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CENTRO DE INFORMAÇÕES E RESPOSTAS ESTRATÉGICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – CIEVS
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
INFORME EPIDEMIOLÓGICO
CIEVS – PARANÁ Semana Epidemiológica 50/2016
(11/12/2016 a 17/12/2016)
EVENTOS ESTADUAIS Semana Epidemiológica 50/2016
(11/12/2016 a 17/12/2016)
CENTRO DE INFORMAÇÕES E RESPOSTAS ESTRATÉGICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – CIEVS
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
Local de ocorrência: Paraná
Data da informação: 13/12/2016
Origem da informação: Superintendência de Vigilância em Saúde - Sala de Situação
em Saúde
COMENTÁRIOS:
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná divulgou a situação da dengue com
dados do novo período de acompanhamento epidemiológico, desde a semana
epidemiológica 31/2016 (primeira semana de agosto) a 49/2016.
Foram notificados no referido período 8.288 casos suspeitos de dengue, dos quais
298 foram confirmados e 5.335 foram descartados. Os demais estão em
investigação.
A incidência no Estado é de 2,42 casos por 100.000 hab. (252/11.163.018 hab.),
considerada baixa pelo Ministério da Saúde (número de casos autóctones menor do
que 100/100.000 habitantes).
Houve 270 casos autóctones nesse período. Os municípios com maior número de
casos notificados são Londrina (1913), Maringá (894) e Paranaguá (541), e os com o
maior número de casos confirmados são Maringá (55), Londrina (44) e Paranaguá
(30) .
DENGUE – PARANÁ SE 31/2015 A 49/2016* PERÍODO 2016/2017
MUNICÍPIOS COM NOTIFICAÇÃO 254
REGIONAIS COM NOTIFICAÇÃO 22
MUNICÍPIOS COM CASOS CONFIRMADOS 66
REGIONAIS COM CASOS CONFIRMADOS 17
MUNICÍPIOS COM CASOS AUTÓCTONES 52
REGIONAIS COM CASOS AUTÓCTONES (01ª, 08ª, 09ª, 10ª,
11 ª,12ª, 13ª, 14ª,15ª, 17ª, 18ª, 20ª e 22ª ) 13
TOTAL DE CASOS 298
TOTAL DE CASOS AUTÓCTONES 270
TOTAL DE CASOS IMPORTADOS 28
TOTAL DE NOTIFICADOS 8.288
CLASSIFICAÇÃO FINAL98
CRITÉRIO DE ENCERRAMENTO
TOTAL
Laboratorial
(%)
Clínico-
epidemiológico
(%)
Dengue 297 (100%) - 297
Dengue com Sinais de Alarme
(DSA) 1 (100%) - 1
Dengue Grave (D G) - - 0
Descartados - - 5.335
Em andamento/investigação - - 2.655
Total 217 (3,6%) - 8.288
Classificação final por critério de encerramento dos casos de dengue, Paraná,
semana 31/15 a 49/16.
.
Figura 2 – Classificação dos municípios segundo incidência de dengue por 100.000
habitantes,Paraná – semana 31 a 49/2016*.
Fonte: SESA/SVS/Sala de Situação Fonte: SESA/SVS/Sala de Situação
Fonte: SESA/SVS/Sala de Situação
Local de ocorrência: Paraná
Data da informação: 13/12/2016
Origem da informação: Superintendência de Vigilância em Saúde - Sala de Situação em Saúde
.
Fonte: SESA/SVS/Sala de Situação Fonte: Laboclima/UFPR
Local de ocorrência: Paraná
Data da informação: 13/12/2016
Origem da informação: Superintendência de Vigilância em Saúde - Sala de Situação em Saúde
COMENTÁRIOS:
Um levantamento feito pela Secretaria estadual da Saúde mostrou que 75 cidades do Paraná estão
em estado de alerta para epidemias de dengue, de acordo com o índice de infestação do mosquito
transmissor. Os dados foram apresentados após o Levantamento Rápido de Índices para Aedes
aegypti (LIRAa) referente ao mês de novembro, realizado em 303 municípios.
O LIRAa é um cálculo que compara a quantidade de imóveis visitados pelos Agentes de Saúde com a
quantidade de focos com larvas do mosquito encontrados nessas visitas. O resultado abaixo de 1% é
considerado fora de perigo (menos de uma casa infestada para cada 100 pesquisadas), de 1 a 3,9%
é estado de alerta (de uma a três casas infestadas para cada 100 pesquisadas), e acima de 4% há
risco de surto e demanda ações emergenciais (quatro ou mais casas infestadas para cada 100
pesquisadas).
Segundo o levantamento, três municípios apresentaram o índice de alto risco para epidemias, ou
seja, com valor igual ou acima de 4%. São Miguel do Iguaçu, na região oeste do Paraná, registrou 4%
de índice de infestação; Pitangueiras, no norte central paranaense, 4,63%; e Jacarezinho, no norte
pioneiro, apresentou o valor de 4,8%.
Além das cidades em risco, já foi confirmada a presença do vetor em 313 municípios do Estado em
2016. Além da dengue, o Aedes aegypti pode transmitir várias outras patologias. Portanto, mesmo
que o município ainda não apresente casos de dengue, o perigo existe e a principal recomendação é
não deixar o Aedes nascer.
PREVENÇÃO – De acordo com o novo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde
Além dos 298 casos confirmados de dengue no Paraná desde agosto de 2016, também foram
confirmados seis casos de chikungunya, um autóctone (em que a contaminação ocorreu no Estado),
e nenhum caso de zika vírus no período.
De acordo com a chefe do Centro estadual de Vigilância Ambiental, apesar da redução de casos
comparada ao mesmo período em 2015, os cuidados devem continuar.
As recomendações são as mesmas, como não deixar focos de água parada, organizar uma rotina de
limpeza semanal das residências e locais de trabalho, e eliminar qualquer possível criadouro de
mosquito. A atenção deve ser especial com lixos, vasos, garrafas retornáveis, recipientes de
descongelamento na parte de trás das geladeiras e caixas d’água.
.
Fonte: google.com.br
Local de ocorrência: Paraná
Data da informação: 16/12/2016- Sala de Situação em Saúde
Fonte: Superintendência de Vigilância em Saúde – SVS/ SESA-PR
COMENTÁRIOS:
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná informa a detecção de um isolado
humano de Escherichia coli portadora do gene mcr-1 no estado do Paraná,
confirmado pelo Laboratório Central do Paraná (LACEN/PR) em 08 de dezembro de
2016.
Este gene mcr-1 é capaz de tornar as bactérias resistentes à polimixina, um
antibiótico antigo, utilizado como último recurso para o tratamento de algumas
infecções multirresistentes. O principal agravante deste mecanismo de resistência é
o fato do gene mcr-1 estar localizado em um plasmídeo, pequeno fragmento de
DNA, capaz de se mover de uma bactéria a outra com extrema facilidade. Essa
condição confere ao gene alto potencial de transmissibilidade, espalhando-se
rapidamente a outras bactérias.
A polimixina é uma opção crucial de último recurso. Tem sido recentemente utilizada
no tratamento de pacientes com infecções causadas por bactérias resistentes a
múltiplos fármacos, contra as quais a polimixina continua a ser eficaz.
Se a resistência polimixina se propagar para bactérias que já são resistentes a todos
os outros antibióticos, essas bactérias podem causar infecções verdadeiramente
intratáveis.
Nesta condição o presente comunicado de risco deve ser amplamente divulgado a
todos os serviços de saúde do Paraná, visando sobretudo a adoção de medidas
consideradas essenciais para a prevenção e o controle deste agravo.
Medidas de prevenção e controle:
A ocorrência de bactérias multirresistentes (BMR) em infecções relacionadas à
assistência a saúde (IRAS) representa um problema de saúde pública, com
peculiaridades no seu diagnóstico, controle da transmissão e tratamento adequado.
Os desafios para a prevenção e controle das infecções por BMR incluem a
necessidade de agilidade e precisão no diagnóstico microbiológico, bem como
tratamento antimicrobiano precoce. Porém, como as opções de antimicrobianos
atualmente são limitadas, o controle da transmissão cruzada destes agentes tornou-
se essencial e deve ser realizado por todos os profissionais envolvidos direta e
indiretamente na assistência à saúde, não apenas pelos Serviços de Controle de
Infecção Hospitalar (SCIH).
.
Fonte: CDC
Como principais medidas para prevenção e controle da disseminação das bactérias
mutlirrestistentes, enfatizamos:
1. Higienização das mãos com preparação alcoólica:
É a principal medida para reduzir a disseminação de BMR e deve seguir critérios
importantes, tais como:
• Ser adotada nos seguintes momentos: (a) antes do contato com o paciente; (b)
após o contato com o paciente; (c) antes de realizar procedimentos assistenciais e
manipular dispositivos invasivos; (d) antes de calçar luvas para inserção de
dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico; (e) após risco de
exposição a fluídos corporais; (f) ao mudar de um sítio corporal para outro, limpo,
durante o cuidado ao paciente; (g) após contato com objetos inanimados e
superfícies imediatamente próximas ao paciente; (h) antes e após a remoção de
luvas;
• Após a fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica não há
necessidade de secagem com papel toalha ou outros equipamentos;
• É obrigatória a disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica
das mãos nos pontos de assistência e tratamento de todos os serviços de saúde,
nas salas de triagem, pronto atendimento, unidades de urgência e emergência,
ambulatórios, unidades de internação, unidades de terapia intensiva, clínicas e
consultórios de serviços de saúde; nos serviços de atendimento móvel e nos locais
onde são realizados quaisquer procedimentos invasivos;
• Os dispensadores contendo preparações alcoólicas para fricção antisséptica das
mãos devem ser disponibilizados à beira do leito do paciente, em lugar visível e de
fácil acesso, de forma que os profissionais de saúde não necessitem deixar o local
de assistência para higienizar as mãos. Também é permitido que a preparação
alcoólica para fricção antisséptica das mãos seja portada pelos profissionais de
saúde, por meio de frascos individuais de bolso.
Local de ocorrência: Paraná
Data da informação: 16/12/2016- Sala de Situação em Saúde
Fonte: Superintendência de Vigilância em Saúde – SVS/ SESA-PR
2. Limpeza e desinfecção de superfícies:
O ambiente é apontado como importante reservatório de microrganismos nos
serviços de saúde, especialmente os multirresistentes. Para evitar a transmissão
cruzada destes agentes é preciso considerar alguns itens importantes:
• Para que a limpeza atinja seus objetivos, torna-se imprescindível a utilização de
produtos saneantes, como sabões e detergentes na diluição recomendada. Em
locais onde há presença de matéria orgânica, após a limpeza, torna-se necessária a
utilização de outra categoria de produtos saneantes, que são os chamados
desinfetantes;
• A limpeza concorrente da unidade deve ser feita diariamente e sempre que
necessária, antecedendo a limpeza de pisos;
• A limpeza terminal, realizada na unidade do paciente após alta hospitalar,
transferências, óbitos inclui todas as superfícies horizontais e verticais, internas e
externas. É importante lembrar que nesta limpeza as paredes devem ser limpas de
cima para baixo e o teto deve ser limpo em sentido unidirecional;
• Independentemente da área a ser limpa o importante é a remoção mecânica da
sujidade e não simplesmente a passagem de panos úmidos que podem espalhar
ainda mais a sujidade. É imprescindível que o local seja rigorosamente limpo antes
da desinfecção;
• Nas áreas de isolamento de contato e superfícies próximas é recomendada a
limpeza a cada troca de plantão ou duas vezes ao dia, principalmente nos locais de
maior contato das mãos do paciente e dos profissionais de saúde;
• A revisão da limpeza deve ser feita nos três períodos: manhã, tarde e noite;
• A desinfecção deve ser intensificada em superfícies próximas ao paciente e as
frequentemente tocadas pela equipe e paciente, tais como: maçanetas das portas,
telefones, interruptores de luz, grades da cama e outras;
• Os desinfetantes utilizados devem ser padronizados com aprovação da CCIH,
possuir registro na ANVISA e ser utilizados conforme recomendação do fabricante
quanto à concentração (diluição se aplicável), modo de uso, indicações, tempo
mínimo de contato, além de segurança na sua utilização;
.
•Principais produtos utilizados na desinfecção de superfícies:
(a) álcool etílico e isopropílico: pode ser aplicado em superfícies ou artigos por meio
de fricção;
(b) compostos liberadores de cloro ativo (hipocloritos de sódio 0,02% a 1,0%): são
indicados para desinfecção de superfícies fixas, tornando-se inativos na presença
de matéria orgânica;
(c) compostos quaternários de amônio: são indicados para desinfecção de
superfícies fixas, incluindo ambiente de nutrição e neonatologia (sem a presença
dos neonatos). É recomendado o enxágüe do local com água para a retirada
completa deste produto;
(d) ácido peracético: é um desinfetante para superfícies fixas que possui uma ação
bastante rápida sobre os microrganismos, inclusive sobre os esporos bacterianos
em baixas concentrações de 0,001 a 0,2%. É efetivo em presença de matéria
orgânica;
(e) Monopersulfato de potássio (ex.: virkon): é ativo na presença de matéria
orgânica, entretanto reduz a contagem micobacteriana, somente após 50 minutos
de exposição em concentração de 3%;
• Evitar atividades que favoreçam o levantamento das partículas em suspensão,
como varredura seca nas áreas internas dos serviços de saúde, bem como o uso de
ventiladores. Utilizar a varredura úmida, que pode ser realizada com rodo e panos
de limpeza de pisos;
• Os panos utilizados para limpeza e desinfecção de superfícies devem ser
exclusivos do setor e separados para mobília, piso e parede. Preferencialmente
devem ser descartáveis. Em caso de reutilização, os panos devem estar sempre
limpos e alvejados;
• A desinfecção do material de limpeza deverá ser realizada logo após a sua
utilização, para evitar a contaminação de outras superfícies com os mesmos. Para
pacientes em isolamento de contato, recomenda-se exclusividade no kit de limpeza
e desinfecção de superfícies;
• Os baldes devem ser lavados e secos antes de nova utilização;
• Assegurar que o Serviço de Limpeza e Desinfecção de Superfícies tenha seus
próprios EPIs, sem que seja necessário depender da disponibilidade de outros
serviços institucionais para utilizá-los.
Local de ocorrência: Paraná
Data da informação: 16/12/2016- Sala de Situação em Saúde
Fonte: Superintendência de Vigilância em Saúde – SVS/ SESA-PR
3. Vigilância intra e inter-hospitalar:
• Recomenda-se a coleta de swab de vigilância de admissão em todo paciente com histórico de internamento clínico
prévio por mais de 48 horas nos últimos 30 dias ou qualquer internamento prévio com procedimento ou passagem
por UTI nos últimos 6 meses. Estes pacientes devem ser mantidos em isolamento, sendo adotadas medidas de
precauções de contato, em adição às precauções-padrão, até a liberação da análise dos resultados da cultura de
vigilância;
• A vigilância na admissão pode consistir de coleta de swabs retal e/ou nasal ou de amostras respiratórias nos
pacientes admitidos com tubo orotraqueal, amostras urinárias em paciente com sondagem vesical e amostras de
sangue ou ponta de cateter em pacientes com cateter venoso central na admissão;
• Na admissão de pacientes sob vigilância em serviços de Pronto Atendimento/Unidades de Pronto Atendimento,
onde a cultura de vigilância não está disponível, os casos de pacientes citados acima (candidatos a coleta de
amostras de vigilância), devem ser mantidos em precauções de contato até a transferência para o hospital de
retaguarda ou alta;
• No caso de transferência intra ou inter-institucional de paciente com BMR o setor/serviço de destino dever ser
previamente avisado sobre as medidas de precauções a serem adotadas. O prontuário do paciente deve estar
sinalizado acerca das precauções recomendadas e o profissional que transporta o paciente devidamente
paramentado, com especial atenção para a higienização das mãos antes e após o contato com o paciente;
• Disponibilizar continuamente Equipamento de Proteção Individual para o manejo do paciente e suas secreções,
além da correta paramentação para lidar com o ambiente em torno do paciente colonizado ou infectado;
• Os equipamentos (termômetros, esfigmomanômetros, estetoscópio, bombas infusoras, monitores, entre outros)
devem ser de uso exclusivo dos pacientes com infecção/colonização por BMR. Para otimizar esta prática, recomenda-
se utilizar kits de precaução de uso individual contendo além de esfigmomanômetro, estetoscópio, os seguintes
artigos: caneta, termômetro, tesoura e garrote. Recomenda-se evitar o uso de esfigmomanômetros com manguito de
tecido;
• Pacientes em precaução de contato devem permanecer internados em quarto individual com banheiro exclusivo.
Quando não houver disponibilidade de quarto individual recomenda-se isolamento por coorte e nestes casos a
distância mínima entre os leitos deve ser de 1 metro, preferencialmente com banheiro exclusivo;
• Não se recomenda a interrupção da assistência em serviços de saúde como medida a ser adotada de forma
sistemática no controle de microrganismos multirresistentes. As medidas sanitárias que conduzam à interrupção da
assistência em serviços de saúde devem ser avaliadas criteriosamente, em conjunto com as autoridades locais e
entre os níveis de gestão do sistema de saúde;
.
Fonte: google.com.br
Local de ocorrência: Paraná
Data da informação: 16/12/2016- Sala de Situação em Saúde
Fonte: Superintendência de Vigilância em Saúde – SVS/ SESA-PR
4. Atendimento pré-hospitalar móvel e serviços de remoção:
• Seguir recomendações de precaução de contato no atendimento de pacientes colonizados/infectados
por BMR, colocando os EPIs indicados imediatamente antes do contato com o paciente e retirando-os
imediatamente após o atendimento. O avental deverá ser descartável ou de uso único;
• Higienizar as mãos imediatamente após o transporte de pacientes portadores de BMR;
• Após o atendimento/transporte de cada paciente, independente de colonização/infecção por BMR,
realizar a desinfecção da maca, equipamentos e artigos utilizados na assistência e superfícies em contato
com o paciente.
5. Recomendações para o tratamento de pacientes com infecções por BMR:
• Todo tratamento deve ser orientado e supervisionado por um médico infectologista/SCIH;
• Artigos críticos como sondas e cateteres endovenosos devem ser mantidos somente durante o tempo
necessário, devendo ser removidos imediatamente após a suspensão do uso;
• As escolhas terapêuticas antimicrobianas devem ser guiadas pela apresentação clínica do paciente em
termos de gravidade, sendo considerados graves pacientes hemodinamicamente instáveis. Entretanto, é
fundamental para o manejo terapêutico de pacientes infectados por BMR o início precoce do tratamento
antimicrobiano adequado;
• Quando possível, implementar restrição preferencial de uso de certas classes de antimicrobianos
potencialmente associadas à maior risco seleção de resistência, como as polimixinas, as fluroquinolonas,
as cefalosporinas de terceira geração e os carbapenêmicos. Essa medida pode ser adotada, por exemplo,
por meio da necessidade de preenchimento de formulário especial para uso desses agentes;
• Quando da posse dos resultados de antibiogramas deve-se proceder ao estreitamento de espectro do
tratamento antimicrobiano, bem como observar o prazo mínimo eficaz para definição do tempo de
tratamento das síndromes infecciosas.
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Local de ocorrência: Paraná
Data da informação: 16/12/2016- Sala de Situação em Saúde
Fonte: Superintendência de Vigilância em Saúde – SVS/ SESA-PR
6. Recomendações para os Laboratórios de Microbiologia e SCIH/CCIH:
• Os laboratórios de microbiologia que avaliam a sensibilidade às polimixinas por microdiluição em caldo,
ao detectarem cepas de microrganismos (em especial E. Coli) com CIM ≥ 4mg/L deverão informar
imediatamente os Serviços/Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH/CCIH) do serviço de
saúde;
• Deverão ser remetidos ao Laboratório Central do Estado (LACEN) para confirmação da identificação
bacteriana, teste de sensibilidade a antimicrobianos, fenotipagem e genotipagem, os isolados de todas
as culturas de microrganismos com perfil de resistência à polimixina;
• Também deverão ser encaminhados ao LACEN os isolados de culturas de microrganismos com
suspeita de falha terapêutica em uso de polimixina;
• Demais isolados de microrganismos portadores de outros mecanismos de resistência também
considerados prioritários, tais como: Enterobactérias resistentes à Carbapenêmicos com suspeita de
mecanismo de resistência New Delhi metalobetalactamase (NDM); Enterobactérias resistentes à
Carbapenêmicos (KPC – neste caso enviar somente em suspeita de surtos ou quando for o primeiro caso
na instituição); Staphylococcus aureus resistentes e/ou com resistência intermediária à Vancomicina
(VISA/VRSA) e Enterococcus spp. resistente à Vancomicina (VRE); deverão ser encaminhados ao LACEN
para confirmação da identificação bacteriana, teste de sensibilidade a antimicrobianos, fenotipagem e
genotipagem;
• Todos os isolados deverão ser previamente cadastrados no sistema: Gerenciador de Ambiente
Laboratorial (GAL), sendo necessário preencher todas as informações solicitadas no sistema e anexar
cópia da notificação realizada no FORMSUS. Não serão aceitos no LACEN/PR isolados de amostras não
cadastradas previamente;
• Todas as cepas devem ser enviadas no prazo de 72 horas após o seu isolamento e conservadas em
ágar sólido;
• Os SCIH/CCIH que forem informados pelos laboratórios de microbiologia sobre a detecção de cepas
com CIM ≥ 4mg/L para polimixina devem notificar a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná por meio
do formulário para Notificação de Agregado de Casos e Surtos em Serviços de Saúde/PR
(http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=22434);
• Os SCIH/CCIH devem também iniciar a investigação do caso, anexando o relatório da investigação ao
formulário do Formsus informado acima. Além disso, devem adotar imediatamente medidas de
prevenção e controle de infecções por microrganismos multirresistentes informadas neste comunicado.
.
Fonte: google.com.br
EVENTOS NACIONAIS Semana Epidemiológica 50/2016
(11/12/2016 a 17/12/2016)
CENTRO DE INFORMAÇÕES E RESPOSTAS ESTRATÉGICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – CIEVS
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
Local de ocorrência: Brasil
Data da informação: 16/12/2016
Fonte da informação: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa
COMENTÁRIOS:
A Anvisa proibiu a comercialização do Álcool Gel Adata por falta de registro na Agência sanitária. O
saneante usado para limpeza era fabricado e comercializado mesmo não sendo registrado. Além do
comércio, estão proibidas, também a fabricação, distribuição, divulgação e uso do produto.
A empresa que fabrica o álcool etílico hidratado 65° INPM, a Soap Indústria e Comércio de Produtos
de Limpeza Ltda, é responsável pelo recolhimento do estoque do produto em questão.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial da União de sexta-feira (16/12).
A Anvisa proibiu também a fabricação de cosméticos de quatro empresas na quinta-feira (15/12). De
acordo com as determinações publicadas no Diário Oficial, ficou comprovado que essas empresas
não possuíam autorização de funcionamento ou a mesma tinha sido cancelada. Nessa
circunstância, os produtos por elas comercializados perdem a segurança. Todas as unidades dos
produtos fabricados pelas empresas e notificados pela Agência serão apreendidos no mercado. Além
do comércio e da fabricação, a divulgação, comercialização e uso dos produtos, também foram
proibidas pela Anvisa.
As quatro empresas notificadas são:
•Jone E. P. Rosa Cosméticos ME
•S.S. Martins Indústria e Comércio de Cosméticos, Importação e Exportação Ltda
•Fafiso Produtos de Beleza Ltda
•Smell Bra Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda
Além disso, a venda do produto saneante Citronela, fabricado pela Parman Distribuição e Comércio
Exterior de Cosméticos Ltda, foi proibida pela Anvisa. A empresa fabricante não possuía registro
sanitário e a notificação na Agência havia sido cancelada por motivos de inadequação à sua função.
Propaganda irregular
Todas as propagadas irregulares, não autorizadas, dos alimentos fabricados, distribuídos ou
comercializados pela empresa Body Nutry de Alimentos foram suspensas. As publicidades que
atribuíam propriedades terapêuticas não autorizadas, portanto, foram suspensas pela Anvisa e a
medida se aplica a qualquer tipo de mídia.
Fonte: www.google.com.br
Local de ocorrência: Brasil
Data da informação: 14/12/2016
Fonte da informação: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa
COMENTÁRIOS:
As propagandas dos produtos da marca Ativemax que atribuíam propriedades
de saúde não autorizadas foram suspensas pela Anvisa. A suspensão da
publicidade irregular faz parte de um conjunto de ações da Agência que visam
garantir a segurança e a eficácia de produtos comercializados no Brasil.
O suplemento vitamínico, estimulante e revigorante sexual, fabricado pela
empresa Lucielen Pelizer Bombassaro e comercializado pela empresa Ative
Participações, divulgava propagandas irregulares através de portais eletrônicos
da própria empresa.
A suspensão, publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (14/12), se aplica
também a todas as mídias e produtos com irregularidades nas propagandas.
Fonte: www.google.com.br
Local de ocorrência: Brasil – atualização
Data da informação: 12/12/2016
Fonte da informação: Ministério da Saúde
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
A vigilância da influenza no Brasil é composta pela vigilância sentinela
de Síndrome gripal (SG), de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e pela
vigilância universal de SRAG.
A vigilância sentinela conta com uma rede de unidades distribuídas em
todas as regiões geográficas do país e tem como objetivo principal
identificar os vírus respiratórios circulantes, além de permitir o
monitoramento da demanda de atendimento por essa doença. A
vigilância universal de SRAG monitora os casos hospitalizados e óbitos
com o objetivo de identificar o comportamento da influenza no país
para orientar a tomada de decisão em saúde pública. Os dados são
coletados por meio de formulários padronizados e inseridos nos
sistemas de informação online: SIVEP-Gripe e SINAN Influenza Web.
Na SE 48/2016, a positividade para influenza, outros vírus
respiratórios e outros agentes etiológicos entre as amostras
processadas em unidades sentinela foi de 20,9% (3.252/15.587) para
SG e de 29,1% (788/2.704) para SRAG em UTI.
Fonte: www.google.com.br
Local de ocorrência: Brasil – atualização
Data da informação: 12/12/2016
Fonte da informação: Ministério da Saúde
VIGILÂNCIA SENTINELA DE INFLUENZA
SÍNDROME GRIPAL
Até a SE 48 de 2016 as unidades sentinelas de SG coletaram 18.857 amostras – é preconizada a coleta de 05 amostras semanais por unidade sentinela. Destas,
15.587 (82,7%) foram processadas e 20,9% (3.252/15.587) tiveram resultado positivo para vírus respiratórios, das quais 2.365 (72,7%) amostras positivas para
influenza e 888 (27,3%) para outros vírus respiratórios (VSR, Parainfluenza e Adenovírus). Dentre as amostras positivas para influenza 1.543 (65,2%) foram
influenza A(H1N1)pdm09, 648 (27,4%) influenza B, 135 (5,7%) influenza A não subtipado e 38 (1,6%) influenza A(H3N2). Entre os outros vírus respiratórios houve
predomínio da circulação 437 (49,2%) de VSR (Figura1).
Fonte: Ministério da Saúde
Figura 1. Distribuição dos vírus respiratórios identificados nas unidades sentinelas se Síndrome Gripal, por semana
epidemiológica de inícios dos sintomas. Brasil, 2016 até a SE 48. As regiões Sul e Sudeste apresentam as
maiores quantidades de amostras positivas,
com destaque para a circulação de influenza
A(H1N1)pdm09 e influenza B em ambas as
regiões. Na região Norte destaca-se a
circulação do vírus VSR e nas regiões
Nordeste e Centro-oeste predominou a
circulação de influenza A(H1N1)pdm09,
(Anexo 1 – B).
Quanto à distribuição dos vírus por faixa
etária, entre os indivíduos a partir de 10 anos
predominou a circulação dos vírus influenza
A(H1N1)pdm09. Entre os indivíduos menores
de 10 anos houve maior circulação VSR.
Local de ocorrência: Brasil – atualização
Data da informação: 12/12/2016
Fonte da informação: Ministério da Saúde
VIGILÂNCIA SENTINELA DE INFLUENZA
SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE EM UTI
Até a SE 48/2016, em relação às amostras coletadas pelas unidades sentinelas de SRAG em UTI, foram feitas 3.076 coletas, das quais 2.704 (87,9%) foram
processadas. Destas, 29,1% (788/2.704) tiveram resultado positivo para vírus respiratórios: 437 (55,5%) foram positivas para influenza e 351 (44,5%) para outros
vírus respiratórios (VSR, Parainfluenza e Adenovírus). Dentre as amostras positivas para influenza, 367 (84,0%) foram influenza A(H1N1)pdm09, 41 (9,4%)
influenza A não subtipado, 25 (5,7%) influenza B e 4 (0,9%) influenza A(H3N2). Entre os outros vírus respiratórios houve predomínio da circulação de 271 (77,2%)
VSR (Figura2).
Fonte: Ministério da Saúde
Figura 2. Distribuição dos vírus respiratórios identificados nas unidades sentinelas se Síndrome Respiratória Aguda
Grave em Unidade de Terapia Intensiva, por semana epidemiológica de inícios dos sintomas. Brasil, 2016 até a SE 48.
Local de ocorrência: Brasil – atualização
Data da informação: 12/12/2016
Fonte da informação: Ministério da Saúde
VIGILÂNCIA UNIVERSAL DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE
Até a SE 48/2016 foram notificados 53.145 casos de SRAG, dos quais 43.077 (81,0%) com amostra processada. Destas, 27,9% (12.012/43.077) foram
classificadas como SRAG por influenza e 11,1% (4.767/43.077) por outros vírus respiratórios. Dentre os casos de influenza, 10.546 (87,8%) eram influenza
A(H1N1) pdm09, 840 (7,0%) influenza A não subtipado, 582 (4,8%) influenza B e 44 (0,4%) influenza A (H3N2). (Figura 3)
Os casos de SRAG por influenza apresentaram uma mediana de idade de 39 anos, variando de 0 a 110 anos. Em relação à distribuição geográfica, a região Sudeste
registrou o maior número de casos – 56,3% (6.764/12.012).
Fonte: Ministério da Saúde
Figura 3. Distribuição dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave segundo agente etiológico e semana epidemiológica do
início dos sintomas. Brasil, 2016 até a SE 48.
Local de ocorrência: Brasil – atualização
Data da informação: 12/12/2016
Fonte da informação: Ministério da Saúde
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS
Até a SE 48/2016 foram notificados 6.953 óbitos por SRAG, o que corresponde a 13,1% (6.953/53.145) do total de casos. Do total de óbitos notificados, 2.189
(31,5%) foram confirmados para vírus influenza: 1.972 (90,1%) decorrentes de influenza A (H1N1) pdm09, 161 (7,4%) influenza A não subtipado, 47 (2,1%) por
influenza B e 9 (0,4%) por influenza A (H3N2) (Figura 4). O estado com maior número de óbitos por influenza foi São Paulo, totalizando 38,5% (840/2.189) do país.
Fonte: Ministério da Saúde
Figura 4. Distribuição dos óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave segundo agente etiológico e semana
epidemiológica do início dos sintomas. Brasil, 2016 até a SE 48.
Local de ocorrência: Brasil – atualização
Data da informação: 12/12/2016
Fonte da informação: Ministério da Saúde
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS
Entre os óbitos por influenza, a mediana da idade foi de 53 anos, variando de 0 a 99 anos. A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,99/100.000
habitantes. Dos 2.189 indivíduos que foram a óbito por influenza, 1.532 (70,0%) apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação, com destaque
para adultos ≥ 60 anos, os cardiopatas, os pneumopatas e os diabéticos (Tabela 1). Além disso, 1.692 (77,3%) fizeram uso de antiviral, com mediana de 04 dias
entre os primeiros sintomas e o início do tratamento, variando de 0 a 64 dias. Recomenda-se iniciar o tratamento nas primeiras 48 horas.
Figura 5. Distribuição dos óbitos de SRAG por influenza segundo fator de risco e
utilização de antiviral. Brasil, 2016 até a SE 48.
Anexo 1. Distribuição dos vírus respiratórios identificados nas unidades sentinelas de Síndrome Gripal por semana epidemiológica do início dos sintomas. (A) Brasil e (B)
regiões, 2016 até a SE 48.
Fonte: Ministério da Saúde - SIVEP-Gripe. Dados atualizados em 06/12/2016, sujeitos à alteração.
Fonte: Ministério da Saúde
Anexo 2. Distribuição dos casos e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segundo região, unidade federativa de residência e agente
etiológico. Brasil, 2016 até a SE 48.
Anexo 3. Distribuição dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave segundo agente etiológico e por semana epidemiológica de início dos sintomas. (A) Brasil e
(B) regiões, 2016 até a SE 48.
Fonte: Ministério da Saúde - SINAN Influenza Web. Dados atualizados em 06/12/2016, sujeitos a alteração.
Fonte: Ministério da Saúde
Local de ocorrência: Brasil - atualização
Data da informação: 12/12/2016
Fonte da informação: Ministério da Saúde
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
O Ministério da Saúde divulgou o último boletim epidemiológico sobre
microcefalia, com dados até o dia 19 de novembro de 2016. A
distribuição dos casos notificados à Secretaria de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) até a semana
epidemiológica (SE) 48/2016 encontra-se na Tabela 1, estratificada
por Unidade da Federação de residência.
Até 03 de dezembro de 2016, foram notificados 10.441 casos
suspeitos de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika. Do
total notificado, permanecem em investigação 30,4%
(3.173/10.441) dos casos de recém-nascido vivo, natimorto,
abortamento ou feto com microcefalia e/ou malformação do SNC.
7.268 casos foram investigados e classificados, dos quais 2.228
confirmados para microcefalia e/ou alteração do SNC sugestivos de
infecção congênita e 4.974 descartados.
Fonte: MS
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Paraná registrou o primeiro caso casos de microcefalia
associado à infecção congênita por zika vírus em Cascavel (SE44),
ainda não incluído no Boletim
Os outros quatro casos indicados no boletim do MS dizem respeito
a dois abortos espontâneos de gestantes que tiveram diagnóstico
de zika vírus na fase aguda da doença e outros dois casos de
bebês que nasceram com alterações neurológicas decorrentes de
infecção congênita por toxoplasmose.
Local de ocorrência: Brasil - atualização
Data da informação: 12/12/2016
Fonte da informação: Ministério da Saúde
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Segundo a distribuição geográfica, os 10.276 casos notificados estão
distribuídos em 1.758 (31,6%) dos 5.570 municípios brasileiros, conforme
Tabela 2 e figura 1 abaixo.
O gráfico 1 apresenta a distribuição dos casos notificados de microcefalia e/ou
alterações do SNC sugestivos de infecção congênita, segundo regiões
brasileiras, por mês de notificação, no período de novembro de 2015 a outubro
de 2016 (SE 48).
Fonte: MS
Tabela 2 – Distribuição dos municípios com casos notificados e confirmados de
microcefalia e/ou alteração do SNC sugestiva de infecção congênita, segundo
protocolo de vigilância, por Unidade Federada, até a SE 48/2016.
Gráfico 1 – Distribuição dos casos notificados de microcefalia e/ou alterações do SNC, por mês
de notificação, segundo regiões. Brasil, 2015 e 2016.
Fonte: Secretarias de Saúde dos Estados e Distrito Federal (dados atualizados até 03/12/2016) Fonte: Secretarias de Saúde dos Estados e Distrito Federal (dados atualizados até 03/12/2016)
Local de ocorrência: Brasil - atualização
Data da informação: 12/12/2016
Fonte da informação: Ministério da Saúde
Fonte: Secretarias de Saúde dos Estados e Distrito Federal (dados atualizados até 03/12/2016).
Figura 1 – Distribuição espacial com casos confirmados de microcefalia e/ou alteração do SNC, Brasil, até a SE 48 2016.
Fonte: MS
Local de ocorrência: Brasil - atualização
Data da informação: 12/12/2016
Fonte da informação: Ministério da Saúde
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Casos que evoluíram para óbito
Do total de 10.441 casos notificados, 536 (5,1%) evoluíram
para óbito fetal ou neonatal. Dos 536 óbitos fetais ou
neonatais notificados, 236 (44%) permanecem em
investigação, 187 (34,9%) foram confirmados para
microcefalia e/ou alteração do SNC sugestivos de infecção
congênita e 113 (21,1%) foram descartados (Tabela 3).
Fonte: MS
Tabela 3- Distribuição acumulada de casos notificados de microcefalia e/ou alteração do SNC com
evolução para óbito fetal ou neonatal, por Unidade Federada. Brasil, até a SE 48/2016.
Local de ocorrência: Bahia
Data da informação: 19/12/2016
Origem da informação: Secretaria da Saúde do Estado da Bahia
COMENTÁRIOS:
Os Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia e de
Salvador (CIEVS-BA e CIEVS Salvador) alertam as unidades de saúde de Salvador
frente à ocorrência de casos suspeitos de uma possível variante de mialgia
epidêmica.
No dia 14 de dezembro foram notificados por uma unidade hospitalar de Salvador,
nove casos suspeitos de mialgia epidêmica em pessoas de três diferentes famílias:
família 1 (N=4); família 2 (N=3) e família 3 (N=2). Os casos foram atendidos e
internados em uma unidade de saúde localizada em Salvador, nos dias 02 e 10 de
dezembro, apresentando quadro clínico caracterizado por início súbito de fortes
dores em região cervical, região do trapézio, seguido por dores musculares intensas
nos braços, dorso, coxas e panturrilhas. Todos os pacientes apresentaram
elevações significativas das enzimas musculares, sem febre, artralgia ou cefaleia. A
doença apresentou rápida disseminação entre os familiares, o que sugere que a
transmissão ocorra através de contato ou gotículas.
Sendo o quadro clínico apresentado compatível com uma variante da Síndrome de
Mialgia Epidêmica - geralmente causado por um Echovirus, o CIEVS-BA e o
CIEVS/Salvador emitem o presente alerta epidemiológico com recomendações de
condutas e orientações para as equipes de saúde hospitalares e de emergência da
capital, objetivando elucidar o evento, verificar ocorrência de outros casos,
investigar em tempo oportuno e adotar medidas cabíveis.
1. Sobre a doença
A mialgia epidêmica também é conhecida como Doença de Bornholm. A dor
muscular é causada por uma infecção viral e afeta a parte superior do abdômen e
do tórax inferior. A dor é caracterizada como espasmódica e desenvolve-se de
repente, piorando a cada movimento e respiração profunda, causando falta de ar
para o indivíduo afetado (no surto em questão os casos não apresentaram
comprometimento respiratório). Por vezes provoca dor abdominal, febre, dor de
cabeça, dor de garganta e dores musculares. A transmissão ocorre por meio fecal-
oral ou, menos comumente, de pessoa-pessoa, através de gotículas ou objetos
contaminados.
2. Da Notificação
Notificar através de email (contatos abaixo) os casos que apresentem os seguintes
sinais e sintomas: fortes dores em região cervical e do trapézio, de início súbito,
seguido de dores musculares intensas nos braços e/ou dorso, e/ou coxas, e/ou
panturrilhas, sem causa aparente.
Realizar busca ativa de casos compatíveis nos prontuário dos pacientes atendidos
a partir de 1º de novembro de 2016. Se forem identificados casos compatíveis
nesse período, ampliar a busca para o mês anterior.
3. Do Laboratório
Realizar coleta de amostras de soro e fezes para exame laboratorial para pesquisa
de arbovírus e de enterovírus, respectivamente.
Encaminhar as amostras para o LACEN Estadual, aos cuidados de Francisco
Barroso, acompanhadas pela ficha de notificação individual do SINAN, devidamente
identificadas: “suspeita de mialgia epidêmica”
A amostra deve ser mantida em refrigeração até o momento de envio ao
laboratório, que não deve ultrapassar 24 horas.
4. Do Tratamento
A doença não possui tratamento específico. Na ocorrência de casos suspeitos,
recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK) ou TGO para
observação do aumento das enzimas musculares. Observar a cor da urina (escura)
como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiólise, pois neste caso, o
paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 ou 72 horas, além de não ser
indicado o uso de antiinflamatórios e ácido acetil salicílico (AAS).
5. Da prevenção
Orientação à população quanto aos modos de transmissão.
Cuidados com a higiene dos objetos e lavagem das mãos.
Indivíduo com suspeita de infecção não deve circular em ambientes públicos e
fechados.
6. Contatos para informações adicionais
Coordenação de Investigação e Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde
(Cievs/BA) - Tel: (71) 3116-0018/37 (8 às 18h); 9994-1088 (plantão)
Centro de Informações Estratégicas Vigilância em Saúde (CIEVS/SSA)
Tel: (71) 3202-1721/1722; (71) 99982-0841 (plantão)[email protected]
EVENTOS INTERNACIONAIS Semana Epidemiológica 50/2016
(11/12/2016 a 17/12/2016)
CENTRO DE INFORMAÇÕES E RESPOSTAS ESTRATÉGICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – CIEVS
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
Local de ocorrência: Global
Data da informação: 15/12/2016
Fonte da informação: Organização Mundial da Saúde (OMS)
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Principais atualizações da semana:
Nenhum novo país ou território relatou pela primeira vez infecções por vírus
Zika transmitidas por mosquitos.
Nenhum novo país ou território relatou microcefalia ou malformação do
sistema nervoso central (SNC) potencialmente associadas à infecção pelo
vírus Zika, pela primeira vez.
Nenhum novo país ou teritório relatou casos de síndrome de Guillain-Barré
(SGB) associados à infecção pelo vírus Zika, pela primeira vez.
Um viajante voltou de Angola para a França e apresentou sinais e sintomas
clínicos e sinais sorológicos compatíveis com a infecção pelo vírus Zika. No
entanto, a vacinação anterior contra a febre amarela e a soropositividade
para outros flavivírus impedem o diagnóstico conclusivo da infecção pelo
vírus Zika devido à possibilidade de reação cruzada. Outras investigações
para determinar se existe uma transmissão contínua do vírus Zika em
Angola estão em curso
Fonte: google.com.br
ANÁLISE
No geral, a apreciação global do risco não mudou desde a semana passada.
O vírus Zika continua a se espalhar geograficamente para áreas onde vetores competentes estão presentes. Embora tenha sido relatado um declínio nos casos de infecção por Zika em alguns países, ou em algumas partes dos países, a vigilância deve permanecer elevada.
Fonte: WHO
Local de ocorrência: Global
Data da informação: 15/12/2016
Fonte da informação: Organização Mundial da Saúde (OMS)
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Até o momento, 75 países e territórios (Tabela 1) relataram evidências de
transmissão do vírus Zika por mosquitos desde 2007 (69 desde 2015):
58 com um primeiro relato de surto a partir de 2015 (Fig. 2, Tabela 1).
Sete com a possibilidade de transmissão endêmica ou evidência de
infecções Zika transmitida por mosquitos locais em 2016.
10 com evidência de infecções por Zika transmitidas por mosquitos locais em
ou antes de 2015, mas sem documentação de casos em 2016, ou com surto
encerrado.
Desde fevereiro de 2016, 13 países relataram evidência de transmissão de
pessoa a pessoa do vírus Zika (Tabela 2).
29 países ou territórios relataram casos de microcefalia e outras malformações
do SNC potencialmente associadas com a infecção pelo vírus Zika ou sugestivas
de infecção congênita (Tabela 3). Nicarágua foi o último país/território, a relatar
um caso de microcefalia potencialmente associado à infecção pelo vírus Zika.
20 países e territórios relataram um aumento da incidência de GBS e/ou a
confirmação laboratorial de uma infecção por vírus Zika entre os casos de GBS
(Tabela 4).
Fonte: WHO
Local de ocorrência: Global
Data da informação: 15/12/2016
Fonte da informação: Organização Mundial da Saúde (OMS)
Fonte: WHO
As categorias são definidas como segue (Fig. 2):
Categoria 1: Países com um primeiro surto relatado a partir de 2015
• Um caso autóctone confirmado em laboratório transmitido por mosquito de infecção pelo vírus Zika
em uma área onde não há nenhuma evidência de circulação do vírus no passado (antes de 2015),
detectado e reportado pelo próprio país ou por outro Estado a partir do diagnóstico em viajantes que
retornam ao país. ou
• Um caso autóctone confirmado em laboratório transmitido por mosquito de infecção pelo vírus Zika
em uma área onde a transmissão foi interrompida anteriormente. A suposição é de que o tamanho da
população suscetível atingiu a um nível suficiente para permitir nova transmissão; o tamanho do surto
será uma função do tamanho da população suscetível. Ou
• Um aumento da incidência de casos autóctones confirmados em laboratório transmitidos por
mosquito de infecção pelo vírus Zika em áreas onde há transmissão em curso, acima de dois desvios-
padrão da taxa de referência, ou a duplicação do número de casos ao longo de um período de 4
semanas. Clusters de doenças febris, em particular quando epidemiologicamente ligadas a um caso
confirmado, devem ser microbiologicamente investigados.
Categoria 2: Países com possível transmissão ou evidência de infecções Zika transmitidas por
mosquitos locais endêmicos de 2016 com o período de referência a partir de 2007
• Os países ou territórios que relataram um surto com presença consistente de casos autóctones
confirmados em laboratório, transmitidos por mosquitos, de infecção pelo vírus Zika 12 meses após a
eclosão. Ou
• Os países ou territórios onde o vírus Zika tem circulado por vários anos com presença consistente de
casos autóctones confirmados em laboratório, transmitidos por mosquitos de infecção pelo vírus Zika
ou evidência de infecções Zika transmitidas por mosquitos locais em 2016. Os relatórios podem ser
do país ou território onde a infecção ocorreu, ou de um terceiro onde o caso é registrado pela primeira
vez de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005). Os países com evidência de
infecção antes de 2007 estão listados na http://www.who.int/bulletin/online_first/16-171082.pdf
Categoria 3: Países com evidência de infecções Zika transmitidas por mosquitos locais em ou antes
de 2015, mas sem a documentação de casos em 2016, ou surto terminou com o período de
referência a partir de 2007
• Ausência de casos confirmados ao longo de um período de 3 meses em uma área geográfica
específica com condições climáticas adequadas para a transmissão do arbovírus durante todo o ano,
ou ao longo de um período de 12 meses em uma área com atividade sazonal do vetor.
Local de ocorrência: Global
Data da informação: 15/12/2016
Fonte da informação: Organização Mundial da Saúde (OMS)
Fonte: WHO
Fonte: WHO
Fonte: WHO
Local de ocorrência: Américas - Atualização
Data da informação: 15/12/2016
Fonte da informação: Organização PanAmericana de Saúde (OPAS)
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Até o momento, 48 países e territórios das Américas confirmaram a transmissão local
vetorial do vírus zika desde 2015 (Figura 1). Desde a última Atualização Epidemiológica
da OPAS/OMS sobre o Zika (01 de dezembro de 2016), não há novos países ou
territórios com confirmação da transmissão autóctone (Figura 1).
América do Norte: No México uma tendência decrescente de casos confirmados foi
observada nas últimas seis semanas epidemiológicas.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Saúde da Flórida não reportou nenhum novo
caso autóctone desde 7 de dezembro. No dia 09 de dezembro, foi declarado que a praia
de Miami está livre de transmissão ativa do Zika vírus. No mesmo dia, o Departamento de
Saúde do Texas e da província de Cameron anunciaram a detecção de 4 casos suspeitos
autóctones adicionais nesta localidade. Os casos foram identificados como parte do
mionitoramento do caso índice cuuja transmissão ocorreu por picada de mosquito,
anunciado em 28 de novembro.
América Central: No Panamá, uma tendência crescente foi observada enter as SE 32 e
46/2016. Nos demais países da região a tendência permanece decrescente.
Caribe: Em Anguila, entre as SE 41 e 47/2016, houve um aumento no número de casos.
Em Saint Martin, terriotório francês, a epidemia continua a declinar de forma errática,
com um recente aumento do número de consultas nos serviços de emergência.
Outros países/territórios da região apresentam tend~wencia decrescente do número de
casos.
América do Sul: No Paraguai, entre as SE 42 e 46/2016, uma tendência crescente foi
observada. NO Peru, entre as Se 40 e 45/2016, houve um aumento do número de casos
suspeitos notificados.
Os outros países da região continuam reportando a redução do número de casos de Zika
vírus.
Fonte: OPAS / OMS
Síndrome congênita associada à infecção pelo vírus zika
Até o momento, 22 países e territórios nas Américas relataram casos de
Síndrome congênita associada à infecção confirmada pelo vírus Zika. Desde
a última atualização epidemiológica de 01 de dezembro, a Nicarágua foi
incluída entre os áises com caso confirmado de síndrome congênita zika-
associada. Até a SE 35, o Canadá confirmou dois casos de transmissão
materno-fetal do vírus Zika; um com anomalias neurológicas graves.
Síndrome de Guillain-Barré: Em comparação com a atualização de 01 de
dezembro, nenhum novo país/território notificou o primeiro caso de SGB ou
confirmou infecção por Zika
Local de ocorrência: Américas - Atualização
Data da informação: 15/12/2016
Fonte da informação: Organização PanAmericana de Saúde (OPAS)
Fonte: OPAS / OMS
Figura 1. Países y territorios con casos autóctonos confirmados de enfermedad por el virus del Zika (transmisión vectorial) 2015-2016.
Fonte: OPAS / OMS
Fonte: OPAS / OMS
Countries
Year-to-date
2016
Year-to-date
2015 Total in 2015
Onset of paralysis
of most recent case
WPV cVDPV WPV cVDPV WPV cVDPV WPV cVDPV
Afeganistão 12 0 17 0 20 0 11/out/16 NA
Paquistão 18 0 49 2 54 2 02/nov/16 08/fev/15
Guiné 0 0 0 1 0 7 NA 13/dez/15
Laos PDR 0 3 0 5 0 8 NA 10/jan/16
Madagascar 0 0 0 10 0 10 NA 21/ago/15
Mianmar 0 0 0 2 0 2 NA 04/out/15
Nigéria 4 0 0 1 0 1 20 /ago/16 15/mai/15
Ucrânia 0 0 0 2 0 2 NA 06/jul/15
Total cases Year-to-date 2016 Year-to-date 2015 Total in 2015
WPV cVDPV WPV cVDPV WPV cVDPV
Globally 34 3 66 24 74 32
- in endemic countries 34 0 66 3 74 3
- in non-endemic countries 0 3 0 21 0 29
Local de ocorrência: Mundial
Data da informação: 14/12/2016
Origem da informação: The Global Polio Erradication Initiative e European Centre for Disease
Prevention and Control (ECDC)
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Esforços globais de saúde pública estão em curso para erradicar a poliomielite, por meio da
imunização de crianças, até que a transmissão do vírus cesse completamente e o mundo
torne-se livre da doença.
A pólio foi declarada Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em
05/05/2014, diante do aumento da circulação e propagação internacional do poliovírus
selvagem durante 2014. Em 11 de novembro de 2016, as recomendações temporárias em
relação à doença foram estendidas por mais três meses, na décima primeira reunião do
Comité de Emergência da OMS.
Recentemente o poliovírus selvagem tipo 2foi declarado pela OMS como erradicado em todo
o mundo e o componente tipo 2 da vacina oral não é mais necessário.
Nenhum novo caso de poliovírus derivado da vacina (cVDPV) foi informado na semana
passada
Três amostras positivas oara o piliovírus selvagem (WPV1) foram detectadas no Paquistão.
Até 14 de dezembro de 2016, 34 casos de poliovírus selvagem (WPV1) foram relatados à
OMS em 2016, em comparação com 66 no mesmo período em 2015. Os casos foram
detectados no Paquistão (18), Afeganistão (12) e Nigéria (4). Três casos de poliovírus
derivado da vacina (cVDPV) foram relatados em 2016, comparado com 24 no mesmo período
em 2015. Os três foram relatados a partir do Laos.
http://polioeradication.org/polio-today/polio-now/this-week/
POLIOVÍRUS SELVAGEM TIPO 1 E CIRCULAÇÃO DE CASOS DO POLIOVÍRUS DERIVADO DA VACINA
DISTRIBUIÇÃO DE CASOS DE POLIOVÍRUS SELVAGEM POR PAÍS
http://polioeradication.org/polio-today/polio-now/this-week/ http://polioeradication.org/polio-today/polio-now/
Local de ocorrência: Américas
Data da informação: 19/12/2016
Origem da informação: Organização PanAmericana de Saúde (OMS)
COMENTÁRIOS:
Em 2015, cinco países nas Américas reportaram casos de difteria : Brasil (12 casos),
Canadá (3 casos), Guatemala (1 caso), Haiti (32 casos), e da República Dominicana (1
caso).
Entre a semana epidemiológica (SE) 1 a SE 47 de 2016, três países nas Américas
notificaram casos de difteria: República Dominicana, Haiti e da República Bolivariana da
Venezuela.
Na República Dominicana, na SE 43, duas crianças com menos de três anos de idade,
ambas moradoras de Santo Domingo, apresentaram o início dos sintomas da difteria.
Uma delas morreu. Em amostras de ambos os casos, bacilos Gram-positivos compatíveis
com C. diphteriae foram isolados. Não houve casos adicionais. O estado de vacinação da
criança morta é desconhecido e no segundo caso, a criança só tinha uma dose. De
vacina
No Haiti, até SE 48 de 2016, o total de 76 casos prováveis de difteria foram notificados,
incluindo 16 mortes. Entre os casos, 72 amostras foram obtidas, 33 dos quais
resultaram positivas para a Corynebacterium diphteriae. Os casos foram notificados em
todos os dez departamentos do Haiti. No entanto, quase metade deles foram
concentrados nos departamentos de Artibonite, Centre e Ouest.
Com relação às características dos casos, a maioria (38%) foi entre 5 e 10 anos de idade
e não houve diferenças por sexo. Para 66% dos casos, o estado vacinal era
desconhecido ou eram não vacinados.
Na República Bolivariana da Venezuela, casos suspeitos e/ou prováveis de difteria foram
relatados entre Setembro de 2016 e 24 de novembro de 2016. De um total de 183
amostras processadas pela "Rafael Rangel" Instituto Nacional de Higiene, 20 foram
positivas (isolamento de produtor de toxinas C. diphtheriae ou por PCR).
Os 20 casos positivos foram relatados em seis estados, com o estado de Bolivar
relatando o maior número deles (60%), seguido do estado de Monagas (20%).
Entre os casos confirmados, cinco são falecidos (3 do estado de Bolívar de Monagas e
2).
Fonte: google.com.br
Fonte: google.com.br
Local de ocorrência: Peru
Data da informação: 14/12/2016
Origem da informação: ProMed mail Português
COMENTÁRIOS:
Quinze militares peruanos que serviam em uma zona de emergência na selva ao sul do Peru foram mordidos por morcegos e dois deles contraíram a raiva selvagem, segundo noticiou o ministro da Defesa Jorge Nieto Montesinos, depois de uma visita ao Hospital Militar de Lima.
Os 15 funcionários alocados pertencem à Empresa Especial Número 33 da base de comando Kiteni e participavam de operações contra o terrorismo e o tráfico de drogas na província de Alto Pichas de La Convención, na região sul de Cuzco. Desse grupo, treze receberam vacinas contra a raiva e estão sob observação.
Enquanto isso, dois têm sintomas de raiva silvestre e estão em Unidade de Terapia Intensiva, o ministério disse através de um comunicado de imprensa. Nieto se reuniu com as famílias dos dois soldados doentes e assegurou-lhes os cuidados.
O ministro também anunciou que melhoraram protocolos de vacinação para os militares que trabalham em áreas de emergência, onde tais casos ocorrem com freqüência.
A província de La Convención, em Cuzco fica no vale de selva dos rios Apurimac, Ene e Mantaro (VRAEM), onde as forças armadas combatem as forças remanescentes do grupo armado Sendero Luminoso e os cartéis de drogas.
Não foi divulgado informações se os expostos receberam ou não
profilaxia/tratamento pós-exposição.
Fonte: OMS
Fonte: OMS
Local de ocorrência: Macau
Data da informação: 15/12/2016
Origem da informação: ProMed mail Português
COMENTÁRIOS:
Um homem com 58 anos, vendedor num mercado, que teve contato direto com aves infectadas,
encontra-se em quarentena, juntamente com a sua mulher, no Hospital São Januário. As autoridades
procederam uma operação de desinfestação do referido mercado e abateram 10.000 aves de capoeira.
Esse é o primeiro caso de infecção humana em Macau. Um indivíduo está internado no Centro
Hospitalar Conde de São Januário, depois que testes conduzidos pela Direção dos Serviços de Saúde
para a presença das estirpes responsáveis pela gripe aviária resultaram positivos.
Embora não tenha sido confirmado oficialmente em língua portuguesa na plataforma do Gabinete de
Comunicação Social (GCS), o caso foi amplamente noticiado pela imprensa chinesa e comunicado
oficialmente às autoridades sanitárias da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong, que
dizem ter sido notificadas pelos Serviços de Saúde de Macau.
De acordo com as informações prestadas às autoridades da região vizinha, o homem de 58 anos não
apresentava sintomas, mas foi testado por se tratar de um vendedor de aves que tinha manuseado um
lote de galinhas no mercado abastecedor de Macau em que tinha sido detectado o antígeno da gripe A
aviária (H7) ao início da noite de terça-feira [13/dezembro/2016]. O indivíduo e a sua mulher foram
submetidos a isolamento e colocados em quarentena no Centro Hospitalar Conde de São Januário.
A única referência das autoridades de Macau ao caso de infecção humana foi feita no próprio dia, numa
conferência de imprensa realizada de urgência à uma hora da madrugada de ontem
[13/dezembro/2016]. Os Serviços de Saúde deram conta ainda de um condutor de caminhão que
também teve contato com as aves contaminadas, tendo as autoridades do outro lado da fronteira sido
imediatamente alertadas, assim que foi confirmado que o homem já tinha regressado à República
Popular da China.
As medidas de prevenção adotadas no mercado onde foi detectado o novo caso de gripe aviária
incluíram uma operação drástica de desinfestação do local, com o abate de cerca de 10.000 aves de
capoeira e a suspensão das vendas por um período de três dias. O vírus foi detectado num lote de 500
galinhas, mas as medidas de prevenção determinaram o abate de todas as aves que se encontravam no
mercado, incluindo 6.730 aves e cerca de 3.000 pombos, de acordo com informação divulgada pelo
Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM). Nenhuma das galinhas infectadas chegou a ser
vendida no país. Fonte: google.com.br
Local de ocorrência: Coreia do Sul
Data da informação: 15/12/2016
Origem da informação: ProMed mail Português
COMENTÁRIOS:
As autoridades sul-coreanas anunciaram na terça-feira [13/dezembro/2016] que
abateram 10.000.000 de aves para tentar conter uma epidemia de gripe aviária
provocada pelo vírus H5N6.
Os primeiros casos de infecção foram confirmados a 18 de novembro [2016] em
uma propriedade no centro do país e a epidemia alastrou-se a outros aviários e
empresas de criação de aves, tendo sido detectados cerca de 40 casos.
O ministro da agricultura explicou que perto de 10.000.000 de frangos e patos
foram abatidos e que mais 2.500.000 de aves terão ainda o mesmo destino.
As autoridades sul-coreanas decidiram ainda proibir, pela segunda vez, que
funcionários das quintas e dos aviários viajem durante 48 horas, para evitar a
propagação do vírus. Até agora, não foi detectado qualquer caso de infecção
humana com o H5N6 na Coreia do Sul. Esta é a maior epidemia de gripe aviária
na Coreia do Sul desde 2014, quando cerca de 14.000.000 de aves foram
abatidas.
As autoridades japonesas abateram também mais de 320.000 aves em
novembro [2016] depois de terem sido detectados dezenas de animais
infectados com o vírus da gripe aviária, naquele que foi o primeiro caso do gênero
em dois anos no país. Foram encontrados no Japão mais de 40 animais mortos e
outros infectados com o mesmo vírus em duas quintas que se dedicam à criação
e venda de aves.
O Governo japonês elevou no mês passado [novembro/2016] para o nível
máximo o alerta por causa do vírus da gripe das aves, o que fez pela primeira vez
desde 2014, depois de ter sido detectado o H5N6, considerado altamente
contagioso, em diversos pontos do país.
Além das aves destinadas ao consumo, foram também encontrados mortos no
Japão dois cisnes num jardim zoológico e um cisne selvagem. Fonte: google.com.br
Local de ocorrência: Global
Data da informação: 12/12/2016
Origem da informação: Organização Mundial da Saúde – OMS
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
A atividade da influenza na zona temperada do hemisfério norte aumentou
ligeiramente.
Na América do Norte, a atividade gripal aumentou ligeiramente com a
predominância do vírus influenza A (H3N2). Os níveis de síndrome gripal (ILI)
permanecem abaixo dos limiares sazonais. Nos Estados Unidos, a atividade
do vírus sincicial respiratório (RSV) continuou a ser relatada.
Na Europa, a atividade da gripe foi baixa, mas começou a aumentar,
particularmente nos países do norte da região. Os vírus da influenza A
predoiminaram , e o mais comum foi o subtipo (H3N2). A estação começou
mais cedo que o habitual, com uma taxa de positividade ≥ 10%para a gripe
entre as amostras de vigilância sentinela.
Na Ásia oriental, a atividade de gripe aumentou ligeiramente, com
predominãncia do vírus influenza A (H3N2)
Na Ásia ocidental, detecções de influenza mantiveram-se baixas.
No sul da Ásia, houve um ligeiro aumento nas detecções de gripe tanto no Irã
como no Sri Lanka, com a influenza A (H3N2) predominando.
No Sudeste Asiático, a atividade da influenza continuou sendo relatada em
níveis baixos, com predominância do vírus influenza A (H3N2). Um ligeiro
aumento na gripe A (H1N1) pdm09 foi relatado no Vietnã.
No norte da África, as detecções de gripe aumentaram em Marrocos, com
predomínio do vírus infleuenza A (H3N2).
Na África Ocidental, as detecções de gripe aumentaram em Gana, com
predominância dos vírus B.
Na África Austral, a atividade da gripe prosseguiu em níveis intersazonais.
Nos países do Caribe, a atividade de influenza e de outros vírus respiratórios
permaneceram baixas. Na América Central, houve uma ligeira diminuição da
atividade do vírus influenza e de outros vírus respiratórios. O VSR continuou a
circular na Costa Rica.
Na América do Sul tropical, a atividade de influenza e dos vírus respiratórios permaneceu baixa, com
exceção da Colômbia, onde as detecções de VSR continuaram a ser reportadas.
Na América do Sul temperada, a atividade de influenza e vírus sincicial respiratório (VSR) continua a
diminuir em toda a região.
Na Oceania, a atividade do vírus da gripe está em níveis intersazonais.
Centros Nacionais de Influenza (NICs) e outros laboratórios nacionais para a gripe de 80 países,
áreas e territórios relataram dados para FluNet para o período de 14 de novembro de 2016 a 27 de
novembro de 2016. Foram testadas mais de 93.152 amostras durante esse período. 6.209 foram
positivas para o vírus da gripe, das quais 5.630 (90,7%) foram tipados como influenza A e 579
(9,3%) como o influenza B. Dos vírus subtipados de influenza A, 112 (2,9%) eram influenza A (H1N1)
pdm09 e 3.787 (97,1%) eram influenza A (H3N2). Dos vírus B, 46 (36,2%) pertencia à linhagem B-
Yamagata e 81 (63,8%) à linhagem B-Victoria.
Fontes utilizadas na pesquisa • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de Vigilância em Saúde. 1 ed. Brasília: 2014
• http://portal.saude.gov.br/
• http://www.cdc.gov/
• http://www.ecdc.europa.eu/en/Pages/home.aspx/
• http://www.defesacivil.pr.gov.br/
• http://www.promedmail.org/
• http://www.healthmap.org/
• http://new.paho.org/bra/
• http://www.gamapserver.who.int/
• http://www.who.int/en/
• http://www.oie.int/
• http://www.phac-aspc.gc.ca/>
• http://www.clicrbs.com.br/>
• http://www.ecdc.europa.eu/>
• http://www.usda.gov/
• http://www.pt.euronews.com />
• http://polioeradication.org/