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Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

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Page 1: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Instrumentos de Gestão

Ambiental

Eng. Dr. André Luiz Tachard

Setembro / 2011

Page 2: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Roteiro do curso

Parte I : Apresentações Sustentabilidade e Gestão Ambiental Gestão Ambiental pública

Parte II : Instrumentos de Gestão Ambiental Empresarial (1)

Parte III : Instrumentos de Gestão Ambiental empresarial (2)

Page 3: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Apresenta 12 ferramentas de Gestão Ambiental + 2 capítulos de “abordagens”

Divide as ferramentas em 2 grupos: As amplamente aceitas e disseminadas,

mas muitas vezes aplicadas de forma limitada;

As que começam a ser incorporadas pelas empresas, até mesmo em nível de projeto piloto

Necessário entender as especificidades e relações de complementariedade

Surgidas nos anos 60 e 70, mas aprimoradas, disseminadas e reconhecidas no anos 90

Roteiro do curso

Page 4: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Abordagens:

Ferramentas de Gestão Ambiental:

Avaliação de Impacto Ambiental

Sistemas de Gestão Ambiental

Auditoria Ambiental

Ecoeficiência em serviços Rotulagem Ambiental

Passivos Ambientais

Gerenciamento de Riscos

Educação Ambiental Marketing Ambiental

Avaliação do Ciclo de Vida

Ecodesign

Gestão da cadeia de suprimentos

Produção Mais LimpaResponsabilidade Corporativa

Roteiro do curso

Page 5: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Duas reflexões iniciais:

“Empresa privada é obrigada a ter responsabilidade social?”

Responsabilidade legal x comportamento ético x contribuição voluntária a uma causa específica

Responsabilidade corporativa

Page 6: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Responsabilidade corporativa

Evolução da inserção socioambiental: Modismo? Tendência específica de alguns setores? Inserção, irreversível, inequívoca e generalizada Resultado do aumento da abrangência das atividades e do

caráter da atuação

Histórico: Anos 50: conceito teórico de RSE – definições ambíguas e

vagas Anos 60: responsabilidade das empresas vai além dos lucros Anos 70: RSE faz parte do debate público dos problemas

sociais Anos 80: preservar a qualidade socioambeintal pode ser

uma oportunidade de ganhos futuros Anos 90: desenvolvimento sustentável + códigos de conduta

corporativa

Page 7: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Responsabilidade corporativa Decisões e atividades dos negócios tem consequências empresas

devem assumir responsabilidades e responder exigências da sociedade

Presente nas políticas, princípios, valores e crenças, formal ou informalmente

Modelos:

Filantrópica

Ética

Legal

Econômica

Empresa

Gestores

Comunidadelocal

Governo

Clientes

Funcionários

Fornecedores

ONGs

Acionistas

Teoria do Stakeholder(Freeman)Pirâmide de Carroll

Page 8: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Outras considerações: Definir o que é um “comportamento socialmente responsável

ou pelo o que as empresas devem ser responsáveis nem sempre é consensual

Atualmente não existe um conceito formal sobre o termo responsabilidade social, mas o mesmo apresenta-se através de muitos pontos de vista, que envolvem uma gama de questões de cunho ambiental, social, econômico, ético e cultural

Deve ser ressaltado que a responsabilidade social consiste no desenvolvimento de atividades das quais a sociedade necessite e que não sejam obrigatórias por lei.

Indicadores: Balanço Social SA 8000 OHSAS 18001

Responsabilidade corporativa

ISO 26000 AA 1000 GRI

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Rotulagem Ambiental

Declarações que constam nos rótulos (folhetos, anúncios) dos produtos, indicando seus atributos ambientais Pode ser uma ferramenta benéfica para a mudança de hábitos ou, Uma arma de enganação do consumidor

Três conceitos: Autodeclarações (“eu sou bom”) Selos verdes (“ele é bom”) Relatórios ou fichas ambientais

Origem remonta à década de 70 Necessidade de diferenciação e comunicação com o

consumidor

Page 10: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Rotulagem Ambiental - Autodeclarações

Não há verificação por terceira parte

Empresa é inteiramente responsável pela comprovação da declaração

Ponto fraco: credibilidade; ponto forte: transparência É mais fácil contestá-la – ônus está em cima da empresa

É mais forte nos países anglo-saxônicos, principalmente EUA EUA: menor desconfiança em razão do forte sistema jurídico

sobre pessoas e empresas que mentem

Page 11: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Rotulagem Ambiental – Selos Verdes

Marca emitida por uma entidade que atesta que o produto é ambientalmente superior aos demais na mesma categoria

Critérios determinados para que apenas uma minoria consiga Entidade operadora pode ser uma associação normativa, ONG ou agência

do governo

Surgidos no norte da Europa

Divulgação é essencial campanhas + educação

Normalmente, uma entidade estabelece critérios e outras credenciadas (auditorias, ONGs, inst. de pesquisa) fazem a verificação e certificação

Empresa certificada paga à certificadora pela auditoria e uma taxa periódica à operadora do selo

Risco de serem barreiras comerciais? ISO 14001: não é selo verde (checa o SGA do local)

Page 12: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Rotulagem Ambiental – Selos Verdes

“Anjo Azul”Alemanha, 1978Governo + outrosMaior programa do gêneroAlta credibilidade3.700 produtos (2004)

“Nordic Swan”Países nórdicos, 1989GovernoAmpla divulgação Forte pressão de ONGs e consumidores

“Environmental Choice”Canadá, 1988GovernoPrivatizado em 1995Grande variedade

AAO e IBDBrasil, 1989 e 1990AssociaçõesAlimentos orgânicos

FSC – Forest Stewardship CouncilMundo, 1993ONGsValorização do bom manejo florestal

ProcelBrasil, 1993GovernoConsumo de energia

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Rotulagem Ambiental – Relatórios ambientais

Relatório de várias páginas, ou ficha com vários dados

Possibilita ao consumidor avaliar eventuais “trade offs”

Uso ainda incipiente

Tipo de rotulagem de grande valia para bens duráveis ou produtos industriais

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Visam criar padrões aplicáveis no mundo inteiro, baseados em práticas comuns de mercado

Estabelecidas em 1999 (exceto a 14.025)

Rotulagem Ambiental – Normas da ISO

ISO 14020 Norma geral para todos os tipos de rotulagem ambiental (norma chefe)

Nove princípios gerais:• Declarações não podem ser enganosas;

• Basear-se na ciência

• Considerar o ciclo de vida, etc.

ISO 14020 Norma geral para todos os tipos de rotulagem ambiental (norma chefe)

Nove princípios gerais:• Declarações não podem ser enganosas;

• Basear-se na ciência

• Considerar o ciclo de vida, etc.

ISO 14021 (Tipo II)

Ordena as auto declarações

Empresa deve disponibilizar informações para checagem

Define 11 declarações (reciclável, compostável, redução de resíduos, etc.)

Logomarca da empresa não pode ser alterada

ISO 14024 (Tipo I) Dirige-se a entidades que visam criar e operar um selo verde

Devem ter mais do que um critério, e claros, evitando criar apenas entraves a produtos estrangeiros

Consultar partes interessadas

Explica os passos que o programa deve seguir

ISO 14025 (Tipo III)

Voltada aos relatórios ou fichas ambientais

Estabelece o uso da ACV

Opositores acham o uso da ACV muito incipiente

Exige banco de dados

Voluntária, mas na prática pode funcionar como barreira técnica para exportações

Page 15: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Outras considerações: Não existe um selo verde mundial, reconhecido em todos

os países (desafio);

Não existe um selo verde da ISO, nem a norma em si é um selo verde;

Programas sofrem críticas de favorecerem os fabricantes do país em questão, geralmente na Europa;

NÃO são declarações ambientais (não tratam de atributos): Símbolos de identificação de materiais, como plásticos, metais,

etc.; Símbolos e dizeres relacionados a patrocínio de ONGs ou

institutos; Símbolos de programas compulsórios europeus de coleta seletiva

Normas só funcionarão bem se houver fiscalização de toda a sociedade

Rotulagem Ambiental

Page 16: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Marketing Ambiental

Revisão das práticas mercadológicas são consequência do repensar da atividade produtiva

“Marketing”, nesse contexto, não está restrito a “propaganda”, “venda” Kotler: marketing deve identificar necessidades, desejos e

demandas e incorporá-los ao desenvolvimento de produtos

Consumidor verde marketing ambiental: atendimento ocorre com um mínimo impacto ao meio Oferta de produtos e serviços ecologicamente responsáveis

Pela experiência do analista

Consumidor verde: quem são?, qual sua atitude?

Page 17: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Marketing Ambiental

Marketing verde: ajuste de estratégias das empresas às exigências dos consumidores a um compromisso firme

Três ondas de construção das marcas 1ª.:base essencialmente racional; atributos do produto 2ª.: base emocional; aspiração ou emoção ao consumidor 3ª.: consumidor quer identificar a “alma” da marca –

importância da construção do “brand equity”

Três fatores motivacionais para implementação Empresas reativas: fazem apenas o necessário para atender

regulamentações / demandas e satisfazer ambientalistas Empresas proativas: tornaram verdes seus produtos por

enxergarem oportunidade de negócio Empresas propositivas: incorporam o valor ambiental aos seus

processos, produtos e até às sua cultura, e educam

Page 18: Instrumentos de Gestão Ambiental Eng. Dr. André Luiz Tachard Setembro / 2011

Marketing Ambiental

Outras considerações:

Empresas preocupadas com a adição do valor ambiental à imagem já descobriram que o marketing verde é benéfico ao negócio

Redução de custos, pela correção de processos ineficientes, e maior facilidade na obtenção de financiamento (BID)

No Brasil, basta atender às legislações e ter a ISO 14001? “Consumidores brasileiros não estão sensibilizados ao valor ambiental no preço final”?

Administrar prejuízos pontuais é mais barato que investir em sistemas de gestão ambiental?

Atenção ao “greenwashing”: inverdade / omissão / imprecisão dos benefícios / majoração dos acertos

Fiscalização à comunicações / propagandas “verdes” ?

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Gestão da cadeia de suprimentos

Produto entregue ao cliente contém a totalidade das atividades, custos e benefícios produzidos pela cadeia de suprimento, bem como dos impactos ambientais

Evita que impactos sejam colocados “debaixo do tapete” – (“Nimby” - “not in my backyard”)

Gestão das relações à montante e à jusante com fornecedores e clientes para entregar mais valor a um custo menor para a cadeia como um todo

Integração é a palavra-chave Gestão se dá por meio de colaboração, negociação,

influências e lideranças por meio de pressão e incentivos

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Gestão da cadeia de suprimentos

“Empresa focal” – estabelece regras ou governa a cadeia. Responsabilidade pelo mau desempenho ambiental e social pode recair sobre ela

Poder de barganha – pode limitar as ações pró-ativas de uma empresa na cadeia

Conceito de ciclo de vida está intimamente ligado

Quatro propostas são particularmente importantes: ecoeficiência, P+L, DfE e logística reversa

Logística Reversa em circuito aberto: pulverizada; forma novas cadeias; produtos de consumo de massa

Circuito fechado: mais rastreável; se integram ao fluxo direto; bens de consumo durável