iob - imposto de renda - nº 31/2014 - 1ª sem agosto · art. 8º, §§ 1º e 2º; decreto nº...

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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a CNPJ - Nova regulamentação a IRPJ/CSL - Compensação de prejuízos fiscais a IRPJ/CSL - Incorporação, fusão e cisão Imposto de Renda e Legislação Societária Fascículo N o 31/2014 Aviso Importante Este fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente ao mês de Agosto/2014. / a Tributos e Contribuições Federais IRPJ/CSL/Cofins/PIS-Pasep Reabertura do parcelamento de débitos vencidos até 30.11.2008 - Prazo 31.07.2014 (Lei nº 12.973/2014) ...................... 01 / a Legislação Falimentar Recuperação judicial - Convolação em falência ................ 10 / a IOB Setorial Locação Simples Nacional - Locação de imóveis próprios ............... 11 / a IOB Comenta Tributos e Contribuições Federais Momento da ocorrência do fato gerador no caso de depósitos judi- ciais e extrajudiciais ..................................... 13 / a IOB Perguntas e Respostas IRPF Mercado futuro - Perdas de investimento no exterior - Indedutibili- dade ................................................ 14 Mútuos contratados entre pessoas físicas - Tributação ........... 14 Tributos e Contribuições Federais Consórcio entre empresas - Equiparação a pessoa jurídica ........ 14 Parcelamento simplificado - Limite do valor................... 15

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a CNPJ - Nova regulamentação

a IRPJ/CSL - Compensação de prejuízos fiscais

a IRPJ/CSL - Incorporação, fusão e cisão

Imposto de Renda e Legislação Societária

Fascículo No 31/2014

Aviso ImportanteEste fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente ao mês de Agosto/2014.

/a Tributos e Contribuições FederaisIRPJ/CSL/Cofins/PIS-PasepReabertura do parcelamento de débitos vencidos até 30.11.2008 - Prazo 31.07.2014 (Lei nº 12.973/2014) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Legislação FalimentarRecuperação judicial - Convolação em falência . . . . . . . . . . . . . . . . 10

/a IOB SetorialLocaçãoSimples Nacional - Locação de imóveis próprios . . . . . . . . . . . . . . . 11

/a IOB ComentaTributos e Contribuições FederaisMomento da ocorrência do fato gerador no caso de depósitos judi-ciais e extrajudiciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

/a IOB Perguntas e RespostasIRPFMercado futuro - Perdas de investimento no exterior - Indedutibili-dade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Mútuos contratados entre pessoas físicas - Tributação . . . . . . . . . . . 14

Tributos e Contribuições FederaisConsórcio entre empresas - Equiparação a pessoa jurídica . . . . . . . . 14Parcelamento simplificado - Limite do valor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Imposto de renda e legislação societária : IRPJ/CSL/Cofins/PIS-Pasep : reabertura do parcelamento.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2213-2

1. Falência - Leis e legislação - Brasil 2. Imposto de renda - Leis e legislação - Brasil 3. Pessoa jurídica - Brasil 4. SIMPLES - Leis e legislação - Brasil I. Série.

14-07408 CDU-34:336.2:347.72(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Tributação : Empresas : Direito tributário 34:336.2:347.72(81)

Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário EXTRA

Anexo à Edição nº 31/2014 FE 1

Indicadores econômicos e fiscais e reajuste de aluguéis

I - IndICadoReS eConômICoS e FISCaIS

Posteriormente ao envio do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário Federal para Agosto/2014, foram divulgados os seguintes índices que o complementam:

a) TR de julho/2014: 0,1054%;b) Selic de junho/2014: 0,82%;c) TJLP (3º trimestre/2014): 5% a.a.;d) valor que teria o BTN atualizado pela TR (julho/2014): R$ 1,5787.

Também foram divulgados os índices de inflação do mês de junho/2014, conforme tabela a seguir.

ÍNDICES DE INFLAÇÃO - PRINCIPAIS ÍNDICES

MÊS/ANO

ICV (DIEESE) IPC (FIPE) INPC (IBGE) IPCA (IBGE)

VARIAÇÃO VARIAÇÃO VARIAÇÃO VARIAÇÃO

NO MÊS NO ANO NO MÊS NO ANO NO MÊS NO ANO NO MÊS NO ANO

% % % % % % % %

JULHO/2013 0,09 4,08 (-) 0,13 1,78 (-) 0,13 3,17 0,03 3,18

AGOSTO/2013 0,09 4,17 0,22 2,00 0,16 3,34 0,24 3,43

SETEMBRO/2013 0,24 4,42 0,25 2,26 0,27 3,61 0,35 3,79

OUTUBRO/2013 0,64 5,09 0,48 2,75 0,61 4,24 0,57 4,38

NOVEMBRO/2013 0,45 5,56 0,46 3,22 0,54 4,81 0,54 4,95

DEZEMBRO/2013 0,44 6,02 0,65 3,89 0,72 5,56 0,92 5,92

JANEIRO/2014 1,95 1,95 0,94 0,94 0,63 0,63 0,55 0,55

FEVEREIRO/2014 0,61 2,57 0,52 1,46 0,64 1,27 0,69 1,24

MARÇO/2014 0,81 3,40 0,74 2,21 0,82 2,10 0,92 2,17

ABRIL/2014 0,57 3,99 0,53 2,75 0,78 2,90 0,67 2,85

MAIO/2014 0,14 4,14 0,25 3,00 0,60 3,52 0,46 3,32

JUNHO/2014 0,00 4,14 0,04 3,04 0,26 3,79 0,40 3,73

Nota

Os índices de inflação acumulados podem variar de acordo com a fonte consultada. Nosso critério de arredondamento é o mesmo utilizado na regra aritmética: o resultado final do algarismo igual ou acima de 5 é arredondado para cima.

II - ReaJuSTe de aLuguéIS ComeRCIaIS e ReSIdenCIaIS

1. CLÁuSuLa de ReaJuSTe anuaL

Por força das medidas decorrentes do Plano Real, é admitida a estipulação de correção monetária ou de reajuste por índices de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados nos contratos de prazo de duração igual ou superior a 1 ano, como ocorre, por exemplo, nos contratos de aluguéis.

Mantenha esta folha encartada no Calendário Tributário Federal para Agosto/2014

TRIBUTÁRIO FEDERAL

Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário

2 FE Anexo à Edição nº 31/2014

Assim, os contratos de aluguéis poderão con-ter cláusula de reajuste, desde que tenham prazo igual ou superior a 1 ano. Observe-se, sob esse aspecto, que é nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou correção monetária de periodicidade inferior a 1 ano.

(Lei nº 10.192/2001, art. 2º, caput, § 1º)

2. ConTRaToS Com eSTIPuLação de ReaJuSTe PeLo (exTInTo) IPC-R

Os contratos de aluguéis firmados a partir do mês de julho/1994 somente poderiam prever cláusula de reajuste (anual) segundo a variação acumulada do IPC-r.

Todavia, como o referido índice foi extinto desde 1º.07.1995, nas obrigações e nos contratos em que haja estipulação de reajuste pelo IPC-r,

este deve ser substituído, a partir da citada data, pelo índice previsto contratualmente.

Na hipótese de inexistir previsão de índice de preços substitutos e caso não haja acordo entre as partes, deverá ser utilizada a média aritmética simples do INPC e do IGP-DI, a qual pode ser encontrada por meio da seguinte fórmula:

Variação mensal =Variação anual do INPC + Variação anual do IGP-DI

2

Com base nessas disposições, a média arit-mética simples do INPC e do IGP-DI, acumulados de julho/2013 a junho/2014, é de 5,93%.

(Lei nº 9.069/1995, arts. 27 e 28; Lei nº 10.192/2001, art. 8º, §§ 1º e 2º; Decreto nº 1.544/1995)

Manual de ProcedimentosImposto de Renda e Legislação Societária

Boletimj

31-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 IR/LS

IRPJ/CSL/COFINS/PIS-PASEP

Reabertura do parcelamento de débitos vencidos até 30.11.2008 - Prazo 31.07.2014 (Lei nº 12.973/2014) SUMÁRIO 1. Introdução 2. Débitos abrangidos 3. Liquidação de multa e juros com créditos decorrentes

de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSL 4. Reduções e quantidade de prestações 5. Prestações 6. Desistência dos parcelamentos anteriores 7. Desistência de impugnações ou recursos

administrativos e ações judiciais 8. Consolidação da dívida 9. Rescisão do parcelamento 10. Habilitação da caixa postal

(endereço eletrônico) 11. Principais telas

1. InTRodução

O parcelamento previsto nos arts. 1º a 13 da Lei nº 11.941/2009 foi regulamentado pela Procuradoria--Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil por meio da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 6/2009, a qual disciplina o parcelamento ou pagamento à vista de débitos vencidos até 30.11.2008.

O prazo para os pagamentos e parcelamentos de débitos a que se refere a Lei nº 11.941/2009 foram rea-bertos em relação aos débitos vencidos até 30.11.2008:

a) no período de 10.10 a 31.12.2013, observadas as condições previstas na Lei nº 12.865/2013 e na Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013; e

b) no período de 14.05 a 31.07.2014, observadas as condições previstas na Lei nº 12.973/2014 e na Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 9/2014.

Com o advento da Lei nº 12.996/2014, art. 2º, também foi reaberto o prazo para os pagamentos e parcelamentos de débitos a que se refere a Lei nº 11.941/2009, no período de 20.06 a 29.08.2014, porém abrangendo débitos vencidos até 31.12.2013.

Nesse procedimento, abordaremos a reabertura do parcelamento previsto na letra “b”, ressaltando os seguintes pontos:

a) o prazo de adesão será até o último dia útil de julho de 2014 (31.07.2014);

b) o prazo para pagamento da 1ª parcela ou pa-gamento à vista será até o último dia útil de

julho, ou seja, até 31.07.2014;

c) o prazo para desistência de parce-lamentos anteriores (Refis, Paes, Paex e parcelamentos previstos no art. 38 da Lei nº 8.212/1991 ou nos arts. 10 a 14-F da Lei nº 10.522/2002) também será até o último dia útil de julho de 2014

(31.07.2014);

d) serão tratados como dívidas não parceladas anteriormente os dé-bitos vencidos até 30.11.2008 cuja 1ª solicitação de parcela-mento tenha sido efetuada a partir de 14.05.2014 no âmbito da PGFN ou da RFB.

As opções deverão ser feitas exclusivamente pelo Portal e-Cac no site da RFB na Internet (www.receita.fazenda.gov.br), pelo próprio contribuinte ou por seu representante.

Nota

Os sujeitos passivos que optaram por uma ou mais modalidades de parcelamento nos termos da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013 até 31.12.2013 poderão optar por modalidades de parcelamento diversas das já parceladas, observando as regras estabelecidas na referida norma.

a Tributos e Contribuições Federais

Os débitos de qualquer natureza junto à

Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ou à Secretaria

da Receita Federal do Brasil (RFB), vencidos até 30.11.2008, que não tenham sido parcelados até o dia

13.05.2014 poderão ser pagos em até 180 meses

31-02 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

2. déBIToS aBRangIdoS

2.1 débitos não parcelados anteriormente

Os débitos de qualquer natureza junto à PGFN ou à RFB, vencidos até 30.11.2008, que não estejam nem tenham sido parcelados até o dia 13.05.2014 poderão ser pagos ou parcelados em até 180 meses, no âmbito de cada um dos órgãos.

Constituirão modalidades de parcelamentos dis-tintas:

a) os débitos no âmbito da PGFN, decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do Impos-to sobre Produtos Industrializados (IPI) oriun-dos da aquisição de matérias-primas, material de embalagem e produtos intermediários rela-cionados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), com inci-dência de alíquota zero ou como não tributados;

b) os débitos no âmbito da PGFN, decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212/1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições de-vidas a terceiros, assim entendidas outras en-tidades e fundos (débitos previdenciários);

c) os demais débitos administrados pela PGFN;d) os débitos no âmbito da RFB, decorrentes do

aproveitamento indevido de créditos do IPI oriundos da aquisição de matérias-primas, material de embalagem e produtos intermedi-ários relacionados na TIPI, com incidência de alíquota zero ou como não tributados;

e) os débitos no âmbito da RFB, decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212/1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devi-das a terceiros, assim entendidas outras enti-dades e fundos (débitos previdenciários); e

f) os demais débitos administrados pela RFB.

Nota

Poderão ser ainda parcelados, na forma e condições previstas para o pagamento à vista ou parcelamento de dívidas não parceladas anteriormen-te, de que trata o Capítulo I da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, em relação aos débitos parcelados de acordo com a Lei nº 10.522/2002, cuja 1ª solicitação de parcelamento tenha sido efetuada a partir da publicação da Lei nº 12.973/2014, ou seja, a partir de 14.05.2014. Nessa hipótese, o requerimento de adesão ao parcelamento dos débitos implicará desistência compulsória e definitiva do parcelamento anterior, sem restabelecimento dos parcelamentos rescindidos caso não seja efetuado o pagamento da 1ª pres-tação ou não sejam prestadas as informações na forma do art. 16 da Portaria mencionada.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, art. 2º; Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 9/2014)

2.2 Saldo remanescente do Refis, Paes, Paex e Parcelamentos ordinários

O saldo remanescente de débitos vencidos até 30.11.2008 provenientes da consolidação no Programa de Recuperação Fiscal (Refis), no Parcelamento Especial (Paes), no Parcelamento Excepcional (Paex) e nos par-celamentos ordinários concedidos até o dia 13.05.2014 poderá ser pago ou parcelado em até 180 meses, no âmbito da PGFN ou da RFB, conforme o caso.

Constituirão modalidades de parcelamento distin-tos:

a) os débitos no âmbito da PGFN, decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212/1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições de-vidas a terceiros, assim entendidas outras en-tidades e fundos (débitos previdenciários);

b) os demais débitos administrados pela PGFN;

c) os débitos no âmbito da RFB, decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212/1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devi-das a terceiros, assim entendidas outras enti-dades e fundos (débitos previdenciários); e

d) os demais débitos administrados pela RFB.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, art. 5º; Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 9/2014)

3. LIquIdação de muLTa e JuRoS Com CRédIToS deCoRRenTeS de PReJuízo FISCaL e BaSe de CÁLCuLo negaTIva de CSL

Por meio de solicitação expressa e irretratável, a pessoa jurídica poderá liquidar valores corresponden-tes a multas, de mora ou de ofício, e a juros moratórios, inclusive relativos a débitos inscritos em Dívida Ativa da União (DAU), com utilização de créditos próprios decorrentes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSL).

O valor do crédito a ser utilizado será determinado mediante a aplicação sobre o montante do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa da CSL das alí-quotas de 25% e de 9%, respectivamente.

Somente poderão ser utilizados montantes de prejuízos fiscais e de bases de cálculo negativas da CSL próprios da pessoa jurídica, passíveis de com-

31-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

pensação, na forma da legislação vigente, relativos aos períodos de apuração encerrados até a data da publicação da Lei nº 11.941/2009, e devidamente declarados à RFB.

A solicitação de liquidação deverá ser protoco-lada exclusivamente nos sites da PGFN ou da RFB na Internet, conforme o caso, no prazo e na forma da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, com a reda-ção dada pela Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 9/2014, sem prejuízo da opção pelo pagamento à vista ou pelo parcelamento.

Para os fins de utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSL, não se aplica o limite de 30% do lucro líquido ajustado. A pessoa jurídica deverá manter, durante todo o período de vigência do parcelamento, os livros e documentos exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios dos montantes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSL utilizados para liquidação e promover a baixa dos valores nos respectivos livros fiscais.

Os montantes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSL utilizados nas modalidades da Lei nº 11.941/2009 não poderão ser utilizados para dedução na base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) ou na CSL futuros, salvo no caso de rescisão do parcelamento ou da não efetiva-ção do integral pagamento à vista.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, art. 26)

3.1 Pagamento à vista com a utilização de créditos decorrentes de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSL

A pessoa jurídica que pretender realizar paga-mento à vista dos débitos e utilizar créditos decorren-tes de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSL para liquidar multas e juros deverá indicar esta opção nos sites da PGFN ou da RFB na Internet até as 23h59min, horário de Brasília, e pagar integralmente, até o último dia útil do prazo estipulado no art. 17 da Lei nº 12.865/2013, ou seja, até 31.07.2014, o principal, a multa isolada, os honorários devidos nas execuções fiscais dos débitos previdenciários e o saldo dos juros não liquidados com a utilização desses créditos.

Para cada consolidação, no âmbito da PGFN ou da RFB, considerados separadamente os débitos pre-videnciários e os demais débitos, deverá ser efetuado um pagamento no código de arrecadação divulgado pela RFB para essa finalidade.

Caso seja detectada irregularidade nas informa-ções prestadas pela pessoa jurídica, a liquidação realizada mediante a utilização de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSL será cancelada e os débitos indevidamente liquidados serão recalculados e cobrados com os acréscimos legais pertinentes.

Nota

Os montantes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSL indicados pelo sujeito passivo na forma do § 4º do art. 26 e do caput do art. 27 da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013 serão utilizados preferen-cialmente para liquidação dos valores correspondentes a multas, de mora ou de ofício, e a juros moratórios dos débitos incluídos no parcelamento ou pagamento. Nessa hipótese:

a) caso os montantes tenham sido utilizados para compensação do lucro líquido ajustado, estes serão glosados, bem como serão apli-cadas as penalidades cabíveis;

b) aplica-se às compensações efetuadas a contar de 27.05.2009.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, arts. 26 e 27)

3.2 Parcelamento

No caso de opção por modalidades de parcela-mento, a solicitação de liquidação de multas e juros com a utilização de créditos decorrentes de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSL somente será efetuada no momento da consolidação dos débitos, no prazo e na forma da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, com a redação dada pela Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 9/2014.

3.2.1 Parcelamento de débitos da pessoa jurídica pela pessoa física

A pessoa física responsabilizada pelo não paga-mento ou não recolhimento de tributos devidos pela pessoa jurídica poderá efetuar o pagamento à vista ou o parcelamento, desde que com anuência da pessoa jurídica, em relação à totalidade ou à parte determinada dos débitos.

O parcelamento somente poderá ser efetuado pelas pessoas físicas definidas como responsáveis na forma dos arts. 124 e 135 da Lei nº 5.172/1966 - Código Tributário Nacional (CTN), inclusive sócio, sócio-gerente, diretor ou outras pessoas físicas vincu-ladas ao fato gerador.

O requerimento, que deverá ser efetuado com a utilização dos formulários constantes do Anexo Único da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, e os demais atos relativos ao parcelamento de débitos deverão ser protocolados na unidade da RFB ou da PGFN do do-micílio tributário da pessoa jurídica, acompanhados dos documentos que comprovem a responsabilidade por vinculação ao fato gerador, tais como contrato

31-04 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

social, estatuto e suas alterações, bem como da cópia do Darf correspondente ao pagamento da 1ª parcela.

Ressalta-se que a pessoa física que optar pelo parcelamento passará a ser solidariamente responsá-vel com a pessoa jurídica em relação à dívida parce-lada e deverá pagar prestação mínima equivalente à estipulada para a pessoa jurídica. Contudo, caso a pessoa física pretenda parcelar débitos de sua pró-pria titularidade ou de mais de uma pessoa jurídica, a prestação mínima corresponderá ao somatório das prestações mínimas devidas relativamente às pessoas físicas e às pessoas jurídicas, conforme a modalidade de parcelamento escolhida.

Para pagamento ou parcelamento na forma deste subtópico, não poderão ser utilizados os montantes referentes ao prejuízo fiscal e à base de cálculo nega-tiva da CSL na liquidação dos débitos e os eventuais depósitos existentes em nome da pessoa jurídica somente poderão ser levantados após a quitação integral dos débitos.

A pessoa jurídica que possuir débitos parcelados por pessoa física não poderá ter sua inscrição bai-xada no CNPJ enquanto não quitar o parcelamento.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, art. 28; Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 9/2014)

4. ReduçõeS e quanTIdade de PReSTaçõeS

Os débitos poderão ser pagos ou parcelados da seguinte forma:

a) pagos à vista, com redução de 100% das mul-tas de mora e de ofício, de 40% das multas isoladas, de 45% dos juros de mora e de 100% sobre o valor do encargo legal;

b) parcelados em até 30 prestações mensais e sucessivas, com redução de 90% das multas de mora e de ofício, de 35% das multas iso-ladas, de 40% dos juros de mora e de 100% sobre o valor do encargo legal;

c) parcelados em até 60 prestações mensais e sucessivas, com redução de 80% das multas de mora e de ofício, de 30% das multas iso-ladas, de 35% dos juros de mora e de 100% sobre o valor do encargo legal;

d) parcelados em até 120 prestações mensais e sucessivas, com redução de 70% das multas de mora e de ofício, de 25% das multas iso-ladas, de 30% dos juros de mora e de 100% sobre o valor do encargo legal; ou

e) parcelados em até 180 prestações mensais e sucessivas, com redução de 60% das multas de mora e de ofício, de 20% das multas iso-ladas, de 25% dos juros de mora e de 100% sobre o valor do encargo legal.

Notas

(1) O sujeito passivo que mantiver ativo o parcelamento na forma tra-tada neste procedimento poderá amortizar seu saldo devedor, com as re-duções de que trata a letra “a”, mediante a antecipação do pagamento de prestações.

Vale mencionar que:

a) o montante de cada amortização deverá ser equivalente, no mínimo, ao valor de 12 prestações;

b) a amortização implicará redução proporcional da quantidade de prestações vincendas, com amortização das últimas, mantendo-se o valor da prestação apurado na consolidação;

c) para obter a redução mencionada, o sujeito passivo primeiramente deverá quitar eventuais prestações vencidas e a prestação do mês corrente até a data do pagamento da antecipação.

Para efeitos da letra “a”, as prestações pagas após o vencimento não serão consideradas.

(2) Para os sujeitos passivos que aderirem ao parcelamento na forma da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 9/2014, nenhum percentual de multa, an-tes das reduções, será superior a 100%.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, arts. 3º e 18)

5. PReSTaçõeS

No caso de opção pelo parcelamento, a dívida consolidada será dividida pelo número de presta-ções que forem indicadas pelo sujeito passivo, não podendo cada prestação mensal, considerados iso-ladamente os parcelamentos referidos no subtópico 2.1, ser inferior a:

a) R$ 2.000,00, no caso de parcelamento de dé-bitos decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do IPI oriundos da aquisição de matérias-primas, material de embalagem e produtos intermediários relacionados na TIPI, com incidência de alíquota zero ou como não tributados, ainda que o parcelamento seja de responsabilidade de pessoa física;

b) R$ 50,00, no caso de pessoa física; e

c) R$ 100,00, no caso dos demais débitos de pessoa jurídica, ainda que o parcelamento seja de responsabilidade de pessoa física.

Cumpre mencionar que, até o mês anterior ao da consolidação dos parcelamentos, o devedor fica obrigado a calcular e recolher mensalmente parcela equivalente ao maior valor entre o montante dos débi-tos objeto do parcelamento dividido pelo número de prestações pretendidas e os valores constantes das letras “a” a “c”, conforme o caso.

31-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 IR/LS

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Manual de Procedimentos

Por ocasião da consolidação, será exigida a regularidade de todas as prestações devidas desde o mês da adesão, considerado o mês do pagamento da 1ª prestação, até o mês anterior ao da conclusão da consolidação dos débitos parcelados.

5.1 atualização das prestações

O valor de cada prestação será acrescido de juros correspondentes à variação mensal da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento e de 1% para o mês do pagamento.

5.2 vencimento

As prestações vencerão no último dia útil de cada mês, devendo a 1ª prestação ser paga até o último dia útil do mês de julho/2014, ou seja, até 31.07.2014, observando-se que, no caso de desistência de ações judiciais, o sujeito passivo poderá ser intimado, a qual-quer tempo, a comprovar que protocolou tempestiva-mente o requerimento de extinção dos processos, com resolução do mérito, nos termos do inciso V do art. 269 do CPC, mediante apresentação de comprovante do protocolo da petição de desistência ou de certidão do cartório que ateste a situação das respectivas ações.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, arts. 10 e 13, § 3º; Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 9/2014)

6. deSISTênCIa doS PaRCeLamenToS anTeRIoReS

O sujeito passivo que desejar pagar à vista ou parcelar os saldos remanescentes do Refis, do Paes, do Paex, dos parcelamentos previstos no art. 38 da Lei nº 8.212/1991 ou nos arts. 10 a 14-F da Lei nº 10.522/2002 deverá formalizar a desistência dessas modalidades exclusivamente nos sites da PGFN ou da RFB na Internet, conforme o caso, nos endereços www.pgfn.fazenda.gov.br ou www.receita.fazenda.gov.br.

A desistência dos parcelamentos anteriormente concedidos implicará imediata rescisão destes, considerando-se o sujeito passivo optante notificado das respectivas extinções, dispensada qualquer outra formalidade.

A falta de pagamento da 1ª prestação na forma do subtópico 5.2, ou a falta de apresentação de infor-mações para a conclusão da consolidação na forma e no prazo previsto no tópico 8, que deverão ocorrer até o dia 31.07.2014, tornará o pedido sem efeito, e não

serão restabelecidos os parcelamentos rescindidos em virtude do requerimento de adesão.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, arts. 10 e 13, § 3º, e 16; Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 9/2014)

7. deSISTênCIa de ImPugnaçõeS ou ReCuRSoS admInISTRaTIvoS e açõeS JudICIaIS

Para aproveitar as condições do pagamento à vista ou do parcelamento, o sujeito passivo deverá desistir de forma irrevogável de impugnação ou recurso administra-tivos, de ações judiciais propostas ou de qualquer defesa em sede de execução fiscal e, cumulativamente, renun-ciar a quaisquer alegações de direito sobre as quais se fundam os processos administrativos e ações judiciais.

No caso de o sujeito passivo possuir ação judicial em curso na qual requer o restabelecimento de sua opção ou a sua reinclusão em outros parcelamentos, deverá desistir da respectiva ação judicial e renunciar a qualquer alegação de direito sobre a qual se funda a referida ação.

As desistências de ações judiciais devem ser efetuadas até o último dia útil do mês subsequente:

a) à ciência da consolidação da respectiva mo-dalidade de parcelamento;

b) à conclusão da consolidação de que trata o art. 27 da Portaria PGFN/RFB nº 7/2013; ou

c) ao término do prazo para pagamento à vista.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, art. 14; Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 13/2013)

8. ConSoLIdação da dívIda

A dívida será consolidada na data da adesão, considerada a data do pagamento da 1ª prestação ou do pagamento à vista.

Após a formalização do requerimento de adesão aos parcelamentos, será divulgado, por meio de ato conjunto e nos sites da PGFN e da RFB na Internet, o prazo para que o sujeito passivo apresente as informa-ções necessárias à consolidação do parcelamento.

Observa-se que somente poderá ser realizada a consolidação dos débitos do sujeito passivo que tiver cumprido as seguintes condições:

a) efetuado o pagamento da 1ª prestação até o dia 31.07.2014;

b) efetuado o pagamento de todas as prestações previstas no § 1º do art. 4º e no § 3º do art. 10 da Portaria PGFN/RFB nº 7/2013.

31-06 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 - Boletim IOB

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No momento da consolidação, o sujeito passivo que tiver aderido aos parcelamentos deverá indicar os débitos a serem parcelados, o número de prestações e os montantes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSL a serem utilizados para liquidação de valores correspondentes a multas, de mora ou de ofício, e a juros moratórios.

O sujeito passivo que tiver aderido aos par-celamentos que não apresentar as informações necessárias à consolidação, no prazo estipulado em ato conjunto referido no caput, terá o pedido de parcelamento cancelado, sem o restabelecimento dos parcelamentos rescindidos, em decorrência do requerimento efetuado.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, arts. 15 a 16; Por-taria Conjunta PGFN/RFB nº 13/2013)

9. ReSCISão do PaRCeLamenTo

Implicará rescisão do parcelamento e remessa do débito para inscrição na DAU ou prosseguimento da execução, conforme o caso, a falta de pagamento:

a) de 3 prestações, consecutivas ou não, desde que vencidas em prazo superior a 30 dias; ou

b) de, pelo menos, uma prestação, estando pa-gas todas as demais.

A prestação paga com até 30 dias de atraso não configura inadimplência para efeito da rescisão do parcelamento.

9.1 efeitos

A rescisão implicará:

a) exigibilidade imediata da totalidade do débito confessado e ainda não pago;

b) cancelamento dos benefícios concedidos, inclusive sobre o valor já liquidado mediante utilização de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL; e

c) automática execução da garantia prestada, quando existente.

Ocorrendo a rescisão do parcelamento, será efetuada a apuração do valor original do débito, restabelecendo-se os acréscimos legais na forma da legislação aplicável à época da ocorrência dos respectivos fatos geradores até a data da rescisão, bem como serão deduzidas do valor referido na letra “a” as prestações pagas com acréscimos legais até a data da rescisão.

9.2 Comunicação da exclusão

O sujeito passivo será comunicado da exclusão do parcelamento por meio eletrônico, com prova de recebimento, nos termos dos §§ 7º a 10 do art. 13 da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013.

Notas

(1) A desistência do parcelamento, a pedido do sujeito passivo, produz os mesmos efeitos da rescisão, não sendo cabível o recurso administrativo.

(2) A rescisão produzirá efeitos no 1º dia subsequente ao término do prazo para interposição de recurso de que tratam os arts. 22 a 25 da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, cujo prazo é de 10 dias.

Observa-se que, caso já tenha feito pagamento de um dado valor maior que os mínimos indicados e queira apenas complementar com outro Darf, mas de valor inferior a esses mesmos mínimos, o contribuinte deverá preencher um Darf manualmente.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, art. 13, §§ 7º a 10)

10. HaBILITação da CaIxa PoSTaL (endeReço eLeTRônICo)

No momento da adesão ao parcelamento, o con-tribuinte manifestará o seu expresso consentimento quanto à habilitação de sua caixa postal junto à RFB (endereço eletrônico) para envio de comunicações, com prova de recebimento, relativa aos pedidos de parcelamento e de pagamento à vista com a utiliza-ção de prejuízos fiscais e bases de cálculo negativas da CSL efetuados.

As mensagens relativas aos pedidos mencio-nados, inclusive a rescisão do parcelamento, serão comunicadas por meio dessa caixa postal.

O acesso à caixa postal será efetuado por meio do código de acesso, obtido nos sites da PGFN ou da RFB na Internet, ou mediante certificado digital válido.

O mesmo procedimento de habilitação da caixa postal será utilizado quando o contribuinte pretender fazer a indicação pela Internet de créditos de prejuízo fiscal ou bases de cálculo negativas da CSL para realizar o pagamento à vista.

11. PRInCIPaIS TeLaS

Para a adesão ao parcelamento, a pessoa física ou jurídica deverá acessar os sites da RFB ou da PGFN, informando o código de acesso ou o certifi-cado digital:

31-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 IR/LS

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Após as informações solicitadas, será apresentada a tela a seguir. Para acesso ao aplicativo, clicar em “Reabertura Pagamento e Parcelamento Lei nº 11.941/2009”:

Caso o contribuinte seja pessoa física, no menu não será apresentada a opção “Indica Utilização de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa da CSLL para Pagamento à Vista”:

31-08 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 - Boletim IOB

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Ao selecionar a opção “Pedido de Parcelamento”, será apresentada a tela de Implementação de Endereço Eletrônico (Caixa Postal do e-Cac) e o contribuinte deve aceitá-la para prosseguir no aplicativo do pedido.

O contribuinte poderá selecionar os débitos marcando-os, conforme segue:

Ao selecionar os débitos a serem parcelados, o sistema mostra todas as modalidades selecionadas e solicita a Confirmação do Pedido.

31-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 IR/LS

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Após a confirmação do pedido, o sistema apresenta a seguinte tela, na qual há links para Impressão de Recibos e Emissão de Darf.

Na opção Emissão de Darf, o contribuinte, primei-ramente, deverá escolher uma modalidade de débito entre os administrados pela PGFN e os administrados pela RFB. São mostradas todas as modalidades com opções solicitadas. Vale observar que, nessa tela, é permitida a emissão de Darf tanto da 1ª parcela, quanto das subsequentes.

Após optar por uma modalidade, e caso seja de parcelamento, será indicado onde o contribuinte deverá selecionar o mês de vencimento da presta-ção. Entretanto, se a modalidade for de Indicação de Pagamento à Vista, não será apresentada essa tela.

Ressalta-se que o sistema não calcula o valor da prestação para o contribuinte, sendo tal obrigação de inteira responsabilidade do próprio contribuinte. No entanto, conforme a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, o valor informado não pode ser menor que:

a) R$ 50,00 para contribuinte pessoa física; b) R$ 100,00 para modalidades de parcelamento

arts 1º e 3º da pessoa jurídica; c) R$ 2.000,00 para modalidades de parcela-

mento do art. 2º;d) R$ 10,00 para modalidade de pagamento à

vista com utilização de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa da CSLL.

Depois de informar o valor, o contribuinte deverá selecionar o botão <Calcular>. Somente depois dessa ação, o botão <Continuar> ficará disponível. Esse procedimento deve-se ao fato de que, a partir da 2ª prestação, o sistema irá calcular juros sobre o valor informado pelo contribuinte.

O contribuinte irá apurar o valor da prestação uma única vez e sempre informará o mesmo valor no campo solicitado porque o sistema sempre atualizará esse valor e emitirá o Darf pelo valor total.

Na tela de Impressão de Recibos, o contribuinte deverá escolher uma modalidade de débito por vez, uma vez que são mostradas todas as modalidades com opções solicitadas.

Ao clicar em umas modalidades, o sistema já emite o Recibo, em uma nova tela, observando-se que, conforme o caso, serão apresentados 3 tipos de telas que possuem textos diferentes: arts. 1º e 2º; art. 3º da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013; indica-ção de pagamento à vista.

Nota

Caso já tenha feito pagamento de um dado valor maior que os míni-mos indicados e queira apenas complementar com outro Darf, mas de valor inferior a esses mesmos mínimos, o contribuinte deverá preencher um Darf manualmente.

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31-10 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 - Boletim IOB

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Recuperação judicial - Convolação em falência SUMÁRIO 1. Introdução 2. Hipóteses em que se dá a decretação da falência 3. Atos praticados durante a recuperação judicial 4. Obrigações contraídas durante a recuperação judicial

1. InTRodução

A recuperação judicial, prevista na Lei nº 11.101/2005 (Lei de Falências), tem por objetivo viabilizar a supe-ração da situação de crise econômico-financeira do devedor a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos inte-resses dos credores. Busca-se, segundo a disposição legal, promover a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.

Há na lei falimentar, contudo, previsão para a convolação (transformação) da recuperação judicial em falência. São hipóteses em que o juiz decretará a falência do empresário ou da sociedade empresária durante o processo de recuperação judicial, conforme veremos a seguir.

Resumidamente, pode-se afirmar que será decre-tada a falência do devedor que, tendo requerido a recuperação judicial, não obtiver o seu deferimento, ou, se o obtiver, deixar de cumprir obrigação assu-mida no plano de recuperação.

2. HIPÓTeSeS em que Se dÁ a deCReTação da FaLênCIa

De acordo com a Lei nº 11.101/2005, art. 73, o juiz decretará a falência durante o processo de recupera-ção judicial:

a) por deliberação da assembleia geral de cre-dores (art. 42 da lei falimentar);

b) pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação no prazo improrrogável de 60 dias da publicação da decisão que deferir o pro-cessamento da recuperação judicial (art. 53);

c) quando houver sido rejeitado o plano de re-cuperação pela assembleia geral de credores (art. 56, § 4º);

d) por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação, até que se cumpram todas as obrigações previstas no

plano que vençam até 2 anos depois da con-cessão da recuperação judicial (art. 61, § 1º).

2.1 outras ocorrências que também dão causa à decretação de falência

A existência de previsão expressa para trans-formação da recuperação judicial em falência nas hipóteses mencionadas no item 2 não significa impe-dimento à decretação da falência do devedor nos seguintes casos (art. 73, parágrafo único):

a) por inadimplemento de obrigação não sujeita à recuperação judicial, se o devedor:

a.1) sem relevante razão de direito, não pa-gar, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos execu-tivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 salários-mínimos na data do pedido de falência;

a.2) executado por qualquer quantia líquida, não pagar, não depositar e não nomear à penhora bens suficientes dentro do pra-zo legal;

b) se o devedor vier a praticar qualquer dos se-guintes atos (exceto se fizer parte do plano de recuperação judicial):

b.1) proceder à liquidação precipitada de seus Ativos ou lançar mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos;

b.2) realizar ou, por atos inequívocos, tentar realizar, com o objetivo de retardar pa-gamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da to-talidade de seu Ativo a terceiro, credor ou não;

b.3) transferir estabelecimento a terceiro, cre-dor ou não, sem o consentimento de to-dos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu Passivo;

b.4) simular a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de bur-lar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;

b.5) dar ou reforçar garantia a credor por dí-vida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados su-ficientes para saldar seu Passivo;

a Legislação Falimentar

31-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 IR/LS

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b.6) ausentar-se sem deixar representan-te habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores; abandonar esta-belecimento ou tentar ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;

b.7) deixar de cumprir, no prazo estabeleci-do, obrigação assumida no plano de re-cuperação judicial.

3. aToS PRaTICadoS duRanTe a ReCuPeRação JudICIaL

Na convolação da recuperação em falência, os atos de administração, endividamento, oneração ou alienação praticados durante a recuperação judicial presumem-se válidos desde que realizados com observância das regras contidas na Lei de Falências (art. 74).

4. oBRIgaçõeS ConTRaídaS duRanTe a ReCuPeRação JudICIaLDe acordo com os arts. 67 e 83 da lei falimentar,

os créditos decorrentes de obrigações contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles relativos a despesas com fornecedores de bens ou serviços e contratos de mútuo, serão con-siderados extraconcursais, em caso de decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem de classificação de créditos na falência.

Por seu turno, os créditos quirografários sujeitos à recuperação judicial pertencentes a fornecedores de bens ou serviços que continuarem a provê-los normalmente após o pedido de recuperação judicial terão privilégio geral de recebimento, em caso de decretação de falência, no limite do valor dos bens ou serviços fornecidos durante o período da recuperação.

N

a IOB SetorialLOCAÇÃO

Simples Nacional - Locação de imóveis próprios

1. InTRodução

A microempresa (ME) ou a empresa de pequeno porte (EPP) que exerça a atividade de locação de imóveis próprios sempre foi motivo de dúvidas, prin-cipalmente quanto à possibilidade de ingresso no Simples Nacional. Considerando a hipótese de ser admitida, como seria a tributação de tais receitas?

Neste texto, abordaremos essas e outras ques-tões referentes a essa atividade.

2. LoCação de ImÓveIS PRÓPRIoS: aTIvIdade PeRmITIda ou vedada?

De acordo com a Lei Complementar nº 123/2006, art. 17, caput e inciso XV, não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Na-cional a ME ou EPP que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir à prestação de serviços tributados pelo Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

A atividade de locação de imóveis próprios passou a ser vedada ao ingresso no Simples Nacional, por força

da alteração da Lei Complementar nº 123/2006, pelas Leis Complementares nºs 139/2011 e 128/2008, com efeitos desde 1º.01.2009, conforme prescreve o art. 26 da Resolução CGSN nº 50/2008, cujo Anexo Único já relacio-nava os código na Classificação Nacional de Atividades Econômica (CNAE) impeditivos ao Simples Nacional, entre eles o 6810-2/02 - Aluguel de imóveis próprios.

Dessa forma, foi determinado, literalmente, o alcance da vedação com relação à atividade de locação de imóveis próprios. Assim, uma vez exercida a atividade de locação de imóveis próprios, a pessoa jurídica que a exerça poderá optar pelo Simples Nacional tão somente na hipótese de essa atividade estar caracterizada como prestação de serviços tributados pelo ISS, constante da lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003.

Dentre as atividades de locação de imóveis pró-prios cujos serviços são tributados pelo ISS, podem ser citados: exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e con-gêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza (Lista de serviços da Lei Comple-mentar nº 116/2003 - item 3.03).

Ressalta-se que, para que a ME ou EPP per-maneça no Simples Nacional, é imprescindível que não incorra em nenhuma das vedações relativas a exercício de atividades ou de qualquer outra vedação

31-12 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 - Boletim IOB

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Imposto de Renda e Legislação Societária

prevista na Lei Complementar nº 123/2006. Dessa forma, caso exerça uma única atividade impeditiva, ainda que de forma eventual, estará vedada a sua permanência no Simples Nacional.

2.1 atividade de locação de imóveis próprios não incluída no objeto social

Conforme o art. 3º, § 1º, da Lei Complementar nº 123/2006, para efeito do Simples Nacional, a base de cálculo sobre a qual incidem as alíquotas previstas nesse regime simplificado é a receita bruta, assim considerados o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

Caso a atividade de locação de imóveis próprios não esteja incluída no objeto social da ME ou da EPP, o seu exercício, ainda que eventual, configura a hipó-tese de vedação ao ingresso no Simples Nacional e a consequente exclusão desse regime de tributação simplificado. Inclusive, nessa hipótese nem haveria previsão legal para tributar essas receitas.

2.2 atividade de locação de imóveis próprios incluída no objeto social

O art. 74, II, da Resolução CGSN nº 94/2011 estabelece que a alteração de dados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), informada pela ME ou EPP à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) é de comunicação obrigatória de exclusão do Simples Nacional na hipótese de inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional, observando-se que, nessa hipótese, a exclusão pro-duzirá efeitos a partir do 1º dia do mês seguinte ao da ocorrência da situação de vedação.

Portanto, a alteração de dados no CNPJ, informada pela ME ou EPP à RFB, equivalerá à comunicação obri-gatória de exclusão do Simples Nacional na hipótese de inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional, ainda que não exercida.

(Lei Complementar nº 123/2006, arts. 30, § 3º, e 31, II; Re-solução CGSN nº 94/2011, art. 74)

3. anexo aPLICÁveL

Conforme mencionado anteriormente, a ME ou a EPP que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir à prestação de serviços tribu- tados pelo ISS, não pode aderir ao Simples Nacional.

O valor devido mensalmente pela ME e EPP comer-cial, optante pelo Simples Nacional, será determinado

mediante aplicação da tabela do Anexo I da Lei Com-plementar nº 123/2006 e da Resolução CGSN nº 94/2011 (Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio).

Todavia, as atividades de prestação de serviços que não tenham sido objeto de vedação expressa, desde que não incorra em nenhuma das hipóteses de vedação previstas na Lei Complementar nº 123/2006, serão tributadas na forma do Anexo III à referida Lei Complementar, salvo se, para alguma dessas ativida-des, houver previsão expressa de tributação na forma dos Anexos IV ou V da mesma Lei.

Por fim, destaca-se que o percentual correspon-dente ao ISS está incluído nas alíquotas do Anexo III e que a Lei Complementar nº 123/2006 autoriza, unicamente, deduzir o percentual concernente ao ISS das alíquotas constantes desse Anexo no caso de atividade de locação de bens móveis (art. 18, § 5º-A), o que não é o caso.

4. PoSIção da RFB

A contar de 1º.01.2009, o exercício da atividade de locação de imóveis próprios, ainda que eventual e estranho ao objeto social da empresa, configura hipótese de vedação ao ingresso no Simples Nacional ou motivo de exclusão desse regime especial, salvo quando se refere à prestação de serviços tributados pelo ISS. Nessa hipótese, deve ser tributada na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006 a ativi-dade de locação de imóveis próprios vinculada à pres-tação de serviços sujeitos ao ISS, constante da Lista de Serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003.

Nesse sentido, decidiram a Solução de Divergên-cia Cosit nº 5/2011 e a Solução de Consulta Cosit nº 127/2014, reproduzidas a seguir:

Solução de Divergência Cosit nº 5/2011

ASSUNTO: Simples Nacional

EMENTA: A partir de 1º de janeiro de 2009, o exercício da atividade de locação de imóveis próprios, ainda que eventual e estranho ao objeto social da empresa, configura hipótese de vedação ao ingresso no Simples Nacional ou motivo de exclusão desse regime especial, salvo quando se referir à prestação de serviços tributados pelo ISS. Até o dia 31 de dezembro de 2008 não havia impedimento para o exercício da atividade de locação de imóveis próprios, tributados ou não pelo ISS, para as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional.

Solução de Consulta Cosit nº 127/2014

Assunto: Simples Nacional

31-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 IR/LS

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Ementa: LOCAÇÃO DE IMÓVEL PRÓPRIO VINCULADA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO SUJEITA AO ISS. TRIBUTAÇÃO NA FORMA DO ANEXO III DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 2006. IMPOSSIBILIDADE DE DEDUÇÃO DO PER-CENTUAL DO ISS.

A partir de 1º de janeiro de 2009, o exercício da atividade de locação de imóveis próprios, ainda que eventual e estranho ao objeto social da empresa, configura hipótese de vedação ao ingresso no Simples Nacional ou motivo de exclusão desse regime especial, salvo quando se referir à prestação de serviços tributados pelo Imposto sobre Servi-ços de Qualquer Natureza - ISS.

Deve ser tributada na forma do Anexo III da Lei Comple-mentar nº 123, de 2006, a atividade de locação de imóveis próprios vinculada a prestação de serviços sujeitos ao ISS, constante da Lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116, de 2003.

Somente é admissível a dedução do percentual correspon-dente ao ISS das alíquotas previstas no Anexo III da Lei Complementar nº 123, de 2006, nas atividades de locação de bens móveis.

N

a IOB Comenta

TRIBuTOS E CONTRIBuIÇõES FEDERAIS

Momento da ocorrência do fato gerador no caso de depósitos judiciais e extrajudiciais

O Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 25/2003 estabelece que os valores restituídos a título de tri-buto pago indevidamente serão tributados pelo IRPJ e pela CSL se, em períodos anteriores, tiverem sido computados como despesas dedutíveis do lucro real e da base de cálculo da CSL, observando-se que não haverá incidência da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins sobre esses valores.

Os juros incidentes sobre o indébito tributário recuperado são considerados como receitas novas, e sobre estas incidem o IRPJ e a CSL.

Cabe observar que, conforme disposição do Decreto nº 5.442/2005, art. 1º, ficam reduzidas a zero as alíquotas da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins inciden-tes sobre as receitas financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de inci-dência não cumulativa das referidas contribuições.

Em relação ao reconhecimento dessas receitas, cumpre observar o seguinte:

a) se for pelo regime de caixa, o indébito e os juros passarão a ser receita tributável do IRPJ e da CSL no momento do pagamento do precatório;

b) se for pelo regime de competência, o indébito passará a ser receita tributável do IRPJ e da

CSL no trânsito em julgado da sentença judi-cial que já define o valor a ser restituído.

No caso de a sentença condenatória não definir o valor a ser restituído, o indébito passará a ser receita tributável pelo IRPJ e pela CSL:

a) na data do trânsito em julgado da sentença que julgar os embargos à execução, funda-mentados no excesso de execução (art. 741, inciso V, do Código de Processo Civil); ou

b) na data da expedição do precatório, quando a Fazenda Pública deixar de oferecer embargos à execução.

A receita decorrente dos juros de mora devidos sobre o indébito deve compor as bases tributáveis do IRPJ, da CSL, da Cofins e da contribuição para o PIS-Pasep, observando-se o seguinte:

a) se a sentença que julgar a ação de repetição de indébito já definir o valor a ser restituído, será no seu trânsito em julgado que passarão a ser receita tributável os juros de mora incorri-dos até aquela data e, a partir daí, os juros in-corridos em cada mês deverão ser reconheci-dos pelo regime de competência como receita tributável do respectivo mês;

b) se a sentença que julgar a ação de repetição de indébito não definir o valor a ser restituído, será no trânsito em julgado da sentença dos embargos à execução fundamentados em ex-cesso de execução (art. 741, inciso V, do Có-digo de Processo Civil) que passarão a ser re-ceita tributável os juros de mora incorridos até aquela data e, a partir daí, os juros incorridos em cada mês deverão ser reconhecidos pelo

31-14 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

regime de competência como receita tributá-vel do respectivo mês; e

c) se a sentença que julgar a ação de repetição de indébito não definir o valor a ser restituído e a Fazenda Pública não apresentar embargos à execução, os juros de mora sobre o indébi-to passarão a ser receita tributável na data da expedição do precatório.

Nessa mesma linha de raciocínio, a Receita Federal do Brasil concluiu, por meio da Solução de Consulta Cosit nº 157/2014, que, no caso de depósi-tos efetuados ao amparo do regramento estabelecido pela Lei nº 9.703/1998 (que dispõe sobre os depósitos judiciais e extrajudiciais de tributos e contribuições

federais), e considerando-se a existência de previsão legal de ocorrência de acréscimos ao montante depo-sitado judicial ou administrativamente tão somente quando da solução favorável da lide ao depositante, só se encontra caracterizada a ocorrência do fato gerador do IRPJ e da CSL quando:

a) da referida solução da lide e na proporção que favorecer o contribuinte depositante; ou

b) o levantamento do depósito com acréscimos se der por autorização administrativa ou judi-cial antes daquela solução.

(Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 25/2003; Solução de Consulta Cosit nº 157/2014; Decreto nº 5.442/2005)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IRPF

Mercado futuro - Perdas de investimento no exterior - Indedutibilidade

1) Pessoa física residente no Brasil com investi-mentos no exterior em mercado futuro que apurar per-das pode compensar com eventuais ganhos de capi-tal?

Não. A pessoa física residente no Brasil que incorrer em perdas relacionadas a investimentos de renda variável no exterior, inclusive em mercados futu-ros, não pode compensar tais perdas com eventuais ganhos de capital auferidos nessas ou em outras apli-cações, em momento anterior ou posterior, seja para fins de apuração da base de cálculo ou como fator de redução do tributo devido.

(Solução de Consulta Cosit nº 4/2014)

Mútuos contratados entre pessoas físicas - Tributação

2) Como são tributados pelo Imposto de Renda os mútuos contratados entre pessoas físicas?

No caso de mútuos contratados entre pessoas físicas, os rendimentos auferidos pelo mutuante

residente ou domiciliado no Brasil, ficam sujeitos à tributação pelo Imposto de Renda na forma do carnê--leão e na Declaração de Ajuste Anual.

(RIR/1999, arts. 83 e 106)

TRIBuTOS E CONTRIBuIÇõES FEDERAIS

Consórcio entre empresas - Equiparação a pessoa jurídica

3) Em que hipótese o consórcio constituído nos termos dos arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404/1976 equi-para-se a pessoa jurídica?

Para fins do disposto nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, equipara-se a pessoa jurídica o consór-cio constituído nos termos dos arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A) que realizar a contratação e o pagamento, mediante a utilização de CNPJ próprio do consórcio, de pessoas físicas ou jurídicas, com ou sem vínculo empregatício, ficando as empresas con-sorciadas solidariamente responsáveis pelos tributos relacionados às operações praticadas pelo consórcio.

(Lei nº 12.546/2011, art. 9º, IX, com a redação dada pelo art. 5º da Lei nº 12.995/2014)

31-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 31 IR/LS

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Manual de Procedimentos

Parcelamento simplificado - Limite do valor

4) Em relação ao parcelamento simplificado, houve alteração do limite dos valores dos débitos que podem ser parcelados?

Sim. Conforme nova redação dada pela Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 12/2013, poderá ser concedido, de ofício ou a pedido, parcelamento simplificado para o pagamento dos débitos cujo valor seja igual ou inferior a R$ 1.000.000,00, lembrando que anteriormente, o limite era de R$ 500.000,00.

Observe-se ainda que, de acordo com a nova redação, o somatório do saldo devedor de todos os parcela-mentos simplificados em curso, por contribuinte, não poderá exceder o novo valor supracitado.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 15/2009, art.29, com nova redação dada pela Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 12/2013)