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INFORMATIVO 26-28 de maio de 2014 Centro de Convenções - Estudio 5, Manaus GESTÃO SUSTENTÁVEL DE RESÍDUOS E EFLUENTES

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INFORMATIVO

26-28 de maio de 2014 Centro de Convenções - Estudio 5, Manaus

GESTÃO SUSTENTÁVEL DE RESÍDUOS E EFLUENTES

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INTRODUÇÃO Este documento aborda o eixo temático Gestão Sustentável de Resíduos e Efluentes, mostrando um resumo informativo sobre as demandas por tecnologias inovadoras pelos municípios do Amazonas, com base na nova lei de resíduos (Lei 12.305/2010). Também apresenta as demandas por tecnologias no contexto do Polo Industrial, Polo Naval, Mineral e Logístico do Amazonas. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

a) A Política Nacional de Resíduos Sólidos Brasileira – PNRS (Lei 12.305/2010), é a mais atualizada até o momento (2014).

Ela dispõe sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem

como as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo os perigosos, define as responsabilidades dos geradores e do Poder Público e, ainda cria obrigações a Estados e Municípios.

A Lei está baseada no conceito de responsabilidade compartilhada, em que a sociedade como um todo – cidadãos, governos, setor privado e sociedade civil organizada – passou a ser responsável pela gestão ambientalmente correta dos resíduos sólidos. A PNRS altera a Lei no 9.605/1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. A tabela abaixo mostra o que muda nesta nova legislação brasileira:

ANTES DA LEI DEPOIS DA LEI

Falta de prioridade para o lixo urbano Plano de metas sobre resíduos com catadores

Existência de lixões na maioria dos municípios

Erradicação de lixões até agosto/2014

Resíduos orgânicos sem aproveitamento Municípios passam a fazer compostagem orgânica

Coleta seletiva cara e ineficiente Controle de custos e qualidade de serviços

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PRINCIPAIS DESAFIOS DA LEI 12.305/2010

PO

DER

BLI

CO

Mais coleta seletiva

Mais resíduos tratados de forma mais criteriosa e responsável

Menos lixões

MU

NIC

ÍPIO

S

Erradicação de lixões até agosto/2014

Implantação de coleta seletiva de lixo reciclável nas residências, com respectiva educação ambiental

Compostagem orgânica dos resíduos

Elaboração do Plano de Resíduos sólidos até agosto/2012. A maioria dos municípios não conseguiu fazer isso.

CA

TAD

OR

ES

Mobilizar catadores

Aparelhar cooperativas para tratar resíduos

EMP

RES

AS Implementar sistemas de logística reversa com mecanismos

econômicos e financeiros adequados as suas necessidades

Criar produtos e embalagens mais recicláveis

Permitir o acompanhamento do ciclo de vida do produto, desde sua fabricação até seu destino final

Para os municípios que possuem o Plano de Resíduos, seu principal benefício é a prioridade de fontes financeiras para aplicar nos municípios, sejam de empresas ou governamentais.

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A tabela abaixo mostra o que muda nesta nova legislação brasileira para as EMPRESAS:

ANTES DA LEI DEPOIS DA LEI

Inexistência da Lei quanto a resíduos para empresas, principalmente em

relação a logística reversa, ou seja, a empresa cria o produto, vende e não se

importa mais com isso.

Marco legal que estimula ações empresariais

Falta de incentivos financeiros Novos produtos financeiros para

estimular a reciclagem

Baixo retorno de produtos eletroeletrônicos após consumo.

Mais produtos retornarão a indústria, ou seja, reduzindo o descarte e pressão nos

aterros

Desperdício econômico sem a reciclagem.

Aumento da geração de emprego e renda com a inserção de cooperativas e

catadores.

Treinamento e qualificação dos

trabalhadores

Pri

nci

pai

s R

esp

on

sab

ilid

ade

s d

os

Ger

ado

res

e d

o P

od

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úb

lico

Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes têm responsabilidade de: 1 - Investir no desenvolvimento, na fabricação e na colocação no mercado de produtos que sejam aptos à reutilização, à reciclagem ou a outra forma de destinação ambientalmente adequada; e cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade de resíduos sólidos possível. 2 - Recolher os produtos e resíduos remanescentes após o uso, assim como sua subsequente destinação final ambientalmente adequada, no caso de produtos objeto de sistema de logística reversa. 3 - Estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos. 4 – Fabricar as embalagens com materiais que propiciem a reutilização ou a reciclagem.

Ministério do Meio Ambiente (MMA) Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão dos Resíduos (SNIR): Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) http://www.sinir.gov.br/web/guest/plano-nacional-de-residuos-solidos Acessado em: 20/03/2014 Ministério da Cidades

Plano Nacional de Saneamento Básico http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNSA/Arquivos_PDF/plansab_06-12-2013.pdf

Diagnóstico dos serviços de Água e esgoto http://www.snis.gov.br/PaginaCarrega.php?EWRErterterTERTer=6 Acessado em: 20/03/2014 SUFRAMA (Perfil das Empresas do Polo Industria de Manaus) http://www.suframa.gov.br/zfm_ind_perfil.cfm Acessado em: 20/03/2014 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Análise das Diversas Tecnologias de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos no Brasil, Europa, Estados Unidos e Japão (Dez/2013). http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro/Apoio_a_estudos_e_pesquisas/BNDES_FEP/pesquisa_cientifica/residuos_solidos.html Também encontrado em: http://www.tecnologiaresiduos.com.br/secao/publicacao/ Acessado em: 20/03/2014 Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS)

Anais/Encarte Tecnico-Científico do Workshop Internacional Sobre Gerenciamento de Resíduos Sólidos (2013).

Plano Diretor de Resíduos Sólidos de Manaus (2011).

Plano Municipal de Saneamento Básico (Versão preliminar, 2012): Itacoatiara, Manacapuru, Parintins.

Primeira Feira de Produtos e Serviços de Resíduos Sólidos do Amazonas (2013): Portfolio de Empresas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – Lei 12.305/2010 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm Acessado em: 12/03/2014 Vídeos:

PNRS - TV Camara: http://www.youtube.com/watch?v=ZbmiJ_WS6T4

Cidades e Soluções (Globo News) PARTE 1: http://www.youtube.com/watch?v=MlJKhalr2QI PARTE 2: http://www.youtube.com/watch?v=Quts4jtrpTk PARTE 3: http://www.youtube.com/watch?v=Gy3N3Q6ySgE

Acessado em: 12/03/2014 Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) http://cidades.ibge.gov.br/xtras/uf.php?lang=&coduf=13&search=amazonas Acessado em: 18/03/2014 100 MAIORES PIB BRASILEIROS http://economia.terra.com.br/infograficos/pib/ Acessado em: 18/03/2014 BIBLIOTECA DO AMAZONAS http://www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/municipios/ Acessado em: 19/03/2014 Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) – Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA)

Estudo para o Desenvolvimento de uma solução Integrada relativa à gestão de Resíduos industriais No pólo industrial De Manaus (Relatório Final, Principal), Ago/2010.

Inventário Anual de Resíduos Sólidos Industriais 2012 http://www.suframa.gov.br/suframa_publicacoes_jica.cfm Acessado em: 19/03/2014

As principais características desta nova legislação são:

OBJETIVOS DA LEI INSTRUMENTOS PARA ALCANÇAR OS

OBJETIVOS

Adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas

como forma de minimizar impactos ambientais.

Os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos.

Incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de

matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados.

A coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à

implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos

produtos.

Regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de

limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de

mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos

custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade

operacional e financeira.

A cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o

desenvolvimento de pesquisas de novos produtos, métodos, processos e tecnologias

de gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e disposição final

ambientalmente adequada de rejeitos.

Prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:

a) produtos reciclados e recicláveis; e b) bens, serviços e obras que

considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e

ambientalmente sustentáveis.

Os incentivos fiscais, financeiros e creditícios.

Integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade

compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

O Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico.

Incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e

empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao

reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o

aproveitamento energético.

Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR).

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b) O Plano Nacional de Saneamento Básico – PNSB foi aprovado e publicado no

Diário Oficial da União (DOU) em dezembro de 2013, e sua base encontra-se na Lei 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico (PFSB).

Em 2013 foi criada a Lei 12.862, que altera a Lei no 11.445/2007, com o objetivo de incentivar a economia no consumo de água. Assim, os principais objetivos e diretrizes da PFSB para as Empresas são:

Fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, a adoção de tecnologias apropriadas e a difusão dos conhecimentos gerados de interesse para o saneamento básico;

Estimular o desenvolvimento e aperfeiçoamento de equipamentos e métodos economizadores de água; e

Incentivar a adoção de equipamentos sanitários que contribuam para a redução do consumo de água.

Segundo o PNSB, tem-se os seguintes dados:

META PRAZOS INVESTIMENTOS

Atendimento por abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, destinação final dos Resíduos Sólidos Urbanos e a implantação e

manutenção da drenagem urbana.

2014 – 2018 2018 – 2023 2023 – 2033

R$ 508,4 bilhões

CONCLUSÃO Este informativo mostrou a demanda tecnológica nos municípios do Amazonas, com base na nova lei de resíduos (Lei 12.305/2010), no Plano Nacional de Saneamento Básico (Lei 11.445/2007, atualizado em 2013) e outros documentos, conforme apresentado na lista de referências bibliográficas. As investigações mostraram que a maioria dos municípios deste Estado encontram-se em fase de alinhamento com as legislações ambientais brasileiras, gerando oportunidades para Empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) participarem do processo de construção e desenvolvimento de tecnologias apropriadas para cada município.

Nos documentos avaliados e descritos nos textos deste informativo, identificam-se os principais fatores favoráveis às Empresas e ICTs: i) O volume de recursos financeiros disponíveis para aplicar na área de resíduos e efluentes; ii) Os instrumentos para alcançar os objetivos da legislação; iii) Os incentivos fiscais; iv) Objetivos e prazos para implantar tecnologias, reduzir a quantidade de resíduos desperdiçados e aumentar a quantidade de emprego e renda da população; v) O planejamento para dotar novas tecnologias; vi) O Fomento para o desenvolvimento científico e tecnológico com adoção de tecnologias apropriadas para o saneamento básico.

Também foram descritas as principais demandas no contexto do Polo Industrial, Naval, Mineral e Logístico do Amazonas.

Desta forma, conclui-se que existem bases fundamentadas na legislação Nacional, Estadual e Municipal, Plano Diretor de Resíduos e de Saneamento, ambos recentes (2007, 2010 e 2013), bem como estudos e artigos voltados especificamente para o desenvolvimento de novas tecnologias, implantação e tratamento de resíduos e efluentes no Amazonas. Porém, em todos os municípios do Amazonas, existem carências tecnológicas, demonstrando oportunidades para Empresas e ICTs realizarem parcerias, implantarem tecnologias e tornarem-se referência no Estado.

Finalmente, observam-se que existem muitas ações a serem desenvolvidas, entre elas, a definição de tecnologias adequadas aos grandes e pequenos municípios isolados, com baixa arrecadação, alto índice pluviométrico e extensas áreas de várzea.

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Polo Logistico

Um dos maiores desafios do estado do Amazonas é a logística de acesso e distribuição de cargas, sejam por vias aéreas, fluviais ou terrestres. Neste contexto, e para realizar as atividades com o menor tempo possível e trabalhar com prazos mais curtos de entregas de materiais, deve-se proporcionar infra-estrutura necessária ao desenvolvimento de projetos voltados aos setores industrial, comercial e agropecuário, propiciando a consolidação e fortalecimento do Pólo Industrial de Manaus – PIM, além de induzir à interiorização do desenvolvimento na Amazônia Ocidental. Assim, a tabela abaixo mostra suas principais demandas tecnológicas:

DEM

AN

DA

TEC

NO

LÓG

ICA

Alternativas tecnológicas para transporte de cargas de pequeno, médio e grande porte (dirigíveis); Alternativas para suprir a cadeia de suprimentos de insumos; Infraestruturas inovadoras e adaptadas a Amazônia; Novos

mecanismos de uso das hidrovias; Tecnologias para implantação, ampliação e conservação da infraestrutura rural do Distrito Agropecuário.

PERFIL DO AMAZONAS

O Estado do Amazonas está localizado no coração da floresta amazônica, possui 62 municípios, sua capital é Manaus (fundada em 1669), possui o 6º maior PIB do Brasil, segundo dados do IBGE 2011, e é considerado o principal centro financeiro, corporativo e econômico da Região Norte do Brasil.

A tabela abaixo mostra um resumo estatístico dos 10 maiores municípios do Amazonas, com base na quantidade de habitantes.

Municípios Habitantes

(2010) Habitantes

(estimativa 2013) Área (km²) PIB 2013 (R$)

Manaus 1.802.014 1.982.177 11.401,09 51.025.146.000,00

Parintins 102.033 109.225 5.952,39 667.854.000,00

Itacoatiara 86.839 94.278 8.892,04 1.037.321.000,00

Manacapuru 85.141 91.795 7.330,08 843.972.000,00

Coari 75.965 81.325 57.921,91 2.251.222.000,00

Tefé 61.453 62.885 23.704,48 623.698.000,00

Tabatinga 52.272 58.314 3.224,88 263.429.000,00

Maués 52.236 57.663 39.989,89 352.514.000,00

Manicoré 47.017 51.331 48.282,66 409.917.000,00

Humaitá 44.227 49.137 33.071,79 288.177.000,00

PLANEJAMENTOS MUNICIPAIS PARA GESTÃO DE RESIDUOS E EFLUENTES

Os planejamentos Municipais do Estado do Amazonas encontram-se em processo de aprovação pelos órgãos competentes, e alguns dos arquivos investigados são versões preliminares ainda, mas que, provavelmente, devem ser aprovados e divulgados no Diário Oficial da União (DOU).

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Até março de 2014, somente Manaus possui este tipo de planejamento aprovado e divulgado no DOU, descrito em seu Plano Diretor de Resíduos, mas ainda sem o Plano Municipal de Saneamento Básico. Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 13 municípios do Amazonas concluíram o Plano Municipal de Saneamento Básico: Amaturá, Apuí, Atalaia do Norte, Autazes, Boca do Acre, Guajará, Uarini, Maués, Santa Izabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença e Urucará. Ressalta-se que até dezembro de 2013, dos 62 municípios do Amazonas, 58 entregaram o Plano Municipal Integrado de Resíduos Sólidos, baseado na Portaria FUNASA 453/2012, que estabelece os critérios e os procedimentos básicos para aplicação de recursos orçamentários e financeiros, do programa de Resíduos Sólidos Urbanos. A tabela abaixo mostra o Planejamento para adotar novas tecnologias aplicadas a Resíduos de Manaus:

PLA

NEJ

AM

ENTO

PA

RA

AD

ÃO

DE

NO

VA

S TE

CN

OLO

GIA

S

CARACTERÍSTICAS A SEREM AVALIADAS

Propriedade Físicas

Massa específica.

Teor de umidade.

Tamanho das partículas ou granulometria.

Propriedades Químicas

Análise de proximidade.

Ponto de fusão de cinzas.

Análise fundamental (elemento maior).

Contenção de energia. Propriedades Biológicas

Biodegradabilidade de componentes orgânicos.

Produção de odores. Propriedades dos Resíduos Perigosos

Propriedades relacionadas a segurança: Explosividade; Inflamabilidade; Corrosividade; Reatividade.

Propriedades relacionadas à saúde e ao meio ambiente: Toxicidade (aguda e crônica); Irritante (à pele e aos olhos); Sensibilizantes (responsável por alergias); Carcinogênicos; Mutagênicos; Teratogênicos; Infectantes; Ecotóxicos.

Diante do exposto, a tabela abaixo mostra suas demandas tecnológicas:

DEM

AN

DA

TEC

NO

LÓG

ICA

Tratamento de óleos; Combustiveis; Novos materiais para fabricação; Tecnologias para estações compactas de tratamento de resíduos;

Tratamento térmico; Pinturas; Mecanização; Usinagem e soldagem; Sistematização de montagem; Tratamento de efluentes; Compactação e

cortes de chapas de aço; Técnicas de desenvolvimento de portos.

Polo Mineral

A extração mineral continua se expandindo no Amazonas, e os produtos mais importantes são: bauxita, ferro, sal-gema, manganês, linhita, ouro e cassiterita, nos municípios de Presidente Figueiredo e Novo Aripuanã, diamantes, níquel, cobre, calcário, gipsita, chumbo, caulim e estanho. A extração de petróleo e gás ocorre no campo de Urucu, em Coari, com processamento e distribuição a partir da REMAN – Refinaria de Manaus. A partir disto, a tabela abaixo mostra suas demandas tecnológicas:

DEM

AN

DA

TEC

NO

LÓG

ICA

Tecnologias para perfurações; Caracterização de amostras in loco; Tratamento de efluentes; Transporte pneumático; Transporte de

particulados (via úmida e seca); Técnicas de transporte de equipamentos em áreas remotas.

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TRATAMENTO

Tecnologias para incineração e queima a céu aberto; Oxidação de cianetos; Encapsulamento/fixação química ou solidificação; Oxidação química; Precipitação; Detoxificação; Neutralização; Adsorção; Tratamento biológico; Compostagem; Secagem; Landfarming (preparo do solo); Plasma térmico.

DISPOSIÇÃO FINAL

Tecnologias contra infiltração no solo; Aterro municipal; Aterro industrial próprio; Lixão municipal; Lixão particular e Rede de esgoto.

Polo Naval

O plano do Polo Naval de Manaus, complexo de portos e estaleiros às margens do rio Amazonas, está em elaboração desde o início de 2012 e visa instalar até 2030 um complexo anexo à zona franca. O objetivo, segundo o sindicato da indústria da construção naval do Estado, é usar uma área de quase 40 km² para gerar 11 mil empregos e movimentar R$ 20 bilhões ao ano. O setor naval no Amazonas emprega 2.000 pessoas, tem 37 estaleiros de pequeno porte e frota de 50 mil barcos. Nos EUA, em Albuquerque, já mantiveram relacionamentos com diversas empresas, destacando-se os executivos da Altela, empresa de inovação e soluções sustentáveis; e Ewing Group, especializado em investimentos em infraestrutura em vários países do mundo e com acesso a fundos de investimento do Governo Americano.

Para cada uma das necessidades e propriedades existentes, um método específico deverá ser recomendado, principalmente quando se tratar de resíduo em aterro sanitário, podendo existir processos de incineração ou tratamento térmico, transporte e valorização dos resíduos. As diversas características aplicáveis deverão ser investigadas, implicando diretamente a escolha dos testes e ensaios de identificação, além de prever eventuais influências dos parâmetros sobre o procedimento adotado na investigação. Entre os objetivos do Plano Diretor Municipal de Resíduos de Manaus, destaca-se:

Fomentar a reutilização, a recuperação, a reciclagem e a valorização dos resíduos.

DEMANDAS TECNOLÓGICAS Segundo a Lei 12.305/2010, as principais demandas tecnológicas em nível nacional para as Empresas são: No Estado do Amazonas, ainda não foram desenvolvidas rotas tecnológicas apropriadas para a coleta e tratamento de resíduos sólidos urbanos. As tecnologias empregadas são simples e bem conhecidas da engenharia nacional. São operações de coleta misturada ou segregada, tratamento, compostagem e comercialização de algumas frações, além do aterramento. Uma operação diferenciada e de maior nível técnico é o projeto de aterro de Manaus, com a transformação da operação de lixão para operação de aterro sanitário, com as estruturas e procedimentos de proteção ambiental, coleta e tratamento do gás gerado no aterro, compostagem e educação ambiental.

Tecnologias para aplicar menor

pressão nos aterros sanitários

Novas tecnologias para maior absorção dos materiais separados do lixo

Propiciar

geração de

emprego e

renda

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O Estado não possui nenhuma operação de coleta com maior grau de diferenciação tecnológica. Nos municípios do interior, usa-se predominante caminhões com caçambas basculantes de 6 e 8 m3. Algumas cidades empregam coletores compactadores de até 12 m3. Em Manaus, a coleta é realizada com equipamentos compactadores de 17 m3. As unidades de triagem existentes no Estado pertencem aos grupos organizados de catadores. Estas não possuem estruturas de linha de produção. O material é segregado manualmente e armazenado em big-bags ou empilhado para ser prensado em fardos. As unidades possuem áreas cobertas de diversos tipos e tamanhos, não havendo uma planta projetada especificamente para este fim. A compostagem ainda é pouco presente, e quando feita é realizada através do processo convencional de leiras reviradas. Os lixões ainda representam o maior número de unidades de destinação final. Não há plantas de aproveitamento energético por meio da incineração ou digestão anaeróbia implantadas. As cidades maiores tendem a utilizar os aterros sanitários de grande porte, como tecnologia adequada para o tratamento e disposição final dos resíduos e a contratação de empresas terceirizadas para a construção e operação desses empreendimentos. Existe uma experiência de obtenção de Certificado de Emissões Reduzidas estabelecidas pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) por meio da coleta e queima controlada do biogás do aterro municipal de Manaus. No entanto, o aterro não dispõe de tecnologia para o aproveitamento energético do biogás.

Polo Insdustrial

As necessidades por tecnologias tem foco no Polo Industrial de Manaus (PIM), composto por mais de 500 indústrias, em diversos ramos de atividades como, por exemplo, alimentos e bebidas, eletrônica, mecânica, plásticos e borracha, entre outras. A quantidade de resíduo industrial do PIM destinado a reciclagem é estimado em 47%. De acordo com os dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus, tem-se um cadastro de 440 fábricas distribuídas no Polo Industrial de Manaus (PIM). Um estudo realizado em cooperação com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), levantou o inventário de resíduos industriais do PIM, identificando oportunidades para Empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs). Destas fábricas, tem-se as seguintes demandas tecnológicas e/ou melhorias de processos por tipo de resíduo, demonstradas na tabela abaixo:

TIPO DE RESÍDUO DEMANDA TECNOLÓGICA

RECICLAGEM

Tecnologias para forno industrial (exceto de cimento); Caldeiras Industriais; Coprocessamento em fornos de cimento; Formulação de “blend” (mistura) de resíduos; Pneus inservíveis; Formulação em micronutrientes; Incorporação em saco agrícola; Fertirrigação; Desenvolvimento de ração animal; Tecnologias para reprocessamento de solventes; Refino de óleo; Reprocessamento de óleo; Reutilização/reciclagem/recuperação interna de metais, outras formas de utilização/reciclagem/recuperação.

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