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Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

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Internacionalização de Empresas (Eco 02049). Curso de Relações Internacionais Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS. Apostila 2 Conceitos Básicos (Revisão e Ampliação). - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Internacionalização de Empresas

(Eco 02049)

Page 2: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Curso de Relações Internacionais

Prof. Hélio HenkinFCE/UFRGS

Page 3: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Apostila 2Conceitos Básicos (Revisão e

Ampliação)

Page 4: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

1. Revisão de Conceitos Básicos para a Análise da Internacionalização de Empresas e das Relações entre

Competitividade, Desenvolvimento Local e Investimento Estrangeiro.

Page 5: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

1.3 Clusters e Fontes Locais de

Competitividade

Page 6: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Antecedentes Históricos

• O fenômeno dos distritos industriais italianos: o ressurgimento da pesquisa sobre externalidades e concentração setorial-geográfica

• Termos correlatos: clusters, sistemas locais de produção, arranjos produtivos locais, concentração setorial-regional

Page 7: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Antecedentes Históricos

• Implicações do fenômeno dos distritos industriais italianos:

a) pequenas e médias empresas: além do papel de “colchão de amortecimento” nas fases recessivas dos ciclos econômicos; competitividade em escala internacional?

Page 8: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Antecedentes Históricos

• Implicações do fenômeno dos distritos industriais italianos:

b) competitividade, cooperação e “imbricamento social” : desenvolvimento local vs. globalização

Page 9: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Antecedentes Históricos

• Implicações do fenômeno dos distritos industriais italianos:

c) clusters/APL’s como alternativas para países em desenvolvimento: foco e instrumentos para a redução do contraste “centro-periferia”

Page 10: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Clustering/Distritos industriais: abrangência e

definições• Os distritos industriais marshallianos:

economias externas, aglomeração e fluxos interempresariais internos;

• O formato centro-radial: grandes empresas, fornecedores e diversificação;

Page 11: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Clustering/Distritos industriais: abrangência e

definições• O formato plataforma-satélite:

empresas de grande porte e fornecedores, fluxos exclusivos de transações;

• Distritos gerados por atividade pública: universidades, complexos militares, complexos da área da saúde;

Page 12: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Clustering/Distritos industriais: abrangência e

definições• A diversidade de denominações:

– Aglomerações empresariais setoriais;

– Clusters;– Arranjos Produtivos Locais;– Sistemas Locais de Produção;

Page 13: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Clustering/Distritos industriais: abrangência e

definições

• O foco no fenômeno da aglomeração de pequenas e médias empresas e no papel da instituições: os distritos industriais italianos como modelo de organização industrial

Page 14: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Características gerais do “modelo” italiano

1) Existência de cluster de pequenas e médias empresas concentradas geograficamente e especializadas setorialmente;

2) Existência de uma base sócio-cultural forte e relativamente homogênea, a ligar os agentes econômicos e criar um código comportamental comum, informal e largamente aceita

Page 15: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Características gerais do “modelo” italiano

3) Um conjunto denso de ligações ao longo da cadeia de produção, em nível horizontal e também no mercado de trabalho, baseados em relações de mercado e extra-mercado;

4) Uma rede de instituições locais, públicas e privadas, propiciando suporte para os agentes econômicos em termos de capacitação.

Page 16: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Identificação, Caracterização e Análise de Arranjos Produtivos

Locais

1) O grau de importância da aglomeração, em termos da proporção por ela representada em relação à dimensão total do setor no âmbito “nacional” ou “regional

Page 17: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Identificação, Caracterização e Análise de Arranjos Produtivos

Locais

2) O grau de especialização setorial da aglomeração produtiva em relação à média nacional, medido por coeficientes locacionais, bem como o grau de adensamento da cadeia produtiva na base geográfica local;

Page 18: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Identificação, Caracterização e Análise de Arranjos Produtivos

Locais

3)   O grau de relações de cooperação entre os agentes econômicos e sociais inseridos no arranjo produtivo, seja em termos verticais ou horizontais, sejam transações de mercado ou relações extramercado;

Page 19: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Identificação, Caracterização e Análise de Arranjos Produtivos

Locais

4) O grau de coordenação das relações de cooperação que é exercida por instituições locais e/ou associações dos agentes econômicos presentes no arranjo produtivo local;

Page 20: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

1.4 Integração entre Fontes Locais e Competitividade Internacional

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Bases da competitividade

internacional• A teoria das vantagens

comparativas

– O comércio internacional é explicado pelos diferenciais de produtividade da mão-de-obra e pela disponibilidade relativa de fatores da produção (capital, recursos naturais e trabalho)

– Especialização internacional

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INGLATERRA

PORTUGAL

VINHOS

TECIDOS

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Avaliação crítica

• A pauta de exportações dos países não é explicada apenas pelos diferenciais de produtividade e fatores (ex: Japão, Coréia do sul, Brasil e Argentina)

• O caso Brasil e Argentina: abundância relativa de capital e mão-de-obra, no Brasil, e de recursos naturais, na Argentina, não explica toda a pauta comercial

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COMÉRCIO BRASIL-ARGENTINA - 1997 (em US$ milhões)

Principais exportações doBrasil para a Argentina

Principais exportações daArgentina para o Brasil

Autopeças 284,8 Petróleo 950,9

Automóveis 270,8 Trigo 816,9

Chassis 209,5 Automóveis 764,8

Motores 179,9 Algodão 227,7

Minério deFerro

86,9 Chassis 163,6

Café em Grão 77,5 Caixas deCâmbio

150,3

Page 25: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

O que a teoria das vantagens comparativas

não explica• Por que o Brasil exporta carne suína

para a Argentina?

• Por que automóveis, motores, caixas de câmbio e chassis são exportados da Argentina para o Brasil e vice-versa?

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• O comércio intra-industrial está presente nas relações comerciais de muitos países: componentes automotivos (Brasil e Argentina); produtos químicos e farmacêuticos (Suíça e Alemanha).

• Por que a maior parte do comércio mundial ocorre entre países desenvolvidos? Por que o comércio entre estes (intensivos em capital) e os países pobres (intensivos em trabalho) corresponde a apenas 10% do comércio mundial?

Page 27: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

A limitação dos enfoques usuais ao desenvolvimento e

performance internacional

• Baixo custo salarial: muitos países são bem sucedidos em termos de exportação mesmo tendo um padrão salarial elevado (exemplos: Alemanha, Suíça, outros países do norte europeu);

• Muitos dos países ricos não são os mais bem dotados em termos de recursos naturais;

• Alguns países ricos conseguiram avanços importantes no padrão de vida da sua população e desenvolvimento empresarial mesmo com moedas fortes e preços crescentes (exemplo: Japão e Alemanha);

Page 28: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

• Protecionismo e intervencionismo não garantem a prosperidade sustentável ou a vantagem competitiva internacional.

• A ocorrência de déficit público nem sempre é impeditiva da formação de vantagem competitiva internacional (a Itália é um exemplo).

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Prosperidade, produtividade e competitividade internacional

• A prosperidade de um país depende crucialmente dos ganhos de produtividade que podem ocorrer no âmbito de cada um dos setores e das empresas que formam o seu sistema produtivo.

• A produtividade, em termos básicos, está associada a uma maior eficiência nos processos de trabalho, que decorrem tanto de maior qualificação dos recursos humanos quanto de técnicas de produção e organização, englobando a incorporação de máquinas e equipamentos mais eficientes.

Page 30: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

• Como se estabelece a relação entre produtividade, estratégia competitiva e vantagem competitiva internacional?

• Um posicionamento competitivo adequado permite que uma empresa possa estabelecer uma estratégia de crescimento que envolva investimentos capazes de gerar ganhos de produtividade;

• Setores bem estruturados em um país tendem a ocupar espaço no cenário internacional, desde que as empresas consigam manter taxas crescentes de produtividade associadas a um posicionamento competitivo adequado;

Page 31: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

• Como se estabelece a relação entre produtividade, estratégia competitiva e vantagem competitiva internacional?

• Estar bem posicionado na fronteira da produtividade é a resposta adequada a esta questão. Ela implica uma combinação de eficiência operacional com a formulação de uma estratégia competitiva adequada ao padrão de competição setorial.

Page 32: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

• Em caso de setores onde o espaço para a diferenciação e segmentação é reduzido, os ganhos de produtividade são a condição necessária para que a empresa possa ser competitiva de acordo com a regra do “custo decrescente”

• Nos setores onde há possibilidades de estratégia de diferenciação e segmentação de mercado, os ganhos de produtividade são necessários para evitar que a estratégia se torne inviável por pressão de custo e preços não competitivos.

Page 33: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Abordagens alternativas/complement

ares• Vantagens competitivas construídas:

• ênfase no desenvolvimento de vantagens competitivas setoriais e empresariais

• papel relevante atribuído à inovação tecnológica

• importância das condições sistêmicas de competitividade

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O diagrama da vantagem competitiva internacional

ESTRATÉGIA DA FIRMA, ESTRUTURA E RIVALIDADE

CONDIÇÕESDOS FATORES

CONDIÇÕES DE DEMANDA

SETORES RELACIONADOS/FORNECERORES

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Condições dos fatores

• Fatores “disponíveis” e fatores “construídos”;

• Força de trabalho, terra, recursos naturais, capital e infra-estrutura são fatores cuja eficiência e aplicabilidade ao processo produtivo depende da capacidade inovativa e competitiva das empresas;

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Condições dos fatores

• Vantagens das “desvantagens”: falta de espaço no Japão e o just-in-time; falta de trabalhadores na Suíça após a Segunda Guerra e a automação; falta de condições climáticas e a tecnologia agrícola em Israel; escassez de matérias-primas e deficiente infra-estrutura e as pequenas usinas no norte da Itália; o caso mais antigo da Inglaterra e Espanha nos séculos XVI a XVIII;

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Condições da demanda

• A importância da dimensão, da composição e do caráter da demanda doméstica

• Mercado doméstico mais sofisticado do que o externo representa desafio para as empresas locais (exemplo: mercados com maior exigência de proteção ambiental podem estimular a formação de empresas líderes em produtos “ecologicamente corretos”;

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Condições da demanda

• A cultura presente na formação de hábitos e preferências pode ser decisiva para a formação de determinadas vantagens competitivas setoriais (exemplo: a Itália e suas indústrias “intensivas em design”

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Setores fornecedores ou

relacionados• A existência de fornecedores

competitivos pode ser determinante para a competitividade de um determinando setor, tanto no caso de insumos e componentes quanto de máquinas e equipamentos (ex; MDF e máquinas no setor moveleiro)

Page 40: Internacionalização de Empresas (Eco 02049)

Estratégia da empresa, estrutura

e rivalidade

• A existência de competidores fortes no mercado constitui um estímulo vigoroso para que uma firma crie e mantenha vantagem competitiva (talvez o mais importante ponto do diamante da vantagem competitivo nacional)