informativo tributário - loboeibeas.com.br · suspender incidência de ipi na importação para...

12
EDIÇÃO Nº 16 JULHO 2016 Informativo Tributário Os artigos que integram este Informativo têm a finalidade de mera divulgação de notícias de interesse para o meio jurídico e empresarial, não expressando necessariamente a opinião jurídica de Lobo & Ibeas. As opiniões aqui manifestadas não são orientações legais e não devem ser assim consideradas. p. 3 p. 4 p. 5 Lei Estadual (RJ) nº 7.297/2016 Altera disposições da Lei Estadual nº 7.116/2016, referentes à rescisão de parcelamentos de débitos Instrução Normativa RFB nº 1.651/2016 Dispõe sobre a apresentação da DITR do exercício de 2016 Lei nº 13.295/2016 Prorroga, para 31.12.2017, o prazo para a inscrição das propriedades rurais no CAR Lei nº 13.315/2016 Reduz a alíquota do IRRF, de 25% para 6%, na remessa para o exterior de valores destinados à cobertura de gastos pessoais, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais Cooperação em matéria tributária e aduaneira entre Brasil e Espanha Países firmam declaração de intenções LEGISLAÇÃO Solução de Consulta COSIT nº 99.007/2016 Incidência de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS sobre valores obtidos por pessoa jurídica optante pelo lucro presumido, referentes à cessão de precatórios adquiridos de terceiros JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA

Upload: vuongliem

Post on 28-Nov-2018

231 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

EDIÇÃO Nº 16

JULHO 2016

Informativo Tributário

Os artigos que integram este Informativo têm a finalidade de mera divulgação

de notícias de interesse para o meio jurídico e empresarial, não expressando

necessariamente a opinião jurídica de Lobo & Ibeas. As opiniões aqui

manifestadas não são orientações legais e não devem ser assim consideradas.

p. 3

p. 4

p. 5

Lei Estadual (RJ) nº 7.297/2016

Altera disposições da Lei Estadual nº 7.116/2016, referentes à rescisão de parcelamentos de débitos

Instrução Normativa RFB nº 1.651/2016

Dispõe sobre a apresentação da DITR do exercício de 2016

Lei nº 13.295/2016

Prorroga, para 31.12.2017, o prazo para a inscrição das propriedades rurais no CAR

Lei nº 13.315/2016

Reduz a alíquota do IRRF, de 25% para 6%, na remessa para o exterior de valores destinados à cobertura de gastos pessoais, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais

Cooperação em matéria tributária e aduaneira

entre Brasil e Espanha

Países firmam declaração de intenções

LEGISLAÇÃO

Solução de Consulta COSIT nº 99.007/2016

Incidência de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS sobre valores obtidos por pessoa jurídica optante pelo lucro presumido, referentes à cessão de precatórios adquiridos de terceiros

JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA

2

EDIÇÃO Nº 16 JULHO 2016Informativo Tributário

p. 5

p. 9

p. 10

p. 6

p. 7

p. 8

p. 8

Mandado de Segurança nº 0013044-

60.2015.4.03.6105

Justiça Federal de Campinas anula decisão proferida pelo CARF, com base em voto de qualidade

Apelação nº 0001415-44.2015.8.26.0664

9ª Câmara de Direito Público do TJSP decide que protesto de CDA é inconstitucional e ilegal, contrariando jurisprudência do STJ

Execução Fiscal nº 0548397-

63.1998.4.03.6182

Justiça Federal de SP fixa multa da União Federal para empresa, por demora na consolidação em programa de parcelamento incentivado

Recurso Especial nº 1.246.317/MG

2ª Turma do STJ manifesta-se sobre a possibilidade de créditos de PIS/COFINS, em relação a insumos adquiridos por empresa alimentícia

Mandado de Segurança nº 5055150-

53.2015.4.04.7000

Justiça Federal de Curitiba autoriza uso de créditos de PIS e COFINS sobre despesas financeiras

Ação Cautelar nº 4.129/SC

Relator da ação, em curso no STF, concede liminar para suspender incidência de IPI na importação para revenda

Solução de Consulta COSIT nº 84/2016

Receitas decorrentes do recebimento de juros sobre o capital próprio auferidas por pessoa jurídica, cujo objeto social seja a participação no capital social de outras sociedades, devem se sujeitar ao PIS e à COFINS, na modalidade cumulativa

Processo Administrativo nº

10860.720741/2011-03

2ª Turma da CSRF decide que os valores relativos à assistência médica integram o salário de contribuição, quando os planos e as coberturas não são igualitários para todos os segurados

Processo Administrativo nº

10850.002612/2001-79

2ª Turma da CSRF entende que, em caso de pagamento do tributo, ainda que parcial, o prazo decadencial tem início na data da ocorrência do fato gerador

Processo Administrativo nº

12898.001543/2009-12

1ª Turma da CSRF permite amortização antecipada de ágio

Processo Administrativo nº

10380.016589/2008-50

1ª Turma da CSRF afasta incidência de IRPJ e CSLL sobre incentivo fiscal

Processo Administrativo nº

16643.000121/2010-14

3ª Turma da CSRF decide que o IRRF deve ser incluído na base de cálculo da CIDE

Processo Administrativo nº

19563.000083/2007-74

Turma do CARF entende que, em caso de responsabilidade tributária solidária, todos os sujeitos passivos devem ser notificados, sob pena de nulidade do lançamento

Processo Administrativo nº

16327.721362/2012-37

Turma do CARF decide que a incidência de IRRF sobre planos de opção de compra de ações depende de seu exercício

Solução de Consulta COSIT nº 77/2016

O ganho patrimonial obtido pela cessionária na aquisição de prejuízos fiscais ou bases de cálculo negativas da CSLL, por meio de doação ou venda com deságio, para utilização na quitação antecipada de parcelamento, é tributável pela legislação do IRPJ e da CSLL

JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA

JURISPRUDÊNCIA JUDICIAL

3

EDIÇÃO Nº 16 JULHO 2016Informativo Tributário

Em 01.06.2016, foi publicada a Lei Estadual nº 7.297, que prevê a rescisão de parcelamentos concedidos nos termos da Lei Estadual nº 7.116/2015 — que reduziu multa e juros relativos a débitos tributários de ICMS não inscritos em Dívida Ativa e a outros débitos, tributários e não tributários, já inscritos, inclusive os oriundos de autarquias, ajuizados ou não, com vencimento até 31.10.2015 —, quando configuradas as seguintes hipóteses:

(i) inadimplemento do valor mensal do ICMS corrente, por período maior que 60 dias; e

(ii) a existência de parcela ou saldo de parcela não pago por período maior do que 90 dias, ou 180 dias intercalados, ainda que as demais estejam pagas.

A Lei Estadual nº 7.116/2015, anteriormente, previa o cancelamento de parcelamentos, na hipótese de não pagamento de 3 parcelas consecutivas ou 6 parcelas não consecutivas.

A Lei Estadual nº 7.297 prevê que seus efeitos retroagem ao dia 27.12.2015.

A íntegra da Lei Estadual nº 7.297/2016 pode ser acessada no seguinte endereço eletrônico: http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/f25edae7e64db53b032564fe005262ef/d6128a0acc9687a983257f0e00617771?OpenDocument

Em 21.06.2016, Brasil e Espanha celebraram declaração de intenções de cooperação em matéria tributária e aduaneira, que está respaldada na convenção destinada a evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em matéria de impostos sobre a renda, bem como no Convênio Multilateral sobre Cooperação e Assistência Mútua entre as Direções Nacionais de Aduanas da América Latina, Espanha e Portugal (COMUCAM).

O objetivo da aludida declaração é o estabelecimento de plataforma de diálogo entre as administrações fazendárias, o fortalecimento do intercâmbio de conhecimentos e boas práticas, a cooperação técnica em favor do intercâmbio de informações tributárias e aduaneiras e a assistência técnica recíproca.

O documento firmado possibilitará o estabelecimento de um grupo de trabalho entre a RFB e órgãos fazendários da Espanha.

Para outras informações sobre o assunto, por favor, acesse:http://idg.receita.fazenda.gov.br/noticias/ascom/2016/junho/brasil-e-espanha-firmam-declaracao-de-intencoes-de-cooperacao-em-materia-tributaria-e-aduaneira

Em 15.06.2016, foi publicada a Lei nº 13.295 (resultante da conversão em lei da Medida Provisória nº 707/2015), a qual alterou a Lei nº 12.651/2012, para o fim de, dentre outras modificações, prorrogar o prazo para a inscrição das propriedades rurais no Cadastro Ambiental Rural (CAR), até o dia 31.12.2017 (prazo este prorrogável por mais um ano, por ato do Poder Executivo).

Foi publicada, em 13.06.2016, a Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) nº 1.651, que estabelece normas e procedimentos para a apresentação da Declaração do ITR (DITR), referente ao exercício de 2016, a qual deverá ser transmitida à RFB, no período de 22.08 a 30.09.2016.

Lei Estadual (RJ) nº 7.297/2016

Altera disposições da Lei Estadual nº 7.116/2016, referentes à rescisão de parcelamentos de débitos Cooperação em matéria tributária

e aduaneira entre Brasil e Espanha

Países firmam declaração de intenções

Lei nº 13.295/2016

Prorroga, para 31.12.2017, o prazo para a inscrição das propriedades rurais no CAR

Instrução Normativa RFB nº 1.651/2016

Dispõe sobre a apresentação da DITR do exercício de 2016

LEGISLAÇÃO A íntegra da Instrução Normativa RFB nº 1.651/2016 pode ser acessada no seguinte endereço eletrônico: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=74686

4

EDIÇÃO Nº 16 JULHO 2016Informativo Tributário

Vale ressaltar que, para fins de não incidência do ITR, é necessário observar a legislação aplicável ao CAR.

Para ler a íntegra da Lei nº 13.295/2016, por favor, acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13295.htm

Em 21.07.2016, foi publicada a Lei nº 13.315 (resultante da conversão em lei da Medida Provisória nº 713/2016), que reduz a alíquota do IRRF, de 25% para 6%, incidente sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, destinados à cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes no Brasil, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais, até o limite global de R$ 20.000,00, ao mês.

Essa redução de alíquota, no entanto, não se aplica ao caso de beneficiário residente ou domiciliado em país ou dependência com tributação favorecida ou de pessoa física ou jurídica submetida a regime fiscal privilegiado.

Além disso, essa lei prevê que não estão sujeitas ao IRRF as remessas:

(i) destinadas ao exterior para fins educacionais, científicos ou culturais, inclusive para pagamento de taxas escolares, de taxas de inscrição em congressos, conclaves, seminários ou assemelhados e de taxas de exames de proficiência; e

(ii) efetuadas por pessoas físicas residentes no Brasil, para cobertura de despesas médico-hospitalares com tratamento de saúde, no exterior, do remetente ou de seus dependentes.

Para ler a íntegra da Lei nº 13.315/2016, por favor, acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13315.htm

Lei nº 13.315/2016

Reduz a alíquota do IRRF, de 25% para 6%, na remessa para o exterior de valores destinados à cobertura de gastos pessoais, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais

5

EDIÇÃO Nº 16 JULHO 2016Informativo Tributário

Foi publicada, em 03.06.2016, a Solução de Consulta da Coordenação-Geral de Tributação (COSIT) nº 99007, que manifestou o entendimento da RFB de que os valores obtidos, referentes à cessão de precatórios adquiridos de terceiros, configuram receita bruta da pessoa jurídica optante pelo lucro presumido, cujo objeto social seja o de transacionar esses direitos creditórios, devendo a base de cálculo do IRPJ e da CSLL ser apurada, com a utilização do percentual de presunção de 32%.

Ademais, por falta de amparo legal, os custos referentes à aquisição desses direitos creditórios não podem ser excluídos, para fins de apuração da receita bruta tributável, bem como para a verificação do limite de receita estabelecido para a adoção dessa sistemática de tributação.

O mesmo entendimento –– quanto à tributação e à impossibilidade de se deduzir os custos de referentes à aquisição –– também se aplica ao PIS e à COFINS, na modalidade cumulativa.

Para ler a íntegra da Solução de Consulta COSIT nº 99.007/2016, por favor, acesse: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=74462

Foi publicada, em 08.06.2016, a Solução de Consulta COSIT nº 77, em que se estabeleceu o entendimento de que o ganho patrimonial obtido pela cessionária, na aquisição de prejuízos fiscais ou bases de cálculo negativas da CSLL, por meio de doação ou venda com deságio, para utilização na quitação antecipada do parcelamento instituído pela Lei nº 11.941/2009, nos termos do art. 33 da Lei nº 13.043/2014, é tributável pela legislação do IRPJ e da CSLL.

Entendeu-se que a transferência desses créditos fiscais configura uma cessão de direitos, equivalente a uma operação de compra e venda ou de doação, a depender da onerosidade ou não, e deve sofrer incidência do IRPJ e da CSLL, pela empresa cessionária, apenas quando lhe resultar em ganho patrimonial.

Para ler a íntegra da Solução de Consulta COSIT nº 77/2016, por favor, acesse: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=74597

Solução de Consulta COSIT nº 99.007/2016

Incidência de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS sobre valores obtidos por pessoa jurídica optante pelo lucro presumido, referentes à cessão de precatórios adquiridos de terceiros

Solução de Consulta COSIT nº 77/2016

O ganho patrimonial obtido pela cessionária na aquisição de prejuízos fiscais ou bases de cálculo negativas da CSLL, por meio de doação ou venda com deságio, para utilização na quitação antecipada de parcelamento, é tributável pela legislação do IRPJ e da CSLL

JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA

6

EDIÇÃO Nº 16 JULHO 2016Informativo Tributário

A COSIT, na Solução de Consulta nº 84, que foi publicada em 16.06.2016, manifestou-se no sentido de que, a partir da publicação da Lei nº 11.941/2009, a base de cálculo do PIS e da COFINS, no regime de apuração cumulativo, também alcança as receitas decorrentes do recebimento de juros sobre o capital próprio, auferidas por pessoa jurídica, cujo objeto social seja a participação no capital social de outras sociedades.

Para ler a íntegra da Solução de Consulta COSIT nº 84/2016, por favor, acesse: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=74877

A 1ª Turma Ordinária da 2ª Câmara da 2ª Seção do CARF, por maioria de votos, em acórdão publicado em 24.02.2016, deu parcial provimento a recurso voluntário do contribuinte, para excluir do lançamento fiscal a cobrança de IRRF relacionado a planos de opção de compra de ações não exercidas por executivos que deixaram a empresa.

O CARF decidiu que planos de opção de compra de ações devem ser considerados como acréscimo patrimonial, o que ocorre somente quando o empregado, de fato, adquire os bens, sendo fato gerador de IRRF. Todavia, se o empregado deixar a empresa antes do vencimento do prazo de carência para o exercício das opções, não há rendimento, e, consequentemente, não incide o tributo.

Até a edição deste Informativo, a referida decisão não havia se tornado definitiva.

Para ler a íntegra do Acórdão nº 2201-002.766, proferido nos autos do Processo Administrativo nº 16327.721362/2012-37, por favor, acesse:https://carf.fazenda.gov.br

A 1ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 2ª Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), por maioria de votos, por meio de acórdão publicado em 19.01.2016, deu provimento a recurso voluntário interposto pelo contribuinte, para reconhecer nulidade do lançamento, tendo em vista que nem todos os responsáveis solidários pelo crédito tributário haviam sido regularmente notificados.

Solução de Consulta COSIT nº 84/2016

Receitas decorrentes do recebimento de juros sobre o capital próprio auferidas por pessoa jurídica, cujo objeto social seja a participação no capital social de outras sociedades, devem se sujeitar ao PIS e à COFINS, na modalidade cumulativa

Processo Administrativo nº 16327.721362/2012-37

Turma do CARF decide que a incidência de IRRF sobre planos de opção de compra de ações depende de seu exercício

Processo Administrativo nº 19563.000083/2007-74

Turma do CARF entende que, em caso de responsabilidade tributária solidária, todos os sujeitos passivos devem ser notificados, sob pena de nulidade do lançamento

O CARF decidiu, assim, que é dever legal e constitucional da Administração Tributária proceder à notificação de todos os responsáveis solidários pelo crédito tributário constituído, de modo que, no precedente em questão, ao deixar de cientificá-los do lançamento, restou violada a garantia constitucional do devido processo legal, e, por consequência, cerceado o direito de defesa dos interessados.

Por fim, entendeu-se que tal vício não poderia ser sanado, eis que a intimação dos responsáveis tributários, quando solidários, seria requisito intrínseco à validade do lançamento, a qual deveria ocorrer dentro do prazo decadencial.

Até a edição deste Informativo, a referida decisão não havia se tornado definitiva.

Para ler a íntegra do Acórdão nº 2301-004.372, proferido nos autos do Processo Administrativo nº 19563.000083/2007-74, por favor, acesse: https://carf.fazenda.gov.br

7

EDIÇÃO Nº 16 JULHO 2016Informativo Tributário

Foi publicado acórdão, em 13.04.2016, em que a 2ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF), por maioria de votos, deu provimento a recurso especial da Fazenda Nacional, por entender que a concessão de assistência médica equivalente a todos os empregados é condição para não incidência de contribuições previdenciárias.

Dessa forma, a CSRF decidiu que os valores relativos à assistência médica integram o salário de contribuição, quando os planos e as coberturas não são igualitários para todos os segurados. Assim, para cumprir a hipótese de não incidência, é necessária a extensão do plano de saúde para todos os empregados, com a mesma cobertura.

Até a edição deste Informativo, a referida decisão não havia se tornado definitiva.

Para ler a íntegra do Acórdão nº 9202-003.846, proferido nos autos do Processo Administrativo nº 10860.720741/2011-03, por favor, acesse: https://carf.fazenda.gov.br

A 1a Turma da CSRF proferiu acórdão, por maioria de votos, que foi publicado em 08.06.2016, reconhecendo que não há previsão legal para que se exija a adição à base de cálculo da CSLL da amortização do ágio pago na aquisição de investimento avaliado pela equivalência patrimonial.

Com efeito, entendeu-se que não se aplica ao caso o art. 57 da Lei nº 8.981/1995, de acordo com o qual se aplicam à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para o IRPJ, porque o referido dispositivo não

A 3ª Turma da CSRF, por maioria de votos, em acórdão publicado em 24.06.2016, deu provimento a recurso especial interposto pela Fazenda Nacional, para determinar que o IRRF deve ser incluído na base de cálculo da CIDE na hipótese de importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas, a cada mês, a residentes ou domiciliados no exterior, a título de remuneração decorrente das obrigações contraídas em decorrência de prestação de serviços técnicos e assistência administrativa.

Até a edição deste Informativo, a referida decisão não havia se tornado definitiva.

Para ler a íntegra do Acórdão nº 9303-004.142, proferido nos autos do Processo Administrativo nº 16643.000121/2010-14, por favor, acesse: https://carf.fazenda.gov.br

Processo Administrativo nº 10860.720741/2011-03

2ª Turma da CSRF decide que os valores relativos à assistência médica integram o salário de contribuição, quando os planos e as coberturas não são igualitários para todos os segurados

Processo Administrativo nº 12898.001543/2009-12

1ª Turma da CSRF permite amortização antecipada de ágio

Processo Administrativo nº 16643.000121/2010-14

3ª Turma da CSRF decide que o IRRF deve ser incluído na base de cálculo da CIDE

determina que haja identidade entre as bases de cálculo da CSLL e do IRPJ.

Ainda de acordo com o acórdão, para que se possa considerar indedutível um dispêndio na apuração da base de cálculo da CSLL, não é suficiente a simples argumentação de que tal dispêndio é indedutível na determinação do lucro real, sendo necessária disposição de lei nesse sentido.

Até a edição deste Informativo, a referida decisão não havia se tornado definitiva.

Para ler a íntegra do Acórdão nº 9101.002.310, proferido nos autos do Processo Administrativo nº 12898.001543/2009-12, por favor, acesse: https://carf.fazenda.gov.br

8

EDIÇÃO Nº 16 JULHO 2016Informativo Tributário

A 2ª Turma da CSRF, por unanimidade de votos, decidiu, em acórdão publicado em 16.02.2016, que, havendo pagamento do tributo, ainda que parcial, o termo de início do prazo de cinco anos para a Fazenda Pública exercer seu direito de revisá-lo e constituir o crédito, é a data da ocorrência do fato gerador, conforme o art. 150, § 4º, do Código Tributário Nacional (CTN). Por outro lado, inexistindo tal pagamento, o prazo se inicia no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado, nos moldes do art. 173, I, do CTN.

Trata-se de entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no julgamento do Recurso Especial nº 973.733/SC, representativo da controvérsia, cujo entendimento foi aplicado pela CSRF, com base em seu regimento interno.

Até a edição deste Informativo, a referida decisão não havia se tornado definitiva.

Para ler a íntegra do Acórdão nº 9202-003.702, proferido nos autos do Processo Administrativo nº 10850.002612/2001-79, por favor, acesse: https://carf.fazenda.gov.br

A 1ª Turma da CSRF, por unanimidade, em acórdão publicado em 18.05.2016, negou provimento a recurso especial interposto pela Fazenda Nacional, para afastar a incidência de IRPJ e CSLL sobre os valores de incentivo fiscal de ICMS concedido pelo Estado do Ceará –– com base na Lei Estadual (CE) nº 10.367/1979 ––, por entender que a natureza desse incentivo seria de subvenção para investimento e não para custeio.

Processo Administrativo nº 10850.002612/2001-79

2ª Turma da CSRF entende que, em caso de pagamento do tributo, ainda que parcial, o prazo decadencial tem início na data da ocorrência do fato gerador

Processo Administrativo nº 10380.016589/2008-50

1ª Turma da CSRF afasta incidência de IRPJ e CSLL sobre incentivo fiscal

Até a edição deste Informativo, a referida decisão não havia se tornado definitiva.

Para ler a íntegra do Acórdão nº 9101-002.329, proferido nos autos do Processo Administrativo nº 10380.016589/2008-50, por favor, acesse: https://carf.fazenda.gov.br

9

EDIÇÃO Nº 16 JULHO 2016Informativo Tributário

O juízo da 8ª Vara Federal de Campinas, SP, anulou decisão proferida pelo CARF, que havia mantido o lançamento de crédito tributário, pelo voto de qualidade do Presidente da Turma, representante da Fazenda Nacional, tendo em vista que o julgamento restou empatado.

De acordo com a sentença, havendo dúvidas objetivas sobre a interpretação do fato jurídico tributário, a questão não poderia ser resolvida por voto de qualidade –– em desfavor do contribuinte —, pois, ao verificar o empate, a turma julgadora administrativa deveria proclamar o resultado do julgamento em favor do contribuinte.

A decisão judicial, fundamentada no art. 112 do CTN, segundo o qual a lei tributária que define infrações deve ser interpretada da maneira mais favorável ao contribuinte, entendeu que o Fisco não apurou devidamente a infração, de modo a ensejar a convicção quanto às suas ocorrência e características.

Até a edição deste Informativo, a referida decisão, que foi publicada em 30.05.2016, não havia transitado em julgado.

Para ler a íntegra da sentença do Mandado de Segurança nº 0013044-60.2015.4.03.6105, por favor, acesse: http://web.trf3.jus.br/diario/Consulta/VisualizarDocumento?CodigoTipoPublicacao=6&CodigoOrgao=2&CodigoDocumento=2437&IdMateria=551275

O juízo da 3ª Vara Federal de São Paulo determinou o pagamento de multa, no valor de R$ 100.000,00 (correspondente a 1% do valor da causa), pela União Federal, em razão da demora da RFB em consolidar os débitos do contribuinte, no programa de parcelamento de dívidas tributárias, com desconto em multas e juros, instituído pela Lei nº 11.941/2009.

Apesar de ter aderido à anistia, mediante pagamento à vista de seus débitos, a RFB, passados três anos dessa adesão, não havia confirmado a extinção da dívida quitada.

Até a edição deste Informativo, a referida decisão que foi publicada em 08.07.2016, não havia transitado em julgado.

Para ler a íntegra da decisão proferida nos autos da Execução Fiscal nº 0548397-63.1998.4.03.6182, por favor, acesse: http://www.jfsp.jus.br/

O juízo da 1ª Vara Federal de Curitiba, PR, concedeu parcialmente a segurança pleiteada por contribuinte, em mandado de segurança, confirmando a liminar anteriormente deferida, para reconhecer o direito ao crédito de PIS/COFINS sobre suas despesas financeiras, geradas por empréstimos bancários, a partir da vigência do Decreto nº 8.426/2015, que estabeleceu as alíquotas de 4% de COFINS e 0,65% de PIS sobre receitas financeiras, sem a autorização do uso de créditos sobre tais despesas financeiras.

A empresa alegou que a proibição de aproveitamento desses créditos viola o princípio constitucional da não cumulatividade, o que foi acatado pela sentença.

Mandado de Segurança nº 0013044-60.2015.4.03.6105

Justiça Federal de Campinas anula decisão proferida pelo CARF, com base em voto de qualidade

Execução Fiscal nº 0548397-63.1998.4.03.6182

Justiça Federal de SP fixa multa da União Federal para empresa, por demora na consolidação em programa de parcelamento incentivado

Mandado de Segurança nº 5055150-53.2015.4.04.7000

Justiça Federal de Curitiba autoriza uso de créditos de PIS e COFINS sobre despesas financeiras

JURISPRUDÊNCIA JUDICIAL

10

EDIÇÃO Nº 16 JULHO 2016Informativo Tributário

Até a edição deste Informativo, a referida decisão, que foi publicada em 26.06.2016, não havia transitado em julgado.

Para ler a íntegra da decisão proferida nos autos do Mandado de Segurança nº 5055150-53.2015.4.04.7000, por favor, acesse: http://www.jfpr.jus.br/

A 9ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) decidiu que o protesto de certidão de dívida ativa (CDA) é medida ilegal e inconstitucional.

De acordo com a decisão, a Fazenda Pública não pode protestar a CDA, tendo em vista a existência de mecanismos próprios previstos na lei tributária, eis que a dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída, o que dispensa a Administração Tributária de demonstrar a impontualidade e o inadimplemento do devedor.

Afirmou-se, ainda, que o protesto de CDA não pode ser modo de cobrança de dívida, porque viola o princípio da legalidade que deve ser observado pela Administração Tributária, contrariando o CTN e a Constituição Federal, pois sua finalidade é apenas constranger o contribuinte a pagar.

Vale notar que essa decisão do TJ/SP contraria julgado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), proferido nos autos do Recurso Especial nº 1.126.515/PR, segundo o qual o protesto de CDA é medida legal.

Até a edição deste Informativo, a referida decisão, que foi publicada em 12.02.2016, não havia transitado em julgado.

Para obter informações a respeito do julgamento da Apelação nº 0001415-44.2015.8.26.0664, por favor, acesse: http://esaj.tjsp.jus.br/cpo/sg/search.do?conversationId=&paginaConsulta=1&localPesquisa.cdLocal=-1&cbPesquisa=NUMPROC&tipoNuProcesso=UNIFICADO&numeroDigitoAnoUnificado=0001415-44.2015&foroNumeroUnificado=0664&dePesquisaNuUnificado=00-01415-44.2015.8.26.0664&dePesquisaNuAntigo=

A 2ª Turma do STJ, por maioria de votos, deu provimento a recurso especial interposto por uma empresa fabricante de gêneros alimentícios, para assegurar seu direito de aproveitar os créditos de PIS e COFINS, decorrentes da aquisição de materiais de limpeza e desinfecção, bem como serviços de dedetização aplicados no seu ambiente produtivo, tendo em vista que tais aquisições poderiam ser enquadradas no conceito de insumos, previsto no art. 3º, II, das Leis nos 10.637/2002 e 10.833/2003.

Até a edição deste Informativo, a referida decisão, publicada em 29.06.2015 –– e mantida, após julgamento de recursos, em 25.09.2015 e 08.06.2016 ––, não havia transitado em julgado.

Para obter informações a respeito do julgamento do Recurso Especial nº 1.246.317/MG, por favor, acesse: https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1089882&num_registro=201100668193&data=20150629&formato=PDF

O Relator da Ação Cautelar nº 4.129/SC, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar para suspender o pagamento do IPI objeto dos autos do Recurso Extraordinário n° 946.648/SC.

O tributo em questão está sendo cobrado, tanto na revenda, ao mercado nacional, dos produtos importados pelo contribuinte, quanto no momento da importação, o que, de acordo com o contribuinte, viola o principio da isonomia, ante a oneração excessiva do importador em relação à indústria nacional.

A decisão ressaltou a inexistência de dano inverso à Fazenda

Apelação nº 0001415-44.2015.8.26.0664

9ª Câmara de Direito Público do TJSP decide que protesto de CDA é inconstitucional e ilegal, contrariando jurisprudência do STJ

Recurso Especial nº 1.246.317/MG

2ª Turma do STJ manifesta-se sobre a possibilidade de créditos de PIS/COFINS, em relação a insumos adquiridos por empresa alimentícia

Ação Cautelar nº 4.129/SC

Relator da ação, em curso no STF, concede liminar para suspender incidência de IPI na importação para revenda

11

EDIÇÃO Nº 16 JULHO 2016Informativo Tributário

Nacional, com o acolhimento do pedido liminar, posto que a mercadoria importada já saiu do estabelecimento do contribuinte, não sendo tal fato objeto da incidência tributária, à época, em razão de decisão judicial.

Até a edição deste Informativo, a referida decisão, que foi publicada em 09.06.2016, não havia transitado em julgado.

Para obter informações a respeito do julgamento da Ação Cautelar nº 4.129/SC, por favor, acesse:http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4129&classe=AC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M

Av. Rio Branco, 125, 21º Andar

CEP 20040-006

Tel.: (+5521) 2517-6300

Fax: (+5521) 2221-5070

Alameda Santos, 2300, 11º andar

CEP 01418-200

Tel.: (+5511) 3061-3088

Fax: (+5511) 3061-3637

RIO DE JANEIRO, RJ

WWW.LOBOEIBEAS.COM.BR

SÃO PAULO, SP

Equipe Editorial

[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@loboeibeas.com.br

Frederico Estellita de Macedo RegoRenata Novotny

Lauro de Oliveira ViannaLuiz Gustavo Gouveia Neves

Eugênia Caminha PaivaGuilherme Paes de Barros Geraldi

Fabiana DicksteinVitor Obeica NascimentoLaís Barbosa Ravagnani

Isabela Rodrigues T. A. KleinCarlos Eduardo de Barros Salles

Caroline Montalvão Araújo