informa - arquivonacional.gov.br acan 12.pdf · a c a n informa informativo da associaÇÃo...

12
A C A N Informa INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO CULTURAL DO ARQUIVO NACIONAL FUNDADA EM 2 DE DEZEMBRO DE 1987 ANO 4 � Nº 12 � 2010 As cerimônias de posse promovidas pela ACAN sempre encantam os novos associados, seus respectivos paraninfos e ilustres convidados. As imagens projetadas, durante estes eventos, expõem as etapas de restauração do prédio neoclássico onde funcionou a Casa da Moeda do Brasil e que hoje abriga o Arquivo Nacional. Novos Associados 1. O pesquisador Ricardo Cravo Albin e seu paraninfo, o Diretor Geral do Arquivo Nacional - Prof. Jaime Antunes da Silva 2. Dr. Ari de Matos Cardoso, Secretário do Ministério da Defesa, homenageado pelos seus paraninfos: Presidente Licio de Araújo e Ex-Ministro Rubens Bayma Denys 3. O ilustre ex-presidente da ACAN, Dr. Airton Young – saudoso amigo e colaborador –, foi o paraninfo da Profª Malvina Tânia Tuttman, Reitora da UNIRIO NESTA EDIÇÃO 1 2 3 Tiradentes | Faculdade Nacional de Direito | Revolta da Vacina Força Aérea Brasileira | Marechal Rondon

Upload: lykien

Post on 17-Aug-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

A C A N InformaINFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO CULTURAL DO ARQUIVO NACIONAL FUNDADA EM 2 DE DEZEMBRO DE 1987 ANO 4 � Nº 12 � 2010

As cerimônias de posse promovidas pela ACAN sempre encantam os novos associados, seus respectivos paraninfos e ilustres convidados. As imagens projetadas, durante estes eventos,

expõem as etapas de restauração do prédio neoclássico onde funcionou a Casa da Moeda do Brasil e que hoje abriga o Arquivo Nacional.

Novos Associados

1. O pesquisador Ricardo Cravo Albin e seu paraninfo, o Diretor Geral do Arquivo Nacional - Prof. Jaime Antunes da Silva2. Dr. Ari de Matos Cardoso, Secretário do Ministério da Defesa, homenageado pelos seus paraninfos: Presidente Licio de Araújo

e Ex-Ministro Rubens Bayma Denys3. O ilustre ex-presidente da ACAN, Dr. Airton Young – saudoso amigo e colaborador –, foi o paraninfo da Profª Malvina Tânia Tuttman,

Reitora da UNIRIO

NestA edição

1 2 3

tiradentes | Faculdade Nacional de direito | Revolta da Vacina Força Aérea Brasileira | Marechal Rondon

2 A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

Diretoria ACAN Diretoria Executiva Presidente: Licio Ramos de Araújo Diretor Administrativo Financeiro: José Gomes de Almeida Netto Diretor Técnico-Operacional: Charley Fayal de Lyra Junior Diretor Cultural: Fernando João Abelha Salles Diretor de Eventos: José Carlos Pereira da Silva Diretora de Planejamento: Jeannette Garcia

Conselho Fiscal Presidente: Wanderley Pinto de Medeiros Vice-Presidente: Marijane Vasconcelos Tavares Membros: Geraldo Rezende Ciribelli Gilson Neder Cunha Isaldo Vieira de Mello José Elias Jacob Aloan

Conselho Deliberativo Presidente: Licio Ramos de Araújo Vice-Presidente: Oscar Boechat Filho Membros: Antonio Romano Soares Charley Fayal de Lyra Junior Nelson Mufarrej Filho Waldemar Ferreira da Silva

Conselho Consultivo Presidente: Mauro José de Miranda Gandra Vice-Presidente: Rui Barreto Membros: Alfredo Sebastião Seixas Antônio José F. Carvalho Arethuza Aguiar Bryan Michael Neele Eduardo Lessa Bastos Fernando Nascimento Flávio Anibal Ramazzini Francisco Horta Haroldo Bezerra da Cunha Jorge Moreira Andrade José Carlos Schmidt Murta Ribeiro José Lisboa Gama Malcher José Santa Cruz Luiz Carlos de Souza Marcilio Marques Moreira Marco Pólo Moreira Leite Mário Veiga de Almeida Filho Olavo Monteiro de Carvalho Osni Wesley de Oliveira Paulo Henrique da Cruz Paulo Santos Pedro Luiz de Araujo Braga Sylvio Capanema de Souza Vicente Luiz Barbosa Marotta

Assessor Jurídico Des. Antônio Izaías da Costa Abreu

Conselho de Notáveis constituído por ex-Presidentes

Celina Vargas do Amaral Peixoto Israel Klabin Rosina Iannibelli de Almeida Cândido Guinle de Paula Machado Teophilo de Azeredo Santos Renato B. Archer da Silva Airton Young Hermano Lomba Santoro Rubens Bayma Denys

Informa: publicação editada pela ACAN Jornalista Responsável: Fernando João Abelha Salles - Mtb 11.774Projeto Editorial: Jeannette Garcia Projeto Gráfico: Luiz Guimarães Editoração: Letra Capital Editora

Fotógrafos: Cícero Bispo, Flávio Lopes (AN/COPAC) e Ivanoé Gomes Revisão: Jeannette Garcia Impressão: Grafitto GráficaPraça da República, 173 Prédio P Nível 2 CEP 20211-350 Rio de Janeiro RJ Tel: (21) 2179-1328 E-mail: [email protected]

E X P E D I E N T E

Palavras do Presidente

Neste ano de 2010, o Ar-quivo Nacional destaca entre seus Projetos, a

instalação e administração do primeiro Banco de Matrizes da América Latina.Este Projeto obje-tiva aliar a eficácia e pertinência de uso do sistema de climatiza-ção para promover a preserva-ção do acervo audiovisual, sob a guarda do Arquivo Nacional.

A ACAN, enquanto gestora deste Projeto, agilizou os procedimentos cabíveis junto ao Ministério da Cultura para sua análise e aprovação, através da lei de incentivo fiscal.

O objetivo principal é a conservação e o processamento técnico do acervo de matrizes cinematográficas, fotográfi-cas, videomagnéticas e óticas.Esta documentação, extensa e historicamente valiosa,precisa ser mantida em ambientes adequados para sua preservação.

As condições climáticas características da cidade do Rio de Janeiro- quente e úmida- provocam a rápida degrada-ção dos filmes em acetato de celulose.O sistema de contro-le climático pretende reduzir a velocidade da degradação do acervo, possibilitando aumentar o tempo disponível para se implantar os programas de restauração e duplica-ção das matrizes.

O Projeto Banco de Matrizes reúne características exemplares ao recorrer à soluções tecnológicas,atualíssimas, quanto ao sistema de controle da temperatura e umidade reprimindo a proliferação de fungos e bactérias e, no uso de lâmpadas LEDS, no sistema de iluminação, por terem emissão zero das radiações ultravioleta e infravermelho- danosas ao precioso acervo.

A realização, deste significativo Projeto,visa preservar os acontecimentos marcantes,sob todas as suas formas de registro, da história do nosso país.

Lício Araújo

3A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

Ilustre vizinhança do Arquivo NacionalVI - Faculdade Nacional de Direito

A escola de “Sciencias Jurídicas e So-ciaes” do Rio de Janeiro, ao longo de sua trajetória acadêmica formou grandes ju-ristas, diplomatas, escritores, jornalistas, políticos e advogados – como Evaristo de Moraes dentre outros notáveis.

O prédio histórico,atual sede da Fa-culdade Nacional de Direito,foi cons-truído em 1819 para ser residência de Dom Marcos de Noronha e Brito – o Conde dos Arcos-nobre português que foi o último vice-rei do Brasil.

Com o retorno do Conde dos Arcos para Portugal, por divergências políticas com o Imperador D.Pedro I – logo após o Dia do Fico – foi providenciada a compra deste prédio para a instalação do Senado

Imperial. Posteriormente, com a procla-mação da República, o Senado Federal permaneceu no mesmo local até o ano de 1925, quando foi transferido para o Palácio do Monroe (hoje inexistente) lo-calizado na Av.Central, atual Rio Branco.

O corpo discente da Faculdade, desde sua fundação, sempre teve atuação marcante seja através das re-presentações estudantis, das revistas jurídicas, clubes de oratória,clubes de leitura,grupos de teatro e música ou associações esportivas. Representa-vam uma categoria estudantil da uni-dade de ensino jurídico considerada padrão no Brasil.

A qualidade do ensino continua sen-do conduzida pela notoriedade dos pro-fessores sob Direção de igual destaque.

Na Faculdade Nacional de Direito funciona o Centro Acadêmico Cândi-do de Oliveira – CACO,fundado em 1916, como Grêmio Jurídico e Littera-

“Dom Pedro Primeiro, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brazil,

faz saber a todos súbditos que a Assembléia Geral decretou a Lei seguinte: Crêa dous Cursos de

sciencias Sociaes, um na cidade de São Paulo e outro na de Olinda.”

11 de agosto de 1827

rio Conselheiro Cândido de Oliveira, cujos preceitos sempre foram alicer-çados na democracia, justiça e respei-to à cidadania.

O jurista e professor Cândido de Oliveira, formado pela Faculdade de Direito de São Paulo-onde se destacou como atuante líder estudantil – foi um ilustre e respeitado autor de obras jurí-dicas. Procurador Público, Juiz Munici-pal, Vereador, Deputado, Ministro e Se-cretário dos Negócios da Guerra e de-pois, da Justiça, no governo imperial; estes foram alguns dos cargos exerci-dos, com brilhantismo, pelo eminente personagem da cena política, daquela época: Cândido de Oliveira.

No ano de 1886, quando foi nome-ado Senador Vitalício,agilizou a trami-tação do projeto da lei abolicionista, apresentando-o, sob forma de lei, à Princesa Regente Isabel, em 1888.

Retornando ao RJ no ano de 1891, após o exílio, Dr. Cândido de Oliveira abre a banca de advo-gado.Eleito dire-tor interino da, então, Facul-dade Livre de Direito(1913), cumpriu seu mandato até 1919, quando faleceu.

A Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de

Janeiro é considerada uma das mais tradicionais e conceituadas

escolas de Direito do Brasil estando localizada no centro da cidade do Rio de

Janeiro, na Praça da República – nas imediações do Campo de Santana.

Fundada em 1882 mas, com autorização concedida para funcionamento, so-

mente no ano de 1891. Foi a terceira Faculdade de Direito,no Brasil, depois da

Faculdade do Largo de S.Francisco (S.Paulo) e a de Olinda (PE), posteriormente,

transferida para Recife. Estas duas unidades de ensino foram criadas, em 1827,

por Decreto de D.Pedo I.

Cândido de Oliveira Bisneto, Advogado.

4 A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

Notícias

O ex-Presidente da ACAN e conceituado empresário, Prof.Teophilo de Azeredo Santos, foi alvo de significativa homenagem

pela passagem dos seus 80 anos, celebrados junto aos amigos e familiares. Uma trajetória referenciada no setor financeiro e na área de ensino.

O Prof.Teophilo foi um dos mais ativos presidentes de diversas instituições bancárias,entre elas, a FEBRABAN.Vários empresários, que estavam presentes na cerimônia,proferiram elogios ao homenageado, em especial, o Dr. Aristóteles Drumond que enfocou a sua atuação brilhante na área financeira e o legado valioso ao ensino do Direito, onde o Prof.Teophilo pontificou em cátedra especializada.

O Presidente da ACAN, Dr. Licio Araújo, na oportunidade, fez a entrega do título de membro do Conselho de Notáveis da Associação Cultural do Arquivo Nacional, ao aniversariante e homenageado – Dr.Teophilo de Azeredo Santos.

O Presidente do Conselho Regional dos Corretores de imóveis-CReCi/RJ, Dr. Casimiro Vale da Silva, prestou relevante homenagem às personalidades

que, em especial, atuam na área imobiliária concedendo-lhes a Comenda Ulysses Guimarães com destaque para o empresário Geraldo Rezende Ciribelli, membro do Conselho Fiscal da ACAN.

A cerimônia ocorreu no salão de eventos do Guanabara Palace, onde, também, foram agraciados o ex Ministro do trabalho, dr. Arnaldo Prieto, o Ministro das Cidades, dr. Márcio Fortes e o desembargador sylvio Capanema, membro do Conselho Consultivo da ACAN.

Ciribelli é gestor da Administradora iMÓViL, desde 1948, e fundou a ABAdi em 1974 sendo seu primeiro presidente. Foi agraciado com a Medalha Tiradentes conferida por indicação do, então deputado, Carlos dias e, entregue na ACRJ pelo Ministro Francisco dornelles. Quando da realização do XV Congresso Nacional do Mercado imobiliário & ii Fórum internacional de Administradores de imóveis, recebeu o Troféu Destaque SECOVIRIO-Categoria Personalidade do Segmento Imobiliário de 2008.

Conselheiros da ACAN recebem a Comenda Ulysses Guimarães

Teophilo de Azeredo Santos é homenageado pela ACAN

5A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

Ao assumir a presidência da Repú-blica para o período de 1902 a 1906, Rodrigues Alves privilegiou, em seu programa de governo, o saneamento e a reurbanização da capital da Re-pública. Nomeou o médico oswaldo Cruz para o programa de saneamento e o engenheiro Pereira Passos para o governo municipal e, coordenar os projetos de reforma urbana.

A cidade do Rio de Janeiro é sub-metida à mudanças radicais com a derrubada de casarões antigos e cortiços sendo, então, despejados seus moradores. esta operação, fi-cou conhecida como o “bota abai-xo”. A justificativa era a abertura de grandes avenidas, projetos paisa-gísticos e construção de edifícios.

A aprovação da Lei da Vacina obri-gatória, em 31 de outubro de 1904, que permitia às brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, a entra-rem nas casas para aplicar, à força, a vacina contra a varíola, foi o estopim da Revolta.

Por ter um caráter autoritário e invasivo a nova política sanitária foi alvo da hostil reação popular e da cerrada oposição de vários jornais cariocas.

A população descontente e exal-tada depredou lojas, virou e incen-diou bondes, fez barricadas, arran-cou trilhos, quebrou postes de luz e atacou os policiais com pedras,

Bonde virado por populares na Praça da RepúblicaFoto: Acervo Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz

“Tiros, gritaria, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados à pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores

derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz.”

Gazeta de Notícias em 14 de novembro de 1904

A Revolta da Vacinana cidade do Rio de Janeiro

Oswaldo Cruz, ao assumir a Direção Geral da Saúde

Pública,criou as Brigadas Mata Mosquitos que iam às

residências para desinfecção e extermínio dos mosquitos

transmissores da febre amarela. Promoveu a campanha

para extermínio de ratos, principais transmissores da peste

bubônica, espalhando raticidas pela cidade.

paus e pedaços de ferro. os cade-tes da escola Militar, da Praia Ver-melha, também apoiaram a mani-festação popular.

esta reação levou o governo a sus-pender a obrigatoriedade da vacina. A revolta foi contida deixando mortos e feridos, além de centenas de pesso-as presas e deportadas para o Acre.

o programa de vacinação foi rei-niciado, tendo a varíola sido erradi-cada do Rio de Janeiro.

No ano de 1907, oswaldo Cruz recebeu a medalha de ouro no XiV Congresso internacional de Higiene e demografia, em Berlim, pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro!

5A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

6 A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

Cerimônia de Posse

1

2 3 4

5

9

11

6

10

7

12

8

7A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

1

13 14

18

19

21 22

15 16

17

20

23

6

10

(1) Cons.José de Almeida e Profº Flávio Ramazzini; (2) Cons.Fernando Abelha e Dr.Nelson Fernandes; (3) Des(s) Antonio Izaias e Thiago Ribas; (4)Cons.José Carlos Pereira e Adv.Moisés Maciel; (5) Dr.Ari de Matos Cardoso e amigos; (6) Escritor Bartolomeu Buarque de Holanda e Profª Delácio; (7) Cons.Geraldo Ciribelli e Gen. Ex Gilberto Figueiredo; (8) Cons.Osni Wesley e Cel. José Dinoá; (9) Renato Diniz e Marta Maria Arakaki, (10) Econ.Manoel A.Corrêa e Cons.Rui Barreto; (11) Dr.Nelson Rocha ladeado pelos Cons(s) Antonio Romano e José de Almeida: (12) Cel.Edson de Oliveira entre o Gen.Rubens Denys e Cel.Seixas; (13) Cons.Paulo Henrique Cruz e José F.Cavalcanti; (14) Cons.José Carlos Pereira e Prof.Isnard Manso; (15) Cons.Mauro Gandra e Beatriz Helena Biancardini; (16) Ator José Santa Cruz e Adv.José Roberto Cavalcante; (17)Barítono Lício Bruno e Maestro Roberto Duarte; (18) Des.Antonio Izaias ladeado pelo Pres.Lício de Araújo e o Emb.Marcílio M.Moreira; (19)Cons.Oscar Boechat e Dra.Raquel O. Negrão; (20) Cons.Osni Wesley e Prof.Carmelino Vieira; (21) Radialista Gerdal dos Santos e o músico Luiz Vieira; (22) Cons.Jorge M.Andrade e Dr.Daniel Bastos; (23) Des.Antonio Izaias e Escritor Ruy Castro;

A Força Aérea Brasileira

A tônica das forças aéreas em todo mundo, tem sido a modernização de suas aeronaves.

Tais modernizações constituem-se na incorporação de novos instrumen-tos, novos sistemas de armas e de com-putadores de missão e seus respectivos softwares, além do alongamento da vida útil da estrutura e, por vezes, da motorização daquelas aeronaves.

São exemplos de modernização, atualmente, na FAB: os caças F-5 de defesa aérea e os caças de ataque A-1, de fabricação nacional (total de 91 aeronaves) que, juntamente com os 12 caças Mirage 2000, recentemente ad-quiridos, suprirão as necessidades da aviação de combate de primeira linha até o recebimento dos 36 caças mul-tiuso, ora em processo de licitação in-ternacional para aquisição; estão ainda em processo de modernização as aero-naves de transporte C-130 (toda frota)e 54 aeronaves Bandeirante, alem das 08 aeronaves P-3, de patrulha maríti-ma, cuja modernização vem sendo re-alizada na Espanha.

Das novas aeronaves adquiridas, além dos 36 caças já mencionados, des-tacamos: 72 aeronaves Super Tucano, recebidas de uma aquisição de 99 aero-naves (foi a aeronave que realizou uma

operação aérea da Força Aérea Colom-biana, atingindo com precisão cirúrgica um acampamento das FARC instalado no Equador); 06 helicópteros Black Ha-wck recebidos de um total de 16 aero-naves, para operação na Amazônia; 18 aeronaves de transporte, transporte de tropas e lançamento de pára-quedistas, fabricadas pela empresa espanhola Casa, as quais, na FAB receberam a de-nominação de – Amazonas, C-105; 12 helicópteros russos de ataque (aguar-dando entrega); aquisição, com fabri-cação parcial pela brasileira Helibras, de 18 helicópteros franceses, EC 725 de um total de 51 aeronaves, sendo as demais para o Exército e Marinha.

No campo da atividade espacial, prossegue a FAB com o projeto da “Missão Espacial Completa”, infeliz-mente retardada pela tragédia que vitimou 21 técnicos e cientistas, no campo de lançamento de Alcântara, no Maranhão, com a explosão do veí-culo lançador de satélites VLS.

Há, também, a fabricação e o de-senvolvimento autônomo ou em par-ceria com outras nações, de vários mís-seis e bombas guiadas, notadamente, com a África do Sul e com Israel.

O Sistema de Controle do Espaço Aéreo que há dois anos foi maldosa-

A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURAL8 Informa

mente atacado por controladores de voo, que defendiam com prioridade seus interesses pessoais, obteve em uma auditoria da OACI – Organiza-ção de Aviação Civil Internacional , o grau de 95% de eficiência à frente de cinco países dos chamados de Pri-meiro Mundo. O CENIPA – Centro de Investigação e Prevenção de Aciden-tes Aeronáuticos recebeu, na mesma auditoria, o grau de 96% de eficiência à frente de três países dos chamados de Primeiro mundo.

Na área educacional temos o ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáuti-ca, a segunda melhor escola de nível superior do País e a EPCAR – Escola Preparatória de Cadetes do Ar, em Barbacena, uma das dez melhores do ensino médio nacional.

Outra demonstração de competên-cia da FAB e da Marinha do Brasil foi apresentada ao Mundo no acidente com o avião da Air France, no Atlânti-co Sul, e nas operações de resgate dos corpos e peças do avião da empresa Gol, na Amazônia.

Mauro José de Miranda Gandra, Ten-Brig-do-Ar e presidente do Conselho Consultivo da ACAN

Ao contrário do que muitos pensam, a FAB – Força Aérea Brasileira vai bem, obrigado! Em termos de reequipamento e modernização de aeronaves e armamentos, assim

como, na comparação com as Forças Aéreas dos países Sul Americanos, em que o balanço bélico é, no mínimo, equivalente. Entretanto, no caso do balanço industrial, notadamente, no segmento da aviação militar há uma predominância absoluta em razão de nossa fabricante de aeronaves, a EMBRAER, a terceira empresa do setor no ranking mundial.

Projetos Culturais • Contábil • Tributário • Societário • Trabalhista • Previdenciário

Assessoria e Consultoria

Av. Rio Branco, 114/ 3º andar Centro cep 20040-001 Rio de Janeiro RJTel.: (21) 3344-6700 [email protected] www.sagaconsulting.com.br

9A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

Os descendentes de Tiradentes Controvérsias & Fatos

S obre a descendência de Joaquim José da Silva Xavier- o Tiradentes- segundo historiadores e estudiosos no assunto, são indicados, entre outros, Pedro de Al-

meida Beltrão Júnior e as suas irmãs Maria Custódia dos Santos e Zoé Cândida dos Santos, os quais foram contem-plados, em 16 de outubro de 1969 pelo Congresso Nacio-nal, com uma pensão vitalícia para cada um, por admiti-los como trinetos do protomártir da nossa Independência.

Entretanto, existem controvérsias quanto esta descen-dência, desde que, não se reveste de documentação com-probatória, inexistindo registros quanto ao liame aponta-do entre eles e Tiradentes.

Quanto à João de Almeida Beltrão, filho de Eugênia Joa-quina da Silva, consta que não era filho de Tiradentes. Possi-velmente, houve um equívoco dos ilustres historiadores Lúcio José dos Santos e Miguel Santos em relacionar a paternidade de João ao inconfidente,desde que, Eugênia Joaquina era mulher de José de Almeida Beltrão, colega de Regimento de Joaquim José da Silva Xavier, conforme se extrai dos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira (notas I, pág. 125, v.I).Nas-cido em 1787, José de Almeida Beltrão foi reconhecido pelo seu verdadeiro pai, Luiz de Almeida Beltrão.

No ano de 1807 toda a família se mudou para Dores do Indaiá (MG) acompanhando João Beltrão que assentara praça no Regimento e, fora designado para servir na guar-nição da extração diamantina do Abaeté. O tempo esque-ceu Eugênia Joaquina, provavelmente, falecida em Dores do Indaiá, sendo substituída na memória familiar por seu filho (Autos da Devassa da Inconfidência Mineira, v.9, fls.59, no-tas 19 e 21 – Brasília,1977).

Miguel Santos incorreu, neste erro de paternidade, ao consignar em sua obra “Tiradentes-Patrono da Nação Brasileira” ter sido João de Almeida Beltrão, filho de Tiradentes.Desse modo, há de se afastar da relação que consta na obra suso re-ferida à fls. 50/52, todas as pessoas apontadas como descen-dentes de Tiradentes, ou seja, filhos, netos, bisnetos, tetrane-tos, quadranetos e quintanetos, bem como, os descendentes do tenente Joaquim Paulo de Oliveira, da Milícia da Colônia,

apontado, igualmente, como filho de Tiradentes.Pelo que conseguimos pesquisar, até o presente, o

“mártir da inconfidência” só teve uma filha de nome Jo-aquina. Desconhecemos quaisquer outros integrantes de sua descendência, com registros comprovados.

Consta que, possivelmente, Tiradentes teve relacionamen-to íntimo com duas mulheres: Antonia Maria do Espírito San-to que lhe deu a filha Joaquina, tendo recebido os “santos óleos” na Igreja Matriz de N. Sra. do Pilar de Vila Rica, em 13 de agosto de 1786, e Mariana Barbosa de Matos, a viúva de Francisco Gonçalves Teixeira. Residente em Cebollas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul) ela devotava pro-funda admiração por Tiradentes. Não havendo impedimento para o relacionamento entre eles, todas as vezes que a escolta – sob o seu comando – passava pela localidade, ele se hospe-dava na casa da fazendeira.

Para perpetuar o seu amor por Tiradentes, dona Maria-na pediu que a perna de seu amado fosse retirada do pos-te, em que estava exposta – por determinação da sentença régia nos Autos da Devassa – e,fosse sepultada junto ao seu corpo, quando ela falecesse (box abaixo).

Este fato somente veio ao conhecimento público, a partir da pesquisa nos livros da Matriz de Bom Jesus do Matosinho (Paraíba do Sul) determinada pelo prefeito, à ocasião, Nelson Espíndola de Aguiar. Ficou comprovado, assim, o sepultamento da perna de Tiradentes no mesmo ataúde de dona Mariana, conforme seu pedido.

O resultado, desta pesquisa, sensibilizou o então gover-nador do Rio de Janeiro, Dr. Raymundo Padilha, que deter-minou a instalação, no distrito de Inconfidência (antiga Ce-bollas), de um Museu Sacro – Histórico reunindo objetos e documentos referentes à Tiradentes. A solene inauguração ocorreu no dia 21 de abril de 1972, com justa homenagem à memória do Patrono Cívico do Brasil.

Des. Antonio Izaias da Costa Abreu, Membro e Assessor Jurídico da ACAN e Membro do Colegiado Dirigente do Museu da Justiça.

Quando a escolta militar se deslocou de Cebollas com destino à Vila Rica, Dona Mariana pediu aos seus filhos que, no silêncio da noite, retirassem a parte do corpo de Tiradentes do poste e a entregasse ao irmão dela – padre Paulo Manoel Barbosa – pároco da Igreja N. Sra. do Rosário e, sigilosamente, a fizesse colocar atrás do altar dentro de um caixote com sal grosso. Ali permaneceu até a morte da fazendeira.

10 A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

Nesta breve citação do filósofo grego, observamos que na Antiguidade já ocorria preocupação com a mudança na forma de transmitir e registrar a

informação. Os homens transmitiam informações entre eles, de forma direta e, assim, o seu registro ficava apenas na memória servindo, estes, como meros depositários; não muito fiel, desde que, era único e pessoal.

Com o processo evolutivo, o homem passa a utilizar-se de métodos e técnicas capazes de registrar seus atos e ações em um suporte físico composto de materiais orgânicos, ca-racteres impressos, estrutural e gráfico. Através destes dife-renciados registros, a história de um povo, vem sendo pre-servada e garantindo sua transmissão a outras civilizações.

Seguindo o processo evolutivo da informação e foca-do na sua preservação, a equipe profissional da FEMADE, adota técnicas, metodologias e sistemas atualizados ca-pazes de executar esta empreitada. Confiando na qualifi-cação de nossos serviços, instituições notáveis, entre elas, – Academia Brasileira de Letras e a Fundação Casa de Rui Barbosa – contrataram a FEMADE para digitalizar parte de seus preciosos acervos documentais.

Na Academia Brasileira de Letras, mais precisamente, no “Arquivo Machado de Assis”, os documentos foram digi-talizados e microfilmados pelo processo eletrônico, além

confiança na tecnologia

“ ... se os homens aprenderam a escrita estará implantado o esquecimento em suas almas: eles deixarão de exercitar a

memória porque confiarão no que está escrito...”Platão

de cadastrados em sistema de base de dados: correspon-dências, notícias de jornais, fotos, originais de livros, inclu-sive exemplares raros escritos à mão pelo exemplar mestre Machado de Assis.

A Fundação Casa de Rui Barbosa contratou,nossos pro-fissionais, para atuarem na organização, seleção, digitali-zação e cadastramento do acervo técnico composto de de-senhos do Museu e da Fundação. Neste acervo, encontra-mos raridades em desenhos estruturais e de infraestrutura: traços arquitetônicos e de engenharia que identificavam a construção do prédio da Instituição.

O trabalho foi desenvolvido sob a supervisão do arqui-teto francês Claude Binon, formado pela escola de belas artes de Paris. O sucesso,deste Projeto,foi possível pela de-dicação e qualidade profissional deste nosso consultor.

Este estreito relacionamento com as instituições públi-cas e privadas, que geram e administram arquivos, permi-tiu à FEMADE tratar mais de 20 milhões de documentos, desde 1986. A sua pública trajetória técnica a qualifica como a mais completa provedora de serviços especializa-dos em Gestão Documental do Brasil.

Leonardo Machado Borges Diretor de Tecnologia da FEMADE-Gestão Documental

10 A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

Rua Gotemburgo, 82 São Cristóvão - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20941-080

TELS.: 21 2262-9690/ 2262-9691/ [email protected] | www.femade.com.br

a gestão da informação ao seu alcance.

11A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

O mato-grossense, Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958), detentor de homenagens no Brasil e no

exterior foi condecorado com o título honorário de Marechal, ao completar 90 anos de idade (1955).

Notabilizado como Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro, pelas ações empreendidas quando da instalação do primeiro sistema de tele-comunicações – o telégrafo – nas áreas do Centro-Oeste e Norte do Brasil.

Segundo relatos, Rondon e sua equipe, percorreram à pé, em lombo de mulas ou em frágeis canoas mais de 77 mil km enfrentando inóspitos cami-nhos e, ainda, ficaram vulneráveis aos ataques de índios bravios e ao habitat selvagem das regiões desbravadas.

O militar Cândido Rondon, foi aluno da Escola Militar,da praia Vermelha (RJ), e dentre outros estudos cursou Mate-mática, Ciências Físicas e Naturais na Escola Superior de Guerra. Influenciado

pelos ideais do Positivismo, este discí-pulo de Auguste Comte, se empenhou pela integração e proteção das popula-ções indígenas.

Várias viagens empreendidas pela “Comissão Rondon” resultaram em contatos com tribos indígenas, na ins-talação e conservação de linhas telegrá-ficas e em pesquisas científicas, além de estratégicas demarcações e inspeções das fronteiras brasileiras como as do Pa-raguai, Bolívia e Venezuela.

Os cientistas que integraram esta Comissão coletaram, classificaram e ca-talogaram material valioso, sobretudo as novas espécies identificadas no per-curso das expedições. O antropólogo Roquette-Pinto, era um dos destacados cientistas desta Comissão; suas trans-crições relativas às canções indígenas gravadas, quando do contato com as tribos, serviram de inspiração para algu-mas composições de Villa-Lobos.

No período de 1913-1914, Ron-don também realizou uma expedição

Marechal Rondon

científica com o ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, através dos sertões de Mato-Grosso e Amazônia proposta pelo governo brasileiro, à época.

Foi indicado,por duas vezes,ao Prê-mio Nobel da Paz sendo que,uma de-las, pelo físico Einstein.

O Serviço de Proteção ao Índio (SPI),órgão público criado no go-verno do presidente Nilo Peçanha, em 1910, foi mais uma vitória con-quistada por Rondon, que foi o seu primeiro diretor cabendo-lhe, tam-bém, a organização. Extinto no ano de 1967, o SPI foi substituído pela FUNAI.

O Arquivo Nacional, em reconhe-cimento à trajetória profissional e à notória contribuição de Rondon às po-pulações indígenas e às comunicações, promoveu a exposição “Um homem chamado Rondon” em parceria com a Memória Civelli Produções Culturais, sob o patrocínio da Oi.

Militar, Sertanista e Indigenista

VISITE O PORTAL DO ARQUIVO NACIONAL

www.arquivonacional.gov.br

Conheça suas instalações e consulte seu precioso acervo.

12 A C A N

DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

SecoviRio 08 - Creci J.224

Você pode pedir o melhor para seu patrimônio,e exigir seriedade e garantia na sua administração.Você pode exigir a assessoria especializada deprofissionais atualizados. Se além disso a experiênciatambém contar para você, pode se unira nós para festejar os 62 anos da IMÓVIL.

Desde 1948, estes critérios são os mesmos que constroemnosso padrão de qualidade, nossas estreitas e sólidasrelações com síndicos e locadores.

Assim nasceu nossa reputação, que renovamose modernizamos a cada ano.

Se você já é de casa, brindamos a sua confiança.Se ainda não é, aceite nosso convite, seja bem vindo.

Abril é o mês da fundação da IMÓVIL.

São 62 anos. Pode contar com a gente.

(21)2224-8901Fax:(21)2242-2143