i'Ói;uo da 111reuniÃo do grupo penlvianel~te de … · corvina 03 2..2. peac ad inha • ......

55
" .... ;'.~ ~ ~ SECHETARIA ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE - SEMAM INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS RENOvAvEIS - IBAMA DIHETORlt\ DE INCENTIVO A PESQUISA E DIVULGAÇÃO - DIRPED CENTRO DE PESQUISA E EXTENSÃO PESQUEIRA DAS REGIOES SUDESTE E SUL - CEPSUL !{EL1\I'ÓI;UO DA 111REUNIÃO DO GRUPO PEnlvIANEl~TE DE ESTUDOS SOBRE PEIXES DElVIERSAIS lTAJAÍ (SC); 01 A 05 DE ABRIL DE 1991. ITAJAí SETEJ\tBRO 199t

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" ....;'.~~ ~

SECHETARIA ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE - SEMAM

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS RENOvAvEIS - IBAMA

DIHETORlt\ DE INCENTIVO A PESQUISA E DIVULGAÇÃO - DIRPED

CENTRO DE PESQUISA E EXTENSÃO PESQUEIRA DAS REGIOES SUDESTE E SUL - CEPSUL

!{EL1\I'ÓI;UO DA 111REUNIÃO DO GRUPOPEnlvIANEl~TE DE ESTUDOS SOBRE PEIXES

DElVIERSAIS

lTAJAÍ (SC); 01 A 05 DE ABRIL DE 1991.

ITAJAíSETEJ\tBRO

199t

INDICE

I. INTRODUÇAO GERA.L 01

11. RELATORIO DO SUBGRUPO DE BIOLOGIA 022. ATUALIZAÇAO BIBLIOGRAFICA SOBRE A BIOLOGIA DAS PRINCIPAIS

ESPÉCIES ......................................................•..... 03

2.1. Corvina 03

2 ..2. Pe ac ad i nha •............................................•........................... 03

2.3.. Pescada olhuda 03

2.4.. Castanha 04

2.5. Elasmobrânquios 04

3. ESTATISTICAS DE DESEMBARQUE E COMENTARIOS SOBRE O ESTADODOS ESrrOQUES ....................•..•.......••..•....••.•...•.......•.••.• 04

3.1. Reg ião Sul 05

3 •.1 . 1 •. Co rv ina.. .. .. .. . . .. . . .. . . . . . . . . . . . . . .. .. .. . . . .. . . . . .. . . . . . . . 05

3.1.2. Pescada-Olhuda 05

3.1.3. Pescadinha-real 063.1.4. Castanha 06

3.1.5. Elasmobrânquios 07

3.1.6. Considerações sobre os desembarques totais 08

3.2 REGIAO SUDES'rE 093 • 2 • 1 • Corv ina 09

3.2.2. Pescadinha-real 093.2.3. Goête 10

3.2.4. Captura total das parelhas de São Paulo 104. REJEIÇAO E SELETIVIDADE 105. CONCLUSOES E RECOMENDAÇOES 115.1. RECOMENDAÇOES PARA A PESQUISA 125.2. RECOMENDAÇOES PARA O ORDENAMENTO DA PESCA 136. BIBLIOGRAFIA CITADA ....... 14 ."

111. RELATORIO DO SUBGRUPO DE TECNOLOGIA DE PESCA .... 181. FROTA PESQUEIRA DEMERSAL 182. AR.RASTEIROS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 18

3 • LINHEIROS '~,,'. 18

4. REDES DE EMALHAR ................................•... 19

5. COVOS 19

6. DISCUSSAO E CONCLUSOES .....................•...•..... 197 • RECOMENDAÇOES.. . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . • . . . .. 21

IV. SITUAÇAO DA FROTA ARRASTEIRA 22

V. RELATÓRIO DO SUBGRUPO SOCIO-ECONOMICO 23

1. INTIWDUÇAO 23

2. PRODUÇAO E DESEMBARQUE 23

3. CAPACIDADE INSTALADA DAS IND~STRIAS ...•..•......•. 23

4. IMPORTAÇAO DE PESCADO .••.........•.......•.......... 24

5. PROCESSAMENTO DE PESCADO ...•........•......•..•.•... 24

6. COMERCIALIZAÇAO DE PESCADO ...............•....... ~.. 25

7. CONCLUSOES ...........................•.••......••.•. 25

8. RECOr'1ENDAÇOES 25

VI. RELATÓRIO DO SUBGRUPO BAGRES ............•........... 27

1. INTRODUÇAO .............•........•.........•....•••.. 27

2. PESCA NA LAGOA DOS PATOS 27

3. RECOMENDAÇOES 28

4. PETIÇAO DOS PESCADORES DE NAVEGANTES (SC) 28

5. CONSIDERAÇOES FINAIS 28

VII. ANEXOS: TABELAS E FIGURAS

I. IlJTRODUÇAO GERAL

Dando continuidade à politica de manter atualizadas as in-formações sobre os niveis atuais de exploração dos principais re-cursos pesqueiros de interesse econômico, adotada pela extintaSuperintendência do Desenvolvimento da Pesca, ex-SUDEPE, o Insti-tuto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renová-veis - IBAMA, através da sua Diretoria de Incentivo à Pesquisa eDivulgação DIRPED, promoveu a 111 Reunião do Grupo Permanentede Estudos Sobre Peixes Oemersais, no Centro de Pesquisa e Exten-sdo Pesqueira do sudeste/Sul - CEPSUL, em Itajai-SC, entre 2 a 5de abril de 1991.

Participaram do evento 19 técnicos representando institui-ções de pesquisa pesqueira que realizam estudos sobre os recursosdemersais, bem como, no último dia , de industriais, armadores edemais representantes do setor produtivo, além da Assessora doChefe do DEPAQ/DIREN/IBAMA, Sra. MaIô Simões Ligocki, que dirigiuos trabalhos desse dia.

Foram consideradas, para efeito dos trabalhos do Grupo, to-das as espécies de demersais de interesse econômico capturadas emambientes marinhos e estuarinos do Sudeste/Sul.

No presente documento, são apresentados todos os dados dis-poniveis ao grupo, bem como as análises e avaliações dos estoquesprocedidas no encontro, além de sugestões para aperfeiçoamento desuas administrações e para futuras pesquisas.

2. OBJE'l'IVOS

o encontro objetivou atualizar as informações bioestatisti-cas Glsponíveis sobre as pescarias de demersais do Sudeste/Sul;discutir a legislação em vigor; regulamentação da frota em opera-ção; para ao final, sugerir medidas para o ordenamento das pesca-rias, bem como uma programação de pesquisa com vistas ao aprofun-damento dos conhecim~ntos sobre a biologia e pesca dos demersais.

3. METODOLOGIA DE TRABALHO/AGENDA

Ao abrir a reunião, o Sr. Chefe do CEPSUL, Or. Philip Char-Ics Conolly expressou seus votos de boas vindas, e colocou asinstalações do Centro à disposição do Grupo, desejando êxito paraas discussões que seriam desenvolvidas, passando a seguir, a pa-lavra à Representante da Diretora de Pesquisa do IBAMA, Sra. cio-mara Paim Couto que discorreu sobre a função de sua presença noato de abertura do encontro.

Em seguida, considerando a ampliação do número de espéciesde demersais a serem analisadas, os participantes foram dividi-dos em subgrupos, segundo a àrea de conhecimento: 1) análise dosaspectos bioestatísticos da pesca de demersais; 2) análise dosaspectos econômicos envolvidos na explotação desses recursos; 3)discussão dos aspectos de tecnologia empregada na captura de de-mersais; e 4) análise global da situação/nivel de exploração debagres no Sudeste/Sul.

Prosseguindo, foi sugerida e aprovada a seguinte agenda:

AGENDA

Dia 02 de abrilHorário:08:30 - 09:00h - Abertura

09:00 - 09:JOh - Discussão e aprovação da agenda.09:30 - 10:00h - Formação dos Subgrupos.10:00 - 12:00h - Inicio dos trabalhos dos subgrupos:

-Atualização bibliográfica sobre a bio-logia das espécies.

-Análise das estatisticas de captura e es-forço e avaliação do potencial pesqueiro.

-Rejeiç50 e Seletividade.-Lc'vant,unentoe caracterização da frota de

demersais: número de barcos por tipo dearte de pesca e suas caracteristicas f1-sicas principais.

14:00 - 18:00h - Continuação dos trabalhos dos subgrupos:-Estudos sobre a capacidade instalada das

indústrias.-Importação de pescado.-Processamento de pescado.-Comercialização de pescado.-Diagnóstico da pesca de bagres no Rio

Grande do Sul:caracterização da pesca;informações biológicas e situação dos es-toques.

Dia 03 de abrilHorário:08:00 - 12:00h - Continuação dos

apresentação edas pescarias de

trabalhosdiscussãodemersais.

dos subgrupos:sobre o estado

14:00 - 18:00h - Continuação da apresentação e discussãosobre o estado das pescarias de demersais.

Dia 04 de abrilHorário:08:00 - 12:00h - Consolidação e análise dos dados bioesta-

tiscos.- Análise das recomendações feitas pelo gru-

po integrado por pesquisadores da FURG,CEPSUL, e ex-SUDEPE, sobre a regulamenta-ção da pesca de demersais.

14:00 - 18:00h - Discussão das medidas de ordenamento dapesca, em vigor.

- Discussão sobre o atual nivel das pesqui-sas e sugestões para a implementação denovos estudos.

- Consolidação dos relatórios dos subgrupos.- Reunião dos subgrupos para apresentação e

discussão dos resultados alcançados.

Dia 05 de abrilHorário:09:00 - 13:00h - Reunião da Sra. Assessora do DEPAQ, MALO

SIMOES LIGOCKI, com os integrantes 'do gru-po de empresários e representantes de en-tidades do setor, para expo~ição dos re-sultados obtidos e sugestões para o desen-volvimento das pescarias de demersais doSudeste/Sul.

...•

2 -

11. RELAT~RIO DO SUBGRUPO DE BIOLOGIA

- Hl\NOEI, HAUmVICI (rtELATOR)- MONICA BRICK PERES- HÉLIO VALENTINI- LUIZ FERNANDO RODRIGUES- Di\VID C1\HVALHO DE FIGUEIHEDO- HIHhif LO;PEO PEREIRA- JOSÉ HERIBER'rO IU!NEZES DE LI.HA

- FURG/RIO GRANDE-RS- FURG/RIO GRANDE-RS- INST.PESCA/S~IOS-SP- SUPES/IBAMA-RJ- SUPESjIBAMA-SC- DIRPED/IBAMA/BSB- CEPSUL/IBAMA/SC

1. IN'l'HODUÇAO

Neste documento procurou-se atualizar as informações sobrea biologia e avaliação dos estoques de espécies demersais apre-sentadas no relatório da reunião do GPE realizada em 1984.

No período 1984-1990 a pesca sofreu algumas modificaçóes ese encontra num processo de diversificação, que torna necessáriaa reavaliaçao da abrangência de espécies e artes de pescaincluídas como objeto de estudo do GPE de demersais.

Consideram-se como objeto de trabalho do Grupo todas asespécies demersais de interesse econômico, capturadas nos am-bientes marintlos e estuarinos da região Sudeste-Sul, por di-versas artes de pesca: redes de arrasto de portas (1), parelha(2), tangones (3), pesca de linha-de-mão (4), espinheI de fundo(5) e cavos (6). Na tabela a seguir estão incluídas as principaisespécies e as artes de pesca com que são capturadas:

CorvinaPescada-olhudaPescadinhaCastanhaPargo-rosaLinguados

1,21,221,21,61,2,3,

Cação anjo 1,2,3

ViolaCações

1,21,2,5

Cherne poveiro 4,5Namorados 4,5Batata 4,5

MJcropoqonias furnieriÇynoscion striatusMacrodon ancylodonUrnbrina canosaipagrus pagrusParalichtyis patagonicus e P.orbyngianusSguatina argentina, S. guggenheine .â_. _ocul taRhvnobatus horkeriGaleorhinus~leus, Mustelus ca-

nis, M. shmitti e outrosPolyprion americanusPseudopercis sppLopholatilus villari

..

J -

2. l\'Tlit\Ll Z1\\:AO BIBLIOGRAFICA SOBRE A BIOLOGIA DAS PRINCI-PAIS [;::jPECIES

Entre os trabalhos posteriores a 1984 podemos ressaltar oscst.llch:.s ::c.ohre id ade e crc scimento na região Su 1 (Caste 110, 1986c S,Íl\-;'ln~FJ (~ CdstC110, 1990) em que foi validada a formação nosot ó Lit.o s de uma banda h ia Lina e uma :Jpaca, por ano. Barbieri(1986) e Pereira (1986) discutem a distribuição dos juvenis dae spó c ie na Lagoa dos PaLos. A diferenciação de estoques foiestudud~ aLrav0s da iliorfometriapor Castro (1989) e por métodosbi oqu í m icos por Vazzt.SleL e Phan (1989) e Lev i et a I (mirnmeo)Rc!cel1telrtc~f1Lt.', I oran. oLa borade s duas sinópses sobre corvina: umada FhO, de Isaac (1988) cobrindo diversos aspectos em toda a áreade distribuição e outra de Vazzoler (no prelo) sobre a biologia,1 iHli ta d a Cío 1 i Lor a 1 do Br asil. Ha ifi)ov ic i (l98 7) e Kotas (noprelo) {cll1êcelil dlLJuns u.rdo s sobre a estrutura de comprimentosdas espécies capturadas na região Sul.

Os trabalhos sobre identificação de estoques não mostra-reu di fererrc as conclusivas. No errt ant.o verif icaram-se tendên-Clas opost~s lIa captura e esforço de pescada e corvina entreas r~qloes Sudeste e Sul (Valentini et aI, no prelo; Haimoviciec ai; 1989) f indicando que o intercãmbio efetivo entre am-bas regiões é limitado e que, para efeitos da administração pes-quei.ra, deveií'!ser considerados separadamente.

Espécü~ bastante estudada desde a década de 60. No perío-do considerado, Juras e Yamaguti (1985) publicaram um trabalhosobre a alimentação da espécie no sul do Brasil. Haimovici(1938) estudou ° crescimento em otólitos de exemplares coletadosde 1984 a 19G6, e verificou que não houve mudanças em relação aoestudo anterior de pescadinhas amostradas em 1977 (MartinsJuras, 1980).

A análise das tendências na captura e esforço na regiãoSudeste mostra uma redução do estoque em anos recentes (Va-lentini et aI, no prelo) enquanto na região Sul o declínio en-tre 1976 e 1985 continuou (Haimovici et al 1989).

Ha iiuovic i (1987) I':: Kotas (no prelo) fornecem alguns da-dos sobre a estrutllra de comprimentos, sem discriminação por se-xos, nas capturas da regi50 Sul. Devido às diferenças de cresci-mento para machos e fêmeas e ã variação estacionaI na dis-tribuição geográfica dos sexos, estes dados são de uso limi-tado nas estimativas de mortalidade.

2.3. ppscada olhuda

Após 1984, foi elaborada uma tese de mestr~do (Vieira,1990) sobre a alimentação, reprodução, distribulção e cresci-mento da pescada no E.io Grónde do Sul.

Haimovici (1987) e Kotas (no prelo) fornecem' alguns dadossobre a estrutura de comprimentos nas capturas da região Sul.Haimovici e Vieira (1986) e Haimovici et aI (1989) apresentam

4 -

informações sobre desembarques,região Sul.

captura e esforço de pesca na

2.4. Castanha

Após 1984ção (Haimovici e1989) e avaliação(Haimovici, 1988).

Haimovici (1987) e Kotas (no prelo) fornecem alguns da-dos sobre a estrutura de comprimentos nas capturas da regiãoSul. Haimovici e Vieira (1986) e Haimovici et al (1989) apre-sentam informações sobre desembarques, captura e esforço de pes-ca na região Sul.

foram publicados trabalhos sobre a reprodu-Cousin, 1989), alimentação (Haimovici et al,

da pescaria aplicando análise de coortes

2.5. Elasmobrânguios

Entre os trabalhos relacionados à pesca e composição decapturas de cações e arraias na costa do Rio Grande do Sul, apartir de 1984, estão: "Análise das estatísticas de desembarquede elasmobrânquios demersais capturados por arrasto simples e deparelha e pela pesca artesanal entre 1973 e 1986" (Vooren et al,no prelo); "Pesca de arrasto demersal entre 1975 e 1985"(Haimovici et al, 1989) e "A pesca empresarial no Rio Grande doSul em 1989 e 1990, sua frota, áreas e petrechos de pesca, ecapturas" (Wahrlich & Peres, 1990).

A diminuição da abundância dos estoques de elasmobrân-quios nos últimos anos foi citado por Vooren (1991). Sobre os as-pectos biológicos e ecológicos temos, para o cação-bico-doce Ga-19orhinu~~le~ê, a distribuição espacial, sazonalidade, den-sidades relativas, reprodução (Peres, 1989; Peres & Vooren, MS) eidade e crescimento (Ferreira, 1988; Ferreira & Vooren, 1991).Para Mustelus schmitti tem-se a idade e crescimento (Batista,1988) e a reprodução (Souto, 1986). Para M. canis, os dados bá-sicos de reprodução são conhecidos (Souto, 1986). Para o gêneroSguatina, dispõe-se para as três espécies, da taxonomia, mor-fologia e alguns aspectos da biologia e ecologia (Vooren & daSilva, MS). A fêmea de viola, Rhinobatus horkelii, teve todaa parte de reprodução e migração descrita por Lessa et al(1986) .

3. ESTATISTICAS DE DESEMBARQUE E COMENTARIOS SOBRE O ESTADO DOSESTOQUES

A avaliação do estado dos estoques é baseada em traba-lhos anteriores à atualização das estatisticas de desembarque.Os principais antecedentes para a região Sul foram o trabalho deanálise da pesca demersal no periodo 1975-1985, realizado emcolaboração por pesquisadores da FURG e do IBAMA (Haimovici,Vieira e Pereira, 1989), uma análise de coortes de castanha(Haimovici, 1988), as análises dos desembarques de elasmobrân-quios demersais em Rio Grande (Vooren, Araujo e Betito, no prelo)e da pesca de parelhas com desembarque em Navegantes (Kotas, noprelo) .

5 -

Para a região Sudeste dispõe-se do trabalho realizado porpesquisadores do Instituto de Pesca (Valentini, Castro, Servo eCastro, no prelo), abrangendo o periodo 1968-1987.

3.1. Região Sul

deos:juntoriassalvo

Considerou-se, separadamênte, os quatro principais scieni-castanha, pescada, pescadinha e corvina, que, em con-

representam a maior parte das capturas e quatro catego-de elasmobrAnquios: viola, cações, anjo e arraias, quea primeira, são multiespeclficas.

3.1.1. corvina

Os desembarques de corvina da região Sul incluem a pesca dearrasteiros de parelha que desembarcaram em São Paulo, Santacatarina e Rio Grande e a pesca artesanal no Rio Grande do Sul(Tabela 1). Os desembarques totais deste estoque apresentaram ummáximo de 17.710 t em 1980 e um paulatino declínio para 10.150 tem 1990. A captura por unidade de esforço, medida em tonela-das por viagem desembarcadas em Rio Grande, mostra uma quedagradual tanto para a pesca de portas como de parelha (Figura1). A CPUE dos últimos três anos (1988/90) foi a metade da médiados treze anos anteriores:

CPUE MEDIA DE CORVINAtoneladas por viagem

1975-19871988-1990

Portas5,652,70

Parelha9,364,92

A diminuição mais acentuada da CPUE, de acordo comos desembarques, mostra que houve um aumento de esforço, e estefoi devido à intensa pesca artesanal com redes de emalhar de fun-do nas vizinhanças da desembocadura da Lagoa do Patos, emanos recentes. Pode-se esperar que os rendimentos caiam aindamais no próximos anos pois, além do impacto sobre o potencial re-produtivo da pesca de emalhe na época e locais de repro-dução, cabe considerar as indicações de que a corvina apre-senta um crescimento relativamente lento nesta região (Shwingel eCastello, 1990) e que a primeira maturação sexual ocorre comcomprimentos médios em torno de 350 mm (Vazzoler, 1971; Hai-movici, nao publicado).

3.1.2. Pescada-Olhuda

As estatísticas incluem os desembarques totais de Rio Gran-de e os das parelhas de Itajaí (Tabela 2, Figura 2). Mostram queos desembarques da pesca no sul do Brasil, entre 1975 e 1983. 's1tuaram-se num patamar de 4.000 a 8.000 t anuais, aumentando ra-

6 -

pidamente até 14.061 t em 1985, para depois declinar rapi-damente até as 3.537 t desembarcadas em 1990. A captura por via-gem dos arrasteiros de portas e de parelha mostrou um comporta-mento similar ao dos desembarques e dos esforços, indicando quea unidade de esforço utilizada não foi muito adequada, já quequando a pesca foi mais dirigida à pescada-olhuda os rendimentose as capturas por viagem aumentaram. Já o decréscimo dos últimosanos pode estar associado a urnadiminuição real na biomassa doestoque ou de sua acessibilidade em águas brasileiras. Carecemosde informaçao sobre as capturas realizadas no Uruguai e Argenti-na nos Ultimos anos, para avaliar o estado do estoque. Não cabeesperar grandes aumentos nos rendimentos nos próximos anos, qual-quer que seja a causa da queda atual.

3.1. 3. Pescadinha-realOs dados utilizados de Santa catarina são difíceis de

interpretar, pois várias espécies podem ter sido incluidas namesma categoria. Considerando que correspondam em sua totalidadea Macrodon ancylodon , os desembarques da pesca no sul do Brasilestão em diminuição desde que atingiram um máximo de 10.515 t em1977; nos últimos três anos foram inferiores a 2.500 t (Tabe-la 3).

O decréscimo nos desembarques ocorreu simultaneamente comuma diminuição nos rendimentos por viagem, enquanto que o esfor-ço manteve-se constante e sempre maior que o correspondenteao rendimento máximo sustentável calculado pelos modelos de Gul-land e Fax no GPE de 1984. Já nos últimos dois anos, a queda noesforço provavelmente reflete uma diminuição no interesse nacaptura de pescadinha por parte das parelhas (Figura 3).

O estoque encontra-se claramente sobrexplotado, como foijá evidenciado através de modelos de excedente de produ-ção formulados em GPE anteriores. A recuperação depende deuma implementação rígida das portarias que regulamentem o tamanhode malha e a proibição da pesca industrial dentro das três mi-lhas. Pelo seu rápido crescimento e maturação sexual precoce,esta espécie poderia reagir rapidamente as medidas de proteção.

O impacto da pesca de arrasto de camarão sobre os juvenisde pescadinha não é conhecido e deveria ser objeto de estudo.

3.1.4. CastanhaAs estatísticas incluem os desembarques totais de Rio Gran-

de e os das parelhas de Itajaí e Santos. Os desembarques em Santacatarina tem aumentado em anos posteriores a 1980, enquanto queos de Santos diminuiram até ser praticamente insignificantesapós a 1985 (Tabela 4)

Desembarques e CPUE apresentam uma tendência decrescenteapós um máximo de captura de 19.046 t em 1984 (Figura 4). Nosúltimos três anos os desembarques totais têm sido inferiores a9.000 t. As variações de abundância e morta1idadp no estoquecomum a Argentina, Uruguai e Brasil foram estudadas aplicandoanálise de coortes (VPA) a dados de frequências de ~omprimentos eidades nos desembarques realizados em Rio Grande de 1976 a 1985(Haimovici, 1988). Foi constatado que a biomassa do estoque sereduziu no período, de 75.000 t a 25.000 t, e que a mortalidade

7 -

por pesca foi várias vezes superior a de ótimo rendimento. O de-créscimo das capturas em anos recentes evidencia que a manunten-ção do esforço levou a uma sobrepesca ainda mais intensa.Dadas as carateristicas de crescimento lento da espécie não cabeesperar uma recuperação rápida dos estoques ainda que reduzindoo esforço total aplic~do.

3.1.5. ElasmobranguiosAs análises da CPUE em toneladas por viagem, para catego-

rias multiespeclficas, mascaram as variações de cada espé-cie. Na interpretação das variações foram considerados os co-nhecimentos da distribuição, sazonalidade e biologia das es-pécies mais importantes.

Observa-se um aumento de CPUE da categoria "ca-ções" capturados por arrasto de porta, de 2.0 toneladas porviagem (t/v) em 1975 para 6.4 t/v em 1986 (Tabela 5, Figura5), e da categoria, capturada por arrasteiros de parelha, de 0.4t/v em 1975 para 1.9 t/v em 1987 (Tabela 5, Figura 6). Isto é oreflexo do gradual direcionamento dos arrasteiros sobre o caçãobico-doce, Galeorhinus galeus, e sobre o caçonete, Mustelus sch-mitti, além de uma diminuição da rejeição das espécies de pequenoporte (ex: Sgualus spp) e de pequenos exemplares das espéciesde valor comercial. A diminuição de 30% da CPUE a partir de 1986-87, se deve às reduções de abundância das espécies que com-põem a categoria.

O aumento de CPUE de "anjo" capturado por parelhas, de 0.4t/v em 1975 até 1.4 t/v em 1983 (Tabela 5, Figura 6), se devea um aumento do esforço de pesca sobre sguatina guggenhein eS. occulta em águas mais rasas. A queda observada de 1983 até1990 mostra a diminuição de abundância do recurso. Para o arrastode portas, o aumento de 1.5 t/v em 1975 até em torno de 3-4 t/vem 1985-86, se deve aos aumentos de esforço sobre as espécies.Entre 1986 e 1988, os desembarques de arrasteiros duplos (cama-roeiros explorando peixes demersais) foram somados aos dos ar-rasteiros simples. O pico de CPUE observado neste período mostraa grande eficiência e direcionamento desta nova frota de arras-teiros na pesca de Sguatina occulta e Sguatina argentina. A que-da de CPUE da categoria entre 1988 e 1990 reflete a reti-rada dos desembarques de arrasto duplo das estat1sticas e a di-minuição de abundância das espécies.

A "viola" na pesca artesanal mostra uma queda de 620t em 1973 para 300 t a partir de 1988. As quedas de CPUE dis-poníveis indicam uma diminuição de 80 a ~o% da abundância da es-pécie, especialmente nitida na pesca de parelha, que atua emáguas mais rasas.

O aumento de CPUE de "arraias" se deve a gradual diminuiçAoda rejeição das espécies incluidas nesta categoria.

A CPUE de elasmobrânquios capturados por arrasto sim-ples mostra o mesmo padrão discutido para a categoria cação, ouseja, de 1983 a 1986-88, um direcionamento do esforço e aqueda posterior, como um reflexo real das quedas de abundân-cia das espécies corno um todo. A diminuição das CPUEs das pa-relhas, mostram uma diminuição gradual que pode ser conside-rada um padrão consistente, e um bom medidor da abundância ge-ral, já que esta frota não costuma concentrar o esforço sobre umaou outra espécie de elasmobrânquio.

8 -

o trabalho desenvolvido por Vooren e colaboradores deamostragens de elasmobrânquios no porto de Rio Grande, mostra urnaredução no tamanho das carcaças desembarcadas nos ültimos anos.As CPUEs, por espécie e em kg por dias de pesca, mostram quedasde abundâncias mais definidas e acentuadas (Vooren, 1991).

A maior parte das espécies de cações e arraias sãoviviparas, têm baixa fecundidade, e, normalmente, têm altalongevidade e maturação sexual tardia; são conhecidasmundialmente, por sua alta vulnerabilidade a uma pesca intensiva,e por sua incapacidade de recuperação após uma diminuição deabundância acentuada. Deve-se observar que os desembarques to-tais de elasmobrânquios foram maiores do que os aqui conside-rados, pois não foram analisados: (1) os desembarques de caçõespela frota de barcos linheiros; (2) os desembarques em Itajai eSantos, das parelhas que operam na plataforma do Rio Grande doSul; (3) e os desembarques da frota dita "artesanal", sediadanas imediações de Rio Grande, que utiliza redes de emalharpara capturar cações e arraias que migram para águas mais costei-ras na época do parto. O peso dos cações e arraias desembar-cados são de 60 a 70% da biomassa capturada, pois o pescadoe' descabeçado e eviscerado a bordo. Conclue-se que os cações earraias na plataforma do Rio Grande do Sul, devem estar sofrendouma pesca mais intensa do que estas populações podem suportar.

. O tamanho de malha, definido em função de teleósteos, re-sulta em redes não seletivas para a maioria das espé-cies de elasmobrânquios da região. O controle do esforço sobreas mesmas seria apenas possível através da limitação do nümerode barcos licenciados para esta pescaria e/ou das áreas esazonalidade de sua exploração na região. Recomenda-se que asestatísticas dos desembarques de cações e arraias sejam mais de-talhadas, a nível de espécie, ou que pelo menos, as várias cate-gorias selecionadas nas empresas de desembarque de pescado (ex:bico-doce, rnangona,roliço, martelo) não sejam reunidas sob a de-nominação "cação".

3.1.6. Considerações sobre os desembarques totaisOs desembarques totais da pesca de arrasto de portas e

parelha na região Sul, registrados desde 1975, apresentam um má-ximo de 54.630 t em 1977 e uma tendência decrescente até 1982,quando atingiram um mínimo de 36.110 t. Posteriormente, surge umnovo ciclo de aumento de produção, que atinge seu máximo entre1984 e 1987, em que superam as 51.800 t, para apresentar, a se-guir uma tendência decrescente que leva, nos dois últimos anos,aos mais baixos rendimentos registrados, em torno de 31.500 t.Considerando que no ültimo ano a cobertura das estatísticastanto de Rio Grande como de Santa Catarina têm melhorado, a que-da relativa de produção foi maior que a registrada (Tabela11) .

As toneladas desembarcadas e CPUE, em toneladas por via-gem, dos quatro principais scienideos e de elasmobrânquios em RioGrande estão sumarizadas na Tabela 5. Observa-se uma quedamarcante nos desembarques totais de scienideos na pesca de portase de parelhas de 1988 a 1990, associada a urna diminuição deCPUE. Verifica-se ainda urnatendência de aumento na participaçãorelativa dos elasmobrânquios na pesca de portas, 'de 10% a quase30% nos últimos anos. Na pesca de parelha o aumento foi menor, emtorno de 5% a 10%. A CPUE total mostra uma queda menor que a

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das principais espécies, devido aos desembarques de outras espé-cles.

3.2 REGIAO SUDESTE

A pesca industrial de peixes demersais na região Sudeste édesenvolvida predominantemente pela frota de arrasteiros de pa-relhas baseada em Santos. Mais de 70% de suas capturas totaisconsiste de três scienideos de maior valor comercial no mercadoconsumidor "in natura" de São Paulo: corvina, pescadinha-real egoête.

Essa frota, constituida em sua maior parte de embarcaçõesde 19 a 21 metros de comprimento e 250 a 300 HP de potência, che-gou a atingir mais de 100 unidades em 1975, reduzindo-se gra-dualmente até 23 em 1985, pois muitos barcos transferiram suasbases de operação para os portos de Itajai e Rio Grande, passandoa atuar principalmente ao sul do Cabo de Santa Marta Grande.

A diminuição do esforço de pesca propiciado pela redução dafrota permitiu a recuperação dos rendimentos e das capturas decorvina e goete. Tal quadro induziu a um novo crescimento dafrota a partir de 1986, principalmente através de barcos ca-maroneiros, de modo que, atualmente, cerca de 80 unidades operamno arrasto de parelha com base em São Paulo.

Os dados de capturas totais na região Sudeste incluem, alémdesta frota, os desembarques das capturas artesanais do Rio deJaneiro, São Paulo Santa catarina e a fauna acompanhante dosarrastos de camarões de Rio de Janeiro e São Paulo.

3.2.1. CorvinaOs desembarques anuais mantiveram-se em torno das 6.000

t entre 1979 e 1986. De 1986 a 1988 a produção cresceu em 43,6%,atingindo 8.915 t, enquanto o esforço de pesca aumentou em 57,5%(Tabela 12, Figura 7).

A abundância relativa, medida pela CPUE em kilos por lan-ce, na captura controlada da frota de parelhas de São Paulo,cresceu em 97,9% entre 1982 a 1987; em 1988 decresceu em 19,6%, para 173,5 k/lance. Posteriormente, manteve-se relativa-mente constante, com 184,9 k/lance em 1989 e 173,3 k/lance em1990.

3.2.2. Pescadinha-realA partir de 1975, o maior desembarque foi de 4.233 t,

alcançado em 1983, decrescendo a um mínimo de 1.548 t em 1986,com uma pequena recuperação em 1987 e 1988 (Tabela 13, Figura 8).

O esforço de pesca estimado para a captura total mostra amesma tendência entre os anos de 1982 a 1985, sofrendo a partirdai, um incremento de 161,6% até 1988.

A CPUE, de 151,6 k/lance em 1985 mostrou um derréscimo nosanos subsequentes, alcançando apenas 44,6 k/lance em 1988, o quetraduz uma queda de 70,6%

A tendência da abundância relativa da pescadinha é dedeclínio, e uma hipótese para tal comportamento é a de que, porter hábitos mais costeiros que a corvina e o goete, estaria sendo

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submetida a um esforço de pesca adicional intenso,principalmente em suas formas mais jovens, por parte da grandefrota de arrasteiros de portas que se dedica a pesca do camarãosete barbas, nas mesmas áreas de ocorrência. Além disso, em 1986e 1987 as parelhas de São Paulo direcionaram grande parte doesforço para a captura do peixe-porco, em águas de baixaprofundidade.

3 •2 .3. Goêteo desembarque total mostra-se oscilante, com os maiores va-

lores registrados no periodo 1980-1985 e tendência decrescente apartir daquele ano.

O mesmo comportamento é apresentado pela CPUE, enquanto oesforço estimado manteve-se estável a partir de 1986, após sofrerum decréscimo de 56,1% (Tabela 14, Figura 9).

3 .2 .4. Captura total das parelhas de São PauloA Tabela 15 mostra a partipação percentual de cada uma des-

tas espécies e de outros demersais nos desembarques. Observa-sena figura 10 que, entre 1975 e 1990, a corvina manteve estávelsua participação; o mesmo comportamento pode ser atribuido ao go-ête, embora com oscilações anuais, enquanto a pescadinha mostraurnatendência decrescente. É interessante ressaltar que as demaisespécies ganham importância relativa nos periodos de menor parti-cipação das espécies citadas

4. REJEIÇAO E SELETIVIDADE

No relatório do GPE de 1984 foram apresentados os resulta-dos das pesquisas sobre rejeição a bordo na pesca de arrasto naregião Sul (Haimovici e Maciera, 1981) e sobre seletividade deredes de arrasto (Vooren, 1983).

As principais constatações destes trabalhos foram queexistia urna rejeição considerável de pescadinha, pescada ecastanha e que a utilização de uma malha de 90 mm/ entre nósopostos da malha esticada, reduzia consideravelmente o descartesem afetar muito os desembarques de corvina, pescada e castanhade tamanhos comerciais, reduzindo, porém, os rendimentos depescadinha, que como já vimos, esteve sujeita a uma pressão depesca além da suportável.

Em 1986, frente a inquietudes levantadas por armadores eindustriais em relação a legislação derivada das pesquisasanteriores regulamentando urna malha minima de 90 mm ,foiprogramada e executada urnasérie de três viagens a bordo debarcos comerciais. Constatou-se que, com a malha de 90 mm,não houve nem o emalhamento alegado nem uma diminuição significa-tiva dos rendimentos com a malha regulamentada. Por essas ra-zões, indicou-se que a regulamentação de tamanhos m~nimos de pei-xes nos desembarques estimularia o uso de malhas permitidas e re-comendou-se a manutenção da legislação referente a tamanhos demalhas. (Rahn, Vooren e Haimovici, parecer SUDEPE, 1986)

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Kotas (1991) apresenta um informe sobre a rejeição na pes-ca na região Sul, pela frota de parelhas sediada em Ita-jaí e Navegantes em 1987 e 1988, em que verifica que a mesmaatingiu proporções numéricas de 10% para cas~an~a, 50% par~ pes-cadinha e 36% para pescada, valores comparave1s aos reg1stra-dos 8 anos antes por Haimovici e Macieira (1981).

No relatório elaborado em conjunto por pesquisadores daFURG e IBAMA ressaltou-se que: (1) a legislação em vigor continuasendo adequada, pois diminuiria a rejeição de juvenis napesca de arrasto; (2) a legislação não vem sendo plenamente res-peitada pela frota de arrasteiros; (3) existe um confli-to entre a regulamentação de malha de 90 mm para os arras-teiros e a autorização para operação da frota camaroneiranos mesmos ambientes e sobre os mesmos recursos, que deve ser re-solvida.

5. CONCLUSOES E RECOMENDAÇOES

Em reunião realizada na Agência de Rio Grande da EX-SUDE-PE, de 14 a 16 de outubro de 1986, com a participação do DEFOP/SUDEPE, CEPSUL, INSTITUTO DE PESCA E FURG, foi concluido que (a)a produção das principais espécies demersais apresentava uma ten-dência decrescente e que os estoques da região Sul encontravam-seou plenamente explorados ou sobrexplorados, como no caso da cas-tanha e da pescadinha; (b) o esforco de pesca total exercido pe-la pesca industrial era o principal responsável por esse quadro.Como resultado da reunião, sugeriu-se que fosse regulamentada apesca de demersais na região Sudeste-Sul, com a concessão de li-cenças aos barcos que estivessem operando e que não fossem conce-didas novas licenças prévias para os barcos em construção, nemtransferência de outros tipos de pesca. .

Em fevereiro de 1988, foi organizada uma reunião sobrea regulamentação da pesca marítima no Brasil, na qual foram colo-cadas várias recomendáções globais, mas que se aplicam aosrecursos demersais (SUDEPE, 1988)~ Em dezembro de 1988, foi re-alizado o primeiro Simpósio de Pesquisa Pesqueira da FURG,com a participação de um número considerável de pesquisadoresda região SUdeste-Sul, no qual foram organizadas várias mesas re-dondas sobre o estado dos principais recursos pesqueiros e aspesquisas correspondentes Castello e Haimovici, no prelo). Em am-bas reuniões destacou~se a importáncia de: (a) contar com dadosestatísticos de desembarque e de captura e esforço mais detalha-dos e confiáveis, /para diagnosticar o estado dos recursos e for-necer recomendações de ordenamento pesqueiro; (b) realizar pes-quisas sobre técnicas de pesca e recursos alternativos; (c) de-sestimular o aumento do esforço de pesca sobre os recursos tra-dicionais, como os demersais da região sul.

A análise das estatísticas de desembarque na pesca dearrasto mostra, nos últimos dois anos, para a reg1ao Sul,um decréscimo importante, da ordem de 40%. O esforço de pescapara as unidades disponíveis, é pouco ilustrativo da~ tendênciasreais da variação de abundáncia, pois agrupa capturas e es-forços dirigidos a espécies diferentes. O monitoreio a partir dedados de captura e esforço de mapas de bordo para a região Sulseria d~ mais utilidade. Existem na Agência Rio Grande do IBAMAdados d~ 1980 a 1985, que poderão servir de base de referên-

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cia para comparações.Em relação 'lI)'!," ~ :I~ nov,?s recursos demers~is na req i ão Sul,

os resultados são\~ u~~ anlmadores. O potenclal pesque1ro passi-vel de cxp Lor-a ção'j 01;'0 redes de arrasto, da plataforma ext7rna etalude continental s~perior, entre 120 e 587 m de profundldade,do Rio Grande do Sul foi avaliado ,a partir de uma série de qua-t~o CrU4E:!i!rosdo proj eto TAI\I~!pE,J,:,!rê,àl'iiia'<:1osentrE! 19B." e il,198,7'1Jj'é.,..l~ FURG, com financiamento do Fundo de Incentivo à Pesquisa Tec-nico-Cientifica (FIPEC) do Banco do Brasil. O relatório dos cru-zeiros de inverno (Vooren et aI, 1988) e o relatório final doprojeto (Vooren, Haimovici e Vieira, 1990) mostrou que as captu-ras comerciais restringiam-se ao cação-bico-doce, anjo, caçonetese o cherne. A biomassa máxima estimada destas espécies para o in-verno de 1986, foi de 23.000 t, composta quase exclusivamente decações vivlparos de baixa fecundidade (3 a 7 filhotes) que nãosustentariam uma pesca de arrasto dirigida na área estudada, poisos mesmos estoques vem sendo intensamente explorados sobre aplataforma e apresentam sinais de sobrepesca.

A situaçâo na região Sudeste, que apresentou melhorias de-vido a diminuição do esforço de pesca no início da década de 80,tende a se reverter com o aumento de esforço nos últimos anos.

5.1. RECOHEND,AÇOES PARA A PESQUISA

Em vista do quadro discutido no GPE,relação a pesquisa, que:

recomenda-se, em

1. se consolide o sistema de coleta e processamento de da-dos estatísticos de captura, esforço e desembarque, imprescin-dível para quaisqueripesquisas biológicas, econômicas ou tecnoló-gicas; ~

2. se propiciem, estudos sobre os aspectos biológicos de in-teresse para o ordenamento." pesqueiro, das pr incipais e7pécü~sat,ingidas pela pesca de arriâsto,l intli3.;'espinheI de ~fUn'dÔ"é" 6b-vos; em especial, daquelas espécies em que se conta com menos in-formações;

3. se propiciem estudos oceanográficos objetivando conhe-cer a influência do ambiente na distribuição, recrutamento,abundância, circuitos migratórios e delimitação dos estoquesdas espécies de maior interesse comercial

4. se promovam estudos conjuntos sobre os estoques compar-tilhados com Uruguai e Argentina e a integração de pesquisado-res, através de reuniões técnicas periódicas de intercâmbio deresultados e discussão metodológica, através de simpósios e semi-nários

5. seja mantida a periodicidade das reuniões do GPE e o in-

tercâmbio regular de informaçoes entre pesquisadores a fim de fa-cilitar o planejamento das reuniões e propiciar o melhor apro-veitamento na discussão das pesquisas realizadas e das recomenda-ções a serem formuladas.

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5.2. RECOMENDAÇOES PARA O ORDENAMENTO DA PESCA

Em relação ao ordenamento recomenda-se que:

1) Se limite o esforço na pesca de arrasto na região Sul,seja cancelando ou não concedendo transferências ou novas licen-ças de pescai

2) Se reimplante a proibição da comercialiação de peixes detamanhos inferiores aos assinalados na portaria 068, de 17 de ja-neiro de 1985, da antiga SUDEPE, revogada em 21 de agosto de1989, pela portaria No 445 do IBAMA;

3) Se fiscalizem os tamanhos de malhas utilizados na pescade arrasto de peixes e camarões;

Considerando a situação de sobreexploração dos estoques depeixes demersais da Região Sudeste-Sul, cuja principal causa temsido o esforço de pesca excessivo, representado por uma frotapesqueira super dimensionada;

Considerando que, apesar da Portaria IBAMA nr. 251/89 limi-tar a frota pesqueira de arrasto de fundo na captura de peixesdemersais nas Regiões Sudeste-Sul, esta mesma Portaria em seu pa-ragráfo único, do Art. lo., abre a possibilidade de que novas em-barcações sejam licenciadas para a pesca de arrasto além dos 100metros de profundidade;

Considerando que estudos realizados pela FURG, sobre poten-cial pesqueiro de peixes demersais passiveis de exploração comredes de arrasto, na plataforma externa e talude continental su-perior, entre 120 e 587 metros de profundidade do Rio Grande doSul, mostraram que as capturas comerciais estão restritas ao ca-ção-bico-doce, anjo, caçonetes e o cherne; que a biomassa máximaestimada destas espécies para o inverno de 1986, foi de 23.000 t,composta quase que exclusivamente de cações viviparos de baixafecundidade (3 a 7 filhotes) que não sustentariam urna pesca dearrasto dirigida, urna vez que estes mesmos estoques já vem sendointesamente explorados sobre a plataforma e apresentam sinais desobrepesca;

Considerando, ainda, que não há corno controlar que as ope-rações de pesca das embarcações licenciadas, sejam limitadas afaixa além dos 100 metros de profundidade;

4. Recomenda-se, revogarPortaria nr. 251/89 de modo anovas licenças de pesca parasuperiores a 100 metros.

o paragrafo único do Art. 10. danão permitir que sejam concedidasarrasto de fundo em profundidades

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6. BIBLIOGRAFIA CITADA

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PARTICIPANTES:

RUINI EDGAR HOLZRICARDO DE DEUS CARDOSOMARCO AURÉLIO DAILONMANOEL DA ROCHA GAMBAMONICA BRICK PERES

- IBAMAjRIO GRANDE-RB- SUPESjIBAMA-BC- CEPSULjIBAMA-BC- CEPSUL!IBAMA-SC- FURG/RIO GRANDE-RB

1. FROTA PESQUEIRA DEMERSAL

Até 1985 a frota era composta por barcos que operavam, exclu-sivamente com arrasto demersal de portas e de parelha. A partir, daiobserva-se uma tendência de adaptação de parte da frota para utiliza-ção de outras artes de pesca, com características mais passivas (menosconsumo de combustlvel) e que exploram áreas menos explotadas pelosarrasteiros.

Foram detectados, a partir de 1986, barcos utilizando o arras-to duplo (camaroeiro), capturando principalmente o cação-anjo e o lin-guado; a linha de fundo, explorando cherne, batata e namorado em águasmais profundas; o espinheI de fundo dirigido ao cação-bico-doce, bata-ta; as redes de emalhe costeira e de alto mar, capturando espéciestradicionais e os covos de vime, pescando-pargo rosa sobre parceis.

2. ARRASTEIROS

A pesca de arrasto, representada pelas frotas de parelha, por-tas (arrasto simples) e tangones operando na região Sul (Santa catari-na ao Rio Grande do Sul) está estimada em 190 embarcações, sendo 13 dearrasto de portas simples, 130 parelhas e 60 tangoneiros.

CARACTERISTICAS DA FROTA-------------------------------------------------------------------MODALIDADE COMPRIMENTO HP TAB (t) TRIP. DIAS DE MAR-------------------------------------------------------------------ParelhaPortaTangone

23,229,521,6

316416292

578438

796

+ 13+ 1415 - 20-----------------------------------------~-------------------------

3. LINHEIROS

Típica da reglao Sudeste, a pesca de linha vem se desenvolven-do na região Sul do país. O aumento do número destes barcos desembar-cando pescado em Rio Grande, se deve ao deslocamento de alguns barcosdo Rio de Janeiro e Santos para áreas mais ao sul e, em parte, atransformação de traineiras e arrasteiros de Santa Catarina e RioGrande do Sul, para a utilização de linha-de-mão de fundo em pequenosbotes (pesca de-mar-novo) e/ou do espinheI de fundo.

Dos 26 barcos que trabalharam em águas gaúchas, 14 utilizaramlinha de mão, 4 o espinhel de fundo e 8 empregaram os dois petrechos.

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linha,ao Chui.outubro,32000' e

A captura de garoupa, cherne, batata e namorado, pela pesca dese deu entre 150 a 500 metros de profundidade, do sul da Bahia

O espinhel é utilizado na safra do cação bico-doce, de maio ade 120 a 250 metros de profundidade e entre as latitudes de

34030' S.

4. REDES DE EMALHAR

A pesca com redes de emalhar é realizada por duas frotas dis-tintas: a) a pesca costeira, constituida por embarcações de pequenoporte, com autonomia de 3 a 4 dias, 14 a 16 metros de comprimento, po-tência de 120 à 150 HP, 6 a 8 tripulantes e concentradas em Rio Gran-de, Torres (RS) e alguns municípios de Santa catarina, totalizandoaproximadamente 300 embarcações; as redes utilizadas são de PA monofi-lamento 0,40 a 1,mm. de diâmetro, malhas de 80 a 350 mm., dependendoda espécie a ser capturada, e com um comprimento variando entre 1000 a8000 metros; as espécies visadas são os cações, corvina, pescada, cas-tanha, etc; b) a pesca de emalhar de alto mar é realizada com arras-teiros adaptados, que se deslocam para as áreas de ocorrência de ca-ções durante a safrai as redes são semelhantes as utilizadas pela fro-ta costeira.

Esta atividade tende a se desenvolver devido a grande reduçãono consumo de combustível e qualidade do pescado; porém, atualmente,existe uma preocupação internacional com relação ao emprego de grandesredes de emalhar de fundo e superfície, devido as barreiras que asmesmas apresentam, podendo interceptar rotas de migração de peixes,mortandade de mamíferos e aves marinhas.

5. COVOS

Foi introduzida no Sul do Brasil em 1987, por duas embarcaçõessupervisionadas por mestres argentinos com tripulação brasileira ..

Em 1989, sete embarcações chegaram a atuar nesta pescaria, masapenas três operaram regularmente.

A espécie capturada é o pargo (pargus pargus) acondicionadointeiro, em monoblocos resfriados, destinando-se ao mercado externo.

A pesca com covo é realizada em dois locais, a saber: parceldo Albardão (33055'S e 51043'W) com profundidade de 70 metros; e aolargo do farol de Mostardas, em profundidades a partir de 110 metros.

O covos são confeccionados em vime com forma de sino, compri-mento variando entre 1,40 e 1,50 metros e diãmetro entre 1,25 e 1,55metros. Estes covos são lançados individualmente, com urna poita de 70Kg. e sinalizados na superficie com bóia e bandeira.

O número de covos empregado depende das condições de acomoda-ção no convés, podendo variar entre 20 e 25 unidades.

Uma descrição detalhada destas pescarias é encontrada na pu-blicação "Otimização Bioeconômica dos Recursos Pesqueiros Marinhos doRio Grande do Sul", de Wahrlinch e Perez.

6. DISCUSSAo E CONCLUSOES

Apesar de reconhecido o alto po\encial de ~2struição, tantodas espécies capturadas indiscriminadament~ pelo arrasto como do subs-trato, a importância desta arte de pesca, no aspecto econômico-social,faz com que os problemas decorrentes da atividade sejam estudados comuma visão tecnológica que minimiza os efeitos negativos da pescaria.

Em várias partes do mundo, estudos de seletividade de malhas e

.'

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a introdução de mecanismos que permitam o escape dos individuos jovenscapturados no arrasto vem tomando impulso, apresentando-se como a úni-ca alternativa para a continuidade da prática do arrasto.

No Brasil, a situação não pode ser diferente; além das medidasde administração desta pescaria já existentes e raramente cumpridas,há necessidade de se realizar estudos para a introdução de técnicas depesca e petrechos mais seletivos.

A pesca de pan:?lha ti considerada uma das atividades mais pre-datórias atualmente desenvolvidas, por se tratar de uma pesca multies-pecífica. Dados obtidos em 1986, mostram a existência de 43 famíliasdiferentes de peixes, perfazendo um total de 88 espécies de pescado,sendo 60% desperdiçados logo após a despesca.

Estudos mais recentes realizados pelo CEPSUL, demonstram queas estimativas de rejeição anual da frota, considerando apenas as es-pécies pescadinha-real (Macrodon ancylodon), maria-mole (cynoscion§tr iatus) e castanha (1!L~It>rinél_çanosai), foram de 3.452 t, representan-do cerca de 88 milhões de indivíduos, sem considerar outras também im-portantes como linguado, corvina, cação anjo, abrótea etc.

Atualmente, embora exista uma legislação que limita o tamanhomínimo das malhas nas redes de arrasto em 90 mm. (estirada) a mesmanão é observada, sendo utilizadas, geralmente, malhas de 60 mm., fioPE torcido 30/27 ou 30/30 duplo, o que não permite o escape de espéciealguma.

Este quadro vem se agravando com a introdução dos barcos cama-roneiros de arrasto duplo, a partir de 1985, sobre os já exauridos re-cursos demersais da plataforma continental da região. Parte desta fro-ta utiliza normalmente as mesmas redes empregadas na captura do cama-rão, com malhas de 40 mm.

Além desta frota camaroneira, surgiram no litoral do Rio Gran-de do Sul, pequenas embarcações arrasteiras ditas artesanais que es-tão atuando intensivamente próximo ã praia, contribuindo ainda maispara a diminuição dos recursos demersais.

Com relação aos arrasteiros simples, observa-se uma diminuiçãogradativa desta frota, com as embarcações sendo transformadas em pare-lhas ou tangoneiros.

Os recursos alternativos, notadamente os explorados na plata-forma continental do Rio Grande, como o cherne, batata, namorado e ca-ções, necessitam de um acompanhamento sistemático sobre sua biologia,tendo em vista o desconhecimento dos estoques disponiveis e o direcio-namento descontrolado dos barcos arrasteiros para estas áreas.

Faz-se necessário, também, o conhecimento da frota artesanalde rede de espera de fundo atuante no Estado de Santa Catarina, repre-sentada por embarcações "boca aberta", bem como as artes de pesca depraia corno o caceio e o arrasto de praia que atuam principalmente so-bre os estoques de scianideos e cujo comércio é realizado por atra-vessadores, diretamente nas praias, sem que haja um controle da produ-ção.

A Portaria 026, de 28-07-1983, que proibe a pesca de arrasto amenos de 3 milhas da costa no Estado do Rio Grande do Sul, exclue areglao compreendida entre o Cabo de Santa Marta Grande e S. João doSul, no Estado de Santa Catarina, a qual apresenta a mesma formaçãolitorânea, havendo necessidade de se estender esta portaria até o re-ferido Cabo.

As portarias que normatizam a pesca, geralmente são apresenta-das ao setor produtivo, através da imprensa, corno fato jornalisticoapós os problemas advindos de sua aplicação pela fiscalização. É ex-tremamente necessário que haja um trabalho de divulgação junto aos ve-ículos de comunicação, de confecção de cartazes e de campanhas de es-

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clarecimento, a exemplo do que ocorre com outros programas de pre-servação desenvolvidos pelo pelo IBAMA, no referente à fauna silves-tre, mata atlântica, queimadas e outros.

Finalmente, ressalta-se o grande problema evidenciado em todasas reuniões técnicas com relação aos serviços de fiscalização, o qualnecessita de uma total reformulação quanto a execução das normas esta-belecidas. Há necessidade de infraestrutura de apoio e pessoal capaci-tado para efetuar uma fiscalização eficiente.

7. RECOMENDAÇOES

1- Realizar um monitoramento da frota atuante sobre os recur-sos pesqueiros da região Sudeste/Sul;

2- Dar continuidade aos trabalhos de seletividade de redes epesca alternativa executados pelo CEPSUL;

3- Estender os efeitos do art. 20 Portaria 026/83 ao Estado deSanta Catarina, até ao Cabo de Santa Marta Grande;

4- Reavaliar o sistema de coleta e análise de dados estatísti-cos atualmente utilizado e desenvolver um sistema para as pescariasemergentes;

5- Reestruturação da fiscalização da pesca;

6- Estabelecer um programa de divulgação das medidas de orde-namento pesqueiro e seus fundamentos.

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PARTICIPANTE: ROGÉRIO PEYROTON - DIRCOF/IBAMA-BSB

IV. SITUAÇAO DA FROTA ARRASTEIRA

A frota que opera na pesca de peixes demersais no litoral da re-gião Sudeste e Sul, é regulamentada pela portaria nr. 251/89.

Conforme levantamento efetuado pela DIRCOF/IBAMA, a frota per-missionada encontra-se totalizada em 107 barcos, considerada a desa-tualização das informações e fichas cadastrais, com a agravante dainoperância dos equipamentos destinados ao controle dessa frota e arecente implantação desse controle.

A titulo ilustrativo, baseado nas informações oficiais disponi-veis até o momento, 1,94 % da frota refere-se ao Estado do Rio do Ja-neiro; 14,56 % ao Estado do Rio Grande do Sul; 37,86 % ao Estado deSão Paulo e 45.63 % ao Estado de Santa catarina.

Por outro lado, baseado nas informações apresentadas pelos par-ticipantes do atual GPE, logo, a principio de cunho extra-oficial, afrota totaliza cerca de 274 embarcações, das quais encontram-se emoperação 230 unidades, sendo 36 tangoneiros, 13 destinadas ao arrastode porta e as demais, em número de 181, no arrasto de parelhas.

Considerando as informações não oficiais e oficiais, a distri-buição da frota, por Estado teria o seguinte perfil: 1.73 % referenteao Estado do Rio de Janeiro; 7.39 % ao Estado do Rio Graande do Sul;32.17 % ao Estado de Santa catarina e 40 % encontram-se sem unidade defederação definida, uma vez que as embarcações enquadradas nesse grupoefetuaram desembarques em vários Estados, sendo, portanto, prematuroestabelecer-se um Estado base para as mesmas, à vista da ausência deinformações oficiais.

No que diz respeito a outras variáveis, tais corno, TAB, COMPRI-MENTO e HP, não foram feitas análises comparativas, de vez que os da-dos disponiveis referem-se somente a frota oficial, em torno de 103embarcações, e no que concerne as informações extra-oficiais, somenteo Estado do Rio Grande do Sul, apresentou dados relativos a HP, paracerca de 80 % da frota com desembarques controlados no Estado.

Em relação aos desembarques, observamos o seguinte: 4,74 % dasembarcações efetuaram seus desembarques no Estado do Rio de Janeiro,30.43 %no Estado de Santa catarina, 20.94 % no Estado de São Paulo e43.87 % no Estado do Rio Grande do Sul.

Considerando somente as informações oficiais, 62.40 % da frotaopera irregularmente, sem a devida permissão ou licença para outro ti-po de pescaria. Esta porcentagem, entretanto, esta subestimada, devidoà recente implantação do controle dessa pescaria, problemas operacio-nais do IBAMA e o grande número de processos em andamento, para regu-larização da frota. Informações extra-oficiais sugerem que a frotaclandestina pode ser estimada em 11 %, aproximadamente, o que, em nú-meros absolutos, representa cerca de 30 embarcações.

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V. RELATORIO DO SUBGRUPO S~CIO-ECONOMICO

PARTICIPANTES:

ALCEBIADEa ANDRIOTTIFRANCISCO CliAGAS MACHADO FILHOSANDRA M. DE MELO

- CEPSUL/IBAMA-SC- DIRPED/IBAMA-BSB- IBAMA/RIO GRANDE-RS

1. INTRODUÇAO

Os dados sócios-economlcos existentes para o periodo de1984/90, além de estarem restritos à área de economia, limitam-se apenas ao Estado do Rio Grande do Sul, em razão da desativa-ção dos projetos de pesquisa em economia pesqueira nos outrosestados.

Faz-se importante ressaltar que a produção de peixes demer-sais no referido Estado representa aproximadamente, 80% da cap-tura nacional das espécies objeto do presente GPE. Entretanto,os resultados e as conclusões obtidas a partir das informaçõesdo do Rio Grande do Sul não se estendem necessariamente aos de-mais Estados das Regiões Sudeste e Sul.

Dessa forma, o presente trabalho é a expressão dos limitese das dificuldades da pesquisa pesqueira no campo sócio-economi-co.

2. PRODUÇAO E DESEMBARQUE

A pesca no Estado do Rio Grande do Sul, durante o período de1984/90, considerando as espécies CORVINA, CASTANHA, PESCADAOLHUDA tem apresentado decréscimo ano a ano, chegando em 1990 aurna produção de 16.669 t, perfazendo uma queda de 58% em relaçãoà de 1984. As espécies CASTANHA e PESCADA foram as que sofrerammaior decréscimo, atingindo 75% e 71% respectivamente.

Em relação à frota constatou-se que, no período de 1984 a1988, houve um incremento no número de embarcações arrasteiras,em oposição ao decréscimo da captura, principalmente quanto àsdo tipo parelha, e houve ainda a introdução de tangones a partirde 1986. Entretando, as informações dão conta que, nos últimosanos, registrou-se sensível redução no número de embarcações,dos tipos parelhas e de tangones com desembarques no Rio Grandedo Sul, chegando a 50% em relaçAo ao ano de 1988.

3. CAPACIDADE INSTALADA DAS IND~STRIAS

Os dados existentes da capacidade instalada de armazenagem eprocessamento de pescado nas indústrias do Estado do Rio Grandedo Sul, abaixo apresentados são referenciados no cadastramentode 1984.

TIPO DE INSTALAÇAO TONELADAS

PROCESSAHENTO/DIACongelamentoSalgaConserva

874845175

- ::4 -

ARMAZENAMENTOCâmara resfriadoCâmara congeladoArmazém salgaArmazém latas

30.16025.224

7.067345

PRODUÇAO DE GELO/DIAFábrica de Ge'lo 980

ESTOCAGEMsilo de gelo 2.000

De acordo com informação levantada em 1987, não constatou-se ex-pansão ou retração dessa capacidade, mesmo com os decréscimos regis-trados no desembarque e captura das espécies demersais. Nesse sentido,pode-se concluir também que o decréscimo dos ingressos dessas espéciesvem contribuir para o aumento da ociosidade do parque industrial doEstado do Rio Grande do Sul.

4. IMPORTAÇAO DE PESCADO

Ao analisar os dados de entrada de matéria prima nas indústriasdo Estado (Tabela 19), referente à CORVINA, CASTANHA, PESCADA e PES-CADINHA, em relaçAo aos dados de desembarque, pode-se observar que noperíodo de 1984/90, entraram nas indústrias 214.932 t de pescado, en-quanto o desembarque atingiu 213.121 t. Tal fato explica-se, quandoanalisamos as importações que atingiram 26.826 t, no referido período,provenientes do Uruguai e Argentina.

5. PROCESS~{ENTO DE PESCADO

Das 214.932 t de pescado absorvidas no período de 1984/90 peloparque industrial do Estado do Rio Grande do Sul, o total de 89.681 tforam comercializadas sob a forma de resfriado, representando 42% con-forme pode-se constatar na Tabela 16.

Na Tabela 20, verifica-se que a produção de congelado, no perí-odo de 1984/90, atingiu 76.886 t, participando com 81% da produção depescado processado nas indústrias do Estado, enquanto a salga repre-senta 16%, totalizando 14.920 t. A conserva com uma produção de 2.001t, representa apenas 3% no total do pescado processado pelas indús-trias para o referido período.

A produção de demersais na forma de congelado apresentou, no pe~ríodo de 1984/90 um decréscimo não tão acentuado quanto o verificadona captura, mantendo-se nos dois últimos anos praticamente estável, emtorno de 9.000 toneladas ano (Tabela 20 ). As informações dão conta deque o congelamento, em cerca de 80%, processa-se com uso de peixe in-teiro.

Por outro lado, não é desprezível a produção de filé congelado,principalmente de PESCADA, representando mais de 50% do total da espé-cie congelada. Também é significativa a produção de filé congelado deCORVINA, CASTANHA e PESCADINHA.

A salga de demersais é também expressiva, atingindo no últimoperíodo, em torno de 1.500 t/ano, sendo o salgado simples (fechado) aforma mais frequente. O salgado espalmado segue-se como um proces-samento com tradição no Estado do Rio Grande do Sul.

A produção de conserva de demersais vem sendo gradativamente di-

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minuida, chegando a inexistir durante o ano de 1990, como podemos ob-servar (Tabela 20).

6. COMERCIALIZAÇAO DE PESCADO

As espécies demersais em estudo são comercializadas no Estado doRio Grande do Sul sob a forma de congelado, resfriado, salgado e enla-tado. A preferência do mercado está voltada para o pescado resfriado econgelado. O volume comercializado das espécies CORVINA, CASTANHA,PESCADA e PESCADINHA totalizou, durante o período de 1984/90, 193.645t.

A principal espécie comercializada foi a CORVINA com um total de66.744 t, representando 35%, seguida da PESCADA com 58.859 t, que re-presentou 30%. A CASTANHA participou com 52.745 t, na comercializaçãototal, perfazendo 27%, e finalmente a PESCADINHA com 15.297 t, cor-respondendo a 8% do total.

O Estado tem como principal mercado consumidor a Bahia no queconcerne aos produtos sob a forma de congelado, e Pernambuco despontacomo principal consumidor de produtos salgados. Sob a forma de res-friado os maiores consumidores são os Estados de São Paulo e o próprioEstado do Rio Grande do Sul.

7. CONCLUSOES

- A inexistência de trabalhos de pesquisa nas áreas da economia,sociologia e antropologia do setor pesqueiro, praticamente inviabili-zou os trabalhos previstos pelo SUBGRUPO SOCIO-ECONOMICO.

- Diminuição da ocupação de mão-de-obra em função da redução dafrota pesqueira.

- Diminuição de ingresso de demersais na indüstria pesqueira doEstado do Rio Grande do Sul, gerando ociosidade da capacidade instala-da e redução de emprego, além de uma política de direcionamento do usodas instalações para prestação de serviços.

- As importações não tem sido suficientes para inverter a ten-dência crescente do grau de ociosidade do parque industrial instaladono Estado do Rio Grande do Sul.

- 42% (quarenta e dois por cento) do ingresso de matéria-prima _nas indüstrias do Estado não sofrem qualquer processo de beneficiamen-to, sendo comercializados sob a forma de resfriado, em que pese o ele-vado grau de ociosidade do parque industrial.

- Independente docontribuem efetivamentemais baixa.

8. RECOMENDAÇOES

tipo dena dieta

processamento, os peixes demersaisalimentar das populações de renda

- Implantar uma política de estímulo à pesquisa na área de as-suntos sócio-econômicos nas Regiões Sudeste/Sul.

- Formar Grupo Permanente de técnicos e pesquisadores do IBAMA,bem como de outras INSTITUIÇOES, com vistas a participar dos trabalhos

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do GPE Demersais, na área sócio-econômica.

- Implantar nas Regiões SUdeste/Sul projetos na área sócio-eco-nômica, visando gerar informações necessárias para o GPE Demersais.

Medidas que visem a recuperação dos estoques dos demersais.

- Que as empresas diversifiquem a entrada de matéria-prima.

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VI. RELAT~RIO DO SUBGRUPO BAGRES

PAR'l'ICIPANTES:

ENIR REISLUIZ ARNAUD BRITTO DE CASTROHAMILTON RODRIGUESJACINTA DE OLIVEIRA DIAS

- FURG/RIO GRANDE/RS- INST. PESCA/SANTOS-SP- IBAMA/RIO GRANDE/RS- DEPAQ/IBAMA/BSB

1. INTRODUÇAO

Por sugestão da Diretoria de Pesquisa e do Departamento de Pescae Aquicultura, ambos do IBAMA, incluiu-se, na pauta da reunião do Gru-po Permanente de Estudos sobre Peixes Demersais, uma discussão sobre asituação da explotação das diversas espécies de bagres que ocorrem naregião Sudeste/Sul do Brasil.

Dois casos concretos, pertinentes a uma revisão da legislaçãovigente, foram trazidos à discussão, ambos cogitando da alteração emtempo e espaço do defeso das quatro espécies cuja captura já esta nor-matizada. A primeira resulta de consulta direta do DD. Secretário daSecretaria Especial do Meio Ambiente ao IBAMAi a segunda resulta dasolicitação de pescadores de Navegantes (SC) pretendendo a tranferên-cia do defeso para o mês de fevereiro.

A Portaria N-042 de 18/10/84, da ex-SUDEPE, abrange a região Su-deste/Sul e as espécies: Genidens genidens, Netuma barba ou Tachvsurusbarbus, T. upsulonophorus e T. agassisi, designadas por llbagre". Noaspecto técnico, foi investigada, até o momento, a pesca de bagres daLagoa dos Patos (RS), que corresponde à quase totalidade desta pescano Estado do Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina e Sao Paulo nãoexistem informações técnicas suficientes a respeito da pesca e da bio-logia dessas espécies.

2. PESCA NA LAGOA DOS PATOS

A pesca de bagres é praticada essencialmente no estuário da La-goa dos Patos, utilizando rede de emalhar de três panos. A principalespécie capturada é a Netuma barba que representa mais de 90% dos de-sembarques. O restante é representado por outras duas espécies, Netumaplanifrons e Genidens genidens. A captura média de bagres foi de cercade 3.000 t, no período 1977-82, decrescendo constantemente até menosde 300 t, em 1990, com um mínimo de 132 t em 1989, tornando-se poucoexpressiva economicamente (Figura 11).

Mais de 80% da captura ocorre no último trimestre do ano, re-caindo sobre exemplares que entram no estuário da Lagoa dos Patos apartir de setembro para fins reprodutivos. A medida em qUe os adultosde N.barba se dirigem para o alto estuário, as gônadas maturam. Ao fi-nal de deZembro ocorre a desova. Após a fecundação, os embriões sãoprotegidos na boca dos machos e ali permanecem enquanto se desenvol-vem. Os juvenis são liberados com cerca de 6 cm.

A Portaria N-042 proíbe, no período de 1 de Janeiro a 31 de mar-ço, a captura de bagres. Assim, no caso de N.barba.protege especifica-mente o período incubatório, não havendo controle, pórem, no períodode maturação, apesar de que a .simples existência da legislação não temimpedido a pesca no defeso.

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A espécie matura pela primeira vez quando atinge os 41 em, aos 8anos de idade. O número de óvulos produzidos por fêmea é pequeno, va-riando entre 30 e 80, de acordo com o tamanho do exemplar. São óvulosgrandes, com diâmetro médio de 12,3 mm e máximo de 19,5 mm, necessi-tando, assim, maior proteção aos embriões. O tamanho mínimo de captu-ra previsto na legislação permite a pesca de indivíduos que não se re-produziram sequer uma única vez .

.tle"tlJ11)aba_rf2élé uma espécie de crescimento lento e alta expecta-tiva de vida, podendo atingir uma idade máxima de 36 anos.

Essas características biológicas fazem com que haja necessidadede proteger o maior número possível de exemplares na época de reprodu-ção.

Os juvenis de bagre são capturados por outras artes de pesca co-mume nt;e empregadas, especi f icamente "av iãoz .inho " e "saquinho", permi-tidas na captura de camarão, bem corno redes de arrasto de qualquermodalidade, ilegalmente utilizadas.

O acima exposto mostra a necessidade de que a proteção aos ba-gres da Lagoa dos Patos abranja todas as fases do processo reprodutivo(nlaturaçâo, desova, incubação e migração dos adultos no retorno para ooceallo). Isto implicaria na suspenção total da pesca de bagres no es-tuário. Mesmo com a adoção dessa medida, nao se esperam reflexos ime-diatos, pelas características biológicas e dinâmicas do estoque, poisseu efeito é de difícil avaliação, uma vez que outras variáveis inter-ferem na recuperação da espécie, principalmente a captura de juvenis.

3. RECOMENDAÇOES

1- Suspenção da pesca de bagres na Lagoa dos Patos, a ser im-plantada a curto prazo e por tempo indeterminado.

2- Avaliação da mortalidade de juvenis ocasionada pela pesca decamarão e pela utilização de redes de arrasto.

3- Incluir no GPE do Camarão discussão sobre a possibilidade daadoção de medidas que venham a proteger juvenis de bagre.

4- Reativação imediata de pesquisas dirigidas ao monitoreio daevolução do estado do estoque, em continuidade ao programa especIficopara esse fim, implementado e mantido pela Fundaçao Universidade doRio Grande ate 1989, integrando-se ao mesmo a unidade do IBAMA em RioGrande, para a realização conjunta deste trabalho de acompanhamento.

4. PETIÇAO DOS PESCADORES DE NAVEGANTES (SC)

Os dados existentes em Santa Catarina são poucos e restringem-sea estatísticas de pesca artesanal e comercial dos últimos anos (Tabe-la. 16 e 17). Não há informações biológicas.

Essa escassez de informações não permite que se emita opinião arespeito da alteração solicitada.

5. CONSIDERAÇOES FINAIS

A Portaria N-042 abrange várias espécies e diferentes áreas depesca, o que a ~orna de pouca utilidade quando ocorrem problemas loca-lizados. Essa situação decorre da grande falta de dados sobre a cara c-

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terização das populações exploradas no Sudeste/Sul. Torna-se importan-te, então, a execução de pesquisas que venham suprir essa lacuna.

Com base nos dados disponiveis para Santa Catarina e São Paulo(Tabela 18), os bagres não parecem ser espécies representativas nascapturas, devendo-se previamente verificar se há justificativa parainvestimentos em pesquisas sobre essas espécies. Com relação ao Paranánão existe informação disponivel.

TABELA 18 Desembarque anual de bagres pela frota comercialbaseada em Sao Paulo (toneladas) .

ANO 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976

PROD. 177 246 278 362 261 351 305 304 268

ANO 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985

PROD. 269 348 215 191 185 146 126 77 102

ANO 1986 1987 1988 1989 1990

PROD. 117 211 210 148 223

lAOELA 1 - OESEMBAP~UE (ti, ESFORLO ue ~r~L~ lrlr. df vlagens)e CPUE (tivlage~l DA CORVINA DO ESTOQUE SULPOR TIPO DE FR01A, NO PERIODO ;973-1990.

ANO :------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------:

; VIAGEM

: s

RIO GRANDE (RS)

P : s

DESEMBARQUE

SAO :3ANTAPAULO :CAIARINA :DESEHBARQUE:

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, 1\j. 64ji.3.2341.3.17711.9~,76.5206.1907.:i80

1.4781.1431.404

770567

1.165861430204

8720

13169

28476

i20436

1.1232.0122.3031.461

4173

2.2742.1452.0512.4631.6381.173

8652.497

15.75012.45417.40015.37314.53517.71015.46815.60615.57112.87315.30515.77113.664

7.7497.096

10.150

: 7.48 10.82: 2105.68 1455.4': 5.09 11.04: 2444.99 1128.08:: 6.72 11.87: 2587.64 1465.28

6.06 9.80: 2538.00 1567.95:6.31 10.37: 2303.66 1402.23 :5.79 14.49: 3060.24 1222.49:5.29 10.77: 2925.00 1436.734.71 12.26: 3311.52 1272.964.98 7.64: 3127.86 2036.963.11 6.83: 4137.75 1885.085.19 6.16: 2946.35 2486.417.33 6.23 2152.68 2529.655.49 5.37 2490.65 2543.683.15 3.79 24~7.21 2043.692.46 5.54 2886.14 1281.0B2.49 5.43: 4069.14 1B69.91

:~================:~==================================================:=======================~====;========~===============:==:

:1.211174 442 : 820229 416 :1.14~

561 : 896221 714 :1.148187 708 :1.37íl216 616280 576133 243

89 278

4.4~41: C'I'),..i. Jc.:,J

883

5.4193. if303.8314.3954.4i43.3092.184

7.4633.453

6~ 4.~r17

FONTE: rBAMA/SUPLJ/RJ/SC/RGINSTITUTO DEPESCA/SANTOS-SP

LEGENDA: S (ARRASTO SIMPLES) P (ARRASTO PARELHA) (ARRASTO CAMARAO) ART (ARTESANAL)

7. 4? t,8.7735."H7.091•.• ~',í,'"J I J ~•.'

3'17C./ 1.346

1.509 1.044 ~,.849

TABELA 2 - DESEMBARQUE (tl, ESFORCO DE PESCA \0(. dE viagens) E CPUE (tlvlage~) DA PESCADA-OLHUDA DO ESTOQUE SUL,POR TIPO DE FROTA, NO PERIODO 1973-1990

ANO : RIO GRANDE (RS)------------------------------------------------------: SANTA" :DESEMBARGUE:

: VIAGEM DESEMBARQUE CATARINA TOTAL CPUE :ESFORCO TOTAL-----------------:--------------------------:---------:OESEMBARGUE: :------------------:------------------:

: s P: S P ART : TOTAL : S p S p------------------;--------------------------:---------:-----------:-----------:------------------1------------------:

7' ,'Ó ,

371 303427 :,5"272 727210 660168 4':;4202 304

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82229 51317 4 442229 416288 561221 714

838485Bc i87 708

216 616280 576133 24389 278

:"'1'o/88 :89 :90 :

24í7264~1924130012261994112b

835192025583231298415031588

684

1458 47(160~

434561(;4/71874:3859\.\li1105243811

t-,:,.,...,1/ l J

129'101266~

'/61/5228JíJ472612

2

cJ ,

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168

446378820 :886

1071929549399379

434761057723

60798193697041896747

10659\40611360S'1~166

56273420

6.516.187.07o. j97.3~9.874.924.808.388.88

14.6215.966.965.675.144.30

4.81 667.255.21 987.446.94 1091.828.80 1223.659./8', 833.01

17.96 829.983.97 1417.52~:"!.72 872.927.67 804.729.54 1200.08

11.51 961.7712.41 852.8410.27 1460.984.92 992.178.62 666.177.02: 821.91

903.391172.401113.57

860.65621. 87456.25777.31732.70879.58

1117.701221.211096.90

989.611143.67

397.38503.73

~================:===============~===================~========================:=~=~============== ================:=

28ú4~04258094438

379247

5459 45879[<4600449

3191

383

53508221870463;:82834209':j1952

47188

806268

186:/1538~'12 '

1780

FONTE: IBAMA/SUPES/RJ/SC/RGINSTITUTO DE PESCA DE SANTOS/SP

TABELA 3 - DESEMBARGUE (t). ESFORCO DE PESCA (nr. d( viagens; E CPUE (t/vldgeAi) DA PESCADINHA-REAL 00 ESTOQUE SUL.POR TIPO DE FROTA, NO PERIOoO \973-1990.

ANO :----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

R J O GRANDE \RS)-------_.-.-------------- ----_. __ ._-------_.----_._-,------------; SAN:A :oESEMBAGUE: V!AGE~I Dt~iEM8AR(JUt :SAO PAULO CATARINA TO~A~

-----------------:---------------------- --------: ---------:OESEMBARGUE:OESEMBARGUE: REGIAO: 5 p: S ART : TOTAL : SUL

CP Ui:.:PARELHAíRS:ESFORCO TOTAL:

-----------------;--------- --------------------: ---------:-----------;-----------;-----------:----------:-------------:i'~, : 371 3\137I] 427 ~I:,e77 : 27~~ 72778 : 21e 06079 ; J 68 45480 : 202 3\\481 : 22li ~1382 : 174 44283 229 41684 288 5618~. 221 71486 \87 70887 216 61688 280 57689 133 24390 89 278

339~'614732j9134

49\60i2ó168133ií9

93

~,.023"00

j. j :.43.683

3.6~~72.4962.9791.6762.9291.:.421.489

806551292

116

2651.0931.893

9642.652

771.104

42367

1.344601.)24

1j. .- ,

4

6.8126.182

4.9'567.728~" j 637 '':'0I ,.'.l"_'

4.3004.4274.4374.1602.4911.6942.358

~.915.377.886.159.635.54 :6.756.037.063.624.93 :5.023.38 :2.243.153.4~

1151.8111~0.241334.801147.93

926.79894.14

1145.14855.66

1015.631188.33

897.98884.15

1232.001112.26

537.39684.26

~========:========:========================~==========================:===============~=======:========================:

L'.956

1.1\:11

7 '14

FONTE: i8AMA/SUPES/RJ/SCiRGINSTITU10 DE PESCA/SANTOS-SP

LEGENDA: S (ARRASTO SIMPLES) P (ARRASTO PARELHA) - ,ARRASTO CAMARAOJ ART (ARTESANALI

4.~584.3n i ,-/"/1.t..LO

TABELA 4 - DESEMBARQUE (t), tSFORCO DE PESCA (nr, Dr Ylagens) ~ CPUE (tiVld9f~) DA CASTANHA DO ESTOGUE SULPOR TIPO DE FROTA, NO PERIOOO iQ75-i990.

~8772400\j

801 ,741

2884Ç'8390

3.46~ 4.:,463.39:::~~.6ó73,965

3.520~'. 'ii343.9274. i44'-,1:1:''',

..), ••.I-.},)

i'.626

38

2.~831.290

700958 i,139

321 i .81613 232í q 9=

),03688

RIO GRANDE (F:S)----------------~---------------------------------------: SANTA

: VIAGEM DESEMBARGUE CATARINA SAO PAULO :OESEMBARGUE:-----------------:----------------------------;---------:DESEMBARQUE:DESEMBARGUE: TOTAL

'J P: S P T ART: TOTAL :

crUE :ESFORCO TOTAL

p S p-----------------:----------------------------:---------:-----------l------------:-----------:--------------:------------------:

7 - ,I b ! 4~)7 550: 9.093

~:72 727 :5.776/1

78 210 Mí, :4.443168 4:.4 :;:.040202 304 ;4.020229 513 :3.200

7Q I

8081H2 174 442: 1.ó7983 229 416 ;4.13184 288 561 :4.8248:.: 221 714 :2.51486: 187 708: 3.33287 216 616 :2.57788: 280 576 :2.33089: 133 243 :1.33190: 89 278: 582

2.989c, 07 i9.9018.717

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j • 29~j3.8172.758

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i.2l1í i8.785ilU3116.5431~.86813.460

t ~c t:r,I c.,J •. .l..) 9.86: 611.78

1i. 04 882.13: 21.30: 21.24 13.62: 849.11

21.16 \3.21 : 781.9112.14 12.45: 1059.7219.90 \9.17: 676.3513.97 13.65: 1190.16

1 \ . fi'/5J.3.02!19.04013.165\3.97113.9í118. ;';0s. 8947.041

9.6518.04

\i.91 :14.2819.0610. :.61\.6013.18

7.9714.6511.67

1232.72722.15

1137.071157.31

784.091165.161070.73588.96

1076.72

1583.53 :1701.82 :1323.96

1033.26702.10

1218.47998.78912.33999.05

1246.331204.221054.821118.61

402.43603.20

=================:===========================================================::==:=========== ==================================

97.S

2.1 :,0

FONTE: IBAKAiSUPES/RJ, SUPES/SC, SUPES/RGINSTITUTO DE PESCA DE SANTOS/SP

LEGENDA: S (ARRASTO SIMPLES) P (ARRASTO PARELHA) T (ARRASTO CAMARAO) ART (PESCA ARTESANAL)

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TABELA /) - TONElAGEM, ESFORCO Df P[5Cf\ . nr , de vlil<wns) E CPUE (tlvld9t'l\1) DE CACOESDESEMBARCADOS NU RIO GRANDE DO SUL, POR TIPO DE FROTA, NO PER IODO 1983-1990.

----------------------------------------------------------------------------------I)lAGEM

ANO ----- --------[PUE

, 5 AU : TOTAL : S p T

----------------- ---- ----- -- -----------------------------------------------------1983 ,....,'1,; 41t i\l14 68P 668 23i'0 4.43 1.6:1c: c.:. 7

j 984 288 561 '.." 680 1075 2482 , '1 c- ...., i '"lc../ , c. .,..lí:. ,C.J

j 985 r}'"H 714 ll57 1303 i274 3734 , 5.24 1. 82t,.c;,. ,1786 187 7(38 11n 134 768 3302 6.38 1. 89

i987 216 (\16 i ',r" 1\70 1432 3839 , ;:,.73 i .90.c'JI I

ivss 280 ~1~1t: \374 1~7' 348 2799 : 4.91 1 r,'• OI

i989 133 243 762 'tr,n j8~ 31\, i651 , 5.73 .64 .90_~J 7 O , I

i'190 8'1 278 344 J9~ J ')'0 319 I 1247 , 3.87 1.42 .71, ,-----------------------------------------------------------------------------------FONTE:SUPES/IBAMA-RSLEGENDA: S (ARkASTO SIMPLES) P :ARRAS10 PA~ELHA) T (ARRASTO CAMARAO) ART (PESCA ARTESANAL

TABELA 7 - TONELAGEM, ESFORCO DE ~ESCA Inr. dE viagens) E CPUE !1/VlagEml DE VIOLADESEM&AkCADA NO RIO GRANDE CiO SUL, POR TIPO DE FROTA, NO PERIODO 1983-1990.

---------:-------------_ .. _---------------------------------------------------------~jESEH(lARGUE CPUE

ANO :------------------------------------------------------------------------, r-I ;) ART : TOTAL : S pp : s

i983 22S' 4 le, 'dE' " , 519 1101 r ~ I"""4~~ • .JC: .1. • 1 t

1984 288 ~Ibi 2;9 ii37 C-"l 1927 .76 2.03..Jí 1

i. 985 221 714 113 738 4q3 i344 c , 1 .\l3••.• r J

1986 i87 708 12S 389 406 924 .69 c r,• ..) ••••1

j 987 2it, (,lo -'7 " i~1? 418 6% .33 .34! J.

i988 260 r- 7:'" 64 78 30~ 442 .30 .14,;; c'

1 ';'89 133 24~, ~14 J 3C1 c. s 309 523 .41 .57 .111'190 89 ~i18 13 64 '," 377 479 I ~c ..,-, .í:iqC: __1 ,

J .' .c.....'

-----------------------------------------------_.----------------------------------FONTE:SUPES/IBAMA-RSLEGENDA: S (ARRASTO SIMPLES) P IARRA~10 PARELHA) T (ARRASTO CAMARA0, ART (PESCA ARTESANAL

T~lBELA 8 - TONEl.AGEM, EStORl'Ci DF f'ESiH <flr. dr V1i19ETISI E CPUE (tlvl;;gniJ DE ARRAIASDESEM8A~CAUAS NO RIO GkANDE no ~UL, POR lIPO DE FROTA, NO PEPIODO lY83-1990.

'I J AGEM CPUEANO :------------------------------------------------------------------------

p TOTAL : SI r:J ART

1;'83 I 229 410, c 1~~4 177 I ri'] · 2~,, ___i i.

d , .c. ....'

j 984 288 :'01,

i~" 10'; 69 ~,67 I ..37 .70'~ ,i'785 221 71.4 92 40::' " 7 C J'" .42 "..,

·Ji I ••• ...Ii

198b i81 708 j :,4 ,,).-, : 104 484 [,"/ 'Y)~Là .UL •....'t-

i987 ~'16 t,j b \48 212 60 420 .t8 .341988 280 576 231 215 38 484 ,,~ "7.0":\ • jJ

i989 133 243 iiJ8 ";'']'"[ 1\')2 24 , 55b 1. ~IO .91 . ~,1~~<.. ,1990 89 ""l/r", 184 143 li8 i' 4/2 2.~7 c , .48Li D l I •••.. '..1.

FONTE:SUPES/IBAMA-RS

t.,

TA8~LA Q - lvNELAGEM. ESFORL0 DE PE3C~ (or. dE viagrns) E CPUE \t/vla9E~) DE ANJODESEMBARCADO NO RIO GRANDE Gv SUL, POR 11PO DE FROTA, Nu PERlODO 1983-1998.

I,'] AGEM CPUEANO '---------------------------------------------------------------------------

, rI ,:. ART ; TOTAL : S

1983 ~'29 41ó 6~4 ~J~'9 129 1317 2.66 i.39I '!fj4 ('HH ~16; t,(1; , / .\~i ~'14 1549 ;'.09 1. 31j 985 {~r ;.i 1 714 t)3~ 031 224 1490 2.87 .88i986 18;- 708 8~10 568 389 1757 4.28 .801987 ~16 616 1~7~, 399 648 2122 4.98 .ó~i988 280 ,,~, 1729 341 37~ 2442 6.18 .59Jló

1989 13:{ 243 4 ,.-, '-Jr',!: 119:; -vc '-r 2245 , 3.10 1.17 5.98i c, ,-0 •...1 ';:11..''''::' ,i990 89 278 133 177 rc c- 1M 1031 , 1.49 .64 2.~9-J\.-~,--I ,

FONTE:SUPES/IBAMA-RSLEGENDA: S (ARRASTO SIMPLES) P (ARRASTO PARELHA) T (ARRASTO CAMARAOI ART (PESCA ARTESANAL

TABELA 10 - TONELAGEM, ESFORCO Df ?EsrA lnr. dr viagens) E CPUE It/viagEil TOTAIS DOS PRELASMOBRANGUJOS DESEMBARCADOS NO RIO GRANDE DO SUL, POR r;po DE FROTA, NO PE~IO

ANO VIAGEM i1ESEMhA~(JUE CPUE:------------------------------------------------------------------------, ;) p , ~

, c' p ART : TOTAL : S Cor

198:: 229 4io j -rr,» I í,ne:- 1"'-17 ':06~ ,rn 4.41/7.:, .' O,J~i 1JJ/

1984 "'/,',,-, ~iói 16:,4 2942 í929 6:125 ,~'.7 4 C' r,!.

/COO I '.~.'- ..•j 985 r/,-/ ~ 714 1997 3080 2008 7il85 , 9.~4 4.31c cs ,198b . (,-; /06 ~27A 2~1;:4 {'-' 6467 ~12, L7 3.~lÓ10/ i{"lbl

j 987 216 6it 2531 1988 2558 7077 : 11.72 3.23i988 280 :;7 t. :-"j{",r 171 i 10:,] oi60 : i2 .14 2.97j •...11 t<

j 989 1')'1 243 i438 i044 149:] 997 4977 :10.81 4.30 ., .49.;Jj 990 89 -!'O /-," 778 898 879 3229 , 7 .~i.80 3.38c..1 L' _I., , •• ..11

-----------------------------------------------------------------------------------FONTE:SUPES/I8AMA-RSLEGENDA: S (ARRASTO SIMPLES) P (ARRASTO PARELHA) T (ARRASTO CAMARAO) ART (PESCA ARTESANAL

TABELA li - TONELAGEM, ESFORCO DE PESCA 1110. 0~ vlaOEns) E C.P.U.E. (l/viagem), POR TIPO DE FROTA, 00 TOTAL DE PEIXES DEHERSAISCAPIURADOS NA wEGIAO SUL E DESEMBARCADOS EM SAO PAULO, SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL, DE 1975 A 1990.

=====:===========================================================================================================================RIO GR.ANDE/RS se SP VIAGENS C. P. U. E. : ESFORCO TOTAL

ANOS :=====:==============:========:=========:=========: TOTAL :===================:===================:===================; POR1A : PARELHA : OUTROS : PARELHA: PORTA : : PARELHA: PORTA : PARELHA: PORTA : PARELHA: PORTA

====::==============================================================================================================;============1975i9761977i978197919130i9Bl19B2i9B319B4i911519B6i9137i91381913919'i0

11. 08921. 38734.340';'Q.6\:l122.83520.04424.03519.328111.87728.78731. 40930.92924.90016.78511. 47010.094

21. 09320.26713.40510.54810.851

9.8638.2915.461

10.93911.29110.40211.84611.31318.172

6.1252.472

4.1673.845

4.1320

s. 38~19.2877.93:,

12.02010.036li.32910.94012.01211.17610.36411.411

9.58214.996

3.5572.3262.4991.4712.1272.0601.339

9451.267

811156561503

40.89548.80054.63047.00045.10039.90245.68535.77042.41251. 82953.97954.512

23347.08046.60131.48031.874

303550727660454304513442416561714708616576243278

371427272210168

36.5938.8847.2444.8550.3065.9346.8543.7345.3851.3143.9943.6840.4229.1447.2036.31

56.8547.4649.2850.2264.5948.8336.2131.3947.7739.2047.06 :63.3452.3764.9046.0527.77

1.117,71.255,11.156,41.047,9

896,6656,8

1.003,2825,8934,6

1.010,11.227,11.248,01.164,81.599,2

666,9877,8

719,31.028 ,21.108,6

935,8698,3886,7

1.298,01.150,4

887,81.322,21.147,0

860,6899,0718,0683,6

1.147,8=~==::===================~=======================================================================================================FONTE: IBAMA/SUPES - SC/RS

INSTITUTO DE PESCA - SANTOS/SP

136467

* - valores calculados por dlferrnca 3 part Ir da producao total.Ii - vaIarES Est l~ado5 a part Ir do graflco.

202229174229288221187216280133

89

TABELA 12 - DESEMBARQUE (I) POR ESTADO. ESFORCO DE PESCA (nr. dr lancrs) EcrUE lkg/lancrl DA CORVINA DO ESTOQUE SUDESTE. NO PERIODO 1975-1988.

ANODESEMBARQUE

: LANCES :-------------------------------------: CPUESf' R.J SC: fOTAL :

:ESFORCO:TOTAL:ESTIMADO

..--------- :~.-- -- ---- ; _ ..- -~.---- -- --- --- --------- : ---------: --- ------ ---------

15: 19.38918.84714.367i8.89615.09818.67417.38114.148 :

2.tl272.5842.0942.99'52.0?33. 3~;i';!.6912.~4i1.9i61.67o2.0912.2173.8943.839

3341.\1441.196unsi,0311.066

799

i.I731. t\521.2742.0001.6441.657

2.315 :246

3.6915.5492.6222.168 :1.968 :2.158 :2.341 :4.:,68 :2.976 :1.993 :2.303 :3.419 :

5.476: 103.00:3.874 90.00:6.981: 96.00:9,559: 132.13:5.746: 116.11:0.591: 152.58:5.458: 123.15:::,,722: 109.06:5.430: 133.50:7.296: 131.43:6.341: 172.92:6.210: 190.347.841 215.83:8.915: 173.52:

53.1743.04 :72.72 :72.35 :49.4943.2044.3252.4740.6755.5136.6732.6336.3351.38 :

_________________ . 1-----------------------------------------------------------------------------,

76 :77'78 :79 :80 :81 :82 :83 :84 :85 :86 :87 :88 :

1\).866 :7.9438.308 :8.70~I :

12.19815.028 :

FONTE: IBAHfIISUPES/RJ/SP ISCINSTITUTO DE PESCA/SANTOS-SP

H\8ELA 13 - DESEMBARQUE (t ) POR ESTADO, ESFORCO DE PESCA (nr , de lances) ["CPUE (kgilancrl DA PESCAliINHA-REAL DO ESTOQUE SUDESTE. NO PERJODO 1975-1988.

DESEMBARQUE :ESFORCOANO : LANCES :-------------------------------------: CPUE :rOTAL

SP RJ se: TOTAL : :ESTI /'lADOI! I I ! I----------,---------,---------------------------,---------,---------,---------,

75 , 18. ~I6\\') -u-r- 48 I 2.303 , 108.00 21.32I L.i.J\.! , I

76 , 19.999 2.725 "1 ' 50 , 3.291 120.0~ , 27.43, J.b , I ,77 I 14.894 i. 419 '7~ 33 , 2.125 , 82.0~ , 25.91, blj , , ,78 I 18.385 1.847 397 27 , 2.271 , 93.87 24.19, , I

79 , 14.190 1.910 681 ')" , 2.616 I 120.97 , 21.63I t.J , I l

80 18.359 1.481 642 6 I 2.129 , 76.62 I 27.79I , ,81 , 17.177 , 1.3~I8 270 7 I 1.635 I 70.98 I 23.03I , I , ,82 , 13.981 , \.1067 \.836 39 I 2.942 , 63.28 I 46.49, , , , I

83 , ili.586 I 1.328 2.883 '>') I 4.233 I 107.43 I 39.40I , t.t. I I I

84 I 7.87i I 1.020 1.536 6 I ~ C" , 95.24 I 26.90I , , c...JOc:.. I ,85 I 8.244 , i. 745 619 ? I 2.373 , 15i. 60 15.65I , I I I

86 I 8.633 I 902 637 9 1.548 I 77 .66 , 19.93, I , ,87 I 12.074 1.035 414 208 1.657 , 59.16 , 28.01 :, I ,8S , 15.028 I 768 8i! 246 1.825 I 44.58 , 40.94I ,

I I I

:============================================================================:FONTE: IBAMA/SUPES/RJ/SP/SC

INSTITUTO DE PESCA/SANTOS-SP

TABELA 14 - DESEMBARQUE 11) PO~ ~STADO. ESFORCO DE PESCA (nr. Df lanCES) ECPUE (kg/lanef) DO GOETE D0 ESTOQUE SUDESTE, NO PERIODO 1975-1988._________________________________1____________________------------------------

, DESEMBARGUE :ESFORCO,

ANO , LANC;S , CPUE :TOTAL, :--------------------------------~----lSP RJ SC , TOTAL , :ESTIMADO, ,

. . --------------------- ------:---------:---------:---------:---------1---------.75 , 18.56íl , i.443 17 1.460 68.81 2L22, ;

76 , 19.990 , i. 369 627 21 I 2.017 , 61.20 , 32.96, , , , ,

77, 14.894 , 1.048 984 34 I 2.066 , 60.37 , 34.22, , I

,78 , 18.385 , 1.948 1.105 139 , 3.192 , 92.16 , 34.64, , I , ,79 I 14.190 , 1.633 1.007 243 2.8R3 , 98.54 I 29.26, , I ,80 , 18.3:8 , 3.249 i. 146 273 , 4.668 I 156.29 , 29.87, , , , ,81 , 17 .177 1.906 606 151 , 2.663 , 97.83 , 27.22, , , ,82 , 13.984 , 1.964 913 853 , 3.730 102.85 , 36.27, , , ,83 , 10.586 , 1.064 2.37=, 67~ , 4.109 77 .05 : 53.33, , ,84 , 7.871 , 1.217 1.835 359 , 3.411 112.63 30.29, , I ,85 , 8.244 , 1.591 1.476 1.327 , 4.394 139.93 , 31.40, , , ,86 , 8.633 , 1.374 955 424 , 2.753 , 117.55 , 23.42, , , , ,87 , 12.074 , 2.101 382 4"'1 2.935 , 121.24 , 24.21, I ..JL , ,88

, 15.028 : 2.002 3\4 2.316 , 95.94 , 24.14, , ,

------------.-----------------------------------------------------------------,------------------------------------------------------------------------------,FONTE: IBAMA/SUPES/RJ/SP/SC

INSTITUTO DE PESCA/SANTOS-SP

TABELA 15 - CAPTURA CONTROLADA (I) DAS PARELHAS DE SAO PAULOPO~ ESPECIE, NO PERIODO 1973-1990.

ANOS : CORVINA Z :PESCADIN. 1 : GOETE Z : OUTROS-------------------------------------------------------------------------------------------:

: TOTAL :

7576 ,7711 ,

78 :79 :E0 :81 :82 :83 :84 :85 :86 :87 :88 :89 :90 :

2846231419642831196333182472176316381131145717672702266428172644

22.9 3704 29.8 1277122318991694139828691680

~0.720.825.9

~'9.226212W;2875~'12317571246\6791041

T' r,c.../ .d

21.2~\8. 715.7ifL i16.724.0

19.6?4.~25.423.623.423.123.321.8 :

814837

115410101464144214141436

1 '')'17.•.,J'-I 2i.3 :874 1i;.8 :

7.9 :26.031.823.7

910743

i132898 8.1 :

....• , I,~ '1 n..lc..o I

FONTE: INSTITUTO DE PESCA - DPn/SANTOS-SP

10.3 :11.020.1 :ár' C' IJJ.J I

14.0 :21.2 :17.3 :20.411. 7 :17.118.5í2.412.614.116.0 :12.9 :

462343642959

37.1 :39.1 :

4100376752443815294528561877230644706504

37.537.738.739.239.440.9 :38.4 :36.9 :55.0 :56.2 :

5412 C"'j 7 IJc....1 I

35006175

39.5 :55.4 :

12450 :11153 :

9443109441000313554

97247479 :6987 :488662448121i1 ~G0102618863

11153

TABELA 16 - DESEMBAkGUE (t), DE BAGRES PELA FROTAARTESANAL, NO PERIODO DE l'i86-1987.

MWS : 198b 1987

JAN 27.4 ~í?1F [\1 40.e ~i'1 ",c..c...L

Mf)k ~'i.~) 21.4ABR 20.1 li. 9MAl 10.4 11.3JUN i3.~ 9.9JUL 14.7 16.3AGO IS .1 5.3SET 12.6 3.7OUl 23.8 10.6NOV 55.8 53.1DEZ 69.6 25.9

--------:--------------------------TOTAL 324.2 241.7

FONTE: IBAMA/SUPES-SC

TABELA 17 - DESEMBARGUE (t) DE BAGRES PELA PESCA INDUSTRIAL, POR TIPO DE FROTA NO ESTADODE SANTA CATARINA, NO PER IODO DE 1980-1988.

=====================================================================================:ARRASTO

ANOS : PORTAPARELHA ARRASTO :TRAINEIRA:REDE :REDE :TOTAL

P.DUPLA : :EKALHA~ :EMALHAR ::FIXA :FLUTUANTE:

=====================================================================================1980 9.2 75.7 47.9 132.81981 3.7 70.8 '1 8. i 82.8.c.

1982 64.0 10.3 38.9 113.21983 113.4 17 .3 .3 131.0i984 41.6 4.7 2.3 48.6i985 91.9 1.7 20.0 113.6i986 90. i 14.9 40.3 14.6 159.91987 147.2 10.8 70.3 19.9 248.21988 56.2 16.8 393.8 6.7 473.5

=====================================================================================FONTE: IBAMA/SUPES-SC

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7'5 76 ri 73 79 ae 81 82 B3 84 85 B6 B7 88 89 90A NOS

2600

24632268

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1688

1406

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1000 +--,.-----,-..,.----,r--,--,---y--,--r----r-,--,,--,--,----,75 76 n 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90

A NOS

B

6

4

2 I I I I I I I I I I I I I75 76 rt 78 79 B0 81 82 83 84 B5 86 87 88 89 98

A NOSo ARRASTO PAREUIA + ARRASTO S 1l1PLES

FIGURA 1 - DESEMBARQUE TOTAL <t), ESFORCO DE PESCA( n r . de viagens) E CPUE (t/viagem) DA CORVINA 00 ESTO-QUE SUL, NO PERíODO DE 1975-1990.

16008·

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13381280 ~,

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7'J 76 77 78 79 B0 81 B2 B3 84 B5 B6 87 88 89 98A NOS

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76 n 78 79 se 81 B2 83 84 85 86 87 88 89 98A NOS

o ARRASIO PARELHA + ARRASTO PORTA

FIGURA 2 - DESEMBARQUE TOTAL (t), ESFORCO DE PESCACn r , de viagens) E CPUE (t/vlagem) DA PESCADA-OLHUDADO ESTOQUE SUL, NO PERíODO DE 1975-1990.

13Q:Q12H\:llleQHlOO

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75 76 77 78

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A H O S87 88 89 99

VI I I I I I I I I I I I

79 ae 81 82 83 84 85 86 87 88 89 98A H O S

FIGURA 3 - DESEMBARQUE TOTAL <t), ESFORCO DE PESCA(nr, De v lagens) E CPUE (t/v lagem) DA PESCADINHA-REALDO ESTOQUE SUL, NO PERiODO DE 1975-1990,

11103l

1609n

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809~ \1bB0-j , 7403 -- --.----r I I I I I I r I I I I h

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A NOSo ARRAS TO PARELHA + ARRAS TO PORTA

FIGURA 4 - DESEMôARQUE TOTAL (t), ESFORCO Dt PESCA(nr, De v,agens) E CPUE (t/v ,agem) DA CASTANHA 00 ESTO-QUE SUL, NO PERíODO DE 1975-1990,

\"""'~82 83 84 85 86 8? 88 89 9Q

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15

18

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A NOSo ARRASTO PARELHA + ARRASTO PORIA

FIGURA 4 - DESEMôARQUE TOTAL <t), ESFORCO Dt PESCA(nr, De v lagens) E CPUE (t/v lagem) DA CASTANHA 00 ESTO-QUE SUL, NO PERíODO DE 1975-1990,

, ,

...ll ..J

FIGURA 5 CPUl DAS PRINCIPAIS ESPéCIES DE ELAS-MOBRÁNQUIOS CAPTURADAS POR ARRASTO DE PORTAS E DESEM-BARCADAS EM RIO GRANDE-RS, NO PERíODO DE 1983-1990.

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FIGURA 6 CPIJE UAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DF: ELASMO-BRÂNQUIOS CAPTURADAS POR ARRASTO DE PARELHA E DESEMBAR-GADAS EM RIO GRANDE-RS, NO PERíODO DE 1983-1990.

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FIGURA 7 DESEMBARQUE TOTAL (t), ESFORCO DE PESCATOTAL (nr> de lances) E CPUE (kg/lance) DA CORVINA 00ESTOQUE SUDESTE, NO PERíODO 1975-1988,

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ANOS

FIGURA 10 CAPTURA CONTROLADA (t) DAS PARELHASDE SÃO PAULO, POR ESPÉCIE, NO PERíODO 1975-1990.

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