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INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA – IMIP

IMIP GESTÃO HOSPITALAR

III Seminário de

Experiências Exitosas

Anais

Realizado em 1º de junho de 2018,

no Espaço Ciência e Cultura do IMIP.

Recife

2018

©2018 Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira – IMIP

Todos os direitos desta obra são reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada por nenhuma forma ou por qualquer meio, eletrônico ou físico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer sistema de armazenamento e recuperação, exceto por citações breves as quais devem ser atribuídas a publicação correspondente dos autores.

INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA – IMIP PRESIDENTE DE HONRA Prof. Fernando Figueira (In memoriam)

DIRETORIA DO IMIP Presidente: Gilliatt Hanois Falbo Neto Vice-Presidente: Carlos dos Santos Figueira 1º Secretário: Vilneide Maria Santos Braga Diegues Serva 2º Secretário: Paulo Macedo Caldas Bompastor 1º Tesoureiro: Ítalo Rocha Leitão 2º Tesoureiro: Alex C. Azevedo Chefe de Gabinete: Carlos Fernando Asfora COMPLEXO HOSPITALAR DO IMIP Superintendente Geral: Tereza Campos Superintendência de Administração e Finanças: Maria Silvia Vidon Superintendência de Atenção à Saúde: Fátima Rebêlo Superintendência de Ensino, Pesquisa e Extensão: Afra Suassuna IMIP HOSPITALAR Superintendente Geral do IMIP Gestão: Ana Cláudia Meirelles Superintendente Adjunta do IMIP Gestão: Ivette Buril

_________________________________________________________________ Capa: Marketing IMIP

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP

Ficha Catalográfica

S471

Seminário de Experiências Exitosas (3. : 2018 : Recife, PE)

III Seminário de Experiências Exitosas / Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, IMIP Gestão Hospitalar – Recife : IMIP, 2018.

205 p. Realizado em 1° de junho de 2018, no Espaço Ciência e Cultura do IMIP.

1. Gestão em Saúde. 2. Assistência em Saúde. 3. Educação em Saúde. I. IMIP

Gestão Hospitalar. II. Título.

CDD 353.6

Elaborada por Jéssica Cavalcanti CRB-4/1828

COMISSÃO ORGANIZADORA

Ana Cláudia Meirelles

Tereza Campos

Ivette Buril

Afra Suassuna

Ana Paula Vital

Lannuze Gomes

Nancy Correia

Danielle Menor

Amanda Vasconcelos

Helena Britto

Manoel Morais

Teresa Barreto

APRESENTAÇÃO

Fundado há 58 anos, o IMIP é reconhecido, como uma das instituições mais

importantes do País, atuando nas áreas da Atenção à Saúde, Ensino, Pesquisa e

Extensão, seus eixos missionários. O seu sólido e completo envolvimento com o

sistema público de saúde; a ampla e intensa colaboração prestada a Universidades e

órgãos oficiais de saúde, educação e tecnologia na formação e qualificação de recursos

humanos para a saúde, bem como a tradicional preferência pela assistência aos mais

socialmente desfavorecidos, define, de forma justa e inquestionável, a singular

condição do IMIP de entidade pública não estatal.

O IMIP expandiu sua experiência institucional a outras localidades ao assumir a gestão

do Hospital Pelópidas Silveira (Recife) e a UPAE Petrolina e, através de sua

organização social Fundação Professor Martiniano Fernandes – IMIP HOSPITALAR,

a responsabilidade de gerir Hospitais Dom Helder Câmara (Cabo de Santo Agostinho),

Miguel Arraes (Paulista) e Dom Malan (Petrolina) e das UPAs Barra de Jangada,

Cabo, Caruaru, Engenho Velho, São Lourenço da Mata, Olinda, Igarassu e Paulista, e

UPAE Salgueiro e Garanhuns, trabalhando sempre em conformidade com os

princípios norteadores do SUS e operacionalizações formalizadas em contratos de

gestão com o Estado de Pernambuco.

Deste modo, atuando firmemente na implantação de suas concepções e práticas

institucionais através de todaRedeIMIP, esta instituição tem promovido, ao mesmo

tempo,atividades científicas nas diversas áreas da Saúde e Gestão, estimulando a

participação dos profissionais e socializando o conhecimento, efetivando

oportunidades para evidenciar o que fazemos de inovador dentro das nossas práticas.

Dentre os vários eventos realizados institucionais com a finalidade de fomentar

espaços de intercâmbiosdos saberes laborais e do o compartilhamento dos processos

de trabalho e da criatividade,registramos o seminário anual de experiências exitosas,

evento anual de âmbito regional direcionado a apresentação de modelos e ações

desenvolvidas bem sucedidas, que reúne gestores em saúde, educação e assistência nas

diversas categorias profissionais, tendo como principais objetivos: reconhecer as

iniciativas inovadoras na gestão; promover o compartilhamento de experiências;

valorizar os profissionais que atuam no âmbito do Sistema Único de Saúde de

Pernambuco e contribuir para a consolidação de boas práticas em Saúde.

Assim, coerente com sua condição de centro formador, o IMIP assume papel de

vanguarda na divulgação de temas relevantes na gestão, tecnologia e inovação

havendono ano de 2018, realizado o III Seminário de Experiências Exitosas

contribuindo,mais uma vez,para a troca de experiências exitosas desenvolvidas nas

diversas unidades que compõem a Rede IMIP onde, inclusive, foi instituído neste

último evento o Prêmio Fernando Figueira de Excelência de Gestão em Saúde.

Finalizando, reiteramos que nossa concepção que o conhecimento é uma das principais

ferramentas de desenvolvimento organizacional e sua utilização em rede contribui para

impulsionar a inovação e melhorar a eficiência das atividades executadas. O

intercâmbio de experiências e de boas práticas de gestão contribui para o aprendizado

organizacional, para a replicação de tais experiências ou ainda para impulsionar novas

experiências exitosas que promovam mudanças positivas, refletindo em melhores

resultados.

Desse modo, o Seminário de Experiências Exitosas igualmente concebe um legado de

bons resultados, os quais estão sendo multiplicados em toda gestão da Rede IMIP e

amplamente divulgados para a comunidade, possibilitando que a disseminação de

saberes e iniciativas estejam disponíveis a um maior número de expectadores, com o

intuito de dar amplitude a essas iniciativas e estimular a troca de experiências, para

melhor enfrentar os desafios no fortalecimento do SUS.

SUMÁRIO

ACOLHIMENTO: O PRIMEIRO PASSO PARA O ATENDIMENTO HUMANIZADO ..........................................14

AGULHAMENTO A SECO (DRY NEEDLING) COMO TRATAMENTO COADJUVANTE DA DOR .......................16

A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA DE ENFERMAGEM NA REDUÇÃO DE GLOSAS NO FATURAMENTO ........18

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE ESTOQUE COMO FERRAMENTA PARA REDUÇÃO DE CUSTOS E

DIVERGÊNCIAS DE INVENTÁRIO...............................................................................................................20

A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO NA GARANTIA DOS DIREITOS DOS ....................................................22

A INFLUENCIA DA CONSULTA DE ENFERMAGEM NA EXECUÇÃO DE EXAMES ..........................................24

ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO DO FLUXOGRAMA DE DISPENSAÇÃO DAS MÁSCARAS N95 NOS SETORES DA

UPA SÃO LOURENÇO DA MATA. ..............................................................................................................26

ANÁLISE DESCRITIVA DAS MÃES DE BEBÊS COM MICROCEFALIA ASSOCIADA AO ZIKA VÍRUS ..................28

APLICABILIDADE DE UM INSTRUMENTO DE ENFERMAGEM PARA VISITA MULTIDISCIPLINAR EM UMA

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE TRANSPLANTES .............................................................................30

APLICAÇÃO DA METODOLOGIA LEAN COMO ALTERNATIVA PARA REDUÇÃO DE CUSTOS EM UMA

UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EXITOSA .................................32

APRIMORAMENTO TERAPÊUTICO DO USO OPIOIDES NO CONTROLE DA DOR ONCOLÓGICA NO IMIP ....34

APRIMORAMENTO TERAPÊUTICO NO TRATAMENTO DE METÁSTASE ÓSSEA NO INSTITUTO DE MEDICINA

INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA – IMIP ...............................................................................36

A PRÁTICA DA FISIOTERAPIA HUMANIZADA NA UCI NEONATAL DO HOSPITAL DOM MALAN: UM SERVIÇO

ALÉM DAS TÉCNICAS TERAPÊUTICAS .......................................................................................................38

ARTE, CULTURA E LAZER COMO PROPOSTA DE HUMANIZAÇÃO DO SETOR DE PSICOLOGIA NO HOSPITAL

DOM HÉLDER CÂMARA ...........................................................................................................................41

ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PARA REDUÇÃO DOS GASTOS NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA

ATRAVÉS DA MUDANÇA NO USO DE EQUIPOS PARA QUIMIOTERAPIA ....................................................43

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COMO COMPONENTE DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM REUNIÕES

CLÍNICAS DO TRANSPLANTE CARDÍACO ...................................................................................................45

A UTILIZAÇÃO DE APLICATIVO DE TECNOLOGIA MÓVEL COMO FORMA DE MELHORAMENTO DA

MOBILIDADE EM UM HOSPITAL DA REDE PÚBLICA .................................................................................47

AVALIAÇÃO DA ADESÃO E RETENÇÃO DE CONHECIMENTO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE BASEADA NA

PROBLEMATIZAÇÃO E EM ACOMPANHAMENTO TUTORIAL ....................................................................49

AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO NIR NA UPA SÃO LOURENÇO DA MATA NO PERÍODO DE ABRIL/2017 A

ABRIL/2018 .............................................................................................................................................52

BIOSSEGURANÇA EM ODONTOLOGIA: UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA NA UPA ENGENHO VELHO ..............55

BUSCA ATIVA DE INCOERÊNCIAS NO PREENCHIMENTO DAS DECLARAÇÕES DE NASCIDOS VIVOS ...........57

BUSCA ATIVA DE POTENCIAIS DOADORES PARA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTE:

UMA ANALISE COMPARATIVA .................................................................................................................59

CONTRIBUIÇÕES DA AUDITORIA INTERNA PARA A GESTÃO HOSPITALAR NO CONTROLE DE RECURSOS

EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) ................................................61

CONTROLE DE PERDAS POR VENCIMENTO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICOS NA UNIDADE DE

PRONTO ATENDIMENTO 24H DE OLINDA. ...............................................................................................63

CRIAÇÃO DE INDICADOR DE QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE: FALHAS NA IDENTIFICAÇÃO DOS

PACIENTES NO HOSPITAL PELÓPIDAS SILVEIRA .......................................................................................65

CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO NO

INTRAOPERATÓRIO NEUROGIRURGIA .....................................................................................................67

CUSTO EFETIVIDADE NA PRÁTICA CIRÚRGICA DIÁRIA: .............................................................................69

COMO ECONOMIZAR OFERECENDO O MELHOR PARA O PACIENTE .........................................................69

DA TEORIA À PRÁTICA: INSERÇÃO DO FARMACÊUTICO NA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR E NA SEGURANÇA

DO PACIENTE NO HOSPITAL PELÓPIDAS SILVEIRA ...................................................................................71

DESENVOLVIMENTO DOS CRITÉRIOS PARA MARCAÇÃO DOS PACIENTE EM QUIMIOTERAPIA NO

AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA ADULTO ................................................................................................73

DIAGNÓSTICO PARA TUBERCULOSE: PRINCIPAIS VANTAGENS DO TESTE RÁPIDO MOLECULAR QUANDO

COMPARADO À BACILOSCOPIA TRADICIONAL .........................................................................................75

DIETAS CETOGÊNICAS PARA EPILEPSIA FÁRMACO-RESISTENTE: EXPERIÊNCIA APÓS 30 MESES EM

AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO ..............................................................................................................77

EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL: ÊXITO NO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA DA UPA ENGENHO VELHO .........79

EDUCAÇÃO PERMANENTE: ESTRATÉGIA PARA MANUTENÇÃO DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ..........81

EDUCAÇÃO PERMANENTE TUTORIAL: ESTRATÉGIA INOVADORA EM UMA UNIDADE TERCIÁRIA

ESPECIALIZADA DO SUS ...........................................................................................................................83

EMPODERAMENTO DA ENFERMAGEM: IMPLANTAÇÃO DA VISITA DE ENFERMAGEM À BEIRA LEITO NA

UTI NEUROLÓGICA – HPS ........................................................................................................................85

ENCONTRO DE SERVIÇO SOCIAL DO HOSPITAL MIGUEL ARRAES: ESPAÇO DE REFLEXÃO CRÍTICA PARA O

EXERCÍCIO PROFISSIONAL........................................................................................................................87

ESTRUTURAÇÃO DE UM PROGRAMA DE ESTIMULAÇÃO PRECOCE EM CRIANÇAS COM

COMPROMETIMENTOS NEUROMOTORES: SUBSÍDIOS PARA MINIMIZAÇÃO DE DEFICIÊNCIAS ...............89

EXPERIÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO AMBULATORIAL DE PACIENTES ONCOLÓGICOS EM

TRATAMENTO COM HORMONIOTERAPIA ORAL EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DO RECIFE ...............91

FRENOTOMIA LINGUAL: EXPERIÊNCIA EXITOSA EM UM HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA .........................93

GESTÃO COMPARTILHADA COMO ESTRATÉGIA INOVADORA PARA ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA

POLÍTICA DE SAÚDE .................................................................................................................................96

GESTÃO POR RESULTADOS: UM RELATO DE CASO SOBRE O SETOR DE CONTAS MÉDICAS DO INSTITUTO

DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA – IMIP ..................................................................98

GRANULOMA PIOGÊNICO ULCERADO EM PACIENTE COM PARALISIA CEREBRAL – RELATO DE CASO ....100

GRUPO DE TERAPIA OCUPACIONAL EM PEDIATRIA PROMOVENDO AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA NO

CENTRO DE REABILITAÇÃO DO IMIP ......................................................................................................102

IMPACTO DE UMA INTERVENÇÃO EDUCATIVA NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA DE PACIENTES EM USO

DA MEMBRANA DE OXIGENAÇÃO EXTRACORPÓREA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE

TRANSPLANTES .....................................................................................................................................104

IMPACTO ECONÔMICO DA UTILIZAÇÃO DO PROCESSO DE SOMATÓRIA DE DOSES DE INJETÁVEIS NO

HOSPITAL DOM MALAN – GESTÃO IMIP ................................................................................................106

IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE ABREVIAÇÃO DE JEJUM PRÉ OPERATÓRIO EM UM HOSPITAL DO

NORDESTE BRASILEIRO: ESTUDO PROSPECTIVO DE INTERVENÇÃO .......................................................108

IMPLANTAÇÃO DO INDICADOR DE QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE: INCIDÊNCIA DE LESÃO POR

PRESSÃO (LPP) NOS PACIENTES DA UTI NEUROLÓGICA DO HOSPITAL PELÓPIDAS SILVEIRA ..................110

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR DOSE UNITÁRIA EM HOSPITAL

DE REFERÊNCIA DE PERNAMBUCO ........................................................................................................112

IMPLANTAÇÃO DO TIME DE HIGIENE DAS MÃOS...................................................................................114

IMPLEMENTAÇÃO DE ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO, COM TEMÁTICAS TRANSVERSAIS, EM CURSOS

TÉCNICOS DE SAÚDE .............................................................................................................................116

IMPLEMENTAÇÃO DO CENTRO DE TREINAMENTO EM SUPORTE BÁSICO DE VIDA ................................118

IMPLEMENTAÇÃO DO REGISTRO DA AVALIAÇÃO FARMACÊUTICA DAS PRESCRIÇÕES MÉDICAS DE

PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS ..............................................................................................120

IMPORTÂNCIA DE UM GRUPO DE PESQUISA NA PRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO EM

CIRURGIA CARDIOVASCULAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA UNIDADE DE CIRURGIA CARDÍACA DO IMIP

..............................................................................................................................................................122

INSERÇÃO DO HOSPITAL PELÓPIDAS SILVEIRA NO PROJETO: “MELHORANDO A SEGURANÇA DO

PACIENTE EM LARGA ESCALA NO BRASIL” .............................................................................................124

INSTRUMENTALIDADE DO SERVIÇO SOCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA ACERCA DA NOTIFICAÇÃO E

ENCAMINHAMENTO DOS CASOS DE VIOLÊNCIA IDENTIFICADOS NA UPA PROFESSOR FERNANDO

FIGUEIRA ...............................................................................................................................................126

INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA COMO ESTRATÉGIA PARA EVITAR EVENTOS ADVERSOS DOS

MEDICAMENTOS EM PEDIATRIA ...........................................................................................................128

INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA OCUPACIONAL E GRUPO DE PACIENTES COM SEQUELAS DE ACIDENTE

VASCULAR CEREBRAL ............................................................................................................................130

INTRODUÇÃO DO ENFERMEIRO AO AMBULATÓRIO DE ANTICOAGULANTE ORAL: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA .........................................................................................................................................132

LASERTERAPIA DE BAIXA POTÊNCIA NO TRATAMENTO DE MANIFESTAÇÕES ORAIS DA SÍNDROME DE

STEVENS-JOHNSON: ..............................................................................................................................134

RELATO DE CASO ...................................................................................................................................134

LASERTERAPIA PARA TRATAMENTO DE LESÕES ORAIS EM PACIENTE COM PANCITOPENIA: UM RELATO

DE CASO ................................................................................................................................................136

LESÃO DE PELE: HIDROGEL X PAPAÍNA, OPÇÃO NA GESTÃO DE CUSTOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE

ENSINO DA CIDADE DO RECIFE/PE ........................................................................................................138

MANIPULAÇÃO DO CREME DE PAPAÍNA COMO TERAPIA INOVADORA E EFICAZ NO TRATAMENTO DE

FERIDAS .................................................................................................................................................140

MASSAGEM TERAPÊUTICA EM RECÉM-NASCIDO PREMATURO: ............................................................142

RELATO DE EXPERIÊNCIA .......................................................................................................................142

METODOLOGIA KAIZEN NA REESTRUTURAÇÃO DA DISPENSAÇÃO INTERNA DA FARMÁCIA DO INSTITUTO

DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA (IMIP) ................................................................144

METODOLOGIA KAIZEN NA REORGANIZAÇÃO DO ESTOQUE DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-

HOSPITALARES (MMH) NA UTI CLÍNICA DO INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO

FIGUEIRA (IMIP) ....................................................................................................................................146

MUCOPOLISSACARIDOSES: EVOLUÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE PACIENTES ATENDIDOS EM CENTRO DE

TRATAMENTO DE ERROS INATOS DO METABOLISMO ...........................................................................148

MUCOSITE ORAL: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM UM SERVIÇO DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA DO RECIFE 150

NOTIFICAÇÕES DE AUDITAGEM INTERNA À GESTÃO HOSPITALAR NA CONTRIBUIÇÃO DE CENÁRIOS DA

QUALIFICAÇÃO EM SAÚDE ....................................................................................................................152

OTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DOS ANTINEOPLÁSICOS INJETÁVEIS POR MEIO DO APROVEITAMENTO DAS

SOBRAS COM ESTABILIDADE .................................................................................................................154

OTIMIZAÇÃO DOS GASTOS COM MEDICAMENTOS FORNECIDOS PARA PÓS-QUIMIOTERAPIA ..............156

PATOLOGIAS NOTIFICÁVEIS: LEVANTAMENTO QUANTITATIVO EM UMA UNIDADE DE PRONTO

ATENDIMENTO EM IGARASSU (PE) NO ANO DE 2016 ............................................................................158

PERFIL DOS PACIENTES EM TRATAMENTO AMBULATORIAL COM ANTINEOPLÁSICOS ORAIS E AVALIAÇÃO

DA ADESÃO À TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA .....................................................................................161

PLATAFORMA DE GESTÃO E APOIO À PESQUISA DO INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF.

FERNANDO FIGUEIRA (IMIP) ..................................................................................................................163

PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, HIV-AIDS E GESTAÇÃO NÃO PROGRAMADA

DENTRO DE UM SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: UMA EXPERIÊNCIA EM UMA UNIDADE DE

PRONTO ATENDIMENTO .......................................................................................................................165

PROGRAMA DE REABILITAÇÃO FÍSICA NA FASE AGUDA APÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: RELATO

DE EXPERIÊNCIA ....................................................................................................................................167

PROJETO ORGANIZACIONAL DE CUSTO POR RESIDENTE DO HOSPITAL DOM MALAN ............................169

PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA GUIADA POR ULTRASSONOGRAFIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ...............171

ÁREA DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS EGRESSOS DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA

FAMÍLIA DO IMIP/PE: UMA ANÁLISE DO PERÍODO DE 2007-2016 .........................................................173

REESTRUTURAÇÃO DO SERVIÇO DE ARQUIVO MÉDICO E ESTATÍSTICO (SAME) DO INSTITUTO DE

MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA (IMIP) ......................................................................175

REESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA IMCAPH COMO FERRAMENTA NO MONITORAMENTO DO

FATURAMENTO DE CONTAS HOSPITALARES..........................................................................................177

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO DA METODOLOGIA KAIZEN NAS SECRETARIAS

ACADÊMICAS DO IMIP ...........................................................................................................................179

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE FISIOTERAPEUTAS ACERCA DE REUNIÕES CLÍNICAS MULTIDISCIPLINARES EM

ORTOPEDIA TRANSMITIDAS POR VIDEOCONFERÊNCIA .........................................................................181

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM AMBULATÓRIO DE

ONCOLOGIA ADULTO DO ESTADO DE PERNAMBUCO ...........................................................................183

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE NO CONTEXTO DA ESTIMULAÇÃO PRECOCE: RELATO DE

EXPERIÊNCIA TRANSDICIPLINAR ............................................................................................................185

SAÚDE INDÍGENA: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O ACOLHIMENTO HUMANIZADO AO INDÍGENA COM

NEOPLASIA NA CASA DE APOIO À SAÚDE INDÍGENA DE PERNAMBUCO ................................................187

SATISFAÇÃO COM TECNOLOGIA ASSISTIVA E REABILITAÇÃO FÍSICA EM PACIENTES COM SEQUELAS DE

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ...........................................................................................................189

SISTEMATIZAÇÃO DOS PEDIDOS, ACRÉSCIMOS E DEVOLUÇÕES DOS MEDICAMENTOS E MATERIAIS

MÉDICOS NO SETOR EMERGÊNCIA COMO FERRAMENTA NO CONTROLE DE ESTOQUE E SEGURANÇA DO

PACIENTE ..............................................................................................................................................191

SUPORTE AVANÇADO À VIDA NA CARDIOLOGIA: UM CURSO QUE SALVA VIDAS ...................................193

TEAM BASED LEARNING: UMA METODOLOGIA ATIVA PARA QUALIFICAR O PROCESSO DE

APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO TÉCNICA EM SAÚDE ...........................................................................195

TERAPIA OCUPACIONAL E PSICOLOGIA NO CENTRO DE REABILITAÇÃO DO IMIP: CONSTRUINDO LAÇOS

PARA O CONVÍVIO SOCIAL E FAMILIAR NA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA ................................................197

TRATAMENTO DE MORDEDURA ANIMAL POR CICATRIZAÇÃO DE PRIMEIRA INTENÇÃO: RELATO DE CASO

..............................................................................................................................................................199

USO DE INDICADOR DE QUALIDADE PARA REDUÇÃO DE RISCOS RELACIONADOS À IDENTIFICAÇÃO DOS

PACIENTES NO HOSPITAL PELÓPIDAS SILVEIRA .....................................................................................201

UTILIZAÇÃO DOS BUNDLES COMO INSTRUMENTO DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES

RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA DE SAÚDE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE TRANSPLANTES

..............................................................................................................................................................203

VOLTANDO À ANDAR: MUTIRÃO DE ARTROPLASTIA DO QUADRIL NO HOSPITAL DOM HELDER CÂMARA

..............................................................................................................................................................205

RESUMOS

14

ACOLHIMENTO: O PRIMEIRO PASSO PARA O ATENDIMENTO HUMANIZADO

FELIPE AUGUSTO CHAVES MACHADO, Cristiano de Souza Leão,

Antonio Cavalcanti, Juliana Maria Pinto Rego Oliveira

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

É sabido que o centro cirúrgico é uma unidade fechada onde, na maioria das vezes, o paciente

é submetido a procedimentos invasivos que, independentemente da complexidade, podem

gerar sentimentos de ansiedade, além de envolver risco, resultando na necessidade da equipe

oferecer atenção especial na recepção e durante sua permanência na respectiva unidade. Logo,

a melhor forma de acolher o paciente e realizar um atendimento humanizado que consiste em

compreender a necessidade de resgate e articulação com os aspectos subjetivos indissociáveis

dos aspectos físico-biológicos, para – além desta ideia, humanizar, é conceber uma prática na

qual profissional e usuário considerem um conjunto de aspectos: físicos, subjetivos e sociais

que compõem o cuidado à saúde. Humanizar, ainda, se refere à possibilidade de incorporar

uma postura ética de respeito ao outro, de acolher o desconhecido e reconhecermos seus

limites. nosso objetivo ao acolher o doente é deixá-lo o mais confortável possível tirando

vários estigmas e dúvidas para que o procedimento cirúrgico ocorra de forma tranquila. Dessa

forma, nós, da equipe de cirurgia, realizamos o acolhimento uma vez na semana, com médico

residente e enfermeira do setor responsável por meio de slides e aula, com objetivo de orientar

os pacientes durante todo o seu internamento (pré, trans e pós-operatório). Durante a palestra,

são ditas informações importantes, quanto ao local onde será realizado o internamento,

recepção do hospital, localização do prédio, documentos necessários para internamento

(cartão sus, cartão IMIP e guia de internamento), informando o dia e horário do internamento,

horário de chegada e principalmente o jejum a ser realizado no pré-operatório. Orientações

aos acompanhantes, alta hospitalar, retorno ao ambulatório, complicações cirúrgicas, tempo

de internação e orientações sobre o abambulatório são temas abordados. Um tópico em

especial que sempre demos muita atenção e importância é em relação à doação de sangue

pelos familiares para aqueles pacientes cuja cirurgia necessita de reserva sanguínea, visto que

os bancos de sangue estão defasados e várias cirurgias estão sendo canceladas por falta do

hemocomponente. É sabido por vários estudos que em serviços com acolhimento pré-

operatório bem feito, a taxa de complicação cirúrgica diminui. Logo, nós da equipe de

cirurgia, sempre realizamos o acolhimento.

15

Referências

Ministério da Saúde (BR). Acolhimento nas práticas de produção de saúde. Brasília: Editora

MS; 2006.

Ministério da Saúde (BR). Programa nacional de humanização da assistência hospitalar.

Brasília: Editora MS; 2003.

Puccini PT, Cecílio LC. A humanização dos serviços e o direito à saúde. Cad Saúde Pública.

2004 Out;20(5):1342-53.

Palavras-chave: Acolhimento. Enfermagem. Bloco Cirúrgico. Humanização.

16

AGULHAMENTO A SECO (DRY NEEDLING) COMO TRATAMENTO

COADJUVANTE DA DOR

GLEYDSON JOSE BEZERRA ALMEIDA, Natalya Maria Cavalcanti Vaz Galindo

Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPAE) Garanhuns

A dor é uma experiência que envolve sensações e sentimentos desagradáveis relacionadas à

lesões tissulares reais ou potenciais, ou descrita em tais termos. Pode-se apresentar

clinicamente de diversas maneiras e ser associada a múltiplos sintomas. Por isso, autores vêm

sugerindo que os fisioterapeutas tratem a dor de acordo com os mecanismos clínicos

periféricos, centrais e/ou associados, identificados durante a avaliação. A técnica do

agulhamento seco é um procedimento definido como a penetração de uma agulha sólida,

realizada sem a introdução de qualquer droga e tem seu princípio no rompimento mecânico

dos PGM que estão localizados nos músculos esqueléticos, ocasionando a dor. As vantagens e

os efeitos fisiológicos do agulhamento seco são cada vez mais documentados e incluem uma

redução imediata da dor no local e/ou generalizada restauração da gama de padrões de

movimento e ativação muscular, uma normalização da química local, alem de reduzir a

sensibilização periférica e central. Tendo em vista o exposto, os fisioterapeutas habilitados a

aplicar a técnica de agulhamento a seco, em comum acordo com a coordenação, resolveram

utilizar mais esse recurso nas sessões de fisioterapia, afim de acelerar o processo de

recuperação do paciente e reduzir o numero de sessões. No mês de julho de 2017, o

agulhamento foi introduzido como mais um recurso no tratamento de fisioterapia na unidade.

O tempo de tratamento médio consiste em 20 sessões, quando utilizado apenas o

convencional. Caso na quinta sessão o paciente não apresente melhora, introduzimos o

agulhamento a seco junto com os demais recursos. O protocolo adotado no inicio consiste em

explicar ao paciente a técnica que será utilizada, para que haja consentimento por ser um

procedimento não habitual, e a intensidade da dor é avaliada por meio da EVA (Escala Visual

Analógica de Dor). As sessões são semanais, as agulhas são aplicadas duas vezes por semana

até sumirem os sintomas. Foi realizada a busca ativa nos prontuários para identificar os casos

em que a técnica foi utilizada, um total de 55 pacientes submetidos ao agulhamento a seco,

em um período de seis meses. Dos 55 pacientes, 5 desistiram por apresentarem resistência a

agulhas, 8 abandonaram sem justificativa, tendo completado o protocolo 42 pacientes. Desses,

10 apresentaram melhora já na quinta sessão, e os demais observaram melhora significativa

17

após a quinta sessão e no máximo 10 sessões para os sintomas de dor desaparecerem. A partir

dos dados encontrados nos prontuários, pode-se concluir que o agulhamento a seco é uma

técnica bastante eficaz no tratamento da dor, ajudando a diminuir o numero de sessões quando

comparamos com a fisioterapia convencional. Observou-se também que nos casos de dor

aguda, os resultados são ainda mais rápidos. Com isso, o setor de fisioterapia conseguiu

melhorar a qualidade do atendimento, acelerando a recuperação do paciente e diminuindo

assim o tempo na fila de espera.

Referências

Affaitatti G, Constatini R, Fabrizio A, Lapenna D, Tafuri E, Giamberardino MA. Effects of

treatment of peripheral painsgenerators in fibromyalgia patients. Eur J Pain. 2011

Jan;15(1):61-9.

Cagnie B, Dewitte V, Barbe T, Timmermans F, Delrue N, Meeus M. Physiologic effects of

dry needling. Curr Pain Headache Rep. 2013 Aug;17(8):348.

Dommerhol TR, Gerwin RD. Neurophysiologic Effects of Needling Therapies. In: Fernández-

de-las-Peñas C, Arendt-Nielsen L, Gerwin RD. Tension-type and cervicogenic

headache: pathophys-iology, diagnosis, and management. Boston: Jones & Bartlett;

2010. (Contemporary Issues in Physical Therapy and Rehabilitation Medicine).

Lucas KR, Polus BI, Rich PA. Latent myofascial trigger points: their effects on muscle

activation and movement efficiency. J Bodywork Mov Ther. 2004 Jul 8(3):160-6.

Nijs J, Houdenhove B. From acute musculoske letal pain to chronic widespread pain and

fibrom-yalgia: application of painneurophysiology in manual therapy practice. Man

Ther. 2009 Feb;14(1):3-12.

Silva JA, Ribeiro-Filho NP. A dor como um problema psicofísico. Rev Dor [Internet]. 2011

Jun [cited 2018 Aug 20];12(2):138-51. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180600132011000200011&l

ng=en

Palavras-chave: Fisioterapia. Dor. Dry Needling. Agulhamento a Seco.

18

A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA DE ENFERMAGEM NA REDUÇÃO DE

GLOSAS NO FATURAMENTO

LUCIANA SILVA PEREIRA, Milena Cristina Moura Figueira, Giselma Leite da Silva

Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Olinda

O presente trabalho relata a rotina do faturamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA)

Gregório Lourenço Bezerra, situada no bairro de Tabajara, Olinda/PE, em que se verificaram

fatores promotores de glosas nas sínteses mensais da produção recebidas pela SES. Após a

implantação do novo fluxo de prontuários na unidade (2015), o novo objetivo da equipe do

faturamento passou a ser reduzir as glosas a zero. Para isso, foi criado um “checklist pré-

fechamento”, no intuito de minimizar esse problema, despertando assim a necessidade de

conhecer, identificar e extinguir seus fatores desencadeantes. Segundo Motta, a auditoria de

enfermagem trata da verificação da incompatibilidade entre o procedimento realizado e os

itens que compõem a conta hospitalar cobrados. Conforme a resolução 260/2001, que aprova

as atividades do enfermeiro auditor, o qual atua no controle e avaliação dos custos,

procedimentos realizados e faturados em uma unidade de saúde, contribuindo para minimizar

o quantitativo de glosas no faturamento. O principal objetivo deste estudo é demonstrar a

importância do enfermeiro auditor na análise pré-fechamento da produção ambulatorial

(BPA) e redução no quantitativo de glosas dos procedimentos realizados e faturados na

unidade. O estudo em evidência é retrospectivo, transversal e quantitativo, realizado em dois

momentos: a observação das sínteses de 2016, as quais apresentavam inconsistências

relacionadas ao cadastro no CNES, CEP do usuário inválido, procedimentos sem orçamento,

profissionais em desacordo com a portaria 134/2011, procedimentos não cadastrados no

serviço de classificação do CNES e CBO’s, não aprovado (ultrapassou o teto financeiro) e

aprovado parcialmente (ultrapassou o teto financeiro) e o segundo momento, elaboração de

um checklist que visa minimizar a ocorrência de possíveis inconsistências nas sínteses.

Utilizamos como referência o período de 2016/2017, onde mensalmente recebíamos as

sínteses com glosas recorrentes de causas diversas, despertando a necessidade de elaborar

roteiro de checagem antes de enviar o arquivo a SES. Diante da presença de inconsistências

geradas e apresentadas nas sínteses recebidas da SES, observou-se, no ano de 2016, a

presença de 18 ocorrências de profissionais em desacordo com a portaria 134/2011 (20%), 2

procedimentos que exigem serviço/classificação no CNES (2%), seguido de 37 ocorrências de

19

CEP inválido (41%) e 33 ocorrências de profissionais não encontrados no estabelecimento

(CNES) (36%), restando apenas 1 procedimento sem orçamento (1%). Em 2017, após a

implantação do checklist, verificou-se a ocorrência de 8 procedimentos com profissionais não

encontrados no estabelecimento (CNES) (3%) e 1 procedimento que exige serviço de

classificação no CNES. Os demais procedimentos glosados relacionaram-se a ultrapassagem

de teto financeiro, os quais foram rejeitados equivocadamente, uma vez que as UPA’s não

possuem teto fixo para realização de procedimentos. De setembro/2016 até janeiro/2017 não

foi glosado nenhum procedimento. O presente estudo ressalta a importância do enfermeiro

auditor na pré-análise de fatores determinantes de glosas e na redução das mesmas nas

sínteses mensais da produção do faturamento da UPA Olinda, a criação de um check list de

observações apresentou-se como importante ferramenta na diminuição de ocorrência de

glosas e reapresentação de procedimentos com inconsistências em nossa Unidade.

Referências

Conselho Federal de Enfermagem. Resolução 211/2007. [cited 2018 Maio 10]. Available

from: http://portalcofen.gov.br

Francisco IM, Castilho V. A enfermagem e o gerenciamento de custos. Rev Esc Enferm USP.

2002 Set;36(3):240-4.

Francisco MT. Auditoria em enfermagem: padrões, critérios de avaliação e instrumentos. 3.

ed. São Paulo: Cedas; 1993.

Motta AL. Auditoria de enfermagem nos hospitais e operadoras de planos de saúde. São

Paulo: Iátria; 2003.

Rodrigues VA, Perroca MG, Jericó MC. Glosas hospitalares: importância das anotações de

enfermagem. Arq Ciênc Saúde [Internet]. 2004 Out-Dez [cited 2010 Mar

18];11(4):210-4. Avail-able from: http://www.cienciasdasaude.famerp.br/racs_ol/Vol-

11-4/03%20-%20id%2070.pdf

Palavras-chave: Faturamento. Glosas. Auditoria. Síntese.

20

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE ESTOQUE COMO FERRAMENTA PARA

REDUÇÃO DE CUSTOS E DIVERGÊNCIAS DE INVENTÁRIO

LUISA MACIEL FREIRE DE AZEVEDO

UPA Cabo de Santo Agostinho

O gerenciamento dos estoques sem um nível satisfatório da qualidade da informação pode

acarretar uma série de agravantes para os processos internos e externos da organização, além

dos respectivos custos relacionados. Quando a acuracidade é muito baixa ou inexistente, os

riscos de faltas e sobras de produtos tornam-se impactantes, podendo causar problemas como

compras desnecessárias ou desperdício de produtos, acarretando em custos para a unidade que

poderiam ser evitados. Além disso, a falta de acuracidade dos estoques pode resultar na falta

de abastecimento de determinados itens, prejudicando a prestação da assistência à saúde nas

unidades e, consequentemente, colocando em risco o bem-estar e a vida dos pacientes. Tendo

em vista o percentual elevado de custos que os estoques oneram, o presente trabalho tem por

objetivo apresentar os procedimentos realizados na Farmácia da UPA Cabo de Santo

Agostinho, para reduzir as divergências dos inventários entre dezembro/2016 e

dezembro/2017, aumentar a acuracidade e o aperfeiçoamento do controle dos estoques, além

de redução de custos para a unidade. Durante o ano de 2017, foram corrigidos problemas

como: falha na comunicação interna do setor (através do estabelecimento do livro de

ocorrências), erros de conferência no recebimento dos produtos (através de treinamento com

os funcionários), as cotas dos setores de enfermagem (Salas Medicação, Amarela Adulto,

Nebulização, Sutura e Ambulância) foram extintas, a Central de Abastecimento Farmacêutico

(CAF) foi melhor organizada e os produtos dispostos por data de validade. A farmácia foi

igualmente organizada e os produtos dispostos por ordem de demanda, as transferências entre

os estoques passaram a ser conferidas pelas farmacêuticas e as baixas dos produtos passaram

a ser realizadas e acompanhadas diariamente. Para a elaboração do presente trabalho, foram

coletados no sistema MV2000, módulo MGES, os dados dos resultados dos inventários de

dezembro de 2016 e dezembro de 2017, bem como o custo em perdas por validade dos

referidos anos. A organização dos estoques por ordem de data de expiração de validade e por

rotatividade, o acompanhamento das transferências entre os estoques pelas farmacêuticas e a

tomada de providências em relação aos medicamentos a vencer conseguiu reduzir o

desperdício em vencidos de R$ 22.537,21 em 2016, para R$ 3.819,63 em 2017, uma redução

21

de 83,05%. Como resultado das medidas tomadas, obteve-se uma redução geral nas

divergências do inventário de +R$ 11.612,27 em dezembro/2016 para -R$ 767,79 em

dezembro/2017, o que corresponde em percentual a 8,48% e -0,39%, respectivamente. Ou

seja, o percentual de divergências no inventário de 2017 ficou dentro do limite aceitável para

o IMIP Gestão – até 2% para mais ou para menos. É importante ressaltar que, em Dezembro

de 2017, houve uma correção no procedimento de contagem dos kits nos inventários: os kits

da sala vermelha, anteriormente contabilizados em todos os inventários (procedimento não

padrão), não foram contados, gerando um saldo negativo no sistema não correspondente à

realidade. A partir dos resultados positivos obtidos nas soluções dos problemas apresentados

neste trabalho, conseguimos observar quais os processos são críticos para a redução de

divergências nos inventários e realizar uma intervenção nesses pontos, aperfeiçoando o

controle e a acuracidade dos estoques e reduzindo os custos da unidade.

Referências

Drohomeretski E, Favaretto F. O impacto dos processos de controle de inventário na

acuracidade de estoque: múltiplos casos em empresas industriais da Grande Curitiba.

[XXX Encontro Nacional de Engenharia de Produção; 2010 Out 12-15; São Carlos,

SP, Brasil] [cited 2018 Abr 9]. Available from:

http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_TN_STP_113_741_15237.pdf

Drohomeretski E, Favaretto F. Um levantamento das causas efeitos da falta de acuracidade

nos estoques: um estudo exploratório. Revista Gestão Industrial [Internet]. 2010 [cited

2018 Abr 9];06(2):142-58. Available from:

https://periodicos.utfpr.edu.br/revistagi/article/view/383/481

Esser WJ. A importância do controle interno, do inventário e da auditoria para as

organizações: um estudo de caso da agropecuária Hermes Petry & CIA LTDA – ME.

[Trabalho de Conclusão de Curso]. Juína: Faculdade de Ciências Contábeis e

Administração do Vale do Juruena, Bacharelado em Ciências Contábeis; 2010. 61 p.

Venceslau FM. Gestão de Estoques: um estudo das divergências no inventário de uma

empresa de autopeças de João Pessoa PB. [Trabalho de Conclusão de Curso] João

Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, Curso de Graduação em Administração;

2009. 68 p.

Palavras-chave: Gestão de Estoques. Redução de Custos. Redução de Divergências.

22

A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO NA GARANTIA DOS DIREITOS DOS

USUÁRIOS

CLAUDIA CICERA MONTEIRO DE MORAIS, JussiKely Berto Nascimento

Mariny Pereira do Nascimento, Raissa Ranusia da Cruz Santos

UPA Barra de Jangada Senador Wilson Campos

O Sistema Único de Saúde (SUS) tem como princípio fundamental a universalização dos

serviços de saúde, legitimado na LOAS n° 8.080/1993, porém tem se mostrado frágil na

inclusão de toda a população de forma equânime na atenção pública à saúde, principalmente

nas atividades de alta complexidade e alto custo, como as Unidades de Terapia Intensiva

(UTI). Nesse contexto, a UPA de Barra de Jangada reconhece a importância do atendimento

aos usuários em todos os níveis de complexidade do sistema, e implantou o fluxo de

orientação ao Ministério Público (MP) a todos os acompanhantes de usuários internados em

lista de UTI, com o objetivo de apressurar a disponibilização da vaga, garantindo o

atendimento e o acesso ao tratamento apropriado aos usuários SUS. Para responder ao

objetivo do trabalho, foi realizada uma análise documental da legislação do SUS e de

duzentos e vinte e seis prontuários de usuários admitidos na sala de observação vermelha da

UPA Barra de Jangada, com perfil de UTI, no período determinado entre julho e dezembro

dos anos de 2014, 2015, 2016 e 2017. De acordo com o resultado, é possível verificar um

aumento considerável de usuários com perfil de vaga de UTI atendidos na unidade nos meses

de julho a dezembro de 2015, 2016 e 2017, quando comparados aos meses de julho a

dezembro do ano de 2014. Apesar disso, observa-se uma redução no tempo de espera de

disponibilização de leito de UTI nos meses de julho a dezembro de 2015 a 2017, quando

comparados aos meses de julho a dezembro do ano 2014, período em que o fluxo de

orientação ao MP, ainda não havia sido implantado. Durante o período de julho a dezembro

do ano de 2014, 37 pacientes com perfil de UTI ficaram aguardando em lista por

disponibilização de vaga. Deste total, 65% foram transferidos para leitos de UTI e 35% foram

a óbito. Já no período de julho a dezembro de 2015 a 2017, somam o expressivo valor de 189.

Deste total, 72% foram transferidos para leitos de UTI e 28% foram a óbito Após a

implantação do fluxo de encaminhamento dos acompanhantes dos usuários internados

aguardando vaga de UTI ao MP, que ocorreu no ano de 2015, observa-se que 50% dos

acompanhantes receberam orientação ao MP e os outros 50% não. Do total de casos onde os

23

familiares foram direcionados ao MP, 41% dos pacientes conseguiram acessar leito de UTI

enquanto 9% foram a óbito. Dos pacientes cujos familiares não chegaram a ser orientados ao

MP, 31% foram transferidos e 19% foram a óbito. É importante salientar que aqueles que não

receberam a referida orientação são os acompanhantes dos pacientes que precisam para

definir o perfil do leito de UTI. Outra parte dos pacientes são os que intercorrem ou têm seu

quadro clínico agravado. Nesse sentido, o direcionamento ao Ministério Público é ferramenta

importante para viabilizar e acelerar o acesso do usuário do SUS ao serviço de alta

complexidade.

Referências

Lei 8080 de 1990, Regulamento que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e

recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes

e dá outras providências. [cited 2018 Maio 05]. Available from:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm

Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 1.600 de 7 de julho de 2011, Reformula a Política

Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no

Sistema Único de Saúde (SUS), Diário Oficial da União, Brasília. (8 de Julho de

2011).

Santos C. Direito à saúde: como conseguir uma vaga na UTI? [cited 2018 Maio 07]. Available

from: https://blog.ipog.edu.br/saude/direito-sade-como-conseguir-uma-vaga-na-uti/

Palavras-chave: Acesso. Informação e Saúde.

24

A INFLUENCIA DA CONSULTA DE ENFERMAGEM NA EXECUÇÃO DE

EXAMES

ROSANE KEYLA QUIRINO DE BRITO,

Paula Moniele Marins Gondim, Talita Garngeiro

UPAE Salgueiro

A UPAE Salgueiro compõe a VII Região de Saúde. Para avaliação dos serviços prestados, são

estabelecidas metas contratuais com o monitoramento de indicadores de produção e

indicadores de qualidade, cujo não cumprimento acarreta penalização financeira.

Considerando o alto índice de perda dos exames ofertados e seu impacto no tempo de retorno

e execução de consultas médicas, padronizou-se, na unidade, que todo paciente com

requisição para ultrassonografia, endoscopia e colposcopia, seria submetido previamente à

consulta de enfermagem, para orientações e esclarecimentos. A consulta de enfermagem é

contemplada na Lei nº 7.498/86, no Decreto nº 94.406/87 e na Resolução Cofen nº 359/09.

Este estudo tem por objetivo descrever como a consulta de enfermagem possibilitou a UPAE

Salgueiro melhorar a execução de exames e reduzir o tempo de espera na fila de retorno,

favorecendo o cumprimento das metas. Foi realizada uma analise comparativa entre os

Relatórios de Pacientes Agendados e Exames Executados/Dia, através do MV-PEP, além dos

relatórios anuais de execução e do SGS – Sistema de Gerenciamento de Filas, referentes à

2016 e 2017. Resultados/Discussão: Após analise dos dados, observou-se que, em 2016,

foram agendados 823 pacientes para Endoscopia, sendo 83,6% executados, com perda de

16,4%. Em 2017, após a padronização da CE como pré-requisito ao agendamento dos exames,

foram agendados 811 pacientes, executando-se 92,10%, apresentando melhoria de 8,5% na

execução. Para Ultrassonografias, em 2016 foram agendados 3691 pacientes, sendo 71,8%

executados, com perda de 28,20%. Já em 2017, foram agendados 3.511 pacientes,

executando-se 82,43% da oferta, gerando um aumento de 10,63% na execução. O resultado

mais significativo foi observado nas colposcopias, onde em 2016 foram agendados 834

pacientes, com execução de 60,8% e perda de 39,20%. Sendo 2017, agendados 1.117

pacientes, executando 82,11% e apresentando melhora de 21,31% na execução. Estes índices

possibilitaram à unidade reduzir o tempo médio de espera na fila de retorno de 120 dias em

2016 para 45 dias em 2017, representando uma redução na espera de 62,5%. A gestão da

UPAE Salgueiro, através da padronização de que todo paciente com requisição exames seria

25

submetido previamente à Consulta de Enfermagem para orientações e esclarecimentos,

conseguiu aproveitar melhor os recursos disponíveis, aumentando a execução de exames e

reduzindo o tempo de espera na fila de retorno, contribuindo assim para o cumprimento da

meta contratual.

Referências

Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen N°544 de 2017, Revoga a Resolução

Cofen nº 159 de 1993, Consulta de Enfermagem. (09 de maio de 2017). Available

from: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05442017_52029.html

Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco. Contrato de Gestão n° 006/2014, assinado

entre a O.S. e a SES/PE (03 de março de 2014).

Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, Secretaria Executiva de Coordenação Geral.

VII Geres. Available from: http://portal.saude.pe.gov.br/unidades-de-saude-e-

servicos/secretaria-executiva-de-coordenacao-geral/vii-geres

Palavras-chave: Consulta de Enfermagem. Execução. Metas.

26

ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO DO FLUXOGRAMA DE DISPENSAÇÃO DAS

MÁSCARAS N95 NOS SETORES DA UPA SÃO LOURENÇO DA MATA.

ANNA PAULA FERRAZ CARVALHO BUARQUE DE MELO,

Natalia de Fatima de Lima Silva, Elizangela Alves Torre,

Priscylla Nunes de Macedo Oliveira

UPA São Lourenço da Mata

Na área da saúde, pode-se observar um grande risco ocupacional relacionado à probabilidade

de ocorrência de um acidente de trabalho e aos procedimentos específicos à profissão

desempenhada, podendo levar à lesão corporal, perturbação funcional e a doença. Por isso, a

adoção de normas de biossegurança no trabalho em saúde é condição fundamental para a

segurança dos trabalhadores, qualquer que seja a área de atuação, pois os riscos estão sempre

presentes. Durante o processo de trabalho destes profissionais, a prática nos cenários

assistenciais da rede de saúde os expõem a adquirir tuberculose. Considerando esta situação,e

visando a redução de riscos ao trabalhador que foram criadas medidas para evitar contágio

com a cepa causadora da tuberculose. Uma das medidas de prevenção é o uso da máscara N-

95. A principal função do respirador N95 é proteger a boca e o nariz contra as secreções

respiratórias contaminadas que estejam em contato com o ambiente. Diante do cenário

aumentado de casos de tuberculose registrados pela Unidade nos últimos anos, buscou-se

implantar um fluxo de dispensação da máscara N-95 pela segurança do trabalho para a

biossegurança na prática à assistência do paciente em precaução aérea por tuberculose

pulmonar (TB) na UPA São Lourenço da Mata, respeitando tanto critérios de troca da

máscara e conscientização do uso correto. O objetivo deste trabalho foi descrever a

implantação do fluxograma de dispensação das máscaras N-95 nos setores da UPA São

Lourenço da Mata. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa. Utilizou

como método os relatórios de estoque entrada e saída de produtos do sistema MV e fichas de

epi´s com dados dos funcionários e assinaturas. A preocupação da unidade em implementar

este fluxograma foi garantir que as fichas de controle de máscaras N-95 fossem atualizadas e

assinadas registrando que o profissional recebeu seu EPI durante sua jornada de trabalho,

fornecer orientações quanto ao seu uso, conservação e acondicionamento da máscara pela

Técnica de Segurança do Trabalho e a redução do consumo das referidas. Foi verificado que

em comparação ao ano de 2016 o ano de 2017 obteve uma redução aproximadamente 20% na

27

compra das referidas máscaras e aproximadamente 10,4% no consumo. Ressalta-se que a

implantação do formulário e controle iniciou no ano 2017. Antes da implementação do

fluxograma e treinamento, havia descontrole em relação à dispensação deste material, quanto

também ao uso e acondicionamento correto do referido. As condições impróprias de trabalho

podem dificultar a implementação de medidas de biossegurança para a tuberculose pulmonar

no ambiente hospitalar e nos procedimentos de controle de infecção hospitalar, podendo

repercutir negativamente sobre a saúde dos trabalhadores, porém com os treinamentos e

orientações sobre os procedimentos corretos do uso do epi, observamos o maior controle na

dispensação e economia no financeiro.

Referências

Souza TN. Avaliação e prevalência de infecção por Mycobacterium Tuberculosis entre os

profissionais de saúde do hospital das clinicas da faculdade de medicina da

universidade de São Paulo [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 1999.

Malveira EA, Griep RH, Fernandes CC. Explorando conhecimentos, práticas e atitudes de

alunos de graduação em enfermagem de uma universidade pública em relação à

prevenção da disseminação da tuberculose. Escola Anna Nery Revista de

Enfermagem. 2002 Ago;6(2):273-83.

Palavras-chave: Biossegurança. Tuberculose. Enfermagem.

28

ANÁLISE DESCRITIVA DAS MÃES DE BEBÊS COM MICROCEFALIA

ASSOCIADA AO ZIKA VÍRUS

LIDIANE JACINTO DO NASCIMENTO, Rebeca Luiz de Freitas,

Verônica Maria da Rocha Kozmhinsky, Maria de Fátima Pessoa de Araújo Sabino

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A doença do Vírus Zika é causada por um arbovírus transmitido pelos mosquitos Aedes

(OMS). Os sintomas mais comuns são exantemas (erupção da pele), ligeira elevação da

temperatura corporal e conjuntivite, durando em média cinco dias. Com a confirmação dos

primeiros casos de febre zika no Brasil em maio de 2015, inicialmente nos estados do

Nordeste, observou-se uma rápida dispersão do vírus para as outras regiões do país e seguiu-

se o aumento expressivo das notificações de recém-nascidos com microcefalia no Sistema de

Informação de Nascidos Vivos (Sinasc). Constatou-se ainda que os primeiros meses de

gestação das crianças que nasceram com microcefalia corresponderam ao período de maior

circulação do vírus zika na região Nordeste e que não havia correlação com histórico de

doença genética na família ou exames com padrão de outros processos infecciosos

conhecidos. Sabe-se que o período intrauterino é uma fase crítica para o crescimento e

desenvolvimento de órgãos e tecidos fetais, e que injúrias sofridas nessa fase interferem nesse

processo. A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve

de maneira adequada: o perímetro cefálico dos recém-nascidos é menor que dois desvios-

padrão da média para idade e sexo, podendo levar a alterações cerebrais e problemas no

desenvolvimento neurológico. Embora os casos recentes estejam sendo atribuídos à infecção

de mães pelo zika vírus, a microcefalia pode ser causada por doenças infecciosas, substâncias

tóxicas ou fatores genéticos ou podem estar associadas a síndromes. O objetivo desse trabalho

foi descrever o perfil dos bebês com microcefalia associada ao Zika vírus, através de um

estudo transversal, realizado no Ambulatório de Odontologia do Instituto de Medicina

Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), na cidade do Recife (Pernambuco, Brasil). Após a

aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número 1.782.930, os dados foram

coletados através dos prontuários preenchidos durante a primeira consulta no ano de 2016 e

analisados através do programa estatístico SPSS v.13.0. Um dos achados bucais encontrado

nesses pacientes é o atraso na erupção dentária, podendo se observar também a presença da

micrognatia e disfagia. É importante destacar o acompanhamento das mães e dos bebês que

29

sofreram as consequências dessa epidemia, visto que a emergência deste arbovírus e sua

associação causal com diferentes quadros clínicos e com gravidade especialmente em fetos

abre um leque de oportunidades para diversos estudos, visando maior elucidação não só das

características da doença, como também de suas manifestações clínicas a longo prazo.

Referências

Oliveira CS, Vasconcelos PF. Microcefalia e vírus zika. J J Pediatr [Internet]. 2016 Abr [cited

2018 Maio 23];92(2):103-105. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-

75572016000200103&lng=en

Oliveira WK, Cortez-Escalante J, Oliveira WT, Carmo GM, Henriques CM, Coelho GE, et al.

Aumento na prevalência relatada de microcefalia em bebês nascidos de mulheres que

vivem em áreas com transmissão confirmada de zika vírus durante o primeiro

trimestre de gravidez - Brasil, 2015. MMWR Morb Mortal Wkly Rep [Internet]. 2016

Mar;65(9):242-7. Available from: http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.mm6509e2

Palavras-chave: Gestação. Zika Vírus. Microcefalia.

30

APLICABILIDADE DE UM INSTRUMENTO DE ENFERMAGEM PARA VISITA

MULTIDISCIPLINAR EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE

TRANSPLANTES

HELOISE AGNES GOMES BATISTA DA SILVA, Stephanie Steremberg Pires

D’Azevedo, Karina Silva do Nascimento, Thaysa de Melo Caldas

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor de alta complexidade que demanda um

amplo conhecimento dos profissionais de saúde sobre o aparato tecnológico específico e os

pacientes críticos. Manter uma rotina de visitas multidisciplinares à beira do leito é

fundamental para uma melhor discussão sobre o gerenciamento de processos assistenciais,

terapias e ações envolvidas diretamente na assistência. Tendo em vista que a equipe de

enfermagem exerce um papel de vigilância integral da assistência dos doentes críticos torna-

se imprescindível a sua participação tendo em vista a melhoria no relacionamento

interprofissional. É fundamental que a equipe apresente discernimento da situação clínica dos

pacientes, tendo com enfoque das terapias utilizadas, profilaxias, dispositivos invasivos e

outros cuidados de enfermagem, com o objetivo de contribuir para cuidado seguro na UTI,

minimizando erros de comunicação e não negligenciando informações relevantes de saúde.

Aplicar um instrumento de enfermagem para visita multidisciplinar um uma Unidade de

Terapia Intensiva de Transplantes. O instrumento foi aplicado na Unidade de Terapia

Intensiva de Transplantes pelos enfermeiros assistenciais e residentes de enfermagem com

prévio treinamento pela gerente de enfermagem do setor. A construção do instrumento se deu

durante reunião com os enfermeiros, entrando em vigor em março de 2018. O instrumento é

composto por informações sociodemográficas, clínicas, nutricionais, farmacológicas,

profiláticas, uso de dispositivos e balanço hídrico que podem ser preenchidos no formato de

check-list e espaços para descrição de informações adicionais. Com o incremento desse

instrumento ao setor de UTI Transplante foi adicionado a rotina de visita aos leitos a presença

de pelo menos um enfermeiro. Com a aplicação do instrumento, foi observada uma maior

agilidade na execução de exames, transfusões de hemoderivados, diminuição da exposição

dos pacientes a procedimentos já realizados (exames de imagem, laboratoriais, culturas).

Antes da implementação do instrumento, não era possível dimensionar as praticas realizadas

com os pacientes devido à perda de informações devido à ausência a do enfermeiro na tomada

31

de decisões, durante a vista multidisciplinar. A terapêutica era centrada no cuidado da equipe

médica, sendo o papel da enfermagem apenas de executor da assistência. Outro ponto

observado foi a efetividade na comunicação entre a equipe, proporcionando uma melhor

qualidade na assistência, por meio da participação do enfermeiro ao qual se tornou mais

efetiva ao discutir condutas clínicas, juntamente com a equipe. A participação do enfermeiro a

respeito do cuidado da assistência foi otimizada pela aplicação do instrumento de visita à

beira leito. Os dados apresentados garantem uma melhor visibilidade do quadro clínico e

conduta assistencial programada para o doente. Diante do que foi exposto, esse instrumento

torna-se relevante, favorecendo a aplicação em outras unidades de terapia intensiva, a fim de

que a qualidade da assistência e a segurança do paciente seja garantida.

Referências

Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Infecções do trato respiratório: orientações para

prevenção de infecções relacionadas a assistência à saúde? Brasília: ANVISA; 2017.

Beccaria LM, Meneguesso B, Barbosa TP, Pereira RA. Interferências na passagem de plantão

de enfermagem em unidade de terapia intensiva. Revista cuidarte enfermagem

[Internet]. 2017 Jan-Jun [cited 2018 Abr 22];11(1):86-92. Available from:

http://www.webfipa.net/facfipa/ner/sumarios/cuidarte/2017v1/12%20Artigo%20Interf

er%C3%AAncias%20na%20passagem%20de%20plant%C3%A3o%20UTI.pdf

Reis LS, Silva EF, Waterkemper R, Lorenzini E, Cecchetto FH. Percepção da equipe de

enfermagem sobre humanização em unidade de tratamento intensivo neonatal e

pediátrica. Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 2013 Jun [cited 2018 Abr 23];34(2):118-24.

Palavras-chave: Unidade de Terapia Intensiva. Equipe de Assistência ao Paciente. Cuidados

de Enfermagem. Comunicação Interdisciplinar.

32

APLICAÇÃO DA METODOLOGIA LEAN COMO ALTERNATIVA PARA

REDUÇÃO DE CUSTOS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO:

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EXITOSA

CHIKA WAKIYAMA, Edijane Maria de Castro Silva,

Maria Josemere de Oliveira Borba, Luciana Bezerra de Lira

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Melhorias nos modelos de gestão são aplicadas a fim de minimizar o impacto das dificuldades

na administração pública, principalmente quando se refere a processos/custos. A gestão de

estabelecimentos de saúde é desafiadora para seus administradores, que se deparam com

receitas insuficientes, tabelas de remuneração defasadas/aumento de custos no processo da

oferta de serviço de saúde. A possibilidade de inovação/aquisição de novas competências é

uma alternativa positiva, tal qual introduzir metodologias/filosofias direcionadas a mudanças/

melhorias. O programa Lean Seis Sigma é uma filosofia direcionada para melhoria contínua

por meio da eliminação de desperdícios, para atingir um nível benchmark de eficiência em

despesas fixas. Uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) a sobra de alimentos

ocasiona desperdício durante o processo de produção. O estudo implantou, por meio da

aplicação da metodologia Lean, iniciativas de melhoria de fluxo/custo de uma UAN. Método:

Trata-se de um estudo descritivo que utilizou a metodologia Lean no Projeto Institucional a

partir da Gestão Matricial de Despesas em parceria com o Grupo Neoenergia, onde foram

selecionados cinco setores chamados “pacote” para buscar iniciativas de redução de

fluxos/processos. O “pacote” de nutrição realizou três iniciativas no período de

setembro/2017 a março/2018. Estas iniciativas foram baseada na curva ABC de consumo de

gêneros alimentícios para identificar os itens mais caros e com a maior rotatividade/consumo,

sendo selecionados: carne moída, inhame e leite. Os itens tiveram o fluxo analisado, desde a

compra até a distribuição. Na ação da carne, inicialmente realizou-se uma pesquisa com os

funcionários para avaliar aceitação da carne, depois foram realizados testes, através do peso

padrão para descongelamento das diferentes marcas e submetidas à cocção, depois comparada

à carne moída na UAN. No inhame, foi realizado pesquisa de aceitação da preparação com os

pacientes, índice de rejeito e sobra limpa, ajustes no corte, porcionamento e treinamento da

equipe. Na iniciativa do leite, foi realizado acompanhamento das diluições e per capta das

preparações. A carne moída congelada apresentou perda de rendimento entre 50% e 70% e o

33

músculo moído no próprio serviço melhor rendimento (90%) e economia (R$) de 34%. Para o

leite a economia (R$) foi de 24%. O inhame apresentou uma economia (R$) de 4%. Os

resultados analisados foram comparados ao mesmo período de ano anterior. A soma dos

valores em reais (R$) das três iniciativas possibilitou uma economia total de 26%. As ações

implantadas possibilitaram uma economia financeira para atingir um nível benchmark de

eficiência. A continuidade e monitoramento periódico dessas iniciativas são de extrema

importância para o sucesso do projeto, e disseminação desse pensamento inspirativo na equipe

de trabalho se torna um grande desafio para a ampliação dos resultados.

Referências

Ferguson D. Lean and six sigma: the same or different? Management Services [Internet].

2007 Oct [cited 2009 Feb 20];12-3. Available from: https://www.ims-

productivity.com/user/custom/journal/2006/Winter/IMSwin06p14_16.pdf.

Ferigollo MC, Busato MA. Desperdício de alimentos em unidades de alimentação e nutrição:

uma revisão integrativa da literatura. Rev Holos [Internet]. 2018 Fev;1;2018.

Available from: http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/4081

Lopes CP, Akabane GK, Barreto RM, Soares WL. A aplicação do Lean Seis sigma como

método para redução de custos nos serviços logísticos para DHL global. eGesta

[Internet]. 2010 Jan-Mar;6(1);21-45. Available from:

https://www.unisantos.br/mestrado/gestao/egesta/artigos/206.pdf

Oliveira AM, Peixe BC, Peixe AM. Custos na Área da Administração Hospitalar: estudo de

caso aplicado na organização de processos do bloco cirúrgico de hospital. In: XXIV

Congresso Brasileiro de Custos; 2017 Nov 15-17; Florianópolis; 2017.

Oliveira et al. Stock management (Gestão de estoques). Conference SEMAT 2017. Cornell

Uni-versity Library; 2018.

Palavras-chave: Lean. UAN. Custo. Seis Sigma.

34

APRIMORAMENTO TERAPÊUTICO DO USO OPIOIDES NO CONTROLE DA

DOR ONCOLÓGICA NO IMIP

MIRELLA FERNANDA SIQUEIRA SILVA, Camila Castelo Branco Rangel de

Almeida, Linaldo Francisco da Silva, Anielly Antonia Braga de Lima

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

O programa da dor foi instituído no dia 3 de janeiro de 2002, pela portaria nº 19 de 03 de

janeiro de 2002 que regulamenta o programa e preconiza a melhora na qualidade de vida em

pacientes com dor crônica. Foi criado no âmbito do SUS, baseado na demanda existente na

assistência farmacêutica, com base em dados epidemiológicos nacionais e internacionais,

considerando que a estimativa de dor crônica acomete entre 30% e 40% da população

brasileira e é considerada uma das principais causas de sofrimento humano, gerando

incapacidades e comprometimento da qualidade de vida. O objetivo deste trabalho foi avaliar

o manejo do uso de opioides no suporte a pacientes oncológicos. Foi utilizado o sistema de

estoque e dispensação do Sistema Hórus – Sistema Nacional da Assistência Farmacêutica,

para levantar dados referentes à dispensação no ano de 2017 dos opioides no programa da dor.

A escala da dor estabelecida pela OMS é divida em leve, moderada, intensa e a dor refratária

a farmacoterapia. Os dados trabalhados foram na classe dos opioides, sendo eles: morfina –

10 mg e 30 mg, liberação simples, 30 mg e 100 mg liberação controlada, codeína 30 mg e

metadona 5 mg. O levantamento do perfil de uso dos opioides na farmácia ambulatorial do

IMIP, no ano de 2017, nos mostra terapias pouco convencionais e vulneráveis a erros de

administração. O uso da codeína 30mg, pró-droga da morfina, muito difundido e bem aceito,

por se tratar de primeira escolha no manejo da dor. A discussão dar-se em cima do uso da

morfina, que quando comparado mostra-se que usa até 540 comprimidos/mês de morfina 10 e

30 mg, liberação simples, no entanto, pouco ou nada das apresentações tecnológicas de

liberação controlada. Ressaltando que os tratamentos deixam de ser eficientes ocasionando a

substituição por um opioide mais forte, contribuindo para o aumento da tolerância do

organismo. Neste caso, passa a ser utilizada a metadona, opioide potente, que requer a

experiência por parte do médico, devido a meia-vida longa e a tendência de acúmulo. No

entanto, poucas abordagens as terapias de liberação prolongada, que evitam a tolerância para

desenvolver grandes picos dos opióides. A prescrição de medicamentos de liberação

35

controlada possibilita melhor adesão e evita picos de concentração plasmática,

conseqüentemente, quadros de tolerância a droga e evolução no quadro da dor.

Referências

Costa AI, Chaves MD. Dor em pacientes oncológicos sob tratamento quimioterápico.

Maranhão: Hospital Municipal, 2011. Rev Dor [Internet]. 2012 Jan-Mar;13(1):45-9.

Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-

00132012000100008&lng=en

Ministério da Saúde (BR), Instituto Nacional de Câncer. Cuidados paliativos oncológicos:

controle da dor. Rio de Janeiro: INCA; 2001. p. 124.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria SAS/MS nº 1083,

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Dor Crônica. (02 de outubro de 2012).

Palavras-chave: Opioides. Dor oncológica. Programa da Dor.

36

APRIMORAMENTO TERAPÊUTICO NO TRATAMENTO DE METÁSTASE

ÓSSEA NO INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO

FIGUEIRA – IMIP

HAMANNDA KORALYNA DE ARAÚJO LOPES,

Camila Castelo Branco Rangel de Almeida, Mirella Fernanda Siqueira Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A Osteopatia Neoplásica representa um espectro variado de problemas clínicos, com uma

morbilidade elevada e relativamente longa. Constitui um problema freqüente no carcinoma da

mama, pulmão, próstata, rim e tiróide, sendo uma característica quase sempre inerente ao

mieloma múltiplo. Nos últimos dez anos, a ciência médica tem vindo a proporcionar avanços

significativos, na interpretação e no despontar de novos fármacos para o tratamento dos

estados de hiper-reabsorção óssea. O objetivo deste estudo foi a padronização do ácido

zoledrônico substituindo o pamidronato 90 mg com o objetivo de diminuir custos financeiros

para instituição, maior eficácia, aumentar o intervalo de tempo entre as doses e maior

rotatividade de leitos. Mediante consultas, prévio conhecimento da equipe médica e

avaliações de estudos científicos foi padronizado o medicamento ácido zoledrônico 4 mg no

elenco do IMIP, com objetivo de tratar pacientes com metástases ósseas, no mês de novembro

de 2017. Após aquisição, os pacientes em uso de pamidronato 90 mg, de uso mensal,

passaram a fazer uso ácido zoledrônico trimestralmente, exceto pacientes pediátricos da

endocrinologia e pacientes renais graves da oncologia, por existir restrições. O tratamento

com pamidronato 90 mg tem sido mais efetivo quando há a substituição da droga por ácido

zoledrônico 4 mg que é uma nova geração de bisfosfonato e parece ser o mais potente, cem

vezes mais que o pamidronato. Atualmente, o paciente em uso de pamidronato 90 mg, custa

por F.A. de R$ 33,20 e necessita de uso mensal com duração de infusão de duas a três horas.

Em contrapartida, o paciente que faz uso de ácido zoledrônico 4 mg, que custa o F.A. R$

35,00 necessita fazer uso apenas trimestral e tempo de infusão de 15 minutos, o que enaltece

não só a diminuição dos custos de R$ 99,60 para R$ 35,00 em média por infusão, mas

também a maior rotatividade de leitos. No período de novembro de 2017 até fevereiro de

2018, após três meses, a economia foi cerca de R$ 2.000,00 e até o mês atual, a média de

economia mantém a mesma, além de relatos de melhor adesão dos pacientes. A substituição

medicamentosa não se mostrou efetiva apenas na economia financeira que foi gerada, mas

37

também pela sua eficácia terapêutica e melhor custo benefício ao paciente e a instituição pela

maior rotatividade de leitos, uma vez que o paciente que faria uso mensal passou a ocupar o

leito trimestralmente.

Referências

Fleisch H. Bisphosphonates in bone disease from the laboratory to the patient. 2nd ed.

London: Partenon; 1995.

Palavras-chave: Metástase Óssea. Terapia. Economia.

38

A PRÁTICA DA FISIOTERAPIA HUMANIZADA NA UCI NEONATAL DO

HOSPITAL DOM MALAN: UM SERVIÇO ALÉM DAS TÉCNICAS

TERAPÊUTICAS

JULIANA BENEVIDES DUARTE DE SOUZA, Hamanda Medeiros

Hospital Dom Malan

A prematuridade é destacada causa básica ou associada de óbitos no primeiro ano de vida,

bem como é responsável por uma maior morbidade na infância, caracterizando-se como um

problema de saúde pública. Nascimento et al. afirmam que de acordo a Organização Mundial

de Saúde (OMS), são admitidos 15 milhões de bebês prematuros no mundo; e que no Brasil,

ocorre cerca de 279 mil partos prétermos. Os recém-nascidos pré-termos e de baixo peso ao

nascer apresentam características anatomofisiológicas singulares, que requerem uma

adaptação complexa ao meio extra-uterino, frente aos aspectos biológicos, sociais e

psicológicos. Assim, há necessidade de uma assistência atenta e competente, com suporte

técnico e social adequado para facilitar essa adaptação, que deve ser prestada durante a

hospitalização e ter continuidade após alta hospitalar. Dessa forma, a necessidade de tornar o

atendimento mais humanizado ao recém-nascido prematuro e sua família tem sido uma

preocupação constante de toda a equipe multiprofissional de saúde que atua na Unidade de

Cuidados Intermediários Neonatal (UCI Neonatal) do Hospital Dom Malan (HDM) /Gestão

IMIP, em Petrolina (PE), cujo objetivo não é somente dar alta a um bebê prematuro sem

sequelas, mas também, proporcionar conforto emocional à família para receber esse bebê após

alta. O presente estudo foi elaborado, através da experiência das fisioterapeutas da UCI

Neonatal, com o objetivo de relatar a relevância social para a população do Vale do São

Francisco, por meio de um atendimento humanizado. O Hospital Dom Malan/ Gestão IMIP

trata-se de um hospital integrante do Sistema Único de Saúde (SUS), referência em

neonatologia por ser o único serviço da rede pública da região do Vale do São Francisco que

presta atendimento à população de 53 municípios da Rede Interestadual de Saúde

Pernambuco/Bahia (PEBA). Dentre os serviços oferecidos no HDM em assistência a

neonatologia, encontra-se o setor de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCI

Neonatal), um espaço destinado para tratamento de prematuros de alto risco e/ou de recém-

nascidos que apresentam algum tipo de problema de saúde ao nascer. Por estar localizada

dentro de uma maternidade referência em atendimentos de gestação de risco, dispõe de uma

39

equipe apropriada para realizar atendimentos destes bebês prematuros, pois exigem cuidados

diferenciados de crianças maiores e de adultos por apresentarem suas peculiaridades, devido à

imaturidade de seus sistemas. Humanizar a assistência à saúde, nesse contexto, significa

comprometer-se com um conjunto de iniciativas que visam à produção de cuidados em saúde,

capaz de conciliar a melhor tecnologia disponível com a prática de acolhimento e respeito

ético e cultural do paciente. Dessa forma, visando humanizar seus atendimentos, as

fisioterapeutas da UCI Neonatal do HDM realizam não só técnicas fisioterapêuticas

comprovadas cientificamente, mas, também, realizam palestras para as genitoras sobre “banho

de ofurô” e “massagem terapêutica no recém-nascido”, com o intuito de estreitar os laços

afetivos mães-bebê e aumentar a confiança dos pais em relação à equipe. Convém destacar a

importância de adotar medidas de educação permanente e revisões periódicas das práticas

exercidas de humanização, visando melhor desempenho da equipe multiprofissional, para

com a família e o neonato assistido.

Referências

Arakaki VS, Gimenez IL, Correa RM, Santos RS, Sant’anna CC, Ferreira HC. Mapeamento

demográfico e caracterização do perfil de assistência fisioterapêutica oferecida nas

unidades de terapia intensiva neonatais do Rio de Janeiro (RJ). Fisioterapia e Pesquisa.

2017;24(2):143-48.

Bomfim EJ, Ribeiro LF. Fatores associados ao atraso do desenvolvimento neuropsicomotor

de bebês prematuros: uma revisão de literatura. Revista Eletrônica Saúde e Ciência

[Internet]. 2017 Ago;7(2):39-49. Available from:

http://www.rescceafi.com.br/vol7/n2/artigo%2004%20pag%2039-49.pdf

Diaz ZM, Caires S, Correia S. Necessidades e preocupações de pais de bebês internados numa

unidade de neonatologia. Psicologia, Saúde e Doenças. 2016;17(2):236-52.

Formiga CK, Tudella E, Marques LR, Fagundes RR, Amaral LE, Linhares MB.

Desenvolvimento motor de bebês pré-termo e a termo de 0 a 6 meses de idade.

Pediatria Moder-na [Internet]. 2015;51(12):422-26. Available from:

http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=6198

Hoffman L, Bann C, Higgins R, Vohr B. Development ouctomes of extremely preterm infants

born to adolescent mothers. Peditr [Internet]. 2015 Jun;135(6):1082-92. Available

from: http://pediatrics.aappublications.org/content/135/6/1082.long

40

Maia FE. A fisioterapia nas unidades de terapia intensiva neonatal. Revista Faculdade de

Ciências Médicas de Sorocaba. 2016;18(1):64-5.

Martins RA, Farinelli MR, Costa KA. Família e serviço social: reflexões acerca da

experiência na unidade de terapia neonatal e pediátrica da UFTM. Serviço Social e

Saúde [Internet]. Campinas, 2013 Jul-Dez;12(2);171-184. Available from:

https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/sss/article/view/8639493/0.https://doi.

org/10.20396/sss.v12i2.8639493

Silva CC. Atuação da fisioterapia através da estimulação precoce em bebês prematuros.

Revista Eletrônica Atualiza Saúde. 2017 Jan-Jun;5(5)29-36.

Silva CM, Castro JC, Pontes MG, Venancio RC. A importância da fisioterapia respiratória em

recém-nascidos na unidade de terapia intensiva. Rev Conexão Eletrônica [Internet].

2017;14(1):1987-94. Available from: revistaconexao.aems.edu.br/wp-

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Zeni EM, Mondadori AG, Taglietti M. Humanização da assistência de fisioterapia em unidade

de terapia intensiva pediátrica e neonatal. ASSOBRAFIR Ciência [Internet]. 2016

Dez;7(3):33-40. Available from:

http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/rebrafis/article/view/24391/20674

Palavras-chave: Fisioterapia. Humanização. Fisioterapia Neonatal.

41

ARTE, CULTURA E LAZER COMO PROPOSTA DE HUMANIZAÇÃO DO SETOR

DE PSICOLOGIA NO HOSPITAL DOM HÉLDER CÂMARA

MARIA CASSIA DE MORAES, Camila D´Assunção Feitosa

Hospital Dom Helder Camara

A hospitalização, independente da gravidade da doença, é um processo que causa medo e

insegurança. Silva cita que a hospitalização, por mais simples que seja o motivo, tende a levar

a uma experiência negativa. Os desconfortos físicos, moral, espiritual e o medo da morte

podem gerar sofrimentos. Os hospitais são estruturados de modo a facilitar o trabalho dos

profissionais, favorecendo um tratamento eficiente a um grande número de pessoas, assim

sendo, em alguns casos, os pacientes são distribuídos por unidades, de acordo com seu

diagnóstico e, então, submetidos a normas e rotinas rígidas e inflexíveis. Isso favorece um

ambiente de solidão e isolamento que pode gerar ansiedade, angústia e insegurança. Além do

estresse fisiológico produzido pela própria doença, a hospitalização provoca mudanças de

ambiente físico, social e nas atividades diárias do paciente, de modo a afetar todo o seu

sistema de vida. Volicer, citado por Farias, diz que, “a experiência de estresse psicossocial,

vivenciado na hospitalização, afeta o processo de recuperação da doença”. Observa-se que os

hospitais, na sua maioria, não oferecem nenhuma atividade de lazer aos seus pacientes. Desse

modo, os pacientes ficam horas e horas inertes no leito, mergulhados na sua dor, em seus

pensamentos e preocupações. Por isso, deve-se proporcionar a esses pacientes algum tipo de

lazer, respeitando as condições e preferências de cada um. De acordo com Beuter, o ambiente

hospitalar deve irradiar saúde. A autora segue citando que o hospital deveria ter como

objetivo promover a humanização de forma a proporcionar bem-estar durante a

hospitalização, oportunizando um ambiente mais familiar e mais humano. “As atividades de

lazer, por estarem diretamente ligadas com o prazer intrínseco de quem participa, ocupam a

mente e o corpo, e, por conseguinte, não os deixa tornarem-se ociosos”. De acordo com

Oliveira, no ambiente hospitalar, o lazer é necessário “não só para amenizar a permanência do

paciente no hospital, mas também, para estimular a socialização, a afetividade, o bem-estar

físico e mental, enfim, o resgate da parte saudável do paciente e a sua qualidade de vida”.

Pensando em proporcionar maior qualidade de vida ao paciente internado e a seus

acompanhantes, o setor de psicologia propõe atividades de arte, cultura e lazer no Hospital

Dom Helder Câmara, que são realizadas através de oficinas, músicas, palestras, atividades

42

lúdicas, culturais, entre outras, proporcionando também uma maior interação entre os

pacientes, acompanhantes e funcionários, desenvolvendo a humanização em saúde e o

cuidado integral do paciente.

Referências

Beuter M. Atividade lúdica: uma contribuição para a assistência de enfermagem às mulheres

portadoras de câncer [dissertação]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa

Catarina; 1996.

Oliveira GL. Experiência de recreação com crianças portadoras de sofrimento psíquico.

Encontro Nacional de Recreação e Lazer; 2001, Natal. Anais... Natal: CEFET (RN);

2001.

Silva AS. A pessoa enferma e a hospitalização: o enfermeiro nesse contexto [dissertação]. Rio

de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro; 1992.

Seitz EM. Biblioterapia: uma experiência com pacientes internados em clínica médica.

Florianópolis: Habitus; 2006. 95 p.

Palavras-chave: Arte. Cultura. Lazer. Humanização. Psicologia Hospitalar.

43

ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PARA REDUÇÃO DOS GASTOS

NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA ATRAVÉS DA MUDANÇA NO USO DE

EQUIPOS PARA QUIMIOTERAPIA

INGRID DE PAIVA BORMANN, Keityane Leacarla Bezerra da Silva, Camilla Castelo

Branco Rangel de Almeida, Regina Reis Ferreira da Silva Pereira

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

O Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) é centro de referência na área

de oncologia, funciona desse 2004, atualmente reconhecido como Centro de Assistência em

Alta Complexidade em Oncologia (CACON), em 2017 foram realizados 2.125

quimioterapias/mês. No segundo semestre de 2015, iniciou uma crise

social/financeira/política no Brasil que se encontrava na contramão das necessidades

assistenciais da população oncológica crescente. Devido ao cenário político-econômico,

percebeu-se a necessidade de reduzir os custos, e, então, a equipe multidisciplinar definiu

algumas mudanças, dentre elas a melhor utilização dos equipos, visando a redução dos custos

sem prejudicar a assistência ao paciente. O estudo foi realizado no Serviço de Oncologia

Adulto do IMIP. A farmácia levantou o custo de cada equipo, elaborou uma tabela

considerando tempo de infusão e propriedades dos quimioterápicos, após aprovação da equipe

multidisciplinar, foi apresentado e aplicado pela equipe de enfermagem. O equipo de Bomba

de infusão foi definido que seria utilizado apenas para infusão dos anticorpos monoclonais

(Rituximabe, Infliximabe entre outros), soluções de 500 ml em três horas de infusão, solução

de 1.000 ml com infusão a pratir de quatro horas, volumes menor ou igual a 300 ml em duas

horas ou volume menor ou igual a 100 ml a partir de uma hora; o equipo PVC free seria

utilizado apenas para as drogas que apresentam interação com o PVC (paclitaxel, cabazitaxel,

docetaxel e teniposídeo), O equipo fotossensível seria utilizado apenas para medicações que

sofrem alterações com a luminosidade em longa infusão (metotrexate, doxorrubicina,

dacarbazina, carboplatina, daunorrubicina, fluorouracil). A comparação foi de janeiro a abril

de 2017, ao mesmo período do ano de 2018, sem aumento significativo na quantidade

quimioterapias manipuladas, foi verificada a redução de 32,4% do custo com equipos. A

economia foi de R$ 17.926,52. Essa definição em grupo conscientizou a equipe para uso

adequado do material, bem como gerou a diminuição do custo, sem prejudicar a assistência ao

paciente.

44

Referências

Relatório mensal estatístico complexo hospitalar março 2018. Departamento de Qualidade e

Análise Institucional; 2018. p. 15.

Vieira FS, Benevides RP. O direito à saúde no Brasil em tempos de crise econômica: ajuste

fiscal e reforma implícita do estado. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas

[Internet]. 2016;10(3):1-28. Available from:

http://periodicos.unb.br/index.php/repam/article/view/21860/pdf

Palavras-chave: Equipe Multiprofissional. Redução de Custos. Serviço Hospitalar de

Oncologia.

45

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COMO COMPONENTE DA EQUIPE

MULTIPROFISSIONAL EM REUNIÕES CLÍNICAS DO TRANSPLANTE

CARDÍACO

KARINA SILVA DO NASCIMENTO, Stephanie Steremberg Pires D’Azevedo,

Thaysa de Melo Caldas, Heloise Agnes Gomes Batista da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

De acordo com a II Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco, o principal tratamento de

escolha frente à insuficiência cardíaca classe III/IV refratária ao tratamento clínico

convencional é o transplante. Com a existência nas instituições transplantadoras de reuniões

multiprofissionais, administrativas e científicas sobre essa temática, o enfermeiro, como parte

integrante, é capaz de contribuir positivamente nesse processo, colaborando com as

modalidades terapêuticas, estratégias de ensino/pesquisa e outros assuntos pertinentes ao

cuidar, além de ser o profissional mais presente e por isso capaz de detectar de forma precoce

as condições de saúde e doença do paciente. Essas informações devem ser compartilhadas

com outros profissionais para a adoção de condutas, de acordo com as necessidades

apresentadas. A participação do enfermeiro na equipe multiprofissional em transplante amplia

o reconhecimento e seu espaço, tornando-o mais valorizado e integrando de forma positiva

todos os processos que envolvem o transplante. O objetivo deste trabalho foi relatar o papel

do enfermeiro como componente do grupo multiprofissional em reuniões clínicas do

transplante cardíaco. Semanalmente, desde 2012, profissionais de várias áreas da saúde:

psicólogo, assistente social, enfermeiro, cardiologista, cirurgião cardiovascular, fisioterapeuta

e nutricionista que atuam com pacientes, durante o processo de transplante cardíaco, se

reúnem para discutir os casos em pré-lista, listados na central de transplante e em pós-

operatório, aguardando alta hospitalar. Durante cada encontro, são trazidas condutas clínicas

mais recentes, exames laboratoriais e de imagem e encaminhamentos e orientações a cerca de

condições sociais, psicológicas e nutricionais de cada paciente. A participação da enfermagem

no grupo possibilita que os aspetos mais relevantes sejam apresentados em reunião, tais como

adesão à terapêutica, realização de exames, queixas apresentadas pelos pacientes, ansiedade e

principais dúvidas referentes ao procedimento, de forma a contribuir com a melhoria na

prestação dos cuidados à saúde, possibilitando educação continuada. A iniciativa de reuniões

clínicas com a formação de um grupo multiprofissional no contexto do transplante cardíaco é

46

tida como apoio extra no momento da tomada de decisões, a cerca das condutas nesse tipo de

paciente. Cada profissional possui papel relevante frente às demandas desse tipo de doente

que, por vezes, torna-se fragilizado pela própria condição de saúde e/ou social necessitando de

apoio integral à saúde.

Referências

Bacal F, Souza-Neto JD, Fiorelli AI, Mejia J, Marcondes-Braga FG, Mangini S, et al. II

Diretriz brasileira de transplante cardíaco [Internet]. Arquivos Brasileiros de

Cardiologia. 2009;94(1)(1 supl.1):1-64. Available from:

http://www.scielo.br/pdf/abc/v94n1s1/01.pdf

Negreiros FD, Pequeno AM, Garcia JH, Aguiar MI, Moreira TF, Flor MJ. Percepção da

equipe multiprofissional sobre as competências do enfermeiro no transplante hepático.

Rev Bra Enfer. 2017;70(2):258-64.

Numminen O, Meretoja R, Isoaho H, Heino-Kilpi H. Professional competence of practising

nurs-es. J Clin Nurs. 2013 May;22(9-10):1411-23. Available from:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23574296

Palavras-chave: Equipe Multiprofissional. Transplante de Coração. Enfermagem.

47

A UTILIZAÇÃO DE APLICATIVO DE TECNOLOGIA MÓVEL COMO FORMA DE

MELHORAMENTO DA MOBILIDADE EM UM HOSPITAL DA REDE PÚBLICA

MARIA CECILIA MENDONÇA MELO DA ROCHA, Nathália Barros,

Pedro Albino, Jeane Couto

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Smartphones são dispositivos com sistema operacional Android que permitem a instalação de

várias funcionalidades entre elas a possibilidade de integrar com o Google Maps, a

localização por GPS, permitindo criar, assim, aplicativos que podem ajudar a solucionar

problemas de localização, difundindo a utilização em plataformas móveis. É esperado que em

ambientes que não tenham familiaridade, as pessoas apresentem problema para encontrar os

lugares que procuram, sobretudo, quando o sistema de sinalização não atende às necessidades

dos usuários. O Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), complexo

hospitalar com uma área de 69 mil m², através do SUS, proporciona serviços ambulatoriais e

hospitalares. Seus usuários têm dificuldade para encontrar o serviço que procuram,

acarretando atrasos ou a perda do atendimento, uma vez que a sinalização do complexo

hospitalar não atende à demanda informacional dessas pessoas. A Teleducação do Núcleo de

Telessaúde (NTES/IMIP) desenvolveu um Aplicativo de Localização para auxiliar os usuários

a se movimentarem dentro do complexo hospitalar. Na construção do aplicativo foi adotada a

metodologia de desenvolvimento de software o modelo em cascata, dividido em cinco etapas.

Etapa I: elicitação dos requisitos do aplicativo com usuários e outros apps de localização para

definir o que seria implementado. Etapa II: descrição do sistema, interfaces, telas, e regras de

funcionamento. Etapa III: desenvolvimento do aplicativo utilizando a linguagem de

programação Java e o banco de dados JSON, e testes de funcionalidades com usuários da

equipe. Etapa IV: correção de erros apontados na fase de testes. Etapa V: lançamento do

aplicativo para o público. O aplicativo IMIP Localização foi desenvolvido para resolver, de

forma rápida e com baixo custo, o problema da má sinalização que interferia diretamente no

cumprimento dos horários dos atendimentos dos pacientes do complexo hospitalar, facilitando

o deslocamento dentro do Imip. Inicialmente, o aplicativo é compatível a smartphones com

sistema operacional Android, disponível gratuitamente na loja de aplicativos Google Play e

opera off-line. O aplicativo tem como função deixar, no menor espaço de tempo, o usuário no

local que ele deseja chegar, partindo de cinco pontos de localização dentro do IMIP. O

48

lançamento foi em junho de 2017, e foram realizadas 854 instalações, nas diversas versões do

Android. A avaliação média do aplicativo pelos usuários foi de 4,63, numa escala de 0 a 5, e

pelo rápido acesso às informações, surge como estratégia para solução de problemas. A cada

dia um número maior de pessoas utiliza aplicativos para otimizar seu tempo já que facilitam o

acesso às informações em qualquer lugar, a qualquer hora. Assim, entendemos que, o IMIP

Localização pode contribuir com a melhoria da qualidade de vida dos usuários, uma vez que

reduz o tempo desprendido para locomoção e efetivo atendimento.

Referências

Buiol F, Dal Bianco CM. Para onde vou: aplicativo para localização de lugares em cidades.

In: Anais do EATI, 7(1);158-161. Frederico Westphalen, RS: EATI; 2017.

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Pressman RS. Engenharia de Software. Porto Alegre: AMGH; 2011.

Schonarth M. Findway: aplicativo para auxiliar a mobilidade em ambientes indoor. Lajeado:

Univates; 2017.

Palavras-chave: Tecnologia. Aplicativo Android. Localização.

49

AVALIAÇÃO DA ADESÃO E RETENÇÃO DE CONHECIMENTO DA EDUCAÇÃO

PERMANENTE BASEADA NA PROBLEMATIZAÇÃO E EM

ACOMPANHAMENTO TUTORIAL

MARIANA LUIZA DE ACIOLY RODRIGUES, Flaviana Cristina Santiago Maciel

Fernandes, Viviane Fragoso de Souza, Maria Carolina Martins De Lima

Hospital Pelópidas Silveira (HPS)

O foco da Educação Permanente baseia-se no conceito de ensino problematizador, o qual

considera que a construção do conhecimento ocorre no cotidiano das instituições de saúde a

partir dos problemas vivenciados pelos profissionais, gestores e usuários. Desafios da

Educação Permanente do Hospital Metropolitano Oeste Pelópidas Silveira incluem: garantir o

nível de conhecimentos básicos e capacitar o corpo clínico nos conhecimentos atuais em cada

área. O objetivo deste trabalho foi avaliar a adesão e retenção de conhecimento de uma

estratégia em educação permanente presencial para técnicos de enfermagem do Hospital

Metropolitano Oeste Pelópidas Silveira baseada na problematização e acompanhamento

tutorial. Estudo de corte transversal, realizado a partir de questionário estruturado com duas

sessões. A adesão foi analisada com base na frequência dos participantes às atividades

presenciais da Educação Permanente da Instituição no segundo trimestre dos anos 2014 e

2015. Retenção de conhecimentos foi avaliada no grupo de técnicos de enfermagem da

Unidade de Terapia Intensiva, através da reaplicação dos pós-testes usados em agosto de

2015, 12 meses após o treinamento inicial. Essas questões relacionaram-se aos temas: 1)

Procedimentos e Fluxos após Óbito: Preparo do Corpo; 2) Cuidados de Enfermagem na

Deglutição; 3) Cuidados de Enfermagem no Recebimento e Conservação da Nutrição Enteral

e 4) Importância da Higiene da Cavidade Oral do Paciente. Na primeira etapa, foram

avaliados dados sociodemográficos e opinião de 143 técnicos de enfermagem sobre estratégia

de Educação Permanente Presencial baseada em problematização e acompanhamento tutorial;

na segunda, foi avaliada adesão dos técnicos de enfermagem à estratégia; e na terceira, foi

avaliada retenção de conhecimento. Observou-se concordância com os aspectos positivos do

treinamento relacionados à estrutura, equipe, aspectos metodológicos e motivacionais da

Educação Permanente. O percentual total de adesão foi de 85%. Quanto à retenção de

conhecimento, o percentual total de acertos nos testes realizados 12 meses após o treinamento

inicial foi de 52%. As perguntas nas quais mais de 50% dos respondentes acertaram

50

relacionava-se aos temas 1 e 3. Os aspectos positivos do treinamento, incluindo estrutura,

equipe e aspectos metodológicos e motivacionais podem influenciar a adesão de técnicos de

enfermagem a um programa de Educação Permanente Presencial. A literatura aponta que

retenção a longo prazo entre profissionais de saúde varia de 65 a 75%. Nossos dados quanto a

retenção a longo prazo dos conhecimentos entre profissionais de enfermagem da Unidade de

Terapia Intensiva sugerem que estratégias múltiplas devem ser utilizadas, particularmente

para temas de fronteira entre a atuação da enfermagem e outras áreas do cuidado.

Referências

Araújo ES, Jacob-Corteletti LC, Abramides DV, Alvarenga KF. Capacitação de agentes

comunitários de saúde na área de saúde auditiva infantil: retenção da informação

recebida. Rev CEFAC [Internet]. 2015 Abr [cited 2015 Nov 27];17(2):445-53.

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(DC): National Academies Press (US); 2010.

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innovative strategy in a tertiary specialized health unit. In: Callaos N, Carrasquero JV,

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Unidos da América. Orlando: International Institute of Informatics and Systemics;

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Professor Fernando Figueira, Hospital Pelópidas Silveira. POP-EPP: procedimentos

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62342009000600011&lng=en.

Palavras-chave: Educação Continuada. Aprendizagem Baseada em Problemas. Modelos

Educacionais. Avaliação Educacional.

52

AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO NIR NA UPA SÃO LOURENÇO DA MATA

NO PERÍODO DE ABRIL/2017 A ABRIL/2018

PRISCYLLA NUNES DE MACEDO OLIVEIRA, Márcia Bárbara Leôncio Oliveira,

Anna Paula Ferraz Carvalho Buarque De Melo, Luiz Marcelo Correia Júnior

UPA Professor Fernando Figueira – São Lourenço da Mata

Unidade nem sempre conte com condições adequadas de trabalho, em termos de quantidade

de pessoas e recursos materiais, para a realização de assistência qualificada. O trabalho com

indicadores é o primeiro passo na evidência de transparência nas ações de uma instituição.

Dentre os indicadores hospitalares de produção, padronizados pelo Ministério da Saúde (MS),

o indicador média de permanência é um dos principais e tem grande importância para a

Gestão de Saúde. Esta pesquisa tem como objetivo analisar o tempo de permanência dos

pacientes, após a solicitação de transferência para a central de leitos, onde foi percebida uma

demora nessas remoções, onde foi implantado em abril/2017 um núcleo para monitorar esse

tempo de espera, quais são as dificuldades encontradas pela equipe e quais as soluções

tomadas para reduzir o tempo de espera, visando o controle de qualidade da unidade, devido

às causas e consequências do tempo de espera dos pacientes para serem transferidos para os

centros de referência. Tratou-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa. O local

pesquisado foi a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas, UPA Professor Fernando Figueira,

localizada na Cidade de São Lourenço da Mata (PE). Os dados foram coletados utilizando a

planilha do NIR (Núcleo interno de regulação), baseada no método Kanban. Foram coletados

o tempo de permanência dos pacientes relacionado ao período do ano e ao número de

atendimentos, como também a resolutividade das transferências, então foi percebido que um

dos pontos que melhorou neste estudo com a implantação do NIR é que em abril de 2017 o

tempo de permanência de 36 horas ou mais na unidade, gerava em torno de 10% e durante um

ano, com o acompanhamento diário, esse percentil reduziu para 2%. Outro fator é o tempo de

permanência dos pacientes com menos de 12 horas que nesse mesmo período gerava em torno

de 70%, com aumento para 86% em abril/2018. Também houve uma avaliação positiva em

relação à necessidade de transferências, onde 96% dos pacientes atendidos na UPA,

conseguem a resolutividade na unidade, sendo transferido uma média de apenas 4%.

Estratégias para melhora da qualidade nos serviços de emergência devem estar focalizadas

nas necessidades do paciente, não indo só ao encontro dos resultados esperados pelo gestor.

53

Devem-se levar em consideração as necessidades da instituição, e também suas

responsabilidades e expectativas sobre o cuidado.

Referências

Albino MR, Grosseman S, Riggenbach V. Classificação de risco: uma necessidade inadiável

em um serviço de emergência de qualidade. Arquivos Catarinenses de Medicina

[Internet]. 2007 Fev [cited 2018 Fev 10];36(4):70-75. Available from:

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Backes DS, Backes MS, Erdmann AL, Büscher A. O papel profissional do enfermeiro no

sistema único de saúde: da saúde comunitária à estratégia de saúde da família. Ciência

& Saúde Coletiva [Internet]. 2012 [cited 2018 Mar 02];17(1):223-30. Available from:

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Baggio MA, Callegaro GD, Erdmann AL. Compreendendo as dimensões de cuidado em uma

unidade de emergência hospitalar. Revista Brasileira de Enfermagem [Internet]. 2008

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Bittencourt RJ. A superlotação dos serviços de emergência hospitalar como evidência de

baixa efetividade organizacional [tese]. São Paulo: Escola Nacional de Saúde Pública

Sérgio Arouca (ENSP); 2010.

Committee on the future of emergency care in the united states health system. Hospital based

emergency care: at the break in point. Washington, DC: National Academies Press;

2007.

Dias Filho AD, Sousa MP, Castanheira PH, Santana RR. Acolhimento com classificação de

risco: humanização nos serviços de emergência. [Trabalho de conclusão do Curso].

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http://revista.universo.edu.br/index.php/1reta2/article/viewFile/311/238 2010

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32832005000300003&lng=en

54

Godói FD. Organização do trabalho em uma unidade de urgência: percepção dos enfermeiros

a partir da implantação do acolhimento com avaliação e classificação de risco.

[Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva]. Londrina: Universidade Estadual de

Londrina; 2010 [cited 2018 Mar 13]. Available from:

http://www.uel.br/pos/saudecoletiva/Mestrado/diss/109.pdf

Ministério da Saúde (BR). O SUS pode ser seu melhor plano de saúde?. Instituto Brasileiro de

Defesa do Consumidor (IDEC). 2. ed. Brasília: IDEC; 2003.

Ministério da Saúde (BR). QualiSUS? Política de qualificação da atenção à saúde. Brasília:

Ministério da Saúde; 2004. p. 1-8.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de

Humanização. HumanizaSUS: acolhimento com avaliação e classificação de risco: um

paradigma ético-estético no fazer em saúde. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2004,

48 p. (Série B. Textos Básicos de Saúde).

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo da Política Nacional de

Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2. ed. Brasília:

Ministério da Saúde; 2006. 44 p. (Série B. Textos Básicos de Saúde).

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização

da Atenção e Gestão do Sul. Acolhimento e classificação de risco nos serviços de

urgência. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. 56 p. (Série B. Textos Básicos de

Saúde).

Peinado J. Kanban: manual prático de implementação. Curitiba: Ed. Sindimental; 2001.

Pires PS. A triagem no pronto socorro. In: Calil AM, Paranhos WY. O enfermeiro e as

situações de emergência. São Paulo: Atheneu; 2007.

Regner AP, Nascimento RIM. Enfrentamento da superlotação da emergência do HNSC:

oportunizando a discussão sistêmica domodelo de atenção do HNSC. Gerência de

pacientes externos/Grupo Hospitalar Conceição. [Relatório Social] Porto Alegre;

2011.

Palavras-chave: Permanência. Transferência. Kanban. Gestão de Qualidade.

55

BIOSSEGURANÇA EM ODONTOLOGIA: UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA NA

UPA ENGENHO VELHO

MARIA GORETTI DE SOUZA LIMA, Myruska Vilela de Oliveira,

Maria das Graças Figueiredo, Bruno Gama Magalhães

UPA Engenho Velho

A Biossegurança em Odontologia é o conjunto de procedimentos realizados no consultório

odontológico com o objetivo de dar proteção e segurança ao paciente, ao profissional e a

equipe. Os profissionais de saúde bucal têm um papel fundamental na manutenção e

prevenção da saúde bucal da população, porém entra em contato com doenças

infectocontagiosas, devendo ter o controle diário da infecção cruzada que é um grande

desafio. A falta de cuidados básicos como a lavagem das mãos contribui para disseminação de

doenças que poderiam ser evitadas com medidas simples. O meio de prevenir a transmissão

de doenças é o emprego de medidas de controle de infecção como equipamento de proteção

individual (EPI), esterilização do instrumental, desinfecção dos equipamentos e ambiente e

antissepsia da boca do paciente. Este trabalho tem como objetivo demonstrar a experiencia

exitosa com a melhoria da biossegurança da Odontologia na UPA Engenho Velho em

Jaboatão. O coordenador de saúde bucal da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco

pensando na melhoria da Biossegurança em Odontologia, realizou uma capacitação com as

equipes de saúde bucal das Unidades de Pronto Atendimento. Após essa capacitação, foram

tomadas medidas para melhoria da Biossegurança nas UPAS, onde a UPA Engenho Velho,

realizou troca do armário com separações colmeias para melhoria do acondicionamento dos

instrumentais esterilizados, como também confeccionou divisórias no balcão para separação

entre a pia de lavagem de instrumentais, pia de lavagem das mãos e balcão de esterilização.

Foram comprados sacos plásticos descartáveis para proteção das canetas de alta rotação,

micromotor, fotopolimerizador, seringa tríplice e ultrassom, como também máscaras faciais

para cada profissional para sua proteção individual. A equipe de Saúde Bucal da UPA

Engenho Velho após a capacitação e a mudança dos armários melhorou consideravelmente os

cuidados de proteção tanto pessoais como de materiais e equipamentos. Nas tomadas de

decisões, reforçou o cuidado com a sua imunização (vacinação) contra hepatites e gripes,

diminuindo consideravelmente o absenteísmo; reforçou o cuidado de proteção, através do uso

adequado dos EPIs e também o cuidado com a manipulação dos materiais e equipamentos,

56

contribuindo com a diminuição de infecção cruzada. A conscientização dos profissionais de

saúde bucal com a Biossegurança é um importante meio de prevenir a transmissão de

doenças, onde a padronização e manutenção das medidas de biossegurança são essenciais para

este fim.

Referências

Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Limpeza, desinfecção e

esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo; 2010. 339 p.

Ministério da Saúde (BR). Manual ABCDE das hepatites virais para cirurgiões-dentistas.

Brasília; 2010.

Ministério da Saúde (BR), Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Princípios básicos para

limpeza de instrumental cirúrgico em serviços de saúde. [Informe técnico] Set 1,

Brasília; 2009.

Palavras-chave: Biossegurança. Odontologia.

57

BUSCA ATIVA DE INCOERÊNCIAS NO PREENCHIMENTO DAS

DECLARAÇÕES DE NASCIDOS VIVOS

ANA RAQUEL XAVIER RAMOS, Dorothy Leça Sales de Carvalho,

Éricka Roberta Conceição da Cruz, Sandra Regina Silva de Moura

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

O monitoramento dos nascimentos pode contribuir para o conhecimento da situação de saúde

de uma população, por meio da construção de indicadores que serão base do planejamento,

para a gestão e a avaliação de políticas e ações de vigilância e atenção à saúde na área da

saúde maternoinfantil. A Declaração de nascido Vivo (DNV) é um documento padronizado

pelo Ministério da Saúde, por isso o preenchimento correto das variáveis contidas na DNV

possibilita uma análise fidedigna do perfil epidemiológico dos nascimentos. Método: Foi

realizado o recorte das incoerências no preenchimento das Declarações de Nascidos Vivos

(DNV) no ano de 2016, referente ao período de janeiro a dezembro de 2017, onde foi

identificado o alto percentual de inconformidades. É realizada a análise critica diária,

realizada por profissional da Vigilância Epidemiológica Hospitalar, e tem como finalidade

além da correção da DNV, a educação em saúde dos profissionais atrelada à divulgação

periódica dos indicadores de monitoramento da intervenção. Comparando as incoerências dos

anos de 2016, ano anterior a intervenção e 2017, ano da intervenção, observou-se uma

redução de 53,2% no número de variáveis com erro. Em 2016, as principais variáveis

corrigidas foram o nome da mãe (19,5%), seguido do histórico gestacional e da idade da

genitora, ambos com 11,2%. Já em 2017, as variáveis com maior incompletude foram o

histórico gestacional (13,9%), a idade da genitora (11,4%) e a naturalidade da mãe (10,1%).

Por se tratar o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) de uma das principais

fontes de dados para a geração de indicadores de saúde sobre pré-natal, assistência ao parto,

vitalidade do recém-nascido e coeficientes de mortalidade, a DNV deve ser adequadamente

preenchida. Com a intervenção proposta, foi possível apresentar a relevância e a

responsabilidade do profissional emitente, dos dados contidos na DNV. Identificou-se a

diminuição considerável no número de variáveis com erros, bem como o maior envolvimento

dos profissionais responsáveis pelo preenchimento, nas correções e na análise dos indicadores

de monitoramento da intervenção.

58

Referências

Bonilha EA, Vico ES, Freitas M, Barbuscia DM, Galleguillos TG, Okamura MN. Cobertura,

completude e confiabilidade das informações do sistema de informações sobre

nascidos vivos de maternidades da rede pública no município de São Paulo, 2011.

Epidemiol Serv Saúde [Internet]. 2018;27(1):e201712811. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-

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Pedraza DF. Qualidade do sistema de informações sobre nascidos vivos (Sinasc): análise

crítica da literatura. Ciênc saúde coletiva [Internet]. 2012 Out;17(10):2729-37.

Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-

81232012001000021&lng=en

Schoeps D, Almeida MF, Raspantini PR, Novaes HM, Silva ZP, Lefevre F. SIM e SINASC:

representação social de enfermeiros e profissionais de setores administrativos que

atuam em hospitais no município de São Paulo. Ciênc saúde coletiva [Internet].

2013:18(5):1483-92. Available from: http://www.scielo.br/pdf/csc/v18n5/34.pdf

Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação de Saúde. Manual

de instruções para o preenchimento da declaração de nascido vivo [Internet]. Brasília:

Ministério da Saúde; 2011. (Série A. Normas e manuais Técnicos). Available from:

http://www.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/sites/88/2015/11/inst_dn.pdf

Palavras-chave: Declaração de Nascimento. Epidemiologia. Indicadores Básicos de Saúde.

59

BUSCA ATIVA DE POTENCIAIS DOADORES PARA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E

TECIDOS PARA TRANSPLANTE: UMA ANALISE COMPARATIVA

VANESSA ÁVILA GUERRA, Cristiane Russo Wanderley Gomes

Hospital Dom Helder Câmera

A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT)

do Dom Hélder Câmara (HDH) está em atividade desde 2010 e é constituída por equipes

interdisciplinares formada por equipe de enfermagem, médicos, assistente social e psicologia

com a atuação nas entrevistas familiares dos potenciais doadores, incluindo ética e a

humanização como essência do processo de doação, bem como a abordagem familiar que se

configura com o respeito aos limites da dor da perda e da decisão familiar. No contexto do

processo de doação, os profissionais de enfermagem, além de vivenciarem mais de perto os

sofrimentos dos familiares, prestam as informações para elucidar dúvidas relativas ao

diagnóstico e estado clínico dos potenciais doadores e realiza a entrevista para solicitar o

consentimento familiar da doação de órgãos e tecidos. Nesse contexto, este estudo objetivou-

se organizar todo o processo de doação de órgãos e tecidos, atuando na busca ativa diária e

acolhimento familiar, do potencial doador com morte encefálica e coração parado, sendo

fundamental dentro da estrutura do Sistema Nacional de Transplantes. Foi realizada uma

análise comparativa dos dados da CIHDOTT do HDH adquiridos do controle de doações de

órgãos e tecidos e do acolhimento humanizado na entrevista familiar. Analisar o impacto dos

resultados promovidos pela instituição no ano de 2016, com o comparativo do ano de 2017.

Os resultados demonstram que a atuação da CIHDOTT viabilizou um aumento expressivo no

número de doações de córneas no ultimo ano, número este que aponta a importância do novo

trabalho desenvolvido pela equipe de enfermagem. No ano de 2016, dos 162 potenciais

doadores viáveis para abordagem familiar, 55 (34,0%) tiveram seus familiares entrevistados

com um total de 15 (27,3%) doações efetivas de córneas. Em comparação ao ano de 2017 dos

180 potenciais doadores viáveis para abordagem familiar, 120 (66,7%) tiveram seus

familiares entrevistado, com um total de 40 (33,3%) doações efetivas de córneas, onde um

destes, foi doador de múltiplos órgãos. Para essa efetivação dos números, o acolhimento

humanizado nas entrevistas aos familiares foi de fundamental importância, sendo utilizada a

técnica de Rapport, onde se dá a comunicação eficiente por meio de cofatores que permitam

estabelecer uma relação harmônica e receptiva com os familiares. Os resultados obtidos

60

demonstram o compromisso da comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para

transplantes (CIHDOTT) do HDH-IMIP com o aumento expressivo na busca ativa de

potenciais doadores de órgãos e tecidos com doações efetivas.No entanto, fez-se necessário,

de rotina implementar no ambiente hospitalar ações de incentivo à doação, promovendo o

acolhimento com os familiares dos potenciais doadores, conscientizando e sensibilizando na

importância da doação, contribuindo de maneira efetiva para Central Nacional de

Transplantes de Pernambuco.

Referências

Corbella S, Botella L. La alianza terapéutica: historia, investigación y evaluación. Anales de

Psi-cología [Internet]. 19(2):205-21. Available from:

http://www.um.es/analesps/v19/v19_2/04-19_2.pdf

Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais, Conselho Federal de

Medicina. Resolução do Conselho Federal de Medicina nº2.173 (23 de Novembro de

2017).

Fernandes ME, Bittencourt ZZ, Boin IFS. Vivenciando a doação de órgãos: sentimentos de

familiares pós consentimento. Revista Latino-Americana de Enfermagem [Internet].

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Ministério da Saúde (BR). Portaria nº2.600. Capitulo III, Seção II. Brasília (21 de Outubro de

2009).

Registro Brasileiro de Transplante. Veículo oficial da associação brasileira de transplante de

órgãos. Dados numéricos da doação de órgãos e transplantes realizados por estado e

instituição no período Janeiro-Março 2018. (1)XXIII. Available from:

http://www.abto.org.br/abtov03/Upload/file/RBT/2018/rbt2018-leitura.pdf

Palavras-chave: Enfermagem. Acolhimento. Trasplantes.

61

CONTRIBUIÇÕES DA AUDITORIA INTERNA PARA A GESTÃO HOSPITALAR

NO CONTROLE DE RECURSOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)

GEISON CICERO DA SILVA, Greciane Soares da Silva,

Andréa de Lima Arôxa, Jennifer Caren Magalhães de Lima

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Em meio a um cenário de transição sócio demográfico e epidemiológico da população, com a

aceleração do desenvolvimento tecnológico na saúde, e de instabilidades políticas e

econômicas; é que Zunta propõe que os gastos hospitalares são crescentes e estão associados a

limitação de recursos financeiros, sendo necessário o desenvolvimento de estratégias para o

controle dos recursos institucionais, apontando a auditoria como uma importante ferramenta

nesse sentido. Nesse contexto, esse relato baseou-se na vivência da implantação da prática de

auditagem sobre um contrato de prestação de serviço firmado entre um complexo hospitalar

de referência assistencial no Sistema Único de Saúde (SUS), na região metropolitana do

Recife, e uma sociedade cooperativa de médicos anestesiologistas, situada nesta mesma

região. Essa vivência sucedeu-se em decorrência da execução de um projeto matriz de

reestruturação do serviço de auditoria interna do setor de contas médicas do referido

complexo hospitalar, que vislumbra a materialização das práticas de accountability. As

interpretações desse relato são fundamentadas pela literatura especializada na área de

auditoria em saúde. Trata-se de um estudo descritivo, analítico e transversal com uso da

técnica de relato de caso, onde o corpus da investigação constitui-se pelo monitoramento da

glosa acatada entre as equipes de auditoria de ambas as instituições, sobre as faturas da

produção de procedimentos eletivos que compreendem o período de maio de 2016 a

novembro de 2017. O trabalho tem como objeto de estudo reflexões a cerca da contribuição

do método da auditoria documental retrospectiva e in locco para a prevenção de perdas de

impacto financeiro nas instituições de saúde. O valor total das glosas acatadas no período

analisado foi de aproximadamente R$ 800.000,00 (100%), sendo 13,78% referentes à glosas

administrativas e 86,22% à glosas técnicas. Observou-se que a prática de auditagem

proporcionou a prevenção de perdas de impacto financeiro, como também, produziu cenários

de reflexões acerca da cultura local dos registros no prontuário do paciente em detrimento,

inclusive, da continuidade da assistência. Oportunizando as áreas gestoras informações que

62

subsidiem a tomada de decisões; assim como, a cogestão pelos profissionais de saúde

envolvidos na perspectiva da atuação, com foco na qualificação da prestação de serviços em

saúde.

Referências

Guerrer GF, Lima AF, Castilho V. Study of billing audits in a teaching hospital. Ver Bras

Enferm. 2015;68(3):358-63.

Morais MV, Burmester H. Auditoria em Saúde. São Paulo: Saraiva; 2014.

Motta AL. Auditoria de enfermagem nos hospitais e operadoras de planos de saúde. 5. ed. São

Paulo: Iátria; 2010.

Zunta RB. O gerenciamento de custos relativos as glosas técnicas de um centro cirúrgico: um

estudo de caso [tese]. [Internet]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Escola de

Enfermagem; 2016. Available from:

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-17052017-110901/pt-br.php

Palavras-chave: Auditoria em Saúde. Faturamento Hospitalar. Gestão Hospitalar.

63

CONTROLE DE PERDAS POR VENCIMENTO DE MEDICAMENTOS E

MATERIAIS MÉDICOS NA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO 24H DE

OLINDA.

ELIANA MARIA DUARTE DA SILVA FRANCA, Eliana Maria Duarte da Silva

Franca, Marcus Vinicíus de Oliveira Vasconcelos

UPA OLINDA

A farmácia hospitalar ocupa importante posição dentro do contexto assistencial do Sistema

Único de Saúde (SUS), sendo responsável por diversas atividades relacionadas a

medicamentos e materiais médicos, instrumentos terapêuticos com forte impacto na saúde e

no custo hospitalar. O profissional farmacêutico deve ter um rígido controle de estoque, para

gerenciar um modo de dispensação a ser adotado, criando meios estratégicos para diminuir as

perdas por vencimentos de produtos hospitalares. As perdas de insumos por vencimento

representam o maior ônus para a instituição, que podem levar a um alto custo financeiro. O

objetivo deste trabalho é compartilhar a experiência exitosa na otimização de recursos como

estratégias para controle de perdas de insumos por validade, reduzindo os custos financeiros.

Foi realizado um estudo retrospectivo comparando as perdas por validade entre os segundos

semestres de 2016 e 2017, na Unidade de Pronto Atendimento Gregório Lourenço Bezerra

(UPA Olinda). Foram realizadas medidas preventivas, desde a fase de compras baseadas no

consumo médio mensal e estoque mínimo, até a fase de distribuição prévia dos produtos com

validade próxima a expirar, através de permutas, a fim de evitar desperdício. Dentre as

estratégias implantadas, destacam-se: permutas de medicamentos e materiais médicos com as

unidades filiadas, orientação da equipe médica para racionalização e otimização de uso dos

insumos farmacêuticos, treinamentos de educação continuada com a equipe da farmácia para

realização da técnica PVPS (Primeiro que Vence, Primeiro que Sai), além da padronização

que resulta em aquisições coerentes nas licitações trimestrais, evitando desperdícios dos

insumos. Foi constatado que, após a implantação de estratégias utilizadas na gestão dos

estoques, houve redução de desperdício e de produtos obsoletos. Verificou-se através de

planilha de indicadores, uma redução de 95,01% em perdas por validade em 2017

comparativamente ao mesmo período de 2016, que representou uma redução de R$ 6.079,69

no semestre. A análise da economia mensal demonstrou em julho um valor de R$ 1.896,79,

maior redução do período, e R$ 388,13 em setembro, representando o menor valor de

64

economia do período. Os resultados demonstraram que as estratégias realizadas pelos

Farmacêuticos foram importantes para as ações implantadas na UPA Olinda, visando uma

racionalização adequada e desperdícios mínimos que levaram a redução de perdas por

vencimento e gerando uma economia em 2017.

Referências

Gonçalves AA, Novaes ML, Simonetti VM. Otimização de farmácias hospitalares: eficácia da

utilização de indicadores para gestão de estoques. In: XXVI ENEGEP, 2006 Out 9-11,

Fortale-za; 2006. Available from:

http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2006_tr450302_7149.pdf

Magarinos-Torres R, Castro CG, Pepe VL. Critérios e indicadores de resultados para a

farmácia hospitalar brasileira utilizando o método Delphi. Cad Saúde Pública

[Internet]. 2007 Ago;23(8):1791-802. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102

Novaes ML, Gonçalves AA, Simonetti VM. Gestão das farmácias hospitalares através da

padronização de medicamentos e utilização da curva ABC. In: XIII SIMPEP, 2006

Nov 6-8; Bauru; 2006. Available from:

http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/962.pdf

Palavras-chave: Medicamentos. Vencimento. Controle de Estoque. Perdas.

65

CRIAÇÃO DE INDICADOR DE QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE:

FALHAS NA IDENTIFICAÇÃO DOS PACIENTES NO HOSPITAL PELÓPIDAS

SILVEIRA

MARIA FERNANDA APARECIDA MOURA DE SOUZA, Cintya Kelly Gomes

Cavalcanti, Marialba de Morais Siqueira, Lídia Lins Sodré

Hospital Pelópidas Silveira

Indicadores de Saúde são medidas-síntese que contêm informação relevante sobre

determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema

de saúde. Não são medidas absolutas de bom ou mau desempenho, mas indicam em que

medida cumpriu determinados objetivos ou não. Sinalizam áreas com oportunidades de

melhoria. Visto a importância em prevenir eventos adversos em saúde e a relevância dos

Indicadores em Saúde no conjunto de prevenção/redução de riscos e danos aos pacientes, este

trabalho se propõe a criação e manutenção de um indicador em saúde voltado para

Identificação dos Pacientes. O Indicador foi criado em Junho de 2017. Para tal, foi feita uma

pesquisa em sites de referência em Qualidade e Segurança do Paciente e Indicadores de Saúde

a fim de verificar a existência de algum Indicador que demonstre quase falhas (Near Miss) na

Identificação dos Pacientes por meio das Pulseiras de Identificação. Os sites consultados

foram: PROQUALIS (Aprimorando as práticas de saúde) e CQH (Compromisso com a

Qualidade Hospitalar). A fórmula do indicador foi baseada em fórmulas de prevalência:

Numerador (Número de Falhas na Identificação dos Pacientes) e Denominador (Número de

pacientes internados no mês analisado.) Os dados do numerador foram obtidos por meio dos

comunicados de eventos da Instituição e das rondas/visitas realizadas pelos setores de

Qualidade, CCIH e Educação Permanente. Os dados do denominador foram obtidos através

de relatórios fornecidos pelo sistema PARI do MVPEP, que gerencia dados relativos aos

internamentos da Instituição. Na análise retrospectiva foi observado que, durante o 1º

semestre de 2017, o número de comunicados de eventos recebidos foram poucos e refletiam

subnotificação. Foram necessárias ações setoriais para melhoria na adesão do preenchimento

de comunicados de eventos afim de que a construção do Indicador ocorresse de modo

fidedigno. A partir de agosto de 2017, o quantitativo de comunicados aumentou e o indicador

começou a apresentar taxas superiores às falhas do 1º semestre de 2017. No 1º semestre de

2017, a prevalência de Falhas na Identificação foi de 5,23%. Já no 2º Semestre de 2017 a

66

prevalência foi de 11,02%. O setor que mais apresentou falhas na identificação foi a

emergência neurológica, devido a grande demanda mensal de pacientes. O setor que mais

comunicou falhas de identificação foi o setor de Imagem, que recebe um grande quantitativo

de pacientes para realização de exames. O Indicador, atualmente, está bem consolidado, é

calculado de forma mensal e tem sido útil na sinalização de oportunidades de melhorias para

os setores. Apesar de ser um processo detalhista e dependente dos dados disponíveis, ações de

adesão e cálculos mensais, a construção do indicador foi de extrema importância para

monitoração de falhas de Identificação dos Pacientes, prevenção de eventos adversos em

saúde e auxílio nas ações de melhoria.

Referências

CQH [Internet]. [cited 2018 Maio 21]. Available from:

http://www.cqh.org.br/portal/pag/inicial.php-

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira. Hospital Pelópidas Silveira

[Internet]. [cited 2018 Maio 21]. Available from:

http://www1.hps.imip.org.br/cms/opencms/hps/pt/home/.

Lippi G, Mattiuzzi C, Bovo C, Favaloro EJ. Managing the patient identification crisis in

healthcareand laboratory medicine. Clin Biochem [Internet]. 2017 Jul;50(10-11):562-

67. Availa-ble from: 10.1016/j.clinbiochem.2017.02.004. Epub 2017 Feb 6. 2017.

Proqualis [Internet]. [cited 2018 Maio 21]. Available from: https://proqualis.net/-

Palavras-chave: Segurança do Paciente. Garantia da Qualidade dos Cuidados de Saúde.

Auditoria de Enfermagem.

67

CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE LESÃO

POR PRESSÃO NO INTRAOPERATÓRIO NEUROGIRURGIA

ANDREZA GABRIELA SOUZA LINS, Cintya Kelly Gomes Cavalcanti,

Maria Fernanda Souza, Lídia Lins Sodré

Hospital Pelópidas Silveira

O Hospital Pelópidas Silveira representa um avanço significativo na assistência a saúde da

população pernambucana. A unidade atende pacientes infartados ou com outras doenças do

coração, aneurisma, acidente vascular cerebral, tumores cerebrais entre outros. É uma

instituição publica estadual voltada exclusivamente para pacientes SUS. Possui 190 leitos e

conta com uma bloco cirúrgico com cinco salas, um arsenal, um expurgo, uma farmácia

satélite. Com uma média de 86 procedimentos por mês, a equipe é composta por 58

colaboradores entre técnicos de enfermagem, enfermeiros, neurocirurgiões e anestesistas. No

que se refere aos pacientes cirúrgicos, uma das complicações mais comuns é o

desenvolvimento, durante o intraoperatório, de LPP nos estágios I e II. Elas podem ser

observadas imediatamente após a cirurgia e têm a possibilidade de evoluir rapidamente para

os estágios III e IV. Mas também podem ser observados alguns dias após a cirurgia. O

objetivo deste POP é prevenir lesão por pressão no intraoperatório em neurocirurgia. Trata-se

de um estudo descritivo de uma rotina que foi criada e implantada em janeiro 2017 para

prevenção de lesão de por pressão no intraoperatório em neurocirurga após vários eventos

relacionados à lesão de pele. A criação do POP deu-se após várias reuniões com a comissão

de pele, gerencia do bloco cirúrgico e farmacêutico. O grupo discutiu o assunto baseado em

evidencias científicas, criando três momentos para discussão de diferentes situações. Em 2017

tivemos uma quantitativo de 906 cirurgias, sendo761 (84%) da neurocirurgia e 145 (16%) da

cardiologia (Implante de Marcapasso). No decorrer deste ano, de acordo com os comunicados

de eventos estabelecidos pela instituição, houve cinco casos de pacientes que sofreram lesão

por pressão na intraoperatório em neurocirurgia. Considera-se, portanto, que todos os

pacientes cirúrgicos devam ser sistematicamente avaliados durante o período perioperatório

em relação aos fatores de risco para o desenvolvimento de LPP, subsidiando a tomada de

decisão a respeito das medidas preventivas a serem implementadas. A prevenção de LPP é

responsabilidade de toda a equipe cirúrgica.

68

Referências

Hospital Regional do Mato Grosso do Sul. POP Prevenção de LPP no Intraoperatório no HPS.

Campo Grande; 2017.

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira. Hospital Pelópidas Silveira

[Internet]. [cited 2018 Maio 24]. Available from:

http://www1.hps.imip.org.br/cms/opencms/hps/pt/home/.

Kemp M, Keithley J, Smith D, Morreale B. Factors that contribute to pressure sores in

surgical patients. Res Nurs Health [Internet]. 1990;13(5):293-301. Available from:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2236652

National Pressure Ulcer Advisory Panel. Pressure ulcer stages revised by NPUAP [Internet].

[cit-ed 2009 Sept 12]; Washington; 2007. Available from: http://www.npuap.org/.

Schoonhoven L, Defloor T, Tweel I, Buskens E, Grypdonck MH. Risk indicators for pressure

ulcers during surgery. Appl Nurs Res [Internet]. 2002;15(3):163-73. Available from:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12173167

Palavras-chave: Lesão de Pele. Intraoperatório. Neurocirurgia.

69

CUSTO EFETIVIDADE NA PRÁTICA CIRÚRGICA DIÁRIA:

COMO ECONOMIZAR OFERECENDO O MELHOR PARA O PACIENTE

OMAR JACOBINA DE FIGUEIREDO, Cristiano de Souza Leão,

Antônio Cavalcanti de Albuquerque Martins

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Apesar da crescente demanda da população, o financiamento de saúde permanece estagnado

nos últimos anos, o que tem dificultado a manutenção dos serviços de saúde com o mesmo

volume. Apesar do reajuste da tabela do sistema único de saúde estar defasado, os preços dos

materiais seguem aumentado pelas variações cambiais e inflação. No ambiente cirúrgico, os

cistos dos materiais representam um custo importante. A variedade de materiais e seus

diferentes custos permitem que o custo de um mesmo procedimento possa variar muito. Fios

de aplicabilidade semelhantes tem preços muito diferentes, a exemplo do fio de polidaxonona,

o de poliglecaprone e o de polipropileno. Foi feito um levantamento da literatura que não

demonstrou superioridade em um tipo de fio ou outro para anastomose digestivas ou

fechamento de aponeurose. De maneira semelhante foi avaliado as evidencias para uso de

drenos na cirurgias digestiva e seus respectivos tipos, evidenciando que o uso de drenos esta

cada vez mais restriro e não há vantagem em qhanto a tipo de dreno estabelecida na literatura.

Foi então realizada uma cotação dos preços dos fios e materiais de uso mais comum na

cirurgia geral. Após a cotação, foi realizado qual os materiais utilizados em cada cirurgia em

dois cenários, um com o material mais moderno e, portanto, mais caro e outro com o material

mais simples, mais barato, mas com a mesma efetividade pela luz da medicina baseada em

evidências. Dentre as cirurgias levantadas, podemos destacar a colecistectomia

videolaparoscópica que no cenário de maior gasto, custaria R$ 107,05 e no cenário de menor

custo, sairia por R$ 70,25, gerando uma economia de R$ 31,80. Por procedimento, é uma

economia anual de até R$ 23.000,00. A gastroplastia VPM tem um custo que varia de R$

752,72 para R$ 83,76 com uma economia por procedimento de R$ 669,16 e uma economia

anual de até R$ 64.000,00. E a hepatectomia parcial, em que o custo varia de R$ 1.147,46 a

R$ 291,21, com uma economia por cirurgia de R$ 896,25 e uma economia anual de até R$

10.300,00. Desta forma, apenas com mudanças de escolha do material utilizado, apenas no

serviço de cirurgia geral do IMIP, é possível uma economia no valor de até R$ 120.000,00 por

ano, sem trazer nenhuma desvantagem para os pacientes.

70

Referências

Andersen E, Søndenaa K, Holter J. A comparative study of polydioxanone (PDS®) and

polyglactin 910 (Vicryl®) in colonic anastomoses in rats. J Int J Colorect Dis

[Internet]. 1989;4: 251-54. Available from: https://doi.org/10.1007/BF01644992

Annals of Surgery [Internet]. 2010 May;251(5);843-56. Available from:

https://journals.lww.com/annalsofsurgery/toc/2010/05000

Deerenberg EB, Harlaar JJ, Steyerberg EW, Lont HE, Doorn HC, Heisterkamp J. Small bites

versus large bites for closure of abdominal midline incisions (STITCH): a double-

blind, multicen-tre, randomised controlled trial. The Lancet [Internet]. 2015

Sep;386(1000);1254-60. Available from:

https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(15)60459-7/fulltext

Diener MK, Voss S, Jensen K, Büchler MW, Seiler CM. Elective Midline Laparotomy

Closure: the INLINE systematic review and meta-analysis. Ann Surg [Internet]. 2010

May;251(5):843-56. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20395846

Gillatt DA, Corfield AP, May RE, Bartolo DC, Leaper DJ. Polydioxanone suture in the

gastroin-testinal tract. Annals of the Royal College of Surgeons of England [Internet].

1987;69(2):54-6. Available from:

https://researchers.mq.edu.au/en/publications/polydioxanone-suture-in-the-

gastrointestinal-tract

XIII SIMPEP. 2006 Nov 6-8; Bauru; 2006.

Palavras-chave: Medicina. Custo. Material Cirúrgico.

71

DA TEORIA À PRÁTICA: INSERÇÃO DO FARMACÊUTICO NA EQUIPE

MULTIDISCIPLINAR E NA SEGURANÇA DO PACIENTE NO HOSPITAL

PELÓPIDAS SILVEIRA

GIUSEPPINA PAULINO FUCALE, Juliana Lira, Angele Pedrosa

Hospital Pelópidas Silveira

Nas ultimas décadas, os estabelecimentos de saúde tem se preocupado cada vez mais com a

segurança no atendimento ao paciente. Utilizando medidas preventivas, através da inserção do

farmacêutico clínico, com objetivo de maximizar a terapia e minimizar os riscos e os custos,

promovendo assim o uso seguro e racional de medicamentos. Com a implantação da farmácia

hospitalar, o farmacêutico pôde se enquadrar em determinadas atribuições para desempenhar

a farmácia clínica, tais como: 1) Participação na elaboração de protocolos terapêuticos; 2)

Desenvolvimento de programas de farmacocinética clínica; 3) Participação em programas de

farmacovigilância; 4) Desenvolvimento de programas de farmácia clínica. Como primeiro

passo, o farmacêutico foi inserido na equipe multidisciplinar, a fim de acompanhar pacientes

da UTI Neurológica II do Hospital Pelópidas Silveira. O farmacêutico analisa a prescrição

médica por meio do sistema informatizado MV/Prontuário Eletrônico do Paciente (MV/PEP).

São avaliadas nesta fase apenas as prescrições dos pacientes da UTI Neurológica II. O

farmacêutico realiza a análise da prescrição médica utilizando referências bibliográficas e

bases de dados como a Micromedex, que está disponível no site do Ministério da Saúde para

acesso, além de artigos periódicos, livros e outros. As informações são registradas no campo

"Evolução Farmacêutica" no PEP. É inicialmente observada a evolução médica, evolução da

enfermagem, evolução nutricional e aferições, bem como o acompanhamento dos resultados

dos exames laboratoriais diários. Alguns critérios, neste momento, foram estabelecidos à

realização da farmácia clínica: 1) Clearance de creatinina; 2) Sinergismos e antagonismos; 3)

Contraindicações; 4) Interações por sonda e dieta; 5) Profilaxia de Trombo Embolismo

Venoso (TEV); 6) Profilaxia de úlcera gástrica; 7) Uso de medicamentos de alta vigilância; 8)

Uso de drogas vasoativas; 9) Uso de medicamentos de baixo índice terapêutico. A inserção do

farmacêutico na equipe multidisciplinar da unidade de terapia intensiva do Hospital Pelópidas

Silveira teve como objetivo inicial fornecer informações e orientações a equipe, contribuir

com a promoção do uso seguro e racional dos medicamentos, identificar, avaliar e prevenir

problemas relacionados ao uso de medicamentos (PRM’s). Por se tratar de um programa

72

inicial de integração do profissional farmacêutico à equipe, as intervenções realizadas foram

registradas como sugestões em prontuário eletrônico do paciente (PEP). O farmacêutico vem

conquistando mais espaço na equipe multidisciplinar do Hospital Pelópidas Silveira por suas

relevantes intervenções. A implantação propriamente dita da estrutura da farmácia clínica

espera-se um impacto positivo em relação às intervenções realizadas pelo farmacêutico

incluindo o uso racional de medicamentos, segurança do paciente e a redução de custos.

Referências

Cardenal L, Fernandes C. Intervenção farmacêutica no processo de validação da prescrição

médica. Rev Bras Farm Hosp Serv Saúde. 2014 Abr- Jun;5(2)14-9.

Costa JM, Abelha LL, Duque FA. Experiência de implantação do serviço de farmácia clínica

em um hospital de ensino. Rev Bras Farm. 2013;94(3):250-6.

Ferracini FT, Almeida SM, Locatelli J, Petriccione S, Haga CS. Implantação e evolução da

farmácia clínica no uso racional de medicamentos em hospital terciário de grande

porte. Einstein [Internet]. 2011 Dez;9(4):456-60. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-

45082011000400456&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082011ao2140

Novaes MR, et al. Guia de boas práticas em farmácia hospitalar e serviços de saúde. São

Paulo; 2009. [cited 2018 Maio 15]. Available from:

http://www.sbrafh.org.br/site/index/library/sc/7

Oliveira LM, Thiesen FV, Zimmer AR, Morrone FB, Munhoz TP. Instituto Racine [Internet].

O papel do farmacêutico em unidade de terapia intensiva. São Paulo; 2013. [cited

2018 Maio 14]. Available from: http://www.racine.com.br/o-papel-do-farmaceutico-

em-unidade-de-terapia-intensiva-uti/.

Santana GS, Oliveira GS, Ribeiro Neto LM. O farmacêutico no âmbito hospitalar: assistência

farmacêutica e clínica. 2014 Out 23-25. In: III Simpósio de Ciências Farmacêuticas

[Internet]. [cited 2018 Maio 14]. Available from: https://www.saocamilo-

sp.br/novo/eventos-noticias/simposio/14/SCF001_14.pdf

Palavras-chave: Assistência Farmacêutica. Segurança do Paciente. Evolução Farmacêutica

no PEP.

73

DESENVOLVIMENTO DOS CRITÉRIOS PARA MARCAÇÃO DOS PACIENTE

EM QUIMIOTERAPIA NO AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA ADULTO

KEITYANE LEACARLA BEZERRA DA SILVA, Vanessa Maria Carvalho Siqueira,

Itala Morgania Farias da Nóbrega, Marcela Mendonça Pacífico Cavalcanti

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Os casos de câncer tem aumentado, sendo a segunda causa de morte no mundo. No Brasil,

biênio 2018-2019, a ocorrência de 600 mil casos novos de câncer, no Estado de Pernambuco,

estima-se 23 mil e na capital, 5 mil casos novos neste ano. Em Recife, o Instituto de Medicina

Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) é considerado centro de referência que apresenta

grande oferta de assistência oncológica. Em 2015, iniciou uma crise social/financeira/política

no Brasil que se encontrava na contramão das necessidades assistenciais da população

oncológica crescente. O congelamento dos gastos com saúde desconsidera uma série de

investimentos em saúde, para manter os serviços existentes e garantir cobertura integral e

universal. De acordo com o relatório mensal de estatística do IMIP, em 2017 foram admitidos

3.318 novos casos e foram realizadas 1.492 sessões de quimioterapia no ambulatório de

oncologia adulto. Diante disso, o trabalho teve como objetivo elaborar o perfil dos pacientes

em tratamento na sala de quimioterapia do Ambulatório de Oncologia adulto, reduzir o tempo

de espera para início de tratamento e redistribuir os pacientes em tratamento de quimioterapia

para os horários da manhã e da tarde, a fim de extinguir o terceiro turno. Foram elaborados

perfis com critérios para reduzir o tempo da sala de quimioterapia sem prejuízo do

atendimento aos pacientes de forma mais organizada. O estudo foi realizado no Ambulatório

de Oncologia Adulto IMIP. Foi elaborada uma planilha sinalizando as cores, de acordo com

as agendas do sistema MV. Foram tomadas medidas para redução do tempo de espera do

paciente em tratamento. Entre elas: identificação dos pacientes, adequação do fluxo de

prontuários, critérios para marcação, admissão de pacientes novos e alteração de rotinas nos

pedidos de exames. Os horários foram estabelecidos, considerando o prazo de duas horas para

atendimento, são eles: 7, 9, 11, 13, 15 horas. O perfil 1, com 30 vagas, seria para pacientes

com consulta e exame dia anterior, quimioterapia demorada, paciente interior; o perfil 2, com

10 vagas, seria para pacientes com consulta no dia anterior ou às 7 horas no mesmo dia,

exame no dia anterior, longa duração de quimioterapia (QT); o perfil 3, com 10 vagas, seria

para pacientes que realizaram exames e consulta no mesmo dia pela manhã; o perfil 4, com 10

74

vagas, seria para pacientes que realizaram exames no mesmo dia da consulta pela manhã, da

região metropolitana, e com tempo de duração de QT curto. Diante das tabelas elaboradas e

metodologia para marcação da quimioterapia, percebe-se uma melhora na marcação. Na

admissão, é vista a necessidade por perfil, se o paciente ocupa a vaga que realmente pode

comparecer com critérios necessários. Ainda há desafios, entre eles esta a disponibilidade de

prontuários em tempo hábil, além dos pacientes comparecerem às consultas agendadas.

Referências

Departamento de Qualidade e Análise Institucional. Relatório Mensal Estatístico Complexo

Hospitalar 2018 Mar. 15 p.

Instituto Nacional de Câncer Jose Alencar Gomes da Silva, Coordenação de Prevenção e

Vigilância. Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA;

2017. 128 p.

Monteiro GA, Monteiro GA. Análise e proposta de melhoria na gestão de manutenção: um

estudo de caso em uma Unidade Hospitalar Pública. Niterói; 2017. 126 f.

Vieira FS, Benevides RP. O direito à saúde no brasil em tempos de crise econômica, Ajuste

Fiscal e Reforma Implícita do Estado Revista de Estudos e Pesquisas sobre as

Américas. 2016;10(3).

Palavras-chave: Protocolo Quimioterapia. Agendamento de Consulta. Ambulatório de

Oncologia.

75

DIAGNÓSTICO PARA TUBERCULOSE: PRINCIPAIS VANTAGENS DO TESTE

RÁPIDO MOLECULAR QUANDO COMPARADO À BACILOSCOPIA

TRADICIONAL

ISABELLY CRISTINY AQUINO DE SOUZA, Alais Daniela Prestrelo de Lima,

Felipe Mesquita da Silva, Nayara Rosane Vasconcelos Silva

Hospital Miguel Arraes

A tuberculose ainda é um grande problema de saúde pública que vem preocupando

autoridades da área de saúde, e o Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB) é uma

das ferramentas utilizada para o diagnóstico dessa doença. O TRM-TB é um teste

automatizado, acessível, ágil e de fácil execução nos laboratórios. O teste detecta, ao mesmo

tempo, o Mycobacterium tuberculosis e a resistência à rifampicina (RIF), em

aproximadamente duas horas. O objetivo deste estudo foi identificar as principais vantagens

em relação à aplicabilidade do TRM-TB em comparação com a baciloscopia, tradicional

bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR) em pacientes com suspeita de tuberculose pulmonar.

Estudo comparativo, transversal, realizado no Hospital Metropolitano Norte Miguel Arraes,

localizado na cidade do Paulista-PE, no período de 01 a 30 de abril de 2018. Para realização

do estudo, foram observados resultados dos testes do TRM-TB e BAAR, por meio do banco

de dados do laboratório no referido hospital. Foram utilizadas seis coletas para teste rápido

molecular, sendo duas positivas e quatro negativas. Dentre essas, foram identificadas duas

amostras com resistência a RIF. Já para o BAAR, foram feitas 44 coletas, sendo 42 negativas

e duas positivas. Para que o BAAR ficasse pronto, teve-se um tempo médio de 24 a 48 horas,

já ó TRM-TB, apenas duas horas. Diante desse resultado, observou-se que o tempo para

diagnóstico da doença com o novo teste é relativamente rápido quando comparado com o

BAAR. Sendo assim, o paciente poderá começar o tratamento mais rápido, diminuindo o

número de casos tratados sem confirmação laboratorial. Outra vantagem é que o teste

consegue identificar resistência ou não a RIF, que é um antibiótico comumente utilizado para

tratamento da tuberculose, sem necessidade do teste de sensibilidade, como o teste tradicional.

A exposição do profissional em relação à análise da amostra também diminui, visto que o

TRM-TB é analisado numa máquina, sem precisar de manuseio do profissional. A agilidade

na descoberta da doença pode evitar que ela seja transmitida nas populações com maior

vulnerabilidade social, reduzindo, assim, a morbimortalidade causada pela tuberculose.

76

Acredita-se que a pouca utilização do TRM-TB no hospital pesquisado dar-se pelo não

conhecimento dos profissionais envolvidos em relação à nova forma de diagnóstico. Vale

ressaltar que esse novo método é de grande importância, pois contribuirá com o início rápido

do tratamento convencional e identificação precoce da resistência a medicamentos, além da

diminuição no número de casos tratados sem confirmação laboratorial.

Referências

Furini AA, Pedro HS, Rodrigues JF, Montenegro LM, Machado RL, Franco C. Detection of

Mycobacterium tuberculosis complex by nested polymerase chain reaction in

pulmonary and ex-trapulmonary specimens. J bras pneumol [Internet]. Dec [cited 2018

May 16]:39(6):711-8. Avail-able from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-

37132013000600711&lng=en&nrm=iso

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância

das Doenças Transmissíveis. Rede de teste rápido para tuberculose no Brasil: primeiro

ano da implantação [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2015. Available from:

http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/19/rtr-tb-15jan16-isbn-

web.pdf

Palavras-chave: Tuberculose. Rifampicina.

77

DIETAS CETOGÊNICAS PARA EPILEPSIA FÁRMACO-RESISTENTE:

EXPERIÊNCIA APÓS 30 MESES EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO

PAULA AZOUBEL DE SOUZA, Larissa de Andrade Viana,

Adélia Maria de Miranda Henriques-Souza

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A despeito dos avanços no diagnóstico e tratamento da epilepsia, do aumento considerável de

novos fármacos antiepilépticos, com diferentes mecanismos de ação, aproximadamente 30%

das pessoas com epilepsia não tem controle efetivo das crises ou não toleram os fármacos

antiepilépticos (FAEs). Em 1921, Dr. R.M. Wilder propôs que os benefícios do jejum

poderiam ser obtidos, se a cetonemia fosse produzida, através de outros meios e cunhou o

termo “dieta cetogênica” (DC), que mimetiza no organismo alterações bioquímicas associadas

ao jejum. Ele propôs que a DC poderia ser uma opção terapêutica efetiva para pacientes com

epilepsia, tanto quanto o jejum, e mantida por um período mais longo de tempo. DC é uma

dieta rica em gordura, com baixo teor de carboidrato e adequada oferta de proteína, indicada

como tratamento não farmacológico efetivo para crianças, incluindo lactentes, com epilepsia

fármaco-resistente (EFR). Também indicada para adolescentes e adultos numa forma mais

palatável conhecida como dieta de Atkins modificada (DAM). O presente estudo objetiva

descrever a experiência de implementação do ambulatório especializado em dietas

cetogênicas no tratamento da EFR. Estudo observacional, de corte transversal, com lactentes,

crianças, adolescentes e adultos, de ambos os sexos, tratados de epilepsia fármaco-resistente

com dietas cetogênicas em ambulatório específico do IMIP/PE no período de dezembro de

2015 a maio de 2018. Os dados socioeconômicos, demográficos, clínicos, antropométricos e

laboratoriais foram obtidos do prontuário e das fichas de atendimento. Na análise estatística,

utilizou-se o programa SPSS®. Obteve-se uma amostra de 83 pacientes sendo 60,2% do sexo

masculino com idade média de 8 anos e 2 meses; 45,8% provenientes da RMR, 44,6% do

interior e 9,6% de outros estados. Os pacientes apresentavam EFR com uma média de 21

crises ao dia, a DC clássica foi empregada em 74,4% dos casos, enquanto a DAM foi

orientada à 25,6%. Ficaram livres de crises 26,8% da amostra, 23,2% tiveram uma redução

entre 75 e 99% de suas crises, 21,4% redução de 50 a 75% e apenas 28,6% dos pacientes

acompanhados pelo ambulatório tiveram redução inferior a 50%. No início da dieta, foi

observado erro alimentar em 83,7% dos pacientes, no entanto 64,1% encontravam-se

78

eutróficos, 10,2% desnutridos e 25,7% com excesso de peso, quando submetidos à DC, o

estado nutricional não apresentou diferença significativa (p >0,05), sendo eutrofia 63,2%,

desnutrição 7,9% e excesso 28,9%. Nos últimos anos, observa-se um crescente uso da

DC/DAM em pacientes portadores de EFR, com confirmada eficácia. De acordo com a

literatura, a presente amostra confirmou a eficácia das dietas cetogênicas. Os neurologistas

infantis e de adultos deverão estar aptos a reconhecer os pacientes candidatos a DC/DAM e

encaminhá-los o mais precoce possível aos centros especializados, evitando que sejam

ofertadas apenas como última opção terapêutica.

Referências

Kossof EH, Turner Z, Doerrer S, et al. Epilepsy today and the place of the ketogenic diet. In:

The ketogenic and modified Atkinsdiet. 6th ed. New York: Demos Medical

Publishing; 2016. p. 3-8.

Louw E, Hurk D, Neal E, Leiendecker B, et al. Review article, Ketogenic diet guidelines for

infants withrefractory epilepsy. European Journal of Paediatric Neurology.

2016;20(6):798-809.

Sampaio LP. Dietas cetogênicas e outras alternativas terapêuticas. In: Tratamento

medicamentoso das epilepsias. São Paulo: Leitura Médica LTDA; 2014. p. 207-32.

Sampaio LP. Ketogenic diet for epilepsy treatment. Arquivos de Neuropsiquiatria.

2016;74(10):842-8.

Wheless JW. History of the ketogenic diet. Epilepsia. 2008;49(Suppl. 8):3-5.

Palavras-chave: Qualidade de Vida. Doenças Neurológicas. Epilepsia. Estado Nutricional.

79

EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL: ÊXITO NO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA DA

UPA ENGENHO VELHO

MARIA GORETTI DE SOUZA LIMA, Tales Nicolas Campos,

Carmeluce Maria Barbosa, Karina Vilar Braga

UPA ENGENHO VELHO

A educação em saúde na área da Odontologia tem a finalidade de esclarecer e motivar a

população sobre a importância de bons hábitos tanto na dieta quanto na higiene bucal. A

existência de uma força motivadora contribuirá na mudança de atitude e, consequentemente,

em uma alteração de hábitos positivos, repercutindo em uma melhoria da qualidade de vida.

Esse trabalho tem como objetivo mostrar uma experiencia em educação em saúde na UPA

Engenho Velho, localizada no município de Jaboatão dos Guararapes, quanto as principais

doenças bucais, orientando a prevenção e esclarecendo sobre tratamentos e encaminhamentos.

O setor de Odontologia da UPA Engenho Velho implantou um serviço de prevenção da saúde

bucal, onde os profissionais (cirurgiões-dentistas de plantão) fazem orientações na sala

amarela e recepção, bem como distribuem kits de higiene quando são disponibilizados pela

Secretaria de Saúde. A orientação é dada de acordo com as faixas etárias presentes, por

exemplo, na sala amarela da Pediatria são realizadas orientações quanto à dieta e a higiene

bucal e na sala amarela dos adultos são dadas orientações quanto a dieta, higiene e câncer de

boca. Quando necessário, são realizadas higiene bucal com gaze e clorexidina nos pacientes

internados. Os pacientes participam da discussão sobre a saúde bucal interagindo sobre a sua

vivência e dos seus familiares e muitas vezes, através dessa prática são diagnosticados casos

de câncer bucal e lesões pré-cancerígenas, onde são encaminhados para os serviços de

referência. Através dessas atividades, também são diagnosticados casos de cárie precoce na

infância, sendo repassadas orientações às mães e fornecidos encaminhamentos para os

serviços de referência. A situação epidemiológica em saúde bucal dos brasileiros é

preocupante devido às condições socioeconômico demográfica de grande parcela da

população, repercutindo na falta de informação sobre cuidados básicos de saúde. A cárie

dentária é a doença bucal mais frequente na população e influencia consideravelmente na

qualidade de vida e bem-estar desses. Apesar do esforço das políticas públicas, observa-se que

uma parcela da população brasileira perde seus dentes muito cedo, devido à dificuldade de

acesso à assistência odontológica, somada à falta de informação dos mesmos. A educação em

80

saúde bucal em uma Unidade de Pronto Atendimento é uma medida eficaz para esclarecer e

motivar a população na melhoria do cuidado que é tão importante para manutenção da saúde e

qualidade de vida, bem como leva o profissional a não ficar engessado exercendo apenas o

papel curativo, mas também o papel preventivo, indo em busca dos pacientes, orientando-os e

consequentemente contribuindo com a melhoria da saúde bucal da população regional I de

Jaboatão dos Guararapes, área onde a UPA Engenho Velho está inserida.

Referências

Colussi CF, Calvo MC. Modelo de avaliação da saúde bucal na atenção básica. Cad Saúde

Pública. 2011;27:1731-45.

Garcia PP, Garcia S, Duarte JA, Conhecimento de saúde bucal em escolares: efeito de um

método de auto- instrução sobre os níveis de higiene oral em escolares. Pesq Bras

Odonto Ped Clin Integr [Internet]. 2009;9(3):41-6. Available from:

https://www.researchgate.net/publication/266495034/download

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde.

Política Nacional de Promoção de Saúde. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.

(Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Pactos pela Saúde 2006, 7).

Saliba NA, et al. Programas de educação em saúde bucal: a experiência da Faculdade de

Odontologia de Araçatuba. UNESP. Odontologia Clín Científ. 2003;2(3):197-200.

Palavras-chave: Educação. Saúde Bucal.

81

EDUCAÇÃO PERMANENTE: ESTRATÉGIA PARA MANUTENÇÃO DA

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

RENATA LOPES DO NASCIMENTO SANTOS, Amanda Miguel de Lima,

Renata Lopes do Nascimento, Gisele Pereira da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A Enfermagem planeja sua ação do cuidado ao ser humano em diversas condições de saúde.

A educação em serviço apresenta um conjunto de atividades planejadas com o objetivo de

colaborar com o funcionário na atuação com mais competência para proporcionar uma

assistência segura ao paciente. A política da educação permanente foi adotada pelo governo

federal como estratégica fundamental, para recompor as práticas de formação, atenção,

controle social e gestão no setor de saúde. A Educação Permanente (EP), no âmbito das

políticas nacionais de saúde, refere-se como proposta que busca a perspectiva da capacitação

dos trabalhadores de Enfermagem, envolvendo os problemas do cotidiano da instituição. O

estudo teve como objetivo identificar, através das ocorrências internas, as dificuldades

apresentadas pelos profissionais de enfermagem e com o treinamento in loco torná-lo

capacitado para as atividades a serem executadas. Trata-se de uma pesquisa descritiva,

realizada no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira, com as ocorrências

documentadas à coordenação de enfermagem, sobre dificuldades com remanejamentos dos

profissionais de enfermagem no serviço, no período de julho de 2017 a janeiro de 2018. A

análise de dados foi realizada por meio de três etapas: identificação do setor de origem, mês e

o ano da ocorrência e razão da não aceitação do remanejamento intersetorial. A partir dos

dados coletados, foram identificadas 06 ocorrências referentes à recusa do remanejamento dos

profissionais entre os setores: Bloco cirúrgico e clínica cirúrgica II; Bloco cirúrgico e Clínica

cirúrgica III; UTI cirúrgica e Unidade de terapia intensiva leitos de retaguarda; Clínica

cirúrgica I e SPA; Clínica médica e SPA; Oncologia adulta e Clínica cirúrgica III. A partir da

identificação da dificuldade da aceitação de remanejamento, foi solicitado à educação

permanente em parceria com alguns ministrantes acréscimos de temas aos treinamentos para a

equipe de enfermagem: Parada Cardiorrespiratória, Receptação Cardiopulmonar, higienização

das mãos, monitorização precauções padrão, cuidados de enfermagem com acessos venosos,

nutrição parenteral, administração de medicamentos, cuidado de enfermagem com acessos

venosos, aspiração das vias aéreas e oxigenoterapia. O parecer técnico COREN-PE nº

82

001/2016, instrumento de legalidade para a organização e efetividade assistencial, permite o

remanejamento de profissionais de enfermagem entre os setores da unidade hospitalar para

garantir o índice de segurança técnica. A Política Nacional da Educação Permanente em

Saúde propôs como estratégia, a mudança no serviço de saúde, capacitando o profissional de

saúde as reais situações da prática cotidiana e motivando a superação nas ações a saúde. É

importante que a enfermagem com sua expertise consigam identificar as dificuldades

lançando mão de estratégia de gestão, planeje, treine e capacite a equipe, a fim de preservar a

qualidade da assistência e prevenir situação de desconforto com remanejamentos. A educação

permanente é fundamental no processo de desenvolvimento do profissional na instituição,

haja vista que o treinamento em serviço pode prevenir situações de desconforto e desarranjos

à saúde dos profissionais. Após identificar as ocorrências e dificuldades apresentadas, foi

trabalhado com o grupo temas pertinentes e percebeu-se uma redução na recusa de

remanejamentos.

Referências

Conselho Regional de Enfermagem. Parecer técnico 001/2016. Dispõe sobre o

remanejamento frequente de profissionais de enfermagem em outros setores da

Unidade hospitalar. Pernambuco; 2016.

Ministério da Saúde (BR). Implementação da Política Nacional da Educação Permanente em

Saúde e dá outras providências. Brasil, Portaria GM/MS nº 1; 2007.

Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 198/GM/MS, Institui a Política Nacional de Educação.

(13 de fevereiro de 2004) Permanente em Saúde como estratégica do Sistema Único

de Saúde para a formação e desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras

providências. Brasília; 2004.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria-Executiva, Subsecretaria de Assuntos Administrativos.

Plano Anual de Capacitação: PAC 2009: programa de educação permanente do

Ministério da Saúde. Brasília: M.S; 2009.

Silva MJ. Educação Continuada: estratégia para o desenvolvimento do pessoal de

enfermagem. São Paulo: EDUSP; 1989.

Palavras-chave: Educação Permanente. Qualificação Profissional.

83

EDUCAÇÃO PERMANENTE TUTORIAL: ESTRATÉGIA INOVADORA EM UMA

UNIDADE TERCIÁRIA ESPECIALIZADA DO SUS

FLAVIANA CRISTINA SANTIAGO MACIEL FERNANDES, Mariana Luiza de

Acioly Rodrigues, Viviane Fragoso de Souza, Maria Carolina Martins de Lima

Hospital Pelópidas Silveira

O Hospital Pelópidas Silveira – IMIP/SES/SUS é uma unidade terciária, especializada em

cardiologia, neurologia, neurocirurgia, e radiologia intervencionista. É o único hospital do

Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro com esse perfil e uma instalação 24 horas-cardio-

aguda/neurovascular. Os desafios da educação permanente incluem: a) Garantir o nível de

conhecimentos básicos e b) Capacitar o Corpo Clínico nos conhecimentos atuais em cada

área. A Educação Permanente HPS engloba: a) Educação Permanente Presencial Tutorial

(EPPT-HPS); b) Tutoriais online na Plataforma Virtual de Ensino Pelópidas Digital

(PVEPD); e c) Avaliação Setorial Diária (ASD). Este trabalho apresenta detalhes logísticos

EPPT-HPS, estratégia inovadora na educação em Unidade de ponta. Equipe-treinamento

coordena encontros tutoriais e acompanha estatísticas. Equipe-avaliação visita setores

diariamente, observando na prática a incorporação de informações repassadas, retreinando

indivíduos no cenário de trabalho. Ambas estão envolvidas com elaboração de currículos,

encontros tutoriais, reuniões científicas, relatórios, pautas e módulos digitais de treinamento.

Os encontros tutoriais tem pré/pós-testes, permitindo acompanhamento da frequência,

significância do tema e retenção de conhecimento a curto prazo. Cada grupo tutorial envolve

de seis a doze funcionários, sendo um a dois de cada setor, compartilhando similaridades nas

necessidades de treinamento. Há cinco grupos de interesse: a) enfermeiros; b) técnicos de

enfermagem e radiologia, e flebotomistas; c) auxiliares administrativos, maqueiros,

motoristas; d) funcionários da segurança, limpeza, rouparia e técnicos de laboratório e)

funcionários da manutenção e auxiliares de farmácia. A equipe de suporte, como enfermeiros,

técnicos de enfermagem, pessoal administrativo e técnico, é composta por mais de 60% do

pessoal das nossas instituições. O papel desse grupo na provisão de cuidados de saúde

seguros, a tempo e de qualidade, particularmente quando se considera as áreas de cardiologia,

neurologia, neurocirurgia e radiologia intervencionista, é primordial e muitas vezes

negligenciado na pesquisa em saúde. Problematização e estratégias ativas resultam em um

Programa de Educação Permanente atrativo, dinâmico e estruturado para produzir resultados a

84

curto-prazo. A estratégia é de interesse para Instituições de perfil assemelhado ou com

desafios similares.

Referências

Institute of Medicine Committee on Planning a Continuing Health Professional Education

Insti-tute. Redesigning Continuing Education in the Health Professions. Washington

(DC): National Academies Press (US); 2010.

Martins C, Maciel F, Acioly M, Fragoso V, Santos T. Tutorial Continuing Education:

innovative strategy in a tertiary specialized health unit. Journal on Systemics,

Cybernetics and Informatics: JSCI. 2017;15(3):16-21.

Martins C, Maciel F, Acioly M, Fragoso V, Santos T. Tutorial Continuing Education:

innovative strategy in a tertiary specialized health unit. In: Callaos N, Carrasquero JV,

Sánchez B, Tremante A, Welsch F. Proceedings of the 11th International Multi-

Conference on Society, Cybernetics and Informatics. 2017;8-11.

Martins C, Santos T, Craig-McQuaide A, Aguiar L, Valença M, Melo V, Falbo G, Leão C.

Characteristics of a Hybrid Image Archiving and Communication System Serving a

Neurological-Neurosurgical Facility. J Bras Neurocirurg. 2014;25(4):349-54.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde,

Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação

Permanente em Saúde, Brasília: Ministério da Saúde; 2009.

Palavras-chave: Educação Continuada. Aprendizagem Baseada em Problemas. Modelos

Educacionais. Educação a Distância. Métodos Multifacetados.

85

EMPODERAMENTO DA ENFERMAGEM: IMPLANTAÇÃO DA VISITA DE

ENFERMAGEM À BEIRA LEITO NA UTI NEUROLÓGICA – HPS

LÍDIA LINS SODRÉ, Marialba Morais Siqueira,

Maria Fernanda Aparecida Moura de Souza, Cintya Kelly Gomes Cavalcanti

Hospital Pelópidas Silveira

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é a sede terapêutica de maior complexidade em uma

unidade hospitalar, onde se centram o máximo de esforços humanos e tecnologias de cuidado,

visando o pleno reestabelecimento do individuo à sua condição normal ou ao menos a redução

do agravo que o conduziu a hospitalização. O Hospital Pelopidas Silveira faz parte da seleção

das 120 unidades de terapia intensiva adulto no projeto “Melhorando a Segurança do Paciente

em larga escala no Brasil”, que tem como objetivo reduzir em 50% às Infecções Relacionadas

à Assistência à Saúde (IRAS). Este estudo tem por objetivo descrever como a Coordenação de

Enfermagem implantou a visita enfermagem na UTI neurológica, para que possa implementar

o desempenho na Segurança do Paciente por meio da aplicação de práticas seguras na

prevenção de infecção primária da corrente sanguínea associada a cateter venoso central

(IPCS-CVC), infecção em trato urinário associado a cateter vesical de demora (ITU-AC) e

pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). Assim, reduzindo o índice de infecções.

Foi realizada uma análise comparativa entre a mediana de IRAS que consta nos Relatórios da

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) dos pacientes internados na UTI

Neurológica ao longo do ano de 2017 e o início de 2018. Após análise dos dados, observou-se

que, ao longo de 2017, a incidência de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV)

era de 5,63; Infecção Primária de Corrente Sanguínea (IPCS): 5,63; Infecção do Trato

Urinário (ITU): 2,13. Tendo em vista a redução na incidência de IPCS de 5,63 para 4,1. Sendo

assim, a CE criou a visita de Enfermagem, tendo como objetivo empoderar os profissionais de

Enfermagem, na tomada de decisão, assim como melhorar a qualidade da assistência prestada

pela equipe de Enfermagem. Dessa forma, pode-se observar a redução de IRAS, impactando

diretamente na melhoria de qualidade assistência. A adesão às medidas rotineiras de

precaução, higienização adequada das mãos e criação de protocolos assistenciais resulta em

melhoria assistencial e redução das taxas de infecção. Para garantia de sucesso duradouro, é

fundamental o envolvimento de toda a equipe e o estabelecimento na equipe multiprofissional

conceito de Programa de Segurança.

86

Referências

Barreto VP, Tonini T, Aguiar BG. Abordagem das competências necessárias ao enfermeiro

intensivista: estudo de revisão de literatura. Rev Enferm UFPE on line [Internet]. 2009

Jul-Set [cited 2013 Jun 11];3(2):671-7. Available from:

http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article0/view/179/pdf

_920

Horan TC, Andrus M, Dudeck MA. CDC- NHSN surveillance definition of health care

associat-ed infection and criteria for specific types of infections in the acute care

setting. Am Infect Control. 2008;36(5):309-32.

Maestri E, Nascimento ER, Bertoncello KC, Martins JJ. Avaliação das estratégias de

acolhimento na unidade de terapia intensiva. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2012

Fev [cited 2013 Jun 11];46(1):75-81. Available from: http://

www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n1/v46n1a10.pdf

Palavras-chave: Unidade de Terapia Intensiva. Segurança do Paciente.

87

ENCONTRO DE SERVIÇO SOCIAL DO HOSPITAL MIGUEL ARRAES: ESPAÇO

DE REFLEXÃO CRÍTICA PARA O EXERCÍCIO PROFISSIONAL

LUCIANNA GOMES DE SÁ QUIRINO ROCHA,

Adriana Elias da Silva, Ilka Alves Monteiro

Hospital Miguel Arraes

O presente trabalho tem por objetivo apresentar a experiência das assistentes sociais do

Hospital Miguel Arraes com a coordenação dos dois encontros de serviço social do HMA. A

realização dos eventos se deu em virtude da necessidade da equipe de fomentar debates sobre

temas que permeiam a atuação do assistente social na saúde. Os temas abordados nos

encontros foram “As particularidades do processo de trabalho do assistente social na saúde na

contemporaneidade” em 2015, e “As interfaces e desafios dos Serviços de Saúde e da

Assistência Social, no atendimento à População em Situação de Rua (PSR) na RMR”, no

segundo encontro, que amplia a discussão para a intersetorialidade. O método utilizado para a

elaboração deste trabalho foi o Crítico Dialético, que permite a compreensão do fenômeno

estudado por meio de uma relação constante entre o sujeito e o objeto. A percepção da relação

entre a teoria e a prática profissional também foi fundamental para a análise dos encontros

realizados e a importância destes para compreensão e intervenção frente aos fenômenos

sociais identificados nas discussões realizadas. No primeiro encontro de serviço social, a

discussão se pautou no cotidiano do assistente social nas unidades de saúde, seu espaço na

equipe multidisciplinar e suas respostas às demandas frente aos desmontes das políticas

sociais. Houve a participação de 113 pessoas, entre profissionais e estudantes de serviço

social. O segundo encontro foi realizado com o objetivo de ampliar a discussão também sob a

ótica da intersetorialidade. Também nesse sentido, contou não apenas com palestrantes

assistentes sociais e do setor saúde, mas com representantes da política de assistência social e

que tem outra formação profissional. Tivemos uma assistente social do HMA como uma das

palestrantes, que apresentou a realidade do assistente social no atendimento à população de

rua que chega ao HMA. Nesse sentido, a equipe realizou pesquisa com vistas a traçar um

perfil destes usuários e as intervenções realizadas como enfrentamento ao problema. Esse

evento contou com 100 participantes e se consolida como um espaço de reflexão permanente

a ser realizado a cada dois anos. Esse trabalho propõe uma discussão sobre a importância da

organização de espaços de debate e da realização da pesquisa, não só no âmbito acadêmico,

88

mas nos espaços sócio-ocupacionais, de maneira que a mesma, sendo ela configurada por

meio de eventos como estes, possa não apenas ser compreendida na sua importância, mas

utilizada no cotidiano do profissional. Consideramos, dessa forma, que espaços como os

encontros de Serviço Social do HMA, que propõem debates e trocas, assim como, a pesquisa

social são inerentes à intervenção profissional, tendo em vista que é, por meio da reflexão

crítica e investigação, possível conhecer a realidade social em sua totalidade e intervir de

forma a transformá-la.

Referências

Iamamoto MV. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São

Paulo: Cortez; 2003.

Iamamoto MV, Carvalho R. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil. São Paulo: Cortez;

1983.

Lei n. 8.662, de 07 de jun. de 1993. Dispõe sobre a profissão de assistente social. Brasilia;

1993.

Prates JC. O método marxiano de investigação e o enfoque misto na pesquisa social: uma

relação necessária. 2012;11(1):116-28. (Textos & Contextos).

Vasconcelos AM. A prática do Serviço Social: cotidiano, formação e alternativas na área da

saúde. 3. ed. São Paulo: Cortez; 2006.

Palavras-chave: Pesquisa. Debate. Saúde.

89

ESTRUTURAÇÃO DE UM PROGRAMA DE ESTIMULAÇÃO PRECOCE EM

CRIANÇAS COM COMPROMETIMENTOS NEUROMOTORES: SUBSÍDIOS

PARA MINIMIZAÇÃO DE DEFICIÊNCIAS

MARIA SORAIDA SILVA CRUZ, Ana Carla Gomes Botelho, Ariádne Dias Maux

Gonçalves, Juliana Gomes de Oliveira

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A intervenção precoce visa possibilitar o indivíduo desenvolver-se em todo o seu potencial,

minimizando a instalação de padrões posturais e movimentos anormais, por atingir a faixa

etária de maior plasticidade neuronal. Dessa forma, o Programa de Estimulação Precoce

implementado no CRIMIP tem como objetivos minimizar possíveis complicações

ocasionadas pelo tempo de espera para o tratamento de reabilitação, promovendo

acompanhamento e intervenção interdisciplinar com caráter terapêutico e educativo. O

tratamento de reabilitação oferecido no CRIMIP inicia após a criança realizar uma triagem.

Em seguida é realizada uma avaliação interdisciplinar por uma equipe composta por

Fisioterapeuta, Fonoaudióloga e Terapeuta Ocupacional, com o intuito de investigar o

desenvolvimento sensório-motor, das atividades de vida diária, interação, comunicação e

alimentação. A partir de então, a criança pode ser inserida na lista de espera do serviço, para

tratamento de reabilitação individual. Nesse contexto, os bebês entre 0 e 1 ano de idade são

direcionados para o Programa de Estimulação Precoce, onde são realizadas condutas

direcionadas para estimulação das etapas motoras e brincar, sempre associadas à orientações à

família. O CRIMIP é um serviço de referência para medicina física e reabilitação no estado de

Pernambuco e a demanda de pacientes encaminhados a este serviço é bastante superior à sua

capacidade. No ano de 2017, após a avaliação interdisciplinar, 189 crianças entraram para a

lista de espera da fisioterapia, 188 para terapia ocupacional e 75 para fonoaudiologia.

Observou-se que o tempo de espera entre a avaliação interdisciplinar e a convocação para o

início do tratamento de reabilitação varia entre um período de 6 a 15 meses. Sendo assim,

visando atenuar o intervalo entre admissão no serviço e convocação para as terapias, os bebês

entre 0 a 1 ano que representam 68% dos admitidos para fisioterapia e terapia ocupacional e

40% para fonoaudiologia são direcionados, no momento da avaliação interdisciplinar, para o

programa de estimulação precoce, cujo tempo para início das atividades tem sido no máximo

de dois meses. Dessa forma, um quantitativo relevante de bebês é atendido no primeiro ano de

90

vida e, ao serem convocados da lista de espera para iniciar as demais terapias, apresentam

evolução no nível funcional e alguns com proximidade da alta. Observa-se ganhos motores e

funcionais envolvendo a aquisição de etapas motoras esperadas para a idade. A redução do

tempo na fila de espera é um desfecho importante obtido, por meio do Programa, porque

permite introdução precoce à terapia e consequentemente menor risco de desenvolver

compensações motoras que interfiram no desenvolvimento neuropsicomotor dessas crianças,

ao mesmo tempo em que a família é inserida no contexto da reabilitação física e tem acesso às

devidas orientações da equipe multidisciplinar.

Referências

Hallal CZ, Marques NR, Braccialli LM. Aquisição de habilidades funcionais na área de

mobilidade em crianças atendidas em um programa de estimulação precoce. Rev Bras

Crescimento Desenvolv Hum. 200 Aquisição de Habilidades Funcionais em Crianças.

2008;18(1):27-34.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de estimulação precoce:

crianças de zero a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Brasília:

Ministério da Saúde; 2016.

Tudella E, Formiga CK, Serra EL, Oish J. Comparação da eficácia da intervenção

fisioterapêutica essencial e tardia em lactentes com paralisia cerebral. Fisioterapia em

Movimento. 2004;17(3):45-52.

Palavras-chave: Reabilitação. Estimulação Precoce. Desenvolvimento Infantil.

91

EXPERIÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO AMBULATORIAL DE

PACIENTES ONCOLÓGICOS EM TRATAMENTO COM HORMONIOTERAPIA

ORAL EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DO RECIFE

ITALA MORGANIA FARIAS DA NOBREGA, Mercia Cristina Batista Veras,

Keityane Leacarla Bezerra da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Um serviço organizado proporciona como resultados melhoria do acesso, acompanhamento,

avaliação e intervenção eficiente e garantia da qualidade dos serviços e do atendimento ao

paciente. O objetivo do trabalho foi descrever a experiência da organização do atendimento de

pacientes em tratamento com hormonioterapia oral. Tratou-se de estudo descritivo, do tipo

relato de experiência das atividades implementadas para o atendimento de pacientes

oncológicos em tratamento com hormonioterapia oral, em um Serviço de Oncologia Adulto

de um Hospital Filantrópico do Recife. As atividades foram desenvolvidas entre setembro de

2017 a abril de 2018. Na etapa 1, foi realizada a análise documental dos atendimentos

efetuados no serviço de oncologia adulto para autorização da dispensação da hormonioterapia

oral. Os documentos avaliados foram os registros de autorização de dispensação de

medicamentos e relatórios de dispensação diária de medicamentos, as informações finais

foram compiladas em uma planilha de Excel. Na etapa 2, foi necessária uma reestruturação

focada nos registros documentais, cartão de identificação do paciente, evolução farmacêutica,

ficha de farmacovigilância e orientação farmacoterapêutica, revisão e elaboração. Já na etapa

3, foi realizada uma programação de aquisição dos medicamentos. Na etapa 4, foi explicado

aos pacientes, com linguagem informal e de forma escrita, as mudanças que seriam

implementadas no serviço. Para todas as etapas, foram realizadas reuniões com a equipe do

serviço de oncologia evidenciando as necessidades legais e assistências para melhoria da

qualidade do atendimento, assim, como acompanhamentos com outras áreas,

Superintendência de Assistência à Saúde, Diretoria de Compras e Departamento de

Assistência Farmacêutica, para ajustes de orçamento, aquisição e cronograma de atividades

para implementação do serviço. Durante o período de estudo, uma média de 965 pacientes

estava em tratamento com hormonioterapia oral. Confirmada a evidência do aumento

percentual do atendimento dos pacientes concentrados entre os dias 1 e 8, após avaliação do

mês de março de 2018, apresentando-se 47% receberam o medicamento entre os dias 1 e 8,

92

20% entre os dias 9 e 15, 21% entre os dias 16 e 23 e 12% entre os dias 24 a 31. O custo

mensal com hormonioterapia oral para atender a média de 965 pacientes foi de R$ 53.014,10.

A partir da análise dos dados, foram desenvolvidas ações para minimizar riscos críticos para o

paciente, assim como redistribuir os pacientes a serem atendidos durante o mês. Dos pacientes

que recebiam medicamentos entre os dias 1 e 8, 22% foram remanejados para outros períodos,

recebendo medicamento suficiente garantindo a continuidade do tratamento. Para isso, o custo

de aquisição dos medicamentos representou R$ 10.720,64. Apesar do investimento financeiro,

verificou-se que a organização do serviço é necessária para promover melhor assistência ao

paciente.

Referências

Seidl H, et al. Gestão do trabalho na atenção básica em saúde: uma análise a partir da

perspectiva das equipes participantes do PMAQ-AB. Saúde em Debate.

2014;38(2):94-108.

Tomasi E, et al. Estrutura e processo de trabalho na prevenção do câncer de colo de útero na

atenção básica à saúde no Brasil: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade –

PMAQ. Rev Bras Saúde Mater Infantil. 2015;15(2):171-80.

Palavras-chave: Oncologia. Antineoplásicos. Administração Oral.

93

FRENOTOMIA LINGUAL: EXPERIÊNCIA EXITOSA EM UM HOSPITAL AMIGO

DA CRIANÇA

JESSICA SILVA PEIXOTO BEM, Niviane Marielly da Costa Oliveira,

Cândida Augusta Rebêlo de Moraes Guerra, Maria Goretti de Souza Lima

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A anquiloglossia é uma condição anatômica caracterizada pela restrição de movimento da

língua devido à permanência de pequena porção de tecido, que deveria ter sofrido apoptose,

durante o desenvolvimento embrionário. Tal condição ocorre em 4-16% de neonatos, com

predileção por pacientes masculinos na proporção de 2,5:1 e pode causar forte impacto sobre

a fala, sucção, deglutição, assim como na forma dos arcos dentários e oclusão. Neste sentido,

a “língua presa” seria fator comprometedor para uma amamentação eficaz e o bom

desenvolvimento do sistema estomatognático, já que causa desconforto para a mãe durante a

amamentação, dificuldade de pega, desmame precoce, cansaço, curtos ciclos de mamada,

deficiência nutricional e baixo peso. O tratamento para esta condição é a frenotomia lingual,

que consiste em pequeno corte no frênulo sob anestesia local, normalizando a mobilidade da

língua. Assim, visando honrar a Iniciativa Hospital Amigo da Criança do UNICEF, da qual o

IMIP foi pioneiro, visa-se incentivar e proteger o aleitamento materno, através da

identificação, acompanhamento e intervenção cirúrgica (frenotomia) dos neonatos cuja

nutrição esteja comprometida por anquiloglossia. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo

em que é avaliado o binômio mãe/bebê encaminhado do Alojamento Conjunto e do Banco de

Leite. Para fins de triagem, no Brasil, a Lei nº 13.002/2014, determinou a obrigatoriedade da

aplicação do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês - "Teste da Linguinha"

em todos os recém-nascidos nas maternidades do país. Entretanto, no IMIP segue-se a Nota

Técnica nº 09/2016 do Ministério da Saúde que sugere o uso do protocolo Bristol Tongue

Assessment Tool (BTAT), o qual se baseia na avaliação de quatro parâmetros: aparência da

ponta da língua, fixação no alvéolo inferior, elevação e protusão da língua. As pontuações

para tais itens foram somadas e variam de 0 a 8, sendo valores de 0 a 3 indicativos de

anquiloglossia severa com indicação de frenotomia. Para a avaliação da amamentação, utiliza-

se o protocolo preconizado pelo UNICEF. Os RN’s são avaliados até 48h de vida e depois

com 7, 14 e 30 dias, para reavaliação da mamada, ganho de peso, incentivo ao aleitamento

materno e possível frenotomia. A partir daí, são acompanhados na Clínica de Bebês em

94

consultas bimestrais, até os 48 meses. De 2016 a abril de 2018, tem-se acompanhado no

ambulatório 76 pacientes com alteração de frênulo. Destes, 22 foram submetidos à frenotomia

lingual. Dentre os ganhos observados destacam-se melhora da pega, ganho de peso e

desenvolvimento normal da fala. É válido entender, portanto, que a realização de frenotomia,

a partir do diagnóstico precoce da anquiloglossia, por meio da avaliação do frênulo lingual no

RN é de suma importância para um melhor prognóstico, já que possibilita um aleitamento

materno eficaz. Entretanto, cada caso deve ser avaliado para ratificar a necessidade desta

intervenção cirúrgica.

Referências

Emond A, Ingram J, Johnson D, et al. Randomised controlled trial of early frenotomy in

breast-fed infants with mild–moderate tongue-tie. Archives of Disease in Childhood -

Fetal and Neona-tal Edition. 2014;99(5):189-95.

Fujinaga CI, Chaves JC, Karkow IK, Klossowski DG, Silva FR, Rodrigues AH. Frênulo

lingual e aleitamento materno: estudo descritivo. Audiol Commun Res.

2017;22:e1762. Available from:

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64312017000100309&lng=en

Fundo das Nações Unidas para a Infância. Iniciativa Hospital Amigo da Criança: revista,

atualizada e ampliada para o cuidado integrado: módulo 1: histórico e implementação.

Brasília: Ministério da Saúde; 2008. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

Ghaheri BA, Cole M, Fausel SC, Chuop M, Mace JC. Breast feeding improvement following

tongue and tie release: a prospective cohort study. The Laryngoscope.

2017;127(5):1217-23.

Martinelli RL, Marchesan IQ, Lauris JR, Honório HM, Gusmão RJ, Berretin-Felix G.

Validade e confiabilidade da triagem: "teste da linguinha". Rev CEFAC [Internet].

2016 Dez; 18(6):1323-31. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S15168462016000601323&ln

g=en

Martinelli VL, Martinelli RL, Marchesan IQ, Berretin-Felix G, Souza SR. Elaboração e

desenvolvimento de um website sobre o teste da linguinha. Rev CEFAC [Internet].

2017 Mar;19(2):260-64. Available from:

95

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S15168462017000200260&ln

g=en

Nicoloso GF, Santos IS, Flores AJ, Silveira BL, Oliveira MD. Na Alternative Method to Treat

Ankyloglossia. Journal of Clinical Pediatric Dentistry. 2016;40(4):319-21.

Pompéia LE, Ilinsky RS, Ortolani CL, Faltin K Jr. A Influência da Anquiloglossia no

Crescimento e Desenvolvimento do Sistema Estomatognático. Rev paul pediatr

[Internet]. 2017 Jun;35(2):216-21. Available from:

em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S01030582201700020021

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Walsh J, Tunkel D. Diagnosis and Treatment of Ankyloglossia in Newborns and Infants a Re-

view. JAMA Otolaryngol Head NeckSurg. 2017;143(10):1032-1039.

doi:10.1001/jamaoto.2017.0948

Palavras-chave: Frenotomia. Anquiloglossia. Amamentação.

96

GESTÃO COMPARTILHADA COMO ESTRATÉGIA INOVADORA PARA

ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA POLÍTICA DE SAÚDE

LEILA MARÇAL BENICIO TEIXEIRA, Stephanne Héllen Oliveira da Silva,

Renato Urbano da Silva, Rafaela Ribeiro Saraiva da Costa

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

O trabalho tem por objetivo descrever o modelo de gestão compartilhada instituído no Serviço

Social do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), a partir dos

elementos presentes nos Parâmetros para a Atuação de Assistentes Sociais na Política de

Saúde, como estratégia de uma intervenção profissional qualificada, através de atividades que

extrapolem o cotidiano profissional, visando à efetivação e ampliação dos direitos sociais dos

usuários. Método: A pesquisa foi desenvolvida a partir da abordagem qualitativa, realizada

através da revisão bibliográfica e da sistematização das observações cotidianas acerca da

prática profissional. A organização do setor, a partir do modelo de gestão compartilhada, se

divide em seis comissões estratégicas. Ressalta-se que nenhuma das comissões se sobrepõe às

demais, sendo horizontal a sua forma de interação. São elas: Comissão de Articulação e

Mobilização: desenvolve ações visando à conscientização e participação da população usuária

em atividades político-pedagógica (como fóruns e oficina de usuários e salas de espera de

setores específicos), buscando a efetivação e ampliação dos direitos sociais. Comissão sobre

Estágio e Residência: atua junto aos discentes e docentes, contribuindo para uma formação

qualificada, desenvolvendo atividades acadêmicas como grupo de estudos e seminários.

Comissão de Ética: atua tanto como espaço de reflexão crítica, quanto como espaço

propositivo para efetivação dos direitos, por meio de atividades como estudos de caso, tendo

sempre como norteador o Código de Ética do Assistente Social. Comissão de Formação,

Capacitação e Seleção: elabora e coordena atividades de grupo de estudos, realização de

pesquisas e eventos científicos no âmbito do Serviço Social, visando o ininterrupto

aperfeiçoamento profissional. Comissão de Gestão de Pessoas: realiza articulação entre a

equipe e os gestores institucionais, elabora relatórios técnicos, acompanha os profissionais,

bem como os planos de intervenção nos setores específicos. Comissão Técnico-Operacional:

visa construir e atualizar instrumentos, fluxos e técnicas e acompanhar os programas ligados

ao Serviço Social, a exemplo do Programa de Certidão de nascimento e de Penas e Medidas

Alternativas. Destaca-se que coordenação do Serviço Social atua em conjunto com as

97

comissões, proporcionando reuniões sistemáticas de acompanhamento, visando à integração e

articulação entre estas. Portanto, a estratégia da gestão compartilhada constitui-se em uma

possibilidade concreta de uma prática capaz de romper com uma atuação individualizada e

fragmentada, não enfatizando apenas as atividades imediatas que estão postas no cotidiano,

mas também outras relevantes para qualidade do trabalho. Os avanços deste modelo de gestão

vêm repercutindo no trabalho dos assistentes sociais, nas equipes multiprofissionais e nos

usuários.

Referências

Conselho Federal de Serviço Social. Código de Ética do Assistente Social. Brasília; 1993.

Conselho Federal de Serviço Social. Parâmetros para a Atuação de Assistentes Sociais na

Política de Saúde [Internet]. Brasília; 2010. (Série Trabalho e Projeto Profissional nas

Políticas Sociais).

Guerra Y. O projeto profissional crítico: estratégias de enfrentamento das condições

contemporâneas da prática profissional. In: Serviço Social e Sociedade. São Paulo:

Cortês; 2007.

Lakatos EM, Marconi MA. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas;

2003.

Palavras-chave: Serviço Social. Gestão Compartilhada. Atuação Profissional.

98

GESTÃO POR RESULTADOS: UM RELATO DE CASO SOBRE O SETOR DE

CONTAS MÉDICAS DO INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF.

FERNANDO FIGUEIRA – IMIP

GRECIANE SOARES DA SILVA, Andréa de Lima Arôxa,

Ana Lúcia Baltar, Claudimere Alves Sabino

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A gestão por resultados (GR) enfatiza os objetivos a serem alcançados e os valores da

organização. Assim, o conceito desse tipo de gerenciamento prioriza os resultados em todas as

ações, requerendo o comprometimento da equipe para a finalização das metas pactuadas.

Holanda, Rosa e Albuquerque acrescentam que no modelo GR o poder público precisa

dialogar continuamente com os interessados e utilizar procedimentos de monitoramento e

avaliação. Para operacionalização da GR, é importante levar em consideração algumas etapas

como planejamento das ações, definição de critérios de alocação de recursos, envolvimento

dos colaboradores, resultados e impactos esperados. Por meio da gestão por resultados, a

Gestão IMIP promoveu mudanças significativas para o enfrentamento da crise nacionalmente

instalada. O setor de faturamento hospitalar ou também chamado de setor de contas é um dos

mais importantes dentro de uma instituição de saúde, visto que é um sistema de conversão de

valores. Traduzindo em moeda corrente, todas as operações de prestações de serviços

assistenciais. Com o desafio de melhorar o faturamento das contas hospitalares, o setor de

contas médicas do IMIP, a partir de julho de 2016, redirecionou o gerenciamento com foco

em resultados. Neste trabalho, nos dedicamos a apresentar algumas das mudanças

implementadas, com o intuito de alcançar alguns resultados significativos para instituição

como: aumento do faturamento das Autorizações de Internamento Hospitalares (AIH);

diminuição de contas pendentes ao faturamento; ampliação do quadro de auditores internos e

reforma da estrutura física. Algumas etapas foram essenciais neste seguimento como:

compartilhamento das responsabilidades e liderança; o diagnóstico situacional realizado com

envolvimento dos principais envolvidos no faturamento das contas hospitalares; planejamento

estratégico; definição de indicadores para monitoramento das ações juntamente com

accountability. No diagnóstico situacional, foram escolhidos alguns nós críticos para o

recebimento de intervenções: ausência de prioridade para o faturamento das contas com altas

mais antigas; processo de faturamento focado nos casos mais urgentes; ausência de usuário e

99

senha para todos os colaboradores no uso do sistema MV; ausência de organização no arquivo

interno do setor com limitação de espaço físico; ausência de monitoramento de indicadores

prioritários; estrutura física com limitações para encontros de planejamento e reuniões

individuais. Concluímos que o comprometimento da gestão visando os melhores resultados

juntamente com compartilhamento de lideranças e responsabilidades entre os colaboradores

contribuíram significantemente para a otimização do faturamento das contas hospitalares.

Referências

Gomes EG. Gestão por Resultados e eficiência na Administração Pública: uma análise à luz

da experiência de Minas Gerais. São Paulo: EAESP/FGV; 2009.

Holanda MC, Rosa AL, Albuquerque KC. Gestão pública por resultados na perspectiva do

estado do Ceará. Nota técnica nº 11. Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do

Ceará (IPECE); 2004.

Paulo LF. Comentários sobre o PPA 2012-2015: gestão por resultados ou painel de políticas?

In: Congresso Consad de Gestão Pública, Brasília; 2003.

Segatto CI, Abrucio FL. A gestão por resultados na educação em quatro estados brasileiros.

Rev Serv Público Brasília. 2017;68(1):85-106.

Palavras-chave: Gestão Hospitalar. Faturamento.

100

GRANULOMA PIOGÊNICO ULCERADO EM PACIENTE COM PARALISIA

CEREBRAL – RELATO DE CASO

ANA CATARINA GAIOSO LUCAS LEITE MARTINS, Veronica Maria da Rocha

Kozmhinsky, Samuel Rodrigo de Andrade Veras, Débora Brito

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

As lesões bucais benignas mais frequentes, de acordo com levantamentos epidemiológicos em

diversos centros de referência do Brasil, são: processos inflamatórios crônicos inespecíficos,

hiperplasia fibroepitelial inflamatória, fibroma, mucocele, hemangioma, granuloma

piogênico, cistos radiculares e odontogênicos. O Granuloma piogênico é uma lesão que surge

como uma resposta tecidual exuberante frente a uma irritaçãoo crônica local. Apresenta-se

como nódulo séssil ou pediculado, geralmente indolor, de superfície lisa, de coloração

vermelha-arrocheada, sangrante ao mínimo toque, como resultado de uma vascularizaão

intensa. Devido a fragilidade do epitélio que a reveste, rompe-se com facilidade e infecta-se

com frequência. O local mais acometido é a gengiva (75%), seguido por lábio, língua e

mucosa jugal, podendo ocorrer na pele. O tratamento é a excisão cirúrgica e a remoção do

fator irritante associado. Relato do caso clínico do paciente J.R.F. dos S., de 1 ano e dois

meses de idade, com paralisia cerebral, encaminhado para o Ambulatório de Odontologia do

IMIP para tratamento de lesão ulcerada em lábio inferior e face ventral da língua. O paciente

J.R.F. dos S., de 1 ano e dois meses de idade e com paralisia cerebral, chegou ao Ambulatório

de Odontologia do IMIP encaminhado por um hospital do interior de Pernambuco. A genitora

apresentava queixa de ferida na língua e no lábio que não cicatrizava nunca”. Durante a

anamnese a mãe informou que diversos tratamentos com medicações tópicas e sistêmicas

foram realizados anteriormente sem sucesso. As medições sistêmicas utilizadas previamente

foram: Antiinflamatórios não esteroidais, analgésicos e antibióticos; as medicações tópicas:

antissépticos, antiinflamatórios esteroidais, antibióticos e produtos homeopáticos. Ao exame

clínico odontológico, a criança apresentava lesão ulcerada em lábio inferior e na face ventral

da língua. Foi observado que os elementos dentários decíduos 71 e 81 apresentavam bordos

cortantes e que o paciente adquiriu o hábito de realizar a sucção da ferida do lábio. Como

primeira escolha de tratamento, na consulta inicial, foram realizados desgastes dos bordos

incisais dos referidos dentes, laserterapia com PDT e prescrição de antibiótico por um período

de 7 dias, amoxicilina com clavulanato . A laserterapia foi mantida por 15 dias. A lesão do

101

ventre da língua, Úlcera de Riga Fede, regrediu completamente na primeira semana de

tratamento, entretanto, o paciente apresentou apenas melhora discreta da lesão labial. Optou-

se então, por fazer a biópsia excisional da lesão do lábio. A conclusão do histopatológico foi:

quadro histológico compatível com granuloma piogênico ulcerado, exibindo hiperplasia

digitiforme do epitélio escamoso, com alterações reparativas, reacionais. Este relato de caso

mostra o sucesso de um tratamento cirúrgico de lesão labial em paciente pediátrico com

paralisia cerebral.

Referências

Kniest G, Stramandinoli RT, Ávila LF, Izidoro AC. Frequência das lesões bucais

diagnosticadas no Centro de Especialidades Odontológicas de Tubarão (SC). RSBO

[Internet]. 2011 Jan;8(1):13-8. Available from:

http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S198456852011000100003&

lng=pt

Palavras-chave: Granuloma Piogênico. Paralisia Cerebral.

102

GRUPO DE TERAPIA OCUPACIONAL EM PEDIATRIA PROMOVENDO

AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA NO CENTRO DE REABILITAÇÃO DO IMIP

JULIANA GOMES DE OLIVEIRA, Luanna Karine Pereira Bezerra,

Marcela Raquel de Oliveira Lima

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

O ser humano participa de vários grupos, em virtude das situações próprias do

desenvolvimento humano como na infância, na adolescência, na idade adulta entre outras

diferentes etapas da vida. Quando no contexto do atendimento, vários sujeitos estão juntos

compartilhando tempo, espaço e um fazer através das interações, múltiplos podem ser os

conteúdos gerados pelos encontros, configurando-se como uma das intervenções em

reabilitação em terapia ocupacional . Um desses conteúdos, são as Atividades de vida diária

(AVD) como banho, alimentação dentre outras, que não são tarefas simples para uma criança

com comprometimento motor e sensorial, em que o terapeuta ocupacional realiza a análise da

atividade nas quais o sujeito apresenta demandas, avalia seus padrões de movimento e

considera a influência de fatores pessoais e ambientais no desempenho do sujeito. Na

perspectiva de estimular a participação das crianças nessas atividades, foi criado no setor de

terapia ocupacional da pediatria do IMIP um grupo de autonomia e independência. O grupo é

composto por uma média de 5 a 6 crianças, com patologias diversas, que já apresentam

marcha com o mínimo suporte e que não consigam realizar suas atividades de vida diária de

forma funcional. É coordenado por duas terapeutas ocupacionais e ocorre todas as segundas-

feiras com duração de 30 minutos, uma vez por semana. O processo de reabilitação não deve

visar somente à melhora da função motora, mas também a importância da criança ser capaz de

satisfazer suas atividades básicas, garantindo-lhe maior independência e participação em seu

ambiente domiciliar. O grupo de autonomia e independência do setor de terapia ocupacional

possui em média 8 encontros em que se abordam aspectos das AVD relatadas pelos

cuidadores, como retirar e colocar os calçados, vestir roupas, alimentação, higiene pessoal ,

banho e outros como também organização e cuidado com os objetos utilizados, respeitando as

limitações e singularidade de cada sujeito estimulando com brincadeiras habilidades nas áreas

cognitivas e motoras que serão requisitados no ato da execução da tarefa. São trabalhados

também regras de convívio social como aguardar a vez, divisão e troca de materiais, respeito

ao espaço, e principalmente a reprodução das etapas das atividades, a partir da capacidade de

103

observação e análise no momento em que o outro executa. A cada três meses de intervenção,

eles são reavaliados para permanência ou alta do grupo. Em todos os grupos executados, os

cuidadores relataram que as crianças tem realizado suas atividades de forma satisfatória,

diminuindo a dependência e com isso sobrecarga de auxílio na execução das AVD, tornando-

se mais funcionais. Com isso, se reforça a importância da terapia ocupacional na reabilitação

do sujeito, tendo como meta um ser social e ativo, integrado em suas AVD, proporcionando

assim autonomia e independência a criança.

Referências

Dall´agnol CM, Resta DG, Zanatta E, et al. O trabalho com grupos como instância de

aprendizagem em saúde. Revista Gaúcha de Enfermagem. 2007;28(1):21-6.

Gerzonni VP, Barbosa AP, Borges AC, Chagas PS, et al. Análise das intervenções de terapia

ocupacional no desempenho das atividades de vida diária em crianças com paralisia

cerebral: uma revisão sistemática da literatura. Rev Bras Saude Mater Infant [Internet].

2008 8(1):17-25. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S1519-

38292008000100003

Nickel R, Stoffel DP. Utilização da atividade como ferramenta no processo de intervenção do

terapeuta ocupacional em reabilitação neurológica. Cad Ter Ocup UFScar.

2013;21(3):617-22.

Samea M. O dispositivo grupal como intervenção em reabilitação: reflexões a partir da prática

em Terapia Ocupacional. Rev Ter Ocup Univ. 2008;19(2):85-90.

Palavras-chave: Criança. Atividades Cotidianas. Terapia Ocupacional.

104

IMPACTO DE UMA INTERVENÇÃO EDUCATIVA NA QUALIDADE DA

ASSISTÊNCIA DE PACIENTES EM USO DA MEMBRANA DE OXIGENAÇÃO

EXTRACORPÓREA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE

TRANSPLANTES

THAYSA DE MELO CALDAS, Stephanie Steremberg Pires D’Azevedo,

Karina Silva do Nascimento, Heloise Agnes Gomes Batista da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) promove um suporte cardiopulmonar ao

paciente com diagnóstico de insuficiência respiratória grave, seja ela hipoxêmica ou

hipercápnica, ou choque cardiogênico refratário a medidas terapêuticas convencionais já

utilizadas. Consiste em um circuito de assistência para-corpórea, onde o sangue é retirado do

corpo através de cânulas inseridas em veias de grande calibre, é oxigenado e retorna à

circulação venosa ou arterial a depender da indicação clínica de cada caso, sendo a via arterial

responsável por oferecer suporte circulatório. Estas cânulas podem ser inseridas por via

percutânea ou por esternotomia. A ECMO garante um fluxo não pulsátil de sangue, quando os

pulmões e/ou o coração não conseguem manter a oxigenação/perfusão adequada dos órgãos.

O objetivo deste trabalho foi relatar o impacto da intervenção educativa, através de

treinamento teórico-prático com a equipe da UTI de Transplantes sobre ECMO na qualidade

da assistência prestada aos pacientes que utilizaram esta modalidade de cuidado. Métodos: Foi

realizado treinamento com a equipe de médicos e enfermeiros da UTI de Transplantes pelos

profissionais especialistas em ECMO da equipe de cirurgia cardíaca, intensivistas e

perfusionistas. Os treinamentos ocorreram em 2016 e 2017, após a equipe vivenciar alguns

casos da tecnologia dentro da unidade. Visitas beira leito diárias eram realizadas diariamente

com a equipe multidisciplinar. A equipe de ECMO da instituição criou um protocolo de

cuidados baseados nos guidelines e na experiência da instituição. Durante todo período da

ECMO, a equipe seguiu o protocolo de cuidados na UTI, de acordo com os treinamentos

teórico-práticos realizados no que se referia à assistência direta ao cliente neste tipo de

modalidade de assistência, tendo o enfermeiro como líder e norteador da equipe, o que

contribuiu para a evolução positiva do quadro dos pacientes, proporcionando a identificação

de problemas e diagnósticos, com o intuito de atender às necessidades específicas vivenciadas

por cada paciente nesta modalidade de assistência. O treinamento proporcionou uma maior

105

interação entre a equipe, unidos em prol dos mesmos objetivos. Os treinamentos, atualizações

e protocolos criados para equipe foram de fundamental importância na compreensão da

tecnologia e planejamento dos cuidados, reforçando a concepção de que uma equipe

multidisciplinar treinada é inteiramente capaz não apenas de iniciar, mas conduzir de forma

satisfatória o suporte terapêutico por meio de ECMO.

Referências

Figueira FA, et al. Protocolo de Assistência – ECMO. Instituto de Medicina Integral Professor

Fernando Figueira / IMIP. Recife; 2016.

Thomas VB, Laurance L, Roberto L, Graeme M, editor. Extracorporeal Life Support - ELSO.

The ELSO Red Book; 2015.

Palavras-chave: ECMO. Terapia Intensiva. Suporte Cardiopulmonar. Intervenção Educativa.

106

IMPACTO ECONÔMICO DA UTILIZAÇÃO DO PROCESSO DE SOMATÓRIA DE

DOSES DE INJETÁVEIS NO HOSPITAL DOM MALAN – GESTÃO IMIP

DENISE BRECCI DE OLIVEIRA, Clara Rafaela Ribeiro Santana,

Tâmalla Rebbeca Novais Nery, Thiago da Silva Freire

Hospital Dom Malan

A farmácia hospitalar depende de uma logística consideravelmente complexa quanto ao

abastecimento e distribuição de medicamentos, uma vez que, estes medicamentos são itens

que chegam a representar, financeiramente, até 75% do que se consome em um hospital. Com

isso, a prática da farmacoeconomia é importante no aperfeiçoamento dos recursos financeiros

direcionados à compra de insumos farmacêuticos. Dessa forma, implantou-se o sistema de

somatória de doses de medicamentos, que consiste em somar as doses dos pacientes que irão

utilizar o mesmo medicamento, no mesmo setor de internação, com a mesma diluição,

buscando reduzir a quantidade de frasco-ampolas enviados para o setor, sem prejuízos ao

paciente. O objetivo do presente trabalho consiste em apontar a economia obtida por meio do

uso de somatória na dispensação de injetáveis para os pacientes internados no Hospital Dom

Malan – Gestão IMIP. Selecionou-se todos os medicamentos com potencial para somatória,

cujo critério é a estabilidade após reconstituição em diluentes e garantida pelos fabricantes ou,

na ausência de estabilidade, volume suficiente para uso em muitos pacientes, por exemplo:

eletrólitos, anti-inflamatórios e antimicrobianos. Analisaram-se os formulários contendo os

cálculos da somatória correspondentes ao período de junho de 2017 a abril de 2018. A partir

dos dados coletados, foi elaborada uma tabela geral, contendo o custo total dos medicamentos

com e sem o uso de somatória, mostrando o valor e a porcentagem de economia obtida. No

período analisado, houve uma economia de R$ 208.258,91, correspondendo a 68%. A análise

mostrou ainda que os meses com os resultados mais satisfatórios foram julho de 2017,

fevereiro e abril de 2018, chegando a uma economia de mais de 70%. A partir disso, percebe-

se a importância do sistema de somatória como mecanismo eficaz e com potencial de

proporcionar resultados de impacto financeiro superiores aos coletados no período em

questão, o que poderá ser confirmado em trabalhos futuros. O sistema de somatória é

resolutivo para redução de custos no uso de medicamentos e tornou-se uma ferramenta

indispensável para a garantia de um melhor aproveitamento de recursos, sem prejuízos ao

paciente.

107

Referências

Cavallini ME, Bisson MP. Farmácia Hospitalar: um enfoque em sistemas de saúde. São

Paulo, Manole; 2002.

Raimundo EA, Dias CN, Guerra M. Logística de medicamentos e materiais em um hospital

público do Distrito Federal. Revistas Face. UFMG; 2014.

Palavras-chave: Somatória. Economia. Medicamentos.

108

IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE ABREVIAÇÃO DE JEJUM PRÉ

OPERATÓRIO EM UM HOSPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO: ESTUDO

PROSPECTIVO DE INTERVENÇÃO

MILENA DAMASCENO DE SOUZA COSTA, Ana Carolina Ribeiro de Amorim,

Patrícia Calado Ferreira Pinheiro Gadelha, Cristiano de Souza Leão

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Após o advento dos protocolos multimodais, observa-se uma atenção aos cuidados

nutricionais, principalmente através da abreviação do tempo de jejum pré- operatório. O

objetivo deste estudo foi avaliar os resultados da implantação de um protocolo de abreviação

de jejum pré-operatório em candidatos a cirurgias do trato gastrointestinal e/ou parede

abdominal. Estudo prospectivo de intervenção tipo antes e depois com pacientes internados na

enfermaria de cirurgia geral e unidade de terapia intensiva cirúrgica do IMIP. O estudo

ocorreu em duas fases: a primeira, referente aos dados pré-implantação, com dados obtidos de

abril a outubro de 2013 envolvendo pacientes submetidos ao jejum pré-operatório

convencional e a segunda fase com os dados do período pós-implantação (junho a novembro

de 2014) com pacientes submetidos ao protocolo de abreviação do jejum pré-operatório. No

protocolo de jejum convencional, os pacientes tiveram sua alimentação suspensa às 22h do

dia anterior à cirurgia, independente do horário agendado para a cirurgia. Após a implantação

do protocolo de abreviação do jejum pré-operatório, os pacientes que foram submetidos à

cirurgia no horário da manhã receberam às 5h 200ml da solução de maltodextrina (12,5%) e

os pacientes que realizaram cirurgia à tarde receberam um desjejum sólido leve às 5h e até as

11h receberam 200ml da solução de maltodextrina (12,5%). O tempo de jejum pré-operatório

foi quantificado a partir da diferença, em horas, entre a indução anestésica e a ingestão da

última refeição ou da ingestão da solução de maltodextrina (12,5%). O tempo de internamento

(em dias) foi calculado a partir da diferença entre a data da alta hospitalar e a data da cirurgia.

Para a análise estatística foi utilizado o programa STATA/SE 12.0 e adotado nível de

significância de 5%. A amostra foi composta por 183 pacientes sendo 99 pacientes na fase

pré-implantação e 84 na fase pós-implantação. Não houve diferença quanto ao porte cirúrgico

antes e após a implantação do protocolo (p=0,377). O tempo de jejum pré operatório foi

reduzido de 12,75 (11,00; 16,00) horas para 4,50 (3,66; 5,50) horas (p< 0,001) sendo nas

cirurgias de porte I essa redução de 13,33 (11,25; 15,50) horas para 4,33 (3,66; 5,50) horas

109

(p< 0,001) e nas cirurgias de porte II de 13,17 ± 2,72 horas para 4,80 ± 2,01 horas (p< 0,001).

Após a implantação do protocolo houve redução do tempo de internamento de 4,0 (2,0; 5,0)

dias para 1,5 (1,0; 4,0) dias.

Referências

Aguilar-Nascimento JE, Bicudo-Salomão A, Caporossi C, Silva RM, Cardoso EA, Santos TP.

Acerto pós-operatório: avaliação dos resultados da implantação de um protocolo

multidisciplinar de cuidados peri operatórios em cirurgia geral. Rev Col Bras Cir.

2006;3:181-8.

Fearon KC, Ljungqvist O, Von Meyenfeldt M, Revhaug A, Denong CH, Lassen K, et al. En-

haced recovery after surgery: a consensus review of clinical care for patients

undergoing colonic resection. Cli Nutr. 2005;24:466-77.

Palavras-chave: Cuidados Perioperatórios. Terapia Nutricional. Jejum. Avaliação de

resultados (cuidados de saúde).

110

IMPLANTAÇÃO DO INDICADOR DE QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA EM

SAÚDE: INCIDÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO (LPP) NOS PACIENTES DA

UTI NEUROLÓGICA DO HOSPITAL PELÓPIDAS SILVEIRA

CINTYA KELLY GOMES CAVALCANTI, Maria Fernanda Aparecida Moura de

Souza, Lídia Lins Sodré, Andreza Gabriela Souza Lins

Hospital Pelópidas Silveira

Pacientes internados em UTI’s Neurológicas apresentam uma alta taxa de permanência

hospitalar agregada a cuidados de alta complexidade, acarretando em maiores riscos para

abertura de Lesões Por Pressão (LPP). Visto a importância em prevenir eventos adversos em

saúde e a relevância dos Indicadores em Saúde no conjunto prevenção/redução de riscos e

danos ao paciente, este trabalho se propõe implantação e manutenção de um indicador em

saúde voltado para Incidência de LPP nos Pacientes internados na UTI Neurológica do

Hospital Metropolitano Pelópidas Silveira. A implantação do indicador foi realizada no mês

de Junho de 2017. Foram realizadas pesquisas nos sites: PROQUALIS (Aprimorando as

práticas em saúde) e CQH (Compromisso com a Qualidade Hospitalar). Foi utilizado formula

de prevalência matemática, na qual possui numerador: número de casso novos de LPP no

internamento e denominador: total de pacientes com alto risco de desenvolver LPP. Os dados

do numerador foram obtidos por meio dos comunicados de eventos da Instituição e das

rondas/visitas realizadas pelos setor da Qualidade/Cuidados com a pele. Os dados para

definição do denominador foram obtidos através do sistema PARI (número de pacientes que

estiveram internados na UTI Neurológica no mês analisado) e do sistema MVPEP (pacientes

com Braden igual ou menor que 14). Na análise retrospectiva foi observado que durante o 1º

semestre de 2017 o Indicador apresentou flutuações importantes, ou seja, havia períodos de

pico e declínio. No 2º semestre as flutuações persistiram. No 1º Semestre de 2017 o maior

valor de abertura de LPP foi de 23%. No segundo Semestre de 2017, o maior valor foi de

24%. Já no 1º trimestre de 2018, o maior valor foi de 45% de abertura. Os altos valores

sinalizados pelo indicador refletem uma inconstante adesão do setor às medidas de prevenção

de LPP’s, apesar de estarem altamente consolidadas nas pautas, rotinas e treinamentos, pois,

os números oscilam com frequência. O Indicador, atualmente, está bem consolidado, é

calculado de forma mensal e tem sido útil na sinalização de oportunidades de melhorias para o

setor. Apesar de ser um processo detalhista, dependente dos dados disponíveis, e de cálculos

111

mensais, a implantação do indicador foi de extrema importância para monitoração de abertura

de lesões e promoção de ações de qualidade que reduzam a sua incidência.

Referências

Fundação Oswaldo Cruz. [cited 2018 Maio 05]. Available from:

https://proqualis.net/seguran%C3%A7a-do-paciente

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira. (cited 2018 Maio 05). Available

from: http://www1.hps.imip.org.br/cms/opencms/hps/pt/conheca/.

Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). (cited 2018 Maio 05). Available from:

http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-de-seguranca-do-

paciente-pnsp

Soares DA, Vendramim FS, Pereira LM, Proença PK, Marques MM. Análise da incidência de

úlcera de pressão no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência em

Ananindeua, PA. Rev Bras Cir Plást [Internet]. 2011;26(4):578-58. Available from:

http://dx.doi.org/10.1590/S1983-51752011000400007

Palavras-chave: Segurança do Paciente. Garantia da Qualidade dos Cuidados de Saúde.

Lesão Por Pressão

112

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR

DOSE UNITÁRIA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE PERNAMBUCO

ELIANE MARIA DE QUEIROZ BANDEIRA DE MELO, Aline Dayse da Silva,

Carlos Alberto Ferraz Vasconcelos, Mercia Cristina Batista Veras

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Existem três sistemas de distribuição de medicamentos: o método Coletivo, onde os

medicamentos são solicitados em nome do setor, cuja responsabilidade é voltada para a

enfermagem que faz a solicitação mediante transcrição da prescrição médica; o Individual,

que tem por objetivo dispensar os medicamentos através da cópia da prescrição médica, para

um período de 24 horas; e o Sistema de Distribuição de Medicamento por Dose Unitária

(SDMDU), que é uma quantidade de medicamentos com forma e dosagem prontas para serem

administradas ao paciente, segundo a prescrição médica, sob supervisão do farmacêutico, em

determinado período de tempo1. Em abril de 2015 o IMIP inaugurou a Central de Dose

Unitária (CDU), dando início ao atendimento pelo método do SDMDU para pacientes

pediátricos. Esse sistema é considerado o mais completo e vantajoso, por existir avaliação da

prescrição médica pelo farmacêutico, possibilitar o acompanhamento farmacoterapêutico do

paciente e propiciar uma dispensação ordenada de medicamentos com segurança, desde a

identificação até o momento da administração2,3. O objetivo deste trabalho é descrever como

o SDMDU garante a qualidade na prestação da assistência à saúde e redução de custos, por

meio de uma utilização eficiente, segura, e racional dos medicamentos. O estudo foi

descritivo. Os resultados em relação à assistência e a redução de custos, após a implantação da

CDU, são referentes ao Hospital Geral de Pediatria e Oncologia Pediátrica no ano 2017,

foram lançados em planilha EXCEL para análise. No ano de 2017 a CDU atendeu uma média

de 3.700 prescrições médicas, produzindo uma média mensal de 16.996 doses unitárias de

medicamentos, todas dispensadas após a avaliação pelo farmacêutico e manipuladas com o

controle de qualidade baseado nas Boas Práticas de Manipulação4. De 95% da quantidade de

intervenções farmacêuticas acatadas, confirmamos que a assistência à saúde com as atividades

clínicas farmacêuticas da CDU, possibilitou maior segurança para os pacientes. Esse resultado

ressalta a idéia de que a diminuição de eventos adversos na hospitalização de crianças diz

respeito à mudança da cultura organizacional das unidades de saúde, com ênfase no cuidado e

uma visão sistêmica da avaliação desses eventos, incluindo os erros de medicação5. Quanto à

113

redução de custos, a avaliação de gastos com medicamentos mostrou que houve diminuição

em 50% ou mais das despesas em cada clínica analisada. Segundo estudos já realizados, o

SDMDU pode gerar consideráveis benefícios econômicos derivados do potencial de poupança

no manejo, uso e dispensação das drogas prescritas 5,6,7,8. Após a implantação da SDMDU,

os atendimentos aos setores se tornaram mais qualificados. Este sistema inovador mostra-se

superior aos demais sistemas de dispensação de medicamentos, por reduzir custos, e

principalmente promover o uso racional e seguro dos medicamentos aos pacientes.

Referências

Araújo SA, Sabates AL. Aspectos facilitadores do Sistema de Distribuição de Medicamentos

por Dose Unitária para a enfermagem. Con Scientiae Saúde. 2010;9(1):47-58.

Azevedo-Anacleto T, Perini E, Mário-Borges R, Cibele-Comini C. Medications errors and

drug-dispensing systems in a hospital lpharmacy. Clinics. 2005;60(4):325-332.

Díaz J, Muñoz I, León A, Camacho N. Implementación del sistema de distribución de

medicamentos en dosis unitaria en un hospital público. Rev Col Cienc Quim-Farm.

1998;27:21-23.

Freitas AR. Vigilância sanitária na farmácia hospitalar: o sistema de distribuição de

medicamentos por dose unitária (SDMDU) em foco [Trabalho de Conclusão de

Curso]. Rio de Janeiro, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio

Arouca/FIOCRUZ/MS; 2005. (cited 2011 Fev 2). Available from:

http://www6.ensp.fiocruz.br/visa/?q=node/5288

Maia Neto JF. Farmácia Hospitalar: um enfoque sistêmico. Brasília: Thesaurus; 1990.

Mato G. Uso de medicamentos: una modalidad de ahorro. Arch Argent Pediatr.

2002;100(3):258-61.

Napal-Lecumberri. El sistema de distribución de medicamentos en dosis unitarias (SDMDU)

en el siglo XXI. Rev Inf Farm Hosp. 2010;2:2-3.

Resolução nº 328, de 22 de julho de 1999. DOU de 26/07/99.

Taxis K, Dean B, Barber N. Hospital drug distribution systems in the UK and Germany- a

study of medication errors. PharmWorld Sci. 1999;21(1):25-31.

Palavras-chave: Sistema de Distribuição de Medicamentos. Dose Unitária. Farmácia

Hospitalar.

114

IMPLANTAÇÃO DO TIME DE HIGIENE DAS MÃOS

MARIA FERNANDA APARECIDA MOURA DE SOUZA,

Marialba de Morais Siqueira, Lidia Lins Sodre, Livia Alves de Medeiros

Hospital Pelópidas Silveira

As IRAS (Infecção Relacionada à assistência à saúde) representam um problema de

relevância para saúde pública com forte impacto clínico, econômico e social, resultando em

aumento da letalidade hospitalar. Dentre as medidas preconizadas para o controle de IRAS, a

higiene das mãos merece destaque, tendo sido instituída há 150 anos e ainda hoje, tem

demonstrado ser uma ação eficaz, prática e de baixo custo. Foi realizado um estudo

observacional, que resultou na descoberta das principais dúvidas, aliada às principais falhas

ocorridas durante a assistência aos pacientes no Hospital Pelópidas Silveira. A Comissão de

Controle de Infecção Hospitalar (CCIH-HPS), no intuito de melhorar a qualidade do cuidado,

aumentando a segurança do paciente, buscando a redução de IRAS, aproveitou o dia mundial

de Higiene das Mãos, para realizar, a Semana de Higiene das mãos, com intuito de

entusiasmar e inquietar todos os Profissionais do HPS, assim como os acompanhantes. Dessa

forma, foi elaborado um evento com sorteio de brindes (álcool gel, porta- adorno, nécessaire),

a partir da resposta de perguntas, que contemplaram a participação de 90 profissionais de

saúde. Com os acompanhantes, foi realizada uma roda de conversas nos setores com

esclarecimento de dúvidas e contribuição dos mesmos, para ser mais uma barreira na

prevenção de danos, envolvendo o familiar no cuidado prestado. Durante a realização, foram

constatadas muitas dúvidas em relação aos momentos cruciais para higiene das mãos, dos

quais pode se averiguar possíveis falhas na realização de procedimentos. Sendo assim,

resolveu-se lançar o “Time de Higiene das mãos”, que estimulasse a participação dos gerentes

setoriais na auditoria de higiene das mãos dos profissionais diretamente relacionados à

assistência. O time consiste na observação baseada nos oportunidades contempladas nos cinco

momentos preconizados pela OMS para higiene das mãos: antes de tocar no paciente, antes de

procedimentos assépticos, após exposição de fluídos, após o contato com o paciente, após o

contato com superfícies. Além de destacar que o produto deve ser adequado ao momento: se

sujidade visível a higiene com água e sabonete. Na ausência de sujidade, álcool gel. O

feedbak deverá ser dado em conjunto com a CCIH, no final das 10 auditorias/profissionais.

Devendo o auditor, realizar feedback de falhas da higiene de mãos, ou de falha na técnica de

115

procedimento, de imediato. Com as evidências acerca da importância da higiene das mãos

quanto à redução nas taxas de infecção e a postura passiva dos profissionais de saúde, quanto

a esse problema mundial, considerou-se mobilizar as gerências, com vistas às vigilâncias das

equipes, com medidas de incentivo à higiene das mãos, que gerem mudanças de

comportamentos.

Referências

Schettert MR. Adesão a Higiene das mãos pelos profissionais de um hospital de trauma pré e

pós intervenção. Instituto Nacional de Ensino Superior e pesquisa: Jacaréi; 2018.

Palavras-chave: IRAS. Higiene das Mãos.

116

IMPLEMENTAÇÃO DE ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO, COM TEMÁTICAS

TRANSVERSAIS, EM CURSOS TÉCNICOS DE SAÚDE

TATIANA CRISTINA MONTENEGRO FERREIRA, Tatiana Cristina Montenegro

Ferreira, Carla Vieira da Silva, Maria Betânia Campos Bezerra

Escola Politécnica de Saúde do IMIP

O processo de integração envolve diversos aspectos, como o desenvolvimento de

competências acadêmicas, cognitivas e de estabelecimento de relações interpessoais positivas.

O desenvolvimento de identidade, autonomia, equilíbrio emocional, projeto vocacional e

estilo de vida que promovem o bem-estar físico e pessoal dos estudantes. No âmbito

educacional, a integração é abordada de maneira a considerar o estudante em sua

individualidade, com o intuito de desenvolver o senso crítico, moldando o profissional em sua

formação profissional técnica, embasadas em conhecimento científico, humanização e ética.

Neste sentido, a integração, é caracterizada como uma prática pedagógica e social, e serve

como ponto fundamental para abordagens de diversos temas inerentes às áreas de atuação de

profissionais de saúde. A proposta de integração considera, a perspectiva de

interdisciplinaridade da prática profissional, inserindo este conceito na formação através do

entrelace curricular dos estudantes de formação técnica em saúde. A Escola Politécnica de

Saúde do IMIP, neste contexto, vem abordando diversas temáticas com o intuito de contribuir

com a reflexão dos estudantes e saúde. Buscando alcançar os objetivos propostos, optou-se

por proporcionar palestras dialogadas e rodas de conversas interativas, para os estudantes dos

cursos técnicos em radiologia e enfermagem, nos qual foram abordadas as seguintes

temáticas: a) Atuação dos profissionais de saúde, diante da diversidade, relacionadas à raça,

cor e gênero; b) Direitos Humanos c) Qualificação profissional na perspectiva dos Recursos

Humanos Resultados: O desenvolvimento da proposta de integração prevê o fomento de

diferentes temas atuais, construídos a partir das diferentes áreas de conhecimento envolvidas

no curso e nas áreas de atuações, de forma articulada, em um exercício de

interdisciplinaridade. Temas esses, que possibilitam o estabelecimento de diferentes interfaces

entre as áreas de conhecimento, em prol de uma formação mais abrangente. Esperase, que as

atividades de integração impactem a formação e a prática profissional, de modo a subsidiar

uma atuação coerente com a perspectiva de sucesso, comprometida com as demandas sociais

e com a transformação das situações de desigualdade e injustiça. A educação requer que

117

questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos estudantes. Porém,

não é possível controlar todos os fatores que interagem na formação de estudantes e não se

trata de impor determinados valores, mas de ser coerente com os valores assumidos,

permitindo aos estudantes uma discussão sobre eles. Em função disso, atividades são

planejadas, com o intuito de integrar, buscando oferecer aos estudantes condições de superar

obstáculos, desenvolvendo o autoconhecimento e a autonomia. Capacidades como dialogar,

participar e cooperar, são conquistas feitas paulatinamente, que necessitam ser reafirmadas e

retomadas constantemente.

Referências

Baldoino AS, Veras RM. Análise das atividades de integração ensino-serviço desenvolvidas

nos cursos de saúde da Universidade Federal da Bahia 17. Rev Esc Enferm USP.

2016;50:017-024.

Ferreira JA, Almeida LS, Soares AP. (2001). Adaptação académica em estudante do 1º ano:

diferenças de gênero, situação de estudante e curso. Psico-USF [Internet]. 2001;6(1):1-

10. Avail-able from: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-

82712001000100002&script=sci_abstract&tlng=pt

Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos

temas transversais, ética. Brasília: MEC/SEF; 1997.

Palavras-chave: Educação. Saúde. Integração.

118

IMPLEMENTAÇÃO DO CENTRO DE TREINAMENTO EM SUPORTE BÁSICO

DE VIDA

RITA DE CÁSSIA CORDEIRO BASTOS LEITE DOS ANJOS,

Cristiane Russo Wanderley Gomes

Hospital Dom Hélder Câmara

O hospital Dom Hélder Câmara, situado na BR 101 Sul, Km 28, no Cabo de Santo Agostinho

é referência em Cardiologia no estado de Pernambuco. Dentre este contexto, em 2017 foi

implantado um Centro de Treinamento regulamentado pelo InCor - SP, com a finalidade de

capacitar profissionais da área de saúde para desempenhar habilidades práticas em Suporte

Básico de Vida (SBV), pois as manobras executadas no SBV são determinantes no

prognóstico da vítima, exigindo assim uma equipe bem treinada, por ser um evento que requer

ações rápidas, eficazes e integradas. Nesse contexto, o presente estudo objetivou divulgar o

CETE (Centro de Treinamento) e torná-lo referência em treinamento de Suporte Básico de

Vida (SBV) em Pernambuco. Trata-se de um relato de experiência das instrutoras do Suporte

Básico de Vida (SBV), lotadas no Hospital Dom Hélder Câmara. Resultado: A princípio, o

CETE treinou 12 profissionais, sendo desses 10 enfermeiros e 02 fisioterapeutas, a fim de

formar futuros instrutores. Após esse treinamento, foram escolhidos utilizando o critério

NOTA, 06 alunos aprovados para fazerem o treinamento de Instrutor BLS Provider. O InCor

realizou o trainee com 02 enfermeiras, as quais estão ministrando os cursos para os demais

profissionais. Até o presente momento foram treinados 59 profissionais, entre eles

enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, sendo o treinamento feito utilizando o

método preconizado pela American Heart Association (AHA), onde o aluno assiste e pratica

simultaneamente as técnicas e os instrutores conduzem as discussões e simulações de casos. O

CETE visa, através do BLS, tornar a assistência dos alunos que prestam cuidados de saúde

uniforme, preparando-os para atuar em vários ambientes. Praticando ao longo da aula a

técnica correta de RCP de alta qualidade em lactentes, crianças e adultos; o manuseio do

Desfibrilador Externo Automático (DEA); o conhecimento das cadeias de sobrevivência e

demonstrando a importância de ser eficaz em um time de ressuscitação dentre outras

habilidades. Os alunos saem aptos após aprovação nas provas teórica e prática, caso o

contrário, repetem o curso. Foram formados profissionais atuantes em Unidades de Pronto

Atendimento da Gestão IMIP. Visto que, o profissional quando finaliza o curso passa a

119

encarar situações de PCR com maior domínio do tema, assumindo suas responsabilidades

perante a equipe multidisciplinar de maneira coerente e organizada baseada em evidências

cientificas.

Referências

Manual do Instrutor Suporte Básico de Vida, American Heart Association/Guidelines; 2015.

Palavras-chave: Suporte Básico de Vida. Parada Cardiorrespiratória. Educação Permanente.

120

IMPLEMENTAÇÃO DO REGISTRO DA AVALIAÇÃO FARMACÊUTICA DAS

PRESCRIÇÕES MÉDICAS DE PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS

ALINE DAYSE DA SILVA, Camila Barros e Silva Vasconcelos,

Eliane Maria de Queiroz Bandeira de Melo, Mercia Cristina Batista Veras

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A avaliação farmacêutica das prescrições médicas permite a identificação de possíveis

Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM) e traçar condutas para evitar ou minimizar

danos a saúde. Um instrumento com registro das avaliações e sua disponibilidade para a

equipe multiprofissional resulta em uma assistência qualificada para os pacientes. Na

oncologia, a farmacoterapia dos pacientes é complexa, pois outros agentes medicamentosos

são prescritos além dos antineoplásicos, como os indicados para terapia suporte e para co-

morbidades, acarretando um grande potencial de interações e incompatibilidades

medicamentosas. Esse relato visa descrever a implementação do registro da avaliação

farmacêutica das prescrições médicas de pacientes oncológicos pediátricos do IMIP, como

ferramenta para contribuir com a utilização segura de medicamentos. Os registros são

realizados com prescrições da Unidade de Oncologia Pediátrica IV e UTI Oncológica

Pediátrica. Criou-se um formulário com campos para o preenchimento das interações e

incompatibilidades medicamentosas e outras observações. Após a classificação do paciente

como alto risco, verificamos as interações e incompatibilidades medicamentosas, por meio

das plataformas disponibilizadas pela instituição, o Micromedex solutions e UpToDate, e

outras literaturas. Desde novembro de 2017 até 15 de maio de 2018 foram avaliadas 67

prescrições, das quais, 27 (40%) foram de pacientes de alto risco. As interações

medicamentosas de importância clínica são classificadas, segundo o UpToDate, como: (C) É

necessário monitorar a terapia, (D) Pode ser necessário modificar a terapia e (X) Deve-se

evitar a combinação. Foram registradas 98 interações medicamentosas, 72 (73,46%)

interações tipo C, 21 (21,42%) interações tipo D e 5 (5,10%) interações tipo X. Para cada

interação, registramos o mecanismo e a conduta que pode ser tomada para evitar ou minimizar

PRM. Catalogou-se 118 incompatibilidades medicamentosas, a conduta nesses casos, é de

separar os horários de administração dos fármacos ou lavar o acesso, para que não causem

danos ao paciente. Segundo membros da equipe multidisciplinar, a qual esses registros foram

dirigidos, essa atividade representa uma iniciativa muito importante, pois o conhecimento das

121

interações e incompatibilidades medicamentosas tem propiciado um melhor manejo das

drogas, amenizando as possíveis complicações iatrogênicas, possibilitando melhor evolução e

êxito no tratamento dos pacientes. Esse resultado confirma o estudo de Bernardi7, em que

mais de 90% das intervenções farmacêuticas realizadas foram consideradas pertinentes pela

equipe de saúde, evidenciando a necessidade e importância do farmacêutico integrado à

equipe multidisciplinar. O registro da avaliação farmacêutica das prescrições médicas oferece

suporte e direcionamento na farmacoterapia, propicia o compartilhamento de conhecimento

na equipe, promovendo a segurança do paciente.

Referências

Andrade CT, Magedanz AM, Escobosa DM, Tomaz WM, Santinho CS, Lopes TO, et al. A

importância de uma base de dados na gestão de serviços de saúde. Einstein (SP).

2011;10(3):360-5.

Bernardi EA, Rodrigues R, Tomporoski GG, Andrezejevski VM. Implantação da avaliação

farmacêutica da prescrição médica e asações de farmácia clínica em um hospital

oncológico do Sul do Brasil. Revista Espaço para a Saúde. 2014;15(2):29-36.

Copyright IBM micromedex Web aplicattions access [Internet]. Available from:

http://www.micromedexsolutions.com/micromedex2/librarian. 2018.

Leendertse AJ, Koning FH, Goudswaard AN, Jonkhoff AR, Bogert SC, Gier HJ, et al.

Prevent-ing hospital admissions by reviewing medication (PHARM) in primary care:

design of the cluster randomised, controlled, multi-centre PHARM study. BMC Health

Services Research. 2011;11(4):1-13.

Levêque D, Delpeuch A, Gourieux B. New anticancer agents: Role of clinical pharmacy

services. Anticancer Res. 2014;34:1573-8.

Lexicomp Drug Interactions. Available from: https://www.uptodate.com/drug-

interactions/?source=responsive_home#di-analyze.

Martinbiancho JK, Zuckermann J, Mahmud SD, Santos L, Jacoby T, Silva D, et al.

Development of Risk Score to Hospitalized Patients for Clinical Pharmacy:

rationalization in a high complexity hospital. Latin American Journal of Pharmacy

(Formerly Acta Farmacéutica Bonaerense). 2011;30(7):1342-1347.

Palavras-chave: Assistência Farmacêutica. Avaliação de Medicamentos. Tratamento

Farmacológico. Segurança do Paciente.

122

IMPORTÂNCIA DE UM GRUPO DE PESQUISA NA PRODUÇÃO E

DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO EM CIRURGIA CARDIOVASCULAR:

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA UNIDADE DE CIRURGIA CARDÍACA DO IMIP

TAÍS LINS SEVERO DA SILVA, Stephanie Steremberg Pires D’Azevedo, Fernando

Augusto Marinho dos Santos Figueira, Cristiano Berardo Carneiro da Cunha

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Atualmente, o Brasil vivencia um crescimento na área de Ensino e Pesquisa, que aos poucos

se fortalece como ciência e com a ajuda da tecnologia e inovação aproxima-se o

conhecimento científico a uma assistência de saúde de qualidade. A trajetória percorrida

diariamente pelos profissionais para obterem o reconhecimento de ciência requer dedicação,

perseverança, especializações, para que haja um empoderamento científico consolidando uma

prática baseada em evidências. Partindo das observações e das dificuldades encontradas ao

longo da carreira acadêmica, atualmente desenvolve-se no IMIP, um Grupo de Pesquisa em

Cardiologia e Transplante Cardíaco, tendo como finalidade a elaboração e apresentação de

trabalhos científicos que contribuam para a construção do conhecimento da equipe

multidisciplinar. O objetivo deste trabalho foi relatar a importância de um grupo de pesquisa

na produção e divulgação do conhecimento em cirurgia cardiovascular e a experiência da

unidade de cirurgia cardíaca do IMIP. Trata-se de um relato de experiência da criação de um

grupo de pesquisa em cirurgia cardiovascular e do impacto de tais atividades na produção de

trabalhos científicos e na construção de profissionais atualizados e baseados em evidências

científicas. O grupo de pesquisa teve início em novembro de 2016, na Unidade de Cirurgia

Cardíaca do IMIP, sendo composto por duas enfermeiras e pela equipe de cirurgia cardíaca. A

partir das observações do grupo de profissionais envolvidos, notou-se a necessidade da

elaboração de atividades baseadas em evidências científicas, junto à elevação de produção

científica pelos profissionais. Com isso, o grupo de cirurgiões cardiovasculares e as

enfermeiras iniciaram coletas de dados, preenchimento de formulários, elaboração de

planilhas, publicações de trabalhos com a finalidade de promover uma assistência com mais

qualidade e embasamento científico. Os resultados foram tão positivos, que o grupo expandiu-

se e atualmente íntegra estudos multicêntricos internacionais, todos voltados para a área de

cirurgia cardíaca. Um das grandes conquistas foi à inserção de estudantes de graduação e

residentes como colaboradores do grupo, contribuindo para a formação destes, no que se

123

refere ao desenvolvimento de pesquisas científicas. No âmbito da assistência à saúde, busca-

se avaliar a qualidade dos serviços prestados, com o aprimoramento e a excelência com a qual

é prestada. Os desafios encontrados até a consolidação de um grupo de Ensino e Pesquisa não

são poucos. Mas, é importante ressaltar que esta prática é fundamental para a construção de

uma equipe integrada, uma assistência qualificada, por meio da interação de todos os

profissionais envolvidos, e um cuidado holístico e não limitado ao cliente. Por meio do

aprimoramento científico, obtém-se profissionais capacitados e comprometidos com a busca e

idealização do saber.

Referências

Ferreira RE, Tavares CM, Kebian LV. Produção científica relacionada ao mestrado

profissional em enfermagem. Rev enferm UFPE. 2018;12(3):763-71.

Fortuna CM, Mishima SM. A pesquisa de enfermagem e a qualificação da assistência:

algumas reflexões. Rev Eletr Enf. 2012;14(4):740-2.

Silva ÍR, Leite JL, Trevizan MA, Mendes IA, Silva TP, Lins SM. Aprender pela pesquisa: do

ensino da ciência do campo assistencial da enfermagem. Esc Anna Nery.

2017;21(4):201-3.

Palavras-chave: Assistência. Conhecimento. Ensino. Pesquisa.

124

INSERÇÃO DO HOSPITAL PELÓPIDAS SILVEIRA NO PROJETO:

“MELHORANDO A SEGURANÇA DO PACIENTE EM LARGA ESCALA NO

BRASIL”

MARIALBA DE MORAIS SIQUEIRA, Maria Fernanda Aparecida Moura de Souza,

Lívia Alves de Medeiros, Lídia Lins Sodré

Hospital Pelópidas Silveira

Sendo a Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) um problema de saúde pública

que tem forte impacto clínico, econômico e social, que traz consigo outras questões, como a

resistência aos antimicrobianos, consistindo num dos maiores Eventos Adverso associado ao

óbito, que chegam a somar 83 mortes/dia ou 30 mil morte/ano no Brasil. Foi realizada uma

análise comparativa com dados retrospectivos referentes ao ano de 2017, que consta nos

relatórios mensais da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), dos pacientes

internados na UTI Neurológica do Hospital Pelópidas Silveira, os quais geraram uma mediana

que ratificam uma redução na incidência de IRAS, ao longo de 2018, por meio de diretrizes

firmadas a partir do ingresso no projeto: “Melhorando a segurança do paciente em larga

escala no Brasil”. A Direção Hospitalar em parceria com a CCIH, no intuito de melhorar a

qualidade do cuidado, aumentando a segurança do paciente, a partir da redução de IRAS,

ingressou em um colaborativa Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único

de Saúde (PROADI-SUS), firmado entre Ministério da Saúde e o Institute for Healtcare

Improvement (IHI), que por sua vez tem como objetivo reduzir em 50% as IRAS. Foram

registrados os dados pertinentes às IRAS, gerando assim uma mediana para: Pneumonia

Associada a Ventilação Mecânica (PAV): 5,44; Infecção Primária de corrente sanguínea

(IPCS): 5,63; Infecção de Trato Urinário (ITU): 2,13. A partir dessas medianas, decidiu-se

traçar um objetivo, que norteasse a equipe a direcionar os planejamentos, sendo este: Reduzir

a densidade de incidência de IPCS para 3,9, PAV 3,8 e ITU para 1,9, em 12 meses. A partir

desse objetivo, definiu-se uma série de prioridades, tais como: Retorno das Visitas

multidisciplinares; Lançamentos das Visitas de Enfermagem; Checklist de visitas melhores

definidos; Visita estendida, dentro da UTI, associada ao envolvimento familiar no cuidado

prestado; Criação do “Time de higiene das mãos”; Realização da semana de Higiene das

mãos; Criação do quadro de metas diárias. Os resultados foram observados em cinco meses de

projeto, reduzindo a mediana de IPCS para 4,03 e ITU para 0. A única mediana que não

125

obteve êxito foi a de PAV: 6,10, apesar dos esforços desenvolvidos para esse fim. No entanto,

quando comparada com a mediana nacional (13,75), a do HPS se mostra aquém, apesar de ser

um hospital de referência Neurológica, que o cliente que persiste no ventilador, propiciando o

desenvolvimento de PAV. Além disso, observa-se uma progressão notória de alguns

indicadores, que impactam na redução de IRAS, com medidas de prevenção,

auditoria/melhoria dos procedimentos de Enfermagem, assegurando uma assistência livre de

danos. Frente à magnitude epidemiológica que as IRAS vêm tomando, torna-se cada vez mais

necessário assegurar a qualidade da assistência prestada e, consequentemente, reduzir óbitos

dentro dos serviços de saúde.

Referências

Silva SG, Nascimento ER, Salles RK. Pneumonia associada à ventilação mecânica: discursos

de profissionais acerca da prevenção. Esc Anna Nery. 2014;18(2):290-5.

Souza P. Epidemia de IRAS no Mundo e no Brasil. Colaborativa PROADI-SUS Sessão de

Aprendizagem. 2017 Dez 11-3.

Palavras-chave: IRAS. Segurança do Paciente.

126

INSTRUMENTALIDADE DO SERVIÇO SOCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

ACERCA DA NOTIFICAÇÃO E ENCAMINHAMENTO DOS CASOS DE

VIOLÊNCIA IDENTIFICADOS NA UPA PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA

ANDRÉA RAMOS CAMPOS GALVÃO, Virginia da Silva Machado

UPA Professor Fernando Figueira

O profissional de Serviço Social tem como objeto de seu trabalho a questão social, que se

representa através das inúmeras expressões, sendo uma delas a violência. Levando em

consideração que a UPA 24h é um serviço de porta de entrada para urgência e emergência,

onde ocorre o primeiro contato com pessoas vítimas de violência, se faz necessário, uma

equipe multiprofissional, com trabalho interdisciplinar e com sensibilidade para abordagem

adequada a determinados casos. Neste contexto, é de suma importância à inserção do

profissional de serviço social, haja vista a necessidade do atendimento humanizado e integral

às pessoas vítimas de violência, compreendendo assim um trabalho interdisciplinar, deixando

de ser um atendimento meramente biomédico. Desta forma, a equipe de serviço social da

UPA Professor Fernando Figueira se propõe a apresentar a experiência da sistematização dos

instrumentos utilizados nos atendimentos voltados às pessoas em situação de violência na

urgência e emergência. O presente trabalho trata de uma pesquisa de natureza qualitativa e

descritiva sendo utilizada como técnica a analise dos instrumentos utilizados pelo Serviço

Social da UPA Professor Fernando Figueira, acerca das notificações e encaminhamentos dos

casos de violência identificados por este setor. Os instrumentos analisados foram: 1. planilha

de relatórios, relatos e notificações de violências do SINAN realizadas pelo Serviço Social,

nas quais o serviço social passou a registrar todos os casos de violências atendidos desde

agosto 2016. Anteriormente, os dados eram contabilizados apenas de forma quantitativa;

Planilha de registro de evasão de pacientes, registro realizado pela portaria da unidade; Folder

elaborado pelo serviço social o qual trata sobre violência, com orientação aos Profissionais de

Saúde. Os instrumentais analisados compreendem os citados acima os quais são utilizados

pelo serviço social da UPA Professor Fernando Figueira para intervenção nos casos de

violência identificados na unidade. Os resultados apontam que a instrumentalidade é parte

fundamental no processo de trabalho do assistente social. Tal profissional possui o aporte

teórico necessário para avaliação crítica dos instrumentais aplicados a seu cotidiano de

trabalho e assim, extrair deles respostas profissionais objetivas. Neste contexto, foi realizada a

127

análise dos instrumentos utilizados na UPA Professor Fernando Figueira relacionados à

notificação e/ou encaminhamento de casos de violência. Por fim, conclui-se que é de extrema

importância elaborar protocolos a fim de definir o fluxo de encaminhamentos para os serviços

institucionais, sendo recomendado ao profissional realizar suas orientações visando o acesso

dos pacientes e seus familiares aos direitos sociais.

Referências

Krug EG, Dahlberg LL, Mercy JA, Zwi AB, Lozano R, editores. Violência: um problema

mundial de saúde pública. In: Relatório mundial sobre violência e saúde. Genebra:

OMS; 2002. p. 3-19.

Matos E, Pires DE, Campos GW. Relações de trabalho em equipes interdisciplinares:

contribuições para a constituição de novas formas de organização do trabalho em

saúde. Rev Bras Enferm. 2009;62(6):863-69.

Minayo MC. Violência contra idosos: relevância para um velho problema. Cad Saúde Pública.

2003;19(3):783-91.

Ministério da Saúde (BR). Notificação de maus-tratos contra crianças e adolescentes pelos

profissionais de saúde: um passo a mais na cidadania em saúde. Brasília: Ministério da

saúde; 2002. (Série A. Normas e manuais técnicos, n.67).

Portaria MS/GM nº 675, 30 de março de 2006, publicada no DOU, Seção 1, Direito dos

Usuários dos SUS. Available from:

http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/CIB/LEGIS/PortGMMS_675_30marco_200

6_carta_dos_direitos.pdf

Palavras-chave: Instrumentalidade. Serviço Social. Violência.

128

INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA COMO ESTRATÉGIA PARA EVITAR

EVENTOS ADVERSOS DOS MEDICAMENTOS EM PEDIATRIA

CAMILA BARROS E SILVA VASCONCELOS, Aline Dayse da Silva, Camila Vitorio

Menezes Novaes, Eliane Maria de Queiroz de Melo

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Os Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM) constituem a principal causa de

eventos adversos, destacando os erros de medicação associados às prescrições médicas como

fator evitável de risco ao paciente. A análise da prescrição médica é uma das principais

atividades do farmacêutico hospitalar e clínico, pois através desta, é possível realizar a

intervenção farmacêutica, identificar e prevenir os PRMs. Neste contexto, a intervenção

farmacêutica atua como uma barreira para reduzir os eventos adversos, em especial, os erros

de medicação, uma vez que a dispensação do medicamento só ocorre após a avaliação e

intervenção, quando necessária, da prescrição médica pelo farmacêutico. O presente relato de

experiência propõe demonstrar e avaliar a importância da intervenção farmacêutica como

instrumento minimizador de possíveis riscos associados aos medicamentos administrados aos

pacientes pediátricos do IMIP. Foi realizado um estudo retrospectivo no período de 01 de

novembro de 2017 a 30 de abril de 2018, na Central de Dose Unitária (CDU) do IMIP. As

intervenções foram quantificadas e organizadas de acordo com o formulário de Intervenção

Farmacêutica padronizado pelo setor e os dados obtidos foram coletados a partir das

prescrições médicas recebidas diariamente de clínicas pediátricas atendidas pela CDU. Após a

avaliação das prescrições no período estudado, foram preenchidos um total de 273

formulários de intervenção farmacêutica. No formulário, constam informações para registro

de prescrição com informações incompletas, medicamento transcrito/prescrito incorretamente,

sem diluição aconselhada, com apresentação e reconstituição/diluição não padronizadas, dose

abaixo ou acima da recomendada, sem apresentação completa e problemas com a via de

administração. O maior índice foi o de Medicamento com apresentação não padronizada

(23,1%), seguido da Reconstituição/Diluição não padronizada (18,3%). Quanto à legibilidade

da prescrição e segurança medicamentosa, a maior incidência encontrada foi associada às

Prescrições contendo informações incompletas (ex.: sem peso, nome, horário de

administração) (17,9%), Medicamento transcrito/prescrito incorretamente (ex.: nome

comercial) (15,4%) e Medicamento sem apresentação completa (11,4%), e por fim, os

129

Medicamentos com dose abaixo ou acima da recomendada (7,7%). A conduta tomada após a

verificação de inconformidades é através do contato com o prescritor, relatar o problema ou

sugerir uma modificação. Vale salientar que apenas seis intervenções (2,2%) não foram

acatadas pelos médicos e 24 (8,79%) não tiveram retorno, o que indica uma aceitação de 243

intervenções (89,01%) do total. O relato permitiu avaliar a importância da intervenção

farmacêutica realizada pela Central de Dose Unitária do IMIP, através dos resultados obtidos,

ser um instrumento de barreira contra eventos adversos e, consequentemente, promoção da

segurança do paciente.

Referências

Araújo PT, Uchôa SA. Avaliação da qualidade da prescrição de medicamentos de um hospital

de ensino. Re. Ciência e Saúde. 2011;16(1):1107-4.

Khalili H, Farsaei S, Rezaee H, Dashti-Khavidaki S. Role of clinical pharmacists’

interventions in detection and preventionof medication errors in a medical Ward. Int J

Clin Pharm. 2011;33(2):281–4.

Lucca JM, Ramesh M, Narahari GM, Minaz N. Impact of clinical pharmacist interventions on

the cost of drug therapy inintensive care units of a tertiary care teaching hospital. J

Pharmacol Phar-macother. 2012;3(3):242-7.

Nurgat ZA, Al-Jazairi, Abu-Shraie N, et al. Documenting clinical pharmacist intervention

before and afer the introduction ofa web- -based tool. Int J Clin Pharm.

2011;33(2):200-7.

Palavras-chave: Assistência farmacêutica. Segurança do paciente. Prescrição de

medicamentos. Pediatria.

130

INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA OCUPACIONAL E GRUPO DE PACIENTES

COM SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

CATHARINA MACHADO PORTELA, Jamine Cunha dos Reis,

Maria Soraida da Silva Cruz, Weldma Karlla Coelho

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Abordagem grupal visa atingir os objetivos funcionais, compreendendo o grupo como espaço

que possibilita a união com o outro, de trocas de identificações, e confrontos facilitando assim

o sujeito com deficiência no processo de reabilitação . O objetivo deste estudo é relatar a uma

experiência de intervenção terapêutica ocupacional em grupo de pacientes com sequelas de

Acidente Vascular Cerebral (AVC). Tipo de estudo é um relato de experiência, de natureza

descritivo, que aconteceu no setor de Terapia Ocupacional do Centro de Reabilitação e

Medicina Física Prof. Ruy Neves Baptista do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando

Figueira (IMIP), no período de dezembro 2017 a janeiro de 2018. O público alvo foi pacientes

adultos com sequelas de AVC de ambos os sexos, com idade entre 30 e 60 anos, atendidos

por terapeutas ocupacionais em grupo. Cada grupo tinha uma média de três a cinco

integrantes, com duração de tempo de quarenta minutos à uma hora. A coleta de dados se deu

pela observação participante e condução dos grupos das intervenções terapêutico-ocupacional,

nas quais foram feitas as anotações após o término dos atendimentos. Dentre as atividades,

priorizavam-se demandas motoras, associando com trabalho de componentes cognitivos.

Treino de Atividades de Vida Diária e Instrumentais, jogos de encaixe e arremesso com

materiais que oferecem resistência, massa moldável para um trabalho de motricidade fina,

entre outros. As atividades selecionadas para cada grupo foram escolhidas a partir da

discussão entre terapeutas quanto às melhores maneiras de adaptar as atividades a realidade de

cada sujeito, visando o aprendizado motor e assim transposição do que foi praticado para

favorecer o desempenho ocupacional. A colaboração entre os pacientes e o empenho na

realização das tarefas propostas era bem evidentes. Observou-se que a intervenção grupal na

reabilitação ao paciente com sequelas de AVE na sessão de terapia ocupacional tem

características muito positivas não apenas no desempenho das ocupações, mas também

proporciona a interação interpessoal, o manejo da própria deficiência e das limitações, motiva

o engajamento nas atividades de reabilitação, e favorece o reconhecimento de potencialidades

e da busca por autonomia e independência no dia a dia.

131

Referências

Cavalcanti A, Dutra FC, Elui VM. Estrutura da prática da terapia ocupacional: domínio e

processo. Revista de Terapia Ocupacional Universidade São Paulo. 2015;26(ed.

esp):1-49.

Samea M. O dispositivo grupal como intervenção. Revista de Terapia Ocupacional da

Universidade São Paulo. 2008;19(2):85-90.

Scheffer M., Monteiro JK, Almeida RM. Frontal stroke: problem solving, decision making,

im-pulsiveness, and depressive symptoms in men and women. Psychology e

Neuroscience. 2011;4(2):267-78.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional. Acidente Vascular Cerebral. Reabilitação. Grupos.

132

INTRODUÇÃO DO ENFERMEIRO AO AMBULATÓRIO DE ANTICOAGULANTE

ORAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

RENATA LAUREANE DE SÁ MARCOLINO, Andreza do Carmo de Albuquerque

Pôrto Meira, Cristiane Russo Wanderley Gomes

Hospital Dom Helder Câmara

O uso da terapia anticoagulante tem aumentado significativamente nas últimas décadas devido

à sua eficácia e segurança comprovadas, além de suas inúmeras indicações. Assim, casos de

fibrilação atrial, trombos intracardíaco, trombose venosa profunda, infarto agudo do

miocárdio, trocas valvares, dentre outros eventos tromboembólicos suscitam tratamentos

medicamentosos específicos como a anticoagulação. Estudos demonstram que pacientes com

seguimento no ambulatório de enfermagem são instrumentalizados para o autocuidado bem

como uma maior adesão ao tratamento farmacológico, diminuindo o número de internações

por complicações ou descompensação de quadros mórbidos, sendo de fundamental

importância a presença do enfermeiro no ambulatório de Razão Normalizada Internacional

(INR). Tendo como objetivo descrever a experiência de um enfermeiro ao iniciar atividades

no ambulatório com pacientes em uso de anticoagulantes oral. Trata-se de um relato de

experiência relacionado à implementação da enfermagem no ambulatório de um hospital de

referência em cardiologia no período de outubro de 2017 a abril de 2018. A partir da

introdução do enfermeiro no ambulatório egresso pode-se perceber que a média de pacientes

atendidos aumentou gradativamente de 37,5 pacientes semanalmente no mês de setembro para

72 pacientes/sem no mês de abril de 2018, de acordo com a análise dos dados coletados no

sistema do ambulatório e durante a consulta de enfermagem. O número de pacientes com o

valor de INR normal aumentou ao longo do período analisado e isso, provavelmente está

diretamente relacionado com a consulta de enfermagem. Sendo a mesma realizada dando

ênfase à educação e à saúde, esclarecendo sobre as indicações do anticoagulante oral; modo

de ação; efeitos colaterais; possíveis eventos adversos; uso inadequado da medicação e não

adesão ao tratamento; acerca das interações com outros medicamentos e alimentos e uso de

bebidas alcoólicas, educação permanente entre as equipes e pacientes/familiares; avaliar se o

paciente encontra-se no alvo terapêutico, segundo avaliação do INR; registrar no banco de

dados próprio do ambulatório as observações da consulta. Durante o tempo observado, pode-

se perceber o grande benefício na introdução do enfermeiro no ambulatório e suas ações

133

focadas na educação em saúde. Sabemos que a relação entre bem estar e ausência de doenças

é muito forte neste contexto, já que o paciente em uso de coagulação oral possui uma doença

de base e precisa compreender os melhores métodos de manter-se estável. Assim, a

enfermagem contribui grandemente com suas orientações e esclarecimentos, além de manter

uma boa relação enfermeiro-paciente, incentivando-o na continuidade do acompanhamento

mensal.

Referências

Avila CW, et al. Adesão farmacológica ao anticoagulante oral e os fatores que influenciam na

estabilidade do índice de normatização internacional. Rev Latino-Am Enfermagem.

2011;19(1):18-25.

Groia RC, et al. Estratégias para promoção da adesão em um ambulatório de anticoagulação:

contribuição para a efetividade do tratamento. Rev Bras Farm. 2015;96(2):1160-7.

Pitthan L, et al. Protocolo de serviço manejo da anticoagulação oral ambulatório de

enfermagem. Santa Maria: hospital universitário de Santa Maria; 2016.

Palavras-chave: Enfermagem. Assistência Ambulatórial. Anticoagulante.

134

LASERTERAPIA DE BAIXA POTÊNCIA NO TRATAMENTO DE

MANIFESTAÇÕES ORAIS DA SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON:

RELATO DE CASO

ALEXSANDRO DOS SANTOS SILVA, Fabiana Moura da Motta Silveira,

Ana Catarina Imbelloni Vasconcelos, Andoni do Amaral Alaña Capanaga

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A Síndrome de Stevens-Johnson é classificada como uma emergência dermatológica, sendo o

resultado de uma reação de hipersensibilidade do tipo tardia. Como etiologia podem ser

citados agentes infecciosos e medicamentos. É caracterizada por erosões em mucosas, bolhas

pequenas e lesões eritematosas ou purpúricas que são diferentes dos alvos clássicos. A boca é

afetada em aproximadamente 90% dos casos, sendo observadas úlceras, dor e crostas

hemorrágicas. Esse quadro diminui a aceitação da dieta oral levando a desidratação e

desnutrição. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico de Síndrome de Steve-

Johnson e o tratamento das lesões orais advindas dessa patologia. Relato do caso: Paciente

MPGS do sexo feminino, 13 anos, procedente de Afogados da Ingazeira, encaminhada do

centro hospitalar Dr. José Evóide de Moura para o Hospital IMIP no dia 24 de março de 2016.

Paciente apresentou dor de garganta associada à astenia, e ao procurar o serviço médico em

sua cidade, foi prescrito pelo profissional Amoxicilina 850 mg + Clavulanato 125 mg. Após o

uso da medicação, apresentou edema em lábios, manchas difusas na pele, conjuntivite, com

piora progressiva do quadro e episódio febril (39,1 C°), sendo encaminhada ao IMIP. Ao

exame físico, foram vistas manchas purpúricas em pele, lesão bolhosa em face, secreção

purulenta e lesões na cavidade oral que impossibilitavam a alimentação normal, havendo

necessidade de uso de sonda nasoenteral (SNE). A paciente foi diagnosticada com Stevens-

Jhonson, e foi iniciado o tratamento com corticoterapia. Para as lesões orais, a Equipe de

Odontologia recomendou laserterapia diária, utilização de Clorexidina 0,12 %, elixir de

Dexametasona e Vitamina E de uso tópico. O protocolo da laserterapia consistiu em

aplicações pontuais (2J por ponto) mantendo-se aproximadamente 1 cm de distância entre

cada ponto irradiado, perpendicular ao tecido e em contato com as lesões (quando possível),

com 650 nm de comprimento de onda. Após a primeira aplicação, o quadro evoluiu com

melhora das lesões orais, possibilitando a alimentação da paciente sem uso da SNE, e

consumo de alimento mais consistentes. O laser na Odontologia mostra-se como uma

135

alternativa terapêutica eficaz, de técnica simples e resultados promissores. O laser de baixa

potência promove efeito biomodulador positivo nos tecidos, induzindo reparação celular,

analgesia e efeito anti-inflamatório. Por suas propriedades, o laser é indicado para tratamento

de diversas afecções que acometem o aparelho estomatognático. Os tratamentos em saúde

devem ser realizados por equipe multidisciplinar, lançando mão de saberes e técnicas

inovadoras para recuperação da saúde dos pacientes. O laser de baixa potência, no caso

apresentado, possibilitou a recuperação em menor tempo da paciente, não somente em termos

de sintomatologia e apresentação clínica das lesões orais, mas também funcionalmente,

contribuindo para o aumento da qualidade de vida e sucesso do tratamento.

Referências

Barrick C, Macatuna E. Progressive Rash, Oral Lesions, and History of Antibiotic Use in a

17-Year-Old Boy: Stevens–Johnson Syndrome: A Case Report. Clinical Pediatrics.

2014;53(11):1101–5.

Belver MT, et al. Severe delayed skin reactions related to drugs in the paediatric age group: a

review of the subject by way of three cases (Stevens---Johnson syndrome, toxic

epidermal necrolysis and DRESS) Allergol Immunopathol (Madr). 2016;44(1):83-95.

Fathallah N, et al. Co-amoxiclav-induced Stevens Johnson Syndrome in a child. Pan African

Medical Journal [Internet]. 2013;14(38):1937-8688. Available from: doi:

0.11604/pamj.2013.14.38.1408

Saeed H, Mantagos IS, Chodosh J. Complications of Stevens–Johnson syndrome beyond the

eye and skin. Burns [Internet]. 2016;42(1):20-7. Available from: doi:

10.1016/j.burns.2015.03.012

Palavras-chave: Lasers. Síndrome de Stevens-Johnson. Hipersensibilidade. Antibacterianos.

136

LASERTERAPIA PARA TRATAMENTO DE LESÕES ORAIS EM PACIENTE

COM PANCITOPENIA: UM RELATO DE CASO

BRUNA YASMIN DE BRITO SILVA, Fabiana Moura da Motta Silveira,

Camila de Paula Rosendo, Niviane Marielly da Costa

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Lesões agudas e crônicas são vistas na mucosa oral com grande freqüência. Algumas lesões

são facilmente identificadas, outras, não. A ulcera se dá pelo rompimento do epitélio oral que

normalmente expõe as terminações nervosas na lâmina própria subjacente, resultando em dor.

Para essas lesões, o tratamento deverá amenizar os sintomas e acelerar a reparação para que

haja aumento na qualidade de saúde da criança. A terapia com laser de baixa potência é

utilizada para o tratamento dessas ulcerações, acelerando a reparação dos tecidos envolvidos,

reduzindo o edema e dor, visto que a laserterapia tem ação antinflamatória. Em 1967, Endre

Mester, mostrou os efeitos da terapia com laser de baixa potência em úlceras de difícil

cicatrização em seres humanos, obtendo aproximadamente 90,2% de cura, 16,4% de melhora

e 8,7% sem resposta. Tendo efeito positivo na aceleração da cicatrização das lesões citadas

acima, bem como na diminuição dos sintomas. O objetivo deste trabalho foi para relatar

experiência exitosa de um caso de manifestações orais em uma criança com diagnóstico de

pancitopenia. Paciente MTNS, do sexo feminino, 1 ano e 8 meses, encontrava-se internada no

Hospital Geral de Pediatria do IMIP, diagnosticada com pancitopenia, apresentando infecção

oportunista por citomegalovirus e lesões orais, onde foi solicitada a presença da equipe de

Odontopediatria e estomatologia para avaliação. O exame da cavidade oral mostrou presença

de várias lesões ulcerososas neutropênicas em mucosa labial, língua, palato e gengiva. O

tratamento executado foi: higienização da cavidade oral com clorexidina a 0,12% de 12 em 12

horas, uso do laser de baixa potência, terapia fotodinâmica, uso tópico de vitamina E, além de

compressas de solução de dexametasona. A remissão parcial das lesões se deu após sete dias

do início da terapia conjunta e a total. Em estudo, verificaram o uso do laser no processo de

cicatrização de úlceras, os grupos receberam aplicação diária de laser durante dez dias.

Verificou-se uma redução de 30,42% nas áreas das úlceras tratadas, mostrando que houve um

aumento na velocidade de cicatrização em relação ao paciente controle. A terapia

fotodinâmica, por sua vez, consiste na aplicação de um fotossensibilizador específico e

irradiação com o laser de baixa potência sendo uma opção com custo baixo, rápida, sem

137

efeitos colaterais, diminui o tempo de reparação e a freqüência de surgimento de novas das

lesões e, sendo ainda, indolor e bem aceita pelo paciente. Os resultados podem ser observados

poucas horas após a primeira irradiação com o laser. Estão estabelecidos na literatura os

benefícios que os laser e demais terapias possuem, porém, ainda não há um consenso entre os

autores em relação ao protocolo ideal a ser utilizado. A terapia proposta foi eficaz no

tratamento das lesões. Faz-se necessário o monitoramento e tratamento dessas lesões, a fim de

que essas crianças não venham a sofrer em decorrência de comorbidades.

Referências

Anand V, Gulati M, Govila V, Anand B. Low level laser therapy in the treatment of aphthous

ulcer. Indian Journal of Dental Research. 2013;24(2):267-70.

Mester E, Mester A, Mester A. The biomedical effects of laser application. Lasers Surg Med.

1985;5(1):31-9.

Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral & Maxilofacial. 2. ed. Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan; 2008.

Siqueira FC, Reinert TC, Correa KP, Kotz JC, Bertolini GR. Uso de laser de baixa

intensidade, AsAlGa,830nm, em pacientes portadores de úlceras de pressão

[dissertação]. [Cascavel]: Un-ioeste; 2004.

Wainwright M. Local treatment of viral disease using photodynamic therapy. Int J Antimicrob

Agents. 2003;21(6):510-20.

Palavras-chave: Úlceras. Laserterapia. Pancitopenia.

138

LESÃO DE PELE: HIDROGEL X PAPAÍNA, OPÇÃO NA GESTÃO DE CUSTOS

EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO DA CIDADE DO RECIFE/PE

DANIELLE XAVIER DOURADO, Gabriela Maria da Silva Rocha,

Mércia Veras, Renata Lopes do Nascimento

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Uma das consequências mais comuns resultante da longa hospitalização é o surgimento de

alterações de pele que se atrela proporcionalmente à combinação de fatores de risco, tais

como: estado de saúde, condição nutricional, desequilíbrio hidroeletrolitico, déficit de

mobilidade e ou sensibilidade, fricção e cisalhamento entre outros. No Brasil, diversas

tecnologias para tratamento de feridas são lançadas no mercado e um desses é o hidrogel que

é composto por um polímero de polivinil, tem por função manter o ambiente úmido, sendo

utilizado em feridas superficiais com moderada ou baixa exsudação, com presença de crostas,

fibrinas e necrose, promovendo o desbridamento autolítico. Outra opção de produto é a

papaína, retirada do látex do vegetal mamão papaia (Carica Papaya), que apresenta ações

bacteriostáticas, bactericidas e anti-inflamatórias e proporciona ações desbridantes

enzimáticas, além do alinhamento das fibras de colágeno, promovendo crescimento tecidual

uniforme. O estudo teve como objetivo analisar a gestão de custos, em substituição do

hidrogel pela papaína em uma instituição da cidade do Recife/PE. Trata-se de um estudo

transversal descritivo, realizado no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira –

IMIP, com a finalidade de substituição do hidrogel pela papaína para tratamento das lesões de

pele, foram preparadas formulações de papaína a 6% e a 10% pelo serviço de farmacotécnica

do mesmo hospital, sendo aplicado o produto no período de novembro de 2017 a abril de

2018 , os dados relativos a custos comparativos dos produtos, foram coletados a partir do

software: MV2000i. Os profissionais de enfermagem foram treinados quanto à indicação da

papaína no mesmo período. A média de pacientes atendidos com lesão de pele em 2017 foi de

60.7 mês; quando comparado com o ano seguinte temos de janeiro a abril 2018, a média de

62.5. Acredita-se que o número médio de pacientes atendidos por mês com lesões de pele,

relaciona-se a instituição ser referencia para atendimentos de pacientes de alta complexidade.

Observado o número de desbridamento de lesões, que ocorreram nos meses de janeiro a abril

de 2017 a média/mês foi de 14.25 e em 2018, no mesmo período, 8.75. Os serviços de saúde

apresentam gastos expressivos, com recursos humanos e materiais, para o tratamento de

139

lesões em estágios 3 e 4. O desbridamento pode ser realizado por técnicas mecânicas e/ou

químicas, onde esta se apresenta vantajosa com remoção rápida e seletiva, não traumática,

sem causar prejuízos ao paciente4. Em 2017 o custo mensal da instituição com o hidrogel foi

de R$ 14.737,00. A partir da inserção da papaína na instituição, o custo mês/2018 com

hidrogel passou para R$ 6.436,00, acrescido do custo/mês da papaína de R$ 1.288,00.

Somado o custo com a manutenção do uso dos dois produtos o declínio foi de

aproximadamente 50% para o tratamento das lesões. Cabe aos gestores, manter uma

preocupação com a qualidade do serviço, prezando por eficiência, eficácia e efetividade,

considerando sempre a perspectiva do custo5. A gestão de custos para o tratamento das

lesões, deve ser valorizada, haja vista que o mercado oferece produtos com a mesma ação e

custos diferentes. Aquisição de novas tecnologias custo efetivas, e aprimoramento da

assistência de enfermagem, otimizam não só os custos, mas mantém a excelência da

assistência.

Referências

Feijó E, Cruz IC, Lima DV. Infecção da ferida: revisão sistematizada da literatura. Online

Braz J Nurs [Internet]. [cited 2010 Nov 29]. 2008:7(3).

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2013.

Miura DY. Desenvolvimento farmacotécnico e estudo de estabilidade de géis de papaína

destinados ao tratamento de feridas [dissertação]. Niterói; 2012.

Ribeiro CT. Efeitos do tratamento com hidrogel na cicatrização de úlceras venosas de

membros inferiores: revisão sistemática [dissertação]. Natal; 2014.

Silva DR, Bezerra SM, Costa JP, et al. Curativos de lesões por pressão em pacientes críticos:

análise de custos. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2017;51:03231. Available from:

doi:ttp://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2016014803231

Palavras-chave: Análise de Custos. Hidrogel. Papaína. Procedimento Curativo.

140

MANIPULAÇÃO DO CREME DE PAPAÍNA COMO TERAPIA INOVADORA E

EFICAZ NO TRATAMENTO DE FERIDAS

JÉSSICA ARAÚJO BEZERRA MESQUITA, Nayane Rabelo Teles Trindade Soares,

Cybelly Marques de Melo, Marília Conceição Ribeiro da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A papaína é uma enzima proteolítica, extraída do látex da espécie Carica papaya Lyn.,

utilizada no tratamento tópico de feridas como agente desbridante, podendo ser aplicada em

diferentes fases do processo de cicatrização. As formulações de 4 a 6% são aplicadas em

lesões que apresentem exsudato purulento, as de 8 e 10% são para feridas necróticas. A

papaína apresenta características bactericida, bacteriostática, antiinflamatória e bioestimulante

apresentando como vantagens do seu uso o baixo custo e a ausência de efeitos colaterais. O

Veículo escolhido é um creme aniônico, hidrófilo, de alta estabilidade e facilmente absorvido

pela pele. Elaboramos o presente trabalho, visando contribuir para um melhor entendimento a

respeito da utilização do creme de papaína, mecanismo de ação e a aceleração na cicatrização

de feridas. Para a produção foi utilizado papaína 6000 ui/g em creme de caráter aniônico. A

formulação foi desenvolvida na farmacotécnica do IMIP. O Insumo foi solubilizado no

propilenoglicol. A pasta obtida foi incorporada a base, homogeneizada, envasado, rotulado

com validade de 30 dias e conservado em geladeira. O processo de produção foi mapeado por

parâmetros de controle de qualidade que garantem a reprodutibilidade do produto. A

manipulação do curativo de papaína iniciou no segundo semestre de 2017 com o objetivo de

substituir o curativo de hidrogel, que atua removendo o tecido desvitalizado, através do

desbridamento autolítico. Os dois medicamentos têm a mesma finalidade nas lesões

vasculogênicas, lesões por pressão e na deiscência de feridas operatórias. Sendo o diferencial

da papaína a rápida cicatrização por ser um desbridante químico e a seletividade na

penetração, evitando a lesão do tecido sadio. Também proporciona um alinhamento das fibras

de colágeno, promovendo crescimento tecidual uniforme. Ao iniciar a formulação do creme

de papaína foi visto a necessidade de produzir em diferentes concentrações. A avaliação da

lesão pela comissão de curativo é essencial para a definição das concentrações que serão

utilizadas (4,6 ou 10%). A escolha da forma farmacêutica foi realizada devido as vantagens da

base frente às demais já descritas na literatura, como pó, gel e solução, por exemplo. Tem-se

no creme uma melhor aplicabilidade, delimitação em feridas e maior rendimento. O caráter

141

aniônico da base permite melhor emoliência, baixa irritabilidade, alta resistência e

estabilidade. A substituição do hidrogel pelo creme de papaína manipulado na farmacotécnica

foi realizada com êxito, fato este comprovado pela redução do tempo da cicatrização, maior

adesão do tratamento devido a personalização da fórmula para avaliação de feridas. Segundo

a comissão de curativo, a experiência exitosa melhorou a qualidade de vida dos pacientes por

não existir notificação de ardor ou incômodos, efeitos esses relatados pelos pacientes quando

utilizaram o hidrogel.

Referências

Hax G. Comparando os efeitos da utilização da papaína e AGE em lesões cutâneas: estudo

experimental [dissertação]. Pós-Graduação em Clínica Médica e Ciências da Saúde.

Rio de Janeiro: PUC-RS; 2009.

Informativo do Fabricante, Botanik Brasil. 2015 [cited 2014 Dez 02]. Available from:

https://infinitypharma.com.br/uploads/insumos/pdf/n/Nostrabase_Gel_-_Creme_1.pdf

Leite AP, Oliveira BG, Soares MF, Barrocas DL. Uso e efetividade da papaína no processo de

cicatrização de feridas: uma revisão sistemática. Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 2012

[cited 2014 Dez 02];33(3):198-207. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rgenf/

v33n3/26.pdf

Miura D. Desenvolvimento farmacotécnico e estudo de estabilidade de géis de papaína

destinados ao tratamento de feridas [dissertação]. Universidade Federal Fluminense,

Faculdade de Farmácia, Pós-Graduação em Ciências Aplicadas a Produtos para Saúde;

2012.

Rowe RC, Sheskey PJ, Cook WG, Fenton ME, editors. Handbook of pharmaceutical

excipients. 7th ed. London: Pharmaceutical Press; 2012.

Palavras-chave: Papaína. Creme Aniônico. Desbridamento. Cicatrização.

142

MASSAGEM TERAPÊUTICA EM RECÉM-NASCIDO PREMATURO:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

REJANE CRISTIANY LINS DE FRANÇA PEREIRA,

Joice Fonseca Costa, Raisa Cardoso Meireles

Hospital Dom Malan

A massagem terapêutica é considerada uma tecnologia que tem objetivo de estimular o

Recém-Nascido Pré-Termo (RNPT), criança que nasce antes da 37ª semana gestacional, para

contribuir com o seu ganho de peso, melhorar a qualidade do sono profundo, função

imunológica, minimização do estresse, entre outros. Na prematuridade, a osteopenia é um

distúrbio que contribui para redução do crescimento do recém-nascido prétermo, estudos já

comprovam que atividade física diária, realizadas por no mínimo 10 minutos melhora o ganho

de massa corpórea dessas crianças. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência da

vivência da realização de massagem terapêutica em recém-nascido pré-termo. Relato de

experiência sobre a vivência do acompanhamento da implantação da massagem terapêutica

em recém-nascidos pré-termos internados num Hospital Dom Malan/Gestão IMIP de

referência do Vale do São Francisco. Antes de a massagem ser realizada nos RNPT ocorreu

capacitação para a equipe de enfermagem com intuição de orientar sobre a prática, e

posteriormente para que esta mesma equipe orientasse as genitoras. A massagem passou a

ocorrer todos os dias, às 10 horas da manhã, com duração de em média 10 minutos, uma hora

após a realização da dieta das crianças. A técnica para realização tem sentido céfalo-caudal, a

intensidade deve ser moderada, para não machucar a criança, flexão e extensão devem ser

realizadas de forma lenta e gradual. É importante sempre verificar sinais de desconforto ou

satisfação pelos RNPTs, e caso exista algum sinal de complicação, é um indicador da

interrupção da intervenção. O passo a passo: testa e têmporas: do centro da testa em direção as

bochechas; olhos do canto interno em direção ao externo, pálpebra superior e da inferior;

nariz e bochechas, do centro do nariz em direção à bochecha e à base da orelha e boca ao

redor dos lábios, superior e inferior. Deslizar os dedos pelo lado de fora dos braços e das

pernas, duas vezes. Os braços e antebraços do ombro até o punho e do punho até o ombro;

mãos e dedos: do punho até a ponta dos dedos e da ponta dos dedos até o punho; As coxas e

pernas: das coxas até o tornozelo e do tornozelo até as coxas; pés e dedos: do tornozelo até os

dedos e dos dedos até o tornozelo. As mãos, braços, pernas e pés devem ser flexionados e

143

estendidos nas respectivas articulações punho, cotovelo, joelho e tornozelo. A implantação

dessa prática permitiu melhorar o cuidado ao RNPT hospitalizado, favorecendo maior

interação entre mãe e bebê. Diante disso, foi possível mostrar que a massagem é uma forma

de melhorar o tratamento dessas crianças através da utilização do toque.

Referências

Figueiredo AC, Müller AB. Estimulação tátil-cinestésica em bebês prematuros. Temas sobre

Desenvolvimento. 2011;18;(103):139-42.

Freitas OM, Figueiredo MC. Stress e Massagem Neonatal: efeitos da massagem no stress do

recém-nascido pré-termo. Pensar Enfermagem. 2012;16(1):55-79.

Venorese D, Grossi RT. Influência da massagem terapêutica no ganho de peso do recém-

nascido prematuro: revisão sistemática da literatura. Revista BioSalus. 2016;1(1):20-9.

Palavras-chave: Massagem Terapêutica. Recém-Nascido. Prematuridade. Enfermagem.

144

METODOLOGIA KAIZEN NA REESTRUTURAÇÃO DA DISPENSAÇÃO

INTERNA DA FARMÁCIA DO INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF.

FERNANDO FIGUEIRA (IMIP)

ISIANE CRISTINA DOS SANTOS SANTANA, Jéssica Cavalcanti de Almeida,

Ialy Andrade, Márcio Manoel Alexandre

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Diante da crise financeira e política no Brasil, muitas empresas precisaram rever seus

processos internos para se manterem no mercado, e com o IMIP não foi diferente. Foram

tomadas diversas medidas de redução de custos, dentre elas, a implementação de ações para

rever processos de trabalho em setores da instituição. Em parceria com a Celpe, o IMIP

capacitou uma equipe de colaboradores na Metodologia Kaizen, uma filosofia de negócios

que visa uma melhoria contínua das práticas de trabalho e eficiência de pessoal. A

implantação do Kaizen envolve pessoas de diversos setores para pensar e executar melhorias

globais para a instituição, focando na eliminação de desperdícios e tornando-a mais produtiva.

As Superintendências do IMIP chegaram ao consenso de que a Farmácia seria o setor ideal

para reestruturar processos, principalmente os relacionados à distribuição de medicamentos às

clínicas. Neste trabalho, será apresentada, particularmente, a experiência da Farmácia de

Dispensação Interna (Farmácia DI) que reestruturou seus processos e estrutura física,

baseados nos princípios propostos pela metodologia Kaizen, visando atender, como um

projeto-piloto, a demanda da UTI Clínica. O principal objetivo traçado foi melhorar a

estrutura física da Farmácia DI e reorganizar os processos de distribuição de Medicamentos e

Materiais Médico-Hospitalares (MMH) para a UTI Clínica, visando atendê-la com maior

eficiência e eficácia. Este trabalho descreve um relato de experiência, onde foi convocada

uma equipe multidisciplinar de 13 profissionais do IMIP (a maioria farmacêuticas e

enfermeiras) para se debruçar sobre os principais problemas relacionados à distribuição de

medicamentos no hospital. A equipe foi capacitada em abril de 2017, pelo consultor

especialista Kaizen, José Carlos Belfort, e foram identificadas oportunidades de melhoria para

a Farmácia DI. Ao mapear seus processos foram levantadas oportunidades de melhoria,

traduzidas nas seguintes ações: atualização da cota do estoque; implantação de um estoque

mínimo; implantação do pedido automático na CAF e Fracionamento; entrega de

medicamentos e MMH em compartimentos separados; reabastecimento prioritário dos itens

145

na UTI; redução em 50% na reposição diária do estoque da UTI; reorganização do layout

físico da Farmácia DI; implantação e monitoramento dos seguintes indicadores: falta de itens

na Farmácia DI, itens não atendidos à UTI, itens devolvidos sem identificação pela UTI. Com

a realização de 87% das ações propostas, a estrutura física da Farmácia DI foi readequada e

seus processos de distribuição de itens para a UTI foram otimizados. No entanto, é necessário

acompanhar os indicadores de forma contínua para garantir as melhorias implantadas por

meio da metodologia Kaizen, que requer uma equipe apta a prover mudanças, cooperando

com a eficiência na assistência ao paciente.

Referências

Imai M. Gemba Kaizen: uma abordagem de bom senso à estratégia de melhoria contínua.

Porto Alegre: Bookman; 2014.

Ortiz CA. Kaizen e implementação de eventos Kaizen. Porto Alegre: Artmed; 2010.

Palavras-chave: Kaizen. Farmácia. Unidades de Terapia Intensiva.

146

METODOLOGIA KAIZEN NA REORGANIZAÇÃO DO ESTOQUE DE

MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES (MMH) NA UTI

CLÍNICA DO INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO

FIGUEIRA (IMIP)

MICHELE ALVES DE OLIVEIRA, Danielle Dourado,

Jéssica Cavalcanti de Almeida, Ialy Andrade

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Diante da crise financeira e política no Brasil, muitas empresas precisaram rever seus

processos internos para se manterem no mercado, e com o IMIP não foi diferente. Foram

tomadas diversas medidas de redução de custos, dentre elas, a implementação de ações para

rever processos de trabalho em setores da instituição. Em parceria com a Celpe, o IMIP

capacitou uma equipe de colaboradores na Metodologia Kaizen, uma filosofia de negócios

que visa uma melhoria contínua das práticas de trabalho e eficiência de pessoal. A

implantação do Kaizen envolve pessoas de diversos setores para pensar e executar melhorias

globais para a instituição, focando na eliminação de desperdícios e tornando-a mais produtiva.

As Superintendências do IMIP chegaram ao consenso de que a Farmácia seria o setor ideal

para reestruturar processos, principalmente os relacionados à distribuição de medicamentos às

clínicas. Neste trabalho será apresentada, particularmente, a experiência da UTI Clínica,

quanto ao recebimento e administração do estoque de medicamentos e MMH, que

reestruturou processos internos, baseados nos princípios propostos pela metodologia Kaizen.

O principal objetivo traçado para a UTI Clínica foi qualificar o consumo do estoque do setor,

visando evitar desperdícios de medicamentos e MMH, e otimizar o tempo de trabalho da

equipe de enfermagem na assistência ao paciente. Este trabalho descreve um relato de

experiência, onde foi convocada uma equipe multidisciplinar de 13 profissionais do IMIP (em

sua maioria farmacêuticas e enfermeiras) para se debruçar sobre os principais problemas

relacionados à distribuição de medicamentos no hospital. A equipe foi capacitada por um

consultor especialista na metodologia Kaizen em abril de 2017, e foram identificadas

oportunidades de melhoria para a Farmácia de Dispensação Interna (Farmácia DI), setor que

dispensa medicamentos e MMH para os pacientes internados, e para a UTI Clínica. Durante o

mapeamento do processo a ser avaliado, foram levantados inúmeros entraves relacionados à

falta e excesso de itens no estoque da UTI Clínica, refletindo na divergência de informações

147

entre os estoques virtual e físico. Buscando qualificar o uso do estoque, foram realizadas as

seguintes ações: atualização das cotas dos itens; concepção de um instrumento para registrar o

consumo; monitoramento da entrada e saída dos itens; conferência dos itens solicitados pela

UTI; elaboração de indicadores financeiros e de qualidade para acompanhamento mensal.

Com a realização de 83% das ações propostas, o registro do consumo passou a ser realizado e

consequentemente qualificado. Além disso, foi possível identificar desperdícios, por meio da

análise dos indicadores, e os atrasos no atendimento ao paciente foram minimizados. No

entanto, por se tratar de um processo de melhoria contínua, os indicadores de consumo

precisarão ser constantemente avaliados e o estoque auditado por meio de formulários

estruturados de avaliação.

Referências

Imai M. Gemba Kaizen: uma abordagem de bom senso à estratégia de melhoria contínua.

Porto Alegre: Bookman; 2014.

Ortiz CA. Kaizen e implementação de eventos Kaizen. Porto Alegre: Artmed; 2010.

Palavras-chave: Kaizen. Unidades de Terapia Intensiva; Farmácia.

148

MUCOPOLISSACARIDOSES: EVOLUÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE

PACIENTES ATENDIDOS EM CENTRO DE TRATAMENTO DE ERROS INATOS

DO METABOLISMO

PAULA AZOUBEL DE SOUZA, Ana Carolina Ramos de Araújo,

Daniella Wanderley De Cerqueira, Ana Cecília Menezes de Siqueira

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Mucopolissacaridoses (MPS) são Erros Inatos do Metabolismo (EIM), que se caracterizam

pelo acúmulo de um substrato inicial, os glicosaminoglicanos. MPS são doenças raras,

apresentando incidência diversa entre países, a qual pode variar de 1,9 a 4,5:100.000 em

recém-nascidos vivos. São diferenciadas bioquimicamente pela deficiência da atividade da

enzima associada. O tratamento que atualmente tem se apresentado como a melhor alternativa

é a Terapia de Reposição Enzimática (TRE), com o objetivo de retardar a progressão da

doença, diminuindo as anormalidades sistêmicas e proporcionando qualidade de vida para os

pacientes. Avaliar a evolução dos parâmetros antropométricos de pacientes com MPS

acompanhados em Centro de tratamento de Erros Inatos do Metabolismo – IMIP. Estudo

longitudinal prospectivo descritivo, com indivíduos de ambos os sexo, que realizam terapia de

reposição enzimática. A aferição das medidas antropométricas seguiram as técnicas

preconizadas para cada sexo e faixa etária. A coleta de dados foi realizada em dois momentos

distintos, com intervalo médio de 15 meses.As análises estatísticas foram realizadas nos

programas Statistical Package for Social Sciences (SPSS) e Epi-Info, as variáveis numéricas

foram apresentadas em média e desvio padrão e as variáveis categóricas em distribuição de

frequências. Na pesquisa, foram incluídos 29 indivíduos. A média de tempo de realização da

TRE dos participantes desde que iniciaram até a data da segunda entrevista foi de 5,3 ± 2

anos. Ao analisar o IMC, a prevalência foi de eutrofia em ambas as entrevistas, havendo um

aumento superior a 10% de indivíduos com excesso de peso, não estatisticamente

significativa, no segundo momento. Ao observar o tipo de MPS, foi notada uma frequência

semelhante à encontrada no estudo de Leite et al, com a distribuição de 10% dos pacientes

com MPS I, 30% com MPS II e 60% com MPS VI. Pesquisas sugerem que as MPS mais

frequentemente diagnosticadas no país sejam os tipos II e VI, sendo as explicações para tais

achados desconhecidas, e, além de disso, é observada uma maior frequência na região Sudeste

seguida da região Nordeste. Como resultado de um possível benefício da TRE, no presente

149

estudo foi encontrado um aumento na estatura média dos pacientes entre as entrevistas. O

estudo atual mostrou que houve uma melhora no EN dos indivíduos quando analisada a CMB,

uma vez que, na primeira entrevista, a maioria dos pacientes apresentou desnutrição. Já na

segunda entrevista, pode-se observar uma mudança estatisticamente significativa com

prevalência de indivíduos com eutrofia ou excesso de peso. Apesar da literatura observar

prevalência de excesso de peso em pessoas com MPS e de ser discutida como consequência

da transição nutricional, é de suma importância que sejam avaliados os demais parâmetros

antropométricos a fim de que o diagnóstico nutricional seja mais preciso.

Referências

Grewal SS, Shapiro EG, Krivit W, Charnas L, Lockman LA, Delaney KA. Effective treatment

of alpha-mannosidosis by allogeneichematopoietic stem cell transplantion. J Pediatr.

2004;144(5):569-73.

Guarany NR. Avaliação do efeito da terapia de reposição enzimática na capacidade funcional

de pacientes commucopolissacaridoses [dissertação]. Porto Alegre: Universidade

Federal do Rio Grande do Sul; 2011.

Nelson J, Crowhurst J, Carey B, Greed L. Incidence of the mucopolysaccharidoses in Western

Australia. Am J Med Genet A. 2003 Dec;123A(3):310-3.

Vieira TA. História natural das mucopolissacaridoses: uma investigação da trajetória dos

pacientes desde o nascimento até o diagnóstico [dissertação]. Porto Alegre:

Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2007.

Wynn R. Mucopolysaccharidoses: clinical features and diagnosis [Internet]. 2016 [cited 2016

Ago 14]. Available from: http://www.uptodate.com/contents/mucopolysaccharidoses-

clinical-features-nddiagnosis?source=search_result&search=Clinical+feature

s+and+diagnosis+of+the+mucopolysaccharidoses&selectedTitle=1~39

Palavras-chave: Erros Inatos do Metabolismo. Antropometria. Estado Nutricional.

150

MUCOSITE ORAL: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM UM SERVIÇO DE

ONCOLOGIA PEDIÁTRICA DO RECIFE

ANA CATARINA IMBELLONI VASCONCELOS, Muanna Jéssica Batista Ludgério,

Mirella Raquel Romão Martins, Fabiana Moura da Motta Silveira

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

O câncer pediátrico corresponde um grupo específico de várias doenças que se desenvolvem

pela proliferação descontrolada e desordenada de células. Os tumores frequentemente

encontrados são os hematológicos, seguido dos tumores de sistema nervoso central e outros

tumores sólidos. A função principal das terapias antineoplásicas é a destruição das células

malignas, preferencialmente quando estão na fase de mitose. Entretanto, células da mucosa

bucal também apresentam grau de atividade mitótica semelhante e são especialmente

propensas a manifestar os efeitos secundários dos agentes antineoplásicos. Os principais

efeitos colaterais da quimioterapia são a mucosite, a xerostomia temporária e a

imunodepressão, possibilitando infecções dentárias ou oportunistas. A gravidade da mucosite

pode estar intimamente associada à terapia antineoplásica (drogas, dosagem, frequência entre

as administrações e duração do tratamento) e, a fatores relacionados à condição clínica do

paciente (idade, sexo, status nutricional e condições de higiene oral). Com o propósito de

avaliar as ações multidisciplinares para prevenção, acompanhamento e tratamento do paciente

oncológico pediátrico com mucosite oral, este estudo teve como objetivo identificar o perfil

epidemiológico da mucosite oral nos pacientes pediátricos em tratamento oncológico no

serviço de oncologia pediátrica do IMIP. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório,

transversal e com abordagem quantitativa, realizado com 43 crianças com câncer em

tratamento oncológico neste serviço. A maior parte dos pacientes acometidos com mucosite

oral tinha LLA, era menor de 12 anos e do sexo feminino. 37,2% das crianças apresentaram

mucosite grau 3 (OMS) e tiveram como queixas: odinofagia e dor na boca. Foi possível

observar uma associação entre o grau de mucosite e a dosagem do quimioterápico.

Evidenciamos, também, uma tendência com relação ao uso de antibióticos, indicando que os

pacientes com mucosite graus 3 e 4 fazem uso de um número maior de antibióticos. A

associação entre o uso de analgésico opioide e o grau de mucosite foi observada. A mucosite

oral é uma complicação frequente na oncologia pediátrica. Sua prevenção e tratamento

precoces minimizam as interrupções na terapia oncológica, as intervenções invasivas e a

151

repercussão negativa nas chances de cura do paciente. Neste cenário, observou-se que a

inclusão do cirurgião-dentista na equipe multidisciplinar tornou-se de extrema importância

para a prevenção da mucosite oral. Cuidados de higiene oral, laserterapia profilática,

bochechos com solução de clorexidina 0,12% são medidas que se empregadas,causam

impacto positivo no tratamento oncológico, minimizando o aparecimento de formas graves de

mucosite oral. Desse modo, é possível reduzir o número de internações, interrupção do

tratamento oncológico, necessidade de antibioticoterapia prolongada, aumento dos custos

hospitalares e piora do prognóstico.

Referências

Albuquerque AC, Soares MS, Silva DF. Mucosite oral: patobiologia, prevenção e tratamento.

Com Ciências Saúde. 2010;21(2):133-8.

Araújo AN. Mucosite oral em pacientes oncológicos e suas implicações para a assistência de

enfermagem [dissertação]. Teresina: Universidade Federal do Piauí; 2012.

Leite CA, Bittencourt WS, Briezinki JP, Benites B, Bumlai BE, et al. Fototerapia com laser

em baixa intensidade no tratamento da mucosite oral. Cient Ciênc Biol Saúde.

2015;17(3):203-5.

Sasada IN, Cancino CM, Petersen RC, Hellwig I, Dillenburg CS. Prevenção de

intercorrências estomatológicas em oncologia pediátrica. RFO. 2015;20(1):105-9.

Palavras-chave: Mucosite. Quimioterapia. Saúde Bucal.

152

NOTIFICAÇÕES DE AUDITAGEM INTERNA À GESTÃO HOSPITALAR NA

CONTRIBUIÇÃO DE CENÁRIOS DA QUALIFICAÇÃO EM SAÚDE

ANDREA DE LIMA AROXA, Jennifer Caren Magalhães de Lima,

Marília Gomes de Souza, Adjane Dias da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Este relato baseou-se na vivência da implantação das ações de notificação interna, oriundas do

processo de auditagem de contas, em um complexo hospitalar de referência assistencial, de

ensino e de pesquisa no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). As interpretações deste

estudo estão fundamentadas pela antropologia e sociologia, assim como, pelos teóricos das

áreas de etnografia e auditoria em saúde. Trata-se de um estudo descritivo com uso da técnica

de relato de caso etnográfico, por meio da pesquisa participativa, onde o corpus da

investigação constitui-se pelo monitoramento das ações de notificação oriundas do processo

de auditagem das contas hospitalares com início em maio de 2016 até o presente momento; do

diário de campo etnográfico; e, dos depoimentos orais. O trabalho tem como objeto de estudo

reflexões a cerca da contribuição das ações de notificação interna às áreas gestoras

institucionais para a qualificação da prestação de serviços nas instituições de saúde. O local de

estudo consiste num núcleo de enfermeiros auditores do setor de contas médicas de um

complexo hospitalar de grande porte que presta serviços ao SUS em diversas especialidades

clínicas e cirúrgicas, com atendimento ambulatorial e internamento, o qual encontra-se

situado na região metropolitana do Recife, Estado de Pernambuco. O resultado iniciou-se com

a coleta no relatório anual do setor de contas médicas, e na recolha documental em 63

memorandos de notificação formalizados pela equipe de enfermeiros auditores, que

representam o total da população analisada no estudo. Após analise dos dados, as notificações

foram agrupadas segundo os assuntos abordados, de modo que se observou a seguinte

distribuição, a saber: 33 notificações correspondiam a não conformidades de faturamento; 13

notificações referiam-se à ocorrência de eventos adversos durante a assistência à saúde; 07

notificações tratavam acerca de não conformidades na prática de registro no prontuário do

paciente; 04 notificações reportavam-se a ocorrência de eventos adversos relacionados ao uso

de equipamentos médico-hospitalares; 03 notificações tratavam de não conformidade na

manipulação de Ortéses, Próteses e Materiais Especiais (OPME); e, 03 notificações

abordavam a ocorrência de não conformidades processuais. A notificação de auditagem

153

interna à gestão hospitalar proporcionou no local do estudo, subsídios para a intervenção das

diversas áreas gestoras na instituição, mobilizando oportunidades e potencialidades na

perspectiva da aplicação de esforços em prol do desenvolvimento da cultura de segurança e da

filosofia de melhoria continua na prestação de serviços. Contudo, recomenda-se a elaboração

de um sistema de desfechos formais acerca das notificações executadas em favorecimento dos

seguintes aspectos: Segurança e proteção; racionalização e otimização dos recursos

institucionais; e, na valorização e satisfação profissional e pessoal.

Referências

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Investigação de eventos adversos em

serviços de saúde. Brasília: ANVISA; 2013. (Segurança do Paciente e Qualidade em

Serviços de Saúde, 5).

Beaud S. Guia para a pesquisa de campo: produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis:

Editora Vozes; 2007.

Foucault M. Estratégia, poder-saber. São Paulo: Forense Universitária; 2006. (Coleção Ditos

& Escritos IV).

Morais MV, Burmester H. Auditoria em Saúde. São Paulo: Saraiva; 2014.

Motta AL. Auditoria de enfermagem nos hospitais e operadoras de planos de saúde. 5. ed. São

Paulo: Iátria; 2010.

Palavras-chave: Informação em Saúde. Auditoria em Saúde. Gestão Hospitalar.

154

OTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DOS ANTINEOPLÁSICOS INJETÁVEIS POR

MEIO DO APROVEITAMENTO DAS SOBRAS COM ESTABILIDADE

CAMILA CASTELO BRANCO RANGEL DE ALMEIDA, Hamannda Koralyna de

Araújo Lopes, Eraldo Antunes Guimarães Neto, Keityane Leacarla Bezerra da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

O IMIP é a segunda instituição que mais realiza tratamento oncológico no estado. A farmácia

do ambulatório de oncologia adulto do IMIP prepara uma média de 2.125 quimioterapias/mês,

e diante do congelamento dos valores das APACs desde 2010, se faz necessária a otimização

dos custos para a manutenção do serviço de qualidade. Uma estratégia encontrada no serviço

é o aproveitamo das sobras dos antineoplásicos injetáveis que restam no frasco ampola depois

de retirada a dose do paciente. Ou seja, um novo frasco deve ser aberto apenas quando não

houver sobra de medicamento em frasco que já está aberto. A farmácia fazia o aproveitamento

das sobras de medicamentos, mas não tinha dimensionado o quanto que poderia ser

economizado com esta medida. O objetivo é minimizar ao máximo o descarte de

antineoplásicos injetáveis, otimizando a utilização enquanto houver estabilidade do produto,

assegurada pelo laboratório fabricante. Passou-se a separar e dar saída do estoque da

quantidade total de frascos fechados correspondentes à dose do paciente, sem considerar

qualquer sobra que já estivesse disponível. Ao final do expediente, todos os frascos fechados

não utilizados são devolvidos para o estoque fisicamente e, por meio do sistema de gestão de

estoque MV. As sobras em frascos que já foram abertos são devidamente identificadas, com o

prazo de validade e armazenadas para que possam ser aproveitadas antes do fim da

estabilidade preconizada pelo laboratório. Ao final do mês, são contabilizadas todas as sobras

que não puderam ser aproveitadas em tempo hábil. E por meio de um relatório do MV

obtemos o número de frascos fechados devolvidos para o estoque, correspondendo aos

medicamentos economizados. Foi possível observar que alguns medicamentos que possuem

alto custo aumentavam o valor das perdas, pois uma pequena perda em quantidade já gera um

alto valor. Um exemplo é a doxorrubicina lipossomal, e uma solução encontrada foi juntar

todos os pacientes que faziam uso deste medicamento para fazer a infusão no mesmo dia ou

pelo menos no dia seguinte, desta forma foi possível aumentar o aproveitamento das sobras,

reduzindo as perdas. O fato de poucos pacientes fazerem uso deste medicamento facilitou a

organização do agendamento. A soma de todas as sobras perdidas corresponde atualmente a

155

uma média mensal de 55 frascos e a um valor de R$5.000,00. Em contrapartida calculamos

uma economia média de 620 frascos de medicamentos que correspondem a um valor médio

de R$ 34.500,00 por mês. O maior número de perdas ocorre com as sobras da sexta feira

tendo em vista que o serviço é fechado nos finais de semana e a maioria das sobras tem uma

estabilidade máxima de 24h. O manejo das sobras de medicamentos está sendo feito de forma

eficiente, a economia é muito maior que o perdido. A próxima etapa é tentar organizar o

agendamento de pacientes de outros medicamentos que tenham alto custo para que façam no

mesmo dia, ou pelo menos no dia seguinte.

Referências

Costa JI Jr. Desafios atuais do cuidado oncológico no Brasil e no mundo. Recife: IMIP; 2018.

(23 de março de 2018).

Hartt V. Acesso ao tratamento no SUS – barreiras e defasagens [Internet]. 2015. Available

from: http://www.onconews.com.br/site/noticias/noticias/5-forum-oncoguia/1138-

acesso-ao-tratamento-no-sus-%E2%80%93-barreiras-e-defasage ns.html, acessado em

17/05/2018

Palavras-chave: Institutos de Câncer. Economia.

156

OTIMIZAÇÃO DOS GASTOS COM MEDICAMENTOS FORNECIDOS PARA

PÓS-QUIMIOTERAPIA

CAMILA CASTELO BRANCO RANGEL DE ALMEIDA, Mirella Fernanda Siqueira

Silva, Hamannda Koralyna de Araújo Lopes

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

O IMIP é a segunda instituição que mais atende pacientes com câncer no estado. A farmácia

ambulatorial do IMIP atende uma média mensal de 2.193 pacientes oncológicos, fornecendo

antineoplásicos orais, hormonioterapia oral e medicamentos para o uso após a quimioterapia,

para redução dos efeitos adversos ao tratamento. Atualmente, otimizar os gastos é um desafio

diário e importante para a manutenção do serviço de qualidade. E trabalhando com este

objetivo, foi verificado que no modelo de prescrição de pós quimioterapia utilizado pela

equipe médica, as quantidades totais de medicamentos a serem entregues ao paciente eram

superiores ao descrito na posologia e, além disso, também foi observado que para todos os

pacientes era prescrito o medicamento omeprazol. O objetivo foi reduzir os gastos com

medicamentos entregues em excesso ou sem a necessidade de uso pelo paciente. As

prescrições de pós quimioterapia foram revisadas alterando a quantidade total de

medicamento deixando exatamente a quantidade correspondente à posologia e tempo de

tratamento necessário. Além disso, foi discutido com a equipe médica a real necessidade de

todos os pacientes utilizarem o omeprazol. A equipe médica concordou que nem todo

paciente necessita de omeprazol, e que para prescrição de omeprazol o paciente deve ser

avaliado em consulta para pegar uma receita médica. Então este medicamento foi retirado da

prescrição padrão de pós-quimioterapia e os demais medicamentos (dexametasona,

ondansetrona, metoclopramida) foram mantidos e as quantidades foram ajustadas de acordo

com a posologia e tempo de tratamento. O consumo mensal do omeprazol para os pacientes

do ambulatório de oncologia reduziu de 22.708 cápsulas (correspondente a um valor de

R$1.952,90) para 15.659,3 (R$1.346,7). Além da importância econômica, a redução do

consumo do omeprazol traz benefícios para o próprio paciente, quando utilizado sem

necessidade clínica, tendo em vista que este é um medicamento que está envolvido em

diversas interações medicamentosas. E antes da iniciativa a farmácia ambulatorial gastava-se

uma média de R$15.690,11 por mês para atender os medicamentos de pós quimioterapia para

os pacientes da oncologia adulto. Atualmente este custo mensal foi reduzido para um valor

157

médio de R$7.044,63, e vem sendo mantido há 8 meses, ao completar um ano, teremos

economizado R$103.744,41. Esses resultados mostraram o quanto é importante a

comunicação entre a equipe multidisciplinar e que a iniciativa da equipe está sendo efetiva,

houve redução dos gastos e mantevese o número médio de pacientes atendidos, sendo

reduzido apenas o fornecimento de medicamento não necessário para o paciente.

Referências

Bagatini F, Blatt CR, Maliska G, Trespash GV, Pereira IA, Zimmermann AF, Storb BH,

Farias MR. Potenciais interações medicamentosas em pacientes com artrite

reumatóide. Rev Bras Reu-matol [Internet]. 2011 Feb;51(1):29-39. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-

50042011000100003&lng=en

Costa JI Jr. Desafios atuais do cuidado oncológico no Brasil e no mundo. Recife: IMIP; 2018.

(23 de março de 2018).

Leão DF, Moura CS, Medeiros DS. Avaliação de interações medicamentosas potenciais em

prescrições da atenção primária de Vitória da Conquista (BA), Brasil. Ciênc saúde

coletiva [Internet]. 2014 Jan;19(1):311-8. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-

81232014000100311&lng=en

Palavras-chave: Institutos de Câncer. Economia.

158

PATOLOGIAS NOTIFICÁVEIS: LEVANTAMENTO QUANTITATIVO EM UMA

UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO EM IGARASSU (PE) NO ANO DE 2016

RENATA LOPES DO NASCIMENTO SANTOS, Amanda Miguel de Lima, Larissa

Vilela da Silva, Edluza Maria Viana B. Melo

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A Vigilância em Saúde, de acordo com a Portaria nº 3252, de dezembro de 2009, analisa a

situação da população quanto a saúde, através de um conjunto de ações elaboradas por

abordagens tanto individual quanto coletiva dos problemas de saúde, atuando assim no

controle de risco e danos à saúde de determinada área. A notificação compulsória consiste em

uma comunicação realizada obrigatoriamente por profissionais de saúde ou responsáveis

pelos serviços de saúde, elaborada tanto no serviço público ou privado que prestam

assistência ao paciente. O enfermeiro na vigilância epidemiologia, desenvolve diversas ações,

visando a investigação epidemiológica, diagnóstico situacional, planejamento e

implementação de medidas de prevenção, controle e tratamento das doenças e agravos

notificáveis. Estudo descritivo de corte transversal, retrospectivo, de abordagem quantitativa,

realizado no período de setembro a novembro de 2017. A fonte de dados da pesquisa, foi do

banco de dados da UPA de Igarassu. Na análise dos dados, utilizou-se o programa Stata 12.1.

Resultados e discussão: No período de janeiro a dezembro de 2016, um total de 3.747

notificações compulsórias realizadas na UPA Honorata de Queiroz Galvão – Igarassu. No

primeiro semestre, tivemos notificados com o percentual do total anual: Janeiro 384 casos

(10,2%), principal agravo: dengue 296 (77%). Fevereiro 824 casos (22%), principal agravo:

dengue 437 (53%). Março 924 casos (24,5%), principal agravo: chikungunya com 516 (55%).

Abril 530 casos (14,1%), principal agravo: chikungunya com 279 (52%). Maio 359 casos

(9,5%), principal agravo: chikungunya com 184 (51%). Junho 189 casos (5%), principal

agravo: chikungunya com 60 (31%). Já no segundo semestre tivemos notificados com o

percentual do total anual: julho 130 casos (3,5%), o principal agravo: chikungunya com 43

(33%). Agosto 62 casos (1,5%), principal agravo: acidente por animais peçonhentos com 25

(40%). Setembro 83 casos (2,2%) principal agravo: acidente por animais peçonhentos com 34

(40%). Outubro 50 casos (1,5%) principal agravo: acidente por animais peçonhentos com 28

(56%). Novembro 124 casos (3,5%) principal agravo: caxumba com 37 (29%). Dezembro 88

casos (2,5%) principal agravo: acidente por animais peçonhentos com 34 (38%). Dentre as

159

3.747 notificações registradas, predominaram com o índice elevado chikungunya, dengue e

Zika vírus. A compreensão do índice elevado dessas patologias em Pernambuco, explicam-se

através de um fator específico da região, clima tropical úmido e condições ambientais

favorecem o desenvolvimento do vetor. A dengue, a chikungunya e o Zika vírus são agravos

que acometem a saúde, causando sérios problemas que podem ser irreversíveis, como:

acometimento articular, hemorrágico e neurológico. Na ocorrência desses agravos, pode-se

registrar casos de síndromes neurológicas graves como: Síndrome de Guillains Barré,

encefalite fatais em adultos, microcefalia, malformações fetais e óbitos. Conclusão:

Identificamos através dos resultados os agravos de notificação compulsória com maior

prevalência na UPA de Igarassu (dengue, chikungunya e Zika). Destacamos a importância das

notificações, visto que a não realização desse registro pode comprometer o resultado das

atividades de monitorização, prevenção e controle dos agravos. O enfrentamento desses

agravos exige ações de saúde pública voltada não somente para a área de saúde, mas também

para a área de educação à população.

Referências

Donalisio MR, Freitas AR, Von Zuben AP. Arboviroses emergentes no Brasil: desafios para a

clínica e implicações para a saúde pública. Rev Saúde Pública [Internet]. 2017;51:30.

Available from: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v51/pt_0034-8910-rsp-S1518-

87872017051006889.pdf

Ministério da Saúde (BR). Portaria Nº 1.271, de 6 de Junho de 2014. Available from:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt1271_06_06_2014.html

Ministério da Saúde (BR). Portaria Nº 1.378, de 9 de julho de 2013. Available from:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1378_09_07_2013.html

Nichiata LY, Borges AL, Zoboli EL. Enfermagem em saúde coletiva: o diagrama de controle

como estratégia de ensino de vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis.

REME rev min Enferm [Internet]. 2005 Out-Dez;9(4):367-70. Available from:

http://bases.bireme.br/cgi-

bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=BDENF&lang=

p&nextAction=lnk&exprSearch=14837&indexSearch=ID

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Companhia Pernambucana do Meio

Ambiente. Diagnóstico socioambiental - Litoral Sul de Pernambuco. Recife: CPRH;

2001.

160

Palavras-chave: Notificação de Doenças. Vigilância Epidemiológica. Vigilância em Saúde

Pública. Serviços de Informação.

161

PERFIL DOS PACIENTES EM TRATAMENTO AMBULATORIAL COM

ANTINEOPLÁSICOS ORAIS E AVALIAÇÃO DA ADESÃO À TERAPÊUTICA

FARMACOLÓGICA

ITALA MORGANIA FARIAS DA NOBREGA, Jennifer Slater Svaton,

Ellis Karoline Rodrigues da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

O câncer vem aumentando no mundo ocidental de uma maneira incontrolável, especialmente

nos países desenvolvidos. O objetivo do trabalho foi analisar o conhecimento dos pacientes

oncológicos sobre a terapia com antineoplásicos orais atendidos na Farmácia Ambulatorial do

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira e identificar fatores associados à

adesão a sua farmacoterapia. Trata-se de um estudo descritivo exploratório, com aplicação de

questionário a pacientes em uso de terapia antineoplásica oral na Farmácia Ambulatorial do

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira com objetivo de conhecer o

comportamento e o conhecimento do paciente em relação ao seu tratamento com

antineoplásico oral. O questionário aplicado na forma de entrevista com abordagem dos

seguintes fatores: sócio-culturais; adesão ao tratamento medicamentoso; administração;

transporte; armazenamento e descarte dos medicamentos e resíduos. A população do estudo

foi composta de 360 pacientes sendo que 307 (85,3%) eram do sexo feminino e 53 (14,7%) do

sexo masculino. Os indivíduos com faixa etária maior ou igual a 55 anos corresponderam 200

(55,6%) dos entrevistados. Quanto as informações sobre a patologia, 206 (57,2%)

entrevistados afirmam terem conhecimento, e 42,8% (154) asseguram que não. Foram

relatados que 53,6% (193) têm ciência quanto à ação e os efeitos adversos dos medicamentos

antineoplásicos orais e 46,4% (167) não possuem essa informação. Dos entrevistados

verificou-se que o medicamento antineoplásico oral de maior uso foi o Tamoxifeno, sendo

este utilizado por 58,3 % (210) da população estudada. O Anastrozol veio em segundo lugar

por grande uso pelos pacientes com 14% (51). Em seguida o Exemestano com 9,4% (34),

Bicalutamida 6,4% (23), Talidomida 3,6% (13), Etoposidio 2% (6), Acetato de megestrol

1,4% (5), Capecitabina, Dietilestibestrol, Hidroxiuréia com 0,8% (3), Imatinibe e Melfalano

0,5% (2), e Bussufano, Ciclofosfamida, Flutamina, Mercaptopurina, Metrotexate com 0,3%

(1). A análise da adesão foi realizada através do questionário simplificado sobre adesão à

medicação (Simplified Medication Adherence Questionnaire – SMAQ) o qual permite avaliar

162

se a eventual não adesão do paciente se deve a comportamento intencional (deixar de tomar o

medicamento por se sentir bem ou por se sentir mal), ou não intencional (esquecimento e

descuido quanto ao horário da medicação). A falta de comunicação e orientação ao paciente

por parte da equipe de saúde foi relatada como sendo um fator que influencia na adesão ao

tratamento. Este estudo demonstrou que se faz primordial uma maior orientação farmacêutica,

pois apesar dos pacientes afirmarem receber informações sobre como tomar o medicamento

durante a consulta médica, na prática da terapia medicamentosa, surgem dúvidas que podem

ser sanadas durante a retirada mensal de seus medicamentos na farmácia ambulatorial.

Referências

Eduardo AM, Dias JP, Santos PK. Atenção farmacêutica no tratamento oncológico em uma

instituição pública de Montes Claros-MG. Rev Bras Farm Hosp Serv Saúde. 2012 Jan-

Mar;3(1):11-4.

Queiroz AP. Perfil de uso da terapia antineoplásica oral: a importância da orientação

farmacêutica. Rev Bras Farm Hosp Serv Saúde. 2012 Out-Dez;3(4):24-9.

Palavras-chave: Antineoplásicos. Administração Oral. Uso de Medicamentos.

163

PLATAFORMA DE GESTÃO E APOIO À PESQUISA DO INSTITUTO DE

MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA (IMIP)

LEURIDAN CAVALCANTE TORRES, Márcio Fábio Paula de Moraes,

Pedro Henrique Costa Araújo, Danielle Menor Vasconcelos

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Com crescente necessidade de regulamentar os projetos de pesquisa desenvolvidos no IMIP,

foi criado um Sistema Institucional de Gestão e Apoio à Pesquisa (SIGAP). O SIGAP se

constitui em um sistema institucional de informação que visa apoiar a gestão e controlar as

atividades de pesquisa e ensino desenvolvidos pelos pesquisadores/orientadores vinculados ao

IMIP. A construção do SIGAP-IMIP foi baseada em informações fundamentadas de acordo

com as etapas de desenvolvimento de uma pesquisa. Inicialmente foi disponibilizado acesso

on-line ao cadastro do projeto de pesquisa, pelo pesquisador, constando informações gerais

sobre a pesquisa: título, pesquisador responsável, pesquisadores envolvidos, instituição

principal, instituição vinculada, dados do projeto (multicêntrico, tipo de pesquisa, TCLE,

objetivos, palavras-chave), áreas de conhecimento, metodologia (desenho do estudo, critérios

de elegibilidade, entre outros), órgãos financiadores, linhas de pesquisa, realização de exames

laboratoriais e de imagem. Todos os projetos de pesquisa do IMIP deverão estar cadastrados

na Plataforma SIGAP-IMIP com acesso disponível na Intranet da instituição, para fins de

análise e supervisão prévia pela Diretoria de Pesquisa do IMIP. Em projetos que tenha o IMIP

como coparticipante, o pesquisador do IMIP deverá ser o responsável pela pesquisa na

instituição, não sendo permitido o preenchimento do SIGAP pelo aluno de Lato Sensu ou

Stricto Sensu do IMIP. Foi instituído o Regulamento do SIGAP-IMIP com o propósito de

gerenciar as pesquisas institucionais, controlar os custos e agências financiadoras, identificar

qual grupo e linhas de pesquisas do IMIP o projeto está envolvido, se há vinculação dos

profissionais do IMIP nas pesquisas colaborativas. Anexo ao Regulamento, foi realizado um

fluxo de orientações para o cadastro das pesquisas e comunicação com a Diretoria de

Pesquisa. Ressalta-se, a possibilidade de gerar relatórios de consolidação e conferência dos

dados das pesquisas e a análise da mesma por uma equipe de representatividade em pesquisa

previamente à submissão na Plataforma Brasil. Com o crescimento do número e

complexidade de projetos realizados no IMIP, o SIGAP-IMIP representa uma importante

ferramenta institucional para o gerenciamento das atividades previstas das pesquisas, assim

164

como dos dados gerados para acompanhamento de indicadores estratégicos da pesquisa

(operacionais e financeiros) com acesso confiável, atualizado e de interface com o usuário.

Referências

Intranet Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira. [cited 2018]. Available

from: http://imipintranet/imip/sistemas/index.html

Palavras-chave: Gestão. Plataforma Online. SIGAP. Pesquisa em Saúde.

165

PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, HIV-AIDS

E GESTAÇÃO NÃO PROGRAMADA DENTRO DE UM SERVIÇO DE URGÊNCIA

E EMERGÊNCIA: UMA EXPERIÊNCIA EM UMA UNIDADE DE PRONTO

ATENDIMENTO

JULIANA MACEDO PIRES, Cleide Santos da Silva,

Liedo Gomes Nepomuceno, Paula Christine Sena Rodrigues

UPA Deputado Francisco Julião

O presente trabalho tem como objetivo demonstrar a prática adotada na Unidade de Pronto

Atendimento Deputado Francisco Julião Cabo de Santo Agostinho em parceria com o Centro

de Testagem e Aconselhamento (CTA) do município, no que se refere a estratégia de

distribuição de preservativos na UPA, com o objetivo de ter uma ação voltada para a

prevenção em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/HIV-AIDS e gravidez não

programada, contribuindo com a prevenção, promoção e acesso ao direito à saúde da

população. A metodologia utilizada para desenvolver o trabalho foi com base na observação

direta de procura dos usuários pelos preservativos do período que foi estabelecida a parceria

até o presente momento. Além disso, também foi realizada uma pesquisa documental e

bibliográfica sobre a referida temática. No Brasil, a atividade sexual desprotegida é

considerada o fator de risco mais significativo para a transmissão das ISTs/HIV-AIDS e para

as gestações não programadas, o que torna o uso do preservativo nas relações sexuais algo

imprescindível. Desta forma, o Ministério da Saúde faz a distribuição para todos os Estados e

Capitais. Porém, as unidades básicas de saúde e centros de referência em ISTs e HIV-AIDS

não são muitas vezes a principal fonte de busca e acesso à preservativos, pois a partir dos

estudos levantados foi observado que o sexo ainda configura um paradigma dentro das nossas

convenções sociais; os usuários têm o receio de se expor à comunidade; e as instituições que

trabalham com ações relacionadas à sorologia e prevenção sofrem estigmas por não serem

vistas como preventivas e sim como serviços oferecidos aos usuários que já possuem alguma

ISTs/HIVAIDS. Diante das questões apresentadas acima e da percepção da importância de

adotar medidas preventivas em saúde, a equipe de Serviço Social da UPA do Cabo de Santo

Agostinho, estabeleceu uma parceria com o CTA do município para buscar garantir uma ação

de prevenção dentro de uma unidade de urgência/emergência. A partir disso, foi colocada uma

caixa com preservativos no balcão da recepção da UPA para que o usuário não precisasse

166

pedir a nenhum profissional específico, evitando o constrangimento. O Serviço Social avaliou

que os resultados foram positivos devido a grande procura por parte de pacientes,

acompanhantes e dos profissionais que trabalham na UPA. Esse dado é comprovado com a

necessidade regular de pegarmos novas caixas de preservativos com o CTA. Foi observado

que no período de janeiro de 2017 e maio de 2018 foram dispensados aproximadamente 100

caixas, equivalente a 1.440 preservativos, contando com os meses que o CTA não conseguiu

dispensar a quantidade de oito caixas estabelecidas. Assim, pode-se considerar que aos

poucos a equipe vai conseguindo atingir o objetivo de romper com as barreiras da timidez e

estigmas enfrentadas pelos usuários e garantir a prevenção de ISTs/HIV-AIDS e de gestações

não programadas.

Referências

Alves F. Proteção para a mulher, camisinha ainda é tabu no Brasil [Internet]. 2012 Jun 13;

[cited 2018 Maio 11]. Available from: http://www.simepe.com.br/novo/protecao-para-

a-mulher-camisinha-ainda-e-tabu-no-brasil

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 [Internet]. [cited 2018 Maio 11].

Avail-able from: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Distribuição gratuita de preservativos aumenta em 2017 [Internet]. [cited 2018 Maio 05].

Availa-ble from: https://imirante.com/oestadoma/noticias/2017/12/18/distribuicao-

gratuita-de-preservativos-aumenta-em-2017/

Ministério da Saúde (BR), Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do

HIV/Aids e das Hepatites Virais. O que são IST [Internet]. [cited 2018 Maio 22]

Available from: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist

Palavras-chave: Prevenção. ISTs/HIV-AIDS. Urgência. Emergência.

167

PROGRAMA DE REABILITAÇÃO FÍSICA NA FASE AGUDA APÓS ACIDENTE

VASCULAR CEREBRAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

LARISSE RAIZZA DOS SANTOS CAVALCANTE,

Renato Alves da Silva, Catharina Machado Portela

IMIP Hospitalar

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morbimortalidade do

mundo. Dentre as sequelas, as mais comuns são as de ordem sensório-motoras e cognitivas.

Nesse sentido, o acompanhamento dos pacientes pós-AVC em serviços de reabilitação visa

recuperar a funcionalidade, estimular a independência e autonomia destes indivíduos.

Ademais, é importante o acesso a estes serviços nas fases mais agudas das lesões encefálicas,

já que os desfechos são mais favoráveis nos primeiros meses pós-injúria. Assim, o objetivo

deste estudo é relatar a experiência de um programa de reabilitação física que assiste

pacientes na fase aguda após episódio de AVC. Trata-se de um estudo descritivo, no formato

de relato de experiência, no qual residentes inseridos no Programa de Residência

Multiprofissional em Reabilitação Física, do Instituto de Medicina Integral Professor

Fernando Figueira (IMIP), relatam vivências no Programa de Reabilitação Física para

Pacientes Agudos PósAVC. O Programa é uma estratégia que visa o acesso precoce à

reabilitação, sendo desenvolvido no Centro de Reabilitação e Medicina Física Professor Ruy

Neves Baptista do IMIP, referência para acompanhamento de indivíduos acometidos por

AVC no estado de Pernambuco. O corpo do Programa é formado por equipe multidisciplinar

de residentes em fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia e fonoaudiologia. Os

atendimentos são realizados semanalmente a cada paciente, por meio de intervenções e

orientações, ambas dentro do escopo de cada uma das especialidades. Ao ser inserido no

Programa, o paciente é avaliado pelos residentes através da Medida de Independência

Funcional (MIF). Os dados obtidos pelo instrumento permitem aos profissionais uma visão

ampliada sobre o impacto das sequelas do AVC na funcionalidade do indivíduo. Após essa

avaliação, cada profissional realiza sua avaliação específica de forma mais detalhada, para

obtenção de aspectos relevantes e que sejam direcionados à intervenção de cada

especialidade. Os atendimentos podem ocorrer no formato uniprofissional, ou de forma

interdisciplinar com a participação de duas ou mais especialidades em um mesmo momento.

Importante enfatizar que a equipe trabalha de forma articulada, realizando a discussão de

168

casos periodicamente, o que permite o exercício da transdisciplinaridade na assistência

prestada. Os pacientes do Programa são acompanhados por equipe multidisciplinar, com

atuação transdisciplinar, que considera as potencialidades e fragilidades de cada indivíduo, o

que possibilita, desta maneira, favorecer uma maior adesão ao tratamento e ganhos funcionais,

resultando em melhor qualidade de vida aos indivíduos, que repercute também aos seus

familiares.

Referências

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações

Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com

acidente vascular cerebral [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2013. Available

from:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_reabilitacao_acidente_v

ascular_cerebral.pdf

Johnson W, Onuma O, Owolabi M, Sachdev S. Stroke: a global response is needed. Bulletin

of the World Health Organization. 2016;94(9):634-634A.

Pedrolo DS, Kakihara CT, Almeida MM. O impacto das sequelas sensório-motoras na

autonomia e independência dos pacientes pós-AVE. O mundo da saúde.

2011;35(4):459-66.

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Reabilitação. Equipe de Assistência ao

Paciente.

169

PROJETO ORGANIZACIONAL DE CUSTO POR RESIDENTE DO HOSPITAL

DOM MALAN

KELLY CRISTIANE DE CARVALHO, Angélica Cordeiro Guimarães,

Miguel Alves Bezerra Junior

Hospital Dom Malan

O Hospital Dom Malan é uma unidade de atendimento materno-infantil, administrada pela

Organização de Saúde IMIP Hospitalar, referenciado por 53 municípios da Rede Interestadual

de Saúde, Pernambuco/Bahia, fundamentada na Assistência, no Ensino e Pesquisa, aliada a

uma gestão com controle de custos eficiente. No ano de 2010, foi inaugurado o Centro de

Estudos do Hospital Dom Malan, o qual coordena todas as atividades de Ensino e Pesquisa

realizadas na instituição, possui programas de residência médica, nas áreas de

ginecologia/obstetrícia e pediatria, em 2018 foi incluído o R4 em ultrassonografia

ginecológica/obstétrica. A unidade conta ainda com um setor de custos, um diferencial para as

questões econômicas, uma estratégia organizacional na utilização dos recursos disponíveis.

Este projeto teve início em julho de 2017, devido a necessidade de conhecer o custo real do

residente médico na unidade hospitalar. Os dados apurados referem-se ao quarto trimestre do

mesmo ano. O desenvolvimento do projeto foi objetivado pela necessidade de realização para

o estudo desses custos, os dados referem-se ao meses de outubro à dezembro de 2018. O

projeto foi realizado em epatas, na primeira etapa, planejamento para organização das

informações em conjunto com a diretoria de ensino e pesquisa, informações qualitativas,

serviços, alocação dos residentes, especificações de materiais e rateio, na segunda etapa,

utilização do sistema MV módulo de custos, através de relatórios, na terceira etapa, a

consolidação dos dados em planilhas, cálculos referenciados em uma análise de custos

indiretos (água e energia), materiais (descartáveis, material de expediente, impresso, tecido e

vestuário, suprimento de informática e EPI), para o rateio (lavanderia, almoxarifado, centro de

estudos, nutrição, dentre outros). Nos resultados, o custo unitário foi obtido com a

consolidação de todos os dados, tais dados avaliados individualmente por setor de locação,

quantidade de residente por setor, os valores foram distribuídos de forma especifica e

separado por especialidade, ginecologia/obstetrícia e pediatria. Para o projeto exemplificando,

seguem os dados do setor de sala de parto, com o valor de custo unitário de R$ 1.860,33 e o

valor total do setor de R$ 3.720,67. O quantitativo de residentes correspondente ao projeto foi

170

de 31, o custo médio geral mensal de R$ 35.273,48 e o custo médio geral por residente é de

R$ 1.137,85. Para a unidade de saúde, uma gestão de custo eficiente atua como ferramenta de

grande importância. A conscientização para o uso dos recursos viabilizando uma melhor

análise do cenário financeiro. O objetivo do projeto foi alcançado com exito, fundamentado

com base em dados reais e específicos da unidade hospitalar.

Referências

Bittencourt ON, Kliemann Neto FJ. A gestão hospitalar através do método ABC (Activity-

Based Costing) - um estudo exploratório [Internet]. Available from:

http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1999_A0059.PDF

Moura A, Viriato A. Gestão hospitalar: da organização ao serviço de apoio diagnóstico e

terapêutico. Barueri: Manole; 2008.

Palavras-chave: Custos. Hospital. Residente.

171

PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA GUIADA POR ULTRASSONOGRAFIA:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

MARIA REGINA SILVA DE SATURNO, Cristiane Russo Wanderly Gomes

Hospital Dom Hélder Câmara

A inserção de cateteres intravasculares periféricos constitui uma das intervenções mais

freqüentemente executadas em pacientes hospitalizados. No entanto, o sucesso na inserção de

cateter intravascular periférico se apresenta como um desafio para o profissional que a

executa, além de somar desconforto e ansiedade à experiência vivenciada pelo paciente.

Nesse contexto, o desenvolvimento da ciência e o crescente emprego de tecnologia em todas

as áreas de conhecimento, inclusive a da saúde, contribuíram para a evolução das

intervenções. A Ultrassonografia é tecnologia inovadora para terapia intravenosa, pois auxilia

os profissionais na punção de veias difíceis, além de contribuir para o aprimoramento da

prática de enfermagem, e promoção da segurança do paciente. O uso da ultrassonografia para

punção venosa é regulamentada no Brasil pelos conselhos regionais de enfermagem e sua

utilização exclusiva do enfermeiro. Cabe ao enfermeiro buscar as melhores evidências

disponíveis para a tomada de decisão clínica que conduz aos melhores desfechos terapêuticos.

Assim, no processo de punção venosa, deve atentar para escolhas como a veia a ser

puncionada, tecnologias adjuvantes (tipo e material do cateter) e as preferências do paciente,

ofertando cuidado mais assertivo e seguro. Nesse sentido, o presente estudo objetivou

descrever a atuação do enfermeiro voltada ao favorecimento da prática do uso da

ultrassonografia na punção intravascular periférica. Trata-se de um relato de experiência dos

autores envolvidos na ação desenvolvida no setor de Imagem do Hospital Dom Hélder

Câmara, cujo público alvo são: pacientes submetidos a exames por imagem, críticos, ou com

dificuldades da rede venosa com vistas a suprir as demandas terapêuticas. Podemos observar

que grande parte dos pacientes submetidos a punção intravenosa periférica guiado por US,

obtiveram sucesso nas primeiras tentativas, menor tempo para a realização do procedimento, e

maior satisfação em relação ao procedimento tradicional. O uso da ultrassonografia para guiar

punções vasculares periféricas caracteriza uma inovação na prática de Enfermagem. em

especial quando se realizam punções de veias periféricas em pacientes que apresentam acesso

venoso difícil. Recomenda-se a participação ativa do enfermeiro na indicação dos acessos

venosos, a partir do planejamento da terapia infusional, por meio da sua inserção nos times de

172

acessos vasculares como elemento- chave na tomada de decisão interdisciplinar, de modo a

identificar potenciais beneficiários da PVP-US. Estudos sobre a temática vêm sendo

realizados em nosso grupo de pesquisa, a fim de introduzir esta inovação na prática de

enfermeiros.

Referências

Avelar AF, Peterlini MA, Pedreira ML. Assertividade e tempo de permanência de cateteres

intravenosos periféricos com inserção guiada por ultrassonografia em crianças e

adolescentes. Rev esc enferm USP [Internet]. 2013 June.;47(3):539-46. Available

from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-

62342013000300539&lng=en

Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Parecer COREN-SP 003/2009. Realização

de ultrassonografia vascular por enfermeiros. São Paulo: COREN-SP; 2009. Available

from: http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/N%C2%BA%20003-2009%20-

%20Realiza%C3%A7%C3%A3o%20de%20ultrassonografia%20vascular%20por%20

enfermeiros.pdf

Oliveira AM, Danski MT, Pedrolo E. Punção venosa periférica guiada por ultrassonografia:

prevalência de sucesso e fatores associados. Cogitare Enfermagem. 2017

Ago;22(3):e49599.

Palavras-chave: Ultrassonografia. Enfermagem. Acesso Venoso Periférico.

173

ÁREA DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS EGRESSOS DA RESIDÊNCIA

MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA DO IMIP/PE: UMA ANÁLISE

DO PERÍODO DE 2007-2016

JOANE ESPÍNOLA MOTA LEAL, Maria Leopoldina Padilha Falcão,

Tereza C. Bezerra Leal, Glaucia Espínola

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Em 1976, na Unidade Sanitária de São José do Murialdo (RS) foi criada no Brasil, a primeira

Residência em Medicina Comunitária. Sua proposta incluía formar profissionais com uma

visão integrada entre saúde clínica, saúde mental e saúde pública, com perfil humanista e

crítico. Dois anos depois se torna Multiprofissional. A primeira turma de Residência

Multiprofissional em Saúde do IMIP foi implantada em 2002 e hoje já está em sua 14° turma

de residentes. No processo de implantação das primeiras turmas da Residência do IMIP, as

categorias profissionais envolvidas eram: Médicos, Enfermeiros e Odontólogos, hoje esta

mesma residência é constituída por: Enfermagem, Odontologia, Fisioterapia, Nutrição,

Fonoaudiologia, Serviço Social e Psicologia. Este estudo teve como objetivo analisar a área

de atuação profissional dos egressos da Residência Multiprofissional em Saúde da Família do

IMIP (RMS-SF/IMIP) no período de 2007-2016. Trata-se de um senso dos egressos da

RMSSF/IMIP, no período de 2002 a 2016. O total de ex-residentes do período explicitado

acima são 214 egressos. Foram considerados elegíveis para essa análise 180 egressos

pertencentes a sete categorias profissionais: enfermagem, Odontologia, Fisioterapia,

Fonoaudiologia, Nutrição, Serviço Social e Psicologia. Foram excluídas da análise as duas

turmas em curso. Os dados coletados foram de origem demográfica, profissional e área de

atuação, esta última, busca evidenciar a atuação na Atenção Primária à Saúde (APS) e nas

demais áreas. Foram digitados em planilha Excel-MS; e análise foi do tipo descritiva, através

de percentuais e tabelas. A maioria dos egressos da RMS-SF/IMIP no período de 2007-2016

foi formado por indivíduos do sexo feminino (90%). Nota-se que, nas categorias profissionais

de Fonoaudiologia, Nutrição e Serviço Social não tivemos indivíduos de sexo masculino, por

todo o período estudado. Os egressos da RMS-SF/IMIP no período estudado,

majoritariamente, estão na Assistência à Saúde Não APS 23,9 % (43), destes Não APS,

10,0% (18) estão na rede privada. Apenas 16% dos egressos tem atuação exclusiva na APS.

Porém, a maioria continua na rede assistencial do SUS, 30% (54). Observa-se que uma

174

parcela importante dos egressos atua no SUS, em diversos pontos da rede, demonstrando que

os egressos estão gradualmente se fixando no SUS. (SANARE,2017). A feminização das

profissões de saúde é uma realidade. A maioria dos residentes era do sexo feminino

pertencentes a categoria de enfermagem e odontologia. Ficou evidenciado que a grande parte

dos egressos não está com sua atuação profissional na Atenção Primária (APS), porém o

maior número dos participantes se fixou no SUS, após a conclusão da RMS-SF/IMIP.

Referências

Brasil CC, Oliveira PR, Vasconcelos AP. Perfil e trajetória profissional dos egressos de

residência multiprofissional: trabalho e formação em saúde. SANARE - Revista de

Políticas Públicas. 2017 Jan-Jun;16(01):60-6.

Costa SM, Durães SJ, Abreu MH. Feminização do curso de odontologia da Universidade

Estadual de Montes Claros. Ciênc saúde coletiva. 2010 Jun;15(Suppl 1):1865-73.

Lunas FJ Jr, Barreto RM, Vasconcelos MI. Posicionamento dos coordenadores da atenção

básica sobre egressos da residência multiprofissional em saúde da família. Revista

Brasileira de Ciências da Saúde. 2014;18(4):325-32.

Matos IB, Toassi RF, Oliveira MC. Profissões e ocupações de saúde e o processo de

feminização: tendências e implicações. Athenea Digital. 2013 Jul;13(2):239-44.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde,

Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Residência multiprofissional em

saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. (Série B.

Textos Básicos de Saúde).

Palavras-chave: Capacitação Profissional. Atenção Primária à Saúde. Especialização.

175

REESTRUTURAÇÃO DO SERVIÇO DE ARQUIVO MÉDICO E ESTATÍSTICO

(SAME) DO INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO

FIGUEIRA (IMIP)

VIVIANE SANTOS DE OLIVEIRA, Dimas Guedes Sedicias,

Jéssica Cavalcanti de Almeida, Greciane Soares da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Organizar o histórico do paciente na assistência à saúde é uma prática importante para a

comunicação entre os profissionais de saúde, visando o registro da história clínica dos

usuários dos serviços. O prontuário é uma documentação constituída de formulários

padronizados, destinados aos registros da assistência ao paciente, e o Conselho Federal de

Medicina (CFM) define-o como um documento único constituído de um conjunto de

informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e

situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e

científico, que possibilita a comunicação entre os membros da equipe multiprofissional e a

continuidade da assistência prestada ao indivíduo. Atualmente, o prontuário não deveria mais

ser designado como “prontuário médico”, mas como “prontuário do paciente”, pois se leva em

consideração que ele é o registro da assistência multiprofissional dedicada ao paciente e não

só do médico. Vale ressaltar que o próprio paciente é o fornecedor e detentor legal das

informações que compõem o prontuário, mesmo que a responsabilidade da guarda seja de um

profissional ou de uma instituição de saúde, podendo solicitá-lo a qualquer momento. Quando

se trata de guarda, preservação e circulação de prontuários, normalmente, o setor da

instituição responsável é o SAME, que também administra circulação do prontuário entre os

profissionais da instituição que o solicitam, seja para assistir ao paciente, faturar os

atendimentos ou realizar consultas para pesquisas científicas. Buscando melhorar as

condições de guarda e circulação dos prontuários e atender às solicitações de consulta, em

agosto de 2017, o IMIP iniciou uma intervenção no SAME, composto por 1.503.496

prontuários, para organizar sua estrutura física, promover a melhoria defluxos internos de

trabalho e diminuir o número de atrasos na chegada de prontuários no ambulatório para o

atendimento diário aos pacientes. Para operacionalizar tais objetivos, foram planejadas as

seguintes ações: 1) Realização de um diagnóstico situacional do SAME; 2) Reestruturação da

estrutura física; 3) Arquivamento dos prontuários com mais de cinco anos de atendimento

176

para arquivo intermediário; 4) Implantação do Prontuário Único (PU); 5) Mudança do padrão

de arquivamento dos prontuários no SAME; 6) Automação dos registros de circulação dos

prontuários; 7) Capacitação dos colaboradores quanto às mudanças realizadas. Das ações

planejadas 50% foram implantadas, e já foi possível perceber quatro grandes melhorias:

ganho de espaço físico; maior assiduidade na rotina de limpeza do ambiente; agilidade na

localização dos prontuários e diminuição no número de atrasos na entrega dos prontuários

solicitados pelo ambulatório para o atendimento do paciente. O cronograma de ação

continuará sendo cumprido até que todos os prontuários estejam unificados, e sua circulação

será continuadamente monitorada para minimizar transtornos na assistência.

Referências

Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 1.638/2002. Publicada no D.O.U. de 9 de

agosto de 2002, Seção I, p.184-5. 2002 Jul. Available from:

http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2002/1638_2002.htm

Conselho Federal de Medicina. Código de ética médica: resolução CFM nº 1.931, de 17 de

setembro de 2009 [Internet]. Brasília: Conselho Federal de Medicina; 2010. [cited

2018 Maio 15]. Available from:

https://portal.cfm.org.br/images/stories/biblioteca/codigo%20de%20etica%20medica.p

df

Prontuários e arquivos: reflexões sobre o papel e a trajetória de arquivos de instituições de

saúde. [cited 2018 Maio 15]. Available from: https://goo.gl/yMgnnL

Palavras-chave: Gestão Hospitalar. Registros Médicos. Serviço Hospitalar de Registros

Médicos.

177

REESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA IMCAPH COMO FERRAMENTA NO

MONITORAMENTO DO FATURAMENTO DE CONTAS HOSPITALARES

PAULO RODRIGO DE SANTANA, Greciane Soares da Silva,

Andréa Arôxa, Ivanilda Marinho

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

As instituições prestadoras de saúde precisam estar centradas em informações para que seus

gestores atuem de forma eficiente. Para tanto, podem lançar mão de recursos inteligentes

oferecidos pela tecnologia da informação e sistemas de informação gerencial. O sistema de

controle e avaliação do prontuário hospitalar – IMCAPH/IMIP é um exemplo de um sistema

gerencial. Criado em 2013 com a finalidade de monitorar os prontuários a partir da alta do

paciente até o momento de entrega no arquivo geral hospitalar. No período de julho de 2016

até fevereiro de 2018, o sistema IMCAPH foi reestruturado visando atender às necessidades

dos colaboradores inseridos no processo de monitoramento do faturamento das contas

hospitalares. Dentro desta perspectiva, as informações produzidas pelo monitoramento são

essenciais aos gestores pois vão subsidiar a tomada de decisões nos serviços de saúde. O

monitoramento pode ser entendido como processo sistemático e contínuo que produz

informações sintéticas em tempo eficaz, permitindo uma rápida avaliação situacional,

subsidiando elementos para uma intervenção oportuna. Assim, o presente trabalho tem por

objetivo descrever quais foram as principais mudanças realizadas na restruturação do sistema

IMCAPH e sua contribuição no monitoramento do faturamento das contas hospitalares.

Mediante a realização de reuniões foram elencadas sugestões de melhoria ao passo que foram

realizados encontros com o setor de Tecnologia e Informação para discussão e viabilização

operacional das ideias. Dentre as sugestões de melhoria do sistema estão: inclusão de filtro de

busca das altas por enfermaria; inclusão do campo para consultas de entrada anteriores de

prontuários vinculados ao mesmo atendimento; automatização dos dados do sistema MV;

inclusão do campo de registro para saída dos prontuários enviados ao arquivo geral hospitalar;

automatização no sistema do preenchimento de recebimento dos prontuários subdivididos

para fins de faturamento. A cada ideia inserida no IMCAPH, os colaboradores validavam o

uso com as consolidações de informações viáveis ao monitoramento das contas hospitalares

faturadas. Desta forma, é possível concluir que a reestruturação do sistema IMCAPH

possibilitou um melhor monitoramento de contas hospitalares, contribuindo para otimização

178

do faturamento das contas. Sendo possível traçar indicadores de monitoramento como: O

número de prontuários recebidos pelo setor de faturamento; número de prontuários entregues

pelo setor de faturamento; Média de permanência da conta para faturamento e número de

contas não faturadas. É válido ressaltar que além de um sistema de gerenciamento eficaz, um

fator chave no alcance dos melhores resultados é o envolvimento dos principais interessados

na operacionalização do mesmo.

Referências

Garcia RC. Subsídio para Organizar Avaliações da Ação Governamental. Brasília: Ministério

do Planejamento, Orçamento e Gestão, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

(IPEA); 2001. (Texto para Discussão nº 776).

Guimarães EM, Évora YD. Sistema de informação: instrumento para tomada de decisão no

exercício da gerência. Ci Inf. 2004 Jan-Abr;33(1):72-80.

Mendes AC, Lyra TM, Sóter AP, Brito RM, Rodrigues CP, Holmes SM, Silva EM. Sistema

de monitoramento da gestão municipal plena: uma proposta de avaliação de

resultados. Rev IMIP. 1999;13(2):175-83.

Palavras-chave: Gestão Hospitalar. Faturamento. Avaliação em Saúde.

179

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO DA METODOLOGIA

KAIZEN NAS SECRETARIAS ACADÊMICAS DO IMIP

NANCY DE BARROS CORREIA, Jéssica Cavalcanti de Almeida,

Cristina Allouchie de Queiroz Thaís Negromonte

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

O pensamento lean tem se difundido nas áreas da assistência, ensino e pesquisa, e os

paradigmas da gestão vêm sendo desafiados a buscar novos elementos dentro do contexto

organizacional. Kaizen significa mudar para melhor, transmite a noção de melhoria contínua.

O objetivo deste trabalho é relatar a experiência da implementação da metodologia Kaizen no

processo de avaliação e registro de notas das secretarias acadêmicas do IMIP. Metodologia:

Trata-se de um relato de experiência elaborado no contexto de gestão, a partir da identificação

dos problemas das secretarias acadêmicas do IMIP (graduação, pós-graduação lato sensu –

PGLS e a pós-graduação stricto sensu – PGSS). Para realização do Kaizen, 14 profissionais

reuniramse durante cinco dias. Nos dois primeiros dias, houve o treinamento conceitual com

atividades práticas para compreensão do método. No terceiro dia, foi identificada a avaliação

e o registro de notas como fragilidade dos processos das secretarias, realizando-se montagem

e análise dos fluxogramas de cada processo. As visitas Gemba aos setores foram realizadas

para visualização e mensuração do processo mais próximo da realidade. No quarto dia,

iniciou-se o Brainstorming, classificando as oportunidades de melhoria na matriz analítica de

priorização (impacto/benefício X custo/dificuldade). No quinto dia, a equipe apresentou o

relatório de consolidação das atividades aos gestores IMIP. Na graduação, a planilha de

organização das escalas de rodízio dos estudantes foi reformulada e automatizada, facilitando

o manuseio, rapidez, segurança e clareza das informações. Instituiu-se regimento para

preceptores constando atribuições e normas dos prazos de entrega das avaliações/notas. A

secretaria foi organizada com reestruturação da bancada de trabalho, resultando na qualidade

do serviço e na satisfação das funcionárias. Na PGLS, foi implementado fluxo de rotina para

solicitar respostas das avaliações dos residentes e preceptores. As questões do formulário de

avaliação dos residentes foram reduzidas, com intuito de garantir aderência e retorno às

secretarias. Houve apresentação do sistema de avaliação no momento do acolhimento aos

residentes, com objetivo de melhoria da informação. Para essa secretaria, adquiriram-se

computadores modernos, garantindo redução do tempo de trabalho e de energia. Na PGSS,

180

após a nova rotina de envio e monitoramento das planilhas de notas para os docentes, obteve-

se 50% a mais das respostas quando comparado aos anos anteriores. Foram inseridos prazos

de entrega de notas no manual do docente. Criou-se também um cronograma de atividades

contendo prioridades e checklist das atividades. Com a implementação da metodologia

Kaizen, observou-se a melhoria nos fluxos dos processos de avaliação e registro de notas e

infraestrutura das secretarias acadêmicas, comprovando a eficácia do método ao trazer

resultados satisfatórios em um curto espaço de tempo e com baixo custo de investimento.

Referências

Oliani LH, Paschoalino WJ, Oliveira W. Ferramenta de Melhoria Contínua Kaizen. Revista

Científica UNAR. 2016;12(1):57-67.

Régis TK, Gohr CF, Santos LC. Implementação do lean healthcare: experiências e lições

aprendidas em hospitais brasileiros. Revista de Administração de Empresas. 2018 Jan-

Fev;58(1).

Palavras-chave: Metodologia Kaizen. Melhoria Contínua. Secretaria Acadêmica.

Planejamento Estratégico.

181

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE FISIOTERAPEUTAS ACERCA DE REUNIÕES

CLÍNICAS MULTIDISCIPLINARES EM ORTOPEDIA TRANSMITIDAS POR

VIDEOCONFERÊNCIA

RENATO ALVES DA SILVA, Thiago Victor Azevedo Freire

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Para otimizar os cuidados na área da saúde é fundamental uma abordagem global e integral

dos múltiplos fatores envolvidos nas doenças. Nesse sentido, é crescente a formação de

equipes multidisciplinares que sistematizam e integram os conhecimentos das diferentes

áreas, pretendendo melhorar e aprimorar o atendimento prestado ao usuário. Assim, o

presente relato tem como objetivo descrever experiências vivenciadas por fisioterapeutas

quanto a reuniões multidisciplinares (fisioterapia, ortopedia e radiologia) transmitidas por

videoconferência, com temas voltados à ortopedia. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo

relato de experiência, em que fisioterapeutas relatam vivências sobre reuniões clínicas

multidisciplinares em ortopedia. Iniciadas em 2014, as reuniões acontecem em uma sala com

transmissão via videoconferência, no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando

Figueira (IMIP), localizado em Recife-PE, com frequência de uma vez por semana e com

duração de uma hora. Residentes, profissionais do serviço e estudantes de graduação, de cada

uma das três especialidades (fisioterapia, ortopedia e radiologia), apresentam suas abordagens

por meio de slides sobre temas específicos da ortopedia. As reuniões são transmitidas ao vivo

para dois outros hospitais da rede (Hospital Miguel Arraes e o Hospital Metropolitano Sul

Dom Helder Câmara). O espaço de reunião tem sido importante no processo de troca de

conhecimentos e experiências entre os profissionais do serviço, estudantes e residentes. Além

disso, de forma positiva, tem proporcionado mudança de postura frente a determinados casos

no ambiente de prática. Para os fisioterapeutas, trata-se de um ambiente de valorização

profissional dentro da equipe de saúde, possibilitando a integração deste profissional na

comunidade. A incorporação deste modelo de reunião científica capacita os profissionais e

estudantes das diferentes áreas a terem uma percepção mais abrangente, dinâmica, integrada e

humanizada do paciente com demandas ortopédicas.

182

Referências

Bach J, Leskovan J, Scharschmidt T, Boulger C, Papadimos T, Russell S, et al. The right team

at the right time - Multidisciplinary approach to multi-trauma patient with orthopedic

injuries. Int J Crit Illn Inj Sci. 2017;7(1):32.

Bicalho LM, Oliveira M. Aspectos conceituais da multidisciplinaridade e da

interdisciplinaridade e a pesquisa em Ciência da Informação. Encontros Bibli: Revista

Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação. 2011;16(32):1-26.

Choi BC, Pak AW. Multidisciplinarity, interdisciplinarity and transdisciplinarity in health re-

search, services, education and policy: 2. Promotors, barriers, and strategies of

enhancement. Clin Invest Med. 2007;30(6):E224-32.

Palavras-chave: Fisioterapia. Ortopedia. Radiologia. Multidisciplinaridade.

183

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM

AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA ADULTO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

LEANDRO FERREIRA AGUIAR, Felipe Tibério Ferreira

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Na política de saúde, segundo Schmaller et al., o Serviço Social “[...] é requisitado para atuar

na realidade social e integra as profissões que fazem parte da área de saúde. É uma profissão

que, historicamente, atua nas expressões da questão social e possui uma visão crítica sobre os

fenômenos sociais, os determinantes sociais da saúde e o processo saúde/doença”. Diante

desta compreensão, a profissão se insere na Rede IMIP em Pernambuco com vistas a atuar

frente as multifacetadas expressões da questão social, estando presente em diversos setores do

Complexo hospitalar. Compreendendo estas afirmativas, o presente relato de experiência

buscou descrever o trabalho dos/as assistentes sociais no ambulatório de oncologia adulto

com vistas a elucidar a dinâmica de trabalho no Núcleo de Acolhimento de Oncologia do

IMIP (NAT-Onco). Para a realização deste relato, utilizou-se de instrumentos analíticos

transversais como a observação empírica e pesquisa bibliográfica a luz da teoria social crítica.

Este relato de experiência utiliza como campo de pesquisa o Núcleo de Acolhimento da

Oncologia (NAT-Onco) do Complexo Hospitalar do IMIP/PE, sendo realizada a descrição e

análise da atuação do Serviço Social nesse espaço socioocupacional. Na dinâmica

ambulatorial da oncologia adulto do complexo hospitalar do IMIP/PE, o Serviço Social se

insere para o atendimento dos/as usuários/as que se encontram no início ou continuidade do

tratamento oncológico. A porta de entrada para esse serviço ocorre pelo Núcleo de

Acolhimento de Oncologia (NAT-Onco), no qual usuários/as com biópsia confirmando algum

tumor maligno poderá agendar o primeiro atendimento com enfermeira, médico e assistente

social. Observa-se como prática exitosa a proposta de obrigatoriedade deste primeiro

atendimento perpassar por estes três profissionais, principalmente com a inserção do Serviço

Social, não se restringindo ao atendimento médico, possibilitando o cuidado ampliado em

saúde, levando-se em consideração o processo saúde/doença tratado pela perspectiva da

Clínica Ampliada. No primeiro atendimento, o assistente social utiliza do instrumento técnico

operativo da entrevista social com fins a analisar as particularidades da realidade em que o/a

usuário/a vivencia e, assim, através da análise das necessidades sociais, poder realizar as

orientações e encaminhamentos necessários às políticas e serviços sociais, buscando a

184

viabilização e garantia dos direitos sociais. Diante deste breve relato, observa-se que a

dinâmica de atendimento proposta ao Serviço Social no NAT-Onco é exitoso na busca pela

efetivação da Clínica Ampliada proposto pelo projeto de reforma sanitária da política de

saúde brasileira. Ao priorizar o atendimento desta profissão no primeiro contato com o/a

usuário/a da oncologia, possibilita a celeridade e integralidade do acesso a viabilização dos

direitos sociais existentes.

Referências

Castro MM. Formação em Saúde e Serviço Social: as residências em questão. 2013 Jul-

Dez;12(2):349-60. (Textos & Contextos).

Iamamoto MV. O Serviço Social na cena contemporânea. In: Serviço Social: direitos sociais e

competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS; 2009.

Iamamoto MV, Carvalho R. Relações sociais e serviço social no Brasil: esboço de uma

interpretação histórico-metodológica. 33. ed. São Paulo: Cortez; 2011.

Schmaller VV, Lemos J, Silva MG, Lima ML. Trabalho em saúde, formação profissional e

inserção do Serviço Social na residência multiprofissional em saúde da família. 2012

Ago-Dez;11(2):346-61. (Textos & Contextos).

Palavras-chave: Serviço Social. Assistência Ambulatorial. Oncologia. Política de Saúde.

185

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE NO CONTEXTO DA

ESTIMULAÇÃO PRECOCE: RELATO DE EXPERIÊNCIA TRANSDICIPLINAR

LARISSE RAIZZA DOS SANTOS CAVALCANTE,

Renato Alves da Silva, Ana Carla Gomes Botelho

IMIP Hospitalar

O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), com intuito de

especializar profissionais para a assistência integral de indivíduos em reabilitação, criou, em

2012, a Residência Multiprofissional em Reabilitação Física. Dentre os serviços vivenciados

pelos residentes, destaca-se o Programa de Estimulação Precoce (PEP), constituído pelo

acompanhamento de bebês de alto risco. Visando o atendimento transdisciplinar, as ações do

PEP baseiam-se no modelo biopsicossocial, em que a saúde é vista de forma integral nas

esferas física, cognitiva, emocional e social. Assim, o objetivo deste estudo é relatar a

experiência da assistência transdisciplinar vivenciada pelos residentes na reabilitação de bebês

inseridos no PEP. Trata-se de um relato de experiência, em que os residentes inseridos no

PEP do Centro de Reabilitação do IMIP expõem as ações desenvolvidas, assim como as

repercussões do programa em seus processos de formação profissional. Referência em

assistência de crianças entre zero e 12 meses com atraso no desenvolvimento, o programa

recebe pacientes encaminhados, principalmente, pelos serviços de UTI neonatal, Método

Canguru e neurologia do próprio hospital, bem como da rede de saúde do estado. Atualmente,

funciona em dois turnos por semana, porém a formação transdisciplinar com toda a equipe de

residentes ocorre apenas em deles. Cada bebê e sua família são atendidos quinzenalmente pela

equipe, que realiza orientações e intervenções, estimulando o potencial de desenvolvimento.

A partir da inserção do bebê no PEP, é feita uma avaliação de cada especialidade (fisioterapia,

terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia). Os atendimentos são transdisciplinares

focados em três vertentes: a primeira visa proporcionar um ambiente acolhedor, ao fornecer

suporte emocional ao impacto inicial da descoberta das deficiências do bebê e estimular o

vínculo família-bebê; a segunda busca estimular as potencialidades do bebê a partir dos

manuseios terapêuticos embasados na estimulação do “período crítico” de maior ativação da

neuroplasticidade que permite recuperar áreas encefálicas lesionadas, promovendo assim sua

evolução sensório-motora; e, por último, é imprescindível a visão educacional que a equipe

deve ter com a família a fim de que sejam repetidos no seu domicílio algumas condutas e

186

posicionamentos potencializando as chances de evolução do bebê a partir dos fundamentos da

aprendizagem motora, por meio da repetição e estimulação ambiental adequada. Em relação

aos bebês, observa-se melhora no aspecto funcional e maior informação dos pais acerca da

patologia, por meio da assistência integral que recebem. Para os residentes, o PEP trata-se de

uma ferramenta prática na consolidação e troca do aprendizado, ampliando o olhar e a escuta

das necessidades especificas de cada paciente em reabilitação, resultando em novas formas de

saber/fazer em saúde.

Referências

Ministério da Saúde (BR), Secretaria da Gestão do Trabalho e da Atenção à Saúde.

Residência Multiprofissional em Saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília:

Ministério da Saúde; 2006. 414 p.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações

Programáticas Estratégicas. Desenvolvimento e comportamento do recém-nascido na

unidade neonatal. In: Atenção humanizada ao recém-nascido: método canguru: manual

técnico. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2017. p. 209-27.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de estimulação precoce.

Brasília: Ministério da Saúde; 2016. 184 p.

Palavras-chave: Equipe de Assistência ao Paciente. Intervenção Precoce. Internato e

Residência.

187

SAÚDE INDÍGENA: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O ACOLHIMENTO

HUMANIZADO AO INDÍGENA COM NEOPLASIA NA CASA DE APOIO À

SAÚDE INDÍGENA DE PERNAMBUCO

ALEX MONTANHAS DE LIMA

Casa de Apoio à Saúde Indígena de Pernambuco (CASAI-PE)

O presente estudo trata-se de uma descrição referente ao acolhimento humanizado ao indígena

com neoplasia na casa de apoio a saúde indígena de Pernambuco pela equipe

multiprofissional de saúde. Desenvolvendo atividades e atendimentos a esses indígenas,

quando é referenciada para médio-alta complexidade hospitalar. Período de Realização:

Outubro de 2017 a janeiro de 2018 O acolhimento é realizado diariamente pela equipe

multiprofissional de saúde Indígena. Os objetivos da experiência foram: promover uma maior

qualidade na recepção e cuidado ao indígena referenciado pela atenção básica para média e

alta complexidade; identificar a qualidade do atendimento ao Índio; buscar estratégias para

melhor acolhimento diante das situações propostas pela atual conjuntura; promover melhor

condição de Saúde; respeitar sua cultura e sua crença de acordo com as diretrizes da Política

Nacional. Foi realizada uma observação in loco do processo de trabalho e das diversas

atividades e procedimentos construídos nas reuniões da equipe desenvolvidos para o auxílio

no cuidado e recuperação do indígena, respeitando seus costumes e crenças bem como o

acolhimento prestado a esses pacientes. Segundo o Ministério da Saúde o eixo principal da

Política Nacional de Humanização é o Acolhimento, pois é um modo de operar e atender a

todos que buscam o os serviços de saúde. Acolher o Paciente de Forma Integral respeitando o

Princípio da Integralidade e Equidade. A equipe desenvolve atividades sistematizadas de

forma que o paciente é referenciado para todos os membros da equipe, tendo assim uma maior

cobertura assistencial e não apenas a patologia ao qual é portador. O fluxo de entrada e saída

obedece a um protocolo de acesso destinado exclusivamente para as casas de apoio à saúde do

índio no Brasil. Análise Crítica: Buscando atender melhor o usuário portador de neoplasia,

unindo opiniões deu-se então a homologação desse trabalho, de forma que as demais unidades

básicas de saúde e estratégias de saúde da família possam ter acesso e acolher melhor seu

usuário de forma que o mesmo se sinta bem e que as praticas de promoção contribuam para

melhor e veloz recuperação. As ações desenvolvidas pela Equipe Multidisciplinar de Saúde

Indígena foram Rodas de Conversa, Palestras Educativas, Oficinas de Artesanato, pintura e

188

decoração, Ginastica Laboral e atividade Física, Formação de Equipe Interdisciplinar para

avaliação do paciente indígena. Ouve o envolvimento de todos os Profissionais da Casa de

Apoio a Saúde do Índio desde a articulação até a execução.

Referências

Ministério da Saúde (BR). Portaria N° 874, de 16 de Maio de 2013. Política nacional para a

prevenção do câncer na rede de atenção à saúde das pessoas com doenças crônicas no

âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Ministério da Saúde; 2013.

Ministério da Saúde (BR), Fundação Nacional de Saúde. Política nacional de atenção à saúde

dos povos indígenas. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2002.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Política nacional de humanização.

Brasília: Ministério da Saúde; 2013.

Ministério da Saúde (BR), Secretária de Atenção à saúde, Núcleo Técnico da Política

Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2. ed.

Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria Especial de Saúde Indígena, Núcleo Técnico da Política

Nacional de Atenção à Saúde Indígena. Protocolo de acesso à casa de saúde do índio.

Brasília: Ministério da Saúde; 2017.

Palavras-chave: Acolhimento. Indígenas. Neoplasia. Humanização.

189

SATISFAÇÃO COM TECNOLOGIA ASSISTIVA E REABILITAÇÃO FÍSICA EM

PACIENTES COM SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

CATHARINA MACHADO PORTELA, Jamine Cunha dos Reis,

Weldma Karlla Coelho, Ada Salvetti Cavalcanti Caldas

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Visando aprimoramento da prática profissional, assertividade no favorecimento de autonomia,

conforto e adesão aos dispositivos de Tecnologia Assitiva (TA), a identificação do grau de

satisfação dos indivíduos em relação ao uso destes materiais serve como indicadores.

Pacientes com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) apresentam comprometimentos

motores e necessitam de alguma TA. Esta pesquisa teve como objetivo identificar a satisfação

de pacientes com sequelas de AVC que utilizam dispositivos de TA, atendidos no Centro de

Reabilitação e Medicina Física Prof. Ruy Neves Baptista no Instituto de Medicina Integral

Prof. Fernando Figueira (IMIP), concessor destes recursos. Trata-se de um estudo

observacional, transversal e de caráter quantitativo e ocorreu no período de fevereiro a abril

2016, com pacientes com sequelas de AVC que utilizaram recursos de tecnologia assistiva em

acompanhamento rotineiro no serviço. Instrumento utilizado foi o Questionário Quebec User

Evaluation Of Satisfaction With Assistive Technology (QUEST 2.0). A amostra foi composta

por 28 usuários, de ambos os sexos, a maioria cursou ensino fundamental incompleto, com

renda familiar de até um salário mínimo e casados. Os itens do QUEST 2.0 que apresentaram

maior satisfação: Serviço de acompanhamento 20% e Serviços de Profissionais 16%. Os itens

que apresentaram menor satisfação: Reparos/Assistência técnica 3% e Ajustes 2%. Em

relação aos recursos, os andadores apresentaram melhor resultado, média de 4,54. Os Serviços

de Acompanhamento e Serviços Profissionais foram qualificados como os mais satisfatórios,

favorecidos pelo acompanhamento interdisciplinar da equipe onde os profissionais discutem e

elegem conjuntamente a escolha do dispositivo de TA, que pode ter repercutido positivamente

nas respostas dos pacientes. Embora alguns dispositivos tenham recebido pontuações

menores, nenhum pontuou como insatisfeito. Os itens de TA com maior índice de satisfação

foram a muleta canadense, o andador e a cadeira de rodas. Observou-se que a identificação

dos aspectos relativos ao uso de tecnologias assistivas, podem servir como facilitadores na

identificação de fragilidades e potencialidades referentes à características dos materiais

utilizados, bem como indicadores do aprimoramento de ações de um serviço.

190

Referências

Chen C, Teng Y, Lou S, Lin C, Chen F, Yeung K. User satisfaction with orthotic devices and

service in Taiwan. PLOS ONE. 2014;9(10):1-10. doi:10.1371/journal.pone.0110661

Delboni MC, Malengo PC, Schmidt EP. Relação entre os aspectos das alterações funcionais e

seu impacto na qualidade de vida das pessoas com sequelas de Acidente Vascular

Encefálico (AVE). Rev O mundo da saúde. 2010;34(2):165-175.

World report on disability. 2011. Available from:

http://www.who.int/disabilities/world_report/2011/en

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Terapia Ocupacional. Reabilitação. Tecnologia

Assistiva.

191

SISTEMATIZAÇÃO DOS PEDIDOS, ACRÉSCIMOS E DEVOLUÇÕES DOS

MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICOS NO SETOR EMERGÊNCIA COMO

FERRAMENTA NO CONTROLE DE ESTOQUE E SEGURANÇA DO PACIENTE

ADRIANO DA SILVA LINS, Ellis Karoline Rodrigues da Silva

Hospital Dom Helder Câmara

Nos hospitais, quanto maior a habilidade da organização e de sua farmácia em administrar os

produtos de forma adequada, em que os medicamentos e materiais médicos são os principais

componentes dos custos hospitalares, maior será sua capacidade de oferecer aos pacientes

serviços de qualidade e com baixos custos operacionais. Em estudo a respeito das origens

possíveis dos erros de medicação, a ASHP (Associação Americana de Farmacêuticos do

Sistema de Saúde) relatou que 39% dos erros ocorrem no ato da prescrição, 12% na

transcrição do pedido médico, 11% na dispensação e 38% na administração dos

medicamentos. Ainda que estes dados não sejam especificamente da realidade nacional, são

de vital importância como parâmetros para ações de melhorias. Baseado nesses parâmetros,

este trabalho objetiva relatar a experiência realizada no hospital Dom Hélder Câmara

mediante o anseio de melhorias na organização da dispensação dos medicamentos e materiais

médicos no setor da emergência. Trata-se de um relato de experiência vivenciado no Hospital

Dom Helder Câmara onde todos os pedidos, devoluções, acréscimos e solicitações de

materias médicos e medicamentos passaram a ser sistematizados pelas equipes de saúde.

Inicialmente nos reunimos com as equipes de enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia,

médicos, tecnologia da informação, farmácia e demonstramos o cenário atual (pedidos

manuais, devoluções realizadas pela farmácia, acréscimos dispensados com a apresentação da

prescrição) e a importância da mudança para um melhor controle de estoque e segurança do

paciente. Após este passo, começamos a treinar as equipes e em agosto/2017 demos início à

rotina. Resultados e discussão: Com a implantação, as admissões passaram a ser copiladas

pela equipe de enfermagem no sistema MV2000, contemplando todos os medicamentos e

adjuvantes necessários para a sua administração. Os itens do pedido, separado e dispensado

pela farmácia mediante o atendimento no sistema e carimbo de atendido nas prescrições. As

devoluções passaram a ser solicitadas pela equipe de enfermagem, e em seguida, conferidas e

atendidas pela equipe da farmácia. Os pedidos de materiais médicos e kits passaram também a

ser sistematizados pelas equipes requerentes e atendidos pela farmácia. Se realizarmos o

192

comparativo dos resultados das divergências dos inventários realizados antes e após a

implementação, teremos como efeito uma redução de exatos 92,33% das divergências. Além

de um rastreio eficaz dos lotes dos itens, interrupção de possíveis dualidades na dispensação e

administração e consequente maior segurança ao paciente. Com esta execução pudemos obter

um melhor sistema de dispensação, sendo este: Racional, eficiente, econômico, seguro e de

acordo com o esquema terapêutico prescrito. Passamos a oferecer uma melhor qualidade no

atendimento prestado ao paciente e maior controle do estoque, utilizando o sistema

informatizado que no momento nos é disponibilizado.

Referências

Associação Americana de Farmacêuticos do Sistema de Saúde (ASHP). Disponível em:

https://www.ashp.org/

Barbieri JC, Machiline C. Logística hospitalar: teoria e prática. São Paulo: Saraiva; 2006.

Cavalini ME, Bisson MP. Farmácia Hospitalar um enfoque em sistemas de saúde. 1. ed.

Barueri: Manole; 2002.

Rosa MB, Perini E. Erros de medicação: quem foi?. Rev Assoc Med Bras [Internet]. 2003

Sep;49(3):335-341. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-

42302003000300041&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302003000300041

Palavras-chave: Controle. Estoque. Sistema.

193

SUPORTE AVANÇADO À VIDA NA CARDIOLOGIA: UM CURSO QUE SALVA

VIDAS

RODRIGO DE LEMOS SOARES PATRIOTA, Rodrigo Pinto Pedrosa

Hospital Dom Helder

A parada cardiorrespiratória (PCR) é um evento importante na saúde pública, pois estimativas

brasileiras apontam que 200.000 paradas cardiorrespiratórias ocorrem anualmente, sendo

metade delas ocorridas no ambiente intra-hospitalar e a outra metade fora do hospital. Dados

americanos apontam que 209.000 PCRs ocorrem nos hospitais americanos anualmente e que

20% desses indivíduos apresentam alterações dos seus sinais vitais, horas antes da PCR.

Assim como, 326.000 PCRs ocorrem fora do hospital, sendo população bem educada a fazer

primeiros socorros medida que diminuiu mortalidade. O Hospital Metropolitano Dom Helder

Câmara (HDH), através do Centro de Treinamento em Emergências (CETEHDH), implantou

o curso de Suporte Avançado à Vida na Cardiologia, do inglês Advanced Cardiovascular Life

Support (ACLS), com o objetivo de promover o aprimoramento dos profissionais de saúde

nos cuidados com o indivíduo que sofre PCR, desde a ação preventiva do evento, através da

vigilância e da ação precoce naqueles sinais vitais e condições clínicas que antecedem o

evento, assim como no manejo adequado da PCR, permitindo assim o retorno da circulação

espontânea, com manutenção da qualidade de vida. O CETE-HDH é um sítio do centro

formador do Instituto do Coração de São Paulo, sendo, portanto, autorizado a realizar o

ACLS, da American Heart Association (AHA). O curso é voltado para médicos, enfermeiras e

estudantes do sexto ano de medicina, conta com 6 instrutores, formados pelo Instituto do

Coração, e é realizado com enfoque prático com o uso de manequins de simulação realística.

O curso tem duração de 2 dias, com estações práticas de suporte básico de vida, PCR,

bradicardias, taquicardias e cuidados pós parada. Há momentos dedicados ao manejo do

Acidente Vascular Encefálico, Infarto Agudo do Miocárdio e de como lidar com o óbito. É

enfatizada a importância das compressões cardíacas realizadas com qualidade, assim como é

realizado treinamento ostensivo nessa habilidade que precisa ser desenvolvida no curso. Para

realização do cursos são utilizadas as evidências científicas mais atualizadas, de acordo com

os guidelines da AHA. Para aprovação no curso, são necessárias aprovações em três

avaliações práticas e uma avaliação teórica. Nesta última, é preciso ter 84% de acertos, em

questões de múltipla escolha. O centro conta toda a estrutura e materiais necessários para

194

realização do ACLS, com capacidade de atender 4 turmas simultaneamente. O curso já

promoveu a certificação de mais de 100 alunos, estudantes e profissionais, médicos e

enfermeiros, com aprovação final de quase 100% do alunos. O planejamento do centro é de

ampliar para novos cursos, com foco em outras emergências clínico-cirúrgicas e de promover

pesquisas com o tema emergências. Outra meta do centro é de ter toda a equipe de médicos do

hospital treinados. Baseado nos questionários realizados pelos alunos, de forma anônima, o

curso vem recebendo boas avaliações, o que faz com que os esforços do CETE-HDH sejam

no sentido de tornar a experiência do ACLS cada vez mais exitosa, promovendo para a equipe

multidisciplinar o contínuo aprendizado sobre os cuidados com o indivíduo que sofre de PCR,

além de tornar o CETE-HDH um centro de excelência em ensino e pesquisa.

Referências

American Heart Association Guidelines Update for Cardiopulmonary Resuscitation and

Emer-gency Cardiovascular Care. Circulation. 2015;132(supl 2):S397–S413.

Gonzalez MM, et al. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados

Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras

Cardiol. 2013 Ago;101(2 supl.3).

Kronick SL, Kurz MC, Lin S, Edelson DP, Berg RA, Billi JE, Cabanas JG, Cone DC, Diercks

DB, Foster J, Meeks RA, Travers AH, Welsford M. Part 4: systems of care and

continuous quali-ty improvement: 2015.

Palavras-chave: Cardiologia. Parada Cardiorrespiratória. Cursos. Educação Continuada.

195

TEAM BASED LEARNING: UMA METODOLOGIA ATIVA PARA QUALIFICAR O

PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO TÉCNICA EM SAÚDE

BRUNO HIPOLITO DA SILVA, Angela Maria Magalhães Salvi

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

O mundo moderno e o desenvolvimento tecnológico têm provocado mudanças significativas

em diversos setores da economia. A quantidade de informações novas disponibilizadas

diariamente, crescem exponencialmente, gerando novos desafios para educação. Na educação

em saúde o desafio é ainda maior, visto que os currículos universitários e técnicos são

complexos e devem fortalecer a indissociabilidade entre ensino e serviço. Na formação

Técnica em Saúde, além dos desafios acima citados, ainda precisa lidar com a dinâmica do

processo de ensino-aprendizagem que deve levar em conta a natureza do perfil do estudante, a

necessidade da transição tecnicista, predominante nesse tipo de formação, para um trabalho

colaborativo em equipe, e o desenvolvimento da metacognição, visando o empoderamento e a

autonomia do estudante, articulada as vivências dos cenários de prática real. Diante deste

cenário, não cabe permanecer com métodos de aprendizagem tradicionais, onde o processo

educativo é transmissivo, colocando o estudante, de acordo com Freire, como um depósito de

informações e evidenciando o papel de detentor do saber do professor. Neste sentido, a Escola

Politécnica do IMIP, tem como proposta a adoção do Team Based Learning (TBL) como um

movimento emancipatório do seu atual processo educacional. A metodologia do TBL será

implantada na EPSI seguindo as cinco fases do modelo de desenho instrucional ADDIE

(Análise, Design, Desenvolvimento, Implementação e Avaliação). Na fase de Análise serão

examinadas as legislações que regulamentam o funcionamento das escolas técnicas de saúde

para alinhar as novas propostas com os aspectos legais e diretrizes preconizadas nos

documentos oficiais. Em seguida por meio de entrevistas e revisão da literatura, será traçado o

perfil do público alvo, bem como a identificação das competências do corpo docente em

relação aos conhecimentos sobre as metodologias ativas e o quanto estão preparados para

adoção da nova proposta. Outra parte a ser analisada está relacionada aos aspectos sobre a

infraestrutura física e tecnológica para suportar o TBL. Ainda nesta fase, será realizada uma

análise detalhada dos currículos aplicados atualmente nos cursos ofertados pela EPSI e, por

fim, será identificada qual a dimensão do investimento financeiro para aplicar a mudança. Na

fase de Planejamento (Design), será realizado o redesenho do currículo dos cursos da Escola

196

com a devida submissão aos órgãos reguladores, bem como a elaboração de um plano de ação

para implantação do método. Na etapa de Desenvolvimento serão elaborados os manuais do

docente e do estudante, a restruturação das aulas de acordo com as etapas do TBL, a criação

do Ambiente Virtual de Aprendizagem e devida publicação dos materiais. Na Implementação,

serão realizadas as formações para docentes, estudantes e técnicos administrativos da Escola,

bem como a aplicação do projeto piloto. Por último, na fase de Avaliação, serão aplicados os

instrumentos para avaliar os seguintes aspectos: avaliação da viabilidade do projeto (perfil,

legislação, investimento); avaliação da proposta pedagógica; avaliação da implantação a partir

dos critérios de monitoramento e avaliação dos resultados.

Referências

Freire P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática da educativa. 49. ed. Rio de

Janeiro: Paz e Terra; 2014.

Krug RR, et al. O “Bê-Á-Bá” da Aprendizagem Baseada em Equipe. Revista Brasileira de

Educação Médica [Internet]. 2016;40(4):602-10. [cited 2018 Maio 14]. Available

from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-

55022016000400602&lang=pt

Michaelsen LK, Sweet M, Parmelee DX. Team-Based Learning: small-group learning´s next

big step. San Francisco: Wiley; 2008.

Palavras-chave: Team Based Learning. Metodologias Ativas. Educação Técnica em Saúde.

197

TERAPIA OCUPACIONAL E PSICOLOGIA NO CENTRO DE REABILITAÇÃO

DO IMIP: CONSTRUINDO LAÇOS PARA O CONVÍVIO SOCIAL E FAMILIAR NA

CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA

LUANNA KARINE PEREIRA BEZERRA, Juliana Gomes de Oliveira,

Vanessa Nazário Cordeiro, Marcela Raquel de Oliveira Lima

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Os grupos se caracterizam por ser o encontro de participantes em um mesmo local e horário,

que reunidos com um terapeuta ocupacional tem como objetivo realizar uma atividade, tendo

o fazer um efeito terapêutico. Segundo Castro o encontro entre dois sujeitos é uma

experiência potente, “(...) imprescindível para o acontecer humano”. Neste sentido, visando

promover a construção do vínculo e da identidade da criança por meio do brincar e da

interação com o outro, bem como favorecer o enfrentamento de situações conflitantes no

contexto social, por meio do processo de troca proporcionado pela experiência grupal, foi

criado o grupo construindo laços. O grupo construindo laços é composto por uma média de 5

crianças, com patologias e idades diversas, com dificuldade no vínculo mãe-filho e nas

relações afetivas que estejam interferindo no processo de intervenção/reabilitação e em sua

vida cotidiana nos aspectos pessoais e sociais. É coordenado por duas terapeutas ocupacionais

e uma psicóloga, ocorre semanalmente, com duração de 30 minutos. São realizadas

estimulações por meio do brincar e da interação com o outro. E a cada três meses, é realizada

uma reavaliação, buscando analisar os ganhos obtidos e dificuldades ainda presentes, que

possam ser estimuladas no meio grupal. No campo da reabilitação, as novas estratégias de

atenção às populações com deficiência buscam captar questões relativas à subjetividade, para

além do olhar centrado na doença. É nesse contexto que a abordagem grupal configura-se,

entre outras possibilidades, como espaço potencializador de encontros e contato com o outro,

de questionamentos e indagações, de elaboração e trocas, de identificações, de confrontos. Por

meio do brincar, a criança recria suas vivências cotidianas, reproduz modos culturais de ação

com ou sobre objetos e modos de relação interpessoal. Ao experimentar ser o eu e ser o outro,

a criança reproduz modelos sociais e de espaços culturais, experiências estas que

proporcionam a ela singularizar-se e construir seu eu. Além de promover o desenvolvimento

físico, mental, emocional e social. É brincando que a criança elabora suas vivências. Neste

grupo, foi possível notar que as atividades contribuíram para a vinculação, além de promover

198

significações e ressignificações coletiva e individual, respeitando a singularidade dos sujeitos

no construir coletivo. Nos grupos realizados, foi relatado melhor inserção das crianças no

contexto social e diminuição da sobrecarga emocional do cuidador, resultando em crianças

com maior autonomia, independência e segurança emocional. Com isso, reforça-se a

necessidade de se ampliar o olhar na reabilitação, não ficando este restrito apenas a patologia,

e sim explorando as habilidades e potencialidades do sujeito, destacando seu nível ótimo de

funcionamento e garantindo-lhes o direito e participação na vida.

Referências

Castro ED. Inscrições da relação terapeuta-paciente. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2005 Jan-

Abr;16(1):14-21.

Christovam D. O uso de atividades potencializando os encontros grupais na clínica da Terapia

Ocupacional [Internet]. 2017. [cited em 2018 Maio 13]. Available from:

https://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/2017/page/tcc_residencia_daniela.

pdf

Fontes CM, et al. Utilização do brinquedo terapêutico na assistência à criança hospitalizada.

Rev bras educ espec. 2010;16(1):95-106.

Góes MC. A formação do indivíduo nas relações sociais: contribuições teóricas de Lev

Vigotski e Pierre Janet. Educação & Sociedade. 2000;21(71):116-31.

Samea M. O dispositivo grupal como intervenção em reabilitação: reflexões a partir da prática

em Terapia Ocupacional. Rev Ter Ocup Univ. 2008 Maio-Ago;19(2):85-90.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional. Prática de Grupo. Participação Social.

199

TRATAMENTO DE MORDEDURA ANIMAL POR CICATRIZAÇÃO DE

PRIMEIRA INTENÇÃO: RELATO DE CASO

ANA CATARINA GAIOSO LUCAS LEITE MARTINS, Patrícia Pontes,

Maria Goretti de Souza Lima, Marina Medeiros Tenório de Holanda

UPA Engenho Velho – IMIP

As lesões ocasionadas por mordidas de animais representam grande parte das agressões

físicas observadas nas emergências de hospitais. A maioria dessas lesões são infligidas por

cães, abrangendo 80-90% dos casos. As mordeduras caninas têm como característica rasgar o

tecido e o resultado dessas lesões são avulsões, abrasões, punções, ferimentos profundos,

irregulares e lacerações, com ou sem perda de substância, podendo comprometer severamente

padrões estéticos e funcionais das vítimas. A conduta frente a essas lesões é controversa,

principalmente do ponto de vista do fechamento primário da ferida e da profilaxia de doenças

infecto-contagiosas, originadas a partir do contato da saliva do animal com a ferida. Objetiva-

se com este relato de caso, mostrar o êxito de um tratamento em paciente com deficiência

mental vítima de mordedura animal na região do lábio. Relato do caso clínico da paciente J.

D., de 28 anos, vítima de mordedura animal no lábio superior, na UPA Engenho Velho,

localizada no município de Jaboatão dos Guararapes. A literatura relata que parte dessas

lesões são na face, cuja prevalência é de 15% e que podem variar desde lesões simples, como

escoriações, como ferimentos relevantes com perda de substancia tecidual. Neste último caso,

alterações estéticas e funcionais estão presentes nas vítimas. A complicação mais frequente

corresponde ao risco elevado de infecção desses ferimentos, sendo necessário intervenção

local imediata priorizando o controle de infecção local. Muitos estudos tem mostrado que

ainda é controverso o tempo ideal para a abordagem dos ferimentos, podendo ser imediata ou

retardada, e o emprego de medicação antibiótica de forma profilática. Este relato de caso,

mostra o êxito de um tratamento em paciente com deficiência mental, atendida pela equipe de

saúde bucal da UPA Engenho Velho, vítima de mordedura animal na região do lábio, cuja

cicatrização se deu por primeira intenção, melhorando o fator estético e funcional dessa

paciente, bem como evitando o risco de infecção presente na cicatrização por segunda

intenção.

200

Referências

Alencar MG, Bortoli MM, Almeida HC, Moraes PK, Lima NR, Vasconcelos BC.

Reconstrução de lesão em lábio superior por mordedura animal em criança. Rev Cir

Traumatol Buco-Maxilo-Fac. 2015 Out-Dez;15(4):53-8.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância

Epidemiológica. Normas técnicas de profilaxia da raiva humana. Brasília: Ministério

da Saúde; 2011.

Palavras-chave: Mordedura Animal.

201

USO DE INDICADOR DE QUALIDADE PARA REDUÇÃO DE RISCOS

RELACIONADOS À IDENTIFICAÇÃO DOS PACIENTES NO HOSPITAL

PELÓPIDAS SILVEIRA

MARIA FERNANDA APARECIDA MOURA DE SOUZA, Cintya Kelly Gomes

Cavalcanti, Marialba de Morais Siqueira, Lídia Lins Sodré

Hospital Pelópidas Silveira

Indicadores de Saúde são medidas-síntese que contêm informação relevante sobre

determinados atributos e dimensões do estado de saúde. Não são medidas absolutas de bom

ou mau desempenho, mas indicam em que medida cumpriu determinados objetivos ou não.

Sinalizam áreas com oportunidades de melhoria. Visto a importância da prevenção de eventos

adversos em saúde e a relevância dos Indicadores em Saúde no conjunto de

prevenção/redução de riscos e danos aos pacientes, este trabalho se propõe redução das falhas

de identificação dos pacientes, através de ações de melhoria sustentável, por meio do uso do

indicador de falhas na identificação dos pacientes na Sala Amarela Neurológica do Hospital

Pelópidas Silveira. Foi realizada inicialmente a análise do Indicador Global de Falhas na

Identificação dos Pacientes do HPS e foi observado que a maioria das falhas, cerca de 50%,

ocorria na Sala Amarela Neurológica. No início de março foi realizada uma proposta de Ação

de Melhoria através do Feedback com a equipe de Enfermagem da Amarela Neurológica.

Nesta ação, foi apresentado o Indicador Global de falhas de identificação e o quantitativo de

falhas da Sala Amarela Neurológica e realizada uma reflexão crítica sob a análise dos dados.

Após análise e discussão, foi proposta uma meta de redução de 50% no mês de março através

da conferência das pulseiras no momento de recebimento dos plantões e em 30 dias seria visto

se a meta havia sido alcançada. A maioria das falhas foi devido ao alto número de pacientes e

pela não conferência das pulseiras de identificação durante o plantão. No entanto, com

empenho da equipe e apoio da gestão setorial e de auditorias a meta foi ultrapassada. A

proposta inicial foi à redução das falhas em 50% e a meta alcançada em 30 dias foi de 70,8%

de Fevereiro para Março. Foi realizado um novo Feedback ao setor com a apresentação dos

dados das metas alcançadas e premiação das equipes envolvidas. Além disso, foi lançada uma

nova meta, com o objetivo de sustentar a redução das falhas de modo a manter o quantitativo

abaixo da mediana de 2018. A mediana foi estimada em 34 falhas. Em Abril de 2018 foi

observado que a ação está sustentada, visto que o número de falhas em Abril foi 20. Em

202

relação ao Indicador Global de Falhas de Identificação, é observado um ponto abaixo da

mediana após a ação de melhoria no mês de Abril. A experiência de usar os dados do

Indicador de Qualidade apara análise e discussão junto à equipe de Enfermagem da Sala

Amarela foi fundamental para o entendimento da real problemática envolvida na identificação

dos pacientes e para o empenho das equipes em mostrar que a redução das falhas é possível

após trabalho em equipe. Além disso, foi observado que a redução tem se mostrado

sustentável, mostrando que o hábito de conferência das pulseiras de identificação dos

pacientes é indispensável para evitar danos e reduzir os riscos.

Referências

Compromisso com a qualidade hospitalar (CQH) [Internet]. [cited 2018 Maio 21]. Available

from: http://www.cqh.org.br/portal/pag/inicial.php

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira [Internet]. [cited 2018 Maio 21].

Available from: http://www1.hps.imip.org.br/cms/opencms/hps/pt/home

Lippi G, Mattiuzzi C, Bovo C, Favaloro EJ. Managing the patient identification crisis in

healthcareand laboratory medicine. Clin Biochem. 2017 Jul;50(10-11):562-7.

Proqualis: aprimorando as práticas de saúde [Internet]. [cited 2018 Maio 21]. Available from:

https://proqualis.net/.

Palavras-chave: Segurança do Paciente. Garantia da Qualidade dos Cuidados de Saúde.

Auditoria de Enfermagem.

203

UTILIZAÇÃO DOS BUNDLES COMO INSTRUMENTO DE PREVENÇÃO E

CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA DE SAÚDE

EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE TRANSPLANTES

STEPHANIE STEREMBERG PIRES D'AZEVEDO, Heloise Agnes Gomes Batista da

Silva, Karina Silva do Nascimento, Thaysa de Melo Caldas

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

A assistência em saúde é um processo complexo que não está isento de riscos e possíveis

eventos adversos. Dentre as possíveis complicações decorrentes do cuidado em saúde,

destacam-se as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), as quais se constituem

problemas frequentes, principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). As IRAS

consistem em eventos desfavoráveis, associado a algum procedimento assistencial, seja ele

terapêutico ou diagnóstico, elevando os custos hospitalares e os índices de morbimortalidade,

representando um grave problema de saúde pública mundial. A UTI se configura como um

local mais vulnerável às IRAS devido a diversos fatores como: a utilização de dispositivos

invasivos e imunossupressores, o tempo de internamento prolongado, colonização por

microrganismos resistentes, uso de antimicrobianos, além da gravidade clínica do doente.

Portanto, é necessário que os serviços de saúde utilizem estratégias de prevenção e controle de

infecções visando minimizar efeitos adversos e qualidade na assistëncia prestada. Os bundles

são definidos como a aplicação sistemática de um conjunto de medidas baseadas em

evidências. São estratégias efetivas para a diminuição de eventos adversos e a ocorrência de

infecções, promovendo uma maior segurança e qualidade assistencial. As medidas de

prevenção e controle possuem três eixos: prevenção de pneumonia associada à ventilação

mecânica, infecções de corrente sanguínea relacionada ao uso de cateter venoso central e

infecções do trato urinário associado ao uso de sonda vesical de demora. Trata-se de um relato

de experiência sobre a utilização do bundles na UTI de Transplantes do período de janeiro de

2017 a abril de 2018 como instrumento de avaliação pela gestão da assistência prestada e na

prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência de saúde na unidade. Devido à

necessidade de prevenção e controle da disseminação das IRAS nas UTI’s, ocorreu a

necessidade da implementação de medidas que objetivassem reduzir os riscos aos usuários. A

aplicação diária dos bundles, juntamente com a educação permanente da equipe de saúde,

possibilitou um olhar mais criterioso ao paciente grave. As orientações são direcionadas a

204

equipe para o cuidado e manuseio adequado desses dispositivos invasivos, objetivando além

da redução das IRAS, monitoramento dos indicadores de qualidade assistencial e educação

permanente dos profissionais de saúde. Com a aplicação dos bundles, a gestão conseguiu

atuar nos fatores determinantes de quebra de barreiras, norteando a equipe em relação aos

cuidados específicos, construindo consciência de risco e proporcionando interação entre todos

os membros da equipe como profissionais atuantes e responsáveis pela recuperação da saúde

do cliente. A utilização do instrumento reduziu de maneira eficaz às IRAS, tornandose

indispensável a sua avaliação contínua pela gestão com o intuito de analisar o cuidado

oferecido aos pacientes, ressaltando-se os riscos, além de promover educação continuada e em

conjunto com a equipe multidisciplinar para práticas assistenciais seguras. Sendo assim, é

possível visualizar os bundles como um instrumento de gestão fundamental para orientação,

análise e melhoria do cuidado.

Referências

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Critérios diagnósticos de Infecções

Relacionadas à Assistência à Saúde. Brasília: ANVISA; 2013.

Latif A, Halim MS, Pronovost PJ. Eliminating infections in the ICU: CLABSI. Curr Infect

Dis Rep. 2015 Jul;17(7):491.

Salama MF, Jamal W, Al Mousa H, Rotimi V. Implementation of central venous catheter

bundle in an intensive care unit in Kuwait: effect on central lineassociated bloodstream

infections. J In-fect Public Health. 2016 Jan-Feb;9(1):34-41.

Palavras-chave: Enfermagem. Controle de Infecções. Unidades de Terapia Intensiva.

205

VOLTANDO À ANDAR: MUTIRÃO DE ARTROPLASTIA DO QUADRIL NO

HOSPITAL DOM HELDER CÂMARA

CLOVIS DE MEDEIROS BEZERRA, Júlio Arraes, Leonardo Canejo, Brno Lira

Hospital Dom Helder Câmara

Anualmente há um incremento no número de pacientes que deixam de andar em razão de

patologias da articulação do quadril. A maioria destas estão associadas ao envelhecimento e

traumas, gerando lesões na cartilagem articular que podem evoluir para artrose. A Artroplastia

Total Primária de Quadril (ATQ) é um procedimento cirúrgico caro e de grande porte que

substitui a articulação natural do quadril doente por uma articulação artificial denominada

implante protético, constituído por materiais metálicos, cerâmicos e/ou poliméricos. No Brasil

e, em especial, na Região Nordeste, a insuficiência de recursos para a saúde tem gerado uma

lista de espera crescente de pacientes por esse tipo de cirurgia. Diante desse quadro, e

objetivando devolver-lhes a capacidade de andar, o Hospital Dom Helder Câmara (HDH),

junto com a entidade humanitária Operation Walk Chicago (OWC), Stryker, Cone S/A e a

Secretaria de Saúde de Pernambuco lideraram um mutirão de ATQ no mês de janeiro/2017.

Com seis meses de antecedência os pacientes foram selecionados de uma lista de espera

mantida pela Secretaria de Saúde de PE e, em seguida, submetidos à avaliação clínica,

laboratorial e de imagem. As avaliações foram compartilhadas com a equipe da OWC, e um

planejamento cirúrgico foi efetuado para cada paciente. Durante uma semana, a equipe

multiprofissional de 53 integrantes (cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e fisioterapeutas) da

OWC, associados aos profissionais e residentes do HDH, performaram um total de 45 ATQs,

em pacientes com faixa etária compreendida entre 14 a 75 anos. O meticuloso planejamento

dos materiais cirúrgicos, a qualidade das próteses, as medicações, a disponibilidade dos leitos

de uti, tudo isso associado ao entusiasmo dos profissionais envolvidos no pré e pós-cirúrgico

garantiram a segurança e êxito dos procedimentos. No pós-cirúrgico imediato, os pacientes

foram reavaliados clinicamente e com exames de imagem, além do acompanhamento

fisioterápico com exercícios, treino de marcha com auxílio de andador e muletas. No último

dia do mutirão, todas as equipes envolvidas, familiares e pacientes participaram de um

encontro no qual os testemunhos de suas lutas e sofrimentos para conseguirem uma prótese

foram compartilhados, o que emocionou a todos. No momento da alta médica, todos os

pacientes receberam a prescrição das condutas pós-cirúrgicas, moletas ou andador,

206

medicações a serem usadas, e o agendamento para nova avaliação num período de 15 dias. O

número de intercorrências foi mínimo. Uma paciente com 70 anos cujo acetábulo não

suportou a colocação do componente acetabular sofreu fratura local, sendo tratada

posteriormente. É comum o surgimento de trombose nos membros inferiores neste tipo de

cirurgia, assim foi usado profilaticamente ácido acetil salícilico, porém quando avaliados com

ultrassonografia, 4 pacientes apresentaram trombose, os quais precisaram ser tratados

clinicamente em casa, com bons resultados. Um paciente apresentou infecção urinária no pós-

cirúrgico, o qual foi tratado com antibiótico e teve remissão do quadro rapidamente. A exitosa

experiência do mutirão, além de devolver a capacidade de locomoção aos pacientes, também

permitiu o conhecimento de novos materiais de implantes, bem como o treinamento e

compartilhamento de técnicas cirúrgicas com os profissionais e residentes do HDH. Um novo

mutirão, desta vez para artroplastia de joelho, está sendo preparado para o ano de 2018.

Referências

Barros AA, et al. Avaliação da eficácia do protocolo para cirurgia segura do quadril

(artroplastia total). Rev bras ortop. 2017;52(supl. 1):29-33.

Diesel CV, et al. Revisão acetabular em artroplastia total de quadril com cunhas de tântalo

associadas a enxerto ósseo bovino liofilizado. Rev bras ortop. 2017;52(supl. 1):46-51.

Melo GL, et al. O uso do ácido tranexâmico em pacientes submetidos a artroplastia total

primária do quadril: uma avaliação do seu impacto em diferentes protocolos de

administração. Rev bras ortop. 2017;52(supl. 1):34-9.

Palavras-chave: Quadril. Artroplastia. Mutirão.

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