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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PARÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
PEDRO DE JESÚS GONZÁLEZ DURO
INTERVENÇÃO EDUCATIVA PARA O MANEJO DO RISCO REPRODUTIVO PELA EQUIPE DE SAÚDE DA UNIDADE DE SAÚDE
CRUZERIO DO SUL NO MUNICIPIO DE ITUPIRANGA
MARABÁ/PARÁ
2018
PEDRO DE JESÚS GONZÁLEZ DURO
INTERVENÇÃO EDUCATIVA PARA O MANEJO DO RISCO REPRODUTIVO PELA EQUIPE DE SAÚDE DA UNIDADE DE SAÚDE
CRUZERIO DO SUL NO MUNICIPIO DE ITUPIRANGA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso
de Especialização em Saúde da Família, Universidade
Federal do Pará, para obtenção do Certificado de
Especialista.
Orientador: Grace Fernanda Severino Nunes
MARABÁ/PARÁ
2018
PEDRO DE JESÚS GONZÁLEZ DURO
INTERVENÇÃO EDUCATIVA PARA O MANEJO DO RISCO REPRODUTIVO PELA EQUIPE DE SAÚDE DA UNIDADE DE SAÚDE
CRUZERIO DO SUL NO MUNICIPIO DE ITUPIRANGA
Banca examinadora
Professora: Grace Fernanda Severino Nunes
Professora: Naíza Nayla Bandeira de Sá
Aprovado em Belém, em 21 de dezembro de 2018.
RESUMO
O risco reprodutivo é a probabilidade que uma mulher não grávida tem de sofrer danos no processo reprodutivo. Apesar da existência de programas destinados a proteger a saúde sexual das mulheres em idade fértil; ainda há lacunas no conhecimento em pessoal de saúde sobre o manejo e controle do risco reprodutivo pre-concepcional. Através da investigação projetada, pretendemos verificar o impacto de uma intervenção educativa para melhorar os conhecimentos sobre o controle do risco reprodutivo pré-concepcional em mulheres em idade fértil atendidas na unidade básica de saúde. Estudo prospectivo de intervenção, do tipo pré-teste e pós-teste em pessoal sanitário da equipe de saúde do Posto de Saúde Familiar (PSF) Cruzeiro do Sul, do município Itupiranga, estado Pará, em 2018. Um questionário será preparado para ser aplicado antes e depois da intervenção educativa. Variáveis de conhecimento (bom, ruim) e de mudança de comportamento (adequada e inadequada) serão levadas em consideração. A intervenção visa aumentar em pelo menos 30% o conhecimento nos integrantes da equipe de saúde sobre risco reprodutivo e mudar sua atitude em relação a o controle deste risco. Temos os recursos humanos e financeiros necessários para realizar a intervenção, levando em conta os princípios éticos da pesquisa científica. Palavras chave: Risco reprodutivo. Saúde reprodutiva. Educação em saúde.
ABSTRACT
Reproductive risk is the probability that a nonpregnant woman has to suffer damage to the reproductive process. Despite the existence of programs to protect the sexual health of women of childbearing age; there are still gaps in knowledge in health personnel about the management and control of preconceptional reproductive risk. Through the projected research, we intend to verify the impact of an educational intervention to improve knowledge about the control of preconceptional reproductive risk in health personnel. A prospective study of pre-test and post-test intervention in health personnel of the health team of the Nova Vida Family Health Service (PSF) in the municipality of Pernambuco, Brazil, in 2018. A questionnaire will be prepared to be applied before and after the educational intervention. Variables of knowledge (good, bad) and behavior change (adequate and inadequate) will be taken into account. The intervention aims to increase at least 30% knowledge in the members of the health team about reproductive risk and change their attitude towards controlling this risk. We have the human and financial resources necessary to carry out the intervention, taking into account the ethical principles of scientific research. Key words: Reproductive risk. Reproductive health. Health education.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
07
2 JUSTIFICATIVA
14
3 OBJETIVOS
16
4 MÉTODOS
17
5 REFERENCIAL TEÓRICO
18
6 PLANO DE INTERVEÇÃO
25
7 CONCLUSÕES
30
REFERÊNCIAS 31
7
1 INTRODUÇÃO
1.1 Aspectos gerais do município
Itupiranga é um termo oriundo da língua tupi que significa "cachoeira vermelha”. O
município de Itupiranga está localizado no estado do Pará, que fica na região norte
do Brasil. Tem uma população estimada em 2017 de 51.835 habitantes distribuídos
em 7 914,6 km² de extensão territorial para uma densidade populacional de 6.50
habitantes / km2. O clima é equatorial e quente, com médias térmicas anuais entre
24 e 26 °C, além de alto índice pluviométrico, e muitos rios e poucas montanhas. Foi
fundado em 1886, mas criado em 1947.
A principal atividade econômica do município é a agricultura, com ênfase em bovinos
e caprinos, bem como o desenvolvimento sustentável da aquicultura. A principal
fonte de emprego vem de serviços para a população, incluindo empresas, educação,
saúde, entre outros. Por se tratar de uma comunidade rural, o trabalho agrícola tem
um peso fundamental quando se trata de gerar emprego.
Os principais problemas que surgem no município vêm justamente por causa da
situação rural, do isolamento e do fraco desenvolvimento socioeconômico que
condicionam baixa renda per capita ou baixa escolaridade e muitos outros
problemas associados à pobreza e a fatores políticos, culturais e condicionantes.
capital institucional e social, mesmo em estratos socioeconômicos semelhantes, que
têm impacto real sobre o nível de saúde da população, especialmente nos
indicadores de morbimortalidade, geralmente acima da média nacional.
8
1.2 Aspectos da comunidade
A comunidade apresenta 8.8% de domicílios com esgotamento sanitário adequado,
18.3% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 2.6% de domicílios
urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada,
pavimentação e meio-fio).
Os serviços básicos são garantidos à população de água potável, eletricidade,
comunicações, coleta de lixo, alimentos, bem como educação e saúde pública
universal e gratuita para cada um dos habitantes do município.
Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 78 de 144,
102 de 144 e 60 de 144, respectivamente. Já quando comparado a outras cidades
do Brasil, sua posição é 4468 de 5570, 5165 de 5570 e 3952 de 5570,
respectivamente.
3.3 O sistema municipal de saúde
O setor saúde no Brasil tem passado por importantes mudanças com a implantação
do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, a Atenção Básica no SUS no
município Itupiranga, é organizada segundo a Portaria número 648 de março de
2006. Nela, o Programa de Saúde da Família (PSF) deixou de ser considerado um
programa e passou a ser “estratégias prioritárias de organização da atenção básica
no país”.(RODACOSKI; MARTINS; de ALMEIDA, 2013)
O perfil da prestação de serviços de saúde na cidade é atenção primaria. O sistema
municipal de saúde em Itupiranga é baseado nos seguintes princípios: I –
descentralização da gestão; II – integralidade da atenção à saúde individual e
coletiva; III – desenvolvimento de trabalhadores em conformidade com os princípios
do Sistema Único de Saúde – SUS, por meio de metodologias ativas, integração
9
ensino-serviço-comunidade, assistência, pesquisa e extensão com participação e
controle social. (RODACOSKI; MARTINS; de ALMEIDA, 2013)
Graças à organização dos serviços de saúde, toda a população do município está
coberta pelo Programa de Saúde da Família; pelo Programa de Agentes
Comunitários de Saúde e pelo Programa de Saúde Bucal.
A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 19.63 para 1.000 nascidos vivos.
Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 38 de 144 e 105
de 144, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas
posições são de 1268 de 5570 e 1802 de 5570, respectivamente. (Prefeitura
Municipal de Itupiranga, 2018)
1.4 A Unidade Básica de Saúde “Cruzeiro do sul”
A equipe de saúde trabalha no distrito de Cruzeiro do sul e é uma comunidade pobre
com pouco desenvolvimento social. A Unidade Básica de Saúde (UBS) conta com
cinco equipes de agente comunitária que são encarregados de visitar o diferente
micro região para a coleta de dados que irá nos fornecer estratégias de saúde.
A unidade básica tem também diferentes áreas desenvolver seu trabalho, contem:
recepção, sala de enfermeira, sala do médico, sala de atendimento a urgência, sala
de observação, farmácia, banheiro e cozinha.
O horário de funcionamento é das 07h00min a 17h00min com 1 hora de almoço, de
segunda a quinta feiras acontece os atendimentos de crianças, grávidas, doentes
crônicas programadas e quinta pela tarde acontece às visitas domiciliares.
Planejamos no mês duas reuniões da equipe de saúde e fazemos palestras sobre
problemas que afetam os níveis de saúde da população.
10
1.5 A Equipe de Saúde
A equipe de saúde da UBS Cruzeiro do sul, é composta por 15 membros, sendo
eles: Médico do programa Mais Médicos, enfermeira, técnica de enfermagem,
técnica de vacinação, técnico em farmácia, odontólogo e assistente odontológico, 5
agentes comunitários de saúde, psicólogo, fisiatra e nutricionista.
1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde da Equipe
Segundo o Programa Saúde da Família (2000), a partir da promulgação da
Constituição Federal em 1988, foram definidas como diretrizes do Sistema Único de
Saúde (SUS) a universalização, a equidade, a integralidade, a descentralização, a
hierarquização e a participação da comunidade. O SUS visa reduzir o hiato ainda
existente entre os direitos sociais garantidos em lei e a capacidade efetiva de oferta
de ações e serviços públicos de saúde à população brasileira.
A equipe básica de saúde da Unidade Básica de Saúde do município trabalha em
coordenação com todos os componentes do programa de atenção básica à
comunidade e à família sendo dinamicamente interconectado com os diferentes
componentes do sistema único, seja ele público ou privado.
Essas coordenações são estabelecidas por meio da secretaria de saúde e incluem
atendimento de saúde de emergência e individual ou coletivo, bem como as
diferentes referências e acompanhamentos dos pacientes às diferentes
especialidades médicas.
11
1.7 O dia a dia da equipe
A Atenção Primária à Saúde (APS) caracteriza-se por realizar ações “no âmbito
individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção
de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a
manutenção da saúde”. Estas ações são consolidadas pelas equipes atuantes na
Estratégia de Saúde da Família (ESF). (SILVA 2017)
Nesse sentido, há uma boa percepção dos profissionais da UBS “Cruzeiro do Sul”
quanto à integração das práticas de saúde, como forma de proporcionar uma
assistência sanitária de qualidade, executar educação permanente em saúde para
todos os profissionais envolvidos; fazendo uso da rede assistencial para garantir
uma oferta abrangente de serviços e atender às diversas ações requeridas pela
equipe.
A equipe de saúde também recebe o suporte de cada núcleo profissional que
compõe o Nasf para compartilharem o cuidado longitudinal dos usuários e famílias
dentro da rede de saúde do município e/ou outros serviços locais, tais como Centro
de Atenção Psicossocial (CAPS), Centro de Referência em Saúde do Trabalhador
(CEREST), centros de reabilitação, redes sociais e comunitárias, entre outros.
1.8. Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade
Na reunião com o equipamento de saúde, elaborou-se uma lista de problemas
identificados muito extenso, o qual é reduzido pelo método da chuva de ideias,
ficando a próxima lista reduzida de problemas:
1- Alta demanda de consultas por atenção médica populações de outro município.
2- Frequência elevada de gestação na adolescência.
3- Alta prevalência de hipertensão arterial com escasso controle.
12
4- Escassa de recursos materiais, medicamentos e equipamentos que impedem
ofertar um serviço com qualidade.
5- Más condições gerais do posto médico: dos instrumentos médicos, não existem
sala de reuniões e problemas na área de espera de pacientes.
6 - Alto número de consultas de pronto atendimento que não tem continuidade
posterior.
7- Treinamento inadequado da equipe de saúde para o manejo do risco reprodutivo
em mulheres em idade fértil.
13
1.9. Priorização dos problemas
Quadro 1 Classificação de prioridade para os problemas identificados no
diagnóstico da comunidade adscrita à equipe de Saúde 1, Unidade Básica de
Saúde Cruzeiro de soul, município de Itupiranga, estado de Pará
Problemas Importância Urgência Capacidade de
enfrentamento
Seleção/
Priorização
Treinamento inadequado da
equipe de saúde para o
manejo do risco reprodutivo
Alta 8 Total 1
Alta prevalência de
hipertensão arterial com
escasso controle
Alta 7 Total 2
Alta demanda de consultas
por atenção médica
populações de outro
município
Alta 6 Total 3
Freqüência elevada de
gestação na adolescência Alta 4 Parcial 4
Alto número de consultas
de pronto atendimento sim
continuidade posterior
Media 3 Parcial 5
Escassez de recursos e
Malas condições do posto
médico
Baixa 2 Fora 6
14
2 JUSTIFICATIVA
O trabalho da equipe de saúde em seu papel de professor como gerente e promotor
da saúde é responsável por contribuir para aumentar o conhecimento que resulta em
mudanças nas atitudes, estilos de vida inadequados, prevenção de doenças e suas
complicações, entre outros, através de programas educacionais que podem
aumentar o conhecimento e gerar atitudes favoráveis e responsáveis para evitar a
incidência dos problemas acima mencionados.
A intervenção enriquecerá o conhecimento sobre o risco reprodutivo e a eficácia da
aplicação de uma estratégia educacional para elevar o conhecimento sobre o
assunto, enquadrado no local onde o estudo foi desenvolvido; a fim de poder manter
um controle adequado deles, para que no futuro possamos minimizar a
vulnerabilidade e os efeitos prejudiciais para a saúde desse problema, nesses
grupos de risco.
Tendo em vista que a equipe precisa de integração no desempenho de suas
funções; de conhecimento para identificar as diversas alterações na saúde sexual e
reprodutiva das mulheres e homens atendidos pela equipe de saúde. O presente
trabalho é inovador, porque, embora exista um quadro nacional de políticas públicas,
que busca eliminar os riscos para obter uma saúde sexual e reprodutiva adequada,
na prática, no PSF Cruzeiro do Sul do município Itupiranga, não há pesquisa sobre a
aplicação e eficácia de uma estratégia que contribua para esse objetivo.
A intervenção é viável porque há uma equipe interessada na aquisição de
conhecimentos para desenvolver seu trabalho com qualidade; temos vários
especialistas na matéria com conhecimento suficiente para transmitir os temas
15
(Médico, Licenciado em enfermagem, Psicólogo) bem como recursos materiais e
acesso à internet com uma ampla bibliografia sobre o assunto.
Por conseguinte, a implementação desta estratégia educacional centrada
principalmente no planejamento familiar e na redução de comportamentos sexuais
de risco, contribui de forma real e significativa na redução de gravidez em mulheres
com risco reprodutivo para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes, que
pertencem para um grupo vulnerável.
16
3 OBJETIVOS
3.1. Objetivo geral
Avaliar os resultados da aplicação de uma intervenção educativa para o manejo do
risco reprodutivo em mulheres em idade fértil durante o ano de 2018.
3.2. Objetivos específicos
Caracterizar as mulheres com risco reprodutivo de acordo com variáveis
sociodemográficas.
Identificar o nível de conhecimento e atitudes sobre o manejo do risco reprodutivo,
pela equipe de saúde, antes e depois da intervenção educativa.
Comparar as diferenças entre conhecimento e atitudes, antes e depois da
intervenção educativa, frente ao manejo do risco reprodutivo pela equipe de saúde.
17
4 MÉTODOS
Para a etapa de diagnóstico foi utilizado o Planejamento Estratégico Situacional para
estimativa rápida dos problemas observados e definição do problema prioritário
(Treinamento inadequado da equipe de saúde para o manejo do risco reprodutivo),
dos nós críticos e das ações, que permitiram o processo do planejamento do projeto,
desde a identificação dos problemas de saúde até o monitoramento e avaliação das
ações realizadas. (CAMPOS, 2010)
Foi consultada a Biblioteca Virtual em Saúde do Nescon, a home page do site
SciELO Brasi (A Scientific Electronic Library Online) e documentos de órgãos
públicos (ministérios, secretarias, etc.) e de outras fontes de busca para revisão
bibliográfica, sempre tentando que a bibliografia consultada fosse a mais atual
possível, não mais do que 10 anos de publicação.
Para redação do texto foram aplicadas as normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) e as orientações encontradas no módulo: Iniciação à
metodologia: Trabalho de Conclusão de Curso (CORRÊA; VASCONCELOS;
SOUZA, 2017), bem foi revisado o Manual para elaboração dos Trabalhos de
Conclusão de Curso, estruturado de acordo com as normas preconizadas pela
Metodologia Científica e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
para estes fins. (CHASIN, 2012)
Para a definição das palavras-chave e keyboards utilizaram-se os Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS) de Brasil. (2017).
18
5 REFERENCIAL TEÓRICO
Os direitos sexuais e reprodutivos são parte integrante dos direitos humanos. No
Brasil, o conceito de direitos reprodutivos começou a ser formulado a partir da
reflexão das mulheres a respeito do exercício de sua função reprodutiva, de seu
papel e de suas condições na sociedade (ÁVILA, 1989).
A saúde materna e infantil é parte integrante de os direitos reprodutivos e é
considerada um dos indicadores essenciais para medir o nível de desenvolvimento
de um país e visa atingir o estado ideal para mães e filhos. Trata-se de alcançar
recém-nascidos saudáveis sem mães sofrendo complicações durante a gravidez,
parto e puerpério. Além disso, durante toda a infância, o crescimento e o
desenvolvimento ideal, com o mínimo possível de doenças e óbitos. (LOZANO,
BOHORQUEZ, ZAMBRANO, et al; 2014)
Nessa área, o gerenciamento do risco reprodutivo desempenha um papel
importante, um indicador que permite identificar essas mulheres, famílias ou
populações mais vulneráveis e direcionando-os aos recursos disponíveis para
priorizar seus cuidados, incluindo risco reprodutivo, risco obstétrico e perinatal.
(UNICEF, 2014)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a saúde reprodutiva como o estado
do completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença
durante o processo de reprodução. Inclui cuidados pré-conceituais, pré-natais, de
partos, recém-nascidos, puerperais e neonatais precoce. (OMS, 2003)
É conhecido como risco reprodutivo preconcepcional a probabilidade de uma mulher
não grávida ter sofrido danos (ela ou seu produto) durante o processo de
reprodução. Isto é condicionado por uma série de fatores, doenças ou circunstâncias
19
únicas ou associadas que podem afetar negativamente o binômio, durante a
gravidez, parto ou puerpério. (FERNANDEZ, et al, 2008)
Entre esses fatores, é vital analisar a correlação entre o nível de desenvolvimento da
área ou país estudado e o comportamento do indicador saúde materno-infantil,
assim descobrimos que um número elevado de mortes de mulheres em idade fértil é
registrado nos países subdesenvolvidos e com complexa situação econômica social,
cujas causas de morte foram relacionadas ao processo de gestação. (CARDONA
ACOSTA; BERTONE, 2013)
Em países com níveis socioeconômicos e culturais mais elevados, a porcentagem
de mulheres com risco reprodutivo pré-conceitual é inferior a 5% e em alguns, como
a Suécia e o Japão, são 4% e 3%, respectivamente. No norte da Europa, uma em
cada 9 850 mulheres corre o risco de morte materna; América do Norte, um em
6366; na Ásia, um em cada 54 e África, uma em cada 21 mulheres. (GIRUM 2017;
YAMIN et al. 2013; SUELLEN, 2015)
De acordo com OPAS (2012), nos países latino-americanos, como a Venezuela, o
risco reprodutivo está associado à vulnerabilidade de alguns grupos de pessoas na
comunidade. Em outros, como Colômbia, Guatemala, El Salvador e Peru, está
associado a patologias crônicas, idade superior a 35 anos, baixa escolaridade,
pobreza, desnutrição, gravidez indesejada, sindicatos instáveis, entre outros.
Em países como Brasil e México, se tem incrementando número de mulheres que
passam a formar arte destes grupos de risco, alcançando ate 25 % a 30 % do total
de mulheres. (OMS, 2014)
Embora seja um tema de interesse geral, muitas pessoas não conhecem esses
riscos além de profissionais de saúde e, segundo Días (2015), alguns desses
profissionais têm conhecimento parcial. Isso implica que, para realizar um
20
planejamento familiar adequado, são necessárias boas informações e educação,
necessárias para modificar costumes e atitudes. (PARRA, 2013)
O autor é de opinião que, apesar da existência de programas destinados a proteger
a saúde sexual das mulheres em idade fértil e ainda há lacunas no conhecimento
sobre como minimizar os riscos, evitar complicações durante a gravidez, proteger-se
de uma gravidez não planejada, práticas de risco para adquirir infecções, doenças
sexualmente transmissíveis, persistência de crenças errôneas que orientam
comportamentos de risco, entre outros, juntamente com as informações incorretas
que recebem de seus pares.
Portanto, o controle e monitoramento de mulheres em idade fértil consideradas
como risco reprodutivo, que inclui a educação para a saúde como um pilar
fundamental, é essencial para a redução da morbidade e mortalidade materna e
perinatal. Portanto, o treinamento sistemático das pessoas envolvidas no controle
dessa população vulnerável é necessário. (SANTOS; et al, 2015)
Numerosos estudos consultados mostram que a aquisição de conhecimentos sobre
risco reprodutivo é benéfica tanto para o binômio mãe-filho no particular, quanto para
melhorar os indicadores de saúde dessa população em geral.
Nesse sentido, Ardebolet. al.(2015), realizaram um estudo de intervenção quase
experimental no município da Flórida, em Camagüey, em uma amostra de 153
mulheres, e observaram que o grupo predominou entre 20 e 35 anos, com maior
incidência em mães solteiras. Entre os fatores socioambientais, relações sexuais
instáveis o não uso de contraceptivos, bem como um curto período inter gênico
como antecedente obstétrico evidente. A anemia foi a doença crônica não
transmissível mais frequente em mulheres identificadas como desnutridas. Esses
autores obtiveram resultados satisfatórios quanto ao nível de conhecimento sobre
21
fatores de risco reprodutivo, além da modificação parcial após a aplicação da
intervenção de alguns desses fatores identificados na amostra.
Gámezet al. (2012) realizou intervenção educativa em 90 mulheres com risco
reprodutivo, de janeiro a agosto de 2010 na policlínica de Frank País. Entre seus
principais resultados, destaca-se que o principal fator de risco identificado foi a
anemia. Um número considerável de mulheres pesquisadas tinha algum hábito
tóxico, especialmente a ingestão de café e medicamentos. Inicialmente, as mulheres
não tinham conhecimento adequado sobre o risco reprodutivo pré-concepcional,
mas no final da intervenção educativa aplicada, quase todas as mulheres
modificaram muitos dos seus critérios errôneos sobre o assunto.
Virella, et al. (2009) Realizaram uma "Intervenção educativa sobre o conhecimento
dos fatores de risco da gravidez na adolescência", em 68 adolescentes grávidas da
cidade de Camalote, Guáimaro, de 2007 a 2008. Entre as Os fatores de risco
identificados foram má conduta sexual, início precoce da relação sexual e
desconhecimento dos métodos anticoncepcionais. Com a aplicação da intervenção,
o conhecimento foi aumentado em todos os fatores de risco estudados.
Fernández, et al (2008) Avaliaram o "Impacto de uma estratégia de intervenção
comunitária no controle do risco reprodutivo" em 115 mulheres com risco reprodutivo
preconceito no município de Labadee, República do Haiti. Os principais riscos
identificados foram o curto período intergênico, a idade acima de 35 anos e a
multiparidade. O método contraceptivo preferido foi o hormônio injetável. Após as
atividades educativas houve um grande número de pacientes que aceitaram o
dispositivo intra-uterino. No final da intervenção, os autores concluíram que houve
um mínimo de complicações e uma economia significativa no custo em comparação
com as formas de controle de natalidade usadas até então.
22
Valarezo Procel MJ, (2014) realizou um estudo de intervenção educativa sobre o
risco reprodutivo em 90 mulheres entre 15 e 49 anos de idade, paróquia Soro,
Maracay, Venezuela, de janeiro a dezembro de 2013, com o objetivo de avaliar a
efetividade deste programa para o controle do risco reprodutivo nessa comunidade.
O autor deste estudo, concluiu que, antes da intervenção educativa, os pacientes
não conheciam os riscos reprodutivos, nem a importância do uso de métodos
contraceptivos. No entanto, o nível de conhecimento sobre seus fatores de risco e
como modificá-los aumentou após a referida intervenção.
Zhouet al. (2016) publicam um artigo no qual destacam que, embora existam muitos
fatores de risco associados a resultados adversos da gravidez, eles podem ser
identificados e modificados antes da gravidez. No entanto, esses autores são da
opinião de que existem várias barreiras à sua implementação e, mesmo em países
com mais recursos, apenas alguns grupos selecionados de alto risco são fornecidos,
em vez de ser uma prestação de serviços de saúde organizada para todos. Neste
sentido, a China parece liderar o caminho através da implementação de cuidados
pré-nacionais a nível nacional em todas as áreas rurais, através do Projeto de
Exame Nacional de Saúde Pré-concepção Livre, que é um modelo único de
cuidados pré-gravidez abrangente em que incluindo atividades educativas.
Dunlopet al. (2013) exploraram o conhecimento dos riscos de saúde reprodutiva
entre as mulheres em clínicas financiadas por fundos públicos para ver se o
aconselhamento breve pode melhorar o conhecimento. As mulheres na coorte de
intervenção experimentaram um aumento significativo no conhecimento relacionado
à saúde antes da concepção desde o início até 3 a 6 meses mais tarde. Entre as
mulheres com condições médicas crônicas, aquelas na coorte de intervenção
23
aumentaram significativamente seu conhecimento de que a condição poderia levar a
problemas na gravidez em relação à menor melhora no conhecimento observado
para aqueles na coorte de comparação.
Poojaet al (2014) elaboraram um estudo intervencionista que comprova o uso de um
"Plano de Vida" para melhorar o conhecimento sobre saúde reprodutiva e
contracepção em mulheres com doenças crônicas.
Para isso, foram recrutadas 27 mulheres com idades entre 18 e 40 anos com
diabetes ativo, hipertensão ou obesidade. Após o aconselhamento, as mulheres
aumentaram seu conhecimento sobre um plano reprodutivo e informações para
fazer escolhas de saúde reprodutiva. Portanto, eles concluem que o plano de vida
reprodutiva é um método curto e lucrativo de controle no campo da atenção primária
à saúde para mulheres com doenças crônicas não transmissíveis, pois aumenta o
conhecimento sobre a saúde reprodutiva que ajuda a tomar decisões informadas
sobre seu futuro reprodutivo.
No cotidiano dos serviços de APS, os profissionais se deparam com questões
relacionadas à sexualidade ou reprodução, demandas como gravidez não planejada,
aborto, esterilização, planejamento reprodutivo, contracepção de emergência, enfim,
questões diretamente ou indiretamente associadas aos saúde reprodutiva que estão
presentes diariamente. Portanto, práticas pautadas na integralidade da atenção,
assim como o respeito aos direitos sexuais e reprodutivos, dentre outros princípios,
que devem nortear as práticas profissionais no âmbito da atenção à saúde.
(MOMBIELA et al, 2016)
LEMOS (2014) realizou um estudo objetivou para identificar a percepção de
enfermeiras e assistentes sociais, que realizaram capacitação de ações educativas
em contracepção, sobre direitos sexuais e reprodutivos e sua importância na
24
promoção desses direitos. Realizou-se observação participante, com entrevistas e
análise documental. Os resultados revelam restrito conhecimento sobre direitos
sexuais e reprodutivos, permitindo concluir que a realização de treinamento não
garante, necessariamente, a reflexão e a transformação das opiniões e práticas,
desafio que se põe aos gestores da atenção à saúde e aos órgãos de formação em
saúde.
GÁMEZ et al. (2015) fez uma intervenção capacitação em enfermagem para
melhorar o conhecimento deles sobre o acompanhamento do risco reprodutivo no
Policlínico Universitário "Asdrubal López Vázquez", no período de outubro de 2013 -
outubro 2014 um universo de 67 enfermeiros usado todos os titulares consultórios
médicos da família, que por sua vez constituíram a amostra. Após a intervenção, os
resultados mostraram que, com a implementação do treinamento, o nível de
conhecimento dos enfermeiros foi modificado quanto ao adequado manejo e
controle das mulheres incluídas no programa preconceito de risco reprodutivo, com
grande aceitação nelas.
Portanto, a capacitação do pessoal envolvido no controle do risco reprodutivo é de
vital importância, pois, segundo Lugones (2016), a prevenção da morbidade e
mortalidade materno-infantil deve ser uma prioridade permanente da saúde
reprodutiva, motivo pelo qual é necessário realizar um controle adequado do risco
pré-concepcional e do planejamento familiar, trabalhando sistematicamente no nível
da atenção primária para determinar a morbidade de cada paciente, a fim de reduzir
as complicações durante a gravidez, evitar sua aparência e diagnosticar
precocemente.
25
6 PLANO DE INTERVEÇÃO
6.1 Descrição do problema selecionado (terceiro passo)
De acordo com registros das equipes municipais de saúde, aproximadamente 9%
das mulheres entre 15 e 19 anos iniciaram o processo reprodutivo, seja porque
deram à luz (7%) ou estão grávidas do primeiro filho (2%), enquanto que 6% das
mulheres entre 20 e 24 anos tiveram um nascimento ao vivo antes dos 18 anos. A
maternidade precoce é mais freqüente em mulheres de menor escolaridade, sem
vínculo empregatício e nas áreas rurais.
De acordo com o registro de risco reprodutivo do PSF Cruzeiro do Sul, 74% das
mulheres casadas ou em união estável, utilizam algum método de planejamento
familiar. O método mais popular é a esterilização feminina, seguida de tratamento
hormonal. Durante o ano de 2017, um total de 302 mulheres entre 15 e 49 anos de
idade, consideradas com risco reprodutivo preconcebido, foi contado. A maioria
deles sem ter controlado adequadamente seus fatores de risco.
O trabalho do pessoal de saúde em seu papel docente como gestor e promotor de
saúde, é responsável pelo controle do risco reprodutivo pré-concepcional em
mulheres em idade fértil, além de contribuir para elevar conhecimentos que se
acumulam nas mudanças de atitudes, modo e estilos, prevenção de doenças e
complicações nessas mulheres, por meio de programas educativos que podem
aumentar o conhecimento e gerar atitudes favoráveis e responsáveis para evitar a
incidência dos problemas citados.
26
Apesar do exposto, a instituição não conseguiu um controle efetivo do risco
reprodutivo, o que trouxe várias consequências negativas do ponto de vista da
saúde sexual e reprodutiva.
Durante o ano de 2017, houve 72 gestações consideradas de risco, 18 delas
classificadas como de alto risco, além de 16 nascimentos prematuros e 8
nascimentos abaixo do peso com óbito materno. As principais causas de risco são
idade inferior a 20 anos, presença de hipertensão arterial, obesidade materna, baixa
escolaridade, práticas sexuais inadequadas, multiparidade e período intergênico
curto.
6.2 Explicação do problema selecionado (quarto passo)
A gênese desse problema é, sem qualquer dúvida, o controle inadequado e por
vezes inexistente das mulheres em idade fértil considerada de risco reprodutivo,
uma vez que arrastam uma série de fatores que se acumulam e no momento da
gestação, colocando em risco a vida da mãe e do produto da concepção.
Os baixos níveis de controle do risco reprodutivo na área de atenção do PSF
Cruzeiro do Sul se devem, em nosso julgamento, à falta de conhecimento por parte
dos integrantes da equipe de saúde, de qual a sua competência nesse processo,
quais ações tomar em cada caso e quais atividades educativas devem ser
realizadas com as mulheres, a família e a comunidade para minimizar o impacto
desses fatores sobre a saúde desse grupo específico.
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6.3 Seleção dos nós críticos (quinto passo)
Podemos definir os nós críticos como a causa de um problema que, quando
“atacada” é capaz de impactar o problema principal e efetivamente transformá-lo.
(CAMPOS; SANTOS; FARIAS, 2010)
Neste caso, o problema é o grande número de mulheres em idade fértil, não
grávidas, mas com riscos e patologias associadas que colocariam em risco a sua
saúde e a saúde futura da criança se engravidassem e, por várias razões, não
estivessem sendo adequadamente controladas pela equipe de saúde.
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6.4 Desenho das operações
Quadro 2. Operações sobre o “nó crítico 1” relacionado ao problema
“Treinamento inadequado da equipe de saúde para o manejo do risco
reprodutivo”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da
Família Cruzeiro do Sul , do município Itupiranga, estado de Pará.
Nó crítico 1 Controle preconcepcional
Operação (operações) Elevar o número de consultas de controle as mulheres com risco preconcepcional
Projeto Mais controle com as mulheres com risco preconcepcional
Resultados esperados Diminuir o numero de gestantes com risco
Produtos esperados Controle de mulheres em idade fértil
Recursos necessários Estrutural: Para realizar a consulta de controle de risco preconcepcional Cognitivo: Para brindar informação sobre risco preconcepcional Financeiro: Para adquirir folhetos e materiais didáticos. Político: Adesão do gestor local
Recursos críticos Estrutural: Organizar o atendimento das mulheres com risco preconcepcional
Controle dos recursos críticos
Equipe de saúde com motivação favorável
Ações estratégicas Não é necessário
Prazo 6 meses
Responsável (eis) pelo acompanhamento das ações
Doutor: Pedro Jesus González Duro
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Mensal
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Quadro 3. Operações sobre o “nó crítico 2” relacionado ao problema
“Treinamento inadequado da equipe de saúde para o manejo do risco
reprodutivo”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da
Família Cruzeiro do Sul , do município Itupiranga, estado de Pará.
Nó crítico 1 Processo de trabalho da equipe inadequado para enfrentar o problema
Operação Mais saberes
Projeto Conhece a realidade e como atuar
Resultados esperados Satisfação dos usuários por atendimento programado, agenda bem organizada, aumentar conhecimentos
Produtos esperados Maior número de mulheres em idade fértil avaliadas, acompanhamento dos agentes comunitários em visitas domiciliares, programação de atividades promocionais cada mês.
Recursos necessários Estrutural: Para realizar as atividades educativas de controle de risco preconcepcional aos integrantes da equipe de saúde. Financeiros: Necessários para a estruturação do serviço. Político: Articulação entre os setores da saúde e adesão dos profissionais.
Recursos críticos Político: Articulação entre os setores assistenciais de saúde.
Controle dos recursos críticos
Secretaria de saúde
Ações estratégicas Implementação do proyeto
Prazo 1 meses
Responsável (eis) pelo acompanhamento das ações
Doutor: Pedro Jesus González Duro
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Semanal
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7 CONCLUSÕES
Com a conclusão desta intervenção, o nível de conhecimento sobre a gestão e
controle do risco reprodutivo pré-concepcional entre os membros da equipe de
saúde do PSF Cruzeiro do Sul será aumentado, o que trará um aumento imediato na
qualidade do atendimento em mulheres em idade fértil que estão neste grupo de
risco específico e de maneira mediada e tardia na melhoria dos indicadores de
morbimortalidade materna e perinatal.
É evidente que o estabelecimento de uma consulta pré-concepcional sobre risco
reprodutivo, de maneira adequada e sistemática, para a avaliação periódica de
mulheres em idade fértil é de vital importância para a avaliação, monitoramento e
controle desses riscos nessas mulheres, e com isso traçar ações de promoção e
prevenção da saúde que visem reduzir ou eliminar os riscos, sempre que possível,
neste grupo especialmente vulnerável.
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