ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

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Dimensão e mensuração da pobreza na Bahia Jorge Abrahão de Castro Diretor da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do IPEA Salvador, 01 de julho de 2011

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Page 1: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Dimensão e mensuração da pobreza na Bahia

Jorge Abrahão de CastroDiretor da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do IPEA

Salvador, 01 de julho de 2011

Page 2: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Mensuração da pobreza extrema

Page 3: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Definindo a pobreza• O que é a pobreza extrema?

– É o estado de privação de um indivíduo cujo bem-estar é inferior ao mínimo que a sociedade a qual ele pertence julga obrigada a garantir.

• Como medir o bem-estar?

• Como definir o “mínimo”?

Page 4: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Índices MultidimensionaisConsidera que a pobreza é um fenômenocomplexo, que envolve outras dimensõesalém da renda (como o acesso a serviços, oexercício da cidadania etc) e/ou que a rendamedida pelas pesquisas domiciliares não ébom indicador de bem-estar

Absoluta

Linhas subjetivas

Linhas oficiais/administrativas

Bolsa Familia

BPC/LOAS

Banco Mundial

Linha Nacional de Pobreza

Linhas objetivasMétodo calórico direto

Método calórico indireto

Relativa

Capacidades e comodidades

Amartya Sen

Bens relacionais

Insuficiência de rendaConsidera a pobreza um fenômenocomplexo, mas julga que a renda é o indicadormais importante do bem-estar e/ou que estáintimamente associada com as outrasdimensões do fenômeno

PobrezaEnfoques para linha?

Seleção das variáveisNormalização Ponderação

Linha de corteNecessidades Básicas

Insatisfeitas (NBI)

Índice Marginación (México)

Índice de Pobreza Humana (IPH1 e IPH2)

Bens representativos

Page 5: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Linha de elegibilidade de ações ou programas

Linha nacionalLinha de monitoramento

Pré-requisitos

Transparência: facilidade de cálculo a partir das informações disponíveis

Adequação ao problema: delimitar claramente os grupos de interesse

Aproveitar os sistemas de dados e informação existentes

Separa os elegíveis dos não elegíveis ao programa

Permite o monitoramento do ações ou programas

Delimita os extremamente pobres

Quantos são?

Quem são?

Onde estão?

Permite o monitoramento da extrema pobreza

Como evolui?

Sistema de indicadores auxiliares

Qual linha?

Linha de pobreza extrema

Page 6: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Linha de nacional pobreza extrema

Valor deve ter como base algum período anterior ao ínicio da

estratégia

A linha deve ser ajustada por um índice

de preço adequado

Dever ser exequivel e focar no problema

selecionado

É fixa

Linha de elegibilidade de ações e programas

Valor não precisa ter como base algum ano

anterior

Pode ser mas não precisa de reajustes

por um índice de preço

Pode ser elevada quando se desejar e/ou

se tiver condições orçamentárias

Não precisa ser fixa

Parâmetros para linhas de pobreza com

objetivos diferentes

Linha para estudos e pesquisas

Valor pode ou não ter como base algum ano

anterior

Pode ou não ser ajustada por um índice

de preço

As restrições orçamentárias são

apenas téoricas

Pode ser fixa ou não

Quais são os parâmetros da

linha?

Page 7: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

É chegar a zero?

Renda das famílias é volátil

Zero pessoas estão abaixo da

linha

Diferente de zero

Sim

Não

Por quê?

O que significa erradicar?

Na prática, isso é impossível

Volatilidade de longo alcance

Famílias sem perfil de pobre que ficam momentaneamente sem renda em um mês específico

Volatilidade de curto alcance

Novas famílias caem na pobreza a cada mês e a política pública sempre demora um tempo para

cadastrar e atender novos beneficiários

Quanto deve ser?

Apenas residual, mas é

difícil estimar com precisão

Não há fontes de dados adequadas no momento

As melhores estimativas disponíveis sugerem algo em

torno de 8 % dos pobres extremos inciais

Ou seja, a extrema pobreza poderia ser considerada erradicada caso restassem apenas “0,08*N” pessoas da situação

incial de extrema pobreza

Page 8: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Diferenças nos resultados?

Censo, PNAD, POF e outras

Fontes diferentes = Números diferentes

Por que?

Perguntas diferentes sobre

rendaEm geral, quanto mais

detalhadas, maior a renda média

Inclusão ou não da renda não-monetária

Períodos de referência distintos

Sazonalidade

PNAD: só renda do último mês

POF: renda de vários meses

Desenho amostral e projeção de população

Seleção de municípios e setores censitários

Flutuações amostrais

Atualizações de projeções

Ideal é fazer o monitoramento a partir de uma única base

Page 9: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Por que “extrema

pobreza”?

Referência internacional

Focalizar nos que mais precisamCaso a linha seja alta, o grupo que mais precisa – o mais difícil de ser tirado da extrema pobreza –tende a se diluir nas estatísticas

Restrição orçamentária

Metas do Milênio (ODM 1)

Linha de US$ 1,25 por dia PPP equivale em

2011 a cerca de R$ 70 per capita por mês

O custo é um múltiplo do Hiato

de PobrezaO Hiato de Pobreza aumenta de forma

não linearPequenos aumentos no

valor da linha geram grandes aumentos no

Hiato

-

20

40

60

80

100

120

0 50 100 150 200 250 300

Linha de Pobreza (R$ set/2009)

Hia

to d

e po

brez

a (b

ilhõe

s de

R$

de s

et/2

009)

Page 10: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Evolução da pobreza extrema

no Brasil e na Bahia

Page 11: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Brasil: uma década em um gráfico

Crescimento da renda e queda da desigualdade foram conjugados sobretudo a partir de 2004...

Page 12: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Breve síntese da situação social do Brasil, Nordeste e Bahia - 2009

Brasil Nordeste Bahia(a) (b) (c) (c/a) (c/b)

Cobertura da Pop. Idosa (60 ou mais) 77,3 80,4 80,7 4 0Esperança de Vida aos 60 anos¹ 21,3 20,3 22,0 3 8Extrema Pobreza (linha de R$ 70,00) 5,2 11,2 10,2 97 -9 Renda Domiciliar Per Capita 635 396,9 416,5 (34) 5Taxa de Mortalidade Infantil (por mil Nascidos Vivos)² 20,0 28,7 26,3 31 -8

Taxa de Homicídio Masculina (15 a 29 anos)³ 47,7 56,4 48,9 3 -13Seguridade Percentual da Renda com Transferências 23,6 29,5 27,5 16 -7

Desemprego 8,2 8,9 9,3 13 4Redimento Médio do Trabalho (salário) 1.008 620,4 624,6 (38) 1Taxa de Analfabetismo (15 anos ou mais) 9,7 18,7 16,7 72 -11Número Médio de Anos de Estudos (15 anos ou mais) 7,5 6,3 6,3 (16) 0Abastecimento Adequado de Água 81,8 74,6 77,1 (6) 3Esgotamento Sanitário Adequado 70,5 58,0 63,9 (9) 10

Cultura Internet no Domicílio 28,1 14,3 17,1 (39) 20Cobertura da pop. Idosa (rural) 86,4 89,0 88,5 2 -1Extrema Pobreza (linha de R$ 70,00) (rural) 12,7 20,7 17,6 38 -15 Renda Domiciliar Per Capita (rural) 314 207,5 222,0 (29) 7Redimento Médio do Trabalho (salário) (rural) 414 241,9 247,6 (40) 2Taxa de Analfabetismo (15 anos ou mais) (rural) 22,8 32,6 30,1 32 -8Esgotamento Sanitário Adequado (rural) 74,95 23,8 23,0 (69) -3Internet no Domicílio (rural) 4,2 1,3 1,0 (77) -23

Nota:

Áreas de Atuação Política

Indicadores

Previdência Social

Assistência Social

Saúde

Trabalho e Renda

² Os valores da Taxa de Mortalidade Infantil (por mil Nascidos Vivos) apresentados representam os anos de 2001 e 2007. Ainda não foram calculados os valores para o ano de 2009

³ Os valores da Taxa de Homicídio Masculina (15 a 29 anos)apresentados representam os anos de 2001 e 2007. Ainda não foram calculados os valores para o ano de 2009

Educação

Saneamento e Habitação

Rural

¹ Os valores da Esperança de Vida aos 60 anos apresentados representam os anos de 2001 e 2008. Ainda não foram calculados os valores para o ano de 2009

Page 13: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Evolução da situação social no Bahia 2001-2009

2001 2009(a) (b) (b/a)

Cobertura da Pop. Idosa (60 ou mais) 80,5 80,7 0%Esperança de Vida aos 60 anos¹ 21,5 22,0 2%Extrema Pobreza (linha de R$ 70,00) 21,2 10,2 -52% Renda Domiciliar Per Capita 280 417 49%Taxa de Mortalidade Infantil (por mil Nascidos Vivos)² 35,4 26,3 -26%Taxa de Homicídio Masculina (15 a 29 anos)³ 23,0 48,9 113%

Seguridade Percentual da Renda com Transferências 22,5 27,5 22%Desemprego 10,1 9,3 -8%Redimento Médio do Trabalho (salário) 507 625 23%Taxa de Analfabetismo (15 anos ou mais) 22,8 16,7 -27%Número Médio de Anos de Estudos (15 anos ou mais) 4,8 6,3 31%Abastecimento Adequado de Água 62,1 77,1 24%Esgotamento Sanitário Adequado 57,2 63,9 12%

Cultura Internet no Domicílio 3,5 17,1 387%Cobertura da pop. Idosa (rural) 87,8 88,5 1%Extrema Pobreza (linha de R$ 70,00) (rural) 30,5 17,6 -42% Renda Domiciliar Per Capita (rural) 137,5 222,0 61%Redimento Médio do Trabalho (salário) (rural) 192,8 247,6 28%Taxa de Analfabetismo (15 anos ou mais) (rural) 38,6 30,1 -22%Esgotamento Sanitário Adequado (rural) 15,8 23,0 46%Internet no Domicílio (rural) 0,0 1,0 3100%

Saneamento e Habitação

Áreas de Atuação Política

Indicadores

Rural

Previdência Social

Assistência Social

Saúde

Trabalho e Renda

Educação

Page 14: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Pobreza extrema na Bahia é o dobro da média Brasil.

Porcentagem da população sobrevivendo com menos de R$ 70,0 de jan 2010.

11,2

11,5

11,5

10,1

10,4

10,5

9,5 10

,1

8,9

7,5

6,3

6,2

5,1

5,2

23,8

27,0

22,6

20,1

20,1 21

,2

20,3

20,7

16,1

14,1

12,1

11,0

10,7

10,2

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Brasil Bahia

Page 15: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Pobreza extrema Rural na Bahia e Nordeste

Porcentagem da população sobrevivendo com menos de R$ 70,0 de jan 2010.

23,3 24

,8

24,7

21,8

21,8

21,7

20,1 21

,3

18,8

16,4

14,1

13,4

11,1

11,2

23,8

27,0

22,6

20,1

20,1 21

,2

20,3

20,7

16,1

14,1

12,1

11,0

10,7

10,2

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Nordeste Bahia

Page 16: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Pobreza extrema na Bahia Urbano e Rural

16,8 18

,9

15,4

12,5 14

,0 15,9

15,5

15,8

12,4

9,6

8,3

8,0

7,3

6,9

35,6

41,3

34,7

32,7

30,1 32

,5

30,0

30,5

23,8

23,2

20,0

17,2 18,3

17,6

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Bahia/Urbano

Bahia/Rural

Page 17: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Pobreza extrema na Bahia e Brasil Rural 27

,7

27,9

28,2

25,3

24,8

25,4

22,9

23,1

20,5

18,3

16,7

14,9

13,1

12,7

35,6

41,3

34,7

32,7

30,1 32

,5

30,0

30,5

23,8

23,2

20,0

17,2 18,3

17,6

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Brasil/Rural

Bahia/Rural

Page 18: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Pobreza extrema na Bahia e Brasil Urbano

16,8

18,9

15,4

12,5

14,0

15,9

15,5 15,8

12,4

9,6

8,3

8,0

7,3

6,9

6,9 7,3

7,2

6,2 6,7 7,

7

6,9 7,

6

6,5

5,2

4,2 4,4

3,6

3,7

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Bahia/Urbano

Brasil/Urbano

Page 19: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

A desigualdade na distribuição da renda domiciliar per capita na Bahia e Brasil

(Coeficiente de Gini)

Page 20: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Renda domiciliar per capita, 2004 e 2009 (R$ out/2009)

495

635

-

650

2004 2009

Brasil

284

416

-

650

2004 2009

Bahia

Renda per capita no Bahia cresceu 46%, contra 28% no Brasil como um todo.

Em 2004, a renda na Bahia era equivalente a 57% da média nacional; em 2009, 65%.

Em 2004, a Bahia era a UF com a 5ª menor renda per capita; em 2009, tornou-se a 7ª.

Page 21: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Evolução da pobreza na Bahia

Extrema pobreza15.8%

Pobreza 27.0%

Vulneráveis 43.6%

Não Pobres 13.0%

2004

Extrema pobreza

9.6%

Pobreza 17.1%

Vulneráveis 48.7%

Não Pobres 24.6%

2009

Diminuição forte na extrema pobreza e na pobreza: juntas, caíram quase 17 pp.Em 2009, as duas somaram 26,7% da população baiana, número ainda mais alto do que o do Brasil como um todo (14,1%). Neste ano, a Bahia era a 7ª UF com maior incidência de pobreza. Devido ao seu tamanho, era a UF com o maior número de pobres extremos.

Page 22: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Incidência da extrema pobreza (%)

Todas as áreas avançaram, mas áreas rurais e municípios pequenos ainda apresentam índices muito mais elevados.

23,8

12,0

17,1

6,4

0

25

Rural Urbano

Por tipo de área (%)

2004 2009

19,0

10,4

13,0

4,4

0

25

Pequenos Grandes

Por tipo de município (%)

2004 2009

Page 23: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Aspectos demográficos

5,14,34,6 4,5

3,4 3,72,7 2,4

0

6

2004 2009

# moradores por domicílio

Extremamente pobres PobresVulneráveis Não Pobres

23

16

9 10

1 10 00

30

2004 2009

famílias com 4 ou mais crianças (%)

Extremamente pobres PobresVulneráveis Não Pobres

84 8482 7979 8065 71

0

90

2004 2009

pretos, pardos e indígenas (%)

Extremamente pobres PobresVulneráveis Não Pobres

1524

17 18

5240

7177

0

80

2004 2009

famílias sem crianças (%)

Extremamente pobres PobresVulneráveis Não Pobres

Presenter
Presentation Notes
Em relação ao Brasil: # moradores por domicílio é semelhante; % famílias com 4 ou mais crianças é semelhante. Diferenças: mais homogêneo em termos de cor (menos polarização brancos/não brancos). Mais polarização de famílias sem crianças.
Page 24: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Extrema pobreza por idade (%)

Extrema pobreza está correlacionada com idade: incidência ainda é alta entre crianças e apenas residual entre idosos

25,7

16,1 14,5

10,1 11,9

7,3

1,2 0,4 0

30

2004 2009

0 a 14 anos 15 a 24 anos 25 a 64 anos 65 anos ou mais

Page 25: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Composição da renda em 2009

R$ 40 per capita

R$ 102 per capita

R$ 256 per capita

R$ 1097 per capita

Trabalho 50.2%

PBF e BPC41.4%

Previdência1.8% Outras

6.6%

Extremamente pobres

Trabalho 72.3%

PBF e BPC15.5%

Previdência8.3%

Outras 3.9%

Pobres

Trabalho 71.5%

PBF e BPC5.3%

Previdência20.6%

Outras 2.6%

Vulneráveis

Trabalho 73.2%

PBF e BPC0.8%

Previdência22.0%

Outras 4.0%

Não pobres

Page 26: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Programa Bolsa Família

Programa Bolsa Família também avançou muito, mas ainda existem muitas famílias elegíveis que não recebem e os valores transferidos são baixos

41

66

44

62

20

34

5 40

70

2004 2009

Famílias beneficiadas pelo PBF (%)

Extremamente pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

62

110

61

104

45

91

35

78

0

120

2004 2009

Valor por família beneficiária (R$ 2009)

Extremamente pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

Page 27: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Educação (15-60 anos)

3,7 4,3 4,3 4,9 5,9 6,3

9,8 9,7

0

12

2004 2009

Anos de estudo (15-60 anos)

Extremamente pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

514344

3832

27

812

0

60

2004 2009

Analfabetismo funcional (16-60 anos; %)

Extremamente pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

Page 28: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Mercado de trabalho (%)

Fonte

Extremamente Pobres Pobres Vulneráveis Não Pobres

2004 2009 2004 2009 2004 2009 2004 2009

Empregadores 0,1 0,3 0,4 0,5 1,4 1,2 8,1 6,0

Produtores agrícolas 28,9 34,0 21,8 22,6 14,7 11,4 3,6 5,1

Empreendedores 10,9 5,8 9,9 10,8 13,7 14,2 15,5 15,0

Empregados formais 1,6 0,2 9,8 6,6 22,4 22,4 38,1 41,1

Empregados informais 19,3 16,0 24,4 27,0 20,2 23,2 10,6 11,5

Desocupados 12,4 14,4 8,9 8,6 6,2 6,6 4,5 4,0

Inativos 26,8 29,2 25,0 23,8 21,3 21,1 19,5 17,2

PIA 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

PIA como % da Pop. 41,6 45,3 48,3 48,5 57,1 58,3 65,7 63,8

Page 29: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Famílias típicas 2009 (%)

Famílias Sem conexão Conexão precária

Conexão agrícola Outras Total

Extremamente pobres 29 32 36 3 100

Pobres 10 45 21 23 100

Vulneráveis 7 29 9 56 100

Não pobres 6 15 3 75 100

Definidas em função da conexão com o mercado de trabalho• Sem conexão: PIA familiar integralmente composta por desocupados e inativos• Conexão precária: maior parte da PIA familiar ocupada é composta por contas próprias e/ou empregados informais• Conexão agrícola: pelo menos metade da PIA familiar ocupada é composta por produtores agrícolas• Outras: categoria residual que abrange todas as demais situações

Altos percentuais de famílias sem conexão com o mercado de trabalho e com conexão agrícola entre os extremamente pobres

Page 30: Ipea bahia 01.07.11 dimensão e mensuração da pobreza na bahia[1]

Distribuição relativa (em %) da população total e dos estratos de renda segundo tipos de família.

Brasil, 2009

Total

8,9

58,4

7,9

24,8

Sem Conexão Conexão Precária

Conexão agrícola Outras

Extr. pobre

35,5

3,1

32,5

29,0

Pobre

21,4

22,910,3

45,4

Vulnerável

8,7

55,6

29,1

6,6

Não pobre

3,3

75,5

6,514,7

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios em microdados.

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Número na RM Salvador

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Quantidade de pobres

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Intensidade de pobres

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Renda média dos pobres

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Pobreza por municípios%

5,7%

51,2%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450

Itapetinga

Sítio do Mato

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Plano Brasil Sem Miséria -PBSM

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Plano Brasil Sem Miséria - PBSM

• Instituído em 02 de junho pelo decreto 7.492

• Finalidade:– “...superar a situação de extrema pobreza da

população em todo o território nacional...”• Como:

– “...por meio da integração e articulação de políticas, programas e ações.”

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Características principais do PBSM• Finalidade clara e ambiciosa

– O atual governo terá 4 anos para tirar da pobreza extrema quase o mesmo número de pessoas que o anterior tirou em oito

• Delimitação clara do que se entende por extrema pobreza: renda mensal familiar inferior a R$ 70 por pessoa– Definição simples baseada em renda facilita o monitoramento

por parte do governo e da sociedade– Coragem e transparência: a linha de pobreza extrema permite

avaliações externas objetivas do desempenho do governo• Continuidade, integra o que já existe:

– Melhorar o que não tem tido bons resultados– E aumentar a efetividade das experiências de sucesso– Garantir os direitos sociais, em particular o acesso a serviços

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Características principais do PBSM

• Para cumprir sua finalidade deve alcançar 3 objetivos (Art.4):– “I - elevar a renda familiar per capita da população em situação

de extrema pobreza;”– “II - ampliar o acesso da população em situação de extrema

pobreza aos serviços públicos; e”– “III - propiciar o acesso da população em situação de extrema

pobreza a oportunidades de ocupação e renda, por meio de ações de inclusão produtiva.”

• Em função dos quais se estrutura em três eixos (Art.5):– “I - garantia de renda; II - acesso a serviços públicos; e III -

inclusão produtiva.”

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Características principais do PBSM

• O decreto também define a estrutura administrativa para levar o plano adiante

• Define as fontes de recursos (que são as já existentes)

• Estabelece a importância da participação de estados e municípios, bem como da sociedade civil

• Mas não detalha cada um dos programas e ações que o compõem

• O plano não é o edifício pronto, é a sua planta