informativo sbc-05_set-out-nov_2012

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sbc informativo Sociedades latino-americanas querem promover intercâmbio com a SBC Comissão Organizadora divulga prazo para inscrição de Temas Livres e mostra atrativos de Florianópolis CBC 2013 Osmar Avanzi Entrevista Médicos devem trabalhar doentes? Artigo Cirurgião da Coluna abastece a sua energia no fundo do mar Mens Sana 05 SBC Sociedade Brasileira de Coluna SET/OUT/NOV 2012 Custos de procedimentos cirúrgicos das patologias da CV aumentaram nos últimos cinco anos Atualidade Conheça o resultado final dos candidatos aprovados no Exame 2012 para ingresso na SBC Novos Sócios

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Informativo Sociedade Brasileira de Coluna nº 5 SETEMBRO/OUTUBRO/NOVEMBRO-2012

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Page 1: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

sbcinformativo

Sociedades latino-americanas querem promover intercâmbio com a SBC

Comissão Organizadora divulga prazo para inscrição de Temas Livres e mostra atrativosde Florianópolis

CBC 2013

Osmar AvanziEntrevista

Médicos devem trabalhar doentes?

Artigo

Cirurgião da Coluna abastece a sua energia no fundo do mar

Mens Sana

05

SBCSociedade Brasileira de Coluna

SET/OUT/NOV2012

Custos de procedimentos cirúrgicos das patologias da CV aumentaram nos últimos cinco anos

Atualidade

Conheça o resultado final dos candidatos aprovados no Exame 2012 para ingresso na SBC

Novos Sócios

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02

nestae d i ç ã o

Cirurgião de coluna descobre um mundo novo nas profundezas do mar

Comissão Organizadora divulga prazo para inscrição de Temas Livres

Mens Sana

CBC 2013

/12

/06

Atualidade/22Pesquisa mostra que custos dos tratamentos cirúrgicos para a coluna estão aumentando

Sociedade/18Comissão de Capacitação Profissional divulga novos sócios que ingressam na Sociedade

Entrevista/10Ex-presidente Osmar Avanzi conta como foi a estruturação da SBC e sua importância para os cirurgiões de coluna do Brasil

Fórum/08Um interessante caso clínico enviado da Coreia do Sul

Atuação/15Comitê de Coluna da Sociedade Chilena de Ortopedia e Traumatologia e SILACO querem promover intercâmbio com a SBC

Embratur

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03

Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012

Asas à motivação Este é o último editorial que escrevo como presidente, e já ao final da minha

gestão, pensei em trazer aos nossos leitores um assunto bastante distinto dos

anteriores: motivação.

Motivação para continuar envolvido com o atendimento e tratamento aos

pacientes. Após mais de 20 anos fazendo a “mesma coisa”, como manter

a satisfação da rotina médica? Há algumas semanas conversava com uma

cardiologista que estava realizando a monitoração transesofágica em tempo real

de um paciente cardiopata em comum com hipertensão pulmonar e cifoescoliose

grave, e enquanto o anestesista preparava o paciente, ela me perguntou há

quanto tempo tratava dessas crianças. Disse-lhe isto, uns 20 anos. E ela me

indagou, 20? Vinte e alguns anos. Na verdade, farei 30 anos no ano que vem, mas

ainda me realizo tratando das deformidades complexas da coluna das crianças e

dos adolescentes.

Tenho a certeza de que as doenças são as mesmas, mas o conhecimento

a respeito delas e o tratamento não, como era o caso daquele dia, em que o

desfecho cirúrgico foi ótimo. O paciente saiu bem, teve alta hospitalar com

sete dias e com um ecocardiograma melhor que o de entrada no atendimento

hospitalar. Pergunto. Como não seria possível ter satisfação com a reabilitação,

com o resultado, com a alegria da família e do próprio paciente?

Neste caso em particular, em que apesar de o paciente ter paralisia cerebral,

mas com bom cognitivo e distúrbio da fala, foi gratificante o momento da alta.

Ao me despedir, ele esticou os braços para me dar um abraço, fato que me

sensibilizou e mais ainda quando a irmã cuidadora disse que ele nunca havia

feito assim com uma pessoa estranha à família.

Por esses e outros motivos, acredito firmemente na realização de um trabalho

cotidiano renovador, aliado aos avanços do conhecimento médico e das novas

tecnologias a serviço da Medicina, que, quando bem utilizados, podem abreviar e

melhorar o resultado final do tratamento.

Além da motivação, sempre desafiadora, especialmente para os cirurgiões

de coluna, é imprescindível buscar a realização profissional, a qual deve ser

contemplada com honorários condizentes com a extensão e o tempo dedicado

ao paciente.

Na esfera associativa, considero um privilégio ter participado ativamente dos

rumos da SBC durante os dois últimos anos ao lado da minha diretoria, que

sempre foi coesa e suportiva onde mantivemos o pensamento voltado para os

interesses dos cirurgiões de coluna: ortopedistas e neurocirurgiões.

Luis Eduardo Munhoz da Rocha

Presidente da Sociedade Brasileira de Coluna

presidentep a l a v r a d o

Page 4: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

04

Expediente

Presidente: Dr. Luis Eduardo Munhoz da Rocha              Vice-Presidente: Dr. Carlos Henrique Ribeiro                 1º Secretário: Dr. Mauro dos Santos Volpi 2º Secretário: Dr. Marcelo Wajchenberg                1º Tesoureiro: Dr. Alexandre Fogaça Cristante       2º Tesoureiro: Dr. Asdrubal Falavigna   

Jornalista Responsável: Gilmara Gil – MTBRS 5439e-mail: [email protected] Editorial: Dr. Eduardo Gil França Gomese-mail: [email protected]: Dr. Sérgio Zylbersztejn e-mail: [email protected] final e editoração: Luciano Maciel

Colaboram nesta edição: Drs. Eduardo Gil, Guilherme P.C. Meyer, Gun Choi (Coreia do Sul), Nelson Kavalciuk, Sérgio Zylbersztejn

Periodicidade: Trimestral Impressão: Gráfica PallottiRepresentante de Publicidade: Binotto ComunicaçãoTelefone: (51) 3209.2041Fax: (51) 3209.2048Celular: (51) 9116.2224e-mail: [email protected]

Os artigos são de inteira responsabilidade de seus autores.

Endereço:

Sociedade Brasileira de Coluna – SBCAlameda Lorena, 1304 - sala 1406 CEP: 01424-001 - São Paulo - SPTelefax: (11) 3088.6615Endereço eletrônico: [email protected] www.coluna.com.brSecretária: Ana Maria Cella

Fale com o Informativo SBC enviando sugestões de assuntos para a próxima edição: [email protected]

SBCSociedade Brasileira de Coluna

ÓRGÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE COLUNA

Neuronavegação

Li, com surpresa, o artigo sobre Cirurgia de coluna por

neuronavegação no Informativo 04 Jun/Jul/Ago/2012, página

9, que começa dizendo que “Pela primeira vez no Brasil foi

realizada uma cirurgia de coluna auxiliada por neuronavegação”.

O Dr. Luiz Roberto Aguiar, neurocirurgião de Curitiba, há mais

de cinco anos vem realizando cirurgias de coluna auxiliadas

por neuronavegação. Ele é conhecido nacionalmente, tendo

divulgado esta técnica em inúmeros congressos e cursos.

Fernando Schmidt

A edição Informativo Coluna - Jun/Jul/Ago - página 09 traz

matéria sobre cirurgia com neuronavegação realizada por mim

Gostaria de frisar que, no primeiro parágrafo, menciona-se

que foi a “primeira vez no Brasil”. Não é de meu conhecimento

que já estejam utilizando a técnica de rotina no país, porém esta

informação não foi dita por mim em nenhum momento.

Na entrevista, apenas comentei que foi a primeira vez

que utilizamos a técnica na Unicamp. Deixo isso claro,

uma vez que, caso algum outro colega tenha sido pioneiro

na técnica, o mesmo pode se sentir ofendido.

Andrei F. Joaquim

Nota da redação: O texto do Informativo não ficou claro. A

matéria destacou o fato de o Hospital de Clínicas da Unicamp

ter realizado no mês de março deste ano a primeira cirurgia

auxiliada por neuronavegação no país por meio do SUS. E que

o avançado procedimento foi feito pelo Dr. Andrei Fernandes

Joaquim, do Departamento de Neurologia da Faculdade de

Ciências Médicas (FCM) Unicamp.

cartad o l e i t o r

Page 5: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

05

Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012

Tapete vermelho para o cirurgião de coluna

Caro leitor do informativo.

Chega às suas mãos uma nova e atrativa edição da nossa

revista. O trabalho conjunto dos editores, unificado ao de toda

a equipe — incluindo o apoio logístico da secretaria da Sociedade —,

produz uma dose de endorfina que faz com que nos esqueçamos do trabalho

simultâneo que realizamos na prática médica. Confiram o nosso conteúdo.

Esta Opinião está centrada na importância do tapete vermelho e na

resiliência do médico (www.cmaj.ca - outubro 2012).

A magia de pisar em um tapete vermelho induz a um clima de sucesso.

Afinal, sucesso combina com talento, fama e satisfação pessoal ou coletiva,

quando se trabalha em equipe. Entretanto, o motivo que nos impulsiona

no ato de ser médico é o de aliviar as dores e corrigir as deformidades de

nossos pacientes com patologias na coluna vertebral. O que há 40 anos

era simples, hoje a tecnologia faz com que possamos nos aventurar em

correções inacreditáveis; uso de instrumentais, por exemplo, que removem

a necessidade de coletes gessados.

Esta mudança de paradigma na área da coluna nutre entre nós um

sentimento de super-homens, acima do bem e do mal. Na realidade, o uso

da tecnologia cria uma expectativa de melhores resultados e um inevitável

estresse. Situação essa que pode nos fazer muito mal.

A impressão que temos é a de que o médico é portador de uma resiliência

que o torna imune aos maus resultados ou complicações inerentes a um

tratamento médico.

Para onde vamos e como vamos? Um sinal estimulante e provocativo

pode ser esta mensagem, que induz a pensarmos se a aparente fortaleza que

somos não esconde uma grande fragilidade em nossas ações.

Boa leitura!

Sergio Zylbersztejn

Editor

“Cada leitor é,

quando lê, um leitor de

si mesmo

”Marcel Proust

opinião

Page 6: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

06

evento

O Congresso Brasileiro da Coluna (CBC 2013) será

realizado de 27 a 30 de abril, em Florianópolis

(SC), no Hotel Costão do Santinho, localizado

na Praia do Santinho.

A comissão organizadora está trabalhando para oferecer um

evento de alta qualidade científica.

Os trabalhos científicos receberam especial atenção com a

abertura de um espaço para a apresentação de até 48 temas

livres orais e a criação de uma comissão específica para os

trabalhos científicos.

A data limite para inscrição dos trabalhos é até 31 de janeiro

de 2013 e não será prorrogada.

Para inscrever um trabalho científico na categoria Tema Livre

Oral será necessário enviar o trabalho completo, de acordo com

as normas da revista COLUNA/COLUMNA. Para as categorias

Pôster Eletrônico e Pôster Tradicional será exigido apenas o

resumo do trabalho.

Os melhores trabalhos da categoria Tema Livre Oral poderão

ser escolhidos para publicação no European Spine Journal e

na revista COLUNA/COLUMNA, numa parceria inédita entre

a SBC e a ESS. Também os doze melhores Temas Livres Orais

Vem aí o CBC 2013

Divulgação

Page 7: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

07

Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012

serão escolhidos para apresentação no Summer NASS,

em julho próximo, na cidade de Naples, na Flórida.

Segundo informa o presidente do CBC2013,

André Luís Andújar, três cursos pré-congresso já

estão confirmados: Scoliosis Research Society (SRS),

AOSpine e CCMI-SBC, que ocuparão as atividades

científicas de sábado (27/4). No domingo (28/4)

ocorrerá, no período da tarde, o II Encontro Argentina-

Brasil de Coluna.

Com a presença confirmada até o momento de 11

convidados internacionais, entre eles os professores

Behrooz A. Akbarnia, Carlos Jardim, Harry Shufflebarger,

Horácio Sarramea, Jeremy Fairbanks, Kamal Ibrahim,

Florianópolis é a capital do Estado de Santa Catarina.

Seu território compreende toda a ilha de Santa Catarina

e uma pequena parte do continente. A Ilha comunica-se

ao continente por meio de três pontes. A mais antiga

delas, a ponte Hercílio Luz, construída em 1926, é o mais

famoso cartão-postal da cidade. Permanece fechada para

reforma, sendo a única ponte pênsil no seu estilo ainda

existente no mundo.

Florianópolis ou Floripa, como é conhecida, é a capital

com melhor qualidade de vida do Brasil. No seu Centro

Histórico, concentra-se a maior parte da infraestrutura e

atrativos turísticos. Hotéis, bares, restaurantes, antigas

casas açorianas tombadas como Patrimônio Histórico. Uma

visita imperdível é o Mercado Público, construído em 1898.

O clima apresenta as quatro estações bem definidas,

com precipitação bem distribuída ao longo do ano. No

mês de abril, época do CBC2013, as águas do mar ainda

estão aquecidas pelo sol do verão.

As temperaturas no outono costumam ser amenas,

variando de 17ºC a 26ºC. No lado oeste da ilha, pode-se

contemplar o mais belo pôr do sol.

À noite, a ilha é festeira. Boa música e comida,

principalmente na Lagoa da Conceição, por conta

da movimentação de seus bares descolados e da

circulação de gente bonita.

Conhecendo Floripa

Floripa é a capital com menor taxa de analfabetismo no Brasil (IBGE

2010); a cidade também apresenta a menor taxa de mortalidade

infantil do país (8.8 por 1000).

A população é de 421 mil habitantes (IBGE 2010).

É a cidade número 1 no Brasil em plantio de árvores, e está entre

as 10 mais do mundo.

A ilha possui 42 praias que encantam por suas belezas. São

destaques as praias do Santinho, onde está instalado o Costão

do Santinho Resort, local do CBC2013, Jurerê, Ingleses,

Joaquina e Canasvieiras.

A gastronomia é simples, mas rica em sabores. Os elementos

principais são os peixes e camarões. As ostras são desenvolvidas

na própria Ilha, região que é responsável por 70% da produção

nacional. A sequência de camarão é o prato que não pode faltar no

cardápio dos turistas que visitam Florianópolis.

Marinus de Kleuver, Michael H. Haggeness, Sirgud Berven e Steve

Richards, o programa científico do CBC2013 já está praticamente

finalizado.

Visite o site do congresso (www.cbc2013.com.br) e faça sua

inscrição antecipada com desconto especial.

O CBC2013 é uma grande oportunidade para a atualização em

cirurgia da coluna, constituindo-se no mais importante evento da

SBC.

Outro atrativo é a possibilidade de desfrutar do conforto do

Hotel Costão do Santinho e de conhecer ou revisitar as belezas da

Ilha da Magia, como é conhecida Florianópolis.

“Junte-se a nós. Florianópolis e os catarinenses esperam você

de braços abertos”, enfatiza Andújar.

PMF

Page 8: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

08

fórumi n t e r a t i v o

Tratamento minimamente invasivo focado nos sintomasPaciente: sexo masculino, médico.

Idade: 75 anos.

História: Apresenta quadro de dor no

membro inferior direito (MID) e na região

glútea direita há seis semanas. Refere

diminuição de força no MID associada aos

sintomas. Nega dores lombares crônicas.

Durante o exame notou-se força grau IV

para extensão do joelho e dorsiflexão do

tornozelo. Sem outras alterações.

Imagem:

Os exames de imagem mostraram uma

espondilolistese lítica grau I L4-5 (fig.1)

e uma hérnia de disco extrusa e migrada

cranialmente no mesmo nível. Além

disso, o nível L5-S1 apresenta sinais de

degeneração discal (fig. 2).

Diagnóstico: Dentre as opções

terapêuticas foram analisadas as

seguintes opções:

1- Fusão com TLIF L4-5 e

descompressão.

2- Fusão com TLIF L4-5 e L5-S1

3- Simples microdiscectomia convencional

4- Discectomia endoscópica

Comentários a respeito

da opção cirúrgica adotada:

O tratamento deve ser focado nos

sintomas do paciente e não apenas

em exames de imagem. Este paciente

apresenta uma lise bilateral das pars,

mas nunca se queixou de dor lombar.

A discectomia endoscópica é uma opção

minimamente invasiva que preserva o disco

e as estruturas anatômicas ao redor. Dessa

forma, o fragmento extruso, considerado o

causador dos sintomas no momento, pode

ser removido sem maiores consequências.

O endoscópio foi posicionado no espaço

epidural sem dano ao disco L4-5. A

recuperação foi rápida e permitiu que o

paciente retornasse ao seu trabalho em

pouco tempo. As possíveis complicações

de uma artrodese, como degeneração

do segmento adjacente, falha de fusão,

entre outras, foram evitadas. Ainda

assim, caso o paciente necessite de

uma artrodese no futuro em decorrência

da espondilolistese, sua coluna pode

ser considerada “virgem”, tornando o

procedimento menos complicado.

O caso clínico em foco reflete bem

a filosofia do Wooridul. Abordagens

minimamente invasivas, preservação do

tecido normal e eficácia no tratamento.

O caso clínico desta edição é uma colaboração do Dr. Gun Choi (Wooridul Spine Hospital – Seul – Coreia do Sul) e do Dr. Guilherme P. C. Meyer (Fellow – Wooridul Spine Hospital – Seul – Coreia do Sul)

Técnicas Modernas e Avanços da Cirurgia da Coluna Vertebral

Data: 23 e 24 de novembro Local: Hotel JP - Ribeirão Preto (SP)Palestrantes: Spine Society of Europe - Frederico Balague (Suíça), Haluk Berk (Turquia), Peter Suchomel (República Theca)Convidados estrangeiros: G. Dubois, O. Ricart (França)Coordenador: Helton DefinoInformações: www.fmrp.usp.br/ral/coluna

nov/12

agenda

49º Congresso Argentino de Ortopedia y Traumatologia (AAOT 2012)

Data: 2 a 5 de dezembroLocal: Hotel Sheraton Buenos AiresInformações: www.congresoaaot.org.ar/2012

dez/12

Curso IPC Cirurgia Minimamente Invasiva Estenose de Canal (Módulo Básico)

Data: 8 de dezembroLocal: Centro de Eventos Hospital Santa Rita (São Paulo)Diretores: Luiz Pimenta e Luiz MarchiInformações: www.patologiadacoluna.com.br

Participe do fórum interativo. Veja mais imagens e envie sua resposta, acessando www.coluna.com.br

Figura 1: Tomografia reconstrução sagital: Lise da pars de L4 e discreta anterolistese de L4 em relação a L5.

Figura 2: Imagem de radioscopia intraoperatória da remoção do fragmento

Fig. 1 Fig. 2

Page 9: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

09

Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012

Médico: pessoa física & pessoa jurídica

O contabilista Nelson Kavalciuk, que presta serviço à SBC e à SBOT, tira

as dúvidas dos sócios sobre a questão de o profissional liberal se tornar uma

pessoa jurídica.

Informativo - Pessoa Jurídica vale a pena?

Kavalciuk: Sim, vale a pena porque na Pessoa Física (PF) o médico paga

27,5% de IRRF e na Pessoa Jurídica (PJ) 13,33%, quando for sociedade de

profissionais da mesma qualificação, no caso médicos.

Informativo - Quais as vantagens e desvantagens e a partir de qual faixa

de renda vale a pena constituir uma PJ?

Kavalciuk - As vantagens são a distribuição de lucros da PJ para a PF sem

o ônus do imposto de renda tanto na PJ quanto na PF (Declaração Anual do

Imposto de Renda), o valor das receitas da PJ e das despesas com a sociedade

entra como origem na PF.

Os convênios da área de saúde exigem, na maioria das vezes, que as empresas

Respeito à vida e compromisso com o futuroO Grupo Osteocamp carrega em seu DNA oferecer produtos e tecnologias que trazem segurança e qualidade de vida a seus pacientes. Por isso trabalha com as marcas mais conceituadas em implantes, dispositivos médicos, equipamentos cirúrgicos e implementos. Respeitar a vida e se comprometer com o futuro é garantir que seu paciente conte com todotodo o suporte e know-how de uma empresa há mais de 10 anos no mercado.

C&M

emitam notas fiscais, e isto só pode

ser possível se for uma PJ.

Como desvantagem podem estar os

custos de abertura de uma PJ (em

torno de R$ 2.500,00), as exigências

e obrigações de uma PJ, tais como:

Dimed, Dirf, DCTF, Dacon, IRPJ,

entre outras, que, segundo a Receita

Federal, recaem na conta dos sócios,

caso a sociedade não arque com

os pagamentos dos impostos e

contribuições. Além das obrigações

acessórias, existem outras: alvará da

prefeitura, registro na saúde, etc.

A partir de um faturamento (no

consultório atendendo pacientes)

no valor de R$ 5 mil mensais, o

médico já pode ir pensando em abrir

uma PJ.

informação

Page 10: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

10

A fase desolidificação

da Sociedade

entrevista

Informativo - Qual a motivação que o levou a

presidir a Sociedade Brasileira de Coluna?

Osmar Avanzi - Basicamente, duas foram as

motivações para assumir a presidência da Sociedade

naquela época: continuar a deixar registrada a

participação e contribuição do Grupo de Coluna do

Pavilhão Fernandinho Simonsen, um dos principais

redutos responsáveis na formação de mais de 230

especialistas nos últimos 40 anos, e a divulgação

das técnicas de tratamento dos problemas da coluna

vertebral no Brasil e na América Latina.

Naquela ocasião, sob minha chefia e

responsabilidade, este grupo estaria completando

30 anos de existência, o que permitiria congregar

grande número de associados na comemoração dessa

data, já que grande parte deles havia passado ou se

Osmar Avanzi presidiu a SBC no

período de 1995-1996. Paulistano, 69

anos, graduou-se em Medicina pela

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São

Paulo, onde desde 2008 é diretor do Departamento

de Ortopedia e Traumatologia. Professor Adjunto da

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São

Paulo, também é Professor Consultor do Grupo de

Afecções da Coluna Vertebral da Santa Casa de São

Paulo e presidente da Comissão de Graduação da

SBOT. Nesta entrevista, o Prof. Avanzi conta que

foi na sua gestão que aconteceu a oficialização da

Sociedade e dá um recado aos jovens cirurgiões de

coluna: “O desconhecimento, a imaturidade ou a

ausência dos princípios técnicos e éticos fazem

desequilibrar o pêndulo para as complicações e para

o descrédito profissional”.

Page 11: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

011

Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012

11

Perfil

Time do coração: São Paulo Futebol Clube

Comida preferida: Macarrão

Uma frase que marcou: “Só se constrói o futuro vivendo

o presente com olhar para o passado”

(Kier Kegaard, modificado)

A maior virtude: Respeito ao próximo

e honestidade de princípios

O pior defeito de alguém: Inveja

e vaidade sem limites e escrúpulos

O que o emociona: Amor

Algum hobby: Natação

Um lugar: Montanhas rochosas canadenses

Música inesquecível: Sonata Op.27. n. 2

(Sonata ao Luar) Beethoven

O que gostaria de ouvir de Deus quando chegar à porta do céu?

Na próxima vida, você será um pouco

melhor do que quando a deixou.

formado na Santa Casa de São Paulo. O acontecimento possibilitou também

a segunda motivação, qual seja, a de finalizar e oficializar a criação da atual

Sociedade, substituindo e incorporando o até então Comitê de Coluna da

SBOT.

Informativo – Quais as realizações da sua gestão que ficaram marcadas

na história da SBC?

Avanzi - Fundamentalmente, a oficialização da criação da nossa Sociedade.

Informativo – Como era a cirurgia da coluna naquela época e como a

observa na atualidade?

Avanzi - Hoje, é chamada de técnicas primitivas. Portanto, ultrapassadas.

Era a época dos coletes gessados e da Instrumentação de Harrington no

tratamento cirúrgico e usados, com sucesso, no tratamento das deformidades

vertebrais durante várias décadas. Com o passar dos anos, e apesar da evolução

tecnológica que vem permitindo um aperfeiçoamento e maior estabilidade

nas instrumentações modernas, não pode ser esquecida a preservação dos

fundamentos e princípios das indicações terapêuticas. Naquela ocasião, por

exemplo, o rigor da técnica da artrodese vertebral era tão importante quanto

os cuidados no manuseio da instrumentação metálica. Sem aquele rigor

haveria um “desastre” com a instalação da pseudoartrose.

Hoje, a tecnologia moderna e a rápida propagação das informações pela

internet convidam, desafiam e facilitam o uso de grande variedade de

instrumentações para o tratamento cirúrgico, podendo, contudo, obscurecer

o brilhantismo de um resultado clínico, se os princípios não forem lembrados

e respeitados.

Esta é uma mensagem para nunca ser esquecida e para passar aos mais

jovens ou iniciantes: princípios e modernidade sempre deverão caminhar

juntos. O desconhecimento, a imaturidade ou a ausência dos princípios

técnicos e éticos fazem desequilibrar o pêndulo para as complicações e para

o descrédito profissional.

Informativo – Como o senhor avalia o momento atual da SBC?

Avanzi – A SBC vem progressivamente evoluindo, de acordo com

as tecnologias disponíveis no mercado. Com isto, vem contribuindo e

alavancando melhor a comunicação e a atualização científica para seus

associados, em especial com as programações online.

Page 12: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

01212

mens sana

A adrenalina de um aquanauta O presidente da Regional SBC Paraná, Décio

de Conti, é um admirador da natureza,

especialmente, das belezas naturais do

fundo do mar, as quais conhece tão bem e de forma

tão íntima: mergulho.

“Eu sempre fui afeito a atividades e esportes

praticados na água, piscina ou mar. E, por influência

de amigos, decidi fazer um curso de mergulho com

uma semana de duração”, conta o ortopedista e

cirurgião de coluna.

O “batismo” foi em direção a Bombinhas, litoral

de Santa Catarina, e de lá à Ilha do Arvoredo, paraíso

ecológico, reserva biológica e local excelente para a

prática de diversas especialidades relacionadas com o

mergulho autônomo, na opinião do ortopedista.

“Historicamente a humanidade é fascinada pelo

Page 13: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012

13

mar e tenta desvendar seus segredos e mistérios de diversas formas.

Registros comprovam que há 6.500 anos o homem já criava acessórios

para incursão no mundo subaquático”, explica.

Para De Conti, já na primeira experiência ele se deparou com

um mundo novo, a começar pelo ambiente diferente, ausência de

gravidade, respiração controlada, paz e relaxamento. “Novas criaturas,

cores exuberantes, diversidade de formas, areia branca em contraste

com indescritível azul e o contato íntimo com a natureza. E para

atingir mergulhos mais profundos foi rápido”, salienta.

A partir da experiência inicial e também das promovidas por outros

cursos, ele uniu-se a um grupo de pessoas interessadas em viajar e

mergulhar com o objetivo de adquirir novas experiências e adrenalina.

O ortopedista passou a estudar os princípios do mergulho, sua

história, suas técnicas e desenvolvimento tecnológico, equipamentos,

roupas, segurança e roteiros, descobrindo lugares que pareciam

distantes, porém que ficavam mais perto e mais focados, a cada

página lida, cada vídeo degustado, cada palestra absorvida.

“Com o grupo formado e entrosado — é muito importante

conhecer os parceiros de mergulho, aqueles que poderão te ‘safar’

de uma enrascada —, viajamos para lugares clássicos e também

inusitados: Paraty, na Baía da Ilha Grande, Arraial do Cabo, Abrolhos,

a Laje de Santos, o naufrágio do Recife, a água incrivelmente clara de

Bonito, o Caribe Colombiano, a Flórida e, finalmente, o sonho de dez

entre dez mergulhadores, Fernando de Noronha”, destaca.

Segundo De Conti, a ilha abriga um conjunto de condições

absolutamente incríveis para o mergulho. “Diz-se que os deuses se

superaram na criação do arquipélago: águas mornas e cristalinas

com visibilidades em torno de 30 a 40 metros em alguns sítios,

vida marinha abundante, ainda parcialmente intocada, condições de

correntes favoráveis, e qualidade de equipamentos e embarcações

muito boas.”

Os tubarões estão presentes em todos os mergulhos, mas não há

relatos de ataques em Noronha. “Raias, tartarugas, moreias, meros

gigantes, golfinhos, polvos, lagostas, várias espécies de peixes,

corais, anêmonas e outras vidas somam-se ao simples prazer de

mergulhar”, revela.

O mergulhador conta que realizou em Fernando de Noronha

mergulhos recreativos para contemplação, além de dois mergulhos

técnicos envolvendo uma meticulosa preparação e

treinamento com troca de gases e períodos longos de

descompressão.

“A 60 metros de profundidade, deparamos, deitada

serenamente sobre o leito do oceano, com a Corveta

Ipiranga V-17 da Marinha Brasileira, naufragada naquelas

águas após manobra desavisada de seu comandante,

abalroando-a contra recifes na costa de Noronha. Com

uma descida rápida de cerca de 2 ou 3 minutos pelo

cabo de proa, visualiza-se na imensidão do azul a figura

fantasmagórica do navio. O gás respirado é o NITROX (ou

EAN 32 – enriquecimento do ar respirado na superfície, rico

em nitrogênio, com oxigênio – 32% de O2 – para evitar ou

diminuir os efeitos de narcose do primeiro). Como definido

no planejamento, circundamos o navio, muito próximos de

sua amurada, para permitir a visualização de sua estrutura,

seus detalhes e diversos moradores, sendo um em especial.

Um pré-histórico Mero de 120 kg que, dizem os nativos,

vivia por ali há mais de 50 anos, usufruindo de uma casa

e de fonte inesgotável de alimento”, descreve De Conti.

Page 14: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

14

mens sana

Com o roteiro combinado cumprido no tempo previsto e

controlado segundo a segundo por meio do computador de

mergulho, De Conti e outros mergulhadores retornaram ao cabo

para iniciar a subida, num tempo total de fundo de 15 minutos.

A grande aventura de desvendar o fundo das águas de

Fernando de Noronha era real para Décio e os mergulhadores que

o acompanhavam. Agrupados, eles iniciaram a subida, um a um,

de olho no profundímetro e no manômetro.

De Conti explica que, segundo a tabela de mergulho e

conforme o planejamento do mergulho, eles subiram cerca

de 10 metros, na velocidade de subida preconizada, parando

durante o tempo necessário para a descompressão, cerca de

5 ou 6 minutos, e daí mais 10 metros e assim por diante até

os 5 metros, quando o equipamento e o gás foram trocados

por oxigênio puro. “O tempo de descompressão total foi de

45 minutos até a emersão, o resgate pelo barco de apoio e

o retorno à embarcação principal com a sensação de dever e

tarefas cumpridas com perfeição e a certeza de ter estado em

um lugar que poucas pessoas terão o privilégio de conhecer

e vivenciar”, disse.

No fundo dos oceanos

O sucesso de um mergulho técnico facilmente poderia

ser comparado ao sucesso obtido em um procedimento

cirúrgico complexo, bem como a “operação” em si.

Planejamento meticuloso, conhecimento dos

princípios, táticas e técnicas, escolha correta de

equipamentos, reconhecimento e reação correta às

intercorrências, paciência, tranquilidade, seguimento

metódico dos passos planejados e, claro, emoção

fazem do mergulho técnico e do procedimento

cirúrgico atividades comparáveis, uma contribuindo em

treinamento para o sucesso da outra.

Depois de Fernando de Noronha, seguiram-se outras

aventuras: Cuba, Mar Vermelho e a última nas

Ilhas Galápagos (Equador) por 7 dias embarcado e

conhecendo o mundo sob e subaquático, que inspirou

Sir Charles Robert Darwin a descrever sua teoria de

evolução das espécies e onde fizemos três mergulhos

seguindo os Tubarões-Baleia de 7 a 8 metros de

comprimento. E a seguir, a Grande Barreira de Corais,

na Austrália, e os mergulhos com as Raias Mantas em

Los Cabos, no México.

“Não tenho pretensões de conhecer os 7 mares.

Bastam-me seis.

Um reconhecimento aos professores, incentivadores e

amigos Carol e Reinaldo, da Acquanauta Mergulhos.”

Décio de Conti

Page 15: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

15

Comitê de Coluna do Chile quer ampliar parceria com a SBC

Informativo: ¿Cuáles son las principales acciones desarrolladas

en su gestión?

Julio Urrutia Escobar - El Comité de columna de la SCHOT (Sociedad

Chilena de Ortopedia y Traumatología) es el organismo encargado de

los aspectos científicos, educacionales y de extensión en lo referente a

la patología de columna vertebral entre los especialistas de Ortopedia

y Traumatología y hacia la comunidad. Entre las actividades que el

comité tiene está organizar una reunión mensual para discutir temas

de la subespecialidad y organizar las secciones dedicadas a columna

vertebral del Congreso Chileno de Ortopedia y Traumatología que se

realiza anualmente y vincularnos con la comunidad en temas referentes

a la columna. Además el año 2010 nos tocó organizar un curso online

de patologías de columna dirigido a traumatólogos, residentes de

traumatología y también subespecialistas.

Informativo: ¿Cuál es su percepción sobre el futuro de la cirugía

de la columna vertebral?

Urrutia - A cirugía de la columna vertebral es una especialidad que

ha tenido un amplio desarrollo en los últimos años, permitiendo mejorar

la calidad de vida de millones de pacientes en el mundo. Si bien hay

aspectos en los cuales ha habido un avance notable, existen otros en

los que aún falta mucho por avanzar, por ejemplo: el entendimiento del

dolor lumbar axial y su tratamiento, entender mejor la fisiopatología de

O Comitê de Coluna da Sociedade Chilena de Ortopedia e

Traumatologia (SCHOT) pretende fortalecer a parceria

com a SBC, principalmente em relação à criação de

intercâmbio de atualização científica para jovens cirurgiões de coluna

dos dois países. Nesta entrevista por e-mail, o presidente Julio Urrutia

Escobar fala sobre a atuação do Comitê e as realizações de sua gestão,

que termina em 2012.

O cirurgião de coluna é graduado em Medicina pela Escola de

Medicina da Pontíficia Universidade Católica do Chile. Fez residência

em Ortopedia e Traumatologia pela PUC/Chile e fellowship in Spinal

disourders, na University of California, San Diego. Atualmente é chefe

do Departamento de Ortopedia y Traumatologia da PUC/Chile.

los procesos degenerativos de la columna y así poder

prevenir enfermedades que hoy solo podemos tratar

en estados avanzados. En este sentido creo que la

investigación en columna vertebral debe estar dirigida

a resolver estas preguntas.

Informativo: ¿Cuáles son las dificultades y

facilidades para operar pacientes con problemas de

columna vertebral en Chile?

Urrutia - En Chile tenemos asegurada por ley la

cobertura quirúrgica en pacientes con escoliosis

de hasta 25 años y de hernia discal lumbar.

Desgraciadamente esto no es así para otras patologías

y especialmente en el sistema público tenemos largas

esperas para poder resolver patología degenerativa

distinta a la hernia discal. Esto es especialmente

complejo frente a la necesidad de instrumentaciones

que resultan muy costosos para nuestros pacientes y

sistema de salud.

Informativo: ¿Existe algún programa de

intercambio para los miembros jóvenes de la

columna de la Sociedad brasileña y chilena?

Urrutia - A la fecha no contamos son ningún

programa de intercambio para médicos jóvenes que

se dediquen a la patología de columna vertebral.

Esperamos que ha futuro podamos estrechar lazos

especialmente a través de sociedades como la

SILACO.

Informativo: Opina sobre planificación para el

año de 2013.

Urrutia - Para el año 2013 no continuaré como

Presidente del Comité de Columna, pero esperamos

poder continuar con las labores periódicas de

educación y extensión, incluyendo un nuevo curso

online para el próximo año.

atuação

Page 16: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

16

atuação

C riada em 1991 com o objetivo de estreitar vínculos entre

os países membros e promover o intercâmbio científico

por um linguagem unificada, a Sociedade Ibero-Latino-

Americana de Coluna (SILACO) é formada pela Sociedade de Coluna da

Espanha (GEER) e as Sociedades e Comitês de Coluna do países latino-

americanos, entre as quais a SBC. As entidades afiliadas se reúnem a

cada dois anos na realização do Congresso da SILACO, sendo que a

sede do evento é alternada entre um país da América Latina e outro

em território espanhol.

A entidade é presidida atualmente pelo Dr. Horacio Sarramea, que

completou sua formação em cirurgia de coluna no Brasil, na Santa Casa de

São Paulo, com os professores Waldemar de Carvalho Pinto, Elcio Landim e

Osmar Avanzi, em 1983 e 1984. Horacio é cirurgião de coluna ortopedista

e atua como diretor do Centro de Estudos das Enfermidades de Coluna

Vertebral de Buenos Aires, com um staff de quatro fellows, além de

professor adjunto da Universidade Nacional de Buenos Aires. Confira

a entrevista com Horacio Sarramea, que traz uma visão geral sobre a

SILACO e a sua opinião sobre o futuro da cirurgia de coluna.

SILACO promove intercâmbio entre sociedades de coluna ibero-latino-americanas

Page 17: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012

17

Informativo- ¿Qué representa ser el presidente

de la SILACO?

Horacio - El primer sentimiento es de un gran

honor. Lo segundo, representa el compromiso

de trabajar intensamente en la construcción

de puentes entre los diferentes países. Tener

conciencia que somos los especialistas que cuidamos

la columna vertebral de 580 millones de habitantes.

Informativo - ¿Qué objetivos se han construido

en su gestión?

Horacio - Apesar que SILACO tiene 21 años,

carecía de estructura administrativa, por mandato

de la asamblea, hemos tramitado la personería

jurídica en Montevideo - Uruguay, cuenta bancaria

y próximamente se instalará la secretaría definitiva.

También se creó una nueva página Web com domicilio

en Uruguay (www.silaco.org) Continuar con los

cursos de Educación médica continuada, (Bolivia,

Chaco y Paraguay) y la creación de una gran base

de datos. Seguir incorporando países entre ellos

Portugal y resto d e Iberoamarica.

Informativo - ¿Cuál es su percepción sobre el

futuro de la cirugía de la columna vertebral?

Horacio - Mi percepción es que vamos camino

hacia la solución de problemas complejos por

vías de menor agresión. Por otro lado las

investigaciones genéticas nos van a permitir

en el futuro la detección precoz de patologías

y así poder prevenirlas. Vamos a mejorar los

diagnósticos por imágenes a través de nuevas

tecnologías. El aumento de la expectativa de vida llevará a soluciones

mas eficientes p ara la de los ancianos.

Informativo - ¿Usted visita el Brasil con frecuencia? ¿Qué es lo que

más te gusta en nuestro país?

Horacio - Visito Brasil desde hace 30 años, he vivido en Sao Paulo

entre los años 1983 y 1984. Es uno de los países donde viviría, fuera

de la Argentina. Lo que mas me gusta del Brasil es su gente, sus

habitantes, me fascina la alegría de vivir, el “todo bien”, cuando se saludan.

Por último, me gustan sus playas, su música y vuestra camaradería.

Informativo - ¿Cúal es sua visão sobre la rotina del cirujano espinal?

Horacio - Si bien la vida del cirujano espinal tiene momentos mu

y gratificantes, también tiene tempos difíciles, de gran stress, que

obligan al esp ecialista a mantener el temple y equilibrio que ayude a

seguir adelante. La actividad física pude ser un buen pasatiempo, nos

gustan las carreras de aventura. También la música, el rock and roll, llen

a parte de nuestra vida.

Informativo - Cuáles son las principales etapas de su carrera

profesional?

Horacio - La primera etapa fue la formación básica en Or topedia y

Traumatología, posteriormente el entrenamiento y especialización en

cirugía d e la columna vertebral. Por último la creación de un equipo

de trabajo interdisciplinario para el trabajo asistencial e investigación

clínica.

Informativo - ¿Cuál es el lugar de su formación en cirugía de la

columna?

Horacio - Hospital de Clínicas de la Universidad de Bs. As., Prof. José

Manuel del Sel. Hospital de Niños de Bs. As., Prof. Carlos Tello.Santa Casa

de la Misericordia de Sao Paulo, Prof. Waldemar de Carvalho Pinto,Prof. Elcio

Landim y Prof. Osmar Av anzi. Visitas a centros de Europa y Estados Unidos.

Page 18: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

18

Cresce onúmero de candidatos

a novos sócios

Com 53 aprovados dos 65 candidatos inscritos

(5 desclassificados e 7 reprovados), a Comissão de Capacitação

Profissional (CCP) realizou em 21 de novembro, em Ribeirão

Preto, a Prova da Admissão 2012 para novos sócios da SBC.

Segundo o coordenador da CCP/SBC, Edson Pudles, a

quantidade de candidatos tem crescido 10% a cada ano. “Este

ano, dentre os 60 candidatos que fizeram a prova, oito eram

neurocirurgiões, o que demonstra que a necessidade de pertencer

à Sociedade é interessante e benéfica aos cirurgiões de coluna.”

A exemplo dos exames anteriores, a prova escrita é de

50 questões de múltipla escolha e a prova oral apresenta

10 questões, mais a avaliação de dois examinadores. Para

completar a avaliação, são pontuados um trabalho científico e o

currículo do candidato.

Na edição 2012, a CCP introduziu uma modificação no sistema

de avaliação da prova oral. “Anteriormente a questão era avaliada

como suficiente ou insuficiente. Neste ano a pontuação para a

questão foi 0, 1 ou 2”, destaca Pudles, que classifica a nova

metodologia mais correta para com o examinado.

O próximo exame será realizado em 21/11/2013 e será

alterado o horário da realização da prova escrita, que está

marcada para se iniciar às 13h30min e terá 90 minutos para

solução. Já a prova oral será às 16h.

O coordenador da CCP salienta que os candidatos a novos sócios

estão enviando o seu Currículo sem os comprovantes exigidos no

edital, consequentemente, não recebem a pontuação devida.

Aberta para sugestões que possam melhorar a nossa avaliação,

a CCP conta com o apoio de examinadores convocados e de

voluntários para o êxito do Exame de Admissão de novos sócios.

“Sem este grupo de colegas, o nosso exame seria impossível de

ser feito”, sentencia Pudles.

sociedade

Page 19: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012

Aprovados

Alan Robert Wieczorek

Alderico Girão Bastos de Barros

Alex Pereira Alves

Alexandre Barros Costa

Anthoni Simon

Caio Vargas Yoshino

Carlos Abdalla Castro

Carlos Henrique Araújo Silva

Cleber Alexandre Morais Façanha

Diogo Barbosa de Carvalho

Diogo Costa de Almeida

Djalma Castro de Amorim Junior

Edgar Takao Utino

Eduardo Augusto Iunes

Elinton Reinaldo Bachmann

Emilte Pulcinelli

Everton Quadros Fiebig

Fabio Araujo Fernandes

Fernando Luiz Guedes Lauda

Fernando Tadashi Salvioni Ueta

Franz Jooji Onishi

Frederico Araujo Leite

Giselle Mayumi Hayashi

Gustavo Rodrigues Brianeze

Heitor Takaki Olmos

Henrique Gomes Noronha

Herton Rodrigo Tavares Costa

Hugo José Sousa S. Silva

Humberto Bortolo Neto

Jonatas Sanchez Fernandez

Juliana Maciel de Souza

Kiyomori de Quental Tyba

Luis Antonio Medeiros Moliterno

Luis Fernando Budke Hoffmeister

Marcel do Nascimento Martins

Márcio Heleno Lopes

Marcos Gassen Martins

Marcos Salgado de Pádua

Martins Back Neto

Mauricio Guimarães Pimentel

Moysés Isaac Cohen

Paulo Leandro Souza Martins

Pedro Luz Alves

Pedro Ricardo de Mesquita Coutinho

Rafael Brehm da Costa

Rafael Osório Rocha

Ricardo de Souza Portes Meirelles

Rodrigo Augusto do Amaral

Rodrigo Porto Amorim Guedes

Thiago Ferreira Nunes Pereira

Thiago Leonardi Azuaga

Thiago Pereira Coutinho

Vinicius do Nascimento Souza

SBC: Nova Diretoria 2013/2014

CBC2013: Todos os caminhos nos levam a Florianópolis

Serviços Credenciados: Conheça mais três instituições que formam cirurgião de coluna no país

próxima edição

19

Page 20: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

20

Médicos devem ir trabalhar quando estão doentes?

Há pouco tempo, um sênior da High School de Nogales

(Arizona) recebeu um título recorde por não ter perdido

um dia de escola, em 13 anos.

Tais valores de diligência e presença são medalhas de

honra para muitas pessoas. Para a maioria dos médicos, a

autodisciplina e a superação da dor são ideais arraigados.

Mas  essa força perseverante se torna uma história

diferente quando você está doente e está indo para o

consultório ou para o hospital para ver seus pacientes.

Enquanto a maioria dos médicos têm boas intenções em

relação ao atendimento médico, seus planos podem sair

errrados. Em primeiro lugar, você não  pode fazer mal

aos outros: afinal, você pode transmitir a doença para

funcionários e pacientes. Você pode se tornar o Paciente

O que você faz quando está doente o suficiente a ponto de estar debilitado ou com alguma doença contagiosa? Toma remédio para mascarar os sintomas e vai trabalhar? Ou você fica em casa?

artigo

João Abel Manta

Page 21: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012

21

Zero em seu consultório, que, sem querer, passa germes

ou algum vírus, na tentativa de  curar as pessoas. Ou,

se você não está se sentindo disposto, sua clareza e

discernimento, assim como o julgamento e suas ações,

podem acabar sendo prejudiciais em vez de ajudar. 

Em 2010, um artigo publicado no Journal of General

Internal Medicine observou que 80% dos médicos

trabalham até mesmo com doenças  graves. Entretanto,

orientam seus pacientes a ficarem em casa por estarem

na mesma condição.

“Os médicos não devem vir trabalhar quando estão

doentes, mas todo mundo faz isso”, diz um médico de

família, de Atlanta. “Se o mantenedor das consultas não

puder vir, você terá que reagendar 25 pessoas. Todos os

pacientes devem ser chamados e remarcados, e isso é um

transtorno para todos”.

O médico observou que médicos doentes vão trabalhar

por pelo menos uma das seguintes razões:

Altruísta: Se você cancelar seus pacientes com

consulta marcada, porque você está doente, você

está criando algumas dificuldades para eles. Muitos

malabarismos foram feitos nos horários de seus pacientes

e eles planejaram o dia para poder consultá-lo. Alguns

estão contando em vê-lo para que os ajude a se sentirem

melhores ou monitorarem sua condição de saúde.

Se você estiver com um grupo grande, outros

profissionais podem ser capazes de cobrir um pouco de

sua ausência, mas esticar esse tempo acaba sendo um

fardo para eles. Mesmo pertencendo a uma equipe, existe

a realidade de arcar com o ônus sozinho.

O autointeresse: Se você tem um consultório

particular ou se faz parte de uma equipe em geral, não Fonte: Leslie Kane, Other, 12:34PM Jun 11, 2012 http://boards.medscape.com/[email protected]@.2a326f6c!comment=1

será renumerado quando você não atender os pacientes. Se

você é um especialista ou realiza atendimento primário na

área de saúde, a falta ao trabalho pode representar uma perda

considerável de sua renda.

Modelo de Função: Os médicos sabem que é importante

transmitir “faça o que eu faço”, em vez de “faça o que eu

digo”. Isso poderia significar vir trabalhar, não importa o quão

difícil seja.

“Os médicos querem servir como um modelo para o seu

pessoal”, diz um endocrinologista New Jersay. “Você não quer

que seu  pessoal o chame cada vez que um der um espirro.”

(Entretanto, sabemos que, em geral, os funcionários são tão

dedicados como os médicos, forçando-se para irem trabalhar,

não importando a condição de saúde.)

Assim, os médicos tentam mostrar que eles podem superar

a doença e aguentar “para entrar e fazer o seu trabalho”. Se os

carteiros podem perseverar na chuva, neve, sol forte e granizo,

os médicos sentem que uma gripe não deve derrubá-los.

Paranoicos: Alguns médicos de cuidados primários ficam 

preocupados com o fato de que uma visita cancelada pode

induzir o paciente a consultar em outro lugar, como outras

clínicas (se o paciente não tem um problema que parece

muito grave). O paciente pode ir até mesmo em outro médico

que tenha horários disponíveis.

Se você é um médico empregado, e não está preocupado

em perder renda, você ainda tem, sim, com o que se

preocupar: se você não for para o trabalho, vai ser percebido

como um médico não dedicado, como um profissional que

“não trabalha duro”.

Page 22: Informativo SBC-05_Set-Out-Nov_2012

Custos econômicos no tratamento de patologias da coluna vertebral

De acordo com um relatório publicado pela revista Spine,

edição setembro/2012, os gastos com o tratamento de

problemas na coluna lombar e cervical quase dobraram desde o

final da década de 1990, em especial, a partir de maiores gastos

desembolsados no atendimento por médicos especialistas.

Ao mesmo tempo, os gastos com cuidados de saúde

primários, quiropraxia e fisioterapia para problemas de

coluna mantiveram-se estáveis ou diminuíram, relata o

estudo realizado por Matthew A. Davis, DC, MPH, do Instituto

Dartmouth, Lebanon, New Hampshire.

Os pesquisadores identificaram que: “Recentes aumentos

dos custos associados ao fornecimento de cuidados médicos

com foco em lombalgia e cervicalgia (em especial, com os

subespecialistas) estão contribuindo para o crescente peso

econômico de gerenciar essas condições”.

Onde é que os EUA gastam os seus “Spine Dollars”?

Usando um banco de dados de gastos de saúde, o Dr.

Davis e seus colegas analisaram a evolução das despesas

para atendimento ambulatorial (isto é, em pacientes não

hospitalizados) por dor na coluna vertebral entre 1999-2008.

O objetivo visava avaliar as tendências globais em despesas

com os cuidados da coluna vertebral nos Estados Unidos, e

também avaliar as características dos gastos dos diferentes

tipos de planos de saúde.

Em 2008, cerca de 6% dos adultos norte-americanos fizeram

uma visita ambulatorial para diagnóstico de dor na coluna

em um total de 13,6 milhões de visitas. A porcentagem de

pacientes que fazem visitas aos cuidados da coluna vertebral

ficou “bastante estável” ao longo da década.

Ajustado pela inflação, o gasto médico anual para o cuidado

da coluna vertebral por paciente aumentou 95%: de US$ 487 a

US$ 950 (em dólares de 2008). A maior parte do aumento nos

gastos foi para cuidados prestados por médicos especialistas.

Em contrapartida, houve pouca ou nenhuma mudança nos

gastos para atendimento de patologias da coluna prestados

por médicos de cuidados primários: médicos de família,

internistas ou clínicos gerais.

As despesas relacionadas com a quiropraxia também

se mantiveram estáveis. O tratamento despendido pelos

fisioterapeutas foi o serviço mais caro ao longo da

década de estudo, mas os gastos com fisioterapia

pareceram diminuir ao longo do tempo.

A lombalgia é o segundo motivo mais comum

para consultas médicas em geral, após infecções

respiratórias das vias aéreas superiores. Dr. Davis e

coautores informam que: “Estimativas do total de

gastos em cuidados variam, mas o consenso geral é

de que aproximadamente US$ 90 bilhões são gastos

no diagnóstico e tratamento da dor lombar, e um

adicional de US$ 10 a US$ 20 bilhões são atribuídos

a perdas econômicas na produtividade de cada ano”.

O estudo dá novas pistas sobre como os Estados

Unidos gastam seus “Spine Dollars”. Os resultados

mostram que as despesas relacionadas com a coluna

quase dobraram na última década e que a maior

parte do aumento está dirigido aos tratamentos

realizados pelos médicos especializados em coluna

em especial, porque dependem de reembolso no

uso de novas tecnologias, tais como os estudos

de alta tecnologia de imagem. Em contraste, o Dr.

Davis e coautores comentam que: “Terapias com

mínima tecnologia em nível ambulatorial, como a

quiropraxia e a fisioterapia, não experimentaram os

mesmos aumentos nos gastos por usuário”.

Os pesquisadores reconhecem algumas limitações

de seu estudo, especialmente o fato de que ele não

avalia a eficácia de diferentes tipos de cuidados

para problemas de coluna. É particularmente

importante saber se o aumento dos custos de

cuidados especializados é justificado pela melhoria

no prognóstico do paciente. Dr. Davis e seus colegas

concluem que “futuras decisões políticas de saúde

devem estar em sintonia com a relação custo-eficácia

dos serviços de saúde ambulatoriais que gerenciam o

atendimento dos problemas de coluna à população

em geral”.

atualidade

Fonte: Newswise - Filadélfia, Pensilvânia 5/9/2012 - Wolters Kluwer Health: Lippincott Williams & Wilkins

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Informativo SBC - SET/OUT/NOV 2012

Publicação científica da Sociedade Brasileira de Coluna • Artigos originais Versão online • Indexada nas bases Lilacs e Scopus/Elsevier Distribuição gratuita para sócios com anuidade em diaEditor: Dr. Helton Defino • Editor Executivo: Dr. Sérgio Daher

SBCSociedade Brasileira de Coluna

REVISTA COLUNA /COLUMNASurpreenda-se com a qualidade da produção científica brasileira na área da coluna vertebral.

Assinatura para não sócios:

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