trabalho de economia - análise macroeconômica

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Trabalho analisando a Macroeconomia para primeiro ano de direito.

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UNIPAR- UNIVERSIDADE PARANAENSE

DISCIPLINA: ECONOMIAANLISE MACROECONMICASUMRIO1INTRODUO03

2ANLISE MACROECONMICA04

2.1OS OBJETIVOS DA POLTICA ECONMICA04

2.2OS INSTRUMENTOS USUAIS DE POLTICA ECONMICA05

2.3OS GRANDES DESAFIOS ECONMICOS DO MUNDO ATUAL052.3.1A Nova Tendncia: Os Blocos de Integrao Econmica052.3.2Os Desafios da Competitividade e da Gerao de Empregos072.3.2.1Multipolarizao072.3.2.2Macroparcerias082.3.2.3Liberalizao082.3.2.4Globallocalizao092.3.2.5Inovao acelerada092.3.2.6Queda de barreiras de entrada102.3.2.7Contingente economicamente mobilizvel112.3.2.8Presena da mulher na fora de trabalho122.3.2.9Remoo do desemprego involuntrio12

2.3.2.10Universalizao do bemestar132.3.3A Expanso Econmica X Preservao Ambiental13REFERNCIAS161 INTRODUO

O objetivo primordial da atividade econmica proporcionar um volume de bens e servios finais para atender s necessidades e s aspiraes da populao.

O significado e as condies do equilbrio macroeconmico esto de tal forma difundidos que sua percepo j no se limita mais aos crculos fechados do conhecimento econmico. Os meios de comunicao de massa do alta importncia aos indicadores do desempenho da economia como um todo. Assim a macroeconomia trata segundo Rossetti (1997), do comportamento da economia como um todo- de perodos de prosperidade e de recesso. Alm trata das flutuaes do produto agregado, das taxas de variao dos preos e dos nveis de emprego.

De certa forma, os efeitos produzidos pelo desempenho da econmica como um todo so facilmente percebidos eles afetam a ida dos cidados. O padro de vida desfrutado pela sociedade, os efeitos polticos e militares, o poder da no na comunidade mundial, o sucesso dos produtos nacionais em mercados externos e a imagem internacional do pas so fortemente dependentes do desempenho macroeconmico.

Destarte o presente estudo, visa registrar os objetivos da poltica econmica, os instrumentos pelas quais a mesma utiliza; os desafios do mundo atual, o da competitividade e o da gerao de empregos, bem como analisamos a questo da expanso econmica e a preservao ambiental.2 ANLISE MACROECONMICA2.1 OS OBJETIVOS DA POLTICA ECONMICAPoltica econmica so as medidas adotadas pelo governo para controle da economia. As relativas ao oramento, por exemplo, afetam todas as reas da economia e constituem polticas de tipo macroeconmico; outras afetam exclusivamente algum setor especfico, como, por exemplo, o agrcola e constituem polticas de tipo microeconmico. Estas ltimas so dirigidas a um setor, a uma indstria, a um produto ou ainda a vrias reas da atividade econmica e criam a base legal em que devem operar os diferentes mercados, evitando que a competio gere injustias sociais. O alcance da poltica macroeconmica depende do sistema econmico existente, das leis e das instituies do pas. Existem divergncias quanto ao grau de interveno do Governo: alguns defendem a poltica do laissez-faire e outros acham que o governo deve cobrir as deficincias do mercado. Neste caso, a poltica econmica deve eliminar as flutuaes, reduzir o desemprego, fomentar um rpido crescimento econmico, melhorar a qualidade e o potencial produtivo, reduzir o poder monopolista das grandes empresas e proteger o meio ambiente. A partir da dcada de 1970, a poltica macroeconmica procurou limitar o papel dos governos e reduzir o poder do Estado.

No entanto, a poltica econmica pode tornar-se contraproducente, caso o diagnstico dos problemas econmicos for errneo e as diretrizes polticas no forem adequadas ao problema que se pretende resolver. Em tempos de guerra, nas economias planificadas ou centralizadas, essa poltica mais rgida e maior a interveno do Estado. O xito de uma poltica econmica depender da reao dos agentes econmicos, da sua execuo e da confiana na administrao.

Nas relaes comerciais entre dois pases devem ser considerados os tipos de cmbio, as taxas alfandegrias e os problemas da dupla imposio, uma vez que a mudana em um desses fatores repercutir sobre a economia nacional.2.2 OS INSTRUMENTOS USUAIS DE POLTICA ECONMICASegundo Rossetti (1997), os desenvolvimentos conceituais, as leis, os princpios e os modelos simplificadores das realidade econmica atendem ao propsito maior de orientar e de dar sustentao tcnica poltica econmica, esse segmento normativo da economia:

a)Poltica Fiscal: conjunto de decises e aes relacionadas com asdespesas e receitas dos governos federal, estadual e municipal;b)Poltica Externa: conjunto de medidas que tem por finalidademanter o equilbrio do Balano de Pagamentos, protegerdeterminados setores e desenvolver relaes comerciais externas.Por sua vez subdivide-se em Poltica Cambial e PolticaComercial;c)Poltica de Rendas: conjunto de medidas visando a redistribuiode renda e justia social;

d)Poltica Monetria: conjunto de medidas objetivando controlar ovolume de liquidez (quantidade de dinheiro circulante) a disposiodos agentes econmicos. Um exemplo de poltica econmica bemsucedida no Brasil foi o famoso Plano de Metas, do PresidenteJuscelino, executado entre 1956 e 1960.2.3 OS GRANDES DESAFIOS ECONMICOS DO MUNDO ATUAL

2.3.1 A Nova Tendncia: Os Blocos de Integrao EconmicaOs blocos comerciais, ou blocos econmicos, so agrupamentos de pases que tm como objetivo a integrao econmica e/ou social. Podem ser classificados em quatro categorias distintas: reas ou Zonas de Livre Comrcio, Unies Aduaneiras, Mercados Comuns e Unies Econmicas e Monetrias.

Essa classificao remete s diversas etapas do desenvolvimento dos blocos econmicos que, em sua origem, pode ser associada ao estabelecimento da Comunidade Econmica do Carvo e do Ao (CECA) pela Alemanha Ocidental, Blgica, Frana, Holanda, Itlia e Luxemburgo em 1956. Essa organizao seria a base do que futuramente constituiu a Unio Europia.Adam Smith j havia percebido que a diviso do trabalho a razo do aperfeioamento econmico por permitir uma maior produtividade do trabalho. Um fenmeno semelhante ocorre com os pases, caracterizando a moderna Diviso Internacional do Trabalho (DIT). Por essa tica, a melhor forma de garantir a prosperidade das naes o livre comrcio de bens e servios, de modo a cada rea produzir aquilo em que obtm a melhor produtividade marginal.

Os blocos econmicos surgiram nesse contexto com o propsito de permitir uma maior integrao econmica dos pases membros visando um aumento da prosperidade geral.

A fase inicial caracteriza-se, normalmente, pela constituio de uma rea de livre comrcio, que tem como objetivo a iseno das tarifas de importao de produtos entre os pases membros. Deste modo, um artigo produzido num pas poder ser vendido noutro sem quaisquer impedimentos fiscais, respeitando-se apenas as normas sanitrias ou outras legislaes restritivas que eventualmente apaream.

Numa unio aduaneira, os objetivos so mais amplos, abrangendo a criao de regras comuns de comrcio com pases exteriores ao bloco.

O mercado comum implica numa integrao econmica mais profunda, com a adoo das mesmas normas de comrcio interno e externo, unificando as economias e, num estgio mais avanado, as moedas e instituies.

A falha principal deste modo de encarar o surgimento e desenvolvimento dos blocos econmicos o fato de que ela induz, a partir de um caso especfico (a Unio Europia), as etapas de desenvolvimento pelas quais outros blocos econmicos haveriam de passar. A prpria histria de alguns blocos econmicos aponta, entretanto, num sentido oposto, mostrando que ao invs de uma regra, o caso da Unio Europia consiste numa exceo. Exemplos so abundantes, como o caso da Unio Africana bem ilustra, ou ainda o MERCOSUL.

2.3.2 Os Desafios da Competitividade e da Gerao de EmpregosDe acordo com Rossetti o terceiro grande desafio global deste final de sculo a conciliao entre as exigncias de melhoria de competitividade das empresas e de expanso das oportunidades de emprego para o fator trabalho.

H fortes razes para cada uma dessas duas exigncias. Mas elas no so facilmente conciliveis.

As razes para a expanso da competitividade neste final de sculo, em ritmo mais acelerado que em pocas precedentes, tm a ver com o acirramento da concorrncia entre empresas, em praticamente todos os mercados, em escala global. a concorrncia expandida e derivada, entre outros fatores, dos seguintes:

a)Multipolarizao: competio entre estruturas nacionais assimtricas;

b)Macroparcerias: integrao de economias nacionais, criao de reas de livre comrcio e de unies alfandegrias;

c)liberalizao do comrcio mundial, em resposta a presses pela reduo das taxas de proteo dos mercados nacionais;

d)propsitos estratgicos de global-localizao de grandes corporaes empresariais;

e)acelerao dos processos de inovao: desenvolvimento de novos bens de capital e aprimoramento da tecnologia de produo em praticamente todos os setores da economia;

f)queda das barreiras para entrada de novos competidores, em praticamente todos os mercados.2.3.2.1 MultipolarizaoA multipolarizao e a competitividade so fortemente associveis. A transposio do campo estratgico para a capacidade de competio em megamercados acirrou a concorrncia mundial entre as empresas. Como j destacamos em tpico anterior, o domnio de tecnologias avanadas de produo e gerenciamento e a manuteno de cadeias competitivas de suprimentos passaram a ser fatores de supremacia e de poder. Mais ainda: a concorrncia passou a se estabelecer entre estruturas competitivas assimtricas, notadamente quanto aos padres de remunerao do fator trabalho. Conseqentemente, isso forou ainda mais a busca por padres mais avanados de produo e de gesto, nos pases industrializados ate ento hegemnicos.2.3.2.2 MacroparceriasA consequncia mais importante dos processos de integrao de economias nacionais e de criao de reas de livre comercio o aumento da competitividade entre as empresas dos pases integrados. Expandida, a maior competio resulta, de um lado, da alta mobilidade de fatores de produo, como capitais, novas tecnologias e recursos humanos mais capacitados; de outro lado, resulta tambm da abertura de fronteiras aos bens de servio dos pases membros. Em decorrncia, em todos os setores dos pases integrados, as empresas buscam a expanso da produtividade, como fator bsico de sobrevivncia e de crescimento. As plantas de produo se modernizam, incorporando tecnologias de ultima gerao. Alianas e fuses entre empresas antes rivais ocorrem com maior freqncia: o objetivo o aumento da escala de produo para compresso de custos e reduo de preos.2.3.2.3 LiberalizaoO processo de liberalizao fortemente associvel aos de multipolarizao e de integrao. Nas naes integradas, a liberalizao tende a ser plena, removendo-se com o tempo todas as barreiras alfandegrias e no alfandegrias para a livre circulao de fatores produtivos e de produtos. Mas mesmo entre os blocos econmicos constitudos, a liberalizao crescente: o argumento, no caso, a maior exposio das empresas dos pases membros competio externa, para permanente aprimoramento de seus processos e produtos e sustentao de sua capacidade competitiva em escala global. Como relata V. Thorstensen, durante o processo de integrao europia, tarifas aduaneiras e restries quantitativas ao comercio intracomunitrio foram abolidas: os postos de fronteira continuaram a existir como pontos de controle para levantamento de dados estatsticos e medidas de segurana. No Brasil em resposta s presses mundiais de liberalizao e em decorrncia da integrao regional, as tarifas de proteo aduaneira caram. Entre 1990 e 1994, de 32,2 para 14,2%. Em resposta, as empresas procuraram adaptar-se s novas condies, buscando diminuio de ineficincias, racionalizao, mudanas organizacionais, reengenharia de processos e investimento em aumentos de produtividade.2.3.2.4 GloballocalizaoOutro fator de impulso da competitividade o propsito estratgico de global localizao de grandes empresas. Em um sistema multipolarizado e mais aberto, as migraes de grandes empresas se intensificam. A presena em cada um dos megamercados, com unidades produtivas, fortalece a dinmica competitiva. Mas induz, todos os competidores, busca de novos padres: as novas unidades global localizadas implantaram-se com os mais avanados padres de tecnologia e gesto. Este processo se estende em cadeia para as empresas locais: ampliar a capacidade competitiva, alinhando-os aos padres mundiais, passa a ser um dos fatores essenciais de perpetuao.2.3.2.5 Inovao aceleradaA acelerao do tempo uma das mais notveis dimenses das grandes transformaes em curso neste final de sculo. Ondas de inovao que antes se completavam em dcadas, completam-se agora em poucos anos. Em atividades produtivas mais mias expostas competio e corrida tecnolgica, toda uma linha de produtos modifica-se dentro de um nico ano: a obsolescncia se d mais rapidamente. No campo dos fatores de produo, a cada ano novos bens de capital, de alto contedo tecnolgico, incorporam avanos que os tornam crescentemente competitivos. As velocidades aumentam, os custos de processamento caem, fundem-se processos tecnolgicos e mudam os perfis dos bens de capital. O objetivo manter a competitividade das empresas inovadoras, pela continuada superao das ltimas marcas atingidas.2.3.2.6 Queda de barreiras de entradaDesde o incio dos anos 90, as barreiras de entrada ficaram no passado. Elas foram uma a uma quebradas por novos fatores, relacionados, todos, s exigncias de expanso da competitividade. Empresas que dominam mercados buscam alianas com novos parceiros que dominam tecnologias ou que tm alta capacidade de investimento para implantao de plantas mais modernas. E na maior parte dos setores , os domnios de tecnologias ou do negcio e de seus mercados deixam de ser atributos dos que neles militam tradicionalmente. Tudo o que diz respeito maior parte dos negcios passou a ser "produto de prateleira" est disponvel, venda, de domnio pblico. Consequentemente, surgem novos concorrentes, surpreendendo empresas que jamais se consideraram ameaadas. Acirra-se a competio. Novos padres se estabelecem. Quebram-se paradigmas. A maior parte dos novos concorrentes entra para ficar: os padres com que se estabelecem superam os at ento estabelecidos. No h mais mercados cativos. Rompem-se velhas fidelidades a marcas e antigas parcerias nas cadeias de produo. O que passa a valer a preservao e, se possvel, a melhoria da capacidade de competio.

Ainda neste contexto, Rossetti (1997) afirma que, este conjunto de fatores soma-se neste final de sculo a aceitao consensual de alguns princpios macroeconmicos tambm ligados competitividade. Em The competitive advantage of nations, publicado em 1990, M. Porter6 sintetizou os seguintes que a prosperidade econmica depende da produtividade com a qual os recursos nacionais so empregados. As economias nacionais progridem aprimorando suas condies de competitividade, obtendo vantagens competitivas de ordem superior nas indstrias existentes e desenvolvendo a capacidade de competir com xito em novas indstrias ou segmentos de alta produtividade. Ou indstrias de um pas aprimoram e ampliam suas vantagens competitivas ou ficam para trs. E o reforo mtuo dentro de complexos setoriais tende a difundir-se. A razo que a competio global generalizada torna-se cada vez mais decisiva para a prosperidade econmica nacional.

Ao lado dos motivos para expanso da competitividade das empresas neste final de sculo, existem tambm fortes razes para a expanso das oportunidades de emprego para o fator trabalho. Destacam-se pelo menos quatro:

O crescimento ainda acelerado da populao economicamente mobilizvel, notadamente nas naes de baixos nveis de desenvolvimento econmico e social;

A continuidade do processo, desencadeado nos ltimos quarenta anos, de expanso da presena da mulher na fora de trabalho;

A remoo do desemprego involuntrio que se observa em praticamente todos os pases, desenvolvidos e no;

O desafio de universalizao das condies materiais do bem-estar. 2.3.2.7 Contingente economicamente mobilizvelEm 1992, a populao mundial da faixa etria de 15. A 64 anos totalizava 3.361 milhes de habitantes, 61,8% do contingente total. Para o sistema mundial como um todo, o crescimento previsto desse contingente mobilizvel de 1,7% ao ano at o final do sculo. Capitalizada, esta taxa conduz a um crescimento de 14,4% em oito anos. Isto significa que apenas entre 1992-2000, 483,9 milhares de pessoas a mais estaro aptas a procurar por oportunidades de trabalho at o ano 2000. Destes, 18,0 milhes nos pases de alta renda; os restantes 465,9 milhes nos de mdia e baixa renda. Em mdia anual, somando-se os dois conjuntos de pases, exige-se por ano um adicional de 60,5 milhes de novos empregos.

2.3.2.8 Presena da mulher na fora de trabalhoQuarenta anos atrs, no segundo ps-guerra, em relao ao total da fora de trabalho, as mulheres representavam menos de 10% em mdia mundial; em 1990, ultrapassaram a taxa de 30%. H naes em que a taxa supera 40%. A mudana social que estes dados revelam deve se consolidar. A presena da mulher no mercado de trabalho tende a se manter, com discreta tendncia de alta. E, para atender a essa demanda crescente por ocupaes, exige-se a expanso das oportunidades de emprego, nos setores formais da economia, a taxas superiores s das dcadas precedentes. 2.3.2.9 Remoo do desemprego involuntrioConsiderando como economicamente mobilizvel a populao de 15 a 64 anos e comparando o contingente total nessa faixa etria com a fora de trabalho efetivamente empregada, o desemprego total estimado para a economia mundial como um todo discretamente superior a 1 bilho de pessoas. difcil estimar quanto deste contingente de no-empregados corresponde a desemprego involuntrio. Mas, ainda que seja apenas a metade, h um hiato de aproximadamente 500 milhes entre os postos de trabalho efetivamente ocupados e os que seriam exigidos para absorver todos os que desejam efetivamente integrar os contingentes economicamente ativos dos pases. Entre os pases de mdia e de baixa renda, o hiato proporcionalmente maior nas pores centrais da Europa e da sia, na Amrica Latina e no Caribe, no Oriente Mdio e na poro norte da frica. Mas nos pases de alta renda a distancia entre os dois contingentes tambm alta.2.3.2.10 Universalizao do bemestarA criao de novas oportunidades de emprego, derivada direta de mais investimentos e de expanso econmica, tem tudo a ver com um outro desafio econmico do mundo que j descrevemos: a universalizao das condies materiais do bem estar. O emprego do fator trabalho fundamental para esse desafio. Se a expanso se der pelo aumento da produtividade de outros fatores, as condies materiais do bem estar propagam-se menos; no limite, podem at concentrar-se mais.2.3.3 A Expanso Econmica X Preservao AmbientalNo entendimento de Rossetti (1997), outro grande objetivo econmico do mundo atual tem a ver tambm com a superao de uma contradio: de um lado, as fundamentadas razes para expanso da produo; de outro lado, as tambm fundamentadas razes para preservao ambiental. Ocorre que praticamente tudo o que o homem produz resulta de bases naturais transformadas. Preservar essas bases e, simultaneamente, expandir a produo, chega a ser uma contradio de propsitos. H evidncias suficientes para comprovar que o aumento da produo por habitante, acompanhado de crescente densidade demogrfica e maior expresso do produto industrial em relao produo agregada, criam presses significativas sobre as bases naturais. A qualidade ambiental se degrada, reservas so exauridas, reduz-se a biodiversidade e comprometem-se, de alguma forma, a continuidade e a capacidade futura de reproduo desse mesmo processo.

As externalidades negativas relacionadas degradao ambiental e decorrentes dos padres com que a expanso da produo tm ocorrido envolvem coisas como a diminuio da camada de oznio, a devastao de flores e a desertificao, a ocorrncia de chuvas cidas, a acumulao de lixos n reciclveis, a extino de espcies e a contaminao de fatores vitais, como o e as guas. Algumas destas ocorrncias assumem propores alarmantes:

As emisses de metano, xidos nitrosos, CFCs (clorofluorcarbonos) e dixido de carbono aumentaram oito vezes nos ltimos 30 anos. E quebram as molculas de oznio que se mantm a 25 mil metros superfcie da Terra, mantendo calor na medida certa para as diferentes formas de vida que habitam o planeta. Esta camada ficou 2% n fina, permitindo que 4% a mais de raios ultravioleta atinjam a temperatura est em elevao e poder aumentar 3 graus nas primeiras dcadas do prximo sculo, se persistir a velocidade com que a poluio vem ocorrendo e se forem corretas as simulaes elaboradas pela comunidade cientfica. Uma mudana desta ordem teria consequncias graves: as regies situadas abaixo do nvel do mar sero encobertas pelo de gelo das "neves eternas"; nas regies de mdias latitudes a produo de gros se tornada impraticvel; e nos trpicos muitas formas de vida, entre elas a humana, no resistiriam.

Nos ltimos 20 anos, as reas cobertas por florestas foram reduzidas, em mais de 200 milhes de hectares. A extino de coberturas na reduz a biodiversidade e pode provocar eroses que degradam os solos cultivveis e assoreiam cursos de gua. Esse processo j teria movido 480 bilhes de toneladas de camadas superficiais - mais que toda a rea usada pela agricultura dos Estados Unidos.

As emisses de dixido de enxofre por usinas termoeltricas no hemisfrio norte provocam chuvas cidas que causam danos ambientais, de difcil reparao. Na Amrica do Norte, essas chuvas afetara florestas conferas nos Apalaches e pelo menos 10% dos lagos da regio de Adirondack, na poro noroeste do continente. Na Europa nos anos 80 foram emitidos 700 milhes de toneladas desse gs afetando principalmente a regio oriental, onde 40% das florestas prejudicadas.

Compostos txicos e lixos radioativos se acumulam em todas as partes, sem ter mais onde ser descartados. No hemisfrio norte continuam a ser acumulados anualmente 540 milhes de toneladas de re: txicos e 400 mil metros cbicos de lixos radioativos. Embora a produo desses materiais no reciclveis esteja em queda livre, sua reduo para zero ainda est distante: a matriz intersetorial de in produto ficaria com clulas vazias se seu suprimento fosse interrompido, inviabilizando a gerao de bens e servios considerados vitais. A ampla difuso dos efeitos desses processos ampliou a conscincia neste final de sculo sobre a necessidade de maior controle da degradao ambiental. O conhecimento das ameaas da degradao modificou o comportamento da sociedade. Os agentes econmicos parecem mais sensveis s exigncia da preservao das reservas naturais. Organizaes no governamentais proliferaram em todos os cantos do planeta, forando a produo legislativa de proteo ambiental e estimulando condutas preservacionistas voluntrias. Os governos se empenham em programas dirigidos para essa finalidade. As empresas consideram que a adequada relao produo-ambiente fator critico para seu posicionamento estratgico. E as unidades familiares tendem a rejeitar produtos ecologicamente incorretos.

REFERNCIAS

ROSSETTI, J. P. Introduo economia. 17. ed., reest., atual. e ampl. So Paulo: Atlas, 1997.