inspeção sanitária módulo ii - maio 2013

181
Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental INSPEÇÃO SANITÁRIA EM ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

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Page 1: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Ministério da SaúdeSecretaria de Vigilância em Saúde

Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do TrabalhadorCoordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental

INSPEÇÃO SANITÁRIA EM ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA

CONSUMO HUMANO

Page 2: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

MÓDULO II

Fundamentos técnicos e conceituais para a realização de

inspeções sanitárias

Page 3: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Conteúdo da apresentação

•mananciais, captação e adução

•mistura rápida e coagulação

•floculação

•decantação

•filtração

•desinfecção

• fluoretação

• correção do pH

• reservação

• estação elevatória

• distribuição

• ligação predial

• reservação intradomicílio

• veículo transportador

Sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água: Sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água:

identificação de boas práticas e avaliação de perigos e riscosidentificação de boas práticas e avaliação de perigos e riscos

Page 4: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Na perspectiva da avaliação e gerenciamento de riscos,

as inspeções sanitárias visam à verificação de boas

práticas em abastecimento de água e à identificação de

perigos e pontos críticos em sistemas e soluções de

abastecimento de água

As boas práticas em abastecimento de água buscam

prevenir ou combater os perigos (fatores de risco) e

minimizar a probabilidade de ocorrência de efeitos

indesejáveis (riscos) à saúde humana

Boas Práticas ↔ Inspeção ↔ Avaliação de RiscoBoas Práticas ↔ Inspeção ↔ Avaliação de Risco

Page 5: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Instalação composta por um conjunto de obras civis,

materiais e equipamentos, desde a zona de captação até

as ligações prediais, destinada à produção e ao

fornecimento coletivo de água potável, por meio de rede

de distribuição.

Sistema de Abastecimento de Água

Portaria MS nº 2914/2011

Formas de abastecimento de águaFormas de abastecimento de água

Page 6: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

modalidade de abastecimento coletivo destinada a

fornecer água potável , com captação subterrânea ou

superficial com ou sem canalização e sem rede de

distribuição.

Solução Alternativa Coletiva

Formas de abastecimento de águaFormas de abastecimento de água

Portaria MS nº 2914/2011

Page 7: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

modalidade de abastecimento de água para consumo

humano que atenda a domicílios residenciais com uma

única famílias, incluindo seus agregados familiares.

Solução Alternativa Individual

Formas de abastecimento de águaFormas de abastecimento de água

Portaria MS nº 2914/2011

Page 8: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

1

Componentes de sistemas de abastecimento de água

Page 9: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Manancial

A atenção ao manancial é a primeira e fundamental garantia da

quantidade e da qualidade da água

Fonte

: SA

BESP

Fonte

: SA

BESP

Guarapiranga

Page 10: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Tipos de Mananciais

Manancial superficialcórregos, ribeirões, rios, lagos, represas (açude)

Manancial subterrâneo

nascentes, poços rasos, poços profundos, drenos.

água de chuva

cisternas

Page 11: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Zona de Captação

ETA

Reservatório

Rede

Visão sistêmica sob a

perspectiva de risco à saúde

1

Atenção ao manancial – Portaria MS nº 2914/2011

Portaria MS nº 2914/2011

Page 12: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Zona de Captação

1

Atenção ao manancial – Portaria MS nº 2914/2011

Avaliação sistemática do SAA, sob a perspectiva dos riscos à saúde

Físico – Químico e Biológico

Mensal/Semestral

Proteção dos mananciais em articulação com o gestores de Recursos

Hídricos

CianobacteriasN<10.000 células/mL--->Mensal

N>10.000 células/mL--->Semanal

Page 13: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Manancial Superficial

Disponibilidade hídrica

-garantia de vazão suficiente para o abastecimento

contínuo de água;

-saturação do manancial (projeções futuras);

Page 14: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

É fundamental o conhecimento da saturação do manancial

X

Oferta de água (limite de adução) (L/seg)

X

evolução do consumo (L/hab.dia)

Qmin > Qcaptação: captação direta

Qmin < Qcaptação: reservatórios de acumulação

Qmin e Qméd < Qcaptação: oferta insuficiente

Disponibilidade hídrica

Page 15: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Medição por obstrução (vertedores e calhas)

Disponibilidade hídrica

Page 16: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

séries históricas de vazão dos mananciais

crescimento da população

consumo percapita de água

extrapolação para o futuro

Avaliação do balanço oferta x

demanda de água

Disponibilidade hídrica

Page 17: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

A intermitência pode acarretar a deterioração da qualidade da água

no sistema de distribuição e/ou levar a população ao uso de fontes de

qualidade duvidosa

Disponibilidade hídrica

Fonte: CGVAM/SVS/MS Fonte: OPAS/OMS Fonte: OPAS/OMS Fonte: CGVAM/SVS/MS

Page 18: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Manancial Superficial

• Diagnóstico de uso e ocupação da bacia de captação

usos e conflitos

abastecimento doméstico e industrial irrigação dessedentação de animais aqüicultura preservação da flora e fauna recreação e lazer navegação diluição de despejos geração de energia

Page 19: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Manancial Superficial

Situação de proteção dos mananciais

Medidas de ordem geral para proteção de mananciais

leis de proteção de mananciais

zoneamento ambiental

leis de uso e ocupação do solo

criação de Áreas de Proteção Ambiental.

Page 20: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Manancial Superficial

Qualidade da água bruta

Existência de possíveis fontes de contaminação-esgotos domésticos-efluentes industriais-agrotóxicos e fertilizantes

Page 21: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

A degradação da qualidade dos mananciais tem ocorrido devido à constante interferência do ser

humano na natureza por meio de:

Desmatamentos; impermeabilização do solo; alteração do curso natural dos rios; ocupação desordenada das bacias hidrográficas

Diagnóstico da bacia de captação

Page 22: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

A degradação da qualidade dos mananciais tem ocorrido devido à constante interferência do ser

humano na natureza por meio de:

Lançamento de efluentes domésticos; atividades agropecuárias; atividades industriais, atividades extrativas e garimpos

Fonte: Internet

Diagnóstico da bacia de captação

Fonte: CGVAM/SVS/MSFonte: Internet Fonte: Internet

Page 23: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

• captação direta• maior turbidez • variação sazonal de qualidade

• reservatório de acumulação • eutrofização • proliferação de algas (cianobactérias)• menor concentração de organismos patogênicos (protozoários- sedimentação)

Atenção ao manancial – Qualidade da água

Epigloeosphaera

Page 24: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Mananciais subterrâneos x superficiais:

“água de melhor qualidade”

Mananciais subterrâneos: mais bem protegidos, porém podem estar sujeitas a:

• fontes de poluição química e microbiológica

• contaminação natural, decorrente das características do solo, tais

como ferro, manganês, arsênico e fluoretos.

Qualidade da água

• Aqüífero não confinado (freático): mais vulnerável

• Aqüífero confinado: (artesiano): mais protegido

Page 25: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

2

Componentes de sistemas de abastecimento de água

Page 26: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Captação e Adução

A escolha do ponto de captação e sua proteção é fundamental para garantir o fornecimento de água em quantidade e

qualidade adequada à população

Fonte: EMBASA

Page 27: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Captação e Adução

• Capacidade de adução x evolução do consumo

• Tomada d’água com dispositivos para impedir a

entrada de materiais flutuantes

• Dispositivos para controlar a entrada de água

• Canais ou tubulações de interligação e acessórios

• Poços de sucção e casa de bombas para alojar os

conjuntos elevatórios

Page 28: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

• Facilidade de acesso e identificação do local• Barreira de proteção em relação a acidentes com produtos químicos• Proteção contra enchentes• Entrada de pessoas estranhas e animais• Existência de conjunto motor-bomba de reserva• Manutenção periódica da adutora e das instalações eletro-mecânicas• Manutenção periódica da edificação

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Captação e Adução

Page 29: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Captação e Adução

captação direta de manancial de superfície com barragem de nível

captação de manancial de superfície com barragem de acumulação

Fonte: CGVAM/SVS/MS

Boas Práticas !

Page 30: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Captação e Adução

captação – Acompanhamento de nível de água

captação de manancial de superfície com barragem de acumulação

Fonte: EMBASAFonte: EMBASA

Boas Práticas !

Page 31: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

captação direta de manancial de superfície com barreira de proteção em relação a produtos químicos

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Captação e AduçãoFo

nte

: C

GV

AM

/SV

S/M

S

estrutura de captação sujeita à inundação

Perigo !!Boas Práticas !

Fon

te:

UFM

G

Page 32: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Captação e Adução (Cont.)

Tomada direta de rios, lagos e açudes (mananciais de superfície)

Page 33: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Existência de ventosas na adução

Captação e Adução

Boas Práticas !

Page 34: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

3

Componentes de sistemas de abastecimento de água

Page 35: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Tratamento

A eficiência do processo de tratamento garante a qualidade da água para

consumo humano

Fonte: EMBASAFonte: EMBASA Fonte: SABESP

Page 36: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Esquema de uma ETA convencionalciclo completo

Tratamento

Page 37: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

• adequação do processo de tratamento ao tipo de manancial e à qualidade da água bruta (flexibilidade)

• controle de qualidade da água bruta, nas diversas etapas do tratamento e da água tratada

• registro das informações de controle de qualidade

Tratamento

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Page 38: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

chegada da água bruta na ETA

Caixa de Chegada

Fonte: CORSAN

Boas Práticas !

Page 39: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Esquema de uma ETA convencionalciclo completo

Tratamento

Page 40: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Turbidez: partículas em suspensão (fina ou estado

coloidal) com carga negativa Cor: substâncias em solução (matéria orgânica)

Clarificação da água: agregar as partículas maior peso

e densidade remoção por sedimentação ou flotação

(coagulante)

Mistura:Mistura: processo físico de dispersão do coagulante

Coagulação:Coagulação: fenômeno químico de desestabilização eletrostática das partículas

Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação

Page 41: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Coagulante Faixa de pH Características

Sulfato de alumínio 5,0 – 8,0 Custo relativamente baixo e fácil aquisição

Sulfato ferroso 8,5 – 11,0 Próprio para águas de pH elevado

Sulfato férrico 5,0 – 11,0 Próprio para águas ácidas e de cor elevada

Cloreto férrico 5,0 – 11,0 Produz bons flocos em amplo intervalo de pH

Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação

Coagulantes mais utilizados

Page 42: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Al2 (SO4)3 . 18 H2O + 3 Ca (HCO3)2 2 Al (OH)3 +3 CaSO4 +18 H2O + 6 CO2

1 1 mg/L de sulfato de alumínio requer 0,45 mg CaCO3/L de alcalinidade natural

Al2 (SO4)3 . 18 H2O + 3 Ca (OH)2 2 Al (OH)3 +3 CaSO4 + 18 H2O

1 mg/L de sulfato de alumínio requer a adição 0,25 mg/L de cal (CaO)

Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação

Sulfato de alumínio Sulfato de alumínio

2 Fe Cl3 + 3 Ca (HCO3)2 2 Fe (OH)3 + 3 CaCl2 + 6 CO2

2 Fe Cl3 + 3 Ca (OH) 2 2 Fe (OH)3 + 3 CaCl2

Cloreto férrico Cloreto férrico

Page 43: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação

coagulante

Al2 (SO4) 3 Al + + SO4 -

Al +

Al +

Al +

Al +

Al +

Al +

reações químicas do coagulante na água: muito rápidas

Dose de coagulante em excesso: inversão de cargas (+)

Page 44: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Mistura Rápida/ Coagulação

• realização de jar-test para determinação da dosagem de coagulante

• adequação do ponto de aplicação do coagulante e alcalinizante

• adequação dos equipamentos dosadores

• estado de conservação, calibração e dispositivos de aplicação do coagulante

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Page 45: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Medição de Vazão

Desconhecimento da vazão → desconhecimento dos parâmetros de funcionamento da ETA

Itens a serem verificados na inspeção sanitária • vazão operacional e vazão de projeto

• equipamentos para medição de vazão

Page 46: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Medição de Vazão

Fon

te:

CG

VA

M/S

AS

/MS

Boas práticas!!!

Page 47: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Realização de jar-test

Mistura Rápida/ Coagulação

Fon

te:

DEM

AE

Boas práticas!!!

Page 48: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Dosadores de coagulantes – nível constante

Boas Práticas !Perigo !!

Mistura Rápida/ Coagulação

Fonte: EMBASAFonte: EMBASA

Page 49: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Dosadores de coagulantes – Bombas dosadoras

Boas Práticas !

Bomba eletromagnética Bomba de diafragma

Mistura Rápida/ Coagulação

Fonte: CORSAN

Page 50: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Mistura Rápida/ Coagulação

Perigo !!

Page 51: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Fon

te:

CG

VA

M/S

VS

/MS

Mistura Rápida/ Coagulação

Boas Práticas !

Page 52: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Fon

te:

CG

VA

M/S

VS

/MS

Mistura Rápida/ Coagulação

Boas Práticas !

Page 53: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Esquema de uma ETA convencionalciclo completo

Tratamento

Page 54: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

SVS

FloculaçãoFloculação

Mistura lenta : choque entre partículas agregação

partículas desestabilizadas formação flocos

G: 70 → 10 s-1

TDH = 20 - 40 minutos TDH = V /Q (m3) / m3 / min)

Gradientes de velocidade decrescentes (!)

Parâmetros ótimos: ensaios de tratabilidade

maior vazão maior vazão maior gradiente maior gradiente (floculadores hidráulicos)(floculadores hidráulicos)

gradiente baixo demais: má formação dos flocosgradiente baixo demais: má formação dos flocos gradiente alto demais: quebra dos flocosgradiente alto demais: quebra dos flocos

Page 55: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

SVS

Floculadores hidráulicos Floculadores hidráulicos

Água floculada

Água coagulada

Vista em planta ou perfil

Page 56: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Floculadores mecânicosFloculadores mecânicos

Page 57: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

• conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros de projeto e de operação (tempo de floculação e gradientes de velocidade)

• verificação visual do aspecto dos flocos

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Floculação

Page 58: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Canal de Distribuição de água floculada aos decantadores

Fon

te:V

ált

er

Lúci

o P

ád

ua

Floculação

Boas Práticas !

Page 59: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Funcionamento inadequado de floculador: vazão excessiva e transbordamento nas câmaras de floculação

Floculação - perigosFloculação - perigos

Page 60: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Floculação - perigosFloculação - perigos

Page 61: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Esquema de uma ETA convencionalciclo completo

Tratamento

Page 62: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

DecantaçãoDecantação

vh

vs

Vh = velocidade horizontal de escoamento

Vs = velocidade de sedimentação

TAS = taxa de aplicação superficial = velocidade de sedimentação

decantadordoárea

)dia/m(ETAvazão 3

A Q

TAS = =

TAS = 25 - 40 m3/m2. dia

(m2)

Vs = 25 - 40 m/ dia = 0,03 cm/s

Page 63: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

DecantaçãoDecantação

Page 64: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

DecantaçãoDecantação

Page 65: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

• conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros de projeto e de operação (tempo de detenção e taxa de aplicação superficial)

• dispositivos de entrada (distribuição do fluxo)

• dispositivos de saída (distribuição do fluxo, nivelamento dos vertedores de coleta da água decantada)

• freqüência de limpeza

•verificação visual da sedimentabilidade dos flocos

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Decantação

Page 66: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Perigos

Distribuição desigual do fluxo

Calha de coleta de água decantada afogada

Decantação

Page 67: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Decantação - detalhe das calhas coletoras

Decantação

Perigo !!

Fon

te:

CG

VA

M/S

VS

/MS

Page 68: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Decantação - calhas coletoras

Caminhos preferenciais

Decantação

Fon

te:

CG

VA

M/S

VS

/MS

Page 69: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Decantação

Perigo !!

Fon

te:

CA

SA

L

Page 70: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Decantação

Boas Práticas !

Fon

te:

CG

VA

M/S

VS

/MS

Page 71: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Detalhe das calhas coletoras

Decantação

Boas Práticas !

Fon

te:

CG

VA

M/S

VS

/MS

Page 72: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

DECANTAÇÃO

Decantação de alta taxaDecantação de alta taxa

Decantação tubularDecantação tubular

Page 73: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Esquema de uma ETA convencionalciclo completo

Tratamento

Page 74: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

FiltraçãoFiltração

Retenção de partículas e microrganismos (protozoários) não

removidos no decantador

Tipos de filtros (técnicas de filtração)

Filtros ascendentes

Filtros descendentes

Filtros rápidos

Filtros lentos

Filtros de camada simples (areia)

Filtros de camada dupla (areia + antracito)

Page 75: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

FiltraçãoFiltração

Principais parâmetros de projeto e operação

qualidade da água técnica de filtração

qualidade da água taxa de filtração granulometria do leito filtrante

Boas práticas ensaios de tratabilidade (filtros piloto)

Page 76: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

FiltraçãoFiltração

Tf = Vazão (m3/dia)

Área dos filtros (m2)

Taxa de filtração = velocidade de filtração

Filtros lentos: até 6 m3/m2.dia

Filtros rápidos ascendentes: até 120 m3/m2.dia

descendentes

• camada simples: até 180 m3/m2.dia

• camada dupla: até 360 m3/m2.dia

NBR 12216

( m3/m2.dia = m/dia)

Page 77: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Dinâmica da filtraçãoDinâmica da filtração

Tf

Tf

>> taxa de filtração >> perda de carga

<< granulometria >> perda de carga

Page 78: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Operação dos filtrosOperação dos filtros

Nível constante Nível variável

Page 79: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Filtração – boas práticasFiltração – boas práticas

Operação adequada de lavagem com ar e água

Page 80: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Filtração

• estado de conservação do leito filtrante

• dispositivos de controle da vazão afluente da água

filtrada e de lavagem dos filtros

• controle das carreiras de filtração

• controle das operações de lavagem dos filtros

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Page 81: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros

de projeto e de operação (taxa de filtração)

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Filtração

Fon

te:

CG

VA

M/S

VS

/MS

Page 82: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Leito filtrante deteriorado com formação de bolas de lodo e operação de recomposição

Filtração – boas práticas x perigosFiltração – boas práticas x perigos

Page 83: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Deterioração do leito filtrante

Perigo !!

FiltraçãoFo

nte

: C

AS

AL

Page 84: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Leito filtrante

Filtração

Perigo !!

Page 85: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Lavagem de filtro

Durante a lavagem Depois da lavagem

Boas práticas!!

Filtração

Page 86: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Sala de controle de lavagem de filtros

Filtração

Boas práticas!!

Page 87: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Filtração – boas práticasFiltração – boas práticas

Operação adequada de limpeza de filtro lento

Page 88: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Esquema de uma ETA convencionalciclo completo

Tratamento

Page 89: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

DesinfecçãoDesinfecção

Requisitos para um bom desinfetante

Destruir, em tempo razoável, os organismos patogênicos.

Não devem ser tóxicos ao ser humano e animais nas dosagens

usuais.

Não introduzir gosto e odor à água a ponto de prejudicar o

consumo.

Fácil disponibilidade para aquisição, custo acessível,

facilidade e segurança no transporte e manuseio.

Fácil determinação de sua concentração na água.

Produzir residuais como forma de prevenção a eventual

recontaminação da água tratada.

Page 90: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Desinfetante Vantagens Desvantagens

CloroCloro Elevada eficiência na inativação de bactérias e vírus.Efeito residual relativamente estável. Baixo custo.Manuseio relativamente simples.Grande disponibilidade no mercado.

Limitada eficiência na inativação de cistos de protozoários e ovos de helmintos.Na presença de matéria orgânica pode formar subprodutos tóxicos, principalmente trihalometanos (THM).Em doses elevadas pode produzir forte odor e sabor.Alguns subprodutos como clorofenóis provocam também odor e sabor.

Dióxido de cloro

Desinfetante mais potente, inclusive na inativação de cistos de protozoários CT inferiores aos do cloro.Não forma trihalometanos (THM).Eficiência estável em amplas faixas de pH.

Na presença de matéria orgânica pode formar outros subprodutos tóxicos (clorito).Residuais desinfetantes menos estáveis Em doses elevadas pode produzir forte odor e sabor.Operação mais delicada e complexa.

Principais desinfetantesPrincipais desinfetantes

Page 91: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Principais desinfetantesPrincipais desinfetantes

Ozônio Desinfetante mais potente,

inclusive na inativação de cistos

de protozoários.

Menor risco de formação de

subprodutos tóxicos.

Não provoca odor e sabor.

CT inferiores aos do cloro.

Pode formar outros subprodutos

tóxicos (bromatos e

bromofórmio).

Não apresenta poder residual.

Custos elevados.

Técnicas de aplicação mais

sofisticadas.

Radiação

ultravioleta

Elevada eficiência na destruição

dos mais diversos

microrganismos em tempo de

contato reduzido.

Não forma subprodutos.

Não provoca odor e sabor.

Não apresenta poder residual.

Redução significativa da

eficiência com o aumento da cor

ou turbidez da água.

Custos elevados.

Controle menos preciso das

doses aplicadas.

Desinfetante Vantagens Desvantagens

Page 92: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013
Page 93: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Radiação UltravioletaRadiação Ultravioleta

Page 94: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013
Page 95: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Subprodutos da desinfecçãoSubprodutos da desinfecção

Desinfetantes e produtos secundários da desinfecção – Portaria MS nº 2914/2011

Parâmetro Precursor VMP (mg/L)

Ácidos haloacéticos total Cloro 0,08Bromato Ozônio 0,01Clorito Dióxido de cloro 1Cloro residual livre Cloro 5Cloraminas total Cloro 4,02,4,6 Triclorofenol Cloro 0,2

Trihalometanos total Cloro 0,1

Sob nenhuma condição a desinfecção de água deve

ser comprometida por suspeita de formação de subprodutos

(OMS)

Page 96: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

CloraçãoCloração

O cloro reage com a água e a matéria orgânica

Parte do cloro será consumido como desinfetante e

parte na reação com a matéria orgânica (demanda de

cloro)

Residuais de cloro cloro livre e cloro combinado.

Cloro livre desinfetante mais potente

pH > 8 diminuição da ação desinfetante

Page 97: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Ca(OCl)2 + 2H2O Ca(OH)2 + 2HOCl

hipocloritode cálcio

NaOCl + H2O NaOH + HOCl

hipocloritode sódio

Cl2 + H2O HOCl + H+ + Cl- H+ + OCl-

ácido hipocloroso

ácido clorídrico

Íonhipoclorito

Reações do cloro na água Reações do cloro na água

HOCl e OCl - = cloro livre

Page 98: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

pH < 5,0: cloro molecular (Cl-)

5,0 < pH < 7,5: ácido hipocloroso

pH > 7,5: íon hipoclorito

Dissociação do HOCl em função do pH

HO

Cl

(%)

OC

l- (%

)

pH

Page 99: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

NH3 + HOCl NH2Cl + H2O (monocloroamina)

NH2Cl + HOCl NHCl2 + H2O (dicloroamina)

NHCl2 + HOCl NCl3 + H2O (tricloroamina)Cloroaminas = cloro combinado

pH > 9,0: monocloroaminas

pH < 5,0: dicloroaminas e tricloroaminas.

5,0 < pH < 9,0: mono e dicloroaminas, com predominância das

monocloraminas para pH mais elevado

Reações do cloro na água Reações do cloro na água

Poder desinfetante:

ácido hipocloroso > íon hipoclorito

cloro livre > cloro combinado

Page 100: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Demanda de cloro Cloro residual

Cloro aplicado

Clo

ro R

esid

ual

AB: o cloro introduzido na água é inteiramente consumido na oxidação da matéria orgânica. Enquanto esses compostos não forem totalmente destruídos não ocorrerá desinfecção e o cloro residual será nulo.BB’: o cloro combina-se com compostos nitrogenados, produzindo cloro residual combinado.B’C: o cloro oxida as cloroaminas formadas na fase anterior, reduzindo os teores de cloro residual combinado.C em diante: completada a oxidação do cloro residual combinado, elevam-se os teores de cloro residual livre, mais eficaz como desinfetante.

Reações do cloro na águaReações do cloro na água

Fonte: OPAS

Page 101: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Art.32 - No controle do processo de desinfecção da água por meio da cloração,

cloraminação ou da aplicação de dióxido de cloro devem ser observados os

tempos de contato e os valores de concentrações residuais de desinfetante na

saída do tanque de contato expressos nos Anexos IV, V e VI desta Portaria.

Art. 33 – Os sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimento de água

supridas por manancial subterrâneo com ausência de contaminação por

Escherichia coli devem realizar cloração da água mantendo o residual mínimo do

sistema de distribuição (reservatório e rede), conforme as disposições contidas no

art. 34 desta Portaria.

Portaria MS 2914/11Portaria MS 2914/11

Page 102: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Art. 34 – É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre

ou 2 mg/L de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/L de dióxido de cloro em toda

a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede).

Art.35 – No caso do uso de ozônio ou radiação ultravioleta como desinfetante,

deverá ser adicionado cloro ou dióxido de cloro, de forma a manter residual mínimo

no sistema de distribuição (reservatório e rede), de acordo com as disposições do

art.34 desta Portaria.

Portaria MS 2914/11Portaria MS 2914/11

Page 103: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013
Page 104: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013
Page 105: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Clorador de reserva

Desinfecção – boas práticasDesinfecção – boas práticas

Page 106: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Dosagem e medição de cloro através de cloradores

Desinfecção

Boas práticas!!

Page 107: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Desinfecção – boas práticas x perigosDesinfecção – boas práticas x perigos

Aplicação de cloro gás com e sem controle de consumo

Page 108: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Armazenamento incorreto de cilindros de 50 kg

Desinfecção

Perigo !!

Page 109: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Berços para cilindros de 900 kg

Desinfecção

Perigo !!

kit de emergência

Page 110: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Berços para cilindros de 900 kg

Desinfecção

Boas Práticas !!

Page 111: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Armazenamento incorreto de cilindros de 50 kg

Desinfecção

Perigo !!

Page 112: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Isolamento da área de manuseio de cilindros e pesagem de cilindros

Desinfecção

Boas Práticas !!

Perigo !!

Page 113: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Kit de emergência para cilindros de 50 kg e ar para máscaras

Desinfecção

Boas Práticas !!

Perigo !!

Page 114: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Descarregamento de produto químico líquido

Falta de proteção para os operadores

Desinfecção

Perigo !!

Page 115: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013
Page 116: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Desinfecção – perigosDesinfecção – perigos

Unidade de desinfecção com hipoclorito de cálcio

dificuldades de controle operacional

Page 117: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Gerador de hipoclorito de sódio utilizando sal de cozinha (cloreto de sódio)

Desinfecção

Page 118: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Cloro

Cal

Ponto correto de aplicação

Fon

te:

UFV

Desinfecção

Boas práticas!!

Page 119: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Desinfecção

• conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros

de projeto e de operação (pH, tempo de contato,

dosagens)

• estado de conservação, capacidade e calibração dos

equipamentos de dosagem do desinfetante

• ponto de aplicação do desinfetante

• existência de alternativa de desinfecção na

eventualidade de falhas dos dispositivos em operação

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Page 120: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Esquema de uma ETA convencionalciclo completo

Tratamento

Page 121: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Tratamento complementar - FluoretaçãoTratamento complementar - Fluoretação

Fluorsilicato de sódioFluorsilicato de sódio ( Na( Na22SiFSiF6 6 ))

sólido (em pó)

solubilidade muito baixa

dureza >75 mgCaCO3/L F + Ca + Mg precipitado

preparo das soluções (!!!)preparo das soluções (!!!)

Ácido fluorsilícico Ácido fluorsilícico ( H( H22SiFSiF66 ) )

manipulação mais fácil

ácido corrosivo

Baixa alcalinidade dureza redução pH

estocagem (!!!)estocagem (!!!)

Page 122: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Média anual das temperaturas

máximas diárias do ar (ºC)

Limites recomendados para a concentração do íon fluoreto (mg/L)

Inferior Ótimo Superior

10,0 a 12,1 0,9 1,2 1,7

12,2 a 14,6 0,8 1,1 1,5

14,7 a 17,7 0,8 1,0 1,3

17,8 a 21,4 0,7 0,9 1,2

21,5 a 26,3 0,7 0,8 1,0

26,4 a 32,5 0,6 0,7 0,8

Limites recomendados para a concentração de íon fluoreto (Portaria n.º 635 /GM/MS de 30 de janeiro de 1976.

FluoretaçãoFluoretação

Portaria MS n.º 2914/2011 : 1,5 mg /L

Page 123: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Cone de saturação de fluossilicato de sódio

Fluoretação

Boas Práticas !!

Page 124: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Esquema de uma ETA convencionalciclo completo

Correção de pH

Page 125: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

• estado de conservação, capacidade e calibração dos equipamentos de dosagem

• ponto de aplicação

• controle da dosagem

itens a serem verificados na inspeção sanitária

Correção de pH

Page 126: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

itens a serem verificados na inspeção sanitária

Estado de conservação dos equipamentos de dosagem

Correção de pH

Page 127: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Boas práticas!!! Perigo !!

Correção de pH

Page 128: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Controle e Armazenamento dos Produtos Químicos

itens a serem verificados na inspeção sanitária

• adequação dos ambientes de armazenamento de produtos

químicos

• controle de qualidade dos insumos químicos - inexistência ou

negligência

Page 129: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

armazenamento de produtos químicos

armazenamento de produtos químicos

Controle e Armazenamento dos Produtos Químicos

Boas práticas!!! Perigo !!

Page 130: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Armazenamento de produtos químicos

Controle e Armazenamento dos Produtos Químicos

Perigo !!

Page 131: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Controle de qualidade

itens a serem verificados na inspeção sanitária

Controle inadequado da qualidade da água nos processos unitários de tratamento:

• não observação dos planos de amostragem mínimos exigidos

• controle inadequado da turbidez da água filtrada, em especial em eventos pós-lavagem dos filtros

• controle inadequado dos residuais desinfetantes na saída do tanque de contato

Page 132: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Controle de qualidade

Boas Práticas !!

Page 133: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Instalações físicas

itens a serem verificados na inspeção sanitária

• qualificação e nível de conhecimento dos operadores • segurança do trabalho e dispositivos de prevenção de acidentes

• conforto e higiene ambiental

• má aparência das instalações da ETA por deficiência de limpeza ou conservação

Page 134: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Instalações físicas

Antes Depois

Page 135: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Manutenção periódica

Instalações físicas

Perigo !!

Page 136: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

A reservação garante a continuidade do abastecimento evitando a intermitência

Reservação de água tratada

Page 137: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

itens a serem verificados na inspeção sanitária

Reservação de água tratada

• estado de conservação e manutenção dos reservatórios

• operações de limpeza

• controle de qualidade da água na saída

• capacidade adequada ao atendimento das variações de consumo

e garantia do abastecimento contínuo

• controle de acesso de pessoas estranhas

• facilidade de acesso para manutenção

• proteção de tela nos extravasores e respiros

Page 138: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Reservação de água tratada

Perigos !!

Boas práticas!!!

Page 139: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Reservação de água tratada

Verificação das paredes

Perigos !!!

Page 140: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Reservação de água tratadaFo

nte

:SA

BES

P

Reservatório

Page 141: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Rede de distribuição

A operação e manutenção da rede

e o monitoramento da água

distribuída garante a quantidade e

a qualidade da água para consumo

humano

Page 142: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

itens a serem verificados na inspeção sanitária

Rede de distribuição

• cadastro atualizado da rede

• controle de qualidade da água distribuída

• operações de descarga e limpeza da rede

• intermitência no abastecimento

• material e estado de conservação do sistema de

distribuição

• adequada pressurização da rede

• registros de manobra e flexibilidade de operação

• programa de controle de perda

Page 143: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

cadastro atualizado da rede

Rede de distribuição

Fonte: Nexus

Page 144: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Controle de qualidade laboratorial

A potabilidade da água é aferida

também pela execução de um bom

controle laboratorial

Fon

te:D

EM

AE

Page 145: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

• teste de jarros

• turbidímetro

• pHmetro

• colorímetro (cor, cloro, fluoreto)

• análises microbiológicas

• calibração e manutenção dos equipamentos

• registros dos dados

Controle de qualidade laboratorial

Page 146: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Controle de qualidade laboratorial

• higiene, limpeza e organização

• prazo de validade, identificação e armazenamento dos reagentes

• normas e procedimentos de segurança

• controle de qualidade interno e/ou externo

• responsabilidade técnica

• armazenamento e descarte de resíduos

• qualificação técnica do pessoal

Page 147: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Gerenciamento

O gerenciamento é a base para a

implementação das boas práticas no

abastecimento de água para consumo

humano

Page 148: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

itens a serem verificados na inspeção sanitária

Gerenciamento

• conhecimento da legislação vigente sobre

abastecimento e qualidade da água

• banco de dados sobre a operação do serviço

• atendimento e informação ao público

• responsabilidades perante à autoridade de

saúde pública

• aperfeiçoamento e qualificação de recursos

humanos

• responsável técnico qualificado

Page 149: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Soluções Alternativas Coletivas

A distribuição de água por meio de

poços, mananciais superficiais, fontes,

minas, sem rede de distribuição e

veículos transportadores, também

requer controle de qualidade exigido

pela legislação

Page 150: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Manancial Subterrâneo

• Disponibilidade hídrica - garantia de vazão mínima suficiente para o abastecimento contínuo de água (incluindo projeções futuras)

• Situação de proteção dos mananciais

- distância de fontes de contaminação- estado de conservação e proteção dos poços e fontes- equipamentos e estruturas de captação e recalque

• Qualidade da água bruta

- existência de possíveis fontes de contaminação

Page 151: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Proteção do manancial

Manter a área de captação devidamente cercada (garantindo uma distância mínima das estruturas de, por exemplo,

15m), limpa e com aparência agradável

Page 152: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Proteção do manancial

Boas Práticas

Page 153: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Posicionar os dispositivos de captação em cota superior à da localização de possíveis fontes de poluição, garantindo também afastamentos horizontais mínimos em relação a essas mesmas possíveis fontes de poluição, observado o tipo de solo, conforme referências a seguir:

de fossas secas, tanques sépticos, linhas de esgoto: 15m

de depósitos de lixo e de estrumeiras: 15m

de poços absorventes e de linhas de irrigação subsuperficial de esgotos: 30m

de estábulos ou currais: 30m

de fossas negras (fossas cujo fundo atinge o lençol freático): 45m

Proteção do manancial

Page 154: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Proteção do manancial

Page 155: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Proteção do manancial

Conservação ou recomposição da vegetação das áreas de nascentes e recarga do aqüífero subterrâneo;

Manutenção da vegetação em encostas de morros, além da implantação de dispositivos que minimizem as enxurradas e

favoreçam a infiltração da água de chuva.

Page 156: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Minas, bicas ou olho d’água

As minas, também conhecidas como bicas ou olhos d’água não são passíveis de desinfecção direta no local. Se faz necessário que a água seja transferida para um reservatório e nele seja desinfetada.

Caso não seja realizada a transferência para um reservatório, a desinfecção deve ser feita no domicílio,

Camada impermeável

Aqüífero

Camada impermeável

Camada impermeável

Aqüífero

Camada impermeável

Fissura

Mina, olho d’água

Ladrão

Fluxo Captação

Page 157: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Reservatório da mina em rua

Detalhe

Poços, fontes e minas

Page 158: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Captação de água de mina em praça

pública

Detalhe

Poços, fontes e minas

Perigos !!!

Page 159: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Poço profundo

Mina

Poços, fontes e minas

Perigos !!!

Boas práticas!!!

Caixa de passagem da água de mina

em condomínio

Detalhe

Page 160: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013
Page 161: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013
Page 162: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

• proteção e conservação das estruturas de captação

• proximidade a fontes de poluição (atividades

agropecuárias, esgoto sanitário, fossas, lixão, aterro

sanitário)

• comprovação das exigências de tratamento e controle

de qualidade da água

• identificação do responsável

itens a serem verificados na inspeção sanitária

Poços, fontes e minas

Page 163: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Captação de água de chuva

• estado de conservação e manutenção dos dispositivos de coleta e armazenamento da água• existência de dispositivos de dispensa das primeiras águas de chuva

Boas Práticas ! Perigo !!

Page 164: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Itens a serem verificados na inspeção sanitária

Captação de água de chuva

Boas Práticas !

Tela de Proteção

Page 165: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Captação de água de chuva (Cont.)

conservação das estruturas e equipamentos Identificação de Boas práticas

Page 166: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Veículo transportador

A distribuição de água por meio de veículo transportador requer atenção

especial

Page 167: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

itens a serem verificados na inspeção sanitária

Veículo transportador

• informações sobre a origem e qualidade da água

• uso exclusivo do veículo para o transporte de água

• comprovação do residual mínimo de cloro

• comprovação de autorização para o transporte e

fornecimento de água

• adequação do veículo - estado de conservação e

segurança nas operações de enchimento, transporte

e fornecimento de água

• identificação do responsável

Page 168: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Veículo transportador

Água Potável

Page 169: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Recomendações

1. O reservatório de caminhão pipa deve ser de material adequado e/ou pintado internamente com tinta aprovada para ter contato com água de beber;

2. Deve ter seu interior lavado e desinfetado periodicamente;

3. A extremidade da mangueira deve ser desinfetada antes da transferência da água do caminhão para outro recipiente ou reservatório;

4. O cloro para desinfecção da água a ser transportada (caso não esteja transportando água tratada) deve ser adicionado após enchimento de cerca de 25% do volume ter sido alimentado no caminhão. Com isso pode-se melhorar a homogeneização do desinfetante.

Veículo transportador

Page 170: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Solução Alternativa Individual

A água proveniente de solução alternativa individual, também requer

vigilância exigida pela legislaçãoArt. 4º Toda a água destinada ao consumo humano proveniente de SAI,

independentemente da forma de acesso da população, está sujeita à

vigilância da qualidade da água.

Fonte: CESOL Fonte: ANA Fonte: ANA

Page 171: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Solução Alternativa Individual

Fonte: Luzi et al., 2004

Filtro de areia para único domicílio

Água de poço

Tanque de água filtrada

Areia

Filtro de areiaReservatório

de água filtrada

Coberturas de proteção

Boas Práticas !

Page 172: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013
Page 173: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Desinfecção

Para poços profundos e rasos individuais valem as mesmas opções de desinfecção apontadas para soluções coletivas.

Cabe destacar que no poço raso individual o uso de difusor pode ser mais eficaz do que em poços coletivos pois o há melhor conhecimento do volume de água extraído do poço e, consequentemente, maior facilidade para controlar o residual

Desinfecção domiciliar com hipoclorito de sódio

No caso de desinfecção domiciliar em recipiente específico, pode-se utilizar 2 gotas de hipoclorito de sódio 2,5 %, para cada litro de água a ser desinfetada.

Fonte: FUNASA, 2004

Solução Alternativa Individual

Page 174: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Fervura

A fervura é uma técnica muito conhecida, simples e bem aceita pelas pessoas. Seu principal inconveniente é o grande gasto de energia e sua contribuição para o desmatamento em zonas rurais onde a madeira é usada para o aquecimento.

O tempo recomendado, ao nível do mar, é de 1 minuto após a plena fervura da água. Mais 1 minuto de fervura deve ser acrescentado a cada 1000 metros de altitude.

Organismo Temperatura e tempo de inativação por calor

Campylobacter spp.E. ColiLegionellaSalmonella sppShigella sppVibro choleraeCryptosporidium parvumGiardia lambliaPoliovírusVírus da Hepatite ARotavírus

75oC por 1 min65oC por 1 min

66oC por 0,45 min65oC por 1 min65oC por 1 min55oC por 1 min

72,4oC por 1 min50oC por 1 min

60oC por 25 min70oC em 10 min50oC por 30 min

Fonte: Maier et al.,2000

Solução Alternativa Individual

Page 175: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Solução Alternativa Individual

Desinfecção solarUV (A + B + C)

UV-A

PrincípioA desinfecção solar é resultado da ação de dois componentes da luz solar, a radiação UV-A e radiação infravermelha que leva ao aumento de temperatura (calor)

Limitações- Depende das condições climáticas, pois requer luz solar;- Baixa eficiência para organismos mais resistentes (esporos e cistos);- Água com baixa cor e turbidez;- Não altera características químicas da água;- Não aplicável a grandes volumes.

Vantagens- Baixo custo- Fácil de ser compreendido pela comunidade e de ser utilizado;- Reduz a necessidade de outras fontes de energia, inclusive madeira para fervura, diminuindo o uso desse recurso natural.

AplicabilidadeDomiciliar – Água de beber

Page 176: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Ligações e instalações prediais

A ligação e instalação prediais

corretas garantem a manutenção da

qualidade da água entregue pelo

sistema ou solução alternativa de

abastecimento de água para consumo

humano

Page 177: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

itens a serem verificados na inspeção sanitária

ligações e instalações prediais

• estado de conservação e manutenção das unidades de

distribuição e reservação da água

• existência de ligações cruzadas

• freqüência de limpeza

Page 178: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

ligações e instalações prediais

Ligações e instalações prediais

Boas Práticas

DISPOSITIVODE TOMADA

CONDUTO DE ÁGUA

HIDRÔMETRODE PASSEIOREGISTRO

RAMAL PREDIAL

Page 179: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013
Page 180: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013
Page 181: Inspeção sanitária módulo II - Maio 2013

Secretaria de Vigilância em SaúdeDepartamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador

Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental