informativo saemac - nº 98 - março/abril de 2013

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SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SANEAMENTO Filiado: Edição nº 98 - Março/Abril de 2013 - Distribuição Gratuita Site: www.saemac.com.br A proposta do ACT 2013-2014 Foram dois meses e três reu- niões de negociação com a em- presa até chegarmos à uma pro- posta concreta e coerente para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho. Discutimos, argumenta- mos e brigamos incansavelmente para que todas as nossas reivin- dicações fossem atendidas, mas isso, infelizmente, não foi possí- vel. Porém, conseguimos avançar consideravelmente em muitas cláusulas, entre elas o abono in- denizatório, o auxílio-alimenta- ção, auxílio-creche, adicional de penosidade. Pag. 8 ENTREVISTA De lutas trabalhistas ele entende: Gladir Basso! Pag. 2 Como poderá ficar o PPR de 2012? Matéria especial sobre o assunto. Pag. 9 PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS GALERIA Veja fotos da paralisação dos saneparianos da USFA. Pag. 12 7ª Marcha das Centrais Sindicais As mudanças no FusanPrev Saiba mais sobre essa manifestação e entenda melhor a Convenção 151 da OIT. Pag. 6 Elas foram apresentadas como sendo o ‘melhor negócio’ para o sanepariano. Será? Pag. 10

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Informativo oficial do Sindicato dos Trabalhadores no Saneamento (Saemac), que representa os trabalhadores da Sanepar.

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Page 1: Informativo Saemac - Nº 98 - Março/Abril de 2013

SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SANEAMENTO

Filiado:

Edição nº 98 - Março/Abril de 2013 - Distribuição Gratuita

Site: www.saemac.com.br

A proposta do ACT 2013-2014

Foram dois meses e três reu-niões de negociação com a em-presa até chegarmos à uma pro-posta concreta e coerente para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho. Discutimos, argumenta-mos e brigamos incansavelmente para que todas as nossas reivin-

dicações fossem atendidas, mas isso, infelizmente, não foi possí-vel. Porém, conseguimos avançar consideravelmente em muitas cláusulas, entre elas o abono in-denizatório, o auxílio-alimenta-ção, auxílio-creche, adicional de penosidade. Pag. 8

ENTREVISTA

De lutas trabalhistas ele entende: Gladir

Basso! Pag. 2

Como poderá ficar o PPR de 2012? Matéria especial sobre

o assunto. Pag. 9

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS

GALERIAVeja fotos da

paralisação dos saneparianos da

USFA. Pag. 12

7ª Marcha das Centrais Sindicais

As mudanças no FusanPrev

Saiba mais sobre essa manifestação e entenda melhor a Convenção 151 da OIT. Pag. 6

Elas foram apresentadas como sendo o ‘melhor negócio’ para o sanepariano. Será? Pag. 10

Page 2: Informativo Saemac - Nº 98 - Março/Abril de 2013

De lutas trabalhistas ele entende: Gladir Basso!Mais de três décadas. Esse é o

tempo que ele já dedicou à atu-ação sindical. Formado em Ad-ministração de Empresas, Gla-dir Antonio Basso, hoje com 55 anos, iniciou sua história como sindicalista em 1980. Nesse ano, participou da primeira di-retoria do Sindicato dos Bancá-rios de Cascavel e Região, com abrangência em 24 cidades da região Oeste do Paraná. Desde 1990, além de ocupar o car-go de presidente do sindicato, Gladir preside também a Fe-deração dos Bancários do Pa-raná, e hoje ocupa o cargo de diretor de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec).

É difícil contar quantas brigas ele já comprou em defesa dos trabalhadores. Foram inúme-ras greves da categoria reivin-dicando reajustes e aumentos reais de salários, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), li-beração de dirigentes sindicais, Plano de Cargos e Salários nos bancos e planos de saúde e odontológico.

Outra batalha incansável é contra a privatização dos bancos públicos e a consequente demissão de funcionários, situação que também deixa os saneparianos apreen-sivos. “Somos contrários a essa prática no saneamento, assim como ocorre no meio bancário”, afirma. Para ele, “a terceirização precariza o serviço, reduz os salários, compromete o atendimento público e tem como único objetivo aumentar os lucros das empresas”. Especifica-mente na área do saneamento, pelo fato de se tratar de serviço es-sencial, “os funcionários devem ser concursados e preparados para oferecer aos usuários o melhor atendimento e o melhor serviço”.

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EntrEvista

DirEtOria EXECUtiva

Gerti José NunesDir. Presidente - Cascavel

Joaquim Alves dos SantosDir. Financeiro - Cascavel

Anibaldo KlaisDir. Administrativo - Terra Roxa

Alvair Santa RosaDir. Divulgação e Imprensa - Curitiba

José Maria Amaral AlvesDir. Formação Sindical - Guarapuava

Josiane de OliveiraDir. Saúde e Seg. no Trabalho - Ponta Grossa

Luis Carlos Ferreira de LimaSecretário Geral - Cascavel

CONSELHO FISCAL EFETIVO

Aloísio Pinto Leal - Guaíra Juvelino Rabelo - Guaraniaçu

Lorival Quadros da Silva - Quedas do Iguaçu

SUPLENTES

Eloisa Aparecida Pereira Borges - MatelândiaCelso Narcisio Cosma - ClevelândiaCilmar Cezar de Oliveira - Cascavel

DIRETORIA REGIONAL

Osmar Daneluz - Dois VizinhosPedro Luiz Silva de Moraes - Telêmaco Borba

Romeu Cruzeta - Campo LargoVilson Fergs - Foz do IguaçuÁlvaro Lima Pinto - Curitiba

Jair Expedito Bozi - Pato BrancoCeslau Elias Makovski - Curitiba

José Pires - Curitiba Fernando Martins dos Santos Neto - Curitiba

Davi Teles Carlos - MatinhosDjair Alaor da Silva - Curitiba

Danilo José da Silva - União da VitóriaRomerito Faria dos Santos - Cascavel

REPRESENTANTES REGIONAIS

Álvaro José Rechetelo - Rio NegroMárcio Luis Engelmann - Guaíra

Luiz Fernando de Moraes - CascavelRafael Canavarro Celestino - Piraí do Sul

Carlos Denis Ferreira - IratiGeraldo Luiz Mikowski - Ponta Grossa

Cláudio da Silva Rocha - CascavelJosé de Oliveira Martins - PitangaJulio Donizete Parizotto - Curitiba

Antonio de Moura - GuaíraDiego dos Santos - Curitiba

Mauri Dorigoni - Laranjeiras do SulValdir Valmórbida - Pato Branco

Sérgio Roberto P. da Silva - Assis Chateaubriand

DELEGADO A FEDERAÇÃO E CONFEDERAÇÃOJosé Maria Amaral Alves - Guarapuava

SUPLENTE - Gerti José Nunes - Cascavel

Nathália Trofino Sartorato Jornalista responsável

Rua Mobral, 464 - Jd. Maria Luíza Cascavel-PR - CEP: 85819-505

Fone (45) 3223-5161 / Fax: (45) 3224-5264 0800-600-5161 / Curitiba: (41) 3333-5719

E-mail: [email protected]

O Informativo SAEMAC é órgão oficial de divulgação do Sindicato dos

Trabalhadores na Captação, Purificação, Tratamento e Distribuição de Água e Captação e Tratamento e Serviços em Esgoto e Meio Ambiente de Cascavel e Regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.

Você ainda não é associado ao Saemac? Então venha somar forças! Acesse www.saemac.com.br, imprima e preencha a ficha de filiação que se encontra no menu superior e depois encaminhe ao sindicato!

Edição nº 98 - Março/Abril 2013

Page 3: Informativo Saemac - Nº 98 - Março/Abril de 2013

mas também da sociedade em geral, travando uma luta dentro do Congresso Nacional contra os projetos que possam trazer pre-juízos aos trabalhadores, e tam-bém pela aprovação de projetos de tragam mais benefícios e con-quistas”, conta.

Além de ser um grande aliado em nossas lutas, o presidente da Federação dos Bancários do Para-ná nos deu a honra de participar da cerimônia de posse da nova diretoria do Saemac, realizada no dia 14 de dezembro do ano pas-sado. Na ocasião, Gladir fez um belíssimo discurso, que encheu de motivação e otimismo os sane-parianos que estavam presentes.

“Entendemos que o Saemac de-senvolve um trabalho eficiente, representativo e combativo, o que justifica a recondução da diretoria e o nível de aprovação garantido nas urnas”, afirma.

O ano de 2013 está apenas co-meçando, mas Gladir sabe que a guerra ainda não está vencida e há muito trabalho pela frente.

“O movimento sindical bancário está focado na campanha sala-rial que busca aumento real de

salários, maior participação nos lucros e resultados, fim do assédio moral e das tercei-rizações, cumprimento da jornada de trabalho; am-pliação do expediente bancário das 9 às 17 horas, o que, na prática, resultaria na contratação de milhares de novos bancários no País, além de melhor atendi-mento à população. Outra preocupação refere-se às doenças ocupacionais (LER/Dort, estresse, depressão, etc), que têm acometido milhares de bancários em todo País”, finaliza.

Como corre em suas veias o sindicalismo, Gladir não consegue se dedicar apenas às lutas dos bancários e, por isso, já participou de várias greves de outras categorias, inclusive de manifestações e paralisações lideradas pelo Saemac.

No entanto, essa dedicação é recíproca. “O Sae-mac também tem sido parceiro das demais entida-des sindicais nas diversas frentes de lutas em defesa não só dos direitos e interesses dos trabalhadores,

De lutas trabalhistas ele entende: Gladir Basso!

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É permitida a reprodução parcial ou total das matérias, reportagens e fotografias veiculadas no Informativo Saemac, desde que citada a fonte.

Edição nº 98 - Março/Abril 2013 Site: www.saemac.com.br

Fotos: Arquivo Saemac

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a vOz DO sanEparianO

Edição nº 98 - Março/Abril 2013

No dia 08 de março, o Saemac esteve reunido com a Comissão de Negociação Coletiva da Sanepar para a pri-meira reunião relacionada à renovação do Acordo Coletivo de Trabalho. Surpreendentemente, os representantes da empresa desprenderam mais de seis horas para debater todas as cláusulas da nossa pauta da reivindicações; algo que não acontecia em hipótese alguma nas negociações de anos anteriores. O posicionamento e a aparente mudança no comportamento da Sanepar foi descrita em uma matéria publicada em nosso site, e a repercussão foi grande. Confira o que alguns trabalhadores pensam a respeito:

Boa notícia! Fiquei contente.

Jair Ferreira

Até aqui! Enquanto não passar

do “aqui” não acredito. Não querendo ser de má fé, mas já

sendo, a Sanepar também falou várias vezes em “valorizar” os

funcionários. Mas tomara que nos surpreendamos no final. Lembrando os sindicatos que não é só aumento que queremos, o pessoal do interior está até agora esperando a escala

6X4. Será que dessa vez sai?

Cristiano von Lermen

Parabéns, finalmente uma

notícia boa!

Kleber Ramirez

Muito cedo para defender a atual

administração. Deixa as águas rolarem... Penso positivo. Mas

“defender” não não...

Jonhzon Jones

Sou sanepariano há 12 anos e fiquei contente

com a sinalização, mas vou continuar um pouco cético até que a coisa se resolva.

Frederico Vidovix

OBS: As opiniões expostas acima foram publicadas por seus autores em nosso site. A autoria foi atribuída

de acordo com a assinatura feita nos comentários.

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Site: www.saemac.com.brEdição nº 98 - Março/Abril 2013

DivisOr 200

Mais de 200 saneparianos ainda não realizaram o cadastro!

Em setembro do ano passado, publicamos em nosso site uma notícia excelente para mais de 3.000 saneparianos: ganhamos a ação do Divisor 200! Ali disponibilizamos a relação dos trabalhadores que seriam beneficiados e também explicamos que eles precisariam preencher um formulário com alguns dados para que a Assessoria Jurídica do Saemac pudesse efetuar o pagamento. No entanto, mais de cinco meses depois, cerca de 220 saneparianos ainda não realiza-ram o cadastro. Por isso, se o seu nome consta na relação abaixo, acesse o site do Saemac e procure na lateral direita a imagem que diz “ACABOU! Ganhamos a ação do Divisor 200!”, clique nela e siga todos os passos para se cadastrar. Também avise seus colegas que aparecem na lista abaixo:

ACIR NUNESADAO AIRES ALVES GARCIAADELAI ALVES MOREIRAADEMIR DE ALMEIDA FREIREADILSON ERNANI WOMMERADOLFO DI ANGELLY MOREIRAADRIANA MARA ZALESKIAIRTON GOMES DE MATTOSALESSANDRO CARDOSO DA SILVAALESSANDRO CORDEIRO GARCIAALISON DALLES CARBONARALISON LUCAS RIBEIROALLYSON DIEGO GEHLEN VIDORALTAIR RIBAS JUNIORALVARO THIEME POCAANDERSON LUIZ PIRES DE LIMAANDERSON MARCEL CALESTINEANDRE LUIZ VEIGA RODRIGUESANNA CAROLINA B SOARES BRISOLAANTONINHO CATTELANANTONIO GERSON DE LIMAANTONIO GONCALVES PADILHAANTONIO LUIZ FERREIRAARGEU CANDIDOARI CELSO ALVES CORREAASSIS JULIANO SBARDELOTTOAURELINO JOSE DE CARVALHOAZOR DE LIMABRUNO ADELINO DE FARIASCARLA NAOMI IWAMOTOCARLOS ALFREDO M SILVA JUNIORCARLOS EDUARDO BROETTOCARLOS EDUARDO DE OLIVEIRACARLOS EDUARDO KALINOSKICARLOS IBERE SALDANHA DE SOUZACARLOS MARCOS MARQUESCARLYLE WILLIAM BRASIL DE ARAUCASSIANO SCHMITT RODRIGUESCHRISTIANO GOMES RIBEIROCHRISTIANO ZAMODZKICICERO LUIS DE SOUSACINARA DOS SANTOS GARMATZCLAUDEMIR CATANEOCLAUDINEY DE MOURA PEREIRACLAYTON PRESTESCLEVERSON ALVES TIMOTIOCLEVERSON LUIZ RIZZONCONVER SILAS MACEDOCRISTIANE DOS ANJOS F DA SILVACYNTIA ELIANE SOAVEDALTON LUIZ LEMOSDANIEL LEAL GANZERTDANIEL NAUFAL

DANIELE RIBEIRO DA S ANDRADEDANILO GERALDO ARANADANILO SERRA MARTINSDAYSE DE OLIVEIRADEBORA MARIA GALVANDELIANDRO GONCALVES DE CASTRODENISE TERESINHA GIRARDI ADDISDENNIS CAMILO DE ANDRADEDEOCLIDES FERREIRA DE ALMEIDADIEGO PIOTROWSKI MACHADODIEGO RAPHAEL QUEIROZ DE OLIVEDIEGO ROBERTO KNEBELDIOGO ALEXANDRE SILVADIOGO HENRIQUE HEIDEMANNDIONES STEFANO FELICIANOEDNA GRAFEDSON ANTONIO DELIBERALIEDSON DONEDAEDSON ELIASEDUARDO DO NASCIMENTOELIAS GRECO FERLIZIELISANGELA CRISTINA RIBEIRELOIR LIMBERGER MOURA JUNIORELTON SIMOMUKAYEMANOEL TELES DE SOUZAEMERSON LEANDRO RIBEIRO DA COSERISLEYNI PATRICIA SCHIPIURAFABIANO LIMA DE RAMOSFABIANO SHIMADA PEREIRAFABIO DOBROKA DAIKUBARAFABRICIO JOAQUIM DE ROCCOFABRICIO SILVA KYTFELIPE AUGUSTO OGIBOWSKIFELIPE MESSIAS DA ROSAFERNANDA WALKFERNANDO SEIJI YAMANAKAFRANCISCO AFONSO CORREAFRANCISCO JOSE DE MORAISGENIVAL MIRANDA DE ARAUJOGERALDO CASIRAGHIGILBERTO BASCO GARCIAGUSTAVO JOSE BARBOSAGUSTAVO MARCELO MENEGASSIHELIO ABILIO ANDRADEHELIO PEREIRA DE SOUZAHELOISA CRISTINA RAMPI MARCHIOIVALDETE TIJOLIN BARROSIVAN LUIZ MACAGNAN JUNIORIVO ORLANDO SCHMITTIVO PADILHA DE OLIVEIRAIVONEZIO RODEIZAIAS VIEIRA DE AGUIARJAIME LUIZ BUDTKE

JAYME MAINARDES BRITOJEAN CARLO ALBUQUERQUE SCHOENBJEVERSON MARQUES RICETTOJOAO LUIZ ZUBERJOAO MARIA PAULA DOS ANJOSJOAO MOREIRA BUENOJOAO RENATO DE PAULAJOEL LOPES DE PROENCAJOEZER ROSSI DE MELLOJONAS DE JESUS DA COSTAJORGE ALEXANDRE P GIORDANOJOSE ALBINO DA SILVAJOSE CARLOS DOS SANTOS DAMIAOJOSE CARLOS NOVAIS MENDES JUNIJOSE EDGARD CHIURATTO FILHOJOSE EDUARDO RODRIGUES BORGESJOSE LUIZ CORREA DE MELOJOSE RODRIGUES PIMENTELJOSE TADEU PADILHAJOSIP SPECHTJULIANO SELLEIROJULIO CESAR CAMARGO DE OLIVKLEITON LUIZ MACHADO FERREIRALEANDRO JOSE BESENLEANDRO PRADO ROCHA DE OLIVEIRLEDIO ESTEFANO DOS SANTOSLEOCADIA MARIA GLAZA GRABOVSKILEOMIL PONTES CUNHALEONARDO KOSLOSKILILIANE BONEBERGERLILO ARI JOSE ROSSLUCAS FARET TEIXEIRA DOS SANTOLUIS ANTONIO DE ANDRADE E SILVLUIS ANTONIO ROLIM DA ROSALUIZ EDUARDO MORILUIZ PRADO JUNIORMARCEL FERNANDO DE ASSUNCAO HOMARCELO BAZZANELLAMARCELO KORALEWSKIMARCELO MAINKA PORTUGAL DE OLIMARCIA DA SILVAMARCO ANTONIO ZANICOTTIMARCOS ALEXANDRE PONCIANO DE JMARCOS AURELIO ORIPKAMARCOS AURELIO SIMOESMARCOS JOSE GONCALVES CAMARGOMARIA ELENA BOBSIN MACHADOMARIO LUIZ PINHEIRO BARBOSAMARIO SERGIO CARRIEL GAVANSKIMARLLUS EDUARDO SANTOS ARAUJOMARLY DALTOMAURILIO DONIZETTI DA SILVAMAURO CELSO DEMEDA MANARIN

MICHAEL GOMES DE OLIVEIRA GENOMICHELE SANTOS MACHADOMIGUEL DA ROSAMIGUEL ROMANIOMILTON DIVINO ALVES CAMPOSNERCI GOMES DOS SANTOSOESLEY ROCKTESCHELPATRICIA DOS SANTOSPAULO CELSO KLOSPAULO CESAR ENGRAFPAULO DANIEL ROCHAPAULO GRACIANO WENGLAREK DE LIPAULO ROBERIO DELGADOPAULO ROCHA GONCALVES JUNIORPEDRO HENRIQUE RIBEIRO BARBOZAPEDRO NAZARENO FERREIRA DA COSRAFAEL LUIZ PICOLORAFAELA FERREIRA MARCELLIRAIMUNDO AUGUSTO ASSUNCAOREINILDE LOPES DE MOURARENATO ESCRIVANIRENATO ROSARIORENATO WUNDERLICHRHOGERS MACANHARICARDO MARTINI NUNESRICARDO PALMEIRARICARDO SINEIRO MACHADOROBSON JOSE CASTILHO GREGORIOROBSON MOREIRARODRIGO BECKERRODRIGO HENRIQUE ALVESRODRIGO LEANDRORODRIGO SASSI MARTINSROGER RODRIGUES GERMINIANOROGERIO FERNANDES MACHADORONALDO APARECIDO HENRIQUESRONALDO WANDER FERNANDESROSEMARY DE OLIVEIRASANDRO DELCY MONTANARISANDRO ROGERIO RODRIGUESSERGIO FERNANDO DE ALMEIDASHEYLA FABIANA BATISTA GUERRERSONIA MARIA PADILHASUELEN SABRINA DE OLIVEIRATHIAGO CUNHA CASSAVIATHIAGO HENRIQUE CASTRO AVIZUELLINGTON MEDEIROS DE BARROSVALDIR CASTILHOVICTOR HUGO GALVAO DE MEIRAVILSON JOSE GRASSI FILHOWELLINGTON LAGOWILSON TOZATO BONANIYURI ANDRE VANDRESENZENI CASAGRANDE WIPPEL

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mUnDO trabalhista

Valeu a ‘pernada’: 7ª Marcha das Centrais Sindicais termina com ratificação da Convenção 151 da OIT

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Edição nº 98 - Março/Abril 2013

Muito se falou sobre a 7ª Marcha das Centrais Sindicais, que reuniu mais de 50 mil pessoas em Brasília no dia 06 de março. Muito se falou também sobre as bandeiras levantadas pelos que se dispuseram a ‘marchar’ do Estádio Mané Garrincha até a Esplanada dos Ministérios. Também ouvimos bastante que a enorme concentração de pessoas na capital do País teve resultado, fazendo com que a presidente Dilma Rousseff promulgasse o Decreto 7.944, que ratifica a Convenção 151 da Organização Internacional do Tra-balho. Mas, o que pouco se leu ou se ouviu foram explicações mais detalhadas sobre essa tal convenção e porque ela é importante. Por isso, preparamos essa reportagem bem didática e explicativa, para tirar todas as dúvidas que ainda restam sobre o assunto.

O qUE é a Oit?

A Organização Internacional do Trabalho é uma Agência da ONU (Organização das Na-ções Unidas), fundada em 1919. É uma estru-tura tripartite, ou seja, reúne representantes dos trabalhadores, dos governos e dos em-pregadores.

O qUE é Uma COnvEnçãO Da Oit?

Desde 1919, a Organização Internacional do Trabalho desenvolveu um sistema de normas internacionais que abrange todas as maté-rias relacionadas ao trabalho.

Estas normas assumem a forma de con-venções e recomendações internacionais sobre o trabalho. As convenções da OIT são tratados internacionais sujeitos a ratificação pelos Estados Membros da Organização. As recomendações são instrumentos não vincu-lativos – tratando muitas vezes dos mesmos assuntos que as convenções – que definem a orientação das políticas e ações nacionais.

Tanto as convenções como as recomendações preten-dem ter um impacto real sobre as condições e as práti-cas de trabalho em todo o mundo.

sObrE O qUE fala a COnvEnçãO 151?

A Convenção 151 estabelece o princípio da negociação coletiva entre trabalhadores públicos e os governos das três esferas: municipal, estadual e federal. É um docu-mento formulado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e prevê, entre outros pontos, a liberdade sindical e a inclusão desses profissionais na negociação das condições de trabalho. Isso significa que, pela pri-meira vez, o funcionário público poderá sentar com seu patrão (governo) para discutir os temas de seu interesse.

pOr qUE issO é bOm para Os trabalhaDOrEs?

Porque estende aos funcionários do serviço público as mesmas garantias e condições de associação e liberda-de sindical asseguradas aos trabalhadores da iniciativa privada. Isto é:

- Proteção contra os atos de discriminação que acarre-tem violação da liberdade sindical;

- Independência das organizações de trabalhadores

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Site: www.saemac.com.br

Valeu a ‘pernada’: 7ª Marcha das Centrais Sindicais termina com ratificação da Convenção 151 da OIT

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Edição nº 98 - Março/Abril 2013

da função pública face às autoridades públicas;- Proteção contra atos de ingerência do governo na for-

mação, funcionamento e administração dos sindicatos e centrais dos funcionários públicos;

- Concessão de facilidades aos representantes das organizações reconhecidas dos funcionários públicos, com permissão para cumprir suas atividades, sejam du-rante suas horas de trabalho ou fora delas;

- Instauração de processos que permitam a negocia-ção das condições de trabalho entre as autoridades pú-blicas interessadas e as organizações de trabalhadores da função pública;

- Garantia dos direitos civis e políticos essenciais ao exercício normal da liberdade sindical.

a COnvEnçãO 151 já Está Em vigOr?

Ainda não. No dia 07 de março, logo após a 7ª Mar-cha das Centrais Sindicais, a presidente Dilma Rousseff assinou o decreto assumindo o compromisso de regu-lamentar a convenção, o que é requisito para que ela passe a vigorar. Depois de definidas, as regras devem ser aprovadas pelo Congresso Nacional.

A convenção foi ratificada em 15 de junho de 2010 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de nota oficial na sede da OIT em Genebra, mas precisa ser adaptada à legislação nacional para entrar em vigor.

O então ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, disse que a partir do decreto, abre-se oficialmente a ne-gociação para o processo de regulamentação da Con-venção 151, já que o governo se comprometeu oficial-mente a internalizar esse compromisso de estabelecer a negociação no setor público.

Assim, a regulamentação desta convenção será discutida com representantes sindicais.

O qUE mUDa após a ratifiCaçãO DEssa COnvEnçãO?

Os países que ratificam uma convenção estão obrigados a aplicá-la em sua legislação e em suas práticas nacionais, tendo que enviar regu-larmente relatórios à Organização Internacional do Trabalho referentes à sua aplicação.

qUantas COnvEnçõEs Da Oit já EstãO Em vigOr nO brasil?

Uma vez aprovadas pela Conferência Interna-cional do Trabalho, as convenções da OIT po-dem ser ratificadas ou não pelos países mem-bros. No caso do Brasil, 80 convenções estão em vigor e 96 foram ratificadas.

Para saber quais são elas, acesse o site: http://www.oitbrasil.org.br/convention.

Suas dúvidas foram respondidas? Consegui-mos esclarecer todas as questões que envol-vem a OIT e suas convenções, especialmente a 151? Caso ainda hajam questionamentos pertinentes sobre o tema, encaminhem para o email [email protected]. Tentaremos res-ponder todos eles na próxima edição do nosso informativo e também em nosso site!

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cato e empresa. Porém, a expectativa criada na primeira reunião foi, aos pou-cos, se desfazendo. Apesar do diálogo e da ‘compreensão’ terem prevalecido também nessa reunião, não deu para ‘bater o martelo’ em quase nada. Entre os itens que a empresa concordou em nos atender está a correção salarial em 100% do INPC; auxílio-alimentação e au-

xílio-creche corrigidos em 9,7%; abono de faltas em 48 horas e a manutenção das conquistas anteriores.

Outras cláusulas que entendemos ser de suma importância como o ganho real, o abono indenizatório, a gratifi-cação de férias, o adicional de peno-

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Edição nº 98 - Março/Abril 2013

aCt 2013-2014

Depois de três reuniões, temos uma proposta com discretos avanços

Após longos anos de dificuldades na negociação do nosso Acordo Coletivo de Trabalho, demos início no dia 08 de março a uma negociação onde final-mente pudemos não só ouvir, mas tam-bém sermos ouvidos!

O Saemac e a Comissão de Negocia-ção Coletiva da Sanepar, composta por: Tânia Mara Toninello (gerente da USRH), Rosaldo Jorge Andrade (advogado), Mario Luiz Pompei (assessor da dire-toria) e Glauco Machado Requião (assessor da pre-sidência) estiveram reuni-dos e, logo nos primeiros minutos, fomos surpre-endidos com as palavras do presidente Glauco, di-zendo que a metodologia este ano seria diferente.

Diferente porque as conversas seriam aber-tas para que a empre-sa pudesse sentir dos sindicatos quais são os pontos mais sensíveis do acordo e que, no pri-meiro momento, a reu-nião seria apenas para entendimento de pauta, onde seriam discutidos todos os itens reivindica-dos, um a um. E assim foi feito. A reunião durou mais de seis horas. Ape-sar de longa, foi a melhor conversa que tivemos visando a renovação do ACT. Os representantes da empresa ouviram com muita atenção cada um dos ‘porquês’ que justificam nossas reivindicações e se comprometeram a levar tudo ao conhecimento da diretoria buscando a contemplação.

Um mês depois, no dia 08 de abril, nova reunião foi realizada entre sindi-

sidade e o vale-extra de aniversário não foram atendidas da maneira como gostaríamos e, por isso, a Comissão se comprometeu a levar novamente estas questões para serem discutidas e me-lhoradas com a diretoria da Sanepar e nova reunião foi marcada para 15 de abril.

Não podemos negar que obtivemos avanços consideráveis nessa 3ª reunião, mas que ainda são pequenos fren-te ao que reivindicamos e gostaríamos de alcançar.

Com relação à gratifica-ção de férias, chegou-se ao pagamento do 1/3 consti-tucional acrescido de um valor linear de R$575,00. Já o abono indenizatório, que ano passado foi de 85% de uma remuneração + R$1.500,00 linear, poderá subir para 1,1 salário nomi-nal + R$1.850,00 linear. De-pois de muita briga e argu-mentação, a proposta da Sanepar para o adicional de penosidade é a implan-tação em 1º de maio de 2013 para os saneparia-nos da leitura, atendimen-to do 115 e atendimento ao público no percentual de 5% do piso da categoria.

Ganho real e vale-extra de aniversário foram os dois itens que não tiveram avanços. No saldo geral das negociações, pode-mos dizer que a postura da

empresa realmente é outra. No entanto, toda a expectativa criada no primeiro momento não foi plenamente atendida.

Assim que a minuta estiver pronta, abriremos edital de convocação para a realização das sessões de Assembleia Geral Extraordinária.

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partiCipaçãO nOs lUCrOs

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Site: www.saemac.com.brEdição nº 98 - Março/Abril 2013

A Sanepar divulgou no Relatório Anual de Administração e Demonstrações Con-tábeis de 2012 que o lucro da empresa atingiu os impressionantes R$335,8 mi-lhões. Pois bem... Então calculamos como deveria ficar o nosso Programa de Parti-cipação nos Resultados e como ele está (por enquanto).

No infográfico ao lado é possível perce-ber que 47,3% de todo o lucro da em-presa está destinado aos acionistas, aqueles que ficam em suas salas com ar-condicionado, sentados em poltronas confortáveis e olhando pela janela o cres-cimento da Sanepar. Crescimento este que é proporcionado pelo suor diário de cada trabalhador dessa Companhia.

Mas, a diretoria da Sanepar parece es-tar na mesma sala, ao lado dos acionis-tas, apenas observando as montanhas de dinheiro que são empilhadas pelos sa-neparianos ano após anos, já que desti-nou apenas 12,5% do lucro provisionado aos acionistas para o PPR dos trabalha-dores. Isso dá cerca de R$2.900,00 para cada um.

Para que fique fácil entender o porquê de brigarmos tanto pelo percentual de 25% do lucro distribuído aos acionistas, fi-zemos uma continha simples. Se essa fos-se a realidade do nosso PPR, cada sane-pariano receberia mais de R$5.800,00! O dobro e não a metade. Afinal, trabalha-mos dobrado e não pela metade para ga-rantir excelentes resultados da Sanepar!

Acho que já vimos esse filme antes, né? E sabemos que ele termina no Tribunal Regional do Trabalho... Mesmo assim, o comportamento da empresa não muda! A tal da valorização do quadro funcional continua só no discurso.

No entanto, há quem, muito humilde-mente, se sinta valorizado por receber ‘um pouquinho’ a mais... Bem, a decisão é sempre de vocês. Qual desses valores ficaria melhor na sua conta bancária: R$2.900,00 ou R$5.800,00?

Como poderá ficar o PPR de 2012?

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parECEr jUríDiCO

Edição nº 98 - Março/Abril 2013

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Será que as mudanças no FusanPrev foram boas?Com o discurso de ‘quanto mais plantar, mais vai colher’, o sr. José Luiz Rauen, diretor-presidente das Fundações Sanepar apresentou as alterações no plano de previdência

complementar. Convocamos nosso advogado, dr. Roque Sebastião da Cruz para analisar essas mudanças e verificar se realmente existem vantagens para os saneparianos

Em relação ao aumento no percentual das contribuições pessoais, de 3,28% para 3,81% e patronal de 4,65% para 7,62%, venho tecer algumas considerações.

Inicialmente é necessário traçarmos o histórico sobre como era feito anteriormente e como são vertidas atual-mente para a poupança dos saneparianos, as contribui-ções pessoais e as contribuições patronais efetuadas pela Sanepar em nome dos seus funcionários. Acompanhe abaixo:

DO PRIMEIRO REGULAMENTO

Quando da criação do Plano de Previdência Complemen-tar dos funcionários da Sanepar, em 1982, as contribuições pessoais e as vertidas pela patrocinadora em nome do funcionário foram definidas da seguinte forma:

Parte patronal:

No caso, até 2012 a Sanepar recolheu à FUSAN, parte patronal, o percentual de aproximadamente 7,15%. Ocorre que a partir do final de 2012 a Sanepar, por força do regu-lamento de 1982 provavelmente deixou de contribuir com o percentual de 1,459%.

DA MIGRAÇÃO PARA O PLANO FUSANPREV

Até setembro de 2000, o plano era por complementa-ção, ou seja, não se utilizava do saldo pessoal ou patronal para fixar o valor da complementação. O valor era calcula-do utilizando-se a média dos últimos 12 meses do salário participação e complementado na diferença em relação à aposentadoria deferida pela Previdência Social e a média dos últimos 12 meses, não podendo este valor ser maior que três vezes o benefício previdenciário.

A contribuição patronal vertida pela Sanepar aos parti-cipantes não era individualizada, como atualmente. No caso, a patrocinadora fazia e faz o aporte em conta única, quando o correto seria individualizar o valor patronal apor-tado por cada participante.

No ano de 1998 veio a instituição do Fator Previdenciário que fez com que as fundações, para não arcarem com a diferença das perdas instituídas pelo fator previdenciário, mudassem os planos para contribuição definida.

No caso da FUSAN houve a migração para o plano FU-SANPREV em setembro de 2000, um plano de benefício definido cujo artigo 57 regulamenta a contribuições dos participantes e da patrocinadora, não fixando percentual para a participação:

Artigo 123, item I: Os participantes ativos recolherão à ins-tituição uma importância mensal equivalente ao produto da aplicação das taxas de participação relacionadas a seguir:

1) Idade do participante na data da inscrição - até 18 anos, 1,50% aumentando 0,5% para cada ano a mais na data da inscrição até o limite de 3,0% para quem possuísse 48 anos ou mais na data da inscrição no plano.

2) 2% sobre o excesso do salário participação sobre o me-nor valor-teto do salário benefício;

3) 7% sobre o maior valor-teto do salário benefício.

Artigo 123, III: Os patrocinadores recolherão à instituição uma importância mensal equivalente a: 4,612% sobre a folha de remuneração bruta de todos os empregados e dirigentes; 1,459% sobre a folha de remuneração bruta de todos os seus empregados e dirigentes durante o prazo de 30 anos.

Artigo 57, I, a: Contribuição do participante: Contribuições normais mensais básicas e facultativas, apuradas através da aplicação de um percentual sobre os respectivos salários de participação, de acordo com o Plano Anual de Custeio.

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Site: www.saemac.com.brEdição nº 98 - Março/Abril 2013

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Será que as mudanças no FusanPrev foram boas?Com o discurso de ‘quanto mais plantar, mais vai colher’, o sr. José Luiz Rauen, diretor-presidente das Fundações Sanepar apresentou as alterações no plano de previdência

complementar. Convocamos nosso advogado, dr. Roque Sebastião da Cruz para analisar essas mudanças e verificar se realmente existem vantagens para os saneparianos

No caso dos funcionários da Sanepar, esses percentuais foram fixados de forma variável mediante contratação in-dividual, variando o percentual, na média, entre 3% a 9% sobre o salário participação.

Portanto, inexiste no regulamento da FUSANPREV de se-tembro de 2000, qualquer indicação de percentual de con-tribuição a cargo da patrocinadora, presumindo que eles continuaram sendo os previstos no Regulamento de 1982, ou seja, 4,612% sobre a folha de remuneração bruta de todos os empregados e dirigentes e 1,459% sobre a folha de remuneração bruta de todos os seus empregados e dirigentes durante o prazo de 30 anos, já que o capítulo XVIII do Regulamento Básico de 1982 em seu artigo 103 e o capítulo IX do regulamento de 2000 em seu artigo 75 não permitem a mudança no regulamento anterior que possa “prejudicar direitos adquiridos de participantes e depen-dentes” presumindo que o percentual de 1,459% sobre a folha de remuneração bruta de todos os empregados en-cerrou no final de 2012.

Com a vigência da EC 20/98, da Lei 9.876/99, do Decreto 3.048/99, e com o implemento do redutor chamado fa-tor previdenciário, a FUSAN migrou todos os participantes para o Plano FUSANPREV, plano de contribuição e benefício definido (artigo 29, II do Regulamento Básico). Com isso, deixou de existir a complementação, passando a vigorar a devolução dos valores aportados, parte pessoal e patronal na forma de complementação conforme artigo 31 do Regu-lamento Básico de 2000.

LOGO, É DE SE CONCLUIR QUE:

a) O aumento do percentual de 3,28% para 3,81% a incidir sobre o salário participação para determinar o valor a ser aportado como contribuição pessoal não pode ser promo-vido, em face do Regulamento Básico de 2000, não haven-do que se falar em mudança neste percentual, a menos que exista a concordância expressa dos participantes, de forma individual, mesmo porque não haveria benefício al-gum aos participantes em aumentar esse percentual. Isso porque, sendo o plano de contribuição e benefício definido, as únicas opções subsistentes são as de receber de volta o valor aportado como resgate total ou na forma de com-plementação com a devolução feita em parcelas mensais. Em outras palavras, seria tirar do bolso agora para receber de volta num futuro que não se sabe quando e a forma de correção que será efetuada, sem contar que nem todos os valores descontados são devidamente aportados, ficando de 20% a 40% do valor descontados a título de benefício de risco.

b) Quanto ao aumento da contribuição da Sanepar de 4,65% para 7,62% a mesma servirá apenas para recompor a perda prevista no artigo 123, III “b” do Regulamento Bási-co de 1982. Pode ser necessária para recompor o caixa da FUSAN, mas não reverterá em favor dos participantes, visto que a PATROCINADORA faz o aporte aplicando o percentu-al sobre o total pago aos funcionários em conta única, sem individualizar os participantes, e a FUSAN não demonstra como faz o cálculo da reserva matemática destinada aos representados (há casos de aporte de reserva matemática na proporção de 25%, 50%, 100%, 200%, 400% do valor aportado pelos participantes, o que é inexplicável). Por ou-tro lado, o aumento da contribuição por parte da PATROCI-NADORA, não alterará a reserva matemática nem o fator atuário dos representados.

Tendo em vista que o valor da complementação leva em conta o saldo pessoal e a reserva matemática multi-plicada pelo fator atuarial (este também não mudará por conta do aumento no percentual das contribuições da pa-trocinadora) e que o resgate total é o saldo pessoal e até 75% da reserva matemática, salvo melhor juízo, o aumen-to no percentual das contribuições patronais por parte da Sanepar somente trará benefícios à FUSAN, sem a necessária contrapartida aos seus filiados.

Artigo 57, II, a: Contribuição da patrocinadora: contri-buições normais mensais básicas e facultativas, apuradas através de aplicação de um percentual sobre os Salários de Participações dos Participantes Ativos a elas vinculadas, ob-servadas o limite estabelecido no Plano Anual de Custeio.

Artigo 31. A Renda Mensal Prevista nos inciso I e II do ar-tigo 29 deste regulamento consistirá no RESGATE MENSAL e vitalício em moeda corrente, determinado atuarialmente em função do saldo acumulado nos fundos individual e patroci-nado existente em nome do participante ativo resgatado na forma prevista na seção X.

§ 1º O valor atuarial para determinação do valor mensal devido ao participante será feito de acordo com a taboa bio-métrica indicada na nota técnica atuarial da FUSANPREV.

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galEria DE fOtOs

A coragem, motivada pela insatisfação e pela inconformidade com a situação que vivenciam diariamente (assé-dio moral, desrespeito e autoritarismo), levou cerca de 120 trabalhadores da Unidade de Serviço de Faturamento (USFA) da Sanepar em Curitiba a abandonarem seus serviços, se dirigirem à porta da unidade na manhã de 28 de fevereiro e cruzarem os braços para protestar e exigir mudanças. Toda a situação foi acompanhada de perto pelo Saemac, que já ingressou com ação coletiva por danos morais. Confira fotos desta paralisação:

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