informativo maçônico, político e cultural...do, pela passagem do nosso querido irmão osvaldo...

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O Malhete Informativo Maçônico, Político e Cultural Linhares - ES, Janeiro de 2021 - Ano XIII - Nº 141 - E-mail: [email protected] Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Imprensa Maçônica, Sob o nº 075-J

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  • O MalheteInformativo Maçônico, Político e Cultural

    Linhares - ES, Janeiro de 2021 - Ano XIII - Nº 141 - E-mail: [email protected]

    Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Imprensa Maçônica, Sob o nº 075-J

  • Janeiro 2021 O Malhete02

    https://www.construtorataubate.com.br/#

  • Janeiro 2021O Malhete 03

    Queridos Irmãos!!!Escrevo este artigo com o coração senti-

    do, pela passagem do nosso querido Irmão Osvaldo Celino de Avelar Gomes, que par-tiu para o Oriente eterno, vítima deste mal-dito vírus, o Covis-19.

    O ano de 2020 vai deixar muitas marcas, perdas irreparáveis de entes queridos, ami-gos e Irmãos, mas apesar de tudo, precisa-mos e devemos aproveitar os ensinamen-tos que essas marcas deixarão.

    Muitas pessoas têm comentado que 2020 é um ano para ser esquecido, mas penso justamente ao contrário. Ele deve ser sempre lembrado pelas perdas e pelos ensinamentos que nos trouxe e que fez des-pertar alguns sentimentos que estavam “es-quecidos” dentro de nós, como o Amor ao próximo, a solidariedade, o voluntariado, dentre outros.

    Passamos pelo ano de 2020 e ingressa-mos em 2021. Vamos entrar neste novo ano, com o espírito renovado, com mais sabedoria, força e amor nos nossos proje-tos. Com uma nova perspectiva da vida.

    E para simbolizar esse momento e essa mensagem, transcrevo uma lenda que rece-bi e pensei ser legal compartilhar. Ela nos ensina o que Deus espera de nós.

    “Dizem que houve um quarto Rei dos Magos, que também viu a estrela brilhar em Belém e decidiu segui-la. Como pre-sente, pensou em oferecer ao Menino um baú cheio de pérolas preciosas. No entan-to, em seu caminho, ele encontrou várias pessoas que estavam pedindo sua ajuda.

    Este Rei Mago os assistiu com alegria e diligência, e ele deixou a cada um deles uma pérola. Mas isso estava atrasando sua chegada e esvaziando seu baú. Ele encontrou muitos pobres, doentes, aprisio-nados e miseráveis, e não podia deixá-los sem supervisão. Ele ficou com eles pelo tempo necessário para aliviar a dor e depo-is partiu, o que foi novamente interrompi-do por outro desamparado.

    Aconteceu que quando finalmente che-

    gou a Belém, os outros magos não estavam mais lá e o Meni-no fugira com seus pais para o Egito, porque o rei Herodes queria matá-lo. O Rei Mago continuou procurando-o sem a estrela que o guiara antes.

    Ele procurou e procurou e procurou ... e dizem que ele passou mais de trinta anos via-jando pela terra, procurando a Criança e ajudando os necessitados. Até que um dia chegou a Jerusalém justamen-te no momento em que a multi-dão enfurecida exigia a morte de um homem pobre. Olhan-do-o, ele reconheceu algo familiar em seus olhos. Entre dor, sangue e sofrimento, pode ver em seus olhos o brilho daquela estrela. O miserável que estava sendo executado era a criança que ele havia procurado por tanto tempo.

    A tristeza encheu seu cora-ção, já velho e cansado pelo tempo. Embora ainda guar-dasse uma pérola na bolsa, era tarde demais para ofere-cê-la à criança que agora, transformada em homem, pen-dia de uma cruz. Ele havia falhado em sua missão. E sem mais para onde ir, ficou em Jerusalém para esperar a morte chegar.

    Apenas três dias se passaram quando uma luz ainda mais brilhante do que mil estrelas encheu seu quarto. Foi o Ressusci-tado que veio ao seu encontro! O Rei Mago, caindo de joelhos diante dEle, pegou a pérola que ficou e estendeu-a a Jesus, que a segurou e carinhosamente dis-se:

    'Você não falhou. Pelo contrário, você me encontrou por toda a sua vida. Eu esta-va nu e você me vestiu. Eu estava com fome e você me deu comida. Eu estava com sede e você me deu uma bebida. Eu fui preso e você me visitou. Bem, eu estava em todas as pessoas pobres que você assistiu no seu caminho. Muito obrigado por tantos pre-sentes de amor! Agora você estará comigo para sempre, porque o Céu é a sua recom-pensa'.

    A história não requer explicação ... somos o quarto Mago e damos continuida-de ao seu trabalho todas as vezes que aju-

    damos alguém ao longo dessa caminhada chamada Vida. Muita Paz e amor na sua vida! (Desconheço o autor)”.

    A lenda nos ensina que, não interessa a partida ou a chegada, o que vale é a cami-nhada que fazemos durante a jornada da Vida. Ao longo da caminhada devemos plantar sementes de bons frutos, sementes de virtudes, que certamente o Céu será nossa recompensa.

    E assim foi a caminhada do nosso queri-do Irmão Celino. O Céu será a recompensa dele!

    Que fique essa mensagem para que efeti-vamente tenhamos um NOVO ANO reple-to de amor e tranquilidade de espírito.

    FELIZ � 2021!!!

    Valdir MassucattiEminente Grão Mestre Adjunto da Gran-

    de Loja Maçônica do Estado do E. Santo

    2020 PARA NÃO SER ESQUECIDOQUE VENHA 2021

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/12/2020-para-nao-ser-esquecido-que-venha.html

  • Janeiro 2021 O Malhete04

    Este tema abre uma discussão muito ampla em relação a análise do “Poder nas Lojas Maçônicas” e como ele é con-

    duzido. Citando Mário S. Cortella “Todo Poder que em vez de servir, serve a si mesmo, é um Poder que não serve”.

    A expressão “Poder nas Lojas Maçônicas”, tema desse artigo, é usado quando porventura poderá surgir uma situação definitivamente abominável e completamente antagônica aos princípios Maçônicos.

    Cortella já dizia: “só é possível caminhar em direção à excelência se você souber que não sabes algumas coisas”.

    Se alguns Maçons que por mais antigos que sejam, por se constituírem em maioria ou mesmo por conivência desta maioria, deseja-rem em administrar a Loja, ou simplesmente querem ter o “Poder nas Lojas Maçônicas” segundo os seus interesses, sua vontade, aque-

    les, poderão obscurecer a autoridade jamaisdo Venerável Mestre (V.M).

    � O V.M é a 1ª dignidade da loja, e a representa em todas as suas manifestações e instâncias, em Juízo ou fora dele, autoridade e representatividade estas que não se incumbem e nem tampouco são sujeitas à procrastinação. Inúmeras imputações pertencem somente ao Venerável Mestre, permanecendo estas feitas à gestão administrativa da Loja, Patrimonial, Financeira e de relacionamentos interpessoais no âmbito da Loja Maçônica à qual preside.

    Se alguns Maçons mais antigos em Loja são conhecedores com profundidade dos Rituais, Leis, Estatutos e Regimentos Maçônicos, devem proporcionar conhecimentos sobre tudo do que sabem aos outros Irmãos, princi-palmente sobre o que é “correto”.

    Os conhecimentos que os Maçons mais anti-gos têm, são inquestionáveis, porém os mes-mos tem que saber ser bem tolerantes, princi-palmente com os Maçons mais jovens na Ordem, quer sejam aprendizes, quer sejam companheiros ou quer sejam mestres, pois nenhum empoderamento será ou é perpétuo.

    É bom que se frise que muito ex-veneráveis não se enquadram nesta exposição. Existem ainda muitos Maçons na nossa sublime Ordem, que são respeitosos, são excelentes Irmãos, são preparados e humildes, sabem qual é o seu lugar dentro de uma loja, são bons

    conselheiros, pois sabem o peso de um Malhe-te, porque já o manejaram quando foram Vene-ráveis e na atualidade, sabem que já o deixou (o malhete).

    A terminologia “Poder nas Lojas Maçôni-cas” é um adjetivo de quem quer ter a posse de alguma coisa, isso é desprezível.

    Se houver o “Poder” que não seja do “Vene-rável Mestre” em algum lugar de qualquer Ori-ente, esse pode ser uma das maiores causas de afastamentos de muitos valorosos Irmãos da Ordem.

    Um Maçom humilde é aquele Maçom que não diminui o outro Maçom sob qual-quer circunstância, porém, exalta seu Irmão em público e o corrige em particular. Podemos atribuir a esse desígnio como “éti-ca na Maçonaria”.

    Nesse contexto, ética é o conjunto de valo-res e normas que empregamos para decidir as três amplas questões em Loja:

    O que eu quero? O que eu devo? E o que eu posso?

    Tem certas coisas que eu quero, porém não devo, tem certas coisas que eu devo, porém não posso e tem certas coisas que eu posso, mas não me é conveniente. Isso são atribui-ções do V.M.

    >>>>

    O PODER NAS LOJAS MAÇÔNICAS

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/12/o-poder-nas-lojas-maconicas.html

  • Janeiro 2021O Malhete

    Tem-se que tomar cuidado com o título “Poder nas Lojas Maçônicas”, pois tenho sempre dito em Loja: levamos meses para iniciar um neófito e apenas 3 minutos para perdermos um valoroso Irmão Maçom, quando pede afastamento da Loja. Isso é triste e desmotivador, mesmo que seus motivos sejam outros e/ou particulares.

    A Maçonaria aprecia a dialética, que é a arte do diálogo, ou a discussão pró ativa, como força de alegação que permite que se contrariem ideias, que elas sejam debati-das em todos os sentidos e que dessa cir-cunstância nasça um juízo de valor concre-to e perfeito, um verdadeiro sumário de tudo o que foi acertado, desde que venha em favor da Ordem e com respeito.

    A Ordem prega a liberdade de pensa-mentos entre seus adeptos, mas não a falta de respeito entre os Irmãos. Quando nós entramos na Maçonaria, foi para sermos felizes, buscarmos a felicidade, a paz inte-rior, desbastar a pedra bruta que há em nós na busca do conhecimento e do aperfeiçoa-mento.

    Há um ditado chinês (o qual não sei a quem atribuo a autoria) que diz que, “se dois homens vêm andando por uma estra-da, cada um carregando um pão, ao se encontrarem, trocam os pães; cada um vai embora com um pão. Porém, se dois

    homens vêm andan-do por uma estrada, cada um carregando conhecimentos, e ao se encon t ra rem, somam os conheci-mentos e cada um vai embora com mais conhecimen-tos”.

    O Poder nas Lojas Maçônicas, está na percussão do malhe-te que é um dos sím-bolos do Poder em Lojas Maçônicas. E este está sob o comando do Venerável Mes-tre.

    Com o percutir do Malhete, o Venerável Mestre convoca as vontades de todos os elementos da Loja ou, se for o caso, daque-les a que designadamente se dirige, para o seguirem ou protegerem.

    O Malhete que está unido ao cinzel, ambos descansando ao pé da pedra bruta que necessitam trabalhar, para dela cons-truir a Pedra Polida que procederá tão lon-go, constante e resignado trabalho, quantas vezes existindo por toda uma vida.

    É pela força que transmite ao cinzel, por meio da qual este trabalha a pedra, o meio

    de transformação da forma da mesma. Daí o representar o Poder nas Lojas Maçônicas para modificar, a vontade sobreposta a si próprio para se completar.

    Cada Maçom tem e deve usar o seu malhete particular, mesmo que seja psico-lógico para com ele percutir seu cinzel e aperfeiçoar e adornar a pedra que é ele pró-prio.

    (*) Charleston SperandioProfessor Universitário.Acesso ao curriculo lattes:http://lattes.cnpq.br/9390234498656

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    http://viniltapetes.com.br/

  • Janeiro 2021 O Malhete06

    O selo do Grande Oriente do Brasil é um belo exemplo de como a litera-tura maçônica brasileira é feita de

    forma reversa, ou seja, busca-se inventar ao símbolo significados diferentes do ori-ginal, o que é extremamente mais fácil do que pesquisar seu significado original e preservá-lo. E assim, o significado origi-nal se perde…

    Não pretende-se aqui tratar do moto em latim, da Constelação e a Lua, e da Estrela Flamejante, presentes no selo, mas de seu elemento central e pano de fundo, ilustra-do por um relevo montanhoso banhado pelo mar.

    Em 1967, o GMG e professor Álvaro Palmeira revelou que o selo do GOB somente surgiu em 1838, após o faleci-mento de José Bonifácio. E como se pode ver nos primeiros registros em que ele apa-rece, o rochedo ilustrado era o complexo do Pão de Açúcar visto pelo lado de Nite-rói, em que se vê, além do Morro do Pão de Açúcar, os morros da Urca, da Babilônia e do Leme. Evidentemente, com as limita-ções gráficas da época.

    Na gestão do GMG seguinte, Osmane de Resende, e a seu pedido, Kurt Prober, que era autoridade em timbres, selos e medalhas no GOB, concordou com o Irmão Palmeira e ainda observou, com seu

    vocabulário característico, que nos emble-mas originais não se via os três ou quatro picos elevados, “que foram sendo “cada vez mais pronunciados e destacados no correr dos anos, principalmente de 1900 para cá, numa série de novos timbres esdrúxulos e mesmo ridículos”.

    Nada mais natural do que escolher o complexo de morros do Pão de Açúcar para ilustrar o selo, numa época em que o Rio de Janeiro era a Capital Federal e outros símbolos da cidade, como o Cristo Redentor, ainda não existiam. O Pão de Açúcar era o monumento natural do Brasil para os estrangeiros, que chegavam em navios ao país via Porto do Rio de Janeiro. A visão do Pão de Açúcar “por trás” e não pela visão tradicional da Praia de Botafo-go, era o ponto de vista de todos os navios que chegavam à Baía de Guanabara. Mas também pode ter sido adotado em home-nagem a José Bonifácio, que passou seus últimos anos em Niterói. Isso também faria sentido, considerando que as deci-sões do GOB eram tomadas lá nesse perío-do e que sua residência provavelmente per-mitia tal visão do Pão de Açúcar.

    Os selos das potências maçônicas geral-mente apresentam alguma relação simbó-lica com a jurisdição das mesmas. Isso pode ser representado pela inclusão da silhueta do mapa do território, pelo uso das cores da bandeira, ou a inclusão de um sím-bolo característico do local. O selo do Grande Oriente do Brasil trazia original-mente o Pão de Açúcar. Similarmente, os selos do GOSC e do GOB-SC, por exem-plo, apresentam a ponte que é símbolo de Florianópolis, capital daquele estado.

    Mas, como tudo na Maçonaria brasilei-ra, os registros são mal feitos e mal cuida-

    dos, às vezes até perdendo-se com o tem-po. E, quando necessária uma explicação, é mais fácil e mais rápido inventá-la do que pesquisá-la. Sem uma referência e com as modificações mencionadas por Prober, o selo do GOB foi distanciando-se drasticamente de sua forma original.

    Já na gestão de Francisco Murilo Pinto, o selo foi alvo do Decreto 0085, de 20 de novembro de 1997. Nele, registra-se “três rochedos, batidos por ondas violentas”, sendo esses três rochedos símbolos dos “três graus simbólicos”, sendo o Mestre o maior dos três. As ondas do mar represen-tam “os vícios, os maus costumes, os ini-migos”, mas a Maçonaria, representada pelos rochedos, “não se deixa abater”. Entretanto, até mesmo no website oficial do GOB, vê-se duas versões distintas do selo, sendo uma com os três rochedos men-cionados no Decreto, em ordem decres-cente, da esquerda para a direita; e outro com um único rochedo.

    E foi assim que, aquilo que era símbolo do Brasil e suas belezas naturais, que era cartão postal aos estrangeiros que chega-vam à capital do Brasil por navios, o com-plexo de morros do Pão de Açúcar, tornou-se os três graus simbólicos, aos quais, importante lembrar, o GOB não se restrin-gia até 1951. E os três não se abalam frente aos vícios, em forma de rebentação. Entre-tanto, Aprendizes, Companheiros e Mes-tres nunca foram ilustrados como morros, e os vícios nunca foram ilustrados como ondas, muito menos na Maçonaria, que adota simbologia baseada na construção.

    Desse modo, o selo original do GOB era mais ou menos assim:

    DESVENDANDO O SELO DO GOB

    Fonte: No Esquadro

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/12/desvendando-o-selo-do-gob.html

  • Janeiro 2021O Malhete 07

    Os signos zodiacais do Templo Maçô-nico são uma representação simbó-lica do Universo. A ideia do Univer-

    so se manifesta de forma tangível na presen-ça dos signos do zodíaco e das doze colunas que sustentam a abóbada celeste.

    Os signos zodiacais às vezes se loca-lizam nas mesmas colunas, como é o caso da Maçonaria chilena ou mexica-na, ou no céu do templo, nas colunas, como é o caso na Maçonaria colombia-na e peruana. Na parte superior das pare-des ou nas colunas, estão pintados os doze Signos do Zodíaco, de acordo com a ordem que corresponde às estações.

    A esses componentes simbólicos somam-se o sol e a lua a leste, e nas duas colunas do pórtico, uma romã e uma esfera, que, somados ao laço ou corrente que circunda o templo pelo friso, reforçam a ideia de universalida-de ou de concepção cósmica de um cos-

    mos, ou universo ordenado e harmonioso.Zodíaco significa “roda da vida”, é a estru-

    tura do universo visível, e seu movimento cíclico, junto com o dos planetas e outras constelações, influencia a mudança alternati-va das estações e a manutenção e renovação da vida do cosmos do homem. Disto se segue que a Maçonaria não conhece a antiga ciên-cia da astrologia, que junto com a alquimia

    também revela os mistérios do céu e da terra.A Loja não é uma estrutura estática, nem o

    universo, que é dinâmico, podendo ser visua-lizado como um círculo, “roda do cosmos” ou Rota Mundi. Isso é expressamente indica-do pela caminhada do Mestre de Cerimônias dentro de nosso templo. A importância dos signos do zodíaco na Maçonaria é transcen-dental.

    Em primeiro lugar, porque, todos os componentes simbólicos que estão presentes na ornamenta-ção do templo, ligam a Maçonaria à iniciação e às tradições esotéri-cas das datações mais antigas da história do Homem. Destes, as con-cepções astrais relacionam a Maço-naria às formas remotas de conhe-cimento e sabedoria da civilização humana. Isso nos conecta a uma Maçonaria profunda, que tem suas raízes no mais sublime da sabedo-ria do homem, e que mantém sua constante no sentido transcenden-te da natureza do homem.

    OS SIGNOS ZODIACAIS NO TEMPLO MAÇÔNICOPor Herbert Ore Belsuzarri

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/11/os-signos-zodiacais-no-templo-maconico_13.html

  • Janeiro 2021 O Malhete08

    A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, participou da reunião organi-zada pela Grande Loja do Chile no aniversário da Declaração Universal dos Direitos Huma-nos. Reunião durante a qual ela sublinhou o efeito erosivo sobre os direitos humanos que a pandemia está tendo e se referiu à Maçonaria como um catalisador dos direitos humanos no mundo. "Se trabalharmos juntos, podemos reconstruir as sociedades para que possamos defender os direitos humanos e as liberdades", disse o Alta Comissária em seu discurso, acres-centando que "precisamos de princípios maçô-nicos, como solidariedade e fraternidade, para nos unir como uma só humanidade, porque isso é o que somos ”. O Ministro do Supremo Tribunal de Justiça do Chile, Haroldo Brito, também falou na conferência. Aqui estão as notícias publicadas no site da Gran Logia de Chile: "La Alta Comisionada de las Naciones Unidas (ONU) para os Direitos Humanos (DD.HH.), Michelle Bachelet Jeria, expusa em atividade organizada pela Gran Logia de Chile,

    realizada no dia 1 de dezembro, por ocasião do aniversário da Declaração Universal das Huma-nidades.

    Seguindo o protocolo de saudação do Grão-Mestre da Gran Logia do Chile, Sebastián Jans Pérez e da Grão-Mestre da Gran Logia Feme-nina do Chile, Adriana Aninat, teve inicio a apresentação de Michelle Bachelet, na qual fez uma digressão Por esta difícil pandemia e a importância dos direitos humanos para superar as dificuldades. “Se trabalharmos juntos, pode-mos reconstruir sociedades para que possamos defender DD.HH. e as liberdades, ”expressa a Alta Comissária em seu discurso, acrescentan-do que“ precisamos dos princípios maçônicos, porque são solidariedade e fraternidade, nos unimos como uma só humanidade, porque eles são o que somos ”. A autoridade das Nações Unidas concluiu sua exposição referindo-se ao Dia Internacional contra a Violência contra a Mulher, comemorado em 25 de novembro, argumentando que “a COVID corroeu os resultados em termos de igualdade de gênero, saúde, condições econômicas e igualdade e direitos "informando sobre os programas que vêm sendo realizados pela ONU para avançar em uma igualdade essencial para o desenvolvi-mento da humanidade. A mesma conferência,

    que também contou com a presença do Minis-tro do Supremo Tribunal de Justiça, Haroldo Brito, foi certificada pelo Diretor da Comissão de Direitos Humanos da Gran Logia de Chile, Luís Santibáñez, que agradeceu aos assistentes e citou alguns artigos da Declaração Direitos Humanos Universais ".

    Presidente por dois mandatos (2006-2020 e 2014-2018), a primeira mulher a ocupar o cargo mais alto do estado, Verónica Michelle Bachelet Jeria nascida em Santiago do Chile em 29 de setembro de 1951, hoje Alta Comis-sária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, sob o regime de Pinochet, ela foi perseguida junto com sua família. O pai, Alberto, general da aviação, durante o governo de Salvador Allende, dirigiu a repartição de distribuição de alimentos e, após o golpe de 11 de setembro de 1973, foi preso, acusado de trai-ção e morreu no ano seguinte na prisão de San-tiago. Em 1975, Michelle e sua mãe também foram presas e torturadas por 21 dias em Villa Grimaldi, um conhecido centro de detenção na capital chilena, e depois forçadas ao exílio. Bachelet pôde retornar ao país em 1979.

    >>>>

    MICHELLE BACHELET:Nós precisamos de valores maçônicos

    "Solidariedade e fraternidade" são necessárias para o mundo. A intervenção do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na reunião da Grande Loja do Chile por ocasião do aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

    Michelle Bachelet, Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos e ex-presidente do Chile

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/12/michelle-bachelet-nos-precisamos-de.html

  • Janeiro 2021O Malhete 09

    Nesse período concluiu os estudos e formou-se em Medicina, posteriormente se especializando em pediatria, passando a colaborar com algumas organizações não governamentais hostis ao regime, que caiu em 11 de março de 1990.

    Com a volta à democracia, Bachelet foi chamada para o Ministério da Saúde, como consultora da Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde. Socialista, desde muito jovem, em 1995 ingressou no comi-té central do partido e de 1998 a 2000 foi parte ativa da sua comissão política. Em 11 de março de 2000 foi nomeada Minis-tra da Saúde pelo Presidente Ricardo Lagos e em 7 de janeiro de 2002 Ministra da Defesa, tornando-se a primeira mulher a ocupar tal cargo em um país lati-no-americano. No final de 2004, os soci-alistas a nomearam para as eleições pre-sidenciais. Em 11 de março de 2006, Bachelet tornou-se a primeira mulher chefe de Estado do Chile. Foi reeleita pre-sidente pela segunda vez nas consultas de dezembro de 2013. Em ambos os manda-tos, ela se destacou por sua atenção à pro-moção dos direitos de todos, especial-mente daqueles dos mais vulneráveis. Entre suas realizações: a criação do Insti-

    tuto Nacional de Direitos Humanos e do Museu da Memória e Direitos Humanos; a criação do Ministério da Mulher e Igualdade de Gênero; a introdução de cotas para mulheres na política; a aprova-ção de uniões civis também para casais do mesmo sexo. A partir de 1º de setem-

    bro de 2018, sucedendo ao príncipe jor-daniano Zeid Ra'ad Al Hussein, Bachelet se tornou a sétima Alta Comissária desde que o cargo foi criado em 1993

    Fonte: Revista Erasmo

    Palais Wilson, Genebra (Suíça), sede do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos

  • Janeiro 2021 O Malhete10

    Cantinflear, segundo o dicionário da língua espanhola: “falar ou agir de maneira maluca e incongruente e sem dizer mais nada”. O ator e comediante mexicano Mario Moreno, mais conhecido por seu personagem “Cantinflas” nasceu em 12 de agosto de 1911 na Cidade do México, sendo o sexto dos quatorze filhos do casa-mento formado pelo carteiro Pedro Moreno Esquivel e María de la Soledad Reyes Guí-zar .

    Antes de seus primeiros inícios no mundo do circo, foi sapateiro, engraxate, mensagei-ro, carteiro, taxista, balconista, boxeador e até toureiro, mas foi no mundo do cinema a partir dos anos trinta do século passado onde encontrou Fama mundial através de seu per-sonagem anteriormente resenhado de “Can-tinflas”.

    O que nem todos sabem é que Mario Moreno era maçom. Como refere o historia-dor Fernando Gil González em seu trabalho para a Universidade Nacional de Educação a Distância (UNED) dentro da coleção cha-mada Museu Virtual de História da Maçona-ria: “Mario em 1943 fez seu primeiro pedido de admissão a uma oficina maçônica embo-ra Não seria até 1948, quando ele foi recebi-do na Loja Chilam Balam na Cidade do México, patrocinada pela Grande Loja do

    Vale do México, dependente do Grande Ori-ente do México, onde alcançou o 33º grau Honorário do Rito Escocês Antigo e Aceito ”.

    As ideias de "Cantinflas" inspiradas nos valores da Liberdade, Igualdade e Fraterni-dade, refletem-se no seu papel como embai-xador da ONU como representante da Repú-blica dos Cocos no filme "Vossa Excelên-cia" filmado em 1967 No discurso final perante a referida instituição, o embaixador apresenta-se como pedreiro não sindicaliza-do e na sua intervenção tenta manter uma certa equidistância entre o lado dos "Colora-dos" (EUA) e o lado dos Verdes (URSS), destacando Neste argumento algumas idei-as que ainda são uma crítica social ou decá-logo das intenções de um bom maçom, tais como:

    o As pessoas devem ser l ivres-pensadoras e tolerantes.

    o O homem é cientificamente e intelec-tualmente um gigante, mas moral-mente é um pigmeu.

    o Todas as ideias são respeitáveis, mesmo que você não concorde com elas.

    o No dia em que todos pensarmos e agir-mos da mesma forma, deixaremos de ser homens para nos tornarmos máquinas, autômatos.

    o Não se pode concordar com um siste-ma político que se implanta pela for-ça, por mais que isso seja feito em

    nome de uma hipotética defesa dos direitos dos trabalhadores.

    o O progresso social, intelectual e eco-nômico deve ser compartilhado equi-tativamente por toda a humanidade e por todos os países, e não se tornar a moeda de troca com a qual alguns ficam mais ricos e mais pobres.

    o Que fácil seria conseguir um mundo melhor em que todos os brancos, negros, amarelos e cobre, ricos e pobres, pudessem viver como irmãos.

    Enfatizar que a herança e cunho de "Can-tinflas" na Maçonaria se refletiu em 2007 com a criação da Respeitável Loja "Mario Moreno, Cantinflas" número 177, depen-dente da Grande Loja do Vale do México, em homenagem e memória de sua pessoa .

    Por fim, chamar a atenção para a impor-tante faceta filantrópica desenvolvida pelo ator ao longo de sua vida para ajudar os mais desfavorecidos, destacando sua contribui-ção na criação de La Casa del Actor no Méxi-co, uma espécie de aposentadoria para ato-res já aposentados e sem recursos, bem como na ajuda aos setores mais desfavoreci-dos da sociedade mexicana, especialmente crianças com grandes possibilidades de exclusão social.

    Fonte: https://logiamozart.info

    MARIO MORENO "CANTINFLAS"

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/12/mario-moreno-cantinflas.html

  • Janeiro 2021O Malhete 11

    Pelo Venerável Irmão Melki-Tsedek

    O transtorno mental de nosso tempo; os erros, os abusos de linguagem e a desorientação tradicional não têm a menor noção do que é realmente a

    metafísica; Sem dúvida, é preciso ver o primeiro motivo, ou o mais imediato: o fato de que a humanidade está em um estado de desequilíbrio e instabilidade em todas as coisas, que piora constantemente, e que, certamente, é caracterís-tica da atualidade; criando uma perturbação anormal e desordenada nas pessoas, que logica-mente perdem a serenidade e são levadas pelo "tempo inclemente" - que está ficando cada vez mais curto para elas - como pás ao vento. Isso nos mostra que o mal - que vivemos - é mais pro-fundo do que realmente percebemos, e que tudo isso decorre do desvio mental do mundo moder-no.

    Destaca-se, neste momento, a inquietação perpétua de quem a vive, que se denota necessi-dade de agitação. Seres aparentemente humanos - ao que parece - que gostam de ser afligidos, e tudo isso motivado pelo estado de ignorância em que vivem, circunstâncias das quais pare-cem estar satisfeitos, por isso não procuram meios de sair deles, visto que é um estado de aspereza inconsciente na maioria dos casos.

    Como consequência do exposto, a noção de "Elite" quase desapareceu, mesmo nas próprias organizações de iniciação. Com tudo isso, goste ou não, há uma negação do conhecimento meta-físico em si. Em outros casos, o que poderíamos chamar é produzido: uma “ilusão”, que consiste em tomar para a metafísica o que não é de forma alguma; Isso é conhecido como uma "pseudo-metafísica" nascida dos filósofos modernos, que é incapaz de dissipar a menor preocupação, por isso mesmo não é um conhecimento verdadeiro, e - pelo contrário - o que causa é uma desordem e uma confusão "intelectual" que está aumentan-do. A pseudo-metafísica dos filósofos modernos causou tal confusão; que os próprios iniciados em busca do verdadeiro conhecimento metafá-sico se sintam enredados em um emaranhado de "coisas" que parecem impossíveis de desven-dar; e assim, a ignorância se torna cada vez mais incurável; derivando isso em um conhecimento falso e em uma multiplicidade de organizações pseudo-iniciatórias e antitradicionais em geral; o que certamente é muito pior do que a total igno-rância natural.

    A ignorância e o falso conhecimento criam um sentimento e uma atitude claramente anti-metafísica, que compreensivelmente tem suas raízes na atual degeneração do ciclo da humani-dade terrestre atual e que gera um obscurantis-mo baseado no medo, ao qual o homem é natu-ralmente conduzido motivado pela desconfian-ça do que não sabe ou não entende, e esse pró-prio medo se torna um obstáculo que o impede de superar sua ignorância; Assim, pode-se dizer que todos os obstáculos para a obtenção do ver-

    dadeiro conhecimento se encontram dentro do próprio homem, ele fica paralisado, assim como pode se desbloquear, mas parece que não quer, quer ficar em um irreal “status quo ”. O desco-nhecido e o incompreendido tornam-se uma reação negativa, um ódio, especialmente se o homem tem mais ou menos confusamente a impressão de que aquele ignorado é algo que excede suas possibilidades atuais de compreen-são. Entretanto, se a ignorância se dissipar, o medo desaparecerá imediatamente como resul-tado.

    Devemos deixar claro que o medo resulta da ignorância; E isso é agravado, já que o homem não pode realmente se isolar do meio em que está inserido por suas próprias condições de exis-tência contingente, e que, enquanto se considera rodeado por um "mundo externo", é impossível para ele se colocar inteiramente nele. Ao abrigo dos ataques deste medo, poder-se-ia dizer basi-camente que a dualidade e a sua consequência, a multiplicidade, são as causas do medo. O medo também é causado por outros homens ou pela existência de outros seres - se quiserem - que, desde que sejam considerados outros, constitu-em aquele "mundo externo". Este medo particu-lar é superado, quando nos damos conta de que somos todos UM com Deus e que o estado huma-no é um estado ilusório e transitório para estados supra-individuais; assim, deve ficar claro que todo conhecimento implica essencialmente uma identificação com o Criador e com ele Tudo; Nesse sentido, a condição humano-individual

    se constitui numa espécie de exercício prepara-tório em vista da “libertação real”, mas nada mais; pois, para o Ser que está verdadeiramente "liberado", não existem coisas externas; tudo está dentro dele. Em conclusão, a ideia de "sepa-ração" é a principal causa do medo.

    Para superar o estado individual, devemos primeiro superar o medo e, assim, alcançar o conhecimento; e obtido isso, não haverá mais nada pelo que o Ser possa se sentir afetado ou preocupado.

    Por outro lado, o conhecimento é o único remédio definitivo contra a ansiedade e a inquie-tação, bem como contra a desconfiança em todas as suas formas, pois esses sentimentos nada mais são do que produtos da ignorância. A apreensão do conhecimento faz desaparecer as raízes: angústias, preocupações e medos; eles são totalmente destruídos em sua raiz e tornados impossíveis de agora em diante

    O Ser que vê todas as coisas no "Princípio" sabe que, quaisquer que sejam as aparências, elas são, em última análise, nada mais do que elementos da ORDEM total. Assim, o verdadei-ro “remédio” só pode vir de cima, isto é, por meio de uma restauração da pura “intelectuali-dade”; Enquanto procurar remediá-los de baixo para cima, isto é, contentar-se em opor algumas contingências a outras contingências, tudo o que se pretende fazer será fútil e ineficaz.

    Fonte: Retales de Masoneria

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/11/nossos-contemporaneos-estao-doentes.html

  • Janeiro 2021 O Malhete12

    Por Giancarlo Guerreri

    Num mundo caótico como o atual, onde apenas um acidente tão inesperado e catastrófico como um vírus pode nos fazer parar para refletir sobre nós mesmos, alguns Mitos que conseguiram desafiar os milênios nos ajudarão a entender melhor o Significado da Vida e talvez a melhorar a nós mesmos.

    Momentos históricos, caracterizados por dramas inesperados, sacodem a alma por den-tro colocando-nos diante de realidades inima-gináveis, longe de qualquer modelo previsí-vel. No entanto, a Realidade às vezes excede em muito nossa imaginação fervorosa, redu-zindo nosso Ego ainda mais, fazendo-nos refletir sobre nosso verdadeiro desamparo ou a falta de controle de todo o sistema.

    O Homem que não controla e que sofre os caprichos da Natureza é reduzido, perder aque-le senso de onipotência delirante que parece pertencer a ele por vontade divina.

    Nada poderia ser mais falso. O homem não vive no centro do Universo,

    mas na orla de uma galáxia de médio porte, presente com bilhões de outras galáxias em uma parte periférica do Cosmos.

    Ele vive em um planeta provavelmente semelhante a milhões de outros, povoado e rico em vida como o nosso.

    Viveu como hóspede do Planeta azul por alguns milhões de anos, antes era rato, réptil, peixe, molusco, sequência de DNA ... e antes disso, quem sabe...

    Pouco se sabe de nossa origem, estudos recentes de cientistas muito válidos nos falam sobre "acelerações evolutivas". compreensí-vel, supondo a intervenção de "causas exter-

    nas" ou "manipuladores" humanos ... Não rimos dessas hipóteses bizarras, um

    dia eles poderiam ser demonstráveis e os escarnecedores incrédulos causariam a mesma má impressão dos criacionistas na pre-sença da obra-prima darwiniana.

    "Eu sei que não sei!" afirmava com a humildade de um gênio da Filosofia, o grego Sócrates antes que os atenienses, arrogantes bárbaros, o condenassem. “Sei não sei”, a frase que gostaríamos de ouvir com mais fre-quência e que ninguém tem coragem de repe-tir.

    Platão, a Voz de Sócrates, traduziu em mitos um Conhecimento milenar, condensan-do e enriquecendo com imagens oníricas aque-las Verdades absolutas que fundaram na Tra-dição dos Iniciados a ciência do Conhecimen-to, a divina Sofia. Um desses mitos, um dos mais conhecidos, é o de Er. Platão fala sobre isso em “La Repubblica”, no final do X Livro. É um mito que aborda a delicada questão da transmigração das Almas, de um corpo para outro, narrando as fases desse processo que se origina dos mitos órfico e pitagórico. O mito também aborda a velha questão do "livre arbí-trio", especificando seus detalhes e significa-dos. Nasce um novo conceito de responsabili-dade, no qual nosso destino aparentemente incompreensível e geralmente injusto é obser-vado sob uma nova luz, muito esclarecedora e iluminadora.

    A históriaA narrativa exigiria uma atuação teatral:

    Imagine uma grande pira funerária, imagine que o corpo de um bravo soldado que morreu em batalha foi colocado na pira.

    De repente, antes que as chamas comecem a devorar o cadáver, alguém presente percebe que o homem não está morto, corre para seu corpo, arranca-o das chamas, trazendo-o para a segurança.

    Tendo se recuperado daquele momento bas-

    tante complicado, Er, o nome do revivido, começa a contar uma longa história, dando um relato detalhado do que aconteceu com ele.

    Er começa a narrar que sua alma, acabando de sair do corpo, se juntou a muitas outras almas. Depois de uma longa jornada, ele se viu diante de um grupo de juízes que estavam sen-tados entre dois pares de abismos: um direcio-nado para o Céu e outro para as profundezas da Terra.

    Os juízes avaliaram as almas, eles os exa-minaram cuidadosamente, depois colocaram um passe para o céu no peito dos justos e uma luz verde nos ombros dos iníquos para o abis-mo.

    O único que não recebeu nenhuma indica-ção foi o próprio Er, a quem os juízes disseram para observar bem tudo o que ele visse para depois poder contar aos vivos.

    Do abismo as Almas dos condenados surgi-ram esporadicamente e foram forçadas a vagar por milênios entre os tormentos inferna-is do abismo. As tentativas fúteis de escapar do submundo foram punidas com torturas cru-éis que atingiram os condenados. As Almas que permaneceram sete dias naquela espécie de limbo, foram forçadas a caminhar por mais quatro dias até chegarem a um magnífico arco-íris, do qual pendia um fuso, símbolo de seu destino. descansando sobre os joelhos da deusa Ananke (o Trono da Necessidade). Ananke tinha três filhas, as Moirae, que se sentavam em círculo ao lado da mãe. Lótus, girou e cantou o presente, Lachesis narrou o passado e Atropos o futuro. As almas foram apresentadas por sua vez a Lachesis, que lhes ofereceu um grande número de modelos de vida, convidando-as a escolher bem o que seria sua existência futura. Os modelos eram numerosos, as escolhas quase infinitas e cada Alma tinha a possibilidade de realizar qual-quer novo projeto de vida.

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    E O SIGNIFICADO DA VIDAO MITO DE ER

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/12/o-mito-de-er-e-o-significado-da-vida.html

  • Janeiro 2021O Malhete 13

    Na história de Er surgiu a dificuldade de escolher Almas: quem veio do céu, menos provado pelas dificuldades, muitas vezes escolheu vidas fúteis e aparentemente fáceis, como a de um tirano, para realizar, uma vez o processo de reencarnação, de como foi uma vida cheia de sofrimentos e dificuldades. As almas que vieram de baixo sabiam melhor sobre os riscos do poder e do comando, e mui-tas vezes escolheram modelos para uma vida tranquila sem aventuras complicadas.

    Feita a escolha, Lachesis dará a cada Alma um Daimon, o gênio tutelar, que se encarre-gará de respeitar as escolhas da Alma que lhe foram confiadas. A Alma continuou indo para Clotho, para confirmar seu destino, depois para Átropos que a tornou imutável.

    Posteriormente, as almas tiveram que cru-zar um deserto escaldante até chegarem ao rio Lethe. Nesse ponto, todas as almas, exce-to Er, tiveram que beber a água do rio. Aque-les que não foram sábios o suficiente bebe-ram muito, resultando em completo esqueci-mento e perda total da memória de vidas pas-sadas.

    Durante a noite, um tremendo terremoto lançou todas as Almas para uma nova vida, no mesmo instante Er acordou e, não tendo bebido a água do esquecimento, pôde contar todos os detalhes de sua experiência de mor-te.

    O Livre ArbítrioDo mito emerge a importância das memó-

    rias de vidas passadas, uma fonte extraordi-nária de experiências anteriores. O mito de Er sugere que o que acontece durante a nossa vida nós escolhemos antes de nascermos, e que cada vida é uma das inúmeras oportuni-dades que a Alma se oferece para alcançar a perfeição.

    O problema do Livre Arbítrio assume uma dimensão inesperada, sugerindo que a ver-dadeira responsabilidade está nas escolhas feitas antes do nosso nascimento, quando decidimos o nosso projeto de vida futuro. Ouçamos Lachesis e suas palavras:

    "Palavras da virgem Lachesis, filha de Ananke: almas, que você vive apenas um dia (ephémeroi), outro período de geração mor-tal, portador de morte (thanotephòron) começa para você. Ele não vai lhe dar um daimon, mas você escolhe o daimon. E quem quer que seja atraído primeiro deve escolher primeiro uma vida, à qual necessariamente estará ligada. A virtude (areté) não tem mes-tre (adéspoton) e cada um terá mais ou menos conforme a honra ou despreza. A res-ponsabilidade é de quem escolhe; o deus não é responsável. "

    As escolhas de vida feitas durante nossa existência, na visão platônica, não são alea-tórias, mas sempre determinadas por aquilo que nós mesmos decidimos antes de renas-cer.

    Se soubermos ter consciência de nossas vidas passadas, talvez cometeremos menos erros, vivendo melhor e melhorando as con-

    dições de vidas futu-ras.

    Um dos tantos mitos como o de Er, certamente contare-mos a outros, nos convida a refletir sobre o sentido da vida, sobre as hipó-teses que ta lvez nunca tenhamos leva-do em consideração. Ele nos convida a considerar outros pontos de vista, sem necessariamente nos casarmos com o que por motivos religio-sos nos foi proposto / imposto desde a infância . Quer ia fazer este verbete, a p a r e n t e m e n t e improvável, para chamar a atenção do leitor para o conceito de Impermanência, que é a instabilidade e imprevisibilidade de eventos que podem acontecer, eventos que abalam não só a saúde ou a economia, mas também o nosso próprio ser. profunda-mente, desestabilizando-nos e obrigando-nos a mudanças radicais. Muitos têm o hábi-to de considerar a falta de tempo o verdadei-ro drama de nossa era caótica. Trabalho, hob-bies, vários compromissos, muitas vezes cria-dos por nós mesmos, são causas que redu-zem drasticamente o tempo de que dispo-mos. Mas se não fomos realmente criados para "viver como brutos, mas seguir a Virtu-de e a Canoscenza", como nos lembra o Poe-ta, o tempo que agora nos é dado em abun-dância deveria ser a mais-valia à nossa vida, um presente tão inesperado quão precioso.

    Virar o olhar para o céu e não ver nenhuma aeronave, observar as ruas desertas, ou os transeuntes distraídos com máscaras cami-nhando perto das paredes, deve nos fazer refletir. É absolutamente necessário meditar sobre essas criaturinhas microscópicas que, como grãos de areia, bloquearam engrena-gens hiper-tecnológicas muito sofisticadas ...

    Somos homens com pés de barro, que sofreram uma revisão de sua auto-estima, temos o dever de rever nossa posição no Cos-mos, na Galáxia, na amada Terra. Não nos é permitido fazer tudo o que queremos, faze-mos parte de um complexo sistema de rela-ções e equilíbrios que deve ser respeitado.

    Com isso não quero dizer que o Coronaví-rus seja resultado de um desequilíbrio ambi-ental causado por superpopulação ou polui-ção, as epidemias sempre estiveram presen-tes e devem ser consideradas como compa-nheiros de viagem incômodos, o que tenho vontade de dizer é que nosso mundo é muito

    mais frágil do que podemos imaginar e que um pequeno movimento da cauda da Nature-za é suficiente para nos deixar de joelhos. Os problemas relacionados à Economia, Saúde e Política não serão resolvidos em pouco tem-po. Novos equilíbrios surgirão, novas opor-tunidades e, acima de tudo, novas mudanças de paradigma que mudarão nossas vidas muito mais do que podemos, hoje, imaginar.

    O Mito de Er nos projeta no passado, dan-do-nos um ponto de vista radicalmente dife-rente daquele a que estamos acostumados: fala-nos do Livre Arbítrio, da reencarnação e das Lições que devemos aprender. Nesta perspectiva, surge também um novo concei-to de Tempo e projeção para o futuro: o mesmo tempo que agora nos foi dado é um bem precioso que se soubermos utilizá-lo com sabedoria ... talvez nos possa dar novas oportunidades. fala-nos do Livre Arbítrio, da reencarnação e das Lições que devemos aprender. Nesta perspectiva, surge também um novo conceito de Tempo e projeção para o futuro: o mesmo tempo que agora nos foi dado é um bem precioso que se soubermos utilizá-lo com sabedoria ... talvez nos possa dar novas oportunidades. fala-nos do Livre Arbítrio, da reencarnação e das Lições que devemos aprender. Nesta perspectiva, surge também um novo conceito de Tempo e proje-ção para o futuro: o mesmo tempo que agora nos foi dado é um bem precioso que se sou-bermos utilizá-lo com sabedoria ... talvez nos possa dar novas oportunidades.

    Fonte: civico 20 news

  • Janeiro 2021 O Malhete14

    A humanidade gasta grande tempo, com suas ciências, para provar a existência da origem do Universo e, quando não, provar a existência de Deus.

    O papa da moderna cosmologia, o inglês Stephen Hawking – aquele que se encontrava preso a uma cadeira de rodas – gastou grande parte de seu tempo para provar que o Universo é uma causa do Big Bang. Durante uma entre-vista para uma televisão diante de uma per-gunta: porque o universo existe? Ele, que é um ateu convicto, respondeu: Se você preferir, pode afirmar que Deus é a resposta a essa pergunta.

    Quando não está, a humanidade, procuran-do o início, procura alardear que estamos pró-ximos do fim do mundo, isso aconteceu em diversas ocasiões durante a vida aqui na Terra. Próximo do ano 1000 d.C., também usavam os mesmos argumentos: pestes incuráveis, fome, miséria, pessimismo e péssimos relaciona-mentos sociais.

    Logo após a confirmação de que a previsão não se tornara realidade, concluíam, os habi-

    tantes, que seus deuses os haviam poupado.

    FIM DO MUNDOO apocalipse é grandemente alardeado. Já

    existia nas tradições judaicas, desde os tem-pos da Babilônia

    A história humana comprova que até mesmo os impérios mais poderosos decaem e desaparecem. Nada diferente está acontecen-do, agora. Se um império termina, outro novo começa.

    A humanidade pensa muito, pensa mal e acredita que seus pensamentos são realidade.

    Tudo fica simples, se nos atermos as Escri-turas Sagradas:

    No Livro do Eclesiastes (um dos livros sapi-enciais do Antigo Testamento – escrito no século III a.C. – uma obra de um sábio que se esconde sob o pseudônimo de Qohelet, em grego Eclesiastes, que significa “O Prega-dor”). Nele o autor desenvolve uma filosofia de vida cujo tema é: “Tudo é vaidade”, mas tudo vem da mão de Deus.

    O mundo contemporâneo é uma vitrine de incontáveis propostas de realizações pessoais. Muitas enganosas; outras incertas, algumas com boa chance de dar certo. A harmonia que se busca é de muita simplicidade: compreen-der uma relação preservá-la e mais que isso incentivá-la em seu desenvolvimento. Com compreensão, segredo, e mutua aceitação, poderemos consolidar as colunas da beleza e força que manterá a solidez do desenvolvi-mento. Com a harmonia constituída, com base no reconhecimento das virtudes e compreen-

    são dos defeitos aceitáveis, poderemos acredi-tar que seremos boas árvores para reprodução.

    Se simplificarmos nossas vidas aos precei-tos de Deus, poderemos entender que tudo tem um princípio e um fim harmônico.

    Em João 1, 1-3.No princípio já existia o Verbo, e o Verbo

    estava com Deus, e o verbo era Deus. Ele esta-va, no princípio, com Deus, Tudo começou a existir por meio d'Dele, e, sem Ele nada foi criado.

    Fica claro que todos os nascidos têm sua centelha Divina, mas não são todos que pas-sam pela porta estreita; vide:

    Mateus 7, 13-20. Entrai pela porta estreita; porque larga é a

    porta e espaçoso o caminho que conduz à per-dição, e muitos são os que seguem por ele. Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à vida, e como são pou-cos os que entram! Acautelai-vos nos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Conhecê-los-eis pelos frutos. Porventura podem se colher uvas dos espinhos ou figos dos abrolhos? Toda árvore boa dá bons frutos, e toda a árvore má dá maus frutos. A árvore boa não pode dar maus frutos, nem a árvore má dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Pelos frutos, pois, os conhecereis.

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    A CHAVE DA FELICIDADE

  • Janeiro 2021O Malhete 15

    Se acreditares ser um dos que ultrapas-saram a porta estreita, procure lembrar que há muito tempo já houve uma Torre de Babel, onde homens passaram a falar lín-guas diferentes, porque as mesmas línguas que antes falavam não levavam a nada, somente ao abismo, resolveu-se modificar a linguagem e colocar, em cada um, um princípio de vida.

    Para construir um mundo melhor basta seguir o que você já reconhece como certo, cumprindo com coragem seu dever e acio-nando a verdade que é razão de sua vida. Basta seguir o que você já sabe ser certo, e não ficar procurando o que é certo seguir. Um estado de vigilância, sim, vigilância, no sentido de não desperdiçar nenhuma experiência, vigilância para aproveitar o resultado das experiências pelas quais você passa, e encontrar nelas o ponto da sabedoria que lá está escrito.

    Não desperdice o tempo tentando enten-der o que você ainda não sabe, aperfeiçoe-se naquilo que você possa ser útil e apren-der o que te ajude a evoluir. Basta seguir o que você sabe ser certo e não ficar procu-rando o que é certo para seguir.

    Não interrompa nenhum processo no meio. Feche todos os círculos que você abriu.

    O progresso que você conseguiu conso-lidar até agora é a medida de sua seguran-ça. Isso é muito bom. Melhor ainda é não

    deixar que esta segu-rança se transforme em um limite, que o impeça de continuar o seu desenvolvi-mento.

    N o m u n d o d o amor, a humanidade está sempre no iní-cio. Nele, nada pode ser dado por sabido, pois essa é a melhor forma de não se vici-ar um caminho que constantemente deve ser renovado.

    Tudo isso me fez lembrar uma passa-gem, onde me levaram a conhecer o túmu-lo do irmão Nagib Aily (21/11/1892 – 03/03/1955) que, prevendo o seu despedir dessa Terra, preparou-o para depositar seu corpo material. Chegou a surpreender a família, pelos preparativos, deixando, inclusive, a seguinte mensagem fundida para ser colocada em seu sepulcro:

    Ó Alma, se ignaro.Dizer que a Alma se extingue com o

    corpoe jamais tornará a existir.Dizer-lhe entãoQue as flores apenas morrem,mas a semente jamais morrerá.Este é o segredo da Imortalidade.

    Conclusão:Meus irmãos, uma Luz se acende no fim

    do túnel.Escuridão nada mais é do que escuridão.Quando o túnel parece ser um fim

    angustiante e um verdadeiro inferno a devorar nossos corações, com as chamas das desesperanças, tenham certeza que encontrareis a centelha Divina.

    Assim é a nossa existência.Vivemos momentos felizes e de má sor-

    te.Entretanto, devemos manter a nossa

    Luz acesa e a conservarmos sempre bri-lhante, por menor que esteja naquele momento.

    Esta Luz de amor e amizade sempre nos manterá prestes a um novo recomeçar.

    https://eridercycle.com.br/

  • Janeiro 2021 O Malhete16

    Por John Dickie (*)

    A maçonaria é a sociedade secreta mais famosa do mundo. Seu segre-do, de fato, o transformou em uma das idéias mais contagiosas da história - e, portanto, sua história oferece uma lição notá-vel sobre o poder do mistério.

    Os maçons traçam sua fundação em Lon-dres em 1717. A Arte, como os membros a chamam, era baseada em um vínculo frater-nal criado por ritual e símbolo. Suas regras prescreviam uma igualdade formal entre todos os membros, qualquer que fosse sua raça, credo ou classe. O objetivo era a edu-cação moral: construir homens melhores, assim como os pedreiros da antiguidade construíram catedrais e castelos. Crucial-mente, no entanto, tudo isso deveria ser con-duzido em reclusão do mundo exterior, e envolvia aprender segredos e jurar guardá-los.

    Quaisquer que sejam os segredos que os maçons estavam guardando, eles eram uma ferramenta de recrutamento fascinante. Quem poderia resistir à promessa de se jun-tar a uma elite de posse das verdades ocul-

    tas? Em poucas décadas, a mística da Maço-naria a tornou um fenômeno mundial: havia Lojas em todos os lugares, de Amsterdã a Aleppo, de Charleston a Calcutá. O Ofício se espalhou nas correntes de uma era anteri-or da globalização: império e comércio, guerra e intercâmbio intelectual.

    Seus fundadores descobriram rapida-mente que não podiam controlar sua cria-ção. Dentro do grupo, os maçons discorda-vam apaixonadamente sobre ritos e procedi-mentos arcanos, dividindo-se em ramos riva-is com base em suas crenças. Eles também fissuraram em questões de raça e gênero. As mulheres eram dignas de serem admitidas nos grandes mistérios? Eram judeus ou negros? Externamente, a marca maçônica foi emprestada e bastardizada. Se você tinha um segredo, organizar-se como os maçons parecia uma boa maneira de mantê-lo. Gru-pos tão variados como a Ku Klux Klan (para ocultar a identidade dos terroristas da supre-macia branca), a máfia siciliana (crime) e a Igreja Mórmon (bigamia), todos incorpora-ram os fios furtivos do DNA maçônico.

    Talvez sem surpresa, a suspeita acompa-nhou cada passo dos Irmãos. O Papa os exco-mungou muito cedo, vendo-os como here-ges encobertos; qualquer católico que se junte aos maçons ainda está colocando sua alma em perigo, de acordo com o Vaticano.

    No rescaldo da Revolução Francesa, um padre refugiado em Londres chamado Abbé Barruel escreveu Memórias Ilustrando a História do Jacobinismo , uma análise de cinco volumes das causas da Revolução que atribuía tudo a um esquema maligno incu-bado nas Lojas. Barruel, em resumo, foi o primeiro teórico da conspiração do mundo. Desde então, os maçons têm sido culpados pelo "assassinato" de Mozart, a eclosão da Revolução Russa e um encobrimento na investigação sobre o naufrágio do Titanic- entre uma série de outros atos nefastos.

    O pensamento conspiratório levou Mus-solini, Hitler e Franco a esmagar o Ofício. Hoje, a Maçonaria está proibida na China e em todos os lugares do mundo muçulmano, exceto no Líbano e no Marrocos. A Carta do Hamas descreve a Maçonaria como uma "rede de espiões" criada pelos judeus para "destruir sociedades e promover a causa sio-nista".

    O segredo da Maçonaria, que dá liberda-de a essas imaginações febris, é como a água no fundo de um poço. Os homens que cons-truíram o poço sabem quão profundo é. O resto de nós pode apenas olhar para baixo e se perguntar o que pode se esconder abaixo, enquanto a superfície escura reflete nossos medos.

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    O QUE OS MAÇONS ENSINARAM AOMUNDO SOBRE O PODER DO SIGILO

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/12/que-os-macons-ensinaram-ao-mundo-sobre.html

  • Janeiro 2021O Malhete 17Pergunte aos maçons hoje sobre sigilo e

    você receberá uma resposta positiva. “Não somos uma sociedade secreta”, dirão eles, “somos uma sociedade com segredos”. Um comitê nas entranhas de alguma Gran-de Loja ou outra evidentemente pensou que essa fórmula poria o assunto em paz. Mas, é claro, mesmo os não-maçons mode-radamente céticos ainda se perguntarão. Que segredos? O que eles estão esconden-do? Todo um gênero de exposição afirma fornecer as respostas que os maçons pare-cem relutantes em entregar.

    No entanto, os segredos notórios dos maçons nunca foram realmente tão secre-tos. A primeira exposição data de 1730. Hoje, alguns minutos no Google são tudo o que precisamos para descobrir tudo o que você pode querer saber.

    Retire todo o protocolo e descobriremos que o segredo maçônico é multifacetado: é mais e menos do que os resultados do Goo-gle indicam.

    Durante seus ritos de iniciação, um maçom aprende muitos segredos: como o estranho aperto de mão que atesta seu sta-tus maçônico. (Os maçons chamam isso de “aperto”.) Os símbolos cujos significados reais os maçons aprendem também são

    secretos. Só para ter certeza, os novos maçons também têm que fazer juramentos secretos de congelar o sangue para não trair os segredos que aprenderam: "Sob não menos penalidade ... do que ter minha gar-ganta cortada, minha língua arrancada pela raiz, e meu corpo enterrado na areia do mar na linha de maré baixa.”

    Portanto, os rituais maçônicos consis-tem em segredos, envoltos em segredos, envoltos em segredos. Uma vez que o invó-lucro é removido, o que é revelado são prin-cípios morais de banalidade totalmente desarmada. Seja um bom sujeito. Aprenda mais sobre o mundo. Lembre-se de que a morte coloca as coisas em perspectiva. Os grandes segredos da Maçonaria são todos maternidade e torta de maçã.

    Isso é realmente tudo que há para fazer? Até mesmo muitos dos primeiros artesãos ficaram desapontados e formaram novas versões da irmandade para proteger os segredos adequados : como uma cura para a velhice ou a fórmula para transformar metais básicos em ouro. Outros procura-ram preencher o vazio do sigilo com políti-cas utópicas: tanto os Illuminati da Baviera quanto os Queimadores de carvão da Itália eram variantes da Maçonaria que ofereci-

    am a iniciação em um plano revolucioná-rio.

    Todos eles estavam perdendo o ponto. O segredo maçônico não é uma forma de esconder absolutamente nada. É o embru-lho, e não o que ele contém, que é a chave. O sigilo é uma forma de envolver os laços de comunhão em solenidade e santidade. Nascida durante o Iluminismo, quando o domínio da ortodoxia religiosa sobre a vida privada e pública estava começando a ser relaxada, a Maçonaria ofereceu uma passa-gem para um mundo mais secular. Era uma casa a meio caminho: seu sigilo tornou como uma religião, sem conter quaisquer ideias teológicas perigosas.

    Os primeiros maçons dificilmente pode-riam ter previsto a história global do cão peludo de sucesso e notoriedade que eles gerariam. A lição de sua história fascinante é simples: faça-se mal compreendido.

    (*) John Dickie é o autor de The Craft: How the Freemasons Made the Modern World

    Fonte: Revista Time

    https://superlight.com.br/

  • Janeiro 2021 O Malhete18

    Por Ângelo Ciccio Delsanto

    Em geral, quando o assunto da correlação entre música e Maçonaria é abordado, o pensamento vai imediatamente para a música clássica, na qual grandes compositores atuavam nas lojas; basta pensar em Wolfgang Amadeus Mozat, Franz Joseph Haydn, Giaco-mo Puccini e Ludwig Van Beethoven, cuja documentação de afiliação com a Maçonaria foi, no entanto, destruída durante o cerco de Napoleão a Viena; e muitos outros poderiam ser mencionados. Certamente é certo e impor-tante reivindicar a grande afinidade entre a música clássica e o pensamento maçônico, mas é preciso sempre ter em mente que é a música como tal - justamente porque combina harmoniosamente Beleza, Força e Sabedoria - para nos convidar a respeitar as regras e ao mesmo tempo permite-nos ser hereges, ou seja, capazes de quebrar as regras; esta é uma tendência rítmica que tem em si mesma uma grande associação com a Maçonaria Univer-sal.

    Isso obviamente se aplica não só à música clássica, mas também ao blues, cujas afinida-des com o espírito maçônico não são difíceis de sentir: as regras do ritmo e da música são firmes e rígidas ... desde que a improvisação do

    gênio não acrescente uma brisa fresca de cor e sabor ao ritmo musical.

    O blues representa desde o seu nascimento o desejo de crescer, de se redimir, de se elevar e de compreender; enfim, encontrar força e coragem para "ir além". E o bluesman é aquele que joga o coração e tudo sobre o obstáculo, porque experimenta a música como um modo de vida, como uma forma de elevação iniciáti-ca que faz com que quem pratica o blues viva uma vida intensa e plena de relacionamentos e construção de relacionamento.

    O blues sempre coloca o homem no centro de um processo de observação do mundo que, muitas vezes, se torna uma razão para encon-trar forças para se observar.

    A Maçonaria pede a quem quiser se tornar maçom que enfrente a morte para nascer de novo melhor e mais completo; o blues oferece a quem quer tocar a sugestão de ser apaixona-do e nunca frio, estar vivo e se deixar levar pelo ritmo e pelas palavras, morrer na música para renascer, justamente por meio das notas e palavras, mais rico em emoções e do bem-estar, aquele bem-estar que se dá pelo conheci-mento de si e pelo prazer de compartilhar suas emoções com os outros.

    Tanto o blues quanto a Maçonaria, portanto, são ferramentas para estar em harmonia com a natureza e entre si e são incompatíveis com a hipocrisia e o achatamento do pensamento; ambos são um hino à liberdade, ao amor frater-no e ao respeito pelo mundo que nos rodeia,

    ambos podem ser representados como o ato de construir pontes entre pessoas e edifícios em que se encontra o prazer de estar juntos em uma cadeia, seja através acordes, seja através da magia hipnotizante de um evangelho, ou através da egrégora da Loja que é revelada com a "Cadeia de União".

    Ambos, tanto o blues quanto a Maçonaria, são a seu modo hereges porque são a represen-tação da tradição junto com o prazer e a capa-cidade de saber se renovar, rompendo padrões inúteis e dissolvendo armadilhas incômodas e pouco funcionais para o crescimento; tanto o Blues quanto a Maçonaria representam a tradi-ção exatamente como Gustav Mahler preten-dia que disse: “A tradição não é o culto às cin-zas, mas sim a guarda do fogo”. Na verdade, estar amarrado à tradição é muito mais do que ser estático: é manter vivo aquele fogo que arde nos sulcos deixados pela vida de quem habitou esta terra e que reverbera em nós, que deve alimentá-la com histórias evocativas e emoções avassaladoras, porque a o futuro que vamos viver, por sua vez, se tornará história para aqueles que virão depois de nós: esta é a filosofia do blues, que está enraizada na tradi-ção do delta do Mississippi mas, como um incêndio, inflama-se em todo o mundo, culti-vando e cuidando daquele sagrado fogo da pai-xão pela Beleza, pela Força e pela Sabedoria.

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    BLUES E MAÇONARIA:O RITMO HARMÔNICO DO CONHECIMENTO

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/12/blues-e-maconaria-o-ritmo-harmonico-do.html

  • Janeiro 2021O Malhete 19

    Existe uma literatura repleta de textos de autores de blues que fala do homem, da força e do esforço para superar as adversidades por meio do crescimento e da solidariedade.

    A este respeito, as palavras ásperas das can-ções do Irmão vêm à mente: John Lee Hooker ou alguém pensa no Irmão Sam "Lightnin '" Hopkins, que nos convida a fazer uma viagem interior com sua voz ao mesmo tempo dura e delicada ; ou ao seu irmão Jesse Fuller, apeli-dado de “o Gato Solitário”, que nos faz atra-vessar a baía de São Francisco nos convidan-do a olhar mais o panorama de nossas emo-ções do que o turístico. Mas poderíamos citar também muitos outros que cantam a esperan-ça e o desejo de crescer para enriquecer o espí-rito e subir a dimensões mais elevadas e fan-tásticas; por exemplo, é impossível não pensar no caminho maçônico se ouvirmos as melodi-as lentas do irmão Leonard Cohen, que nos fala de luz e símbolos.

    A história de Robert Leroy Johnson, uma das maiores lendas da música blues, da qual ele é de fato considerado um dos maiores e mais influentes intérpretes do século XX, é particularmente significativa.

    Diz a lenda, também impulsionada pelo próprio Johnson, que ele fez um pacto com o diabo, vendendo-lhe sua alma em troca da habilidade de tocar violão como nenhum outro. Na verdade, sua incrível técnica de vio-lão, baseada no , ainda conside-fingerpickingrada uma das maiores expressões do delta blu-es, cria evocações extraordinárias geradas por sua voz, pelas complexas estruturas harmôni-cas que elaborou e pelo conteúdo de suas letras que, embora amplamente improvisadas como geralmente acontecia com esse tipo de música naquela época, eles sempre falavam de um anjo rebelde e luminoso que se parecia muito com o mitológico Prometeu ou o Lúci-fer portador de luz de seu irmão Carducci.

    Impossível não ver referências maçônicas no filme “Blues Brothers”, onde não só o título já é um programa, mas também os irmãos Blues se vestem exatamente como são aconse-lhados a aparecer na Loja da Obra Ritual: terno escuro, camisa branca e gravata escura. Isso sem falar na cena maravilhosa em que Jake Blues, interpretado pelo extraordinário

    John Belushi, entra mancando levemente na igreja e, apesar de ter os olhos enfaixados atrás de um par de óculos escuros, começa a pular exaltado pelas palavras de James Brown gri-tando: "Eu vi a luz! "

    Por outro lado, um ícone da música Jazz e Blues trabalhou entre as colunas do Templo: Louis Armstrong, uma voz áspera que, com seu "Que mundo maravilhoso", nos fala sobre "O bendito dia claro, a sagrada noite escura"

    Para corroborar o que foi dito acima sobre o caráter herético da música, não devemos esquecer que existe uma literatura maçônica que exalta a "rebelião" contra convenções inú-teis; que te convida a manter os pés no chão, mas também a ter a mente que, sem medo, corre por entre as nuvens dos sonhos.

    Um exemplo do que foi dito é dado por inte-lectuais que foram maçons ao mesmo tempo: René Guenon com sua admirável obra Consi-derações sobre o caminho iniciático; Robert Ambelain com seu livro Scala Philosopho-rum, um volume que pode ser doado e não comprado; George Dumezil, que trouxe de volta, quebrando todos os esquemas superes-truturais de uma cultura elitista e de poucas, o mito entre os homens, e não podemos deixar de mencionar; Salvador Allende, que em seu ensaio Socialismo e Maçonaria realmente fala sobre a solidariedade e o compromisso social; finalmente Bertrand Russell, que ensina a

    história da filosofia de forma profunda e completa, rompendo o molde de uma lingua-gem abstrusa e temperando a seriedade do material com uma pitada de ironia que o torna ainda mais sério e cada vez menos sério.

    Lembramos que numa famosa peça do Delta Blues recomenda-se que os homens cor-tem suas raízes, mas que levem no coração o lugar onde as deixaram, porque lá retornarão como homens livres depois de viajarem o maior tempo possível; é uma jornada consci-ente de crescimento porque durante a jornada, como ensina o caso de Serendipity, aprende-ram não só a se mover com as próprias pernas para andar, mas também a dançar e curtir a vida: é graças a essa alegria que farão mais rico aquele alforje que acolhe experiências, emoções, alegrias e tristezas que é o nosso coração. Será esta riqueza da nossa alma que dará vida às raízes cortadas, fazendo-as voltar a ser árvores viçosas, fortes e férteis para par-tilhar.

    Por experiência própria, posso dizer que mergulhar em um ensaio de estudos maçôni-cos com base no blues é o mais harmonioso que se pode ter para uma boa leitura e um bom aprendizado; se um bom copo também nos acompanha, então é verdadeiramente a reali-zação do lema que se diz na Loja: "Tudo está justo e perfeito".

    Robert Johnson, em uma das únicas fotos existentes do músico - Divulgação

  • Janeiro 2021 O Malhete20

    Por J. Paul Gomez

    Albert Pike tem a rara distinção de ser o único membro da Confedera-ção a ter um monumento em Was-hington DC. Sua estátua foi derrubada e incendiada por manifestantes em Junete-enth por seus fortes laços com os confedera-dos e sua alegada simpatia pela escravidão.

    Eu citei e destaquei o irmão Pike em muitas das minhas obras maçônicas, mas percebi que há tantas coisas que não sei sobre ele. Quem é ele? Como pode um homem que escreveu uma vez: "Um homem é equivalente a toda a Cria-ção. Um homem é um mundo em miniatura." ser chamado de racista e tão insultado por alguns? Aqui estão 10 fatos sobre Albert Pike que reuni na Internet (fontes incluídas).

    1. Nasceu em Boston, Massachusetts, em 20 de dezembro de 1809, filho de um pai alcoólatra, um sapateiro chamado Benjamin Pike, e de sua mãe, Sarah Andrews, que se esforçou para empur-rá-lo para o ministério.

    2. Em 1825, Pike foi enviado para morar com seu tio, que descobriu que Albert tinha memória fotográfica e era capaz

    de lembrar grandes volumes à vontade. 3. Ele dominou várias línguas e passou no

    exame exigido para entrar em Harvard quando tinha dezesseis anos. Pike optou por não estudar em Harvard quan-do a faculdade solicitou o pagamento das propinas dos primeiros dois anos. Por dificuldades financeiras, optou pela autodidata e escreveu várias matérias jurídicas.

    4. Ele organizou o Know-Nothing Party (Order of United Americans), um movi-mento político reacionário que se opu-nha aos estrangeiros e passou a ver a continuação da escravidão como melhor para o país do que os agriculto-res que importam trabalhadores estran-geiros.

    5. Ao mesmo tempo, ele era pró-índio e, como representante de várias tribos de nativos americanos antes do governo, conquistou alguns grandes assenta-mentos.

    6. Pike foi comissionado como general de brigada no início da Guerra Civil (1861-65) e recebeu o comando no Ter-ritório Indiano. Após a Batalha de Pea Ridge, Pike foi confrontado com acusa-ções de que suas tropas nativas ameri-canas escalpelaram soldados no campo - uma acusação mais tarde considerada sem evidências.

    7. Pike juntou-se à Ordem Independente dos Odd Fellows fraterna em 1840 e depois juntou-se a uma Loja Maçônica. Ele se tornou extremamente ativo nos assuntos da Maçonaria. Em 1859, foi eleito Grande Comandante Soberano da Jurisdição Sul do Rito Escocês. Ele permaneceu Soberano Grande Coman-dante pelo resto de sua vida (um total de trinta e dois anos), dedicando grande parte de seu tempo ao desenvolvimento dos rituais da ordem.

    8 - Seu livro monumental, Morals and Dogma of Freemasonry, apareceu em 1872. Como Pike havia despejado tanto material adquirido de sua memória (ver fato nº 2), ele se recusou a reivindicar a autoria, pois não podia determinar qual era sua própria contribuição.

    9- Em 1899, o Rito Escocês ergueu uma estátua de Pike em Washington. Noven-ta anos depois, ativistas dos direitos civis levantaram a velha acusação de Pike ter escrito os rituais da Ku Klux Klan e exigido que fosse removido. Sem evidências claras de suas acusa-ções, eles não tiveram sucesso.

    10- Os manifestantes derrubaram a estátua de Pike na capital do país e incendiaram-na no dia 19 de junho, dia que marca o fim da escravidão nos Estados Unidos.

    10 FATOS SOBRE O POLÊMICO MAÇOM ALBERT PIKE

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/12/10-fatos-sobre-o-polemico-macom-albert_29.html

  • Janeiro 2021O Malhete 21

    Estátua de Pike derrubada em Washington no dia 19 de junho

    Por Ir.'. Luciano Romoli

    A percepção que geralmente temos hoje da Maçonaria deriva de uma série de clichês que, na melhor das hipóteses, a retratam como uma estrutura cul-tural do século XVIII: complicada, um pouco bizarra e, em todo caso, desatualizada.

    Nada mais errado, aliás precisamente na complexa articulação do nosso tempo esta Instituição pode expressar melhor as suas peculiaridades, contribuindo para a formação de um pensamento livre, aberto e solidário.

    A Maçonaria é o lugar onde os homens de boa vontade, que pretendem trabalhar sobre si próprios, agem para descer às profundida-des desconhecidas do seu ser, a fim de desco-brir os seus recessos, corrigir a sua aspereza e valorizar as suas qualidades. A Instituição mostra o caminho, sugere métodos, propõe comportamentos, mas cada um realiza o seu trabalho sozinho, que o levará à consciência de si mesmo e do seu papel no mundo.

    É um processo lento mas constante, um questionamento contínuo para construir cer-tezas sobre a rejeição fundamentada de opi-niões erradas: “Visita interiora terrae rectifi-cando invenies occultum lapidem.”. É uma atividade realizada pela rejeição do dogma, pela sujeição de tudo, e de si mesmo em pri-meiro lugar, à análise da própria inteligência, porque dogmas, certezas preconcebidas, ver-dades apodíticas obscurecem a mente, nos impedem de separar o verdadeiro do falso, o direito do injusto.

    Homens assim, habituados a ler nas dobras mais íntimas da vida humana, atentos aos por-menores menos evidentes da vida que os rode-ia, com o olhar sempre voltado para os valo-res profundos do homem, a sua dignidade e a sua espiritualidade, homens assim, dissemos, por sua própria presença no mundo, por esta-rem operacionalmente envolvidos, represen-tam um recurso inestimável para a humanida-de. É neste sentido, contribuindo para a for-mação desses homens, que a Maçonaria tra-balha “pelo bem da Pátria e da humanidade”. Não é necessário, como pretendem alguns, que vá a campo diretamente, no campo soci-al, para eliminar desigualdades, corrigir injustiças e ajudar os mais fracos. Isso distor-ceria sua função, reduzindo a instituição a uma simples associação filantrópica, com objetivos muito mais limitados e geralmente próximos a conceitos políticos ou sectários.

    Mas as propostas que vêm da sociedade dos homens são parciais e diferem em relação aos diferentes pontos de vista; eles são, por-tanto, divisivos, contrastantes, desarmônicos e dificultam a objetividade da avaliação. E

    precisamente para evitar divisões e conflitos, e em todo caso respeitando as opiniões dos indivíduos, a Maçonaria, como lemos em um ritual maçônico, "colocou seu princípio fun-damental acima de todo partido político: a Maçonaria não trata de política ; acima de qualquer divergência religiosa, proclamava: a Maçonaria não lida com religião. " Além disso, a Instituição, ao excluir a política e a religião de suas discussões, pode permitir que seus seguidores formem suas próprias idéias a respeito, em plena liberdade de pensamen-tos e sentimentos.

    “Conheça a si mesmo e conhecerá o uni-verso e os deuses” estava escrito no frontão do templo de Apolo em Delfos; esse é o real objetivo da Instituição, pois com o conheci-mento de si é possível conhecer os outros, lendo suas características com suas próprias lentes, percebendo seus aspectos na própria interioridade. Os homens não são tão diferen-tes uns dos outros: são todos compostos dos mesmos vícios e das mesmas virtudes, mudam apenas as proporções, que então determinam as atitudes e o modo de ser. E aqui o maçom, lendo a si mesmo e seus víci-os, reconhece suas manifestações nos outros. Certamente é uma análise trabalhosa, que prossegue por um caminho que nunca terá fim, mas nesta atividade o maçom aprimora continuamente sua capacidade de penetrar idéias e conceitos, usando para esse fim não

    apenas sua própria racionalidade, mas tam-bém os recursos da intuição.

    Compreender não é apenas concatenar argumentos racionalmente, mas também vis-lumbrar o que escapa à razão. Não pode haver lógica racional sem as percepções da mente, assim como o instinto não pode ser suficiente quando o filtro da razão está faltando. Ao misturar sabiamente a intuição e a razão, é possível apreender a realidade em sua totali-dade; assim, é possível chegar à origem do próprio ser, das próprias forças e fraquezas, para compreender a nossa forma de conceber o meio envolvente, de experimentar as suas necessidades e dificuldades.

    Mas é precisamente isso que determina aquela autoconsciência que permite ao maçom mudar o mundo, porque lhe permite ler seus aspectos mais ocultos, interpretar suas tendências e compreender seu significa-do. Ele desenvolve, assim, um olhar mais atento, uma visão "mais longa", que lhe per-mite operar o melhor em diferentes situações.

    Hoje, mais do que nunca, o mundo precisa de homens e mulheres assim.

    (*) Ir.'. Luciano Romoli é Grão-Mestre da Grande Loja da Itália

    ATUALIDADES DA MAÇONARIA

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/12/atualidade-da-maconaria.html

  • Janeiro 2021 O Malhete22

    Por Mpswriterjoe

    A Maçonaria é cercada de intrigas. Na superfície, parece um clube de cavalheiros respeitável: uma fra-

    ternidade de rituais e ritos que se inspiram tanto nos pedreiros, quanto na história e textos cristãos e judaicos antigos. No entanto, devido ao sigilo, a organização tem mantido, uma série de conspirações se popularizou.

    Nos dias modernos, as histórias de Dan Brown combinam os mistérios da maço-naria com a história da Igreja Católica, em uma mistura convincente de ação e dedu-ção. No entanto, a história dessas duas grandes instituições já foi tema de uma das grandes piadas da história.

    Leo Taxil era obstinadamente anticató-lico. Nasceu em 1854 em Marselha, Fran-ça, e passou a juventude em um seminário jesuíta. Lá ele aprendeu os meandros do catolicismo, antes de decidir que a fé não era apenas errada, mas prejudicial à socie-dade em geral.

    Em uma série de livros obscenos e sar-cásticos, Taxil satiricamente notou as inconsistências e erros da Bíblia, bem como denunciou os líderes da Igreja por meio de denúncias que os descreviam como glutões hedonistas, cheios de feti-ches sexuais.

    Então, em 1885, Leo Taxil, um inimigo de longa data da Igreja, denunciou a totali-dade de sua obra e se converteu ao catoli-cismo. A Igreja o acolheu de braços aber-tos.

    Cinco curtos anos depois, ele foi mais uma vez recebido favoravelmente, ao publicar uma série de panfletos e livros

    declarando a adoração ao demônio na Maçonaria. Ele relatou que tinha as con-fissões de Diana Vaughan, que havia tes-temunhado o culto satânico 'Paladista'.

    Diana afirmou ter encontrado demôni-os encarnados, que apareciam com cauda ou como crocodilos tocando piano. Os praticantes deste culto conversaram tanto com Lúcifer quanto com seus depósitos de demônios.

    Por sua vez, Diana vira a luz ao pronun-ciar o nome de Joana d'Arc, que baniu os demônios de terror. Apesar das grandes proclamações, Diana nunca foi vista em público, mas, independentemente de sua ausência, os livros de Taxil foram um sucesso estrondoso. Tal era a crença em sua história, que Taxil foi convidado em 1887 para uma audiência com o Papa Leão XIII.

    No entanto, com o tempo, muitos come-çaram a duvidar da veracidade da histó-ria. Onde estava a prova, foi a pergunta? Onde estava Diana?

    Para amenizar as preocupações, Taxil afirmou que Diana se juntaria a ele duran-te uma palestra em 19 de abril de 1897. Quando o dia chegou, o salão estava lota-do, com muitos padres presentes. No entanto, para sua consternação, Diana não estava lá. Na verdade, revelou Taxil para o espanto da sala, ele a inventou. O nome dela ele tinha tirado de uma divertida secretária a seu serviço, mas o resto era uma invenção.

    Em detalhes devastadores, Taxil expôs a fraude. O culto paladista, os rituais satâni-cos e os demônios crocodilianos faziam parte da diversão. O diabo estava nos deta-lhes. A sala era uma profusão de risos e um mar de carrancas. Os católicos, compreen-sivelmente, receberam a notícia mal. A maioria, entretanto, considerava Taxil um

    gênio. Ele fechou:Disseram a você que o Paladismo seria

    derrubado hoje. Melhor ainda, está ani-quilado, não existe mais ... O paladismo morreu para sempre. Seu pai acabou de assassiná-lo.

    Do corredor fluía a multidão, absorven-do o que tinha ouvido. Católicos vocifera-vam, anticlericais gargalhavam, alguns cantavam canções anticatólicas cômicas. Taxil viveria mais uma década, sempre feliz em discutir suas travessuras tortuo-sas, com um sorriso diabólico. O resto, como dizem, é história.

    Fonte:https://blog.philosophicalsociety.org

    QUAL FOI A MENTIRA DE LEO TAXIL?

    Leo Taxil

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/11/qual-foi-mentira-de-leo-taxil.html

  • Janeiro 2021O Malhete 23

    Esta data significativa para nós não poderia passar em silêncio e é por isso que nos unimos idealmente para trocar um grande desejo de fertilida-de, prosperidade, serenidade.

    Ao mesmo tempo, somos levados a refletir, como é nosso costume, sobre o valor simbólico desta celebração.

    A fração de tempo que chamamos de ano nada mais é do que um reflexo do ciclo zodiacal que atravessa quatro esta-ções, dois solstícios e dois equinócios, para repetir a cada vez a mesma alternân-cia de morte e renascimento da Natureza visível.

    A etimologia lembra o anel, símbolo da circularidade que une dois pólos opostos, como na representação do ouroboros.

    Expressa, portanto, a esperança huma-na de um retorno eterno: o fim anuncia

    um novo começo e quando isso acontece, inevitavelmente, é uma celebração de gratidão porque um prodígio e um entusi-asmo esperados se renovam porque pro-jetos e expectativas se repetem.

    A tradição maçônica define este início em 1º de março para uma conexão evi-dente com o Ano Novo da Roma Antiga. De fato, naquele dia no Templo dedicado a Vesta, um novo começo foi celebrado, representado pela vivificação do fogo sagrado, apagado e reacendido com uma cerimônia solene. E é precisamente o sim-bolismo do fogo que liga o sentido do anti-go gesto ritual à escolha da Maçonaria, mais uma vez a guardiã dos valores per-didos.

    Março também anuncia o signo de Ári-es, o primeiro do ciclo zodiacal e porta-dor de um fogo vivificante, que evoca a força vital da divindade da qual tira o seu nome.

    Este período do ano é, portanto, propí-cio para o início contínuo do trabalho

    maçônico que, em imitação da estação da primavera, precisa de força para desper-tar recursos adormecidos e vigor cons-tante para trazê-los à maturidade.

    A pesada atmosfera que envolve o pla-neta devido à ameaça ao bem mais preci-oso, a saúde, demonstra a fragilidade da espécie humana, capaz de atingir picos elevados e ao mesmo tempo exposta a quedas repentinas que o tornam presa fácil de medos coletivos.

    Estamos bem cientes disso, mas cele-bramos mesmo assim porque o nosso Ano Novo é um acontecimento que não diz respeito às coisas do Mundo, diz res-peito ao domínio da Iniciação, cuja chama é reavivada neste dia como o fogo do templo de Vesta e brilha mais forte que primeiro, em perfeita harmonia com o presságio do despertar da Natureza ador-mecida.

    Feliz 2021

    ANO NOVO MAÇÔNICO ENTRE VÍRUS E TRADIÇÃO

    https://jornalomalheteoline.blogspot.com/2020/12/ano-novo-maconico-entre-virus-e-tradicao.html

  • Janeiro 2021 O Malhete24

    Em breve inauguraremos o Bortot Day Hospital, o novo empreendimento médico com a qualidade Bortot que você já conhece, em um espaço total-mente novo e estruturado para para melhor aten-dê-los.