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Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Escola Nacional de Botânica Tropical Programa de Pós-Graduação em Botânica Dissertação de Mestrado Florestas em processo de restauração ecológica na Mata Atlântica: o caso das florestas urbanas do Rio de Janeiro Stella Mata de Lara Rocha Rio de Janeiro 2017

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Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Escola Nacional de Botânica Tropical

Programa de Pós-Graduação em Botânica

Dissertação de Mestrado

Florestas em processo de restauração ecológica na

Mata Atlântica: o caso das florestas urbanas do Rio de

Janeiro

Stella Mata de Lara Rocha

Rio de Janeiro

2017

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Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Escola Nacional de Botânica Tropical

Programa de Pós-Graduação em Botânica

Florestas em processo de restauração ecológica na

Mata Atlântica: o caso das florestas urbanas do Rio de

Janeiro

Stella Mata de Lara Rocha

Rio de Janeiro

2017

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Botânica, Escola Nacional de

Botânica Tropical, do Instituto de Pesquisas

Jardim Botânico do Rio de Janeiro, como

parte dos requisitos necessários para a

obtenção do título de Mestre em Botânica.

Orientadores: Dr. João Marcelo

Alvarenga Braga

Co-orientador: Dr. Jerônimo Boelsums

Barreto Sansevero

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Florestas em processo de restauração ecológica na

Mata Atlântica: o caso das florestas urbanas do Rio de

Janeiro

Stella Mata de Lara Rocha

Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Botânica da

Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas Jardim

Botânico do Rio de Janeiro - JBRJ, como parte dos requisitos necessários

para a obtenção do grau de Mestre.

Aprovada por:

Prof. Dr. João Marcelo A. Braga (Orientador) ______________________

Prof. Dr. Richieri Antonio Sartori ______________________

Prof. Dr. Fabricio Alvim Carvalho ______________________

em 22/02/2016

Rio de Janeiro

2017

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Rocha, Stella Mata de Lara.

R672f Florestas em processo de restauração ecológica na Mata Atlântica: o caso das florestas urbanas do Rio de Janeiro / Stella Mata de Lara Rocha. – Rio de Janeiro, 2017.

XI, 40 f. : il. ; 28 cm. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Pesquisas Jardim Botânico

do Rio de Janeiro / Escola Nacional de Botânica Tropical, 2017.

Orientador: João Marcelo Alvarenga Braga. Coorientador: Jerônimo Boelsums Barreto Sansevero.

Bibliografia. 1. Restauração florestal. 2. Degradação ambiental. 3. Avaliação

ambiental. 4. Floresta urbana. 5. Parque Estadual da Pedra Branca (RJ). I. Título. II. Escola Nacional de Botânica Tropical.

CDD 577.35098153

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Mas na profissão, além de amar tem de saber.

E o saber leva tempo pra crescer.

Rubem Alves

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Dedico à minha família, por ser a base,

apoio e inspiração pela busca do

conhecimento.

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Agradecimentos

Sonhar é a primeira etapa para realizar. No entanto, entre essas duas ações, algo

é imprescindível: Amigos. Agradeço aos bons e verdadeiros que me ajudaram nessa

jornada, tornando cada etapa possível e gratificante, me ajudando a chegar cada vez

mais longe. Muito obrigada

Á minha família, que sempre apoiou minhas decisões, me ajudou nas

dificuldades e esteve presente para comemorar cada conquista. Em especial ao meu pai,

por ter me feito amar e ter curiosidade sobre a natureza e seus encantos, e minha vó, que

desde pequena me ensinou a importância e a beleza do conhecimento.

Aos meus orientadores Dr. João Marcelo e Dr. Jerônimo Sansevero pela ajuda

em cada etapa dessa pesquisa, pelas conversas, bom humor e ótimas ideias que me

inspiraram e fortaleceram meu desejo de continuar nessa caminhada.

Ao Richieri Sartori, por contribuir nessa jornada da restauração desde o início,

com paciência e dedicação. Por me aceitar como estagiária, ter paciência quando o R

não funcionava, ouvir dúvidas e propor soluções. Obrigada por ter me feito gostar ainda

mais desse universo que é a restauração ecológica, com a certeza de que é esse o

caminho que devo seguir. Ps1: obrigada pelos esclarecimentos sobre astrologia e os

novos signos do zodíaco. Ps2: o milho é o milho.

À todos que ajudaram nos campos, em especial à Adilson e Pablo Feliz, que

tornaram a realização dos campos possível, rápida, eficiente e divertida! E ao Pablo

Pena, que nos abrigou e tornou um dos campos mais acessível e agradável.

Aos amigos Andressa Torres, Fernanda Cervi, George Azevedo, Rafael

Perpétuo, Karla Marins, Leonardo Bona e David Nepamoceno pelas boas conversas,

troca de experiências, ajuda nas identificações botânicas e apoio. À pequena Sarah,

pelas boas conversas e trocas de ideias estatísticas.

As amigas de todas horas, que surgiram na UFF e me acompanham sempre. Seja

de perto ou de longe, carrego sempre comigo.

À Beatriz, pelas longas conversas acadêmicas e da vida, pelo compartilhamento

de aflições, tempo, congressos e campos. Pela troca de problemas e de soluções.

Obrigada pela parceria.

Ao Janilson, agradeço pelo seu incansável apoio, ajuda nas análises estatísticas,

revisões, sugestões, dicas, conversas, ligações... Agradeço por ter me ajudado a colocar

as ideias em ordem, quando parecia impossível e a achar a acalma, quando ela

simplesmente fugia de mim.

Ao Daniel, por acompanhar e estar presente em mais essa importante etapa da

minha vida.

À Ana Elena Muller e Alex Solórzono pela colaboração, visita em campo e troca

de informações.

Agradeço ao Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por

tornar possível a realização do Mestrado.

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À equipe do Mutirão Reflorestamento, pela ajuda em campo e disposição à

retirada de dúvidas.

Ao Instituto Internacional de Sustentabilidade pela parceria na realização dessa

pesquisa.

À CAPES, pela concessão da bolsa de estudos.

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Resumo

Ações de monitoramento e avaliação dos plantios são importantes etapas dos projetos

de restauração. Dessa forma, essa pesquisa teve como objetivo avaliar o sucesso de

florestas inicialmente montadas a partir de plantios de mudas de árvores

predominantemente nativas em áreas urbanas degradadas no estado do Rio de Janeiro.

O estudo foi realizado em cinco áreas localizadas no Maciço da Pedra Branca, sendo

três plantios em restauração (R1, R2 e R3) e duas áreas de floresta secundária (FS1 e

FS2). Para tal, foram utilizadas parcelas de 100m², sendo mensurada a altura e diâmetro

de indivíduos com DAP ≥ 5,0, e identificados. Quanto a Diversidade de Shannon (H´) e

Equabilidade de Pielou (J`), R2 apresentou maiores valores dentre as áreas em

restauração, mas todas apresentaram valores inferiores às áreas de floresta secundária.

As cinco áreas apresentaram espécies dominantes distintas, sendo as de R1, R2 e R3

intolerantes à sombra e de dispersão abiótica, contrapondo o resultado de FS1 e FS2,

revelando uma estrutura florestal em desenvolvimento. Ocorreu o aumento na

abundância de espécies raras quanto ao estágio de sucessão florestal. Quanto a

similaridade florística, a PCoA demonstrou similaridade apenas dentre as áreas em

restauração. As mesmas mostraram-se estruturalmente distintas das florestas

secundárias, sendo revelada similaridade dentre as parcelas das áreas em restauração e

florestas secundárias através da PCoA. Quanto aos atributos funcionais, as áreas em

restauração apresentaram maior percentagem de espécies de dispersão abióticas e

intolerantes à sombra, o que caracteriza áreas em início de sucessão. A PCoA revelou

que não há similaridade funcional dentre as parcelas de R1, R2 e R3 com FS1 e FS2. De

modo geral, R3 está em estágio sucessional mais avançado que R1 e R2. Ações de

enriquecimento e de monitoramento nas áreas de plantio em restauração são

recomendadas.

Palavras-chave: Avaliação, plantios, degradação ambiental.

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Abstract

Monitoring and evaluation actions of areas under restoration are important steps in

restoration projects. Thus, the present research aims to evaluate the success of forests

initially assembled from seedlings plantations of predominantly native trees in degraded

urban areas in the state of Rio de Janeiro. The study was conducted in five areas located

inside the Pedra Branca region, representing three restoration plantings (R1, R2 and R3)

and two secondary forest areas (FS1 and FS2). For that, plots of 100 m² were used and

the height and insulation diameter with DAP ≥ 5,0 were measured and identified. As for

Shannon's Diversity (H') and Pielou Equability (J'), R2 presented higher values among

areas in restoration, but all forms of values lower than the areas of secondary forest. All

five areas presented distinct dominant species. Opposing the result of FS1 and FS2,

species found at R1, R2 and R3 were intolerant to shade and had abiotic dispersion,

indicating a developing forest structure. There was an increase in the abundance of rare

species regarding the stage of forest succession. Concerning the floristic similarity,

PCoA demonstrated similarity only among planting sites. They were structurally

distinct from the secondary forests, revealing similarity among the plots of the

restoration areas and secondary forests through PCoA. Regarding the functional

attributes, planting areas presented a higher percentage of species with abiotic

dispersion and intolerant to the shade, which characterize areas at the beginning of

succession. The PCoA revealed low functional similarity between plots of R1, R2 and

R3 with FS1 and FS2. Overall, R3 is in a more advanced successional stage than R1 and

R2. Enrichment and monitoring actions in the areas of restoration planting are

recommended.

Key words: Evaluation, planting, environmental degradation.

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Sumário

Resumo .......................................................................................................................................... ix

1.Introdução ................................................................................................................................ 11

2. Metodologia ............................................................................................................................ 13

2.1 Áreas de estudo ................................................................................................................. 13

2.2 Amostragem da vegetação ................................................................................................ 15

2.3 Classificação das espécies ................................................................................................. 16

2.4 Análise de dados ............................................................................................................... 16

3. Resultados ............................................................................................................................... 17

3.1 Composição florística ........................................................................................................ 17

3.2 Aspectos estruturais da comunidade arbórea .................................................................... 20

3.3 Atributos funcionas: tolerância à sombra e síndrome de dispersão .................................. 21

4. Discussão ................................................................................................................................. 22

4.1 Composição florística e dominância de espécies .............................................................. 22

4.2 Aspectos estruturais da comunidade arbórea .................................................................... 28

4.3 Atributos funcionais: tolerância à sombra e síndrome de dispersão ................................. 29

4.4 Variação interna de estrutura, florística e atributos funcionais ......................................... 30

5. Conclusão ................................................................................................................................ 31

7. Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 32

6. Anexo ...................................................................................................................................... 43

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1. Introdução

A fragmentação dos ecossistemas naturais é uma das principais consequências

dos impactos antrópicos e causa da perda de biodiversidade no âmbito mundial (Silva &

Tabarelli 2000). Esses fragmentos encontram-se circundados por áreas agrícolas e

urbanas, formando ilhas de vegetações isoladas, o que prejudica a chegada e saída de

propágulos, reduzindo a diversidade biológica (Tabarelli et al. 2005; Rodrigues et al.

2009). Dentro desse cenário, encontra-se a Mata Atlântica, um hotspot mundial (Myers

et al. 2000), que se estendia originalmente por 150 milhões de hectares na costa do

Brasil, mas atualmente restam 12,5% de sua formação original (Ribeiro et al. 2009;

Fundação SOS Mata Atlântica/INPE 2015). Com o intuito de amenizar a perda e

fragmentação de habitats, a implantação de projetos de restauração cresceu nos últimos

anos (Hobbs & Harris 2001), colaborando para a conservação da biodiversidade, um

dos maiores desafios deste século (Primack & Rodrigues 2001).

A restauração ecológica é o processo antrópico de assistência à recuperação de

um ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído (SER 2004), que tem por

objetivo recompor o ecossistema de modo a torná-lo resiliente e autossustentável

(Wortley et al. 2013). Para isso, considera-se grupos funcionais, relações ecológicas dos

indivíduos, grupos sucessionais e a alta diversidade de espécies (SER 2004; Coelho

2010). As metodologias mais comuns de restauração ecológica são o plantio de mudas e

regeneração natural (Rodrigues & Leitão 2004), mas em ambas, a trajetória sucessional

das comunidades é pouco conhecida (Primack & Rodrigues 2001; Butler & Arroyo

2008; Chazdon 2014). O que torna o monitoramento e a avaliação das comunidades

uma ação subsequente necessária, que averigua sua semelhança estrutural, funcional e

de diversidade biológica com as áreas de referência (Rodrigues et al. 2009; Brancalion

et al. 2012; Wortley et al. 2013).

Através do monitoramento e da avaliação, é analisada a eficácia das ações de

restauração, acompanhando as mudanças na estrutura florestal, composição de espécies

e funções ecológicas, averiguando se há regeneração no ecossistema e quais as

dificuldades que impedem este processo (Rodrigues & Gandolfi 2004). Com isso,

possibilita a redefinição da trajetória ecológica, caso seja constatado o declínio das

populações de espécies e baixo potencial de auto-sustentabilidade, evitando o

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desperdício de tempo, investimento financeiro e consequente fracasso dos projetos

(Parrotta et al. 1997; Silveira & Durigan 2004; Souza & Batista 2004).

A estrutura florestal é um indicador do funcionamento da comunidade, visto que

áreas mais desenvolvidas proporcionam um ambiente favorável para o estabelecimento

de novas espécies e promovem abrigo para a fauna, possibilitando a chegada de novos

propágulos, aumento da riqueza de espécies, diversidade genética e de atributos

funcionais (Suganuma 2013; Melo & Durigan 2007). A composição florística revela o

padrão de riqueza, estágio sucessional e similaridade com a área de referência (Ferretti

et al. 2005). Florestas tropicais em bom estado de conservação apresentam elevado

número de espécies, proporcionando alta funcionalidade e consequentemente, alta

resiliência (Souza & Batista 2004).

A composição de espécies em comunidades vegetais normalmente apresenta um

padrão de distribuição de abundância de espécies, sendo elas classificadas como

dominantes (mais abundantes), subordinadas e raras (menos abundantes) (Ulrich et al.

2010; Mariotte 2014). Essa variação é inerente de comunidades ecológicas e sua

compreensão ajuda no entendimento dos mecanismos de interações de espécies,

estrutura florística, funcionamento ecossistêmico e na previsão da estabilidade do

ecossistema ao longo do tempo ou durante perturbações (Grime 1998; McGill et al.

2007). As espécies dominantes têm maior efeito nos ecossistemas e são melhores

competidoras, visto que apresentam atributos funcionais mais adequados para sua

persistência, estabelecimento e dominância na comunidade (Garbin et al. 2016). Já

subordinadas e raras, contribuem para o aumento da diversidade e riqueza (Whittaker

1965), sendo as raras um indicativo de recrutamento e estabelecimento de propágulos de

remanescentes vizinhos (Grime 1998).

Os atributos funcionais dessas espécies, como tolerância à sombra e estratégia

de dispersão, ajudam a compreender sua coexistência, distribuição na comunidade e

quais características ambientes preponderam na comunidade (Valladares & Niinemets

2008; Lin et al. 2010; Zhang et al. 2012). No decorrer da sucessão ecológica é

observada a variação da abundância de espécies tolerantes à sombra, revelando sua

ligação com o estado estrutural da comunidade (Walters 1996; Valladares & Niinemets

2008; McClain et al. 2011; Suganuma 2013). O mesmo acontece com a dispersão, visto

que em florestas tardias e com melhores condições ambientais, há uma tendência ao

predomínio da dispersão biótica e de espécies com frutos de tamanho médio (Tabarelli

& Peres 2002). A dispersão de sementes afeta a dinâmica e o recrutamento de espécies,

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estando relacionada com a variação na abundância e riqueza da comunidade (Liebsch et

al. 2008; Sansevero 2011; Suganuma 2014).

Diante disso, esse estudo avaliou a estrutura, riqueza de espécies, composição

florística, dominância de espécies e atributos funcionais de áreas em processo de

restauração ecológica em florestas urbanas no estado do Rio de Janeiro. Com o objetivo

de avaliar o sucesso de florestas inicialmente montadas a partir de plantios de mudas de

árvores predominantemente nativas em áreas urbanas degradadas no estado do Rio de

Janeiro.

2. Metodologia

2.1 Áreas de estudo

O estudo foi realizado no Maciço da Pedra Branca e serras adjacentes,

localizados no estado do Rio de Janeiro, Brasil. A região possui topografia acidentada,

com diversos afloramentos rochosos, sendo composto por granitos, rochas cristalinas,

cristalofilianas e principalmente o gnaisse facoidal, entrecortados por rochas básicas,

como o diabásio (Galvão 1957). As encostas eram originalmente cobertas por Floresta

Ombrófila Densa Submontana (IBGE 1992), mas apresentando hoje vegetação em

diferentes estágios de sucessão, além de áreas de pastagens, agricultura e moradias. O

clima da região é classificado como tropical úmido, do tipo Af., a temperatura média é

de 26 °C e precipitação média anual é de 1.187 mm, com déficit hídrico entre os meses

de julho a outubro (Rio de Janeiro 2000).

Todas as áreas foram marcadas por intensa ocupação humana a partir do século

XVII, principalmente devido à instalação de engenhos de açúcar e carvoarias

(Solórzono et al. 2009). No século XIX, com o aumento populacional, as terras foram

utilizadas para o cultivo (e.g., chuchu, milho, aipim, batata-doce, etc), através do

sistema derrubada-pousio, além do continuo uso do carvão vegetal e lenha para o

abastecimento dos fogões doméstico (Solórzano 2007). No século XX, as terras foram

loteadas e vendidas, sendo usadas para pequenas produções agrícolas, especialmente

fruticultura (e.g., banana e laranja) (Galvão 1957, Oliveira 2010). As primeiras medidas

de proteção e conservação do Maciço da Pedra Branca ocorreram no início do século

XIX, visando à proteção dos mananciais de água que abasteciam a cidade do Rio de

Janeiro, sendo criado em 1941 as Florestas Protetoras da União. Em 1974, houve a

criação do Parque Estadual da Pedra Branca, pelo Decreto nº 1.634

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Foram selecionadas áreas de florestas urbanas, sendo três de plantio em

restauração (R1, R2 e R3) e duas áreas de floresta secundária (FS1 e FS2), selecionadas

como áreas de referência (Figura 1). A área em restauração R1 compõe a Área de

Preservação Ambiental da Serra de Capoeira Grande, localizada no bairro de Guaratiba

(22°59`14``S e 43°38`31``O). A área em restauração R2 está localizada no bairro de

Jacarepaguá (22°56`13``S e 43°24`26``O). E a área em restauração R3 está localizada

na Serra do Inhoaíba, no bairro de Campo Grande (22°55`18``S e 43°34`37``O). Estas

três áreas apresentam similar histórico de uso da terra (Tabela 1), onde inicialmente

havia intenso cultivo de café e cana-de-açúcar, sendo substituído pela produção de

cítricos (Patzlaff 2007; Muler 2014). A partir da década de 40, houve a instalação de

pedreiras no entorno destas áreas. As áreas estão em restauração, cujas ações foram

realizadas pelo projeto Mutirão Reflorestamento, criado pela Secretaria de Meio

Ambiente do Rio de Janeiro (SMAC). Nas áreas R1 e R2 o projeto teve início em 2009

(7 anos) e na área R3 em 1992 (24 anos).

A área de floresta secundária FS1 está localizada na Serra do Inhoaíba, no bairro

de Guaratiba (22°56`13``S e 43°34`37``O). No passado, era usada para agricultura,

principalmente para cultivo de café, milho e feijão, e como pastos para criação de gados

(Muler 2014). Em 1970 a Polícia Militar do Rio de Janeiro adquiriu a Fazenda

Marambaia e abandonaram as atividades agropecuárias, proporcionando a formação de

uma floresta secundária. Essa floresta urbana, com pelo menos 40 anos em regeneração

natural, é caracterizada por uma vegetação heterogênea, com manchas mais conservadas

nos locais mais íngremes e acidentados (Muler 2014). A área de floresta secundária FS2

está localizada na Floresta do Camorim, inserida no Parque Estadual da Pedra Branca

(22°56`36``S e 43°26`24``O). Nessa região, houve sobreposição do uso da terra com

cultivo de banana e fabricação de carvão, até a década de 1950. Com a criação do

Parque Estadual da Pedra Branca em 1974, essas atividades cessaram, havendo a

formação de uma floresta secundária, com pelo menos 60 anos, através da regeneração

natural. O dossel dessa floresta é descontínuo, com presença de alguns indivíduos

emergentes, remanescentes de uma floresta mais antiga (Solórzono 2006).

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Figura 1: Localização das áreas de plantio em restauração (R1, R2 e R3) e das áreas de floresta

secundária (FS1 e FS2).

Tabela 1: Idade, altitude e descrição das áreas de plantio em restauração (R1, R2 e R3) e das áreas de

floresta secundária (FS1 e FS2) e distância entre elas..

2.2 Amostragem da vegetação

Os dados referentes às áreas R3, FS1 (Muler 2014) e FS2 (Solórzono 2006)

foram disponibilizados pelos autores citados. Nestes estudos foram realizados

levantamentos da estrutura e composição florística do estrato arbóreo, dos indivíduos

com DAP ≥ 5,0 (DAP = diâmetro à altura do peito) através de parcelas de 100 m2 (10 m

Áreas Idade

(anos)

Distância

de FS1

(km)

Distância

de FS2

(km)

Altitude

(m) Descrição

R1 7 6,79 21 74 Plantios realizados pelo Mutirão

Reflorestamento, com uso pretérito de

cultivo de café e cana-de-açúcar,

substituído pela produção de cítricos.

R2 7 20 3,74 52

R3 24 3,5 14,3 138

FS1 40 - 17 178

Área em regeneração natural, pertencente à

Fazenda Marambaia. Uso pretérito para

agricultura e criação de gado.

FS2 60 17 - 675

Área em regeneração natural, pertencente

ao PEPB. Uso pretérito para agricultura e

extração de carvão.

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x 10 m). Em R3 e FS1 foram alocadas 30 parcelas, totalizando 0,3 hectares por área, e

em FS2 foram alocadas 25 parcelas, totalizando 0,25 hectares.

Neste presente estudo foi aumentada a amostragem, mantendo a padronização no

tamanho e alocação das parcelas. Nas áreas em restauração R1 e R2 foram alocadas 20

parcelas de 100 m2 (10 m x 10 m), totalizando 0,2 hectares por área. Em cada parcela,

os indivíduos do estrato arbóreo com DAP ≥ 5,0 foram marcados e tiveram sua altura e

DAP medidos, sendo coletado o material botânico para posterior identificação da

espécie. A identificação foi realizada com auxílio de literatura e consulta ao herbário do

Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB).

2.3 Classificação das espécies

As espécies foram classificadas com base na literatura e consulta à especialistas,

pelos seguintes atributos: síndrome de dispersão (biótica e abiótica), e tolerância à

sombra (tolerante e intolerante) (Tabarelli & Peres 2002; Carvalho 2003; Durigan et al.

2004; Yamamoto et al. 2007). As espécies também foram classificadas em dominantes,

subordinadas ou raras (DSR), baseado na frequência e abundância das espécies

(Mariotte 2014). No entanto, em função da alta diversidade em florestas tropicais,

adaptou-se esse método utilizando-se o IVI (Índice de Valor de Importância) como

critério para inclusão das espécies nas três categorias. Sendo assim, espécies com IVI >

12% foram consideradas dominantes, entre 12% e 2% subordinadas e menores que 2%

foram consideradas raras (Garbin et al. 2016).

2.4 Análise de dados

Os parâmetros estruturais calculados foram densidade relativa (DR), frequência

relativa (FR), frequência absoluta (FA) e dominância relativa (DoR). Para calcular o

Índice de Valor de Importância (IVI) somou-se a DR, FR e DoR. Foram calculados os

índices de diversidade de Shannon (H’) e equabilidade de Pielou (J’) para a vegetação

de cada área, utilizando-se a abundância das espécies (Brower et al. 1998). A riqueza de

espécies foi comparada através das curvas de rarefação pelo método random com 100

permutações e os desvios padrão das parcelas.

Para os testes estatísticos das variáveis por parcela (altura média, área basal,

densidade absoluta e abundância) das cinco áreas, foi utilizado o teste de Kruskal Wallis

em função do não atendimento das premissas de normalidade e homocedasticidade dos

dados. As diferenças estatísticas foram testadas a partir do teste post hoc de Wilcoxon

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com método de ajuste de Bonferroni, com nível de significância de p < 0,05. As análises

foram realizadas no software livre R (R Core Team 2016) utilizando o Agricolae

Package version 1.2-4 (Mendiburu 2016).

Foram realizadas três análises de coordenadas principais (PCoA), baseado nas

variáveis por parcela das cinco áreas. Na primeira ordenação utilizou-se uma matriz de

variáveis da estrutura (valores médios de altura, área basal, riqueza, abundância e

densidade), e na segunda, uma matriz de presença/ausência da composição florística,

ambas utilizando o índice de Bray-Curtis como medida de dissimilaridade (Legendre e

Legendre 2012). A terceira, utilizou-se uma matriz de atributos (tolerância à sombra e

síndrome de dispersão), utilizando o índice de Gower como medida de dissimilaridade.

As análises foram realizadas no software livre R (R Core Team 2016) utilizando o

Community Ecology Package - Vegan version 2.4-1 (Oksanen et al. 2016).

3. Resultados

3.1 Composição florística

Nas três áreas em restauração (R1, R2 e R3) foram registrados 238 indivíduos,

38 espécies de 14 famílias em R1; 197 indivíduos, 40 espécies de 14 famílias em R2; e

265 indivíduos, 61 espécies de 21 famílias em R3. Nas duas áreas de floresta secundária

(FS1 e FS2) foram registrados 361 indivíduos, 71 espécies de 31 famílias em FS1; e 297

indivíduos, 93 espécies de 33 famílias em FS2 (Tabela 1). Em R1, as famílias de maior

abundância de indivíduos foram Fabaceae (122), Sapindaceae (38), Bignoniaceae (18) e

Myrtaceae (16). Em R2, foram Fabaceae (75) e Bignoniaceae (10). Em R3, foram

Fabaceae (168), Bignoniaceae (19) e Myrtaceae (16). Em FS1, foram Fabaceae (63),

Meliaceae (49), Lauraceae (42) e Melastomataceae (30). Em FS2, as famílias de maior

abundância de indivíduos foram Lauraceae (50), Fabaceae (34) e Rubiaceae (24). A

maior riqueza de família foi registrada nas áreas FS1 e FS2, e menor riqueza nas áreas

R1, R2 e R3 (Anexo 1).

Quanto à riqueza de espécie das áreas em restauração, R3 apresentou maior

riqueza total (61 espécies), seguida por R2 (40 espécies) e R1 (38 espécies). Das áreas

de floresta secundária, FS2 apresentou maior riqueza total (93 espécies) do que FS1 (71

espécies). O índice de diversidade de Shannon (H`) apresentou maiores valores nas

áreas de floresta secundária (FS1 e FS2) em comparação as áreas em restauração (R1,

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R2, R3). Dentre as áreas em restauração, R2 apresentou maior valor. A Equabilidade de

Pielou (J´) foi maior nas áreas de florestas (FS1 e FS2), com exceção de R2 (Tabela 2).

Tabela 2: Total de famílias, riqueza total de espécies, riqueza média, índice de diversidade de Shannon

(H´), equabilidade de Pielou (J`), e número de espécies até parcela 15, das áreas em restauração (R1, R2 e

R3) e de floresta secundária (FS1 e FS2).

Áreas

Família

total

Riqueza

total

Riqueza

média

Diversidade

de Shannon

(H`)

Equabilidade

de

Pielou (J´)

Riqueza de

espécies até

parcela 15

R1 14 38 6,1 (0,5) 3,0 0,8 33,9

R2 14 40 6,7 (2,9) 3,3 0,9 37,1

R3 21 61 5,2 (3,2) 3,2 0,8 40,0

FS1 31 71 7,6 (2,8) 3,7 0,8 52,29

FS2 33 93 9,6 (2,7) 4,1 0,9 72,24

As curvas de rarefação (Anexo 2) das cinco áreas mostraram distintos valores no

número de espécies até a parcela 15. As áreas R1, R2 e R3 apresentaram valores

similares, enquanto e FS2 apresentou maior resultado (Tabela 2).

A composição de espécies dominantes foi diferente entre as cinco áreas. As

espécies dominantes em R1 foram Machaerium aculeatum, Schinus terebinthifolius,

Sparattosperma leucanthum e Psidium guajava; em R2 foram Chloroleucon mangense,

Anadenanthera colubrina, Clitoria fairchildiana e Moquiniastrum polymorphum; em

R3 foram Mimosa caesalpiniifolia, Anadenthera colubrina e Piptadenia gonoacantha;

em FS1 foram Guarea guidonia, Cybistax antisyphilitica e Ocotea diospyrifolia; e em

em FS2 as espécies dominantes foram Aiouea saligna, Tachigali paratyensis e Ficus

insipida (Anexo 3).

A abundância de espécies nas categorias dominantes, subordinadas e raras, foi

distinta entre as cinco áreas. Houve maior abundância de espécies dominantes em R1 e

R2 (10%) do que em R3 (5%), FS1 (4%) e FS2 (3%). A área R2 apresentou maior

abundância de espécies subordinadas (67%) e R3 a menor abundância (40%). Houve

um aumento na abundância de espécies raras das áreas de plantio em restauração R1

(26%) e R2 (20%), para as áreas R3 (54%), FS1 (55%) e FS2 (57%) (Figura 3).

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Figura 3: Porcentagem de espécies dominantes, subordinadas e raras nas áreas de plantio em restauração

(R1, R2 e R3) e de floresta secundária (FS1 e FS2).

Quanto à similaridade florística, as áreas de floresta secundária (FS1 e FS2)

apresentaram baixa similaridade com as áreas de plantio em restauração (R1, R2 e R3).

A área FS1 apresentou algumas parcelas semelhantes à área R3. Enquanto as áreas R1 e

R2 mostraram similaridade entre si, e R3 apresentou baixa similaridade com as demais

áreas em restauração (Figura 4).

Figura 4: Análise de Coordenadas Principais (PCoA) das áreas de plantio em restauração (R1, R2 e R3) e

de floresta secundária (FS1 e FS2) com base na composição florística por parcela.

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3.2 Aspectos estruturais da comunidade arbórea

Para altura média das cinco áreas, o teste de Kruskal Wallis (p < 0,05) revelou

diferenças significativas. Comparações múltiplas com Kruskal Wallis revelaram

diferenças estatísticas entre todos os grupos (p < 0,05), exceto entre os pares R3 e R2, e

entre FS1 e FS2. Para abundância das cinco áreas (p < 0.05), houve diferença apenas

entre os pares R3 e FS2 (p = 0,0939). Quanto à área basal das cinco áreas, as

comparações múltiplas mostraram diferenças significativas (p < 0,05) apenas de R1

com as demais áreas. Para riqueza de espécies houve diferenças significativas (p < 0,05)

entre FS2 e todas as áreas e entre o par R3 e FS1.

Os valores de altura média, área basal total e densidade relativa aumentaram das

áreas em restauração (R1, R2, R3) para as áreas de floresta secundária (FS1 e FS2), com

exceção da densidade relativa da área R1. Apesar da maior densidade relativa da área

R1 (1.190 indivíduos ha¹), a altura média (4,8 m) e área basal total (6,27 m²/ha) são as

menores dentre as cinco áreas (Tabela 3).

Tabela 3: Valores de altura média (m), área basal total (m²/ha) e densidade relativa das áreas de plantio

em restauração (R1, R2 e R3) e de floresta secundária (FS1 e FS2). Médias com letras iguais são

significativamente diferentes (p<0,05).

Áreas

Altura média

(m)

Área basal total

(m²/ha)

Densidade

Relativa

R1 4,8 6,3 abcd 1.190 ab

R2 6,6 a 14,5 a 985 c

R3 7,5 a 17,3 b 880 acd

FS1 9,5 b 24,8 c 1.203 b

FS2 10,7 b 34,2 d 1.188 d

Para a análise de coordenadas principais (PCoA) das variáveis da estrutura das

áreas em restauração (R1, R2 e R3) e de floresta secundária (FS1 e FS2), houve

similaridade entre as parcelas das cinco áreas, evidenciado pelo eixo 1 que explica

72,55% da variação (Figura 5).

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Figura 5: Análise de Coordenadas Principais (PCoA) das áreas de plantio em restauração (R1, R2 e R3) e

de floresta secundária (FS1 e FS2) com base nas variáveis da estrutura da vegetação.

3.3 Atributos funcionas: tolerância à sombra e síndrome de dispersão

De acordo com a classificação das espécies quanto a tolerância à sombra, as

áreas de plantio em restauração (R1, R2 e R3) apresentaram maior percentual de

indivíduos intolerantes à sombra, tendo a área R1 maior percentual (73%), seguida por

R3 (63%) e R2 (50%). Enquanto as áreas de floresta secundária (FS1 e FS2)

apresentaram maior percentual de indivíduos tolerantes à sombra, FS1 (58%) e FS2

(78%) (Tabela 2).

Quanto à síndrome de dispersão, as áreas de plantio em restauração (R1, R2 e

R3) apresentaram maior percentagem de indivíduos com dispersão abiótica, tendo a área

R3 maior percentagem (77%), seguida por R1 (60%) e R2 (48%). Enquanto as áreas de

floresta secundária (FS1 e FS2) apresentaram maior percentual de indivíduos de

dispersão biótica, FS1 (57%) e FS2 (71%) (Tabela 4).

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Tabela 4: Total de indivíduos, percentagem de indivíduos de dispersão biótica e abiótica, tolerantes e

intolerantes à sombra das áreas de plantio em restauração (R1, R2 e R3) e de floresta secundária (FS1 e

FS2).

Áreas

Total de

indivíduos

Biótica (%)

Abiótica (%)

Tolerante à

sombra (%)

Intolerante à

sombra (%)

R1 238 38 60 25 73

R2 197 18 48 16 50

R3 265 22 77 31 63

FS1 361 57 42 58 41

FS2 297 71 25 78 18

Para a análise de coordenadas principais (PCoA) dos atributos funcionais das

áreas em restauração (R1, R2 e R3) e de floresta secundária (FS1e FS2), as áreas em

restauração mostraram maior similaridades entre si, enquanto as áreas de floresta

secundária foram claramente separadas ao longo do eixo 1, que explica 64,47% da

variação (Figura 6).

Figura 6: Análise de Coordenadas Principais (PCoA) das áreas de plantio em restauração (R1, R2 e R3) e

de floresta secundária (FS1 e FS2) com base nos atributos funcionais de tolerância à sombra e estratégia

de dispersão

4. Discussão

4.1 Composição florística e dominância de espécies

A comparação de inventários florísticos deve ser feita de forma cautelosa e

menos rígida, visto as variações metodológicas dos diferentes estudos (Kurt & Araujo

2000; Oliveira 2002).

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As principais famílias de Floresta Atlântica do Sudeste do Brasil são Myrtaceae,

Fabaceae, Lauraceae, Rubiaceae e Sapotaceae (Oliveira-Filho & Fontes 2000; Oliveira-

Filho et al. 2005; Guedes-Bruni et al. 2006; Neves & Peixoto 2008), corroborando com

os resultados deste estudo para as áreas de plantio em restauração, em que a maior parte

das espécies pertence a estas famílias. No entanto, ratifica a baixa diversidade

encontrada nessas áreas, por se concentrarem em apenas três dessas famílias (Fabaceae,

Myrtaceae e Bignoniaceae), correspondendo ao panorama de áreas em estágio inicial de

sucessão (Cruz et al. 2003).

A riqueza de espécies é uma importante característica das comunidades vegetais,

ao considerar que afeta diretamente o equilíbrio do ecossistema (Zamith & Scarano

2006). A riqueza encontrada nas áreas de plantio em restauração (R1=38, R2=40 e

R3=62) mostrou-se inferior as florestas maduras do Sudeste do Brasil (Moreno et al.

2003; Guedes-Bruni et al. 2006; Neves & Peixoto 2008), como em Kurt & Araujo

(2000), onde foram levantadas 138 espécies e Cruz et. al (2003), que encontraram 118

espécies. Esse resultado é esperado, visto que em florestas tropicais tende a ocorrer o

aumento da riqueza ao longo da sucessão ecológica (Brown & Lugo 1990; Guariguata

& Ostertag 2001). Quando comparadas as áreas de floresta secundária (FS1=71 e

FS2=93) com as áreas de plantio em restauração (R1, R2 e R3), estas últimas também

apresentaram valores de riqueza inferiores, com exceção de R3, que apresentou

resultados mais próximos à FS1. Este resultado pode ser inferido à idade mais avançada

de R3 dentre os plantios (20 anos), e possivelmente à forma de manutenção da área,

baseada na constante supressão dos regenerantes e poda das árvores. Além disso, sugere

que o plantio em R3 promoveu um ambiente favorável ao estabelecimento de novos

indivíduos na comunidade.

Castanho (2009), em florestas em restauração de 18 anos e 20 anos em Floresta

Estacional Semidecidual, encontrou 87 espécies e 106 espécies respectivamente. Rech

(2015), em plantio de 6 anos em Floresta Ombrófila densa, identificou 73 espécies. A

comparação desses estudos com R1 (38) e R2 (40), revela que a riqueza de ambas está

inferior a outros plantios de restauração. Esse resultado pode indicar que esteja

ocorrendo baixa chegada e/ou estabelecimento de novos indivíduos em R1 e R2,

impossibilitando o incremento da diversidade. Sendo essa uma consequência de um

ambiente inadequado para o estabelecimento de novos indivíduos, podendo ser causado

por fatores bióticos, como a falta de agentes dispersores e espécies atrativas à fauna, e

fatores abióticos, como a falta de nutrientes no solo e baixa disponibilidade hídrica

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(Larcher 1986; Aide & Cavalier 1994; Wijdeven & Kuzee 2000; Lambers 2008). Além

disso, metodologias de manutenção inadequadas, como a retirada da serapilheira e

limpeza contínua da área podem impedir o desenvolvimento de novas plântulas (Baider

et al. 1999; Barbosa et al. 2003; Andrade et al. 2006).

A diversidade de Shannon (H`) e equabilidade de Pielou (J) das áreas de plantio

em restauração foram similares a valores encontrados em outros estudos para áreas de

Floresta Ombrófila Densa com registro de distúrbio (Borem & Oliveira-Filho 2002;

Cruz et al. 2003; Borghi et al. 2004; Guedes-Bruni et al. 2006), superior a valores

encontrados em áreas de plantio (Castanho 2009; Sartori 2014; Reich et al. 2015), e

inferior a valores encontrados em áreas em bom estado de conservação (Guedes-Bruni

1998; Moreno et al. 2003; Rodrigues & Leitão 2004; Kurtz e Araujo 2000). Comparada

as áreas FS1 e FS2, os plantios em restauração (R1, R2 e R3) apresentaram valores

menores de diversidade de Shannon (H`) e de equabilidade de Pielou (J). Assim,

podemos inferir que as áreas de plantio em restauração apresentaram valores de

diversidade e equabilidade dentro de um padrão esperado para áreas em processo de

restauração.

Quanto à composição florística e dominância de espécies, a área R1 apresentou

as espécies Machaerium aculeatum, Schinus terebinthifolius, Sparattosperma

leucanthum e Psidium guajava como dominantes. Machaerium aculeatum, descrita

como secundária inicial, assim como as pioneiras Psidium guajava e Sparattosperma

leucanthum, estão presentes em diversos levantamentos florísticos realizados em

Floresta Ombrófila Densa no estado do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, com

algum grau de perturbação antrópica (Oliveira 2002; Peixoto 2002; Peixoto et al. 2004;

Santana 2004; Mandetta 2007). Essas florestas estão sob alta incidência luminosa,

apresentam clareiras e matas menos densas, justificando sua escolha para plantios de

restauração, visto sua característica de intolerância à sombra, atributo comum em áreas

em estágio inicial de sucessão. Do contrário, em levantamentos florísticos realizados em

Floresta Ombrófila Densa em estágio mais avançado de sucessão, as espécies descritas

não são comumente encontradas (Kurt & Araujo 2000; Cruz et al. 2003; Moreno et al.

2003; Guedes-Bruni et al. 2006; Neves & Peixoto 2008), assim como não estão

presentes nas áreas FS1 e FS2.

Schinus terebinthifolius é encontrada em Floresta Ombrófila Densa em áreas de

início de sucessão (Santana 2004; Barros 2008). Sua presença é registrada em plantios

de restauração (Mandeta 2007; Melo et al. 2007; Sansevero 2008; Durigan 2013), sendo

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sua utilização justificada pelas características de pioneira e intolerante à sombra. Com

isso, sua capacidade de desenvolver-se em fase inicial de sucessão ecológica e

apresentar dispersão biótica, proporciona atração da fauna, chegada de novos

propágulos e colabora para o estabelecimento de novos indivíduos ao tornar o ambiente

favorável à colonização. Em áreas de vegetação mais madura, não há registros de

Schinus terebinthifolius (Guedes-Bruni 1998; Kurtz & Araujo 2000; Moreno et al.

2003; Rodrigues et al. 2004), assim como não foi encontrada nas áreas FS1 e FS2,

ratificando a vegetação mais inicial presente em R1.

Na área R2, as espécies dominantes foram Chloroleucon mangense,

Anadenanthera colubrina, Clitoria fairchildiana e Moquiniastrum polymorphum.

Contudo, Chloroleucon mangense, Anadenanthera colubrina e Clitoria fairchildiana

são espécies exóticas para a flora do estado do Rio de Janeiro (Iganci 2015; Morin

2015). A utilização de espécies exóticas como ferramenta para a restauração ecológica é

controversa. Alguns estudos demonstram que as espécies exóticas usadas em plantios de

restauração cumprem seu papel de facilitadoras e são substituídas ao longo da sucessão

(Costa & Durigan 2010). No entanto, outros estudos mostram que essas espécies são

invasoras e limitam o estabelecimento de espécies nativas, promovendo um ecossistema

de baixa riqueza e biodiversidade (Hughes & Vitousek 1993; D`Antonio & Chambers

2006; Menninger & Palmer 2006; Funk et al. 2008). Além disso, a reconstrução da

estrutura e composição florística em áreas com espécies exóticas dominantes, ocorre

principalmente por essas espécies, o que refuta as diretrizes de SER (2014).

Moquiniastrum polymorphum é classificada como pioneira, nativa de Mata

Atlântica, de ocorrência em Floresta Ombrófila Densa (Roque 2015; Rando & Souza

2015). Apesar disso, não é comumente encontrada em levantamentos florísticos

realizados no estado do Rio de Janeiro (Kurtz & Araujo 2000; Oliveira 2002; Peixoto

2002; Cruz et al. 2003; Moreno et al. 2003; Peixoto et al. 2004; Carvalho et al. 2006),

mas há registros de sua presença em vegetações de borda, capoeiras e plantios de

restauração (Santos 2014; Carmo 2015), também estando presente em FS1. Por

colonizar rapidamente áreas abertas, promove a melhoria das condições ambientais e

facilita o estabelecimento de novas espécies (Neves & Peixoto 2008; Sánchez-Tapia

2011), tendo importante papel na reabilitação de áreas perturbadas (Portela et al. 2001).

Visto essas características, sua presença na área em restauração R2 indica que a área

encontra-se em processo inicial de sucessão, e que poderá funcionar como facilitadora

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para o estabelecimento de novas espécies, contribuindo para o aumento da riqueza e

desenvolvimento da estrutura da comunidade.

Em R3, as espécies dominantes foram Mimosa caesalpiniifolia, Anadenthera

colubrina e Piptadenia gonoacantha. Esta última é classificada como secundária inicial,

apresentando ampla distribuição geográfica em diversos fragmentos florestais no estado

do Rio de Janeiro (Spolidoro 2001; Peixoto 2002; Santana 2002; Cruz et al. 2003;

Peixoto et al. 2004), além de estar presente em plantios de restauração ecológica

(Sansevero 2008; Bastos 2010; Sartori 2014). A presença de uma espécie tolerante à

sombra como dominante é um indicador que sua estrutura florestal está mais avançada,

assim como foi visto em Suganuma (2013), que observa em uma cronosequência, o

aumento de espécies tolerantes à sombra de acordo com o tempo e consequente

desenvolvimento estrutural da comunidade.

Assim como em R2, as espécies dominantes na área R3 são exóticas,

Anadenthera colubrina, como descrita anteriormente e Mimosa caesalpiniifolia. De

acordo com estudos no estado do Rio de Janeiro, M. caesalpiniifolia apresenta

comportamento invasor, sendo responsável pela diminuição da biodiversidade nas

comunidades vegetais em que se encontra, visto a capacidade de ocupar nichos que

deveriam ser ocupados por espécies nativas (Dutra & Morim 2011; Suganuma 2014).

As espécies dominantes indicam as condições ambientais mais expressivas

daquele ecossistema, visto que para serem dominantes apresentam atributos mais

adequados para sua persistência e estabelecimento na comunidade (Grime 1998;

Mokany et al. 2008; Garbin et al. 2016; Zou et al. 2016). Mediante a isso, a presença de

espécies dominantes intolerantes à sombra em R1 e R2 evidencia uma estrutura florestal

com alta incidência luminosa no subdossel e pouca cobertura de copa, o que reflete seu

estágio inicial de sucessão (Chazdon 2012). No estudo de Mandetta (2007), realizado

em um plantio de 7 anos, outro panorama é encontrado, visto que há dominância de

espécies tolerantes à sombra. O mesmo é observado em Bastos (2010), em plantio de 8

anos, e em Rech (2015), em plantio de 7 anos. Assim, a ausência de espécies

dominantes tolerantes à sombra em R1 e R2, destaca sua composição florística,

inferindo a possibilidade da falta de ambiente adequado para o estabelecimento de

espécies tolerantes à sombra ou alguma estratégia de manutenção que esteja

impossibilitando a chegada e estabelecimento das mesmas.

Estudos em plantios de restauração que utilizam a dominância e diversidade de

espécies para análises de vegetação são usuais (Hector & Hooper 2002). Contudo,

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grande parte deles é direcionado para as espécies dominantes e suas características

(Smith & Knapp 2003; Ulrich & Ollik 2004; Rosado & Matos 2010; Maire et al. 2012).

Em contrapartida, poucos abordam a influência e importância das espécies raras nos

ecossistemas (Chapin et al. 1998; Grime 1998; Walker 1999; Lyons et al. 2005),

criando uma lacuna de conhecimento sobre seu papel na comunidade. No presente

estudo, essa abordagem é considerada, sendo encontrado um padrão de crescimento no

número de espécies raras das áreas de plantio em restauração (R1, R2 e R3) para as de

floresta secundária (FS1 e FS2). E esse mesmo padrão foi observado em outros estudos

de restauração que comparam o desenvolvimento dos plantios com sua respectiva área

de referência (Mandetta 2007; Bastos 2010; Rech 2015). Dessa forma, em todos os

casos citados, há semelhança das características estruturais dessas comunidades,

inferindo que haja uma relação entre a abundância de espécies raras com o estágio de

sucessão da comunidade.

Grime (1998) e Walker (1999) apontaram que as espécies raras são indicadoras

das potencialidades da comunidade vegetal e retratam a capacidade de recrutamento e

estabelecimento da área, indicando que em caso de perturbação do habitat há chances de

rápida colonização. Marsh et al. (2000) complementa ao dizer que as espécies raras

atuam como espécies-chave na dinâmica de recursos do solo, e Lyons & Schwartz

(2001) afirmam que as espécies raras diminuem as chances de espécies invasoras se

estabelecerem na comunidade. Dessa maneira, a presença de espécies raras é um

indicativo importante de bom funcionamento ecossistêmico e resiliência, sendo

desejável que haja seu incremento nas áreas em restauração ao longo do tempo.

Quanto à similaridade florística, foi observada baixa similaridade entre as áreas

de plantio em restauração (R1, R2 e R3) e de floresta secundária (FS1 e FS2). As áreas

FS1 e R3 apresentaram algumas parcelas semelhantes, sendo esse resultado atribuído a

maior proximidade entre as duas áreas, o que facilita a chegada de propágulos, e a idade

mais avançada de R3 (20 anos). Já as áreas R1 e R2, mostraram-se bastante similares, o

que é esperado visto que apresentam a mesma idade de plantio e grande parte de seu

estrato arbóreo ainda deve ser formado pelas espécies plantadas. A baixa similaridade

das áreas R1 e R2 com as áreas FS1 e FS2 pode indicar que apesar da proximidade com

esses remanescentes florestais, as áreas em restauração apresentam ambiente florestal

diferente das florestas secundárias. Como conseguinte, há o estabelecimento de espécies

distintas das encontradas nas florestas secundárias, havendo maior estabelecimento de

espécies intolerantes à sombra nas áreas em restauração e de espécies tolerantes à

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sombra nas florestas secundárias. Além disso, o retorno de espécies de estágio avançado

de sucessão é muito lento, visto que depende do nível de distúrbio presente na área, do

restabelecimento de condições ambientais, além do efeito das interações entre as

espécies presentes (Finegan & Delgado 2000; Suganuma 2014). Com o tempo e avanço

da sucessão ecológica, devem ocorrer mudanças na estrutura florestal e nos processos

ecológicos, aumentando a diversidade de nichos, a atração de agentes dispersores e com

isso, a colonização por novas espécies (McClanahan & Wolfe 1993; Ruiz-Jaén & Aide

2005; Jules et al. 2008; Suganuma 2014).

No entanto, de acordo com Suding & Hobbs (2009), áreas em restauração

podem seguir diferentes trajetórias sucessionais, podendo alcançar elevada similaridade

estrutural e florística com o ecossistema de referência, pouca similaridade ou até

alcançar um ecossistema estável, mas distinto da área de referência. Dessa maneira, a

comparação florística entre áreas em restauração e áreas de referência, podem não

informar de forma precisa se as áreas em restauração estão seguindo um processo de

sucessão ecológica que formará um ecossistema estável no futuro. Assim, é necessária a

incorporação de outros indicadores, como estrutura e atributos funcionais das espécies,

como forma de avaliação, para então considerar a necessidade de interferência nesses

plantios (Holl & Aide 2011; Suganuma & Durigan 2014).

4.2 Aspectos estruturais da comunidade arbórea

Os aspectos estruturais são mensuráveis em diferentes etapas ao longo da

sucessão ecológica, sendo um bom indicador para o monitoramento de plantios em

restauração (Ruiz‑Jaén & Aide 2005). Sua recuperação é essencial, pois promove um

ambiente favorável à colonização de novas espécies, e aumentam a disponibilidade de

habitats para a fauna dispersora (Engel & Parrotta 2008). Com isso, há o incremento de

riqueza e diversidade de espécies animais e vegetais, além da diversidade genética

naquele ecossistema (Chazdon 2008; Moreira & Carvalho 2013; Durigan & Suganuma

2016).

A avaliação da estrutura mostrou que dentre as áreas em restauração, R1

apresentou maior densidade relativa. Sendo esse resultado diferente do esperado, visto

que R1 apresenta a mesma idade que R2, e R3 é o plantio mais antigo (R1 e R2 = 7

anos, R3 = 20 anos). Possivelmente, essa diferença é em função da metodologia do

plantio. Em contrapartida, os valores de altura média e área basal em R2 e R3 são

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superiores aos de R1, evidenciando que, apesar da maior densidade relativa de

indivíduos, sua estrutura florestal está menos desenvolvida que R2 e R3.

Em estudo realizado por Durigan et al. (2016), foram levantados dados de

estrutura da vegetação em plantios de restauração com idades entre 4 e 25 anos. Para

plantios de 7 anos, como no presente estudo, os valores esperados para área basal são de

18,9 m²/ha¹, e quando menores que 13,1 m²/ha¹, é considerado um valor crítico. Dessa

forma, R1 com 6,3 m²/ha¹, encontra-se na zona crítica. Esse resultado ratifica a

necessidade de avaliação de fatores abióticos que podem estar influenciando no

desenvolvimento da comunidade, e a necessidade de ações de manejo adaptativo.

Os dados de estrutura mostram um perceptível aumento dos valores de altura e

área basal em relação ao tempo de plantio e ausência de distúrbio. De modo que R1 e

R2 (7 anos de plantio) tem menores valores que R3 (20 anos de plantio), e FS1 (40 anos

sem distúrbio) maiores valores que R3 e menores que FS2 (50 anos sem distúrbio). Esse

resultado corrobora com Pulitano (2003), Whitmore (1990) e Mandetta (2007), que

observaram a mesma relação entre o aumento gradativo da estrutura da vegetação em

relação ao tempo e estágio de desenvolvimento da comunidade.

4.3 Atributos funcionais: tolerância à sombra e síndrome de dispersão

A proporção de indivíduos tolerantes à sombra é menor nas áreas em restauração

(R1 = 25%; R2 = 16% e R3 = 31%) do que nas áreas de floresta secundária (FS1 = 58%

e FS2 = 78%). Suganuma et al. (2014) e Daronco et al. (2013) observaram o aumento de

espécies tolerantes à sombra em relação ao tempo de reflorestamento e desenvolvimento

estrutural, ao comparar plantios de diferentes idades em vegetação de mata ciliar em

Floresta Ombrófila Densa. Tabarelli & Mantovani (1999), encontraram o mesmo

resultado para áreas em regeneração natural de 10, 18 e 40 anos, em mata ciliar em

Floresta Ombrófila Densa. Esses estudos ratificam a importância de uma estrutura

desenvolvida para o estabelecimento e persistência de espécies tolerantes à sombra

(Melo & Durigan 2007). Sendo assim, esse atributo é um indicador de sucesso para

restauração (Suganuma et al. 2014), para o rápido desenvolvimento estrutural, agindo

como catalizador para o recrutamento e permanência dessas espécies ciófilas na

comunidade florestal.

Assim como a tolerância à sombra, a estratégia de dispersão (biótica e abiótica)

é um indicador de sucesso para restauração (Suganuma et al. 2014). A dispersão de

sementes tem grande importância no recrutamento e sucessão ecológica, visto que

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proporciona o incremento de riqueza e abundância de espécies na comunidade, seja

através da dispersão local ou pela chegada de propágulos de remanescentes próximos

(Kageyama et al. 1989). Todavia, as espécies de dispersão biótica possuem papel

decisivo nessa renovação, já que atraem dispersores, aumentando o aporte de

propágulos na comunidade e com isso, a diversidade de espécies e genética no

ecossistema (Wunderle Jr. 1997; Clark 2004). Esse preceito é ratificado por Sansevero

et al. (2011), que ao analisar cinco plantios em restauração, verifica que as áreas

compostas majoritariamente por indivíduos zoocóricos no estrato arbóreo, apresentaram

elevado número de espécies zoocóricas no estrato regenerante. O mesmo por Castanho

(2009), que evidencia a influência das espécies de dispersão biótica no recrutamento de

diásporos, ao constatar que o estrato regenerante apresenta alta riqueza e abundância de

espécies, sendo essas diferentes do estrato arbóreo, indicando a chegada de propágulos

de remanescente florestais adjacentes.

Acerca desse conceito, o presente estudo encontrou outro panorama nas áreas

em restauração analisadas. A percentagem de indivíduos com dispersão biótica nas

áreas em restauração (R1 = 38%, R2 = 18% e R3 = 22%) é inferior às áreas de floresta

secundária (FS1 = 57% e FS2 = 71%). Esse resultado evidencia a ausência de espécies

de dispersão biótica usadas no plantio, e mesmo em R3, com 20 anos, a abundância

desses indivíduos é baixa, ou seja, o recrutamento dessas espécies também é afetado.

Esse panorama traz questionamentos acerca da manutenção genética e do processo de

sucessão, visto que a atração de agentes dispersores é reduzida e que esse é um atributo

fundamental para o sucesso da restauração (Parrota et al. 1997). Principalmente, uma

vez que o tempo de recuperação das características estruturais de florestas tropicais

maduras depende da proporção de espécies zoocóricas que compõem a área (Liebsch et

al. 2008).

4.4 Variação interna de estrutura, florística e atributos funcionais

A PCoA da composição florística e atributos funcionais, ratifica a baixa

similaridade encontrada dentre os plantios em restauração e floresta secundária, ao

exibir grupos isolados, onde as parcelas não se sobrepõem. Para os dados de estrutura, a

PCoA evidencia a similaridade entre as parcelas das áreas de plantio em restauração

com as parcelas das florestas secundárias. Com isso, indica que, apesar das áreas como

um todo serem diferentes, trechos dentro dessas comunidades já se encontram em

estágio de desenvolvimento similar as áreas de floresta secundária.

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A recuperação mais rápida dos aspectos estruturais e funcionais do que a

composição florística vem sendo observada em estudos de trajetórias sucessionais de

florestas tropicais em diferentes partes do mundo (Souza & Batista 2004; Ruiz-Jaen &

Aide 2005; Melo & Durigan 2006; Letcher & Chazdon 2009; Martin et al. 2013). Em

Suganuma & Durigan (2014), foi realizado o estudo de áreas em restauração em uma

cronossequência, sendo constatado que a similaridade florística é um dos últimos

parâmetros a alcançar semelhança com a área de referência, enquanto a estrutura e

atributos funcionais chegam a valores similares em menor tempo. Dessa maneira, seria

esperado que as áreas em restauração aqui estudadas apresentassem parcelas com

atributos funcionais similares aos encontrados nas florestas secundárias. Porém a baixa

similaridade observada demonstra que as áreas em restauração não estão seguindo a

trajetória sucessional esperada para plantios de Floresta Atlântica. O que evidencia a

necessidade de intervenção humana, a passo que a área seja enriquecida com espécies

de grupos funcionais semelhantes à floresta de referência, como é sugerido por SER

(2004), criando um ambiente com desenvolvimento estável, resiliente e auto-

sustentável.

5. Conclusão

As áreas de plantios em restauração R1 e R2 ainda estão em estágio inicial de

sucessão, visto a baixa similaridade florística, estrutural e de atributos funcionais com

as áreas de floresta secundária FS1 e FS2, sendo muito influenciadas ainda pelas

espécies plantadas. Já R3, apresentou valores mais aproximados de FS1 e FS2, sendo

isso atribuído a maior idade do plantio, estando em estágio intermediário de sucessão

ecológica.

A presença de espécies exóticas dominantes nas áreas R2 e R3 evidencia a

escolha dessas espécies para o plantio, o que contraria as recomendações de SER

(2004), e reitera a necessidade de seu monitoramento a fim de verificar se as populações

exóticas estão contribuindo negativamente para a sucessão ecológica e diminuindo a

diversidade nessas comunidades. Diante disso, será necessária a promoção de ações de

manejo dessas espécies.

A baixa abundância de espécies de dispersão biótica nas áreas R1, R2 e R3,

reduz à atração de agentes dispersores e com isso a chegada de propágulos, podendo

comprometer a continuidade da sucessão ecológica e o sucesso da restauração. Nesse

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contexto, ações de enriquecimento seriam necessárias, além da reavaliação das

metodologias de manutenção.

A baixa abundância de espécies raras e reduzida riqueza de espécies em R1 e

R2, indica que ações de enriquecimento podem ser medidas à serem tomadas de modo a

colaborar para o melhor desenvolvimento das áreas. Junto à isso, a reavaliação da

metodologia de manutenção das áreas, dando fim a constante supressão dos

regenerantes e poda das árvores, seriam fundamentais para a continuidade da sucessão e

transformação da área em uma comunidade autossustentável.

Esse cenário encontrado, onde os plantios sofrem constante manutenção, nos

traz o questionamento a cerca da ideia comum sobre o que é um plantio de sucesso em

contexto urbano: florestas ou jardins? Será esse um padrão nos plantios em restauração

de áreas urbanas?

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6. Anexo

Anexo 1: Lista de famílias das áreas de plantio em restauração (R1, R2, R3) e de

floresta secundária (FS1, FS2), e suas respectivas abundâncias.

Família R1 R2 R3 FS1 FS2

Anacardiaceae 0 0 8 2 0

Annonaceae 0 0 0 0 2

Apocynaceae 0 0 4 5 12

Arecaceae 0 0 0 0 6

Asteraceae 1 6 8 23 0

Bignoniaceae 2 10 19 24 2

Bombacaceae 2 4 1 3 1

Boraginaceae 1 5 1 3 4

Burseraceae 0 0 0 0 1

Cannabaceae 0 1 0 3 0

Chrysobalanaceae 0 0 0 0 2

Clusiaceae 0 0 0 0 1

Cunoniaceae 0 0 0 0 3

Ealeocarpaceae 0 0 0 0 3

Erythroxylaceae 0 0 0 2 0

Euphorbiaceae 1 8 1 4 3

Fabaceae 15 75 168 63 34

Lacistemaceae 0 0 0 0 4

Lamiaceae 1 0 1 1 0

Lauraceae 0 0 0 42 50

Lecythidaceae 0 2 0 2 5

Malvaceae 0 4 11 1 1

Melastomataceae 0 0 1 30 10

Meliaceae 0 0 10 49 16

Monimiaceae 0 0 0 2 6

Moraceae 0 1 2 11 7

Musaceae 0 0 0 0 2

Myristicaceae 0 0 0 1 1

Myrtaceae 2 3 16 9 13

Nyctaginaceae 0 0 0 21 9

Peraceae 0 0 0 0 1

Phyllanthaceae 0 0 0 1 8

Phytolaccaceae 1 1 0 10 0

Piperaceae 0 0 0 0 15

Primulaceae 0 0 0 4 0

Quiinaceae 0 0 0 0 1

Rubiaceae 0 0 0 6 24

Rutaceae 1 0 1 0 0

Salicaceae 1 0 3 6 11

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44

Sapindaceae 2 4 2 10 4

Sapotaceae 0 0 1 3 23

Solanaceae 1 0 0 5 0

Urticaceae 0 6 1 12 0

Verbenaceae 1 0 1 0 0

Violaceae 0 0 1 0 0

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45

Anexo 2: Curvas de rarefação das áreas em restauração (R1, R2 e R3) e de floresta

secundária (FS1 e FS2) com os desvios padrão.

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46

Anexo 3: Lista de espécies das áreas de plantio em restauração (R1, R2, R3) e de

floresta secundária (FS1, FS2), e suas respectivas síndrome de dispersão (biótica e

abiótica) e tolerância à sombra (1 = tolerante, 0 = não tolerante). O símbolo - significa

ausência de informação na literatura

Espécies Síndrome de dispersão Tolerância à sombra

Acacia mangium Abiótica 0

Albizia lebbeck Abiótica 0

Albizia polyaphala Abiótica 0

Allophylus edulis Biótica 1

Allophylus heterophyllus Biótica 1

Amphirrhox sp Abiótica -

Anadenanthera colubrina Abiótica 0

Andradea floribunda Abiótica 0

Astronium graveolens Abiótica 1

Bathysa gymnocarpa Abiótica 1

Bauhinia forficata Abiótica 0

Cabralea canjerana Abiótica 1

Caesalpinia echinata Abiótica 1

Caesalpinia sp Abiótica -

Caesalpinia tinctoria Abiótica 0

Calyptranthes sp Abiótica -

Cariniana estrellensis Abiótica 1

Cariniana legalis Abiótica 1

Cedrela fissilis Abiótica 1

Cedrela odorata Abiótica 1

Ceiba crispiflora Abiótica 0

Ceiba speciosa Abiótica 0

Chloroleucon mangense Abiótica 0

Chloroleucon tortum Abiótica 0

Clitoria fairchildiana Abiótica 0

Couratari pyramidata Abiótica 1

Coutarea hexandra Abiótica 0

Cybistax antisyphilitica Abiótica 1

Dalbergia Frutescens Abiótica 0

Dalbergia nigra Abiótica 1

Dalbergia sp Abiótica -

Gallesia integrifolia Abiótica 0

Guarea guidonia Abiótica 1

Handroanthus albus Abiótica 0

Handroanthus chrysotrichus Abiótica 0

Handroanthus heptaphyllus Abiótica 0

Handroanthus impetiginosus Abiótica 0

Lamanonia ternata Abiótica 1

Leandra sp Abiótica 0

Libidibia ferrea Abiótica 0

Lonchocarpus cultratus Abiótica 0

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Luehea candicans Abiótica 0

Luehea grandiflora Abiótica 1

Luehea sp Abiótica 0

Machaerium aculeatum Abiótica 0

Machaerium incorruptibile Abiótica 1

Malouetia cestroides Abiótica 1

Miconia prasina Abiótica 0

Mimosa bimucronata Abiótica 0

Mimosa caesalpiniifolia Abiótica 0

Mimosa sp Abiótica -

Mimosa sp Abiótica -

Moquiniastrum polymorphum Abiótica 0

Mollinedia longifolia Biótica 1

Muellera virgilioides Abiótica 0

Musa sp. Abiótica 1

Myrcia splendens Abiótica 0

Myrocarpus frondosus Abiótica 1

Peltophorum dubium Abiótica 0

Piptadenia gonoacantha Abiótica 0

Piptadenia paniculata Abiótica 0

Plathymenia reticulata Abiótica 0

Platycyamus regnelli Abiótica 1

Poincianella pluviosa Abiótica 0

Pseudobombax grandiflorum Abiótica 0

Pterocarpos sp Abiótica -

Pterocarpus rohrii Abiótica 1

Pterogyne nitens Abiótica 0

Rustia formosa Abiótica 1

Samanea saman Abiótica 0

Schizolobium parahyba Abiótica 1

Senegalia bahiensis Abiótica 0

Senegalia langsdorffii Abiótica 0

Senegalia polyphylla Abiótica 0

Senna alexandrina Abiótica 0

Senna multijuja Abiótica 0

Senna siamea Abiótica 0

Sparattosperma leucanthum Abiótica 0

Tibouchina granulosa Abiótica 0

Aegiphila integrifolia Biótica 0

Aegiphila obducta Biótica 0

Aiouea saligna Biótica 1

Alchornea glandulosa Biótica 0

Alchornea triplinervia Biótica 0

Aniba firmula Biótica 1

Artocarpus heterophyllus Biótica 1

Astrocaryum aculeatissimum Biótica 0

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48

Brosimum guianense Biótica 1

Brosimum lactescens Biótica 0

Calycorectes sp Biótica -

Campomanesia eugenioides Biótica 0

Campomanesia reitziana Biótica 1

Casearia pauciflora Biótica 1

Casearia commersoniana Biótica 1

Casearia obliqua Biótica 1

Casearia sp Biótica -

Casearia sylvestris Biótica 1

Cecropia glaziovi Biótica 1

Cecropia hololeuca Biótica 1

Cecropia pachystachya Biótica 1

Chrysophyllum flexuosum Biótica 1

Citharexylum myrianthum Biótica 0

Coccoloba arborescens Biótica 0

Cordia sellowiana Biótica 0

Cordia sp Biótica -

Cordia superba Biótica 1

Cordia taguahyensis Biótica 1

Coussarea nodosa Biótica 1

Coussarea sp Biótica -

Cryptocarya saligna Biótica 1

Cupania furfuracea Biótica 0

Cupania oblongifolia Biótica 1

Cupania sp Biótica -

Cupania vernalis Biótica 1

Ecclinusa ramiflora Biótica 0

Endlicheria paniculata Biótica 1

Erythroxylum pulchrum Biótica 1

Eugenia expansa Biótica 1

Eugenia florida Biótica 1

Eugenia prasina Biótica 1

Eugenia vattimoana Biótica 1

Euterpe edulis Biótica 1

Ficus sp Biótica 1

Ficus clusiifolia Biótica 0

Ficus insipida Biótica 1

Guapira hirsuta Biótica 1

Guapira sp Biótica 1

Guarea kunthiana Biótica 1

Guarea macrophylla subsp

Tuberculata Biótica 1

Guatteria australis Biótica 1

Guazuma ulmifolia Biótica 0

Hieronyma alchorneoides Biótica 1

Hymenaea courbaril Biótica 1

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Inga edulis Biótica 1

Inga laurina Biótica 1

Inga vera Biótica 1

Inga vera subsp affinis Biótica 1

Jacaranda puberula Biótica 1

Jacaratia spinosa Biótica 1

Joannesia princeps Biótica 0

Lacistema serrulatum Biótica 1

Lecythis lanceolata Biótica 1

Lecythis pisonis Biótica 0

Licania kunthiana Biótica 0

Machaerium hirtum Biótica 0

Machaerium sp2 Biótica 1

Mangifera indica Biótica 0

Margaritopsis astrellantha Biótica 1

Matayba elaeagnoides Biótica 1

Miconia calvescens Biótica 1

Miconia cinnamomifolia Biótica 0

Miconia tristis Biótica 1

Mollinedia longifolia Biótica 1

Mollinedia sp Biótica -

Moquiniastrum polymorphum Biótica 1

Musa sp Biótica -

Myrcia pubipetala Biótica 1

Ocotea diospyrifolia Biótica 1

Ocotea divaricata Biótica 1

Ocotea elegans Biótica 1

Ocotea puberula Biótica 1

Ocotea schottii Biótica 1

Ocotea teleiandra Biótica 1

Pera glabrata Biótica 1

Persea americana Biótica 0

Piper arboreum Biótica 1

Pouteria bangii Biótica 1

Pouteria guianensis Biótica 1

Protium widgrenii Biótica 1

Psidium guajava Biótica 0

Psychotria sp Biótica 1

Psychotria stenocalyx Biótica 1

Rudgea coriacea Biótica 1

Sapindus saponaria Biótica 1

Schinus terebinthifolius Biótica 0

Sloanea garckeana Biótica 1

Sloanea hirsuta Biótica 1

Solanum pseudoquina Biótica 0

Solanum swartzianum Biótica 0

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Sorocea hilarii Biótica 1

Spondias mombin Biótica 0

Swartzia flaemingii Biótica 1

Swartzia simplex Biótica 1 Syzygium cumini Biótica 0

Tabernaemontana hystrix Biótica 1

Tabernaemontana laeta Biótica 1

Tetrorchidium rubrivenium Biótica 1

Tovomita leucantha Biótica 0

Trema micrantha Biótica 0

Trichilia casaretti Biótica 1

Trichilia lepidota Biótica 1

Virola bicuhyba Biótica 1

Virola gardneri Biótica 1

Zanthoxylum acuminatum Biótica 0

Zanthoxylum rhoifolium Biótica 0

Myrsine coriacea Biótica 0

Myrsine parvifolia Biótica 0

Nectandra membranacea Biótica 0

Nectandra puberula Biótica 0

Piper rivinoides Biótica 1

Quiina glazovii Biótica 1

Rhodostemonodaphne

macrocalyx Biótica 1

Rollinia dolabripetala - -

Stryphnodendron

rotundifolium Abiótica 0

Tachigali paratyensis Abiótica 0

Indet sp 1 - -

Indet sp 2 - -

Indet sp 3 - -

Indet sp 4 - -

Indet sp 5 - -

Indet sp 6 - -

Indet sp 7 - -

Indet sp 7 - -

Indet sp 8 - -

Indet sp 9 - -

Indet sp 10 - -

Indet sp 11 - -

Indet sp 12 - -

Indet sp 13 - -

Indet sp 14 - -

Indet sp 15 - -

Indet sp 16 - -

Indet sp 17 - -

Indet sp 18 - -

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Indet sp 19 - -