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Neste número: Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), Olimpíada Regional de Matemática (ORM-Grande POA) Projeto de Extensão - Atividades de Matemática para Alunos com Altas Habilidades Cursos Pré-Vestibulares Populares - PVPs I Semana Acadêmica da Estatística da UFRGS - 2012 Perfil Raquel Romes Linhares Aniversariantes MAIO Espaço do Leitor Um pouco de poesia... Janeiro/2012 Nº 33, Ano 3 IM/UFRGS B B o o l l e e t t i i m m I I n n f f o o r r m m a a t t i i v v o o Editorial Rudnei Dias da Cunha, Diretor Prezados colegas, No dia 13 de abril passado foi realizada mais uma cerimônia de premiação da Olimpíada Regional de Matemática (ORM) da Grande Porto Alegre. Presidida pela Prof.ª Valquíria Linck Bassani, Pró-Reitora de Graduação da UFRGS, representando o Magnífico Reitor, a cerimônia contou com a participação de mais de 200 pessoas, entre alunos agraciados, professores, pais e familiares dos alunos. Tive a satisfação de participar mais uma vez da mesma, a qual revestiu-se de caráter especial para mim, por ser a última da qual participo como Diretor do nosso Instituto. Tenho uma grande satisfação pessoal de verificar que, a cada ano, a participação aumenta e o apoio institucional prestado pelo nosso Instituto tem auxiliado a realização dessa atividade, por considerá-la fundamental para que possamos disseminar o estudo da matemática entre os nossos jovens. Ela já tem dado frutos, pois vários alunos que participaram das Olimpíadas são hoje alunos da UFRGS, em diferentes cursos de graduação. Parabenizo, portanto, os professores aposentados do DMPA, Sérgio Claudio Ramos e José Francisco Porto da Silveira, responsáveis pela organização e treinamento dos alunos, bem como às bolsistas Clarissa Vergara, Gabriela Teixeira e Gabriela Vergara, pelo excelente trabalho realizado em prol da difusão da Matemática como ciência fundamental para o avanço científico e tecnológico do Brasil. Gente que Entra, Gente que Sai A Biblioteca Setorial de Matemática conta agora em seu quadro com o Bibliotecário Juliano Leal Camargo. Nossas boas-vindas ao novo colega!

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Neste número:

Olimpíada Brasileira de

Matemática (OBM),

Olimpíada Regional

de Matemática

(ORM-Grande POA)

Projeto de Extensão -

Atividades de

Matemática para

Alunos com Altas

Habilidades

Cursos Pré-Vestibulares

Populares - PVPs

I Semana Acadêmica

da Estatística da

UFRGS - 2012

Perfil – Raquel Romes

Linhares

Aniversariantes MAIO

Espaço do Leitor

Um pouco de poesia...

Janeiro/2012

Nº 33, Ano 3

IM/UFRGS BBoolleettiimm IInnffoorrmmaattiivvoo

Editorial Rudnei Dias da Cunha, Diretor

Prezados colegas,

No dia 13 de abril passado foi realizada mais uma cerimônia de premiação da

Olimpíada Regional de Matemática (ORM) da Grande Porto Alegre. Presidida pela Prof.ª

Valquíria Linck Bassani, Pró-Reitora de Graduação da UFRGS, representando o Magnífico

Reitor, a cerimônia contou com a participação de mais de 200 pessoas, entre alunos

agraciados, professores, pais e familiares dos alunos.

Tive a satisfação de participar mais uma vez da mesma, a qual revestiu-se de caráter

especial para mim, por ser a última da qual participo como Diretor do nosso Instituto. Tenho

uma grande satisfação pessoal de verificar que, a cada ano, a participação aumenta e o

apoio institucional prestado pelo nosso Instituto tem auxiliado a realização dessa atividade,

por considerá-la fundamental para que possamos disseminar o estudo da matemática

entre os nossos jovens. Ela já tem dado frutos, pois vários alunos que participaram das

Olimpíadas são hoje alunos da UFRGS, em diferentes cursos de graduação.

Parabenizo, portanto, os professores aposentados do DMPA, Sérgio Claudio Ramos e

José Francisco Porto da Silveira, responsáveis pela organização e treinamento dos alunos,

bem como às bolsistas Clarissa Vergara, Gabriela Teixeira e Gabriela Vergara, pelo

excelente trabalho realizado em prol da difusão da Matemática como ciência

fundamental para o avanço científico e tecnológico do Brasil.

Gente que Entra, Gente que Sai

A Biblioteca Setorial de Matemática conta agora em seu quadro com o

Bibliotecário Juliano Leal Camargo. Nossas boas-vindas ao novo colega!

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À mesa, Prof. Sérgio Ramos, Prof. Rudnei Cunha, Prof.ª Valquíria Bassani e Prof.ª Marilaine Sant´Ana. Em pé, as alunas Gabriela Teixeira e Gabriela Vergara.

Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM),

Olimpíada Regional de Matemática (ORM-Grande POA) Sérgio Cláudio Ramos, Coordenador Regional da OBM, e Gabriela Teixeira da Silva, aluna do Curso de Licenciatura em Matemática

No dia 14 de abril de 2012 (sábado, às 10h), no anfiteatro do prédio F (43123), ocorreu a

cerimônia de premiação da ORM-Grande POA/2011. Formaram a mesa a representante do

Magnífico Reitor da UFRGS, Prof. Carlos Alexandre Netto, a Pró-Reitora de Graduação, Prof.ª Valquíria

Linck Bassani, o Prof. Rudnei Dias da Cunha, Diretor do IM-UFRGS, a Prof.ª Marilaine Sant´Ana,

Coordenadora Regional da OBMEP e o Prof. Sérgio Cláudio Ramos, Coordenador Regional da OBM e

da ORM-Grande POA. Contando como cerimonialista a acadêmica Gabriela Peralvo Vergara.

Coube a esses professores a entrega das medalhas (ouro, prata e bronze) e das menções

honrosas. A lista completa dos premiados se encontra em:

http://www.mat.ufrgs.br/~portosil/olimpa4.htm.

Após a premiação os participantes da mesa se pronunciaram sobre o evento. Foi destacado

que a realização desta Olimpíada envolveu um trabalho integrado entre a SMB (CNPq) e o IM-

UFRGS. A Direção deste Instituto e os funcionários da Secretaria Geral (Fátima Santos, Daniela

Caneda e demais) deram o apoio logístico e físico necessário. O Coordenador da ORM e o Prof. José

Francisco Porto da Silveira realizaram o trabalho didático da Olimpíada, auxiliados pelos alunos da

Licenciatura em Matemática do IM-UFRGS Gabriela Peralvo Vergara, Gabriela Teixeira da Silva e

Guilherme Menezes. O trabalho de secretaria foi realizado pela bolsista do SAE, Clarissa Peralvo

Vergara, também aluna do curso de Licenciatura em Matemática. Contamos, também, na

cerimônia de premiação, com a colaboração da aluna Paula Serpa, da Licenciatura em

Matemática. Não menos importante foi o apoio dos pais, direção das escolas e respectivos

professores responsáveis pelos alunos participantes.

Também foi salientada a importância da cooperação, existente no IM, entre a OBM e a

OBMEP, na figura dos professores Marilaine Sant’Ana e Alvino Alves Sant’Ana, resultando numa

melhor adequação das aulas de treinamento da ORM-Grande POA a nossa realidade estudantil.

Finalmente, foi chamada a atenção

para a crescente importância da Matemática

no cotidiano e nas mais diversas áreas

profissionais, e que o IM-UFRGS, através dos

seus cursos, se propõe a formar recursos

humanos com capacidade de trabalhar em

algumas dessas áreas. Além disso, o IM

oferece atividades dirigidas a alunos e

professores da nossa comunidade.

Após essas considerações, encerrou-se

a solenidade com a entrega de brindes

(camisetas) alusivos ao evento para os alunos

medalhistas.

BBoolleettiimm IInnffoorrmmaattiivvoo IM/UFRGS

Continua...

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Público da cerimônia de premiação.

Premiados de outras Olimpíadas de Matemática OBM:

Lista dos alunos do RS premiados na OBM/2011:

Nível 1:

Brendon Diniz Borck P orto Alegre Menção Honrosa

Bryan Diniz Borck Porto Alegre Menção Honrosa

Nível 2:

Ana Paula Lopes Shuch Porto Alegre Menção Honrosa

Nível 3:

Daniel dos Santos Bossle Porto Alegre Medalha de Bronze

Nível Universitário:

Douglas Machado dos Santos Eldorado do Sul Menção Honrosa

Olimpíada de Maio 2011:

Nível 1:

Pedro Henrique da Silva Dias Porto Alegre Medalha de Bronze

BBoolleettiimm IInnffoorrmmaattiivvoo IM/UFRGS

...continuação.

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Prof. Eduardo Brietzke, Eduardo Carvalho, Prof.ª Luisa Doering e Prof.ª Liana Nácul.

Projeto de Extensão

“Atividades de Matemática para

Alunos com Altas Habilidades”

O Projeto de Extensão “Atividades de Matemática para Alunos com Altas Habilidades” iniciou

no ano de 2006 sob a coordenação do Prof. Jairo Bochi. Em 2007 a coordenação passou para o Prof.

Ivan Pan e desde 2008 está sob coordenação dos professores Luisa Rodríguez Doering e Eduardo

Henrique de Mattos Brietzke. A partir do ano de 2009 passou a contar com a participação também da

Prof.ª Liana Beatriz Costi Nácul. Tal projeto visa a desenvolver atividades de matemática que sejam

instigantes e desafiadoras para alunos oriundos de Escolas Públicas que possuem altas habilidades em

matemática. O número de alunos atendidos varia a cada ano, entre 10 a 20.

Nas aulas (um encontro semanal de 1h de duração), os alunos aprendem a desenvolver

fórmulas e somente depois passam a resolver exercícios, desse modo, aperfeiçoando o seu raciocínio

lógico. Os grupos de alunos são pequenos, facilitando o atendimento ao discente e o desenvolvimento

individual.

Eduardo Miraglia Carvalho, 17 anos de idade, ex-aluno desse projeto, recentemente visitou o IM

e nos contou como foi a sua experiência. Aluno da Escola Anne Frank (escola escolhida para o

desenvolvimento do Projeto de Extensão), ele começou a participar do projeto na 7ª série do ensino

fundamental, por indicação da orientadora da Escola e também pelo seu bom desempenho na

Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Mesmo quando saiu da escola no

ensino médio, continuou fazendo parte do

projeto. Gostava tanto das aulas do Projeto que,

no ano passado, saía mais cedo das aulas do

cursinho só para não perder a aula de

Atividades de Matemática para Alunos com

Altas Habilidades.

A sua participação nas aulas do Projeto,

mais a sua facilidade nas disciplinas de exatas,

fez com que tivesse um bom desempenho no

vestibular, sobretudo na disciplina de

matemática, em que acertou 18 das 25

questões. Assim, conseguiu ingressar no curso de

Engenharia Química/UFRGS no primeiro semestre

desse ano (apesar de ter se inscrito pela cota de

escolas públicas, ele entrou pela cota universal,

devido ao seu bom desempenho no concurso).

Agora na faculdade, conta ele que teve de

alterar a sua rotina, pois se antes ele estudava na

véspera das provas no colégio, agora ele tem

de estudar dia após dia.

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Cursos Pré-Vestibulares Populares - PVPs Gabriela Vergara, Licencianda em Matemática, e Renan Darski, Licenciando em Geografia

O calendário acadêmico de 2012 da UFRGS iniciou-se com o Concurso Vestibular, realizado

entre 08 e 11 de janeiro. Este ano o concurso contou com 40.978 candidatos inscritos que disputaram

5.290 vagas oferecidas pela Universidade.

Entre a divulgação do listão e o início do ano letivo da UFRGS, muitos universitários reúnem-se

para preparar o ano que vem pela frente nos cursos pré-vestibulares. É nesse período de “férias” que

começamos a discutir o vestibular do ano seguinte e os procedimentos para a realização do nosso

trabalho. Além dos tradicionais pré-vestibulares privados, temos os pouco divulgados, mas fortes em

atuação, cursos Pré-Vestibulares Populares (PVPs).

Hoje, trazendo exemplos de colegas do nosso Instituto de Matemática, temos no Projeto

Educacional Alternativa Cidadã (PEAC) os professores Márcio Albano, do Mestrado em Ensino da

Matemática, e o aluno da Licenciatura em Matemática, Fábio Gonzaga. Na Organização Não

Governamental para Educação Popular (ONGEP), lecionam o aluno do Mestrado em Ensino da

Matemática, Diego Mattos, e a professora formada em Licenciatura em Matemática, Marilise Jorge.

Na ONGEP a aluna da Licenciatura em Matemática Janice Spinelli leciona redação, pois tem

formação em Letras.

Os PVPs surgem e se multiplicam por ação popular e podem ser considerados como ações

espontâneas de reação da sociedade contra a desigualdade de condições para o acesso e a

permanência na escola e, notadamente, no ensino superior. Espalhados por todo o país e

conhecidos como cursinhos alternativos (ou militantes, populares, comunitários) destinam-se a

pessoas de baixa renda e são geralmente promovidos e organizados por estudantes

universitários, instituições filantrópicas, igrejas, movimentos sociais e/ou Organizações Não

Governamentais1.

Para uma outra perspectiva do tema, trazemos a fala de Renan Darski, professor de

Geografia, graduando da UFRGS, que já atuou nos PVPs PEAC, Quero Quero, CEUE e,

atualmente, atua na ONGEP e no curso privado Ativação. Em Porto Alegre, fomos colegas no

PEAC e em 2012 continuamos nosso trabalho na ONGEP.

"Em um primeiro momento, podemos entender o cursinho popular como um espaço de formação para o professor e como uma alternativa mais barata no mercado da educação para o aluno. Isto é a superfície do que somos, pois quando os candidatos a alunos são entrevistados, as duas coisas que mais surgem em suas falas são: ‘aqui busco disciplina, pois estudar em casa, sozinho, é muito difícil’ e ‘não tenho condições de pagar um curso desses mais caros, estão todos acima do que posso pagar’. Em um segundo momento, quando iniciam as aulas, nós passamos a ter o exercício da cidadania perante os alunos, o que tem um feito muito maior do que falar do cunho popular que cobrar menos, às vezes, nem cobrar, por um serviço de alta qualidade. Falo alta qualidade mesmo, pois muitos professores atuam, paralelamente, em cursos privados da capital, outros são doutores, mestrandos e outros são educadores populares, com anos de experiência, ou seja, sabem lidar com o aluno de nossas salas."

Aos poucos, o dar aula transcende o encorpar currículo, e abrange outra finalidade

importantíssima: retornar à sociedade todo o investimento que nos é dado.

1 GARROTE FILHO, Mário da Silva; LOMÔNACO, Cecília. Os cursos pré-vestibulares alternativos de Uberlândia na opinião de seus

integrantes. Educação Popular, Uberlândia, v. 10, p.141-154, jan./dez. 2011. Disponível em:

<http://www.revistadeeducacaopopular.proex.ufu.br/viewarticle.php?id=402>. Acesso em: 27 abr. 2012.

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ONGEP

PEAC

"Antes mesmo de começar a ter aulas na universidade, as pessoas já formadas me diziam 'para ganhar experiência, melhorar teu currículo, procure os cursinhos populares; eles não exigem experiência e os alunos compreendem tua condição de aprendiz'. Portanto, meu projeto de curso já envolvia este passo. Quando me deparei com o currículo que tinha em meu curso, vi que era um diferencial imenso ter aquela experiência de sala de aula. De acordo com o currículo sugerido, eu entraria em sala de aula apenas nos últimos semestres de curso".

Os motivos que levam os estudantes de

graduação a lecionarem nestes projetos não são os

mesmos, mas estão relacionados ao espaço que

lhes dá oportunidade. O ambiente favorece, pois

os alunos são previamente avisados deste caráter

formador dos projetos e os coordenadores

defendem a liberdade didática.

"O que me disseram foi: 'eles tem que passar no vestibular. Como tu irás fazer isso é contigo’. Algumas outras informações operacionais como número de alunos e dias das aulas me foram dadas, mas nada em uma conversa muito extensa. Ao longo do processo fui me interando da história do projeto e de algumas formas de se trabalhar educação popular".

O ambiente é de experimentação, de

confiança no trabalho do professor. Isto associado

à vontade de estudar por parte dos alunos, o que

favorece a inovação e o engajamento docente.

"Muita aula da universidade eu faltei para poder planejar as aulas para o cursinho. De certa forma, era um ato de rebeldia contra meu curso, que pouco me formara para ser professor, nos primeiros anos principalmente. No final, nas disciplinas de estágio era visível o quanto eu estava avançado em relação aos colegas, no que diz respeito ao trato com os alunos. Não que no estágio em docência, a prática de ensino, o aluno não pudesse evoluir em sua práxis, e isso ocorria com diversos colegas de forma brilhante, mas há muita diferença entre as perguntas de um professor e as perguntas de quem virá a ser professor. Não sendo tão particular, notava este avanço também em outros colegas de PVP. Claro, a rebeldia não é tanta a ponto de desconsiderar os saberes da universidade, tanto que para ser professor de Geografia tive que ser aprovado no vestibular".

Acreditamos que a formação desses cursos populares é o resultado de uma atitude crítica no

contexto educativo, e traz benefícios tanto para alunos quanto para todos os agentes da

Universidade. É uma relação diferente com o vestibular, com o universitário e com a docência.

Uma pergunta óbvia fica no

ar: e os alunos são aprovados? A

média de aprovação destes cursos é

de 45%, havendo anos com marcas

de 60%. Alunos aprovados em cursos

concorridos como Psicologia, Direito

e Medicina. E ainda alguns alunos

aprovados tornam-se professores nos

anos seguintes. Onde? Nos mesmos

PVPs onde estudaram.

Acesse para maiores

informações:

PEAC - http://alternativacidada.blogspot.com.br/

ONGEP - http://prevestibularpopular.blogspot.com.br/

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IM/UFRGS

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I Semana Acadêmica da Estatística da UFRGS - 2012

23/05

08:20 – Abertura

08:30 – Estatístico Luciano Guimarães (HCPA)

09:00 – Estatística Patrícia Klaser Biasoli (FEE)

09:30 – Regulamentação do exercício da profissão de estatístico -

preparando para o mercado de trabalho

Estatística Valéria Dozolina Sartori Bassani (CONRE 4)

10:15 – Coffee Break

10:30 – Programa Ciências Sem Fronteiras - Bolsas Sanduíche na Graduação

Pró-Reitoria de Pesquisa

10:55 – Prof.ª Elsa Cristina de Mundstock

11:30 – Saúde Coletiva/ Bioestatística

Prof. Dr. Luiz Felipe da Silva Pinto (UFRGS)

24/05

08:30 – “Qual o papel da estatística na Inovação e Competitividade das empresas?”

Prof.ª Dr.ª Márcia Elisa Soares Echeveste (UFRGS)

08:55 – Pós-graduação da Matemática: Probabilidade e Estatística

Prof. Dr. Márcio Valk (UFRGS)

09:20 – Pós-graduação da Economia e da Administração

Prof. Dr. Flávio Augusto Ziegelmann (UFRGS)

09:50 – Coffee Break

10:15 – UFRGS - Curso de Estatística

Prof.ª Dr.ª Patrícia Klarmann Ziegelmann (UFRGS)

10:40 – "O papel do Núcleo de Assessoria Estatística (NAE)

na formação do Bacharel em Estatística"

Prof.ª Dr.ª Jandyra Maria Guimarães Fachel (UFRGS)

11:35 – Prof. Dr. João Riboldi (UFRGS)

25/05

08:30 – Pós-graduação da Epidemiologia

Prof. Dr. Álvaro Vigo (UFRGS)

09:00 – Estatístico Gustavo Aprile Porto Rossi (Sicredi)

09:40 – Apresentação Oral

Pós-graduação

Iniciação Científica

11:00 – Apresentação Pôster

Coffee Break

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P e r f i l – Raquel Romes Linhares

A Prof.ª Raquel Romes Linhares começou a estudar

piano aos 6 anos de idade, por influência da sua mãe,

que era professora do instrumento. Assim, dos 6 aos 10

anos de idade teve aulas particulares de piano, até

entrar para o Conservatório Estadual Cora Pavan

Caparelli, em Uberlândia/MG, sua cidade natal.

Continuou a estudar no Conservatório, mesmo após

finalizar o ensino médio, obtendo o título de Técnica

em Piano, totalizando 13 anos de estudo do

instrumento em música clássica.

Na hora de decidir o seu futuro profissional, porque

sempre enxergou o piano como um hobbie, optou

pela matemática, pois, na escola, sempre teve mais

facilidade com a disciplina. Ao entrar para a

Licenciatura em Matemática, na Universidade Federal

de Uberlândia, em 2001, já sabia que queria ser

professora de universidade federal. Assim, durante a

sua graduação, participou como bolsista de iniciação

científica, sempre na área da Estatística, pois achava

que, dentro dessa área, a possibilidade de dar uma

aula divertida seria maior.

No último ano do curso, ficou morando com sua

avó, Maria Romes, em Uberlândia, já que seus pais

vieram morar em Gravataí, em função do trabalho do

seu pai na Souza Cruz. Terminada a graduação (2004),

veio para o sul, atrás da sua família e para fazer o

Mestrado em Matemática aqui no nosso Instituto de

Matemática, com área de concentração em

Probabilidade e Estatística, orientada pela Prof.ª Sílvia

Regina Costa Lopes, entre os anos de 2005 a 2007.

Durante o seu mestrado, seus pais mudaram-se para

Santa Cruz, então veio morar em Porto Alegre.

Seguindo a sua determinação de ser professora

universitária, após finalizar o Mestrado, entrou para o

Doutorado em Matemática, no IM/UFRGS, novamente

com área de concentração em Probabilidade e

Estatística e, novamente, sendo orientada pela Prof.ª

Sílvia Regina Costa Lopes, de 2007 a 2011. Já a partir do

seu segundo ano no Doutorado, ficou um pouco mais

longe da sua família, que dessa vez, foi para São Paulo.

Tão logo terminou o Doutorado, surgiu o concurso para

docentes aqui do DEST, em que acabou entrando para

o quadro do departamento no ano passado.

Confessa ela que está realizada como professora.

Isso porque está dando aulas para jovens, o que

sempre desejou, e porque está trabalhando com

pesquisa, paixão despertada nela pela Prof.ª Sílvia

Regina Costa Lopes. Hoje sua pesquisa está

concentrada na área de longa dependência em

sequência de DNA. Nas suas aulas, ela sempre tenta

fazer algo divertido; sua última ideia foi utilizar um jogo

de dardos para explicar a matéria aos alunos.

Durante a entrevista a Prof.ª Raquel contou que

seus pais estão mais uma vez de mudança, dessa vez

de volta à cidade de Uberlândia. Apesar de ser mais

uma mudança da sua família e, de novo, para mais

longe, ela diz não estar apreensiva, pois não joga seu

tempo fora se preocupando com o futuro, já que

procura sempre viver o presente.

Entre os seus planos, está o de comprar um piano, já

que o seu está em Uberlândia. E, apesar de ficar muito

tempo sem tocar, diz que bastam umas duas horas de

treino para os seus dedos voltarem a fluir pelas teclas. A

saudade de tocar o instrumento é grande,

principalmente porque tocá-lo é altamente relaxante

para ela. Na falta do piano aqui em Porto Alegre,

arrumou outra atividade para desestressar, a dança de

salão! Conta ela que se “viciou” em dançar forró,

samba de gafieira e salsa. Além de ser relaxante, a

Prof.ª Raquel diz que a dança permite conhecer novas

pessoas.

Aos 29 anos de

idade, a Prof.ª Raquel

diz que adora morar

aqui em Porto Alegre e

que só não gosta dos

dias muito frios! E

também dos muito

quentes! Logo que

veio para cá, confessa

ela que achou

estranho o bairrismo

gaúcho, mas depois se

deu conta que este é

um aspecto

puramente cultural da

população. Ademais,

acha a cidade

bastante

aconchegante, gosta

bastante de caminhar

na Redenção e no

Parcão e de sair com

os amigos na Cidade

Baixa, além de viajar

pela Serra gaúcha. Apesar de já estar acostumada

com a cidade e suas dualidades, não se decidiu pelo

Inter ou Grêmio, continua torcendo apenas pelo

Corinthians. Indagada se tem algum segredo,

confessou que é viciada em Coca-Cola Zero!

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Boletim Informativo

Instituto de Matemática

UFRGS

Av. Bento Gonçalves, n. 9500, prédio 43111,

sala 117 Porto Alegre/RS

91509-900

(51)3308.6225

[email protected]

_________________

Equipe Responsável:

Daniela Gralha de Caneda Queiroz

Fátima Daniela dos Santos Pereira

_________________

Um especial obrigado ao Prof. Rudnei, Prof.

Sérgio, Gabriela, Gabi, Eduardo, Prof.ª

Luisa, Renan, Prof. Cleber e Prof.ª

Raquel.

Página 9

NNNãããooo hhhááá vvvaaagggaaasss

Um

pouco

de

poes

ia...

Aniversariantes MAIO

02 – Jaime Bruck Ripoll

04 – Luiz Emílio Allem

06 – Elisabeta D'elia Gallicchio

06 – Leonardo Prange Bonorino

08 – Danilo Marcondes Filho

08 – Maria Cristina Varriale

10 – Amanda de Mello Martins

30 – Rosane Prates Reginatto dos Santos

Espaço do Leitor

Envia um e-mail para [email protected] e colabora com o Boletim Informativo!

O preço do feijão

não cabe no poema. O preço

do arroz

não cabe no poema.

Não cabem no poema o gás

a luz o telefone

a sonegação

do leite

da carne

do açúcar

do pão

O funcionário público

não cabe no poema

com seu salário de fome

sua vida fechada

em arquivos.

Como não cabe no poema

o operário

que esmerila seu dia de aço

e carvão

nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,

está fechado:

“não há vagas”

Só cabe no poema

o homem sem estômago

a mulher de nuvens

a fruta sem preço

O poema, senhores,

não fede

nem cheira

BBoolleettiimm IInnffoorrmmaattiivvoo IM/UFRGS

Ferreira Gullar