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1 ECONOMIA PARA CONCURSOS Prof. Daniel da Mata Apostila MICROECONOMIA PARA CONCURSOS Introdução Prof. Daniel da Mata A economia faz parte de nossas vidas... ... As forças econômicas impactam o nosso dia-a-dia Via impostos, juros, desemprego, inflação Ou via subsídios agrícolas, acordos internacionais... São essas forças econômicas que vamos estudar durante o curso. Teoria Econômica O que é economia? Economia estuda como recursos escassos são alocados em usos alternativos Necessidades ilimitadas, recursos escassos Economia estuda com os agentes econômicos reagem a incentivos Economia estuda as escolhas das pessoas, das empresas e dos governos... ... e estas escolhas estão sempre sujeitas a restrições Modelos Econômicos Modelos econômicos” são usados neste propósito Os modelos são criados para responder perguntas específicas Procura entender fenômenos econômicos e sociais Representação simplificada da realidade O “mundo real” é muito complicado para ser explicado em detalhes Mapa 1:1 é irrelevante! Elimina detalhes irrelevantes e foca nas questões principais de um problema Portanto, os modelos econômicos não são a realidade, são abstrações úteis da realidade que incorporam as principais forças que explicam o problema O melhor modelo vai depender da questão, da informação disponível, do ambiente estudo, etc. Modelos Econômicos Princípios de um modelo: Ceteris paribus “Tudo o mais constante” Focar no efeito de um fator por vez, assumindo que as outras variáveis permanecem constantes no período do estudo Otimização As pessoas tentam escolher o melhor padrão de consumo ao seu alcance Os consumidores tentam maximizar as suas utilidades As firmas tentam maximizar os seus lucros e minimizar os seus custos Os governos tentam maximizar o bem-estar público

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ECONOMIA PARA CONCURSOS

Prof. Daniel da Mata

Apostila

MICROECONOMIA PARA CONCURSOS

Introdução

Prof. Daniel da Mata

A economia faz parte de nossas vidas...

� ... As forças econômicas impactam o nosso dia-a-dia�Via impostos, juros, desemprego, inflação

�Ou via subsídios agrícolas, acordos internacionais...

� São essas forças econômicas que vamos estudar durante o curso.

Teoria Econômica

� O que é economia?�Economia estuda como recursos escassos são

alocados em usos alternativos

�Necessidades ilimitadas, recursos escassos

�Economia estuda com os agentes econômicos reagem a incentivos

�Economia estuda as escolhas das pessoas, das empresas e dos governos...

� ... e estas escolhas estão sempre sujeitas a restrições

Modelos Econômicos

� “Modelos econômicos ” são usados neste propósito� Os modelos são criados para responder perguntas específicas� Procura entender fenômenos econômicos e sociais� Representação simplificada da realidade

� O “mundo real” é muito complicado para ser explicado em detalhes� Mapa 1:1 é irrelevante!

� Elimina detalhes irrelevantes e foca nas questões principais de um problema

� Portanto, os modelos econômicos não são a realidade, são abstrações úteis da realidade que incorporam as principais forças que explicam o problema

� O melhor modelo vai depender da questão, da informação disponível, do ambiente estudo, etc.

Modelos Econômicos

� Princípios de um modelo:� Ceteris paribus

� “Tudo o mais constante”

� Focar no efeito de um fator por vez, assumindo que as outras variáveis permanecem constantes no período do estudo

� Otimização� As pessoas tentam escolher o melhor padrão de consumo ao

seu alcance� Os consumidores tentam maximizar as suas utilidades

� As firmas tentam maximizar os seus lucros e minimizar os seus custos

� Os governos tentam maximizar o bem-estar público

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Modelos Econômicos

� Princípios de um modelo:�Equilíbrio

� Os preços se ajustam até que o total que as pessoas demandam sejam igual ao total ofertado

�Análise positiva vs. normativa� Análise positiva: tentar explicar o fenômeno

econômico observado� Análise normativa tem o foco no que “poderia” ou

“deveria” ser feito

Divisão da Teoria Econômica� O que é Microeconomia ?

� Estudo das escolhas dos indivíduos, firmas e governo e como tais escolhas criam mercados

� Os indivíduos fazem escolhas sobre trabalho, compras, suas finanças...

� As firmas fazem escolhas sobre que produto produzir, quanto produzir, que insumos utilizar...

� Os governos fazem escolhas sobre regulação, impostos, legislação...

� O que é Macroeconomia ?� Estudo dos agregados econômicos: Produto Interno

Bruto (PIB), investimento, nível geral de preços...

Visão geral da Microeconomia� Exemplo de um modelo microeconômico :

mercado de apartamentos em Brasília� Existem dois tipos de apartamentos: dentro plano

piloto e fora do plano� Os apartamentos do plano são mais preferidos,

especialmente para quem trabalha na região central de Brasília

� Morar nos apartamentos mais distantes significa mais tempo de deslocamento ao trabalho, maior gasto com transporte, etc.

� Desta maneira, todas as pessoas gostaria de morar em um apartamento no plano piloto....

� .... Se pudessem pagar por ele

Exemplo: Mercado de Apartamentos em Brasília

Exemplo: Mercado de Apartamentos em Brasília

� Vamos analisar somente o mercado de apartamentos do Plano Piloto� Os apartamentos fora do Plano são ocupados pelas

pessoas que não encontrarem apartamentos na área interna ao Plano

� Vamos supor que existem vários apartamentos fora do plano e que seus preço são fixados em algum nível conhecido

� O modelo vai ser preocupar somente com a fixação dos aluguéis dos apartamentos do Plano e com quem vai morar neles

� O modelo considera o preço e o aluguel dos apartamentos do Plano como variável endógena

� E o preço dos outros apartamentos com variável exógena

� Variáveis exógenas e endógenas� Exógenas: o modelo não explica� Endógenas: determinadas por forças descritas pelo

modelo� Vamos supor que todos os apartamentos são

idênticos em todos os aspectos, exceto pela localização� Não vamos falar de apartamento de 1 ou 2 quartos

Exemplo: Mercado de Apartamentos em Brasília

3

� O modelo visa responder perguntas como:�O que determina o aluguel dos apartamentos?�O que determina quem vai morar nos

apartamentos do Plano e nos das outras regiões?

�O que podemos dizer sobre os mecanismos econômicos de alocação dos apartamentos?

� Princípios do modelo do mercado habitacional

Exemplo: Mercado de Apartamentos em Brasília

Exemplo: Mercado de Apartamentos em Brasília

� Um modelo que descreve como o preço de um produto é determinado pelo � (a) comportamento de indivíduos que compram o

produto e � (b) pelo das firmas que o vendem

� Os economistas dizem que o modelo captura as preferências dos consumidores e os custos das empresas

� Vamos agora ver a curva de demanda, a de oferta e o equilíbrio do mercado

Curva de Demanda

� Perguntamos a todos os possíveis locatários a quantia máxima que cada um estaria disposto a pagar para alugar um apartamento no Plano Piloto

� O preço de reserva é a quantia máxima que uma pessoa está disposta a pagar por alguma produto� É o preço que torna a pessoa indiferente entre

comprar ou não o bem

� A um dados preço P* ,o número de apartamentos a serem alugados é exatamente igual ao número de pessoas cujo o preço de reserva seja maior ou igual a P*

Montando a curva de Demanda...� O eixo horizontal mede o número de apartamentos

que serão alugados a cada preço� O eixo vertical mede o preço de mercado

Preço dereserva

Curva de Demanda980

1000

Número de apartamentos0 1

950

2 3

Montando a curva de Demanda...

� A curva de demanda tem inclinação descendente:� À medida que os preços dos apartamentos caem,

um maior número de pessoas estará disposto a alugar apartamentos

� Se houver muitas pessoas e seus preços de reserva diferirem pouco, a curva de demanda será inclinada “suavemente” para baixa

Montando a curva de Demanda...

Preço dereserva

Curva de Demanda980

1000

Número de apartamentos0 1

950

2 3

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Curva de Oferta� A curva de oferta depende da natureza do

mercado� Vamos supor que o mercado do Plano Piloto é

competitivo:� Muitos proprietários independentes, cada um disposto a

alugar o seu imóvel pelo maior preço que o mercado posso suportar

� Outras estruturas de mercado serão analisadas a seguir� Neste contexto, o preço dos aluguéis é o mesmo!

� Os imóveis são idênticos e os locatários são bem informados sobre os preços cobrados

� E se o preço não for o mesmo?� Como o preço é determinado? Curto prazo vs. longo

prazo

Montando a curva de Oferta..� A oferta no curto prazo de imóveis é mais

ou menos fixa...� ... Mas no longo prazo não

Preço dereserva

Número de apartamentos

Curva de Oferta

S

Equilíbrio de mercado

� Vamos juntar a demanda e a oferta de apartamentos

Preço dereserva

Número de apartamentos

Preço deequilíbrio

S

P*

Curva de Demanda

Curva de Oferta

Equilíbrio de mercado

� Preço de equilíbrio P*: preço no qual a quantidade demanda pelo produto é igual a quantidade ofertada do produto

� Tantos os consumidores quanto os produtores estão satisfeitos com o preço de mercado�Então na há incentivos para ninguém alterar

o seu comportamento (e os preços!)

�Ao menos que alguma outra coisa aconteça...

Equilíbrio de mercado

� Por que o equilíbrio se sustenta?

� No não-equilíbrio, se acontecer algo que:� Eleve o preço acima de P, os consumidores desejaram

menos produtos e as empresas produzirão mais produtos� Haverá apartamentos vazios e os proprietários abaixaram

os preços

� Reduza o preço abaixo de P, os consumidores desejaram mais produtos e as empresas produzirão menos produtos� Haverá muita demanda e os proprietários elevarão os

preços

Equilíbrio de mercado

� A distribuição de apartamento entre os locatário de Brasília é determinada pelo valor que eles estejam dispostos a pagar

� Uma vez determinado o preço de equilíbrio de mercado:� Todos os que estiverem dispostos a pagar P* ou mais

morarão no Plano Piloto� Os que estiverem dispostos a pagar menos do que P*

morarão em outras regiões� Quem possuir um preço de reserva igual a P* será

indiferente entre morar no Plano ou não

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Estática Comparativa

� Como o preço do aluguel muda quando vários aspectos do mercado se alteram?

� Esse exercício é denominado Estática Comparativa�Compara como o mercado sai de um

equilíbrio (estático) para um outro equilíbrio�O que acontece entre mudança de um

equilíbrio para outro não é objeto de estudo da estática comparativa

Preço dereserva D

D’S

P*

P**

Número de apartamentos0 Q*

Um aumento da Demanda altera o preço de equilíbrio

Preço dereserva

D

S S’

P*P**

Número de apartamento0 Q** Q*

Um deslocamento na Oferta altera o preço e quantidade de equilíbrio

Suponha que 100 proprietários vendam seus apartamentos...� O que acontece com o mercado?� E a demanda? Se todos os compradores forem

os locatários?

Preço dereserva D’

DS

P*P**

Número de apartamentos0 Q**

S’

Q*

Outros exemplos

� Crescimento Econômico

� Aumento do IPTU

� + vários outros exemplos

� Veremos a seguir uma questão da prova para Gestor do MPOG (2002)

Além do mercado competitivo...

� Existem formas de alocar apartamentos� 1) Monopolista discriminador

� Um só proprietário detém todos os apartamentos� Suponha que o monopolista saiba o preço de reserva

de cada pessoa� Então, o primeiro apartamento seria alugado por 1000,

o segundo por 980, assim por diante. De forma que:� As mesmas pessoas morariam no Plano Piloto:� Em suma, o aluguel que as pessoas pagariam seria

diferente, mas as mesmas pessoas morariam no Plano Piloto

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Além do mercado competitivo...

� 2) Monopolista comum� Um só proprietário detém todos os apartamentos� Mas não sabe o preço de reserva de todos� A receita dele é dado por: P* x Q*� O monopolista preferirá deixar alguns apartamentos

vazios!

� 3) Controle de aluguéis� Suponha que as autoridades estipulem um teto para

o aluguel abaixo do preço de equilíbrio� Haveria uma maior demanda para a mesma oferta� Quem iria morar então no Plano Piloto?

Qual o melhor arranjo?� Para os proprietários seria o arranjo de monopolista

discriminador� Para alguns locatários seria o de controle de aluguéis� Mas qual critério utilizar para dizer qual o melhor

arranjo?� Melhoria de Pareto : melhorar uma pessoa sem piorar

a nenhuma outra� Se uma alocação permite uma melhoria de Pareto, ela é

ineficiente de Pareto� Se a alocação não permitir nenhuma melhoria de Pareto,

então ela é Pareto eficiente� Trocas aleatórios no mercado habitacional e melhorias de

pareto

Eficiência de Pareto� Quem moraria dentro do Plano Piloto?� Se houver X apartamentos, as X pessoas com

maior preço de reserva os alugarão� Essa é a alocação Pareto Eficiente

� Quais arranjos atendem ao critério de Pareto?� Mercado competitivo: as pessoas com os maiores

preços de reserva alugam os apartamentos� Monopolista discriminador: idem� Monopolista comum: não. Suponha que ele alugasse

mais uma unidade, fixando o preço do aluguel das outras. Neste caso, ele aumentaria seu lucro e mais uma pessoa disposta a morar no plano seria contemplada

� Controle de aluguéis: argumento da alocação arbritária

Eficiência de Pareto

� O mercado competitivo e o monopolista discriminador geram alocações Pareto eficientes...

� ...Mas geram resultados distributivos distintos

Microeconomia� Conceitos vistos até agora:

�Preço de reserva

�Variáveis endógenas e exógenas

�Demanda

�Oferta

�Estática comparativa

�Mercado competitivo

�Monopólio

�Eficiência de pareto

Já conseguimos responder algumas questões de concurso somente com esse modelo básico?

� (Gestor, 2002):“A curva de oferta mostra o que acontece com a quantidade

oferecida de um bem quando seu preço varia, mantendo constante todos os outros determinantes da oferta. Quando um desses determinantes muda, a curva da oferta se desloca. Indique qual das variáveis abaixo, quando alterada, não desloca a curva da oferta.”

a) Tecnologiab) Preços dos insumosc) Expectativasd) Preço do beme) Número de vendedores

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A resposta requer o entendimento do conceito de estática comparativa!

� Resposta: Esse é um exercício de estática comparativa . Vimos que na estática comparativa, usamos informações de variáveis exógenas para determinar novos equilíbrios no mercado em análise. Portanto, variáveis exógenas deslocam as curvas de demanda e oferta . Por sua vez, mudanças nas variáveis endógenas não descolam as curvas, há na verdade uma mudança ao longo das curvas . Qual a única variável endógena das alternativas (a)-(e)? O preço! A resposta é então a alternativa (d) .

GESTOR - MPOG (2002)� Indique, nas opções abaixo, o mercado no qual só há

poucos compradores e grande número de vendedores.a) Monopóliob) Monopsônioc) Oligopóliod) Oligopsônioe) Concorrência Perfeita

� Resp: Alternativa “d”. Podemos elimina a alternativa “e”, pois sabemos que concorrência perfeita envolve muitos compradores e muitos vendedores. Sabemos o que é monopólio (1 vendedor) e, mesmo não sabendo o que significa monopsônio (1 comprador), podemos eliminar com o conhecimento do conceito de monopólio. Sabemos o que é Oligopólio (poucos vendedores), restou somente a alternativa “d”, (oligopsônio – poucos compradores).

PETROBRÁS (2001)

� Avalie a assertiva:

� “A preocupação recente com a boa forma física multiplica o número de academias de ginástica, contribuindo, assim, para deslocar a demanda de equipamentos de musculação para baixo e para a esquerda.”

Resp.: Errado. Um maior número de academias significa maior demanda por equipamentos de musculação, o que desloca a curva de demanda para cima e para a direita

PETROBRÁS (2001)

� Avalie a assertiva:� “Se a demanda de produtos agrícolas for

perfeitamente inelástica em relação ao preço, então, uma super-safra agrícola aumentará, substancialmente, a renda dos agricultores.”

Resp.: Errado. Uma super-safra irá aumentar a oferta, e como a demanda é inelástica, não haverá aumento da quantidade consumida. Como resultado, os preços e a renda dos agricultores irá diminuir.

PETROBRÁS (2001)

� Avalie a assertiva:� “O desenvolvimento de inseticidas mais eficazes

para combater gafanhotos que ataquem as lavouras de milho desloca a curva de oferta desse produto, para baixo e para a direita, aumentando, assim, a oferta desse produto.”

Resp.: Correto. Inseticidas mais eficazes acarretam em uma maior produtividade e produção agrícola, aumentando a oferta de milho.

PETROBRÁS (2001)

� Avalie a assertiva:

� “A implementação de uma política de controle de aluguéis contribui para aumentar a demanda e a quantidade disponível de imóveis para alugar”

Resp.: Errado. A política aumenta a demanda, pois o preço do aluguel reduzirá com o controle de aluguéis. Mas no curto prazo a quantidade ofertada é dada e não há como aumentar a produção de residências.

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MICROECONOMIA PARA CONCURSOS

Função Demanda

Prof. Daniel da Mata

DEMANDA

Função demanda

� As funções demanda do consumidor fornecem as quantidades ótimas de cada um dos bens.

� A função demanda de um bem é função� Do preço do produto� Do preço do(s) outro(s) produto(s)� Da renda

� Matematicamente:

),,(

),,(

2122

2111

mppxx

mppxx

==

Bens Comuns e Bens de Giffen

� O bem 1 é considerado um bem comum�Quando seu preço aumenta, sua demanda

diminui

� Existe também o Bem de Giffen�Um aumento de preço faz aumentar o

consumo do bem!

�Exemplos: fatos históricos

Bens Substitutos e Complementares

� A demanda do bem 1 é uma função tanto do preço do bem 1 quanto do bem 2

� Como varia a demanda do bem 1 quando o preço do bem 2 muda?�Se a demanda cresce, dizemos que os bens 1

e 2 são substitutos

�Se a demanda diminui, dizemos que os bens são complementares

Bens Normais e Inferiores

� Vimos que com o aumento da renda, o consumo do bem aumentava

� Os economistas chamam esse bem de bemnormal

� Mas nem sempre é assim...� ... Existem situações em que um aumento de

renda causa uma queda no consumo!� Esses bens são chamados de bem inferiores� Bem inferior é mais comum do que podemos

pensar em princípio� Praticamente todos os produtos de baixa qualidade

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Demanda de Mercado

� É a soma das demandas individuais

q

p

q

p

q

p

Demanda do agente 1

Demanda do agente 2

Demanda de mercado = soma das duas curvas

de demanda

Caso especial: Demanda Linear� Um tipo de função demanda bastante usual

é a demanda linear�Ela tem o formato de : q = a – b p

�Mas o gráfico tem o formato de “demanda inversa”

x1

p1Curva de Demanda Linear

Exercício simples sobre demanda linear:

� Se a demanda de um bem é q = 100 – 2p, sendo q a quantidade demandada e p o seu preço, não se pode dizer que

(a) Quando o preço for igual a 20 unidades monetárias, a quantidade demandada é equivalente a 60 unidades.

(b) A quantidade demandada reduz 2 unidades quando o preço aumenta em 1 (uma) unidade monetária.

(c) O sinal negativo indica relação inversamente proporcional entre o preço e a quantidade demandada.

(d) Quando o preço é igual a 50 unidades monetárias, não ocorre demanda pelo bem.

(e) A respectiva curva da procura corta o eixo preços ao nível de 100 unidades.

Resp.:� Vamos responder a questão:� (a) Quando o preço for igual a 20 unidades monetárias, a

quantidade procurada é 60 unidades. Correto.� (b) Vamos supor que o preço é 10. A quantidade demanda

fica 80. Agora tome o preço igual a 11. A quantidade demanda é igual a 78. Caiu 2 unidades. Correta

� (c) Relação inversa significa “quanto um sobe, o outro desce”. E é exatamente isso que acontece com a função demanda da questão. Correta

� (d) Quando p = 50, q é igual a zero, o que é o mesmo de não haver procura/demanda pelo bem. Correta

� (e) A curva corta o eixo dos preços quando q=0. Substituindo na equação, temos que quando q=0, p é igual a 50. Alternativa errada

GESTOR/MARE (1999)� Supondo uma função da demanda marshalliana ,

um aumento da demanda por gasolina pode ser causado por:

(A) queda ou aumento no preço da gasolina, mantidos os demais parâmetros constantes.

(B) queda no preço do álcool combustível.(C) aumento da renda disponível dos consumidores.(D) aumento do preço dos carros movidos por

gasolina.(E) avanço tecnológico que reduza, ou ao menos

mantenha estável, o preço da gasolina.

� Resp.: Alternativa “c”.

Excedente dos Consumidores� O excedente do consumidor é o benefício líquido

que um consumidor ganha ao comprar um bem� É a diferença entre o montante máximo que o

consumidor estaria disposto a pagar e o que ele efetivamente paga

� É uma medida de bem-estar dos consumidores

x1

p1Excedente do consumidor

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AFC/STN (2005)� Com relação ao conceito de excedente do consumidor, é

correto afirmar quea) o excedente do consumidor não sofre influência dos preços

dos bens.b) o excedente do consumidor pode ser utilizado como medida

de ganho de bem estar econômico com base nas preferências dos consumidores.

c) quanto maior o excedente do consumidor, menor será o bem-estar dos consumidores.

d) o excedente do consumidor não pode ser calculado a partir de uma curva de demanda linear.

e) a elevação das tarifas de importação aumenta o excedente do consumidor.

� Resp.: Alternativa “b”

MPU (2006)� A demanda de um bem normal num

mercado de concorrência é função decrescente

(a) Do número de demandantes do bem(b) Do preço dos insumos utilizados em sua

fabricação(c) Do preço do bem complementar(d) Do preço do bem substituto(e) Da renda dos consumidores

Resp.:� (a) Errado. Quanto maior o número de

demandantes, maior o preço� (b) Errado. Os preços de insumos não entram na

análise da demanda� (c) Correto. Se o preço de um bem complementar

aumentar, reduzirá a demanda pelo bem em estudo.

� (d) Errado. Se o preço de um bem substituto aumentar, aumentará a demanda pelo bem em estudo

� (e) A questão especifica que o bem é normal. Então um aumento da renda gera um aumento no consumo do bem. A relação é crescente.

Economista – BNB (2006)� “A respeito das Curvas de Engel, é CORRETO

afirmar que:A) relacionam quantidade consumida com o nível de

preço.B) a curva de Engel com inclinação descendente

aplica-se a todos os bens normais.C) a curva de Engel com inclinação ascendente

aplica-se a todos os bens inferiores.....E) as curvas de Engel não servem para mostrar como

as despesas dos consumidores variam entre grupos de renda.

Resp.� Estudamos que a curva de Engel relaciona

mudanças na renda à mudanças na quantidade consumida do bem. Então podemos descartar a alternativa “a”.

� As alternativas “b” e “c” trocam os conceitos. A curva de Engel é ascendente para os bens normais e vice-versa.

� ...� Por fim, a alternativa “e” está errada, pois as curvas

de Engel mostram sim a diferença da quantidade consumida do bem para grupos de renda.

BNDES (2008)� O gráfico abaixo mostra, em linhas

cheias, as curvas da demanda e da oferta no mercado de maçãs.

� Considere que maçãs e pêras são bens substitutos para os consumidores. Se o preço da pêra aumentar e nenhum outro determinante da demanda e da oferta de maçãs se alterar, pode-se afirmar que

(A) a curva de demanda por maçãs se deslocará para uma posição como AB.

(B) a curva de oferta de maçãs se deslocará para uma posição como CD.

(C) as duas curvas, de demanda e de oferta de maçãs, se deslocarão para posições como AB e CD.

(D) o preço da maçã tenderá a diminuir.(E) não haverá alteração no mercado de

maçãs.

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Resp.:

� Estudamos que:�Se dois bens são substitutos�E o preço de 1 bem aumenta...�Há um aumento da demanda do outro bem,

pois os consumidores estão substituindo um bem pelo outro

� Na questão, a única alternativa que preenche esses requisitos é a letra “a”

GESTOR – MPOG (2002)� “A quantidade demandada de um bem aumenta quando o

preço do mesmo diminui e, inversamente, diminui quando seu preço aumenta. Assim, a demanda de um bem parece responder à chamada ‘lei da demanda’, que diz que sempre que o preço de um bem aumenta (diminui) sua quantidade demandada diminui (aumenta).” Embora o comportamento da grande maioria dos bens atenda à referida “lei da demanda”, acima mencionada, há exceções, são os chamados:

a) bens substitutos.b) bens complementares.c) bens de Giffen.d) bens normais.e) bens inferiores.

� Resp.: alternativa “c”. A resposta vem diretamente da definição de bens de Giffen.

AFC/STN (1997)� De acordo com a teoria do consumidor, o efeito total do decréscimo do preço

de um bem qualquer é dividido entre(a) efeito-substituição, devido a alteração nos preços relativos, que pode ser

positivo ou negativo, e efeito-renda, devido a alteração no poder de compra, que pode ser positivo ou negativo.

(b) efeito-substituição, devido a alteração no poder de compra, que pode ser positivo ou negativo, e efeito-renda, devido a alteração nos preços relativos, que só pode ser positivo.

(c) efeito-substituição, devido a alteração nos preços relativos, que pode ser positivo ou negativo, e efeito-renda, devido a alteração no poder de compra, que só pode ser positivo.

(d) efeito-substituição, devido a alteração no poder de compra, que só pode ser positivo, e efeito-renda, devido a alteração nos preços relativos, que só pode ser negativo.

(e) efeito-substituição, devido a alteração nos preços relativos, que só pode ser negativo, e efeito-renda, devido a alteração no poder de compra, que pode ser positivo ou negativo.

� Resp.: Estudamos que o efeito substituição é sempre negativo. E o renda pode ser positivo (bem normal) ou negativo (bem inf erior). A resposta correta é a letra “e”.

ELETRONORTE (2006)� Considerando os efeitos renda e substituição, é correto afirmar

que:(A) o sinal do efeito-renda depende do sinal do efeito substituição;(B) nada se pode afirmar com respeito ao sinal do efeito

substituição, mas o efeito-renda é sempre positivo;(C) o sinal do efeito-renda não depende do nível de renda, assim

como o sinal do efeito-substituição também não depende do nível de renda do consumidor;

(D) o efeito-renda é positivo em um bem normal, e o efeito-substituição é sempre negativo independentemente do tipo de bem;

� (E) o efeito-renda e o efeito-substituição se anulam mutuamente no caso de um bem normal.

� Resp.: Alternativa “d”. O efeito substituição é sempre negativo. E o efeito renda é positivo para o caso dos bens normais.

ELASTICIDADE DA DEMANDA

Elasticidade

� Definição: Sensibilidade da quantidade demandada com relação ao preço

� A demanda é considera “elástica ” se a quantidade variar mais rapidamente do que o preço

� A demanda é inelástica se a quantidade variar menos do que o preço

� A demanda tem elasticidade unitária se a quantidade aumentar na mesma taxa que o preço cai

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Elasticidade

� Então podemos escrever a elasticidade como

� Se maior que 1, a demanda é elástica

� Se menor que 1, a demanda é inelástica

� Se igual a 1, a demanda tem elasticidade unitária

=dε % de variação na quantidade demandada

% de variação no preço

Elasticidade

� Fórmula

Q

P

P

Q

P

P

Q

Q

P

PQ

Q

P

Qd ×

∆∆=

∆×∆=∆

=∆∆=

%

Medida adimensional

Inclinação da curva de demanda

Elasticidade da Demanda - Gráficos

1=dε ∞=dε1<dεq

p

q

p

q

p

q

p

q

p

1>dε0=dε

Perfeitamente inelástica

Inelástica Elasticidade unitária

ElásticaPerfeitamente elástica

MARE (1999)

� A elasticidade-preço da demanda mede(A) o ângulo de inclinação da função de demanda.(B) o inverso do ângulo de inclinação da demanda.(C) a sensibilidade do preço diante de mudanças da quantidade

demandada.(D) a relação entre uma mudança percentual no preço e uma

mudança percentual da quantidade demandada.(E) a sensibilidade da função de demanda relacionada a

alterações na renda.

� Resp.: Alternativa “d”

MARE (1999)� Com relação à teoria do consumidor e da demanda, pode-se

afirmar que(A) a elasticidade-preço da demanda é igual à inclinação da

função de demanda.(B) a elasticidade-preço da demanda é igual ao inverso da

inclinação da função de demanda.(C) um bem de “Giffen” e um bem inferior possuem efeito renda

e efeito preço no mesmo sentido e, por esta razão, são exatamente a mesma coisa.

(D) um bem de “Giffen”, um bem inferior e um bem normal possuem demandas negativamente inclinadas.

(E) o excedente do consumidor é a diferença entre o que o consumidor está disposto a pagar por um bem e o que ele efetivamente paga para adquiri-lo.

Resp.: A alternativa “e” é a própria definição de excedente do consumidor.

MPU (2004)

� Considere as três curvas de demanda representadas graficamente a seguir. Com base nessas informações, é correto afirmar que

a) a elasticidade-preço da demanda, no caso da função de demanda representada pelo gráfico (a), é igual a um.

b) a elasticidade-preço da demanda, no caso da função de demanda representada pelo gráfico (b), é igual a zero.

c) o gráfico (c) representa uma demanda por bens de procura infinitamente elástica.

d) o gráfico (a) representa uma demanda por bens de procura absolutamente inelástica.

e) as elasticidades-preço da demanda relacionadas às funções dos gráficos (a) e (b) são idênticas em valores absolutos.

� Resp.: Alternativa “d”

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Elasticidade e Receita Total

� Receita total (ou despesa total)�É o preço vezes quantidade

�Como podemos representar a receita total em um gráfico de demanda?

�É o retângulo determinado à sudoeste de um ponto na curva de demanda

q

p

q

pElástica: ↑p ↓receita

Inelástica: ↑p ↑ receita

PETROBRÁS (2004)

� Avalie a assertiva:� “Supondo-se que, para um determinado

consumidor, o aumento de 20% do preço do gás de cozinha não altere a despesa com esse produto, pode-se concluir que a demanda de gás de cozinha desse consumidor é inelástica.”

� Resp.: Quando um aumento do preço acarreta em uma queda no consumo na mesma proporção (o que deixa a despesa total igual), temos o caso de demanda de elasticidade unitária. A assertiva está errada.

Elasticidade da Demanda Linear

x1

p1

0=dε

1=dε

∞=dε

1<dε

1>dε

� Uma pergunta bastante usual é sobre a elasticidade da demanda linear ao longo da reta

APO / MPOG (2005)� Considere a seguinte função de demanda: X = a - b.P

onde X = quantidade demandada, P = preço, e “a” e “b” constantes positivas. Na medida em que nos aproximamos do preço proibitivo, o valor absoluto do coeficiente de elasticidade tenderá a(ao):

a) b/ab) zeroc) 1d) a/be) infinito

� Resp.: Alternativa “e“. A demanda é linear e sabemos que nesse cenário, quanto maior o preço, maior a elasticidade.

MPU – Economista (2004)

� “Considerando-se uma curva de demanda linear, é correto afirmar que a elasticidade-preço da demanda

a) é constante ao longo da curva.b) tem valor unitário para todos os pontos da curva.c) é igual a zero no ponto médio da curva.d) tenderá ao infinito se o preço for igual a zero.e) será maior quanto maior for o preço do bem”.

� Resp.: Alternativa “e”

MARE (2003)� Considere uma curva de demanda por um determinado

bem. Pode-se afirmar que:

a) independente do formato da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é constante ao longo da curva de demanda, qualquer que sejam os preços e quantidades.

b) na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é 1 quando q = zero.

c) na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é zero quando p = zero.

d) independente do formato da curva de demanda, a elasticidade nunca pode ter o seu valor absoluto inferior a unidade.

e) não é possível calcular o valor da elasticidade-preço da demanda ao longo de uma curva de demanda linear.

14

Resposta

� (a) Errado. Vimos que, por exemplo, na demanda linear a elasticidade muda de zero a infinito

� (b) Errado. Ela é 1 exatamente no ponto central da reta

� (c) Correto� (d) Errado. Uma elasticidade menor que 1

existe, é a “inelástica”� (e) Errado. Sabemos exatamente qual o valor

da elasticidade ao logo da demanda linear

IRBr/MRE (2008)� A elasticidade preço da demanda de um bem é fundamental

para se compreender a reação da quantidade demandada a mudanças em seu preço. Com relação a esse tema, julgue (C ou E) os itens seguintes.

� ( ) Quando o módulo da elasticidade preço da demanda de um bem é igual a 1, a receita total não se altera quando há variações no preço.

� ( ) Quando o módulo da elasticidade preço de demanda de um bem é superior a 1, esse bem tem demanda elástica, e a receita total se reduz quando seu preço se eleva.

� ( ) Bens que têm pequena participação no orçamento tendem a ter uma demanda inelástica em relação ao preço.

� ( ) Bens essenciais têm demanda elástica em relação ao preço.

� Resp.: Certo / Certo / Certo / Errado

Elasticidade-preço vs. elasticidade renda� Vimos até agora elasticidade-preço� Um outro conceito importante é a elasticidade-

renda

� Qual a elasticidade renda de um bem normal? É positiva

� Qual a elasticidade renda de um bem inferior? É negativa

=rendadε % de variação na quantidade demandada

% de variação na renda

Elasticidade-preço vs. elasticidade renda

� Se uma elasticidade renda for positiva (i.e., os bens normais), ainda podemos dividir em duas categorias

� Se a elasticidade for entre 0 e 1, o bem é necessário� Se a elasticidade for maior que 1, o bem é de luxo� Em suma, Se a elasticidade

renda é O bem é

Negativa Inferior

Positiva (e menor que 1)

Normal & “necessário”

Positiva (e maior que 1)

Normal & “Luxo”

Elasticidade preço-cruzada

� Definição

� Se , então os bens são substitutos

� Se , então os bens são complementares

=cruzadadε % de variação na quantidade demandada

% de variação no preço de outro bem

0<cruzadadε0>cruzadadε

Transpetro (2006)� Em estudos microeconômicos, a elasticidade-

renda da demanda de um bem inferior é:(A) positiva.(B) negativa.(C) maior que um.(D) um.(E) zero.

� Resp.: Um bem inferior é aquele em que um aumento da renda acarreta em uma diminuição do consumo. Portanto, sua elasticidade-renda é negativa. Alternativa “b”.

15

AGU (2006)� Considerando a teoria da demanda, indique a afirmativa

verdadeira:...(B) ao longo de uma curva de demanda expressa por p = 100

– 2Q, onde p é o preço e Q é a quantidade total demandada, a elasticidade-preço varia entre infinito e 1;

(C) a curva de demanda para um consumidor somente pode ser construída a partir da curva de Engel;

...(E) uma elasticidade-preço cruzada da demanda por dois

bens positiva indica que os dois bens são substitutos.

Resp.:� (b) Essa é uma demanda linear, então sua

elasticidade vai de zero à infinito

� (c) Sabemos que a curva de Engel está associada a variações na renda, e não no preço. Alternativa incorreta

� (e) Correto! É só ver a definição de elasticidade preço cruzada.

MPU (2006)� Quanto à função demanda , é correto afirmar:(a) Uma diminuição do preço do bem, tudo mais constante, implicará

aumento no dispêndio do consumidor com o bem, se a demanda for elástica em relação a variações no preço desse bem.

(b) Se essa função for representada por uma linha reta paralela ao eixo dos preços, a elasticidade-preço da demanda será infinita.

(c) Se essa função for representada por uma linha reta negativamente inclinada, o coeficiente de elasticidade-preço será constante ao longo de toda essa reta.

(d) Se a demanda for absolutamente inelástica com relação a modificações no preço do bem, a função demanda será representada por uma reta paralela ao eixo das quantidades.

(e) Uma diminuição do preço do bem deixará inalterada a quantidade demandada do bem, a menos que também seja diminuída a renda nominal do consumidor.

Resp.:

� Vamos mudar a ordem das respostas, iniciando pela alternativa “e”

� (e) Errado, o consumidor reage a uma mudança nos preços

� (d) Não, é uma reta paralela ao eixo dos preços� (c) Demanda linear tem elasticidades diferentes� (b) Se for paralela ao eixo dos preços, é inelástica

e tem elasticidade igual a zero.� (a) Correto. Dispêndio aqui é um sinônimo para

receita total. E com uma demanda elástica, diminuir o preço significa aumenta a receita (ou dispêndio)

Banco Central (2000)� Diga se cada alternativa é correta ou não:� “O conjunto de conceitos relativos à elasticidade é fundamental

no entendimento da microeconomia. Acerca desses con ceitos, julgue os itens que se seguem.

(1) O conceito de elasticidade cruzada da procura visa mensurar a alteração relativa na quantidade procurada de um produto em função da mudança relativa no preço de um segundo produto.

(2) Com relação à elasticidade-preço cruzada da procura, dois produtos serão considerados substitutos se suas elasticidades cruzadas forem negativas.

(3) A procura por um bem tende a ser menos elástica quanto maior for a quantidade de usos para esse produto.

(4) A elasticidade-preço da procura por um bem mede a reação, em termos proporcionais, da quantidade procurada do bem em função de uma mudança no seu preço, quando todos os outros parâmetros permanecerem constantes.

(5) Para uma determinada empresa, o aumento de preço de um produto significará redução da receita total se a elasticidade-preço da procura for menor do que a unidade.”

Resp.:� (1) Certo.� (2) Errado. Sabemos que a elasticidade-preço

cruzada é positiva no caso de bens substitutos.� (3) Errado. Quanto maior quantidade de usos do

bem mais elástica é sua demanda. Isto porque ele poderá ser substituído por outro no caso de um aumento de seu preço ou poderá substituir outros que tenham tido aumento de preços.

� (4) Certo.� (5) Errado. Quando um produto é inelástico, a

receita total da firma varia na mesma direção que o preço. Um aumento de preço, portanto, faz aumentar a receita total.

16

Gestor (2003)

� Com base no conceito de elasticidade-cruzada da demanda, é correto afirmar que:

a) os bens A e B são inferiores se a elasticidade cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B é negativa.

b) os bens A e B são complementares se a elasticidade-cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B é positiva.

c) os bens A e B são normais ou superiores se a elasticidade-cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B é positiva.

d) os bens A e B são substitutos se a elasticidade-cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B é positiva.

e) os bens A e B são substitutos se a elasticidade-cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B é zero.

Resp.:

� (a) Errado. A questão troca conceitos. Elasticidade-cruzada é um conceito relacionado a bens substitutos ou complementares

� (b) Elasticidade cruzada de um bem complementar é negativa

� (c) Errado. Vide explicação do item “a” acima

� (d) Correto. Essa é exatamente a definição de elasticidade-cruzada para bens substitutos.

� (e) Errado, já que a alternativa “d” é correta.

PETROBRÁS (2004)

� A microeconomia, ciência que estuda o comportamento individual dos agentes econômicos, constitui sólido fundamento à análise dos agregados econômicos. A esse respeito, julgue os itens seguintes.

(a) A redução substancial das tarifas aéreas promocionais, aplicadas aos vôos noturnos, contribui para deslocar para cima e para a direita a demanda por transporte rodoviário.

(b) De acordo com o efeito substituição, as pessoas comprarão mais quando o preço diminui porque o poder de compra aumenta.

Resp.:

� (a) Errado. Transporte aéreo e terrestre são bens substitutos. Então uma redução dos preços do transporte aéreo diminui a demanda (desloca para baixo e esquerda) por transporte terrestre

� (b) Errado. Isso é o efeito-renda.

Divisão da Microeconomia

� Teoria do Consumidor� Teoria da Firma

�Vamos iniciar agora o estudos das empresas na microeconomia

Mais questões....

17

ANPEC (2007) / CESPE� Considerando a Teoria do Consumidor, julgue as

proposições: (1) Bens normais têm efeito-substituição positivo. (2) Nos bens de Giffen, o valor absoluto do efeito-renda domina o

valor absoluto do efeito-substituição. (3) Sendo a curva de demanda negativamente inclinada e linear,

a elasticidade-preço é constante. (4) Uma curva de Engel positivamente inclinada indica um bem

inferior. (5) Se , sendo α e β dois números positivos, as

preferências do consumidor não são bem-comportadas. � Resp.: Falso / Verdadeiro / Falso / Falso / Falso

βα yxyxU =),(

MARE (1999)

� Com relação a um bem de Giffen, pode-se afirmar que a(A) oferta será negativamente inclinada, supondo o preço do

bem representado no eixo vertical do plano cartesiano.(B) oferta será positivamente inclinada, supondo o preço do

bem representado no eixo vertical do plano cartesiano.(C) demanda será vertical, pois o consumidor não aumentará

(ou diminuirá) o consumo do bem em função de mudanças no preço do mesmo.

(D) demanda será horizontal e congruente com o eixo horizontal do plano cartesiano.

(E) demanda será positivamente inclinada.

� Resp.: Alternativa “e”.

MICROECONOMIA PARA CONCURSOS

Função Oferta

Prof. Daniel da Mata

Teoria da firma

� Agora vamos iniciar o estudo de como as firmas agem

� Isto é, o lado da oferta� Será mais fácil!!! ... Pois muitos conceitos

da teoria do consumidor têm o seu correspondente na teoria da firma

TECNOLOGIA

Função de Produção

� Uma firma produz um bem (q) utilizando uma combinação de insumos ou fatores de produção

� Os insumos mais comuns são capital (K) e trabalho (L)

� Mas outros insumos podem entrar na função de produção: trabalho qualificado, trabalho não-qualificado, matérias primas, produtos intermediários, tecnologia adotada, entre outros.

18

Função de Produção

� A função de produção da firma para um determinado produto (q) mostra: � (a) a quantidade máxima do bem � (b) que pode ser produzida utilizando combinações de

insumos

� Por exemplo, os insumos poderiam ser capital (K) e trabalho (L)

( )LKfq ,=

Produto (produtividade) Marginal

� O produto marginal é quantidade adicional do bem que pode ser produzida empregando uma unidade a mais de um insumo� mantendo a quantidade dos outros insumos

constante

Produtividade Marginal decrescente

� No curto prazo, assumimos uma produtividade marginal decrescente�Apesar dela poder ser crescente no início...

� Muitas vezes rotulada de Lei dos Rendimentos (finalmente) Decrescentes�Se mais de um fator (trabalho) é empregado,

enquanto todos os outros fatores (como capital) são mantidos constantes, o produto marginal daquele fator (trabalho) deve cair

Produtividade Marginal decrescente� A produtividade marginal de um insumo

depende geralmente da quantidade utilizada dos outros insumos

� Uma unidade a mais de trabalho irá aumentar mais a produção (ou seja, terá uma produtividade marginal mais elevada) se:� Mais de um outro insumo (capital) está disponível

Produtividade Média

� Definição: razão entre produção e quantidade de insumo utilizado

� Por exemplo, a produtividade média do trabalho é

� Notar que a produtividade média também depende do insumo capital (K)

L

LKf

L

q

trabalho

produtoPM

),(===

GESTOR/MARE (1999)

� A lei dos rendimentos decrescentes refere-se a(A) rendimentos totais decrescentes.(B) rendimentos marginais decrescentes.(C) rendimentos modais decrescentes.(D) custos médios decrescentes.(E) custos totais crescentes.

� Resp.: Alternativa “b”.

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Gestor (2000)� Se na produção de um bem vale a lei dos rendimentos

decrescentes, pode-se afirmar que a produtividade:(a) marginal é decrescente(b) média aumenta a taxas crescentes(c) média é igual à marginal(d) marginal torna-se negativa(e) marginal é crescente

� Resp.: A lei dos rendimentos decrescentes diz que a produtividade marginal do fator deve “finalmente” cair se todos os outros fatores são mantidos constantes. Isto quer dizer que a produtividade marginal pode ser crescente até um certo ponto. Logo após será decrescente e torna-se negativa. O item “d” é a melhor resposta para a questão

Isoquantas

� Para ilustrar as possíveis substituições de um insumo pelo outro, utilizamos o mapa de isoquantas

� Uma isoquanta mostra as combinações dos insumos (L e K) que podem produzir um mesmo nível de produto � Esse conceito parece com algo que vimos?

( ) qLKf =,

Isoquantas

� Cada isoquanta representa um nível diferente de produção�A produção cresce quando movemos para

cima e para direita

L

K

Isoquantas

Produção é maior nesta isoquanta

PETROBRÁS (2001)

� “As isoquantas, que mostram as diferentes combinações fatoriais que asseguram um determinado nível de produção, não se podem cruzar.”

� Certo ou errado?

� Correto!

Propriedades da tecnologia

� Monotônicas (quanto mais melhor)�Se aumentar a quantidade de um insumo, será

possível produzir pelo menos a mesma quantidade produzida originalmente

�Disposição livre (Free disposal): se a empresa pode dispor sem custo de qualquer insumo, ter insumos excedentes não lhe fará mal algum

� Convexa (média é melhor que os extremos)�Se tivermos duas formas de combinar insumos e

produzir y, a média das duas formas de produzir gerará, pelo menos, y unidades do produto

Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMST)� A inclinação da isoquanta mostra a taxa que o

trabalho (L) pode ser substituído pelo capital (K)

L

K

lA

kA

kB

lB

A

B TMST é decrescente com o aumento do insumo trabalho

� A TMST mostra a taxa que o trabalho pode ser substituído pelo capital, mantendo a produção constante (i.e., permanecendo na mesma isoquanta

20

Gestor (1997)

� A Taxa Técnica de Substituição mede a:(a) inclinação de uma isocusto(b) inclinação de uma isolucro(c) inclinação de uma isoquanta(d) razão de preços dos insumos(e) produtividade marginal do insumo variável

� Resp.: Vimos que a TMST está associada à inclinação de uma isoquanta . A alternativa correta é a “c”.

Retornos à Escala� Até agora estudamos como a produção muda com

a variação de um insumo� E tudo o mais constante

� Mas como a produção responde a um aumento conjunto de todos os insumos?

� Se dobrarmos a quantidade de insumos, o que acontece com a quantidade produzida?

� Ganhar escala pode ter efeitos positivos e negativos� Maior divisão do trabalho, especialização, uso mais

eficiente de recursos, entre outros� Mas causa mais custos gerenciais que podem implicar

em ineficiência

Rendimentos de Escala (ou Retornos à Escala)� Se a função de produção é dada por

� E todos os insumos são multiplicados por uma constante positiva (t > 1), então

Efeito na Produção Retorno à Escala

f(tk,tl) = tf(k,l) Constante

f(tk,tl) < tf(k,l) Decrescente

f(tk,tl) > tf(k,l) Crescente

( )LKfq ,=

MPU (2004)

� Considere a situação em que quando aumentamos o emprego de todos os fatores em uma determinada proporção, o produto cresce numa proporção ainda maior. Essa situação refere-se

a) à existência de deseconomias de escala.b) a uma função de produção homogênea de primeiro grau.c) à existência de rendimentos crescentes de escala.d) a pontos acima da curva de possibilidade de produção.e) a uma função de produção com rendimentos constantes

de escala.� Resp. “c”

Funções Homogêneas

� Uma função é considerada homogênea de grau 1se apresentar retorno constantes à escala

� É considerada “homogênea com grau menor que 1” se apresentar retornos decrescentes de escala

� É tida como “homogênea com grau maior que 1” se apresentar retornos crescentes de escala

Rendimentos de Escala

� E quando sabemos se há rendimentos de escala crescentes, constantes ou decrescentes?

� Depende da função de produção

� É possível uma função de produção apresentar � retornos constantes para certos níveis de produção� e retornos decrescentes em outros níveis de

produção

21

Tipos de funções de produção

� Proporções fixas

� Substitutos perfeitos (ou linear)

� Cobb-Douglas

Função de Produção Cobb-Douglas�A função de produção de Cobb-Douglas tem o

formato clássico de isoquanta

�A partir da sua equação, pode-se provar que:

�Se α + β = 1 ⇒ retornos constantes de escala

�Se α + β > 1 ⇒ retornos crescentes de escala

�Se α + β < 1 ⇒ retornos decrescentes de escala

( ) βα KALLKf =,

INAE (2008)

� “Considere a função de produção Q = AKaLb, Q=produto, K=fator capital, L=fator trabalho e que A, a e b são parâmetros, todos medidos em unidades adequadas. Esta função de produção apresenta

(A) fatores de produção perfeitamente substitutos.(B) inovação tecnológica se A > 1.(C) retornos constantes de escala se a + b = 1.(D) produto marginal de K constante.(E) isoquantas em ângulo reto.”

� Resp.: Essa é uma função de produção Cobb-Douglas. A soma dos coeficientes a e b nos diz como são os rendimentos de escala. Se a+1b é igual a 1, então a Cobb-Douglas apresenta retornos constantes. A alternativa “c” é a correta.

INPI (2002)

� “Se a taxa marginal de substituição técnica (TMST) for constante:

(a) os insumos são substitutos perfeitos;(b) a função de produção exibe rendimentos de escala

constantes;(c) estamos lidando com uma função de produção de

proporções fixas;(d) a produtividade dos insumos é crescente;(e) a função de produção exibe rendimentos de escala

variáveis.”

� Resp.: Alternativa “a”! TMST é constante no caso dos fatores de produção serem substitutos perfeitos.

CUSTOS

Custos Econômicos vs. Custos Contábeis� Primeiro, temos que diferenciar entre custos

econômicos e custos contábeis� Os custos contábeis enfatizam a depreciação, etc.� Os economistas focam nos custos de oportunidades� Custos de oportunidades são o que poderia se obtido

utilizando os insumos no melhor uso alternativo

� Exemplo: custo do trabalho� A mesma coisa para economistas e contadores� O custo do trabalho é o pagamento pela hora de

trabalho

22

Custos Econômicos vs. Custos Contábeis

� Exemplo: custo do capital�Agora os economistas divergem dos

contadores

�Os contadores usam o preço histórico do capital e aplicam alguma regra de depreciação para determinar custos correntes

�O custo do capital é o quanto outro firma estaria disposta a pagar por seu uso � E que a firma está negando ao utilizar a máquina

Provão (2000)� O custo de oportunidade da educação universitária paga pelo

próprio estudante é:(a) a taxa de matrícula(b) a bolsa de estudo(c) a renda que ele ganharia caso estivesse trabalhando(d) as despesas com livros e material didático(e) os juros pagos pelo empréstimo realizado para financiar os

estudos

� Resp.: Claramente, o item “c” é a resposta da questão. É uma boa questão para fixar a diferença entre custo de oportunidade do trabalho e o do capital. A alternativa “e” poderia causar alguma dúvida, ela estaria inclusive correta se o enunciado da questão dissesse que o estudante paga sua educação universitária com empréstimos.

INFRAERO (2004)� “Custo de oportunidade é(a) A melhor alternativa na alocação de um recurso produtivo do

qual se tenha que abrir mão para produzir um bem(b) a soma do custo fixo total com o custo variável total(c) o ponto em que o custo marginal de curto prazo é mínimo(d) o ponto em que o custo marginal intercepta a curva de custo

variável médio(e) o ponto em que o custo total de longo prazo tangencia a mais

baixa curva de custo total de curto prazo.”

� Resp.: Cada alternativa é um conceito importante na teoria da firma. Por exemplo, a alternativa “b” é a definição de custo total. Vamos ver cada um desses conceitos a seguir. Mas o item que represente a definição de custo de oportunidade é o “a”.

Fatores fixos e variáveis

� Fatores de produção fixos (leasing anual de um galpão) e variáveis (salário hora do trabalhador)

� Os custos fixos são associados aos fatores de produção fixos� Eles independem do nível de produto e, sobretudo, têm que ser

pagos mesmo que a empresa não produza nada� Custos irrecuperáveis (sunk costs ): custos fixos que não podem ser

recuperados (pintura do escritório)� Custos parcialmente recuperáveis: fatores fixos que podem ser

vendidos e recuperar parte do investimento, já que o valor de venda será menor que o da compra (mobiliário do escritório)

� Os custos quase-fixos também independem do nível de produto� Mas só precisam ser pagos se a empresa produzir uma quantidade

positiva de bens� Contrato de quantidade fixa de energia elétrica

PETROBRÁS (2001)

� O exame das condições de produção é crucial para o entendimento do processo de tomada de decisão das firmas que atuam no mercado. Acerca desse assunto, julgue o item que se segue:

“A isenção do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), no âmbito da chamada “guerra fiscal” entre os estados brasileiros, representa uma redução dos custos fixos para as empresas beneficiadas.”

� Resp.: Errado. É no custo variável, pois a empresa paga ICMS de acordo com o montante produzido...

ANEEL (2006)� Suponha que uma firma alugue um escritório durante um

ano por R$ 6.000,00 pagos adiantados, compre móveis no valor de R$ 2.000,00 e faça uma pintura no escritório no valor de R$ 500,00. Após um ano, a firma encerra definitivamente suas atividades e vende os móveis por R$ 1.000,00. Nesse caso, qual o montante dos custos afundados (sunk costs) com os quais a empresa se defrontou no período?

a) R$ 7.500,00b) R$ 9.500,00c) R$ 8.500,00d) R$ 9.000,00e) R$ 8.000,00

� Resp.: Alternativa “a”. Sunk Costs = (R$ 6000 + R$ 2000 + R$ 500) – (R$ 1000) = R$ 7500

23

Curto prazo vs. Longo Prazo

� O curto prazo é definido como o período de tempo em que há alguns fatores fixos �Fatores que podem ser utilizados apenas em

quantidades fixas

� O longo prazo é quanto a empresa pode variar todos os fatores de produção�Todos os fatores são variáveis

� Não há uma fronteira rígida entre o curto e o longo prazo

Curto prazo vs. Longo Prazo

� No curto prazo, a empresa é obrigada a empregar alguns fatores, mesmo que decida produzir zero.

� Então é perfeitamente possível que tenha lucros negativos no curto prazo

� Isso faz sentido? Exemplo da herança

RADIOBRÁS (2004)

� Uma função de produção, para ser caracterizada no curto prazo, deve:

(a) ter todos os seus fatores fixos

(b) ter pelo menos um fator fixo

(c) encerrar a produção em um ano

(d) encerrar a produção em seis meses

(e) ter dois fatores fixos

� Resp.: “b’”

Função Custo

Fycyc v += )()(Custo Total Custo Variável Custo Fixo

y

F

y

yc

y

ycyCMe v +== )()()(

Custo Médio

Custo Variável Médio

Custo Fixo Médio

� Pode-se elaborar diversas funções custos para uma empresa:

Custos e Rendimentos de Escala� Qual a relação entre o custo médio e os rendimentos de

escala?� Suponha uma situação em que os rendimentos de escala

são constantes:� Se duplicar os insumos, duplicados o produto� Se os preços dos insumos são dados, se eu duplicar os insumos terei

duas vezes o custo original� Logo, o custo médio é constante

� Agora, para o caso dos rendimentos crescentes:� Se duplicar os insumos, mais que duplicados o produto� Se os preços dos insumos são dados, se eu duplicar os insumos terei

menos que duas vezes o custo original� Logo, o custo médio é decrescente

� Exatamente o contrário acontece na situação de rendimentos decrescentes

Custo Marginal� Variação nos custos da uma variação na produção

� Exercício: como calcular um custo marginal� Temos que ver um pouco de “derivada”!� Exemplo:

� 1) Função custo: c(y) = 2 + 4q + 5q2

� 2) Função custo: c(y) = 2 + 4q + 5q2

� 3) Função custo: c(y) = 2 + 4q + 5q2 + 10q3

y

ycyCMg

∆∆= )(

)(

24

Custo Marginal

� Existe uma relação útil entre custo marginal e custo variável médio

� A curva de custo marginal mede o custo de produzir cada unidade adicional do bem

� Então, se somarmos o custo de produzir as unidades adicionais, teremos o custo total da produção� Com exceção dos custos fixos

� Graficamente, a área sob a curva de custo marginal fornece os custos variáveis

QuantidadeCusto Fixo

Custo variável

Custo Total

Custo Marginal

Custo Médio

Custo Variável Médio

0 35 - 351 35 24 59 24 59 242 35 40 75 16 38 203 35 60 95 20 32 204 35 85 120 25 30 215 35 115 150 30 30 236 35 155 190 40 32 267 35 210 245 55 35 30

QuantidadeCusto Fixo

Custo variável

Custo Total

Custo Marginal

Custo Médio

Custo Variável Médio

0 35 - 351 35 24 592 35 403 35 604 35 855 35 1156 35 1557 35 210

Custos: exemplo numérico

+ Gráfico

Custos no Curto Prazo� A curva de custo variável médio pode inclinar-se de início

para baixo, mas isso não é necessário. Ele irá crescer desde que haja fatores fixos restringindo a produção

� A curva de custo médio começará por cair, devido aos custos fixos decrescentes� Mas em seguida irá aumentar devido aos custos variáveis médios

� O custo variável médio é menor (ou no máximo igual) ao custo médio

� A curva de custo marginal passa sobre o ponto mínimo da curva de custo médio� Se o custo marginal estiver abaixo do custo médio, o custo médio é

decrescente� Se o custo marginal estiver acima do custo médio, o custo médio é

crescente� O mesmo vale para a relação com a curva de custo variável médio

Custos no Longo Prazo

� No longo prazo, não temos fatores fixos� E, como resultado, não temos custos fixos� A firma pode “fechar as portas” a qualquer momento

� Os custos de longo prazo são a “envoltória” dos custos de curto prazo� A curva de custo médio de curto prazo é sempre

maior do que o custo médio de longo prazo

Gráfico� Custos no curto e médio prazos

y

CMe CMg

CMg CP

CMe CP

CMg LP

CMe LP

GESTOR - MPOG (2000)

� Se o custo marginal for superior ao custo médio:(a) este estará no seu ponto de mínimo(b) este será decrescente(c) o custo marginal será decrescente(d) vale a lei dos rendimentos decrescentes(e) este será crescente

� Resp.: Quando o custo marginal é maior que o médio, sabemos que estamos na fase em que o custo médio é crescente. A resposta correta é a alternativa “e”.

25

MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS

Maximização dos lucros� Implicações da condição de maximização dos lucros

� O produtor irá empregar cada fator de produção (insumo) até quando o “preço”da sua produtividade marginal for ao seu custo

� Esse é um princípio muito importante na Economia� “igualar o benefício marginal ao custo marginal”

� O quanto a firma emprega de cada fator de produção?

INPI (2002)

� Para maximizar a produção de uma tecnologia que use um insumo variável no curto prazo, é preciso empregar esse insumo de tal forma que a produtividade:

(a) marginal seja igual a seu preço por unidade; (b) média seja máxima;(c) marginal seja zero;(d) média seja zero;(e) média seja crescente.

� Resp.: Acabamos de ver que a alternativa “a” é a correta.

Excedente dos Produtores

� O excedente do PRODUTOR é o benefício líquido que um produtor ganha ao vender mais de um bem

� É a diferença entre o aumento da receita e o aumento dos custos variáveis

q1

p1

Excedente do produtor

“Aumento no lucro do produtor”

Aumento do custo (variável)

Eletrobrás (2007)

� Com relação ao excedente do produtor, é correto afirmar que:(A) é idêntico ao lucro marginal, isto é, ao lucro na última unidade

produzida;(B) é igual ao lucro médio, isto é, ao lucro por unidade produzida;(C) é igual ao total das receitas menos os custos variáveis;(D) não pode ser definido para uma empresa monopolista;(E) é sempre igual a zero para qualquer mercado no curto prazo.

� Resp.: Vimos que, após o aumento do preço, há um aumento da produção e da receita total. O aumento da produção acarreta em um maior custo de produção (via aumento dos custos variáveis), mas menor do que o aumento da receita. Esta diferença é o excedente do produtor. A alternativa “c” está correta.

Oferta de Indústria (ou de mercado)

� A oferta da indústria é a soma das ofertas de todas as empresas individuais

y

p

S1S2

S1 + S2

26

ELASTICIDADE DA OFERTA

Elasticidade

� Definição: Sensibilidade da quantidade ofertada com relação ao preço

� A oferta é considera “elástica ” se a quantidade variar mais rapidamente do que o preço

� A oferta é inelástica se a quantidade variar menos do que o preço

� A oferta tem elasticidade unitária se a quantidade aumentar na mesma taxa que o preço sobe

Elasticidade

� Então podemos escrever a elasticidade como

� Se maior que 1, a oferta é elástica

� Se menor que 1, a oferta é inelástica

� Se igual a 1, a oferta tem elasticidade unitária

=dε % de variação na quantidade ofertada

% de variação no preço

Elasticidade da Oferta - Gráficos

1=dε ∞=dε1<dεq

p

q

p

q

p

q

p

q

p

1>dε0=dε

Perfeitamente inelástica

Inelástica Elasticidade unitária

ElásticaPerfeitamente elástica

SENADO (2002)

� “A elasticidade-preço de longo prazo da curva de oferta, para determinado bem, é superior à elasticidade de curto prazo, porque, no longo prazo, os fatores de produção podem ser ajustados.”

� Resp.: Correto

Elasticidade e impostos

� Suponha que o governo resolva taxar uma mercadoria...

� ... Quem irá arcar com o peso do novo imposto?

� Os produtores? Ou os consumidores?� Depende da elasticidade da demanda e

da oferta� A parte mais inelástica sempre fica com o

maior peso dos impostos

27

MPOG (1999)� “Suponha um mercado de um bem em que a demanda é

relativamente mais inelástica que a oferta. Caso o governo coloque um imposto sobre o bem em questão,

(A) a incidência econômica do imposto será igual para produtores e consumidores.

(B) a incidência econômica do imposto será maior sobre os consumidores.

(C) o peso-morto do imposto será máximo.(D) a incidência econômica do imposto determina que o excedente

do produtor diminuirá mais do que o excedente do consumidor.(E) o peso-morto do imposto será mínimo.”

� Resp.: Alternativa “b”. Sempre a parte “menos sensível”, ou inelástica, sofre mais com um imposto. E nesta questão a demanda é mais inelástica.

EQUILÍBRIO DE MERCADO

Equilíbrio de Mercado� Vamos agora juntar o que estudamos sobre os

consumidores e sobre os produtores� Demanda de mercado e oferta de mercado

� Vamos supor que estamos em um ambiente de mercado “competitivo” com muitos consumidores e muitos produtores

q

p

D

S� O preço de equilíbrio de

mercado é aquele em que a oferta e a demanda são iguais

� Isto é: D(p) = S(p)

Equilíbrio de Mercado e Estática Comparativa

� O que descola a demanda?

� O que descola a oferta?

q

p

D

SS’

D’

AFC/STN (2000)� Caso haja uma geada na região que produz a alface consumida

em uma cidade, pode-se prever que, no curto prazo, no mercado de alface dessa cidade:

a) a curva de demanda deverá se deslocar para esquerda em virtude da elevação nos preços, o que fará com que haja uma redução na quantidade demandada

b) a curva de oferta do produto deverá se deslocar para a esquerda, o que levará a um aumento no preço de equilíbrio e a uma redução na quantidade transacionada

c) a curva de oferta se deslocará para a direita, o que provocará uma elevação no preço de equilíbrio e um aumento na quantidade demandada

d) não é possível prever o impacto sobre as curvas de oferta e de demanda nesse mercado, uma vez que esse depende de variáveis não mencionadas na questão

e) haverá um deslocamento conjunto das curvas de oferta e de demanda, sendo que o impacto sobre o preço e a quantidade de equilíbrio dependerá de qual das curvas apresentar maior deslocamento

Resp.:

� Temos que separar bem agora o que desloca a demanda e o que desloca a curva de oferta� ESTÁTICA COMPARATIVA

� Uma geada interfere na decisão de um demandante ou de um ofertante?

� Uma geada prejudica a oferta e a descola para a esquerda� Aumentando o novo preço de equilíbrio e� Diminuindo a nova quantidade de equilíbrio

� Resp.: Letra “b”

28

Fiscal de Tributos Federais (1979)� Num mercado de concorrência perfeita, a oferta e a procura

de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações: Qs = 48 + 10P e Qd = 300 – 8P, onde Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, a quantidade procurada e o preço do produto. A quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio, será (em unidades)

(a) 2.(b) 188.(c) 252.(d) 14.(e) 100.

� Resp.: Iguale as equações de demanda e oferta e veja qual a quantidade de equilíbrio. Neste caso, o preço de equilíbrio é 14 e a quantidade de equilíbrio é, portanto, 188. A alternativa correta é a “b”.

IRBr/MRE (2008)� Considere-se que, em determinado mercado, a curva de

demanda de um bem seja dada por Qd = 10 - 3p, e a curva de oferta desse mesmo bem seja dada por Qo = 5 + 2p, em que p seja o preço do bem. Nessas condições, é correto concluir que o equilíbrio nesse mercado será atingido para

(a) p = 1.(b) p = 2.(c) p = 3.(d) p = 5.(e) p = 10.

� Resp.: Alternativa “a”

CONCORRÊNCIA PERFEITA

Pressupostos

� 1. Muitos compradores e muitos produtores� Tomadores dos preços dos produtos� E dos fatores

� 2. Produtos homogêneos

� 3. Informação perfeita� 4. Poucas barreiras à entrada

Como é a demanda para o produtor em concorrência perfeita?

� Já vimos isso!� Em concorrência, temos uma situação em

que o produtor é tomador de preços� Então a demanda que ele se depara é

uma linha horizontal �Demanda perfeitamente elástica

INFRAERO (2004)

� Em concorrência, uma condição necessária para o equilíbrio da firma é que a receita marginal seja:

(a) igual ao custo marginal;(b) igual ao custo médio;(c) menor que o custo marginal;(d) igual ao custo variável médio;(e) maior que o custo marginal.

� Resp.: Alternativa “a”

29

MPU (2004)� Podem ser considerados como pressupostos básicos de um

modelo de mercado em concorrência perfeita, excetoa) a empresa tomar como dados os preços dos fatores de

produção.b) a empresa tomar como dados os preços de seus produtos.c) a empresa não conhecer a sua função de produção, o que

reduz a possibilidade de manipulação de preço de mercado.d) a empresa ser suficientemente pequena no mercado, o que

impede a manipulação de preços no mercado.e) movimentos de entrada e saída de empresas no mercado

poderem explicar flutuações de preços.

� Resp.: Alternativa “c”

BACEN (1998)� Um mercado em concorrência perfeita é caracterizado:(a) pelo fato de que compradores diferenciarem os

vendedores em situações nas quais existe informação perfeita

(b) pelo fato de que compradores poderem diferenciar os vendedores pela qualidade dos bens

(c) pelo fato de que compradores não diferenciarem os vendedores por nenhum critério de preferências, exceto pelo preço

(d) pelo fato de a informação ser imperfeita e assim o mercado funcionar de acordo com as leis da oferta e da demanda

(e) por uma curva de demanda para a firma completamente inelástica

Resp.:

� (a) Não há diferenciação dos produtores/produtos em concorrência perfeita

� (b) Não há diferença na qualidade dos bens

� (c) Correto!

� (d) A informação é considerada perfeita em concorrência perfeita

� (e) O produtor é tomador de preços e considera a demanda como uma linha reta (então, perfeitamente elástica)

Eletrobrás (2007)� Considerando um mercado perfeitamente competitivo, é

verdadeiro que:(A) a curva de demanda de cada empresa é infinitamente

elástica ao preço de mercado;(B) no equilíbrio, para cada empresa o preço de mercado

supera o custo marginal;(C) a diferenciação de produtos entre as empresas é intensa;(D) há significativas barreiras à entrada, de forma que a

competição entre as empresas já estabelecidas é intensa; (E) as empresas exploram a forte assimetria de informação a

seu favor.

� Resp.: Alternativa “a”

INFRAERO (2004)

� Em concorrência perfeita, o preço do bem no mercado é determinado:

(a) pela teoria do mark up;(b) pelo produtor que tem o maior poder no mercado;(c) pelo produtor que apresenta a maior produtividade;(d) pelos produtores que se associam para formar um

cartel;(e) pela ação das forças da oferta e da procura.

� Resp.: Alternativa “e”

MARE (2003) � Considere o seguinte texto (extraído do livro Microeconomia de C.

E. Fergunson, Ed. Forense-Universitária):"A demanda para um produtor em um mercado de ----------------- é

uma linha horizontal ao nível do preço de equilíbrio de mercado. As decisões do vendedor quanto ao seu nível de produção --------------o preço de mercado. Neste caso, as curvas de demanda e de receita ------------- são idênticas; a demanda é perfeitamente ----------------- e o coeficiente de elasticidade-preço tende ---------.”

As seguintes expressões completam corretamente o texto acima, respectivamente:

a) concorrência perfeita; afetam; total; elástica; a infinitob) monopólio; não afetam; marginal; elástica; a infinitoc) concorrência perfeita; não afetam; total; inelástica; a infinitod) concorrência perfeita; não afetam; total; elástica; a zeroe) concorrência perfeita; não afetam; marginal; elástica; a infinito� Resp.: Alternativa “e”

30

INPI (2002)� Como as firmas em concorrência perfeita são

tomadoras de preço, o seu problema de maximização do lucro requer que elas escolham a quantidade que faz:

(a) o preço igual ao custo médio;

(b) o preço igual à quantidade;

(c) a receita marginal igual ao custo médio;(d) a receita total igual ao custo total;

(e) a receita marginal igual ao custo marginal.

� Resp: Por definição, alternativa “e”

GESTOR - MPOG (2002)� No modelo de concorrência perfeita (a curto prazo), a receita

marginal da empresa, para que haja maximização do seu lucro, será:

(a) menor que o seu custo marginal(b) igual ao seu custo médio(c) igual ao custo marginal, sendo o custo marginal crescente(d) igual ao custo marginal, sendo o custo marginal decrescente(e) maior que o custo marginal

� Resp.: Vimos que a receita marginal será igual ao custo marginal. Restaram então as alternativas “b” e “c”. A receita marginal é constante... Se o custo marginal for decrescente a empresa terá incentivos a continuar a produção até que o custo marginal volte a crescer (e a igualar a receita marginal). Alternativa “c” é a correta

SENADO (2002)

� Avalie as assertivas

1. “Em mercados competitivos, o fato de as firmas individuais serem tomadoras de preço (price takers) faz que a curva de demanda com a qual essas firmas se confrontam seja perfeitamente elástica”.

� Resp.: Correto

2. “Sairá do mercado a firma competitiva que auferir lucros econômicos nulos no longo prazo”.

� Resp.: Errado

MICROECONOMIA PARA CONCURSOS

Teoria da Firma – parte 2

Prof. Daniel da Mata

MONOPÓLIO

Monopólio

� Quando há somente uma empresa no mercado, é pouco provável que ela considere os preços como dado

� O monopolista reconhece o seu “poder de mercado” e escolhe o nível de preços que maximize o seu lucro total

� O monopolista não pode escolher os preços e o nível de produção� Ele tem que analisar o que o mercado suporta� Isto é, o monopolista enfrenta a curva de demanda de

mercado� Se escolher um preço muito alto, irá vender poucas

quantidades

31

Monopólio

� O monopolista irá maximizar seus lucros e a condição de maximização será novamente: Rmg = Cmg (Receita Marginal = Custo Marginal)� Em que o lucro é definido como a diferença entre Receita

total e Custo Total

Monopólio

� O monopolista não produzirá no ponto em que a demanda for inelástica� Uma vez que ele terá receita marginal negativa caso

aumente a quantidade de bens produzidos onde a demanda for inelástica

� Ou seja, o monopolista escolherá um ponto da demanda em que 1≥ε

Markup

� O monopolista produz menos a um preço maior vis-à-vis um mercado em concorrência perfeita

� O preço que o monopolista trabalha é um “markup” acima do custo marginal

� O markup é sempre maior que 1 (um) para um monopolista� O monopolista opera na parte elástica da curva de demanda� Lembrar que em concorrência perfeita o preço é igual ao custo marginal,

implicando que o markup é igual a 1 nesta estrutura de mercado

BNDES (2008)

� A empresa monopolista, para maximizar seu lucro, produz uma quantidade tal que:

(A) maximiza a receita total.(B) maximiza a diferença entre o preço e o custo médio de

produção.(C) maximiza o preço que cobra.(D) minimiza o custo médio.(E) equaliza a receita marginal e o custo marginal de

produção.

� Resp.: Alternativa “e”. A condição de maximização no monopólio é Rmg = Cmg.

IRB (2004)� Considere a afirmação a seguir (adaptada do livro

"Microeconomia" de C. E. Ferguson, 4ª edição, Editora Forense Universitária, página 330):

"Um monopolista, ou qualquer outro produtor, maximizará o lucro ou minimizará a perda através da produção e comercialização daquele produto para o qual o custo ___________ iguala-se à receita _____________. A existência do lucro ou prejuízo dependerá da relação entre ____________ e ______________."

As seguintes expressões, respectivamente, completam corretamente o conceito acima:

a) marginal / média / receita total / custo totalb) marginal / marginal / preço / custo totalc) marginal / marginal / preço / custo marginald) médio / marginal / preço / custo médioe) marginal / marginal / preço / custo médio

� Resp.: Alternativa “e”

SENADO (2002)

� A fusão das empresas Brahma e Antárctica em uma única empresa, a AmBev, explica-se, em parte, pela existência de economias de escala que permitem que o custo da produção conjunta seja inferior à soma dos custos de produção das empresas quando elas operam independentemente.

� Resp.: Correto

32

MPU (2004) � Podem ser considerados como pressupostos básicos de um

modelo de monopólio, exceto o fato dea) não ser possível o acesso de concorrentes no suprimento

do produto.b) o monopolista não maximizar o lucro tendo em vista o seu

poder de manipulação de preços no mercado.c) o monopolista possuir perfeito conhecimento da curva de

custos.d) o monopolista possuir perfeito conhecimento da curva de

procura do mercado.e) o monopolista desejar maximizar lucro.

� Resp.: O monopolista maximiza o lucro sim, portanto a alternativa “b” está errada

Monopolista Discriminador� Discriminação de preços de primeiro grau ou

discriminador perfeito� Vende diferentes unidades do produto por diferentes preços� Conhecida também como discriminação perfeita de preços

� Resultado principal:� Uma estrutura de mercado com um monopolista

discriminador perfeito (ou seja, o de primeiro grau) apresenta um equilíbrio eficiente de Pareto

SENADO (2002)

� “O fato de as companhias aéreas reduzirem o preço das passagens quando da compra antecipada constitui exemplo de discriminação de preço, porque a demanda desses viajantes é mais inelástica em relação ao preço.”

� Resp.: Errado

OUTRAS ESTRUTURAS DE MERCADO

Estruturas de Mercado

� + Monopsônio e Oligopsônio

Tipo de MercadoNo. de

produtoresTipo de produto Entrada

Influência sobre o preço

Exemplos

Monopólio Um produtor sem substituto próximo Difícil

Grande (estabelece o

preço exceto se form regulado pelo governo)

Energia

OligopólioPoucos

produtorespequena ou nenhuma

diferenciação de produtoDifícil Alguma Aço

Concorrência Monopolística

Muitos produtores

Produtos diferenciados Fácil Um pouco Comércio

Concorrência PerfeitaMuitos

produtoresProdutos homogêneos Fácil

Nenhuma (tomador de

preços)Produtos agrícolas

TCU (1994)

� Em relação às características de um oligopólio, assinale o tem que melhor o descreve:

(a) Uma situação de mercado com poucos compradores(b) Uma situação de mercado com poucos produtores(c) Uma situação de mercado com apenas um comprador(d) Uma situação de mercado com preços controlados pelo

governo(e) Uma situação de mercado com apenas um vendedor

� Resp.: A alternativa “b” reflete a definição de oligopólio

33

GESTOR - MPOG (2002)� Indique, nas opções abaixo, o mercado no qual só há

poucos compradores e grande número de vendedores.a) Monopóliob) Monopsônioc) Oligopóliod) Oligopsônioe) Concorrência Perfeita

� Resp: Alternativa “d”. Podemos elimina a alternativa “e”, pois sabemos que concorrência perfeita envolve muitos compradores e muitos vendedores. Sabemos o que é monopólio (1 vendedor) e, mesmo não sabendo o que significa monopsônio (1 comprador), podemos eliminar com o conhecimento do conceito de monopólio. Sabemos o que é Oligopólio (poucos vendedores), restou somente a alternativa “d”, (oligopsônio – poucos compradores).

AFRF (2000)

� Duas ou três firmas que dominem sozinhas o suprimento de um mercado X e que necessariamente devam policiar as políticas de preço de cada uma das concorrentes, porquanto a ação ou reação de cada uma afete sua respectiva operação, atuam em mercado com as características de

a)Monopsôniob)Mercado regulamentadoc)Monopóliod)Mercado de concorrência perfeitae)Oligopólio

� Resp.: Alternativa “e”

INFRAERO (2004)

� O chamado monopólio bilateral caracteriza-se pela presença de:

a) dois monopólios;

b) um monopólio e uma firma concorrencial;

c) um monopólio e um monopsônio;

d) um monopólio e um oligopólio;

e) dois oligopólios

� Resp.: Alternativa “c”

OLIPÓLIO

Oligopólio� Um oligopólio é uma estrutura de mercado

com poucas firmas, que interagem de forma estratégica

� A interação entre os oligopolistas podem levar a diferentes equilíbrios de mercado

� Quatro modelos principais:�Líder da quantidade

�Líder do preço

�Estabelecimento simultâneo de preço

�Estabelecimento simultâneo de quantidade

Oligopólio� Conluio (ou Cartel)� Um cartel consiste no conluio de firmas para

restrigir a produção e maximizar o lucro da indústria

� Um cartel será geralmente “instável”, no sentido de que cada firma terá incentivos a vender mais do que a sua quota de produção do acordo de conluio.�Se ela esperar que as demais firmas não reagirão

34

IEMA (2007)

� “O mercado automobilístico ilustra bem o caso de uma indústria oligopolista, na qual poucos produtores, além de transacionarem um produto homogêneo, fixam os preços ao nível do custo marginal”

� Resp.: Errado

SEAD-UEPA (2007)

� “Mercados oligopolistas produzem alocações de recursos que são, necessariamente, ótimas no sentido de Pareto.”

� Resp.: Errado

PMRB (2007)� “Contrariamente à Organização dos Países

Produtores de Petróleo (OPEP), o cartel do cobre, denominado Conselho Intergovernamental dos Países Exportadores de Cobre (CIPEC), não consegue elevar muito o preço desse metal pelo fato de a demanda mundial de cobre ser bem mais inelástica que a demanda de petróleo”

� Resp.: Errado

SENADO (2002)

� “O enfraquecimento da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), na década de 80 do século passado, deve-se ao fato de ela representar uma estrutura oligopolista não-colusiva”

� Resp.: Errado

ECONOMIAS DE ESCOPO

Economias de Escopo

� É quando o custo total de produzir dois produtos conjuntamente é menor do que o de produzir cada produto separadamente

� Ou quando o custo médio total de produção cai como resultado do aumento do número de diferentes produtos produzidos

� Exemplo:� Uma empresa de “fastfood” vende sanduíches e batatas-fritas� A empresa produz sanduíches e batatas-fritas a um custo total menor

do que o custo total de ter duas empresas, cada uma produzindo um produto.

� Isto porque há um ganho de compartilhamento de estoque, de uso de insumos, etc.

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APO – MPOG (2005)

� “As Economias de escopo ocorrem quando o ___________ de uma firma para produzir conjuntamente, pelo menos dois produtos /serviços, é __________ do que o custo de duas ou mais firmas produzem separadamente estes mesmos produtos/serviços, a preços dados dos insumos. De forma ___________ às economias de escala, as economias de escopo podem também ser entendidas como _________ nos _________ derivadas da produção conjunta de bens distintos, a preços dados dos insumos”.

Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.a) custo marginal, menor, similar, reduções, custos médiosb) custo médio, menor, diferentemente, reduções, custos médiosc) custo total, menor, similar, reduções, custos médiosd) custo médio, menor, similar, reduções, custos marginaise) custo total, menor, diferente, elevações, lucros médios

� Resp.: Alternativa “c”

QUESTÕES EXTRAS

APO/MPOG (2005)� Pode-se denominar “barreiras à entrada” qualquer fator em

um mercado que ponha um potencial competidor eficiente em desvantagem com relação aos agentes econômicos estabelecidos. Podem ser considerados como fatores de barreira à entrada, exceto:

a) economias de escala ou de escopo.b) custos fixos elevados.c) custos afundados.d) inexistência de propriedade de recursos utilizados pelas

empresas instaladas.e) ameaça de reação dos competidores instalados.� Resp.: Alternativa “d”

AGU (2006)� Dada a análise econômica dos mercados, indique a afirmativa

verdadeira:(A) uma hipótese essencial do modelo de concorrência perfeita é a

diferenciação de produtos;(B) no modelo de competição monopolística, há barreiras à entrada no

longo prazo;(C) no modelo de competição monopolística, as empresas obtêm

lucros extraordinários no longo prazo, apesar das barreiras à entrada;

(D) no modelo de competição monopolística, o ajuste no longo prazo se dá pela entrada de novas empresas, o que reduz a demanda individual de cada empresa;

(E) no modelo de competição monopolística, as empresas do setor produzem o nível de produto que corresponde ao mínimo do custo médio de longo prazo.

� Resp.: Alternativa “d”

MICROECONOMIA PARA CONCURSOS

Tópicos Extras

Prof. Daniel da Mata

ECONOMIA DO BEM-ESTAR

36

Economia do Bem-Estar� Lembram do conceito de eficiência de

Pareto?�Era uma situação em que não há como fazer

com que uma pessoa melhore sem piorar outra

Teoremas do Bem-Estar

� O primeiro teorema do bem-estar diz que o equilíbrio em mercados competitivos é eficiente de Pareto !� O primeiro teorema do bem-estar social mostra que a estrutura

particular dos mercados competitivos tem a propriedade desejável de alcançar uma alocação eficiente de Pareto

� Este resultado tem um pressuposto importante: os agentes só se preocupam com o seu consumo de bens, e não com os demais agentes consomem

� Se um agente se preocupa com o consumo do outro, dizemos que há uma externalidade no consumo

� O conceito de externalidades é muito importante, como vamos ver mais adiante

Teoremas do Bem-Estar

� E o contrário é verdadeiro? Isto é, dada uma situação eficiente de Pareto, ela é também um equilíbrio de mercado�A resposta é sim, sob certas condições

�As preferências devem ser convexas!

�Esse é o segundo teorema do bem-estar social

GESTOR (2001)� “Uma apreciação do bem-estar social – objetivo que o

Governo busca maximizar – exige julgamentos de valor respectivos àquilo que é “desejável”, no sentido ético e moral. Três desses julgamentos – considerados hipóteses plausíveis sobre utilidade e bem-estar – são essenciais para o estabelecimento de um padrão normativo a respeito do tema.

Tais julgamentos de valor são os seguintes: (a) o bem-estar da comunidade deve ser definido em termos da situação dos indivíduos que a integram. Isto significa dizer que o homem (e não a sociedade ou determinados grupos sociais) é o objetivo último da experiência social; (b) cada indivíduo deveser considerado o melhor juiz de seu próprio bem-estar; (c) uma ação deve ser considerada claramente desejável se, e somente se, contribuir para elevar o bem-estar de pelo menos um indivíduo, sem reduzir o bem-estar dos demais.”

GESTOR (2001) – cont.

(Trecho extraído do livro “Economia do Setor Público” de Alfredo Filellini, São Paulo. Atlas, 1989, p. 19)

A hipótese do julgamento de valor (c), acima mencionada, corresponde ao conceito da (o):

a)“Armadilha de liquidez”b)“Ótimo de Pareto” c)“Bem de Giffen”d)“Ilusão monetária”e)“Lei de Say”

� Resp.: Alternativa “b”

MARE (1999)� O Ideal ou Ótimo de Pareto inspirou as doutrinas de bem-

estar integradas na análise econômica convencional no sentido de que há eficiência na economia quando a posição de um agente sofre uma melhoria, que em relação aos demais, tem um efeito econômico

a) incremental. b) progressivo. c) regressivo. d) multiplicador. e) neutro.

� Resp. Em uma situação de ótimo de Pareto, não há como melhorar uma pessoa sem piorar uma outra. A resposta é a letra “c”.

37

AFC/STN (2000)� O primeiro teorema do bem estar social estabelece que todo

equilíbrio concorrencial é eficiente no sentido de Pareto. Para que esse teorema seja válido, é necessário supor que

a) todos os agentes se comportem como tomadores de preçob) as preferências dos consumidores sejam convexasc) os consumidores busquem intencionalmente a eficiência da

economiad) haja poucos consumidores e poucos vendedores em cada

mercadoe) cada um dos consumidores conheçam as funções de

utilidade de todos os outros consumidores

� Resp.: Qual das alternativas é um pressuposto de mercados de concorrência perfeita? A alternativa “A”

BACEN (2001)� O assim chamado primeiro teorema do bem-estar social

estabelece que todo equilíbrio de mercado concorrencial é eficiente no sentido de Pareto. Indique quais das seguintes condições não são necessárias para que esse teorema seja válido.

a) Todos os bens devem ser bens privados.b) Todos os consumidores devem apresentar preferências

convexas.c) Não se devem verificar externalidades positivas ou negativas

associadas às atividades de consumo ou de produção.d) Não deve haver poder de monopólio ou monopsônio.e) Todas as informações relevantes devem ser de conhecimento

comum de compradores e vendedores.

� Resp.: Preferências convexas são necessárias para o segundo teorema do bem-estar, e não para o primeiro. Então a alternativa “b” está incorreta.

AFC/STN (2002)� Com relação ao conceito de eficiência Paretiana e aos primeiro e segundo

teoremas do bem-estar social, é correto afirmar que:

a) segundo o primeiro teorema do bem-estar social, qualquer equilíbrio geral de mercado é Pareto eficiente, independentemente da estrutura dos mercados de bens.

b) se uma alocação econômica é eficiente no sentido de Pareto, então qualquer mudança nessa alocação que implique a melhoria de bem-estar de um agente necessariamente implicará a piora no bem-estar de, pelo menos, outro agente.

c) o segundo teorema do bem-estar social só é válido para o caso de dois bens.

d) a convexidade das preferências é uma condição necessária para a prova do primeiro teorema do bem-estar social.

e) de um modo geral qualquer alocação eficiente é equitativa e vice-versa.� Resp.: Alternativa “b”

EXTERNALIDADE

Externalidades

� Definições:� Externalidade

� Ação de um agente influi na ação de um outro agente� As externalidades podem ser positivas ou negativas

� Externalidade de consumo� Quando um consumidor se preocupa diretamente com o

consumo de outro agente� Exemplo: poluição de automóveis e jardins do vizinho

� Externalidade de produção� Quando as possibilidades de produção de uma empresa

são influenciadas pelas escolhas de uma outra empresa� Exemplo: poluentes despejados em sua área de

operação

Externalidades

� Até o momento, utilizamos o pressuposto de maneira implícita que cada agente poderia tomar decisões de consumo ou de produção sem se preocupar com o que os outros agentes fazem

� Todas as interações se davam por meio de mercado� Tudo que os agentes precisavam saber eram os preços de mercado

e suas possibilidades de consumo e produção

� Se houver externalidades o mercado não necessariamente apresentará uma provisão de recursos eficiente de Pareto� A externalidade é uma falha de mercado

� Intervenções governamentais podem “imitar” o mecanismo de mercado de alguma maneira e, portanto, obter eficiência de Pareto

38

Externalidades

� Os problemas práticos com externalidade geralmente surgem devido à falta ou má definição dos direitos de propriedade

� Uma empresa poluidora só enxerga o custo privado da poluição� Poluir pode até ajudar a reduzir custos em alguns casos� Mas a poluição interfere na qualidade de vida das pessoas

e também na produção de outras empresas, como� Então há um custo social da poluição que a empresa

poluidora não pondera

Externalidades

� A solução para esse problema é achar um mecanismo que internalize o custo social na empresa poluidora� Desta forma, o custo social será compatível com o

custo privado e haverá menos poluição� O imposto de Pigou é uma maneira de internalizar o

custo social� Um jeito simples de pensar em uma internalizar o

custo social, é pensar que a empresa poluidora e a de pesca, por exemplo, são uma empresa única

Externalidades

Formas de combater as externalidades� Imposto de Pigou� Direito de Propriedade

INPI (2002)

� Na presença de externalidades de qualquer tipo:(a) regulamentações governamentais são

necessárias;(b) o equilíbrio geral competitivo é eficiente;(c) o equilíbrio geral competitivo não existe;(d) o equilíbrio geral competitivo é ineficiente;(e) o equilíbrio geral competitivo é indeterminado.

� Resp.: Alternativa “d”

Ministério da Cultura (2006)

� Nas alternativas a seguir, estão razões para a intervenção do governo na economia, à exceção de uma. Assinale-a.

(A) a existência de produtores e consumidores atomizados e tomadores de preços

(B) a presença de formas de competição imperfeitas como o oligopólio

(C) a preponderância de um sistema de preços que reflete somente os custos e os benefícios privados

(D) a ausência ou insuficiência de oferta de bens cujo consumo é não rival e não exclusivo

(E) a presença de monopólios� Resp.: Alternativa “a”

BNDES (2008)� Uma das razões importantes para a presença do estado na

economia é a existência de externalidades negativas e positivas. A esse respeito, pode-se afirmar que

(A) a poluição das águas pelas indústrias é uma externalidade negativa e deveria ser totalmente proibida.

(B) a solução eficiente para resolver o problema do ruído excessivo nos aeroportos é mudar a localização dos mesmos para longe das áreas residenciais.

(C) as externalidades só ocorrem quando as pessoas produzem ou consomem bens públicos.

(D) o consumidor de certo bem, cuja produção implicou em poluição ambiental, não deveria pagar pela poluição; o produtor é que deveria.

(E) quando uma pessoa não se vacina contra uma doença infecciosa está impondo aos demais uma externalidade negativa.

� Resp.: Alternativa “e”

39

GESTOR (2002)� Tecnicamente ocorre uma externalidade quando os custos

sociais (CS) de produção ou aquisição são diferentes dos custos privados (CP), ou quando os benefícios sociais (BS) são diferentes dos benefícios privados (BP). Uma externalidade positiva apresenta-se quando:

a) BS < BPb) BS = BPc) CS > CPd) CS = CPe) BS > BP

� Resp.: Uma externalidade positiva tem a característica de apresentar um benefício social superior ao benefício privado. A alternava correta é a “e”.

GESTOR (2001)� “As ações econômicas desenvolvidas por produtores e

consumidores exercem, necessariamente, efeitos incidentes sobre outros produtores e/ou consumidores que escapam ao mecanismo de preços, ainda que estes sejam determinados em regimes de mercado perfeitamente competitivos. Estes efeitos, não refletidos nos preços, são conhecidos por “efeitos externos” ou “externalidades”.

� Uma externalidade pode implicar tanto ganhos como perdas para os recipientes da ação econômica inicial. Quando o recipiente for um produtor, um benefício externo tornará a forma de um acréscimo no lucro. A imposição de um custo externo, por outro lado, significará redução no lucro. Quando o recipiente for um consumidor, sua função de bem-estar é que estará sendo afetada pelas externalidades, positiva ou negativamente.

� Percebe-se, então, que as externalidades positivas representam sempre “economias externas”, enquanto as externalidades negativas trazem “deseconomias externas”.

� (Trecho extraído do livro “Economia do Setor Público” de Alfredo Filellini, São Paulo, Atlas, 1989, p. 73)

GESTOR (2001) – cont.

� Uma empresa provoca uma deseconomia externa quando

a) os benefícios sociais excedem os benefícios privadosb) os custos privados excedem os custos sociaisc) não há diferença entre os custos sociais e os custos

privadosd) não há diferença entre os benefícios sociais e os

benefícios privadose) os custos sociais excedem os custos privados� Resp.: Por definição, alternativa “e”

Tragédia dos Comuns

� Há uma tendência da propriedade comum ser sobre-utilizada

� Novamente os agentes tem um custo privado inferior ao custo social

� Essa é uma forma bem usual de externalidade

� Exemplo clássico: gado em um pasto comum

� Qual a solução?� A propriedade privada é uma delas� Legislações específicas

AFC/STN (2000)� Muitos ambientalistas têm chamado atenção para o fato de

que a pesca de determinadas espécies de peixe é tão elevada que a própria lucratividade de tal atividade acaba sendo comprometida. Como conseqüência, eles sugerem que sejam adotadas medidas para reduzir-se o volume pescado. Do ponto de vista da teoria econômica, esse problema

a) só será sanado caso haja uma proibição da pesca das espécies de peixe em questão. Tal proibição deveria vir acompanhada de um programa de educação e conscientização dos pescadores para que esses percebam que estão agindo contra seus próprios interesses

b) não é concebível uma vez que ele viola o primeiro teorema do bem estar social

AFC/STN (2000) – cont.

c) só é possível caso os agentes envolvidos não tenham informações suficientes acerca de suas funções de produção ou não tenham a habilidade necessária para resolver os problemas relacionados à maximização de seu lucro

d) ocorre em virtude do fato de que os recursos pesqueiros são bens públicos e, como tal, deveriam ser explorados exclusivamente pelo poder público

e) pode ser conseqüência da existência do livre acesso a um recurso comum, o que leva a uma super exploração do mesmo. Entre as soluções possíveis para esse problema estaria a adoção de um imposto específico sobre o produto da atividade pesqueira

� Resp.: Alternativa “e”

40

BENS PÚBLICOS

Bens Públicos

� Não-rivais e não-excludentes�Ex.: Iluminação pública, Segurança Nacional

� Bens Privados: rivais e excludentes� Bens semi-públicos ou meritórios: não –

rivais e excludentes�Ex.: Educação e saneamento

Bens Públicos� Problema do “Carona” ou do “Free-Rider”

�Cada agente econômico espera que as outras paguem pelo bem-público

� Votação�Um sistema de votação não acarreta, geralmente,

em resultados eficientes de Pareto

� Imposto de Groves-Clark� Equivalente ao Imposto de Pigou (das

externalidades)

�Só funciona em casos especiais (como com a presença de preferências quase-lineares)

MARE (1999)� Bens públicos puros são:(A) bens de consumo individual, privado, mas repletos

de externalidades positivas.(B) bens de consumo coletivo, porém divisíveis.(C) bens cujo consumo é não-rival e não-excludente.(D) bens cujo consumo é não-rival, mas excludente.(E) bens cujo consumo é rival, mas não-excludente.

� Resp.: Alternativa “c”

MPU (2006)

� Caracteriza um bem público:(a) consumo não-rival(b) princípio da exclusão(c) deseconomias da escala da produção(d) preferências não-reveladas(e) externalidades negativas

� Resp.: Alternativa “a”. A resposta vem diretamente da definição de bem público.

BNDES (2002)� Na definição de bem público, os conceitos de não rivalidade e de

não exclusão dizem respeito, respectivamente, aos fatos de que(A) não se pode excluir uma pessoa do consumo de um dado

serviço e de que seus custos de produção são exclusivamente públicos.

(B) não se pode excluir uma pessoa do consumo de um dado serviço e de que o consumo de uma unidade do serviço não reduz a quantidade disponível para outros consumidores.

(C) o consumo de uma unidade do serviço reduz a quantidade disponível para outros consumidores e de que não se pode excluir uma pessoa do consumo de um dado serviço.

(D) o consumo de uma unidade do serviço não reduz a quantidade disponível para outros consumidores e de que não se pode excluir uma pessoa do consumo daquele serviço.

(E) não se pode excluir uma pessoa do consumo de um dado serviço e de que seus custos de produção são exclusivamente privados.

� Resp.: Alternativa “d”

41

MARE (1999)

� Bens semi-públicos são(A) bens cujo consumo é não-rival e não-excludente.(B) bens de consumo individual, porém são bens

divisíveis.(C) bens cujo consumo é não-rival, mas excludente.(D) bens de consumo coletivo ou privado que geram

externalidades positivas.(E) bens cujo consumo é rival, mas não-excludente.

� Resp.: Alternativa “c”

AFC/STN (2002)� De acordo com a Teoria das Finanças Públicas, assinale a única

opção incorreta.

a) Os bens públicos são aqueles cujo consumo ou uso é indivisível ou “não-rival”.

b) O sistema de mercado só funciona adequadamente quando o princípio da “exclusão” no consumo pode ser aplicado.

c) No caso de ocorrência de monopólio natural, a intervenção do governo se dá pela regulação de tal monopólio ou pela responsabilidade direta da produção do bem ou serviço referente ao setor caracterizado pelo monopólio natural.

d) A existência de externalidades justifica a intervenção do Estado.

e) A crescente complexidade dos sistemas econômicos no mundo como um todo tem levado a uma redução da atuação do Governo.

� Resp.: Alternativa “e”

MICROECONOMIA PARA CONCURSOS

Informação AssimétricaProf. Daniel da Mata

INFORMAÇÃO ASSIMÉTRICA

Informação Assimétrica

� Market for Lemons� Seleção adversa (informação oculta)� Risco Moral (ação oculta)� Sinalização

� Modelo do principal-agente: o papel dos incentivos

GESTOR (2005)� Considere o seguinte texto que diz respeito a um problema de

informação assimétrica em um modelo do tipo Agente-Principal (adaptado do livro “Competitividade: Mercado, Estado e Organizações”, de E. Farina, P. Azevedo e M. Saes, Ed. Singular, 1997):Dois tipos de ____________ podem ser distinguidos:

a) informação oculta - em que as ações do ___________são observáveis e verificáveis pelo __________, mas uma informação relevante ao resultado final é adquirida e mantida pelo ____________;

b) ação oculta - em que as ações do _________ não são observáveis ou verificáveis.

� Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do texto.a) seleção adversa, agente, principal, agente, agenteb) risco moral, principal, agente, principal, agentec) risco moral, agente, principal, principal, principald) risco moral, agente, principal, agente, agentee) seleção adversa, principal, agente, principal, agente� Resp.: Alternativa “d”

42

AFC/STN (2000)� Considere as afirmações abaixo:

I – Os problemas relacionados ao que ficou conhecido na literatura sobre assimetria de informação como moral hazard ou risco moral dizem respeito ao fato de que uma das partes de um contrato não tem como observar, direta ou indiretamente, algumas ações praticadas pela outra parte do contrato, relevantes para o objetivo do contrato.

II – Nem sempre a assimetria de informação acerca da qualidade de um bem que é transacionado em um mercado leva ao problema de seleção adversa.

III – O oferecimento de uma garantia na compra de um bem é um exemplo de um mecanismo de incentivo usado para evitar problemas de moral hazard, mecanismo esse que não tem eficácia na prevenção dos problemas relacionados ao fenômeno da seleção adversa.

� Pode-se afirmar que:

a) todas as afirmações estão corretasb) apenas as afirmações I e II estão corretas

c) nenhuma afirmação está correta

d) apenas a afirmação III está corretae) apenas as afirmações I e III estão corretas

Resp.:

� Alternativa “b”

AFC/STN (2002)� Com relação aos problemas envolvendo informação assimétrica, pode-se

afirmar que:

a) o descuido com que uma pessoa que aluga um automóvel trata do mesmo é um exemplo típico de seleção adversa.

b) o moral hazard, também conhecido como risco moral, é um problema ético e a análise econômica pouco pode ajudar na compreensão de suas motivações e conseqüências.

c) esquemas de incentivos, tais como a participação de executivos nos lucros da empresa e a divisão do produto agrícola entre proprietário da terra e agricultor, são mecanismos que tendem a minimizar o problema de moral hazard.

d) quando há moral hazard, o bom produto acaba sendo expulso do mercado.e) a existência de informação assimétrica no mercado de um bem implica

necessariamente a existência de seleção adversa nesse mercado.� Resp.: Alternativa “c”

MICROECONOMIA PARA CONCURSOS

Questões ExtrasProf. Daniel da Mata

Ministério da Cultura (2006)

� A respeito das falhas de mercado, assinale a alternativa correta.

(A) Quando o mercado aloca recursos de forma ineficiente, não há falhas de mercado.

(B) A existência de bens públicos é característica de mercados perfeitamente competitivos.

(C) A presença de externalidades é um exemplo de falha de mercado.

(D) O governo não deve atuar quando há assimetria de informação no mercado, pois tal fato não é falha de mercado.

(E) O monopólio, como forma de competição perfeita, não se caracteriza como falha de mercado.

� Resp.: Alternativa “c”

MARE (1999)� Com relação ao funcionamento dos mercados, pode-se afirmar que(A) de acordo com o “Teorema de Coase”, quando há a possibilidade de barganha e

de troca sem custos, inclusive de transação, e em função de vantagens mútuas, o resultado da barganha será eficiente, dependendo da alocação inicial dos direitos de propriedade.

(B) barganhas e trocas podem envolver custos de transação, especialmente quando os direitos de propriedade estão devidamente especificados.

(C)não existem externalidades, tampouco free-rider, quando há recursos de propriedade comum (commom property resources), como, por exemplo, o estoque de baleias no mar.

(D)de acordo com o “Teorema de Coase”, seria possível para o mercado minimizar, por meio de uma interação cooperativa entre os agentes, as ineficiências advindas de falhas de mercado e, portanto, reduzir-se-ia o papel intervencionista do Estado. Todavia, isto exigiria comportamento cooperativo e coordenado por parte dos agentes privados, o que em muitos casos não ocorre.

(E) a existência de externalidades, associadas a determinados bens, causa ineficiência no mercado, a despeito de não inibirem a capacidade do sistema de preços de refletir a escassez relativa do bem.

� Resp.: Alternativa “b”

43

AFC/STN (2002)� De acordo com a Teoria das Finanças Públicas, assinale a única

opção incorreta.a) Os bens públicos são aqueles cujo consumo ou uso é indivisível

ou “não-rival”.b) O sistema de mercado só funciona adequadamente quando o

princípio da “exclusão” no consumo pode ser aplicado.c) No caso de ocorrência de monopólio natural, a intervenção do

governo se dá pela regulação de tal monopólio ou pela responsabilidade direta da produção do bem ou serviço referente ao setor caracterizado pelo monopólio natural.

d) A existência de externalidades justifica a intervenção do Estado.e) A crescente complexidade dos sistemas econômicos no mundo

como um todo tem levado a uma redução da atuação do Governo.

Resp.:

� Alternativa “e”

� Resp.: Alternativa “c”

AFC/STN – ESAF – 2008� Se uma função de demanda é negativamente inclinada, então:a) a receita marginal será igual a 1 (um) mais a elasticidade preço

da demanda.b) a receita marginal será igual ao preço em todos os pontos da

cura de demanda, que terá elasticidade maior que zero.c) a receita marginal será igual à receita média em todos os

pontos da curva de demanda, que terá elasticidade maior que zero.

d) a função receita marginal também será negativamente inclinada e dependerá da elasticidade preço da demanda.

e) a receita marginal será igual ao preço nos pontos em que a elasticidade preço da demanda for maior que zero em termos absolutos.

� Resp.: Alternativa “d”

ESAF/SUSEP/2002

� Indique a opção que apresenta o custo que apresenta o grau de sacrifício que se faz ao se optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada.

A) Custo ExternoB) Custo ContábilC) Custo Histórico

D) Custo de OportunidadeE) Custo Marginal.� Resp.: Alternativa “d”

ESAF/Gestor Governamental/2001 � Com base no conceito de elasticidade-cruzada da demanda, é

correto afirmar que:a) os bens A e B são inferiores se a elasticidade-cruzada da

demanda do bem A em relação ao bem B é negativa.b) os bens A e B são complementares se a elasticidade cruzada

da demanda do bem A em relação ao bem B é positiva.c) os bens A e B são normais ou superiores se a elasticidade-

cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B é positiva.

d) os bens A e B são substitutos se a elasticidade-cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B é positiva.

e) os bens A e B são substitutos se a elasticidade-cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B é zero.

� Resp.: Alternativa “d”

ESAF/Gestor/2003

44

� Considere uma curva de demanda por um determinado bem. Pode-se afirmar que:

a) independente do formato da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é constante o longo da curva de demanda, qualquer que sejam os preços e quantidades.

b) na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é 1 quando q = zero.

c) na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é zero quando p = zero.

d) independente do formato da curva de demanda, a elasticidade nunca pode ter o seu valor absoluto inferior a unidade.

e) não é possível calcular o valor da elasticidade-preço da demanda ao longo de uma curva de demanda linear.

� Resp.: Alternativa “c”

APO – ESAF – 2003� Considere uma função de demanda de um determinado bem X dada

pela equação a seguir:� Qdx = f (Px, Ps, Pc, R), onde:Qdx = quantidade demandada do bem X; Px = preço do bem X;

Ps = preço do bem substituto; Pc = preço do bem complementar;R = renda do consumidor.� Com base nessas informações e considerando os fundamentos

utilizados para a construção de uma função de demanda, é incorreto afirmar que:

a) se o bem for normal, quanto maior R, maior tenderá ser Qdx.b) se o bem for inferior, quanto maior R, menor tenderá ser Qdx.c) descartando a possibilidade de X ser um bem de giffen, quanto maior

Px, menor tenderá ser Qdx.

d) quanto maior Pc, menor tenderá ser Qdx.e) quanto maior o Ps, menor tenderá ser Qdx.

ESAF/Auditor - Recife - 2003

� Resp.: Alternativa “e”

� “A curva de oferta mostra o que acontece com a quantidade oferecida de um bem quando seu preço varia, mantendo constante todos os outros determinantes da oferta. Quando um desses determinantes muda, a curva da oferta se desloca. Indique qual das variáveis abaixo, quando alterada, não desloca a curva da oferta.”

a) Tecnologiab) Preços dos insumosc) Expectativasd) Preço do beme) Número de vendedores� Resp.: Alternativa “d”

Gestor – ESAF – 2002

� Considere-se que, em determinado mercado, a curva de demanda de um bem seja dada por Qd = 10 - 3p, e a curva de oferta desse mesmo bem seja dada por Qo = 5 + 2p, em que p seja o preço do bem. Nessas condições, é correto concluir que o equilíbrio nesse mercado será atingido para

(a) p = 1.(b) p = 2.(c) p = 3.(d) p = 5.(e) p = 10.

� Resp.: Alternativa “a”

TPS/CACD – CESPE - 2008� Os bens A e B são substitutos no consumo. Nesse caso, no que

diz respeito a preços e quantidades de equilíbrio no mercado dos dois bens, pode-se afirmar que:

a) uma redução nos custos de produção do bem B deve levar a uma redução no consumo do bem A e um aumento no preço de equilíbrio do bem B.

b) um aumento nos custos de produção do bem B deve levar a uma redução no consumo do bem A e uma redução no preço de equilíbrio do bem A.

c) um aumento no custo de produção do bem B deve fazer com que as quantidades consumidas dos dois bens sejam reduzidas.

d) um aumento nos custos de produção do bem B deve levar a uma redução no consumo desse bem e um aumento no preço de equilíbrio do bem A.

e) um aumento no custo de produção do bem B deve levar a um aumento nas quantidades consumidas dos dois bens.

GESTOR (2009)

45

� Resp.: Alternativa “d”

GESTOR (2009)� Os produtos X e Y são produzidos em determinado país

empregando-se apenas a mão-de-obra local. Em um dia, cada trabalhador é capaz de produzir 3 unidades do bem X ou, alternativamente, 5 unidades do bem Y. Nesse caso, pode-se afirmar que:

a) o custo de oportunidade de se produzir uma unidade do bem X é de 3/5 unidades do bem Y.

b) o custo de oportunidade de se produzir uma unidade do bem Y é de 3/5 unidades do bem X.

c) o custo de oportunidade de se produzir três unidades do bem Y é de 5 unidades do bem X.

d) o custo de oportunidade de se produzir três unidade do bem X é de 3 unidades do bem Y.

e) não é possível calcular o custo de oportunidade da produção do bem X ou do bem Y, pois o enunciado não informa a oportunidade perdida com essa produção.

� Resp.: Alternativa “b”

GESTOR (2009)� É correto afirmar que:a) a condição para que uma empresa opte por produzir uma

quantidade não nula de seu produto é que o preço do mesmo seja superior ao custo fixo médio de produção.

b) não é possível que, no equilíbrio de longo prazo, alguma empresa opere com lucro econômico nulo, visto que, nesse caso, ela optaria por encerrar suas operações.

c) no horizonte de curto prazo, não é possível que uma empresa opere com lucro negativo, visto que ela sempre pode optar por encerrar suas atividades.

d) a condição para que uma empresa opte por produzir uma quantidade não nula de seu produto é que a margem sobre o custo médio de produção seja de aproximadamente 10%.

e) se um equilíbrio é obtido com todas as empresas de um mercado em concorrência perfeita obtendo lucro econômico negativo, então esse equilíbrio é de curto prazo.

� Resp.: Alternativa “e”

GESTOR (2009)� Assinale a opção correta.a) A determinação, por parte de um órgão regulador, de um limite

superior ao preço a ser cobrado pelo monopolista, certamente implicará em uma redução no nível de produção desse monopolista.

b) Um monopolista com capacidade de discriminar preços produz uma quantidade inferior à que ele produziria caso não pudesse discriminar preços.

c) A determinação, por parte de um órgão regulador, de um limite superior ao preço a ser cobrado pelo monopolista, pode induzir esse monopolista a aumentar a quantidade que ele oferta de seu produto.

d) Independentemente das condições de custo de produção, do ponto de vista social, é sempre preferível que um produto seja ofertado por mais de uma empresa.

e) Apenas empresas de grande porte podem ter algum poder de monopólio.

46

� Resp.: Anulada

GESTOR (2009)� Sobre os conceitos econômicos de bens públicos e

externalidades, é correto afirmar que:a) se a produção de um bem implica externalidades

negativas, então, em condições de concorrência perfeita, esse bem será produzido em quantidade superior à que seria socialmente eficiente.

b) um bem público é qualquer bem que seja de propriedade estatal.

c) define-se externalidade como um evento que ocorre fora dos estabelecimentos de uma empresa.

d) não é possível que um ato de consumo gere externalidades negativas.

e) não é possível que um ato de produção gere externalidades positivas.

� Resp.: Alternativa “a”

GESTOR (2009)� De acordo com a Teoria da Agência, também chamada

Teoria do Agente Principal, indique a opção falsa.a) O agente contrata o principal ou depende dele para a

realização de uma tarefa em seu benefício.b) O principal incorre em custos para ter certeza que o

agente está agindo de modo apropriado.c) A governança corporativa cuida do alinhamento dos

interesses em uma relação agente-principal.d) O principal sabe que o agente dispõe de informações

privilegiadas (assimétricas).e) A teoria do agente principal assume que os indivíduos são

criativos, mas egoístas e maximizadores de utilidade.

� Resp.: Alternativa “a”

� SEBRAE/BA - 2008 . O aumento do índice de desemprego decorrente da grave crise que assola, atualmente, o mundo desloca para a esquerda a curva de possibilidades de produção da economia mundial.

� Resp.: Errado

� SENADO 2002 Se a curva de possibilidades de produção for uma linha reta, o custo de oportunidade de se produzir determinado bem será constante.

� Resp.: Correto

� PETROBRAS (2004): “A maior inserção das mulheres no mercado de trabalho, decorrente, em parte, do aumento da escolaridade, expandiu o custo de oportunidade do trabalho doméstico para as mulheres, conduzindo, assim, à expansão da fronteira de possibilidades de produção e, portanto, do potencial de crescimento das modernas economias de mercado.”

� Resp.: Certo

� (SEAD/CPC - 2007) “O uso do manejo florestal que permite que a produção de madeira seja contínua ao longo dos anos expande o potencial produtivo da região Amazônica e, portanto, pode ser representado como um deslocamento ao longo da curva de possibilidades de produção da economia dessa região.”

� Resp.: Errado

47

� (Senado Federal - 2002): “Políticas discriminatórias, com base em raça, gênero ou idade, por exemplo, impedem o uso eficiente dos recursos e fazem que a economia opere em um ponto interno da curva de possibilidades de produção.”

� Resp.: Certo

(ESAF/AFTN/1994)� Uma curva de possibilidades de produção desloca--se:a) Para a direita quando, tudo o mais constante, aumentam os

gastos do governob) Para a direita quando, tudo o mais constante, aumenta a

receita tributária do governoc) Para a esquerda quando, tudo o mais constante, aumenta a

receita tributária do governod) Para a direita, quando, tudo o mais constante, aumenta a

disponibilidade de recursos produtivos escassose) Em sentido oposto ao da variação da demanda agregada

efetiva.� Resp.: Alternativa “d”

(UFFS – PROFESSOR DE ECONOMIA – 2011)

� Quando se atinge um ótimo de Pareto:a. As empresas estão em conluio.b. Os mercados são competitivos.c. A distribuição de renda é igualitária.

d. Não há como melhorar a situação de um indivíduo sem piorar a de outro.

e. Não existem mais justificativas para intervenção do Estado na economia.

Resp.: Alternativa “d”

(ESAF – PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – FISCAL DE RENDAS – 2010).

� Na existência de externalidade negativa na produção de um determinado bem, pode-se dizer que:

a) em qualquer nível de produção, o custo social é menor do que seria sem a externalidade negativa.b) a curva de oferta de mercado está acima da curva de custo social.c) a quantidade socialmente ótima é menor do que a quantidade de equilíbrio de mercado.d) o pagamento de subsídios à produção do bem serve de incentivo para compensar à sociedade pela existência da externalidade.e) o custo de produção do bem é menor para a sociedade do que para o produtor.

� Resp.: Alternativa “c”

(ESAF – PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – FISCAL DE RENDAS – 2010).

� A respeito dos conceitos e uso dos bens públicos, semipúblicos e privados é correto afirmar, exceto:

a) os bens privados, assim conceituados pelas finanças públicas, são aqueles em que a produção não é realizada por entidade pública e seu consumo por um indivíduo pode impedir sua disponibilidade para outros indivíduos.b) os bens públicos têm como uma das suas características a impossibilidade de se excluir determinados indivíduos ou segmentos da população do seu consumo.c) no caso dos bens públicos, a curva total de demanda é dada pela soma vertical das demandas individuais.

48

Cont.

d) o princípio da não-exclusão condiciona que o consumo de bens públicos é exercido coletivamente em detrimento do consumo individualmente.

e) uma das características dos bens semipúblicos é um elevado grau de externalidade em razão de os benefícios advindos do seu consumo não serem totalmente internalizados pelo indivíduo que o consome.

� Resp.: Alternativa “a”

ACE/MDIC (2012) - ESAF� Com relação ao mecanismo de funcionamento de mercado é

correto afirmar que

a) em se tratando de um bem normal, um aumento na renda dos consumidores levará a uma redução na quantidade de equilíbrio desse bem.

b) a curva de demanda de um determinado bem desloca-se para a esquerda quanto o preço desse bem aumenta.

c) um aumento na renda dos consumidores induz uma redução nos preços de equilíbrio dos bens inferiores.

d) todo bem de Giffen é um produto importado.

e) a posição da curva de oferta de um bem não depende dos preços dos insumos empregados em sua produção.

� Resp.: Alternativa “c”

ACE/MDIC (2012) - ESAF� Considere três bens denominados bem A, bem B e bem C. Os três bens são

transacionados em mercados em concorrência perfeita e possuem ofertas independentes, isto é, a curva de oferta de cada um desses bens não é afetada pelos preços dos outros dois bens. Além disso, o bem A é substituto do bem C e o bem B é complementar do bem C. Então:

� a) uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a uma elevação na quantidade de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução no preço de equilíbrio no mercado do bem B.

� b) uma elevação no custo de produção do bem C deverá levar a uma redução na quantidade de equilíbrio no mercado do bem A e a uma elevação no preço de equilíbrio no mercado do bem B.

� c) uma elevação no custo de produção do bem C deverá levar a uma elevação no preço de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução na quantidade de equilíbrio no mercado do bem B.

� d) uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a uma elevação no preço de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução no preço de equilíbrio no mercado do bem B.

� e) uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a uma elevação no preço de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução na quantidade de equilíbrio no mercado do bem B.

� Resp.: Alternativa “c”

ACE/MDIC (2012) - ESAF� Assinale a única opção correta.

a) Um exemplo de externalidade negativa é a emissão de dióxido de carbono (gás estufa) decorrente da queima de combustíveis fósseis em diversas atividades industriais e de transporte e sua consequente contribuição para o aquecimento global.

b) Um exemplo de externalidade positiva é o aumento no preço do cigarro decorrente de um imposto específico sobre a venda desse produto.

c) Os serviços médicos de transplante de órgãos constituem um exemplo típico de um bem público, no sentido econômico da palavra.

d) A existência de assimetria de informação leva necessariamente ao fenômeno da seleção adversa.

e) De acordo com a definição econômica, um bem público é um bem provido pelo setor público.

49

� Resp.: Alternativa “a”

Gestor (2013) - ESAF� Conforme os princípios básicos da microeconomia, existem alguns

pressupostos relacionados com as preferências do consumidor. Um desses pressupostos é que as preferências são transitivas. Podemos afirmar que a transitividade significa que:

a) as preferências dos consumidores são independentes das comparações entre diferentes cestas de bens.b) a comparação entre três cestas de bens não pode ser realizada se elas não tiverem a mesma quantidade de bens.c) se uma cesta de bens A é preferida à cesta de bens B e se a cesta de bens B é preferida à cesta de bens C, então A somente será preferida à C se as curvas de indiferenças forem convexas em relação à origem.

d) o consumidor somente poderá comparar três cestas de mercadorias se em seu conjunto de preferências houver quatro ou mais cestas de bens.e) se uma cesta de bens A é preferida à cesta de bens B e se a cesta de bens B é preferida à cesta de bens C, então A é preferida à C.

� Resp.: Alternativa “e”

Gestor (2013) - ESAF� Um dos princípios básicos da microeconomia são as relações dadas pelas

elasticidades. Considere uma função de demanda linear definida apenas no quadrante positivo (em que os preços e quantidades são positivos). Considere, ainda, que os preços estejam no eixo vertical e as quantidades no eixo horizontal. Suponha que a reta que representa a função demanda intercepta o eixo dos preços no ponto A e o eixo das quantidades no ponto C, e que exista um ponto intermediário entre esses dois pontos que denominaremos de B. Considere BA o segmento de reta entre os pontos B e A, BC o segmento de reta entre os pontos B e C e CA o segmento de reta entre os pontos C e A. Com base nessas informações, é correto afirmar que:

a) a elasticidade preço da demanda no ponto B é igual a – (BC/CA)/BA.b) a elasticidade preço da demanda é igual nos pontos A e C.c) se a distância entre B e A e B e C forem iguais, então, no ponto B, o valor absoluto da elasticidade será igual a 1.

d) por ser uma curva de demanda linear, a elasticidade preço da demanda é igual nos pontos A, B e C.

e) no ponto B, a elasticidade preço da demanda é igual a – (BC/BA)/2.

� Resp.: Alternativa “c”

Gestor (2013) - ESAF� Considerando os princípios básicos da microeconomia, temos

como um dos pressupostos relacionados com as preferências do consumidor a seguinte definição:

� "Dadas as cestas de bens (x0, y0) e (x1, y1), sendo que x0 ≤ x1 e y0 < y1, então a cesta (x1, y1) é estritamente preferida à cesta (x0, y0).”

� Esse pressuposto refere-se à:a) monotonicidade forte.b) transitividade das preferências.c) reflexibilidade das preferências.d) existência de um ponto máximo na função utilidade.e) existência de saciedade por parte do consumidor.

50

� Resp.: Alternativa “a”

Gestor (2013) - ESAF� Uma externalidade ocorre quando:a) o bem-estar de um consumidor é afetado pelas decisões de consumo de outro consumidor e que não se manifesta no sistema de preços.b) a produção ocorre acima do preço de equilíbrio. c) o bem-estar de um produtor é afetado pelas decisões dos consumidores.d) a produção está acima do seu nível ótimo.e) o bem-estar de um produtor é afetado por mudanças nos custos de produção que, apesar de se manifestarem no sistema de preços, reduz o seu lucro e bem- estar.

� Resp.: Alternativa “a”

Gestor (2013) - ESAF

� Os bens privados são:a) aqueles cujo consumo depende da oferta.b) são todos os bens e serviços ofertados em uma economia, em um determinado período de tempo.c) aqueles que são ofertados apenas em mercados emconcorrência perfeita.d) aqueles cujo consumo por parte de um indivíduo não exclui o consumo por parte de outros indivíduos.e) aqueles cujo consumo é, ao mesmo tempo, rival e excludente e são providos de forma efi ciente em mercadoscompetitivos.

� Resp.: Alternativa “e”

Gestor (2013) - ESAF� O problema do risco moral surge quando:a) o sistema de preços não consegue alocar os recursos de acordo com as preferências dos produtores.b) o problema de seleção adversa se manifesta em uma relaçãocontratual.c) existe a impossibilidade, em uma relação contratual entre duas partes, de uma das partes não poder monitorar todas as ações tomadas pela outra parte.d) existe o problema de seleção adversa antes do estabelecimento de uma relação contratual, mesmo que o contrato ofereça todas as informações necessárias às decisões dos agentes.e) não existem custos de monitoração em uma relação contratual.

51

� Resp.: Alternativa “c”MACROECONOMIA PARA CONCURSOS

Contas Nacionais

Prof. Daniel da Mata

Divisão da Teoria Econômica

� O que é Microeconomia ?� Estudo das escolhas dos indivíduos, firmas e governo e

como tais escolhas criam mercados

� O que é Macroeconomia ?� Estudo dos agregados econômicos: Produto Interno

Bruto (PIB), investimento, nível geral de preços...� A macroeconomia utiliza os fundamentos da

microeconomia� Em alguns modelos, essa interação é clara� Em outros modelos, a microeconomia está implícita na

análise macroeconômica � Vamos iniciar o Estudo da Macroeconomia

Objetivos da Economia

� Crescimento econômico

� Pleno Emprego

� Estabilidade dos Preços

� Eficiência

� Distribuição eqüitativa da renda

Macroeconomia

� Macroeconomia de curto prazo�Flutuações econômicas

� Macroeconomia de longo prazo�Crescimento econômico

Conceitos Básicos da Macroeconomia

� Os economistas usam diferentes tipos de dados para medir a performance de uma economia.

� Três variáveis macroeconômicas são especialmente importantes:

(a) Produto Interno Bruto(b) Taxa de Inflação(c) Taxa de Desemprego

52

Variável Estoque e Variável Fluxo

� Estoque vs. Fluxo� Estoque: quantidade medida em um determinado ponto

no tempo� Fluxo: quantidade medida por unidade de tempo

� Exemplos: � Riqueza (estoque), renda (fluxo)� Número de pessoas empregada (estoque), número de

pessoas que estão sendo demitidas (fluxo)� Quantidade de capital (estoque); quantidade de

investimento (fluxo)� Dívida do governo (estoque); déficit orçamentário (fluxo)� Passivo externo líquido (estoque) e déficit externo (fluxo)

BACEN (1998)� Na teoria econômica, muitas vezes é oportuno classificar as

variáveis como sendo do tipo “estoque” ou “fluxo”. Tomando como caso os conceitos de dívida e déficit público, pode-se dizer que:

(a) a dívida pública pode ser considerada como uma variável do tipo “fluxo”, enquanto que o déficit público pode ser considerado como uma variável do tipo estoque

(b) a dívida pública pode ser considerada como uma variável do tipo “estoque”, enquanto o déficit público pode ser considerado como uma variável do tipo “fluxo”

(c) tanto a dívida pública quanto o déficit público são variáveis “fluxo”

(d) tanto a dívida pública quanto o déficit público são variáveis “estoque”

(e) dependendo do enfoque, tanto o déficit quanto a dívida pública podem ser considerados variáveis “estoque” ou variáveis “fluxo”

� Resp.: Alternativa “b”.

MARE (1999)� Com relação aos conceitos de variável estoque e variável fluxo,

pode-se afirmar que(A) déficit público é necessariamente uma variável fluxo, ao passo

que a dívida pública é necessariamente uma variável estoque.(B) o déficit público é uma variável fluxo e nada se pode afirmar

quanto a dívida pública.(C) o déficit público, por ser independente da variável tempo, é

necessariamente uma variável estoque.(D) dependendo do modelo, a classificação do déficit e dívida

pública nos conceitos de variável estoque e fluxo podem ser alteradas.

(E) as variáveis déficit e dívida pública, só podem ser classificadas num único conceito: ou ambas são variáveis estoque ou ambas são variáveis fluxo.

� Resp.: Alternativa “a”

AFRF (2000)� Pode-se dividir as variáveis macroeconômicas em duas categorias:

variáveis “estoque” e variáveis “fluxo”. Assim, podemos afirmar que: (a) a renda agregada, o investimento agregado, o consumo agregado e o

déficit orçamentário são variáveis “fluxo”, ao passo que a dívida do governo e a quantidade de capital na economia são variáveis “estoque”

(b) a renda agregada, o investimento agregado, o consumo agregado e o déficit orçamentário são variáveis “estoque”, ao passo que a dívida do governo e a quantidade de capital na economia são variáveis “fluxo”

(c) a renda agregada, o investimento agregado, o consumo agregado e a dívida pública são variáveis “fluxo”, ao passo que o déficit orçamentário e a quantidade de capital na economia são variáveis “estoque”

(d) o investimento agregado, o consumo agregado e a dívida pública são variáveis “fluxo”, ao passo que a renda agregada, o déficit orçamentário e a quantidade de capital na economia são variáveis “estoque”

(e) a renda agregada e o déficit orçamentário são variáveis “fluxo”, ao passo que, o consumo agregado, o investimento agregado, a dívida do governo e a quantidade de capital na economia são variáveis “estoque”.

� Resp.: Alternativa “a”

Agentes Econômicos

� Os agentes econômicos são aqueles que atuam na economia

� Quem são os agentes econômicos?� Famílias (fornecem fatores de produção e comprar bens

e serviços)� Empresas (compram os fatores de produção e vendem

bens e serviços)� Governo (emprega fatores de produção e presta serviços

públicos)� Resto do Mundo ou Setor Externo (compreende todas as

entidades externa a uma economia)� Eles formam o fluxo monetário (remuneração dos

fatores) e o fluxo real (produção)

PRINCÍPIOS DE CONTABILIDAE NACIONAL

53

Contabilidade Nacional

� Definição:�Organização das transações econômicas

reais realizadas pelas economias em determinado período de tempo

� Passo importante para aprender como muitas variáveis macroeconômicas são determinadas

Principais conceitos Macroeconômicos

� PRODUTO (P)� Valor em unidades monetárias dos bens e serviços finais

produzidos por uma economia em um determinado período de tempo

� O termo “unidades monetárias” é importante, pois fornece um meio de agregar os bens e serviços finais produzidos na economia� Imagine como iríamos agregar chapas de aço, sucos de laranja e

cortes de cabelo� O termo “período de tempo” merece destaque,

� Uma vez que o produto e todos os seus componentes são variáveis de fluxo

� O termo “bens e serviços finais” também é relevante� Evita a chamada dupla contagem (super-estimação da produção)� Portanto, os bens intermediários não são contabilizados no Produto

� RENDA (R ou Y)� É a remuneração dos fatores de produção

na forma de salários, aluguéis, juros e lucros�Salários (capital humano), aluguéis (capital

físico), juros (capital financeiro) e lucros (capital empresarial)

� Royalties e patentes também entram no conceito de renda�Remuneram a tecnologia ou o capital

tecnológico

Principais conceitos Macroeconômicos

� CONSUMO (C)

� Valor dos bens e serviços adquiridos pelos indivíduos para atender suas preferências

� Pode-se dividir o consumo em consumo de:� Bens duráveis (geladeira, carros, etc.)� Bens não-duráveis (alimentação, roupas, etc.)� Serviços (dentista, fisioterapeuta, transporte, etc.)

Principais conceitos Macroeconômicos

� POUPANÇA (S)� É a parcela da renda que não foi consumida� É o excesso da renda sobre o consumo

� Isto é: S = Y - C

Principais conceitos Macroeconômicos

� INVESTIMENTO (I) ou Taxa de Acumulação do Capital� É o aumento do estoque físico do capital� Classifica-se em:

� Equipamentos (máquinas, ferramentas, etc.)� Edificações (prédios, galpões, etc.)� Estoques

� Logo, o investimento é igual a soma da formação bruta de capital fixo (soma dos investimentos em capital fixo, tais como máquinas, equipamentos e investimentos na construção civil) e da variação dos estoques

� I = FBKF + ∆E� FBKP = Formação Bruta de Capital Fixo� ∆E = Variação no estoque

Principais conceitos Macroeconômicos

54

SEAD-PRODEPA (2004)

� Avalie a assertiva:� “Os gastos com investimento, que são relevantes

para o cálculo da despesa agregada, englobam tanto a compra de máquinas e equipamentos pelas firmas privadas, como as despesas com aquisições de ações de empresas pelos clientes de corretoras de valores”

� Resp.: Errado. Compra de títulos e ações de empresas já existentes não significa aumento do estoque de capital físico. Ações são aplicações financeiras.

� GASTOS DO GOVERNO (G)� Despesas com os salários dos funcionários públicos e com

compras do governo (educação, saúde, etc.)

� TRANSFERÊNCIAS GOVERNAMENTAIS (Transf)� Recursos que o Governo transfere a entes privados sem

receber bens e serviços em troca� Transferências a pessoas (aposentadorias, bolsa-família,

etc.)� Transferências a empresas (recursos para empresas)

� Imposto diretos negativos

Principais conceitos Macroeconômicos

� SUBSÍDIOS (Sub)� É quando o governo financia parte do

custo de produção de certos produtos� O objetivo do subsídio é baratear o preço

de algum produto físico ao consumidor final

� Impostos indiretos negativos

Principais conceitos Macroeconômicos

� IMPOSTOS DIRETOS (ID)� Impostos recolhidos diretamente pelo contribuinte� Impostos diretos incluem os impostos sobre a renda,

patrimônio, etc.

� IMPOSTOS INDIRETOS (II)� Impostos em que o último consumidor na cadeia suporta a

carga� Os impostos indiretos recaem sobre bens e serviços a serem

vendidos

� OUTRAS RECEITAS CORRENTES (LÍQUIDAS) DO GOVERNO (ORG)

� Receitas oriundas de aluguéis dos imóveis da união e das participações acionárias da União

Principais conceitos Macroeconômicos

� RECEITA LÍQUIDA DO GOVERNO (RLG)

� Definida como a soma dos impostos diretos (ID) mais impostos indiretos (II) mais outras receitas do governo (ORG), subtraída dos subsídios (sub) e das transferências (transf)

� RLG = II + ID + ORG – sub - transf

Principais conceitos Macroeconômicos

� EXPORTAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS (X)� São bens e serviços vendidos ao exterior

� IMPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS (M)� São bens e serviços comprados do exterior

� EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS (NX)� É o excesso de exportações sobre importações� NX = X - M

Principais conceitos Macroeconômicos

55

� Em economia, é importante a distinção entre equação e identidade

� A identidade é uma relação decorrente da própria definição� São válidas em todos os casos (“as identidades são sempre

verdadeiras”)� A identidade é indicada pelo símbolo de três barras (≡)

� Uma equação contém alguma hipótese sobre o comportamento da economia� É fácil lembrar para o caso da equação de demanda de mercado� Várias hipóteses foram assumidas na sua construção e ela simboliza

uma relação que pode ser testada empiricamente

� A identidade A ≡ B diz que A sempre assume o valor B� Na equação A = B, A pode ou não se verificar empiricamente

igual a B

Identidades Macroeconômicas Básicas

� IDENTIDADE 1� RENDA ≡ PRODUTO ≡ DESPESA� Um produto de valor X requer uma despesa no valor X para

comprá-lo. O que é produzido é revertido em pagamento dos fatores de produção

� O valor X pode ser R$ 1 ou R$ 1 trilhão

� IDENTIDADE 2� POUPANÇA ≡ INVESTIMENTO� O investimento é idêntico às poupanças privadas (SP), do

governo (SG) e externa (SE)� I = SP + SG + SE

� IP+ IG = SP + SG + SE

Identidades Macroeconômicas Básicas

Poupança doméstica ou interna: S P + SG

ACE/MDIC (2001)

� Avalie a assertiva:“Se, em um determinado ano, na indústria

automobilística, ocorreu um aumento considerável nos estoques de carros que não haviam sido vendidos, conseqüentemente, nesse ano, a renda total na economia excedeu a despesa total com bens e serviços.”

� Resp.: Errado. É só lembrar que despesa total e renda total fazem parte de uma identidade.

� Produto Interno vs. Produto Nacional� Definição: Renda Enviada ao Exterior (RE)

� Composta pela soma das despesas do balanço de serviços de fatores (BSF) e donativos cedidos (Donativos Enviados)

� Lucros, donativos, juros, rendas do trabalho, etc. enviados e pagos ao exterior

� É a parcela da produção interna de um país que não pertence aos residentes do país

� Definição: Renda Recebida do Exterior (RR)� Composta pela soma das receitas do balanço de serviços de fatores

(BSF) e donativos recebidos (Donativos Enviados)� Lucros, donativos, juros, rendas do trabalho, etc. recebidos do exterior� Renda recebida da produção de empresas brasileiras no exterior

Os Conceitos de Produto (P)

� Produto Interno vs. Produto Nacional� Definição: Renda Líquida Enviada ao Exterior

(RLE)� Diferença entre Renda Enviada ao Exterior (RE) e Renda

Recebia do Exterior (RR)� Interpretação: diferença entre o que é pago pela utilização

de fatores de produção que pertencem a não-residentes e o que é recebido do exterior por uso de fatores de produção dos residentes

� Se RLE > 0, então o país envia mais renda do que recebe

� Qual seria a definição de Renda Líquida Recebida do Exterior?

Os Conceitos de Produto (P)

� Produto Interno vs. Produto Nacional� O Produto Interno inclui a Renda Enviada (RE)

e exclui a Renda Recebida (RR)�Então, o lucro de multinacionais que produzem no

Brasil entra no cálculo do Produto Interno�Enquanto que exclui os lucros de empresas

brasileiras sediadas no exterior

� Produto Interno é a produção realizada no país

Os Conceitos de Produto (P)

56

� Produto Interno vs. Produto Nacional� O Produto Nacional inclui a Renda Recebida (RR) e

exclui a Renda Enviada (RE)� Então, o lucro de multinacionais que produzem no Brasil

não entra no cálculo do Produto Nacional� Inclui os lucros de empresas brasileiras sediadas no

exterior

� Produto Nacional é a produção do país, que pertence ao país, independente de onde é realizada

Os Conceitos de Produto (P)

� Produto Interno vs. Produto Nacional� Se RLE é positivo (RE é maior do que RR),

então o Produto Interno é maior do que o Produto Nacional

� E no Brasil, o que é maior? O Produto Interno ou o Produto Nacional?

� É válido ressaltar que em uma economia fechada, Produto Interno e Produto Nacional são iguais

Os Conceitos de Produto (P)

� Produto Bruto vs. Produto Líquido� A diferença entre produto bruto e produto

líquido é a depreciação� O produto bruto inclui, enquanto que o líquido

exclui a depreciação� Como a depreciação é sempre positiva, o

produto bruto é sempre superior ao produto líquido

� O que é o PIB (Produto Interno Bruto)?�PIB vs. PIL�PNB vs. PNL

Os Conceitos de Produto (P)

� Produto a Preço de Mercado vs. Produto a Custo de Fatores

� Produto a Preço de Mercado (pm)� É o produto que inclui os impostos indiretos, mas não

inclui os subsídios

� Produto a Custo de Fatores (cf) � É o produto que não inclui os impostos indiretos e inclui

os subsídios

� A diferença entre o Produto a Preço de Mercado e o Produto a Custo de Fatores são os impostos e os subsídios

Os Conceitos de Produto (P)

Os Conceitos de Produto (P)� O que é PNLcf?

� Inclui a Renda Recebida� Não computa a Renda Enviada� Exclui a Depreciação� Inclui subsídios� Exclui Impostos Indiretos

� O que é então o PIBpm?� Inclui a Renda Enviada� Exclui a Renda Recebida� Inclui Depreciação� Inclui Impostos Indiretos� Exclui Subsídios

TCU (2000)� “O que difere o Produto Interno Bruto do Produto Nacional

Bruto é:(a) a depreciação dos investimentos estrangeiros realizados no

país(b) renda líquida enviada ou recebida do exterior(c) saldo da balança comercial(d) as importações(e) o saldo do Balanço de Pagamentos”.

� Resp.: Alternativa “b”. O que difere os conceitos é a Renda Recebida e a Renda Enviada ao Exterior. Ou seja, a Renda Líquida Enviada ou Recebida do Exterior

57

ACE/MDIC (1998)� Identifique a transação ou atividade abaixo que não seria

computada nos cálculos das contas nacionais e do Produto Interno Bruto.

a) a construção de uma estação de tratamento de água municipalb) o salário de um deputado federalc) a compra de um novo aparelho de televisãod) a compra de um pedaço de terrae) um decréscimo nos estoques do comércio

� Resp.: Alternativa “d”. Só entra no cálculo das várias definições de Produto o que foi efetivamente produzido durante o ano (ou período de referência do cálculo do produto). A compra de um pedaço de terra é um bem já “existente”. As demais alternativas mostram bens produzidos durante o período de mensuração do Produto.

Identidades e Conceitos de Produto

� Devido à identidade entre produto, renda e despesa:

� PIBpm = RIBpm = DIBpm� PNLcf = RNLcf = DNLcf� PILpm = RILpm = DILpm

Conversão entre os Diversos Conceitos de Agregados

� Produto Interno � Produto Nacional�Subtrair a RLE

� Produto Bruto � Produto Líquido�Subtrair a Depreciação

� Produto a Preço de Mercado � Produto a Custo de Fator�Subtrair os impostos indiretos e somar os

subsídios

AFPs (2002)� Considere os seguintes dados:Produto Interno Bruto a custo de fatores = 1.000Renda enviada ao exterior = 100Renda recebida do exterior = 50Impostos indiretos = 150Subsídios = 50Depreciação = 30� Com base nessas informações, o Produto Nacional Bruto a custo

de fatores e a Renda Nacional Líquida a preços de mercado são, respectivamente:

a) 1.250 e 1.050b) 1.120 e 1.050c) 950 e 1.250d) 950 e 1.020e) 1.250 e 1.120

Resp.:� Para se obter o PNBcf a partir do PIBcf, basta

subtrair o RLE do último. Isto é: PIBcf – RLE = 1000-50 = 950 = PNBcf

� Então estamos agora entre as alternativas “c” e “d”.� Sabemos que o PNLpm = RNLpm. Então temos

que achar o PNLpm a partir do PNBcf. Basta subtrair a depreciação (para tornar “líquido”), adicionar os impostos indiretos e subtrair os subsídios (para transformar em “preços de mercados”).

� Então: PNBcf – Depreciação + II – Sub = 1020� Alternativa “d” é a resposta final.

As três óticas do PIB

� Como os conceitos de renda, despesa e produto são idênticos, pode-se calcular o valor do PIBpm por três caminhos distintos:� (a) ótica da despesa

� Somas todas as despesas realizadas pelos agentes econômicos

� (b) ótica do produto (que se analisa de duas maneiras)� Somar todos os bens e serviços finais

� (c) ótica da renda� Somar todas as remunerações pagas aos agentes econômicos

� O resultado encontrado deve ter o mesmo valor numérico

58

As três óticas do PIB

� Ótica do Produto :� (a) PIBpm = (Produção total de bens e serviços)

– (produção intermediária)� (b) PIBpm = soma dos valores adicionados de

todos os setores da economia� Defini-se valor adicionado como sendo igual ao valor

bruto da produção ou valor total da produção (VBP) menos o consumo de bens intermediários

� VA = VBP – consumo de bens e serviços intermediários

AFPS (2002)

� Considere uma economia hipotética que só produza um bem final: pão. Suponha as seguintes atividades e transações num determinado período de tempo:

• O setor S produziu sementes no valor de 200 e vendeu para o setor T;• O setor T produziu trigo no valor de 1.500, vendeu uma parcela

equivalente a 1.000 para o setor F e estocou o restante;• O setor F produziu farinha no valor de 1.300;• O setor P produziu pães no valor de 1.600 e vendeu-os aos

consumidores finais.Com base nessas informações, o produto agregado dessa economia

foi, no período, de:� a) 1.600 b) 2.100 c) 3.000 d) 4.600 e) 3.600

Resp.:

� De acordo com a tabela abaixo, o VBP é 4600 e o consumo intermediário é igual a 2500.

� Então o VA é 2100. A alternativa “b” é a correta

ProdutoValor Bruno da Produção

Consumo Intermediário

Valor adicionado

Semente (setor S) 200 0 200Tribo (setor T) 1500 200 1300Farinha (setor F) 1300 1000 300Pão (setor P) 1600 1300 300Total 4600 2500 2100

As três óticas do PIB� Ótica da Despesa :� A despesa agregada é o destino da produção, isto

é, as fontes que adquirem a produção� São os gastos que os agentes realizam para

comprar a produção� A despesa total é a soma do consumo das famílias

(C) + investimento das empresas (I) + gastos do governo (G) + setor externo sob forma de exportações líquidas (NX=X-M)

� Isto é:�D = C + I+ G + X - M

Bens e serviços não-fatores

As três óticas do PIB� Ótica da Renda :

� A renda é a remuneração dos fatores de produção

� O PIB na ótica da renda é dado pela soma de todas as remunerações pagas aos agentes econômicos em um determinado ano, ou seja:� PIBpm = salários + aluguéis + juros + lucros distribuídos

+ lucros retidos+ ...� Se é produto interno, temos que somar as depreciações

� Se é preços de mercado, temos que soma os impostos indiretos e subtrair os subsídios

� Existem outros componentes, mas poucos importantes para as questões

As três óticas do PIB

� Componentes da Renda Nacional:�O importante são as remunerações dos

fatores de produção!

� Renda Nacional = (salários + aluguéis + juros + lucros distribuídos) a pessoas + lucros retidos + ...� ...+ Impostos diretos das empresas –

transferências a empresas + ORG

59

As três óticas do PIB

� Renda pessoal = Renda nacional – “itens relativos a empresas” + itens que pertencem a pessoas (e que não remuneram fatores de produção)

� Componentes da Renda Pessoal� (salários + aluguéis + juros + lucros distribuídos) a

pessoas + transferências a pessoa + juros pagos pelo Governo a pessoas + juros pagos por pessoas a pessoa

� Renda Pessoal Disponível (RPD)� É o que realmente “sobra” para as pessoas, isto é, temos

que descontar os impostos do governo� RPD = Renda Pessoal – Impostos Diretos das pessoas

APO/MPOG (2002)� Com relação ao processo de mensuração do produto agregado,

é correto afirmar que:a) as importações, por serem consideradas como componentes da

oferta agregada, entram no cálculo do produto agregado.b) a chamada dupla contagem é um problema que ocorre quando

um determinado bem final é computado duas vezes no produto agregado.

c) o valor do produto agregado é considerado como "variável estoque".

d) no valor do produto agregado, não são consideradas atividades econômicas do governo, cujos valores são computados separadamente.

e) nem todo bem cujo valor entra no cálculo do produto é um bem final por natureza.

Resp.:

� (a) Errado. As importações são componentes da demanda agregada (despesa agregada)

� (b) Dupla contagem é quando um bem intermediário é computado duas vezes no produto agregado. Errado

� (c) Incorreto. Produto é uma variável fluxo� (d) As atividades econômicas do governo entram sim

no cálculo do produto agregado. Alternativa incorreta.� (e) Suponha que um bem intermediário foi produzido e

estocado. Ele não é um bem final e entra no cálculo do produto, na forma de investimento (variação dos estoques).

Ministério das Cidades (2005)

� “Na medida do PIB, as importações do país:(a) não entram no cálculo, pois são produzidas no país(b) são contabilizadas com sinal positivo, pois são

utilizadas na produção de outros bens(c) são contabilizadas, pois o PIB inclui a produção no

exterior(d) são contabilizadas com sinal negativo, por estarem

incorporadas nos demais componentes do PIB(e) não entram no cálculo, pois o PIB é medido pelo

valor adicionado� Resp.: Alternativa “d”

BACEN (2001)� Considere a seguinte equação:Y = C + I + G + (X - M),onde C = consumo agregado; I = investimento agregado; e G = os

gastos do governo. Com base nestas informações, podemos afirmar que:

a) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = saldo do balanço de pagamentos em transações correntes

b) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = déficit na balança comercial

c) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = superávit na balança comercial

d) se Y = Produto Nacional Bruto, (X - M) = saldo total do balanço de pagamentos

e) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = exportações menos importações de bens e serviços não fatores

� Resp.: Alternativa “e”. X é exportação de bens e serviços não-fatores e M a importação de bens e serviços não-fatores.

O PIB Nominal

� O Produto Interno Bruto (PIB) Nominal (em moeda corrente ou preços correntes) é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos na economia (dentro do território nacional) durante determinado período de tempo

� O PIB Real é medido em preços constantes�Ou seja, é ajustado pelo inflação�É o aumento da produção real�Devemos utilizar um “deflator” para obter o PIB real

60

AFC (2005)� Com relação ao conceito de produto agregado, é incorreto

afirmar quea) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente

maior do que o produto agregado a custos de fatores.b) o produto agregado pode ser considerado como uma “variável

fluxo”.c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto

com uma queda no produto agregado real.d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada

da economia.e) o produto interno bruto pode ser menor do que o produto

nacional bruto.� Resp.: Alternativa “a”. A relação entre as magnitudes do produto

a preços de mercado e o produto a custos de fatores irá depender dos impostos e dos subsídios. O subsídio pode ser maior do que o imposto e vice-versa.

BNB (2006)� O produto nacional de um país, medido a preços

constantes, aumentou consideravelmente em dois anos. Isso significa que:

a) a economia cresceu devido apenas ao aumento de preços.

b) o investimento real entre os dois anos diminuiu.c) ocorreu um incremento real da produção.d) a inflação permaneceu inalterada.e) nada se pode afirmar sem o conhecimento do

comportamento da inflação.

� Resp.: Alternativa “c”. Se o PIB real aumentou, quer dizer que houve um aumento da produção da economia.

AFRF (2002)� Suponha uma economia que só produza dois bens finais (A e B).

Considere os dados a seguir:Bem A Bem B

quantidade preço quantidade preçoPeríodo1 10 5 12 6Período 2 10 7 10 9� Com base nestes dados, é incorreto afirmar que:a) o produto nominal do período 2 foi maior do que o produto nominal do

período 1.b) o crescimento do produto nominal entre os períodos 1 e 2 for de,

aproximadamente, 31%.c) não houve crescimento do produto real entre os períodos 1 e 2,

considerando o índice de Laspeyres de preço.d) a inflação desta economia medida pelo índice de Laspeyres de preço foi

de 30%.e) não houve crescimento do produto real, entre os períodos 1 e 2,

considerando o índice de Fisher.

Resp.:� (a) Para calcular o produto nominal do período 1, bastar somar duas

expressões: (1) a multiplicação da quantidade produzida do bem 1 pelo seu preço e (2) a multiplicação da quantidade do bem 2 pelo seu preço. Isto é: P1 = 10*5 + 12*6 = 122, Para o período 2, temos que P2 = 10*7 + 10*9 = 160. Portanto, o produto nominal no período 2 é maior.

� (b) O crescimento do produto nominal é dado por: (P2-P1)/P1 = 38/122 = 0,2533 ou seja 31,15. O que é aproximadamente 31%. A alternativa está correta.

� (c) O índice de Laspeyres de preço é igual a:

Portanto, o PIB real no segundo período é, utilizando o índice de preços de Laspeyres como deflator: 160/1,46 = 109. Neste caso, não houve crescimento do PIB real, já que ele saiu de 122 para 109.

459,1122

178

12*610*5

12*910*71111

1212

==++=

++=

BBAA

BBAAL qpqp

qpqpI

Resp.: - cont.� (d) Vimos no item anterior que o índice de preços de Laspeyres foi igual

a 1,459. O que quer dizer uma inflação de 46% no período. Alternativa “d” está incorreta.

� (e) Para calcularmos o índice de Fisher, é necessário primeiro calcular o índice de preço de Paasche.

� Fisher é igual à média geométrica de Laspeyres e de Paasche:

� Como o índice é bem similar ao de Laspeyres, podemos utilizar os resultados da letra “c” e afirmar que não houve crescimento do PIB real utilizando também o índice de Fisher

454,1110

160

10*610*5

10*910*72121

2222

==++=

++=

BBAA

BBAAP qpqp

qpqpI

46,14545,146,1 ≈×=×= PLF III

SENADO (2002)

� Considerando que o PIB nominal de 2000 foi superior ao PIB nominal verificado em 1999, é correto concluir que houve aumento da produção nesse período.

� Resp.: Errado. Um aumento no PIB nominal pode ocorrer devido a aumento do nível de preços. Em outras palavras, um aumento do PIB nominal pode ocorrer sem aumento da produção real da economia.

61

AFRF (2000)

� Considere uma economia hipotética que produza apenas 3 bens finais: arroz, feijão e carne, cujos preços (em unidades monetárias) e quantidades (em unidades físicas), para os períodos 1 e 2, encontram-se na tabela a seguir:

AFRF (2000)� Considerando que a inflação utilizada para o cálculo do Produto Real

Agregado desta economia foi de 59,79% entre os dois períodos, podemos afirmar que:

a) o Produto Nominal cresceu 17,76% enquanto o Produto Real cresceu apenas 2,26%.

b) o Produto Nominal cresceu 12,32% ao passo que não houve alteração no Produto Real.

c) o Produto Nominal cresceu 17,76% ao passo que o Produto Real caiu 26,26%.

d) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 42,03%.

e) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 59,79%.

� Resp.: Alternativa “c”

Produto Potencial vs. Produto Efetivo� Produto Potencial : possível trajetória do PIB

real se todos os recursos disponíveis fossem plenamente empregados

� Produto Efetivo : é o que realmente se produz em um dado período de tempo

� A diferença entre o PIB potencial e o PIB efetivo é conhecida como hiato do produto

� Um hiato negativo ou inflacionário indica um excesso de utilização dos fatores de produção� Vamos ver no curso que essa situação é quando

a demanda agregada é superior à oferta agregada

ACE/MDIC (2001)

� Avalie a assertiva:“Durante os períodos de expansão econômica, o produto interno bruto pode, temporariamente, exceder o produto potencial.”

� Resp.: Correto. O PIB efetivo flutua em torno do PIB potencial. Então o PIB efetivo pode exceder temporariamente o PIB potencial. Essa situação é conhecida como hiato negativo ou inflacionário

BNB (2006)� O hiato de produto (diferença entre o produto

potencial e o efetivo) é positivo quando:a) a economia atinge o pleno emprego.b) a economia supera o produto de pleno emprego.c) parte dos fatores de produção está sendo

subutilizado.d) o nível de utilização da capacidade instalada é

pleno.e) verifica-se ausência de capacidade ociosa.

� Resp.: Alternativa “c”

62

Lei de Okun

� Expressa a relação entre crescimento e variações na taxa de desemprego, ou seja, a relação entre hiato de produto e taxa de desemprego� A lei afirma que o desemprego declina se o crescimento

estiver acima da taxa tendencial de 2,3%

� A lei de Okun resume a relação entre crescimento e a variação na taxa de desemprego.� Altas taxas de crescimento causam queda na taxa de

desemprego� E vice-versa.

GESTOR/MPOG (2002)

� A relação entre crescimento e variações na taxa de desemprego é conhecida como:

a) Lei de Wagnerb) Lei de Okunc) Lei de Walrasd) Lei de Saye) Lei de Gresham

� Resp.: Alternativa “b”

GESTOR/MPOG (2005)� Um dos importantes “pressupostos” utilizado na análise entre inflação e

desemprego é conhecido na literatura como “Lei de Okun” e relaciona a taxa de desemprego com a taxa de crescimento do produto. Considerando gyt = taxa de crescimento do produto no período t, ut e ut-1as taxas de desemprego nos períodos t e t-1 respectivamente e go a taxa “normal” de crescimento da economia, não está de acordo com a Lei de Okun:

a) gyt = go => ut = ut-1

b) gyt > go => ut < ut-1

c) gyt < go => ut > ut-1

d) ut - ut-1 = β.(gyt - go); β > 0e) a Lei de Okun permite a passagem da oferta agregada de curto prazo

para a curva de Phillips

� Resp.: A alternativa “d” diz que o desemprego é maior quando o crescimento está acima da taxa natural (é só notar que o “beta” é positivo), o que claramente está em desacordo com a lei de Okun.

Déficits Gêmeos

� Relação entre déficit orçamentário e saldo em conta-corrente de um país�Conhecida como hipótese dos déficits gêmeos

� Déficit público é a diferença entre investimento governamental e poupança do governo em conta-corrente�Ou, de forma mais simples, é o excesso do

investimento público sobre a poupança pública

�Déficit = I - S

AFRF (2000)� Considere:Ipr = investimento privadoIpu = investimento públicoSpr = poupança privadaSg = poupança do governoSe = poupança externa� Com base nas identidades macroeconômicas fundamentais,

pode-se afirmar que:a) Ipr + Ipu = Spr + Sgb) déficit público = Spr - Ipr + Sec) Ipr + Ipu + Se = Spr + Sgd) déficit público = Spr + Ipr + See) Ipr = Spr + Se

Resp.

� Sabemos que uma das identidades fundamentais é a que o investimento é idêntico a poupança

� Então, Ipr + Ipu ≡ Spr + Sg + Se

� Reagrupando a expressão, temos que:

Ipu - Sg ≡ Spr - Ipr + Se

� Tem-se que Ipu – Sg é equivalente ao déficit público. Portanto,

� Déficit público ≡ Spr - Ipr + Se� A resposta correta é a alternativa “b”

63

Déficits Gêmeos

� A questão anterior mostra que o déficit público é financiado pelo excesso de poupança do setor privado sobre o investimento privado e pela poupança externa (que corresponde a um déficit no Balanço de Transações Correntes)

� Déficit público ≡ Spr - Ipr + Se� Déficit público ≡ Excesso de Spr + Se

Déficits Gêmeos

� Supondo que a poupança privada equivale ao investimento privado, tem-se o resultados dos déficits gêmeos

� Spr =~ Ipr �

� Déficit público =~ Se

AFC (2000)� A partir das identidades macroeconômicas básicas, pode-se

estabelecer uma relação entre déficit orçamentário do governo e o saldo em conta corrente de um país. A partir dessa relação, assinale a opção correta.

a) Alterações no déficit orçamentário do governo somente causam mudanças no saldo em transações correntes do país se tais alterações decorrem exclusivamente de alterações nos investimentos públicos e desde que a diferença entre poupança e investimento privado permaneça constante.

b) Uma redução do déficit orçamentário do governo, independentemente de ocorrerem ou não variações na diferença entre poupança e investimento privado, melhora o saldo em transações correntes do país.

AFC (2000) – Cont.c) Uma redução do déficit orçamentário do governo melhora o

saldo em transações correntes do país, desde que a diferença entre poupança e investimento privado permaneça constante.

d) Alterações no déficit orçamentário do governo somente causam mudanças no saldo em transações correntes do país se tais alterações decorrem exclusivamente de alterações nos investimentos públicos, independentemente de ocorrerem ou não variações na diferença entre poupança e investimento privado.

e) Alterações no déficit orçamentário do governo somente causam mudanças no saldo em transações correntes do país se tais alterações decorrem exclusivamente de alterações na poupança do governo e desde que a diferença entre poupança e investimento privado permaneça constante.

� Resp.: Alternativa “c”

MPU (2004)

� Um déficit em transações correntes pode ser considerado como

a) poupança interna.b) despoupança externa.c) poupança externa.d) despoupança interna.e) despoupança do governo.

� Resp.: Alternativa “c”

APO/MPOG (2005)� Considere os seguintes dados:Investimento privado = 300Poupança privada = 300Investimento público = 200Poupança do governo = 100� Com base nessas informações e considerando as identidades

macroeconômicas básicas, a economia apresentaa) um déficit em transações correntes de 100 e um superávit público

de 100.b) um superávit em transações correntes de 100 e um déficit público

de 100.c) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público de

100.d) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público

nulo.e) um déficit em transações correntes nulo e um superávit público de

100.

64

Resp.: � O déficit publico é definido como (Ipu - Sg) = (200 –

100) = 100

� Sabemos que I = S ou � Ipr + Ipu = Spr + Sg + Se� “Se” é a poupança externa ou o déficit em transações

correntes� Então: Se = (Ipr – Spr) + (Ipu – Sg)� Se = (300 – 300) + (200 – 100) = 100

� A resposta é então déficit em transações correntes igual a 100 e déficit público igual a 100. Alternativa “c”

Ótica das Injeções e dos Vazamentos

� Vazamentos (S + T + M)� Recursos que deixam de fluir para empresas e famílias

� Injeções (I + G + X)� Representam a demanda de outros agentes econômicos

� Se:� Injeções > vazamentos: renda nacional está crescendo� Injeções < vazamentos: renda nacional está em queda� Injeções = vazamentos: renda nacional está em equilíbrio

estacionário

Ótica das Injeções e dos Vazamentos� Tome S + T + M = I + G + X �

�(S - I) + (T - G) = (X - M)

� Se X – M > 0 ou X > M �� superávit do setor privado (S - I)>0 e/ou

superávit no governo (T – G) > 0�� O que representa uma poupança externa

negativa (-Se)

� Se X – M < 0 ou X < M �� O que representa uma poupança externa

positiva (+Se)

Absorção Interna

� Definição: A = C + I + G� A diferença entre a absorção interna e o

produto é devido às exportações (X) e às importações (M)

� Se o PIB for maior que absorção, isto quer dizer que há superávit comercial (NX>0)

� No caso oposto, se o PIB for menor que a absorção, há uma necessidade de produtos produzidos no exterior

Carga Tributária

� Carga tributária bruta (CTB) = total de tributos arrecadados no país

� É também conhecida como a receita tributária do governo

� Carga tributária líquida (CTL) = carga tributária menos transferências do governo

100)( ×++=

PIBpm

CPFIIIDCTB

Contribuições Parafiscais (COFINS, PIS, CSLL, INSS)

100)()( ×+−+−=

PIBpm

CPFsubIItransfIDCTL

AFPS (2002)� Considere os seguintes dados:Poupança líquida = 100Depreciação = 5Variação de estoques = 50� Com base nessas informações e considerando uma

economia fechada e sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total são, respectivamente:

a)100 e 105b) 55 e 105c) 50 e 100d) 50 e 105e) 50 e 50

65

Resp.:

� “O bruto é sempre o liquido mais a depreciação”. Isso vale também para a poupança. A poupança bruta (ou simplesmente S) é igual a :

� S = SL + depreciação = 100 + 5� Sabemos que pela identidade fundamental: I = S

� Lembrar que estamos trabalhando com uma economia fechada e em governo

� O investimento é equivalente a:� I = FBKF + ∆e

� Ou seja, FBKF= I – ∆e = 105 – 50 = 55� A resposta é então a alternativa “b”.

APO/MPOG (2003)� Considere os seguintes dados para uma economia

hipotética• renda nacional líquida: 1000• depreciação: 30• consumo pessoal: 670• variação de estoques: 30Com base nestas informações e considerando as

identidades macroeconômicas básicas que decorrem de um sistema de contas nacionais para uma economia fechada e sem governo, podemos afirmar que a formação bruta de capital fixo nesta economia é de:

a) 300 b) 330 c) 370 d) 400 e) 430

Resp.:

� Temos que calcular a renda nacional bruta� RNB = RNL + Depreciação = 1000 + 30 = 1030� Como estamos em uma economia fechada e sem

governo, Y = C + I� Pela identidade sabemos que a renda equivale a

despesa, logo� Y = RNB = C + I .:

� I = RNB – C = 1030 – 677 = 360

� Por fim, I = FBKF + ∆e .: FBKF= I – ∆e = 360 – 30 = 330

� Resp.: Alternativa “b”

APO/MPOG (2002)� Considere os seguintes dados, em unidades monetárias num

determinado período de tempo:poupança líquida do setor privado: 100;depreciação: 10;déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 50;saldo do governo em conta corrente: 30;variação de estoques: 30.� Com base nestes valores e considerando as identidades

macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo, o investimento bruto total e a poupança bruta total são iguais a, respectivamente:

a) 160, 190 e 190 b) 130, 160 e 160 c) 130, 140 e 150d) 160, 160 e 160 e) 120, 160 e 160

Resp.:

� Tem-se que a poupança privada bruta é: Spr = Slpr + Depreciação = 100 + 10 = 110

� Uma das identidades fundamentais� I = S = Spr + Sg + Se� I = S = 110 + 30 + 50 = 190

� Por fim, I = FBKF + ∆e .: FBKF= I – ∆e = 190 – 30 = 160

� Logo FBKF = 160; I = 190 e S = 190� Resp.: Alternativa “a”

AFC (2000)� Com relação aos conceitos de produto agregado, podemos

afirmar quea) o produto bruto é necessariamente maior do que o produto

líquido; o produto nacional pode ser maior ou menor do que o produto interno e o produto a custo de fatores pode ser maior ou menor do que o produto a preços de mercado

b) o produto nacional é necessariamente maior do que o produto interno; o produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido; e o produto a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto a custo de fatores

c) o produto a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto a custo de fatores; o produto interno é necessariamente maior do que o produto nacional; e o produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido

66

AFC (2000) – cont.d) o produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido;

o produto interno é necessariamente maior do que o produto nacional; e o produto a preços de mercados pode ser maior ou menor do que o produto a custo de fatores

e) o produto interno é necessariamente maior do que o produto nacional; o produto líquido pode ser maior ou menor do que o produto bruto; e o produto a custo de fatores pode ser maior ou menor do que o produto a preços de mercado

� Resp.: Vamos por partes. O produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido, visto que é o último mais a depreciação. Ademais, o produto nacional pode ser maior ou menor do que o produto interno, a depender do sinal da receita líquida enviada ao exterior (que pode ser positiva ou negativa. E, por fim, e o produto a custo de fatores pode ser maior ou menor do que o produto a preços de mercado (a depender da magnitude dos impostos indiretos e dos subsídios). Alternativa “a” é a resposta.

MPU (2004)� Considere os seguintes dados para uma economia fechada e sem

governo.Salários = 400 Lucros = 300Juros = 200 Aluguéis = 100Consumo pessoal = 500 Variação de estoques = 100Depreciação = 50� Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo e

a renda nacional bruta são, respectivamente,a) 500 e 1050.b) 400 e 1000.c) 450 e 1000.d) 400 e 1050.e) 450 e 1050.

Resp.: � O PIB pela ótica da renda é dado por: salários +

aluguéis + juros + lucros + depreciação = 400 + 100 + 200 + 300 + 50 = 1050

� PIB = RNB como não existe setor externo

� RNB = C + I (já que não existe governo e setor externo)

� I = RNB – C = 1050 – 500 = 550� Por fim, I = FBKF + ∆e .: FBKF= I – ∆e = 550 –

100 = 450

� Resp.: Alternativa “e”

APO/MPOG (2002)� Com base nas identidades macroeconômicas básicas, é correto

afirmar que:a) no Brasil, o produto nacional bruto é maior do que o produto

interno bruto.b) se o país obteve um saldo positivo no saldo do balanço de

serviços de fatores, então o produto nacional bruto será maior do que o produto interno bruto.

c) se o saldo em transações correntes for nulo, o produto nacional bruto será igual ao produto interno bruto.

d) se o saldo total do balanço de pagamentos for positivo, então o produto nacional bruto será maior do que o produto interno bruto.

e) independente das contas externas do país, o produto interno bruto é necessariamente maior do que o produto nacional bruto.

� Resp.: Alternativa “b”

AFRF (2002)� Considere um sistema de contas nacionais para uma

economia aberta sem governo. Suponha os seguintes dados:

Importações de bens e serviços não fatores = 100Renda líquida enviada ao exterior = 50Renda nacional líquida = 1.000Depreciação = 5Exportações de bens e serviços não fatores = 200Consumo pessoal = 500Variação de estoques = 80

Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a:

a) 375 b) 275 c) 430 d) 330 e) 150

Resp.:� Temos que I = FBKF + ∆e. Precisamos saber o valor dos

investimentos (I) para saber o resultado da questão.� Mas como fazer isso? É só olhar os dados da questão e

pensar no PIB da ótica da despesa:� PIB = C + I + X – M (em uma economia sem governo)

� O PIB é igual a PIL + depreciação (ou a RIL + depreciação)� Por sua vez, o PIL é igual a PNL + renda líquida enviada ao exterior

(ou a RNL + renda líquida enviada ao exterior)� Estas duas informações nos dizem que o:

� PIB = RNL + RLE + depreciação� Ou seja:� PIB = 1000 + 50 + 5 = 1055

� Como PIB = C + I + G + X – M, temos� 1055 = 500 + I + 200 – 100� I = 455

� Logo, I = FBKF + ∆e � 455 = FBKF + 80� FBKF = 375

� Alternativa “a” é a resposta

67

ACE/MDIC (2002)

� Considere uma economia hipotética com os seguintes dados:

• Exportações de bens e serviços não fatores = 300;• Importações de bens e serviços não fatores = 100;• Renda recebida do exterior = 50;• Renda enviada ao exterior = 650;• Poupança interna líquida = 200;• Variação de estoques = 100;• Depreciação = 50.

ACE/MDIC (2002) – cont.

� Com base nestes dados, a poupança externa e a formação bruta de capital fixo desta economia são, respectivamente:

a) 400 e 450b) 400 e 550c) 350 e 500d) 300 e 450e) 300 e 650

� Resp.: “b”

Resp.:� Sabemos que a poupança externa é equivalente ao déficit

das transações correntes:� Poupança externa = transações correntes = fluxo de bens e

serviços + fluxo de renda� Ou seja:

� Transações Correntes = X – M (bens e serviços) + RR – RE (renda)� Transações Correntes = 300 – 100 + 50 – 650 = – 400 � Logo Se = – Transações Correntes = – ( – 400) = 400

� Mais uma vez, I = FBKF + ∆e � O investimento corresponde à poupança interna bruta (Sd =

Spr + Sg) mais a poupança externa, ou seja� A poupança interna bruto é igual a poupança interna líquida mais

depreciação� I = Sd + Se = (SL + depreciação) + Se = (200 + 50) + 400 = 650� Portanto: FBKF = I – ∆e = 650 – 100 = 550.

� A resposta é então a alternativa “b”

ENAP (2006)� Com base nos conceitos macroeconômicos é incorreto afirmar quea) se os subsídios forem iguais a zero, na existência de impostos

indiretos, o Produto Interno Bruto a custo de fatores será menor do que o Produto Interno Bruto a preços de mercado.

b) a diferença entre o Produto Interno Bruto e o Produto Nacional Bruto depende do sinal do saldo da conta de renda líquida enviada ao exterior.

c) a dívida pública como percentual do Produto Interno Bruto não pode ser superior a 100%.

d) considerando que a depreciação é sempre positiva, o Produto Interno Bruto é necessariamente maior do que o Produto Interno Líquido.

e) o Produto Interno Bruto pode ser considerado o que se denomina variável fluxo.

� Resp.: Não vimos ainda com detalhes o conceito de dívida pública, mas com o que estudamos até agora podemos ver que cada uma das alternativas (a), (b), (d) e (e) está correta. Portanto, a alternativa (c) está incorreta (para ser preciso, a dívida pública pode, em tese, ser qualquer valor maior do que zero).

TABELAS DE USOS E RECURSOS E CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS

� Componentes da metodologia das Contas Nacionais

� Tabelas de Usos e Recursos (TRU) apresenta a oferta total da economia como o somatório da produção de bens e serviços e, simultaneamente, como somatório do consumo intermediário e da demanda final

� As Contas Econômicas Integradas ( CEIs) correspondem ao conjunto de quatro contas do sistema anterior e são apresentadas como base em três grandes grupos� Substitui-se as tradicionais colunas de débito e crédito pelas colunas

de usos (aplicação dos recursos) e recursos (origem dos recursos

CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS

� Primeiro Grupo: Conta de Bens e Serviços�Recursos: Produto (cf) + Impostos sobre Produtos+

Importações

�Usos: Consumo Final + Consumo Intermediário + Investimentos + Exportações

� Isto é: P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X

68

GESTOR/MPOG (2003)

� Considere os seguintes dados extraídos da Conta de Bens e Serviços do Sistema de Contas Econômicas Integradas:

• Produção: 1.323.410.847• Importação de bens e serviços: 69.310.584• Impostos sobre produtos: 83.920.429• Consumo intermediário: 628.444.549• Consumo final: 630.813.704• Variação de estoques: 12.903.180• Exportação de bens e serviços: 54.430.127� Com base nessas informações, é correto afirmar que a

formação bruta de capital fixo é igual a:a) 150.050.300 b) 66.129.871 c) 233.970.729d) 100.540.580 e) 200.000.000

Resp.:� É uma questão que envolve o conceito de Conta

de Bens e Serviços� Neste caso, temos que somar e igualar � (a) os recursos: Produto (cf) + Impostos sobre

Produtos+ Importações� E (b) os usos: Consumo Final + Consumo

Intermediário + Investimentos + Exportações� Isto é: P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X� A formação bruta de capital fixo vem do

componente investimento

Resp.:

Recursos Operações e Saldos Usos1.323.410.847 Produção

69.310.584 Importação de Bens e Serviços83.920.429 Impostos sobre produtos

Consumo Intermediário 628.444.549Consumo Final 630.813.704

Formação Bruta de Capital Fixo ?Variação de Estoques 12.903.180

Exportação de Bens e Serviços 54.430.8601.476.641.860 Total 1.476.641.860

� A tabela abaixo sistematiza o cálculo a ser feito:

� P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X� 1.323.410.847 + 83.920.429 + 69.310.584 = 628.444.549 +

630.813.704 + (FBKF + 12.903.180) + 54.430.127� FBKF = 150.050.300.

� Resp.: Alternativa “a”.

GESTOR/MPOG (2005)

� Considere os seguintes dados de um sistema de contas nacionais que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias:

Produção = 1.300Importação de bens e serviços = 70Impostos sobre produtos = 85Consumo intermediário = 607Consumo final = 630Variação de estoques = 13Exportações de bens e serviços = 55

Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo é igual a:

a) 150 b) 100 c) 50 d) 200 e) 250

Resp.:

� A questão é idêntica à anterior, só que com menos exigência de álgebra

� A tabela abaixo resumo os números do problema

Recursos Operações e Saldos Usos1300 Produção70 Importação de Bens e Serviços85 Impostos sobre produtos

Consumo Intermediário 607Consumo Final 630

Formação Bruta de Capital Fixo ?Variação de Estoques 13

Exportação de Bens e Serviços 551455 Total 1455

Resp.:

� P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X�1300 + 70 + 85 = 607 + 630 + (FBKF + 13) + 55

� FBKF = 1455 – 1305 = 150� Resp.: Alternativa “a”.

69

APO/MPOG (2005)� Considere os seguintes dados de um sistema de contas

nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias:

Produção = 1200Importação de bens e serviços = 60Impostos sobre produtos = 70Consumo final = 600Formação bruta de capital fixo = 100Variação de estoques = 10Exportações de bens e serviços = 120� Com base nessas informações, o consumo intermediário é

igual a: a) 500 b) 400 c) 450 d) 550 e) 600

Resp.:

� P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X�1200 + 70 + 60 = Ci + 600 + (100 + 10) + 120

�Ci = 1330 – 830 = 500

� Alternativa “a”

CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS

� Segundo Grupo é constituído de três contas:� (a) Conta de produção

� Valor Bruto da Produção = Consumo Intermediário + Produto Interno Bruto

� (b) Conta de Renda� Identidades sobre conceitos de renda

� (c) Conta de Acumulação� Trabalha diretamente com a identidade investimento/ poupança � Estima a necessidade ou capacidade de financiamento do país� O sinal negativo do saldo (poupança doméstica - investimento

doméstico) mostra que houve a complementação com poupança externa no ano em questão

GESTOR/MPOG (2003)� Considere os seguintes dados extraídos da Conta de

Produção do Sistema de Contas Econômicas Integradas:• Produção: 1.323.410.847• Produto Interno Bruto: 778.886.727• Imposto de importação: 4.183.987• Demais impostos sobre produtos: 79.736.442� Com base nestas informações, é correto afirmar que o

consumo intermediário é de:a) 628.444.549b) 632.628.536c) 600.000.000d) 595.484.200e) 550.000.003

Resp.: � É uma questão sobre a conta de produção

� Como derivamos a conta de produção?� É bem simples. Sabemos que pela conta de bens e

serviços� P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X� O consumo final (Cf) agrupa o consumo das famílias (C) e o do

governo (G)

� E que o PIB pela ótica da despesa:� PIB = C + I + G + X – M

� Assim, P + Impostos = Ci + PIB� Ou: PIB = P + Impostos - Ci

Resp.:

� Portanto, a resolução da questão fica:� P + Impostos = Ci + PIB

�1.323.410.847 + (4.183.987 + 79.736.442) = Ci + 778.886.727

� Logo “Ci” = 1.407.331.276 – 778.886.727�Ci = 628.44.549

� A alternativa correta é a “a”

70

AFRF (2002)� No ano de 2000, a conta de produção do sistema de

contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados (em R$ 1.000.000):

Produção: 1.979.057Consumo Intermediário: 1.011.751Impostos sobre produto: 119.394Imposto sobre importação: 8.430Produto Interno Bruto: 1.086.700� Com base nestas informações, o item da conta

“demais impostos sobre produto” foi de:

a)839.482 b)74.949 c)110.964 d)128.364 e)66.519

Resp.:

� É uma questão sobre a conta de produção

� P + Impostos = Ci + PIB� 1.979.057 + (Impostos) = 1.011.751 + 1.086.700

� Impostos = 119.394

� Impostos totais = impostos sobre importações + “demais impostos sobre produto”� “demais impostos sobre produto” = 119.394 - 8.430 =

110.964

� A alternativa correta é a “c”

AFRF (2002)� No ano de 1999, a conta de capital do sistema de

contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados (em R$ 1.000.000):

Poupança bruta: 149.491Formação bruta de capital fixo: 184.087Variação de estoques: 11.314Transferências de capital enviada ao resto do mundo: 29Transferências de capital recebida do resto do mundo: 91

� Com base nessas informações, é correto afirmar que a necessidade de financiamento foi igual a:

a) 34.566 b) 45.848 c) 80.414 d) 11.282 e) 195.401

Resp.:

� É uma questão de Conta de Acumulação .� Vamos então utilizar a identidade entre poupança e

investimento� O investimento é dado por: FBKF + ∆e

� I = 184.087+11.314 = 195.401.� A questão diz que a economia recebeu transferência positiva

de capital (91-29 = 62) e tem poupança interna bruta de 149.491.

� Claramente a poupança interna mais as transferências são menores do que o investimento.� O que significa necessidade de financiamento do país� Tal necessidade é na magnitude de (149.491 + 62 - 195.401) =

45.848.� A resposta é a letra “b”

CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS

� Terceiro Grupo é constituído das contas relativas ao resto do mundo:�Chamada de Conta de Operações Correntes

com o Mundo �Quais os usos e recursos dessa conta?�Usos: Exportações, Rendas enviadas ao

exterior, transferências correntes enviadas, etc. �Recursos: Importações, Rendas externas

recebidas, transferências correntes recebidas, etc.

QUESTÕES EXTRAS

71

GESTOR/MPOG (2008)� Considere os seguintes dados para uma economia

hipotética:Investimento privado: 200;Poupança privada: 100;Poupança do governo: 50;Déficit em transações correntes: 100.� Com base nestas informações e considerando as

identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o investimento público e o déficit público são, respectivamente,

a) zero e 50.b) 50 e 50.c) 50 e zero.d) zero e zero.e) 50 e 100.

Resp.:� A partir da identidade I = S, temos que

� Ipr + Ipu = Spr + Sg + Se

� Sabemos que a poupança externa é igual ao déficit de transações correntes, logo:� 200 + Ipu = 100 + 50 + 100� Ipu = 50

� O déficit público é igual ao investimento público menos a poupança do governo, isto é:� Dg = Ipu – Sg = 50 - 50 � Dg = 0 � não há déficit público

� Alternativa “c” está correta.

APO/MPOG (2008)

� “No que diz respeito a agregados macroeconômicos e identidades contábeis, pode-se afirmar que os principais agregados derivados das contas nacionais são as medidas de Produto, Renda e Despesa. Assinale a única opção falsa no que se refere a agregados macroeconômicos.

a) As medidas de Produto, Renda e Despesa, universalmente utilizadas, representam sínteses do esforço produtivo de um país em um determinado período de tempo, revelando várias etapas da atividade produtiva.

b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período.

c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população residente no mesmo período.

d) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes.

e) O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do seu capital.”

Resp.:

� O PIB per capita é um indicador da produção por pessoa na economia, não englobando outros aspectos importantes como bem-estar, qualidade de vida, entre outros.

� Alternativa “c” está incorreta

ACE/MDIC (1998)� Uma economia produz apenas três bens, A, B e C. A tabela abaixo

mostra as quantidades produzidas e os preços unitários de cada um destes bens nos anos de 1996 e 1997:

1996 1997Bem Quant. Preço Quant. Preço

A 100 $ 1 110 $ 1B 200 $ 3 200 $ 3C 150 $ 2 100 $ 4

� Neste contexto, indique a resposta correta.a) Tomando 1996 como ano-base, o PIB real desta economia cresceu $110 entre

1996 e 1997.b) Tomando 1997 como ano-base, o PIB real desta economia cresceu $110 entre

1996 e 1997.c) Tomando 1996 como ano-base, o PIB real desta economia decresceu $90 entre

1996 e 1997.d) Tomando 1997 como ano-base, o PIB nominal desta economia cresceu $10 entre

1996 e 1997.e) Tomando 1996 como ano-base, o PIB nominal desta economia decresceu $110

entre 1996 e 1997

Resp.:

� PIB Real nos períodos 1 e 2:

� Período 1:

� Período 2:

� Houve um decréscimo de R$ 90 no PIB real

� Resp.: Alternativa “c”

910)1002()2003()1101(

1000)1502()2003()1001(

=×+×+×=

=×+×+×=

ii

ii

QP

QP

72

ACE/TCU (2002)� Considere os seguintes dados para uma economia aberta e sem

governo, num determinado período de tempo e em unidades monetárias:

Poupança líquida do setor privado: 100Depreciação: 10Variação de estoques: 40Formação bruta de capital fixo: 120� Com base nestes dados e considerando um sistema de contas

nacionais, é correto afirmar que, no período, o saldo do balanço de pagamentos em transações correntes foi:

a) superavitário no valor de 40.b) superavitário no valor de 50.c) deficitário no valor de 40.d) deficitário no valor de 50.e) nulo.

� Resp.: Alternativa “d”

Resp.:� I = S .: Ipr + Ipu = Spr + Sg + Se� Queremos identificar o valor da poupança externa

Se, que equivale ao déficit em transações correntes.� Como a economia é sem governo, Ipu e Sg são iguais a

zero.� Sabemos que Ipr = FBKF + ∆e = 120 + 40 = 160

� E que Spr = Sl + depreciação = 100+ 10 = 110 � Então:

� Ipr = Spr + Se� 160 = 110 + Se .: Se = 50

� Déficit em transações correntes igual a 50. Resposta letra “d”

ENAP (2006)� Considere os seguintes dados extraídos da conta de bens

e serviços de um sistema de contas nacionais que segue a metodologia adotada no Brasil:

Produção = 6000Importação de bens e serviços = 250Impostos sobre produto = 550Consumo intermediário = 2850Formação bruta de capital fixo = 430Variação de estoques = 25Exportação de bens e serviços = 235� Com base nesses dados, o consumo final foi dea) 2890. b) 3010. c) 3285. d) 3005. e) 3260.

Resp.:

� P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X�6000 + 550 + 250 = 2850 + Cf + (430 + 25) +

235

�Cf = 6800 – 3540 = 3260

� Alternativa “e”

ESAF/Analista de Planejamento e Orçamento/2003

� Considere os seguintes dados de um sistema de contas nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias:

Produção = 1200Importação de bens e serviços = 60

Impostos sobre produtos = 70Consumo final = 600Formação bruta de capital fixo = 100Variação de estoques = 10Exportações de bens e serviços = 120

� Com base nessas informações, o consumo intermediário é igual a:a) 500 b) 400 c) 450 d) 550 e) 600� Resp.: Alternativa “a”

MACROECONOMIA PARA CONCURSOS

Balanço de Pagamento

Prof. Daniel da Mata

73

Balanço de Pagamentos

� Balanço de Pagamentos (BP) é o registrosistemático das transações entre residentes e não-residentes de um país durante determinado período de tempo� Registro contábil de todas as transações de um país com

o resto do mundo

� No Brasil, é elaborado pelo Banco Central� É importante frisar que só são registrados no

Balanço de Pagamentos transações entre residentes e não-residentes� Transações entre residentes não são contabilizadas no

Balanço de Pagamentos

Residentes1. Pessoas físicas, nacionais ou não, cujo centro de

interesse é o pais� Ex.: indivíduos que vivem permanentemente no país

(incluindo estrangeiros que trabalham no país)2. Pessoas jurídicas de direito privado sediadas no

país� Ex.: empresas nacionais e multinacionais instaladas no

país3. Embaixadas do país no mundo

� Ex.: Embaixada Brasileira em Roma4. Pessoas jurídicas de direito público sediadas no

país� Órgãos dos Poderes em nível estadual

Não-Residentes1. Pessoas físicas, nacionais ou não, cujo

centro de interesse não é o pais� Ex.: Turista estrangeiro no país

2. Pessoas jurídicas de direito privado instaladas fora do país

� Ex.: filial da Gerdau no Chile

3. Embaixadas estrangeiras no país � Ex.: Embaixada da China em Brasília

4. Pessoas jurídicas de direito público de outros países

ACE/MDIC (2002)� Tomando como caso o Brasil, não é considerado como

residente para efeito de pagamento no balanço de pagamentos

a) embaixadas brasileiras no exterior.b) empresas multinacionais instaladas no Brasil.c) turistas brasileiros no exterior.d) instituições norte-americanas de ensino instaladas no Brasil.e) filiais de empresas brasileiras no exterior.

� Resp.: Alternativa “e”. Pessoas jurídicas de direito privado instaladas fora do país são consideradas não-residentes, não importando se tal empresa é brasileira ou não.

Como é realizada o pagamento das transações entre residentes e não residentes?

� Basicamente, de 4 formas:(a) Haveres a Curto Prazo no Exterior

� Liquidez imediata: moeda forte, títulos de curto prazo� Principal meio de pagamento internacional

(b) Ouro Monetário� É o ouro em poder do Banco Central. É aceito como pagamento nas

transações do comércio internacional(c) Posição das Reservas no Fundo Monetário Internacional

(FMI)� Cota-parte de cada país membro� É considerado um empréstimo quando um país retirar recursos

superiores a sua cota-parte, feito para regularizar um déficit no saldo do Balanço de Pagamentos

� (d) Direito Especial de Saque (DES)� Moeda escritural, criada pelo FMI, para fazer pagamentos e

recebimentos entre Bancos Centrais dos países

Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!)

� A estrutura antiga é útil como introdução, visto que a maioria dos conceitos permanecem iguais� E esses conceitos são cobrados em concursos

1. BALANÇO COMERCIAL (Valor FOB)� Saldo líquido entre exportação de bens e importações de

bens

2. BALANÇO DE SERVIÇOS� Saldo líquido entre serviços prestados por residentes a

não-residentes e despesas com serviços prestados por não-residentes a residentes.

74

Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!)

� BALANÇO DE SERVIÇOS� Balanço de serviços não-fatores

� Viagens internacionais� Fretes� Seguros� Serviços governamentais� Outros serviços não-fatores

� Balanço de serviços fatores� Renda do Capital (juros e lucros)� Renda do Trabalho� Outros serviços fatores (royalties, patentes, etc.)

Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!)

3. TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS (DONATIVOS)

� Saldo líquido entre receitas de donativos e despesas de donativos cedidos

� Incluem as remessas de imigrantes e reparações de guerras

4. SALDO EM TRANSAÇÃO CORRENTE (OU CONTA CORRENTE) DO BP = 1 + 2 + 3� É a soma dos itens anteriores

�T = BC + BS + TU

Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!)

5. MOVIMENTO DE CAPITAIS AUTÔNOMOS� Capitais que livremente entram ou saem do

país� Investimentos Diretos�Empréstimos e Financiamentos�Amortização�Reinvestimento�Refinanciamento�Capitais a Curto Prazo

Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!)

6. ERROS E OMISSÕES� Conta de ajuste dos débitos e créditos

7. SALDO TOTAL DO BALANÇO DE PAGAMENTOS = 4 + 5 + 6

� Soma do Saldo em Conta-Corrente (T), Capitais Autônomos (Ka) e Erros e Omissões (EO)

� BP = T + Ka + EO

Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!)

8. MOVIMENTO DE CAPITAIS COMPENSATÓRIOS (Demonstrativo de Resultado)

� Contas de Caixas� Haveres� Ouro Monetário� DES� Reservas do FMI

� Empréstimos de regularização

� Atrasos

Em suma:1. BC (Balança Comercial)2. BS (Balança de Serviços)3. TU (Transferências Unilaterais)4. T (Saldo em Transações Correntes)

� T = BC + BS + TU

5. Ka (Capitais Autônomos)6. EO (Erros e Omissões)7. B (Saldo do Balanço de Pagamentos)

� B = T + Ka + EO

8. Kc (Capitais Compensatórios)� 8.1 Contas de Caixa: haveres, ouro monetário, DES, reservas do FMI� 8.2 ER (empréstimos de regularização)� 8.3 A (Atrasados)

75

MRE (2004)� “Quando nisseis brasileiros que trabalham no

Japão remetem parte de suas economias a seus familiares, no Brasil, essa transação é registrada como uma transferência unilateral e constitui parte integrante da conta de transações correntes.”

� Resp.: Correto. Vimos que os donativos são registrados como transferência unilateral, parte da balança de transações correntes

MPU (2004)

� Não é registrado no balanço de serviços o(a)a) remessa de lucros.b) amortização de empréstimos.c) pagamento de fretes.d) pagamento de seguro de transportes de

mercadorias.e) recebimento de juros de empréstimos.

� Resp.: Alternativa “b”. Amortização é computada na conta de movimento de capitais autônomos

AFPS (2002)

� Considere as seguintes informações:Saldo da balança comercial: déficit de 100;Saldo da balança de serviços: déficit de 200;Saldo em transações correntes: déficit de 250;Saldo total do balanço de pagamentos: superávit de 50.� Com base nessas informações, o saldo das “transferências

unilaterais” e do “movimento de capitais autônomos” foram, respectivamente:

a) + 50 e + 300b) – 50 e – 300c) + 30 e – 330d) – 30 e + 330e) – 30 e – 300

Resp.: � Sabemos que o saldo de transações correntes corresponde

a soma do balanço comercial, do de serviços e das transferências unilaterais� T = BC + BS + TU

� Logo: � TU = T – BC – BS = (-250) – (-100) – (-200) = +50

� Temos também que o saldo da balança de pagamentos é equivalente ao saldo das transações correntes + capitais autônomos + erros e omissões� B = T + Ka + EO� A questão estipula que não há erros e omissões

� Portanto:� Ka = B – Ta = +50 – (-250) = + 300

� Resp.: Alternativa “a”

Classificação das Contas do BP

� Os registros contábeis do Balanço de Pagamentos são elaborados dentro do princípio das partidas dobradas�Crédito em uma conta corresponde a débito em

outra

� Visando a homogeneização entre os diversos países, o BP é expresso em apenas uma divisa padrão (dólar)

Classificação das Contas do BP

� As contas de Ativo (bens e direitos) representam uma aplicação de recursos e possuem natureza devedora

� As contas de Passivo (obrigações) representam a origem dos recursos e possuem natureza credora

� Divide-se as contas do BP em dois tipos:�Contas operacionais�Contas de caixa

76

Classificação das Contas do BP� Contas Operacionais (fatos geradores)

� Entrada de divisas tem sinal positivo (+)!� Saída de divisas tem sinal negativo (-)!

� Exportação� Importação� Investimentos � Transferências unilaterais� Amortização� Etc.

� Contas de Caixa (movimento de meio de pagamentos)� Entrada de divisas (uma receita) tem sinal negativo (-), isto é, diminuem

as obrigação� Saída de divisas tem sinal positivo (+)

� Haveres� Ouro Monetário� Direitos especiais de saque (DES)� Reservas do FMI

Classificação das Contas do BP

Contas Operacionais Contas de caixa

Receita: entrada de divisas (ou de reservas)

Crédito (+) Débito (-)

Despesa: saída de divisas (de reservas)

Débito (-) Crédito (+)

Tipos de Contas

Classificação das Contas do BP� Exemplos de entrada de divisas

� Exportação de bens� Receitas de viagens internacionais� Receitas de fretes� Receitas com juros da dívida externa� Receitas com rendas do trabalho� Receitas com lucros recebidos� Entrada de investimentos diretos� Amortizações recebidas

� Em suma, representam:� Uma entrada de divisas e as contas operacionais devem ser

creditadas (+)� Um aumento do saldo em alguma conta de caixa, que devem ser

debitadas (diminuição das obrigações)

Classificação das Contas do BP� Exemplos de saída de divisas

� Importação de bens� Despesas de viagens internacionais� Despesas de fretes� Despesas com juros da dívida externa� Despesas com rendas do trabalho� Despesas com lucros recebidos� Saída de investimentos diretos� Paramentos de amortizações

� Em suma, representam:� Uma saída de divisas e as contas operacionais devem ser debitadas

(-)� Uma diminuição do saldo em alguma conta de caixa, que devem ser

creditadas (aumento das obrigações)

Classificação das Contas do BP� No BP, podemos encontrar três gêneros de lançamento

� (a) O lançamento é feito em uma conta operacional e a respectiva contrapartida contábil é feita em uma conta de caixa

� (b) o lançamento e a respectiva contrapartida contábil são ambos registrados em contas operacionais

� (c) O lançamento e a contrapartida são ambos registrados em contas de caixa

� No próximo slide vamos ver alguns exemplos de lançamentos no BP

� Notar que as contas de caixa possuem subcontas utilizadas para lançamentos de ajustes� Valorização e desvalorização� Monetização e desmonetização� Alocação (compras) e cancelamentos (venda) de DES� Variação total de haveres, ouro monetário, DES e reservas do FMI

Exemplos de Lançamentos no BP� Exportação de Mercadorias

� O Brasil exporta mercadorias no valor de 100 e recebe em moeda forte

� Exportação: +100� Haveres: -100

� Exportação de Bens� O Brasil exporta bens no valor de 100 e recebe metade em moeda

forte e metade em DES� Exportação: +100� Haveres: -50� DES: -50

� Importação de Bens� O Brasil importa bens no valor de 100 e paga metade em moeda

forte e metade em ouro� Importação: -100� Haveres: +50� Ouro monetário: +50

77

Exemplos de Lançamentos no BP� Vamos praticar um pouco!� Permuta de mercadorias*

� O Brasil importa automóveis no valor de 100 pagando com madeira� Importação: -100� Exportação: +100

� Pagamento de juros da dívida externa� O Brasil paga juros da sua dívida externa no valor de 100, metade

com reservas do FMI e metade em moeda forte� Juros: -100� Haveres: +50� Reserva do FMI: +50

� Recebimento de juros da dívida externa� O Brasil recebe da Bolívia juros da dívida externa boliviana no

valor de 100 em moeda forte� Juros: +100� Haveres: -100

Exemplos de Lançamentos no BP� Recebimento de lucros

� Uma empresa brasileira recebe de sua filial no exterior lucros no total de 10

� Lucros: +10� Haveres: -10

� Envio de lucros� Uma multinacional estrangeira residente no Brasil envia

para exterior 20� Lucros: -20� Haveres: +20

� Pagamento de fretes� A Petrobrás paga frete de navio petroleiro no valor de 100

à vista� Fretes: -100� Haveres: +100

Exemplos de Lançamentos no BP� Pagamento de seguro

� Residente para prêmio a seguradora no exterior no valor de 20� Seguros: -20� Haveres: +20

� Receitas de renda do trabalho� Trabalhador presta serviço à embaixada americana em Brasília, no

valor de 10� Rendas do trabalho: +10� Haveres: -10

� Recebimento de donativos em moeda forte*� Uma ONG brasileira recebe de uma organização estrangeira 1

milhão de dólares� Transferência unilaterais: + US$ 1 milhão� Haveres: - US$ 1 milhão

Exemplos de Lançamentos no BP� Recebimento de donativos em mercadoria*

� Uma ONG brasileira recebe de uma organização estrangeira 1 milhão de dólares em remédios

� Transferência unilaterais: + US$ 1 milhão� Importação: - US$ 1 milhão

� Doação em mercadoria� O país doa 1 milhão de dólares em remédios e alimentos para

socorrer vítimas de um terremoto na China� Transferência unilaterais: - US$ 1 milhão� Exportação: + US$ 1 milhão

� Envio de remessa de imigrantes� Familiares enviam para um parente dos EUA um valor de 3� Transferências unilaterais: - 3� Haveres: +3

Exemplos de Lançamentos no BP� Migração*

� Um brasileiro retorno ao país e traz bens no valor de 2, direitos no valor de 3 e obrigações no valor de 4

� Transferências Unilaterais: (+2) + (+3) + (-4) = +1� Importação: -2� Empréstimos: (-3) + (+4) = +1

� Migração*� Um brasileiro, ao emigrar para outro país, leva consigo bens no valor

de 2, direitos no valor de 3 e obrigações no valor de 4� Transferências unilaterais: (-2) + (-3) + (+4) = -1� Exportações: +2� Empréstimos: (+3) + (-4) = -1

� Aquisição de propriedade no exterior por parte de residentes� Um brasileiro compra uma residência em Miami por 4� Investimento Direto: -4� Haveres: +4

Exemplos de Lançamentos no BP� Entrada de investimentos diretos sob forma de participação

acionária� Um americano compra ações no Brasil no valor de 20� Investimento direto: +20� Haveres: -20

� Saída (pagamento) de investimentos diretos (de risco)� Residentes no país investem 20 no exterior� Investimento direto: -20� Haveres: +20

� Entrada de investimentos diretos sem cobertura cambial*� Ingressam no país, sob forma de investimento direto, máquinas e

equipamentos no valor de 3� Investimento direto: +3� Importação: -3

78

Exemplos de Lançamentos no BP� Saída de investimentos diretos sem cobertura cambial

� Saem no país, sob forma de investimento direto, máquinas e equipamentos no valor de 3

� Investimento direto: -3� Exportação: +3

� Recebimento de empréstimos de não-residentes� Residentes no país obtêm um empréstimo de não-residente� Empréstimos/financiamentos: +10� Haveres: -10

� Pagamento de amortização� O Brasil amortiza parte do principal da sua dívida no valor de 10� Amortização:-10� Haveres: +10

Exemplos de Lançamentos no BP� Reinvestimento

� Uma multinacional reinveste 10 no país� Reinvestimentos: +10� Lucro: -10

� Refinanciamento� O Brasil refinancia parte de sua dívida no valor de 10� Refinanciamento: +10� Juros (refinanciados): -10

� Atrasados� O país deixa de pagar juros no valor de 10� Juros: -10� Atrasados: +10

Exemplos de Lançamentos no BP� Atrasados

� Vencem fretes no valor de 10. O país paga 8, sendo metade em moeda forte e metade em DES

� Fretes: -10� Haveres: +4� DES:+4� Atrasados: +2

� Monetização no mercado interno� O Banco Central compra ouro de garimpeiros no valor de 10� Variação total de ouro monetário: +10� Contrapartida para desmonetização: -10

� Desmonetização no mercado externo� O Banco Central vende ouro no exterior diminuindo suas reservas no valor

de 10� Variação total de ouro monetário: -10� Contrapartida para desmonetização: +10� Exportação: +10� Haveres: -10

Exemplos de Lançamentos no BP

� Importação de ouro não-monetário�Uma indústria no Brasil compra ouro no exterior

para utilizar como insumo na linha de produção� Importação: -10�Haveres: +10

� Exportação de ouro não-monetário�Um artista na França compra ouro do Brasil para

utilizar nas suas criações�Exportações: +10�Haveres: -10

MPU (2004)� No balanço de pagamentos, os lucros reinvestidos têm

como lançamentoa) débito na conta rendas de capital e crédito na conta caixa.b) débito na conta rendas de capital e crédito na mesma

conta.c) crédito na conta reinvestimentos e débito na mesma conta.d) débito na conta rendas de capital e crédito na conta

reinvestimentos.e) crédito na conta rendas de capital e débito na conta caixa.

� Resp.: Alternativa “d”, conforme estudamos nos slides anteriores

APO (2002)� Com base no balanço de pagamentos, é correto afirmar que:a) o saldo dos movimentos de capitais autônomos tem que ser

necessariamente igual ao saldo do balanço de pagamentos em transações correntes.

b) as transferências unilaterais têm como única contrapartida de lançamento a balança comercial.

c) o saldo total do balanço de pagamentos é necessariamente igual a zero.

d) os lucros reinvestidos são lançados com sinal positivo nos movimentos de capitais e com sinal negativo no balanço de serviços.

e) as amortizações fazem parte do balanço de serviço.

79

Resp.:� (a) Errado. Sabemos que B = T + Ka + EO e, portanto, T não

tem que ser igual a Ka� (b) Errado. As transferências unilaterais podem ter como

contrapartida haveres, no caso de donativos em dólares� (c) Errado. B = T + Ka + EO e pode ser maior, igual ou

menor que zero� (d) Quando residentes no exterior decidem reinvestir os

lucros no país, a operação entre como débito no balanço de serviço de fatores e como crédito os investimentos diretos ou reinvestimentos (balanço de capitais autônomos). A resposta está correta.

� (e) Errado. Amortizações fazem parte do balanço de capitais autônomos

Variação das reservas internacionais

� A variação das reservas internacionais é dada pela equação

� B = Saldo Total do BP; ER = empréstimos de regularização; A = Atrasados; C = Saldo de contrapartidas

� Se ∆RES é positiva indica um aumento das reservas internacionais

� Uma outra maneira de calcular a variação das reservas é através da fórmula

� C = Saldo de contrapartidas� Se ∆RES é negativa indica um aumento das reservas internacionais

CAERBPRES +++=∆

CCaixaContadaSaldoRES +=∆ )___(

BACEN (2002)� Considere as seguintes operações entre residentes e não residentes de

um país, num determinado período de tempo, em milhões de dólares:• o país exporta mercadorias no valor de 500, recebendo a vista;• o país importa mercadorias no valor de 400, pagando a vista;• o país paga 100 a vista, referente a juros, lucros e aluguéis;• o país amortiza empréstimo no valor de 100; • ingressam no país máquinas e equipamentos no valor de 100 sob a

forma de investimentos diretos;• ingressam no país 50 sob a forma de capitais de curto prazo;• o país realiza doação de medicamentos no valor de 30.� Com base nestas informações, pode-se afirmar que as reservas do

país, no período:a) tiveram uma elevação de 100 milhões de dólares.b) tiveram uma elevação de 50 milhões de dólares.c) tiveram uma redução de 100 milhões de dólares.d) tiveram uma redução de 50 milhões de dólares.e) não sofreram alterações

Resp.:� Vamos ver o impacto de cada operação:

� (i) Exportação: BC = +500� (ii) Importações: BC = -400� (iii) Pagamento de juros, lucros e aluguéis: BSF = -100� (iv) Amortização: Capitais Autônomos= -100� (v) Investimento direto: (a) Capitais Autônomos= +100 e

(b) Importações BC = -100� (vi) Capitais de curto prazo: Capitais autônomos: +50 � (vii) Doação de medicamentos: (a) TU = -30 e (b)

Exportações BC =+30

Resp.:� Agora, cada uma das contas:� 1. Balanço comercial = (+500(i) + (-400)(ii) + (-100)(v) + (30)(vii)) =

+30� 2. Balanço de serviços = -100

� Fatores (BSF): -100(iii) = -100� Transferências Unilaterais: -30(vii)

� Saldo em conta corrente: � T = +30 – 100 + -20 = -100

� Capitais autônomos: +50� Amortização: -100(iv)

� Investimento direto: +100(v)

� Capitais de curto prazo: +50(vi)

� Erros e Omissões: 0� Salto total do BP = (-100)+ 50 + 0 = (-50)� Variação “física” das reservas = -50� A resposta é então a alternativa “d”

AFPS (2002)� Considere os seguintes lançamentos entre residentes e não-

residentes de um país, num determinado período de tempo (em unidades monetárias):

(a) o país exporta 500, recebendo a vista;(b) o país importa 300, pagando a vista;(c) ingressam no país, sob a forma de investimentos diretos, 100 em

equipamentos;(d) o país paga 50 de juros e lucros;(e) o país paga amortizações no valor de 100;(f) ingressam no país 350, sob a forma de capitais de curto prazo;(g) o país paga fretes no valor de 70.Com base nessas informações e supondo a ausência de erros e

omissões, os saldos em transações correntes e do balanço de pagamentos são, respectivamente:

a) – 20 e + 150 b) – 20 e + 20 c) – 20 e + 330 d) – 40 e + 330e) – 40 e + 40

80

Resp.:� O saldo de transações correntes corresponde a soma do balanço

comercial, do de serviços e das transferências unilaterais� É válido lembrar que os 100 de equipamentos também entram como

importação� T = BC + BS + TU� BC = (500(a)-300(b)-100(c)) = 100� BS = (-50(d) + (-70(g))) = -120� TU = 0� T = 100 – 120 = -20

� O saldo da balança de pagamentos é equivalente ao saldo das transações correntes + capitais autônomos + erros e omissões� B = T + Ka + EO� T = -20� Ka = InvDireto + Amort + Kcp = (+100(c)) + (-100(e)) + (+350(f))=+350� EO = 0� BP = (-20) + (+350) = +330

� A resposta é então a alternativa “c”

BNDES (2008)� Na conta de transações correntes do balanço de

pagamentos do país, entre outros itens, registram-se as(os)(A) exportações e os investimentos estrangeiros que trazem

divisas para o país.(B) exportações e as importações de mercadorias feitas pelos

residentes no país.(C) variações das reservas internacionais no Banco Central.(D) empréstimos e os financiamentos de longo prazo.(E) pagamentos de juros e de amortizações de capital

recebidos do exterior.� Resp.: As transações correntes incluem o balaço comercial,

o de serviços e as transferências unilaterais. Alternativa “b” inclui os dois componentes do balanço comercial e está, como resultado, correta.

ACE/MDIC (2002)� Com relação ao balanço de pagamentos, é incorreto afirmar

que:a) um déficit na balança de serviços não necessariamente

implica um déficit em transações correntes.b) entradas de mercadorias no país são, necessariamente,

consideradas como importações.c) se o país não possui reservas, um déficit em transações

correntes tem que ser necessariamente financiado com movimentos de capitais autônomos.

d) os investimentos diretos são considerados como item dos movimentos de capitais autônomos.

e) se, em valor absoluto, o déficit em transações correntes é igual ao superávit no movimento de capitais autônomos, então, na ausência de erros e omissões, o saldo total do balanço de pagamentos será nulo.

Resp.: � (a) Verdadeiro. Em países com muitas empresas

multinacionais, o balanço de serviços é deficitário. O balanço comercial pode compensar esse déficit ou não. As transferências unilaterais pode ter efeito similar

� (b) Verdadeiro. Toda entrada de mercadoria corresponde a um débito na conta de importação

� (c) Falso. O déficit pode ser financiado por exemplo com venda de ouro monetário ou por empréstimos do FMI

� (d) Verdadeiro. Os capitais autônomos são compostos por investimentos diretos, amortizações e empréstimos

� (e) Verdadeiro. Na ausência de erros e omissões, um saldo nulo do BP equivale a um déficit em transações correntes igual ao superávit no movimento de capitais autônomos

AFRF (2002)� Com relação ao balanço de pagamentos, é incorreto afirmar

que:a) as exportações de empresas multinacionais instaladas no

Brasil são computadas na balança comercial do país.b) os investimentos diretos fazem parte dos chamados

movimentos de capitais autônomos.c) o saldo da conta “transferências unilaterais” faz parte do

saldo do balanço de pagamentos em transações correntes.d) o saldo total do balanço de pagamentos não é

necessariamente nulo.e) as chamadas rendas de capital fazem parte do denominado

balanço de serviços não fatores.

� Resp.: Alternativa “e”. Na verdade, rendas de capital fazem parte do balanço de serviços fatores, já que são as remunerações do fator de produção capital.

PRINCIPAIS IDENTIDADES DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP)

� 1. T = BC + BS + TU� Saldo de transações em conta correntes (T) é igual à

soma do balanço de comercial (BC), como balanço de serviços (BS) e das transferências unilaterais.

� 2. BP = T + Ka + EO� Saldo do Balanço de Pagamentos (BP) é igual à soma do

saldo das transações em conta correntes (T), mais capitais autônomos (Ka), mais erros e omissões (EO)

� 3. Kc = CC + ER + A� O capital compensatório (Kc) – demonstrativo do resultado

– é igual a soma da conta de caixa (CC) mais empréstimos de regularização (ER) e de atrasados (A)

81

PRINCIPAIS IDENTIDADES DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP)

� 4. T + Ka + Kc = 0 (Salvo erros e omissões)� Saldo de transações em conta corrente (T) mais capitais

autônomos (Ka) mais capital compensatório (Kc) é zero, considerando erros e omissões inexistentes

� 5. T = - (Ka + Kc), considerando EO = 0� Saldo de transações em conta corrente (T) é igual à soma

de capitais autônomos (Ka) mais capital compensatório (Kc), com sinal trocado, considerando erros e omissões nulo.

� 6. BP + Kc = 0� A soma do saldo do BP e capital compensatório (Kc) é

zero

PRINCIPAIS IDENTIDADES DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP)

� 7. B = -Kc�O saldo do BP igual o capital compensatório (Kc)

com sinal trocado

� 8. T + Ka + Kc + EO = 0 �No caso de existência de erros e omissões, o

saldo de transações em conta corrente (T) mais capitais autônomos (Ka) mais capital compensatório (Kc) mais erros e omissões (EO) é zero

INFRAERO (2004)� No balanço de pagamentos de um país, um déficit em

transações correntes pode ser resolvido, dentre outros meios, por superávit:

a) na balança comercial;b) na conta de capitais;c) em transferências unilaterais;d) na conta de royalties;e) nos gastos de turismo, transportes e seguros.

� Resp.: Alternativa “b”. É só lembrar da que o balanço de pagamentos é composto pelo saldo de transações e pelo conta de capitais autônomos (considerando que não há erros e omissões). Se o saldo das transações correntes é deficitário, para compensá-lo é necessário uma superávit na conta de capitais. É interessante notar que as demais alternativas da questão são subcontas do saldo de transações correntes

AFRF (2000)� Considere os seguintes dados que refletem as

relações de uma economia hipotética com o resto do mundo, num determinado período de tempo, em unidades monetárias

(i) exportações com pagamento à vista: 100;(ii) importações com pagamento à vista: 50;(iii) entrada de investimento direto externo sob forma

de máquinas e equipamentos: 200(iv) pagamento de juros de empréstimos, remessa de

lucros e pagamento de aluguéis: 80 (v) amortização de empréstimos: 50

AFRF (2000) – cont.� Pode-se afirmar que: (a) o saldo da balança comercial é de +50; o saldo da balança

de serviços é de -130; o saldo de transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80.

(b) o saldo da balança comercial é de +50; o saldo da balança de serviços é de -80; o saldo de transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80.

(c) o saldo da balança comercial é de -150; o saldo da balança de serviços é de -130; o saldo de transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80.

(d) o saldo da balança comercial é de -150; o saldo da balança de serviços é de -80; o saldo de transações correntes é de +230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80.

(e) o saldo da balança comercial é de -150; o saldo da balança de serviços é de -80; o saldo de transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80.

Resp.:� Vamos ver cada uma das contas:� 1. Balanço comercial = (+100(i) + (-50)(ii)) + (-200)(iii)

� BC = -150� 2. Balanço de serviços = -80

� Juros, lucros e aluguéis = -80(iv)

� Transferências Unilaterais: 0� Saldo em conta corrente:

� T = -150 – 80 – 0 = -230� Capitais autônomos: +150

� Amortização: -50(v)

� Investimento direto: + 200(iii)

� Erros e Omissões: 0� Salto total do BP = (-230)+ 150 + 0 = (-80)� Capitais compensatórios = +80� A resposta é portanto a opção “e”.

82

ACE/MDIC (2001)� Diga se cada alternativa é verdadeira (V) ou falsa (F):“Os saldos relevantes para o balanço de pagamentos incluem os

saldos(a) de empréstimos em moeda e de amortização da dívida externa.(b) da balança comercial e do balanço de pagamentos.(c) de transferências unilaterais.(d) da conta de capitais, da conta de serviços e da conta-corrente.(e) comercial e de viagens internacionais.”

� Resp.: Estudamos cada um dos saldos ou balanços referentes ao balanço de pagamentos: comercial, serviços, transferências unilaterais, conta-corrente e capitais autônomos. É direto identificar se a alternativa está correta ou não:

(a) Errada (empréstimos e amortização fazem parte de capitais autônomos)

(b) , (c) e (d) estão Corretas(e) Errada (por conta de viagens internacionais)

Forma Alternativa de apresentar o Balanço de Pagamentos

� Vamos agora relacionar o BP ao que estudamos de Contas Nacionais

� EXPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS NÃO-FATORES (XNF)� XNF = Exportação de bens + receitas do BSNF

� IMPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS NÃO-FATORES (MNF)� MNF = Importação de bens + despesas do BSNF

� O excesso de exportações de bens e serviços não-fatores sobre as importações de serviços não-fatores é chamada de transferência líquida de recursos para o exterior (H)� H = XNF - MNF

Forma Alternativa de apresentar o Balanço de Pagamentos

� Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLE)�RLE = -(BSF + TU)

� RENDA RECEBIDA (RR) DO EXTERIOR�RR = receitas do BSF + receitas de TU

� RENDA ENVIADA (RE) AO EXTERIOR�RE = despesas do BSF + despesas de TU

� Portanto, RLE = RE - RR

Forma Alternativa de apresentar o Balanço de Pagamentos

� Sabemos que T = BC + BS + TU�Ou: T = BC + BNSF + BSF + TU

� Ou seja, T = H - RLE � Sabemos que a poupança externa (Se) é

equivalente ao déficit em transações em conta corrente (T)

� Em outras palavras: �Se = -T = -(H – RLE) = -(BC + BS + TU)

ENAP (2006)� Considere os seguintes dados:Exportações de bens e serviços não fatores = 200;Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes =

100;Importação de bens e serviços não fatores = 100.� Com base nessas informações, é correto afirmar quea) a renda líquida recebida do exterior foi de 100.b) a renda líquida recebida do exterior foi de 200.c) a renda líquida enviada ao exterior foi de 100.d) a renda líquida enviada ao exterior foi de 200.e) a renda enviada ao exterior = renda recebida do exterior.

Resp.:

� Vimos que o saldo em transações correntes é igual a diferença entre a transferência líquida de recursos para o exterior (H) e a renda líquida enviada ao exterior (RLE)� T = H - RLE Logo: �-100 = (200 – 100) – RLE� RLE = 200�Resp.: Alternativa “d”

83

GESTOR/MPOG (2008)� Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de

contas nacionais de uma economia hipotética:Exportações de bens e serviços não fatores: 100;Importações de bens e serviços não fatores: 200;Renda líquida enviada ao exterior: 50;Variação de estoques: 50;Formação bruta de capital fixo: 260;Depreciação: 10;Saldo do governo em conta corrente: 50.� Com base nestas informações, é correto afirmar que a

poupança externa e a poupança líquida do setor privado são respectivamente:

a) 50 e 50. b) 100 e 150.c) 50 e 100. d) 100 e 50.e) 150 e 100.

Resp.:� A poupança externa é igual ao déficit em

transações correntes:� T = H – RLE = (100-200) – (50) = -150� A poupança externa é então igual a 150.

� O investimento total é igual a � I = FBKF + ∆e = 260+50=310� Sabemos que o investimento total é idêntico à soma das

poupanças privadas, pública e externa� I = Spr + Sg + Se� 310 = Spr + 50 + 150 � Spr = 110� A poupança privada bruta é 110, a líquida é então a

bruta menos a depreciação:� Spr(líquida) = Spr – depr = 110 – 10 = 100

� Resp.: Alternativa “e”.

NOVA METODOLOGIA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS

� Adotada a partir de 2001� Baseada no Manual de Balanço de

Pagamentos do FMI (BPM5) de 1993� A nova metodologia é bem similar à

nomenclatura do Sistema de Contas Nacionais

Apresentação das Contas� Conta-Corrente ou Transações Correntes (TC)

�Balança Comercial (BC)

�Balança de Serviços (BS)� Equivalente aos serviços não-fatores da velha

metodologia

�Balanço de Rendas (BR)

�Transferências unilaterais correntes (TUR)

� Conta de Capital e Financeira (CCF)�Conta de Capital (CC)

�Conta Financeira (CF)

� Erros e Omissões (EO)

Apresentação das Contas� Conta-Corrente: TC = BC + BS + BR +TUR

� Balanço comercial e de serviços (BC + BS)� Bens / Mercadorias� Serviços

� Renda (BR)� Transferências unilaterais (TUR)

� Conta de Capital e Financeira: CCF = CC + CF� Conta de Capital (CC)

� Transferências de capital� Conta Financeira (CF)

� Investimento direto, investimento em carteira, derivativos e outros investimentos

� Saldo do Balanço de Pagamentos: TC + CCF + EO� Reservas Internacionais: ∆Res = -(TC+CCF+EO)

Alterações no Balanço de Pagamentos

� (a) Distinção, na conta-corrente, entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento dos serviços� A conta-corrente foi redefinida com exclusão de algumas transações,

que passaram a integrar as novas contas de capital e financeira� (b) Introdução da “conta capital”, que incluí as transferências

unilaterais de patrimônio de imigrantes� As transferências unilaterais correntes, relativas a consumo, ainda

permanecem na conta-corrente� A conta capital também engloba a cessão de marcas e patentes

� (c) Introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais. � Para registrar transações referentes à formação de ativos e passivos,

como investimento direto, investimento em carteira, derivativo e outros investimentos

� A conta financeira foi estruturada para evidenciar a formação de ativos e passivos externos, como investimento direto, investimento em carteira, derivativos e outros investimentos

84

Alterações no Balanço de Pagamentos

� (d) Empréstimos intercompanhia incluídos nos item investimentos diretos

� (e) Realocação de itens relativos a investimentos financeiros para a conta de “investimentos em carteiras”

� (f) Registro de derivativos financeiros na conta financeira, anteriormente alocados na conta de serviços e de capitais de curto prazo

� (g) Estruturação da conta de “rendas” para detalhar as receitas e despesas em cada modalidade de ativos e passivos da conta financeira

GESTOR (2003)� A partir de janeiro de 2001, o Banco Central do Brasil passou a divulgar

o balanço de pagamentos de acordo com a metodologia contida no Manual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional. Não faz parte das alterações introduzidas na nova apresentação:

a) introdução, na conta corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento na classificação dos serviços.

b) introdução da "conta de capitais" em substituição à antiga "conta financeira".

c) estruturação da "conta de rendas" de forma a evidenciar as receitas e despesas geradas por cada uma das modalidades de ativos e passivos externos contidas na conta financeira.

d) inclusão, no item investimentos diretos, dos empréstimos intercompanhias.

e) reclassificação de todos os instrumentos de portfolio, inclusive bônus, notes e commercial papers, para a conta de investimentos em carteira.

Resp.: Vimos que, na verdade, houve foi a introdução da conta financeira e que a conta de capitais é a antiga nomenclatura. A alternativa “b” está incorreta

ENAP (2006)� Sejam:BP = saldo total do balanço de pagamentos;R = variação das reservas;TC = saldo em transações correntes;MC = soma do resultado dos movimentos de capitais.� Considerando a nova metodologia do balanço de

pagamentos, é incorreto afirmar quea) BP = - R.b) BP + R = 0.c) TC + MC = R.d) se BP = 0 então R = 0.e) TC = -( MC + R).

� Resp.: Alternativa “c”

ENAP (2006)� Faz parte da conta de movimento de capitais na

nova metodologia do Balanço de pagamentos, exceto,

a) empréstimos de regularização.b) investimentos diretos.c) amortização de empréstimos.d) capitais de curto prazo.e) remessa de lucros.

� Resp. Alternativa “e”. Lucro é renda de fator de produção e não renda financeira. Portanto, está na conta-corrente e não na conta de capital e financeira

BACEN (2002)� A partir de 2001, o Banco Central do Brasil introduziu

algumas importantes alterações no balanço de pagamentos. Entre estas alterações, destaca-se:

a) a exclusão da conta “reinvestimentos” dos movimentos de capitais autônomos.

b) a inclusão do item “amortizações” na conta de serviços de fatores.

c) a introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais, para registrar as transações relativas à formação de ativos e passivos externos.

d) a inclusão das transferências unilaterais na conta de investimentos diretos.

e) a retirada do item de investimentos diretos dos empréstimos intercompanhias.

� Resp.: A única alternativa correta é a “c”.

Usos e Fontes� Usos:

�Balança comercial�Serviços e renda�Transferências unilaterais correntes�+ Amortizações

� Único item da conta de capital e financeira que entra como uso

� Fontes:�Conta capital (transferências unilaterais de

capital)�Conta financeira (investimentos direto,

investimentos financeiros, etc.)

85

GESTOR (2003)

� O desempenho das contas externas pode ser avaliado a partir da denominada "tabela de usos e fontes". Constituem usos:

a) os desembolsos de médio e longo prazosb) a conta de capitalc) a balança comerciald) os investimentos estrangeiros diretose) os investimentos em papéis domésticos de longo

prazo

� Resp.: Alternativa “c”

BACEN (2002)

� No Brasil, as operações entre residentes e não-residentes têm sido apresentadas sob a forma de “usos e fontes de recursos”. Não faz(em) parte dos denominados “usos”:

a) ativos brasileiros no exteriorb) balança comercialc) serviços e rendasd) transferências unilaterais correntese) amortizações de médio e longo prazo

� Resp.: Alternativa “a”

QUESTÕES EXTRAS

SENADO (2002)� “O balanço de pagamento registra, de forma detalhada, a

composição da conta-corrente e das várias transações que a financiam. Nesse contexto, julgue os itens a seguir.

1. Quando um brasileiro compra livros e CDs na livraria virtual sediada no exterior, essa transação é registrada na conta de capital do balanço de pagamentos brasileiro.

2. Ceteris paribus, a recessão econômica que está ocorrendo nos EUA, ao contribuir para aumentar as exportações líquidas, tende a reduzir o déficit no balanço comercial norte-americano.

3. As doações feitas pelo governo brasileiro aos refugiados afegãos são debitadas no balanço das transações correntes.

4. Quando a poupança doméstica é superior ao investimento doméstico, a economia apresenta um déficit no balanço comercial.

5. O desequilíbrio das contas públicas reduz a poupança doméstica, aumenta as taxas de juros e deprecia a moeda nacional, produzindo, assim, déficits externos recorrentes.”

Resp.:� 1. Errado. Tal transação é registrada na balança comercial,

ou seja, nas transações correntes� 2. Certo. A recessão norte-americana tende a reduzir as

importações (e aumentar as exportações líquidas), o que acarreta em uma diminuição do déficit comercial

� 3. Certo. Doações são debitadas na conta transferências unilaterais.

� 4. Errado. É só lembrar da identidade investimento-poupança na contabilidade nacional. Quando a poupança doméstica é maior do que o investimento interno, há um superávit de transações correntes.

� 5. Errado. Um aumento das taxas de juros domésticas irá atrair capital estrangeiro. Desta forma, haverá mais moeda estrangeira para um mesmo estoque de moeda nacional. A moeda nacional irá, na verdade, se apreciar.

ACE/MDIC (2002)

� Considere que tenham ocorrido apenas as seguintes operações nas contas de transações correntes, operações essas realizadas entre residentes e não-residentes de um país, em um determinado período de tempo, em unidades monetárias:

(1) o país exporta mercadorias no valor de 500, recebendo a vista;

(2) o país importa mercadorias no valor de 400, pagando a vista;

(3) o país realiza doação de medicamentos no valor de 150;(4) o país paga 300 a vista referente a juros e lucros;(5) o país paga 50 a vista referente a fretes.

86

ACE/MDIC (2002) – cont.

� Com base nessas informações e supondo que a conta de erros e omissões tenha saldo nulo, é incorreto afirmar que, no período considerado:

a) o balanço de serviços apresentou déficit de 350.b) o saldo da balança comercial apresentou superávit de 100.c) o saldo do item “transferências unilaterais” foi deficitário em

150.d) o país apresentou déficit em transações correntes.e) para que o país apresente um saldo nulo do balanço de

pagamentos, o ingresso líquido de recursos na conta de movimento de capitais deverá ser de 250.

Resp.:� Vamos ver cada uma das contas:� 1. Balanço comercial = (+500(1) + (+150)(3)) – (-400)(2)

� BC = +250

� 2. Balanço de serviços = -350� Fretes = -50(5)

� Juros e lucros = -300(4)

� Transferências Unilaterais: -150(3)

� Saldo em conta corrente: � T = 250 – 350 – 150 = -250

� Capitais autônomos: 0� Erros e Omissões: 0� Salto total do BP = (-250)+ 0 + 0 = (-250)� Capitais compensatórios = +250� A resposta é portanto a opção “b”.

ACE/TCU (2002)� Com base no balanço de pagamentos, é incorreto afirmar que:a) o saldo positivo no balanço de pagamentos num determinado período

é necessariamente igual ao volume de reservas em moeda estrangeira do país nesse período.

b) os serviços de fatores correspondem aos pagamentos ou recebimentos em função da utilização dos fatores de produção.

c) as amortizações de empréstimos fazem parte dos movimentos de capitais autônomos.

d) o pagamento de juros sobre empréstimos são registrados na balança de serviços.

e) uma transferência unilateral realizada em mercadoria tem necessariamente como contrapartida lançamento na balança comercial.

� Resp.: Alternativa “a”. O Saldo do Balanço de Pagamentos corresponde à variação das reservas (i.e., ao fluxo) e não ao volume de reserva (i.e., ao estoque).

ACE/MDIC (2002)� Considere os seguintes dados (em unidades monetárias, em

um determinado período de tempo):• Saldo da balança comercial: déficit de 100 • Saldo em transações correntes: déficit de 300• Saldo total do balanço de pagamentos: superávit de 500

Considerando a ausência de lançamento nas contas de "transferências unilaterais" e "erros e omissões”, pode-se concluir que o saldo do balanço de serviços e o saldo do movimento de capitais autônomos foram, respectivamente:

� a) - 100 e + 800� b) + 100 e + 800� c) - 200 e + 500� d) + 200 e + 500� e) - 200 e + 800

Resp.: � A resposta é a alternativa “e”� O saldo de transações correntes corresponde a

soma do balanço comercial, do de serviços e das transferências unilaterais� T = BC + BS + TU� Tu = 0� Logo: BS = T – BC = (-300) – (-100) = (-200)

� O saldo da balança de pagamentos é equivalente ao saldo das transações correntes + capitais autônomos + erros e omissões� B = T + Ka + EO� EO = 0� Logo: Ka = B – T = (+500) – (-300) = (+800)

BNDES (2008)� “Os residentes de certo país recebem liquidamente renda do

exterior. Então, necessariamente,(A) o país tem déficit no balanço comercial.(B) o país está atraindo investimentos externos.(C) o PNB do país é maior que seu PIB.(D) a taxa de juros doméstica está muito baixa.(E) ocorrerá uma valorização da taxa de câmbio.”

� Resp.: Sabemos que o conceito de renda líquida enviada (RLE) está relacionado ao balanço de serviços e às transferências unilaterais. Portanto podemos eliminar as letras (a) e (b) já que tratam do balanço comercial e de capitais autônomos. A taxa de juros atrai investimento direto e não renda, então a alternativa (d) está errada. A entrada líquida de renda acarreta em uma valorização cambial sim, mas temos que considerar o movimento de capitais autônomos para determinar se haverá valorização ou não da taxa de câmbio. A alternativa (e) está incorreta. Por fim, sabemos que quando a renda líquida recebida é maior que zero, então a produção nacional (incluindo empresas brasileiras no exterior) é maior do que a produção interna. Portanto, a opção (c) é a correta.

87

AFRF (2002)� No balanço de pagamentos brasileiro, as rendas auferidas com

a realização de investimentos e com a remuneração de empréstimos e aplicações financeiras no exterior são registradas:

a) com sinal positivo na rubrica Serviços da conta de transações correntes.

b) com sinal negativo na rubrica de operações de longo prazo da conta de capitais.

c) com sinal positivo na rubrica transferências unilaterais da conta de transações correntes.

d) com sinal positivo na rubrica de operações de curto prazo da conta de capitais.

e) com sinal negativo na rubrica de operações de curto prazo da conta de capitais.

� Resp.: Alternativa “a”

IRBr/MRE (2008)� A tabela a seguir apresenta dados em

unidades monetárias (u.m.) do país Alfa em determinado ano.

� As transações do país Alfa com o resto do mundo nesse mesmo ano são mostradas na tabela seguinte.

� Com base nessa situação hipotética, julgue (C ou E) os itens que se seguem.

1. ( ) As poupanças dos residentes no país Alfa foram capazes de financiar todo o investimento realizado por esse país no ano considerado.

2. ( ) No ano considerado, a Renda Nacional de Alfa foi superior à Renda Interna Bruta desse país.

3. ( ) No ano considerado, a Renda Nacional de Alfa foi inferior à Renda Disponível Bruta desse país.

4. ( ) O Produto Interno Bruto (PIB) de Alfa, no ano considerado, foi igual a 475 u. m.

Resp.:� 1. Errado. Nessa economia, há déficit em transações

correntes e, portanto, o uso de poupança externa para o financiamento� T = BC + BS + TU � T = (+20 – 40) + (-10) + (+5) = -25

� 2. Errado. A diferença entre renda nacional e renda interna é dada pela receita enviada ao exterior� RI – RLE = RN� A RLE é igual a –(BSF e TU) =-(-10 +5) = +5� Portanto, a renda nacional é inferior à renda interna

� 3. RDB = RNB + TUR� 4. Certo. Temos que achar primeiro o investimento:

� I = S .: I = Spr + Spu + Se = Sdoméstica + Se = 120 + 25 = 145� PIB = C + I + G + NX = 250 + 100 + 145 – 20 = 475

MACROECONOMIA PARA CONCURSOS

Sistema Monetário

Prof. Daniel da Mata

SISTEMA MONETÁRIO E OFERTA MONETÁRIA

Moeda� História da moeda� Funções da moeda

� Meio de troca� Unidade de valor� Reserva de valor

� Tipos de moeda� Moeda fiduciária: moeda manual ou corrente� Moeda escritural: moeda bancária ou contábil

� Cheque não é moeda, é uma ordem de pagamento a visa da moeda escritural que são os depósitos em conta-corrente dos bancos comerciais

� Instituições capazes de criar moeda� Banco Central: cria moeda fiduciária� Bancos Comerciais: criam moeda escritural

88

APO/MARE (1999)� Pode-se afirmar que a moeda é:(A) o estoque de todos os ativos de uma economia, o qual é

usado para escambo.(B) a quantidade de reais em posse dos agentes econômicos,

somente.(C) uma reserva de valor, somente.(D) uma reserva de valor, um meio de troca e um “numerário”

(uma unidade de conta).(E) o estoque das aplicações financeiras de curto-prazo, com

liqüidez elevada, somente

� Resp.: A alternativa “d” reflete exatamente as três funções da moeda e está correta.

AFRF (2002)� A moeda cumpre funções essenciais ao funcionamento das

economias. Entre essas, destacam-se:a) evitar riscos financeiros, intermediar transações comerciais e

financeiras e nominar preços de bens, serviços e de outros ativos financeiros.

b) servir como meio de pagamento, servir como unidade de conta e como reserva de valor.

c) prover lastro a outros ativos, nominar preços de bens e serviços e intermediar transações comerciais e financeiras.

d) servir como reserva de valor, prover poder de compra e lastrear outros ativos monetários e financeiros.

e) assegurar a liquidez de outros ativos financeiros, servir como meio de pagamento e fornecer parâmetro para a determinação do valor de bens, serviços e de outros ativos monetários.

� Resp.: Alternativa “b”

Banco Central e Política Monetária� Autoridade monetária� Funções clássicas do Banco Central

� Emissor de papel-moeda� Banqueiro dos bancos comerciais� Banqueiro do Tesouro Nacional� Depositário das reservas internacionais

� Instrumentos de política monetária para controle da liquidez� Recolhimento compulsório

� Depósitos à vista que devem ser compulsoriamente recolhidos junto ao Banco Central

� Redesconto� Empréstimos do Banco Central a banco comerciais

� Operações de mercado aberto (open market)� Transações com títulos públicos

SENADO (2002)

� Avalie a assertiva:

� “Entre as funções do Banco Central do Brasil (BACEN), listam-se a emissão de papel moeda, a realização de operações de redesconto, a administração das reservas cambiais, a fiscalização das bolsas de valores e a regulação do crédito e das taxas de juros.”

� Resp.: Errado. Quem fiscaliza as bolsas de valores é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Moeda� Papel-Moeda Emitido (PME)

� Total de moeda legal existente� Essa moeda legal pode estar nas mãos do (a) público,

(b) na caixa dos bancos comerciais ou (c) na caixa do Banco Central

� Papel Moeda em Circulação (PMC)� Igual ao papel-moeda emitido menos o caixa em moeda

corrente do Banco Central

� Papel-Moeda em Poder do Público (PMPP)� Igual ao Papel moeda em circulação menos o caixa dos

bancos comerciais� PMPP = PMC – caixa dos bancos comerciais

Moeda� Encaixe Total (ET)

� Caixa dos bancos comerciais + depósitos compulsórios + depósitos voluntários

� Caixa dos bancos comerciais: papel moeda em poder dos bancos comerciais

� Depósitos compulsórios: recolhimentos obrigatório junto ao Banco Central que determina um percentual de depósitos a vista que deve ser diariamente e obrigatoriamente recolhidos

� Depósitos voluntários: recolhimentos junto ao Banco Central para fazer frente a uma eventual posição negativa

� Reservas bancárias (RB)� Reservas compulsórias + reservas voluntárias� Portanto:� ET = (caixa dos bancos comerciais) + RB

89

Moeda� Base monetária (B)

� É o passivo monetário do Banco Central, as obrigações monetárias do Banco Central

� B = PMPP + ET

� Meios de pagamento (M ou M1)� É o passivo monetário do Sistema Bancário (Banco

Central + bancos comerciais)� Os meios de pagamento são a moeda fiduciária (papel

moeda) + a moeda escritural (depósitos à vista)� M = PMPP + DVBC

� DVBC = depósito à vista nos bancos comerciais

IRB (2004)� Segundo a atual configuração do Sistema

Financeiro Nacional, não entra(m) na classificação de instituição financeira captadora de depósito a vista:

a) as caixas econômicas.

b) os bancos múltiplos com carteira comercial.

c) os bancos comerciais.d) as sociedades de crédito imobiliário.

e) o Banco do Brasil.

� Resp.: Alternativa “d”

MPU (2004)� Considereα1 = papel-moeda em poder do público/M1,α2 = depósitos a vista/M1.� É incorreto afirmar quea) se α1 > 0,5, então α2 < 0,5.b) se α1 = α2, então α1 + α2 = 0.c) se α2 = 0, então α1 = 1.d) α1 = 1 - α2.e) α1 não pode ser negativo.

� Resp.: M1 é a soma do papel-moeda em poder do público mais depósitos a vista. Então soma entre α1 (papel-moeda em poder do público/M1) e α2 (depósitos a vista/M1) deve ser igual a 1. Portanto, a única alternativa que viola esta condição é a “b”.

PETROBRÁS (2004)

� Avalie a assertiva:

� “A magnitude das operações de crédito efetuadas pelos bancos comerciais brasileiros depende das exigências de recolhimentos compulsórios junto ao Banco Central.”

� Resp.: Correto. Os bancos comerciais só podem realizar empréstimos com recursos que não estão no depósito compulsório, instrumento de política monetária do Banco Central.

M1, M2, M3 ou M4?� São os conceitos de meios de pagamento ampliados � Houve uma mudança de critério de ordenamento de seus

componentes:� Antes: grau de liquidez� Novo critério: definição a partir seus sistemas emissores

� M1 é gerado pelas instituições emissoras de haveres estritamente monetários

� M2 corresponde ao M1 e às demais emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias� Instituições que realizam multiplicação de crédito

� M3, por sua vez, é composto pelo M2 e captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa e das carteiras de títulos registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).

� M4 engloba o M3 e os títulos públicos de alta liquidez.

M1, M2, M3 ou M4?

� Em resumo:�M2 = M1 + depósitos especiais remunerados +

depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias.

�M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic

�M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez

90

IRB (2004)� De acordo com a nova reformulação conceitual e

metodológica efetuada pelo Banco Central do Brasil, em relação aos meios de pagamentos oficiais, é correto afirmar que o denominado "M1":

a) inclui os títulos públicos de alta liquidez.b) é gerado por instituição emissora de haveres estritamente

monetários.c) é igual à base monetária mais "papel-moeda em poder do

público".d) inclui as operações compromissadas registradas no Selic.e) inclui cotas de fundos de renda fixa.

� Resp.: Alternativa “b”

GESTOR (2008)� Considerando a definição de meios de pagamentos adotada

no Brasil, é incorreto afirmar que:a) o M1 engloba o papel-moeda em poder do público.b) o M2 engloba os depósitos para investimento e as emissões

de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias.

c) o papel-moeda em poder do público é resultado da diferença entre papel-moeda emitido pelo Banco Central do Brasil e as disponibilidades de caixa do sistema bancário.

d) o M3 inclui as captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa.

e) o M3 engloba os títulos públicos de alta liquidez.� Resp.: Alternativa “e”

Multiplicador dos Meios de Pagamento

� A relação entre a base monetária e os meios de pagamento é dada pelo multiplicador monetário

� M = mB� M = Meios de pagamento� B = Base monetária� m = multiplicador dos meios de pagamentos

� Temos que comparar os componentes de B e M:� B = PMPP + ET� M = PMPP + DVBC� DVBC > ET (os bancos não podem ter mais moeda do que o restante

da economia)� Para cada unidade monetária emitida pelo Banco Central

(que faz parte da base monetária), os bancos comerciais pode criar moeda escritural através de empréstimos.� Portanto os Meios de Pagamento (M) são maiores do que a Base

monetária (B)

Multiplicador dos Meios de Pagamento

� O multiplicador monetário é maior do que 1

� ou

� Defina

� Notar que c + d1 = 1

� Vamos mostrar que

B

Mm =

)1(1

1

1 Rdm

−−=

mBM =

DVBC

ETR

M

DVBCd

M

PMPPc === ;; 1

AFRF (2003)� Considerec: papel-moeda em poder do público/meios de pagamentosd: depósitos a vista nos bancos comerciais/meios de pagamentosR: encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos

comerciaism = multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base

monetáriaCom base nestas informações, é incorreto afirmar que, tudo o mais

constante:a) quanto maior d, maior será mb) quanto maior c, menor será dc) quanto menor c, menor será md) quanto menor R, maior será me) c + d > c, se d for ≠ 0

� Resp.: Alternativa “c”

Resp.:� Podemos resolver a questão pela fórmula do multiplicador ou

por intuição via os conceitos aprendidos� (a) Quanto maior o número de depósitos à vista, maior a

possibilidade de criação de moeda escritural e maior o multiplicador. Verdadeiro

� (b) Por outro lado, quando maior a quantidade de papel-moeda, menor a de depósitos à vista e menor o multiplicador. Verdadeiro

� (c) Falso. Vimos na alternativa (b) que é exatamente o contrário

� (d) Um R menor significa um maior número de depósitos à vista, o que aumenta o multiplicador

� (e) Os meios de pagamentos são compostos por papel-moeda e depósitos à vista, então se houver depósitos à vista, a soma papel-moeda e depósitos à vista é superior ao número de papel-moeda.

91

AFPS (2002)

� Considere os seguintes dados:m = 4/3R = 0,5Onde m = multiplicador dos meios de pagamento em

relação à base monetáriaR = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos

a vista� Com base nessas informações, pode-se afirmar

que o coeficiente “papel-moeda em poder do público/ M1” é igual a:

a) 0,2 b) 0,3 c) 0,4 d) 0,5 e) 0,7

Resp.: � O multiplicador é definido pela razão entre os meios

de pagamento (M) e a base monetária (B)� A questão pede o valor de “c” (papel-moeda em

poder do público/ M1). Podemos obter o valor de “c” a partir de: c + d1 = 1

� Precisamos então achar o valor de d1

� Isto é possível a partir da fórmula do multiplicador:

� Resp.: Alternativa “d”

5,05,0;)5,01(1

1

3

4;

)1(1

11

11

==−−

=−−

= cddRd

m

ACE/MDIC (2002)� Com base nos conceitos de base monetária, M1 e

multiplicador, é incorreto afirmar quea) define-se M1 como sendo papel moeda em poder do

público mais depósitos a vista nos bancos comerciais.b) define-se base monetária como papel moeda em poder do

público mais encaixes totais dos bancos comerciais.c) apesar de o Banco Central não controlar M1, ele possui

total controle sobre a base monetária.d) o valor de M1/Base é conhecido como multiplicador dos

meios de pagamento em relação à base monetária.e) o multiplicador não pode ser negativo.

� Resp.: O Banco Central tem controle sim sobre o M1, via os instrumentos de controle monetário. A alternativa “c” está errada

MPU (2004)

� Considerec = papel-moeda em poder do público/M;d = depósitos a vista nos bancos comerciais/M,R = encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos

bancos comerciais.Sabendo que c = d e que R = 0,25, o valor do multiplicador da

base monetária em relação aos meios de pagamentos será de, aproximadamente,

a) 1,6000.b) 1,9600.c) 1,5436.d) 1,1100.e) 1,2500.

Resp.:� Sabemos que c + d1 = 1

� Se c = d1 , então d1 = 0,5

� Utilizando a fórmula do multiplicador

� A resposta é o item “a”

6,1;)25,01(5,01

1;

)1(1

1

1

=−−

=−−

= mmRd

m

ACE/MDIC (2002)

� ConsidereM1/Base monetária = 1,481481;papel moeda em poder do público/M1 = 0,35.Com base nestas afirmações, pode-se

afirmar que a proporção "encaixes totais dos bancos comerciais/ depósitos a vista dos bancos comerciais” será de:

a) 0,5 b) 0,8 c) 0,3 d) 0,2 e) 0,7

92

Resp.: � Alternativa “a”� O multiplicador é definido pela razão entre os meios de

pagamento (M) e a base monetária (B), que é igual portanto a 1,481481.

� A questão pede o valor de “R” (encaixes totais dos bancos comerciais/ depósitos a vista dos bancos comerciais).

� Para poder aplicar a fórmula do multiplicador, precisamos então achar o valor de d1.

� Podemos obter o valor de “c” a partir de: c + d1 = 1

� 0,35 + d1 = 1; d1 = 0,65

� A partir da fórmula do multiplicador:

5,0;)1(65,01

1481481,1;

)1(1

1

1

=−−

=−−

= RRRd

m

MRE (2004)

� Julgue o item a seguir, como verdadeiro ou falto“Aumentos nos coeficientes de encaixe compulsório, por

interferirem diretamente no nível de reservas bancárias, reduzem o efeito multiplicador e, consequentemente, a liquidez da economia.”

� Resp.: Verdadeiro. Um aumento na relação depósito compulsório no Banco Central / depósitos à vista irá aumentar o nível de reservas bancárias. Como resultado, o multiplicador monetário irá diminuir:

mDVBC

ETRrrrETr ⇒↓↑=⇒↑↑++==↑↑ 3213

MPU (2004)

� Considere as seguintes informações.c = papel-moeda em poder do público/Md = depósitos a vista nos bancos comerciais/MR = encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos

bancos comerciaisM = meios de pagamentosB = base monetária� Com base nessas informações, é incorreto afirmar quea) se R > 0 e c <1, então M > B.b) M = c.M + d.M.c) B = c.M + R.d.M.d) M/B > 1.e) se d = 0, B = 0.

Resp.:� (a) A partir da fórmula do multiplicador,

é fácil verificar que se R > 0 e d<1, uma vez que c + d = 1, que o multiplicador m é maior do que 1

� Como M = mB, tem-se que M > B

� (b) M = PMPP + DV �

� (c) B = PMPP + ET �

� (d) Como M = mB, então m = M/B. Uma vez que m>1, logo M/B>1

� (e) Utilizando o resultado da opção (c), Se d = 0, então B = cM e a alternativa está incorreta.

)1(1

1

1 Rdm

−−=

dMcMMM

DVM

M

PMPPM +=×+×=

RdMcMMM

DV

DV

ETM

M

PMPPB +=×+×=

RdMcMB +=

MARE (1999)� Considerando o multiplicador dos meios de pagamentos em relação a

base monetária, pode-se afirmar que(A) seu valor depende do comportamento dos agentes em relação a forma

com que eles guardam meios de pagamentos.(B) dependendo do valor dos parâmetros que fazem parte do seu cálculo,

é um número que pode assumir valores negativos.(C) não pode ter seu valor reduzido pelo Banco Central, já que depende do

comportamento dos bancos.(D) tende a ser constante ao longo do tempo.(E) independe dos encaixes voluntários mantidos pelos bancos.

� Resp.: Alternativa “a” está correta visto que se a magnitude do multiplicador depende de c (PMPP/M). Se as pessoas tiverem posse de uma menor quantidade de papel-moeda, o multiplicador aumenta

� Vimos que o (b) multiplicador nunca é negativo, (c) que o Banco Central pode alterar o recolhimento do compulsório e mudar o valor do multiplicador, (d) que o multiplicador pode sim se alterar ao longo do tempo e (e) os encaixes voluntários interferem na criação de meios de pagamento

SENADO (2002)

� Avalie a assertiva:

� “Quando a razão reserva-depósito é reduzida, o multiplicador monetário eleva-se, contribuindo, assim, para a expansão do estoque monetário”.

� Resp.: Correto. Uma diminuição das reservas possibilita uma maior criação de meios de pagamentos, ou seja, um maior multiplicador monetário.

93

As contas do sistema monetário

� Balancete consolidado do Banco Central� Balancete consolidado sintético do Banco

Central� Balancete de um Banco Comercial� Balancete consolidado do Sistema

Monetário

Balancete consolidado do Banco Central

Ativo PassivoReservas Internacionais

Empréstimos ao Tesouro Nacionais

Redesconto e outros empréstimos aos bancos comerciais

Títulos públicos federais

Empréstimos ao setor privado

Imobilizado

Aplicações especiais

Outras aplicações

Saldo do papel-moeda emitido

Depósitos do Tesouro Nacional

Depósitos de Bancos comerciais

- Voluntários

- Compulsórios

Empréstimos externos

Demais exigibilidades

Balancete consolidado do Banco Central

� Notar que o balancete consolidado do Banco Central reflete suas funções clássicas�Emissor de papel-moeda

�Banqueiro do Tesouro Nacional

�Banqueiro dos bancos comerciais

�Depositário das reservas internacionais

AFRF (2000)� São consideradas operações ativas do Banco Central:a) alterações nas reservas internacionais, operações de

redescontos, empréstimos ao Tesouro Nacional, compra de títulos públicos federais

b) alterações nas reservas internacionais, operações de redescontos, empréstimos ao Tesouro Nacional, alteração dos impostos nas operações financeiras

c) alterações nas reservas internacionais, operações de redescontos, empréstimos ao Tesouro Nacional, alterações dos impostos nos mercados de capitais

d) alterações nas reservas internacionais, alterações na taxa de câmbio, operações de redescontos, empréstimos ao Tesouro Nacional

e) alterações nas reservas internacionais, operações de redescontos, alterações no Imposto sobre Operações Financeiras

� Resp.: Opção “a“

Balancete consolidado Sintético do Banco Central

Ativo PassivoReservas Internacionais

Empréstimos ao Tesouro Nacionais

Redesconto e outros empréstimos aos bancos comerciais

Títulos públicos federais

Empréstimos ao setor privado

Imobilizado

Aplicações especiais

Outras aplicações

Base Monetária (passivo monetário)Papel-moeda em poder do públicoEncaixes totais dos bancos comerciais

Depósitos de Bancos comerciais- Voluntários- Compulsórios

Recursos Não-Monetários (passivo não-monetário)Depósitos do Tesouro NacionalEmpréstimos externosDemais exigibilidades

MPU (2004)

� Não faz parte do ativo do balancete sintético do Banco Central

a) redescontos.b) reservas internacionais.c) empréstimos ao setor privado.d) recursos externos.

e) empréstimos aos bancos comerciais.� Resp.: Alternativa “d”

94

Balancete de um Banco Comercial

Ativo PassivoEncaixes em moeda corrente

Depósitos nas autoridades monetárias

- Voluntários

- Compulsórios

Empréstimos ao setor privado

Empréstimos a órgãos públicosTítulos públicos e particularesAtivo permanentesDemais aplicações

Depósitos à vista

Depósitos à prazo

Empréstimos externos

Redescontos

Demais exigibilidades

Recursos próprios (Patrimônio Líquido)

MPU (2004)� Não faz parte do ativo do balancete consolidado

dos bancos comerciaisa) encaixes voluntários junto ao Banco Central.b) encaixes em moeda corrente.c) depósitos a prazo.d) encaixes compulsórios junto ao banco central.e) títulos públicos.

� Resp.: Alternativa “c”. Os depósitos a prazo são obrigações dos bancos comerciais e fazem parte do Passivo.

AFRF (2003)� Não fazem parte do ativo do balancete consolidado dos

bancos comerciais a) os encaixes em moeda corrente.b) os redescontos e demais recursos provenientes do Banco

Central.c) os empréstimos ao setor público.d) os empréstimos ao setor privado.e) os títulos privados.

� Resp.: Alternativa “b”. “Redescontos e demais recursos provenientes do Banco Central” são obrigações dos bancos comerciais perante o Banco Central e, portanto, fazem parte do passivo

Balancete consolidado do Sistema Monetário

Ativo PassivoAplicações dos Bancos ComerciaisEmpréstimos ao setor privado

Títulos públicos e particulares

Aplicações do Banco CentralReservas Internacionais

Empréstimos ao Tesouro Nacionais

Títulos públicos federais

Empréstimos ao setor privado

Empréstimos aos Governos Estaduais, Municipais, Autarquias e Outras Entidades Públicas

Aplicações especiais

Meios de pagamentosPapel-moeda em poder do público

Depósitos de Bancos comerciais

Recursos Não-Monetários dos Bancos ComerciaisDepósitos a prazo

Saldo líquido das demais contas

Recursos Não-Monetários do Banco CentralDepósitos do Tesouro Nacional

Empréstimos externos

Demais exigibilidades

AFPS (2002)

� Considerando o balancete consolidado do sistema monetário, são considerado(as) como itens do passivo não monetário do Banco Central:

a) reservas internacionais e aplicações em títulos públicos.b) empréstimos ao Tesouro Nacional e reservas

internacionais.c) depósitos do Tesouro Nacional e recursos externos.d) base monetária e papel-moeda em poder do público.e) encaixes compulsórios dos bancos comerciais e

depósitos a prazo.� Resp.: Alternativa “c”

Transações que criam base monetárias

� Aumento das operações ativas do Banco Central

� Diminuição do passivo não-monetário do Banco Central

Transações que destroem base monetárias� Diminuição das operações ativas do Banco

Central� Aumento do passivo não-monetário do

Banco Central

95

Transações que criam meios de pagamento� Aumento das operações ativas do Sistema

Bancário (Banco Central + Bancos Comerciais)

� Diminuição do passivo não-monetário do Sistema Bancário (Banco Central + Bancos Comerciais)

Transações que destroem M1

� Diminuição das operações ativas do Sistema Bancário (Banco Central + Bancos Comerciais)

� Aumento do passivo não-monetário do Sistema Bancário (Banco Central + Bancos Comerciais)

Transações que criam/destroem meios de pagamento (liquidez)

� Transações entre o setor bancário e o setor não bancário (o público)�Criação: Banco comercial compra títulos da

dívida pública em posse do público�Destruição: O público paga um empréstimo

contraído no sistema bancário

� Transações que não criam meios de pagamentos�Realizadas somente entre agentes monetários�Realizadas entre agentes não monetários

MPU (2004)� Na ausência de alterações nos recursos não-monetários do

passivo do balancete sintético do Banco Central, são fatores que tendem a elevar a base monetária, exceto

a) compra de dólares no mercado cambial.b) elevação dos empréstimos aos bancos comerciais.c) elevação dos empréstimos ao setor privado.d) compra de títulos.e) redução dos redescontos.

� Resp.: Alternativa “e”. Operações ativas do Banco Central criam base monetária. O único item que corresponde a uma operação ativa que diminui a base monetária é o item “e”.

OFERTA MONETÁRIA

� A oferta monetária é representada pelo M (ou M1)!

� Portanto:(a) A oferta de moeda é proporcional à base monetária(b) E o Banco Central influi na oferta monetária com os

seus instrumentos� Mercado aberto: vender títulos diminui oferta monetária� Reservas compulsórias: aumentar a taxa de reserva

diminui a oferta monetária� Redesconto: quanto maior a taxa de redesconto, menor

a oferta monetária

AFRF (2000)� São fatores que tendem a elevar a oferta monetária na economia:a) redução das reservas internacionais do país; concessão, por parte

do Banco Central, de empréstimos aos bancos comerciais; venda de títulos públicos pelo Banco Central

b) redução das reservas internacionais do país; concessão, por parte do Banco Central, de empréstimos aos bancos comerciais; compra de títulos públicos pelo Banco Central

c) elevação das reservas internacionais do país; concessão, por parte do Banco Central, de empréstimos aos bancos comerciais; venda de títulos públicos pelo Banco Central

d) elevação das reservas internacionais do país; concessão, por parte do Banco Central, de empréstimos aos bancos comerciais; compra de títulos públicos pelo Banco Central

e) elevação das reservas internacionais do país; recebimento, pelo Banco Central, de empréstimos concedidos ao setor privado; venda de títulos públicos pelo Banco Central

� Resp.: “d“

ACE/MDIC (2001)� O estudo dos fenômenos monetários é fundamental para a

explicação dos problemas econômicos. Utilizando os conceitos essenciais da teoria monetária, julgue os itens a seguir.

(a) Em determinada economia, o aumento da razão moeda-depósito conduz a uma redução do multiplicador monetário somente se a proporção de reservas nessa economia for inferior à unidade.

(d) Uma redução na taxa de redesconto aumenta a oferta de moeda porque conduz a uma expansão da base monetária.

(e) Com a supressão da conta-movimento, o Banco do Brasil S.A. deixou de fazer parte das instituições caracterizadas como autoridades monetárias.

96

Resp.:� (a) Correto. Um aumento das reservas acarreta em uma

diminuição da possibilidade de geração de moeda bancária e reduz, portanto, o multiplicador monetário

� (d) Errado. Uma redução da taxa de redesconto reverbera, na verdade, em uma expansão dos meios de pagamento.

� (e) Certo. Até março de 1987, o Banco do Brasil também era autoridade monetária (mista, funções de banco central e funções de banco comercial. Existia uma “conta movimento” que interligava as operações do Banco Central com o Banco do Brasil. Hoje o Banco do Brasil é só tem funções de um banco comercial

QUESTÕES EXTRAS

BACEN (2001)� Considere os seguintes dados:- papel moeda em poder do público/M1 = 0,3;- encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais = 0,3.� Com base nestas informações, pode-se afirmar que:a) um aumento de 30% na relação “depósitos a vista nos bancos

comerciais/M1” resulta em um aumento vde aproximadamente 19,830% no multiplicador bancário.

b) um aumento de 25% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento de aproximadamente 21,687% no multiplicador bancário.

c) um aumento de 20% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento de aproximadamente 23,786% no multiplicador bancário.

d) um aumento de 10% na relação “encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais” implica uma redução de aproximadamente 8,750% no multiplicador bancário.

e) um aumento de 15% na relação “encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciai”c”s” implica uma redução de aproximadamente 9,102% no multiplicador bancário.

� Resp.: Alternativa “c”

ENAP (2006)� Considerando os conceitos relacionados com os meios de

pagamentos e multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária, é incorreto afirmar que

a) quanto maior for a proporção (papel moeda em poder do público/M1) menor será o multiplicador.

b) a base monetária é definida como a soma entre o papel moeda em poder do público mais os encaixes totais dos bancos comerciais.

c) quanto maior for a proporção (encaixes totais/depósitos a vista) menor será o multiplicador.

d) os bancos comerciais podem elevar a liquidez da economia; a liquidez pode também ser influenciada pelo comportamento das pessoas em relação ao percentual de M1 que elas querem manter nos bancos.

e) se não existissem bancos comerciais, o valor do multiplicador seria zero.

� Resp.: Alternativa “e”

BACEN (2001)� No que diz respeito à capacidade da autoridade monetária em

controlar a liquidez da economia, é correto afirmar que:a) se as pessoas carregam os meios de pagamento apenas sob a forma

de papel-moeda em poder do público, o valor do multiplicador bancário será nulo.

b) se as pessoas carregam os meios de pagamento apenas sob a forma de papel-moeda em poder do público, uma unidade adicional de base monetária dará origem a uma unidade adicional de M1.

c) se as pessoas carregam 50% dos meios de pagamento sob a forma de papel-moeda em poder do público, uma unidade adicional de base monetária dará origem a 2,5 unidades adicionais de meios de pagamento.

d) se os recolhimentos totais dos bancos comerciais forem 100% dos depósitos a vista, o valor do multiplicador bancário será nulo.

e) se as pessoas mantêm 100% dos meios de pagamento sob a forma de depósitos a vista, a fórmula do multiplicador torna-se incorreta como forma de medição da relação entre M1 e base monetária.

� Resp.: Alternativa “b”

MACROECONOMIA PARA CONCURSOS

Déficit e Dívida Pública

Prof. Daniel da Mata

97

TÓPICOS EM POLÍTICA FISCAL

Déficit Público� Necessidade de financiamento do setor público:

resultado das contas públicas� Déficit vs. Superávit� Variáveis “fluxo”

� Conceitos de déficit/superávit público� Primário: Despesas não-financeiras menos receitas não-

financeiras� Despesas e receitas excluindo serviços da dívida pública

(principalmente juros)� Nominal: conceito mais amplo, que leva em conta os

gastos com juros da dívida� Despesas totais menos receita total

� Operacional: é simplesmente o déficit nominal “deflacionado”

� Conceito nominal – correção monetária

Dívida Pública� Dívida Pública

� É a soma dos déficits públicos � É o resultado de déficit públicos de governos passados� Variável estoque

� Razão Dívida/PIB� Importante indicador de política macroeconômica� Como a razão dívida/PIB aumenta?

� O que aumenta a dívida? � Diminuição do PIB

� A dívida por ser maior que o PIB de um país� Exemplo: Itália

ACE/MDIC (2002)

� Com relação aos conceitos de déficit e dívida pública, é incorreto afirmar que:

a) o fato de os impostos serem maiores do que os gastos públicos não financeiros não garante uma redução na proporção dívida pública/PIB

b) o déficit público pode ser considerado como "variável fluxo"c) a dívida pública pode ser considerada como "variável

estoque"d) a proporção dívida pública/PIB não pode ser maior do que 1e) quanto maiores forem as taxas nominais dos títulos

públicos, maior deverá ser a necessidade de financiamento do setor público em seu conceito nominal

� Resp.: Alternativa “d”

ACE/MDIC (2001)� “A razão da dívida pública em relação ao PNB, que

mensura a magnitude da dívida relativa ao tamanho da economia, diminui quando a taxa de crescimento da economia se eleva e quando o superávit primário aumenta”.

� Resp.: O gabarito da questão diz que o item é “correto”. O aumento da taxa de crescimento econômico reduz sim a razão dívida/PNB. Um aumento do superávit primário acarreta em uma maior possibilidade de pagamento da dívida, mas podemos ter um superávit primário conjunto a um déficit nominal, o que ocasiona um aumento da dívida. Notar que a questão do slide anterior (ACE/MDIC 2002, letra “a”) diz que um superávit primário não é suficiente para reduzir a razão dívida/PIB.

APO/MPOG (2002)� Considere:G = total de gastos não-financeiros do governo;

T = total da arrecadação não-financeira do governo;B = estoque da dívida pública;

i = taxa nominal de juros;r = taxa real de juros;Dcn = déficit público conceito nominal;

Dco = déficit público conceito operacional;D = déficit primário.

� Com base nestas informações, é correto afirmar que:a) Dcn = G – T + i.Bb) Dcn = G – (T + i.B)c) Dco = G – (T + r.B)

d) D = G – i.Be) Dco = G – r.B

98

Resp.:

� Alternativa “a”

ACE/MDIC (2001)

� “No Brasil, durante a última década, ocorreu um aumento substancial da dívida pública dos estados e municípios, provocado pelos déficits elevados desses governos subnacionais.”

� Resp.: Correto. Sabemos que um maior déficit ocasiona um maior acúmulo de dívida. No Brasil, na década de 1990, os governos subnacionais ocorreram em elevados déficits fiscais.

GESTOR/MPOG (2008)� Considere a seguinte definição:� “A necessidade de financiamento do setor público - resultado

nominal sem desvalorização cambial - corresponde à variação _________ dos saldos da dívida líquida, _________ os ajustes patrimoniais efetuados no período (privatizações e reconhecimento de dívidas). _________, ainda, o impacto da variação cambial sobre a dívida externa e sobre a dívida _________ interna indexada à moeda estrangeira (ajuste metodológico).”

� Completam corretamente a definição acima as seguintes palavras, respectivamente:

a) nominal, incluídos, Inclui, mobiliáriab) real, deduzidos, Inclui, líquidac) real, deduzidos, Inclui, mobiliáriad) nominal, deduzidos, Exclui, mobiliáriae) nominal, incluídos, Inclui, bruta

Resp.:

� Alternativa “d”

MACROECONOMIA PARA CONCURSOS

Questões Recentes

Prof. Daniel da Mata

APOF – SEFAZ/SP – ESAF – 2009

� As contas do Balanço de Pagamentos contêm os fluxos de moeda para dentro e para fora de um país e fornecem informações sobre as relações comerciais entre os países. Com relação ao Balanço de Pagamentos, indique a opção falsa.

a) O Balanço Comercial corresponde ao saldo das exportações sobre as importações.

b) O Balanço de Transações Correntes, quando superavitário, indica que o país está recebendo recursos que podem ser utilizados no pagamento de compromissos assumidos anteriormente.

c) O Balanço de Serviços e Rendas representa as negociações internacionais dos chamados bens invisíveis e os rendimentos de investimentos e do trabalho.

d) Os principais fatores que determinam o saldo do Balanço Comercial são: o nível de renda da economia e do resto do mundo, a taxa de câmbio e os termos de troca.

e) As transações do Balanço de Serviços e Rendas são as transações que afetam diretamente a Renda Nacional.

� Resp: Alternativa “e”

99

� O objetivo da Contabilidade Nacional é fornecer uma aferição macroscópica do desempenho real de uma economia em determinado período de tempo: quanto ela produz, quanto consome, quanto investe, como o investimento é financiado, quais as remunerações dos fatores de produção. Assim, baseado nos conceitos de Contas Nacionais, não se pode dizer que:

a) a Renda Nacional é igual ao Produto Nacional Líquido, a preço de mercado.

b) o Investimento corresponde ao acréscimo de estoque físico de capital, compreendendo a formação de capital fixo mais a variação de estoques.

c) a Renda Disponível do Setor Público corresponde ao total da arrecadação fiscal, deduzidos os subsídios e as transferências ao setor privado.

d) a diferença entre a renda líquida enviada ao exterior e o saldo das importações e exportações de bens e serviços não-fatores é chamada de Poupança Externa (Se).

e) o Produto afere o valor total da produção da economia em determinado período de tempo.

� Resp: Alternativa “a”

APOF – SEFAZ/SP – ESAF – 2009 ANA – ESAF – 2009� Considere os seguintes dados macroeconômicos:Produção bruta total = 2.500Importação de bens e serviços = 180Impostos sobre produtos = 140Consumo Intermediário = 1.300Consumo Final = 1.000Formação Bruta de Capital Fixo = 250Variação de estoques = 20� Considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar

que as exportações de bens e serviços e o Produto Interno Bruto são, respectivamente:

a) 250 e 1.340b) 250 e 1,250c) 350 e 1.340d) 350 e 1.250e) 250 e 1.450

� Resp.: Alternativa “a”

ANA – ESAF – 2009

Resp: Alternativa “e”

AFC/STN – ESAF – 2008� Considere os seguintes dados, em unidades monetárias, referentes a uma economia

hipotética:Consumo do Governo: 200Transferências realizadas pelo Governo: 100Subsídios: 20Impostos Diretos: 300Impostos Indiretos: 400Outras Receitas Correntes do Governo: 120Exportações de bens e serviços: 100Importações de bens e serviços: 200Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100Variação de Estoques: 100Poupança Bruta do Setor Privado: 200� Com base nessas informações, e considerando as identidades macroeconômicas

básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a:a) 950b) 900c) 700d) 750e) 800� Resp: Alternativa “e”

GESTOR – MPOG – 2008 – ESAF� A partir do início deste século, o Banco Central do Brasil passou a

divulgar o balanço de pagamentos com nova metodologia. Pode-se considerar as seguintes alterações em relação à metodologia anterior, exceto a:

a) exclusão, no item investimentos diretos, dos empréstimos intercompanhias, de qualquer prazo, nas modalidades de empréstimos diretos e colocação de títulos.

b) introdução, na conta corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento na classificação de serviços.

c) estruturação da conta de rendas de forma a evidenciar as receitas e despesas geradas por cada uma das modalidades de ativos e passivos externos contidas na conta financeira.

d) inclusão da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais.

e) reclassificação de todos os instrumentos de portfolio, inclusive bônus, notes e commercial papers, para a conta de investimento em carteira.

� Resp: Alternativa “a”

APO – MPOG – 2008 – ESAF� No que diz respeito a agregados macroeconômicos e identidades

contábeis, pode-se afirmar que os principais agregados derivados das contas nacionais são as medidas de Produto, Renda e Despesa. Assinale a única opção falsa no que se refere a agregados macroeconômicos.

a) As medidas de Produto, Renda e Despesa, universalmente utilizadas, representam sínteses do esforço produtivo de um país em um determinado período de tempo, revelando várias etapas da atividade produtiva.

b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período.

c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população residente no mesmo período.

d) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes.

e) O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do seu capital.

� Resp: Alternativa “c”

100

APO – MPOG – 2008 – ESAF� Pode-se afirmar que o Balanço de Pagamentos de um país é um

resumo contábil das transações econômicas que este país faz com o resto do mundo, durante certo período de tempo. No que tange a Balanço de Pagamentos, assinale a única opção falsa.

a) Na contabilização dos registros das transações efetuadas, adota-se o método das partidas dobradas.

b) Sob a ótica do Balanço de Pagamentos, as transações internacionais podem ser de duas espécies: as transações autônomas e as transações compensatórias.

c) O Brasil, ao longo de muitos anos, apresentou déficit na conta de transações correntes, que tinha que ser financiada por meio da entrada de capitais, levando ao aumento da divisa externa do país.

d) O déficit em conta corrente do Balanço de Pagamentos corresponde à poupança interna da economia, isto é, à diferença entre investimento e poupança interna na conta de capital do sistema de Contas Nacionais.

e) Os fluxos do Balanço de Pagamentos afetam a posição internacional de investimentos do país.

� Resp: Alternativa “d”

ESAF/Economista/MPOG/2006

� Faz parte da conta de movimento de capitais na nova metodologia do Balanço de pagamentos, exceto,

a) empréstimos de regularização.

b) investimentos diretos.

c) amortização de empréstimos.

d) capitais de curto prazo.

e) remessa de lucros.

� Resp: Alternativa “e”

� Com relação aos meios de pagamentos adotados no Brasil, é incorreto afirmar que

a) M1 é igual papel moeda em poder do público + depósitos a vista.

b) o M2 inclui as operações compromissadas registradas no Selic.

c) M2 inclui os depósitos especiais remunerados.d) o M1 é o agregado monetário de maior liquidez.

e) o M4 inclui os títulos públicos de alta liquidez.

� Resp.: Alternativa “b”

ESAF/Economista/MPOG/2006 GESTOR (2009)� Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas

Nacionais, em unidades monetárias:Produto Interno Bruto: 1.162;Remuneração dos empregados: 450;

Rendimento misto bruto (rendimento de autônomos): 150;Impostos sobre a produção e importação: 170;Subsídios à produção e importação: 8;Despesa de consumo final: 900;

Exportação de bens e serviços: 100; Importação de bens e serviços: 38.� Com base nessas informações, os valores para a formação bruta de

capital fixo e para o excedente operacional bruto serão, respectivamente,a) 300 e 362 b) 200 e 450c) 400 e 200 d) 200 e 400

e) 200 e 262

= RE

= RA

= IPI

= Subs

= CF

= X

= M

= PIB

GESTOR (2009) – Resp.:� PIB = C + I + G + X – M � PIB = CF + I + X – M

� 1162 = 900 + I + 100 – 38� I = 200. � I = FBKF + ∆e .: ∆e não foi fornecida pela questão� FBKF = 200

� PIB = RE + EOBRA + (IPI – Subs)� 1162 = 450 + EOBRA + (170 – 8)� EOBRA = 550

� EOBRA = EOB + RA� EOB =EOBRA –RA� EOB = 550 – 150� EOB = 400

� Resp.: Alternativa “d”

GESTOR (2009)� Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas

Nacionais extraídas das contas de produção de renda:Produção: 2.500;Impostos sobre produtos: 150;Produto Interno Bruto: 1.300;Impostos sobre a produção e de importação: 240;Subsídios à produção: zero;Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de autônomos: 625.� Com base nessas informações, é correto afirmar que o consumo

intermediário e a remuneração dos empregados são, respectivamente:

a) 1.350 e 440 b) 1.350 e 435c) 1.200 e 410d) 1.200 e 440e) 1.300 e 500

= VBP

= ISP

= PIB

= IPI

= Subs

= EOBRA

101

GESTOR (2009) – Resp.:

� PIB = VBP – CI + ISP� 1300 = 2500 – CI + 150� CI = 1350

� PIB = RE + EOBRA + (IPI – Subs)� 1300 = RE + 625 + (240 – 0)� RE = 435

� Resp.: Alternativa “b”

ACE/MDIC (2012) - ESAF� Considere os seguintes dados presentes na “Conta de Alocação

da Renda” do Sistema de Contas Nacionais, em unidadesmonetárias:

Renda Nacional Bruta: 3.175Excedente Operacional Bruto e Rendimento Misto Bruto (total): 1.336

Remuneração dos Empregados: 1.414Impostos sobre a Produção e a Importação: 496

Subsídios à Produção: 6Rendas de Propriedades Enviadas ao Resto do Mundo: 83

� Com base nessas informações, é correto afirmar que, em unidades monetárias, as “Rendas de Propriedade Recebidas do Resto do Mundo” foram iguais a:

a) 101. b) 24. c) 18. d) 65. e) 97.

� Resp.: Alternativa “c”

ACE/MDIC (2012) - ESAF� Considere os seguintes dados presentes no Sistema de Contas

Nacionais em unidades monetárias:Salários: 681Contribuições Sociais Diversas: 141

Contribuições Sociais Imputadas: 38

Rendimento Misto Bruto: 201Rendimento Operacional Bruto: 755

Imposto sobre a Produção e Importação: 335

� Para que, em unidades monetárias, o Produto Interno Bruto da Economia seja de 2.147, os “subsídios à produção e importação” e a “remuneração dos empregados” deverão ser (em unidades monetárias) respectivamente:

a) 38 e 822.

b) 4 e 860.c) 8 e 681.

d) zero e 681.e) 22 e 898.

� Resp.: Alternativa “b”

ACE/MDIC (2012) - ESAF� Com as informações retiradas no Sistema de Contas Nacionais,

listadas abaixo, é possível obter os valores do Produto Interno Bruto (PIB) e da Renda Nacional Bruta (RNB) de um determinado País.

102

ACE/MDIC (2012) – ESAF – Cont.

� É correto afirmar que os valores do PIB e da RNB são, respectivamente, iguais a:

a) PIB = 2.500,00 e RNB = 2.200,00.b) PIB = 1.960,00 e RNB = 1.760,00.c) PIB = 1.800,00 e RNB = 1.500,00.d) PIB = 1.880,00 e RNB = 1.600,00.

e) PIB = 1.960,00 e RNB = 1.660,00.

Resp. Alternativa “c“

ACE/MDIC (2012) – ESAF� Um Analista de Comércio Exterior inicia um estudo para verifi car o

valor monetário da Poupança Bruta do País X, no ano de 2011. Para realizar esse estudo, o Analista retira do Sistema de Contas Nacionais do País X os seguintes elementos das Contas Econômicas Integradas (CEI) e os respectivos valores monetários, apresentados abaixo:

ACE/MDIC (2012) – ESAF – Cont.

� Após esse levantamento, o Analista de Comércio Exterior poderá afirmar que a Poupança Bruta no País X, em 2011, foi de:

a) $ 0,00 (zero).

b) $ 1.500,00.

c) $ 1.300,00.

d) $ 1.220,00.

e) $ 220,00.

Resp.: Alternativa “c“

GESTOR (2009)� Com relação ao Déficit Público, uma das afirmações a

seguir é falsa. Identifique-a.a) O governo pode financiar seu déficit por meio de recursos

extrafiscais.b) O déficit de caixa omite as parcelas do financiamento do

setor público externo e do resto do sistema bancário, bem como de fornecedores e empreiteiros.

c) No cálculo do déficit público, segundo o conceito operacional, incluem-se as despesas com a correção monetária e cambial pagas sobre a dívida.

d) O déficit total indica o fluxo líquido de novos financiamentos, obtidos ao longo de um ano pelo setor público não financeiro, nas três esferas de governo e administrações.

e) A apuração do déficit pelo método “abaixo da linha” mede o tamanho do déficit pelo lado do financiamento.

� Alternativa “c”

GESTOR (2009)� Considere os seguintes saldos, em unidades monetárias, para as contas dos

Balanços de Pagamentos:Balanço comercial: - 700;Balanço de serviços: - 7.000;Balanço de rendas: - 18.000;Transferências unilaterais: + 1.500;Conta Capital: + 300;Investimento Direto: + 30.500;Investimento em Carteira: + 7.000;Derivativos: - 200;Outros investimentos na conta financeira = -18.000;Erros e omissões: + 2.500.� Considerando esses lançamentos, é correto afirmar que a conta Haveres da

Autoridade Monetária apresentou saldo de:a) + 2.000b) – 2.100c) – 2.900d) zeroe) + 2.100

103

Resp.: Alternativa “e”

ACE/MDIC (2012) - ESAF

� Não faz parte da conta de serviço do balanço de pagamentos as despesas e/ou receitas realizadas entre residentes e não residentes de um país:

a) com corretagens.

b) com Royalties e licenças.c) com aluguéis de equipamentos.

d) com eventos culturais e recreacionais.e) com as aplicações em fundos de renda fi xa.

� Resp.: Alternativa “e”

ACE/MDIC (2012) - ESAF� Os dados extraídos do balanço de pagamentos de uma economia

hipotética, expressos em milhões de reais em 2003, estão apresentados no quadro abaixo.

� A partir dessas informações, um analista econômico apurou que o valor das importações de bens e serviços (FOB), em milhões de reais, realizado pela economia hipotética foi de:

a) $ 600,00.b) $ 300,00.

c) $ 1.100,00.d) $ 1.500,00.

e) $ 500,00.

� Resp.: Alternativa “e”

GESTOR (2009)� Considere os seguintes coeficientes de comportamento

monetário:M1 = meios de pagamentosc = (papel-moeda em poder do público/M1)d = (depósitos a vista nos bancos comerciais/M1)R = (encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos a vista nos

bancos comerciais)� Considerando que c = d/3 e R = 0,3, o valor do multiplicador da

base monetária será de, aproximadamente,a) 2,105b) 3,103c) 1,290d) 1,600e) 2,990

� Resp.: Alternativa “a”

104

� Considere os seguintes coeficientes de comportamento monetário:

c = (papel moeda em poder do público) ÷ M1d = (depósitos a vista do público nos bancos comerciais) ÷ M1R = (encaixes totais dos bancos comerciais) ÷ depósitos a vista� Considerando M1 = meios de pagamentos e B = base

monetária, é correto afirmar que:a) B = c.R + R. M1, desde que “d” e “R” sejam positivosb) se “d” = 0, então M1÷B será igual a zeroc) quanto maior “c”, maior tende a ser o multiplicador dos

meios de pagamentos em relação à base monetária.d) quanto maior “R”, maior tende a ser M1÷Be) dado que 0<”c”<1 e “c” + “d” = 1, então M1 é maior do que

B.� Resp.: Alternativa “e”

AFC/STN – ESAF – 2008 ACE/MDIC (2012) - ESAF� Considere os seguintes coefi cientes de comportamento monetário:

d = (depósitos a vista/meios de pagamentos)

c = (papel moeda em poder do público/meios de pagamentos)

R = (encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos a vista nosbancos comerciais)

� Considere d = 0,6 e R = c. Então, para cada unidade a mais de Base Monetária na economia, haverá:

a) 1,5625 a mais de meios de pagamentos na economia.

b) 1,9642 a mais de meios de pagamentos na economia.

c) 1,8944 a mais de meios de pagamentos na economia.

d) Haverá uma diminuição dos meios de pagamentos na economia.

e) Nada acontecerá com os meios de pagamento na economia, já que R = c.

� Resp.: Alternativa “a”

GESTOR (2009)

� Em relação aos conceitos relacionados a uma economia monetária, é incorreto afirmar que:

a) os bancos podem alterar o multiplicador bancário alterando os seus recolhimentos voluntários junto ao Banco Central.

b) alterando os recolhimentos compulsórios, o Banco Central consegue controlar os coeficientes de comportamento bancário “c” e “d”.

c) um banco cria meios de pagamentos quando compra bens ou serviços do público pagando com moeda corrente.

d) o valor do multiplicador da base monetária pode se alterar independente das intenções do Banco Central.

e) quanto maior o coeficiente “papel moeda em poder do público/M1”, menor será o multiplicador da base monetária.

� Resp.: Alternativa “b”

AFRF (2009)� Considere as seguintes informações extraídas de um

sistema de contas nacionais, em unidades monetárias:Poupança privada: 300Investimento privado: 200Poupança externa: 100Investimento público: 300� Com base nessas informações, pode-se considerar que a

poupança do governo foi:a) de 200 e o superávit público foi de 100.b) de 100 e o défi cit público foi de 200.c) negativa e o défi cit público foi nulo.d) de 100 e o superávit público foi de 200.e) igual ao défi cit público.

105

� Resp.: Alternativa “b”

AFRF (2009)� Considere a seguinte identidade macroeconômica básica:Y = C + I + G + (X – M)� onde C = consumo agregado;I = investimento agregado; eG = gastos do governo.� Para que Y represente a Renda Nacional, (X – M) deverá

representar o saldo:a) da balança comercial.b) total do balanço de pagamentos.c) da balança comercial mais o saldo da conta de turismo.d) da balança comercial mais o saldo da conta de serviços.e) do balanço de pagamentos em transações correntes.

� Resp.: Alternativa “e”

APO/MPOG (2010)

� Assinale a opção incorreta com relação à Teoria Econômica.a) A hipótese coeteris paribus é fundamental para o entendimento da

microeconomia.b) A utilidade representa o grau de satisfação ou bem-estar que os

consumidores atribuem a bens e serviços que podem adquirir no mercado.

c) A macroeconomia trata os mercados de forma global.d) Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os

consumidores desejam adquirir, em um dado período, dada a sua renda, seus gastos e o preço de mercado.

e) A Curva de Phillips mostra o tradeoff entre a infl ação e desemprego, no curto prazo.

� Resp.: Alternativa “d”

APO/MPOG (2010)� A diferença entre Renda Nacional Bruta e Renda

Interna Bruta é que a segunda não inclui:a) o valor das importações.b) o valor dos investimentos realizados no país por

empresas estrangeiras.c) o saldo da balança comercial do país.d) o valor da renda líquida de fatores externos.e) o valor das exportações.

Resp.: Alternativa “d”

APO/MPOG (2010)� Quanto ao balanço de pagamentos de um país, sabe-se que:a) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança

comercial com o balanço de serviços e rendas e as transferências unilaterais correntes, salvo erros e omissões.

b) o saldo das transações correntes, se positivo (superávit), implica redução em igual medida do endividamento externo bruto, no período.

c) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança comercial com a conta de serviços e rendas, salvo erros e omissões.

d) a conta Capital e Financeira iguala (com sinal trocado) o saldo total do balanço de pagamentos.

e) a conta Capital e Financeira iguala (com o sinal trocado) o saldo de transações correntes, salvo erros e omissões.

Resp.: Anulada

106

APO/MPOG (2010)� Com relação ao Déficit Público, Dívida Pública e Necessidade de

Financiamento do Setor Público, aponte a opção incorreta.a) O déficit público é uma medida de caixa, ou seja, a mensuração

deve ser feita em relação a determinado período de tempo.b) O governo pode financiar seu déficit pela emissão de moeda e

também por meio da venda de títulos da dívida pública ao setor privado.

c) O desempenho fiscal pode ser mensurado pelo déficit primário, que é dado pela diferença entre receitas e despesas nãofinanceiras.

d) A Necessidade de Financiamento do Setor Público corresponde ao conceito de déficit nominal apurado pelo critério “acima da linha”.

e) A Dívida Fiscal Líquida (DFL) é dada pela diferença entre a Dívida Líquida do Setor Público e o ajuste patrimonial.

� Resp.: Alternativa “a”

Gestor (2013) - ESAF� Considere os seguintes dados para uma economia hipotética, em

um determinado período de tempo, em unidades monetárias:

Remuneração dos empregados: 861

Rendimento misto bruto: 201

Excedente operacional bruto: 755

Imposto sobre a produção e importação: 335

Subsídios à produção e importação: 4

� Com base nesses dados e considerando as identidadesmacroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o PIB desta economia foi de:

a) 2.148

b) 1.821

c) 1.955

d) 1.956

e) 2.160

� Resp.: Alternativa “a”

Gestor (2013) - ESAF� Considerando o sistema de contas nacionais, é correto afirmar que:a) a Renda Nacional Líquida é igual ao Excedente Operacional Bruto mais os impostos diretos e indiretos sobre os produtos e rendas nacionais e externas menos a depreciação.b) a Despesa Nacional Bruta é igual à formação bruta de capital menos o consumo final.c) o Produto Interno Bruto é igual à despesa de consumo final mais a formação bruta de capital fixo mais a variação de estoques mais o saldo da balança comercial.d) o Produto Interno Bruto é igual ao valor da produção mais o consumo intermediário menos os impostos não incluídos no valor da produção.e) a Renda Nacional Disponível Bruta é igual à Renda Nacional Bruta mais os impostos correntes sobre a renda e o patrimônio líquidos, recebidos do exterior, mais as contribuições e benefícios sociais e outras transferências correntes líquidas, recebidas do exterior.

� Resp.: Alternativa “e”

107

Gestor (2013) - ESAF� Em relação à política monetária, é incorreto afirmar que:

a) tudo mais constante e considerando que o multiplicador monetário é maior do que um, as compras de títulos pelo Banco Central elevam os Meios de Pagamentos.

b) considerando o balancete do Banco Central, a Base Monetária pode ser alterada a partir das denominadas “operações ativas” do Banco Central.

c) tudo mais constante, quanto maior for o coeficiente “(encaixes totais dos bancos comerciais)/ (depósitos à vista realizados nos bancos comerciais)”, menor serão os Meios de Pagamentos.

d) o Banco Central possui total controle sobre o multiplicador monetário por poder exercer infl uência plena sobre os denominados “coeficientes de comportamento monetário”.

e) se o multiplicador monetário é maior do que um, então o agregado monetário M1 será necessariamente maior do que a Base Monetária.

� Resp.: Alternativa “d”

ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

PRINCÍPIOS DA ECONOMIA DO BEM-ESTAR

Prof. Daniel da Mata

GESTOR

PRINCÍPIOS DA ECONOMIA DO BEM-ESTAR

ECONOMIA DO BEM-ESTAR� O que é Ótimo de Pareto ?

� Situação em que não há como fazer com que uma pessoa melhore sem piorar outra

� O primeiro teorema do bem-estar diz que o equilíbrio em mercados competitivos é eficiente de Pareto !� O primeiro teorema do bem-estar social mostra que a estrutura

particular dos mercados competitivos tem a propriedade desejável de alcançar uma alocação eficiente de Pareto

� Este resultado tem um pressuposto importante: os agentes só se preocupam com o seu consumo de bens, e não com os demais agentes consomem

� Se um agente se preocupa com o consumo do outro, dizemos que há uma externalidade no consumo

� O conceito de externalidades é muito importante, como vamos ver mais adiante

APO/MARE (1999)� O Ideal ou Ótimo de Pareto, inspirou as doutrinas de bem-

estar integradas na análise econômica convencional no sentido de que há eficiência na economia quando a posição de um agente sofre uma melhoria, que em relação aos demais, tem um efeito econômico

(A) incremental.(B) progressivo.(C) regressivo.(D) multiplicador.(E) neutro� Resp.: Alternativa “c”. No ótimo de Pareto, se houver a

melhor por parte de um agente, haverá um efeito econômico regressivo em outro.

108

FALHAS DE MERCADO

� Externalidades� Bens Públicos� Poder de mercado � Informação Assimétrica

ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

FUNÇÕES DO GOVERNO

Prof. Daniel da Mata

FUNÇÕES DO GOVERNO

Funções do Governo

1. Função Alocativa� Assegurar maior eficiência na utilização dos

recursos existentes na economia� Por exemplo:(a) intervir em áreas da atividade econômica com

a existência de economias externas, como o setor de infra-estrutura

(b) prover bens públicos e bens semi-públicos

Funções do Governo

2. Função distributiva� Assegurar uma melhor distribuição de renda na

economia� Um economia de mercado pode gerar uma distribuição

de renda considerada socialmente inaceitável� Deve haver uma “correção” via intervenção

governamental(a) Progressividade nos impostos (ônus tributário maior

nos indivíduos de renda mais elevada)(b) Despesas de transferência beneficiando as classes de

renda mais baixas

Funções do Governo3. Função Estabilizadora

� Ano a ano, o nível de produção da economia varia.

� A função estabilizadora visa atenuar o impacto social e econômico de crises de inflação ou depressão...

� ...via controle do nível de demanda agregada� A demanda agregada é dada pelo consumo e

investimento privado e governamental, entre outros fatores

� Portanto, o governo utilizaria gastos públicos, tributação e controle do crédito para interferir na demanda agregada, direta ou indiretamente

109

AFC/STN (2001)

� No tocante ao papel do Estado na atividade econômica, diz-se que o setor público deve cumprir, fundamentalmente, as três seguintes funções:

a) distributiva, fiscalizadora e alocativab) distributiva, fiscalizadora e estabilizadorac) distributiva, alocativa e estabilizadorad) fiscalizadora, alocativa e estabilizadorae) fiscalizadora, normativa e estabilizadora

� Resp.: Alternativa “c”, de acordo com o que acabamos de estudar

AFC/CGU (2004)� A necessidade de atuação econômica do setor público prende-se

à constatação de que o sistema de preços não consegue cumprir adequadamente algumas tarefas ou funções. Assim, é correto afirmar que

a) a função distributiva do governo está associada ao fornecimento de bens e serviços não oferecidos eficientemente pelo sistema de mercado.

b) a função alocativa do governo está relacionada com a intervenção do Estado na economia para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego.

c) o governo funciona como agente redistribuidor de renda através da tributação, retirando recursos dos segmentos mais ricos da sociedade e transferindo os para os segmentos menos favorecidos.

d) a função estabilizadora do governo está relacionada ao fato de que o sistema de preços não leva a uma justa distribuição de renda.

e) a distribuição pessoal de renda pode ser implementada por meio de uma estrutura tarifária regressiva.

Resp.:

� (a) Falso. Essa é a função alocativa do governo

� (b) Falso. Essa é a função estabilizadora do governo

� (c) Correto.

� (d) Falso. Essa é a função distributiva do governo

� (e) Falso, na verdade por uma estrutura tarifária progressiva (onde retira-se recursos da população mais rica e transfere-se para a população menos abastada).

AFC/STN (2000)� Em relação à política distributiva dos governos, assinale a

opção correta.a) É a política que interfere diretamente na composição das

mercadorias e serviços, técnicas produtivas e preços relativos.b) É a política que busca eqüidade da economia pública.c) É a política que diz respeito aos níveis desejados de produção,

emprego, preços e equilíbrio do Balanço de Pagamentos, para uma dada capacidade produtiva.

d) É a política que se baseia diretamente na administração da demanda agregada.

e) É a política que interfere diretamente na divisão do produto entre o consumo e acumulação.

� Resp.: A única alternativa relacionada à política distributiva é a letra “b”. As outras estão basicamente relacionadas à função estabilizadora

AFC/CGU (2006)� A política fiscal é um instrumento importante que tem capacidade para

afetar os quatro objetivos básicos da política econômica, que são crescimento do Produto Interno Bruto, controle da inflação, equilíbrio externo e distribuição de renda. Em relação à política fiscal, não se pode afirmar que

a) a curto prazo, a política fiscal interfere no nível de produção da economia, tanto por meio da ação direta do gasto público, como indiretamente, via tributação.

b) a longo prazo, a política fiscal é importante no sentido de disponibilizar recursos para investimentos, que tanto podem ser públicos como privados.

c) a política fiscal pode afetar a distribuição de renda do país de duas formas: do lado do gasto público,dirigindo-o predominantemente às classes de menor poder aquisitivo e do lado da arrecadação, por meio de um sistema tributário progressivo.

d) à medida que as importações de um país são determinadas pelo nível de demanda interna (entre outros fatores), a política fiscal interfere no equilíbrio externo, atuando exatamente sobre o nível de demanda, ou seja, quanto maior o gasto público e menor a tributação, maior será a demanda da economia, e portanto, maior o volume de importações.

e) quanto maior for o montante de poupança gerada no setor público, menor será a capacidade do país investir e maior será o ritmo de crescimento da produção

Resp.:� (a) Correto. A política fiscal interfere direta e indiretamente no nível de

produção da economia, via demanda agregada� (b) O setor público e o privado competem pelos recursos existentes

para investimento na economia. Se o setor público gasta menos ou poupa mais, disponibiliza mais recursos para o investimento do setor privado

� (c) Correto. Iremos estudar mais adiante os gastos do governo e a tributação. Mas o raciocínio é: o governo pode realizar uma tributação progressiva (tributar mais os mais ricos) e canalizar estes recursos para transferências às classes de menor rendimento

� (d) As importações dependem da renda da economia. Maiores gastos do governo podem significar maior demanda por importações. Uma menor tributação significa mais renda disponível para os indivíduos gastarem (inclusive com importações).

� (e) A resposta da questão é o item “e”. Quanto maior a poupança do setor público, mais recursos disponíveis para investimento tanto do setor público quanto do setor privado. Quem já estudou Macroeconomia, é só lembrar da identidade “investimento-poupança” É um maior investimento que acarreta em um crescimento da economia.

110

AFC/STN (2005)� Devido a falhas de mercado e tendo em vista a necessidade

de aumentar o bem-estar da sociedade, o setor público intervém na economia. Identifique a opção correta inerente à função alocativa.

a) O setor público oferece bens e serviços públicos, ou interfere na oferta do setor privado, por meio da política fiscal.

b) O setor público age na redistribuição da renda e da riqueza entre as classes sociais.

c) Adotando políticas monetárias e fiscais, o governo procura aumentar o nível de emprego e reduzir a taxa de inflação.

d) Adotando políticas monetárias e fiscais, o governo procura manter a estabilidade da moeda.

e) O governo estabelece impostos progressivos, com o fim de gastar mais em áreas mais pobres e investir em áreas que beneficiem as pessoas carentes, como a educação e saúde.

Resp.:

� A função alocativa está relacionada com fornecimento de bens e serviços não oferecidos eficientemente pelo sistema de mercado.

� A alternativa “a” é a resposta� As alternativas “b” e “e” versam sobre a

função distributiva� E as alternativas “c” e “d” estão

relacionadas com a função estabilizadora.

Instrumentos de Política Econômica� Política Fiscal = Gastos Públicos e Tributação

� Maiores gastos públicos significa política fiscal expansionista

� Política Monetária = Mercado Aberto, Redesconto e Reserva compulsória� Em outras palavras, controle do estoque monetário e do

volume de crédito� Uma menor oferta de moeda implica em uma política

monetária contracionista� Política Regulatória

� Edição de atos, tais como leis e decretos, com o objetivo de mitigar imperfeições de mercado

� Política Cambial� Critérios para a fixação/não-fixação do valor da moeda

local, relativamente às demais moedas � Controle do estoque de divisas

AFC/CGU (2004)

� Para atingir os objetivos de política econômica, o governo dispõe de um conjunto de instrumentos. Entre eles estão a política fiscal, monetária e cambial. Assinale a opção incorreta.

a) A política cambial corresponde a ações do governo que atingem diretamente as transações internacionais do país.

b) A política fiscal pode ser dividida em política tributária e política de gastos públicos.

c) Para controlar as condições de crédito, o governo utiliza a política monetária.

d) Quando o governo aumenta seus gastos, diz-se que a política monetária é expansionista e, caso contrário, é contracionista.

e) Por meio da política cambial, o governo pode atuar no mercado de divisas de vários países.

� Resp.: Alternativa “d”. Quando o governo aumenta seus gastos, diz-se que a política FISCAL é expansionista...

VISÃO DOS “ECONOMISTAS” SOBRE OS GASTOS

PÚBLICOS

Visão Keynesiana� Após um período de pouca intervenção na

economia, os governos passaram a se preocupar com questões macroeconômicas a partir da década de 1930.

� De acordo a visão Keynesiana, o governo deve intervir para evitar/combater recessões.� Foco da função estabilizadora� Políticas expansionistas em momentos de crise, tais com

o maior gasto público, menor tributação, maior emissão de moeda

� O governo deve ter uma participação mais intensa na economia, atuando como produtor, consumidor, regulador e empregador.

111

AFC/STN (2005)� Baseada na visão clássica das funções do Estado na economia,

identifique a opção que foi defendida por J.M. Keynes.a) As funções do Estado na economia deveriam ser limitadas à

defesa nacional, justiça, serviços públicos e manutenção da soberania.

b) As despesas realizadas pelo Governo não teriam nenhum resultado prático no desenvolvimento econômico.

c) A participação do Governo na economia deveria ser maior, assumindo a responsabilidade por atividades de interesse geral, uma vez que o setor privado não estaria interessado em prover estradas, escolas, hospitais e outros serviços públicos.

d) A economia sem a presença do governo seria vítima de suas próprias crises, cabendo ao Estado tomar determinadas decisões sobre o controle da moeda, do crédito e do nível de investimento.

e) A atuação do Governo se faria nos mercados onde não houvesse livre concorrência e sua função seria a de organizá-la e defendê-la, para o funcionamento do mercado e para seu equilíbrio.

� Resp.: Alternativa “d”

WAGNER� Lei de Wagner : com o crescimento da renda de um

país, o setor público ganha participação na economia, ou seja, o setor público cresce a maiores taxas do que a economia.

� Explicações:� Crescimento traz maiores demandas por bens públicos e

semi-públicos: ruas, hospitais, etc.� Aumento das necessidades relacionadas ao bem-estar

(educação, saúde, previdência, etc).� Surgimento de estruturas de competição imperfeita, com

necessidade de maior intervenção governamental

PEACOCK E WISEMAN

� Crescimento dos gastos do governo deriva das possibilidades de obtenção de recursos

� Em períodos “normais”, haveria resistências à elevação da carga tributária

� Em períodos de distúrbios sociais, haveria um grande crescimento dos gastos públicos�Como, por exemplo, nos períodos de guerras�Neste caso, o gasto se elevaria até o nível

permitido pelo incremento de disponibilidade de recursos

MUSGRAVE, ROSTOW E HERBER� Relacionam o crescimento dos gastos públicos

com os estágios de crescimento do país:� Estágios iniciais do desenvolvimento há maior

demanda por gastos do governo (estradas, educação, saúde, etc.)

� Estágios intermediários de desenvolvimento requerem que o setor público desempenhe um papel de complementação dos investimentos privados

� Por fim, em estágios de maior desenvolvimento, os gastos públicos voltam a crescer novamente (em relação aos investimentos privados) � Devido a fatores similares aos da lei de Wagner

APO/MPOG (2008)� Com relação às hipóteses teóricas do crescimento das despesas

públicas, indique a única opção falsa.a) Os modelos microeconômicos do crescimento dos gastos públicos

são desenvolvidos com a finalidade de explicar as variações nas demandas pelos produtos finais do setor público.

b) As mudanças demográficas são uma importante variável para explicar as alterações e o crescimento dos gastos públicos, seja pelo acréscimo absoluto da população ou por sua própria distribuição etária.

c) Wagner estabeleceu como lei de expansão das atividades do Estado uma situação em que os gastos cresceriam inevitavelmente mais rápido do que a renda nacional, em qualquer Estado progressista.

d) Peacock e Waiseman estabeleceram que o crescimento do setor público, em que pese o crescimento da oferta, estaria limitado pelas possibilidades de expansão da demanda, a qual, por sua vez, é limitada pela possibilidade de crescimento da tributação.

e) O grau de urbanização é destacado como variável importante na análise e determinação do crescimento dos gastos nas diferentes funções exercidas pelo governo.

AFC/STN (2005)� Confirmadas as previsões de “WAGNER”, para as mais variadas economias,

sobre o aumento do gasto público, outras explicações mais específicas passaram a equacionar essa tendência. Assinale opção incorreta com relação ao aumento dos gastos públicos.

a) A menor produtividade do setor público, que torna os serviços governamentais mais caros, relativamente ao produto do setor privado.

b) A busca das realizações governamentais, encaradas como a inauguração de certos investimentos (obras), sem a correta avaliação dos posteriores compromissos de custeio.

c) O controle dos subsistemas de planejamento (as grandes corporações) que interferem com as leis de mercado.

d) À medida que fatores como o demográfico evoluem juntamente com o próprio crescimento da renda, da demanda global de bens produzidos pelo próprio governo, a elasticidade-renda se torna inferior à unidade.

e) A dissociação natural entre o custo e benefícios das ações públicas, o que favorece os grupos de interesse em suas pressões para maiores gastos e a aceitação social desses gastos.

112

Resp.:

� Alternativa “d” está incorreta. A lei de Wagner versa exatamente o contrário: a elasticidade-renda dos gastos públicos é superior a 1.

AFC/CGU (2004)� Os modelos macroeconômicos procuram analisar o

comportamento dos gastos públicos durante o tempo. Os modelos que tentam associar o crescimento dos gastos públicos com os estágios de crescimento do país foram desenvolvidos por

a) Peacock , Wiseman e Wagner.b) Adolpho Wagner.c) Peacock, Wiseman e Herber.d) Musgrave, Rostow e Herber.e) Musgrave, Rostow e Kay.

� Resp.: Alternativa “d”

BNDES (2002)� Com relação à participação do governo na economia, estudos

empíricos demonstraram que, no longo prazo, a evolução da participação do gasto público na renda dos países avançados é

(A) decrescente, derivando-se desta evolução a chamada “lei de Wagner” das Finanças Públicas.

(B) decrescente, derivando-se desta evolução a chamada “Curva de Laffer”, aplicada às Finanças Públicas.

(C) crescente, derivando-se desta evolução a chamada “lei de Wagner” das Finanças Públicas.

(D) crescente, derivando-se desta evolução a chamada “Curva de Laffer”, aplicada às Finanças Públicas.

(E) crescente, derivando-se, do padrão de evolução constatado, a chamada “lei de Say”, aplicada às Finanças Públicas.

� Resp.: Alternativa “c”

AFC/STN (2005)� Analisado, historicamente, o setor público tem, ao longo do

último século, dilatado sobremaneira suas funções, tanto no plano econômico como no social. Uma série de razões básicas é responsável pela expansão da atividade do Setor Público. No que diz respeito a essas razões, indique a opção falsa.

a) Crises econômicas de âmbito mundial.b) Redução da taxa de crescimento populacional.c) Necessidade de estruturação e afirmação do processo de

industrialização, no caso de países subdesenvolvidos.d) Crescente militarização das nações.e) Necessidade de modernização da infra-estrutura de

transportes.� Resp.: Alternativa “b”

ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

Demanda e Oferta Agregada

Prof. Daniel da Mata

DEMANDA E OFERTA AGREGADA

113

Demanda Agregada

� O que descola a demanda agregada?�Componentes do mercado de bens e serviços

� Isto é, da despesa agregada (consumo, investimento, gastos governamentais, exportações líquidas...)

�Componentes do mercado monetário� Oferta monetária

PETROBRÁS (2004)

� Avalie a assertiva:� “A curva de demanda agregada é negativamente

inclinada porque preços mais elevados reduzem as taxas de juros reais conduzindo, pois, à contração da produção e dos investimentos”.

� Resp.: Errado. Os preços mais elevados reduz o saldo monetário real e desloca para cima e para a esquerda a LM (o que aumenta os juros reais). O aumento dos juros reais leva à contração da produção.

Oferta Agregada� Hipótese Keynesiana: nível de preços é

constante�Rigidez dos preços da economia (e dos salários)

�A oferta agregada de curto prazo (OACP) é uma linha horizontal

� No longo prazo, os fatores de produção variam e também os preços�A oferta agregada de longo prazo (OALP) é vertical

�O que importa para a produção no longo prazo são fatores “reais”: fatores de produção e tecnologia

Oferta Agregada

� Existe também a oferta agregada de curto prazo (OACP) positivamente inclinada!�Vários modelos explicam tal formato da oferta

agregada

�Exemplo: Rigidez dos salários e flexibilidade de alguns outros preços na economia

� O que desloca a oferta agregada?�Choques de oferta (positivos ou negativos)

PETROBRÁS (2004)

� Avalie a assertiva:� “No curto prazo, em virtude de os salários

serem determinados contratualmente e, portanto, relativamente rígidos, a curva de oferta agregada é positivamente inclinada.”

� Resp.: Correto

Equilíbrio na Macroeconomia

� Demanda agregada igual à oferta agregada

� É um modelo de flutuação econômica, com foco no produto agregado e nas variações no nível geral de preços da economia

114

BACEN (2001)� Com relação ao modelo de oferta e demanda agregada, é

incorreto afirmar que:a) se os preços e salários são fixos no curto prazo,

deslocamentos da demanda agregada afetam o emprego.b) uma redução na oferta monetária só afeta o nível de produto

se houver alguma rigidez de preços e salários.c) a diferença entre curto e longo prazo no modelo é explicada

pela rigidez nos preços e salários.d) se os preços e salários são perfeitamente flexíveis,

deslocamentos na curva de demanda agregada tendem a exercer grande influência sobre o produto.

e) não é necessário rigidez total de preços e salários para que deslocamentos na demanda agregada afetem o produto.

� Resp.: Alternativa “d” está incorreta. Se os preços são flexíveis, a curva de demanda não tem impacto sobre o produto, somente sobre os preços

AFC/STN (2000)� Considerando o modelo de oferta e demanda agregada, podemos afirmar que:a) no longo prazo, a curva de oferta agregada pode ser vertical ou horizontal,

dependendo do grau de rigidez dos preços no curto prazo. Assim, no longo prazo, alterações na demanda agregada necessariamente afetam os preços, mas nada se pode afirmar no que diz respeito aos seus efeitos sobre o produto

b) no longo prazo, a curva de oferta agregada é vertical. Neste caso, descolamentos na curva de demanda agregada afetam o nível de preços, mas não o produto. No curto prazo, entretanto, a curva de oferta não é vertical. Neste caso, alterações na demanda agregada provocam alterações no produto agregado

c) tanto no curto quanto no longo prazo a curva de oferta agregada é vertical. Assim, os únicos fatores que podem explicar as flutuações econômicas, tanto no curto quanto no longo prazo, são as disponibilidades de capital e tecnologia

d) no curto prazo, não há qualquer justificativa teórica para que a curva de oferta agregada de curto prazo não seja horizontal. Nesse sentido, no curto prazo, alterações na demanda agregada são irrelevantes para explicar tanto a inflação como alterações no nível do produto

e) desde que os preços sejam rígidos, as curvas de oferta agregadas são verticais, tanto no curto quanto no longo prazo

� Resp.: Alternativa “b”

AFRF (2000)� Considerando o modelo de oferta e demanda agregada; considere ainda

que, no longo prazo os preços são flexíveis, mas no curto prazo, verifica-se rigidez total nos preços. Então, é correto afirmar que:

a) deslocamentos na demanda agregada afetam o produto agregado tanto no curto quanto no longo prazo. A diferença entre os dois casos está apenas no grau de intensidade dos efeitos da demanda sobre o produto.

b) deslocamentos na demanda agregada no longo prazo só afetam o nível de preços; já no curto prazo, tais deslocamentos só afetam o produto agregado.

c) no longo prazo, deslocamentos na demanda agregada afastam o produto agregado do seu nível de pleno emprego. Tal efeito, entretanto, não ocorre no curto prazo.

d) tanto no curto quanto no longo prazo, deslocamentos na demanda agregada afastam o produto do seu nível de pleno emprego. A diferença está nos efeitos desses deslocamentos sobre a inflação.

e) tanto no curto quanto no longo prazo, o produto agregado encontra-se em seu nível de pleno emprego. Assim, deslocamentos da demanda agregada só causam efeitos sobre a inflação, cuja intensidade é maior no longo prazo.

� Resp.: Alternativa “b”

SENADO (2002)� O estudo da demanda e da oferta agregada é crucial para a

elaboração de políticas macroeconômicas apropriadas. A esse respeito, julgue os itens subseqüentes.

...2. Aumentos da produtividade agrícola que se traduzam em

rendas mais elevadas para os agricultores deslocam a curva de oferta agregada para cima e para a esquerda.

3. No Brasil, a indexação das faixas de renda para o imposto de renda de pessoa física (IRPF), ao reduzir o imposto pago pelos contribuintes, aumenta a demanda por bens e serviços e desloca, assim, a curva IS para a esquerda.

...5. Quando o investimento autônomo aumenta, a produção de

equilíbrio aumentará à medida que a propensão marginal a poupar for menor

Resp.:

� 2. Errado� 3. Errado� 5. Correto

AFRF (2002)� Considere:Curva de demanda agregada derivada do modelo IS/LMCurva de oferta agregada de longo prazo horizontalCurva de oferta agregada de curto prazo vertical� Considere a ocorrência de um choque adverso de oferta como, por exemplo,

uma elevação nos preços internacionais do petróleo. Supondo que este choque não desloca a curva de oferta agregada de longo prazo, é correto afirmar que:

a) uma elevação na demanda tenderá a intensificar a queda no produto que decorre do choque de oferta.

b) o choque adverso de oferta aumenta os custos e, portanto, os preços. Se não houver alterações na demanda agregada, teremos uma combinação, no curto prazo, de preços crescentes com redução do produto. No longo prazo, com a queda dos preços, a economia retornará ao seu nível de pleno emprego.

c) se não ocorrer deslocamentos na curva de demanda agregada, o choque de oferta causará deflação.

d) o choque de oferta alterará apenas o produto de pleno emprego.e) não ocorrerá alterações nem nos preços nem no nível do produto, tanto no

curto quanto no longo prazo, uma vez que, se o choque de oferta não desloca a curva de oferta de longo prazo, também não deslocará a curva de oferta de curto prazo.

115

Resp.:

� Alternativa “b”

ACE/MDIC (1998)

� Suponha uma economia em uma situação de equilíbrio, a partir da qual ocorre uma expansão na oferta monetária. No curto prazo, os efeitos sobre o nível de produto e a taxa de juros serão

a) menores quanto mais elástica for a curva de oferta agregadab) maiores quanto mais elástica for a curva de oferta agregadac) independentes da inclinação da curva de oferta agregadad) maiores quanto maior for a variação resultante no nível

agregado de preçose) independentes de variações no nível agregado de preços

� Resp.: Alternativa “b”

CURVA DE PHILLIPS

Curva de Phillips

� É oriundo da oferta agregada� Mostra a relação entre inflação e (a)

expectativas inflacionárias, (b) taxa de desemprego e (c) choques de oferta.�A primeira versão da Curva de Phillips

mostrava somente a relação entre inflação e desemprego

εβππ +−−= )( ne uu

GESTOR/MPOG (2008)� Considere a seguinte equação para a inflação:

onde πt = inflação em t; πe = inflação esperada; u = taxa de desemprego efetiva; un = taxa natural de desemprego; ε = choques de oferta; e β = uma constante positiva.

� Com base neste modelo de inflação, é incorreto afirmar que:

a) se πe = α.πt-1, onde πt-1 representa a inflação passada, se α = 1, β = 0 e ε = 0, a inflação será essencialmente inercial.

b) um aumento do preço internacional do petróleo representa um choque de oferta e tende a aumentar a inflação.

c) o impacto das políticas que reduzem a demanda sobre a inflação dependerá de β.

d) Se πe = α.πt-1, onde πt-1representa a inflação passada, se α > 1, a inflação será explosiva.

e) um aumento na taxa de desemprego tende a aumentar a inflação tendo em vista o menor volume de oferta agregada.

εβππ +−−= )( ne uu

Resp.:� A curva de Phillips da questão mostra a relação entre inflação,

expectativas, desemprego e choques de oferta.

� (a) está correta, uma vez que se β = 0 e ε = 0 não há inflação de demanda e de oferta. Como a expectativa inflacionária é dada pela inflação passada, temos o caso de inflação inercial

� (b) Correto. Um aumento do preço internacional do petróleo é um choque (negativo) de oferta.

� (c) o coeficiente “beta” mostra o impacto de políticas do lado da demanda sobre a inflação

� (d) se houver a alimentação contínua da inflação passada (isto é, se “alfa” é maior do que 1), o processo inflacionário será crescente

� (e) Errado! Um aumento da taxa de desemprego tende a diminuir a inflação. É só lembrar da relação negativa entre desemprego e inflação.

116

PETROBRÁS (2008)

� A figura abaixo mostra, em linha cheia, a Curva de Phillips de uma certa economia, supondo um determinado nível de expectativas de inflação.

� Caso as expectativas de inflação diminuam, a Curva de Phillips mudaria para uma posição como

� (A) AB (B) CD (C) CF (D) EF (E) BD

Resp.:

� Alternativa “d”

AFRF (2000)� Considere a seguinte equação:πt - φπt-1 = A� onde:

πt = taxa de inflação em t (πt-1 = taxa de inflação em t -1);A = choques exógenos; φ > 0.

� Com base nesta equação, pode-se afirmar quea) a trajetória da inflação dependerá de A e φ. Se A > 0 ou se φ > 0, a inflação

será crescente; mas se A = 0, independente de φ, a inflação será estável.b) a trajetória da inflação dependerá principalmente de A. Neste sentido, a

inflação será estável somente se A = 0.c) a trajetória da inflação dependerá exclusivamente do termo φ. Supondo a

ausência de choques exógenos, se φ > 1, a inflação será explosiva; se φ = 1 a inflação será inercial; e se φ < 1, a inflação será decrescente.

d) a trajetória da inflação, pela equação, será sempre crescente, independente dos valores de A e φ.

e) não é possível, a partir da prever uma situação de inflação inercial.� Resp.: Alternativa “c”

LEI DE OKUN

Lei de Okun

� Expressa a relação entre crescimento e variações na taxa de desemprego, ou seja, a relação entre hiato de produto e taxa de desemprego� A lei afirma que o desemprego declina se o crescimento

estiver acima da taxa tendencial de 2,3%

� A lei de Okun resume a relação entre crescimento e a variação na taxa de desemprego.� Altas taxas de crescimento causam queda na taxa de

desemprego� E vice-versa.

GESTOR/MPOG (2002)

� A relação entre crescimento e variações na taxa de desemprego é conhecida como:

a) Lei de Wagnerb) Lei de Okunc) Lei de Walrasd) Lei de Saye) Lei de Gresham

� Resp.: Alternativa “b”

117

GESTOR/MPOG (2005)� Um dos importantes “pressupostos” utilizado na análise entre inflação e

desemprego é conhecido na literatura como “Lei de Okun” e relaciona a taxa de desemprego com a taxa de crescimento do produto. Considerando gyt = taxa de crescimento do produto no período t, ut e ut-1as taxas de desemprego nos períodos t e t-1 respectivamente e go a taxa “normal” de crescimento da economia, não está de acordo com a Lei de Okun:

a) gyt = go => ut = ut-1

b) gyt > go => ut < ut-1

c) gyt < go => ut > ut-1

d) ut - ut-1 = β.(gyt - go); β > 0e) a Lei de Okun permite a passagem da oferta agregada de curto prazo

para a curva de Phillips

� Resp.: A alternativa “d” diz que o desemprego é maior quando o crescimento está acima da taxa natural (é só notar que o “beta” é positivo), o que claramente está em desacordo com a lei de Okun.

QUESTÕES EXTRAS

APO (2003)

� Considere o seguinte gráfico

APO (2003) – cont.� Onde P = nível geral de preços; Q = produto agregado; OLP =

oferta agregada de longo prazo; OCP = oferta agregada de curto prazo; Q* = produto agregado de pleno emprego. Supondo que a economia encontra-se no equilíbrio de longo prazo e considerando os fundamentos utilizados para a construção das curvas de oferta e demanda agregada, é correto afirmar que:

a) um aumento na velocidade de circulação da moeda reduz o nível de emprego no curto prazo.

b) uma política fiscal expansionista reduz o nível de emprego no curto prazo.

c) uma política monetária contracionista reduz o nível de emprego no curto prazo.

d) a partir do gráfico, podemos afirmar que existe total flexibilidade nos preços no curto prazo.

e) uma política monetária contracionista gera inflação no curto prazo.

� Resp.: Alternativa “c”

ACE/MDIC (2001)� O modelo da oferta e da demanda agregada

constitui um instrumento extremamente útil para a análise das flutuações econômicas de curto prazo assim como para o estudo dos efeitos econômicos das políticas fiscais e monetárias. Com referência a esse modelo, julgue os itens que se seguem.

5. A teoria keynesiana dos salários rígidos explica porque, no longo prazo, a curva de oferta agregada é vertical.

Resp.: Errado. Nesta caso, a curva de oferta agregada seria positivamente inclinada no curto prazo (salários rígidos, outros preços da economia não necessariamente rígidos)

AFPS (2002)� Considere a seguinte equação para a curva de oferta agregada de

curto prazo:Y = Yp + α(P – Pe), onde: Y = produto agregado Yp = produto de pleno empregoα > 0 P = nível geral de preços Pe = nível geral de preços

esperados� Com base nas informações constantes da equação acima e

considerando as curvas de oferta agregada de longo prazo e de demanda agregada, é correto afirmar que:

a) Uma política monetária expansionista não altera o nível geral de preços, tanto no curto quanto no longo prazo.

b) Alterações na demanda agregada resultam, no curto prazo, em alterações tanto no nível geral de preços quanto na renda.

c) No curto prazo, uma política monetária expansionista só altera o nível geral de preços.

d) O produto estará sempre abaixo do pleno emprego, mesmo no longo prazo.

e) Alterações na demanda agregada, tanto no curto quanto no longo prazo, só geram inflação, não tendo qualquer impacto sobre a renda.

118

Resp.:

� Alternativa “b” ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

Política Fiscal

Prof. Daniel da Mata

TÓPICOS EM POLÍTICA FISCAL

Déficit Público� Necessidade de financiamento do setor público:

resultado das contas públicas� Déficit vs. Superávit� Variáveis “fluxo”

� Conceitos de déficit/superávit público� Primário: Despesas não-financeiras menos receitas não-

financeiras� Despesas e receitas excluindo serviços da dívida pública

(principalmente juros)� Nominal: conceito mais amplo, que leva em conta os

gastos com juros da dívida� Despesas totais menos receita total

� Operacional: é simplesmente o déficit nominal “deflacionado”

� Conceito nominal – correção monetária

Dívida Pública� Dívida Pública

� É a soma dos déficits públicos � É o resultado de déficit públicos de governos passados� Variável estoque

� Razão Dívida/PIB� Importante indicador de política macroeconômica� Como a razão dívida/PIB aumenta?

� O que aumenta a dívida? � Diminuição do PIB

� A dívida por ser maior que o PIB de um país� Exemplo: Itália

ACE/MDIC (2002)

� Com relação aos conceitos de déficit e dívida pública, é incorreto afirmar que:

a) o fato de os impostos serem maiores do que os gastos públicos não financeiros não garante uma redução na proporção dívida pública/PIB

b) o déficit público pode ser considerado como "variável fluxo"c) a dívida pública pode ser considerada como "variável

estoque"d) a proporção dívida pública/PIB não pode ser maior do que 1e) quanto maiores forem as taxas nominais dos títulos

públicos, maior deverá ser a necessidade de financiamento do setor público em seu conceito nominal

� Resp.: Alternativa “d”

119

ACE/MDIC (2001)� “A razão da dívida pública em relação ao PNB, que

mensura a magnitude da dívida relativa ao tamanho da economia, diminui quando a taxa de crescimento da economia se eleva e quando o superávit primário aumenta”.

� Resp.: O gabarito da questão diz que o item é “correto”. O aumento da taxa de crescimento econômico reduz sim a razão dívida/PNB. Um aumento do superávit primário acarreta em uma maior possibilidade de pagamento da dívida, mas podemos ter um superávit primário conjunto a um déficit nominal, o que ocasiona um aumento da dívida. Notar que a questão do slide anterior (ACE/MDIC 2002, letra “a”) diz que um superávit primário não é suficiente para reduzir a razão dívida/PIB.

APO/MPOG (2002)� Considere:G = total de gastos não-financeiros do governo;

T = total da arrecadação não-financeira do governo;B = estoque da dívida pública;

i = taxa nominal de juros;r = taxa real de juros;Dcn = déficit público conceito nominal;

Dco = déficit público conceito operacional;D = déficit primário.

� Com base nestas informações, é correto afirmar que:a) Dcn = G – T + i.Bb) Dcn = G – (T + i.B)c) Dco = G – (T + r.B)

d) D = G – i.Be) Dco = G – r.B

Resp.:

� Alternativa “a”

ACE/MDIC (2001)

� “No Brasil, durante a última década, ocorreu um aumento substancial da dívida pública dos estados e municípios, provocado pelos déficits elevados desses governos subnacionais.”

� Resp.: Correto. Sabemos que um maior déficit ocasiona um maior acúmulo de dívida. No Brasil, na década de 1990, os governos subnacionais ocorreram em elevados déficits fiscais.

GESTOR/MPOG (2008)� Considere a seguinte definição:� “A necessidade de financiamento do setor público - resultado

nominal sem desvalorização cambial - corresponde à variação _________ dos saldos da dívida líquida, _________ os ajustes patrimoniais efetuados no período (privatizações e reconhecimento de dívidas). _________, ainda, o impacto da variação cambial sobre a dívida externa e sobre a dívida _________ interna indexada à moeda estrangeira (ajuste metodológico).”

� Completam corretamente a definição acima as seguintes palavras, respectivamente:

a) nominal, incluídos, Inclui, mobiliáriab) real, deduzidos, Inclui, líquidac) real, deduzidos, Inclui, mobiliáriad) nominal, deduzidos, Exclui, mobiliáriae) nominal, incluídos, Inclui, bruta

Resp.:

� Alternativa “d”

120

Outras formas de verificar o impacto dos impostos...

� Alta carga tributária� Curva de Laffer

� Crescimento Econômico� Efeito Crescimento

� Inflação� Imposto Inflacionário e Seignorage� Efeito Tabela� Efeito Tanzi� Efeito Patinkin

Curva de Laffer� A curva de Laffer versa sobre a relação

entre a alíquota média do imposto e a arrecadação

Alíquota Média

Arrecadação

� Quando a alíquota é zero, não há arrecadação de impostos...

� Quando a alíquota é plena, não há incentivos ao trabalho, e a arrecadação é novamente zero

� No alíquota t*, a arrecadação é máxima

� A partir de t*, o efeito substituição é superior ao efeito renda

t*

BNDES (2005)� A Curva de Laffer é uma construção teórica que representa a relação entre

as alíquotas de impostos (t) e a arrecadação do governo (T), segundo a qual:

(A) quanto maior a alíquota de determinado imposto, maior a arrecadação do governo, porque a função T = t.Y, onde Y representa a renda sobre a qual incide o imposto, é crescente em t;

(B) não há uma relação única entre t e T, porque, dependendo de outros fatores, que afetam Y, a função T = t.Y pode mostrar-se crescente ou decrescente em t;

(C) quanto menor a alíquota de impostos, maior é a arrecadação, porque uma baixa carga tributária estimula a atividade econômica, de modo que a Curva de Laffer mostra-se negativamente inclinada;

(D) existe, para cada país, uma alíquota ótima de impostos (t*) que maximiza a arrecadação do governo; qualquer alíquota maior que t* resulta em queda da arrecadação, porque aumenta desproporcionalmente a sonegação de impostos;

(E) existe, para cada país, uma alíquota ótima de impostos (t*) que maximiza a arrecadação do governo; qualquer alíquota maior que t* resulta em queda da arrecadação, porque representa um desincentivo à oferta de mão-de-obra e, portanto, à geração de renda por parte dos indivíduos.

� Resp.: Alternativa “e”

AFRF (1998)� A curva de Laffer sugerea) que, à medida que ocorre a tributação, a receita será

sempre crescenteb) que o mau desempenho da economia devia-se à

excessiva tributação dos agentes privados, consumidores e produtores

c) que a redução do ônus tributário forneceria estímulo para a recuperação econômica, aumentando a arrecadação do Governo

d) que maiores incidências produzem menores receitase) que as taxas muito baixas de impostos poderiam ser

aumentadas para gerar maiores receitas tributárias� Resp.: Alternativa “e”

AFRF (2000)� De acordo com os fundamentos da curva de Laffer,

identifique a opção falsa.a) Quando o ponto ótimo de alíquota é ultrapassado, a receita

tributária pode ser aumentada mediante elevação de alíquota.

b) Segundo Laffer, o imposto é pago sem sonegação se a alíquota for suficientemente baixa.

c) Há um ponto ótimo de alíquota que gera uma receita tributária máxima.

d) O modelo presume que o incentivo à sonegação cresce com a magnitude da alíquota.

e) A curva de Laffer mostra o efeito de variações na alíquota do imposto sobre a receita tributária.

� Resp.: Alternativa “a”

SEFAZ-CE (2006)� Quando uma sociedade está de acordo em que o governo deve

desempenhar determinadas funções públicas, é preciso levantar recursos públicos para pagá-las. Isso é feito por meio de tributação de serviços e bens finais, fatores de produção e outras atividades. Assinale a única opção falsa no que tange a efeitos do excesso de cobrança de impostos.

a) Os impostos neutros quanto à alocação de renda são atraentes para o governo.

b) O formato de corcova da curva de Laffer indica que a alíquota de imposto provoca tanta distorção na economia que, além de um determinado ponto (ponto de receita tributária máxima), a renda tributável declina mais depressa do que a alíquota de impostos diminui.

c) Quando o imposto de renda atinge níveis muito elevados, os aumentos da alíquota levam à diminuição das receitas com impostos.

d) A curva de Laffer não é levada muito a sério para propósitos de política, já que a localização de seu ponto máximo é desconhecida.

e) Os impostos neutros quanto à alocação de renda não afetam o comportamento econômico.

121

Resp.:

� Alternativa “b”

GESTOR/MPOG (2002)

� A curva que relaciona as taxas de tributação com as receitas tributárias é conhecida como:

a) curva de Phillipsb) curva de Engelc) curva de demanda hicksianad) curva de Lorenze) curva de Laffer

� Resp.: Alternativa “e”

IMPOSTO INFLACIONÁRIO E SEIGNORIAGE

� Um processo inflacionário contínuo corrói o poder de compra da moeda...

� ... Isto pode ser interpretado com um imposto sobre quem detém moeda...

� ... o chamado imposto inflacionário� O imposto inflacionário é considerado regressivo,

pois a população de menor rendimento tem menor capacidade de se “proteger” da inflação� Com aplicações no mercado financeiro, por exemplo

IMPOSTO INFLACIONÁRIO E SEIGNORIAGE

� O processo inflacionário está associado a um aumento da quantidade de moeda na economia�Aumento da base monetária

� O “ganho” do governo devido à emissão de moeda se chama “Seignoriage” ou “Senhoriagem”

� O que acontece na verdade, é o financiamento dos gastos do governo via emissão de moeda!

GESTOR/MPOG (2002)� Assinale a opção que preenche corretamente a lacuna

abaixo.� Os governos podem obter volumes significativos de

recursos ano após ano pela emissão de moeda, isto é, aumentando a base monetária. Esta fonte de receita é, às vezes, conhecida como _____________, que é a habilidade do governo para aumentar a receita por meio do seu direito de criar moeda.

a) crowding outb) coeteris paribusc) seignioraged) break-even pointe) take-off� Resp.: Alternativa “c”

Efeito-Tabela

� Outro efeito da inflação sobre a carga fiscal...� Suponha que a renda dos indivíduos seja

sempre reajustada de acordo com o índice de inflação oficial

� E que a tabela do imposto de renda seja reajustada em uma magnitude inferior ao valor do mesmo índice de preços

� O que acontece? As pessoas passam a pagar mais impostos, por conta do efeito tabela !

122

Efeito Tanzi� Há um intervalo de tempo entre a ocorrência do

fato gerador do tributo e o recolhimento dele aos Tesouro Nacional� Exemplo: ajuste anual do imposto de renda

� Se ocorre inflação nesse intervalo entre o fato gerador e o recolhimento, o governo acaba recebendo o valor dos tributos corroído pela inflação� Ou seja, recebe menos recursos em termos reais

� Esse é o Efeito Tanzi : a perda de arrecadação devido à inflação� Também chamado de Efeito Oliveira-Tanzi

Efeito Patinkin

� Por sua vez, se o governo postergar o seu cronograma de gastos...

� ... em um ambiente inflacionário...� ..o governo acaba gastando menos em

termos reais� Esse é chamado Efeito Patinkin� Também chamado ou de Efeito Tanzi da

Despesa ou de Efeito Bacha

AFRF (2000)� Assinale a única opção correta no que diz respeito ao efeito

Tanzi e às finanças públicas.a) Segundo o efeito Tanzi, a inflação tende a corroer as

expectativas da sociedade como um todo.b) De acordo com o efeito Tanzi, quanto maior a inflação, maior a

arrecadação real do governo.c) O efeito Tanzi apresenta a relação entre as altas taxas de

inflação e o futuro quadro econômico a ser enfrentado pelo empresariado e pelo setor governamental.

d) O efeito Tanzi demonstra que a inflação tende a corroer o valor da arrecadação fiscal do governo, pela defasagem existente entre o fato gerador e o recolhimento efetivo do imposto.

e) O efeito Tanzi afirma que o imposto inflacionário representa a taxação que o Banco Central impõe à coletividade, pelo fato de deter o monopólio das emissões.

� Resp.: Alternativa “d”

GESTOR/MPOG (2002)� O efeito ______________ defende que a inflação reduz a receita

tributária em termos reais em decorrência da defasagem entre o fato gerador do imposto e sua efetiva coleta (recebimento dos recursos pela autoridade fiscal). Uma das formas de o governo minimizar tal efeito é adotar a indexação do sistema tributário, ou seja, cobrar os impostos em termos de um índice que acompanhe a evolução da inflação. O efeito __________, por sua vez, sugere que a elevação dos preços pode proporcionar uma redução do déficit público por meio da queda real nos gastos públicos, e, para isso ocorrer, basta o governo adiar pagamentos e postergar aumentos de salários num ambiente de aceleração inflacionária.

a) Keynes - Tanzib) Fischer - deslocamentoc) Patinkin - Keynesd) deslocamento - Fischere) Tanzi – Patinkin� Resp.: Alternativa “e”

TCU (2002)� O efeito Patinkin sugere que a elevação dos preços pode

proporcionar a redução do déficit público por meio da queda real nos gastos públicos. Identifique qual a medida que, tomada pelo governo, não reduz o déficit público.

a) Adiar pagamentos em um regime inflacionário.b) Postergar aumentos de salários em um ambiente de

aceleração inflacionária.c) Utilizar a inflação na contribuição da redução real da receita.d) Administrar os recursos na “boca do caixa”.e) Usar o efeito Patinkin para acomodar ex ante, pela Lei

Orçamentária, o conflito distributivo de recursos entre os vários setores, como educação, saúde, entre outros.

� Resp.: Alternativa “c”

SEFAZ-CE (2006)� De acordo com a Teoria das Finanças Públicas, assinale a única opção falsa

no que diz respeito a efeitos e relações da inflação no déficit público e na carga tributária.

a) Uma forma que os governos encontraram para minimizar o efeito Tanzi é adotar a desindexação do sistema tributário.

b) A senhoriagem é definida como receita total do governo oriunda do aumento da base monetária.

c) Existe um nível de inflação que maximiza a receita do imposto inflacionário e, a partir desse ponto, a queda da base de arrecadação mais que compensa o aumento da inflação, que funciona como a alíquota do imposto.

d) O efeito Tanzi defende que a inflação reduz a receita tributária em termos reais em decorrência da defasagem entre o fato gerador do imposto e sua efetiva coleta.

e) Uma das principais fontes de financiamento do déficit público é a emissão monetária, podendo-se afirmar que um excesso de aumento da oferta de moeda na economia gera aumento dos preços e os detentores da moeda acabam arcando com uma redução em seu poder aquisitivo.

� Resp.: Alternativa “a”

123

Efeito Crescimento

� Um crescimento econômico acarreta em um aumento da carga fiscal...

� ... Uma vez que mais pessoas irão englobar o bloco que paga mais imposto (de renda, por exemplo).

� Em outras palavras, quanto maior a renda, mais pessoas estarão na faixa de maior pagamento do imposto de renda�Esse é o efeito crescimento

FINANÇAS PÚBLICAS PARA CONCURSOS

NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO

Prof. Daniel da Mata

NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO - NFSP

� Déficit Público vs. Dívida Pública� Dois métodos de cálculo da dívida pública

�Acima da linha

�Abaixo da linha

�+ Efeitos da dívida pública na economia� Visão tradicional vs. Visão ricardiana

AFRF (2000)� Utilizando conceitos básicos de finanças públicas, assinale a

única opção correta em relação ao déficit público.a) A diferença entre o déficit primário e o déficit operacional

está em que o primeiro considera as despesas e receitas financeiras.

b) O déficit nominal é sempre menor do que o déficit operacional.

c) A diferença entre o déficit operacional e o déficit nominal está em que o segundo não considera o imposto inflacionário como receita real do governo.

d) O déficit público é a única causa de expansão da base monetária.

e) Enquanto o país conviveu com elevadas taxas de inflação, o déficit nominal foi menor do que o déficit primário.

� Resp.: Alternativa “c”

SEFAZ-RJ/ICMS (2008)

• Resp.: Alternativa “b”

AFC/STN (2002)

� O cálculo das Necessidades de Financiamento do Governo Central (NFGC) é baseado em metodologia aceita internacionalmente pelas principais entidades governamentais e financeiras. Para se obter o conceito de resultado primário são consideradas apenas as receitas:

a) provenientes da privatização.b) obtidas no mercado financeiro.c) genuínas.d) de operações de crédito.e) decorrentes de aplicação financeira.� Resp.: Alternativa “c”

124

AFRF (2002)� Com relação aos impactos de um déficit orçamentário do

governo na economia, aponte a única opção falsa.a) O déficit orçamentário do governo reduz a poupança

nacional.b) O déficit orçamentário do governo representa poupança

pública negativa.c) Os déficits orçamentários do governo não afetam o

mercado de câmbio.d) Os déficits orçamentários do governo expulsam o

investimento interno.e) Os déficits orçamentários do governo aumentam as taxas

de juros.� Resp.: Alternativa “c”

AFRF (2003)� Aponte a única opção incorreta no que diz respeito a

impostos, déficit público e seus impactos.a) As despesas do governo e os impostos afetam o mercado

de capitais.b) Aumentos nos impostos reduzem a renda disponível.c) O déficit público reduz a poupança nacional, provocando

alta das taxas de juros reais.d) Quando o governo gasta mais do que arrecada, precisa

obter empréstimos para financiar seu déficit.e) O déficit público provoca um aumento do investimento

privado.� Resp.: Alternativa “e”

AFRF (2005)� A diferença entre a arrecadação tributária e o gasto público leva a um dos

conceitos mais discutidos na economia brasileira nos últimos anos, que é o déficit público. Identifique a opção incorreta no que diz respeito a déficit público e finanças públicas.

a) Para evitar distorções causadas pela inflação, é desejável se utilizar o conceito de déficit operacional do setor público, onde, do lado da despesa, são excluídos os gastos com correção cambial e monetária das dívidas interna e externa.

b) O déficit público é equivalente à diferença entre o valor dos investimentos públicos e a poupança do governo em conta corrente.

c) Ao financiar o déficit público com a colocação de títulos junto ao setor privado, o governo aumenta as pressões inflacionárias do excesso de moeda e expande a dívida interna.

d) O governo pode financiar o déficit público por meio de emissão de moeda ou via colocação de títulos públicos junto ao setor privado.

e) O conceito de déficit primário exclui, além dos pagamentos relativos à correção monetária, as despesas com juros reais das dívidas interna e externa, refletindo, na prática, a situação das contas públicas, caso o governo não tivesse dívida.

� Resp.: Alternativa “c”

SEFAZ-CE (2006)� Segundo a Teoria das Finanças Públicas, indique a única opção

errada no que diz respeito aos conceitos de déficit público.

a) O conceito de déficit primário mostra, efetivamente, a condução da política fiscal do governo.

b) Um ponto importante a ser destacado em relação ao déficit público e seu financiamento é o comportamento da variável dívida ao longo do tempo.

c) A relevância do conceito de déficit primário está no fato de separar o esforço fiscal do impacto das variações nas taxas de juros e câmbio.

d) Uma medida muito utilizada para avaliar a capacidade de pagamento do setor público é a relação dívida/PIB.

e) Quando se mede o déficit com base na execução orçamentária, das entidades que o geram, isto é, diretamente das receitas e das despesas, usa-se o método denominado “acima da linha”.

Resp.: Alternativa “c”

AFC/CGU (2006)� Com relação a déficit público e dívida pública, não se pode

afirmar quea) para avaliar o estímulo do governo à atividade econômica

em termos de complementação da demanda privada, há interesse em se medir o tamanho do déficit público.

b) quando o déficit público é menor que zero, o governo está fazendo uma política fiscal contracionista.

c) se o déficit público for maior que zero, o governo estará contribuindo para aumentar a demanda.

d) caso o governo incorra em um déficit, o gasto que supera a receita deverá ser financiado de alguma forma.

e) quanto menor for o estoque da dívida pública, maior será o gasto com juros.

� Resp.: Alternativa “e”

APO/MPOG (2008)� Nos últimos anos tem crescido o debate em torno da atuação do

governo na economia, particularmente no Brasil. Com relação aos conceitos de déficit e dívida pública, não se pode afirmar que:

a) o déficit público é a diferença entre o investimento público e a poupança do governo em conta corrente.

b) o endividamento do setor público representa nova categoria de gastos públicos: a rolagem e o pagamento dos serviços dessa dívida.

c) quanto maior for o estoque da dívida, maior será o gasto com juros e, conseqüentemente, menor será a diferença entre carga tributária bruta e líquida.

d) como alternativas de financiamento do déficit público, podem ser citadas a venda de títulos ao setor privado e a venda de títulos ao Banco Central.

e) o tamanho do déficit público, em última instância, dá a participação do governo na atividade econômica em termos de complementação da demanda privada.

� Resp.: Alternativa “c”

125

SEFAZ-CE (2006)� De acordo com os vários conceitos de déficit para acompanhar o

desempenho das contas públicas, indique a única opção falsa. a) O conceito de déficit operacional foi utilizado no Brasil nos períodos de

inflação elevada para se ter uma medida nominal do déficit público.b) O conceito de déficit de caixa, que se refere aos resultados do Tesouro

Nacional, é limitado, porque é passível de controles temporais, por meio, por exemplo, do retardamento das liberações de recursos.

c) Superávits operacionais ocorreram em 1990-1991, conseqüência do aumento da carga tributária e da redução das despesas com juros, viabilizada pelo bloqueio dos ativos financeiros do Plano Collor.

d) As necessidades de financiamento do setor público correspondem ao conceito de déficit nominal apurado pelo critério “acima da linha”.

e) O conceito de déficit nominal corresponde aos gastos totais deduzidas as receitas totais.

� Resp.: Alternativa “a”

AFC/STN (2000)

� Identifique a opção correspondente ao parâmetro de política pública que mede a pressão fiscal do governo sobre o mercado de bens e serviços.

a) superávit operacionalb) superávit primárioc) déficit operacionald) déficit correntee) superávit nominal� Resp.: Alternativa “c”

QUESTÕES EXTRAS

INFRAERO (2004)� O multiplicador de investimentos keynesiano, para

uma economia fechada, sem governo, corresponde:

(a) à propensão marginal a consumir;(b) ao inverso da propensão marginal a poupar;(c) à eficiência marginal do investimento;(d) à taxa de juros;(e) à propensão média a consumir.

� Resp.: Alternativa “b”. Lembrar que a propensão marginal a poupar é (1 – c). E que o multiplicador em uma economia fechada e sem governo é igual a 1/(1-c)

MPU (2004)� Com relação ao conceito do multiplicador da renda, é correto

afirmar quea) quanto maior a propensão marginal a consumir, maior

tenderá ser o valor do multiplicador.b) o valor do multiplicador não pode ser maior do que 2.c) o valor do multiplicador não pode ser maior do que 10.d) o valor do multiplicador para uma economia fechada tende a

ser menor do que para uma economia aberta.e) o valor do multiplicador pode ser negativo.

� Resp.: Alternativa “a” está correta. Quanto maior a propensão marginal a consumir, maior o multiplicador. As alternativas “b” e ”c” estão erradas uma vez que o multiplicador pode assumir um valor maior do que 10 (é só pensar em uma propensão marginal a consumir muito elevada, digamos, de 0,99). Sabemos que o multiplicador em uma economia aberta tende a ser maior e, por fim, o multiplicador não pode ser negativo.

ACE/TCU (2002)� Com base no multiplicador keynesiano numa economia

fechada, é incorreto afirmar que:a) se a propensão marginal a poupar for igual a 0,4, então o

valor do multiplicador será de 2,5.b) na possibilidade de a propensão marginal a poupar ser

igual à propensão marginal a consumir, o valor do multiplicador será igual a 1.

c) se a propensão marginal a consumir for menor do que a propensão marginal a poupar, então o multiplicador será necessariamente menor do que 2.

d) seu valor tende a ser maior quanto menor for a propensão marginal a poupar.

e) o seu valor nunca pode ser negativo.� Resp.: Alternativa “b” está incorreta. Se a propensão

marginal a poupar ser igual à propensão marginal a consumir, então c=0,5 e o multiplicador é igual a 2.

126

APO/MPOG (2002)� Com relação ao multiplicador keynesiano, é correto afirmar que:a) se a propensão marginal a consumir for igual à propensão

marginal a poupar, o seu valor será igual a um. b) numa economia fechada, seu valor depende da propensão

marginal a poupar, pode ser menor do que um e só é válido para os gastos do governo.

c) numa economia aberta seu valor depende da propensão marginal a consumir e importar, pode ser negativo e vale apenas para os gastos do governo e exportações autônomas.

d) numa economia fechada, seu valor depende da propensão marginal a poupar, não pode ser menor do que um e vale para qualquer componente dos denominados gastos autônomos agregados.

e) seu valor para uma economia fechada é necessariamente menor do que para uma economia aberta.

� Resp.: Alternativa “d”

AFRF (2000)� Considere as seguintes informações para uma economia hipotética, num

determinado período de tempo, em unidades monetárias:Consumo autônomo = 100;Investimento agregado = 150;Gastos do governo = 80;Exportações = 50;Importações = 30.� Pode-se então afirmar que,a) se a propensão marginal a consumir for 0,8, a renda de equilíbrio será de

1700b) se a propensão marginal a poupar for 0,3, a renda de equilíbrio será de

1700c) se a propensão marginal a consumir for de 0,6, a renda de equilíbrio será

de 1730d) se a propensão marginal a consumir for 0,7, a renda de equilíbrio será de

1800e) se a propensão marginal a poupar for 0,2, a renda de equilíbrio será de

1750

Resp.:� Y= C + I + G + X - M� Y= Ca + c(Y-T) + Ia + Ga + Xa – Ma – mY� Y-c(Y-T)-mY= Ca + Ia + Ga + Xa - Ma

�Não há tributação, nem importação como função da renda

� Y-cY=100+150+80+50-30� Y(1-c)=350� Se s=0,2 � c=0,8 � Y=350/0,2 � Y = 1750� Resp.: Alternativa “e”

ACE/MDIC (2002)� Considere as seguintes informações:Produto agregado de equilíbrio = 1000;Consumo autônomo = 50;Investimento agregado = 100;Exportações = 50;Importações = 30;Gastos do Governo = 100.� Considerando o modelo de determinação da renda, é correto

afirmar que o valor da propensão marginal a consumir, do consumo total e do multiplicador são, respectivamente:

a) 0,73; 780; 3,70 aproximadamente.b) 0,80; 800; 2,60 aproximadamente.c) 0,90; 950; 4,10 aproximadamente.d) 0,73; 500; 1,50 aproximadamente.e) 0,80; 400; 1,38 aproximadamente.

Resp.:� Y= C + I + G + X - M

� Y= Ca + c(Y-T) + Ia + Ga + Xa – Ma – mY

� Y-c(Y-T)-mY= Ca + Ia + Ga + Xa - Ma� Não há tributação, nem importação como função da

renda

� 1000*(1-c)=50+100+100+50-30� 1-c = 270/1000 � c = 0,73

� Consumo total = Ca + cY = 50 + 0,73*1000 = 780

� Multiplicador: 1/(1-c) = 1/(1-0,73) = 3,703703...

� Resp.: Alternativa “a”

AFPS (2002)� Considere as seguintes informações:C = 100 + 0,7YI = 200G = 50X = 200M = 100 + 0,2Y,� onde C = consumo agregado; I = investimento agregado;

G = gastos do governo; X = exportações; M = importações. Com base nessas informações, a renda de equilíbrio e o valor do multiplicador são, respectivamente:

a) 900 e 2 b) 1.050 e 1,35 c) 1.000 e 1,5d) 1.100 e 2 e) 1.150 e 1,7

127

Resp.:� Vamos utilizar mais uma vez a equação de

equilíbrio� Y= C + I + G + X - M� Y= Ca + c(Y-T) + Ia + Ga + Xa – Ma – mY

� Y-c(Y-T)-mY= Ca + Ia + Ga + Xa - Ma� Não há tributação, T=0

� Y-cY+mY=100+150+80+50-30� Y(1-c+m)=350� c=0,7 e m = 0,2 � Y= (1/0,5)*450

Y = 2*450 = 900

� Resp. “a”Multiplicador

Renda de equilíbrio

BACEN (2002)� ConsidereC = 100 + 0,8YI = 300G = 100X = 100M = 50 + 0,6Y� Onde:C = consumo agregado; I = investimento agregado; G =

gastos do governo; X = exportações; e M = importações.Supondo um aumento de 50% nos gastos do governo, pode-

se afirmar que a renda de equilíbrio sofrerá um incremento de, aproximadamente:

a) 55,2 % b) 15,2% c) 60,1% d) 9,1 % e) 7,8 %

Resp.:� Mais uma vez:

� Y= C + I + G + X - M� Y= Ca + c(Y-T) + Ia + Ga + Xa – Ma – mY

� Y-c(Y-T)-mY= Ca + Ia + Ga + Xa - Ma� Não há tributação, T=0

� Y-cY+mY=100+300+100+100-50� Y(1-c+m)=550� c=0,8 e m = 0,6 � Y= (1/0,8)*550

Y = 1,25*550 = 687,5� Se Ga crescer 50%, então Ga = 150 e Y’ = 1,25*600 = 750� Logo a nova renda de equilíbrio é 9,1% (é só fazer

750/687,5) maior do que a antiga renda de equilíbrio� Resp. “d”

ANA (2006)� Uma implicação direta dos estabilizadores

automáticos é o fato de eles permitirem um crescimento maior da renda ao longo do tempo.

� Resp.: Errado. Os estabilizadores agem exatamente para suavizar o crescimento da renda.

� “No curto prazo, um aumento na propensão marginal a poupar, decorrente, por exemplo, da redução do valor real esperado das pensões e das aposentadorias devido à crise atual do sistema de seguridade social, desloca a curva de demanda agregada para cima e para a direita.”

� Resp.: Errado

GESTOR (2002)

� No modelo IS-LM um aumento dos gastos públicos (política fiscal expansionista) promove um deslocamento da curva IS e um aumento da oferta de moeda (política monetária expansionista) promove um deslocamento da curva LM, respectivamente, para:

a) direita e direitab) esquerda e esquerdac) direita e esquerdad) esquerda e direitae) baixo e cima

Resp.:� Alternativa “a”

� Um aumento do gasto público desloca a IS para cima e para direita

� Um aumento da oferta monetária desloca a LM para direita e para baixo

Y

r

IS

LMLM’

IS’

128

ANS (2005)

� Constitui um exemplo de política fiscal expansionista a decisão da Receita Federal de aumentar, por medida provisória, o IR e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para empresas prestadoras de serviços.

� Resp.: Errado. É exatamente o contrário: um aumento dos impostos equivale a uma política fiscal restritiva.

GESTOR (2002)

� No modelo IS-LM para uma economia fechada, indique as conseqüências de um aumento dos gastos públicos, coeteris paribus, sobre o deslocamento da curva IS (IS), sobre a renda real (Y) e sobre a taxa real de juros (i).

a) IS – esquerda; Y – redução e i – elevaçãob) IS – direita; Y – elevação e i – elevaçãoc) IS – esquerda; Y – elevação e i – reduçãod) IS – direita; Y – redução e i – reduçãoe) IS – esquerda; Y – elevação e i – elevação

� Resp.: Alternativa “b”. Um aumento dos gastos do governo desloca a IS para a direita, elevando tanto a renda (Y) quanto a taxa real de juros (i)

AFPS (2002)� Considere o modelo IS/LM. Suponha a LM horizontal. É

correto afirmar que:a) a situação descrita na questão refere-se ao chamado “caso

clássico”.b) uma elevação das exportações não altera o nível do produto.c) uma elevação dos gastos públicos eleva tanto as taxas de

juros quanto o nível do produto.d) uma política fiscal expansionista eleva o produto, deixando

inalterada a taxa de juros.e) não é possível elevar o nível do produto a partir da utilização

dos instrumentos tradicionais de política macroeconômica.

Resp.:� Alternativa “d”

� Um aumento do gasto público desloca a IS para cima e para direita

� Há um aumenta da renda agregada

� A taxa de juros permanece a mesma Y

r

IS

LM

IS’

AFC (2005)

� No modelo IS/LM sem os denominados casos clássicos e keynesiano, a demanda por moeda

a) não varia com a renda e com a taxa de juros.b) não depende da renda.c) só depende da taxa de juros quando esta taxa produz juros

reais negativos.d) é inversamente proporcional à renda.e) é inversamente proporcional à taxa de juros.

� Resp.: Neste caso, a demanda por moeda depende negativamente da taxa de juros e proporcionalmente da renda. A única que contempla alguma dessas possibilidades é a alternativa “e”.

AFRF (2000)� Considerando o modelo IS/LM com os casos denominados de

"clássico" e da "armadilha da liquidez", podemos afirmar que:a) no "caso clássico", deslocamentos da curva IS só altera o nível

do produto uma vez que a taxa de juros é fixa. b) tanto no "caso clássico" quanto no caso da "armadilha da

liquidez", elevações dos gastos públicos causam alterações no produto. A diferença, entre os dois casos, está apenas na possibilidade ou não de alterações nas taxas de juros.

c) no caso da "armadilha da liquidez", a política fiscal é totalmente inoperante, ocorrendo o oposto no "caso clássico".

d) tanto no "caso clássico" quanto no caso da "armadilha da liquidez", o nível do produto é dado. A diferença está apenas nos efeitos dos deslocamentos da curva IS sobre as taxas de juros.

e) o "caso clássico" ocorre quando a demanda por moeda é totalmente insensível à taxa de juros; já o caso da "armadilha da liquidez“ ocorre quando a demanda por moeda é infinitamente elástica em relação à taxa de juros.

129

Resp.:� (a) Errado. No caso clássico, a política fiscal não

tem impacto sobre o produto� (b) Errado. Novamente, no caso clássico, a política

fiscal não tem impacto sobre o produto� (c) A alternativa troca os conceitos. A política fiscal

é inoperante no caso clássico e eficiente no caso da armadilha da liquidez

� (d) Errado. Há uma diferença com relação à eficiência de políticas econômicas durante um cenário do caso clássico e um outro cenário de armadilha pela liquidez

� (e) Correto.

INFRAERO (2004)

� Se a curva LM é totalmente vertical, caracteriza-se o caso:

(a) keynesiano;

(b) marshalliano;

(c) marxista;

(d) clássico;

(e) kaleckiano.

� Resp.: A LM vertical caracteriza o caso clássico. A alternativa “d” está correta.

ACE/MDIC (1998)� O termo "armadilha da liquidez" refere-se a uma situação

ondea) o nível de investimento não pode ser elevado, e portanto

encontra-se "preso" no seu equilíbrio presenteb) as autoridades monetárias reduziram a oferta de moeda de

forma demasiadamente drástica para que o nível de produto possa aumentar

c) a oferta de moeda torna-se inelástica a uma dada taxa de juros

d) a curva de demanda por moeda torna-se infinitamente elástica a uma dada taxa de juros

e) a demanda especulativa por moeda aumenta dada uma taxa de juros baixa

� Resp.: Alternativa “d”

AFC (2002)� Considere o modelo IS/LM com as seguintes hipóteses:• ausência dos casos “clássico” e da “armadilha da

liquidez”;• curva IS dada pelo “modelo keynesiano simplificado”

supondo que os investimentos não dependam da taxa de juros.

� Com base nestas informações, é incorreto afirmar que:a) aumento nos investimentos autônomos eleva o produto.b) uma política fiscal expansionista eleva as taxas de juros.c) um aumento no consumo autônomo eleva o produto.d) uma elevação nas exportações eleva as taxas de juros.e) uma política monetária contracionista reduz o produto.� Resp.: Alternativa “e”. Como o investimento é insensível

à taxa de juros, uma política monetária contracionista não tem a capacidade de reduzir o produto agregado

AFRF (2003)

� Com relação ao modelo IS/LM, é incorreto afirmar quea) quanto maior a taxa de juros, menor é a demanda por

moeda.b) na ausência dos casos clássico e da armadilha da liquidez,

uma política fiscal expansionista eleva a taxa de juros.c) na ausência dos casos clássico e da armadilha da liquidez,

uma política fiscal expansionista eleva a renda.d) no caso da armadilha da liquidez, uma política fiscal

expansionista não aumenta o nível de renda.e) quanto maior a renda, maior é a demanda por moeda.� Resp.: A alternativa “d” está incorreta, visto que na

armadilha da liquidez uma política fiscal é eficiente.

ACE/MDIC (2001)� Avalie as assertivas:� “(1) Se a função consumo for C = 100 + 0,8 × (Y-T), em que

C, Y e T representem, respectivamente, o consumo, a renda e a tributação, e se o governo aumentar os impostos e a despesa pública no mesmo montante, então o nível de renda da economia não será afetado.”

� Resp.: Errado. O impacto do aumento dos impostos do governo está relacionado à propensão marginal a consumir (no caso 0,8). Um aumento da despesa pública é autônoma e tem um impacto direto 1-1.

� “(2) De acordo com a teoria da preferência pela liquidez, o aumento das taxas de juros reduz a quantidade de moeda que as pessoas desejam reter”.

� Resp.: Certo. Um aumenta da taxa de juros eleva o custo de oportunidade de reter moeda

130

AFC/STN (2005)� No modelo IS/LM, é correto afirmar que a) no caso keynesiano, a demanda por moeda pode

ser expressa de forma semelhante à teoria quantitativa da moeda.

b) o caso da armadilha da liquidez ocorre quando a taxa de juros é extremamente alta.

c) no caso clássico, a LM é horizontal. d) o governo pode utilizar a política monetária para

anular os efeitos de uma política fiscal expansionista sobre as taxas de juros.

e) uma política fiscal expansionista aumenta as taxas de juros

Resp.:� (a) No caso Keynesiano, a demanda por moeda

dependa da taxa de juros e da renda; enquanto que na teoria quantitativa da moeda, a demanda por moeda só é função da renda.

� (b) A armadilha da liquidez ocorre quando a taxa de juros é muito baixa

� (c) No caso clássico, a LM é vertical� (d) Correto! É só pensar em um deslocamento

tanto da IS quanto da LM� (e) Não necessariamente. Dependa do formato da

curva LM

SENADO (2002)

� Ocorre efeito deslocamento (crowding out), quando o aumento dos gastos públicos eleva a renda, desloca a demanda de moeda para a direita, aumenta a taxa de juros e reduz o investimento privado.

� Resp.: Correto!

GESTOR (2002)� A demanda real de moeda é expressa por (M / P) = 0,3 Y –

40 r, onde Y representa a renda real e r a taxa de juros. A curva IS é dada por Y = 600 – 800 r, a renda real de pleno emprego é 400, enquanto o nível de preços se mantém igual a 1. Indique o valor da oferta de moeda necessária para o pleno emprego.

a) 80b) 90c) 100d) 110e) 120� Resp.: Alternativa “d”

AFRF (2005)� Considere:Md = demanda por moedaP = nível geral de preçosY = renda agregadar = taxa de juros� Considere ainda:Demanda real por moeda: Md/P = 0,3.Y – 20.rRelação IS: Y = 650 – 1.000.rRenda real de pleno emprego = 600� Considerando todas essas informações e supondo ainda que o

nível geral de preços seja igual a 1, pode-se afirmar que a oferta real de moeda no equilíbrio de pleno emprego é igual a

a) 183. b) 139. c) 123. d) 97. e) 179.

� Resp.: Alternativa “e”

(ESAF – Analista da CVM - Área: Mercado de Capitais – 2010) .

� Considere o modelo keynesiano simplificado, fechado e com governo. É correto afirmar que política de expansão dos gastos do governo:

a) será neutra, porque o investimento público substituirá o investimento privado (crowding out).b) terá impacto menor sobre o crescimento da renda do que a política de transferência de renda dogoverno.c) terá impacto maior do que política de transferência de renda, na proporção do inverso da propensão marginal a consumir.d) afeta o dispêndio agregado, mas não afeta a renda da economia.e) afeta negativamente o dispêndio agregado e a renda da economia.

131

� Resp.: Alternativa “c”

(ESAF – PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – FISCAL DE RENDAS – 2010)

� A partir de um modelo keynesiano simplificado, fechado e sem governo, podemos dizer que, quando a produção está acima do equilíbrio macroeconômico,

a) o investimento equivale à poupança.

b) há excesso de demanda por bens.

c) há excesso de oferta de moeda.d) a taxa de juros da economia deve cair.

e) a produção supera a demanda.

� Resp.: Alternativa “e”

(CESPE – TCU – 2011).

� Acerca de aspectos relacionados com as funções de governo, julgue os itens que se seguem.

� ( ) A adequação entre o montante global de despesas e o volume previsto para a arrecadação não deve ser a única preocupação dos formuladores da política fiscal do governo federal.

� ( ) Bens públicos são aqueles que, embora passíveis de exploração pelo setor privado, têm sua produção assumida pelo Estado, porque constituem uma necessidade coletiva ou estão associados a benefícios sociais importantes.

� Resp.: Verdadeiro e Falso

ACE/MDIC (2012)� Considere o modelo de oferta e demanda por moeda e o modelo

keynesiano. Suponha um aumento nos gastos públicos. Considerando tudo mais constante, é correto afirmar que o aumento dos gastos públicos provocará

a) uma redução na demanda por moeda. Se a oferta de moeda ficar estável, o efeito final será a ocorrência de um equilíbrio com taxas de juros mais baixas.

b) uma redução na demanda por moeda, pois tornará os títulospúblicos mais atrativos.

c) um aumento na taxa de juros por resultar em um aumento na base monetária sem alterar a demanda por moeda.

d) um aumento na taxa de juros por elevar a demanda por moeda.

e) uma queda na demanda por moeda com efeitos nulos sobre a taxa de juros no curto prazo.

132

� Resp.: Alternativa “d”

(APO-ESAF-2008 )� A utilização de indicadores sociais como parte da avaliação da riqueza de

um país insere-se na discussão entre crescimento e desenvolvimento econômico. Com relação a indicadores sociais, aponte a única opção falsa.

a) Uma avaliação de como a renda é distribuída na economia pode ser realizada a partir do índice de Gini, com este índice variando de zero a um.b) Quando o índice de Gini está mais próximo da unidade, pior é a concentração de renda.c) O índice de Desenvolvimento Humano (IDH), criado pelas Nações Unidas, tem como objetivo avaliar a qualidade de vida nos países.d) O IDH agrega, em sua metodologia de cálculo, três variáveis: saúde, educação e renda per capita.e) O IDH varia de zero a um, classificando os países em três grupos: os de baixo desenvolvimento (IDH maior do que 0,8); os de médio desenvolvimento (IDH entre 0,5 e 0,8); e os de alto desenvolvimento (IDH menor do que 0,5).

� Resp. Alternativa “e”

(ACE/MDIC – ESAF – 2012).� O índice de desenvolvimento humano vem sendo utilizado

crescentemente, em contraposição com o PIB per capita. É, evidentemente, mais abrangente que os indicadores tradicionais, até porque transcende aspectos meramente econômicos e quantitativos. Um dos parâmetros para a sua aferição é:

a) proporção entre a população com mais de 60 anos e com até 15 anos.b) PIB por habitante, em dólar ponderado pela paridade do poder de compra.c) proporção de analfabetos na população economicamente ativa.d) taxa anual de desmatamento.e) taxa de matrícula no 10 grau.

� Resp. Alternativa “b”

(APO-ESAF-2010 ).

� O estudo das desigualdades de rendas no Brasil aponta de forma sistemática um elevado grau de desigualdade regional. O indicador usado para auferir o grau de concentração de renda, que consiste em um número entre zero (0) e um (1), em que 1 corresponde à completa desigualdade, é:

a) Índice de Laspeyres.b) Índice de Desenvolvimento Humano.c) Índice de Gini.d) Índice de Fisher.e) Índice de Paasche.

133

� Resp. Alternativa “c”

(ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2008)

� Assim entendida como a atuação do governo no que diz respeito à arrecadação de impostos e aos gastos públicos, a política fiscal possui como objetivos, exceto:

a) prestação de serviços públicos (atendimento de necessidades da comunidade).b) redistribuição de renda (bem-estar social).c) estabilização econômica, que corresponde ao controle da demanda agregada (C+I+G+X-Z) no curto prazo.d) promoção do desenvolvimento econômico, que corresponde ao estímulo da oferta agregada.e) controle da moeda nacional em relação a outras moedas.

� Resp. Alternativa “e”

Gestor (2013) - ESAF� Em relação ao modelo de oferta e demanda agregada, é correto

afirmar que:a) a curva de demanda agregada é equivalente à curva de demanda definida pela análise microeconômica, ou seja, ela pode ser determinada a partir do processo de maximização da função utilidade sujeita a uma restrição orçamentária.b) a curva de oferta agregada de curto prazo é equivalente à curva de oferta defi nida pela análise microeconômica, ou seja, trata-se da curva de custo marginal acima da curva de custo médio mínimo.c) é possível derivar a curva de demanda agregada a partir do modelo IS/LM.d) se os preços da economia são rígidos, as curvas de oferta e demanda agregadas, de curto e de longo prazo, possuirão a mesma inclinação.e) um aumento dos gastos do governo desloca a curva de oferta agregada de longo prazo no sentido de elevar a renda da economia.

� Resp. Alternativa “c”