informativo missionario marco 2015 web

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A vida não nos poupa de momentos de sofrimento, insegurança e ansiedade. Também a doença que a todos atinge, mais cedo ou mais tarde torna-se para nós momento de provação que tem como consequência o afastamento de nossas atividades, o distanciamento da comunidade e das pessoas. Na doença, o ser humano percebe em si a ruptura da unidade de seu ser. A dor, expressão da cruz, traz situações de mal-estar, de frustração, pois a autorrealização é ameaçada, a vida familiar e social é rompida. Cada um, porém, reage de maneira diversa, buscando um mecanismo de defesa, com aceitação, agressividade ou revolta. Parece que palavras e gestos de alívio humano não significam quase nada perante a gravidade de determinadas tribulações físicas e sofrimentos espirituais, de modo particular, diante da iminência da morte. Os que vivem uma doença grave fazem a experiência de impotência e de fragilidade. No Antigo Testamento o sofrimento era tido como um castigo do pecado e não como provação. Mas, na perspectiva teológica, o sentido do sofrimento é descoberto seguindo a Palavra de Deus revelada. O cristão encontra na doença e no sofrimento uma forma de se aproximar de Deus, na medida em que, onde os outros encontram angústia e dor, o cristão retira dele um sentido de vida. Para nós cristãos o sofrimento não é só um limite, mas uma oportunidade de reconhecermos a presença amorosa de Deus que nos ampara, que nos conforta, pois Jesus mesmo assumiu nossa vida humana para nos resgatar da dor e da morte. Com ele, nosso sofrimento tem valor de redenção. Nos momentos de dor é que os cristãos devem se tornar mais solidários uns com os outros, com os mesmos gestos de amor e misericórdia de Cristo. Ele se aproxima dos enfermos por meio de nós, seus discípulos. Dentro das Santas Missões Populares Redentoristas, reservamos um momento especial para celebrar com os doentes e idosos o dom da vida. Não celebramos a doença, mas procuramos mostrar como eles são importantes para Deus e para a comunidade. A mensagem levada é de ânimo e de conforto. Pedimos que eles sejam pessoas confiantes, reconhecidas a Deus, com pensamentos positivos, porque a vida é para ser distribuída na alegria. É preciso aceitar para redimir e associar-se ao sofrimento de Jesus que nos ensina a viver e a morrer. A mensagem missionária expressa na missa dos doentes e idosos, nas visitas domiciliares e na administração do Sacramento da Unção e para toda a comunidade-Igreja. Por meio do missionário e da equipe de Pastoral da Saúde, a Igreja vai até eles na comunidade e nos Setores (grupos) Missionários. Isso é ser o bom samaritano que auxilia, ajuda a cruz ficar “mais leve”, que ampara e que conforta com uma palavra de esperança e nos outros cuidados necessários. Pe. Ivair Luiz da Silva, C.Ss.R. São João da Boa Vista, SP O Grupo Missionário periodicamente escolhe entre seus membros aquele que passa a ser chamado de “Relações Públicas”. Ele é responsável, como o título já diz, por manter contato e fazer crescer o relacionamento dos membros da Equipe Missionária entre si, recordando momentos felizes ou solidarizando-se nos momentos de dor e sofrimento. Cuida também de manter contato com outras equipes missionárias, de abastecer as comunidades redentoristas e outras frentes pastorais com as informações das missões que estão acontecendo. Além disso, deve manter contato com a CNBB, com os Bispos das Dioceses, onde se localizam nossas Casas Missionárias ou onde estamos pregando as Santas Missões. Porém, seu trabalho mais necessário é o de manter contato com os párocos que solicitam as Santas Missões, mantendo o fichário e a relação de pedidos sempre atualizados. Hoje, quem exerce este serviço é o Pe. José Pereira, da equipe Missionária de Araraquara. ANO 2 - NÚMERO 23 - MARÇO DE 2015 Editorial O sentido do sofrimento na vida da pessoa Curiosidades Missionárias - O Relações Públicas UNIDOS EM CRISTO, COM MARIA, PARA VIVER E CRESCER EM COMUNIDADE. INFORMAÇÕES: [email protected] Bom Samaritano

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Page 1: Informativo missionario marco 2015 web

A vida não nos poupa de momentos de sofrimento, insegurança e ansiedade. Também a doença que a todos atinge, mais cedo ou mais tarde torna-se para nós momento de provação que tem como consequência o afastamento de nossas atividades, o distanciamento da comunidade e das pessoas. Na doença, o ser humano percebe em si a ruptura da unidade de seu ser. A dor, expressão da cruz, traz situações de mal-estar, de frustração, pois a autorrealização é ameaçada, a vida familiar e social é rompida. Cada um, porém, reage de maneira diversa, buscando um mecanismo de defesa, com aceitação, agressividade ou revolta. Parece que palavras e gestos de alívio humano não signifi cam quase nada perante a gravidade de determinadas tribulações físicas e sofrimentos espirituais, de modo particular, diante da iminência da morte. Os que vivem uma doença grave fazem a experiência de impotência e de fragilidade.

No Antigo Testamento o sofrimento era tido como um castigo do pecado e não como provação. Mas, na perspectiva teológica, o sentido do sofrimento é descoberto seguindo a Palavra de Deus revelada. O cristão encontra na doença e no sofrimento uma forma de se aproximar de Deus, na medida em que, onde os outros encontram angústia e dor, o cristão retira dele um sentido de vida. Para nós cristãos o sofrimento não é só um limite, mas uma oportunidade de reconhecermos a presença amorosa de Deus que nos ampara, que nos conforta, pois Jesus mesmo assumiu nossa vida humana para nos resgatar da dor e da morte. Com ele, nosso sofrimento tem valor de redenção. Nos momentos de dor é que os cristãos devem se tornar mais solidários uns com os outros, com os mesmos gestos de amor e misericórdia de Cristo. Ele se aproxima dos enfermos por meio de nós, seus discípulos.

Dentro das Santas Missões Populares Redentoristas, reservamos um momento especial para celebrar com os doentes e idosos o dom da vida. Não celebramos a doença, mas procuramos mostrar como eles são importantes para Deus e para a comunidade. A mensagem levada é de ânimo e de conforto. Pedimos que eles sejam pessoas confi antes, reconhecidas a Deus, com pensamentos positivos, porque a vida é para ser distribuída na alegria. É preciso aceitar para redimir e associar-se ao sofrimento de Jesus que nos ensina a viver e a morrer. A mensagem missionária expressa na missa dos doentes e idosos, nas visitas domiciliares e na administração do Sacramento da Unção e para toda a comunidade-Igreja. Por meio do missionário e da equipe de Pastoral da Saúde, a Igreja vai até eles na comunidade e nos Setores (grupos) Missionários. Isso é ser o bom samaritano que auxilia, ajuda a cruz fi car “mais leve”, que ampara e que conforta com uma palavra de esperança e nos outros cuidados necessários.

Pe. Ivair Luiz da Silva, C.Ss.R.

São João da Boa Vista, SP

O Grupo Missionário periodicamente escolhe entre seus membros aquele que passa a ser chamado de “Relações Públicas”. Ele é responsável, como o título já diz, por manter contato e fazer crescer o relacionamento dos membros da Equipe Missionária entre si, recordando momentos felizes ou solidarizando-se nos momentos de dor e sofrimento. Cuida também de manter contato com outras equipes missionárias, de abastecer as comunidades redentoristas e outras frentes pastorais com as informações das missões que estão acontecendo. Além disso, deve manter contato com a CNBB, com os Bispos das Dioceses, onde se localizam nossas Casas Missionárias ou onde estamos pregando as Santas Missões. Porém, seu trabalho mais necessário é o de manter contato com os párocos que solicitam as Santas Missões, mantendo o fi chário e a relação de pedidos sempre atualizados. Hoje, quem exerce este serviço é o Pe. José Pereira, da equipe Missionária de Araraquara.

ANO 2 - NÚMERO 23 - MARÇO DE 2015

Editorial

O sentido do sofrimento na vida da pessoa

Curiosidades Missionárias - O Relações Públicas

UNIDOS EM CRISTO, COM MARIA, PARA VIVER E CRESCER EM COMUNIDADE. INFORMAÇÕES: [email protected]

Bom

Sam

arita

no

Page 2: Informativo missionario marco 2015 web

INFORMAÇÕES: Equipe de Comunicação - Santas Missões • REDATOR RESPONSÁVEL: Pe. Inácio Medeiros, C.Ss.R. • DESIGN E DIAGRAMAÇÃO: Henrique Baltazar • REVISÃO: Leila C. Dinis Fernandes

MARÇO DE 2015

Visita missionária Poté em Missões

Constituição das Equipes MissionáriasTempo Forte de Evangelização

Grandes Missionários - Pe. Pedro Ávila Megda, C.Ss.R.

Notícias Missionárias

Era mineiro de Areado, onde nasceu dia 11 de fevereiro de 1927. Fez o seminário menor em Aparecida. Professou na Congregação a 2 de fevereiro de 1948. Foi ordenado sacerdote em Tietê a 27 de dezembro de 1952, pelo bispo de Sorocaba, Dom José Carlos de Aguirre. Começou sua vida apostólica na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, mas a maior parte de sua vida foi de missionário itinerante. Pregou missões em quase todos os grandes centros e em muitos estados. Possuía palavra fácil, forte e vibrante. Tinha o dom de captar a simpatia do auditório. Brigava por Nossa Senhora Aparecida, de quem era grande devoto. Juntamente com Dom Macedo, acompanhou sua imagem por muitos Estados do Brasil. Sabia com maestria entronizá-la nas paróquias e comunidades.

Apesar de realizar trabalhos em outras frentes da Congregação sempre voltava para a equipe missionária, onde permaneceu até o fi m. No ano escolar europeu de 1986/87, fez um curso de atualização teológica em Roma. Era também formado em direito civil e jornalismo. Com frequência ia à Rádio Aparecida, onde gostava de falar. Nos últimos anos de sua vida enfrentou diversas difi culdades de saúde até constatar um problema mais grave, e por causa dele veio a falecer em Araraquara na noite de 10 de agosto de 1991. No mesmo dia, em Aparecida, faleceu também o Pe. João Edu dos Santos. Seus restos mortais descansam em Aparecida.

A primeira Visita Missionária já foi realizada na Paróquia Nossa Senhora do Paraíso, Diocese de Santo André, em São Paulo. Entre os dias 21 e 22 de fevereiro, os padres Denis e Sebastião Marques, juntamente com o Irmão Alan Zuccherato, acompanharam a Irmã Teresa Mendonça, a fi m de iniciar a primeira fase das Missões, entre nós conhecida como Missão da Visitação. A Paróquia possui quatro comunidades, sendo pároco o padre Vanderlei. Foram apresentar a Irmã Missionária, Teresa Mendonça, e, também, o esquema da Missão Redentorista. A reunião contou com a presença de 225 pessoas. A foto demonstra o trabalho e a animação dos leigos com essa oportunidade de anúncio redentor em sua Paróquia.

Quem nunca tinha ouvido o nome dessa cidade, agora sabe que existe em Minas Gerais, no Vale do Mucury, diocese de Teófi lo Otoni, a cidade de Poté, que vive a graça das Santas Missões. A 3ª fase acontecerá entre os dias 16 de abril e 3 de maio, atingindo suas 29 comunidades. Também em abril acontece a Pós-Missão e a renovação das Missões na Paróquia Santa Luzia de limeira, SP.

Este ano nossas equipes missionárias foram reforçadas em número e qualidade. Temos uma “Força Missionária” de 24 missionários, sendo 4 irmãos e 20 padres. Neste número do nosso Informativo Missionário apresentamos a Equipe Missionária que tem sua sede na cidade de Tietê, SP, e é assim constituída:

No mês de março aconteceu a 3ª fase das Santas Missões na Catedral de São Carlos, SP, entre os dias 12 e 22; na Paróquia São José da Vila Jaguaré, região oeste da capital paulista, entre os dias 5 e 15, e ainda no Território Missionário de Taquarivaí, região sudoeste do estado de São Paulo, entre os dias 6 e 23. Nossas equipes missionárias se empenharam pra valer, sobretudo, em realidades mais desafi adoras como a da Capital Paulista e Catedral de São Carlos, cidade que hoje já passa dos 300 mil habitantes.

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Formação dos Evangelizadores Missionários - Taquarivaí

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Poté - Igreja Matriz

Pe. Pacheco, Pe. Lucas Emanuel, Pe. Luiz Cruz, Ir. Alan, Pe. Denis (Coordenador), Pe. Helio Naves, Ir. Marcos, Pe. Galvão, Pe. Gerado de Paula, Ir. Miguel e Pe. Sebastião (da esquerda para a direita).