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PARIS, SEGUNDO PLANO DE HAUSSMANN Fmu- Faculdade MetroPOLITANAS FMU- FIAM/FAAM

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Haussmann

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Paris, Segundo plano de Haussmann

Fmu- Faculdade MetropolitanasFMU- FIAM/FAAM

So Paulo, 2014.

os homens fazem sua prpria histria, mas no a fazem como querem; no a fazem sob circunstncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado Karl Marx, O 18 Burmrio de Lus Bonaparte, parte I

Alessandra VasconcelosKarina de Moura MoreiraPriscila de Souza Gomes

So Paulo, 2014.

Dedicatria

Dedicamos a mestre, Mariana Wilderon pela pacincia n orientao incentivo q tornaram possvel concluso desta monografia.

SUMRIO.

INTRODUO 05 PANORAMA HISTRICO DE PARIS 07 CONTEXTO POLITICO E SOCIAL DE PARIS. 13 QUEM FOI HAUSSMANN? 14 PLANO DE REFORMAS DE HAUSSMANN 15 ANALISE DA ARQUITETURA NAQUELE MOMENTO 18 COMPARAO COM A CIDADE CONTEMPORANEA 21 COMPARAO COM OUTROS PLANOS URBANISTICOS 23 CONCLUSO 28 BIOGRAFIA 29

Introduo.O nascimento da Urbanstica moderna do sec. XIX est relacionado com a ao de tcnicos e higienistas que se esforam para remediar os problemas da cidade industrial. A Ateno inicial esta voltada para o combate de epidemias, proliferao de doenas e ausncia de esgotos. Intervenes impem alteraes no espao urbano, fazendo surgir ou desaparecer pontes, ruas, redes para levar gua ou captao de esgoto, enfim, um conjunto de obras que determinam um controle sobre o espao, mas que envolvem, tambm, uma disputa poltica. O qu, quando e como fizer. Faltaria uma programao pblica que estimule e coordene as iniciativas especializadas das autoridades e dos particulares, ao sem a qual uma verdadeira poltica urbanstica no poderia nascer. Numa poca politicamente tumultuada a luta radical pelo poder entre direita e esquerda, termina com a vitria dos conservadores, implicando na subida ao poder de uma direita autoritria, mas com suporte popular. A Urbanstica passa a ser um importante instrumento de poder. Napoleo III, Repblica Francesa, impe um plano regulador para a cidade de Paris, como forma de assegurar a ordem publica e obter aprovao popular com implementao de imponentes obras pblicas. Paris, alm dos aspectos polticos, enfrentava nova realidade econmica e social decorrente do crescimento populacional e desenvolvimento industrial. A Populao duplica no espao de meio sculo. Trnsito, exigncias sanitrias, tornam inadequadas construes e vias pblicas.Alteraes so possveis graas ao poder concedido pelo mandatrio do poder a Haussmann, que exerce um poder autoritrio e centralizador, contando com os auxlios de gabaritados tcnicos profissionais, havendo ainda leis que permitem a expropriao de reas, inclusive por decreto do poder executivo, mas que preservam os interesses econmicos dos grupos dominantes, j que os proprietrios das reas afetadas pelas reformas se beneficiam de sua valorizao. O Impacto das obras enorme, com valorizao das reas prximas. A Ao e interveno do Estado permitem ganhos para proprietrios que se beneficiam com a expropriao, indenizados em quantias desproporcionalmente altas.Haussmann seria intuitivo ao compreender e aderir realidade de seu tempo e, portanto, apto a transform-la. A Contradio est em ser Paris a cidade mais moderna do sec. XIX e a mais difcil de planificar e congestionada do sc. XX. As Realizaes de Haussmann constituem o prottipo daquilo que se chama de urbanstica neoconservadora. Modelo que se espalhou por outras cidades francesas, europeias e de outros pases, mas apenas na Frana coerncia e integridade na execuo alcanou tamanha funcionalidade j que Haussmann sobrepujou as adversidades.

Panorama Histrico de ParisOrigens

4000 - Paris tem seu registro de primeiro povoamento por volta deste ano intitulado como a pr-histria parisiense. E possua uma malha de desenvolvimento ao longo de um brao do rio Sena, em funo da agricultura. O nome Paris deriva do nome de uma antiga tribo celta, que se estabeleceram na ilhaCite Saint-Louisos os:Parisii. (Mapa 1)

MAPA 1

Plano premier de la ville de Paris, (Primeiro mapa de Paris) Nicolas de la Mare TRIBO PARISSI

Idade Mdia508 - Aps inmeras tentativas de defesa, para no ser tomada por Roma, sculos mais tarde mais precisamente sculo I, (ver no mapa 2) Roma por fim conquista a cidade, mudando e reconstruindo todo o tecido urbano da cidade por meio de eixos (ver no mapa 3) que formavam equilteros, intitulados como as principais circulaes. O eixo principal era o cardo (norte-sul), uma rua que ligava a margem esquerda direita pelas pontes grande e pequena (Grand_pont e Petit-Pont) e correspondia s ruas Saint-Jacques de l Cit e Saint Martin. A cidade ento passa a ser chamada de Lutcia.MAPA 2

Lutce conquise par les Franois sur les Romains, (segundo plano de la ville de Paris (Lutecia conquistada por romanos, segundo mapa da cidade de Paris ")

MAPA 3

Sitio Histrico de Lutecia

Neste mesmo perodo por ser uma era de monarquias O reiClvis I assume o trono, e faz de Paris a capital doReino dos Francos, permanecendo pelo menos at o incio do sculo VII. Neste momento inicia-se a Construo da muralha de Paris na margem esquerda. Onde Subsequentemente os pais adota o nome de Frana. Porem a cidade s ganha uma nova dimenso com reinado de Hugo Capeto

987 Reinado de Hugo Capeto , e sob seu mandado a cidade se expande, crescendo ao longo das margens direita do rio sena e o poder real se instala definitivamente em paris. 1137 Reinado de Louis VII, A CIDADE Permanecia em crescimento e no seu mandado realizou feitorias tal como: Consolidou o poder real nas provncias sob a sua influncia e combateu opoder feudal O reino da Frana enriqueceu sob o seu reinado, aagriculturatransformou-se e ganhou produtividade, a populao aumentou ocomrcioe aindstriaforam desenvolvidos, surgiu um verdadeiro renascimento intelectual e o territrio cobriu-se decastelosefortesconstrudos empedra.

Mapa (4 ) do ano de 1800 mostra a Progresso da cidade, ano este que, ficou marcada tambm como ano de morte de Louis VII. Troisime plano de la ville de Paris, filho tendue et les bourgs no elle le toit environne sous Regne de Louis Le jeune VII (Terceiro plano da cidade de Paris, sua extenso e os bairros vizinhos no reinado deLouis o Jovem VII)

MAPA 4

1881- Aps a morte de seu pais, Felipe VII assume o trono, e seu reinado marcado como o de maior Prestigio de crescimento na malha Populacional da cidade, contratante com os anos anterior ( Ver mapa 05 ) 1200 - Felipe II , constri muralhas em Paris na margem esquerda dando fora para Paris , atravs de seu mandato a cidade se torna capital, e considerada a cidade mais Populosa da Frana , cerca de 200.000 mil hab. , sendo o mais ricos do ocidente. (Ver mapa 06)MAPA 5

Quatrieme plano de la ville de Paris, filho accroissement, et l'tat UO elle toit sous le Regne de Philippe Auguste, qui mourut l'an 1223("Quarto mapa da cidade de Paris. O seu crescimento e sua condio no reinado deFilipe Augusto, que morreu no ano de 1223 ")

MAPA 6

Foto da Muralha em Torno de Paris.

Era modernaEra que se intitulou como: O Nascimento das praas reais..E meados do sculo XVI, sob o reinado de Francisco I, a capital embelezada com edifcios renascentistas como o novo Louvre and the City.Neste momento, vrios monumentos surgem, como: Museu de Histria Natural e do Palcio de Luxemburgo. Do rei Henrique IV, a cidade deve honrar e exaltar o seu poder soberano.Assim, os assentos reais surgem: a praa Douphin de Enrique IV, Place de la Concorde para Louis XV, a Place des Vosges de Louis XIII, etc.Em 1648, comea a rebelio Fronda do povo, ou seja, at 1653. Em 1680, Louis XIV deixou o Palcio do Louvre, at ento manso dos reis da Frana, ara se estabelecer em Versailles, a oeste de Paris. Mapa 07, traduz o crescimento da Cidade no ano de 1643 reinado de Louis XIV- Sixieme plano de la ville de Paris, et ses accroissements, depuis le incio du regne de Charles VII l'an 1422 Jusqu' la fin du regne d'Henry III l'an 1589("Sexta mapa da cidade de Paris, e seus aditamentos, desde o incio do reinado deCharles VII, no ano 1422 at o fim do reinado deHenry IIIno ano de 1589 ")

MAPA 7

1789 - Em 14 de Julho deste ano, os parisienses se revoltaram pela presso do rei sobre o novo conjunto formado pelo Terceiro Estado, tempestade a fortaleza da Bastilha, smbolo do absolutismo.Este evento inaugura a Revoluo Francesa e o declnio da monarquia de direito divino, na Frana.Em 17 de julho, Louis XVI na Cmara Municipal adota cores tricolor da bandeira nacional de Paris (azul e vermelho) e King (branco).Jean-Sylvain Bailly o primeiro prefeito.Ele foi eleito em 15 de julho de 1789. A Repblica proclamada pela primeira vez em 1792. Em 1793, Louis XVI e da rainha Marie Antoinette foram executados na Place de la Concorde.O Terror est instalado.Aps o golpe de Napoleo Bonaparte termina a Diretoria e o regime Da Revoluo.

CONTEXTO POLITICO E SOCIAL DE PARIS. Classe operaria ficava ao lado da margem esquerda, era a parte mais populosa da cidade, comportava trs teros da populao da poca. Antes da Reforma Urbanstica de Haussmann, dois outros prefeitos fizeram intervenes na cidade. Paris era a segunda cidade mais industrializada da Europa depois de Londres. Ambas tiveram um grande aumento populacional e muitos problemas derivados desse aumento. Apareciam problemas que atingiam a sade das pessoas. Adensamento muito alto de pessoas em uma mesma regio, a falta de circulao de ar, falta de iluminao, esgoto a cu aberto e m distribuio de gua potvel. Comearam a surgir higienistas e leis sanitrias como tentativa de solucionar esses problemas que no paravam de surgir. Londres foi a primeira a fazer mudanas urbansticas com esse enfoque e Paris seguiu seu exemplo. Era um momento de um governo de direita muito rgido com Napoleo III. Existia um desejo por ordenar as coisas, e esse desejo se estendeu at o campo do urbanismo, e por que no se estenderia? na cidade, na rua, no ambiente pblico que a vida acontece, sem dvidas, o urbanismo era um campo que deveria existir uma ateno especial.

Imagem 08 Ultima Planta de Paris, antes da reforma Urbanstica.

QUEM FOI HAUSSMANN

Consideraram-no um dos maiores prefeitos de todos os tempos. George-Eugne, baro de Haussmann, um homem que viera de Var, do sul da Frana, nomeado prefeito do departamento do Sena por Napoleo III, em 1853, tornou-se o maior modernizador urbano que se conheceu at agora no Ocidente imprimindo seu nome para sempre numa das mais belas cidades do mundo.A Determinao pela reforma

Diziam que Charles-Louis Napoleo Bonaparte, sobrinho do imperador, desembarcara em Paris, em 1848, cidade da qual pouco sabia, com um mapa das futuras reformas urbanas que nela pretendia fazer. Seu antepassado ilustre, Napoleo I, tivera ambiciosos planos para mud-la, mas as sucessivas guerras e as custosas campanhas militares que o levaram conquista de boa parte da Europa absorveram parte substancial dos recursos que ele imaginara investir.O desejo dele era fazer da metrpole dos franceses uma nova Roma, to majestosa como fora outrora a sede dos Csares. Exemplo disto foi Bonaparte ter mandado iniciar o Arco do Triunfo, depois da vitria em Austerlitz, em 1805, que at hoje um dos smbolos mais famosos da capital. Dois fatores foram determinantes na ordem de Napoleo III em dar comeos s obras. O primeiro deles era evitar que no futuro um levante revolucionrio tivesse sucesso - entre 1827 e 1849, por oito vezes foram levantadas barricadas na cidade -, situao que ele tivera que enfrentar em dezembro de 1851, quando houve reao armada da esquerda e dos operrios da cidade contra o desejo dele de continuar cabea do poder executivo francs atravs de um golpe de estado, desta feita no mais como presidente (ele fora eleito diretamente nas eleies da Segunda Repblica, proclamada em 1848), mas como imperador dos franceses. Levante este que foi duramente sufocado pelas guarnies militares chamadas a intervir.

PLANO DE REFORMAS DE HAUSSMANNO Plano de Reformas Urbansticas de Paris foi concebido pela administrao do prefeito do Departamento do Sena (atual Paris), a mando de Napoleo III. Paris era a segunda cidade mais industrializada da Europa, atrs apenas de Londres. Com a industrializao surgiram problemas nessas cidades, como o aumento populacional e a ocupao dessas pessoas de modo desordenado. Uma cidade com caractersticas medievais: ruas estreitas e tortuosas, edificaes amontoadas, esgoto a cu aberto, pouca incidncia de luz e pouca circulao de ar; um ambiente completamente desordenado e insalubre. E aspiraes modernas: industrializao, exposio do poder do imprio e fcil circulao. Estava a caminho de entrar em colapso com essas contradies.A populao estava insatisfeita com as grandes diferenas sociais e econmicas entre as classes alm de estar recm-sada de uma revoluo de operrios, que formavam barricadas para lutar contra os militares nas estreitas ruas tortuosas existentes na cidade. Na cidade de Londres j comeavam a surgir mudanas para tentar solucionar alguns desses problemas, focando principalmente nos problemas de insalubridade com solues higienistas. E como um passo inicial, Napoleo III a usou como inspirao para transformar a cidade francesa.As mudanas na cidade consistiram em: melhoramento virio, melhoramento da infraestrutura, e embelezamento. Tudo atravs de uma viso com enfoque militar. A cidade como um problema administrativo do governo, que fosse ordenada e prtica e que demonstrasse o poder de Paris e da Frana, como uma cidade moderna e como a cidade de um Imperador, como havia sido a antiga Roma durante o Imprio Romano.Quanto ao melhoramento virio, foi devastada uma grande parte da cidade. Muitas ruas de traado orgnico foram destrudas, outras foram alargadas, e foram construdos mais de 100km de novas vias largas e retas, por onde um canho pudesse passar com facilidade e que fosse difcil um confronto formado por civis contra o governo. Atravs dessas vias foi distribuda a infraestrutura. O sistema de esgoto, o sistema de distribuio de gua potvel, o sistema de distribuio de gs e o sistema de iluminao.O melhoramento virio tambm visava o transporte da produo das indstrias que ficavam no centro da cidade at as estaes ferrovirias que ficavam na periferia de forma mais rpida. Alm de terem uma funo esttica. O Imperador queria mostrar seu poder atravs de Paris. As ruas foram planejadas atravs da perspectiva desenvolvida no classicismo, parecendo serem infinitas e simulando grandeza a cidade. Alm disso, eram dispostas de modo a destacar monumentos e edifcios monumentais que expressavam a grandeza e a cultura do pas. Desde o Barroco a cidade de Paris usava o potencial cenogrfico do ambiente pblico. Entorno do arco do futuro foi construdo um anel virio.Essas avenidas foram denominadas Boullevard, largas, longas e arborizadas. E foram criadas rotatrias para regularizar o traado da cidade, denominadas de Carrefour. O posicionamento das estaes ferrovirias foi pensado junto com a nova formulao da cidade. Todos os outros edifcios que no fossem governamentais seguiam um mesmo perfil, mesmo altura de gabarito e padronizao da fachada. Eram apenas coadjuvantes na cidade. Como o importante era a disposio e o formato das vias, os quarteires surgiram como consequncia do traado virio, sendo na maioria das vezes irregulares e seus lotes tambm.O valor do lote urbano aumentou muito e os mtodos construtivos estavam sendo cada vez mais aperfeioados. Se desenvolvia muito as possibilidades das estruturas metlicas. Em um nico lote poderia ser construda uma edificao de muitos pavimentos. Um adensamento e um lucro nunca antes imaginado. Foram implantados novos equipamentos para atender a populao, como hospitais e escolas. E construdas novas residncias para a populao viver em melhores condies. Alm de construo de dois grandes parques nos extremos da cidade, com objetivos de auxiliar na salubridade e de ser um lugar para o lazer dos parisienses. Claro que por trs de todas essas mudanas em prol da sociedade tambm havia a necessidade de agradar um povo que estava insatisfeito com seu governo. O plano obteve bons e maus resultados. Devastou muito da cidade, como se no existisse importncia histrica ou cultural em nada que tivesse sido construdo no passado. Porm, permitiu a melhoria da qualidade de vida e trouxe melhoramentos tcnicos. O Plano de Reformas de Haussmann foi o primeiro grande plano urbanstico da histria. Sendo tomado como inspirao em muitas outras cidades da Europa e do mundo. Embora nenhum outro plano tenha atingido a mesma escala, a mesma organizao e o mesmo xito. A cidade teve ganhos materiais e imateriais, como a atenuao de sua importncia cultural. O plano serviu tambm para expor a importncia de leis sanitrias e urbansticas e para o aperfeioamento tcnico do urbanismo.

ANALISE DA ARQUITETURA NAQUELE MOMENTOEm Paris nesse perodo a arquitetura estava subordinada ao urbanismo. Os edifcios no importavam individualmente, cada um deles fazia parte de um todo, da cidade. No eram pensados em prol deles mesmos. A aparncia deles e o local onde eram implantados eram pensados em conjunto com toda a cidade.Os edifcios importantes eram os governamentais, esses tinham uma singularidade. Eram desenvolvidos para terem funo monumental. Eram posicionados na cidade de forma que a perspectiva das novas ruas pudesse destac-los. Todas as outras edificaes deveriam constituir uma plasticidade homogenia a cidade, para que nada ofuscasse os monumentos do governo. Todas deveriam ter o mesmo gabarito de altura e deveriam seguir um padro de fachada determinado pela lei de ocupao. At aquele momento, poder estava vinculado arquitetura clssica, por isso o plano foi todo desenvolvido inspirado nos estudos desenvolvidos no Renascimento sobre as cidades utpicas. Tanto os edifcios singulares do governo quanto os outros edifcios padronizados eram neoclssicos e o traado da cidade era inspirado pela perspectiva infinita e a organizao. A casa de pera Garnier de Paris foi um dos edifcios-monumento mais importantes construdos nesse perodo. Est localizado no final da Avenue de LOpera, a nica avenida de Paris que no arborizada e esta no foi arborizada propositalmente. O arquiteto responsvel no queria que nada atrapalhasse a viso do monumento ao longo da avenida at uma longa distancia.A casa de pera imponente e monumental tanto em sua fachada quanto em seu interior. Em sua composio usada simetria, colunas distribudas em pares, esculturas nas paredes internas e externas e pinturas no teto, remetendo muito a imagem das igrejas clssicas e ao mesmo tempo teatralidade do barroco. Isso leva a percepo de que o Neoclssico no somente uma imitao do clssico. O neoclssico um amontoado de clssico, barroco e maneirismo. Alm de no ser mera imitao esttica, o mtodo construtivo tambm no idntico. Nesse momento estruturas metlicas estavam sendo estudadas e desenvolvidas e elas tambm eram usadas nessas edificaes de forma mascarada.

(Fachada da pera de Paris, 640x430, disponvel em: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/historia/26391/hoje+na+historia+1875+-+opera+de+paris+e+inaugurada+com+sua+primeira+apresentacao.shtml )

(Interior da Opera de Paris, Pinturas no teto e ritmo binrio das colunas, 5700x4275, Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93pera_Nacional_de_Paris)

(Avenue de LOpera, sem arborizao propositalmente e fachadas homogneas ao longo da via para melhor visualizao do monumento, 3888x2592, Disponvel em: http://en.wikipedia.org/wiki/Avenue_de_l'Op%C3%A9ra)

COMPARAO COM A CIDADE CONTEMPORANEAHoje em dia Paris est engessada. No podem ser construdos novos edifcios e nem o alargamento de ruas ou a criao de outras. Foram retiradas pedras do subsolo para a criao das construes da poca, e isso o prejudicou. A cidade sofre com o trnsito.Isso mostra que uma soluo boa para a cidade, uma soluo que visa o futuro dessa cidade. Como sua possvel ampliao, aumento populacional entre outras coisas que podem vir a acontecer.

FOTOS ANTES E DEPOIS DA REFORMA .

COMPARAO COM OUTROS PLANOS URBANISTICOSCOMPARAO DO PLANO DE CERD COM O PLANO DE HAUSSMANNEm 1854, Pascual Madoz, o governador da provncia de Barcelona, autoriza aps uma ordem real a demolio dos muros que cercavam a cidade. Cerda comeou a tarefa de desenvolver um mapa topogrfico.O primeiro projeto para o Ensanche de Barcelona, Cerda enfatiza a necessidade de alargar o tecido urbano atual e a promoo da livre circulao de ar (resposta epidemia de clera).Aps um concurso pblico em 1860, os dois principais planos foram o do arquiteto Antoni Rovira i Trias, baseado em uma rede de ruas que irradia da Cidade Velha e o plano de Ildefonso Cerd. No inicio a comisso tcnica responsvel decidiu, pelo projeto de Rovira, mas por um decreto real de 31 de maio deste mesmo ano o Plano Cerd foi adotado.O Plano Cerd previa um conceito de cidade moderna, explodindo a ideia convencional de edificaes perifricas aos quarteires com miolos privados.

Cerd traou um eixo dividindo a cidade, a Avenida de La Meridiana e a Avenida de La Diagonal, sendo seu ponto de interseo formado pela Placa de les Glories Catalanes; essas duas diagonais interromperam os limites geogrficos do plano, o rio Besos para o leste, os montes de Montjuic, ao oeste, o mar ao sul e a antiga estrada romana ao norte.Na planta abaixo d para perceber que o plano de expanso envolvia a cidade medieval:

Uma vez que o eixo foi traado, Cerd organizou um padro ortogonal , blocos quadrangulares com laterais medindo 113,3m , em forma de octgonos de 12.370 m de superfcie , dos quais 8.000 m so ocupados por jardins e as ruas paralelas medem 20 metros de largura.Sua inteno era de que a rea construda ocupasse apenas dois lados da quadra, de modo preservar a intimidade das habitaes e tambm ter melhor aproveitamento boa ventilao e exposio de sol a cada hora de cada dia. Tambm j se previam regras de alturas e afastamentos, de modo a no criar cnions.

A regra estabelecida por Cerd determinava que poderiam ter construes perifricas em 2 ou 3 laterais do quarteiro, para que pelo menos um deles fosse aberto resultando em espao pblico. Dois lados abertos resultam em corredor, e assim vai se desenhando a cidade a partir de espaos de lazer e circulao no interior dos quarteires. Tudo sob a rigidez de no mximo 2/3 da quadra edificada, como nos esquemas a seguir:

Porm, fora executada uma cidade convencional de ocupao total da borda do quarteiro. Nota-se a diferena, na imagem abaixo, entre a proposta de Cerd (primeiras imagens) e o que fora realiza

Entretanto, a proposta de Cerd em relao s esquinas teve sucesso, transformando a esquina em um espao de maior amplitude visual, e destacando os prdios. Um dos mais marcantes exemplos de construo de esquina chanfrada que respeita a regra de Cerd a Casa Mil, de Gaud:

O plano de Cerd quando comparado com o de Haussmann tem vrios aspectos e idias que podem ser consideradas semelhantes como por exemplo a melhoria da circulao e o acesso rpido a toda a cidade, as ruas so arborizadas e a idia de modernizar a cidade. A antiga cidade medieval, com traado e ruas estreitas so cortadas por grandes eixos. J em relao a questo viria h uma diferena pois Cerd corta a cidade ao meio, j Haussmann faz com que o anel virio contorne a cidade.

Em ambas reformar as intervenes regularizam o traado no aproveitando o existente assim, transfigurando a cidade.

CONCLUSO

O Plano de Reformas Urbansticas de Haussmann foi crucial para a importncia do urbanismo at hoje. Foi percebida a importncia da cidade na vida das pessoas, afinal a cidade a casa de todos ns. Por isso perigosssimo o desenvolvimento de uma cidade sem um planejamento adequado, qualquer implantao ou mudana influencia diretamente na vida das pessoas que moram e que passam pelo local.A cidade deve ser pensada como um todo e como um organismo vivo que no para de se transformar. Levando em considerao o que j existe, o que importante historicamente e culturalmente e possveis futuras alteraes e ampliaes. O Plano deixou uma herana importantssima: a importncia de leis regularizadoras e do planejamento de uma cidade.

Bibliografia:SERRATOSA i PALET, Albert (org.). Cerd: Ciudad y Territorio. Una visin de futuro.Madrid: Electa, 1996 (Catlogo de Exposio).BENEVOLO, Leonardo Historia da cidade. WEBGRAFIA

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordenamento_do_territ%C3%B3rio#mediaviewer/File:Barcelona_plano.jpghttp://www.ebah.com.br/content/ABAAAAYPkAB/plano-cerda-barcelonahttps://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/04/08/haussmann-e-a-reforma-de-paris/https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/04/08/haussmann-e-a-reforma-de-paris/http://blogeistudio.blogspot.com.br/2008/10/reformas-urbanas-paris.html http://noticias.terra.com.br/educacao/historia/a-paris-de-haussmann-o-artista-da-destruicao,21083ba2262ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.htmlhttp://www.archdaily.com.br/br/tag/georges-eugene-haussmannhttp://www.fotonadia.art.br/paris/fotos/hauss.htmhttp://www.epochtimes.com.br/teatro-opera-de-paris-o-opera-garnier-obra-prima-da-arquitetura/#.VHuuF7d0zIU

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