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Informação e Violência Apresentação: Carlos Alberto Avancini de Almeida Coordenadoria de Informação e Informática CII/DGDO/SMS

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Informação e Violência

Apresentação: Carlos Alberto Avancini de AlmeidaCoordenadoria de Informação e Informática

CII/DGDO/SMS

O que é violência?

“Violência é o uso intencional da força física ou do poder, real ou emameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupoou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de

resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência dedesenvolvimento ou privação (Krug et al, 2002, p.5).

Violência contra criança e adolescente

Quaisquer atos ou omissões dos pais, parentes, responsáveis, instituições e, em última instância, da sociedade em geral, que redundam em dano físico, emocional, sexual e moral às vítimas (Brasil, 2001).

Relatório Mundial da OMS sobre a Violência e Saúde - 2002

• Violência auto infligida (auto provocada):Tentativas de suicídio, suicídio, autoflagelação, autopunição, automutilação.

• Violência interpessoal: Intrafamiliar e comunitária. A violência comunitária também é denominada de violência urbana.

• Violência intrafamiliar: Ocorre entre os membros da própria família, entre pessoas que têm grau de parentesco, ou entre pessoas que possuem vínculos afetivos. Também denominada de violência doméstica por alguns teóricos, embora outros estudiosos desse tema façam uma distinção entre a violência doméstica e a violência intrafamiliar.

• Violência coletiva: Presente nos âmbitos sociais, políticos e econômicos, caracterizada pela subjugação/dominação de grupos e do estado.

• Violência estrutural: Ocorre em diferentes formas onde há manutenção das desigualdades sociais, econômicas, culturais, de gênero, etárias, étnicas. É a violência que mantém a miséria de uma determinada população.

Tipologia da Violência

Tipologia da Violência

A pesquisadora Cecília Minayo afirma: “Por ser um fenômeno sócio-histórico, a violência não é, em si, uma questão de Saúde Pública e nem um problema médico típico. Mas ela afeta fortemente a saúde:

• provoca morte, lesões e traumas físicos e um sem número de agravos mentais, emocionais e espirituais;

• diminui a qualidade de vida das pessoas e das coletividades;• exige uma readequação da organização tradicional dos serviços de

saúde;• coloca novos problemas para o atendimento médico preventivo ou

curativo; e• evidencia a necessidade de uma atuação muito mais específica,

interdisciplinar, multiprofissional, intersetorial e engajada do setor, visando às necessidades dos cidadãos” (Minayo, 2006).

Por que a violência tornou-se um problema de Saúde Pública?

As violências representam a 3ª causa de morte na população geral; entretanto,são as principais responsáveis pela morte dos brasileiros de 1 até 39 anos de idade.

Em 2006, registrou-se um total de 48.424 homicídios e 33.602 óbitosprovocados pelo trânsito.

A maioria dos homicídios concentra-se na faixa etária de 15 a 29 anos,com grande impacto sobre a saúde, diminuição da qualidade e da expectativade vida de adolescentes, jovens e adultos jovens. Esta situação é vivenciadaem nosso dia-a-dia, nos casos mais cruéis e bárbaros estampadosnos veículos de comunicação.

A maioria das vítimas da violência urbana (homicídios e mortes provocadaspelo trânsito) são homens, jovens, da raça negra, com pouca ounenhuma escolaridade e baixo nível socioeconômico.

Mortes por violências – a magnitude do problema

Informação e violência

Mapa 2 – Distribuição espacial dos acidentes de trânsito fatais não rodoviários. Campinas, 2006-2007.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Sul

Sudoeste

Norte

Noroeste

Leste

FIG1 PRINCIPAIS GRUPOS DE CAUSAS DE ÓBITO SEGUNDO

DISTRITOS DE SAÚDE. CAMPINAS 2000.

020406080

100120140160180200220240260

0 - 4 5. - 14 15 - 24 25 - 34 35 - 44 45 - 54 55 - 64 65 - 74 75 e +

0

5

10

15

20

25

0 - 4 5. - 14 15 - 24 25 - 34 35 - 44 45 - 54 55 - 64 65 - 74 75 e +

96 - 98 99 - 01

Fig 02 - HOMICIDIO SEGUNDO SEXO E FAIXA ETÁRIA.

CAMPINAS 96 - 98 E 99 - 01.

D Aparelho CirculatórioNeoplasiasD. Aparelho RespiratórioD. Aparelho Digestivo

Causas ExternasD. Infecto Parasitárias Demais Causas

Masc.

Fem.‘Boletim30’

“Boletim 31”

20%

19%

13%11%

7%4%

26%

66%

12%

8%

5%4%

5%

25%

8%

8%

59%

52%

15%

15%

10%

5% 3%

Figura 4 – Distribuição de subgrupos de causas externas segundo faixa etária e sexo.

Campinas, 2004-2006.

Homens (54) Mulheres (12)<15 anos

15-24 anosHomens (376) Mulheres (40)

QuedaSuicídioDemais

Acid. Trânsito Ocup. VeículoAcid. Trânsito Moto

Acid. Trânsito BicicletaHomicídioAtropelamento

Afogamento

“Boletim 39”

Figura 8 – Coeficientes de mortalidade por causas externas* segundo áreas de abrangência dos Centros de Saúde. Campinas, 2006.

Taxa Taxa01- CS Conceicao 54,2 24- CS DIC III/S Antonio 50,402- CS V Rica 64,9 25- CS Eulina 38,703- CS O Maia 61,4 26- CS F Lima 41,404- CS C Silva 42,3 27- CS Aurelia 38,505- CS Perseu 77,8 28- CS S Odila 54,206- CS S Monica 117,2 29- CS Taquaral 34,407- CS Integracao 39,1 30- CS B Geraldo 36,508- CS U Bairros 48,2 31- CS Anchieta 75,709- CS Esmeraldina 68,6 32- CS Sousas 32,510- CS S Lucia/V Uniao 72,1 33- CS J Egideo 22,811- CS Figueira 35,7 34- CS P Aquino 54,912- CS S Quirino 82,1 35- CS Ipaussurama 59,913- CS Aeroporto 61,7 36- CS S Marcos/C Raposo 106,314- CS B Vista 63,4 37- CS S Cristovao 56,015- CS T Neves 42,3 38- CS Centro 27,616- CS S Jose 49,7 39- CS Ipe 44,917- CS S Vicente 58,2 40- CS Paranapanema 38,218- CS V Alegre 73,9 41- CS Itatinga 143,619- CS Valenca 53,8 42- CS Floresta 94,820- CS Capivari 65,6 43- CS S Domingos 91,821- CS 31 de Marco 38,4 44- CS S Barbara 56,622- CS Florence 76,7 47- CS C Moura 73,323- CS DIC I 62,7 48- CS Itajai 45,3

Centro de Saúde Centro de Saúde

“Boletim 39”

Residência da vítima Local da agressão

835 mortes: 490 (03) e 345 (04)7 na zona rural38% geocodificados com GPS- 9 óbitos excluídos

939 mortes: 537 (03) e 402 (04)23 na zona rural52% geocodificados com GPS- 28 óbitos excluídos

Diferenciais de mortalidade segundo padrões de localização.Homicídios segundo residência e local da agressão, 2003- 2004.

Residência da vítima Local da agressão

Diferenciais de mortalidade segundo padrões de localização.

Densidade de homicídios, 2003- 2004.

Os números de mortes por causas violentas no Brasil revelam apenasparte do problema.

Apesar dos números alarmantes e dos indícios de umasituação “epidêmica” das mortes violentas, desconhecemos a verdadeiramagnitude do problema.

A violência doméstica e sexual, os maus tratos que vitimam diariamentecrianças, adolescentes, mulheres e pessoas idosas, e outras formas de violência, a exemplo da exploração do trabalho infantil e do trabalho escravo, do tráfico de pessoas, da violência no ambiente de trabalho, da tortura e outras, ainda não são dimensionadas em sua real magnitude e gravidade.

Revelando a violência doméstica e outras formas de violências

Campinas, sábado, 14 de maio de 2005 Diário Oficial Município págs 5 e 6

RESOLUÇÃO Nº 009/2005

CMDCA Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente

2009

O SISNOV é um sistema eletrônico, integrado, intersetorial e interinstitucional, de notificação de casos de violência, em Campinas, S.P.

Foi implantado no segundo semestre de 2005

Alinhado ao SINAN/MS - 2009

O que é o SISNOV/SINAN

Objetivos:

“Contribuir para interromper o ciclo das violências”

• Registrar dados por meio eletrônico

• Gerar informações e indicadores

• Apoiar o desenvolvimento de políticas específicas que reduzam os

riscos e danos associados às violências

Enfrentamento às violências contra crianças e adolescentes

Acolhimento

Identificação do caso :Suspeito ou Confirmado

Encaminhamento

Denúncia

Atendi-mento

Notifi-cação

Banco de dados

Seguimento da Rede de Saúde e de Proteção

SocialRedes - Fluxos

Conselhos Tutelares

Enfrentamento às violências Sistema de Informação

Cuidado:AcolhimentoAtendimentoSeguimento

Prevenção

Notificação:

Registro qualificadode dados

Indivíduo

Família

Coletivo

Instrumento do planejamento