introdução monografia

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Introdução

Ao longo de uma formação acadêmica para se tornar professor de química,

além de um curso teórico muito difícil é necessário que ao fim dos estágios nas

escolas públicas e/ou privadas os futuros professores estejam aptos a lecionar de

maneira que a disciplina seja atraente para o público que irá aprendê-la. Muitos

desafios aparecem até a formatura e um deles seria como mostrar para os alunos

que a Química é uma disciplina interessante e que a entendendo bem, podem usar o

que aprenderam em sala de aula no dia-a-dia fora dela.

O professor de química deve mostrar para os alunos que a química não é a

grande vilã do final do século. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais –

PCN - (2000) os meios de comunicação informam a população de maneira

superficial, errada ou exagerando no linguajar técnico. A escola juntamente com o

professor precisa evoluir junto com as novas tecnologias e se adaptar para que os

alunos se sintam atraídos pelo ambiente escolar.

A química é uma ciência experimental e deveria ser assim ensinada em todas

as escolas. O aluno ao sair de sala e se transferir para outro ambiente, como o

laboratório de química, iria fazer com que ele se aproximasse da realidade cientifica.

Segundo a revista PEC (2002), para haver aprendizagem significativa o aluno

precisa em primeiro lugar estar disposto a aprender, a memorização de algum

conteúdo torna a aprendizagem mecânica. Em segundo lugar, o conteúdo escolar a

ser aprendido tem que ser logicamente e psicologicamente significativo, ou seja, o

significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e o significado

psicológico é uma experiência de cada individuo. Cada aluno faz a filtragem do que

tem sentido ou não pra si próprio.

Os PCN (2000) falam sobre o “conhecimento acumulado”, onde o aluno, de

modo geral, ao memorizar as informações de forma passiva estaria ganhando

conhecimento, porém aprender é muito mais do que decorar certas regras ou nomes

complicados. Existe uma preocupação com a situação do ensino de química, apesar

de nos últimos anos tenha ocorrido uma complementação do currículo com a

abordagem CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade), o ensino de química nas

escolas continua praticamente o mesmo.

A finalidade social da abordagem CTS é promover a alfabetização

cientifica mostrando a ciência e a tecnologia como atividades importantes, pois

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formam parte da cultura geral das sociedades modernas. O jovem é estimulado a ter

um olhar critico sobre ciência e tecnologia além de uma analise reflexiva bem

embasada das suas relações sociais. Os estudos CTS ainda pretende diminuir o

abismo que se consolidou entre a cultura humanista e a cultura cientifico tecnológica

que tanto fragmenta os diversos grupos humanos.

O ensino médio é definido pela Lei de Diretrizes e Bases (1996) – Lei

da LDB - nº 9.394/1996 – como a última etapa da educação básica. São

necessários três anos para concluir essa etapa e para os estudantes que concluem

os estudos sem interrupção e/ou reprovação ocorre nessa etapa à maturidade

sexual e intelectual. Segundo Vygotsky (1997) é nesse período que o adolescente

constitui a capacidade do pensamento conceitual. Em sua teoria sócio-cultural,

Vygotsky diz que o desenvolvimento cognitivo é limitado a um determinado potencial

para cada intervalo de idade, o indivíduo/aluno deve estar inserido em um grupo

social para aprender o que seu grupo produz; o conhecimento surgirá primeiro

daquele grupo e depois será interiorizado. A aprendizagem ocorre no

relacionamento do aluno com o professor e com outros alunos.

O processo de construção de conhecimento deve ser vinculado à

realidade, pensando assim a aprendizagem pode ser definida como o modo como os

seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o

comportamento. Por teorias de aprendizagem podemos observar três modalidades

gerais: Cognitiva, afetiva e psicomotora. A cognitiva ou significativa está relacionada

com o conhecimento e pode ser entendida com aquela resultante do

armazenamento de informações de maneira organizada pelo ser que se aprende. O

indivíduo é visto como um ser que interage com o meio e é graças a essa interação

que aprende. A aprendizagem afetiva é um tipo de conhecimento que provoca

sentimentos ou sensações como dor, prazer, satisfações, desejos e ansiedades. Já

a aprendizagem psicomotora é aquela que provoca respostas condicionadas,

resultado de muita prática e treino (MOREIRA, 1982)

O psicólogo norte americano David Ausubel dedicou sua carreira à

psicologia educacional e dentre os três tipos de aprendizagem, Ausubel, se ocupou

primordialmente da cognitiva. Nos meados de 1960 propôs uma explicação teórica

para o processo de aprendizagem. Nesse processo a nova informação interage com

uma estrutura de conhecimento específica que Ausubel chama de “subsunçor”.

Quando o conteúdo escolar a ser aprendido não consegue ligar-se a algo já

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conhecido, ocorre o que Ausubel chama de aprendizagem mecânica, ou seja,

quando as novas informações são aprendidas sem interagir com o conhecimento

prévio do aluno. Assim, a pessoa decora fórmulas, leis, mas esquece após a

avaliação (PELIZZARE e outros, 2002).

Sua teoria é construtivista e o papel da interação professor aluno, sem dúvida é importante, para que, a partir dos subsunçores que o aluno possui construir novos subsunçores ou modificar os velhos. A aprendizagem é dinâmica, pois ela é uma interação entre aluno e professor, a partir do conhecimento prévio que o aluno tem.

(AUSUBEL, NOVAK E HANESIAN, 1983).

Na aprendizagem significativa, o aprendiz não é um receptor passivo.

Ele deve fazer uso dos significados que já incorporou inconscientemente, de

maneira substantiva e não arbitrária, para poder captar os significados dos materiais

educativos. Nesse processo, ao mesmo tempo em que está progressivamente

diferenciando sua estrutura cognitiva, está também fazendo a reconciliação

integradora de modo a identificar semelhanças e diferenças e reorganizar seu

conhecimento (MOREIRA, 2006).

Complementando essa ideia, GOWIN apud MOREIRA (2006), diz que

outro aspecto fundamental da aprendizagem significativa, é que o aprendiz deve

apresentar uma pré-disposição para aprender. Ou seja, para aprender

significativamente, o aluno tem que manifestar uma disposição para relacionar de

maneira não arbitrária e não literal, à sua estrutura cognitiva e os significados que

capta dos materiais educativos.

Mas a dificuldade está em como motivar esse aluno a ter essa pré-

disposição em aprender e não apenas memorizar conteúdos soltos sem relação com

seu cotidiano. Quanto mais se relaciona o novo conteúdo de maneira substancial e

não arbitrária com algum aspecto da estrutura cognitiva prévia que lhe for relevante,

mais próximo se está da aprendizagem significativa. Quanto menos se estabelece

esse tipo de relação, mais próxima se está da aprendizagem mecânica ou repetitiva,

assim a aprendizagem não seria mais cognitiva e sim psicomotora. Segundo a teoria

de Ausubel, na aprendizagem significativa há três vantagens essenciais em relação

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à aprendizagem memorística. Em primeiro lugar, o conhecimento que se adquire de

maneira significativa é retido e lembrado por mais tempo. Em segundo, aumenta a

capacidade de aprender outros conteúdos de uma maneira mais fácil, mesmo se a

informação original for esquecida. E, em terceiro, uma vez esquecida, facilita a

aprendizagem seguinte – a “reaprendizagem”. A aprendizagem significativa tem

vantagens notáveis, tanto do ponto de vista do enriquecimento da estrutura cognitiva

do aluno como do ponto de vista da lembrança posterior, esses fatores mostram que

a aprendizagem cognitiva é a mais adequada para ser promovida entre os alunos.

(PELIZZARE e outros, 2002).

Além de saber motivar o aluno para ter uma aprendizagem significativa,

existe uma preocupação em saber pra que e como avaliar o rendimento escolar dos

alunos. A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período sobre os de eventuais provas finais; 

b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; 

c) possibilidade de avanço nos cursos e nas series mediante verificação do

aprendizado

d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito

e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao

período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados

pelas instituições de ensino em seus regimentos (LDB, 1996).

O principal propósito de uma avaliação de sistema é possibilitar o

desenvolvimento de politicas públicas da área educacional que contemplem a

qualidade do ensino oferecido a todos os alunos, e a igualdade de oportunidade

para que os alunos possam aprender. No Brasil, a avaliação de sistema

desenvolvida pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC) analisa quais os

desempenhos conquistados pelos alunos no 5º e no 9º ano do ensino fundamental e

no 3º ano do Ensino Médio, em disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática e

Ciências. Nessas avaliações, além da aprendizagem dos alunos, procura-se

também analisar variáveis que interfiram no desempenho do aluno e possam assim

ajudar na compreensão de diferenças encontradas nos resultados apresentados

pelos alunos, como por exemplo: formação dos docentes, situação das escolas etc

(SOUSA, 2008).

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Para iniciar uma avaliação do rendimento escolar que traduza na pratica o

compromisso da escola com o desenvolvimento do aluno, três perguntas podem

orientar o trabalho do docente: PARA QUE AVALIAR, O QUE AVALIAR E COMO

AVALIAR. A avaliação do aluno em sala de aula tem como propósito melhorar e

aperfeiçoar o ensino da forma que vem sendo oferecido, além de situar o próprio

professor e principalmente o aluno de como está seu percurso escolar. Baseado na

legislação já citada no texto sobre a verificação do rendimento escolar, o professor

amplia o nível das decisões que pode tomar a partir da sai avaliação e não somente

para classificar o aluno e definir aprovação e reprovação, segundo Sousa (2008) a

avaliação do rendimento escolar assume agora legalmente o que a teoria

especializada preconiza como sua função básica: subsidiar o aperfeiçoamento do

ensino. O que deve ser avaliado vai depender da instituição e para qual a finalidade

dessa avaliação. Escolas que atendem uma população de alunos bastante

diversificada e com habilidades escolares muito heterogêneas precisariam avaliar

pelo diagnósticos de pré-requisito, na eficácia dos programas de aceleração que são

desenvolvidos para os estudantes com maiores dificuldades tendo em vista a

preparação de programas que levassem a superação (SOUSA, 2008)

Como avaliar? O que significa avaliar? A avaliação deve substituir a função

classificatória da aprendizagem do aluno pela função formativa, uma vez que seu

objetivo principal é promover o processo de ensino-aprendizagem. Avaliar não é

medir e a avaliação chamada de formadora realiza um processo não fragmentado,

não punitivo e orientado por princípios éticos. Comprometida com a transformação

social, essa prática educativa prioriza a analise do pensamento crítico do aluno e

focaliza sua capacidade de solucionar problemas reais.

Dentro da disciplina Química existem três grandes áreas: Química Geral e

Inorgânica, Físico - Química e Química Orgânica e é essa ultima que o trabalho irá

focar. Por tradição, a Química Orgânica é apresentada nos livros didáticos do

Ensino Médio como a última parte do volume único ou, em caso de volumes

seriados é apresentada no volume três. Pelo currículo básico, as escolas de Ensino

Médio, quando tradicionais, apresentam essa parte da química no ultimo ano. Em

muitas escolas particulares e publicas, o estudo da Química Orgânica inicia na

segunda metade do segundo ano e termina no terceiro ano. Nos colégios/cursos,

toda a química orgânica é lecionada no segundo ano e no terceiro é feita uma

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revisão geral, a fim de preparar o aluno para os vestibulares de todo o

Brasil.................................................................................