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Introdução à Economia do Trabalho I
Ana Maria Bonomi Barufi
ENECO 2016, São Paulo
Estrutura do minicurso
• Desigualdade no mercado de trabalho
• Equação minceriana
• Equação de rendimento
• Demanda e oferta de trabalho
• Modelos de procura de emprego
• Políticas de mercado de trabalho
Desigualdade no mercado de trabalho
• Brasil: elevada desigualdade de renda, 97ª posição entre 103 países
• Acima da “esperada” dado o seu PIB per capita
Fonte: Banco Mundial
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LN(PIB PER CAPITA US$ CORRENTES PPPP
Brasil
Desigualdade no mercado de trabalho
• Índice de Gini da renda domiciliar per capita estava em 0,59 no final dos anos 1990
• Agora atingiu 0,52
• Renda do trabalho teve papel relevante nesse processo
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Gini
Fonte: PNAD/IBGE
Desigualdade no mercado de trabalho
• Índice de Ginicalculado a partir da Curva de Lorenz
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2014
2004
1995
Fonte: PNAD/IBGE
Desigualdade no mercado de trabalho
• Desigualdade no setor público é muito elevada e não mudou
• Renda do setor privado com carteira foi um dos componentes mais importantes para a queda da desigualdade
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1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Título do Gráfico
Funcionário público com certaira
Gini total
Trabalho com carteira - setor privado
Trabalho sem carteira - setor privado
Fonte: PNAD/IBGE
Desigualdades no mercado de trabalho
• Curvas de Lorenz que se cruzam – não é possível dizer quem é mais desigual
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Renda total
Renda do trabalho
Fonte: PNAD/IBGE
Desigualdade no mercado de trabalho
• Quase 70% dos trabalhadores ganhavam até R$ 1.500 em 2014
17,3%
29,2%
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Título do Gráfico
1995
2004
2014
Fonte: PNAD/IBGE
Desigualdade no mercado de trabalho
• Por idade
• Renda de pessoas de 50 a 64 anos é 1,3 vez maior que a de 25 a 49 anos e 2,2 vezes maior que a de 15 a 24 anos
• Renda de todos os grupos cresceu em termos reais
Fonte: PNAD/IBGE
R$ 900
R$ 1.789
R$ 1.946
R$ 1.532
R$ 300
R$ 500
R$ 700
R$ 900
R$ 1.100
R$ 1.300
R$ 1.500
R$ 1.700
R$ 1.900
R$ 2.100
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Título do Gráfico
15 a 24 anos 25 a 49 anos 50 a 64 anos 65 anos ou mais
Desigualdade no mercado de trabalho
• Por escolaridade
• Renda das pessoas com 15 anos ou mais de estudo (ens. superior) é 2,7 vezes maior que a de pessoas com 11 a 14 anos, 3,8 vezes maior do que as com 8 a 10 anos e 6,7 vezes maior do que a das pessoas sem instrução
• Diferencial caiu
Fonte: PNAD/IBGE
R$ 403
R$ 643R$ 561
R$ 879 R$ 999
R$ 1.285R$ 1.147
R$ 2.157
R$ 1.623
R$ 5.768
R$ 4.305
R$ 2.000
R$ 2.500
R$ 3.000
R$ 3.500
R$ 4.000
R$ 4.500
R$ 5.000
R$ 5.500
R$ 6.000
R$ 300
R$ 800
R$ 1.300
R$ 1.800
R$ 2.300
R$ 2.800
R$ 3.300
R$ 3.800
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Título do Gráfico
Sem instrucao e menos de 1 ano
1 a 3 anos
4 a 7 anos
8 a 10 anos
11 a 14 anos
15 anos ou mais
Desigualdade no mercado de trabalho
• Por gênero
• Homens ainda ganham pouco mais de R$ 500 em média a mais do que as mulheres
• Diferencial caiu ligeiramente mas ainda persiste
Fonte: PNAD/IBGE
R$ 1.541
R$ 1.890
R$ 831
R$ 1.339
R$ 300
R$ 500
R$ 700
R$ 900
R$ 1.100
R$ 1.300
R$ 1.500
R$ 1.700
R$ 1.900
R$ 2.100
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14
Título do Gráfico
Homem
Mulher
Desigualdade no mercado de trabalho
• Por cor ou raça
• Brancos ganham quase o dobro de pretos e pardos
• Esse diferencial caiu em termos relativos mas em valores absolutos a distância é praticamente a mesma (ao redor de R$ 850)
Fonte: PNAD/IBGE
R$ 2.115
R$ 1.248
R$ 1.228
R$ 500
R$ 700
R$ 900
R$ 1.100
R$ 1.300
R$ 1.500
R$ 1.700
R$ 1.900
R$ 2.100
R$ 2.300
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14
Título do Gráfico
Branca
Preta
Parda
Desigualdade no mercado de trabalho
• Urbanização
• Regiões metropolitanas concentram os maiores salários
• Custo de vida mais elevado
• Áreas rurais com rendimento não-monetário
Fonte: PNAD/IBGE
R$ 1.948
R$ 2.196
R$ 1.269
R$ 1.584
R$ 395
R$ 672
R$ 0
R$ 500
R$ 1.000
R$ 1.500
R$ 2.000
R$ 2.500
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Título do Gráfico
Regiao Metropolitana
Regioes Nao metropolitanas urbanas
Rural
Desigualdade no mercado de trabalho
• Formalização
• Empregos formais pagam salários mais elevados
• Informal: sem carteira ou conta própria sem INSS
Fonte: PNAD/IBGE
R$ 1.578
R$ 1.937
R$ 790
R$ 1.102
R$ 0
R$ 500
R$ 1.000
R$ 1.500
R$ 2.000
R$ 2.500
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14
Título do Gráfico
Formal
Informal
Desigualdade no mercado de trabalho
• Por setor
• Setores com os salários mais elevados: Administração pública, indústria, outras atividades
• Salários mais baixos: agrícola, doméstico
Fonte: PNAD/IBGE
R$ 3.013
R$ 615
R$ 1.205R$ 1.173
R$ 1.522R$ 1.489
R$ 2.375
R$ 2.947
R$ 1.652
R$ 2.683
R$ 1.571
R$ 721
R$ 1.899
R$ 0
R$ 500
R$ 1.000
R$ 1.500
R$ 2.000
R$ 2.500
R$ 3.000
R$ 3.500
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Título do Gráfico
2002 2008 2014
Desigualdade no mercado de trabalho
• Por região
• Centro-Oeste e Sudeste apresentam os rendimentos médios mais elevados, seguidos pelo Sul
Fonte: PNAD/IBGE
R$ 1.301
R$ 1.981
R$ 1.653
R$ 1.961
R$ 1.801
R$ 1.180
R$ 1.431
R$ 646
R$ 1.005
R$ 500
R$ 700
R$ 900
R$ 1.100
R$ 1.300
R$ 1.500
R$ 1.700
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Título do Gráfico
Centro-Oeste Sudeste Sul Norte Nordeste
Desigualdade no mercado de trabalho
• Índice de Gini da renda domiciliar per capita estava em 0,60 no final dos anos 1990
• Agora atingiu 0,52
• Renda do trabalho teve papel relevante nesse processo
• Existem significativas diferenças do rendimento médio para diferentes grupos
• Equação minceriana
Equação minceriana
• Explicação do diferencial de salários:• Investimento em capital humano
• Características individuais
• Decisões individuais tomadas sob uma perspectiva de ciclo de vida
• Mincer (1974)
Equação minceriana
• Mundo hipotético perfeitamente competitivo
• Trabalhador escolhe o emprego que maximize sua utilidade
• Diferenciais de salário entre trabalhadores refletem• Variações na habilidade dos mesmos e/ou
• Diferenças nas características não-pecuniárias do trabalho
Equação minceriana
• Investimento em estudo e treinamento, migração, investimento em saúde – adiam início da carreira, mas apresentam retornos suficientemente elevados
• Efeito da educação no rendimento: • Indivíduos com maior nível educacional demandam salários mais altos
• Diferença dos rendimentos de indivíduos com diferentes níveis educacionais vai ser maior se o retorno à educação for mais elevado
• A diferença é maior se o período de vida ativa for mais curto (custo da educação é recuperado em um período mais curto)
• Efeito não linear da educação sobre o rendimento (cresce a taxas crescentes)
Equação de rendimentos
Equação de rendimento:
• Relaciona rendimento do trabalho com características do trabalhador (educação, idade, sexo cor) e do trabalho (região, setor, etc.)
Questões metodológicas (Menezes-Filho, 2002)
• Causalidade – ideal seria ter um contra-factual – o mesmo trabalhador no mesmo momento em duas situações distintas, com alguma característica específica em cada momento –diferenças
• Experimentos aleatórios – avaliação de políticas públicas
• Situação mais comum: dados observacionais
Equação de rendimentos
Forma funcional
ln 𝑤𝑖 = 𝑓𝑖 𝑥𝑖
Hipótese usual: log-linear ou linear, igual para todos os indivíduos (Mincer, 1974)
ln 𝑤𝑖 = 𝛽0 + 𝛽1𝑥𝑖
Elementos não lineares (termo quadrático para idade, por exemplo)
Interações entre variáveis (escolaridade e idade, por exemplo)
• Regressão quantílica
• Modelos de matching
Equação de rendimentos
• Causalidade (Menezes-Filho, 2002)
ln 𝑤𝑖 = 𝛽0 + 𝛽1𝑥𝑖 + 휀𝑖
• Estimação
𝛽𝑀𝑄𝑂 = 𝑥′𝑥 −1 𝑥′𝑙𝑛 𝑤
• Hipótese básica para consistência dos estimadores:
𝐸 휀𝑖|𝑥𝑖 = 0 ⇒ 𝐶𝑜𝑣 𝑥𝑖 , 휀𝑖 = 0
• Endogeneidade• Variáveis não-observadas – correlacionadas com x
• Simultaneidade
Termo estocástico: aleatoriedade do mundo real
Equação de rendimentos
• Métodos para lidar com a endogeneidade (Menezes-Filho, 2002)
• Seleção por observáveis
• Inclusão de variáveis de controle observáveis para capturar a correlação entre 𝑥 e 휀𝑖• Habilidade não observada – incluir educação dos pais, QI, background familiar – termo 𝜔𝑖
ln 𝑤𝑖 = 𝛽0 + 𝛽1𝑥𝑖 + 휀𝑖 e 𝐸 휀𝑖|𝑥𝑖 ≠ 0
휀𝑖 = 𝛾𝜔𝑖 + 𝑢𝑖
Para o modelo ser identificado, é preciso que 𝐸 𝑢𝑖|𝑥𝑖 = 0, o que pode ser uma hipótese forte.
Equação de rendimentos
• Métodos para lidar com a endogeneidade (Menezes-Filho, 2002)
• Efeitos fixos
• Controle por características não observáveis fixas no tempo
• Observações repetidas dos indivíduos ao longo do tempo
• Ex: endogeneidade na variável explicativa 𝑞𝑖
ln 𝑤𝑖𝑡 = 𝛽0 + 𝛽1𝑥𝑖𝑡 + 𝛿𝑞𝑖𝑡 + 휀𝑖𝑡 e 𝐸 휀𝑖𝑡|𝑞𝑖𝑡 ≠ 0
Inclusão de efeito fixo individual resolve o problema se:
ln 𝑤𝑖𝑡 = 𝛽0 + 𝛽1𝑥𝑖𝑡 + 𝛿𝑞𝑖𝑡 + 𝑓𝑖 + 휀𝑖𝑡e 𝐸 휀𝑖𝑡|𝑞𝑖𝑡, 𝑓𝑖 = 0
(toda a correlação entre 𝑞𝑖𝑡 e 휀𝑖𝑡 é capturada pelo efeito fixo)
Equação de rendimentos
• Métodos para lidar com a endogeneidade (Menezes-Filho, 2002)• Variáveis instrumentais
• Utilizar variáveis exógenas para aproximar os experimentos aleatórios
• Variável endógena 𝑐𝑖 pode ser decomposta em um termo estocástico e um determinístico
ln 𝑤𝑖 = 𝛽0 + 𝛽1𝑥𝑖 + 𝛾𝑐𝑖 + 휀𝑖 e 𝐸 휀𝑖|𝑐𝑖 ≠ 0
ln 𝑤𝑖 = 𝛽0 + 𝛽1𝑥𝑖 + 𝛾(𝑐𝑖∗+𝜑𝑖) + 휀𝑖 e simultaneidade se deve a 𝐸 휀𝑖|𝜑𝑖 ≠ 0
• Objetivo é encontrar instrumentos que sejam correlacionados com 𝑐𝑖∗ mas não com 𝜑𝑖, de modo que:
𝐸 휀𝑖|𝑧𝑖 = 0 e 𝐸 𝑐𝑖∗|𝑧𝑖 ≠ 0
• A única razão pela qual ln 𝑤𝑖 varia com relação a 𝑧𝑖 é porque 𝑐𝑖 varia com 𝑧𝑖
Ex: local de residência (trabalhadores com maior potencial tenderiam a se localizar em cidades que valorizassem mais esse potencial) – instrumento pode mensurar atratividade da cidade – sorteios para serviço militar, mudanças na legislação trabalhista local
Exemplos
• Vilela et al. (2004): utilizam regressão quantílica sobre gerações formadas por intervalos de 10 em 10 anos para avaliar a evolução do diferencial de rendimento por gênero e cor• Redução no diferencial; gerações mais novas encontram mercado de trabalho menos desigual
• Sachsida et al. (2004): investigam o retorno à escolaridade por diferentes métodos• Modelo de seleção de Heckman (1979) – viés causado por estratégia de job search
• Metodologia de Garen (1984) – escolaridade como decisão racional do agente
• Viés de variável omitida por ausência de variável que mensure habilidade (Griliches, 1977)
• Pseudo-painel, cada uma das estratégias é comparada ao MQO: resultados indicam existência de endogeneidade na escolha da escolaridade, e viés de seleção de curto prazo por busca de emprego
• Rocha et al. (2010): retorno à educação para diferentes quantis• Convergência entre quantis de renda estratos educacionais, relativa constância para os retornos à educação no
caso dos quantis superiores (retorno à pós-graduação)
Bases de dados
Principais bases de dados sobre o mercado de trabalho brasileiro
• Censo Demográfico – IBGE (1970, 1980, 1991, 2000, 2010)• Cross-section, decenal, município e bairros, perspectiva do local de residência, características do trabalhador e
de seu trabalho
• PNAD – IBGE (1976-2014)• Cross-section, anual, UF, perspectiva do local de residência, características do trabalhador e de seu trabalho
• PME – IBGE (mar/2002 – fev/2016)• Painel móvel, mensal, 6 regiões metropolitanas, perspectiva do local de residência, características do
trabalhador e de seu trabalho
• PNAD Contínua – IBGE (1tri/2012 – atual)• Painel móvel, trimestral, UF, perspectiva do local de residência, características do trabalhador e de seu trabalho
• RAIS – MTPS (1975 – atual)• Cadastro de trabalhadores preenchido pelas firmas, município, painel (acesso restrito), perspectiva do local de
trabalho, características do trabalhador e de seu trabalho, apenas setor formal
Equação minceriana
Críticas
• Teoria incompleta em relação ao seu poder explicativo
• Características observáveis do trabalhador explicam apenas 30% da variação de salários
• Talvez seja muita variação para atribuir à habilidade não observada
• Restantes 70%: dispersão de salários (Mortensen, 2003)
• Tamanho da firma e setor:• Firmas com diferentes políticas salariais – competição imperfeita
• Firmas que pagam maiores salários atraem trabalhadores mais qualificados por razões não explicitadas nos dados
Referências
• Mincer (1974) http://papers.nber.org/books/minc74-1
• Mortensen (2003) https://mitpress.mit.edu/books/wage-dispersion
• Vilela et al. (2004) http://anpec.org.br/revista/vol13/vol13n2p385_414.pdf
• Saschida et al. (2004) http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71402004000200006&script=sci_arttext&tlng=pt
• Rocha et al. (2010) http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-98482010000100007&script=sci_arttext&tlng=pt
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