdt

    tR

    cdt

    tR

    cdt tt

    t

    tt

    t

    =

    = ++

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    Veja que ct0 o comprimento de onda que o observador recebe

    Dessa forma, um Universo em expanso ter um redshift dado por:

  • Derivando a Equao de Friedmann

    Ns podemos obter a evoluo de R(t) usando mecnica Newtoniana, desde que aceitemos dois resultados da Relatividade Geral:

    1) Teorema de Birkhoff: Para um sistema esfericamente simtrico, a fora devido a gravidade num raio r determinada apenas pela massa que estiver contida naquele raio

    2) Energia contribui para a densidade de massa gravitante. Assim:

    Densidade de matria

    Densidade de energia (erg cm-3) da radiao a das partculas relativsticas

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  • Considere uma partcula teste com massa m sobre a superfcie de uma esfera, de massa M (constante) e raio R, expandindo. Sua equao de movimento :

    Como a densidade proporcional a R-3 temos, definindo agora com o subndice 0 e R0 = 1 (lembre que a massa M constante):

    RGR

    GMR

    tR

    GMmF

    ===

    3

    4

    )( 2

    ..

    2

    Esse resultado colocado na equao de movimento fornece:

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  • Note que se 0 no nulo, o Universo deve estar expandindo ou contraindo. Ele no pode ser esttico

    Como ns podemos integrar essa equao?

    Multiplique ambos lados pela derivada de R para dar:

    E lembrando que:

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  • Teremos:

    Lembre tambm que:

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  • De forma que teremos:

    Trocando 0 com e dividindo por R 2 vem:

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  • Significado dessa equao (reveja o slide 75):

    Se k = 0, ento a derivada de R sempre positiva, e a expanso contnuamas desacelerando lentamente com o tempo. Isso chamado Universo plano ou criticamente ligado

    Se k > 0, ento a derivada de R inicialmente positiva mas ir atingir um ponto onde inverter o sinal. Nesse momento a expanso para e o Universo contrai. Isso chamado de Universo fechado

    Se k < 0, ento a derivada de R sempre positiva e nunca vai a zero. A expanso sempre continuar. Isso chamado de Universo aberto

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  • Uma derivao mais completa, incluindo o termo chamado constante cosmolgica, fornece (abaixo usou-se c = 1):

    A equao de Friedmann a equao de movimento para um Universo homogneo, isotrpico e relativstico.

    Para derivar modelos cosmolgicos a partir dessa equao, ns devemos especificar a equao de estado do fluido csmico que preenche o Universo

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  • Parmetros Cosmolgicos

    Modelos cosmolgicos so definidos atravs de diversos parmetros chaves:

    1) Parmetro de Hubble: Fornece a taxa de expanso normalizada:

    Note que o parmetro de Hubble no constante

    A constante de Hubble o parmetro de Hubble medido hoje. Seu valor chamdo de H0

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  • 2) Parmetro de Densidade da Matria: Re-escrevendo a equao de Friedmann usando o parmetro de Hubble e sem constante cosmolgica temos:

    O Universo plano se k = 0, ou seja ele tem uma densidade crtica dada por:

    Ns definimos o parmetro de densidade da matria como:

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    Pontos chave da cosmologia

    329

    2248

    25

    10)10086,3(1067,68

    )102,73(3

    cmg

  • 3) Parmetro de Densidade da Energia Escura: Ns podemos expressar um parmetro similar para usando a equao de Friedmann e tomando = 0

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    Parmetros e modelos cosmolgicos

    Pontos chave da cosmologia

    =

    =

    critG

    c

    8

    2

    Parmetro de Hubble: H 2

  • Os parmetros de densidade podem ser escritos como:

    Onde: m densidade de matria (escura+barinica), r densidade de

    radiao, densidade da energia escura, k densidade de curvatura, < a

    densidade de neutrinos, og densidade em ondas gravitacionais......

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    4) Parmetro de Desacelerao (q): definido como:

    1....... =++++++ ogkrm

    Vnculo ObservacionalR

    RqH

    &

    &&

    =2

  • Resolvendo a Equao de Friedmann

    Ns precisamos definir o comportamento da densidade de massa/energia dos componentes do Universo. Isso feito atravs da equao de estado, que relaciona presso e densidade

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    I Introduo

    II Geometria Global e Dinmica do Universo

    Homogeneidade e isotropia

    Mtrica de Robertson-Walker

    Equao de Friedmann

    Parmetros e modelos cosmolgicos

    Pontos chave da cosmologia

  • O Parmetro w da Equao de Estado

    Freqentemente esse parmetro chamado, ele mesmo, de equao de estado

    Valores particulares:

    w = 0 significa p = 0 , e.g., matria no relativstica

    w = 1/3 para matria relativstica ou radiao

    w = -1 componentes do tipo constante cosmolgica

    Essa forma de parametrizar as densidades de matria/energia implica em tratar os componentes do Universo como fluidos

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  • Equaes de Estado

    As mais simples que ns podemos considerar so:

    Matria, poeira, galxias

    Radiao

    Constante Cosmolgica

    Na prtica, o Universo contm uma mistura desses componentes

    Cada um deles ir levar a diferentes evoluo em redshift, que leva para o seguinte resultado do TRG:

    Densidade determina a expanso

    Expanso altera a densidade

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  • Usando a Equao de Estado

    Como as densidades de matria/energia mudam a medida que o Universo expande?

    Comece com os trs casos que ns apresentamos:

    Coloque-as numa equao de fluido:

    Equao para um fluido

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  • Evoluo da Densidade

    O slide anterior mostra que:

    Domnio da Matria (w = 0):

    Domnio da Radiao (w = 1/3):

    Constante Cosmolgica ( w = -1):

    Energia Escura com w < -1 , e.g., w = -2:

    - A densidade de energia aumenta com a expanso!

    - Eventualmente em alguma poca ir dominar sobre as energias quemantm tomos coesos Big-Rip

    No Universo, diferentes componentes iro dominar a dinmica em diferentes pocas

    Em princpio, w pode ser uma funo do tempo, densidade, .......

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  • Modelos Especficos

    Considere alguns simples modelos:

    k = 0 , dominado por matria, modelo de Einstein de Sitter

    k = 0 , dominado por radiao

    k < 0 , > 0

    k > 0

    domina a dinmica

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  • K = 0 dominado por matria Einstein de Sitter

    Equao de Friedmann com k = 0:

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  • K = 0 dominado por radiao

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  • K < 0 , = 0 Modelo de Milne

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  • K < 0 , > 0

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  • Modelos Dominados por Matria

    Raio do Universo

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  • Universo Dominado por

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    22

    0

    2

    2

    22

    3

    8

    kcaCa

    a

    kcG

    a

    a

    =

    =

    &

    &

    Considerando que a cresce com o tempo, ento eventualmente C0 a2 ir dominar sobre o termo kc2 :

    Como > 0 ento o Universo ir expandir para sempre

  • Quando Cada Componente Domina?

    Densidade da radiao decresce mais rpido com o tempo. Deve portanto crescer rpido se retrocedermos o tempo domina o Universo primitivo

    Aps o domnio da radiao vem a matria e por ltimo a energia escura

    Domnio da matria:

    Domnio da Radiao:

    Energia Escura:

    DarkEn

    ergy

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  • Distncia de Luminosidade

    A alguns slides atrs vimos que a partir da mtrica de Robertson-Walker pode ser obtida a equao:

    c

    Escolhendo um dado modelo cosmolgico, ns temos a expresso para o fator de escala a(t) [ou R(t)]. Substituindo na equao acima e integrando ns temos a chamada distncia prpria (dp)

    A m notcia que em geral a integral acima no analtica e portanto deve ser resolvida numericamente

    Contudo para os seguintes casos especiais, temos:

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  • Universo com = 0:

    Universo com 0:

    A equao acima considera k < 0. Se k > 0 ento a funo sinh deve ser

    trocada pela funo sin. Se k = 0 ento a funo sinh e k so removidos da

    equao e a nica coisa a fazer resolver a integral acima numericamente

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  • A distncia prpria nos da informao da separao radial entre os objetos astrofsicos. ela quem aparece na expresso da lei de Hubble

    Contudo, ela nada nos diz sobre a luminosidade do objeto que produziu a luz (radiao) que observamos. Quem relaciona fluxo observado com a luminosidade do objeto que produziu a radiao a distncia de luminosidade (DL), onde:

    24 LD

    LF

    =

    A distncia de luminosidade ento definida de forma que:

    222 )1( zdD pL +=

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  • Um dos fatores (1+z) da

    equao anterior vem da

    perda de energia dos ftons

    devido a expanso do

    Universo. O segundo fator

    vem da dilatao temporal

    entre a taxa de emisso e a

    taxa de observao dos

    ftons

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  • Interaes Fsicas no Universo Primordial

    Quando nos aproximamos do Big-Bang (t 0 e T ), o

    Universo experimenta diferentes

    regimes fsicos onde dominam

    diferentes interaes

    fundamentais. Sua intensidade

    funo da energia

    Em suficientemente altas

    energias elas se tornam

    unificadas

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  • Cenrio Inflacionrio

    Resolve 3 principais problemas da cosmologia baseada no Big-Bang:

    1) O problema da planura: Por qu hoje o Universo visto ser plano?

    2) O problema do horizonte: Porque a CMBR to uniforme?

    3) O problema dos monoplos: Os monoplos so defeitos topolgicos do

    tipo ponto que surgem durante a transio de fase que desacopla as foras

    forte e eletrofraca. A GUTs prevem um grande nmero de monoplos, cuja

    densidade de massa teria produzido um Big Crunch do Universo muito

    tempo atrs. Onde esto os monoplos magnticos previstos pelas Teorias de

    Grande Unificao (GUTs)?

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  • Resolvendo o Problema da Planura

    A medida que o Universo infla, os efeitos de curvatura local tornam-se

    desprezveis em comparao com imenso incremento global do seu raio: O Universo

    torna-se localmente plano (que a regio que ns observamos hoje)

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  • Resolvendo o Problema do Horizonte

    O raio de Hubble no desacoplamento sub-entende um ngulo de 2o . Contudo a CMBR

    mostra que duas regies com separao maior

    que 20 tm a mesma temperatura (isto , T/T

    < 10-6). Como essas regies estiveram

    causalmente ligadas?

    Resposta: Antes da inflao comear essas

    regies estavam conectadas. A inflao as afasta

    por um raio maior do que o de Hubble

    A expanso inflacionria superluminal: O

    espao pode expandir mais rpido que c

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  • Quem Gerou a Inflao?

    Se existe uma Teoria de Tudo (TOE em ingls) que unifica as 4 foras, ela ir quebrar espontaneamente no tempo de Planck (t ~ 10-43 seg) na gravitao e na

    verso unificada eletrofraca + forte Teoria de Grande Unificao (GUT)

    A GUT ir permanecer at T ~ 1028 K, ou t ~ 10-34 seg. Neste ponto o Universo entra

    no perodo de falso vcuo: o nvel de energia maior do que o estado fundamental

    Quebrar simetrias em GUT est associado ao bson de Higgs , isto quanta de um

    campo escalar que tem um potencial associado que permite descrever a energia do

    campo

    O falso vcuo metaestvel, com sua energia de vcuo agindo como uma presso

    negativa que faz o Universo expandir exponencialmente com o tempo a medida que o

    campo escalar faz a rolagem do potencial

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  • Para isso, necessrio um potencial U com um largo plat aproximadamente

    plano. Este o falso vcuo

    Inflao ocorre quando move em

    direo ao mnimo de U o verdadeiro

    vcuo

    Decaimento do campo , chamado

    Inflaton, reaquece o Universo produzindo

    ftons, quarks, etc. Todo contedo de

    matria/energia do Universo criado

    nesse processo

    Isso equivalente ao calor latente de

    uma transio de fase

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  • Lembre que a densidade de energia do vcuo fsico descrita pela constante

    cosmolgica. Se este o termo que domina a densidade de energia, na equao

    de Friedmann, ento:

    A soluo :

    Nos modelos onde a transio de fase da GUT impele a inflao, o fator de

    expanso lquido do fator de escala :

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  • A Linha de Tempo Csmica

    Fsica razoavelmente compreendida

    A fronteira observacional atual

    Fsica razoavelmente bem compreendida

    Fsica altamente especulativa

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  • A Era de Planck

    Na era de Planck a gravidade deve ser unificada com as demais interaes.

    Assim, faz-se necessria a construo de uma Teoria Quntica de Gravitao

    Teorias, ainda, altamente especulativas incluem:

    Teoria M: partculas so excitaes sobre membranas em alta dimenso (D-

    Branas).

    Teoria de Cordas: partculas so diferentes vibraes de um tipo de corda

    Cosmologia Equipirtica, etc...

    Qual o futuro da fsica fundamental?

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