integridade, Ética e transparÊncia contra a corrupÇÃo · o que é corrupção o termo...

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INTEGRIDADE, ÉTICA E TRANSPARÊNCIACONTRA A CORRUPÇÃO

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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

AUDITORIA-GERAL DO ESTADO

Governador do Estado de Minas GeraisAécio Neves da Cunha

Auditora-Geral do EstadoMaria Celeste Morais Guimarães

Auditor-Geral AdjuntoHenrique Hermes Gomes de Morais

Superintendência Central de Auditoria Operacional (SCAO)Fernando Antônio França Sette Pinheiro – Diretor

Superintendência Central de Correição Administrativa (SCCA)

Solange Irene Henrique de Melo – Diretora

Elaboração

Carolina Cardoso Lima

Rodrigo Fontenelle de Araújo Miranda

Solange Irene Henrique de Melo

Karen de Paula Lopes (estagiária)

Minas Gerais

Auditoria-Geral do Estado

Belo Horizonte, junho de 2008

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SUMÁRIO

Apresentação

1. O que é corrupção

2. Quem são os agentes passíveis de praticar a corrupção

Servidor público

Servidor equiparado

Agente político

Particular

3. Alguns atos que podem constituir corrupção

4. Como perceber desvios e detectaralguns atos de corrupção

5. A transparência como principalaliada do combate à corrupção

5.1. Quem é obrigado a prestar contas dos recursos públicos

5.2. E você, acha que o instituto da prestação de contas é novo?

6. Ações para a prevenção da corrupção

6.1. Na administração pública

6.2. Em relação aos servidores

6.3. No setor privado/cidadão

7. Como fiscalizar

8. A atuação da Auditoria-Geral do Estado

Glossário

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CARTILHA “INTEGRIDADE, ÉTICA ETRANSPARÊNCIA CONTRA A CORRUPÇÃO”

APRESENTAÇÃO

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Esta cartilha tem como objetivo promover ações deprevenção, detecção e combate à corrupção, com o fim dedisseminar boas práticas entre os agentes públicos, bem comoincentivar e instruir a participação do cidadão, envolvendo asociedade, detentora de voz política, para influenciar as deci-sões quanto ao gerenciamento de recursos estatais e denun-ciar atos irregulares que atentem contra o interesse público.

A Auditoria-Geral do Estado (AUGE), por meio da Dire-toria Central de Auditorias Especiais, Prevenção e Combateà Corrupção (DCAEPCC) e da Diretoria Central de Aperfei-çoamento Disciplinar, Promoção da Integridade, Ética eTransparência Institucional (DIPAD), em razão do art. 14,inciso XI e art. 22, inciso X do Decreto nº 44.655, de 19 denovembro de 2007, tornaram-se parceiras na relevante fun-ção de fortalecer o processo de luta contra corrupção emâmbito estadual.

O esforço conjunto é essencial para que o cidadão ob-tenha informações sobre como exercer sua participação naprevenção e no combate à corrupção, acompanhando a apli-cação de recursos públicos e denunciando atos possivelmen-te irregulares. Fundamental, ainda, é a conscientização dosservidores públicos para uma atuação íntegra, ética, transpa-rente, direcionada exclusivamente para o interesse público.

Tal iniciativa decorre da adesão do Brasil à Convençãodas Nações Unidas Contra a Corrupção, linha mestra de todotrabalho acerca da matéria em âmbito nacional, por meiodo Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro de 2006, que pro-mulgou a convenção.

“No Brasil, as perdas comcorrupção chegam a R$ 10 bilhões.”

Fonte: Pesquisa Instituto Ethos: www.agenciaminas.mg.gov.br

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1. O que é corrupção

O termo corrupção pode ser definido, numa visão am-pla, como a ação e o efeito de corromper ou corromper-se.A corrupção-malversação-propina ocorre quando a ativida-de do servidor público ou agente político não se fundamentana promoção do interesse geral.

É usar o dinheiro público como se fosse particular; étirar dinheiro da merenda, do remédio, da obra e usar paraoutros fins que não de interesse público; é usar o cargo pú-blico para beneficiar interesses privados.

Na Sociedade

Desigualdades sociais

Dificuldade de acessoaos serviços públicos

Disparidades regionais

Injustiças sociais,insegurança

Na Administração Pública

Políticas governamentaisineficazes

Fragilidade dos controles

Ausência de desenvolvimentoe valorização funcional

Instabilidade edescontinuidade gerencial

Fatores que favorecem a corrupção:

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2. Quem são os agentes passíveis de praticara corrupção

Servidor público:Servidor público:Servidor público:Servidor público:Servidor público: detentor de cargo, emprego oufunção pública, mesmo que transitoriamente e semremuneração (Art. 84, caput da Lei 8666/93).

Servidor equiparado:Servidor equiparado:Servidor equiparado:Servidor equiparado:Servidor equiparado: detentor de cargo, empregoou função em entidade paraestatal, assim conside-radas, além das fundações, empresas públicas e so-ciedades de economia mista, as demais entidadessob controle direto ou indireto do Poder Público.(Art. 84, § 1o da Lei 8.666/93)

Agente político: Agente político: Agente político: Agente político: Agente político: exerce atividades típicas de gover-no e cumpre mandato, para o qual foi eleito.

Particular: Particular: Particular: Particular: Particular: qualquer cidadão.

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3. Alguns atos que podem constituir corrupção

Desviar recursos das áreas de saúde e educação paraoutras finalidades.

Oferecer dinheiro ou qualquer bem material a servi-dor público para agilização de processo em trâmitena administração pública.

Aceitar gratificações ou comissões para escolher umaempresa que prestará serviços ou venderá produtosao governo.

Aproveitar viagens oficiais para lazer próprio e defamiliares.

Pagar despesas pessoais (compras no cartão de cré-dito, gasolina, etc.) com dinheiro público.

Receber e/ou solicitar, o agente político, dinheiro deempresas privadas para aprovar ou executar proje-tos/programas que as beneficiem.

Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro paracampanha eleitoral e/ou patrimônio pessoal.

Contratar, sem licitação, empresas de familiares paraprestação de serviços públicos.

Trocar voto a favor do governo por um cargo parafamiliar ou amigo.

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4. Como perceber desvios e detectar algunsatos de corrupção

O Estado deve incentivar a participação popular na dis-cussão de planos e orçamentos. Suas contas devem ficar dis-poníveis para qualquer cidadão.

Se o cidadão percebe que houve repasse de verbas eque estas não estão sendo revertidas para a população, po-demos observar indícios de corrupção, por exemplo, nasseguintes situações:

Má distribuição ou até não distribuição de livros di-dáticos e remédios.Ex: Existem alguns postos e escolas que possuem o material

e outros não.

Uso de veículos para fins particulares.Ex: Servidor público ou agente político que utilize o veículo fora

do horário de trabalho para tratar de assuntos particulares.

Irregularidades em concursos públicos e contrataçãode servidores.Ex: A ordem de classificação em concursos estaduais não é

respeitada, e um candidato que obteve pontuação menor é

chamado primeiro do que o que conseguiu maior pontuação.

Más condições de hospitais, postos de saúde, escolase estradas.Ex: Apesar da divulgação de projetos para melhorar a estrutura

de hospitais, escolas e estradas, o cidadão não percebe

nenhuma melhoria.

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No caso de licitações, observar:No caso de licitações, observar:No caso de licitações, observar:No caso de licitações, observar:No caso de licitações, observar:

Se houve publicação de edital de licitação, pois afalta de publicidade limita a participação dos inte-ressados e acaba beneficiando empresas de amigosou parentes dos gestores.

Se houve conformidade de documentos apresenta-dos, como notas fiscais falsas ou endereços não exis-tentes das empresas licitantes.

Se o objeto da licitação (prestação de serviços, com-pras de material, etc.) foi direcionado, favorecendosó uma empresa, pois só aquela teria condições, nomomento, de atender as especificações propostas.Ex: Licitação para comprar material de escritório só produzido

por determinada empresa.

Se as obras e os serviços licitados realmente foramrealizados.Ex: Se as casas populares para os quais a compra de material

foi licitada realmente foram construídas.

!CORRUPÇÃO ENRIQUECIMENTO ILÍCITOPRODUZ DANO AO ERÁRIO

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É possível considerar que um presenteou uma vantagem foi oferecido emrazão do cargo ou da função?

!PARA A CORRUPÇÃO CAUSAR DANO É NECESSÁRIOQUE NO MÍNIMO DOIS AGENTES AJAM EM UNIDADEDE DESÍGNIOS, QUAIS SEJAM, OBTER VANTAGEMINDEVIDA PARA SI OU PARA OUTREM.

Considera-se que o presente ou vantagem foi ofereci-do em razão do cargo ou função sempre que o ofertante,entre outros:

estiver sujeito à jurisdição regulatória do órgão a quepertença o servidor e/ou agente.

tiver interesse pessoal, profissional ou empresarial emdecisão que possa ser tomada pela autoridade emrazão do cargo.

mantiver relação comercial com o órgão a que per-tença o servidor e/ou agente.

representar interesse de terceiro, como procuradorou preposto, de pessoa, empresas ou entidade com-preendida nas hipóteses anteriores.

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!VOCÊ SABIA QUE AS CONTAS DA ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA DO SEU ESTADO ESTÃO DISPONÍVEISPARA CONSULTA???

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (ar-tigos 48 e 49), os planos e orçamentos de cada nível degoverno devem ser discutidos e as respectivas contas devemficar disponíveis para consulta por qualquer cidadão. A pu-blicidade das contas é essencial e pressupõe que não po-dem existir fundos secretos.

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fis-cal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive emmeios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamen-tos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de con-tas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumidoda Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal;e as versões simplificadas desses documentos.

Parágrafo único. A transparência será assegurada tam-bém mediante incentivo à participação popular e realização

É DEVER DO ESTADO!!

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de audiências públicas, durante os processos de elabo-ração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orça-mentárias e orçamentos.

Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do PoderExecutivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício,no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico res-ponsável pela sua elaboração, para consulta e aprecia-ção pelos cidadãos e instituições da sociedade.

Parágrafo único. A prestação de contas da União con-terá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agênciasfinanceiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social, especifican-do os empréstimos e financiamentos concedidos com re-cursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade sociale, no caso das agências financeiras, avaliação circunstan-ciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.

Fonte: Lei Complementar nº 101/2000

!A POPULAÇÃO DEVE TER PLENO CONHECIMENTODAS AÇÕES DO GOVERNO E POSSIBILIDADE DE USODAS INFORMAÇÕES DIVULGADAS PARA COBRARRESPONSABILIDADES DOS AGENTES PÚBLICOS.

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5. A TRANSPARÊNCIA COMO PRINCIPALALIADA DO COMBATE À CORRUPÇÃO

Os cidadãos, ao pagarem impostos, permitem que oGoverno Estadual execute políticas de melhoria nas áreasde educação, saúde, merenda escolar, asfaltamento de ruas,construção de pontes, etc. Assim, o dinheiro arrecadado épúblico – é de todos – e não deve, portanto, ser utilizadopara atender a interesses particulares.

5.1. Quem é obrigado a prestar contas dos recursospúblicos

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5.2. E você, acha que o instituto da prestação de con-tas é novo?

A sociedade tem o direitode pedir, aos agentes públicos,as contas de sua administração

Declaração dos direitos dos homens e dos cidadãos - 1789

!A REGULARIDADE DAS CONTAS PRESTADAS PELOSADMINISTRADORES PÚBLICOS ESTADUAIS PODE SERACOMPANHADA POR MEIO DOS SÍTIOS ELETRÔNICOSWWW.TCE.MG.GOV.BR EWWW.AUDITORIAGERAL.MG.GOV.BR

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6. AÇÕES PARA A PREVENÇÃO DA CORRUPÇÃO

6.1. Na administração pública:

Desburocratizar métodos de gestão ultrapassados.

Melhorar controle interno.

Promover regularmente auditorias nos órgãos públicos.

Promover entre os servidores a cultura de responsa-bilidade e observação das normas legais.

Assegurar que os servidores estejam conscientes deseus deveres e proibições.

Promover cultura de legalidade, clareza e transparên-cia nos procedimentos, a exemplo do modo de ad-missão de servidores e licitação em obras e serviços.

Buscar a transparência da gestão.

Propiciar acesso público e tempestivo a informações.

6.2. Em relação aos servidores:

Agir com isenção e em conformidade com a lei.

Agir de modo a reforçar a confiança dos cidadãosno que diz respeito a integridade, transparência, éti-ca, imparcialidade e efetividade do poder público.

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6.3. No setor privado/cidadão:

Denunciar e não colaborar com a corrupção.

Fomentar o controle social.

Acompanhar a aplicação de recursos públicos.

!A PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE É IMPRESCINDÍVELNO COMBATE À CORRUPÇÃO

13. d. respeitar, promover eproteger a liberdade de buscar,

receber,publicar e difundirinformação relativa à corrupção.

Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção

!FISCALIZE SEU GOVERNO

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7. COMO FISCALIZAR

Você, cidadão do Estado de Minas Gerais, pode obterinformações, fiscalizar a gestão de recursos públicos e es-clarecer dúvidas por meio dos seguintes órgãos de fiscali-zação e controle:

A Auditoria-Geral do Estado, no âmbito do PoderExecutivo Estadual, é o órgão responsável pelo exer-cício do controle interno das atividades governamen-tais, nas ações de cujos recursos participem direta ouindiretamente o Estado. Denúncias podem ser reali-zadas pelo site, www.auditoriageral.mg.gov.br,nos links: FALE CONOSCO – FAÇA SUA DENÚNCIA,ou no endereço: Avenida Álvares Cabral, nº 200, 9ºe 10º andares, Centro, Belo Horizonte, Minas Gerais,CEP: 30170-000, telefone (31) 3235-8000.

A Ouvidoria-Geral do Estado é o órgão preparadopara receber denúncias sobre qualquer assunto decunho estadual. Se a denúncia configurar relato so-bre qualquer irregularidade que afete direta ou indi-retamente a gestão de recursos públicos e possuirelementos mínimos suficientes para apuração, a Ou-vidoria-Geral encaminhará essa denúncia à Audito-ria-Geral, que realizará os trabalhos especializadosde constatação. www.ouvidoriageral.mg.gov.br

O Portal da Transparência, mantido pela CGU, permite aocidadão acompanhar como o Governo Federal aplica os re-cursos que arrecada.www.portaldatransparencia.gov.br

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O Conselho de Controle de Atividades Financeiras(COAF), www.coaf.fazenda.gov.br, possui focoem assuntos ligados à lavagem de dinheiro.

O Tribunal de Contas da União (TCU) julga a boa eregular aplicação dos recursos públicos federais eauxilia o Congresso Nacional no controle externo daadministração federal e no julgamento das contasdo Presidente da República. www.tcu.gov.br

Tribunais de Contas dos Estados (TCE) existem emtodos os Estados. Fazem fiscalizações e auditorias,por iniciativa própria ou por proposta do MinistérioPúblico, além de examinar e julgar a regularidadedas contas dos gestores públicos estaduais e munici-pais (nos Estados onde não existem Tribunais deContas de Municípios). Esses gestores podem sergovernadores, prefeitos, secretários estaduais e mu-nicipais, ordenadores de despesas e dirigentes de au-tarquias, fundações, empresas públicas ou socieda-des de economia mista. www.tce.mg.gov.br

Ministério Público Estadual (MPE) - os promotores dejustiça, integrantes do Ministério Público, defendemos interesses da sociedade; portanto, também rece-bem e investigam denúncias de desvios de dinheiropúblico e denunciam os envolvidos à Justiça parajulgamento e punição.

Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativasfiscalizam as prefeituras e os governos estaduais, re-cebem e apuram denúncias e podem até afastar

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administradores envolvidos em corrupção (prefeitos,governadores, secretários, etc.).

Poder Judiciário (juízes e Tribunais de Justiça) – sãoeles que dão a última palavra: decidem quem vai ounão para a cadeia, quem perde ou não o mandato,etc. Mas eles só podem agir se forem acionados poralguém: pelo promotor de Justiça, por exemplo, oupor qualquer pessoa, que precisa ser assistida por umadvogado.

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8. A ATUAÇÃO DA AUDITORIA-GERAL DOESTADO

A Auditoria-Geral do Estado recebe as denúncias pelosite ou por correspondência, permitido o anonimato.

Ao analisar as informações contidas nas denúncias, osauditores buscam identificar elementos apuráveis. Denún-cias muito gerais ou compostas de alegações sem funda-mento não são submetidas a verificações. Assim, ao realizaruma denúncia, para aumentar a sua possibilidade de apu-ração, o manifestante deve realizar a descrição da irregula-ridade de maneira mais específica possível, apontando aautoria e o máximo de dados sobre o fato relatado, forne-cendo documentação de suporte, quando disponível.

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GLOSSÁRIO

Convênios: São acordos assinados entre o Estado e as Pre-feituras e/ou Ministérios ou Secretarias do Governo Federal.Esses acordos dizem claramente o quanto de dinheiro seráliberado e qual a sua finalidade. Pode ser um convênio paraconstruir uma escola ou um hospital, por exemplo.

Despesa: É o dinheiro que sai dos cofres das Prefeituras,dos Estados ou da União em benefício do interesse público.

Dinheiro particular: Dinheiro de uma pessoa.

Dinheiro público: Dinheiro do povo, assunto de todos.

Direito: É aquilo que está na Constituição ou na lei e quetodos os homens e mulheres devem ter para garantir umavida com dignidade.

Fiscalizar::::: É ir atrás da informação, perguntar; é saber o queentra e o que sai de dinheiro e de material. Fiscalizar é umdireito de todos.

Impostos diretos::::: São aqueles que pagamos diretamentepara a prefeitura, para o Governo Estadual ou para o Gover-no Federal. Exemplos: Imposto de Renda, que pagamos aoGoverno Federal; Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU),que pagamos à Prefeitura; Imposto sobre Propriedade deVeículos Automotores (IPVA) para quem tem automóvel oumotocicleta.

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Impostos indiretos: São aqueles que pagamos sem perce-ber. Eles estão nos preços de tudo o que compramos namercearia, na venda, na feira, no supermercado. Exemplos:Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o Gover-no Federal e Imposto sobre Circulação de Mercadorias(ICMS) para o Governo Estadual.

Orçamento público: O orçamento do Estado é parecidocom o das famílias; mas as contas são bem mais complexas.A participação de todos ajuda a controlar e evitar desvios.

De onde vem o dinheiro público? Dos impostos e dastaxas que pagamos para a Prefeitura, para o Governo Esta-dual e para o Governo Federal. Há dois tipos de impostos:os diretos e os indiretos.

Orçamento: Um orçamento é aquela conta que as famíliasfazem no começo do mês para planejar os gastos. De umlado fica a conta do dinheiro que entra e, do outro, a contados gastos que precisam ser feitos.

Particular: De uma pessoa.

Promotor: O promotor de Justiça é um membro do Mi-nistério Público Estadual. O Ministério Público defendeos interesses públicos e da sociedade. O promotor recebedenúncias em casos de mau uso do dinheiro e do cargo pú-blico. Para falar com o promotor, compareça ao fórum desua comarca.

Público: Que é do povo, de todos.

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Receita: É o dinheiro que entra nos cofres das Prefeituras,dos Estados ou da União. No Estado de Minas Gerais, quemcontrola o erário é a Secretaria de Estado de Fazenda.

Repasse: É a verba que o Governo Federal repassa para osEstados.

Transparência: É quando sabemos onde, como e por queo dinheiro está sendo gasto. É quando as coisas são feitas àsclaras, sem mistérios.

Verba: É dinheiro destinado a um programa de governo,obra ou serviço.