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PROFESSOR revista do LÍNGUA PORTUGUESA entrevista A motivação como essência o programa O Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba resultados Os resultados alcançados em 2016 >>> Avaliando IDEPB2016 Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba ISSN 2316-7610

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PROFESSORrevista do

LÍNGUA PORTUGUESA

entrevistaA motivação como essência

o programaO Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba

resultadosOs resultados alcançados em 2016

>>> Avaliando IDEPB2016Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba

ISSN 2316-7610

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ISSN 2316-7610

PROFESSORrevista do

LÍNGUA PORTUGUESA

>>> Avaliando IDEPB2016Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba

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FICHA CATALOGRÁFICA

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação da Paraíba.

Avaliando IDEPB – 2016 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

v. 1 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.

Conteúdo: Revista do Professor - Língua Portuguesa.

ISSN 2316-7610

CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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Ricardo Vieira CoutinhoGovernador do Estado da Paraíba

Ana Lígia Costa FelicianoVice-Governadora

Alessio Trindade De BarrosSecretário de Estado da Educação

Roziane Marinho RibeiroSecretária Executiva de Gestão Pedagógica da Educação

José Arthur Viana TeixeiraSecretário Executivo de Administração de Suprimento e Logística da Educação

Marta Medeiros CorreiaGerente Executiva da Educação Infantil e Ensino Fundamental

Aparecida de Fátima Uchoa RangelGerente Executiva de Ensino Médio

Iara Andrade de LimaMarta Medeiros CorreiaValmir Herbet Barbosa GomesCoordenação Geral do Avaliando IDEPB

EQUIPE TÉCNICA - GEEIEF - SEE

Andrea Freire de AmorimÉlida Medeiros e SilvaIvanê Leite de AndradeJúlia Gislandia de AraujoValdemí Pereira de Souza

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Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaMarcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEdLina Kátia Mesquita de Oliveira

Coordenação da Unidade de PesquisaTufi Machado Soares

Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira Rezende

Coordenação de Design da ComunicaçãoRômulo Oliveira de Farias

Coordenação de Gestão da InformaçãoRoberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de AvaliaçãoRenato Carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas EducacionaisWellington Silva

Coordenação de Monitoramento e IndicadoresLeonardo Augusto Campos

Coordenação de Operações de AvaliaçãoRafael de Oliveira

Coordenação de Processamento de DocumentosBenito Delage

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sumário

resultados

25 Os resultados alcançados em 2016

27 Resultados da escola

29 Roteiros de leitura e análise de resultados

41 Resultados por turma

padrões e níveis

46 Padrões e níveis de desempenho

47 5º ano do Ensino Fundamental

67 9º ano do Ensino Fundamental

86 Ensino Médio

sugestões pedagógicas

106 Sugestões para a prática pedagógica

07 apresentação

entrevista

09 A motivação como essência

o programa

16 O Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba

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apresentação

P rofessor, esta revista é para você. Pensada

e feita para possibilitar seu uso no cotidiano

pedagógico. Nela, você encontra os resultados da

sua escola no Avaliando IDEPB 2016. Com esses

resultados, você obtém um diagnóstico do desem-

penho de seus estudantes nos testes de proficiên-

cia. A partir disso, potencialidades e fragilidades

podem ser identificadas no processo de ensino e

aprendizagem, permitindo uma ampla reflexão so-

bre as práticas pedagógicas.

Inicialmente, apresentamos o Avaliando IDEPB

e as informações que o constituem: os dados for-

necidos pela avaliação, bem como os dados da

realidade escolar, os quais compõem esse grande

cenário que é o Sistema Estadual de Avaliação da

Educação da Paraíba.

A partir de uma análise do panorama do sistema

de avaliação, desde sua criação, no ano de 2012,

até seu penúltimo ciclo de aplicação, em 2015,

apresentamos os dados do programa, dando ênfa-

se aos ganhos experimentados pela rede estadual

de ensino no que diz respeito aos resultados.

Em seguida, trazemos os resultados da avalia-

ção de 2016. Junto às informações pertinentes aos

resultados – participação, proficiência média, per-

centual de estudantes pelos padrões de desempe-

nho, percentual de acerto por habilidade avaliada

–, oferecemos a você um roteiro que pode ajudá-

-lo a ler e a compreender as informações produ-

zidas pelo Avaliando IDEPB, de modo que você

possa utilizá-las para sistematizar estratégias para

a melhora do desempenho dos estudantes. Esse

roteiro propõe algumas atividades, cujo objetivo é

fornecer ferramentas que permitam a interpreta-

ção pedagógica dos resultados.

Além dos resultados obtidos nos testes realiza-

dos pelos estudantes, você tem acesso a algumas

informações sobre o contexto da sua escola, como

o Índice Socioeconômico (ISE), e indicadores de

qualidade, como o Índice de Desenvolvimento da

Educação da Paraíba (IDEPB).

Por fim, apresentamos sugestões para a prática

pedagógica, com o objetivo de auxiliá-lo na utili-

zação dos resultados da avaliação, para que ações

pedagógicas sejam planejadas e executadas em

sua escola. Trata-se de uma sugestão de ação. Seu

intuito não é outro senão incentivá-lo a tratar os

dados da avaliação como parte do Projeto Político

Pedagógico da escola.

Nosso compromisso é oferecer a você uma

visão geral da avaliação externa e dos resultados

obtidos por sua escola no Avaliando IDEPB. Esses

resultados devem ser amplamente debatidos, com

o envolvimento de toda a comunidade escolar. Es-

peramos que este material atinja esse propósito.

Boa leitura!

Revista do Professor - Língua Portuguesa 7

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Possui graduação em Engenharia Elétrica (1991) e mes-

trado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da

Paraíba (1996). Concluiu doutorado em Engenharia Elétrica

na Universidade Federal de Campina Grande (2004) e curso

técnico profissionalizante em Eletrotécnica no Instituto Fede-

ral de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (1985). É

professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecno-

logia da Paraíba e exerceu o cargo de secretário de Educação

Profissional e Tecnológica no Ministério da Educação. Tem

experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em

Medidas Elétricas, Magnéticas e Eletrônicas; Instrumentação.

Atua principalmente nos seguintes temas: Estimulação Tátil,

Engenharia de Reabilitação, Educação Especial.

Aléssio Trindade de Barros

Secretário de Estado da Educação

8 AVALIANDO IDEPB 2016

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entrevista

O Secretário de Estado da Educação da Paraíba, Aléssio Trindade de Bar-

ros, comenta o trabalho realizado junto às escolas da rede estadual e

enfatiza a importância dos resultados do Avaliando IDEPB na busca por uma

educação de qualidade e equânime.

A motivação como essência

CAEd – Observamos que a qua-

lidade da educação da Paraíba está

crescendo sistematicamente quando

se acompanha o Índice de Desenvol-

vimento da Educação Básica (Ideb).

Desde 2007, os resultados aparecem

em uma crescente e sempre estão

acima da meta para o estado. Que

estratégias contribuem para esses re-

sultados?

Secretário – Eu acho que os resulta-

dos na educação vêm, primeiramente,

da motivação de aprender do aluno. O

aluno motivado para aprender começa

a melhorar seus resultados na sala de

aula. Desde 2011, houve uma mudan-

ça de visão com relação à educação

no estado da Paraíba, valorizando a

educação pública com foco na apren-

dizagem do estudante. Essa mudança

veio do direcionamento do governo

do estado, então isso influenciou a

rede estadual de ensino. A motivação

dos profissionais veio através da efi-

ciência e realização de projetos. Mais

da metade da rede estadual da Paraí-

ba foi reformada e ampliada. Hoje nós

temos, em muitos municípios, esco-

las novas, pintadas, com salas amplas,

mobiliário adequado, laboratórios, li-

vros na biblioteca. Essa ação concreta

do governo, com resultados concre-

tos, termina por motivar aquele que é

o centro de todo o processo de apren-

dizagem, o estudante. Então eu posso

dizer que o estudante está motivado,

o estudante está alegre. Ele recebe o

fardamento, tem o lanche na escola.

Além disso, investiu-se no processo

de formação de professores. O esta-

do construiu os Centros de Formação

de Educadores nas grandes cidades e

também promoveu muito processo de

capacitação. Na rede estadual, foi ofe-

recida uma especialização com mais

de 11 mil vagas para os professores. O

plano de carreira contempla a valoriza-

ção salarial dos professores. Tivemos,

também, o programa Gira Mundo, que

levou 20 professores da rede estadual

para a Finlândia, a fim de conhecer a

rede de escolas públicas do país e ter

um curso no modelo de aprendiza-

gem ativa, focado nas competências

para o século XXI, com protagonismo

do estudante. Depois de vivenciar todo

esse processo, os professores voltaram

muito motivados e estão trabalhando,

juntos com o governo do estado, ela-

borando projetos inovadores como

devolutiva dessa formação.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 9

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CAEd – Fica muito presente na

sua fala a questão da motivação, tan-

to dos estudantes quanto da equipe

pedagógica. O senhor destacou to-

dos os investimentos que foram feitos

para que se atinja essa motivação. De

que forma, na prática, essa motivação

é capaz de fazer com que o estudan-

te tenha um desempenho mais inte-

ressante e melhore o seu rendimento

escolar?

Secretário – O processo de aprendi-

zagem envolve a confiança. A confian-

ça mútua entre a gestão, o professor

e o aluno. Quando se estabelece esse

ciclo de confiança dentro de um pro-

jeto pedagógico autônomo, a aprendi-

zagem começa a ocorrer. É claro que

não basta só isso, é preciso atuar na

gestão também. O governo do estado

da Paraíba criou os prêmios Escola de

Valor e Mestre da Educação. O primei-

ro deles estabelece um 14º salário, de

modo que, quando a escola consegue

esse prêmio, todos os seus funcioná-

rios recebem essa bonificação, desde

a merendeira até o gestor da escola,

enquanto, no segundo, um projeto

inovador de um professor pode render

até um 15º salário. Isso motivou mui-

to, porque para uma escola ser Escola

de Valor, ela tem que estar bem na sua

gestão, na prestação de contas e tem

que ter bons resultados de aprendiza-

gem dos estudantes. Isso foi uma ação

de gestão complementar à questão da

motivação.

CAEd – Mas como fazer uma pre-

miação baseada na aprendizagem

dos estudantes?

Secretário – Para isso, a Secretaria

de Estado da Educação instituiu o Ava-

liando IDEPB, em que, todo ano, algu-

mas etapas dos ensinos fundamental e

médio são avaliadas. Como avaliamos

desde 2011, nós já temos série históri-

ca, a partir da qual o estado montou um

plano de metas para que, a cada ano,

as escolas melhorem seus resultados.

Aquelas escolas que melhoram seus

resultados são candidatas ao Escola de

Valor. No último ano, nós avançamos

ainda mais. Quando realizamos a ava-

liação do 3º ano, fazemos inferências

de como está o nosso ensino médio,

podendo incidir em melhorias, mas

aqueles alunos já terão saído da escola

quando os resultados chegarem. Nós

inserimos, também, a avaliação no 1º

ano do ensino médio. Isso está sendo

muito interessante, porque agora nós

podemos, de forma muito concre-

ta, colocar a aprendizagem em foco.

Com isso, nós conseguimos aliar esse

processo de medição ao processo de

intervenção pedagógica das escolas e

às premiações que oferecemos.

CAEd – O senhor citou diversas

vantagens que um sistema de avalia-

ção próprio, como o Avaliando IDEPB,

pode oferecer ao estado. No Plano de

Metas do estado, a avaliação externa

aparece, diretamente, em pelo me-

nos duas metas. O senhor acha que

isso é um indicativo de que o Ava-

liando IDEPB já está bem incorporado

nas ações e nos planos educacionais

do estado?

Secretário – Eu acho. Especialmen-

te desde 2015, nossa meta era fazer

com que esse sistema de avaliação

chegasse ao chão da escola. Acho

que nós conseguimos trabalhar nes-

se sentido de forma sistêmica. Tanto é

que o governo do estado lançou, jun-

to aos prefeitos eleitos e reeleitos para

o próximo ano, o Pacto pelo Sucesso

Escolar no estado da Paraíba. A ideia

10 AVALIANDO IDEPB 2016

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O processo de aprendizagem

envolve a confiança. A

confiança mútua entre a gestão,

o professor e o aluno

é ampliar o sistema de avaliação para

além da rede estadual, chegando até

os municípios que aderiram ao Pacto,

com avaliações formativas e somativas

em diversas etapas, e incluir uma ava-

liação bimestral, de modo que, entre

elas, vamos incidir um processo de for-

mação e protocolos de gestão. Esses

protocolos vão ensinar, em um passo

a passo, como a gestão deve fazer a

leitura dos resultados da avaliação e

como, na sala de aula, o professor deve

fazer essa leitura e se apropriar desses

resultados, a fim de elaborar projetos

de intervenção pedagógica que visem

à aprendizagem dos estudantes. Fren-

te ao diagnóstico obtido, o professor

poderá avançar para que, na avaliação

do outro bimestre, a escola tenha dado

um passo. Sabemos, contudo, o tama-

nho desse desafio. Os indicadores do

Nordeste ainda mostram uma realida-

de difícil, em que o percentual de estu-

dantes que terminam o 5º ano sem a

proficiência mínima necessária em Lín-

gua Portuguesa e Matemática é muito

grande.

CAEd – Um resultado que nos

chama atenção na Paraíba é que, des-

de 2014, especialmente em Língua

Portuguesa, nos anos finais do Ensino

Fundamental e no Ensino Médio, está

havendo uma redução no percentual

de alunos no padrão de desempenho

Abaixo do Básico, ao mesmo tem-

po em que há uma incorporação de

alunos nos padrões mais altos. Isso

sugere que o processo de evolução

da qualidade está acompanhado de

equidade. Em que medida a equidade

também está na linha de frente da sua

gestão?

Secretário – Isso é muito importan-

te, porque a desigualdade do país nas-

ce desse ponto. Quando as crianças

nascem, todas são iguais. Elas crescem

e entram no sistema escolar: algumas

ingressam em um ensino fundamental

em que vão ter acesso a uma educa-

ção de qualidade, e outras não terão

essa oportunidade e sairão do 5º ano

sem a proficiência adequada. Aí surge

a desigualdade. No ensino médio, mais

de 80% dos alunos da Paraíba estão na

escola pública. Não há solução para a

desigualdade do estado se não houver

solução de equidade para o desenvol-

vimento da educação pública estadual.

A desigualdade não vai acabar somen-

te pelo avanço econômico, vai ter que

ser pela educação e pelas oportunida-

des oferecidas às crianças e jovens. Por

isso, é muito importante que o acesso

aos bons resultados da educação seja

dado a todos, e é muito importante

que seja dado rápido, porque as crian-

ças estão crescendo. Daqui a dez anos,

as crianças nascidas hoje já terão essa

idade. Se não agirmos com rapidez, a

mudança virá muito lentamente.

CAEd – Essa questão, de fato, é

muito importante, mas ao mesmo

tempo é muito desafiadora. Garantir

um processo de melhoria da quali-

dade observando a equidade é um

desafio muito grande. Quais são os

caminhos que podem trazer esse re-

sultado?

Secretário – Falando do ensino mé-

dio, eu acho importante a educação

integral, e também a educação pro-

fissionalizante. A gente vê os números

e observa que há um momento em

que aumenta a deficiência de apren-

dizagem para essa parcela da popula-

ção. Eles vão acumulando deficiências

desde o 5º ano e chegam ao ensino

médio. Aí vemos o grau de abandono

Revista do Professor - Língua Portuguesa 11

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do ensino médio. Essas pessoas que

abandonam são aquelas que têm o

maior acúmulo de deficiências. Como

fazer para que esses estudantes não

abandonem a escola? O ensino médio

tem que ter um sentido para elas. Nós

nos planejamos em função dos alunos,

mas qual é o ensino médio que esta-

mos projetando para os alunos que

tendem a abandonar a escola? Com

o ensino integral, você consegue me-

lhorar a autoestima, fazendo com que

os alunos sonhem com o que querem

ser, sem limitações. Você trabalha o

desenvolvimento no dia a dia dos alu-

nos, com mais tempo, para que pos-

sam recuperar suas deficiências. Você

oferece aulas de inglês para que eles

tenham equidade com aqueles que

tiveram melhores oportunidades de

formação, e o inglês é um diferencial

hoje. Então, eu acho que um ensino

médio integral, focado em projeto de

vida, levantando a autoestima do estu-

dante, é muito importante. A educação

profissional também pode atrair essas

pessoas para algo mais concreto. Ago-

ra, no ensino fundamental, se nós que-

remos equidade, o certo é que a gente

faça diagnóstico de entrada de todos

os alunos, porque senão a gente fica

fazendo projeto pedagógico para um

aluno imaginário, e ele não é o aluno

que corre risco de abandonar a esco-

la. Diagnosticando, você identifica esse

aluno e direciona o currículo do cur-

so para ele também. Esse diagnóstico

nos anos finais do ensino fundamental

será feito na rede estadual, juntamente

com as avaliações bimestrais, para que

a gente veja o aluno como ele é e, a

partir daí, a gente consiga ter uma ação

para esse aluno.

CAEd – Nós gostaríamos que o se-

nhor deixasse um recado para os pro-

fissionais da rede, para a continuidade

do trabalho que vem sendo desenvol-

vido.

Secretário – O que a gente precisa

para avançar, cada vez mais, é que essa

onda de reformas e construções que

aconteceu, que fez brilhar os olhos de

tanta gente, faça brilhar os olhos dos

professores na sala de aula, para que

o professor faça brilhar os olhos dos

alunos. Aí a gente muda a história. Mas

isso só se faz com todos juntos: o go-

verno, os professores, o porteiro da es-

cola, os gestores, a merendeira. Todos

juntos para que a gente possa dizer:

chegou a hora de mudar a história. Aí é

fácil, é só todo mundo trabalhar junto

que a história muda.

Não há solução para a desigualdade do estado se não houver solução de

equidade para o desenvolvimento

da educação pública estadual.

12 AVALIANDO IDEPB 2016

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Aprender é um direito de todos. A materializa-

ção desse direito é um enorme desafio para pro-

fessores, gestores e toda a comunidade escolar.

O direito à aprendizagem está relacionado

com objetivos que trabalham os aspectos cogni-

tivos, que são fundamentais e, portanto, devem

ser atingidos. Entretanto, cabe à escola, para que

este direito seja, de fato, uma realidade, trabalhar

também com valores que estão relacionados à

formação do ser humano e à construção de uma

sociedade justa, democrática e solidária. Essa é a

complexidade da ação pedagógica que desafia o

dia a dia dos profissionais da educação. Nesse sen-

tido, a definição das orientações curriculares, e a

implementação do projeto político pedagógico no

interior de cada escola são elementos essenciais

para garantir o êxito do processo educativo.

A avaliação em larga escala se situa no interior

de cada escola, em particular, e na rede de ensino,

de modo geral, como uma linha auxiliar ou uma

ferramenta para que o direito de aprender seja ga-

rantido a todos os estudantes.

A igualdade de oportunidades educacionais é

um dos pilares para a construção de uma escola

democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse

olhar que professores e gestores devem analisar e

se apropriar dos resultados da avaliação em larga

escala, dando vida e significado pedagógico aos

números, aos gráficos, aos dados estatísticos.

Os dados não falam por si. Eles devem ser con-

textualizados, considerando vários fatores que es-

tão relacionados com os resultados obtidos pela

escola no processo de avaliação em larga escala.

São um ponto de partida, um convite à análise e ao

planejamento para promover a equidade e melho-

rar a qualidade do ensino ofertado. As avaliações

externas complementam o trabalho diário da esco-

la e suas avaliações internas, jamais as substituem.

Além do perfil socioeconômico, que já vem

sendo estudado pelas avaliações como um fator

que pode interferir nos resultados, é importante

destacar também aqueles internos à vida da esco-

la: as características da gestão, as práticas pedagó-

gicas, o clima escolar etc.

O clima escolar está relacionado a vários aspec-

tos característicos do processo educativo e que

são importantes para um bom desenvolvimento

das atividades curriculares: convivência, cuidado,

disciplina, interesse e motivação, organização e se-

gurança; uma gestão democrática comprometida

com a qualidade da educação; professores com-

prometidos com o sucesso escolar e com a viabi-

lização do direito dos seus alunos aprenderem etc.

Todos esses aspectos refletem uma concepção de

escola e de educação, perpassando toda a dinâ-

mica da escola, inclusive na forma como a avalia-

ção é concebida e apropriada pelos agentes que a

constituem. Logo, tudo isso deve estar contido no

projeto político pedagógico da escola, a partir de

um marco referencial que trabalha a formação de

valores e, portanto, a importância da educação na

vida dos estudantes.

É nesse sentido que os resultados do Avaliando

IDEPB 2016 devem ser apropriados pela comuni-

dade escolar, como um diagnóstico importante

para as revisões necessárias ao processo pedagó-

gico desenvolvido. Devem ser analisados em con-

junto com as atividades curriculares e com os pro-

cessos de avaliação interna previstos no cotidiano

da escola.

Sabemos que são muitos os desafios da escola

no mundo atual: ela deve ser um espaço de co-

nhecimento, de liberdade, de criação, de cidada-

nia e de busca permanente pela equidade, além

de transmitir os conhecimentos historicamente

acumulados. E é com o olhar de educador que

enfrenta esses desafios e mantém a esperança e a

capacidade de luta que convidamos você a acom-

panhar os relatos a seguir.

Aprender - Direito de todos

Revista do Professor - Língua Portuguesa 13

Page 16: ISSN 2316-7610 revista do PROFESSOR - Avaliação Paraíba · Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora Marcus Vinicius David ... a melhorar seus resultados na sala de aula

O calor de João Pessoa nos acolhe

na tarde em que vamos visitar o Colé-

gio da Polícia Militar Estudante Rebe-

ca Cristina Alves Simões. Chegando

à antessala, de onde acompanhamos

o movimento na secretaria enquanto

aguardamos o diretor, a porta de vidro

nos chama a atenção: entre as imagens

que a ilustram, misturam-se momentos

de inspiração militar, de organização

dos alunos, com instantes de descon-

tração, abraços e interação entre os

estudantes.

Alunos e funcionários – alguns far-

dados, outros não – circulam pelo am-

biente. Uma estudante pergunta ao

tenente se ele será seu professor de

História no ano seguinte. Ele confirma,

sorrindo, e a aluna comemora. Ela co-

meçará a cursar o ensino médio, e leva

no uniforme as assinaturas dos amigos

da turma com quem está concluindo o

fundamental.

O diretor, que é capitão da Polícia

Militar, nos recebe com alegria. Na sala

da direção, o ambiente reflete bem o

perfil da escola. Muito organizado, con-

fortável, com as bandeiras do Brasil e

da Paraíba descansando ao fundo da

sala e uma estante repleta de troféus

que exibem algumas das conquistas

obtidas pelos alunos. Ali, o diretor nos

conta um pouco da história daquela es-

cola, em que ele atua quase desde sua

fundação, já tendo exercido diversas

funções até chegar ao cargo de diretor.

Nascida do anseio de atender aos

filhos dos policiais militares, através de

um convênio com a Secretaria de Es-

tado da Educação (SEE), a escola tam-

bém recebe estudantes da comunida-

de – até mesmo de outros municípios.

O diretor nos explica que a disciplina

militar inspira a gestão, mas que é um

mito achar que os alunos devem se

comportar como soldados em forma-

ção. "Prezamos, na escola, por com-

portamentos que são esperados de to-

dos os cidadãos: respeito, disciplina e

harmonia. Isso, inclusive, ajuda muitos

de nossos alunos a se prepararem para

o futuro, porque as pessoas percebem

o diferencial de seu comportamento".

Para compreender o que os estu-

dantes e funcionários acham disso, saí-

mos para conhecer as instalações da

escola e conversar com alguns deles.

É semana de provas, e o ambiente está

bem silencioso. As coordenadoras do

ensino fundamental falam, com satis-

fação, sobre o prazer de trabalhar na

Estudante Rebeca. "Os alunos, muitas

vezes, chegam aqui com algumas ex-

pectativas equivocadas, mas, ao co-

nhecerem a nossa cultura, acabam

percebendo que o nosso foco é o de-

senvolvimento escolar de cada um".

Alguns alunos nos aguardam, ansio-

sos, para contar porque seu colégio é

diferente. As aulas do professor de Edu-

cação Física, que é ex-aluno da escola,

estão entre as preferidas. Espontâneos

e comunicativos, muitos estudantes

destacam o ensino, que consideram de

melhor qualidade, e também a rigidez

da escola como algo positivo, que os

auxilia em seu desenvolvimento. Seja

no cafezinho, nos bate-papos ou nos

encontros que tivemos no pátio da es-

cola, percebemos que priorizar a dis-

ciplina não interfere nos afetos e nos

sorrisos.

Um lugar em que a rigidez conversa com o afeto

14 AVALIANDO IDEPB 2016

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f "Minha amiga quer vir para cá no ano que vem, eu disse a ela que venha, porque aqui ela vai aprender muito mais."

f "Gosto do festival de arte e cultura da escola, por-que ele nos permite criar nossas próprias interven-ções a partir de um tema comum."

f "As dificuldades, aqui, nos inspiram. Criamos um núcleo de projetos quando tivemos necessidade de recursos, e esse núcleo continua ativo até hoje."

f "Entrei aqui na escola esse ano. Eu percebo muito bem a diferença na organização e na própria qualidade das aulas."

Revista do Professor - Língua Portuguesa 15

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O Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba – Avaliando IDEPB

o programa

A qui, você encontra um pouco da história do Avaliando IDEPB, das prin-

cipais mudanças ocorridas longo do tempo e dos ganhos experimen-

tados pela rede estadual de ensino no que diz respeito aos seus resultados.

Uma história feita não só de números, gráficos e dados, mas, principalmente,

enredada pela vida escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens

paraibanos.

Em 2012, o estado da Paraíba, com o intuito de assegurar aos estudantes o acesso a uma educação de qualidade, criou o Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba, o Avaliando IDEPB. Seu objetivo primordial é, a partir dos instrumentos de avaliação, produzir diagnósticos sobre a rede estadual de ensino, permitindo a identificação de problemas e virtudes, de modo a subsidiar ações e políticas públicas que enfrentem os primeiros e potencializem as últimas. Inicialmente, o Avaliando IDEPB aplicava testes padronizados nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, aos alunos do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio.

Em 2016, a 1ª série do Ensino Médio substitui a 4ª série do Ensino Normal na avaliação. Além disso, o 9º ano do Ensino Fundamental insere a avaliação das escolas atendidas pelo projeto Alumbrar, que utiliza a metodologia telessala para a correção da distorção entre a idade e o ano letivo do estudante.

Em 2013, a 4ª série do Ensino Normal passou a também ser avaliada.

Gráfico 1

Percentual de participação

Fonte: Avaliando IDEPB.

2013

2014

2015

2016

2012

68,774,3 74,0 77,6

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

2012 2013 2014 2015

Percentual de Participação

16 AVALIANDO IDEPB 2016

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E o que mostram os resultados do Avaliando IDEPB em relação ao desempenho estu-

dantil? Observamos que, após apresentar pequenas quedas no desempenho em 2014 na

maioria dos casos, a situação se reverteu em 2015 em todas as etapas de escolaridade ava-

liadas, tanto em Língua Portuguesa (Gráficos 2, 3, 4 e 5) quanto em Matemática (Gráficos 6,

7, 8 e 9). A única exceção é 4ª série do Ensino Normal em Matemática, que manteve seus

resultados praticamente iguais desde 2013.

Gráfico 2

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa

5º ano do Ensino Fundamental

Gráfico 2 Gráfico 3

Gráfico 4 Gráfico 5

177,5 181,4 174,9 178,4

100,0125,0150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 5º ano do Ensino Fundamental

219,7 226,2 225,9 229,4

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental

249,1 252,8 251,4 254,3

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 3ª série do Ensino Médio

253,7 249,6 253,2

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 3

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa

9º ano do Ensino Fundamental

Gráfico 2 Gráfico 3

Gráfico 4 Gráfico 5

177,5 181,4 174,9 178,4

100,0125,0150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 5º ano do Ensino Fundamental

219,7 226,2 225,9 229,4

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental

249,1 252,8 251,4 254,3

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 3ª série do Ensino Médio

253,7 249,6 253,2

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 4

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa

3ª série do Ensino Médio

Gráfico 2 Gráfico 3

Gráfico 4 Gráfico 5

177,5 181,4 174,9 178,4

100,0125,0150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 5º ano do Ensino Fundamental

219,7 226,2 225,9 229,4

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental

249,1 252,8 251,4 254,3

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 3ª série do Ensino Médio

253,7 249,6 253,2

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 5

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa

4ª série do Ensino Normal

Gráfico 2 Gráfico 3

Gráfico 4 Gráfico 5

177,5 181,4 174,9 178,4

100,0125,0150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 5º ano do Ensino Fundamental

219,7 226,2 225,9 229,4

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental

249,1 252,8 251,4 254,3

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 3ª série do Ensino Médio

253,7 249,6 253,2

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa 4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 17

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Chama a atenção ainda, especialmente em Língua Portuguesa, o fato de que todas as

etapas conseguiram, de 2014 para 2015, além de aumentar a proficiência, reduzir o per-

centual de alunos no padrão de desempenho Abaixo do Básico (Gráfico 10) e aumentar

o percentual de estudantes nos padrões Adequado e Avançado (Gráfico 11). Esse quadro

que sugere um percurso em que a equidade também está sendo observada, assim como

a melhoria da qualidade da educação ofertada.

Gráfico 6

Evolução da Proficiência em Matemática

5º ano do Ensino Fundamental

Gráfico 6 Gráfico 7

Gráfico 8 Gráfico 9

196,2 195,9 186,4 188,2

100,0125,0150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática5º ano do Ensino Fundamental

225,9 226,6 224,2 227,7

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática9º ano do Ensino Fundamental

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática3ª série do Ensino Médio

242,1 241,2 240,7

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 7

Evolução da Proficiência em Matemática

9º ano do Ensino Fundamental

Gráfico 6 Gráfico 7

Gráfico 8 Gráfico 9

196,2 195,9 186,4 188,2

100,0125,0150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática5º ano do Ensino Fundamental

225,9 226,6 224,2 227,7

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática9º ano do Ensino Fundamental

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática3ª série do Ensino Médio

242,1 241,2 240,7

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 8

Evolução da Proficiência em Matemática

3ª série do Ensino Médio

Gráfico 6 Gráfico 7

Gráfico 8 Gráfico 9

196,2 195,9 186,4 188,2

100,0125,0150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática5º ano do Ensino Fundamental

225,9 226,6 224,2 227,7

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática9º ano do Ensino Fundamental

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática3ª série do Ensino Médio

242,1 241,2 240,7

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 9

Evolução da Proficiência em Matemática

4ª série do Ensino Normal

Gráfico 6 Gráfico 7

Gráfico 8 Gráfico 9

196,2 195,9 186,4 188,2

100,0125,0150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática5º ano do Ensino Fundamental

225,9 226,6 224,2 227,7

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática9º ano do Ensino Fundamental

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2012 2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática3ª série do Ensino Médio

242,1 241,2 240,7

150,0175,0200,0225,0250,0275,0300,0325,0350,0

2013 2014 2015

Evolução da Proficiência em Matemática4ª série do Ensino Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

18 AVALIANDO IDEPB 2016

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Gráfico 10

Evolução do percentual de alunos no padrão de desempenho Abaixo do Básico por etapa em Língua

Portuguesa

14,612,4

30,027,1

29,326,4

28,6 28,2

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

5EF 9EF 3EM 4 Normal

Fonte: Avaliando IDEPB.

Gráfico 11

Evolução do percentual de alunos nos padrões de desempenho Adequado e Avançado por etapa em

Língua Portuguesa

47,7 51,1

31,2 33,6 32,1 34,527,5

32,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

5EF 9EF 3EM 4 Normal

Evolução do percentual de alunos nos padrões de desempenho Adequado e

Avançado por etapa em Língua Portuguesa

Fonte: Avaliando IDEPB.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 19

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Os dados contextuais da rede estadual da Paraíba mostram informações que dão pistas sobre algumas

características que ajudam a delinear um diagnóstico que leve em consideração não apenas os dados de

desempenho, mas também questões como as mudanças ocorridas na rede nos últimos anos e o perfil

dos atores educacionais inseridos nesse universo.

O Gráfico 12, por exemplo, mostra que o número de matrículas efetuadas na rede estadual vem sendo

reduzido, sistematicamente, desde 2010, especialmente no ensino fundamental. Os anos iniciais experi-

mentaram uma queda no número de matrículas de mais de 47%, quando comparamos os anos de 2010

(72.985 matrículas) e 2015 (38.062 matrículas). Isso possivelmente se deve ao fato de que o ensino funda-

mental passa por um processo de municipalização, em que os alunos são, gradativamente, transferidos

da rede estadual para as redes municipais.

Já no ensino médio, em que não ocorre esse processo de municipalização, a redução no número de

matrículas durante o mesmo período foi de cerca de 10%, passando de 119.565 matrículas em 2010 para

106.642 matrículas em 2015. Essa redução sugere um processo natural de transição demográfica, sem

interferência de uma política específica.

Gráfico 12

Número de matrículas da rede estadual da ParaíbaGráfico 1: Número de matrículas da rede estadual da Paraíba

72.985 69.478 60.485

52.280 44.715

38.062

117.673 112.395

103.951 95.013

89.363 85.277

119.565 114.515 113.912 111.444 110.348 106.642

010.00020.00030.00040.00050.00060.00070.00080.00090.000

100.000110.000120.000130.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos FinaisEnsino Médio

Fonte: Inep, 2016.

O Gráfico 13 ilustra o comportamento da taxa de aprovação dos alunos da rede estadual ao longo do

tempo. Observamos que os índices de aprovação têm apresentado tendência ascendente, ou seja, exis-

te um movimento gradativo que tende a aumentar a taxa de aprovação de alunos no estado. Em 2015,

todas as etapas de ensino apresentaram taxa de aprovação acima de 75%, chegando a 88,7% nos anos

iniciais do ensino fundamental.

20 AVALIANDO IDEPB 2016

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Gráfico 13

Taxa de aprovação – Rede estadual

Gráfico 2 – Taxa de aprovação – Rede estadual

80,484,9 86,8 87,9 89,5 88,7

66,569,4 70,5 72,5 73,1

75,571,0 72,5 73,6 74,9 74,2 76,2

60,065,070,075,080,085,090,095,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos FinaisEnsino Médio

Fonte: Inep, 2016.

No Gráfico 14, observamos o indicador de fluxo da rede estadual no período de 2009 a 2015. Esse

indicador compreende a média harmônica das taxas de aprovação dos anos escolares que compõem

cada etapa da educação básica. É um indicador muito importante, por ser incorporado ao Índice de De-

senvolvimento da Educação Básica (Ideb), juntamente com o indicador de desempenho.

O que observamos é que o indicador de fluxo da rede estadual da Paraíba mostra tendência ascen-

dente, tendo evoluído de modo constante em praticamente todas as etapas da educação básica, à ex-

ceção dos anos iniciais do ensino fundamental, cujo indicador se manteve o mesmo (0,89) entre 2013 e

2015. Isso sugere que a questão do fluxo vem apresentando melhoras sistemáticas; em outras palavras,

a rede está conseguindo aprovar mais seus estudantes. A continuidade desse movimento ascendente é

fundamental para que se atinjam níveis cada vez mais próximos do ideal, que não comprometam o Ideb

da rede.

Gráfico 14

Indicador de fluxo – Rede estadual

Gráfico 3: Indicador de fluxo – Rede estadual

0,800,85

0,89 0,89

0,670,70

0,730,760,75 0,76

0,790,80

0,600,650,700,750,800,850,900,95

2009 2011 2013 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos FinaisEnsino Médio

Fonte: Inep, 2016.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 21

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Analisando o Gráfico 15, podemos perceber que, com relação ao nível de escolaridade dos professo-

res da rede estadual, há uma grande concentração de educadores que possuem ensino superior (licen-

ciatura) ou especialização com, no mínimo, 360 horas. Somados, esses dois grupos reúnem 78,3% dos

professores da rede. Em seguida, aparecem aqueles que possuem grau acadêmico de mestrado (9,5%).

Gráfico 15

Nível de escolaridade dos professores

Gráfico 4 – Nível de escolaridade dos professores

2,4%

5,6%

34,4%

3,5%

43,9%

9,5%

0,7%

Qual é o seu nível de escolaridade completo?

Ensino Médio – Magistério.

Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior.Ensino Superior – Licenciatura.

Ensino Superior – Outros.

Especialização (mínimo de 360horas).Mestrado.

Doutorado ou posterior.

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

Analisando o tempo de experiência dos professores, vemos, no Gráfico 16, que poucos docentes

lecionam há menos de 1 ano (1,7%), enquanto 30,7% deles atuam há mais de 21 anos na sala de aula. Ao

compararmos essas informações com o Gráfico 17, que ilustra há quanto tempo os professores atuam

especificamente na escola em que estão atualmente, observamos que há uma rotatividade característica

na rede.

Enquanto 81,5% dos professores lecionam há mais de 5 anos, a maioria dos docentes (51,2%) ainda

não completou 5 anos atuando na mesma escola, ou seja, a troca de instituição é comum entre os pro-

fessores mais antigos da rede. Essa informação é reforçada ao notarmos que o número de professores

que está há menos de 1 ano lecionando em sua escola atual representa 10,3% do total de profissionais na

rede, enquanto apenas 1,7% deles têm esse tempo de experiência profissional.

22 AVALIANDO IDEPB 2016

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Gráfico 16

Tempo de experiência como professor

Gráfico 5 – Tempo de experiência como professor

1,7%

16,8%

20,7%

15,0%

15,1%

30,7%

Há quanto tempo você é professor, considerando também o seu trabalho em outras escolas?

Há menos de 1 ano.Entre 1 e 5 anos.Entre 6 e 10 anos.Entre 11 e 15 anos.Entre 16 e 20 anos.Há mais de 21 anos.

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

Gráfico 17

Tempo de experiência na escola em que atua

Gráfico 6 – Tempo de experiência na escola em que atua

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

10,3%

40,9%

17,1%

8,3%

9,2%

14,2%

Há quanto tempo você é professor NESTA escola?

Há menos de 1 ano.Entre 1 e 5 anos.Entre 6 e 10 anos.Entre 11 e 15 anos.Entre 16 e 20 anos.Há mais de 21 anos.

Fonte: Avaliando IDEPB, 2015.

Os dados contextuais, como pudemos observar, revelam algumas características que auxiliam a com-

preender a rede estadual da Paraíba. O estado vem experimentando diminuição sistemática do número

de matrículas, especialmente no ensino fundamental, provavelmente em virtude do processo de muni-

cipalização dessa etapa. Os índices de aprovação e fluxo, embora crescentes, precisam continuar esse

percurso para reduzir as reprovações e abandonos e, consequentemente, melhorar os índices do Ideb.

Por fim, o nível de escolaridade e tempo de experiência dos professores e gestores ajuda a compreender

melhor o perfil desses atores fundamentais para a melhoria da qualidade da educação dos estudantes

paraibanos.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 23

Page 26: ISSN 2316-7610 revista do PROFESSOR - Avaliação Paraíba · Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora Marcus Vinicius David ... a melhorar seus resultados na sala de aula

O fato de o percurso de avanço seguido por todas as etapas de escolaridade

ser similar sugere que a rede tem olhado para cada etapa com a mesma atenção.

Destacamos, ainda, que os dados da avaliação são mais amplos do que os expos-

tos neste breve resumo sobre o Avaliando IDEPB. De todo modo, a partir deles,

tendo em vista as melhorias diagnosticadas, é possível levantar hipóteses sobre

os motivos pelos quais elas foram obtidas. Eles podem ser inúmeros e oriundos

de diferentes fontes.

Este é um exercício que cabe a todos os profissionais envolvidos com a edu-

cação no estado da Paraíba. Os resultados da avaliação podem ser o ponto de

partida para uma série de reflexões acerca das políticas públicas educacionais e

das ações, pedagógicas e de gestão, no interior de cada escola, pois os resulta-

dos do Avaliando IDEPB são, na verdade, um dos muitos aspectos que envolvem

a realidade educacional da rede estadual de ensino. Debruçar-se sobre eles e

analisá-los é uma ação essencial para que cumpram um importante papel na

garantia do direito de toda criança aprender!

24 AVALIANDO IDEPB 2016

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Os resultados alcançados em 2016resultados

Professor, apresentamos os resultados alcan-

çados pela sua escola na avaliação de Língua

Portuguesa do Avaliando IDEPB 2016. É importan-

te que você leia, analise e compreenda as infor-

mações.

Entretanto, você não deve parar por aqui. É im-

prescindível que toda a escola seja envolvida na

discussão desses dados. Acreditamos que a esco-

la capaz de fazer a diferença é, também, aquela

que consegue garantir a aprendizagem dos seus

estudantes, interpretando, analisando e utilizando

as informações da avaliação educacional – externa

e interna –, com vistas à melhoria permanente dos

resultados.

Nesta seção você encontra os resultados de

cada etapa de escolaridade avaliada, seguidos de

um roteiro de leitura e interpretação das informa-

ções disponíveis. Em primeiro lugar, são apresenta-

dos os resultados de proficiência média, a distribui-

ção dos estudantes pelos padrões de desempenho

e a participação. Em seguida, estão dispostos os

percentuais de acerto em relação às habilidades

avaliadas nos testes. Cada tipo de resultado conta

com roteiro específico.

Além disso, são apresentadas informações

acerca do contexto de sua escola, como o Índice

Socioeconômico (ISE), e indicadores de qualidade,

no caso, o Índice de Desenvolvimento da Educa-

ção da Paraíba (IDEPB).

O que é o IDEPB?

O Índice de Desenvolvimento da Educação da Paraíba

(IDEPB) é um indicador que reúne dois elementos importantes

para a qualidade da educação: o fluxo escolar e o desempenho

nas avaliações em larga escala. O indicador é calculado com

base nos dados sobre aprovação, obtidos através do Censo Es-

colar, e nos dados de desempenho, obtidos através dos testes

padronizados do Avaliando IDEPB. Dessa forma, o IDEPB apre-

senta resultados sintéticos, permitindo traçar metas de qualida-

de para os sistemas educacionais, específicos para cada escola.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 25

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» Energia elétrica » Água encanada » Até 20 livros no

domicílio » Celular » Geladeira » DVD » Automóvel » Banheiro » Máquina de lavar

roupa » Pais com Ensino

Fundamental incompleto

» Acesso ao serviço de coleta de lixo

» TV a cores » Computador

» Calçamento » Entre 21 e 100

livros no domicílio » Pais com Ensino

Fundamental completo

» Pais com Ensino Médio completo

» 2 ou mais TVs a cores

» 2 ou mais computadores

» 2 ou mais máquinas de lavar

» 2 ou mais banheiros

» 2 ou mais DVDs » 2 ou mais

automóveis » Mais de 100 livros

no domicílio » Pais com Ensino

Superior completo

Nível

Os níveis de ISE calculados para o Avaliando IDEPB são:

Nível

Nível 1

+Nível 2

+Nível 3

+Nível 4

+Nível 5

+

Nível Nível Nível Nível1 2 3 4 5 6

O que é ISE – Índice Socioeconômico?

O Índice Socioeconômico (ISE) reúne informações sobre as

condições sociais, culturais e econômicas dos estudantes e de

suas famílias. Levando em conta uma série de aspectos, como

a escolaridade dos pais e a posse de bens (materiais e cultu-

rais), o ISE é uma importante informação para a compreensão

do desempenho escolar, tendo em vista que ele é influenciado

por diversos fatores, entre eles, o contexto social da escola e as

condições econômicas e sociais das famílias dos alunos.

26 AVALIANDO IDEPB 2016

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scol

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scol

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Roteiros de leitura e análise de resultados

Com o intuito de ajudá-lo no processo de leitura e

análise dos resultados, sugerimos dois roteiros com

orientações, passo a passo, de como deve ser feita a lei-

tura e a interpretação dos resultados do Avaliando IDEPB

2016, em cada etapa de escolaridade avaliada. Para isso,

você deve reproduzir as atividades para cada uma das

etapas.

Para aprofundar nas reflexões acerca dos resultados

da avaliação em larga escala, é importante ainda, con-

sultar o Glossário da Avaliação em Larga Escala, dispo-

nível em www.avaliacaoparaiba.caedufjf.net, bem como

os padrões e níveis de desempenho estudantil, os quais

descrevem, pedagogicamente, o significado das médias

alcançadas pelos estudantes da rede estadual da Paraíba

que participaram do Avaliando IDEPB 2016. Essas des-

crições estão disponíveis na seção Padrões e níveis de

desempenho desta revista e ilustrados com itens repre-

sentativos de cada nível.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 29

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Proficiência alcançada pela escola nas três últimas edições do Avaliando IDEPB em Língua Portuguesa.

Essa é a primeira informação sobre o desem-

penho dos estudantes de sua escola: a média de

proficiência1 alcançada pela escola nas três últimas

edições do Avaliando IDEPB, na uma disciplina

avaliadaLíngua Portuguesa, em cada etapa avalia-

da. A observação da média nos ajuda a verificar

a melhoria da qualidade da educação ofertada, a

partir da evolução do desempenho da escola ao

longo do tempo.

1 A média de proficiência da escola é o valor da média aritmética das proficiências alcançadas pelos estudantes da escola, no teste.

O termo proficiência refere-se ao conhecimento ou à aptidão que os

alunos demonstram ter em relação a um determinado conteúdo de uma disciplina

avaliada pelos testes cognitivos.

Este primeiro roteiro orienta a leitura e interpretação dos resultados gerais da sua escola: proficiência, distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho e participação.

1

30 AVALIANDO IDEPB 2016

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Observe, na página de resultados, as proficiências alcançadas pelos estudantes nas três últimas

edições do Avaliando IDEPB, em uma determinada etapa, e preencha o quadro a seguir.

EDIÇÃO PROFICIÊNCIA ANÁLISE

2014 Qual é o comportamento da média de proficiência da sua escola, ao longo dos anos?

( ) Está aumentando

( ) Está estável

( ) Está diminuindo

OBS.:

2015

2016

Com seus colegas professores e com a equipe pedagógica, levante algumas hipóteses sobre a

evolução dos resultados da sua escola ao longo do tempo. Registre o que vocês discutiram. Isso

pode ajudá-los na apropriação das informações fornecidas pelos resultados do Avaliando IDEPB.

Repita o processo para todas as etapas avaliadas.

ATIVIDADE 1

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho nas três últimas edições do Avaliando IDEPB.

Depois de observar a proficiência da escola,

vamos verificar como os estudantes estão distri-

buídos pelos padrões de desempenho. De acordo

com a proficiência alcançada no teste, o estudan-

te demonstra um determinado perfil ou padrão de

desempenho, ou seja, quanto maior a proficiência

do estudante, mais elevado é o seu padrão de de-

sempenho.

Entretanto, em uma turma ou em uma escola,

os estudantes apresentam diferentes padrões de

desempenho. Sendo assim, a escola deve trabalhar

para que haja menos estudantes nos padrões mais

baixos, aumentando o percentual de estudantes

nos padrões mais elevados, pois almejamos uma

educação que seja de qualidade e para todos. Por

isso, essa análise é tão importante, professor. Ela

lhe dará informações fundamentais para o seu

planejamento, para a construção permanente do

Projeto Político Pedagógico e para a definição de

metas, estratégias e metodologias adequadas às

necessidades dos seus alunos.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 31

Page 34: ISSN 2316-7610 revista do PROFESSOR - Avaliação Paraíba · Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora Marcus Vinicius David ... a melhorar seus resultados na sala de aula

Observe o segundo gráfico da página de resultados e preencha o quadro abaixo com o per-

centual de estudantes que se encontra em cada um dos padrões de desempenho. Em seguida,

acrescente o número absolutos de estudantes, na edição de 2016, em cada padrão2.

EDIÇÃO ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO ADEQUADO AVANÇADO

2014

2015

2016% de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos

C Os percentuais de estudantes nos padrões mais baixos têm diminuído, aumentado ou man-

tiveram-se estáveis ao longo do tempo?

C Qual é o padrão em que se encontra o maior número de estudantes?

C Observando o percentual de estudantes em cada padrão de desempenho, é possível dizer

que os estudantes da sua escola apresentaram:

( ) Melhora gradativa

( ) Estabilidade no desempenho

( ) Queda no desempenho

C Junto com seus colegas e equipe pedagógica, levante possíveis hipóteses para esses resul-

tados.

C Que estratégias podem ser utilizadas para aqueles estudantes que estão nos padrões mais

baixos?

Esse exercício é importante para que as ações sejam bem direcionadas e possam ajudar os

estudantes a desenvolverem as competências necessárias, a fim de que tenham seu direito

de aprendizagem garantido.

2 Para encontrar o número absoluto de alunos, em cada padrão, pode ser feito um cálculo utilizando regra de três, considerando o total de alunos que realizou o teste. Exemplo: Alunos avaliados: 80; percentual de alunos no Básico: 20%; total de alunos nesse padrão: 16.

ATIVIDADE 2

32 AVALIANDO IDEPB 2016

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Dados de participação nas avaliações do Avaliando IDEPB nas três últimas edições.

Depois de observar o desempenho alcançado

pelos estudantes da sua escola, é hora de verificar

como foi a participação no teste. O indicador de

participação revela o nível de adesão à avaliação e

é uma informação muito importante para que os

resultados alcançados possam ser generalizados.

Ou seja, quanto maior for a participação dos estu-

dantes nos testes, mais consistente é o resultado

de desempenho alcançado. Consideramos como

percentual mínimo para a generalização dos resul-

tados da escola uma participação acima de 75%.

Na página de resultados, localize o percentual de participação dos estudantes da sua escola,

para a etapa de escolaridade que você está analisando.

EDIÇÃO PROFICIÊNCIA ANÁLISE

2014

Ao longo do tempo a participação

( ) cresceu;

( ) ficou estável;

( ) diminuiu.

Levante hipóteses para o atual índice de participação da escola, em relação aos anos anteriores.

Caso a participação em 2016 não tenha correspondido às expectativas, o que pode ser feito para aumentá-la no próximo ciclo do Avaliando IDEPB?

Um ponto importante nessa atividade é comparar a participação dos estudantes no dia da aplicação do teste e a sua frequência às aulas.

2015

2016

Depois que você já identificou e refletiu um pouco sobre os resultados alcançados por sua

escola, é hora de transportá-los para a escala de proficiência e interpretá-los, pedagogica-

mente.

ATIVIDADE 3

Revista do Professor - Língua Portuguesa 33

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Escala de Proficiência de Língua Portuguesa

* As habilidades relativas a essas competências não são avaliadas nesta etapa de escolaridade.

COMPETÊNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

5EF 9EF 1EM 3EM

Identifica letras

* * * *

Reconhece convenções gráficas Manifesta consciência fonológica Lê palavras Localiza informação D6 D6 D6 D6 Identifica tema D9 D9 D9 D9 Realiza inferência

D7, D8, D11, D22 e D23

D7, D8, D11, D22, D23, D24 e D25

D7, D8, D11, D22, D23, D24 e D25

D7, D8, D11, D22, D23, D24 e D25

Identifica gênero, função e destinatário de um texto

D12 e D13 D12 e D13 D12 e D13 D12 e D13 Estabelece relações lógico-discursivas D16, D17 e D18 D16, D17, D18 e D27 D16, D17, D18 e D27 D16, D17, D18 e D27 Identifica elementos de um texto narrativo

D21 D21 D21 D21 Estabelece relações entre textos * D14 D14 D14 Distingue posicionamentos D10 D10 e D19 D10 e D19 D10 e D19 Identifica marcas linguísticas D26 D26 D26 D26

PADRÕES DE DESEMPENHO - 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL '

PADRÕES DE DESEMPENHO - 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

PADRÕES DE DESEMPENHO - 1ª E 3ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

DOMÍNIOS

Apropriação do sistema da

escrita

Estratégias de leitura

Processamento do texto

34 AVALIANDO IDEPB 2016

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COMPETÊNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

5EF 9EF 1EM 3EM

Identifica letras

* * * *

Reconhece convenções gráficas Manifesta consciência fonológica Lê palavras Localiza informação D6 D6 D6 D6 Identifica tema D9 D9 D9 D9 Realiza inferência

D7, D8, D11, D22 e D23

D7, D8, D11, D22, D23, D24 e D25

D7, D8, D11, D22, D23, D24 e D25

D7, D8, D11, D22, D23, D24 e D25

Identifica gênero, função e destinatário de um texto

D12 e D13 D12 e D13 D12 e D13 D12 e D13 Estabelece relações lógico-discursivas D16, D17 e D18 D16, D17, D18 e D27 D16, D17, D18 e D27 D16, D17, D18 e D27 Identifica elementos de um texto narrativo

D21 D21 D21 D21 Estabelece relações entre textos * D14 D14 D14 Distingue posicionamentos D10 D10 e D19 D10 e D19 D10 e D19 Identifica marcas linguísticas D26 D26 D26 D26

PADRÕES DE DESEMPENHO - 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL '

PADRÕES DE DESEMPENHO - 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

PADRÕES DE DESEMPENHO - 1ª E 3ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

DOMÍNIOS

Apropriação do sistema da

escrita

Estratégias de leitura

Processamento do texto

Como o desempenho é apresentado em ordem crescente e cumulativa, os estudantes posicionados em um nível mais alto da escala demonstram ter desenvolvido não só as habilidades do nível em que se encontram, mas também, provavelmente, aquelas habilidades dos níveis anteriores. A gradação de cores – que vai do amarelo claro ao vermelho

– também nos indica o grau de complexidade e o nível de desenvolvimento dessas habilidades. Pedagogicamente falando, cada nível da escala corresponde a diferentes características de aprendizagem: quanto maior o nível (posição) na escala, maior a probabilidade de desenvolvimento e consolidação da aprendizagem.

A escala de proficiência é uma espécie de régua na qual os resultados alcançados nas avaliações em larga escala são apresentados. Os valores obtidos nos testes são ordenados e categorizados em intervalos ou faixas que indicam o grau de desenvolvimento das habilidades para os estudantes que alcançaram determinado nível de desempenho.

Abaixo do Básico Básico Adequado Avançado

Revista do Professor - Língua Portuguesa 35

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Trace uma linha correspondente à proficiência da sua escola sobre a escala, no ponto em que

está localizada a média de 2016. Depois de traçar essa linha, responda:

C Em qual padrão de desempenho se encontra a média da sua escola nesse ano?

C De acordo com as médias dos anos anteriores, a escola manteve-se no mesmo padrão ou

houve mudança? Caso tenha ocorrido mudança, ela avançou nos padrões ou retrocedeu?

C Observe as competências relacionadas à esquerda da escala de proficiência. De acordo

com a média da sua escola, registre sobre o desenvolvimento de cada uma das competên-

cias avaliadas – é importante observar o que já foi consolidado, o que ainda não foi e o que

está em processo de desenvolvimento. Para isso, observe a explicação sobre as caracterís-

ticas da escala de proficiência, em destaque.

Você encontra a escala de proficiência interativa no endereço www.avaliacaoparaiba.caedufjf.net.

Nela você pode fazer vários exercícios com diferentes resultados e verificar os padrões de

desempenho, de acordo com cada resultado. Além disso, estão disponíveis também exem-

plos de itens de acordo com cada nível.

ATIVIDADE 4

Outra interpretação pedagógica dos resultados é identificar as habilidades desenvolvidas, ou

não, pelos grupos de estudantes, de acordo com o padrão de desempenho em que se encontra.

Para isso, volte à Atividade 2 e copie o número de alunos encontrados. Em seguida, vá à seção Pa-

drões e Níveis de Desempenho e registre, em cada padrão, as habilidades desenvolvidas por cada

grupo de estudantes.

ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO ADEQUADO AVANÇADO

Nº de estudantes

Habilidades desenvolvidas

C Quais são as diferenças significativas no desenvolvimento das habilidades entre os estudantes

desta etapa de escolaridade? Para responder a essa pergunta, você precisa comparar o que

os estudantes de padrões mais avançados desenvolveram em relação aos estudantes aloca-

dos nos padrões mais baixos. Registre e discuta com seus colegas sobre suas constatações.

ATIVIDADE 5

36 AVALIANDO IDEPB 2016

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Comparar os resultados da sua escola ao longo dos anos, para a mesma etapa de escolaridade. Interpretar os resultados como dados

longitudinais.

Comparar os resultados das diferentes disciplinas.

Tomar a média de proficiência de maneira isolada, sem analisá-la com a

ajuda da escala.

Comparar os resultados das diferentes etapas de escolaridade, com a mesma escala de proficiência, para uma mesma disciplina avaliada.

Analisar os resultados a partir da leitura da escala de proficiência, observando o significado pedagógico da média, tendo em vista o desenvolvimento de habilidades e competências.

ALGUMAS DICAS SOBRE O USO DOS RESULTADOS

O QUE FAZER COM OS DADOS

O QUE NÃO FAZER COM OS DADOS

MÉDIAS DE PROFICIÊNCIA

Revista do Professor - Língua Portuguesa 37

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Identificar, em cada disciplina e etapa, os alunos que têm apresentado maiores dificuldades de aprendizagem.

Reconhecer que a cada padrão correspondem níveis diferentes de aprendizagem e usar essa informação para o planejamento pedagógico.

Acompanhar, ao longo do tempo, se a escola tem tido resultados semelhantes para cada etapa e disciplina.

Entender que, quando os estudantes melhoram sua proficiência, eles necessariamente avançam nos

padrões de desempenho.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais baixo não

são capazes de aprender.

Entender que os alunos que se encontram em um padrão de

desempenho em uma disciplina se encontram no mesmo padrão em

outra.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais avançado não necessitam de atenção por parte

do professor e da escola.

Entender que os padrões de desempenho são os mesmos para

todas as etapas e disciplinas avaliadas.

PADRÕES DE DESEMPENHO

38 AVALIANDO IDEPB 2016

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Acompanhar a participação dos estudantes nos testes, de modo a buscar a maior participação possível.

Entender que a participação nos testes mensura a garantia do aluno de ser avaliado, decorrência de seu direito de aprender.

Acreditar que, uma vez que a participação já esteja elevada, não é preciso realizar nenhuma ação para

que o percentual aumente ainda mais.

PARTICIPAÇÃO

Revista do Professor - Língua Portuguesa 39

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Compreender que as condições socioeconômicas dos estudantes afetam seu desempenho escolar.

Planejar ações pedagógicas e de gestão na escola com base nos resultados.

Reconhecer que as escolas desempenham importante papel na aprendizagem dos estudantes, a despeito de suas origens sociais.

Monitorar os resultados da escola ao longo do tempo a partir do alcance de metas.

Atribuir a dificuldade na melhoria dos resultados apenas à ação de professores e diretores.

Comparar os resultados com os de outras escolas, sem observar dados de contexto.

Atribuir apenas às condições socioeconômicas o resultado da

aprendizagem dos alunos.

METAS

DADOS CONTEXTUAIS

ISE

40 AVALIANDO IDEPB 2016

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Resu

ltado

s por

turm

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Resu

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turm

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Revista do Professor - Língua Portuguesa 43

Este é o segundo roteiro que completa as orientações para leitura e interpretação dos resultados da sua escola. Além dos resultados gerais vistos até agora, você tem acesso também aos resultados de cada turma da escola.

2

Proficiência alcançada por cada turma na avaliação do Avaliando IDEPB 2016, em Língua Portuguesa.

Para cada turma, apresentamos os resultados

de proficiência, padrão de desempenho e parti-

cipação com base na Teoria da Resposta ao Item

(TRI) e o percentual de acerto por habilidade com

base na Teoria Clássica dos Testes (TCT). É impor-

tante conhecer e refletir sobre cada um.

C Analise a proficiência média das turmas e o padrão em que elas estão localizadas. Há gran-

des diferenças de desempenho entre as turmas?

C E entre os turnos, há diferenças?

C Como foi a participação das turmas?

C Dialogue com seus pares e levante possíveis hipóteses para esses resultados.

TURMA3 PROFICIÊNCIA MÉDIA

PADRÃO DE DESEMPENHO (DE ACORDO COM A MÉDIA) PARTICIPAÇÃO

3 Caso haja mais turmas avaliadas, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todas as turmas.

ATIVIDADE 1

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44 AVALIANDO IDEPB 2016

Percentual de acerto nas habilidades avaliadas pelo Avaliando IDEPB 2016.

Depois de conhecer e refletir sobre a proficiência, o padrão de desempenho e a participação

das turmas, é hora de analisar as habilidades avaliadas no Avaliando IDEPB 2016 e verificar quais

apresentaram maiores dificuldades para os alunos. Analise a proficiência média das turmas e o

padrão em que elas estão localizadas. Há grandes diferenças de desempenho entre as turmas?

C Identifique, em cada turma, as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.

C Relacione a habilidade descrita e escreva, na frente de cada turma, o percentual de acerto

referente a ela4 .

C No portal da avaliação, observe quantos itens cada estudante acertou em relação a cada

descritor/habilidade. Observe em quais habilidades o estudante não obteve nenhum acerto.

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

4 Caso seja necessário, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todos as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.

ATIVIDADE 2

Page 47: ISSN 2316-7610 revista do PROFESSOR - Avaliação Paraíba · Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora Marcus Vinicius David ... a melhorar seus resultados na sala de aula

Revista do Professor - Língua Portuguesa 45

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

Page 48: ISSN 2316-7610 revista do PROFESSOR - Avaliação Paraíba · Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora Marcus Vinicius David ... a melhorar seus resultados na sala de aula

Padrões e níveis de desempenho

Para caracterizar o desenvolvimento de habili-

dades e competências, são definidos padrões

de desempenho estudantil. A partir deles, você,

professor, pode enriquecer sua prática docente

e organizar melhor as intervenções pedagógicas,

seja de recuperação, reforço ou aprofundamento,

de acordo com o perfil cognitivo dos estudantes

identificado pela avaliação.

Esta seção contém informações sobre os níveis

de proficiência e as habilidades e competências alo-

cadas em intervalos menores da escala. Um conjun-

to de níveis constitui um padrão de desempenho.

Esses níveis fornecem mais detalhamento so-

bre a aprendizagem. Além disso, apresentamos

também um item exemplar para cada nível. Esse

item corresponde à avaliação de uma das habilida-

des compreendidas nesse intervalo. As descrições

das habilidades relativas aos níveis de desempenho

de Língua Portuguesa estão de acordo com a des-

crição pedagógica apresentada pelo Inep, nas De-

volutivas Pedagógicas da Prova Brasil, e pelo CAEd,

na análise dos resultados do Avaliando IDEPB 2016.

/// Abaixo do Básico

Padrão de desempenho muito abaixo do mínimo esperado para a etapa de escolaridade e área do conhecimento avaliadas. Para os alunos que se encontram neste padrão, deve ser dada atenção especial, exigindo uma ação pedagógica intensiva por parte da instituição escolar.

/// Básico

Padrão de desempenho considerado básico para a etapa e área de conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão caracterizam-se por um processo inicial de desenvolvimento das competências e habilidades correspondentes à etapa de escolaridade em que estão situados.

/// Adequado

Padrão de desempenho considerado adequado para a etapa e área do

conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão demonstram

ter desenvolvido as habilidades essenciais referentes à etapa de escolaridade em que

se encontram.

/// Avançado

Padrão de Desempenho desejável para a etapa e área de conhecimento avaliadas.

Os alunos que se encontram neste padrão demonstram desempenho além do esperado para a etapa de escolaridade em

que se encontram.

46 AVALIANDO IDEPB 2016

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Abaixo do BásicoATÉ 125 PONTOS

NÍVEL 1 /// ATÉ 125 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

C Localizar informações em frases, em bilhetes curtos e em versos.

C Reconhecer o gênero receita e sua finalidade.

C Interpretar texto curto com auxílio de elementos não verbais, como tirinhas.

C Identificar o personagem principal em contos.

5º ano do Ensino Fundamental

Revista do Professor - Língua Portuguesa 47

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Esse item avalia a habilidade de o estudante interpretar

textos com apoio de imagem que apresenta linguagem

não verbal. Essa tarefa requer do estudante a observação

dos elementos que compõem as cenas e das expressões

e atitudes das personagens para construírem a evolução

da narrativa. Para avaliar essa habilidade, foi utilizada uma

tirinha não verbal, gênero presente no ambiente escolar.

Para identificar o gabarito, o estudante deveria perce-

ber o encadeamento dos fatos, inferindo que a galinha

perseguiu o cachorro para afastá-lo de seus filhotes, in-

formação trazida pela alternativa A, o gabarito.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://zip.net/bqqMSL>. Acesso em: 10 fev. 2015. (P050234H6_SUP)

(P050234H6) De acordo com esse texto, a galinha ficou zangada porqueA) o cachorro correu atrás dos pintinhos.B) o cachorro estava fugindo dela.C) os pintinhos esconderam-se do cachorro.D) os pintinhos saíram sozinhos para passear.

48 AVALIANDO IDEPB 2016

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BásicoDE 125 A 175 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 2 /// DE 125 A 150 PONTOS

C Realizar inferência em textos não verbais e que conjugam linguagem verbal e não verbal, como

tirinhas.

C Identificar expressões próprias da oralidade e marcas de informalidade na fala de personagem em

histórias em quadrinhos.

C Reconhecer o gênero receita.

5º Ano EF

Revista do Professor - Língua Portuguesa 49

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Esse item avalia a habilidade de o estudante

reconhecer o gênero de diferentes tipos textuais.

Nesse caso, o texto que serve de suporte ao item é

um texto instrutivo que trata da preparação de um

pão fácil.

Para identificar o gabarito desse item, o estu-

dante deveria perceber as escolhas lexicais, como

o uso do tempo verbal no modo imperativo, o for-

mato do texto e a temática abordada, assim como

a sequência de informações, que elenca o modo

de preparo da receita do pão. Nesse sentido, a es-

colha pela alternativa C sugere que esse estudante

procedeu corretamente à leitura do texto, reco-

nhecendo tratar-se do gênero receita.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://migre.me/fT6Cl>. Acesso em: 28 ago. 2013. (P050066F5_SUP)

(P050066F5) Esse texto é A) um anúncio.B) um convite.C) uma receita.D) uma tirinha.

50 AVALIANDO IDEPB 2016

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NÍVEL 3 /// DE 150 A 175 PONTOS

C Localizar informação explícita em contos e em receitas.

C Identificar o assunto principal em reportagens e a personagem principal em fábulas.

C Reconhecer a finalidade de receitas, manuais e regulamentos.

C Inferir características de personagem em fábulas.

C Interpretar linguagem verbal e não verbal em tirinhas.

C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diário.

5º Ano EF

Revista do Professor - Língua Portuguesa 51

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Esse item avalia a habilidade de o estudante localizar

uma informação que está explícita na superfície textual.

Para o suporte da tarefa, foi utilizada uma receita de curta

extensão e de linguagem simples, que ensina como pre-

parar bombons de coco. Essas características tornam o

texto mais acessível ao estudante avaliado, contribuindo

para a resolução do item.

Para identificar o gabarito, o estudante deveria locali-

zar, no tópico “Como fazer os bombons”, que correspon-

de ao modo de preparo, a informação que, em confor-

midade com o texto, completa a sentença que serve de

comando para resposta. Nesse sentido, aquele estudante

que marcou a alternativa D, margarina – o gabarito –, pro-

vavelmente observou atentamente o segundo passo do

preparo do bombom, no qual é informado ser necessá-

rio espalhar margarina nas mãos para enrolar a massa, e,

portanto, demonstrou ser capaz de localizar informações

explícitas em textos instrutivos.

Leia o texto abaixo.

5

10

Bombons de cocoVeja esta maravilha de chocolate para a Páscoa.

Feitos com chocolate e cobertos de coco ralado, estes bombons vão arrasar na Páscoa!

Você vai precisar de:• 100 gramas de chocolate em pó;• 200 gramas de leite em pó integral;• 200 gramas de leite condensado;• 2 colheres de sopa de leite;• Margarina;• Coco ralado.

Como fazer os bombons:1. Em uma tigela, misture o chocolate, o leite em pó, o leite condensado e o leite.2. Espalhe margarina nas mãos e enrole porções de massa em forma de ovinhos.3. Passe os ovinhos pelo coco e coloque em forminhas. Se preferir, embrulhe os bombons

e distribua-os na hora da sobremesa!Disponível: <http://migre.me/9SERa>. Acesso em: 12 abr. 2011. (P050069E4_SUP)

(P050070E4) De acordo com esse texto, para enrolar a massa, é preciso passar nas mãosA) chocolate.B) coco ralado.C) leite em pó.D) margarina.

52 AVALIANDO IDEPB 2016

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AdequadoDE 175 A 225 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 4 /// DE 175 A 200 PONTOS

C Localizar informação explícita em contos e reportagens.

C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos e em

instrução de jogo.

C Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas.

C Inferir o sentido de palavra, o sentido de expressão ou o assunto em cartas, contos, tirinhas e his-

tórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal.

C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos.

5º Ano EF

Revista do Professor - Língua Portuguesa 53

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Esse item avalia a habilidade de o estudante reco-

nhecer o efeito de sentido de um determinado tipo de

pontuação. Como suporte para a tarefa, foi utilizado um

conto de curta extensão e de linguagem simples, no qual

é descrita a vitória de um time de futebol composto por

alunos, em que o aluno Hugo Kotsbusch ganha destaque

por marcar o gol decisivo da partida.

O comando do item apresenta o trecho em que o

aluno repete algumas vezes o tipo de medalha que ele

ganhou, qual seja, “Ouro! Ouro! Ouro!”; cada vez que a

palavra “ouro” é pronunciada, um ponto de exclamação

é utilizado para demonstrar a empolgação do garoto que

recebia a medalha. A partir desse contexto, pretende-se

avaliar que o estudante indique qual a ideia sugerida pelo

uso de tal sinal de pontuação.

Nesse sentido, o estudante que marcou a alternativa

B, provavelmente, demonstra ter desenvolvido a habilida-

de de reconhecer o efeito de sentido do ponto de excla-

mação no gênero textual conto.

Leia o texto abaixo.

Aí eu recebo a medalha de ouro! Ouro! Ouro! Ouro! Assim que o juiz pendura a medalha no meu pescoço, eu ergo o braço e ouço a galera batendo palmas e gritando meu nome. Uma homenagem para mim, que marquei o gol decisivo! E uma homenagem para o meu time!

Meus colegas de classe me empurram e dão soquinhos nos braços. As meninas estão na primeira fila acenando, sorrindo... eu sinto: elas estão loucas por mim!

E cadê ELA? Ali! Estou vendo! A doce Violeta do 7º A está bem ali no meio das garotas e também sorri para mim. Dá pra perceber que ela finalmente sacou que eu sou o grande herói. Eu, Hugo Kotsbusch, consegui! [...]SABINE, Zett. O mundo genial de Hugo. Disponível em: <http://issuu.com/vreditoras/docs/o_mundo_genial_de_hugo_miolo?e=6083049/2162442>.

Acesso em: 10 abr. 2014. Fragmento. (P050289F5_SUP)

(P050291F5) No trecho “Ouro! Ouro! Ouro!”, os pontos de exclamação sugeremA) ansiedade.B) empolgação.C) medo.D) raiva.

54 AVALIANDO IDEPB 2016

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NÍVEL 5 /// DE 200 A 225 PONTOS

C Identificar informação explícita em sinopses e receitas culinárias.

C Identificar assunto principal e personagem em contos e letras de música.

C Identificar formas de representação de medida de tempo em reportagens.

C Identificar assuntos comuns a duas reportagens.

C Identificar o efeito de humor em piadas.

C Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, contos e

poemas.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em

fábulas, poemas, contos, tirinhas e textos didáticos, além de reconhecer o referente de expressão

adverbial em conto.

C Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poe-

mas, fábulas e contos.

C Inferir efeito de humor em tirinhas e em histórias em quadrinhos.

C Estabelecer relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos

e em contos.

5º Ano EF

Revista do Professor - Língua Portuguesa 55

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O objetivo desse item é avaliar a habilidade de o es-

tudante reconhecer relações entre partes de um texto,

identificando repetições ou substituições que contribuem

para sua continuidade. Nesse caso, utilizou-se como su-

porte para a tarefa um conto de linguagem simples, que

narra a história de um polvo que estava aborrecido, pois

não tinha nada para fazer.

Para identificar o gabarito desse item, o estudante de-

veria realizar a retomada anafórica do pronome pessoal

reto de terceira pessoa “ele”, retornando ao texto e loca-

lizando, no segundo parágrafo, seu referente, o persona-

gem Popó. Nesse sentido, aquele estudante que marcou

a alternativa C demonstrou ter sido capaz de realizar a

operação de retomada pronominal proposta pelo item.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

O polvo chateadoPopó, o polvinho, estava chateado. Ele não achava nada para fazer. Popó já tinha feito

todo o seu trabalho e foi para a caverna. Resolveu fazer uma visitinha aos amigos. Mas, chegando lá, descobriu que Silena, a baleia, estava descansando... Saturnino, o tubarão, estava caçando... e Baca, o caranguejo, estava procurando uma casa nova. Ou seja, todos estavam ocupados, exceto Popó.

Ele voltou para casa triste: “O que fazer?” – ele se perguntou, mordiscando um camarão no fundo de sua caverna. Popó já ia comer outro camarão, quando sentiu uma agitação em torno dele. Eram Silena, Saturnino e Baca que o estavam chamando.

“Popó, Popó! Olhe para nós! Estamos todos manchados pelo óleo! Nós temos que nos limpar, senão vamos morrer!” Os amigos estavam mesmo cheios de petróleo. Popó teve que procurar uma solução. “Tragam-me todas as esponjas que vocês puderem encontrar e chamem todos os animais da área! – disse ele. Silena, Saturnino e Baca logo voltaram carregados de esponjas grandes e bonitas. Popó pegou as esponjas e começou a limpar os seus melhores amigos. Então, limpou os outros habitantes do mar que tinham sido manchados pelo petróleo também. E, durante a limpeza, Popó conversou bastante com eles. Popó estava realmente sem tempo para ficar chateado.

MURAT, D’Annie. 365 histórias – uma para cada dia do ano! Martim G. Wollstein (Trad.). Blumenau: Blu, 2010. p. 132. (P050004F5_SUP)

(P050005F5) No trecho “‘O que fazer?’ – ele se perguntou, mordiscando um camarão...’” (ℓ. 6), o termo destacado está substituindo a palavraA) Baca.B) camarão.C) Popó.D) tubarão.

56 AVALIANDO IDEPB 2016

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AvançadoACIMA DE 225 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 6 /// DE 225 A 250 PONTOS

C Identificar assunto e opinião em reportagens e contos.

C Identificar assunto comum a cartas e poemas.

C Identificar informação explícita em letras de música e contos.

C Reconhecer assunto em poemas e tirinhas.

C Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos.

C Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tiri-

nhas, contos e reportagens.

C Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas.

C Inferir a finalidade de fábula e de resenhas.

C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas.

C Inferir informação em poemas, reportagens e cartas.

C Diferenciar opinião de fato em reportagens e em contos.

C Interpretar efeito de humor e inferir sentido de palavra em piadas e tirinhas.

C Inferir sentido de palavra em reportagens.

5º Ano EF

Revista do Professor - Língua Portuguesa 57

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Esse item avalia a habilidade de o estudante identificar

a finalidade de diferentes gêneros textuais. Essa é uma

habilidade fundamental, pois possibilita aos estudantes

dominar os diferentes propósitos comunicativos dos di-

versos gêneros textuais presentes nas esferas sociais de

interação. Nesse caso, o texto que serve de suporte ao

item é uma resenha que apresenta um livro destinado ao

público infantil.

Para identificar o gabarito, o estudante deveria perce-

ber que as escolhas lexicais e a temática do texto, as-

sim como as informações presentes no corpo do texto,

apresentam um novo livro que será lançado, sendo este

seu objetivo comunicativo. Nesse sentido, a escolha pela

alternativa A, apresentar um livro, sugere que, provavel-

mente, esse estudante procedeu corretamente à leitura

do texto, reconhecendo sua finalidade.

Leia o texto abaixo.

5

10

“A menina que sonhava com os pés”, de Christian David

Ana é uma menina diferente, que demonstra sua alegria e energia por meio de seus sapatos coloridos. Quando começa a frequentar a escola, ela encontra algumas dificuldades com sua professora.

O livro “A menina que sonhava com os pés”, do autor Christian David, que será lançado pela Editora Gaivota, encanta ao mostrar a delicadeza de Ana ao lidar com seus problemas. Além disso, os pequenos leitores se identificarão com os medos e descobertas da personagem principal em seu primeiro dia de aula.

A menina Ana é capaz de ensinar o leitor sobre o poder de sonhar e o desejo de alegrar todos que estão ao seu redor. Os personagens cativantes, como a professora substituta e os pais de Ana, contribuem para esse aspecto da história.

Repleto de ilustrações da italiana Martina Peluso, graciosas em tons pastéis, o livro chama a atenção com as imagens coloridas e de traços delicados.

Disponível em: <http://www1.otempo.com.br/otempinho>. Acesso em: 5 jul. 2013. (P050060F5_SUP)

(P050060F5) Esse texto foi escrito paraA) apresentar um livro.B) descrever uma cena.C) ensinar uma tarefa.D) narrar um acontecimento.

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NÍVEL 7 /// DE 250 A 275 PONTOS

C Identificar opinião em biografia e informação explícita em fábulas, contos, crônicas e reportagens.

C Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o auxílio de recursos gráficos.

C Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas, charges e reportagens.

C Reconhecer relação de causa e consequência em reportagens e relação entre pronomes e seus

referentes em poemas, fábulas e contos.

C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reporta-

gens e tirinhas.

C Inferir informação em contos e reportagens.

C Inferir moral e efeito de humor em piadas, fábulas e em história em quadrinhos.

5º Ano EF

Revista do Professor - Língua Portuguesa 59

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Esse item avalia a habilidade de o estudante

identificar o tema ou assunto de um texto. Como

suporte para a tarefa, foi utilizado um texto infor-

mativo que apresenta as diferenças entre a culiná-

ria indígena e a culinária portuguesa. A presença

de termos relacionados ao período da colonização

do Brasil pode ser um elemento que dificultaria a

compreensão do texto pelo estudante.

O assunto de um texto é o eixo sobre o qual

este se estrutura; portanto, sua percepção é uma

das habilidades mais essenciais para a leitura. Nes-

se texto, o assunto não vem explicitamente marca-

do no título, por isso o estudante deve atentar para

a forma como as informações estão organizadas,

o que o permitirá, assim, inferir que o texto trata

das diferenças alimentares entre os índios e os por-

tugueses. Nesse sentido, a escolha pela alternativa

B, as diferenças alimentares entre índios e portu-

gueses, sugere que, provavelmente, o estudante

procedeu corretamente à leitura do texto, inferindo

seu assunto.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

Toma lá dá cáNão foram só os índios que contribuíram para a cozinha dos portugueses, não. Foi uma

verdadeira troca de receitas.Os portugueses trouxeram para cá um tempero muito importante: o sal, que era muito

pouco consumido pelos índios. Os “cara-pálidas” ensinaram os índios a temperar a carne com sal para conservá-la, assim ela poderia ser armazenada e consumida mais tarde. Outros temperos também fizeram a cabeça, ou melhor, o paladar dos “peles-vermelhas”: a canela, o alecrim, a erva-doce e o cravo-da-índia. Se bem que, no primeiro contato com a frota de Cabral, os índios odiaram a comida europeia e até cuspiram o que foi oferecido!

Vários tipos de carne, que não tínhamos aqui, também vieram com os navegadores: gado bovino, patos, porcos, carneiros, gansos e... o outro item do nosso “cardápio cultural”: a galinha.

Os índios não gostaram muito da galinha logo de cara. Eles as criavam, mas só para vender os bichos e os ovos aos engenhos.

Nas tantas idas e vindas dos colonizadores, eles levavam e traziam todos os tipos de alimentos. Assim, por exemplo, levaram para a África a mandioca e o amendoim, que fizeram o maior sucesso entre os africanos, e trouxeram de lá vários produtos.

Disponível em: <http://www.canalkids.com.br/alimentacao/sabores/toma.htm>. Acesso em: 8 mar. 2012. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P050011E4_SUP)

(P050011E4) Qual é o assunto desse texto?A) A qualidade dos alimentos trazidos pelos colonizadores.B) As diferenças alimentares entre índios e portugueses.C) O pouco consumo de sal entre os indígenas.D) Os temperos utilizados pelos portugueses.

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NÍVEL 8 /// DE 275 A 300 PONTOS

C Identificar assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música.

C Identificar opinião em poemas, crônicas e em cartas pessoais.

C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e o assunto comum a duas

reportagens.

C Reconhecer elementos da narrativa em fábulas.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em

fábulas, contos e crônicas.

C Inferir informação em fábulas e efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em repor-

tagens e em letras de música.

C Interpretar efeito de humor em piadas e contos.

C Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos.

C Identificar marcas da linguagem formal em reportagens e as marcas linguísticas que caracterizam

o público-alvo de textos de orientação.

C Reconhecer a finalidade de textos didáticos.

5º Ano EF

Revista do Professor - Língua Portuguesa 61

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Esse item avalia a habilidade de o estudante

identificar as marcas linguísticas que evidenciam o

locutor e/ou o interlocutor de um texto. Como su-

porte para a tarefa, foi utilizado um texto de orien-

tação, que apresenta dicas de como economizar

dinheiro. A temática relacionada à diminuição de

gastos pode ser um dificultador para o estudante,

haja vista a sua maior complexidade e o distancia-

mento do universo adolescente em geral.

Para a resolução do item, seria necessário que o

estudante voltasse ao texto e encontrasse as mar-

cas linguísticas que caracterizam o público leitor

(os adolescentes), tais como o uso de vocabulário

informal (“grana”, “besteirinhas”, “cara dura”, “cair

na lábia”, “bater perna”) e do contexto voltado para

o comportamento típico de um adolescente, ca-

racterizado pela referência à mesada e colar foto

no espelho, por exemplo. Esse tipo de vocabulário

funciona como uma forma de aproximar o interlo-

cutor do texto, além de ser uma estratégia do autor

do texto para atrair o público-alvo pretendido, no

caso, os adolescentes.

Dessa forma, os estudantes que avaliaram os

aspectos acima mencionados, provavelmente, se-

lecionaram o gabarito, alternativa A.

Leia o texto abaixo.

5

10

Para garantir uma sobra todo mês

1. Anote todos os seus gastos. É a maneira mais fácil de descobrir para onde está indo sua grana. E prepare-se para se surpreender: boa parte dela provavelmente está sendo gasta com besteirinhas.

2. Tenha metas. Além de pagar as contas de todo o mês, sua mesada pode servir para realizar sonhos. “Cole uma foto daquilo que você quer muito comprar no espelho. Isso ajuda a manter a motivação”, ensina Antonio De Julio, consultor da Money Fit.

3. Fique esperta com vendedores. Passear no shopping e “dar só uma olhadinha” nas lojas é tudo de bom. Só tome cuidado para não cair na lábia de quem está do lado de lá do balcão, falando em promoções.

4. Peça desconto na cara dura. Vai comprar qualquer coisa e pagar à vista? Pechinche no mínimo 5% de desconto. Se for em dinheiro, pode chegar a até 10% do valor total.

5. Pesquise antes de comprar. Veja na internet o preço médio do que você quer comprar e pesquise bastante, para ter uma ideia do melhor custo X benefício. Só depois é que você estará liberada para bater perna pelas lojas. [...]

Disponível em: <http://atrevida.uol.com.br/arrasa/fica-esperta/>. Acesso em: 21 mar. 2014. Fragmento. (P050133F5_SUP)

(P050135F5) Pela linguagem utilizada, esse texto foi escrito paraA) adolescentes. B) consultores.C) professores.D) vendedores.

62 AVALIANDO IDEPB 2016

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NÍVEL 9 /// DE 300 A 325 PONTOS

C Identificar assunto principal e opinião em contos e em cartas do leitor.

C Reconhecer sentido de locução adverbial e conjunção aditiva em notícias e elementos da narra-

tiva em fábulas e contos.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em

fábulas e reportagens.

C Reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes.

C Inferir informações e o sentido de expressão em poemas narrativos e em fábulas.

C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação em fábulas, piadas e tirinhas.

5º Ano EF

Revista do Professor - Língua Portuguesa 63

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Esse item avalia a habilidade de o estudante in-

ferir informação em um texto, ou seja, inferir in-

formações que não se encontram na superfície

textual, a partir do entendimento dos elementos

dispostos na escrita do texto. O texto utilizado

como suporte para esse item é uma fábula de vo-

cabulário acessível aos estudantes dessa etapa de

escolarização.

Esse item requer que o estudante construa sig-

nificados para o que lê, por meio de pistas ofereci-

das pelo corpo textual e pela associação com seus

conhecimentos prévios. Dessa forma, o estudante

que escolheu a alternativa C como resposta, “ingê-

nuo”, provavelmente conseguiu perceber que, no

final dessa história, o inseto se mostrou ingênuo,

pois foi capaz de duelar e vencer um leão, animal

de grande porte e muito feroz, porém deixou-se

apanhar pela teia de uma aranha, um aracnídeo

aparentemente mais frágil do que o rei dos animais.

Leia o texto abaixo.

5

10

O leão e o inseto

Um inseto se aproximou de um leão e disse sussurrando em seu ouvido: “Não tenho nenhum medo de você, nem acho você mais forte que eu. Se você duvida disso, eu o desafi o para uma luta, e assim, veremos quem será o vencedor”.

E voando rapidamente sobre o leão, deu-lhe uma ferroada no nariz. O leão, tentando pegá-lo com as garras, apenas atingia a si mesmo, fi cando assim bastante ferido.

Desse modo o inseto venceu o leão, e entoando o mais alto que podia uma canção que simbolizava sua vitória sobre o rei dos animais, foi embora relatar seu feito para o mundo. Mas, na ânsia de voar para longe e rapidamente espalhar a notícia, acabou preso numa teia de aranha.

Então se lamentou dizendo: “Ai de mim, eu que sou capaz de vencer a maior das feras, fui vencido por uma simples aranha”.

ESOPO. Fábulas Ilustradas: O Leão e o Inseto. Disponível em: <http://www.sitededicas.com.br>. Acesso em: 13 jun. 2010. (P050455ES_SUP)

(P050455ES) No fi nal dessa história, o inseto mostrou-seA) corajoso.B) esperto.C) ingênuo.D) vaidoso.

64 AVALIANDO IDEPB 2016

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NÍVEL 10 /// ACIMA DE 325 PONTOS

C Identificar o trecho que apresenta uma opinião em fábulas e resenhas.

C Reconhecer sentido de advérbios em cartas do leitor.

C Reconhecer a informação comum em duas reportagens.

C Inferir o efeito de espanto sugerido pelo uso de exclamação na fala de personagem em tirinhas.

C Identificar marcas da linguagem informal em trechos de reportagem.

5º Ano EF

Revista do Professor - Língua Portuguesa 65

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Esse item avalia a habilidade de distinguir fato

de uma opinião entre fragmentos de um texto, isto

é, identificar o trecho que expressa uma opinião

do autor. Para isso, o estudante deve ser capaz de

identificar marcas de posicionamento, nas quais o

locutor deixa transparecer sua opinião, em con-

traposição aos trechos do texto que configuram

fatos, os quais não expressam juízos de valor ou

julgamentos. Para avaliar essa habilidade, foi utili-

zada como suporte para o item uma resenha que

apresenta um livro destinado ao público infantil.

Nesse item, o estudante deveria, após realizar

uma leitura global do texto, reconhecer que, além

de descrever a narrativa contida no livro que será

lançado, o autor também revela seu ponto de vista

e sua impressão pessoal acerca da obra em ques-

tão.

Portanto, o estudante que assinalou a alternati-

va D, o gabarito, demonstrou ter reconhecido no

trecho “... o livro chama a atenção com as imagens

coloridas e de traços delicados.” o traço da subje-

tividade expressa por “chama a atenção” e “traços

delicados”, expressões estas que apresentam a opi-

nião do autor com relação ao livro.

Leia o texto abaixo.

5

10

“A menina que sonhava com os pés”, de Christian David

Ana é uma menina diferente, que demonstra sua alegria e energia por meio de seus sapatos coloridos. Quando começa a frequentar a escola, ela encontra algumas difi culdades com sua professora.

O livro “A menina que sonhava com os pés”, do autor Christian David, que será lançado pela Editora Gaivota, encanta ao mostrar a delicadeza de Ana ao lidar com seus problemas. Além disso, os pequenos leitores se identifi carão com os medos e descobertas da personagem principal em seu primeiro dia de aula.

A menina Ana é capaz de ensinar o leitor sobre o poder de sonhar e o desejo de alegrar todos que estão ao seu redor. Os personagens cativantes, como a professora substituta e os pais de Ana, contribuem para esse aspecto da história.

Repleto de ilustrações da italiana Martina Peluso, graciosas em tons pastéis, o livro chama a atenção com as imagens coloridas e de traços delicados.

Disponível em: <http://www1.otempo.com.br/otempinho>. Acesso em: 5 jul. 2013. (P050060F5_SUP)

(P050061F5) O trecho que apresenta uma opinião sobre o livro é:A) “O livro ‘A menina que sonhava com os pés’, do autor Christian David,...”. (ℓ. 4)B) “... pequenos leitores se identifi carão com os medos e descobertas da personagem...”. (ℓ. 6-7)C) “A menina Ana é capaz de ensinar o leitor sobre o poder de sonhar...”. (ℓ. 8)D) “... o livro chama a atenção com as imagens coloridas e de traços delicados.”. (ℓ. 11-12)

66 AVALIANDO IDEPB 2016

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Abaixo do BásicoATÉ 200 PONTOS

NÍVEL 1 /// ATÉ 175 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmento de diário e em cartum.

C Reconhecer a finalidade de receitas.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes interpretarem textos que articulam elementos verbais e

não verbais. Para tanto, foi utilizado, como suporte para a tarefa, um cartum, que requer do estudante a

observação dos elementos que compõem a cena e das atitudes dos personagens.

Para satisfazer a proposta do item, os estudantes precisariam inferir que o homem vestido com o

terno se espantou porque se deparou com a situação incomum para a lavagem de um carro: o homem

estava em pé sobre o teto. Nesse sentido, aqueles que optaram pela alternativa D, o gabarito, demons-

traram ter desenvolvido a habilidade avaliada.

9º ano do Ensino Fundamental

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://www.arionaurocartuns.com.br/cartum49.shtml>. Acesso em: 23 out. 2013. (P090330F5_SUP)

(P090330F5) De acordo com esse texto, o homem de terno se espantou porqueA) encontrou o seu carro arranhado.B) ficou com medo de molhar a sua roupa.C) pensou que o rapaz fosse escorregar.D) viu o rapaz pisando no teto do carro.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 67

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NÍVEL 2 /// DE 175 A 200 PONTOS

C Localizar informação explícita em contos e reportagens.

C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos e em

instruções de jogo.

C Identificar o assunto principal em reportagens e a personagem principal em fábulas.

C Inferir características de personagem em fábulas.

C Realizar inferência em textos não verbais e que conjugam linguagem verbal e não verbal, como

tirinhas.

C Reconhecer a finalidade de manuais, regulamentos e textos de orientação.

C Inferir o sentido de palavra e o sentido de expressão em letras de música e o assunto em cartas,

contos, tirinhas e histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal.

C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diário.

C Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas.

C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos.

9º Ano EF

68 AVALIANDO IDEPB 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a finali-

dade de diferentes gêneros textuais. Essa é uma habilidade fundamental,

pois possibilita aos estudantes dominar os diferentes propósitos comuni-

cativos dos diversos gêneros textuais presentes nas esferas sociais de in-

teração. Nesse caso, foi usado como suporte ao item um texto de orien-

tação, que traz recomendações para quem pratica exercícios aeróbicos.

Para identificar o gabarito desse item, o estudante deveria perceber

as escolhas lexicais, o formato do texto e as informações apresentadas

que orientam sobre os cuidados que os corredores devem ter. Nesse

sentido, a escolha pela alternativa B, o gabarito, sugere que esse estu-

dante, provavelmente, procedeu corretamente à leitura do texto, reco-

nhecendo sua finalidade, qual seja, dar uma orientação.

Leia o texto abaixo.

Esta combinação, não!

Remédios para emagrecer devem ser evitados por quem corre.O motivo: normalmente, eles contêm estimulantes que aumentam a frequência cardíaca e

aceleram o metabolismo. Ou seja, o corredor pode sofrer taquicardias e desidratar-se.“Quando há uso de medicamentos, o indicado são exercícios bem leves, com intensidade

abaixo de 60% da capacidade cardiorrespiratória do praticante”, diz o treinador.GOMES, Emerson. Programa de caminhada e corrida. In: Veja. 7 out. 09. (P090095B1_SUP)

(P090095B1) Esse texto tem o objetivo deA) divulgar uma campanha.B) dar uma orientação. C) relatar um fato.D) vender um produto.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 69

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BásicoDE 200 A 250 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

9º Ano EF

NÍVEL 3 /// DE 200 A 225 PONTOS

C Localizar informação explícita em sinopses e receitas culinárias.

C Identificar o assunto principal em reportagens e a personagem principal em fábulas, contos e

letras de música.

C Inferir ação de personagem em crônicas e em sinopses.

C Inferir informação a respeito do eu lírico em letras de música.

C Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, contos e

poemas.

C Inferir efeito de humor em piadas, tirinhas e histórias em quadrinhos.

C Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poe-

mas, fábulas e contos.

C Identificar formas de representação de medida de tempo em reportagens.

C Identificar assunto comum a duas reportagens e a duas notícias e a semelhança entre cartas de

leitor e cartuns.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em

fábulas, poemas, contos e tirinhas.

C Reconhecer expressões características da linguagem (científica, jornalística etc.) e a relação entre

expressão e seu referente em reportagens e artigos de opinião.

C Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens.

C Inferir o efeito de sugestão pelo uso da forma verbal imperativa em cartas de leitor.

70 AVALIANDO IDEPB 2016

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Esse item avalia a habilidade de reconhecer se-

melhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na

comparação entre textos que tratem da mesma

temática. Para executar tal tarefa, foram utilizadas

duas notícias que tratam das fortes chuvas e dos

estragos causados por elas.

A proposta apresentada no comando do item

requer dos estudantes uma análise comparativa

dos textos utilizados como suporte, buscando, por

meio dessa atividade, o reconhecimento da infor-

mação comum a esses dois textos. Para tanto, os

respondentes poderiam considerar, no Texto 1, o

título, que remete ao resgate de uma senhora na

enchente, e trechos como “Imagens registradas

durante a chuva forte que atingiu a cidade de São

Paulo...”. De forma semelhante, no Texto 2, o título

também direciona para os aspectos convergentes

entre os textos, além das demais informações ofe-

recidas. Dessa forma, os estudantes deveriam per-

ceber que a alternativa D apresenta a síntese das

informações comuns a esses dois textos.

Leia os textos abaixo.

Texto 1Policiais usam geladeira para resgatar idosa em enchente em SP

Mulher foi retirada de casa nesta segunda na Zona Norte.Vizinhos ajudaram no resgate e relataram momentos de desespero.

Imagens registradas durante a chuva forte que atingiu a cidade de São Paulo nesta segunda-feira (21) mostram o resgate de uma idosa que fi cou presa dentro de casa em Santana, na Zona Norte de São Paulo. Policiais improvisaram uma geladeira como bote para salvá-la.

Vizinhos que ajudaram no socorro relataram os momentos de desespero. “A vizinha estava gritando ‘a parede da casa desabou’. Conforme a parede caiu desabou tudo nos fundos da casa dela”, contou o mestre de obras João Paulino Filho.

Segundo os vizinhos, a idosa não teve ferimentos graves e foi para a casa de parentes em Jundiaí, a 58 km de São Paulo. [...]

Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/02/policiais-usam-geladeira-para-resgatar-idosa-em-enchente-em-sp.html>. Acesso em: 5 abr. 2011. Fragmento.

Texto 2Chuva derruba ponte e isola moradores no interior de SP

Rota alternativa aumenta o percurso em mais de 100 quilômetros.Tubulação que passava pela ponte não suportou a força da água.

A chuva forte do fi m de semana deixou isolados os moradores de Vicentinópolis, distrito de Santo Antônio do Aracanguá, a 557 km de São Paulo. A principal estrada que liga o distrito ao município está interditada.

A chuva difi cultou o acesso ao distrito de Vicentinópolis. A tubulação que passava pela ponte não suportou a força da água e desabou.

Os moradores estão isolados, pois só existe uma rota alternativa para chegar até o local, pela região de Araçatuba, o que aumenta o percurso em mais de 100 km.

Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/03/chuva-derruba-ponte-e-isola-moradores-no-interior-de-sp.html>. Acesso em: 10 abr. 2011.

(P090816EX_SUP)

(P090816EX) Esses textos têm em comum a informação sobre osA) bairros que fi caram sem energia.B) distritos que fi caram isolados.C) moradores que foram resgatados.D) estragos causados pela chuva.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 71

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NÍVEL 4 /// DE 225 A 250 PONTOS

C Identificar assunto e opinião em reportagens e contos.

C Identificar tema e assunto em poemas e charges, relacionando elementos verbais e não verbais.

C Identificar assunto comum a cartas e poemas.

C Identificar informação explícita em letras de música, contos, fragmentos de romance, crônicas e

em textos didáticos.

C Reconhecer assunto em poemas, tirinhas e textos informativos.

C Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos.

C Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões, de pontuação e de conjunções em

poemas, charges e fragmentos de romance.

C Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes.

C Reconhecer o gênero biografia apresentado em uma comparação de dois textos.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tiri-

nhas, contos e reportagens.

C Reconhecer relações de causa e consequência e características de personagens em lendas e

fábulas.

C Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas.

C Inferir finalidade e efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas.

C Inferir informação em poemas, reportagens e cartas.

C Diferenciar opinião de fato em reportagens.

C Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião.

C Interpretar efeito de humor e sentido de palavra em piadas e tirinhas.

C Inferir efeito de sentido da repetição de expressões em crônicas.

C Inferir o efeito de sentido provocado pela escolha de expressão em guia de viagem.

9º Ano EF

72 AVALIANDO IDEPB 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem efeitos de sentido decorrente do uso de

pontuação e de outras notações. A compreensão do texto é importante para a resposta correta desse

item, visto que os sinais de pontuação manifestam efeitos particulares, mas que dependerão do contexto

no qual eles estejam inseridos. Nesse caso, utilizou-se como suporte um poema que retrata a fase da

adolescência.

Para satisfazer a proposta do item, era preciso que o estudante compreendesse a temática abordada

pelo poema, percebendo que as reticências foram utilizadas para dar continuidade a um pensamento do

eu lírico. Nesse sentido, os estudantes que marcaram a alternativa A, o gabarito, possivelmente desenvol-

veram a habilidade no tocante ao uso dessa pontuação.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

Ser adolescente é...

Ser adolescente é...Acordar todos os dias tarde E ainda achar que dormiu pouco; Ficar horas com amigos ao telefone E ainda chatear-se quando a mãe reclama; Deixar seu quarto todo bagunçado E dizer que não o arrumou por falta de tempo; Achar que o mundo gira em torno de si E não o contrário...

Mas ser adolescente também é... Querer resolver os problemas do mundo, [...]Fazer loucuras pelo seu ídolo, Amar da forma mais intensa possível, Estar rodeado de amigos, Ser espontâneo e explosivo...

Ser adolescente é tudo isso e muito mais... CORRÊA, Edmar Guedes. Disponível em: <http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=1649&%20cat=Infanto_Juvenil>.

Acesso em: 26 maio 2011. Fragmento. (P090387C2_SUP)

(P090389C2) No verso “Ser adolescente é...” (v. 1), o uso das reticências sugereA) continuidade de um pensamento.B) hesitação ao que ia ser dito.C) interrupção de uma fala.D) omissão de um pensamento.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 73

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AdequadoDE 250 A 300 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 5 /// DE 250 A 275 PONTOS

C Localizar informações explícitas em crônicas e fábulas.

C Identificar opinião e informação explícita em fábulas, contos, crônicas e reportagens.

C Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o auxílio de recursos gráficos.

C Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas, charges, reportagens e abaixo-assinados e o gênero

sinopse.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em

poemas, fábulas e contos.

C Reconhecer relação entre pronomes e seus referentes e relações de causa e consequência em

fragmentos de romance, diários, crônicas, reportagens e máximas (provérbios).

C Interpretar sentido de conjunções e de advérbios e relações entre elementos verbais e não verbais

em tirinhas, fragmentos de romance, reportagens e crônicas.

C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reporta-

gens e tirinhas.

C Inferir informação em contos e reportagens.

C Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas.

C Inferir o sentido de palavra ou expressão em história em quadrinhos, poemas e fragmentos de

romance.

C Inferir efeito de humor em piadas e moral em fábulas.

C Identificar os elementos da narrativa em letras de música e fábulas.

C Comparar textos de gêneros diferentes que abordem o mesmo tema.

C Reconhecer o assunto comum entre textos informativos.

9º Ano EF

74 AVALIANDO IDEPB 2016

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Esse item avalia a habilidade de o estudante identificar

o gênero de um texto. Essa é uma habilidade fundamen-

tal, pois possibilita que os estudantes dominem os dife-

rentes propósitos comunicativos dos diversos gêneros

textuais presentes nas esferas sociais de interação. Nesse

caso, o texto que serve de suporte ao item é uma sinopse

do filme Monstros S.A.

Para identificar o gabarito, o estudante deveria perce-

ber que as escolhas lexicais, a temática e as informações

presentes no corpo do texto apresentam uma sinopse

de um filme. Nesse sentido, a escolha pela alternativa A

sugere que esse estudante procedeu corretamente à lei-

tura, reconhecendo seu gênero textual.

Leia o texto abaixo.

Universidade MonstrosMike Wazowski (Billy Crystal) e James P. Sullivan (John Goodman) são uma dupla inseparável

em Monstros S.A., mas nem sempre foi assim. Quando se conheceram na universidade, os dois jovens monstros se detestavam, com Mike sendo um sujeito estudioso, mas não muito assustador, e Sulley surgindo como o cara popular e arrogante, graças ao talento inerente para o susto. Após um incidente durante um teste, os dois são obrigados a participar da mesma equipe na olimpíada dos sustos. A equipe, por sinal, é formada por uma série de monstros desajustados, para o desespero de Sulley, acostumado a conviver com os caras mais populares da escola.

Disponível em: <http://migre.me/fVsoR>. Acesso em: 2 set. 2013. (P090148F5_SUP)

(P090149F5) Esse texto é um exemplo deA) sinopse.B) piada.C) notícia. D) bilhete.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 75

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NÍVEL 6 /// DE 275 A 300 PONTOS

C Identificar assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música.

C Localizar informações explícitas em artigos de opinião e crônicas.

C Identificar opinião em poemas e crônicas e o trecho que apresenta uma opinião em sinopses.

C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e assunto comum a duas re-

portagens.

C Reconhecer elementos da narrativa em fábulas.

C Identificar finalidade e elementos da narrativa em fábulas e contos.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em

fábulas, contos, crônicas, fragmentos de romance, artigos de opinião e reportagens.

C Inferir informação e efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em reportagens e em

letras de música.

C Inferir informações em fragmentos de romance.

C Interpretar efeito de humor em piadas, contos e em crônicas.

C Inferir o efeito de sentido da pontuação, da polissemia como recurso para estabelecer humor e

da ironia em tirinhas, anedotas e contos.

C Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos.

C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e histórias em quadrinhos.

C Inferir o sentido de expressão em letras de música, tirinhas, poemas e fragmentos de romance.

C Inferir o sentido de expressão característica da área da informática em textos jornalísticos.

C Reconhecer o uso de variantes linguísticas em letras de música, tirinhas, poemas e fragmentos

de romance.

C Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas e

artigos.

C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens, contos e enquetes.

9º Ano EF

76 AVALIANDO IDEPB 2016

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O objetivo desse item é avaliar a habilidade dos

estudantes de inferir o sentido de uma palavra ou

expressão a partir do contexto. Nesse caso, utili-

zou-se como suporte um texto jornalístico que

trata das mudanças ortográficas da Língua Portu-

guesa.

Para chegar ao gabarito do item, o estudante

precisaria retomar o último parágrafo do texto, no

qual se encontra a palavra “clicar”, destacada no co-

mando do item, a fim de compreender o contexto

em torno do qual o sentido da palavra se estabe-

lece. A partir dos dados contextuais, que indicam

o sentido figurado da palavra, e do acionamento

de informações extratextuais acerca do significado

da palavra, foi possível inferir que a palavra “clicar”

pode ser substituída por “acessar”. Assim, os estu-

dantes que marcaram a alternativa B conseguiram

identificar o gabarito.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

Novo acordo ortográfico

Após várias tentativas de se unificar a ortografia da Língua Portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2012.

Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e proximidade dos países que têm o português como língua oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.

No entanto, não é necessário que haja aversão às alterações, pois são simples e fáceis de serem apreendidas! Além disso, há um prazo de adaptação que dá calmaria a todo processo de mudança! [...]

A ABL (Academia Brasileira de Letras) dispõe de um link para quem tiver dúvidas sobre o acordo, é só acessar www.academia.org.br e procurar o serviço “ABL Responde” à direita na página. No entanto, não há prazo para que as respostas sejam enviadas, já que cada pergunta passará por análise da comissão de lexicografia e lexicologia.

Visite esta seção e tire todas as suas dúvidas de maneira rápida e objetiva, proporcionada por uma linguagem simples e prazerosa. Fique sabendo de todas as mudanças ortográficas significativas para o Brasil! É só clicar e informar-se!

Disponível em: <http://www.brasilescola.com/acordo-ortografi co/>. Acesso em: 30 jun. 2011. Fragmento. (P090360C2_SUP)

(P090361C2) No trecho “É só clicar e informar-se!” (ℓ. 17), o verbo destacado pode ser substituído por A) apertar.B) acessar.C) estalar.D) fixar.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 77

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AvançadoACIMA DE 300 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 7 /// DE 300 A 325 PONTOS

C Localizar a informação principal em reportagens.

C Identificar ideia principal e finalidade em notícias, reportagens e resenhas.

C Identificar assunto principal em notícias e opinião em contos e cartas do leitor.

C Reconhecer sentido de locução adverbial e elementos da narrativa em fábulas e contos.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em

fábulas e reportagens e o sentido de conjunção proporcional em textos expositivos.

C Reconhecer características da linguagem (científica, jornalística, padrão) em reportagens e crônicas.

C Reconhecer elementos da narrativa em crônicas.

C Reconhecer argumentos e opiniões em notícias, artigos de opinião e fragmentos de romances.

C Reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes.

C Diferenciar abordagem do mesmo tema em textos de gêneros distintos.

C Inferir informação em contos, crônicas, notícias e charges.

C Inferir sentido de palavras, da repetição de palavras, de expressões, de linguagem verbal e não

verbal e de pontuação em charges, tirinhas, contos, crônicas e fragmentos de romance.

C Inferir informações e efeito de sentido decorrente do uso de pontuação em fábulas e piadas.

C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de diminutivo em crônicas.

9º Ano EF

78 AVALIANDO IDEPB 2016

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Esse item avalia a habilidade de o estudante identifi-

car as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e/ou

o interlocutor de um texto. Como suporte para a tarefa,

utilizou-se uma crônica de Clarice Lispector. Apesar da

subjetividade do assunto tratado na crônica selecionada

como suporte, os estudantes não apresentariam dificul-

dade para proceder à leitura do texto.

Para identificar o gabarito, qual seja, a linguagem pa-

drão, o estudante deveria fazer uma leitura atenta, iden-

tificando, pelas estruturas frasais, pelo vocabulário mais

elaborado e pela observância às regras da gramática

normativa, que a autora do texto fez uso da norma culta

padrão para descrever os motivos que causam o cho-

ro. Dessa forma, o estudante que marcou a alternativa C

conseguiu identificar o gabarito.

Leia o texto abaixo.

5

10

Quando chorar25 de Novembro de 1967.

Há um tipo de choro bom e há outro ruim. O ruim é aquele em que as lágrimas correm sem parar e, no entanto, não dão alívio. Só esgotam e exaurem. Uma amiga perguntou-me, então, se não seria esse choro como o de uma criança com a angústia da fome. Era. Quando se está perto desse tipo de choro, é melhor procurar conter-se: não vai adiantar. É melhor tentar fazer-se de forte, e enfrentar. É difícil, mas ainda menos do que ir-se tornando exangue a ponto de empalidecer.

Mas nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respeitar a nossa fraqueza. Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito. Elas correm devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido, produto de nossa dor profunda.

Homem chorar comove. Ele, o lutador, reconheceu sua luta às vezes inútil. Respeito muito o homem que chora. Eu já vi homem chorar.

LISPECTOR, Clarice. Pequenas descobertas do mundo. 1ª edição. Rio Janeiro, Rocco, 2003. p.11. (P090145C2_SUP)

(P090677C2) Esse texto apresenta, predominantemente, a linguagemA) técnica.B) regional.C) padrão.D) informal.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 79

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NÍVEL 8 /// DE 325 A 350 PONTOS

C Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e crônicas.

C Identificar argumento em reportagens e crônicas.

C Reconhecer o efeito de sentido da repetição de expressões e palavras, do uso de pontuação, de

variantes linguísticas e de figuras de linguagem em poemas, contos e fragmentos de romance.

C Reconhecer a relação de causa e consequência em contos.

C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas de leitor que abordam o mesmo tema.

C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunções em crônicas, contos e cordéis.

C Reconhecer o tema comum entre textos de gêneros distintos.

C Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de figuras de linguagem e de recursos gráficos

em poemas e fragmentos de romance.

C Diferenciar fato de opinião em artigos, reportagens e crônicas.

C Identificar opinião em fábulas e reconhecer sentido de advérbios em cartas do leitor.

C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em tirinhas.

C Reconhecer a finalidade de textos informativos com linguagem científica.

C Reconhecer a ideia defendida em artigos de opinião.

C Reconhecer o trecho retomado por pronome demonstrativo em textos de orientação.

9º Ano EF

80 AVALIANDO IDEPB 2016

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O objetivo desse item é avaliar a habilidade de re-

conhecer relações entre partes de um texto, identi-

ficando os recursos coesivos que contribuem para

sua continuidade (substituições e repetições). Nesse

caso, utilizou-se como suporte para a tarefa um texto

instrucional que traz orientações sobre os cuidados a

serem tomados com os efeitos do calor. O estudante

deveria, portanto, realizar uma operação de retomada

anafórica pronominal com relação à informação apre-

sentada anteriormente ao pronome no texto.

Para identificar o gabarito desse item, o estudante

deveria realizar a retomada anafórica do pronome de-

monstrativo “isso”, retornando ao texto e localizando,

no primeiro parágrafo, seu referente, o trecho “a dila-

tação dos vasos do coração”. Nesse sentido, aquele

estudante que marcou a alternativa C demonstrou ter

sido capaz de realizar operações de retomada anafó-

rica pronominal.

Leia o texto abaixo.

Quais os efeitos do calor no corpo?

Batimentos a mil.Os vasos do coração também se dilatam com o calor. Com isso, a pressão arterial cai e ele

passa a bater mais rápido, aumentando a frequência cardíaca. Em casos de exposição solar intensa, podemos desenvolver um quadro de insolação, com sintomas como febre, falta de ar, dor de cabeça, tontura, náuseas e até desmaio.

Nariz desprotegido.O aumento da temperatura causa a dilatação dos vasos do nariz, o que intensifi ca a circulação

de sangue ali e leva à congestão. Sem a lubrifi cação adequada, os pelos nasais perdem a capacidade de fi ltrar as partículas do ar, favorecendo a entrada de vírus e bactérias.

Manchas à vista.O tempo quente e ensolarado provoca a superprodução de melanina, o pigmento encarregado

de absorver a radiação solar e dar o tom bronzeado à pele. Isso pode levar ao aparecimento de manchas escuras no corpo [...].

Baixando o termômetro.Para impedir que a temperatura vá às alturas, as glândulas sudoríparas, localizadas logo

abaixo da pele, produzem suor – líquido rico em sais minerais, como o sódio e o potássio. Essa suadeira toda, se combinada a um ambiente úmido, pode contribuir para o desenvolvimento de micoses, principalmente em áreas de dobras, como virilhas, axilas e entre os dedos dos pés.

Um adulto pode produzir dois litros de suor em um dia quente – 99% desse líquido é constituído de água e 1% de sais minerais.

Proteja-se!Opte por roupas claras e leves, de preferência de algodão. Esse tecido absorve a transpiração

e permite que a pele respire.Coma frutas, principalmente melão, morango e melancia. Por conterem muita água, elas

ajudam a repor o líquido perdido com o suor.Fuja do sol entre 10 e 15 horas, período de maior intensidade dos raios ultravioleta. Tenha

sempre um fi ltro solar à mão e, se possível, reaplique-o a cada duas horas.Hidrate-se. O ideal é ingerir sete ou oito copos d’água diariamente para evitar a perda de sais minerais.

Saúde é vital. n. 331, dez. 2010, Ed. Abril, p.30-31. Fragmento. (P090527ES_SUP)

(P090531ES) No trecho “Com isso, a pressão arterial cai e ele passa a bater...”, a palavra destacada refere-se àA) alteração da frequência cardíaca.B) ampliação dos vasos do nariz.C) dilatação dos vasos do coração.D) exposição excessiva ao sol.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 81

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NÍVEL 9 /// DE 350 A 375 PONTOS

C Localizar informações explícitas, ideia principal e expressão que causa humor em contos, crônicas

e artigos de opinião.

C Distinguir o trecho que apresenta a informação principal em reportagens.

C Identificar variantes linguísticas em letras de música.

C Reconhecer a finalidade, o gênero e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas,

crônicas e poemas.

C Inferir o sentido de palavra em reportagens.

9º Ano EF

82 AVALIANDO IDEPB 2016

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Esse item avalia a habilidade de o estudante

reconhecer o gênero de diferentes tipos textuais.

Essa é uma habilidade fundamental, pois possibilita

aos estudantes dominar os diferentes propósitos

comunicativos dos diversos gêneros textuais pre-

sentes nas esferas sociais de interação. Nesse caso,

o texto que serve de suporte ao item é um poema

que retrata a fase da adolescência.

Para identificar o gabarito, o estudante deveria

perceber que as escolhas lexicais, o uso de re-

cursos estilísticos, o formato do texto, distribuído

em estrofes compostas por versos, e a temática

apresentada são características do gênero poema.

Nesse sentido, a escolha pela alternativa C sugere

que o estudante, provavelmente, procedeu corre-

tamente à leitura do texto, reconhecendo o gênero

poema.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

Ser adolescente é...

Ser adolescente é...Acordar todos os dias tarde E ainda achar que dormiu pouco; Ficar horas com amigos ao telefone E ainda chatear-se quando a mãe reclama; Deixar seu quarto todo bagunçado E dizer que não o arrumou por falta de tempo; Achar que o mundo gira em torno de si E não o contrário...

Mas ser adolescente também é... Querer resolver os problemas do mundo, [...]Fazer loucuras pelo seu ídolo, Amar da forma mais intensa possível, Estar rodeado de amigos, Ser espontâneo e explosivo...

Ser adolescente é tudo isso e muito mais... CORRÊA, Edmar Guedes. Disponível em: <http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=1649&%20cat=Infanto_Juvenil>.

Acesso em: 26 maio 2011. Fragmento. (P090387C2_SUP)

(P090387C2) Esse texto pertence ao gêneroA) conto.B) crônica.C) poema.D) relato.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 83

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NÍVEL 10 /// ACIMA DE 375 PONTOS

C Localizar ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses.

C Identificar os elementos da narrativa em contos e crônicas.

C Diferenciar fatos de opiniões e opiniões diferentes em artigos e notícias.

C Inferir o sentido de palavras em poemas e em contos.

C Inferir o efeito de sentido provocado pela repetição de formas verbais em fábulas.

C Reconhecer o tema comum entre textos do gênero poema.

C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunção adversativa em sinopses.

9º Ano EF

84 AVALIANDO IDEPB 2016

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Esse item avalia a habilidade de o estudante estabele-

cer relações lógico-discursivas entre partes de um texto,

marcadas por locuções adverbiais ou advérbios. Nesse

caso, o texto que serve de suporte ao item é uma sinopse

do filme Toy Story e o trecho selecionado pelo comando

expressa que o estudante deve reconhecer a relação de

sentido estabelecida pela conjunção adversativa “Só que”.

O estudante deveria compreender que a oração ini-

ciada pelo conectivo “Só que” estabelece uma relação de

oposição com o período anterior, pois o boneco Woo-

dy havia elaborado um plano, porém ele não funciona

como o planejado.

Aquele estudante que compreendeu essa relação

de conexão textual escolheu a letra C – oposição –, de-

monstrando, provavelmente, ter desenvolvido a habilida-

de avaliada.

Leia o texto abaixo.

Toy Story

O aniversário de Andy está chegando e os brinquedos estão nervosos. Afinal de contas, eles temem que um novo brinquedo possa substituí-los. Liderados por Woody, um caubói que é também o brinquedo predileto de Andy, eles montam uma escuta que lhes permite saber dos presentes ganhos. Entre eles está Buzz Lightyear, o boneco de um patrulheiro espacial, que logo passa a receber mais atenção do garoto. Isto aos poucos gera ciúmes em Woody, que tenta fazer com que ele caia atrás da cama. Só que o plano dá errado e Buzz cai pela janela. É o início da aventura de Woody, que precisa resgatar Buzz também para limpar sua barra com os outros brinquedos.

Disponível em: <http://migre.me/fW6AZ>. Acesso em: 3 set. 2013. (P090218F5_SUP)

(P090219F5) Nesse texto, no trecho “Só que o plano dá errado...”, o termo destacado estabelece ideia deA) consequência.B) explicação.C) oposição.D) tempo.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 85

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Abaixo do Básico Ensino MédioATÉ 225 PONTOS

NÍVEL 1 /// ATÉ 200 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

C Localizar informação explícita a respeito da ação de personagem em crônicas e em fragmentos

de romance.

C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos e em

instruções de jogo.

C Inferir efeito do uso da exclamação em textos de orientação.

86 AVALIANDO IDEPB 2016

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A habilidade avaliada por esse item diz respeito

ao reconhecimento do efeito de sentido decor-

rente do uso da pontuação. Nesse caso, utilizou-

-se como suporte um fragmento de um texto de

orientação publicado em uma revista que aborda,

principalmente, aspectos ligados à nutrição, à me-

dicina e ao bem-estar. Nesse contexto, são apre-

sentados em tópicos esclarecimentos e instruções

a respeito dos efeitos do calor no corpo humano.

O trecho analisado no item é o título de um desses

tópicos, no qual o autor apresenta a forma verbal

imperativa “Proteja-se” seguida pelo ponto de ex-

clamação, o que reforça a necessidade de se pre-

venir dos efeitos causados pela exposição ao sol.

Para satisfazer a proposta do item, os estudan-

tes precisariam retornar ao último tópico do texto,

indicado no comando do item, para, assim, perce-

ber que a expressão “Proteja-se!” indica uma ideia

de alerta, que foi reforçada por meio do ponto de

exclamação. Nesse sentido, os estudantes que

marcaram a alternativa A sugerem ter desenvolvido

a habilidade no que diz respeito ao uso do ponto

de exclamação.

Leia o texto abaixo.

Quais os efeitos do calor no corpo?

Batimentos a mil.Os vasos do coração também se dilatam com o calor. Com isso, a pressão arterial cai e ele

passa a bater mais rápido, aumentando a frequência cardíaca. Em casos de exposição solar intensa, podemos desenvolver um quadro de insolação, com sintomas como febre, falta de ar, dor de cabeça, tontura, náuseas e até desmaio.

Nariz desprotegido.O aumento da temperatura causa a dilatação dos vasos do nariz, o que intensifi ca a circulação

de sangue ali e leva à congestão. Sem a lubrifi cação adequada, os pelos nasais perdem a capacidade de fi ltrar as partículas do ar, favorecendo a entrada de vírus e bactérias.

Manchas à vista.O tempo quente e ensolarado provoca a superprodução de melanina, o pigmento encarregado

de absorver a radiação solar e dar o tom bronzeado à pele. Isso pode levar ao aparecimento de manchas escuras no corpo [...].

Baixando o termômetro.Para impedir que a temperatura vá às alturas, as glândulas sudoríparas, localizadas logo

abaixo da pele, produzem suor – líquido rico em sais minerais, como o sódio e o potássio. Essa suadeira toda, se combinada a um ambiente úmido, pode contribuir para o desenvolvimento de micoses, principalmente em áreas de dobras, como virilhas, axilas e entre os dedos dos pés.

Um adulto pode produzir dois litros de suor em um dia quente – 99% desse líquido é constituído de água e 1% de sais minerais.

Proteja-se!Opte por roupas claras e leves, de preferência de algodão. Esse tecido absorve a transpiração

e permite que a pele respire.Coma frutas, principalmente melão, morango e melancia. Por conterem muita água, elas

ajudam a repor o líquido perdido com o suor.Fuja do sol entre 10 e 15 horas, período de maior intensidade dos raios ultravioleta. Tenha

sempre um fi ltro solar à mão e, se possível, reaplique-o a cada duas horas.Hidrate-se. O ideal é ingerir sete ou oito copos d’água diariamente para evitar a perda de sais minerais.

Saúde é vital. n. 331, dez. 2010, Ed. Abril, p.30-31. Fragmento. (P090527ES_SUP)

(P091179ES) No trecho “Proteja-se!”, a exclamação foi utilizada para indicarA) alerta.B) ordem.C) surpresa.D) susto.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 87

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NÍVEL 2 /// DE 200 A 225 PONTOS

C Reconhecer a causa de ação de personagem em fragmentos de romance.

C Inferir características de personagem em fábulas e ação de personagem em crônicas.

C Inferir informação a respeito do eu lírico em letras de música.

C Inferir o sentido de palavra, o sentido de expressão em letras de música.

C Identificar o assunto principal em reportagens.

C Reconhecer expressões características da linguagem (científica, jornalística etc.) e a relação entre

expressão e seu referente em reportagens e artigos de opinião.

C Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens.

C Inferir o efeito do uso de notação na fala de personagem em tirinhas.

C Inferir o trecho que provoca efeito de humor em piadas.

Ensino Médio

88 AVALIANDO IDEPB 2016

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Esse item avalia a habilidade de identificar efeitos de

humor em um texto. Nesse caso, o texto utilizado como

suporte é uma piada, gênero de fácil compreensão para

os estudantes dessa etapa de escolarização.

Por princípio, a piada é um texto narrativo simples,

cujo intuito é provocar o riso. No texto em análise, o fato

que confere humor encontra-se no desfecho da narra-

tiva, momento em que há uma quebra da expectativa

do leitor, a partir da qual se explora a comicidade. Nesse

sentido, na última sentença do texto, quando a menina

relaciona as penas exuberantes do pavão ao nascimento

de flores na ave, ocorre o fato que gera o humor no tex-

to. Portanto, os estudantes que marcaram a alternativa E,

o gabarito, demonstraram ter compreendido o humor da

narrativa.

Leia o texto abaixo.

Piada

A menina foi visitar a avó no campo. A avó tinha uma criação enorme de aves, e a menina, que morava na cidade, fi cou encantada. E de repente, passeando pela fazenda da avó, ela viu um pavão. Voltou correndo para casa e, toda alegre, avisou à vovó:

– Vovó! Vovó! Uma de suas galinhas está dando fl or!Para você morrer de rir. Belo Horizonte: Leitura, 2001, p. 13. (P120784ES_SUP)

(P120784ES) Nesse texto, o trecho que apresenta humor é:A) “A menina foi visitar a avó no campo.”.B) “A avó tinha uma criação enorme de aves,...”.C) “... que morava na cidade, fi cou encantada.”.D) “... pela fazenda da avó, ela viu um pavão.”.E) “Uma de suas galinhas está dando fl or!”.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 89

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BásicoDE 225 A 275 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 3 /// DE 225 A 250 PONTOS

C Localizar informações explícitas em fragmentos de romance, crônicas e textos didáticos.

C Identificar tema e assunto em poemas e charges, relacionando elementos verbais e não verbais.

C Identificar elementos da narrativa em histórias em quadrinhos.

C Reconhecer a finalidade de recurso gráfico em artigos.

C Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões, de pontuação, de conjunções em

poemas, charges, fragmentos de romance e em anedotas.

C Inferir o sentido de palavra em letras de música e reportagens.

C Reconhecer relações de causa e consequência em lendas e fábulas.

C Inferir características de personagens em lendas e fábulas e inferir sentimento expresso pelo nar-

rador em contos.

C Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião.

C Inferir efeito de sentido da repetição de expressões em crônicas.

C Inferir causa da ação de um personagem em tirinhas.

C Reconhecer o objetivo comunicativo de reportagens.

C Reconhecer aspecto comum na comparação de letras de música e poemas.

Ensino Médio

90 AVALIANDO IDEPB 2016

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Esse item avalia a habilidade de inferir uma in-

formação implícita em um texto verbal. Essa ha-

bilidade requer estratégias de leitura mais sofisti-

cadas, pois exige que o estudante construa uma

interpretação que vai além do que está expresso na

superfície textual. Nesse caso, o suporte apresenta

um conto, narrado em primeira pessoa, no qual há

a descrição de uma professora, Dona Idalina, que

impactou positivamente a vida escolar da narrado-

ra do texto.

O comando do item direciona os estudantes a

inferir o sentimento que permeia o texto, a partir

de pistas oferecidas ao longo do relato. Os respon-

dentes deveriam considerar que a narradora faz di-

versos elogios à postura da professora e demons-

tra encantamento principalmente quando Dona

Idalina lia poemas ou uma redação elaborada pela

narradora. Dessa forma, os estudantes deveriam

concluir que o sentimento expresso no texto é de

admiração, conforme sinalizado na alternativa A, o

gabarito.

Leia o texto abaixo.

5

10

Dona Idalina

Ela não tinha muito mais do que 1,5 metro de altura. Por isso, o coque de dois andares, no estilo “bolo de noiva” e os infalíveis saltos 12. O tec-tec nos corredores nos avisava da chegada da baixinha, mas assim que aparecia na porta da classe, ela crescia e sua gigantesca autoridade preenchia a sala. Alunas de pé, 40 ginasianas tagarelas, e nenhum pio. [...]

E nunca a ouvi aumentar o tom de voz. Bastava a infl exão e já nos púnhamos no nosso lugar. Voz poderosa e mágica que sabia também modular-se em doçuras quando lia um poema, vibrar uma passagem mais emocionante de um romance, e ainda ser fi rme e clara quando explicava a gramática. Felicidade para mim era ter uma redação escolhida por ela. Porque ela a lia. L-i-a. Lia se transportando e nos transportando para um mágico mundo de sons melodiosos, pausas, tons, ritmos. Palavras que ganhavam vida e beleza. Ao ouvi-la, até eu duvidava: teria sido eu mesma que escrevera tão bonito? [...]

PAMPLONA, Rosana. Carta na escola: set. 2010. Fragmento. (P100346ES_SUP)

(P100346ES) Nesse texto, predomina um sentimento deA) admiração.B) exagero.C) felicidade.D) inveja.E) saudade.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 91

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NÍVEL 4 /// DE 250 A 275 PONTOS

C Localizar informações explícitas em crônicas, fábulas e em reportagens.

C Identificar os elementos da narrativa em letras de música e fábulas e o narrador em primeira pes-

soa em fragmentos de romance.

C Reconhecer a finalidade de abaixo-assinados e verbetes.

C Reconhecer relação entre pronomes e seus referentes e relações de causa e consequência em

fragmentos de romance, diários, crônicas, reportagens e máximas (provérbios).

C Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas.

C Inferir o sentido de palavra ou expressão em história em quadrinhos, poemas e fragmentos de

romance.

C Comparar textos de gêneros diferentes para reconhecer a ideia comum entre eles.

C Interpretar o sentido de conjunções, de advérbios e as relações entre elementos verbais e não

verbais em tirinhas, fragmentos de romance, reportagens e crônicas.

C Reconhecer relações de sentido estabelecidas por conjunções ou locuções conjuntivas em letras

de música e crônicas.

C Reconhecer o uso de expressões características da linguagem (científica, profissional etc.), marcas

linguísticas que evidenciam o locutor em reportagens e a relação entre pronome e seu referente

em artigos e reportagens.

C Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal em notícias e charges.

C Reconhecer o trecho que caracteriza uma opinião em entrevistas e em reportagens.

C Inferir efeito de humor e de ironia em tirinhas.

Ensino Médio

92 AVALIANDO IDEPB 2016

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Esse item avalia a habilidade de reconhecer dife-

rentes formas de tratar um tema na comparação en-

tre dois textos. Essa tarefa demanda que o estudante

estabeleça relações de intertextualidade, compreen-

dendo qual é a informação que aproxima os dois tex-

tos em análise. Nesse caso, os textos utilizados foram

um fragmento de reportagem, veiculada na página

eletrônica de uma revista de circulação nacional, e

um artigo, também disponibilizado em meio eletrôni-

co, de uma organização de defesa do meio ambien-

te, que apresentam informações acerca do desmata-

mento da Floresta Amazônica.

Sendo assim, seria necessário que o estudante

observasse, por exemplo, no Texto 1, o fragmento

“Se for mantido o ritmo de devastação [...] a Floresta

Amazônica estará liquidada em apenas mais cinquen-

ta anos.”, além do entendimento global do restante

do texto. No Texto 2, apesar da abordagem da que-

da do índice de desmatamento na Amazônia, há a

associação desse fato à intensificação da vigilância.

Portanto, o cuidado em relação ao desmatamento

também está presente. A associação entre esses dois

textos incide justamente sobre a alternativa B, o ga-

barito.

Leia os textos abaixo.

Texto 1

5

10

A floresta dá dinheiro

Se for mantido o ritmo de devastação da última década, a Floresta Amazônica estará liquidada em apenas mais cinquenta anos. Esse é um bom motivo para desligar já as motosserras e parar com as queimadas. O fogo e o desmatamento desmedido pulverizam uma área superior à do Estado de Alagoas anualmente. Mas o aproveitamento econômico da região também exige que se pare com a destruição. Só o tamanho da Amazônia brasileira, que toma todo o norte do país, dá indicações ululantes de que ali há muitos tesouros a explorar. Arrancados aleatoriamente, esses benefícios são mal aproveitados, acabam custando caro e tendem a se esgotar junto com a própria floresta. Foi assim com todas as grandes iniciativas exploratórias já realizadas, da borracha, no começo do século passado, à construção da Transamazônica, há trinta anos. [...]

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/220801/p_076.htm>. Acesso em: 11 abr. 2010. Fragmento.

Texto 2

5

10

Desmatamento da floresta Amazônica

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Ministério do Meio Ambiente anunciaram em Brasília que o desmatamento da região amazônica teve uma queda de 38% no mês de agosto em comparação ao mesmo mês de 2010.

O estudo foi realizado sobre imagens tiradas via satélite, onde o instituto verificou que 164km² foram derrubados, o que equivale a cem vezes o parque Ibirapuera. O diretor do Inpe destacou que a queda é resultado de todo o esforço realizado pela fiscalização que o governo fez. Após registrar em abril uma devastação de 477km², o gabinete criou uma equipe para aumentar a vigilância e também a monitoração de áreas frágeis como no norte de Mato Grosso. Após a instalação da nova equipe, a devastação diminuiu drasticamente e conseguiram alcançar médias menores que as registradas ano passado.

No Brasil, os municípios que possuem maior índice de devastação são Pacajá, Porto Velho e Feliz Natal. [...]

Disponível em: <http://frenteambientalista.com.br/desmatamento-da-floresta-amazonica.html>. Acesso em: 25 jul. 2012. Fragmento.

(P120127ES_SUP)

(P120127ES) Esses dois textos têm em comum A) a comparação entre o desmatamento registrado em 2010 e os anos posteriores.B) a preocupação com a exploração da floresta Amazônica. C) o alerta sobre o fogo que devastou uma área maior que o estado de Alagoas. D) o anúncio de que a floresta Amazônica será liquidada em cinquenta anos. E) o estudo das imagens via satélite da floresta Amazônica.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 93

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AdequadoDE 275 A 325 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 5 /// DE 275 A 300 PONTOS

C Localizar informações explícitas em artigos de opinião e crônicas.

C Identificar finalidade e elementos da narrativa em fábulas e contos.

C Identificar a finalidade de relatórios científicos.

C Determinar informação comum entre artigos de opinião e tirinhas.

C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens, contos e enquetes.

C Reconhecer opiniões divergentes sobre o mesmo tema em diferentes textos.

C Distinguir o trecho que apresenta opinião do narrador em crônicas.

C Reconhecer relações de sentido marcadas por conjunções, a relação de causa e consequência e

entre pronomes e seus referentes em fragmentos de romance, fábulas, crônicas, artigos de opi-

nião, reportagens e entrevistas.

C Reconhecer o sentido de expressão e de variantes linguísticas em letras de música, tirinhas, poe-

mas e fragmentos de romance.

C Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas,

artigos, em resenhas e em entrevistas.

C Reconhecer o tema em crônicas e assunto em reportagens.

C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e histórias em quadrinhos.

C Inferir informações em fragmentos de romance e ação de personagem em histórias em quadri-

nhos e em tirinha.

C Inferir o efeito de sentido da pontuação e da polissemia como recurso para estabelecer humor ou

ironia em tirinhas, anedotas e contos.

C Reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos em contos,

artigos, crônicas e em romances.

C Inferir informação e o efeito de sentido produzido por expressão em reportagens e tirinhas.

C Reconhecer variantes linguísticas em artigos.

Ensino Médio

94 AVALIANDO IDEPB 2016

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Esse item avalia a habilidade de distinguir um

fato de uma opinião. Essa habilidade requer dos es-

tudantes a identificação de marcas opinativas que

revelam a subjetividade do autor/locutor do texto,

diferenciando essa opinião do que é uma ação

objetiva. Para avaliar essa habilidade, foi utilizado

como suporte para o item uma crônica, narrada

em terceira pessoa, cujo personagem central é um

carpinteiro de nome Zusa, que atribuía nomes es-

peciais às suas ferramentas.

Nesse item, o estudante deveria, após realizar

uma leitura global do texto, reconhecer a presença

do narrador, que, além de descrever objetivamente

as ações, também revela seus julgamentos e im-

pressões pessoais acerca da história. Nesse sen-

tido, o item destaca passagens do texto, entre as

quais o estudante deveria reconhecer aquela que

expressa uma opinião do narrador.

Portanto, os estudantes que assinalaram a alter-

nativa B, o gabarito, demonstraram ter reconheci-

do o trecho em que o narrador aponta sua percep-

ção a respeito da carpintaria de Zusa.

Leia o texto abaixo.

5

10

O vaivém

Era um dia um velho chamado Zusa, que trabalhava pelo ofício de carapina. A sua ofi cina era um brinco, sempre muito asseada, a ferramenta muito limpa, tudo nos seus lugares.

Mas a mania do velho era batizar cada ferramenta com um nome apropriado. O martelo chamava-se Toc Toc, o formão, Rompe-Ferro, o serrote, Vaivém.

Quando um carapina do lugar precisava de uma ferramenta corria logo à ofi cina do Zusa, a pedir-lhe de empréstimo.

Mas, tantas lhe fi zeram, demorando a entrega ou fi cando com as ferramentas algumas vezes, que o velho resolveu parar com os empréstimos.

Certo dia foi à ofi cina um menino, de mando do pai, e disse:– Papai manda-lhe muitas lembranças e também pedir-lhe emprestado o Vaivém. Mestre Zusa pôs as cangalhas no nariz e respondeu:– Menino, volta e diz a teu pai que se Vaivém fosse e viesse, Vaivém ia, mas, como

Vaivém vai e não vem, Vaivém não vai.GOMES, Lindolfo. Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/46608/1/OS-DIVERSOS-TIPOS-DTEXTOS/pagina1.html>.

Acesso em: 25 abr. 2011. (P121185ES_SUP)

(P121189ES) O trecho que apresenta marcas de opinião do narrador é:A) “Era um dia um velho chamado Zusa,...”. (ℓ. 1)B) “A sua ofi cina era um brinco, sempre muito asseada,...”. (ℓ. 1-2)C) “O martelo chamava-se Toc Toc, o formão, Rompe-Ferro,...”. (ℓ. 3-4)D) “Mas, tantas lhe fi zeram, demorando a entrega...”. (ℓ. 7)E) “Certo dia foi à ofi cina um menino, de mando do pai,...”. (ℓ. 9)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 95

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NÍVEL 6 /// DE 300 A 325 PONTOS

C Localizar informações explícitas em infográficos, reportagens, crônicas e artigos.

C Localizar a informação principal em reportagens.

C Identificar ideia principal e finalidade em notícias, reportagens e resenhas.

C Identificar a finalidade e a informação principal em notícias.

C Reconhecer características da linguagem (científica, jornalística etc.) em reportagens e marcas da

oralidade em entrevistas.

C Reconhecer variantes linguísticas em contos, notícias e reportagens.

C Reconhecer elementos da narrativa em crônicas.

C Reconhecer argumentos e opiniões em notícias, artigos de opinião e fragmentos de romance.

C Identificar o argumento em contos.

C Diferenciar abordagem do mesmo tema em textos de gêneros distintos.

C Inferir informação em contos, crônicas, notícias e charges.

C Inferir sentido de palavras, da repetição de palavras, de expressões, de linguagem verbal e não ver-

bal e de pontuação em charges, tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de romance e em artigos

de opinião.

C Inferir informação, sentido de expressão e o efeito de sentido decorrente da escolha de expressão

e do uso de recursos morfossintáticos em crônicas.

C Inferir o sentido decorrente do uso de recursos gráficos em poemas.

C Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal e o efeito de humor em tirinhas.

C Inferir informação a respeito de personagem em tirinhas.

C Reconhecer a relação entre os pronomes e seus referentes em contos.

C Reconhecer elementos da narrativa em contos.

C Reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos e pelo uso de

recurso estilístico da antítese em poemas.

C Reconhecer ideia comum e opiniões divergentes sobre o mesmo tema na comparação entre

diferentes textos.

C Reconhecer ironia e efeito de humor em crônicas e entrevistas.

C Reconhecer a relação de causa e consequência em piadas e fragmentos de romance.

C Comparar poemas que abordem o mesmo tema.

C Diferenciar fato de opinião em contos, artigos, reportagens e em crônicas.

C Diferenciar tese de argumentos em artigos, entrevistas e crônicas e reconhecer um argumento

utilizado para defender uma ideia em entrevistas.

Ensino Médio

96 AVALIANDO IDEPB 2016

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A habilidade avaliada nesse item é interpretar um texto

que articula elementos verbais e não verbais. Para avaliá-

-la, nesse caso, o suporte apresenta uma tirinha com três

quadrinhos, nos quais há interação entre o personagem

Calvin e seu pai, cujo final, como esperado, apresenta o

efeito de humor. Essa tarefa requer do estudante a ob-

servação dos elementos que compõem as cenas e as

expressões e atitudes dos personagens na evolução da

narrativa, além da associação ao texto verbal.

Para realizar a atividade proposta, os estudantes de-

veriam observar a pergunta feita por Calvin sobre seu

nascimento, um questionamento comum das crianças

aos pais. Na sequência, a resposta inesperada do pai e,

finalmente, a exaltação do menino com a explicação do

pai. Dessa forma, os avaliandos conseguiriam perceber

a alegria do garoto em ter uma história insólita para ex-

plicar sua origem, concluindo, assim, que ele “gosta de

situações incomuns”, alternativa B.

Leia o texto abaixo.

WATTERSON, Bill. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/calvin-seus-amigos-428892.shtml>. Acesso em: 31 out. 2012. (P120051E4_SUP)

(P120051E4) Infere-se desse texto queA) o garoto diverte-se ao atrapalhar a leitura do pai.B) o garoto gosta de situações incomuns.C) o garoto incomoda o pai com perguntas.D) o pai sente-se confuso com as perguntas do fi lho.E) o pai estuda sobre o nascimento de animais.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 97

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AvançadoACIMA DE 325 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 7 /// DE 325 A 350 PONTOS

C Localizar informação explícita em resenhas.

C Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e crônicas.

C Identificar a informação principal em reportagens.

C Identificar argumento em reportagens e crônicas e o trecho que comprova a tese defendida em

artigos de opinião.

C Reconhecer o efeito de sentido da repetição de expressões e palavras, do uso de pontuação, de

variantes linguísticas e de figuras de linguagem em poemas, contos e fragmentos de romance.

C Reconhecer variantes linguísticas e o efeito de sentido de recursos gráficos em crônicas, artigos

e letras de música.

C Reconhecer a relação de causa e consequência em contos.

C Reconhecer a relação de causa e consequência e relações de sentido marcadas por conjunções

em reportagens, artigos, ensaios, crônicas, contos, cordéis e em poemas.

C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas de leitor que abordam o mesmo tema.

C Reconhecer o tema comum entre textos de gêneros distintos.

C Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de figuras de linguagem e de recursos gráficos

em poemas e fragmentos de romances.

C Diferenciar fato de opinião em artigos, reportagens e resenhas.

C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em tirinhas.

C Identificar elementos da narrativa e a relação entre argumento e ideia central em crônicas.

C Reconhecer o gênero reportagem e a finalidade de propagandas e de entrevistas.

C Reconhecer o tema em poemas.

C Inferir o sentido de palavras e expressões em piadas e letras de música.

C Inferir informação em artigos.

C Inferir o sentido de expressão em fragmentos de romances.

C Recuperar o referente do pronome demonstrativo “lá” em reportagens e o trecho retomado por

pronome demonstrativo em crônicas.

Ensino Médio

98 AVALIANDO IDEPB 2016

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Nesse item, a habilidade avaliada é estabelecer rela-

ções entre partes de um texto, identificando os recursos

coesivos que contribuem para sua continuidade. Essa

habilidade requer do leitor atenção e compreensão da

leitura realizada, uma vez que relacionar um termo ao

seu referente depende da equivalência sintático-semân-

tica textual.

Para avaliar essa habilidade, foi utilizado como suporte

para o item o fragmento de uma crônica, narrada em pri-

meira pessoa, na qual o narrador aborda sua relação com

o telefone fixo herdado do pai.

Nesse caso, o estudante é chamado a recuperar o tre-

cho referido pelo pronome “isso”. Para tanto, seria neces-

sário localizar o pronome demonstrativo “isso”, marcado

no comando, e reconstruir o sentido do texto. O trecho

recuperado pelo pronome em análise encontra-se ime-

diatamente anteposto ao pronome, posição que poderia

facilitar a retomada da informação. O gabarito, portanto,

está descrito na alternativa A.

Leia o texto abaixo.A herança

Tenho muito carinho pelo meu telefone fixo. E isso desde os tempos em que ele não era chamado de telefone fixo, mas apenas de telefone. Embora eu perceba que ele não seja lá tão fixo assim, já que circula com desenvoltura pela casa toda.

Meu pai não foi homem de muitas posses [...] nunca comprou nada, com raras exceções, nada que pudesse ficar, por exemplo, como herança. Entre as exceções, havia um telefone. [...] Era isso que eu queria dizer. Ganhei de herança do meu pai um telefone. [...]

E é essa linha que eu vejo agora vivendo seus últimos dias. De pouco me serve aquele telefone fixo. Amigos, colegas, parentes, propostas de trabalho, chateações de telemarketing – tudo chega a mim pelo telefone celular.

XEXEO, Artur. Revista O Globo. n. 316, 15 ago. 2010. (P120356ES_SUP)

(P120357ES) No trecho “E isso desde os tempos em que...”, o pronome destacado retoma o trecho:A) “Tenho muito carinho pelo meu telefone fixo.”. B) “... os tempos em que ele não era chamado de telefone fixo,...”.C) “Embora eu perceba que ele não seja lá tão fixo assim,...”.D) “... já que circula com desenvoltura pela casa toda.”.E) “Meu pai não foi homem de muitas posses...”.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 99

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NÍVEL 8 /// DE 350 A 375 PONTOS

C Localizar informações explícitas, ideia principal e expressão que causa humor em contos, crônicas

e artigos de opinião.

C Identificar variantes linguísticas em letras de música.

C Reconhecer efeitos estilísticos em poemas.

C Reconhecer ironia e efeitos de sentido decorrentes da repetição de palavras em sinopses.

C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo tema, na comparação entre diferentes textos.

C Reconhecer a finalidade e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas e crônicas.

C Reconhecer finalidade e traços de humor em reportagens.

C Reconhecer o efeito de sentido do humor em tirinhas.

C Reconhecer o tema em contos e fragmentos de romances.

C Reconhecer relação de sentido marcada por conjunção em crônicas e circunstância de lugar

marcada por adjunto adverbial de lugar em resenhas.

C Inferir informação e tema em reportagens, poemas, histórias em quadrinhos e tirinhas.

C Inferir o sentido e o efeito de sentido de palavras ou de expressão em poemas, crônicas e frag-

mentos de romance.

C Reconhecer a ideia defendida pelo autor em artigos de opinião.

C Inferir característica do eu lírico em letras de música.

Ensino Médio

100 AVALIANDO IDEPB 2016

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Nesse item, foi aferida a habilidade de estabe-

lecer relação lógico-discursiva presente no texto.

Nesse caso, foi utilizado o fragmento de uma crô-

nica que retrata a relação afetuosa do carpinteiro

Zusa com suas ferramentas.

As pistas que levam ao reconhecimento dessas

relações lógico-discursivas estão intimamente liga-

das aos elementos linguísticos que tecem a textua-

lidade. Dessa forma, seria necessária a compreen-

são, por parte dos estudantes, do sentido global do

texto, principalmente do trecho em análise, cujo

propósito é justificar a negativa do empréstimo da

ferramenta. Para tanto, o carpinteiro utiliza em sua

fala a conjunção adversativa “mas”, a fim de marcar

a oposição entre a situação favorável de emprésti-

mo do serrote e a não permissão de que o instru-

mento saísse de sua oficina.

Aqueles que compreenderam essa relação de

conexão textual escolheram a letra E – oposição –,

demonstrando ter desenvolvido a habilidade ava-

liada.

Leia o texto abaixo.

5

10

O vaivém

Era um dia um velho chamado Zusa, que trabalhava pelo ofício de carapina. A sua ofi cina era um brinco, sempre muito asseada, a ferramenta muito limpa, tudo nos seus lugares.

Mas a mania do velho era batizar cada ferramenta com um nome apropriado. O martelo chamava-se Toc Toc, o formão, Rompe-Ferro, o serrote, Vaivém.

Quando um carapina do lugar precisava de uma ferramenta corria logo à ofi cina do Zusa, a pedir-lhe de empréstimo.

Mas, tantas lhe fi zeram, demorando a entrega ou fi cando com as ferramentas algumas vezes, que o velho resolveu parar com os empréstimos.

Certo dia foi à ofi cina um menino, de mando do pai, e disse:– Papai manda-lhe muitas lembranças e também pedir-lhe emprestado o Vaivém. Mestre Zusa pôs as cangalhas no nariz e respondeu:– Menino, volta e diz a teu pai que se Vaivém fosse e viesse, Vaivém ia, mas, como

Vaivém vai e não vem, Vaivém não vai.GOMES, Lindolfo. Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/46608/1/OS-DIVERSOS-TIPOS-DTEXTOS/pagina1.html>.

Acesso em: 25 abr. 2011. (P121185ES_SUP)

(P121187ES) No trecho “Vaivém ia, mas, como Vaivém vai e não vem, Vaivém não vai.” (ℓ. 12-13), a palavra destacada estabelece uma relação deA) adição.B) conclusão.C) condição.D) explicação.E) oposição.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 101

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NÍVEL 9 /// DE 375 A 400 PONTOS

C Diferenciar fatos de opiniões e opiniões diferentes em artigos e notícias.

C Inferir o sentido de palavras em poemas.

C Localizar ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses.

C Identificar a ideia central e o argumento em apresentações de livros, reportagens, editoriais, crô-

nicas e artigos de opinião.

C Identificar elementos da narrativa em crônicas, contos e fragmentos de romance.

C Identificar ironia e tema em poemas e artigos.

C Inferir efeito de humor e ironia em tirinhas e charges.

C Reconhecer relações de sentido marcadas por conjunção em artigos, reportagens e fragmentos

de romance.

C Reconhecer a relação de causa e consequência em reportagens e fragmentos de romance.

C Reconhecer o efeito de sentido de recursos gráficos em artigos e do uso de expressão metafórica

caracterizadora de personagem em fragmentos de romance.

C Inferir recurso estilístico utilizado em crônicas.

C Reconhecer variantes linguísticas em letras de música e piadas.

C Reconhecer o gênero resenha e a finalidade de reportagens, resenhas e artigos.

Ensino Médio

102 AVALIANDO IDEPB 2016

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Esse item avalia a habilidade de o estudante re-

conhecer o efeito de sentido decorrente do em-

prego de recursos estilísticos. A fim de realizar essa

tarefa, os avaliandos precisaram fazer a leitura de

uma crônica que apresenta o personagem Zusa,

carpinteiro caprichoso e zeloso em relação às suas

ferramentas.

Para a resolução do item, os estudantes de-

veriam perceber, no trecho apresentado no co-

mando, a construção de recursos que exploram

a coincidência sonora: a aliteração, a repetição da

consoante /v/, e a assonância, a reiteração das vo-

gais /a/ e /e/. Outro aspecto a ser analisado pelos

respondentes refere-se ao fato de que essa repe-

tição dos fonemas sugere o ritmo do ir e vir do

serrote no trabalho da carpintaria.

Dessa forma, aqueles que optaram pela alterna-

tiva D perceberam que a repetição dos sons seme-

lhantes foi o recurso utilizado no trecho em análi-

se, revelando, assim, ter desenvolvido a habilidade.

Leia o texto abaixo.

5

10

O vaivém

Era um dia um velho chamado Zusa, que trabalhava pelo ofício de carapina. A sua ofi cina era um brinco, sempre muito asseada, a ferramenta muito limpa, tudo nos seus lugares.

Mas a mania do velho era batizar cada ferramenta com um nome apropriado. O martelo chamava-se Toc Toc, o formão, Rompe-Ferro, o serrote, Vaivém.

Quando um carapina do lugar precisava de uma ferramenta corria logo à ofi cina do Zusa, a pedir-lhe de empréstimo.

Mas, tantas lhe fi zeram, demorando a entrega ou fi cando com as ferramentas algumas vezes, que o velho resolveu parar com os empréstimos.

Certo dia foi à ofi cina um menino, de mando do pai, e disse:– Papai manda-lhe muitas lembranças e também pedir-lhe emprestado o Vaivém. Mestre Zusa pôs as cangalhas no nariz e respondeu:– Menino, volta e diz a teu pai que se Vaivém fosse e viesse, Vaivém ia, mas, como

Vaivém vai e não vem, Vaivém não vai.GOMES, Lindolfo. Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/46608/1/OS-DIVERSOS-TIPOS-DTEXTOS/pagina1.html>.

Acesso em: 25 abr. 2011. (P121185ES_SUP)(P121190ES) No trecho “... se Vaivém fosse e viesse, Vaivém ia, mas, como Vaivém vai e não vem, Vaivém não vai.” (ℓ. 12-13), o recurso estilístico utilizado pelo autor é deA) utilização de exagero para expressar ideais.B) substituição de um termo por outro semelhante.C) repetição de expressões idênticas.D) exploração da sonoridade das palavras.E) criação de imagens com o nome das ferramentas.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 103

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NÍVEL 10 /// ACIMA DE 400 PONTOS

C Reconhecer o efeito de sentido resultante do uso de recursos morfossintáticos e ortográficos em

artigos e letras de música.

C Inferir efeito de ironia na fala do narrador em fragmentos de romance.

C Inferir informação sobre o entrevistado em entrevistas.

C Inferir o sentido de uma expressão popular em resenhas.

C Reconhecer o conflito gerador do enredo em fábulas.

C Reconhecer a finalidade de cartas de leitor.

Ensino Médio

104 AVALIANDO IDEPB 2016

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A habilidade avaliada por esse item tem por obje-tivo aferir se os estudantes são capazes de identificar o sentido de uma determinada expressão, de acordo com o contexto no qual ela está inserida. Sendo as-sim, tão importante quanto entender de que forma se manifesta o valor metafórico de um determinado vocábulo é compreender de que maneira ele está re-lacionado ao contexto em que aparece, revelando sua significação.

Como suporte para tal avaliação, foi utilizada uma resenha do filme O Hobbit: uma jornada inesperada, na qual foram empregados termos técnicos do con-texto cinematográfico e expressões metafóricas, as-

pectos que exigem estratégias sofisticadas de leitura para a compreensão adequada do texto.

Para a resolução do item, é necessário que os es-tudantes retornem ao trecho em que se encontra a expressão em destaque no comando, indicado pela linha 24, para então associar as informações da super-fície textual e realizar inferências, percebendo que a expressão “pegar no tranco” está relacionada à dificul-dade inicial da narrativa em análise na resenha e o de-senvolvimento inesperadamente positivo que a mes-ma assume ao final. Nesse sentido, os estudantes que marcaram a alternativa E, o gabarito, foram capazes de realizar esse percurso cognitivo, chegando ao sentido esperado para o trecho em análise.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

20

25

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

Senti uma rara emoção em revisitar a Terra Média, 9 anos após o suposto adeus de O Retorno do Rei, para escutar o relato da aventura que Bilbo Bolseiro viveu quando ajudou os anões liderados por Thorin a recuperar o seu lar das garras do cruel dragão Smaug. Parecia que o mundo criado por J. R. R. Tolkien e vivo graças ao diretor Peter Jackson permanecera intacto, fazendo com que todos os elogios à fotografia, à direção de arte e outros aspectos técnicos soem tremendamente redundantes. Mas, à medida que o tempo vai passando e o saudosismo perde o seu gosto doce e encantamento fácil, você descobre que O Hobbit: Uma Jornada Inesperada não é bem o Senhor dos Anéis que você estava esperando.

[...] Novamente é posto em destaque a importância das menores coisas e como as aparências enganam – reafirmado por Gandalf ao se referir ao pacato Bilbo [...]. Se não bastasse tudo isso, os heróis também peregrinam pelas paisagens da Terra Média para completar a sua missão e se deparam com ameaças diversas no seu caminho, fazendo com que a narrativa tenha a aparência de uma versão de demonstração, já que se baseia em um livro só o quinto do tamanho do Senhor dos Anéis, porém prolixamente expandido em uma nova trilogia.

Mesmo assim, Peter Jackson é hábil em encenar uma prazerosa aventura fantástica cujos perigos que se põem no caminho são bem dosados pelo senso de humor dos anões e também pelo olhar ingênuo de um Bilbo fascinado pelo mundo fora do Condado. Porém, se antes Jackson e os roteiristas extraíam dos livros somente o que interessava ser visto nas telas, aqui eles trabalham justamente no sentido oposto, potencializando os problemas ignorados anteriormente: a narrativa demora a pegar no tranco como em A Sociedade do Anel; é episódica como em As Duas Torres; e recorre a cômodas soluções como as de O Retorno do Rei. Sendo ainda um autêntico road movie, intercalando sequências de ação por meio de um fiapo de história, é surpreendente como uma jornada tão longa não pareça nos levar a lugar nenhum no final. [...]

Mesmo tendo um pouco de charme próprio, [...] O Hobbit: Uma Jornada Inesperada não deixa de ser só uma versão inchada, embora agradável, de um dos grandes filmes da história do cinema. [...]

SALLEM, Márcio. Disponível em: <http://www.cinemacomcritica.com.br/2012/12/o-hobbit-uma-jornada-inesperada.html>. Acesso em: 4 jan. 2013.

Fragmento. (P110118E4_SUP)

(P110002F5) No trecho “... a narrativa demora a pegar no tranco...” (ℓ. 21), a expressão em destaque tem o sentido deA) atualizar a história.B) avançar no tempo.C) causar expectativa.D) modificar as cenas.E) surtir efeito positivo.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 105

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5

4

3

2

1

Sugestões para a prática pedagógica

Comparar descritores/ habilidades avaliadas nos testes do Avaliando IDEPB 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.

Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.

Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano.

Comparar os resultados das avaliações internas com os resultados das avaliações externas.

Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.

Depois de conhecer e analisar os resultados

da sua escola e de suas turmas, é hora de pensar

em metas e estratégias que visem à melhoria dos

resultados alcançados, tendo como referência o

Projeto Político Pedagógico da escola.

Esta seção apresenta algumas sugestões pe-

dagógicas que podem contribuir para aprimorar a

qualidade do trabalho docente.

Antes de iniciar um planejamento escolar, inde-

pendente da fase em que estamos, devemos estar

sempre atentos a uma perspectiva formativa, cujo

foco é o processo e a aprendizagem dos estudan-

tes. Além disso, temos que considerar a flexibilida-

de do Projeto Político Pedagógico e a possibilida-

de de mudanças no planejamento escolar sempre

que for necessário.

106 AVALIANDO IDEPB 2016

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Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.1

Comparar descritores/ habilidades avaliadas nos testes do Avaliando IDEPB 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.2

Vamos reunir os materiais de orientação do trabalho escolar:

Vamos partir de um exemplo hipotético. Mas você deve seguir o que está previsto nas orientações curricu-

lares de seu estado:

É preciso conhecer, estudar e esmiuçar as orientações curriculares, que fundamentam o trabalho pedagógi-

co na escola, bem como a(s) matriz(es) de referência, que fundamenta(m) a elaboração dos testes da avaliação

em larga escala. Os livros didáticos e outros materiais são importantes no apoio ao trabalho em sala de aula.

D1

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Orientações curriculares

Livros e outros materiais didáticos

Matriz(es) de referência

da avaliação

ORIENTAÇÕES CURRICULARES

1. Advérbios e expressões adverbiais /conectores:

M Reconhecer os recursos linguísticos que contribuem para a progressão temática e as relações de sentido em um texto.

2. Coesão textual: M Analisar recursos de coesão referencial

e lexical na construção de um texto: sinônimos, repetições etc.

3. Argumentação: M Reconhecer os conectores que

contribuem para a construção do texto argumentativo.

M Reconhecer estratégias de posicionamento do autor de um texto.

. . .

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO

Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no texto.

Identificar a tese de um texto.

Estabelecer relação entre a tese e os argumentos que a sustentam.

. . .

Revista do Professor - Língua Portuguesa 107

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Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano. Essa organização deve seguir o planejamento (p. ex.: bimestral, trimestral...)3

Comparar os resultados das avaliações internas (dados como frequência às aulas, nota de provas, parecer, relatório e trabalho individual e em grupo) com os resultados das avaliações externas (dados como participação, proficiência, padrão de desempenho, percentual de acerto por habilidade).4

Antes de partir para o planejamento de cada aula, você deve organizar os conteúdos que serão abordados

em sala de aula, durante todo o ano letivo. Para isso, vamos seguir o exemplo e destacar conteúdos considera-

dos importantes para o desenvolvimento das habilidades em foco:

C Como os estudantes da(s) sua(s) turma(s) vêm desenvolvendo os conteúdos previstos em sala de aula?

C Você sente necessidade de modificar as estratégias de ação e planos de aula para um melhor desenvol-

vimento dos estudantes em relação a esses conteúdos?

C Para isso, recorra aos resultados das avaliações.

PLANO DE CURSO

1º Bimestre:

1. Advérbios e expressões adverbiais /conectores:

• Reconhecer os recursos linguísticos que contribuem para a progressão temática e as relações de sentido em um texto.

2. Coesão textual

• Analisar recursos de coesão referencial e lexical na construção de um texto: sinônimos, repetições etc.

2º Bimestre:

3. Argumentação

• Reconhecer os conectores que contribuem para a construção do texto argumentativo.

• Reconhecer estratégias de posicionamento do autor de um texto.

• ...

108 AVALIANDO IDEPB 2016

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AVALIAÇÃO EXTERNA

RESULTADOS DA ESCOLA NO AVALIANDO IDEPB 2016

Retome a coleta e a análise que você fez sobre os resultados da sua escola e de cada turma na seção Resultados alcançados em 2016. Consulte também os resultados dos seus estudantes no portal da avaliação.A seguir, faça o que se propõe na Etapa 5.

QUAIS RESULTADOS?

QUAIS AVALIAÇÕES?

AVALIAÇÃO INTERNA Frequência, provas, testes, observação

Por etapa e turma

Língua Portuguesa – 9º ano EF Turma A5

Nota/Avaliação/Parecer sobre os estudantes:

• Estudante 1: 8,5

• Estudante 2: 6,0

• ...

Relatório geral da turma:

• Os estudantes, em sua maioria, identificam a tese de um texto, mas têm dificuldade em localizar os argumentos que a sustentam.

• ...

Relatório por estudante:

• Estudante 1: dificuldade com argumentação/identificação de retomadas com pronomes oblíquos.

• Estudante 2: ...

DADOS DA AVALIAÇÃO

INTERNA

ESCOLA

DADOS DA

AVALIAÇÃO EXTERNA

AVALIANDO IDEPB

Revista do Professor - Língua Portuguesa 109

5 Trata-se de um exemplo hipotético. Você deve utilizar os dados da(s) sua(s) turma(s) para realizar essa atividade.

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Plano de ação da EscolaOs conteúdos podem ser relacionados às habilidades não desenvolvidas?

SIM! Então vamos pensar em planos de ação para o desenvolvimento conjunto desses conteúdos, competências e habilidades.

NÃO! Os planos de ação devem ser elaborados para cada conteúdo. Vamos ficar atentos para não desenvolver planos de ação para uma única habilidade, mas para um conjunto delas, relacionadas a um determinado conteúdo proposto nas orientações curriculares.

Lembre-se de que todo o planejamento da

escola é coletivo e tem como referência o

Projeto Político-Pedagógico!

Parecer da Escola. Escola e Turmas .

Com base nos resultados das avaliações internas, identifique, junto com seus pares, as principais dificuldades apresentadas pelos estudantes em relação aos conteúdos desenvolvidos durante o ano letivo. Para isso, utilize as notas e relatórios.

De acordo com a proficência média da escola e o percentual de acerto por descritor/habilidade das turmas, identifique em quais habilidades os estudantes demonstraram maiores dificuldades.

Relacione as informações coletadas nas duas avaliações:

M São resultados similares? M As dificuldades apresentadas em

sala de aula são as mesmas que aquelas apresentadas na avaliação do Avaliando IDEPB 2016?

M Junto com os seus colegas, levante hipóteses para o que vocês identificaram.

Retome o Plano de curso e relacione conteúdos e habilidades que não foram desenvolvidos de modo apropriado:- Conteúdo 1 Habilidade A - resultados Habilidade B - resultados ...- Conteúdo 2 ...

/// PARTE A C Resultados da Escola

Observe as competências e as habilidades desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes,

com base na proficiência média da escola, percentual de acerto das habilidades (da escola) e diagnóstico

interno (escola e turmas).

UM OLHAR PARA OS DIFERENTES DADOS

DIAGNÓSTICO DA ESCOLA

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.5

É importante compreender a relação entre as orientações curriculares e as habilidades avaliadas pelo Ava-liando IDEPB. As hipóteses levanta-das no diagnóstico poderão ajudá-lo nessa tarefa.110 AVALIANDO IDEPB 2016

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Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.5

Agora é possível elaborar um planejamento pedagógico com base no Plano de Ação da Escola e no PPP, observando as competências e habilidades ainda não desenvolvidas pelos estudantes.

Apresentaremos, a seguir, alguns exemplos de habilidades, relacionadas às respectivas competências, acompanhadas por atividades pedagógicas e itens de avaliações em larga escala que abordam essas habilidades. É importante ressaltar que o trabalho com os conteúdos curriculares pode ser reformulado durante o ano letivo, com vistas ao desenvolvimento pleno das habilidades esperadas para cada etapa de escolaridade.

O próximo passo será elaborar um plano de ação de acordo com o desempenho dos estudantes. Para isso, utilize o diagnóstico já realizado por você nas Atividades 1 e 2 dos resultados das turmas.

De acordo com o padrão de desempenho em que se encontram, os estudantes apresentam dificuldades que requerem intervenções de Recuperação, Reforço ou Aprofundamento.

Ao pensar na sua sala de aula, você deve propor um plano de ação que contemple intervenções orientadas para estudantes com diferentes níveis de desenvolvimento de habilidades e competências.

/// PARTE B C Resultados dos estudantes

Observe as habilidades e as competências desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes da

escola, com base na distribuição desses estudantes por padrão de desempenho, no percentual de acerto

dos itens de cada estudante e no diagnóstico interno dos estudantes.

EXEMPLODIAGNÓSTICO DOS ESTUDANTES

PLANO DE AÇÃO DO PROFESSOR

Esses dados já estão

prontos. Basta você

consultar as atividades

propostas, nos roteiros de leitura

e interpretação dos resultados

alcançados.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 111

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Para auxiliar os estudantes a desenvolver a

primeira habilidade indicada, é preciso reforçar o

trabalho com textos que apresentem elementos

de retomada, como sinônimos, pronomes retos,

oblíquos, demonstrativos etc.

De maneira análoga, é necessário oportuni-

zar aos estudantes a percepção das circunstân-

cias presentes em um texto, como causa, con-

sequência, tempo, lugar, dentre várias, por meio

da compreensão do valor de expressões conjun-

tivas, adverbiais etc.

112 AVALIANDO IDEPB 2016

Competência:

C Estabelecer relações lógico-discursivas.

Habilidade(s) não desenvolvida(s):

C Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições

que contribuem para a continuidade desse texto.

C Estabelecer relações lógico-discursivas marcadas por conjunções, advérbios etc.

EXEMPLO 1

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I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

ASSEMBLEIA NA CARPINTARIA

Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião das ferra-

mentas para acertar suas diferenças.

O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar.

A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo

aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas

voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a ex-

pulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em

atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre media os outros

segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o

martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. Foi então que o ser-

rote tomou a palavra e disse:

“Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas quali-

dades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentre-

mo-nos em nossos pontos fortes.”

A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial

para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.

Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria

pela oportunidade de trabalhar juntos.

Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa

busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa. Ao contrário, quando se busca com

sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.

É fácil encontrar defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades, isto é para os

sábios!Fonte: (http://metaforas.com.br/assembleia-na-carpintaria)

Professor, além do trabalho com a leitura e a interpretação desse texto, é importante abordar

elementos pertinentes às relações lógico-discursivas. Sugerimos atividades como as seguintes:

a) Na frase: “O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizen-

do que ele dava muitas voltas para conseguir algo.”, o pronome destacado refere-se a qual termo?

b) “Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão.”

Qual é a circunstância expressa na primeira oração deste período? Como você a percebeu?

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II. ITENS RELACIONADOS ÀS HABILIDADES

Leia o texto abaixo.

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10

15

20

Backup de lembranças

O americano Gordon Bell, pioneiro da comunicação na década de 60, fez um experimento consigo mesmo para mostrar como fi nalmente podemos escapar do esquecimento biológico. Tudo começou em 1998, quando Bell decidiu digitalizar todos os documentos de papel que guardava desde os anos 50: fotos, anotações de trabalho e até imagens de suas roupas. No “ápice” do experimento, retratado em O Futuro da Memória (2009, Editora Campus), ele chegou a gravar quase tudo o que acontecia na sua vida. Para isso, usava uma microcâmera em seu peito que tirava fotos a cada 5 segundos, e carregava um gravador para captar todos os sons que ouvia. Tudo o que Gordon lê num computador é automaticamente repassado para um sistema que funciona como um Google pessoal. Lá, ele consegue checar instantaneamente quando e com quem estava em dado momento, e até encontrar o que aquela pessoa disse. “É ótimo ter um backup de memória”, diz o pesquisador da Microsoft de 76 anos, que critica as técnicas de memorização.

Na verdade, há quem argumente que a cabeça é um dos piores lugares para se guardar uma memória – ao menos se você quiser ser uma versão mais próxima do que realmente aconteceu. Imagine que nosso armazenamento de informação é semelhante a uma trupe de atores (os neurônios) interpretando uma peça. Cada um sabe somente suas falas, que devem ser ditas após a deixa dos outros. Se um dos atores fi car doente, atrapalha a peça, forçando os companheiros a improvisar. A metáfora serve para explicar por que, ao recuperarmos algumas de nossas memórias, nós as fortalecemos, mas enfraquecemos e esquecemos outras que não estão relacionadas. E (desculpe, Gordon Bell) não há arquivo que combata isso.

Galileu. n. 241. Ago. 2011. p. 45. (P100037E4_SUP)

(P100040E4) Nesse texto, no trecho “Lá, ele consegue checar instantaneamente...” (ℓ. 9-10), a palavra destacada está no lugar de A) microcâmera.B) gravador. C) computador. D) sistema. E) memória.

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Leia o texto abaixo.

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Nada contra a gíria, bródi

O professor de Português é sempre o primeiro que se pergunta se a gíria é maléfica, benéfica ou indiferente. “A língua corre risco com a abundância e a difusão da gíria?”, perguntam os mais preocupados.

Não, a língua não corre riscos. Corre risco quem não sabe o lugar que a gíria deve ocupar.Muitas vezes, a gíria é o oxigênio da língua, o fruto mais rápido e imediato da criatividade

linguística de um povo.Frequentemente baseada em metáforas (relações de semelhança), a gíria tem forte

poder de síntese. Usar a palavra “bagaço” para manifestar o estado em que se encontra uma pessoa ou um objeto dá bem a dimensão do poder de síntese e do caráter metafórico dessa linguagem.

Então tudo bem com o uso da gíria? Vale em qualquer situação? Não, não e não. Ela tem uso limitado. Certamente você não imagina que um determinado grupo social possa usar sua gíria em qualquer situação ou lugar.

Em outras palavras, muitas vezes a gíria não é coletiva. Não abrange toda a sociedade. Não há linguagem científica baseada em gíria. Não há linguagem jurídica baseada em gíria. Não se escreve contrato em gíria. E não há dicionário universal de gíria.

E é aí que mora o perigo: se você limitar sua linguagem à gíria, pode ficar viciado e acabar perdendo de vista a necessária referência que o padrão formal da língua impõe.

Em uma dissertação de vestibular, o uso de gíria é impensável. Nada contra a gíria, bródi, mas tudo tem seu tempo e seu lugar.NETO, Pasquale Cipro. Folha de S. Paulo. 18 jan. 1999. Folhateen, p. 5. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P090264C2_SUP)

(P090267C2) No trecho “... se você limitar sua linguagem à gíria,...” (ℓ. 17), o termo destacado estabelece relação deA) causa.B) concessão. C) condição.D) consequência.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 115

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Competência:

C Distinguir posicionamentos.

Habilidade(s) não desenvolvida(s):

C Identificar a tese de um texto.

C Estabelecer relação entre a tese e os argumentos que a sustentam.

EXEMPLO 2

A competência “Distinguir posicionamentos”

é uma das que, de modo geral, alcançam per-

centuais de acerto mais baixos, nos testes das

avaliações em larga escala.

Há atividades bastante produtivas para o de-

senvolvimento das duas habilidades relacionadas

– Identificar a tese de um texto e Estabelecer re-

lação entre a tese e os argumentos que a sus-

tentam –, como a indicada no quadro a seguir.

Cabe destacar a importância de perceber a re-

lação entre as atividades desenvolvidas em sala

de aula, de acordo com o planejamento anual,

e as habilidades verificadas nas avaliações exter-

nas: os itens que se seguem à atividade proposta

ilustram essas habilidades.

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I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

SINAIS DA TERRA

O aquecimento global pode parecer demasiado remoto para nos causar preocupação, ou até

mesmo incerto – talvez apenas uma projeção feita pelas mesmas técnicas computacionais que

muitas vezes não acertam nem a previsão do tempo da semana que vem. Num dia gelado de inver-

no, poderíamos achar que alguns graus a mais na temperatura não seria tão mau assim. E os alertas

sobre as mudanças climáticas súbitas podem parecer uma tática radical dos ambientalistas para nos

obrigar a abandonar nosso carro e o conforto do nosso estilo de vida.

Talvez essas ideias nos consolem. Contudo, a Terra de fato tem notícias perturbadoras para

nos dar. Do Alasca aos picos elevados dos Andes, o mundo está se aquecendo – agora mesmo,

e depressa. Em termos globais, a temperatura subiu 0,6° C no último século, mas os lugares mais

frios e remotos se aqueceram mais. O gelo está derretendo; os rios, secando; e os litorais, sofrendo

erosão, ameaçando a vida de muitas comunidades. A flora e a fauna também estão sob pressão.

Não se trata de projeções, mas de fatos concretos. [...]

Há séculos derrubamos florestas e queimamos carvão, petróleo e gás, e despejamos na atmos-

fera dióxido de carbono (gás carbônico) e outros gases que aprisionam o calor mais rápido do que

as plantas e os oceanos conseguem absorvê-lo.

[...] Na verdade, o que estamos fazendo é pôr mais cobertores em cima do nosso planeta.

Fonte: (APPENSELLER, Tim. Sinais da Terra. National Geographic Brasil, setembro de 2004.)

Como no Exemplo 1, além da leitura e interpretação desse texto, é possível abordar aspectos

relacionados à competência “Distinguir posicionamentos”:

a) Indique qual é a tese que o autor desse texto defende.

b) Relacione dois argumentos utilizados pelo autor para defender sua opinião.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 117

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II. ITENS RELACIONADOS ÀS HABILIDADES

(P090700EX) A ideia defendida nesse texto é queA) a gordura deve ser consumida em medidas recomendadas para trazer benefícios à saúde.B) a gordura do leite integral é bastante reduzida em relação ao desnatado e ao semidesnatado.C) os adolescentes devem consumir leite integral para o bom funcionamento do corpo.D) os órgãos vitais necessitam de leite integral para que possam funcionar adequadamente.

Leia o texto abaixo.

Integral ou desnatado?

A nutricionista Ana Beatriz Barrella [...] explica que a diferença entre leite integral, desnatado e semidesnatado está na redução da gordura. Adolescentes devem optar por integral, já que a gordura é um nutriente fundamental para o bom funcionamento do corpo e, se consumida dentro das quantidades recomendadas, desempenha diversas funções, que vão de dar energia a manter a temperatura corporal constante, além de proteger os órgãos vitais do corpo, entre outros benefícios.

Todateen. jan. 2011. Ano 16. n 182, p. 36. Fragmento. (P090700EX_SUP)

Leia os textos abaixo.Testes em animais

Texto 1

“Acho que não tem cabimento [fazer experimentos em animais], não importa o bicho! Isso é um absurdo de qualquer jeito! Um animal também sente. E se fosse com você? Minhas amigas compram vários cosméticos, eu também fi cava louca para comprar quando ia à farmácia, mas agora vou pesquisar e só vou comprar marcas que não fazem experimentos em animais. Temos que lembrar que eles não são animais de pelúcia”.

Amália Garcez

Texto 2

“Eles maltratam muito esses animais. Se pelo menos tomassem mais cuidado, tudo bem, por exemplo: evitar usar agulhas, dar remédios mais fracos etc. Cuidem bem dos bichos, eles sentem dor na minha opinião”.

Ralph AssisDisponível em: <http://migre.me/rOGo2>. Acesso em: 14 mar. 2014. (P090326F5_SUP)

(P090327F5) No Texto 1, qual trecho apresenta um argumento utilizado pela autora para defender sua opinião?A) “Isso é um absurdo de qualquer jeito!”.B) “E se fosse com você?”.C) “... eu também fi cava louca para comprar...”.D) “... mas agora vou pesquisar...”.

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EQUIPE - GRE - SEE

Wleica Honorato Aragão QuirinoGerente Regional da Educação – 1ª GRE – João Pessoa

Márcia Amaral de OliveiraGerente Regional da Educação – 2ª GRE – Guarabira

Giovana Marques LopesGerente Regional da Educação – 3ª GRE – Campina Grande

Maria das Graças Medeiros de Almeida Gerente Regional da Educação – 4ª GRE – Cuité

Aristtotenes da Silva PrataGerente Regional da Educação – 5ª GRE – Monteiro

Luiz Carlos Gomes Barreto GabiGerente Regional da Educação – 6ª GRE – Patos

Maria do Carmo Lima BezerraGerente Regional da Educação – 7ª GRE – Itaporanga

Maria do Socorro Muniz de OliveiraGerente Regional da Educação – 8ª GRE – Catolé do Rocha

Andreia Braga de OliveiraGerente Regional da Educação – 9ª GRE – Cajazeiras

Maria do Socorro Antunes FerreiraGerente Regional da Educação – 10ª GRE – Sousa

Francisca de Lucena HenriquesGerente Regional da Educação – 11ª GRE – Princesa Isabel

Edla Maria dos Santos BarbosaGerente Regional da Educação – 12ª GRE – Itabaiana

Ione dos Santos Severo FormigaGerente Regional da Educação – 13ª GRE – Pombal

Gerailton Santos da SilvaGerente Regional da Educação – 14ª GRE – Mamanguape

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