informativo saemac - nº 94 - março/abril de 2012

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SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SANEAMENTO Filiado: Edição nº 94 - Março/Abril de 2012 Distribuição Gratuita www.saemac.com.br Página 07 As várias faces do salário do sanepariano O Saemac preparou uma reportagem especial nesta edição do informativo. O nosso protagonista é o seu salário, que mesmo visto por ângulos diferentes sempre aparece em destaque, no topo dos rankings de “salário mais baixo”. Leia com atenção, analise com a gente e não fique acomodado!

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Informativo oficial do Sindicato dos Trabalhadores no Saneamento (Saemac), que representa os trabalhadores da Sanepar.

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Page 1: Informativo Saemac - Nº 94 - Março/Abril de 2012

SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SANEAMENTO Filiado:

Edição nº 94 - Março/Abril de 2012 Distribuição Gratuita www.saemac.com.br

Página 07

As várias faces do salário do saneparianoO Saemac preparou uma reportagem especial nesta edição do informativo. O nosso protagonista é o seu salário, que mesmo visto por ângulos diferentes sempre aparece em destaque, no topo dos rankings de “salário mais baixo”. Leia com atenção, analise com a gente e não fique acomodado!

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Saúde também para os agregados

Com relação à ação dos agregados e os benefícios do plano de saúde da Sanepar, o Saemac, através do seu Departamento Jurídico, presta os seguintes esclarecimentos:

Constou da decisão:

“Diante de todo o exposto na demanda promovi-da pelos Autores Saemac e Siquim em face das Rés Sanepar, FUSAN e Fundação Sanepar, nos termos da fundamentação, que passa a inte-grar este dispositivo para todos os fins e efeitos, rejeito a prejudicial e as preliminares invocadas pelas Rés; e no mérito, ACOLHO os pedidos for-mulados pelos Autores para CONDENÁ-LAS a: a) promover a restauração aos empregados que utilizavam o benefício até sua supressão (junho de 2011) do atendimento aos agregados no SaneSaúde, dentro de sessenta dias da in-timação para cumprimento da decisão transi-tada em julgado, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 5.000,00, limitada a R$ 5.000.000,00; b) pagar honorários advocatícios no importe de R$ 10.000,00 (20% do valor da condenação).”

A decisão determina que os agregados que vinham efetuando as consultas na forma anterior a junho de 2011 continuem com o mesmo procedimento.

Resta claro também que, a partir de junho de 2011, não poderá ser feita a inclusão de novos agregados para essa modalidade de bene-fício, mesmo que o empregado tenha tomado posse antes desta data.

Quanto ao retorno do procedimento, a decisão determina que ela seja restaurada somente após o trânsito em julgado. No entanto, na ação foi requerida, liminarmente, mediante tutela antecipada, a vol-ta imediata do procedimento para aqueles que vinham gozando dos benefícios.

A liminar foi rejeitada, pois o Juíz queria tomar ciência da contesta-ção das reclamadas. Entretanto, ao julgar procedente o direito, o Juíz não se manifestou sobre a volta imediata do benefício pleiteado.

O Sindicato, mediante Embargos Declaratórios, requereu que a omis-são fosse sanada e que o Juíz, na decisão que entendeu pelo direito dos agregados, se manifestasse sobre a volta imediata do benefício.

Estamos aguardando o julgamento dos Embargos sobre a análise da tutela antecipada e a volta imediata do benefício aos agregados que gozavam do mesmo antes de junho de 2011.

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Editorial

Edição nº 94 - Março/Abril 2012 www.saemac.com.br

dirEtoria EXECUtiVa

Gerti José NunesDir. Presidente - Cascavel Joaquim A. dos SantosDir. Financeiro - Cascavel

Anibaldo KlaisDir. Administrativo - Terra Roxa

Alvair Santa RosaDir. Divulgação e Imprensa - Curitiba

Jóse Maria A. AlvesDir. Formação Sindical - Guarapuava

Josiane de OliveiraDir. Saúde e Seg. no Trabalho - Ponta Grossa

Vanusa Maria SalvadorSecretária Geral - Foz do Iguaçu

CONSELHO FISCAL EFETIVO

Aloísio Pinto Leal - Guaíra Juvelino Rabelo - Guaraniaçu

Lorival Quadros da Silva - Quedas do Iguaçu

SUPLENTES

Celso Narciso Cosma - ClevelândiaLuiz Carlos F. Lima - Cascavel

DIRETORIA REGIONAL

Nei Clóvis Marchi de Lima - CascavelZilmar Breda - Toledo

Vilson Fergs - Foz do IguaçuJair Expedito Bozi - Pato Branco

Pedro Luis S. de Moraes - Telêmaco BorbaKátia Maria Sant’Ana Medeiros - Rio Negro

Eorivaldo Xavier de Oliveira Jr. - CuritibaCeslau Elias Makovski - Curitiba

Álvaro Lima Pinto - Curitiba Enivaldo Soares - Curitiba

José Pires - CuritibaFernando M. dos Santos Neto - Curitiba

José Ricardo de Amorim Vasco - Curitiba

REPRESENTANTES

Osmar Daneluz - Dois VizinhosJosé Venâncio - Corbélia

Romeu Cruzeta - Campo LargoMauri Dorigoni - Laranjeiras do Sul

Marcelo de Oliveira Gato - CascavelValdir Antonio Pavanello - Realeza

Valdir Valmórbida - Pato Branco

DELEGADO A FEDERAÇÃO E CONFEDERAÇÃOPedro Henrique da Silva - Curitiba

SUPLENTE

Gerti José Nunes - Cascavel

Nathália Trofino SartoratoJornalista responsável

Rua Mobral, 464 - Jd. Maria Luíza Cascavel-PR - CEP: 85819-505

Fone (45) 3223-5161 / Fax: (45) 3224-5264 0800-600-5161 / Curitiba: (41) 3333-5719

E-mail: [email protected]

O Informativo SAEMAC é órgão oficial de divulgação do Sindicato dos Trabalhadores na Captação, Purifica-ção, Tratamento e Distribuição de Água e Captação e Tratamento e Serviços em Esgoto e Meio Ambiente de

Cascavel e Regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.

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Dr. Roque Sebastião da Cruz Advogado - Dpto. Jurídico Saemac

SanESaúdE Em Foz do igUaçU

“Saúde tem preço? A nossa não!”

Você ainda não é associado ao Saemac? Então venha somar forças! Acesse www.saemac.com.br, imprima e preencha a ficha de filiação que se encontra no menu superior e depois encaminhe ao sindicato!

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ÍndiCE

Edição nº 94 - Março/Abril 2012 www.saemac.com.br

StatUS daS nEgoCiaçõES

“E o ACT? Nada!”

açõES ColEtiVaS “Multa de 40% do FGTS: a discussão agora é outra” “Banco de horas: uma ação parcialmente ganha!”“Sanepar recorre da avaliação do PCCS de 2009”

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rEportagEm ESpECial “O que se ganha no fim do mês”

SanESaúdE Em Foz do igUaçU

“Saúde tem preço? A nossa não!”

a Voz do SanEpariano

“Não sou filiado ao Saemac, mas acho que o Saemac deveria ser o sindicatos de todos nós saneparianos, pois é o que mais briga pela gente. Dizem que somos a “melhor empresa no tratamento de água e esgoto do BRASIL”, que a Sanepar tem os melhores profissionais, mas de que adianta se nem mesmo a diretoria reconhece isso? Queremos ser reconhecidos com um bom salário também e não só em palavras, porque palavras não vão pagar minhas contas!”

“Queremos dar os parabéns ao Saemac, pois sindicato não é só para conquistar melhores sa-lários, mas sim também para resguardar direitos conquistados. Entendo que a sentença proferida (da ação dos agregados), é um “tapa na cara” da-queles que se acham no poder, querendo, a bel prazer, “pintar e bordar” em cima do empregado. A justiça, por muitas vezes, ensina como se deve respeitar os outros.”

“Se olharmos em 2000, o sanepariano recebia 2,3034 salários mínimos e agora re-cebe 1,5026 salários mínimos. Como regredimos em termos de salários! Espero que desta vez o nosso salário aumente, e não seja aquela ajuda de cus-to que deram ano passado.”

“Ano passado (a tarifa) já teve reajuste de 16% e nesse ano terá 16,5%, ou seja, 32,5% em dois anos. O salário ano passado 1% de ganho real e esse ano como será? Ainda estamos tentando acreditar nas pa-lavras do presidente na “va-lorização dos funcionários”. Então, por favor senhor pre-sidente, não nos faça de-sacreditar no senhor, pois já estamos há muito tempo sendo desmotivados pela diretoria passada e pela atual remuneração!”

“Por enquanto o discurso não convenceu, igualmente a campanha do governador. Na TV é uma coisa, mas na prática nada. Só vão nos con-vencer quando tudo isso que eles falam na mídia for dito pelos próprios funcionários!”

Nesta edição 94 do Informativo do Saemac vamos inaugurar a editoria: “A Voz do Sanepariano”. Aqui ficarão os comentários mais relevantes feitos em nosso site durante o mês de elaboração do informativo. Será um espaço para expor diretamente a opinião dos nossos representados, que certamente tem muito a dizer! Por isso, não deixe de comentar em nosso site: www.saemac.com.br!

Se você ainda não é um associado do Sae-mac, não perca tempo e filie-se! Acesse www.saemac.com.br, imprima e preencha a Ficha de Filiação que se encontra no menu superior. Depois é só encaminhá-la ao sindicato via malote ou, se preferir, entregue pessoalmente em alguma de nossas sedes!

É permitida a reprodução parcial ou total das matérias, reportagens e fotografias veiculadas no Informativo Saemac, desde que citada a fonte.

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No dia 13 de janeiro, o Saemac encaminhou à empre-sa a pauta de reivindicações para as negociações do ACT 2012-2013, esperando que esse ano a morosidade não tomasse conta da diretoria novamente e as negociações pudessem ter início o mais rápido possível. Não foi o que aconteceu.

Mais de um mês depois, apenas no dia 17 de fevereiro recebemos um e-mail, assinado pelo diretor administrati-vo da Sanepar, sr. Antonio Hallage, convidando o Saemac e os demais sindicatos para uma reunião, que seria rea-lizada no dia 23 de fevereiro às 14h na sede da Sanepar.

Cerca de 40 representantes sindicais compareceram à esta reunião para ouvir da diretoria que ainda não havia nenhuma proposta.

A Sanepar apenas “garantiu” a data-base do ACT e fa-lou sobre o Plano de Gestão por Competência. Quando foi questionado com relação à valores, o diretor adminis-trativo disse que voltaríamos a discutir isso somente na 1º quinzena de março, ou seja, cerca de duas semanas após o vencimento do ACT 2011-2012.

No momento, mais precisamente desde o dia 28 de fevereiro, estamos desamparados e, até o fechamento desta edição do Informativo, não fomos contatados pela Sanepar para dar início efetivamente às negociações.

Como vocês devem se lembrar, algumas das principais reivindicações da nossa pauta para o ACT 2012-2013 são:

CORREÇÃO SALARIAL: A Sanepar concederá a correção salarial nos mesmos índices de reajustes aplicados ao sa-lário mínimo a todos os seus empregados, garantindo os pisos salariais praticados no mês de março de 2012 aos empregados admitidos após a data-base.

AUMENTO REAL: A Sanepar concederá aumento real de 5%, com um valor mínimo de R$ 419,50, a partir de 1º de março de 2012, estipulando um salário de ingresso na empresa de 2,5 salários mínimos.

ABONO: A título de indenização compensatória, a Sane-par concederá dois abono a seus trabalhadores, corres-pondente a 75% da remuneração de cada empregado, mais a média da remuneração do quadro funcional da empresa, a ser pago na seguinte forma, um no mês da assinatura do Acordo de Coletivo de Trabalho e outro até o dia 20 de dezembro do referido exercício, como reco-nhecimento pela sua dedicação e empenho no desenvol-vimento de suas atividades no exercício de 2012.

Edição nº 94 - Março/Abril 2012 www.saemac.com.br

E o ACT? Nada!StatUS daS nEgoCiaçõES

Aproximadamente 40 representantes sindicais “perderam seu tempo” para ouvir que a em-presa ainda não tinha

nenhuma proposta

O Sr. Antonio Hallage falou apenas sobre o Plano de Gestão por Competência e nada de apresentar

valores salariais

FOTOS: Arquivo Saemac

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Edição nº 94 - Março/Abril 2012 www.saemac.com.br

açõES ColEtiVaS

Multa de 40% do FGTS: a discussão agora é outra

Constou do despacho que analisou a possibilidade de admitir o Recurso Ex-traordinário interposto pela Sanepar:

Trata-se de Recurso Extraordinário inter-posto ao despacho que não conheceu dos Embargos. O art. 102, III, da Constituição da República, dispõe caber Recurso Extraor-dinário para o E. Supremo Tribunal Federal de decisão de única ou de última instância. A Súmula nº 281 da Excelsa Corte dispõe: É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber, na Justiça de origem, recur-so ordinário da decisão impugnada. Ante o exposto, nego seguimento ao Recurso Ex-traordinário. Publique-se.

A matéria abordada nas decisões no Tribunal Superior do Trabalho (TST) é puramente processual. Não se discute mais o direito e sim a técnica proces-sual adequada ou inadequada dos re-cursos apresentados pela Sanepar. De início, já no exame de admissibilidade provisória feito pelo Tribunal Regional, o Recurso de Revista não foi aceito exata-mente por não atacar os fundamentos da decisão. O Recurso foi trancado. A Sanepar interpôs Agravo de Instrumen-to que consiste em um apelo extremo contra a decisão do Vice-Presidente do Tribunal local. O Agravo de Instrumento foi remetido ao TST, que teve o mesmo entendimento e negou provimento con-cluindo que a peça processual também estava desfundamentada, visto que não atacou os motivos do despacho que ne-gou seguimento ao recurso repetindo os mesmos fundamentos do Recurso de Revista. O relator Pedro Paulo Manus, da 7ª Turma do TST, entendeu que:

Nesse contexto, ao não se insurgir quanto ao entendimento adotado no acórdão re-gional, o apelo patronal encontra-se des-fundamentado, à luz da Súmula nº 422 do TST, o que inviabiliza a análise das argui-ções postas pela parte.

Ora, da decisão caberia Embargos ao SDI-1 do C. TST, no entanto, por ser a sú-mula 422 processual, não adiantaria a Sanepar revolver a matéria apresentada no Recurso de Revista e no Agravo de

Instrumento. Teria que atacar a Súmula 422 mediante a apresentação de um julgado paradigma, da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 8ª Turma do TST que, num caso si-milar, em que o Recurso de Revista foi desfundamentado, admitiu o Agravo de Instrumento e proveu o Recurso de Revista e não aplicou a súmula 422. Não foi esse o procedimento da Sane-par. Interpôs Embargos ao SDI-1 com os mesmos fundamentos apresentado nos recursos anteriores. É claro que ele tam-bém se encontrava em contrariedade à Súmula 353 e foi considerado incabível:

Embargos. Agravo. Cabimento. Nova re-dação - Res. 128/2005, DJ 14.03.2005 Não cabem embargos para a Seção de Dissí-dios Individuais de decisão de Turma pro-ferida em agravo, salvo: a) da decisão que não conhece de agravo de instrumento ou de agravo pela ausência de pressupostos extrínsecos; b) da decisão que nega pro-vimento a agravo contra decisão mono-crática do Relator, em que se proclamou a ausência de pressupostos extrínsecos de agravo de instrumento; c) para revisão dos pressupostos extrínsecos de admissibili-dade do recurso de revista, cuja ausência haja sido declarada originariamente pela Turma no julgamento do agravo; d) para impugnar o conhecimento de agravo de instrumento; e) para impugnar a imposição de multas previstas no art. 538, parágrafo único, do CPC, ou no art. 557, § 2º, do CPC.

As impropriedades nos recursos con-tinuaram e a questão passou a ser meramente protelatória. Do despacho monocrático lavrado pelo ministro Aloy-sio Corrêa da Veiga, caberia à Sanepar opor Agravo Regimental, para que o re-ferido Embargo ao SDI-1 fosse apreciado por um colegiado. A Sanepar interpõe Recurso Extraordinário de decisão mo-nocrática, mesmo diante do previsto na súmula 281 do C. STF, que diz ser inad-missível o Recurso Extraordinário, quan-do couber na Justiça de origem, recur-so ordinário da decisão impugnada. É claro que este novo recurso teve o seu seguimento negado:

É incabível, assim, o presente Recurso Extra-ordinário, porque interposto contra decisão

Com o intuito de adiar o pagamento, a Sanepar recorre de todas as maneiras possíveis

monocrática passível de reexame mediante agravo para o Órgão Colegiado competente, a teor dos arts. 896, § 5º, da CLT e 239, I e II, do RITST. Nesse sentido, a jurisprudência específica e recente do E. Supremo Tribunal Federal.

Da decisão, a Sanepar interpôs Agra-vo de Instrumento em Recurso Extraor-dinário, explorando a brecha deixada pela Súmula 727 do STF que determina:

Não pode o magistrado deixar de encami-nhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordináriio, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais.

É claro que na análise do Agravo de Instrumento no Recurso Extraordinário pelo STF, o mesmo será rejeitado tendo em vista que palmilha nesse sentido, a jurisprudência específica e recente do STF sobre o tema:

[...] Recurso extraordinário interposto contra decisão monocrática que rejeitou os embar-gos de declaração em apelação. Ausência de decisão de única ou última instância, in-cidência do óbice da Súmula 281 do STF. [...][...] Recurso extrarodinário interposto contra decisão monocrática proferida, que rejeitou os embargos à SBDI-1, cabível, ainda, a inter-posição de agravo à SBDI-1. Ante a ausência de decisão de única ou última instância, inci-de o óbice da Súmula 281 do STF. [...]

Portanto, a não ser que ocorra al-guma surpresa no despacho do Vice-presidente do TST quanto da decisão de admissibilidade do Agravo de Instrumento no Recurso de Revista, o apelo extremo deve ser remetido ao STF para ser indeferido e a Sanepar, com isso, ganhar mais alguns meses sem pagar o que deve.

No entanto, restou demonstrado o caráter protelatório dos Recursos da empresa e o descaso com que trata o direito líquido e certo de seus funcio-nários, sonegado durante o pacto la-boral e devidamente reconhecido pelo Tribunal Superior do Trabalho.

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Edição nº 94 - Março/Abril 2012 www.saemac.com.br

Em recente decisão da Juíza da 3ª Vara do Trabalho de Curitiba, foi reconhecida a nulidade do banco de horas praticado pela Sanepar.

Com efeito, a Juíza Silvana Aparecida Franz Pereira Gius-ti entendeu que o sistema de compensação adotado pela Sanepar não contou com qualquer interferência sindical, havendo afronta ao art. 7º, inciso XIII, da CF/88.

Aliás, tal posicionamento encontra respaldo no próprio Tribunal Superior do Trabalho (TST), o qual recentemente fir-mou entendimento no sentido de que as disposições con-tidas na Súmula 85 não se aplicam ao regime compensa-tório na modalidade “banco de horas”, estabelecendo que o referido sistema só pode ser instituído através de nego-ciação coletiva.

Banco de horas: uma ação parcialmente ganha!

“Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compen-sação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)”

“Súmula 85 - Compensação de horário. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo indivi-dual escri-to, acordo coletivo ou convenção coletiva. O não-atendimento das exigências legais não implica a repetição do pagamento das horas excedentes, sendo devido apenas o respectivo adicional.”

açõES ColEtiVaS

Sanepar recorre da avaliação do PCCS de 2009O Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) con-

firmou a sentença de origem desta ação, no sentido em que há necessidade da realização da Avaliação de Com-petências, mesmo que não houvesse a possibilidade de progressão ou promoção por falta de disponibilidade or-çamentária.

O TRT-PR ressaltou ainda que a sentença está fundamen-tada no art. 32 e seu parágrafo único do regulamento da Sanepar, como suporte à condenação. Entendeu que a avaliação não era direcionada apenas à progressão ou promoção, mas, sim, para o desenvolvimento individual, proporcionando a correção do desempenho, com a es-tipulação de prazos e metas. Com isso, deferiu o pedido sucessivo do Saemac, determinando que a Sanepar ava-

Seja como for, a Juíza ressaltou que, mesmo se houves-sem convenções coletivas de trabalho autorizando a im-plantação do banco de horas para a prorrogação e com-pensação da jornada de trabalho, em contrapartida a Lei estabelece como pressuposto indispensável à validade desse sistema de compensação a prévia aprovação pelos trabalhadores, em assembleia especialmente convocada para este fim, o que também não foi observado pela Sa-nepar, o que a levou a concluir que o banco de horas im-plantado pela empresa, por não se tratar de ajuste com respaldo em normas coletivas, é nulo.

Diante disso, condenou a Sanepar ao pagamento das horas extras laboradas e lançadas no banco de horas, li-mitadas a três horas extras diárias, acrescidas do adicional de 50% e divisor 220, bem como os reflexos oriundos desta verba, devendo integralizar ao salário do trabalhador, caso seja verificado a habitualidade do mesmo.

Apesar da empresa ter sido condenada ao pagamento, a Assessoria Jurídica do Saemac interpôs recurso ordinário relativo a esta decisão por entender que a limitação de três horas diárias estabelecida na sentença fere gravemente o direito do trabalhador que, em muitos casos, laborava bem mais de três horas extras por dia.

Sucessivamente a este pedido, nossa Assessoria Jurídi-ca solicita no recurso que, caso se mantenha a respectiva média de três horas diárias, ela seja extensiva a todos os trabalhadores, independentemente das horas que ele efe-tivamente laborou, uma vez que a empresa não fez prova das horas trabalhadas por cada um. O recurso esta tra-mitando no TRT do Paraná (9ª região) e está pendente de decisão.

liasse os empregados de 2009, conforme regulamento do Sistema de Gestão de Competências. Além disso, o TRT-PR menciona que, acertadamente, a sentença de 1º grau en-tendeu que é incontroverso que a Sanepar não realizou a “Avaliação das Competências” de seus empregados no ano de 2009, fixada no Regulamento do Sistema de Ges-tão por Competências da Sanepar e, por conseguinte, seus empregados não tiveram oportunidade de obter movimen-tação (mudança) salarial.

Com esse entendimento, o TRT-PR confirmou a sentença de origem que determinou a avaliação de competências dos empregados do ano de 2009. Entretanto, a Sanepar in-conformada com a decisão, interpôs Recurso de Revista, o qual está pendente de análise pela presidência do TRT-PR.

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Pra alguns é chamado de salário. Para os saneparianos mais parece uma “ajuda de custo”. Não é novidade pra ninguém que a Sanepar é uma das melhores empresas de saneamento do Brasil. Mas, o que nem todos sa-bem é que o salário inicial operacional que essa empresa paga aos seus fun-cionários é um dos menores do Brasil na área se saneamento. Aí, você se pergunta: mas, por quê? Já que di-nheiro não falta, talvez falte a mínima valorização do quadro funcional ou quem sabe esteja faltando bondade no coração dos membros da diretoria da empresa. Mas, a gente ainda acre-dita que o problema realmente seja a falta de vergonha na cara.

O Saemac, nos últimos meses, andou mexendo uns “pauzinhos” pra levan-tar dados e verificar: será que o salá-rio do sanepariano é tão baixo assim? Afinal, poderia ser tudo um grande exagero da nossa parte... Mas, con-tra fatos não há argumentos. E o fato em questão é que em qualquer com-paração que se faça, o sanepariano sempre aparece mal colocado, com um salário que não chega nem aos quatro dígitos. O mais triste é que isso não vem de hoje... Há anos os tra-balhadores são mal remunerados e, mesmo assim, continuam carregando a empresa nas costas, “conquistando” prêmios para a Sanepar e desempe-nhando brilhantemente suas funções.

O que podemos fazer, então, para so-lucionar tudo isso? O primeiro passo é não se acomodar! Se o seu salário está ruim e mal dá para pagar as con-tas no fim do mês, não é o seu colega quem tem que resolver isso pra você. As responsabilidades são suas e a consequência dos seus atos (ou não-atos) também é toda sua. Como mui-to bem falou Dalai Lama, precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo. Ainda que seja apenas no “nosso mundinho”. O segundo passo, depois que você deixou de se acomo-dar, é participar! Participar das lutas, das assembleias, das reuniões, das manifestações e de tudo o mais que se faça buscando melhorias. Se, até agora, a gente não conseguiu te sen-sibilizar, as próximas duas páginas certamente farão isso.

rEportagEm ESpECial

O que se ganha no fim do mês

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Edição nº 94 - Março/Abril 2012 www.saemac.com.br

rEportagEm ESpECial

Dentre as pesquisas salariais que o Sae-mac realizou este ano, a primeira foi uma comparação com os salários praticados pe-las demais empresas do Estado e também por outras empresas de saneamento do Brasil.

A conclusão? A Sanepar perde para a Co-pel, Compagás, Itaipu, Eletrosul, Lactec, Sa-besp, Corsan, Casan e Cagece. Bonito, não? As empresas que ficam atrás da Sanepar no ranking de ‘melhores’ no saneamento ficam bem a frente no quesito salário.

Sem falar que, diante do salário necessá-

rio segundo o DIEESE estamos defasados em 59,5%!

Se a reivindicação do Saemac, de 2,5 sa-lários mínimos (R$ 1.555,00) fosse atendida, estaríamos melhores do que quase todas as empresas citadas anteriormente.

Menos de mil reais. O que é possível fazer com esse dinheiro durante o mês? Apenas sobreviver... E não ficar doente, já que o plano de saúde leva boa parte desse dinheiro embora... Sem falar nas outras despesas básicas como alimentação, moradia, saúde, educação, vestu-ário, higiene, transporte, lazer e previdência.

O que não conseguimos entender é por que uma empresa que encerrou o 1º semestre do ano passado com um lucro líquido de R$144 milhões - que representa uma alta de 37,1% - não concede reajustes dignos aos salários de seus funcionários? Por que a empresa não se

importa de fato com a qualidade de vida da-queles que lhe proporcionam “rios de dinheiro” a cada ano?

Depois, ainda tem gente que não entende porque a rotatividade na empresa é tão gran-de! Qualquer sanepariano em sã consciência não dispensa os concursos públicos que apa-recem por aí. Até porque, qualquer coisa já é melhor do que as migalhas que a Sanepar cos-tuma chamar de salário.

Mas, se você ainda acha que esses questio-namentos não são suficientes para “largar a acomodação”, continue lendo...

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Edição nº 94 - Março/Abril 2012 www.saemac.com.br

Vamos a mais uma comparação, dessa vez confrontrando o salário mínimo, que como o próprio nome já diz, não pode ser maior que o do sanepariano. Ou pode? Fize-mos um levantamento e o resultado foi “assustador”. O reajuste no salário inicial operacional dos trabalhadores

da Sanepar está defasado em 141% em relação ao reajuste obtido pelo salário mínimo desde 2000, ou seja, ao longo de 11 anos! Estão vendo como nosso so-frimento não vem de agora? Estamos ficando “calejados” todo fim do mês...

Para explicar melhor:

Em 2000, um trabalhador comum recebia R$151,00 de salário míni-mo. Hoje, esse valor já passou para R$622,00, representando um aumen-to de 312% ao longo de 12 anos.

Para o sanepariano, o reajuste foi bem menor! Em 2000, o salário inicial operacional era de R$347,82 e hoje o valor é de R$943,64. Em 11 anos, subiu apenas 171%.

Porém, outro dado levantado por nós é motivo de muito orgulho!

O salário inicial operacional do sanepa-

riano teve um ganho de R$ 308,52 em comparação com os índices de inflação acumulada (INPC) desde 2000 até 2011. Isso quer dizer que, se tivesse sido reajustado ao longo desses anos de acordo com o INPC, o salário da Sanepar seria ainda menor! Esse resulta-do positivo é fruto das nossas negociações com a empresa, visando sempre o melhor para o trabalhador.

Em 2000, o salário era de R$ 347,82. A in-flação acumulada no período foi de 82,6%. Acompanhe a simulação ao lado.

Fica nítido que avançamos bastante, mas, ainda assim, não é esse o valor que desejamos e precisamos para viver tranquilamente. já passou da hora da empresa

conceder reajustes dignos aos seus trabalhadores! vamos continuar na luta!

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Edição nº 94 - Março/Abril 2012

SanESaúdE Em Foz do igUaçU

Saúde tem preço? A nossa não!Em meados de agosto ou junho de 2011, a Associação

Médica de Foz do Iguaçu iniciou uma mobilização para o reajuste dos honorários médicos que, segundo a própria associação, estariam defasados. Meses depois, em de-zembro, a Fundação Sanepar de Assistência Social anun-ciou aos saneparianos o fim do convênio com o Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) - o mais confiável, equi-pado e qualificado da cidade.

A decisão, claro, gerou revolta e indignação em todos os saneparianos, já que os outros dois hospitais que es-tariam credenciados a realizar os atendimentos médicos aos trabalhadores, infelizmente não possuem a estrutura e os profissionais suficientes para um atendimento de quali-dade, ao contrário do que afirma a direção do SaneSaúde. Nem mesmo a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estaria à disposição dos saneparianos, para eventuais emergên-cias. Com isso, restaria o deslocamento até outras cidades, como Cascavel e Medianeira, gerando despesas excessi-vas, perda de um dia de trabalho, além de ser um risco ab-surdo à saúde, já que nem todos os males podem esperar mais de duas horas para serem atendidos e resolvidos. E aí, quem vai arcar com as consequências disso?

Em um exemplo que recebemos de um sanepariano via e-mail, a mulher dele está grávida e, com o fim do con-vênio com o HMCC, ela foi obrigada a trocar de médico no meio da gestação. Além disso, o médico atual diz que possivelmente não poderá realizar o parto, já que não cos-tuma atender pelo SaneSaúde. E agora? Provavelmente o sanepariano terá que levar a mulher até Cascavel para re-alizar todos os exames e ainda torcer para que a filha dele, que está para nascer, “avise” sobre o parto com algumas horas de antecedência, para que eles consigam chegar até Cascavel. Um absurdo sem tamanho!

Diante disso, procuramos obter uma explicação por parte do Fundação, que primeira-mente se limi-tou a dizer que os médicos do corpo clíni-co do HMCC estariam im-pondo valores que o Sane-Saúde não

tem condições

de arcar, já que são praticamente os mesmos cobrados em atendimentos particulares, e que eles ainda manti-nham um canal de negociação com o hospital, para que pudessem encontrar alternativas para o restabelecimento do atendimento.

A dúvida que não sai da nossa cabeça é: a saú-de dos funcionários não devia estar acima de qualquer valor financeiro? Para tentar resolver a si-tuação, a Assessoria Jurídica do Saemac encami-nhou um ofício ao diretor-presidente da Fundação Sanepar, sr. José Luiz Costa Taborda Rauen, no dia 16 de janeiro deste ano, solicitando o agendamento de uma reunião para debatermos o assunto. Recebemos a resposta e a reunião foi agendada para o dia 02 de fevereiro, às 10h na sede da Fundação.

Nesta reunião, em que estiveram presentes os representantes do Saemac de Foz do Iguaçu, Casca-vel, Guarapuava, Ponta Grossa e Curitiba, a diretoria da Fundação Sa-nepar fez um breve discurso institucional sobre os serviços prestados, como o Plano de Autogestão, seguido por uma apresentação feita pelo consultor Luiz Fernando, apon-tando a posição do SaneSaúde em relação ao mercado, e finalizando com informações passadas pelo Diretor de Serviços Sociais, Sr. Marcos Todeschi sobre as negociações que haviam sido realizadas até o momento pela Funda-ção para manter o credenciamento médico-hospitalar, que hoje envolve a União Nacional das Instituições de Autoges-tão em Saúde (UNIDAS).

Diante de todos os fatos apresentados, a Fundação Sane-par, através de seu presidente sr. José Luiz Costa Taborda Rauen, afirmou o compromisso com os saneparianos de garantir o atendimento médico.

“A Fundação Sanepar (...) solicita que nos casos em que forem encontradas dificuldades para a marcação de consultas, seja por inexistência da especialidade ou por negativa de agenda-mento, haja imediato contato com a representação regional de Foz do Iguaçu, pelo telefone (45) 3521-4600, ou com a central de Curitiba, pelo telefone (41) 3307-9120, informando o atendimento necessário. De posse da informação, a Fundação Sanepar ofe-recerá alternativas para o referido atendimento, visando o cum-primento de sua missão institucional, de proporcionar saúde e qualidade de vida a seus beneficiários”, é o que diz o e-mail

O mais completo e equipado hospital de Foz do Iguaçu é o centro de toda a discussão

Reunião entre o Grupo Saúde Foz, a Unidas e a direção do HMCC

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encaminhado pela Fundação aos trabalhadores. No dia seguinte, 03 de fevereiro, foi realizada outra reu-

nião em que estiveram presentes os representantes da Unidas e representantes do Cassi, SindsPrev, Sindicato dos Bancários de Foz do Iguaçu e Região, Banco do Brasil,

Assefaz, Capesesp, Sindicato da Polícia Rodoviária Federal e, claro, também do SaneSaúde.

Na reunião, houve a criação do Gru-po de Trabalho (GT) Saúde Foz, que tem como objetivo procurar soluções para a situação dramática criada com a instran-sigência dos médicos na condução das

negociações para renovação do convênio com os planos representados pela Unidas.

A partir disso, foram debatidas hipóteses e alternativas e, ao fim da reunião, os par-ticipantes decidiram pela organização de um cronograma de trabalho que se inicia-ria com o agendamento de uma reunião com as quatro partes interessadas: Unidas, representantes sociais e sindicais, Associa-ção Médica e HMCC. Para o mesmo dia, foi

agendada uma reunião com a diretoria do HMCC e nela os representantes dos planos de saúde conseguiram conven-cer os diretores do hospital da importância de um encontro com os participantes do GT Saúde Foz.

No dia 15 de fevereiro esta reunião aconteceu, e nela fi-caram definidos os detalhes para redação do termo para que o convênio com o HMCC fosse restabalecido até o dia 1º de março de 2012. A formalização do referido convênio garantiria aos participantes dos planos de saúde filiados à Unidas, dentre eles o SaneSaúde, os seguintes serviços de urgência e emergência prestados no HMCC: Pediatra 24 horas; Clínico Geral 24 horas; Médico Emergencista 24 horas; Ortopedista 12 horas (das 7h às 19h); Exames, tabe-las de taxas e diárias de internamento sem restrição, nos termos de cada plano.

O próximo passo seria a convocação de assembleia da Unidas com seus participantes para aceitação dos valores e condições negociadas. A mesma ocorreu no dia 23 de fevereiro e todos aprovaram aquilo que foi proposto. Po-rém, no dia seguinte, 24 de fevereiro, o HMCC apresentou novas cláusulas que previam reajustes de forma diferente do que havia sido compreendido na reunião do dia 15, por isso, apenas no dia 29 de fevereiro, o texto final foi enviado

à direção do hospital para que logo pudessem ter início as tentativas de acordo.

No dia 1º de março, data em que o convênio já deveria estar restabelecido, representantes dos membros do GT Saúde Foz se reuniram com o presidente da Itaipu Binacio-nal, Jorge Samek e apresentaram todos os argumentos já debatidos até agora pelos representantes sindicais, solici-tando a interferência de Samek para que as negociações possam chegar a bom termo. Ao final da reunião, o grupo recebeu do presidente da Itaipu Binacional o compromisso de buscar junto aos médicos uma alternativa para que as quase 13 mil pessoas beneficiárias dos planos de saúde, não fiquem sem a assistência ambulatorial do HMCC.

Depois disso, nova reunião foi realizada no dia 06 de março entre os membros do GT Mobilização, onde foi con-firmado que os médicos não aceitaram o que foi acorda-do entre a Unidas e a direção do HMCC para atendimento emergencial e de urgência, pedindo que houvesse uma re-composição de valores desde janeiro de 2011, além de um reajuste automático no caso de nova publicação da tabela de honorários médicos (CBHPM - Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos). Anteriormente, a Unidas já havia acordado em remunerar os médicos em R$ 70,00 por consulta, contudo a intransigência dos profis-sionais da saúde continua quanto aos R$ 80,00 por con-sulta. O detalhe é que nem a Unimed reconhece em sua totalidade e remunera eles pela CBHPM, sendo que ainda pagam cerca de R$ 45,00, e a própria Itaipu, principal man-tenedora do HMCC, junto com a Fundação Copel, pagam R$ 60,00 por consulta. Em síntese, o que se tem ofereci-do ao quadro clínico do HMCC, nenhum outro hospital em qualquer outro lugar do país tem recebido.

Diante desta situação, está programada para o dia 14 de março às 07h uma manifestação pública em frente aos ambulatórios do HMCC, com faixas, entrega de folhetos e divulgação na mídia e também a elaboração de um docu-mento, formalizando o conhecimento do que tem aconte-cido ao Ministério Público e Conselho Municipal de Saúde, para questionamento quanto a relação jurídica de trabalho entre o HMCC e seu corpo clínico, a cartelização da presta-ção de serviço ao HMCC e a ingerência de empresas que visam o lucro em uma fundação privada, mas sem finalida-de lucrativa, subsidiada com recursos públicos.

Informações atualizadas sobre essa manifestação estarão disponíveis no site www.saemac.com.br.

Reunião entre o Grupo Saúde Foz, a Unidas e a direção do HMCC

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galEria dE FotoS

Como forma de agradecer à todos os associados que estiveram lutando ao nosso lado no ano de 2011, o Sa-emac distribuiu uma bolsa personalizada, que pode ser usada em viagens. Todos os saneparianos que são associados ao Saemac deverão ganhar o brinde. Alguns podem demorar um pouco mais para receber devido à logística de entrega, mas todos receberão. Confira abaixo alguns saneparianos quem já garantiram o brinde!

Quem é associado ao Saemac sempre tem mais vantagens! Para a temporada, que se inicia em dezembro deste ano, os saneparianos que são filiados poderão desfrutar de maior conforto e tran-quilidade na sede recreativa Balneário das Gaivotas, em Matinhos, que terá as quitinetes equipa-das com ar-condicionado. Assim, você poderá curtir seu descanso sem se preocupar com o calor.