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EXPERIÊNCIAS EXITOSAS Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais

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EXPERIÊNCIAS EXITOSAS

Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais

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EDITORIAL

Esta publicação é uma edição especial da Revista do COSEMS/MG, que apresenta 25 experiências exitosas de municípios sele-cionados pela área técnica da instituição. No total, 147 experiências foram cadastradas em 2014 na área reservada para tal fim no site do COSEMS/MG e, com o objetivo de dar visibilida-de a ações tão importantes para o Sistema Úni-

SUMÁRIOEXPEDIENTE

Escritório Central - COSEMS/MGPresidente:Mauro Guimarães JunqueiraSMS São Lourenço

Vice-presidente:Sinvaldo Alves PereiraSMS Pirapora

Secretária Executiva: Daniela Pacheco

Assessoria Jurídica:Alberto CarrilhoCristiane Tavares

Assessoria Técnica:Paola Soares MottaMárcia Moreira MoraisMagali Brito AraújoEthiara Vieira de Macedo

Assessoria de Comunicação:Nathália Freitas

Estagiária de Jornalismo: Camila Silva

Informática:Álvaro Santos

Administrativo:Ludmila Fernandes de SouzaLidiane Araújo

Financeiro: Rosaine MachadoLaís Ayala

Estagiário Contábil Financeiro: Gustavo Carvalho Siqueira

Apoio do escritório:Marília do Socorro Santos Geodásio Oliveira Rocha

Experiências Exitosas do COSEMS/MG: Fruto de um trabalho coletivo .......................................................................................3Terapia em grupo na ESF Glória ...................................................................................7Grupo psicoterapêutico “Crescer Juntos” ...............................................................8Centro Comunitário São Miguel: trazendo a saúde até você .............................................................................................9Vigilância Sanitária de Ibitiúra de Minas ............................................................10Curtindo a Saúde Bucal: Uma experiência de educação em saúde ........................................................11Escorpiões: um problema de saúde pública ....................................................12Implementação do acolhimento nas unidades do PSF de Santa Vitória ...........................................................................13Vigilância em saúde de Cachoeira de Pajeú .................................................14Uso racional e/ou redução de benzodiazepínios (BZD) .......................15Capacitação dos ACS na promoção do uso correto dos medicamentos ...........................................................................16Identificação do perfil do paciente de oncologia em Mateus Leme ...................................................................................17Grupo Melhor Idade de Careaçu ............................................................................18Implantação do matriciamento em São Joaquim de Bicas ..................19Programa de apoio à gestante .................................................................................20Lian Gong: terapia promotora de saúde ...........................................................21Implantação de colegiados gestores na SMS de Juatuba ................22Projeto para melhoria da qualidade dos registros das ações de saúde ..........................................................................24Implantação de fluxograma para notificações .............................................25Programa saúde na escola ............................................................................................26Circulando pela cidade ...................................................................................................27Horta Terapia .............................................................................................................................27Grupo Viva com Saúde ......................................................................................................29Regulação do atendimento de fisioterapia em Sarzedo ......................30Estratégia da gestão, controle e prevenção da dengue em Uberaba............................................................................................................31

co de Saúde de Minas Gerais, as mais eficazes e completas foram escolhidas para representar todos os trabalhos de sucesso do estado. Este periódico também traz uma matéria completa sobre a trajetória do Presidente do COSEMS/MG, Mauro Guimarães Junqueira, em seus oito anos de mandato. Boa leitura!

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Experiências exitosas do COSEMS/MG: fruto de um trabalho coletivo

Eleito pela primeira vez em 2007, Mauro Guimarães Junqueira, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS/MG), encerra seu mandato na instituição, que irá compor sua nova diretoria em maio de 2015, no Encontro Estadual de Saúde. Durante sua trajetória, muitas ações, projetos e estratégias foram criados a fim de cumprir os objetivos que o Conselho Mineiro apresenta: trabalhar pela autonomia dos municípios e preparar os gestores municipais de saúde para o bom desempenho de suas atividades, além de contribuir para sua participação efetiva nos âmbitos de discussão e formulação das políticas públicas de saúde no estado de Minas Gerais. Para Mauro Junqueira, o COSEMS/MG ganhou força, venceu barreiras, conquistou respeito, despertou lideranças e mostrou sua potência como instituição representante dos 853 municípios mineiros, graças ao desenvolvimento de estratégias exitosas.

“Hoje o Conselho é um órgão que realmente espelha as necessidades de todo o estado, pois conseguiu ter na sua estrutura representantes e líderes de todas as regiões de saúde. Os 28 COSEMS

regionais são territórios vivos de saúde com ampla participação dos gestores municipais, o que dá ao COSEMS/MG respaldo para representá-los junto ao estado e União na discussão com proatividade para consolidação da política pública de saúde”. A demonstração da credibilidade do COSEMS e da aprovação das estratégias até aqui desenvolvidas é revelada pelo fato de que 100% dos municípios mineiros contribuem, regular e

mensalmente, com parte do seu teto de Média e Alta Complexidade para o funcionamento do Conselho.Mauro também destaca o advento da Lei 12.466 de agosto de 2011, que reconhece e legitima os COSEMS estaduais e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS).

“A lei foi muito comemorada em Minas Gerais, pois respalda todo o trabalho que já vínhamos fazendo há tempos. Com certeza foi mais uma grande conquista do SUS, reconhecendo os atores dos espaços de gestão de negociação e pactuação permanente”, afirma.O trabalho realizado pelo COSEMS/MG durante esses anos só foi bem sucedido porque contou com colaborações essenciais, como a da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais.

“Conseguimos ser parceiros, pois estamos dentro do mesmo barco e com as mesmas intenções que é fazer saúde de qualidade, com equidade e que dê acesso a todos. A SES/MG entende e respeita o papel e a importância do COSEMS/MG na articulação das regiões de saúde para o fortalecimento do SUS/MG. Com esta parceria e relação muito positiva, na qual os entes se respeitam mesmo quando divergem das questões postas, tivemos muitos avanços e

Mauro Guimarães Junqueira

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conquistas. A SES/MG atendeu a diversos pleitos do COSEMS/MG para convênios que beneficiaram os municípios e regiões, por meio de cursos e capacitações realizadas tanto no nível central, como descentralizadas, presenciais e em ambiente virtual. Vivemos momentos de muita informação e capacitação, disponibilizadas aos gestores e técnicos municipais de saúde, fato este que contribuiu imensamente para o avanço e melhoria da gestão municipal, consequentemente para uma melhor resposta do SUS em Minas Gerais”, assegura o presidente. Criado em 2008, o Prêmio COSEMS em Ação tem o objetivo de incentivar e valorizar resultados dos COSEMS regionais na melhoria da capacidade de aglutinação dos municípios sob sua jurisdição, na discussão da política estadual no contexto regional, na capacidade de trazer propostas para discussão no nível central, na agilidade da disseminação das informações, na maior interlocução com o escritório central e no comparecimento às reuniões ordinárias mensais do COSEMS/MG. Essa iniciativa é uma das ações de sucesso da instituição. Para Mauro “o prêmio, que está na sua 8ª edição, é um meio de incentivo para os COSEMS se estruturarem e se organizarem”.Outra ação bem sucedida que se transformou em estratégia fixa do COSEMS/MG foi o projeto apoiador. Criado em 2009, hoje a Estratégia Apoiador comemora seis anos de muito sucesso e eficácia. A iniciativa surgiu com a finalidade de resolver problemas advindos da assimetria de informações entre os gestores mineiros e os COSEMS regionais e estadual, além de visar o fortalecimento da capacidade

técnica municipal. O projeto conta com 22 apoiadores descentralizados responsáveis por, no mínimo, dois e, no máximo, seis Comissões Intergestores Regional (CIR), que se comunicam com o território e com o nível central do COSEMS por meio de fórum virtual. Todos os apoiadores descentralizados estão referenciados a presidentes regionais do COSEMS e gestores municipais de determinado território, subsidiando-os nas ações regionais.O curso De repente...Gestor!, criado pelo COSEMS/MG em 2012 com o objetivo de capacitar e auxiliar na qualificação dos novos gestores, facilitando o entendimento das diretrizes e princípios do SUS para a execução das Políticas Públicas de Saúde nos municípios e regiões, também se tornou um instrumento de capacitação permanente na agenda do Conselho. Segundo questionários avaliativos

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respondidos pelos participantes, esta é uma das ações do COSEMS/MG que possuem melhor aprovação. O COSEMS/MG, com o intuito de capacitar gestores e técnicos de saúde dos 853 municípios mineiros para que tenham a possibilidade de tornar os sistemas de saúde municipais, especialmente no que diz respeito à gestão dos recursos do SUS, mais eficazes, eficientes e efetivos, executou, nos anos de 2013 e 2014, o Projeto de Capacitação à Distância. Devido à dispersão geográfica e à dimensão do público em questão, o COSEMS/MG adotou a modalidade de educação à distância como forma de oferecer capacitação de qualidade, com a flexibilidade exigida pelo perfil do público, não impondo dificuldades quanto a deslocamento ou horário para dedicação aos estudos. Dentre os cursos ofertados – que têm avaliação acima de muito bom, declarada por em média 90% dos participantes –, estão o de Execução Financeira no SUS/MG, Instrumentos de Gestão do SUS, Aspectos Jurídicos no SUS, Controle Assistencial, Gestão da Informação das Redes e Gestão da Informação na Atenção Básica e da Vigilância. Para este ano, além dos acima citados, estão previstos os seguintes cursos: Execução da Despesa do SUS, Pactuação Assistencial, Contratualização e Faturamento Assistencial.O COSEMS/MG, por reconhecer a importância da dispersão e contextualização de informações essenciais para que os gestores municipais de saúde estejam embasados nas tomadas de decisão do dia a dia, lançou, no primeiro semestre de 2014, duas importantes ferramentas de comunicação: o Boletim Informativo e o Recado do COSEMS/MG. O boletim, que funciona como e-mail marketing, é enviado duas vezes por semana (terça e quinta-feira) para todos os e-mails cadastrados no sistema de logística do COSEMS/MG e para instituições parceiras. A publicação tem como objetivo disseminar informações aos gestores municipais e parceiros, além de fornecer novidades que

também irão ajudar os gestores frente à condução da pasta da saúde. O boletim é composto do resumo das principais notícias da semana e informações sobre prazos a serem cumpridos. A outra estratégia, o recado do COSEMS/MG, consiste em vídeos lançados quinzenalmente no site www.cosemsmg.org.br, com o objetivo de também alertar sobre prazos e informações essenciais para o trabalho destes profissionais que lidam na ponta do Sistema Único de Saúde. Estes prazos também foram contemplados no manual “Prazos da Gestão à Vista”, lançado em 2013 no congresso do CONASEMS e relançado, com nova edição, em 2014, também no congresso. O manual está organizado pelos temas dos blocos

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de financiamento do SUS, destacando prazos de ações de âmbito nacional e também ações que são específicas da gestão no estado de Minas Gerais. Vale lembrar que o COSEMS/MG custeia a ida dos gestores municipais de saúde de Minas Gerais em todos os congressos do CONASEMS, reuniões de CIR e comissões, sendo que tanto para isso quanto para outras ações que envolvem financiamento e logística dos participantes, utilizamos uma ferramenta essencial desenvolvida especialmente para este fim: o Sistema de Logística (SISLOG), localizado no menu principal do nosso site”, enfatizou e completou Mauro: “Nosso Cantinho Mineiro, espaço reservado para a exposição de produtos, objetos e ideias de vários municípios pertencentes aos COSEMS regionais, também garante o sucesso da comitiva do COSEMS/MG nos congressos do CONASEMS”. De acordo com o presidente do Conselho Mineiro, são muitos os avanços da instituição. “Hoje possuímos um conselho forte, participativo, propositivo, presente em todos os fóruns de discussão de saúde e com representantes aptos a contribuir com a política de saúde proposta. O COSEMS/MG se destaca a nível nacional, não só por ser o maior conselho em número de municípios, mas por ter 100% dos municípios legalmente como partícipes do processo, todas as regiões com seus presidentes regionais e com um

grupo de apoiadores em todos os territórios, fazendo a mobilização dos secretários, levando informação adequada e trabalhada para melhor orientação e entendimento da gestão. Temos representação no Conselho Estadual de Saúde e membros na estrutura do CONASEMS, além de fazer parte da diretoria da CONASEMS como diretor financeiro. O COSEMS/MG tem participado ativamente do CONASEMS e da CIT no sentido de levar as demandas do nosso estado e discutir a política nacional de saúde de forma a contribuir para o avanço e melhoria do SUS, como fizemos ao orientar os municípios que não conseguem pagar o piso salarial dos ACE e ACS, para que não sofram penalidades, e na mobilização por mais recursos para a saúde. Nesta gestão, o COSEMS/MG tem recebido visitas de vários COSEMS de outros estados para apresentar seus projetos e trocar experiências, bem como disponibilizado sua equipe para participar de eventos em outros estados”.

“É gratificante poder dizer que são inúmeras as ações e resultados alcançados por nossa gestão. Começamos pela participação expressiva dos gestores municipais de saúde nos COSEMS regionais e junto ao COSEMS/MG; a realização de vários cursos, capacitações e treinamentos tanto de gestores como de técnicos de saúde; o pleno funcionamento e mobilização dos COSEMS regionais; a atuação propositiva do COSEMS/MG; o site do COSEMS, que é hoje visitado diariamente pelos gestores e por diversos outros atores e órgãos ligados ou não à saúde, que o acessam em busca de informação; a profissionalização e o grande trabalho realizado pelo escritório do COSEMS/MG, a área técnica e administrativa, sendo um corpo de profissionais de alto nível e que dá total segurança na condução da política de saúde e nas discussões em todas as instâncias de gestão do SUS”, finalizou Mauro.

Stand do COSEMS/MG

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Terapia em grupo na ESF Glória

A Equipe de Saúde da Famí-lia Glória contava com um grande número de pessoas que faziam uso de medicação controlada e não eram assis-tidas, havendo, por exemplo, casos em que as receitas eram renovadas sem a presença do usuário, de forma totalmente descontrolada. Diversas ten-tativas de suicídio eram re-gistradas por semana e havia uma grande demanda para o Centro de Convivência da Saúde Mental. Com o intuito de reorganizar, melhorar e humanizar a assis-tência aos pacientes com sofri-mento mental foi criado o Gru-po Terapêutico, que conta com a participação de profissionais da Equipe de Saúde da Famí-lia (ESF), do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e do Centro de Convivência, com-plementando a assistência e atendendo os casos mais graves e/ou instáveis, por meio de um sistema de referência e contrar-referência. O Grupo Terapêutico é uma es-tratégia da Equipe de Saúde da Família para estreitar o víncu-lo profissional/equipe-pacien-

te/família, a fim de facilitar o acesso dos pacientes à Unidade de Saúde e reduzir os danos fí-sicos, mentais e emocionais.A terapia em Grupo reorga-niza e melhora a assistência prestada aos pacientes que usam medicação controlada na área de abrangência da ESF Glória por meio da estrutu-ração e articulação das redes Estratégia de Saúde da Famí-lia-Núcleo de Apoio a Saúde da Família-Centro de Convi-vência da Saúde Mental. Assim, ela busca controlar a liberação das receitas, promo-ver a ratificação de diagnósti-cos, promover a aceitação da patologia pelo paciente, es-timular a troca de experiên-cias entre os participantes do grupo, bem como maneiras de enfrentar as dificuldades e sofrimentos psíquicos, e se mostrou muito eficaz na di-minuição dos casos de tenta-tiva de suicídio e no uso inde-vido da medicação.O Grupo Terapêutico completou um ano e remodelou o trabalho da Equipe de Saúde da Família Glória, tornando-se referência nesse tipo de atendimento.

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Terapia em grupo na

ESF Glória

Município: Ilicínea

Autoras : Adriana Miranda

Alcântara, Jaqueline Alves,

Marina Assunção Oliveira e

Rosana A. P. Lorenzoni

Período de realização:

Maio de 2013 até

os dias atuais

PSF Gloria

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Grupo psicoterapêutico “Crescer Juntos”

Com o intuito de atender aos encaminhamentos de pessoas depressivas e com estresse do dia a dia, foi criado um Grupo Psicoterapêutico que possi-bilita um espaço com foco em facilitar o movimento na-tural da vida, criando opor-tunidades para que a pessoa aprenda sobre ela mesma e facilitando o entendimento e o controle sobre suas emoções e sentimentos. Nesse trabalho foi utilizado o livro Grupo de Crescimento, da autora Teresa Robles, com o in-tuito de promover o crescimen-to conjunto dos envolvidos, ao trabalhar temas universais, pos-sibilitando a resolução de diver-sos problemas ao pontuar que muitas situações constrangedo-ras, dolorosas ou aterrorizantes afligem as pessoas de forma indiscriminada e podem acon-tecer com qualquer um. Assim, essa amplificação da consciên-cia fortalece o tratamento mui-to mais do que um trabalho in-dividual.

O objetivo do grupo é mostrar ao ser humano que o que ge-ralmente proporciona sofri-mento está ligado a algo inade-quado na maneira como ele se relaciona com o outro. Dessa forma, é possível promover a percepção de que sua dor não é única e fazer com que com-partilhe essas experiências. Além disso, o grupo oferece exercícios práticos de respira-ção, meio pelo qual podemos minimizar situações doloro-sas, o medo e as preocupações; evidencia a aprendizagem dos momentos superados; instiga a livre expressão; e respeita o silêncio de quem não quer se expor.Os participantes relataram mudanças benéficas desde o início do projeto, superando situações que atrapalhavam seu crescimento, melhorando o relacionamento com outro e consigo mesmo, ampliando suas percepções de oportuni-dades e maneiras de enfrentar as dificuldades. Para os inte-

grantes, o grupo é um lugar de ajuda mútua, no qual debatem a necessidade de amparar a si mesmos e pedir ajuda quando necessário, valorizando as ati-tudes positivas de uns em rela-ção aos outros e a maneira de se posicionarem no mundo.

FICHA TÉCNICATítulo da experiência:

Grupo Psicoterapêutico

“Crescer Juntos”

Município: Monte Carmelo

Autora: Marcela Bernardelli

Resende - Psicóloga NASF II

Período de realização:

Semanal

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Centro Comunitário São Miguel: trazendo a saúde

até você

A baixa adesão aos programas desenvolvidos pela Equipe de Saúde João Furlan Neto, no Centro Comunitário São Miguel, foi o motivo para re-avaliar o modo como eram oferecidos alguns serviços à comunidade local. Com elevado número de ido-sos e famílias muito populosas, e por se tratar de uma comu-nidade carente com diversos problemas sociais, a solução foi disponibilizar consultas médicas e de enfermagem em uma escola desativada do bairro, facilitando o acesso das pessoas. A iniciativa teve grande aceitação, possibili-tando a ampliação desse tra-balho em outros segmentos, com a criação de grupos ope-racionais abertos à população, como: artesanato, com foco em indivíduos com depressão; a Turma da Zumba, que acon-tece duas vezes por semana visando à qualidade de vida e melhora da autoestima; um grupo de combate ao sobre-

peso e à obesidade; e, para as crianças, um time de futebol e uma biblioteca infantil.Os resultados obtidos são bas-tante significativos e impac-tam diretamente na qualidade de vida da população. A redu-ção da procura de consultas médicas por pacientes que usam antidepressivos, bem como o aumento de crianças e gestantes, além de hipertensos e diabéticos, acompanhados pela unidade de atendimen-to foram fatos percebidos. As ações de cultura também têm mérito, pois diminuíram o tempo que as crianças ficavam nas ruas expostas às diversas situações de risco, incentivando a leitura e a atividade física, esta sempre supervisionada. Já a adesão dos adolescentes foi garantida pelo grupo de dança e de reeducação alimen-tar. Por fim, os setores ficaram mais integrados e próximos, potencializando as ações con-juntas e conquistando resulta-dos satisfatórios.

Biblioteca infantil

FICHA TÉCNICATítulo da experiência:

Centro Comunitário São

Miguel: trazendo a saúde

até você

Município: Monte Santo

de Minas

Autora:

Juliana Aparecida Carneiro

Período de realização:

Outubro/2014 até

os dias atuais

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Vigilância Sanitária de Ibitiúra de Minas trabalha em promoção

em saúdeA Vigilância Sanitária de Ibiti-úra de Minas desenvolve ações de promoção à saúde junto ao comércio local, para preven-ção de patologias relacionadas à manipulação de alimentos, bem como promove instru-ções de biossegurança, com o objetivo de eliminar, diminuir e prevenir riscos à saúde, além de intervir nos problemas sa-nitários decorrentes do meio ambiente, da produção e cir-culação de bens e da prestação de serviços, abrangendo o con-trole de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se re-lacionem com a saúde.O grande objetivo da ação da Vigilância Sanitária foi de-monstrar aos comerciantes o quanto é importante ter em mente a visão tríplice da saúde urbana, com ações que impac-tam sobre o ambiente, a orga-nização social e as pessoas, de forma que seja possível iden-tificar algum grupo vulnerável que venha a comprometer a saúde pública de forma geral.A Vigilância Sanitária tem múl-

tiplas dimensões e sua ação efi-caz depende de projetos que assegurem seu desenvolvimen-to em todas elas. Assim, ela consiste em uma organização, e, neste sentido, faz parte do SUS – uma rede de pessoas, equipamentos e recursos –, com autoridade legal para in-tervir sobre ambientes e sobre o setor produtivo. Por outro lado, ela consiste também em um conjunto de regras (proce-dimentos técnicos) conside-radas potentes para assegurar saúde às pessoas, ou seja, é uma organização com poder legal e um campo de conhe-cimento especializado, sendo capaz e legítima para tal. Houve uma aceitação excelente das políticas e medidas implan-tadas, por parte do comércio de Ibitiúra de Minas, com reflexos em toda a comunidade e melho-ras significativas no atendimento e distribuição de produtos. Expe-riência 100% exitosa, o que de-monstra que o grande problema atual é a falta de comunicação e diálogo claro e específico.

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Vigilância sanitária de

Ibitiúra de Minas trabalha

em promoção em saúde

Município: Ibitiúra de Minas

Autores: Carlos Cesar

Barbosa. Luciano Reis e

José Tarciso Raymundo

Período de realização:

Março de 2014

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Curtindo a saúde bucal: uma experiência de

educação em saúde por meio das redes sociais

As redes sociais têm-se de-monstrado como um profícuo ambiente de interação e co-municação, sendo que suas po-tencialidades ainda são pouco exploradas pelos serviços de saúde. Em diversos países do mundo este ambiente virtual vem sendo utilizado para reali-zação de ações educativas, seja no âmbito acadêmico com o advento da educação à distân-cia, seja na esfera da saúde com a disponibilização de conteúdo informativo por organismos internacionais como a Organi-zação Mundial da Saúde. No caso do Brasil, estas tecnolo-gias da informação e comunica-ção vêm sendo paulatinamente incorporadas pelas instituições de saúde, como o Ministério da Saúde, por exemplo, que vei-cula campanhas e conteúdo de educação em mídias sociais.Tendo isso em vista, esta ação se utilizou da rede social Facebook para a realização de ações de educação em saúde geral e bucal no município de Varginha (MG), por ter um

grande alcance entre adoles-centes e jovens. Outro ponto crucial para a iniciativa foi o levantamento de dúvidas e te-mas de interesse do público ju-venil, uma vez que em consultas individuais ou em atividades de grupos operativos presenciais, a vergonha ou o medo podem re-primir indagações que são fun-damentais para a prevenção de doenças e melhoria da saúde e qualidade de vida.Foi verificado um incremento no vínculo dos adolescentes com os profissionais de saú-de, evidenciado pelo menor absenteísmo deste segmento etário às consultas odontoló-gicas. Assim, conclui-se que esta iniciativa apresentou-se exitosa, na medida em que possibilitou a troca de conhe-cimentos, levantando temas de interesse e conhecimento de crenças e mitos, aspectos fundamentais para um pro-cesso educativo realmente transformador, pautado na problematização. Em suma, a replicação desta experiência

não pode ser feita de forma acrítica, uma vez que as pe-culiaridades locais devem ser consideradas no planejamen-to de ações, ainda mais se tra-tando do uso de tecnologias de acesso restrito, como é o caso da Internet.

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Curtindo a saúde bucal:

uma experiência de

educação em saúde por

meio das redes sociais

Município: Varginha

Autores: Vinício Felipe

Brasil Rocha, Evaldo

Massote Ribeiro e Ed Mara

Maiolini Rocha

Período de realização:

Outubro/2013 a

Outubro/2014

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Matéria

Escorpiões: um problema de saúde pública

Embora os  escorpiões de-sempenhem papel impor-tante no equilíbrio ecológico atuando como predadores de outros seres vivos, nas áreas urbanas eles devem ser vis-tos com cautela. Para evitar sua proliferação, algumas medidas devem ser adotadas, como ações de controle, cap-tura (busca ativa) e manejo ambiental. Em Minas Gerais, apenas os escorpiões do gê-nero Tityus representam risco à saúde pública, prin-cipalmente o Tityus Serrula-tus (escorpião amarelo), em função do potencial de gra-vidade do envenenamento e pela fácil adaptação ao meio urbano. Diante deste pro-blema, desenvolvemos, em 2012, um serviço de captura e manejo desses animais, a fim de controlar a população de escorpiões na cidade. Tra-ta-se de uma ação da Prefei-tura de Varginha, por meio

da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde e do Ser-viço Funerário Municipal e em parceria com o Instituto Butantan/SP e a Fundação Ezequiel Dias (FUNED), que criou uma equipe própria de captura de animais pe-çonhentos, com agentes de combate a endemias.O projeto consiste em realizar trabalhos diurnos e noturnos sistematicamente, capturando e coletando escorpiões e enca-minhando-os aos institutos es-pecializados para a fabricação dos soros antiescorpiônicos, além de promover palestras educativas em escolas, cre-ches, parques, praças e visitas a residências, orientando a po-pulação sobre o risco que es-ses animais representam para a saúde pública.Entre 2012 e 2014 foram cap-turados e encaminhados ao Instituto Butantan e à Funed 16.205 escorpiões. Como resul-

tados principais da campanha, percebe-se a diminuição dos acidentes com esses animais na cidade, além da conscienti-zação da população sobre eles e seus riscos. A cidade de Var-ginha passou, ainda, a contri-buir para a fabricação de soro antiescorpiônico que abastece todo o Brasil. 

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Escorpiões – Um problema

de saúde pública

Município: Varginha

Autores: Luis Felipi Barreiro

Maciel e José Donizete

de Souza

Período de realização:

Início de 2012 até

a data atual

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Implementação do acolhimento nas unidades do Programa

Saúde da Família no município de Santa Vitória (MG)

Este trabalho tem o objetivo implantar o acolhimento nas Unidades de Saúde da Famí-lia em Santa Vitória, ou seja, humanizar o atendimento, as relações entre trabalhadores e serviços de saúde com seus usuários, garantindo o acesso a todas as pessoas e a escuta de problemas de saúde, de for-ma qualificada, sempre com uma resposta positiva e com a responsabilização pela solu-ção do seu problema. A motivação para este projeto surgiu pela observação da di-nâmica existente na Unidade Básica de Saúde da Família, na qual verificou-se uma grande demanda por parte dos usuá-rios e extrema desorganização do serviço.Esse arranjo busca organizar uma nova porta de entrada que acolha as pessoas, assegu-rando a boa qualidade do aten-dimento, resolvendo o máxi-mo de problemas e garantindo

o fluxo do usuário para outros serviços, quando necessário. Para cumprimento desses ob-jetivos, uma das medidas foi a implantação do Grupo de Tra-balho de Humanização (GTH) como estratégia participativa de análise do processo de tra-balho e para a formulação de planos de intervenção nas uni-dades de saúde, além, é claro, do método horizontalizado das rodas de conversas com a função de apoiar o projeto.As vivências no campo de aco-lhimento do SUS constituem importante dispositivo que permite aos trabalhadores ex-perimentar um novo espaço de aprendizagem, participando do cotidiano de trabalho das organizações de saúde, e de-senvolver protagonismo na sua própria função. Foram obtidos resultados inesti-máveis no que se refere ao comprometimento ético com os princípios e diretrizes

do SUS, uma vez que os pro-fissionais passaram a se ver como atores sociais, agentes políticos de fato, capazes de promover as mais significati-vas transformações.

FICHA TÉCNICA

Título da experiência: Implementação do

acolhimento nas unidades

do Programa Saúde

da Família no município

de Santa Vitória (MG)

Município: Santa Vitória

Autores: Celismar Vieira

de Lima e Michelle Araujo

Soares

Período de realização:

Diariamente nos dias de

atendimento

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14Revista Cosems MG

Matéria

Vigilância em saúde de Cachoeira de Pajeú:

construindo o caminho da saúde com o trabalho em rede

síveis, violência e abuso de álcool e outras drogas, pre-conceitos diversos, bem como temas pouco abordados, como saúde do homem e paternida-de responsável. Nesse sentido, por meio de um planejamento bem feito, definição de priori-dades e classificação de risco dos grupos vulneráveis pelo GTI houve o fortalecimento da equidade e resolutividade com enfoque nas pessoas e no ter-ritório.

a abordagem sistemática a do-enças e agravos não transmis-síveis sempre foram desafios. Hoje, podemos considerar que o município interage as diversas áreas temáticas da Vi-gilância em Saúde, sempre fo-cando em seu fortalecimento. Um exemplo relevante é a si-tuação epidemiológica da den-gue e a mobilização social da Rede de Vigilância em Saúde para a execução dos progra-mas, com resultados expres-sivos nas avaliações de 2014, como o monitoramento do Projeto de Fortalecimento da Vigilância em Saúde, Progra-ma Saúde em Casa e o Progra-ma Travessia. No município de Cachoeira de Pajeú, a busca incessante para a integração das ações da Vigi-lância em Saúde e Atenção Pri-mária é prioridade. Percebe-se que a integração das ações vem proporcionando a otimi-zação de atividades voltadas aos diversos públicos e grupos que muitas vezes não estavam como preferência imediata, como as ações voltadas a do-enças sexualmente transmis-

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Vigilância em saúde

de Cachoeira de Pajeú:

construindo o caminho

da saúde com o

trabalho em rede

Município: Cachoeira

de Pajeú

Autor: Glaubert Gomes

de Souza

Período de realização: 2014

Vislumbrar a reafirmação dos princípios básicos do SUS, dan-do ênfase à promoção da in-tegralidade, equidade, inter-setorialidade, participação da comunidade e resolutividade, são metas e objetivos pertinen-tes à gestão de saúde. Por outro lado, um conjunto de fatores como problemas ligados ao fi-nanciamento, ao clientelismo, à mudança do padrão epide-miológico e demográfico da população, os crescentes cus-tos do processo de atenção e o corporativismo de algumas ca-tegorias profissionais são obs-táculos expressivos para avan-ços consistentes no setor. Para progredir no que diz respeito aos processos de construção da saúde coletiva, é preciso in-vestir em vigilância da saúde.Por meio da formação do Gru-po de Trabalho Intersetorial (GTI), através da Vigilância em Saúde, e com a mudança do processo de trabalho das equi-pes, bem como a melhoria da capacidade estrutural, pode-se intervir em áreas com dificul-dade de atingimento das metas. A área de Promoção à Saúde e

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15Revista Cosems MG

Projeto alternativo Uso racional e/ou redução de benzodiazepínicos (BZD)

hábitos alimentares, prática de atividades físicas e busca por alternativas saudáveis. A refle-xão sobre a responsabilidade no processo saúde-doença possibi-litou o início da construção do enfrentamento dos problemas, enquanto o espaço de escuta dos encontros grupais auxiliou no processo de superação das dificuldades. O projeto foi uma experiência exitosa e está sendo expandido.

justifique; oferecer alternativas terapêuticas às condições físi-cas e psíquicas dos usuários, tais como a psicoterapia, o controle da ansiedade, com técnicas de respiração e relaxamento, a fi-toterapia, dentre outras; e pro-mover um espaço de escuta das condições de saúde e dificulda-des no enfrentamento dos pro-blemas e construção da corres-ponsabilização.Os dados discutidos referem-se a um grupo de 21 pessoas aptas a interromper a prescrição dos BZDs, dos quais apenas uma não obteve êxito, devido ao agrava-mento do quadro hipertensivo e dos episódios de enxaqueca e insônia. Dos 20 restantes, apenas dois apresentaram dificuldades ini-ciais, sob a alegação de que os especialistas responsáveis pela prescrição do medicamento afirmavam que não poderiam interromper o seu uso. Como não foi obtida resposta desses profissionais, foi realizada a re-dução cautelosa do medicamen-to, obtendo-se êxito. Na análise qualitativa, eviden-ciaram-se melhorias quanto aos

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Projeto alternativo – Uso

racional e/ou redução de

benzodiazepínicos (BZD)

Município: Patrocínio

Autores:

Ana Paula C. Almeida, Anna

Maria C. Silva, Camila Rosa

de Alvarenga, Elisangela

Silva, Gustavo A. Cunha,

Kátia Morais Gonçalves,

Matheus Vilaça, Renata

Nascentes, Sabrina Dorneles

e Sandra A. Cunha

Período de realização: De

junho a dezembro de 2013

A Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Núcleo de Apoio da Saúde da Família (NASF) identi-ficaram o aumento considerável de dependentes de benzodia-zepínicos (BZD) no município de Patrocínio (MG). De acordo com a Linha Guia de Saúde Mental, os BZD estão entre os medicamen-tos mais prescritos no mundo, sendo um problema grave de saúde pública, em função das consequências do uso irracional e de prescrições inadequadas. Essa realidade não é verificada apenas em Patrocínio, como apontam Nastasy, Ribeiro e Marques (2008) no Projeto “Di-retrizes: abuso e dependência dos benzodiazepínicos”, pois, segundo estimativas, 50 milhões de pessoas fazem uso diário de BZD, o que corresponde a cerca de 50% de toda a prescrição de psicotrópicos no mundo.Entre os objetivos deste projeto estão: reduzir do número de usu-ários dependentes de benzodia-zepínicos e sua conscientização quanto aos malefícios do uso irracional e/ou a longo prazo, quando não há condição orgâni-ca e/ou indicação clínica que o

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16Revista Cosems MG

Matéria

Capacitação dos agentes comunitários de saúde na promoção do uso

correto dos medicamentos

O uso irracional e incorre-to de medicamentos figura como um dos maiores pro-blemas dos serviços de saúde. A automedicação, as prescri-ções inadequadas, a dificulda-de de acesso, a baixa adesão aos tratamentos e a falta de informações da população são obstáculos difíceis a se-rem enfrentados pelos gesto-res, profissionais de saúde e comunidade.Existem grupos de pesso-as que apresentam maiores dificuldades na utilização

de medicamentos, como hi-pertensos, diabéticos, han-senianos, tuberculosos, ido-sos, analfabetos e crianças. É fundamental que as equipes de saúde conheçam detalha-damente esses pacientes. A capacitação dos Agentes Co-munitários de Saúde (ACS) para tarefas básicas da Assis-tência Farmacêutica contri-bui para o desenvolvimento de ações que visam à promo-ção do uso racional e correto dos medicamentos, aliados a outras práticas, como dietas, reeducação alimentar, prá-tica de atividades físicas e participação de grupos ope-rativos como apoio no trata-mento.Viabilizar a inserção dos Agen-tes Comunitários de Saúde no apoio à Assistência Farma-cêutica da Estratégia Saúde da Família (ESF) é garantir habi-lidades e competências que permitam uma atuação segura e assertiva, abordando temas como, por exemplo, conceitos básicos sobre medicamentos;

FICHA TÉCNICATítulo da experiência:

Capacitação dos

agentes comunitários de

saúde na promoção do uso

correto dos medicamentos

Município: Itabirito

Autoras: Rosângela Furtado

de Sousa Reis e Carla

Cristina Vitor

Período de realização:

Junho a setembro de 2014

participação do diagnóstico sobre o perfil de utilização de medicamentos na sua área de abrangência; orientação junto à comunidade sobre a utiliza-ção correta de medicamentos inclusive fitoterápicos; arma-zenamento e descarte; fárma-co-vigilância básica; e riscos da automedicação.Ao final da experiência, per-cebeu-se que a empatia e o trabalho em equipe facilita-ram o processo de resolução de problemas. Portanto, o sucesso do tratamento de-pende, primeiramente, do paciente, do seu desejo em melhorar, e do envolvimento de toda a equipe colaboran-do para construção do seu plano de cuidados, inclusive do ACS. Todos são importantes na re-cuperação do paciente. Saber escutar, entender, se colocar no lugar dele e acionar outros profissionais para a resolução da situação mostram-se como pontos fundamentais para re-sultados satisfatórios.

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17Revista Cosems MG

Identificação do perfil do paciente de oncologia durante o Outubro Rosa e

Novembro Azul em Mateus Leme (MG)

O câncer é hoje um dos prin-cipais problemas de saúde pública que o SUS enfrenta, devido à sua complexidade e implicações epidemiológicas, sociais e econômicas. Segun-do o Ministério da Saúde, pelo menos um terço dos casos novos de câncer poderia ser evitado com medidas simples e diárias, como prática de ati-vidades física e bons hábitos alimentares.O objetivo desta ação foi iden-tificar o perfil dos pacientes de oncologia do município de Mateus Leme (MG) para im-plantar ações de saúde e ela-borar um modelo de progra-ma de cuidado que reflita o direito universal à saúde, por meio de equipe multidiscipli-nar constituída pela Estraté-gia de Saúde da Família (ESF) e pelo Núcleo de Apoio à Saú-de da Família (NASF), tendo como norte os princípios de universalidade, continuidade, acessibilidade, integralidade,

responsabilização, humaniza-ção, vínculo e equidade. Foram utilizados os eventos em comemoração ao Outubro Rosa e Novembro Azul, pro-movidos pelo Setor de Regula-ção da SMS - Mateus Leme, que organizou uma caminhada e palestras de esclarecimentos e interação entre os pacientes. Durante estes eventos, os par-ticipantes responderam a um questionário que continha in-formações sobre a doença, há-bitos de vida e situação econô-mica-social. O registro dessas informações foi fundamental para organizar o trabalho in-terdisciplinar, com a respon-sabilização da ESF e o NASF, em seus níveis de atenção, es-tabelecendo vínculos e desen-volvendo ações de promoção, prevenção e corresponsabili-zando o paciente pelo cuidado com a saúde. A experiência foi exitosa ao demonstrar que atitudes sim-ples, mas de grande eficácia na

prevenção ao câncer, não são a realidade de mais de 50% dos pacientes oncológicos, o que estabelece novos objetivos no combate à doença. Cabe à Atenção Básica e ao NASF exer-cerem o papel de acolher estes pacientes e vencer o desafio de ofertar promoção, preven-ção e reabilitação da saúde.

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Identificação do perfil

do paciente de oncologia

durante o Outubro Rosa

e Novembro Azul em

Mateus Leme (MG)

Município: Mateus Leme

Autora: Maria Emília Rocha

Período de realização:

Outubro e novembro

de 2013

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18Revista Cosems MG

Matéria

1 Conjunto de casos de uma doença ou a soma de agravos para a saúde que atingem um grupo de indivíduos, em intervalo de tempo e lugar específicos.

Grupo Melhor Idade, Grupo Pratique

Saúde e Grupo da ColunaCom o intuito de promover a qualidade de vida e a preven-ção contra dores e doenças, o município de Careaçu criou grupos específicos para lidar com tais questões.O “Grupo da Coluna’’, por exemplo, é um programa de educação em saúde, direciona-do para indivíduos com dores musculoesqueléticas crônicas. Esse tipo de acometimento tem impacto nos índices de morbidade1, sendo, portanto, considerada um problema de saúde pública. Desse modo, a educação em saúde é uma estratégia que vem sendo incentivada pelas políticas públicas, especial-mente nos serviços de atenção básica por meio de grupos que falam sobre hábitos e estilos saudáveis de vida. Em consonância com esse pa-norama, surgiu o grupo “Me-lhor Idade’’, uma iniciativa re-alizada três vezes por semana pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) – com o apoio da equipe Estratégia de Saúde da Família (ESF) –, no espaço físico do Centro de Re-ferência em Assistência Social

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Grupo Melhor Idade,

Grupo Pratique Saúde

e Grupo da Coluna

Município: Careaçu

Autoras: Rosana Mariano,

Elisabete Bacarini e Flávia

Capelossi

Período de realização:

2014

(CRAS), proporcionando ativi-dades físicas, de consciência corporal, de equilíbrio, forta-lecimento muscular e conví-vio social para a 3ª idade. Outro projeto alinhado a essa nova estrutura, está o grupo

“Pratique Saúde’’, com ações se-manais – com rodas de conversa sobre assuntos relacionados à saúde e à vida cotidiana, além de atividades físicas e de consciên-cia corporal, com o intuito de ca-pacitar os usuários para o auto-cuidado, resgate da autoestima e aprimoramento do relaciona-mento interpessoal – em vários bairros rurais do município em parceria com a equipe da ESF. Os resultados apontam a dimi-nuição significativa da intensi-dade das dores na coluna e nos membros, melhora expressiva da funcionalidade e da quali-dade de vida e um avanço im-portante para os participantes, que passaram de uma incapa-cidade moderada à incapaci-dade mínima. A atividade física regular de-monstra, a cada dia, maior im-portância na manutenção de saúde, prevenção, tratamento e controle de doenças, com

real valor nos fatores de risco cardiovasculares, portanto, as atividades extensionistas pro-postas atuam na promoção e proteção da saúde, contribuin-do para a consolidação dos pressupostos e diretrizes pre-conizados pelo Sistema Único de Saúde, no âmbito do Pro-grama Saúde da Família, que prevê enfoque para as ações preventivas e promotoras da saúde, a fim de minimizar as ações de cunho assistencialis-ta e possibilitar a prestação de uma atenção integral à saúde dos indivíduos.

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19Revista Cosems MG

Implantação do matriciamento no município de São Joaquim de Bicas (MG): integrando a atenção

primária e vigilância em saúde do trabalhador

No Brasil, as mudanças so-ciais e políticas ocorridas nas décadas de 1980 e 1990, as-sociadas ao contexto da Re-forma Sanitária, foram deter-minantes nas propostas de reformulação das políticas de saúde no âmbito das relações de trabalho. Dentre os resul-tados ocorridos com estas mudanças pode-se destacar a definição da área da Saúde do Trabalhador no campo de abrangência da saúde pública, cabendo ao Sistema Único de Saúde (SUS) assumir o papel legal nesta área.Com isso em mente, a implan-tação do matriciamento2 em saúde do trabalhador, na aten-ção primária, do município de São Joaquim de Bicas visa ca-pacitar as equipes de saúde da família no atendimento ao tra-balhador, bem como integrar vigilância em sua saúde, além de melhorar o atendimento que lhe é prestado por parte dessas equipes de saúde da fa-mília e identificar as doenças

relacionadas ao trabalho, am-pliando, assim, as notificações de agravos.A iniciativa tem ainda como ob-jetivo proporcionar o suporte profissional e de áreas diversas que visa, de forma interdisci-plinar, qualificar e aumentar o campo de atuação, em uma pro-posta de intervenção pedagógi-co-terapêutica.A ação foi responsável por estreitar os vínculos dos tra-balhadores com as equipes de atenção primária, o que aumentou a capacidade de resolução de problemas, re-duzindo, consequentemente, o número de interconsultas e encaminhamentos para o ser-viço de referência em saúde do trabalhador.Houve também um aumento da autonomia dos profissio-nais das equipes de saúde, o que refletiu diretamente na qualidade dos atendimentos, melhorando as condições de trabalho e satisfação dos pro-fissionais. O matriciamento

ainda proporcionou a integra-ção entre a atenção primária e a vigilância em saúde, dando a todos os profissionais espaço para apresentar suas suges-tões e promover eventos com foco em saúde do trabalhador.

2 Suporte profissional e de áreas diversas que visa, de forma interdisciplinar, qualificar e aumentar o campo de atuação delas em uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica.

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Implantação do

matriciamento no município

de São Joaquim de Bicas

(MG): integrando a atenção

primária e vigilância em

saúde do trabalhador

Município: São Joaquim de

Bicas

Autoras: Joice Cristina

Igídio da Silva, Keilla Elenken

Henriques Rezende e Cibele

Rodrigues Botelho

Período de realização:

Desde junho de 2013

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20Revista Cosems MG

Matéria

Programa de apoio à gestante

Segundo a Organização Mun-dial de Saúde (OMS), quando o assunto é a saúde da mulher, os índices de morte e compli-cações pós-parto pelo método de cesariana são muito gran-des. Por outro lado, dados, também de acordo com a OMS, apontam que o aleitamento materno é uma forma de redu-zir os índices de mortalidade infantil, pois inibe as causas infecciosas de morte na pri-meira infância. De encontro com essa realidade, o municí-pio de Capinópolis, em Minas Gerais, executa, por meio da Secretaria Municipal de Saú-de e das Equipes de Saúde da Família, o Programa de Apoio às Gestantes (PAG), que ofere-ce incentivos financeiros (um salário mínimo, pago em duas parcelas) às mulheres que optarem pelo parto normal e pelo aleitamento materno du-rante os seis primeiros meses de vida da criança.Além de orientar as mulhe-res, a iniciativa visa melhorar a qualidade de atendimento à gestante nas consultas de pré-natal oferecidas pela rede de atendimento, além de man-ter a vacinação da mãe e da criança atualizada. Dentro do Programa Saúde da Família

(PSF), o PAG recebe recursos do Programa Saúde em Casa e relaciona-se com o projeto Mães de Minas, de execução do Estado de Minas Gerais, e com o programa Bolsa Família, uma vez que o público central são beneficiárias deles.Para ter direito ao benefício, as mães devem seguir alguns critérios pré-estabelecidos, como: comparecer a seis reu-niões do programa Saúde da Família, ministradas men-salmente; realizar o número mínimo estabelecido de con-sultas de pré-natal, ofereci-das pelo serviço municipal de saúde; realizar o parto pelo método natural; cumprir o período de amamentação de seis meses, com aleitamento exclusivamente materno; e manter atualizado o cartão de vacina da mãe e da criança, de acordo o calendário de vaci-nação nacional.O PAG tem sido uma ferra-menta de grande auxílio para a gestão de saúde do muníci-pio. Somente em 2013 foram realizados, em média, 45 aten-dimentos e acompanhamen-tos individuais mensais por reunião, e a qualidade de aten-dimento é percebida pelo au-mento no número de consul-

tas médicas, exames de saúde nas gestantes, nutrizes e crian-ças, participação nas reuniões de puericultura (consultas de acompanhamento das crian-ças nos seus primeiros anos de vida) e aumento da vacinação. O programa constitui um es-paço privilegiado de troca de experiências e conhecimen-tos, oferecendo segurança e tranquilidade à mãe no perío-do gestacional e à criança.

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Programa de apoio à

gestante

Município: Capinópolis

Autores:

Ana Cláudia da Fonseca

e Equipes de Saúde

da Família

Período de realização:

Mensalmente (contínuo)

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21Revista Cosems MG

Lian Gong: terapia promotora de saúde

O envelhecimento populacio-nal repercute, consideravel-mente, nas características de adoecimento e morte, devido à exposição prolongada a fa-tores de risco e às condições de sobrecarga. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) podem afetar a funcio-nalidade das pessoas idosas e, para controlar e precaver quedas (motivos causadores de diversas enfermidades que podem ser facilmente evita-das), é necessário fazer uma abordagem multidisciplinar sobre o tema, incluindo medi-das de prevenção, mudanças de hábitos, tratamento médi-co, fisioterápico e psicológico. As práticas de atividades físi-ca, que envolvem caminhada, ciclismo, natação, dança, ioga e Lian Gong3, por exemplo, contribuem para a diminui-ção da incidência de quedas e, também, para a melhoria da qualidade de vida de seus praticantes.Para alcançar os objetivos propostos, os profissionais da Estratégia Saúde da Famí-lia (ESF) foram capacitados, aprendendo sobre a aborda-gem correta com o público envolvido, sensibilizando os idosos sobre a importância do

uso de bengalas e andadores quando necessário. Além disso, outras metodologias foram apli-cadas: indicação sobre acom-panhamento médico periódico para prevenção de doenças fí-sicas e psicológicas; avaliação sobre o ambiente em que o idoso vive; recomendação de prática de exercícios físicos regulares para manutenção do fortalecimento da muscu-latura; e implantação da prática corporal Lian Gong em 18 tera-pias (LG18T), com aulas oferta-das gratuitamente em diversas localidades do município.Como alguns dos resultados, os praticantes do Lian Gong se sen-tiram incentivados a participar de outras atividades físicas ofer-tadas pelo município, ampliando a socialização na terceira idade. Para completar, melhorias na coordenação motora, no equilí-brio e no alongamento corporal, diminuição das dores no corpo e sono com mais qualidade tam-bém foram percebidos.Desde o início da realização das atividades de Lian Gong, os gru-pos vêm crescendo em quanti-dade e frequência. Hoje, as aulas são realizadas duas vezes por semana na sede do município e também nas regiões rurais, pelo menos uma vez por semana.

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Lian Gong: terapia

promotora de saúde

Município: Jaboticatubas

Autoras:

Júnia Fernanda Vieira

Fonseca Reis; Liliane Maria

Nogueira Amaral e Marlene

Maia Marques

Período de realização:

2º semestre 2013

3O que é Lian Gong?Consiste em uma prática corporal chinesa desenvolvida na década de 1970 pelo médico-ortopedista Zhuang Yuan Ming. “Lian” significa treinar, exercitar, enquanto “Gong” refere-se ao aperfeiçoamento de habilidades. A iniciativa tem por objetivo prevenir e tratar dores no corpo, além de melhorar a qualidade do sono e de mobilidade, oferecer disposição para realizar tarefas diárias, além de desenvolver flexibilidade, força, equilíbrio e as capacidades motoras. Trazido ao Brasil na década de 1980, o Lian Gong dispensa estruturas e equipamentos específicos, demandando apenas um lugar plano e roupas confortáveis, e deve ser praticado pelo menos duas vezes por semana.

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22Revista Cosems MG

Matéria

Implantação de colegiados gestores

na Secretaria Municipal de Saúde

de Juatuba (MG) como estratégia de

redemocratização da gestão

O Ministério da Saúde Brasi-leiro sinalizou que a implan-tação de colegiados gestores nos diversos níveis de gestão dos serviços de saúde havia se demonstrado como uma im-portante estratégia para a via-bilização dos princípios pauta-dos pela Política Nacional de Humanização e pela Gestão Participativa, pois tendiam a garantir, não só o comparti-lhamento do poder, como tam-bém a valorização do trabalho em equipe e a construção co-letiva dos programas/ações a serem executados por serviços públicos e privados.Este projeto de intervenção teve como objetivo a implan-tação de instâncias colegiadas nas unidades que compõem a Secretaria Municipal de Saúde do município de Juatuba (SMSJ), com foco na descentralização do planejamento e da tomada de decisões. Dentre os obje-tivos específicos destaca-se a

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23Revista Cosems MG

FICHA TÉCNICA

Título da experiência: Implantação de

colegiados gestores na

Secretaria Municipal

de Saúde de Juatuba

(MG) como estratégia

de redemocratização da

gestão

Município: Juatuba

Autor: Joanilson Santos

Guimarães

Período de realização:

02/01/2013 a 31/11/2013

organização do processo de trabalho, incluindo o planeja-mento e a execução coletiva, democratizando as relações no campo da saúde nas unida-des de saúde do município de Juatuba; estruturação do orga-nograma da SMSJ, de modo a determinar os cargos e as fun-ções dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) do município; otimização das ações da Polí-tica Nacional de Humanização (PNH) dentro do SUS munici-pal; incentivo aos processos de qualificação da gestão do trabalho e da educação em saúde; construção de estraté-gias para que sejam alcança-das as metas priorizadas no Pacto pela Saúde, Programa de Fortalecimento da Vigilân-cia em Saúde e do Programa Saúde em Casa, com definição, se necessária, de outras priori-dades; e melhoria do processo de comunicação entre as uni-dades da SMSJ.

O principal resultado alcan-çado pela proposta está na implantação efetiva de ins-tâncias privilegiadas de ges-tão participativa com caráter deliberativo e foco na nego-ciação e na gestão solidária, em consonância com as di-retrizes do SUS e da Política Nacional de Humanização. A avaliação geral do processo de implantação dos colegia-dos gestores na SMSJ propi-ciou uma mudança de atitude nas equipes de saúde do mu-nicípio com vistas ao cumpri-mento da missão e à incorpo-ração do conceito de gestão participativa.Os profissionais das diver-sas unidades que compõem o sistema de saúde sentiram-se valorizados e parte integrante do processo decisório da ges-tão municipal. Por outro lado, muito embora o cumprimento de prazos e metas ainda seja um desafio, a implantação

dos colegiados apresentou-se como importante estratégia para a viabilização de princí-pios doutrinários do Sistema Único de Saúde, para a valori-zação do trabalho em equipe e para a construção coletiva dos programas e ações a serem executados.

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24Revista Cosems MG

Matéria

Projeto para melhoria da qualidade dos registros

das ações de saúdeDecorridos três anos de tra-balho no Serviço de Controle, Avaliação e Auditoria, foi pos-sível observar deficiências im-portantes no registro de dados das ações de saúde, executado em todas as unidades de saúde de Vespasiano. Essas defici-ências impossibilitaram a so-licitação de aumento do teto financeiro do município. Entre reuniões e observa-ções, foi possível inferir que a subnotificação ou notifica-ção irreal de registro aconte-ce em decorrência da falta de compreensão por parte dos trabalhadores de saúde do sig-nificado desses dados e, res-pectivamente, do comprome-timento com a ideia, ou seja, não há compreensão de que o registro da ação é parte inte-grante da atenção à saúde. Dessa forma, tal projeto estru-tura-se em cinco pilares para que o trabalhador se torne su-jeito ativo dos processos sani-tários: sensibilizar, significar, empoderar, comprometer-se e disseminar. Com esses mo-tes, é possível propiciar um es-paço de reflexão, significação

e adesão aos processos neces-sários para consolidação das práticas e ações de saúde.Por meio da Oficina de Capa-citação para Gestão da Atenção à Saúde no Nível Local, com grupos de 15 pessoas, o que favorece a proposta dialógica e a emersão do sujeito e sua autonomia, é possível tornar cada pessoa parte integrante e integrada dos processos sa-nitários de qualquer nature-za. Por meio de dinâmicas de grupo que focalizam a partici-pação do indivíduo e suas per-cepções frente aos desafios e realidades de sua unidade de saúde, criam-se profissionais capazes e responsáveis pela construção de uma nova reali-dade de trabalho, que propor-cionará o almejado aumento do teto financeiro, além de, concomitantemente, propi-ciará o desenvolvimento de locais de trabalho mais saudá-veis nas unidades de saúde.O resultado principal foi exata-mente a efetivação do aumento do valor do teto financeiro do município, conforme se pode verificar na base de dados do

SIA. No período de seis meses, o SIA saiu do patamar de algo em torno de R$ 200 mil (em 2013) para registro superior de R$ 400 mil (em 2014), demons-trando que o nivelamento de informações e a autonomia do profissional representam im-pactos cruciais na qualidade do serviço e na efetivação de um ambiente de trabalho saudável e satisfatório.

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Projeto para melhoria

da qualidade dos registros

das ações de saúde

Município: Vespasiano

Autora: Denise Araujo

Oliveira e Souza

Período de realização:

2014 (parcial)

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25Revista Cosems MG

Implantação de fluxograma para notificações

O Sistema de Informação em Saúde, principalmente nas Vi-gilâncias em Saúde, representa importante instrumento para garantir, ao gestor, tomadas de decisões tanto antecipatórias como imediatas. Nessa pers-pectiva, foi feito um levanta-mento dos dados necessários para a confecção do boletim epidemiológico do território sanitário. O estudo apontou insuficiência de informações e, diante dessa constatação e considerando a relevância destes dados como nortea-dores para melhor conheci-mento do território sanitário, surgiu a proposta de capacitar os profissionais da saúde para identificar e comunicar os ca-sos passíveis de notificação e implantar um fluxograma para garantir o percurso cor-reto de informações precisas e completas, desde a coleta até sua digitação no SIS, sem que elas se percam na rede. Em consonância a isso, propôs-se habilitar, principalmente, os agentes comunitários para iden-tificar casos de intoxicação e intolerância alimentar, uma vez

que em boa parte dos casos de surto, as Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica não tomam conhecimento em tempo hábil para realizar a notificação e sua respectiva investigação, ficando, assim, sem conseguir coletar da-dos reais sobre as ocorrências. A fim de atingir tais objetivos, foram realizadas capacitações com médicos e enfermeiras da Estratégia de Saúde Familiar, técnicos e auxiliares de enfer-magem das Equipes de Saúde da Família (ESF) e do Centro Mu-nicipal de Saúde, agentes comu-nitários de saúde, recepcionista e coordenadores de zoonoses, farmácia e epidemiologia, sem-pre com foco em sensibilizar os profissionais para o atendimen-to humanizado.Para consolidar os resulta-dos esperados, a Secretaria Municipal de Saúde vem pro-movendo eventos, buscando parcerias e desenvolvendo projetos para organização e fomento das práticas de saú-de e compilação de dados para geração de informação nos sistemas. Este projeto de Implantação de Fluxograma

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Implantação de fluxograma

para notificações

Município: Nova União

Autoras: Maria Madalena

Ferreira Pinto e Vanete

Silva de Oliveira Santos

Período de realização:

Abril de 2014

para Notificações possibili-tou uma mudança positiva nos agentes de saúde, que perceberam como simples atitudes conduzem a resul-tados mais satisfatórios, tra-zendo benefícios para todos os envolvidos no processo.

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26Revista Cosems MG

Matéria

Circulando pela cidadeExtrapolar os muros do Centro de Referência em Saúde Mental Infanto-Juvenil (CERSAMI) e in-tegrar os pacientes aos diversos espaços coletivos é o foco do projeto Circulando pela Cida-de. Destinada, prioritariamente, a adolescentes com problemas mentais graves que estão na permanência dia e que foram indicados pelos seus respectivos técnicos de referência por não dispor de autonomia nesse pro-cesso de circulação nos espaços da cidade, a iniciativa teve início nos anos 2000 e, atualmente, é desenvolvida por uma equipe especializada. Todo o planejamento e avaliação das atividades são feitos em par-

ceria com os pacientes, incluin-do a escolha do local, os conta-tos telefônicos e a preparação do lanche, a fim de integrar e moti-var a participação deles em todo o processo.Os passeios – que acontecem às quartas-feiras, das 13h30 às 15h30

– são feitos a pé ou de carro e, ao retornarem para o CERSAMI, os pacientes são instigados a falar sobre como foram suas experi-ências e percepções. Para com-pletar, há a avaliação conjunta com os familiares, a fim de inte-ragir todos os envolvidos.Como resultados, os pacien-tes estão tendo a oportunidade de conhecer melhor a cidade, além de ficarem mais próximos

FICHA TÉCNICATítulo da experiência:

Circulando pela cidade

Município: Betim

Autoras:

Valéria Lima Bontempo

e Lisângela de Lourdes

P. Fonseca

Período de realização:

Há 14 anos até os

dias atuais

a outros adolescentes com inte-resses similares e receberem a atenção de instituições, gover-namentais ou não, com ativida-des de lazer, esporte e cultura, adaptadas às suas necessidades e limitações.

Horta Terapia

O desenvolvimento da qua-lidade de vida nos três vérti-ces da vida – casa, trabalho e lazer – é a proposta da Ofi-cina de Horta Terapia, uma das atividades terapêuticas desenvolvidas no Centro de Atenção Psicossocial de São Lourenço.Criada em 2013, a Oficina de Horta Terapia consiste na criação de espaços comuns para o plantio e manejo da terra, o que possibilita, na rotina própria do cultivo de hortaliças, o desenvolvimen-

to da consciência ambiental, o incentivo aos hábitos ali-mentares mais saudáveis e a valorização do trabalho, bem como a promoção da autono-mia dos usuários frente à co-munidade.Como forma alternativa às in-ternações em hospitais psiqui-átricos, esses espaços, que na verdade são canteiros, puderam ser concretizados por meio de diversas palestras sobre jeitos de cultivar a terra e as semen-tes, nas quais os usuários apren-deram sobre o cuidado com

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FICHA TÉCNICA

Título da experiência: Horta

Terapia

Município: São Lourenço

Autora: Mariana Ferraz de

Júlia de Lorenzo

Período de realização:

Desde 2013 até a

data atual

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as hortaliças. Outros eventos abordaram temas como higiene dos usuários, hábitos alimen-tares saudáveis e utilização de ferramentas, sem, é claro, negli-genciar orientações sobre o não desperdício de água.Para a implantação física da hor-ta, primeiramente foi realizada a adubação orgânica do solo para, então, construir os canteiros, deixando-se caminhos entre eles, para facilitar o deslocamen-to das pessoas. A manutenção da horta é realizada diariamente por usuários que se revezam no cuidado com a capina, regamen-to e adubamento da terra, além de controle de ervas daninhas. A Oficina de Horta Terapia se mantém pelo bem sucedi-do sistema de trocas, em que os moradores da comunidade oferecem as sementes e rece-bem essas hortaliças semanal-

mente, tudo isso pelas mãos dos próprios usuários sob a supervisão de monitores. En-tre as espécies cultivadas estão verduras e temperos: alface, re-polho, couve, couve-brócolos, couve-flor, cebolinha verde, salsa, coentro, chicória, rúcu-la, tomate-cereja e pimentão, além de plantas medicinais e aromáticas (hortelã, arruda, alfavaca, cavalinha-do-campo, losna, camomila, capim-limão, guaco, alecrim e funcho) para auxiliar na melhoria da saúde das pessoas e no manejo de do-enças e pragas.A iniciativa obteve tanto êxito que fomentou a criação de cul-turas caseiras e já é pensada em um plano maior, no desenvolvi-mento de atividades lucrativas, com o encaminhamento do projeto para a Associação de Familiares e Usuários da Saúde

Mental (ASSUME), ou seja, um sucesso absoluto de inclusão e promoção do indivíduo, mos-trando que a participação do portador de transtornos men-tais severos e persistentes nos diversos processos coletivos é a medida mais eficaz em seu tra-tamento e desenvolvimento da sua qualidade de vida.

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Matéria

Programa saúde

na escola

Com pouco mais de dos mil habitantes, o município de Olímpio Noronha conta com 100% de cobertura da Estra-tégia Saúde da Família (ESF). Em março de 2012, iniciou o Programa Saúde na Escola, com a Semana Saúde na Esco-la, atuando na Escola Munici-pal Virgílio Alves Pereira (en-sino infantil e fundamental) e na Escola Estadual Maria An-tonieta Romano Salgado (en-sino médio), envolvendo 733 alunos. Após a realização des-ta Semana, foram iniciadas as atividades multiprofissionais com as avaliações individu-ais e coletivas, realizadas por médicos, enfermeiros, auxi-liares de enfermagem, agen-tes comunitários de saúde, dentistas, auxiliares de saúde bucal, psicólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, fono-audiólogos e nutricionistas da Estratégia Saúde da Família (ESF) e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) du-rante todo o período letivo. Tais estratégias foram manti-das em 2013 e 2014.

ças de teatro ministradas por Agentes Comunitários de Saú-de, atividades de lazer (como festas, Carnaval e gincanas), além de palestras para os pro-fessores são realizados perio-dicamente.Como resultados, com a efeti-vação do Programa Saúde na Escola durante o ano letivo, a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) rea-lizaram o acompanhamento integral da grande maioria dos escolares, promovendo a saú-de e prevenindo doenças.

Como objetivos principais do projeto estão: realizar um diag-nóstico da saúde dos escolares em abordagens individuais e co-letivas; visar à prevenção e pro-moção da saúde; avaliar as medi-das antropométricas, a acuidade visual, a situação nutricional, a clínica geral e a condição da saúde bucal; promover hábitos de vida saudáveis; incentivar a prática de atividades físicas re-gulares; incentivar a cultura da paz, da cidadania e dos direi-tos humanos; orientar sobre os prejuízos causados pelo uso de drogas (incluindo álcool e taba-co); orientar sobre alimentação saudável; promover tratamentos clínicos, preventivos e de rea-bilitação sempre com enfoque multidisciplinar e integral, apro-veitando o período que os alu-nos estão na escola; promover atividades de lazer; e realizar a escovação dental supervisiona-da semanal.Para isso, atendimentos indi-vidualizados realizados por série escolar, atendimento fonoaudiológico, grupos de controle da obesidade, pe-

FICHA TÉCNICATítulo da experiência:

Programa saúde

na escola

Município: Olímpio Noronha

Autoras: Gilsara de Castro

Pereira e Maria Valéria

Costa Pereira

Período de realização:

Março de 2012 até

o momento

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Grupo Viva com SaúdeCom os avanços da medicina e da tecnologia – em paralelo à qualificação de profissionais, que ficam cada vez mais espe-cializados –, é possível diag-nosticar precocemente as ne-cessidades em relação à saúde das pessoas. Em contrapartida, há gargalos nos processos que influenciam diretamente na qualidade de vida, tais como: má alimentação, sedentaris-mo e obesidade, comprome-tendo a expectativa de vida e saúde das pessoas. Diante des-se quadro, faz-se necessária a criação e aplicação de méto-dos práticos e viáveis, como exercícios físicos elaborados por profissionais, orientações e informações acerca de hábi-tos e cuidados diários.Pensando nisso, profissionais da Clínica de Fisioterapia da Secretaria Municipal de Saúde de Carrancas  desenvolveram o projeto Viva com Saúde. A iniciativa promove a realiza-ção de exercícios físicos para a população idosa, hipertensa e diabética, com participação média de 50 pessoas que fazem as aulas propostas três vezes por semana. Todos os exercí-cios são supervisionados por fisioterapeutas e acontecem ao ar livre ou em espaços des-tinados a tal fim. Nos eventos

são realizadas atividades que envolvem alongamentos mus-culares, trabalhos de coordena-ção motora, treino de marcha, trabalho de equilíbrio corporal, relaxamento, ações lúdicas e que desenvolvem a memória e a concentração, troca de ex-periências entre os participan-tes, palestras sobre temas per-tinentes como AVC (acidente vascular cerebral), hipertensão arterial, fatores de risco para doenças coronarianas, dentre outras.Como resultado, observou-se, principalmente nos idosos: o aumento da flexibilidade e fortalecimento corporal; con-trole das taxas glicêmicas; me-lhora na circulação sanguínea; controle da pressão arterial; diminuição do risco de que-das e acidentes domésticos; pessoas aparentemente mais felizes, satisfeitas e dispostas; socialização; diminuição do risco de depressão; e melhora na atenção e obtenção de con-centração e memória mais ati-va. Com esses resultados, nos deparamos com uma geração de idosos que fazem questão de participar de grupos como este, a fim de estimular, de-senvolver, manter suas habi-lidades funcionais e controlar as emoções do seu dia a dia.

Atividade Física no Espaço da Clínica de Fisioterapia e na Academia ao ar livre no Centro da cidade de Carrancas MG

FICHA TÉCNICATítulo da experiência:

Grupo Viva com Saúde

Município: Carrancas

Autores: Tiago Maciel

Ferreira e Maysa Andrade

Bueno

Período de realização:

2014

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Matéria

Regulação do atendimento

de fisioterapia em Sarzedo

A Clínica Municipal de Fisiote-rapia de Sarzedo (CMFS) tinha uma demanda reprimida de até 200 pacientes, o que resultava em um longo tempo de espera pelos usuários para a realização do tratamento fisioterápico. As prioridades ou casos agudos preenchiam as primeiras vagas, enquanto os crônicos, além de aguardarem até seis meses para atendimento, sempre retorna-vam ao serviço com as mesmas queixas e se tornavam o maior gargalo do setor. Diante disso, o secretário mu-nicipal de saúde, Bruno Diniz Pinto, solicitou à coordenação do setor em fevereiro de 2012, a elaboração de um projeto de regulação para organizar a de-manda e responder às reais ne-cessidades dos usuários. Essa medida assistencial requisitou um conjunto de ações articula-das e integradas, com foco em adequar a oferta de serviços de saúde de acordo com a re-alidade do setor, contribuindo, assim para a consolidação dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).A partir disso, houve diminui-

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Regulação do atendimento

de fisioterapia em Sarzedo

Município: Sarzedo

Autora: Elionete Maria

Regina Souza Rezende –

Fisioterapeuta

Período de realização:

desde junho de 2012

ção no tempo de espera para, no máximo, 20 dias em casos crôni-cos, e até um dia para os agudos. Através da intervenção precoce, o retorno do usuário agudo ao serviço de fisioterapia também diminuiu devido à resolutivida-de dos atendimentos. O mesmo ocorreu com os casos crônicos que, após o atendimento indivi-dual, foram encaminhados aos grupos que realizam a manuten-ção das condições de melhora e fornecem instruções sobre auto-cuidado. Outro fator importante ob-servado diz sobre o controle e avaliação dos usuários que faziam tratamento na clíni-ca conveniada, pois, ao re-tornar ao novo acolhimento, foi possível avaliar o serviço prestado e a adesão dos usu-ários aos serviços oferecidos. Além disso, a regulação do setor de fisioterapia propor-cionou ao usuário a oportu-nidade de ser integralmente acolhido e assistido pelo di-recionamento a outros seto-res do fluxograma de atendi-mento, em tempo real e sem gargalos.

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Estratégia da gestão, controle e prevenção da dengue

no município de Uberaba (MG)

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e o Brasil não fica de fora desse índice. No município de Uberaba (MG), por exem-plo, viveu a maior epidemia da doença em 2013, com mais de 20 mil casos notificados, sendo 450 na forma grave que resulta-ram em 20 óbitos. O mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, encontrou nesta cidade condições bastante favoráveis para uma rápida expansão, visto a deficiente limpeza urbana, a intensa utilização de materiais não biodegradáveis no uso di-ário (como recipientes descar-táveis de plástico e vidro), as mudanças climáticas constantes e o baixo investimento em pre-venção de focos e combate ao vetor. Diante deste quadro, fez-se necessário desencadear ações emergenciais e implantação de estratégias para evitar novas epi-demias nos anos seguintes.Por meio de mobilização social e o fortalecimento das ações assistenciais, a iniciativa con-quistou bons resultados: coleta de sangue para sorologia e isola-mento viral, visando o controle da doença e tipologia do vírus;

reuniões de monitoramento dos casos com os departamentos de Vigilância em Saúde e Atenção à Saúde para análise epidemioló-gica do conjunto de indicadores sobre a doença, o vetor, assistên-cia e mobilização; acompanha-mento das capacitações sistemá-ticas para médico e enfermeiros com estudo de casos e atualiza-ção no manejo da doença; mo-nitoramento em tempo real dos focos de infestação, com classi-ficação de riscos de epidemia e acompanhamento das visi-tas realizadas nas residências pelos agentes de combates a endemias; e acompanhamen-to em tempo real da equipe de campo nas visitas pelo dispo-sitivo Dengue Report®. Após a coleta de informações pelo Sistema Sinan NET, pode-se observar que no primeiro trimestre de 2012 os dados do município de Uberaba apresen-tavam 1.194 casos notificados/investigados, sendo 397 casos de dengue clássica sem registros de complicações, febre hemorrági-ca e óbitos. No mesmo período em 2013, os números subiram para 11.540 casos notificados/investigados, sendo 2.160 casos

de dengue clássica, 18 casos de dengue com complicações, 4

casos de febre hemorrágica e 13 óbitos. Em 2014, após as ações de prevenção desenvolvida pela SMS-Uberaba MG, os números apresentaram queda expressiva, registrando 1.341 casos notifi-cados/investigados, sendo 44 casos de dengue clássica e não foram registradas complicações, febre hemorrágica e óbitos.

FICHA TÉCNICA

Título da experiência:

Estratégia da gestão,

controle e prevenção da

dengue no município de

Uberaba (MG)

Município: Uberaba

Autores: Fahim Swan, Nelson

Rannieri Tirone, Valéria Calil

Abrão Salomão, Robert

Boaventura de Souza,

Antonio Carlos Barbosa e

Luís Gustavo Rodrigues

Período de realização:

Outubro/2013 a

Maio/2014 - Contínuo

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Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais

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