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A atuação da entidade junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) garantiu a aplicação do benefício do tempo ficto a todos os magistrados do sexo masculino. Com o apoio da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, a AMB interveio no processo em curso no órgão de planejamento estratégico e fiscalização do Poder Judiciário, em prol da vantagem. E foi além: requereu ao CNJ que o benefício incida não somente no tempo de atividade judi- cante, mas também no período de serviço prestado pelos juízes, inclusive anterior ao ingresso na carreira. Atuação da AMB no CNJ garante tempo ficto à magistratura Pesquisa Ibope Pesquisa mostra que a população brasileira é favorável à iniciativa da AMB que busca mais ética na política. Mais de 90% dos entrevistados apoiam a participação de juízes em campanhas contra a corrupção, como a das Eleições Limpas, promovida pela entidade. Eleições AMB Comissão eleitoral divulga composi- ção das chapas que disputarão as elei- ções da AMB para o triênio 2011/2013. O pleito será realizado durante o mês de novembro. Justiça canadense Com o I Congresso Internacional da AMB, cerca de 200 magistrados co- nheceram o sistema judicial do Ca- nadá e trouxeram boas práticas para o Brasil. INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS Edição nº 132 Outubro de 2010 ENM Escola promove seminário, em novembro, para discutir o novo Código de Processo Civil (CPC). Evento será realizado em Brasília e as inscrições podem ser feitas até o dia 29 de outubro. Mala Direta Postal 9912247698-DR/BSB AMB CORREIOS CORREIOS Devolução Garantida 19 3 e 4 13 5 Glaucio Dettmar/CNJ 8 e 9

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Informativo da Associação dos Magistrados do Brasil

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Page 1: AMB Informa

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A atuação da entidade junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) garantiu a aplicação do benefício do tempo ficto a todos os magistrados do sexo masculino. Com o apoio da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, a AMB interveio no processo em curso no órgão de planejamento estratégico e fiscalização do Poder Judiciário, em prol da vantagem. E foi além: requereu ao CNJ que o benefício incida não somente no tempo de atividade judi-cante, mas também no período de serviço prestado pelos juízes, inclusive anterior ao ingresso na carreira.

Atuação da AMB no CNJ garante tempo ficto à magistratura

Pesquisa IbopePesquisa mostra que a população brasileira é favorável à iniciativa da AMB que busca mais ética na política. Mais de 90% dos entrevistados apoiam a participação de juízes em campanhas contra a corrupção, como a das Eleições Limpas, promovida pela entidade.

Eleições AMBComissão eleitoral divulga composi-ção das chapas que disputarão as elei-ções da AMB para o triênio 2011/2013. O pleito será realizado durante o mês de novembro.

Justiça canadense Com o I Congresso Internacional da AMB, cerca de 200 magistrados co-nheceram o sistema judicial do Ca-nadá e trouxeram boas práticas para o Brasil.

INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS

Edição nº 132 Outubro de 2010

ENMEscola promove seminário, em novembro, para discutir o novo Código de Processo Civil (CPC). Evento será realizado em Brasília e as inscrições podem ser feitas até o dia 29 de outubro.

Mala DiretaPostal

9912247698-DR/BSBAMB

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Outubro de 2010AMBINFORMA

Prezado colega,

Nesta edição, o AMB Informa tem como maior destaque a divulgação de uma pesquisa encomendada ao Ibope so-bre o perfil do eleitor brasileiro. Estamos diante de mais um processo eleitoral e o estudo mostra que a compra de votos ainda é uma triste realidade em nosso país. Cerca de 40% dos brasileiros, segundo o Ibope, já ouviu falar ou conhece alguém que já votou em um candidato em troca de bene-fícios. Além disso, 91% dos entrevistados julgaram funda-mental a participação de entidades de juízes em campanhas contra a corrupção eleitoral. A Ficha Limpa, que nasceu a partir de uma iniciativa da nossa Associação, também tem o aval do povo brasileiro: mais de 80% veem a nova lei com uma esperança de se moralizar a eleição no Brasil.

A Campanha Eleições Limpas – Não Vendo meu Voto, uma parceria da AMB com o Tribunal Superior Eleito-ral, também é retratada nesta edição. No último dia 3 de setembro, realizamos o “Dia Nacional das Audiências Pú-blicas”, na acolhedora cidade de Pirenópolis, no interior de Goiás. Os moradores deixaram suas casas e discutiram com autoridades do Judiciário, com a AMB, com os juízes de sua comarca vários pontos relacionados à eleição, aos candidatos, à Lei da Ficha Limpa, entre outros assuntos. Um espaço totalmente democrático e um momento em que tivemos a oportunidade de reforçar, mais uma vez, o voto com consciência.

Chamo a atenção ainda para a matéria sobre o tempo ficto para os magistrados. A Associação interveio junto ao Conselho Nacional de Justiça para conceder o benefí-cio a todos os magistrados do sexo masculino, conforme previsto na Constituição. Uma luta nossa e que foi reco-nhecida pelo órgão fiscalizador do Judiciário. Em outra reportagem, o informativo mostra uma pequena cidade do Pará levando adiante uma campanha de sucesso da AMB. As cartilhas do Programa “Cidadania e Justiça se Aprendem na Escola” se tornaram bastante conhecidas na cidade de Abel Figueiredo.

O jornal também registra o sucesso do I Congresso In-ternacional da AMB, no Canadá. Entre os dias 7 e 17 de setembro, cerca de 200 magistrados conheceram as pecu-liaridades do Judiciário canadense, trocaram experiências e trouxeram lições para aplicar em nosso país. Um evento grandioso, cujo os detalhes serão conhecidos em uma re-vista que lançaremos em breve.

Um abraço e boa leitura!

Mozart Valadares PiresPresidente da AMB

AMB informa é uma publicação da Associação dos Magistrados BrasileirosEndereço: Centro Empresarial Liberty Mall, SCN Quadra 02, Bloco D, Torre B, Conjunto 1302, Brasília, DF. CEP 70.712-903, Tel. (61) 2103-9000Página na internet: www.amb.com.brE-mail: [email protected] responsável: Giselle Souza Edição: Giselle Souza e Rafael SecunhoReportagem: Bianca Nascimento, Giselle Souza, Karyne Graziane, Marcela Sá, Priscila Nascimento, Rafael Secunho e Renata BrandãoRevisão: Rafael Secunho e Giselle SouzaProgramação visual: Marconi Martins

Editorial Notas

Expediente

Outubro de 2010AMBINFORMA

Porto Alegre recebe Seminário Justiça Previdenciária

Durante dois dias, a cidade de Porto Alegre (RS) vai rece-ber diversas autoridades no Seminário Justiça Previdenciária - Os rumos da Previdência Pública Brasileira. O evento é uma parceria entre a AMB e a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) e será realizado nos dias 14 e 15 de outubro, no Hotel Plaza São Rafael.

A palestra de abertura A Previdência da Magistratura Brasi-leira contará com a participação do presidente da AMB, Mo-zart Valadares Pires, e também dos presidentes da Ajuris, João Ricardo dos Santos Costa, da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Gabriel Wedy, e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Lu-ciano Athayde Chaves.

Entre os temas que se-rão discutidos no Seminá-rio estão a autossustenta-bilidade financeira do(s) regime(s) próprio(s) de previdência dos servidores públicos, o financiamento públi-co estatal do regime próprio de previdência dos servidores públicos e a experiência de privatização chilena e argentina.

Além dos magistrados, autoridades como o senador Paulo Paim (PT-RS) e os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Vieira da Cunha (PDT-RS) participarão das mesas de dis-cussão. Na lista de especialistas no assunto, falarão o dire-tor do Departamento dos Regimes Próprios de Previdência no Serviço Público do Ministério da Previdência, Delúbio Pereira da Silva; o coordenador do Núcleo Atuarial de Pre-vidência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o atuário Benedito Cláudio Passos; o economista Eduardo Fagnani, professor doutor da Unicamp e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (Cesit), entre outros. Mais informações e inscrições podem ser feitas no endereço www.amb.com.br/previdencia.

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Outubro de 2010AMBINFORMA

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Eleições AMB

Comissão eleitoral define ordem das chapas para votação

credibilidade na eleição, as chapas já podem encaminhar para o email [email protected] o material de divulgação da campanha para ser disponibilizado no site da Associação.

A votação para eleger o Conselho Executivo e Fiscal da AMB dos próxi-mos três anos poderá ser feita de duas maneiras: pela cédula de papel ou via internet. Neste mês de outubro, cerca de 14 mil associados vão começar a re-ceber pelo correio duas sobrecartas de tamanhos diferentes e uma cédula úni-ca de votação, rubricada pelos mem-bros da comissão.

Quem preferir essa modalidade, pode-rá votar assim que receber o documento. A correspondência deverá chegar na sede da Associação, em Brasília (DF), até o dia 26 de novembro, às 18h.

Já pelo sistema online, os magistrados poderão escolher os futuros representan-tes da entidade entre os dias 1° e 26 de novembro. Até o dia 15 de outubro, os as-

sociados receberão por e-mail uma senha específica para votar no site da Associa-ção, pelo link “Eleições AMB”.

Para não ocorrer duplicidade de votos, o presidente da comissão eleitoral disse que haverá um controle rígido. “Assim que a cédula de papel chegar à sede da AMB uma comissão formada por três funcioná-rios receberá o documento e registrará no cadastro de informática que o magistrado votou por carta. Valerá a opção primeira do eleitor que chegar à AMB. Quem tentar votar duas vezes, ao acionar o sistema pela internet, aparecerá o aviso sinalizando que ele já fez sua escolha. E o segundo voto será inutilizado”, explicou.

A votação será encerrada no dia 26 de novembro, às 18h, horário de Brasília. Os votos serão apurados na sede da AMB. A expectativa é de que o resultado saia até a meia noite do dia 27.

Para saber mais sobre o processo eleito-ral, acesse o site da Associação: www.amb.com.br, no link “Eleições AMB”.

O sorteio da ordem de colocação das duas chapas que concor-rem à presidência da entidade

para o triênio 2011/2013 ocorreu du-rante a reunião da comissão eleitoral da AMB, na sede da entidade, no último dia 29 de setembro. A primeira chapa a aparecer nas duas opções de vota-ção - internet e cédula - será a NOVOS RUMOS, que tem como candidato a presidente o desembargador Henrique Nelson Calandra. Na segunda posição aparecerá a chapa AMBCOMVOCÊ, en-cabeçada pelo Juiz de Direito Gervásio Protásio dos Santos Júnior.

No encontro, fiscais das chapas con-correntes compareceram à reunião, coordenada pelo presidente da comis-são eleitoral, Desembargador Roberval Casemiro Belinati. O representante da NOVOS RUMOS, Juiz Raduan Miguel Filho, apresentou três requerimentos à comissão. Um dos pedidos se referia ao sistema de votação pela internet para que a comissão reexaminasse a seguran-ça do programa.

Preocupado com a lisura da eleição, o presidente da comissão informou que vai apresentar a sugestão ao departa-mento de informática da AMB. “No dia 13 de outubro, data da próxima reunião, será dada a resposta final sobre o assun-to. O objetivo é manter a transparência e assegurar eleições limpas na entidade”, garantiu Belinati.

Também foi deliberado que cada chapa vai receber, a partir do dia 1º de outubro, uma ajuda de custo da AMB, que deverá ser requerida ao setor financeiro da Asso-ciação. Após a eleição, as chapas deverão prestar contas à entidade.

Outra novidade é que no próxi-mo dia 11 de outubro será publicada no site da entidade, no link “Eleições AMB”, a lista completa dos magistra-dos associados. E para garantir mais

O pleito que definirá a composição da nova diretoria da entidade para o próximo triênio será realizado pela internet e pelo correio, durante o mês de novembro. Magistrados receberão a cédula em casa

Comissão eleitoral da AMB sorteia ordem das chapas concorrentes à nova diretoria da entidade

ELEIÇÕES AMB

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Outubro de 2010AMBINFORMA

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Chapa 2: AMBCOMVOCÊConselho Executivo:Presidente: Gervásio Protásio dos Santos Júnior - Amma (MA)Vice-presidentes: Aiston Henrique de Sousa - Amagis (DF)Antônio Pimenta Gonçalves - Amatra 2ª Região (SP)Carlos Zahlouth Junior - Amatra 8ª Região (PA)Giordane Dourado - Asmac (AC)João Ricardo dos Santos Costa - Ajuris (RS)Jorge Wagih Massad - Amapar (PR)Lailson Braga Baeta Neves - Amagis (MG)Márcia Cunha Silva de Carvalho - Amaerj (RJ)Marcos Coelho de Salles - AMPB (PB)Maria de Lourdes Medauar - Amab (BA)Ronnie Herbeth Barros Soares - Apamagis (SP)Conselho Fiscal:Eder Jorge - Asmego (GO)Marcelo Câmara Rasslan - Amamsul (MS)Paulo de Tarso Pires Nogueira - ACM (CE)Coordenador da Justiça Estadual: Paulo Ricardo Bruschi - AMC (SC)Coordenador da Justiça do Trabalho:Ricardo Córdova Diniz - Amatra 12ª Região (SC)Coordenador da Justiça Militar:Alexandre Aronne de Abreu - Ajuris (RS)Coordenador da Justiça Federal:Itagiba Catta-Preta Neto - AMBCoordenador dos Aposentados:Antônio Sapucaia - Almagis (AL)

Chapa 1: NOVOS RUMOSConselho Executivo: Presidente: Henrique Nelson Calandra - Apamagis (SP)Vice-presidentes: Diógenes Vicente Hassan Ribeiro - Ajuris (RS)Humberto Costa Vasconcelos Junior - Amepe (PE)Jeronymo Pedro Villas Boas - Asmego (GO)José Dantas de Paiva - Amarn (RN)Lílian Lygia Ortega Mazzeu - Amatra 2ª Região (SP)Marcos Sérgio Galliano Daros - Amapar (PR)Maria Luiza Santana Assunção - Amagis (MG)Raduan Miguel Filho - Ameron (RO)Renata Gil de Alcântara Videira - Amaerj (RJ)Rosalvo Augusto Vieira da Silva - Amab (BA)Rui Guilherme de Vasconcellos Souza Filho - Amaap (AP)Conselho Fiscal:Alemer Ferraz Moulin - Amages (ES)Aristóteles Lima Thury - Amazon (AM)Roberto Luis Felinto de Oliveira - Amaerj (RJ)Coordenador da Justiça Estadual:Walter Pereira de Souza - Amam (MT)Coordenador da Justiça do Trabalho:Plínio Bolívar de Almeida - Amatra 2ª Região (SP)Coordenador da Justiça Militar:Edmundo França de Oliveira - AmajumCoordenador da Justiça Federal:José Arthur Diniz Borges - AMBCoordenador dos Aposentados:Sebastião Luiz Amorim - Apamagis (SP)

Duas chapas disputam a diretoria

Duas chapas concorrem às elei-ções da AMB. Ambas registra-ram as candidaturas na segunda quinzena de setembro. A chapa 1 (“NOVOS RUMOS”) tem no comando o Desembargador Henrique Nelson Calandra e a chapa 2 (“AMBCOMVOCÊ”) é encabeçada pelo Juiz de Direi-to Gervásio Protásio dos Santos Júnior. Leia ao lado a composi-ção completa.

Coordenadoria das Justiças Estaduais se reúne em Goiânia

Magistrados querem proteção em horário integral

Mais de vinte presidentes e representantes de associações de magis-trados estaduais compareceram à terceira reunião da Coordenadoria das Justiças Estaduais da AMB, no final de agosto, na sede da Associa-ção dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego), em Goiânia.

Coordenada pelo Juiz Eugênio Terra, a reunião teve entre os itens da pauta a equiparação da magistratura federal com o Ministério Público Federal e o plano de saúde para a classe.

Assim que o assunto da equiparação foi discutido, Terra esclareceu que a AMB já se posicionou e pediu também ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a extensão do benefício aos juízes estaduais. A intenção do coordenador é que com essa discussão se defina o posicionamento da magistratura em relação à elaboração do estatuto da categoria que será encaminhado ao Congresso Nacional, provavelmente até o fim do ano.

“Precisamos esclarecer quais são os direitos e benefícios que que-remos ver incorporados ao Estatuto. Há a necessidade de termos uma posição de coesão diante do debate parlamentar, sob pena de não termos uma conformação legal que atenda aos interesses maio-res da magistratura”, afirmou.

Após o atentado sofrido pelo presidente do Tribu-nal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), Desem-bargador Luiz Mendonça, a AMB quis saber de seus associados, por meio de enquete, qual a opinião da classe sobre a segurança da magistratura. Em 30 dias de votação, 260 pessoas opinaram sobre o assunto. Desse total, 71,92% consideraram que os juízes de-veriam dispor de proteção em tempo integral.

Outros 14,23% acreditam que eles necessitam de proteção, mas apenas no horário de trabalho. Já 13,85% não veem necessidade de mais seguran-ça para a categoria, considerando suficientes os dispositivos de proteção atual.

Neste mês de outubro, a entidade pergunta sobre as eleições 2010: A Campanha Eleições Limpas - Não Vendo meu Voto e as Audiências Públicas contribuirão para conscientizar os eleitores nas eleições de outubro? Participe, votando no endereço www.amb.com.br.

ELEIÇÕES AMB

Notas

Continuação da página 3

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Outubro de 2010AMBINFORMA

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AposentadoriaTempo ficto: pedido da AMB garante direito a magistradosO benefício de 17% é válido para todo tempo de serviço de juízes do sexo masculino

do art. 8º da EC nº 20/98 é o ato jurí-dico perfeito que concede legitimidade plena ao direito adquirido de computar 17% ao tempo de serviço exercido até sua entrada em vigor”, explicou.

PrevidênciaA Emenda nº 20 criou um novo re-

gime previdenciário para incorporar juízes, conselheiros dos Tribunais de Contas e membros do Ministério Pú-blico, e acabou por extinguir a apo-sentadoria diferenciada dessas três categorias. Aqueles que ingressaram após a entrada em vigor da Emenda, já começaram a trabalhar com as no-vas regras e os que já tinham tempo estabelecido antes permaneceram regidos pelo antigo direito. Para um grupo intermediário foi criado um regime de transição.

O chamado tempo ficto é devido àqueles que eram magistrados (sexo masculino) até dezembro de 1998 e que, pela lei anterior, deveriam traba-lhar durante 30 anos. O percentual in-

A AMB requereu intervenção no pedido de providência protoco-lado no Conselho Nacional de

Justiça (CNJ) pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), para pleite-ar o benefício do tempo ficto para todos os magistrados. O pedido foi atendido pelo CNJ, que julgou procedente o di-reito adquirido de magistrados do sexo masculino de receberem o acréscimo de 17% ao tempo de serviço, conforme previsto no parágrafo 3º do artigo 8º da Emenda Constitucional nº 20/98.

A Associação dos Juízes do Rio Gran-de do Sul (Ajuris) entregou ao CNJ um estudo realizado pelo desembargador gaúcho Aymoré Roque Pottes de Mello, no qual foram apresentados argumentos em defesa do benefício.

O CNJ, no entanto, restringiu o tempo de serviço para fins de aplica-ção do benefício apenas ao período compreendido entre o início da ativi-dade judicante e a data da entrada em vigor da referida Emenda. A AMB, então, pediu que o colegiado reexa-minasse a matéria: “A magistratura brasileira compreende ser parcial-mente equivocada [a decisão]”, diz a solicitação protocolada pela entidade. O pedido da Associação foi atendido para reconhecer o direito adquirido de magistrados e eliminar a restrição do período.

O presidente da Ajuris e vice-presi-dente de Direitos Humanos da AMB, João Ricardo do Santos Costa, come-morou a conquista das entidades na defesa dos interesses da categoria: “É uma vitória importante para os magis-trados”, afirmou.

O relator do caso no CNJ, conselhei-ro Marcelo Neves, em seu voto, defen-deu a aplicação do benefício com o ob-jetivo de respeitar o instituto do direito adquirido. “O disposto no parágrafo 3º

cidirá sobre o tempo de serviço exerci-do até a data da publicação da Emenda nº 20. As mulheres não podem rece-ber, pois o tempo necessário para a aposentadoria feminina é diferente.

Cálculo do benefícioPara calcular o benefício, é ne-

cessário somar as licenças-prêmio convertidas em tempo dobrado de serviço mais as averbações de tem-pos anteriores à magistratura até 15 de dezembro de 1998. Somado esses valores, extrai-se 17% que é igual ao número de dias a mais que serão computados para fins de aposenta-doria. Por exemplo, um magistrado sem o tempo ficto tem sete mil dias entre as licenças-prêmio convertidas em tempo dobrado e averbações de tempos anteriores à magistratura. Nesse caso, multiplica-se sete mil por 17 e terá como resultado 1.190, o qual será somado mais sete mil. O magistrado passa a contar, então, com 8.190 dias trabalhados.

Plenário do CNJ: Órgão julgou procedente o pleito dos magistrados de receberem o benefício do tempo ficto

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Page 6: AMB Informa

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AtualidadesOutubro de 2010

AMBINFORMA

Ari Pargendler assume presidência do Superior Tribunal de Justiça

Eliana Calmon toma posse como nova Corregedora Nacional de Justiça

A ministra Eliana Calmon foi em-possada, no último dia 8 de se-tembro, como a nova Correge-

dora Nacional de Justiça. Ela assumiu o lugar do Ministro Gilson Dipp. A AMB foi representada na solenidade pelo Juiz Wilson da Silva Dias, que assumiu a pre-sidência interina da Associação enquanto o presidente Mozart Valadares Pires esta-va no Congresso Internacional da AMB, no Canadá.

Durante o discurso, a ministra disse que entre as prioridades de sua gestão está fortalecer as escolas da magistratura e resgatar a auto-estima da magistratura brasileira. O anúncio agradou ao presi-dente interino da Associação. “A ministra me disse pessoalmente que quer ouvir as reivindicações e as sugestões da entidade quanto aos projetos a serem implanta-dos”, contou Dias.

A corregedora anunciou ainda novos projetos para a Corregedoria, como o

“Justiça em Dia”, para alavancar os pro-cessos paralisados à espera de julgamento e o de acompanhamento e monitoramen-to de demandas de grande repercussão para a sociedade. Ela elogiou o trabalho realizado por Dipp e deixou claro que vai manter os dez projetos de autoria dele já em andamento. Eliana foi taxativa ao di-zer que a Corregedoria será implacável

com a corrupção. “Essa prática deve ser banida do âmbito do Poder Judiciário. Te-rei tolerância zero”, afirmou. Eliana ficará no cargo por dois anos.

Magistrado ocupa vaga deixada por César Asfor Rocha e terá como vice-presidente Ministro Felix Fischer. Após 15 anos no tribunal, ele acumulará presidência do STJ com a do Conselho da Justiça Federal (CJF)

PerfilEliana Calmon nasceu em Sal-

vador (BA) e tem 65 anos. Bacharel em Direito, começou a carreira no Judiciário em 1974 como procura-dora da República em Pernambuco. Dois anos depois, tornou-se procu-radora da Subprocuradoria-Geral da República. Em 1979, tornou-se juíza federal na seção judiciária da Bahia e após dez anos, passou a ser juíza do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região. Ela foi ainda a primeira mulher a ocupar uma ca-deira no STJ, onde está desde 1999.

Juiz Wilson Dias com a corregedora: continuidade

Em uma cerimônia que contou com a presença de diversas autorida-

des do Judiciário brasileiro, foi empossado, no dia 3 de se-tembro, o novo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ministro Ari Pargendler e o vice-presidente, Ministro Felix Fischer.

Pargendler assume quinze anos após chegar ao tribunal e 34 anos depois de abraçar a carreira. O minis-tro vai acumular a Presidência do STJ com a do Conselho da Justiça Federal (CJF), órgão encarregado da supervi-são administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeira e segunda instâncias. A principal meta do novo presidente é melhorar a prestação ju-

risdicional. Para isso, pretende se con-centrar na gestão dos recursos huma-nos e materiais.

O presidente da AMB, Mozart Vala-dares Pires, enalteceu a competência do novo presidente do STJ: “Trata-se de um magistrado qualificado, um homem ex-tremamente decente. Temos certeza de que, ao lado do Ministro Felix Fischer,

Pargendler e Fischer tomam posse como presidente e vice- presidente do STJ

Pargendler vai fortalecer o Judici-ário brasileiro”, assinalou.

Já o novo vice-presidente, que integra a Corte desde 1996, é con-siderado um magistrado criterioso e eficiente. Para Fischer, o trabalho maior e a grande responsabilidade na condução do STJ pelos próxi-mos dois anos estão nas mãos do Ministro Pargendler. Mas isso não impede sua participação no dia-a-

dia do Tribunal da Cidadania.“O vice-presidente deve procurar cola-

borar de forma eficiente com a administra-ção no Pleno, no Conselho de Administra-ção e no Conselho da Justiça Federal. Atua, outrossim, na Corte Especial e na admissi-bilidade dos recursos para o Supremo Tri-bunal Federal, que hoje apresenta algumas peculiaridades procedimentais”, avaliou.

Page 7: AMB Informa

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Campanhas

Cartilhas da AMB são um sucesso em cidade paraense

conhecer o fórum da cidade, usar a urna eletrônica e participar das atividades.

Projeto cresce em BrasíliaO programa “Cidadania e Justiça tam-

bém se Aprendem na Escola” também tem alcançado bons números nas esco-las públicas de Brasília. De acordo com a coordenadora do programa, Juíza Léa Lima, somente neste ano já foram distri-buídas mais de 25 mil cartilhas para crian-ças do 5º ano da rede pública do Distrito Federal. As cartilhas foram disponibilizadas no início do ano para serem trabalhadas em sala de aula. Em seguida, acontecem os en-contros dos alunos com os juízes.

Para a juíza, a receptividade dos estu-dantes é muito boa. Eles têm assimilado bem os assuntos e se mostrado partici-pativos nos debates. “Pela grande quan-tidade de manifestação das crianças,

percebemos o desejo delas de seguir uma carreira na área jurídica. E todo o mate-rial usado só tem contribuído com as es-colhas delas”, afirmou Léa.

A cidade de Abel Figueiredo, no Pará, é mais uma a encampar o projeto “Cidadania e Justiça tam-

bém se Aprendem na Escola”, criado pela AMB. Diversos conhecimentos de cida-dania e justiça estão sendo levados desde agosto para as escolas do pequeno muni-cípio do Norte do país.

O Juiz Gabriel Costa Ribeiro, titular da Comarca de Rondon do Pará, foi quem le-vou o projeto para Abel Figueiredo, onde ele ganhou o nome de “Juiz na Escola”. Para Ribeiro, a importância da iniciativa é aproximar crianças e adolescentes do Poder Judiciário e prepará-los como cida-dãos. “Queremos mostrar aos alunos que eles possuem direitos e, principalmente, que o cumprimento dos deveres fortalece esses direitos”, ressaltou Gabriel.

Cartilhas, vídeos e palestras sobre te-mas do Judiciário estão sendo distribuídos para cerca de 600 alunos do município pa-raense. De acordo com o juiz, no início o objetivo era alcançar 200 estudantes, mas devido ao sucesso e a receptividade, mui-tos outros desejaram participar. O proje-to na cidade abrange tanto os alunos do ensino médio quanto do fundamental. “A aceitação tem sido fantástica por parte dos jovens. Eles estão cada vez mais motiva-dos em conhecer e participar do projeto”, afirmou. Ainda, segundo Ribeiro, cada vez mais alunos têm mostrado interesse em

“Cidadania e Justiça também se Aprendem na Escola” é levado para Abel Figueiredo (PA), onde cerca de 600 alunos têm aprendido noções do Judiciário brasileiro. Programa também cresce no Distrito Federal

Alunos do Pará são beneficiados com projeto que leva às escolas noções de cidadania e conhecimento sobre a Justiça

Associados da AMB podem usu-fruir do convênio firmado com o Walmart, a terceira maior rede va-rejista do Brasil. Todos os magistra-dos têm direito a 5% de desconto nas compras feitas pela internet no site www.walmart.com.br. No portal, estão disponíveis mais de 50 mil produtos como televisões, notebooks, geladeiras, móveis, li-vros, DVD’s, artigos de cama, mesa e banho. Além dessa oportunidade, membros da Associação podem aproveitar a promoção de lança-mento da parceria. Nas compras acima de R$ 699, o associado ga-nha de brinde um celular Samsung com rádio FM, viva-voz e fone de ouvido estéreo.

Outros convênios da AMB:Para saber a lista completa dos convênios

que a Associação tem parceria, basta acessar o site www.amb.com.br

O que é o “Cidadania e Justiça também se Aprendem na Escola”

O programa conta com duas cartilhas em quadri-nhos e tem como objetivo conscientizar professores e alunos, alcançando também seus pais e responsá-veis sobre os caminhos para exercer seus direitos e a importância de cumprir seus deveres. Desde 1992, quando foi lançada, a iniciativa já chegou a 19 esta-dos brasileiros atingindo 13 milhões de estudantes.

“Brasilzinho – Cartilha da Justiça” foi a pri-meira publicação lançada. Em abril deste ano, a AMB criou a “Cartilha da Cidadania”, uma revisão e ampliação da Cartilha da Justiça, trazendo elementos para desenvolver nas crianças a consciência de seus direitos.

TJ/P

A

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Outubro de 2010AMBINFORMA

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Especial Eleições Limpas

Noventa e um por cento da po-pulação brasileira considera importante a participação de

entidades de juízes em campanhas con-tra a corrupção eleitoral. É o que reve-la pesquisa que traça o perfil do eleitor brasileiro realizada pelo Ibope, a pedido da AMB, e divulgada no último dia 21 de setembro. A entidade foi a primei-ra a se solidarizar com o pleito da so-ciedade por mais ética na política. Por essa razão, lançou a Campanha Eleições Limpas, que neste ano chegou à terceira edição, realizada em parceria com o Tri-bunal Superior Eleitoral, e com o mote “Não Vendo meu Voto”.

A Campanha promovida pela AMB teve como ponto alto o Dia Nacional das Audiências Públicas, realizado em 3 de setembro. Nesse dia, juízes eleitorais saí-ram de seus gabinetes e participaram de encontros com a população nos quais pu-deram enfatizar o papel do eleitor como fiscalizador do pleito e a importância de se votar com consciência. Essa ação é im-

portante. Pela pesquisa, apenas 41% dos entrevistados denunciariam tentativas de compra de votos por algum candidato.

Outros dados importantes foram reve-lados pelo estudo. O Ibope questionou os entrevistados sobre a necessidade da ficha limpa, se votariam em candidatos que lhes oferecessem algum benefício, os critérios que levarão em consideração na hora de escolher o candidato, se têm conhecimen-to acerca dos crimes eleitorais, entre ou-tras indagações.

O estudo apontou que o conhecimento acerca dos crimes eleitorais pode variar de acordo com a escolaridade e a região. Perguntados se conheciam casos de com-pra de votos, os eleitores do Sul foram os que demonstraram ter maior conheci-mento: 53% responderam positivamente. Já na região Sudeste, apenas 38% disse-ram conhecer políticos que compram ou compraram votos. No Nordeste, 44% res-ponderam afirmativamente. Já nas regiões Norte e Centro-Oeste, 49% dos ouvidos denunciaram a prática.

Eleitores com até a 4ª série do ensino fundamental formam a parcela com menos conhecimento da prática. Outros 33% relata-ram já terem presenciado a compra de votos, contra 57% dos eleitores com ensino supe-rior. Interrogados se votariam em um candi-dato que oferece benefícios materiais em tro-ca do voto, 85% afirmaram que descartariam o político e não o escolheria. Já 13% disseram que votariam nele normalmente.

O levantamento ocorreu entre 18 e 21 de agosto, em várias regiões do país. Fo-ram ouvidos 2.002 eleitores com idade entre 16 e 50 anos.

Ficha LimpaA pesquisa divulgada pela AMB faz

parte da Campanha Eleições Limpas, ini-ciada pela AMB para conscientizar o elei-tor e que acabou alavancando a aprovação da Lei da Ficha Limpa – norma que visa vedar candidaturas de pessoas que não apresentam comportamento ético ade-quado estabelecidos pela legislação bra-sileira. A norma conta com o apoio da

Sociedade é a favor da Campanha Eleições Limpas AMB divulga estudo feito pelo Ibope sobre o que pensa o eleitorado. Mais de 90% da população apoia a participação da entidade em ações contra a corrupção eleitoral

Presidente da AMB, Mozart Valadares Pires, em entrevista coletiva à imprensa na sede da entidade: “Se a Lei da Ficha Limpa cair, haverá uma frustração nacional”

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Sociedade é a favor da Campanha Eleições Limpas AMB divulga estudo feito pelo Ibope sobre o que pensa o eleitorado. Mais de 90% da população apoia a participação da entidade em ações contra a corrupção eleitoral

sociedade. Segundo a pesquisa, 85% da população é favorável a legislação, cuja constitucionalidade estava sendo apre-ciada, até o fechamento desta edição, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Mozart: “Se a Ficha Limpa cair, o sentimento será de frustração”

DADOS DA PESQUISA IBOPE

Segundo o presidente da AMB, Mozart Va-ladares Pires, a Ficha Limpa é um avanço na democracia brasileira. Sobre a aplicação da nor-ma, o magistrado afirma que ela já foi debatida e aprovada pelo Legislativo e pelo Executivo.

“Independentemente desses números e da pesquisa, quero dizer que todas as mani-festações são no sentido de uma expectativa positiva. Passamos essa lei com uma ampla discussão na Câmara dos Deputados. A nor-ma também foi amplamente discutida não só pelos membros da Câmara, mas também por integrantes de movimentos. A matéria foi para o Senado e depois para o Executivo para a san-ção, onde recebeu o parecer favorável sobre a constitucionalidade da lei.”

Os principais meios de comuni-cação participaram da coletiva de imprensa realizada para a divulga-ção da pesquisa feita pelo Ibope, que traçou o perfil do eleitor bra-sileiro. Mais de 30 veículos – como CBN, G1, R7, Record, Band, Globo, Correio Braziliense, Terra, Jornal de Brasília, TV Justiça e Agência Bra-sil – perguntaram ao presidente da AMB sobre a eventual decisão que o Supremo Tribunal Federal (STF) de-verá tomar a respeito da validade da lei denominada Ficha Limpa.

O presidente da AMB afirmou que uma eventual decisão contrária à ficha limpa no STF poderá gerar uma frustração nacional. “Não po-deremos deixar de reconhecer que isso [a derrubada da lei pelo STF] será uma frustração nacional. Nin-guém aqui terá outro sentimento a não ser o de frustração.”

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População marca presença no Dia Nacional das Audiências Públicas em PirenópolisAutoridades do Judiciário tiraram dúvidas sobre o processo eleitoral e a importância de votar com consciência. Cidadãos também denunciaram políticos que tentam comprar votos

troca de votos. “Há muita facilidade na compra de votos. Muitas vezes o favo-recimento ao eleitor não é compreendi-do como uma compra e venda de votos. Ele é beneficiado com um emprego, cesta básica ou uma benesse qualquer. Muitos não têm consciência para en-tender que esse ato é ilícito e que con-tribui para o enfraquecimento de todo o processo eleitoral”, afirmou.

Além de Pirenópolis, centenas de ci-dades em todo o país aderiram à inicia-tiva e estão realizando audiências com juízes eleitorais para debater o pleito de outubro (veja nos quadros abaixo). Em seu discurso, o presidente da AMB lem-brou que no último pleito em 2008 fo-ram realizadas cerca de 1.500 audiências públicas em todo o Brasil. A expectativa para 2010, segundo Mozart, é de que esse

Mais de 300 moradores da ci-dade de Pirenópolis (GO), que fica a cerca de 120 qui-

lômetros de Brasília, prestigiaram o lançamento do Dia Nacional das Audi-ências Públicas, no dia 3 de setembro. Os goianos deixaram suas casas para tirar dúvidas sobre o processo eleitoral e escutaram das autoridades presentes pedidos de uma escolha consciente nas urnas no dia 3 de outubro. O evento foi o pontapé inicial da Campanha Eleições Limpas – Não Vendo meu Voto, uma ini-ciativa da AMB em parceria com o Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE).

Estiveram presentes no evento o pre-sidente da AMB, Mozart Valadares Pires, o presidente do TSE, Ministro Ricardo Lewandowski, o presidente do Conse-lho Federal da OAB, Ophir Cavalcante, o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, o cientista político, Ricardo Cal-das, o prefeito da cidade, Nivaldo Melo, e outras autoridades do estado de Goiás.

Lewandowski pediu à população para que colaborasse com a Justiça Eleitoral e não aceitasse nenhum benefício em

Mozart Valadares Pires, sobre o voto consciente: “É preciso que a sociedade cumpra seu dever, a resposta é extremamente positiva”

Minas Gerais já promoveu maisde 100 encontros com a sociedade

O Ministério Público Federal, juntamente com a AMB e outros ór-gãos do Judiciário brasileiro, promoveram no início de setembro o “Dia D de Combate à Corrupção Eleitoral”, na Rodoviária de Brasília. Na ocasião, representantes da Justiça debateram com a comunidade as regras do pleito de outubro e também instruíram o cidadão sobre como contribuir para a fiscalização dos candidatos. O auxiliar de ad-ministração Wagner Ribeiro, que participou da ação no Distrito Fede-ral, elogiou o empenho da magistratura em promover campanhas com o objetivo de conscientizar o eleitorado.

O estado de Minas Gerais já promoveu mais de 100 audiências públicas para divulgar a Campanha Eleições Limpas – Não Vendo meu Voto. Cidades como Belo Ho-rizonte, Uberaba, Governador Valadares e Poços de Cal-das já receberam a visita da Justiça Eleitoral. Destaque para a capital Belo Horizonte que reuniu mais de 200 alu-nos para debater com a Juíza Mariângela Faleiro assuntos como a Lei da Ficha Limpa, a proibição das sátiras aos políticos e o voto em branco.

MP e AMB promovem ação contra corrupção na Rodoviária do DF

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As audiências públicas pelo Brasil

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População marca presença no Dia Nacional das Audiências Públicas em PirenópolisAutoridades do Judiciário tiraram dúvidas sobre o processo eleitoral e a importância de votar com consciência. Cidadãos também denunciaram políticos que tentam comprar votos

Opiniãonúmero seja maior. “É preciso que a sociedade faça o que nós estamos fazendo, que cada um cumpra o seu dever. Essa pressão é legítima e todas as vezes que a sociedade se mobiliza, se organiza, a resposta é extremamente positiva”, enfatizou.

Participação Popular

Quem marcou pre-sença no Dia Nacional das Audiências Públicas e fez questão de partici-

par do debate foi o morador Thomás Lima (foto), de 75 anos. Pai de dois filhos, ele diz que não abre mão de escolher seus candidatos, apesar de não ser obrigado a comparecer às urnas.

“Já me ofereceram com-prar meu voto com di-nheiro e material de cons-

Mozart Valadares Pires, sobre o voto consciente: “É preciso que a sociedade cumpra seu dever, a resposta é extremamente positiva”

Paranaense aproveita audiência para denunciar candidatos

trução, mas eu nunca aceitei. A gente vota em quem a gente acha melhor. Votar pra mim é um dever de cada ci-dadão brasileiro. Enquanto eu estiver aguentando andar, vou votar”, contou.

Alunos e professores foram dis-pensados mais cedo das suas ativi-dades escolares para acompanhar a solenidade. Para a estudante Ges-laine Lobo, de 20 anos, que já esco-lheu seus candidatos, a iniciativa da AMB e do TSE é fundamental para que todos se conscientizem da im-portância do voto. “É uma excelente oportunidade para esclarecer aque-les que estão votando pela primeira vez e os que são menos instruídos”,

declarou a jovem.Os participantes também

tiveram a oportunidade de se inscrever como volun-tário para trabalhar como mesário nas eleições e também de aprender a

usar a urna eletrôni-ca, que foi disponi-bilizada pelo TSE.

Ricardo Lewandowski (presidente do TSE)

“O momento para o fortalecimento da democracia brasileira é esse. Esperamos um pleito limpo e reafirmamos a campanha para que o eleitor entre na cabine de vota-ção apenas com a sua consciência e livre de qualquer pressão”.

Roberto Gurgel (Procurador-geral da República)

“O papel da Justiça Eleitoral é tentar banir os profissionais da impunidade e da corrupção da disputa. Mais importante que a lei é a participação do cidadão para o exer-cício dela, escolhendo criteriosamente seu candidato e fiscalizando”.

Ophir Cavalcante (presidente do Conselho Federal da OAB)

“A preocupação em fazer uma eleição limpa deve ser de todos. Pedimos à popu-lação que vote consciente. Em caso de dú-vida, na hora da votar, escolha candidatos que não tenham pendência judicial ou que não tiveram sua candidatura ameaçada de impugnação”.

Durante audiência pública em Umuarama (PR), uma moradora da comunidade denunciou candidatos que es-tariam cometendo irregularidades em suas campanhas, como troca de votos por combustível e pagamentos a eleitores para que eles colocassem placas de propaganda em suas casas e carros. Os juízes eleitorais aproveitaram também para apontar outras maneiras de denunciar ir-regularidades, como provas por escrito encaminhadas à Justiça Eleitoral.

Os gaúchos também realizaram uma série de audiências públi-cas no município de Augusto Pestana. Um núcleo constituído por mais de oito municípios (Ijuí, Cruz Alta, Panambi, Júlio de Casti-lhos, Tupanciretã, Espumoso, Tapera e Ibirubá) reuniu autorida-des da sociedade civil, alunos e professores para tratar de temas da campanha como venda de votos e fiscalização da propaganda partidária. Segundo a Juíza Simone Brum Pias, responsável pela zona eleitoral, a audiência é um excelente canal para o diálogo entre a Justiça e a sociedade.

Oito cidades gaúchas se reúnem para discutir o processo eleitoral

Lula Lopes

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Juízes sergipanos pedem fiscalização

A Associação Alagoana de Magistrados (Almagis) ino-vou o modelo de Audiências Públicas. A entidade convi-dou o grupo de teatro Salt Mambembe para se apresentar para a população no centro da capital alagoana, Maceió. A ideia foi transmitir com uma linguagem simples e diverti-da a importância do voto livre e consciente, alertando os cidadãos sobre as propostas dos candidatos para o pleito de 2010. Na ocasião, estavam presentes o presidente da Al-magis, Maurílio da Silva Ferraz, a Desembargadora Nelma Torres Padilha e o Juiz George Omena.

No Dia Nacional das Audiências Públicas, 3 de se-tembro, os juízes eleitorais de Sergipe pediram que os cidadãos fiscalizassem as irregularidades eleitorais. O representante do Ministério Público Eleitoral (MPE), Adson Alberto Cardoso de Carvalho, pediu para a po-pulação vigiar os candidatos. Segundo ele, todas as de-núncias devem ser feitas com provas, sejam elas por meio de fotos ou gravações de telefonemas. Os partici-pantes fizeram perguntas e observações sobre o pleito de outubro.

Maceió traz teatro para conscientizar população

Tocantins concilia preservação

Um dos principais temas abordados na audiência públi-ca de Rondônia foi o voto com identificação biométrica. O estado é um dos pioneiros na implantação deste sistema. O encontro ocorreu no município de Colorado do Oeste e contou com a participação de cerca de 100 pessoas.

A principal mensagem passada pelos juízes eleitorais à população de Itacajá (TO) no Dia Nacional das Audiências Públicas foi sobre limpeza. O representante da Justiça Eleito-ral do estado resolveu discutir preservação ambiental junta-mente com a Campanha Eleições Limpas. Diferentemente de outras localidades do país, o evento foi voltado para alunos de uma escola estadual da região. Na ocasião, foram distri-buídos a Cartilha do Eleitor e o juiz proferiu palestras para conscientizar os participantes sobre a importância do voto.

Voto biométrico é tema de audiência pública em Rondônia

Jovens são alvo da Campanha

Em Miranda (MS), a população teve a oportunidade de conversar com os juízes eleitorais da região por mais de uma hora e meia. No encontro, os cidadãos esclareceram algumas dúvidas sobre o pleito. O juiz explicou à população a ordem da votação e as principais novidades das eleições 2010.

Para os juízes da cidade Tangará da Serra (MT), os jovens são o principal alvo da Campanha Eleições Lim-pas. A audiência pública realizada na região teve como participantes alunos das escolas 29 de Novembro, João Batista, CEJA e MT - Pré-Vestibular. Os participantes receberam a Cartilha do Eleitor e tiraram as principais dúvidas do pleito que se aproxima. Uma das mensagens passadas foi que iniciativas como esta contribuem para a difusão da democracia.

Mato Grosso do Sul: novas regras são apresentadas à população

Mais audiências públicas pelo Brasil

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ambiental com Eleições Limpas Eleições Limpas em Mato Grosso

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AMB em açãoCongresso Internacional no Canadá é prestigiado por 200 magistrados

Comissão da AMB participa de audiência pública sobre reforma do CPC

mos ao Brasil, levaremos uma experiência extremamente salutar”, disse Mozart.

Durante os dez dias de evento, foram realizadas mais de 20 palestras e seminá-rios ministrados por juízes, autoridades e professores canadenses. Nas cidades de Toronto, Montreal e Ottawa ocorreram visitas aos Tribunais e às Faculdades de Direito, que foram organizadas por gru-pos, de acordo com o ramo de atuação profissional dos participantes.

onda de acesso ao Judiciário. Hoje há uma judicialização da vida. Passamos a prestar uma jurisdição de massa. O nosso mercado não é mais de ‘varejo’ e sim de ‘atacado’”, explicou.

O magistrado elogiou o projeto e a ini-ciativa do Senado em realizar audiências públicas em vários estados para discutir questões controversas do texto com os diversos segmentos do Direito e da so-ciedade. Moritz também falou de pontos que trazem preocupação para a categoria, como o artigo 113 do novo CPC, que pre-vê a punição de juízes no caso de a parte

O I Congresso Internacional promovido pela AMB no Canadá foi considerado

um grande sucesso pelos partici-pantes. Os cerca de 200 magistra-dos que foram àquele país tiveram a oportunidade de conhecer com maior profundidade o sistema ju-dicial de uma das nações mais de-senvolvidas do mundo e também de levar para o território canadense as boas práticas da Justiça do Brasil. Os juízes compareceram em peso a todos as palestras, painéis e visitas.

Segundo o presidente da Associação, Mozart Valadares Pires, o evento foi uma importante oportunidade de atualização de conhecimentos para os juízes participantes. “Num país com uma cultura tão diferente, com dois sistemas judiciais em vigor e dois idiomas, temos muito o que aprender e o que trocar de experiências. Por isso, vamos trazer as nossas boas práticas. Ao retornar-

Integrantes da comissão desig-nada pela AMB para analisar o anteprojeto de reforma do Có-

digo de Processo Civil (CPC), acom-panhados do presidente da entidade, Mozart Valadares Pires, estiveram presentes na primeira audiência pú-blica realizada pela comissão temporária do Senado para debater a proposta (PLS 166/10) com representantes de categorias do Direito. Na oportunidade, o desembar-gador Paulo Henrique Moritz Martins da Silva, integrante da comissão da Associa-ção, falou em nome da entidade.

Em seu discurso, Moritz afirmou que o Código de 1973, mesmo depois de sofrer “minirreformas”, ainda pos-sui uma estrutura bastante pesada e que o novo CPC precisa atender às ne-cessidades da sociedade atual. “A nova ordem constitucional despertou uma

Participantes assistiram a mais de 20 palestras, seminários, e também visitaram tribunais e universidades de Direito do país. AMB divulgará em breve uma publicação especial sobre o evento.

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requerer providência e o pedido não for apreciado no prazo de dez dias.

“A realidade judiciária brasileira é conhecida de todos. Temos uma dis-tribuição de novas ações que cresce ano a ano, de forma assustadora. A estrutura que o Estado disponibiliza

para atender essa demanda é totalmen-te desproporcional ao volume de serviço. Muito raramente se encontrará um motivo injustificado para o juiz recusar, omitir ou retardar a apreciação de um pedido da par-te. Está se criando uma regra para cuidar da exceção”, definiu Moritz.

O relator-geral da comissão temporária, senador Valter Pereira (PMDB-MS), disse que há pontos que precisam ser ajustados no novo Código. “O novo CPC terá que ex-primir não uma tendência de determinado segmento, mas o pensamento médio de to-dos os operadores do Direito”, afirmou.

O evento contou com a participa-ção de autoridades canadenses e bra-sileiras. Do Brasil, estiveram presen-tes a integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Morgana Richa; a ministra do Superior Tribunal Mili-tar (STM) Elizabeth Guimarães Tei-xeira Rocha; o cônsul-geral do Brasil em Toronto, embaixador Afonso José Sena Cardoso; o vice-presidente e o corregedor do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ministros João Ores-

tes Dalazen e Carlos Alberto Reis de Pau-la, entre outros.

Um dos resultados do Congresso In-ternacional foi a produção de artigos feita pelos magistrados brasileiros que registra-ram impressões sobre o evento. A maio-ria dos textos pode ser lida no portal da entidade na sessão “Artigos”. No próximo mês, a AMB lançará uma publicação com a cobertura completa do evento, incluin-do reportagens especiais e fotografias.

Comissão do Senado debate novo Código de Processo Civil

Juízes participaram de forma efetiva de toda a programação científica

Acervo AMB

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vem ser exaltadas por facilitar o acesso ao exercício pleno da cidadania e escla-recer os direitos e deveres do cidadão.

Ao longo de seis edições de sucesso, o Prêmio AMB de Jornalismo contabilizou

mais de 1,5 mil inscritos. No primei-ro ano, concorreram 108 trabalhos.

Em 2010, as inscrições poderão ser feitas até 29 de outubro e no

hotsite do Prêmio (www.amb.com.br/premio). Cada jorna-lista poderá inscrever até três trabalhos e todos passarão

por uma banca examinadora, que esco-lherá os três finalistas de cada categoria. Os vencedores serão escolhidos pela co-missão julgadora.

Acompanhe todas as novidades so-bre as etapas do concurso pelo twitter: @premioamb.

Chegada à sétima edição, o Prêmio AMB de Jornalismo, uma das mais importantes

premiações oferecidas à imprensa na-cional na área jurídica, preten-de reconhecer as notícias que contribuem para estreitar a re-lação entre a magistratura e a sociedade. Nesta edição, o prêmio será dividido em cinco categorias: Nacio-nal, Regional, Assessorias Filiadas, Especial Eleições Limpas e Especial Fotografia.

O objetivo é reconhecer matérias que prestam serviço à comunidade, que mostrem as irregularidades, assim como abordem as possíveis soluções para os problemas do sistema judicial. Para a entidade, ações como essas de-

AMB em ação

Prêmio AMB de Jornalismo chega à sétima ediçãoMais de 1,5 mil jornalistas já concorreram à premiação que consagra reportagens na área do Judiciário

Entidade assina manifesto em defesa da Lei da Ficha Limpa

AMB divulga nota pública contra declaração de Roriz

A AMB e outras trinta e quatro en-tidades, além de ju-ristas, assinaram o manifesto em favor da Lei da Ficha Limpa, na sede do Conselho Federal da OAB, em Brasília (DF). O docu-mento foi encaminhado aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

No documento, juristas e representan-tes de entidades civis afirmam que a so-ciedade brasileira aguarda essa confirma-ção pelo Poder Judiciário da validade da lei para estas eleições, a fim de proteger a probidade e a moralidade no exercício dos mandatos eletivos.

O texto diz ainda que a aplicação da anua-lidade à Lei da Ficha Limpa, por outro lado, deixaria o país em grave quadro de insegu-rança jurídica, uma vez que a maioria das disposições da redação original da Lei de Ine-legibilidades já foi expressamente revogada.

“A Associação dos Magistrados Brasileiros, entidade que congrega qua-se 14 mil juízes em todo o país, vem a público manifestar veemente repú-dio às declarações do ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, em manifesto divulgado no dia 24 de setembro, após anunciar o fim de sua candidatura ao governo do DF.

No documento, Roriz atacou injustamente a magistratura ao afirmar que tem a ficha mais limpa do que a “de alguns juízes que o julgaram apenas com base em sofismas”. Para a AMB, as declarações são levianas e irresponsáveis, pois lançam suspeitas infundadas sobre a conduta dos julgadores do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, Tribunal Superior Eleitoral e Supremo Tribunal Federal, que apreciaram os proces-sos judiciais contra o então candidato.

Se o então candidato tem conhecimento de algum fato que desonre a conduta de algum magistrado, que o apresente com as respectivas provas e não lance suspeitas genéricas com o objetivo de mudar o foco do noticiário nacional.

A busca pela ética na política é um pleito da sociedade ao qual a AMB tem se solidarizado. Por essa razão, a entidade lançou este ano a terceira edição da Campanha Eleições Limpas, desenvolvida em parce-ria com o Tribunal Superior Eleitoral, e é totalmente favorável à apli-cação imediata da Lei da Ficha Limpa, que visa barrar candidaturas de pessoas que não apresentam comportamento ético adequado para a democracia brasileira.”

Categorias:Nacional: Serão premiadas reporta-

gens de cada segmento da mídia veiculadas em rede nacional em diversos formatos: re-vista, jornal, rádio, televisão e internet.

Regional: Concorrerão matérias pu-blicadas por veículos de alcance regional, sendo apenas um vencedor para cada mí-dia (rádio, televisão e jornal).

Associação Filiada: Competirão re-portagens publicadas em jornal, revista ou site institucional, produzidas pelas as-sociações de magistrados filiadas à AMB.

Especial Eleições Limpas: Concorre-rão reportagens que visem a conscientiza-ção dos eleitores, e atuação do Judiciário diante da nova Lei da Ficha Limpa.

Especial Fotografia: Prêmio destinado aos fotógrafos que retratam questões liga-das ao Judiciário brasileiro.

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Diretora do Departamento de Pensio-nistas da AMB, Eneida enumerou alguns desafios da categoria e agradeceu todo o apoio da AMB na luta pelas pensionistas

e também na concepção do con-gresso. “Esperamos que este ano seja votada e aprovada a PEC 46 que prevê que as aposentadorias dos magistrados e membros do Ministério Público serão integrais, concedidas e pagas pelos Tribu-

nais e órgãos do Ministério Público, as-segurada as pensões, mediante o ressarci-mento dos valores da Previdência Social. Essa é uma das nossas lutas”, observou.

A pensionista também elogiou todo o em-penho da AMB nas lutas em defesa da ma-gistratura e de sua categoria. “Através de sua inteligência e atividade profissional, Mozart tem lutado para poder resolver os problemas

da magistratura e os anseios da sociedade. Um exemplo é a Campanha Eleições Limpas, liderada pela Associação em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral, cujo slogan é Não Vendo meu Voto”, acrescentou.

Programação

O desembargador e ex-presidente da entidade Claudio Baldino Maciel foi um dos palestrantes do evento e abordou o tema “A Magistratura e o Estado demo-crático”. Em seu painel, Maciel lembrou dos diversos desafios que o Judiciário bra-sileiro tem para continuar evoluindo.

“É necessário discutir a cultura do conservadorismo e trazer a modernida-de. Precisamos dar marcha ao Judiciá-rio, além de eficiência. Um dos pontos que defendo é que se coloque os mais aptos ao invés dos mais antigos para ad-ministrar o Poder Judiciário”, destacou o desembargador.

A oftalmologista Islane Verçosa, que falou sobre doenças visuais como a cata-rata e o glaucoma, e o mestre em Psicolo-gia Clínica, Gileno Campos, com o painel “Conquistando as emoções”, também par-ticiparam do encontro.

Por fim, um debate entre os candidatos à presidência da AMB: o Desembargador Nelson Calandra, da chapa “NOVOS RU-MOS”, e o Juiz Gervásio dos Santos, da chapa “AMBCOMVOCÊ”. Eles debateram propostas e responderam perguntas ela-boradas por diversas pensionistas.

Os direitos e anseios das pensio-nistas da magistratura e temas relacionados à saúde humana

foram os grandes atrativos do VII Con-gresso Nacional de Pensionistas da Ma-gistratura, realizado entre os dias 27 e 30 de setembro, em Fortaleza (CE). Evento tradicional da classe, o encontro contou com 330 participantes e foi realizado no Gran Marquise Hotel.

O presidente da AMB, Mozart Valada-res Pires, prestigiou a abertura do congres-so e lembrou da luta da coordenadora do evento, Eneida Barbosa, pelo resgate dos direitos das pensionistas. “A luta é longa e árdua. Há incompreensão e resistência de setores do Parlamento para reconhecer os direitos dos magis-trados e também dos aposentados e pensionistas. Mas, Eneida sem-pre foi uma guerreira e temos que continuar essa batalha”, afirmou.

Também participaram da abertura o presidente da Associação Ce-arense de Magistrados (ACM), Marcelo Roseno, a coordenadora de pensionistas da ACM, Lirete Espínola, o diretor te-soureiro da AMB, Emanuel Bonfim, o presidente da Apamagis, desembarga-dor Paulo Dimas, e outras autoridades do Judiciário cearense e representantes de associações estaduais.

Congresso Nacional de Pensionistas movimenta a capital cearenseRealizado no final de setembro, em Fortaleza, evento discutiu os principais anseios das pensionistas e tratou de temas relacionados à saúde. Candidatos à presidência da AMB participaram de debate e responderam a perguntas dos congressistas

Eventos

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Leitura da Carta de Fortaleza encerra evento

A leitura da “Carta de Fortaleza”, do-cumento com os principais anseios das pensionistas da magistratura, marcou o encerramento do congresso. Elaborada pelas representantes dos departamentos

de pensionistas das associações nos estados e por Eneida Barbosa, a carta foi dis-tribuída ao final do evento a todas as congressistas.

Com dez pontos expressos, a Carta traz reivindicações como o direito de voto às pensionistas quando da eleição das diretorias das associações e da AMB, e tam-bém pede o empenho da magistratura na aprovação da PEC 46, que visa restituir a integralidade da aposentadoria de magistrados e membros do Ministério Público, da Defensoria Pública, entre outros.

Diretores da AMB e autoridades do Ceará prestigiaram a cerimônia de abertura da sétima edição do Congresso

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Desde 2002, a cada três anos, o Encontro Nacional de Juízes Estaduais (Enaje) reúne ma-

gistrados de todo Brasil para discutir assuntos de interesse do Judiciário e da sociedade, com a participação de im-portantes nomes da categoria. O evento foi idealizado pelo então presidente da AMB, Desembargador Cláudio Baldino Maciel. A primeira edição, realizada em Balneário Camboriú (SC), teve como tema “O Judiciário e a paz social”, e atraiu mais de 900 participantes.

O II Enaje aconteceu em 2004, na cidade de São Paulo. Na oportunidade, o tema central do evento foi “A Justiça que Queremos” e mais de 600 juízes es-taduais puderam acompanhar os painéis e palestras realizados na Câmara Ame-ricana de Comércio. Pela primeira vez, o evento foi transmitido em tempo real pela internet.

Já a última edição do Encontro acon-teceu em 2007, em São Luís (MA) e teve como tema central de suas atividades: “So-luções no âmbito da administração Judiciá-ria: gestão, eficiência, e qualidade”. Um dos momentos mais marcantes do III Enaje foi a assinatura de um protocolo de intenções para a institucionalização de projeto refe-rente ao tema do Encontro, com o objetivo de divulgar experiências bem-sucedidas na área de gestão judiciária.

Encontro se consolida como maior evento da magistratura estadualQuarta edição do Enaje discutirá o papel do Judiciário no desenvolvimento sustentável

Enaje 2004

Enaje 2007

Enaje 2002

Retrospectiva

Com o tema “O Judiciário e a paz social”, o I Enaje reuniu mais de 900 participantes em Santa Catarina.

Em São Paulo, mais de 600 juízes participaram do Encontro sobre “A Justiça que Queremos”.

A última edição aconteceu no Maranhão e discu-tiu “Soluções no âmbito da administração Judi-ciária: gestão, eficiência, e qualidade”.

InscriçõesAssociados01/10 a 31/10: R$ 300,00; 01/11 a 05/11: R$ 450,00;No local: R$ 650,00

Acompanhantes 01/10 a 31/10: R$150,00; 01/11 a 05/11: R$ 200,00; No local: R$ 250,00

Descontos em passagens aéreas (ida e volta)

Informações e reservas: (79) [email protected]

As inscrições para o Encontro já estão abertas e podem ser feitas pelo site www.amb.com.br/Enaje. Confira os valores:

* No dia 5/11 se encerram as inscrições do Encontro. A partir daí, elas só poderão ser feitas no local do evento.** A inscrição como acompanhante dará direito, exclusivamente, a usufruir da programação social do evento.

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IV EnajeEste ano o Nordeste volta a sediar o Encon-

tro, desta vez com o apoio da Associação dos Magistrados de Sergipe (Amase). Os juízes se reunirão em Aracaju (SE), de 11 a 13 de no-vembro, para debater o tema central: “Justi-ça e Desenvolvimento Sustentável”.

O Juiz sergipano Marcelo Augusto Cos-ta Campos, membro da comissão organi-zadora do evento, espera que o Encontro surpreenda os magistrados. “Estamos trabalhando para que os participantes do Encontro tenham excelente grau de satis-fação com o evento e com nossa cidade. Esperamos que o IV Enaje seja um mo-mento de debate de temas jurídicos atuais, bem como uma excelente oportunidade para que juízes de todo o país conheçam nosso estado e desfrutem do melhor que temos a oferecer”, afirmou.

A expectativa é que mais de 700 juízes participem do evento, a ser realizado no Hotel Parque dos Coqueiros. Grandes no-mes já confirmaram presença, entre eles: os Ministros do Supremo Tribunal Fede-ral (STF), Carlos Ayres Britto e Ricardo Lewandowski; o Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Luiz Fux; o Juiz canadense Pierre Dalphond; o Juiz Dire-tor da Escola Judiciária Eleitoral do Tri-bunal Regional Eleitoral do Rio de Janei-ro (TRE-RJ), Luiz Márcio Victor Alves; a

senadora Kátia Abreu (DEM-TO); o assessor jurídico da ONG Insti-tuto Socioambiental (ISA), Raul Silva Telles do Valle; e os advoga-dos Luiz Guilherme Marinoni e Gláucio Siqueira.

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A AMB ganhou grande destaque na mídia no período entre 15 de agos-to e 15 de setembro por conta da

realização do Dia Nacional das Audiências Públicas, realizado na cidade goiana de Pi-renópolis, no último dia 3 de setembro. O jornais Correio Braziliense e O Globo trou-xeram reportagens informando que o pre-sidente da Associação, Mozart Valadares Pires, promoveu encontro com a população juntamente com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministro Ricardo Lewandowski, o procurador-geral da Re-pública, Roberto Gurgel e o presidente da OAB, Ophir Cavalcante. (Leia mais sobre o evento nas págs. 10, 11 e 12)

A iniciativa foi considerada o ponto alto da Campanha Eleições Limpas- Não Vendo meu Voto e tem como principal objetivo conscientizar o cidadão sobre a importância da sua escolha na hora de ir às urnas. Há, inclusive, a expectativa de que outras duas cidades também realizem o evento nos mes-mos moldes, com a presença da AMB, do TSE e de outras autoridades.

Outra reportagem bastante discutida pela sociedade e que entrou na pauta dos grandes veículos foi a liberação para que emissoras de rádio e televisão façam humor com os candidatos, partidos políticos e coli-gações envolvidas nas eleições gerais.

O jornal O Estado de S. Paulo noticiou que a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) havia protocolado ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lei das Eleições de 1997. O Ministro do STF, Carlos Ayres Britto, suspendeu a nor-ma no dia 26 de agosto, liberando charges, piadas e outras expressões humorísticas no período que antecede o pleito de outubro.

Ainda em relação ao processo eleitoral, os meios de comunicação noticiaram a expectativa do julgamento do recurso do candidato ao governo do Distrito Federal (DF), Joaquim Roriz (PSC), em relação à impugnação de sua candidatura. O can-didato foi enquadrado pela Lei da Ficha Limpa, criada pela AMB, e recorreu à

Dia Nacional das Audiências Públicas é destaque em veículos de todo o paísAssuntos como o subsídio da magistratura e o atentado ao juiz de Sergipe também foram citados

Suprema Corte para continuar na disputa. Até o fechamento desta edição, 247 candi-datos haviam sido impedidos de concor-rer a um cargo eletivo por causa da Lei.

Entre os assuntos relacionados à ma-gistratura, um tema muito discutido pelos grandes veículos foi a questão do subsídio dos juízes. Matérias nos portais Terra, Con-gresso em Foco e no Valor Econômico infor-maram que entidades representativas do Judiciário e do Ministério Público defende-ram no dia 23 de agosto projeto de lei envia-do ao Senado pelo presidente do Supremo, Ministro Cezar Peluso. Os projetos de lei

aumentam o valor do teto do Judiciário de R$ 26.723 mil para R$ 30.675 mil. Em entre-vista à Rádio CBN, o diretor financeiro da AMB, Juiz Emanuel Bonfim, garantiu que revisão do subsídio dos salários dos mem-bros do Poder Judiciário é constitucional.

Também no período analisado, um dos temas mais noticiados foi o atenta-do sofrido pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE- SE), Desembargador Luiz Mendonça e de seu motorista na cidade de Aracaju. Mendon-ça foi atingido por um tiro de raspão no ombro e se encontra bem.

AMB na mídia

15 de agosto a 15 de setembro de 2010 256 NOTÍCIAS EM 130 VEÍCULOS

O GLOBO

O GLOBO

Mídias que mais divulgaram notícias sobre a AMB

Distribuição regional de notícias sobre a AMB em veículos impressos e online

Estimativa de espaço e alcance em veículos impressos e online

Veículos que mais divulgaram notícias sobre a AMB

Online 91

Imprensa Regional 96

Nacional 17

Especializados 20

Release 5

Rádio 12

Televisão 15

Total 256

Nordeste 40

Sudeste 55

Centro-Oeste 24

Sul 17

Norte 16

Área 9.199 cm de coluna

Público 8. 591. 028 leitores

Valor R$ 1.006. 376,00

Ranking Veículo Matérias

1º Jornal do Commercio RJ 14

2º Agência Senado 7

3º G1- Globo 6

CORREIO BRAZILIENSE

VALOR ECONÔMICO

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Serão discutidos temas como Direitos Humanos, cooperação judicial, trans-versalidade dos Direitos Am-bientais e integração virtual

dos países. O evento é promovido pela Rede Latinoamericana de Juízes (RE-DLAJ) com o apoio da ENM e da AMB. Serão abertas 200 vagas e as inscrições podem ser feitas nos site do evento. Acesse www.redlaj.net/cartagena.

Um encontro que pre-tende colaborar com os esforços de integração co-operativa entre os Poderes Judiciários da América La-tina e promover mecanismos informais de aproximação pessoal entre os juízes. Esse é o objetivo do IV Congresso Ibe-roamericano sobre Cooperação Judicial, que vai ocorrer de 23 a 25 de novembro, em Cartagena das Índias, na Colômbia.

Agenda - Outubro

Será realizado entre os dias 4 e 15 de ou-tubro, na Escola Nacional da Magistratura Francesa, o Curso de Formação de Forma-dores, que será ministrado nas cidades de Paris e Boudeaux e tem como objetivo for-mar instrutores para escolas de magistratura de todo o mundo. O curso será promovido pela ENM, Embaixada da França e Escola Nacional da Magistratura Francesa.

A cidade de Niterói (RJ) recebe entre os dias 27 e 29 de outubro o Simpósio Brasil-Quebec sobre Direito do Consumidor. O encontro acontecerá na Universidade Fe-deral Fluminense (UFF) e vai discutir a re-lação de consumo de Quebec, no Canadá, e do Brasil. O Simpósio é promovido pela ENM, em parceria com a UFF e o Gru-po de Pesquisa em Direito Internacional e Comparado do Consumo (GREDICC), da Universidade de Quebec em Montreal (UQUÀM). Os magistrados podem se ins-crever até o dia 10 de outubro (segunda se-leção), no site www.enm.org.br.

ENM

com os membros da comissão que ela-boraram a proposta.

Entre os palestrantes, estão confirma-dos o Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Luiz Fux, e a professora Te-reza Arruda Wambier, ambos integrantes da comissão de juristas que elaboraram a proposta do novo CPC. Outros membros da comissão também serão convidados.

As inscrições podem ser feitas até dia 29 de outubro, no endereço www.enm.org.br.

A ENM realizará, nos dias 4 e 5 de no-vembro, o seminário “Novo Código de Processo Civil: panorama e perspectiva”, em Brasília. O evento ocorrerá no auditó-rio da Escola da Magistratura do Tribunal Regional Federal (Esmaf - 1ª Região).

O curso tem como objetivo apresen-tar aos magistrados um panorama das principais mudanças trazidas pelo pro-jeto do novo código (PLS 166/10). Além disso, a ideia é oferecer um debate direto

Escola promove seminário em Brasília para discutir novo CPC

trabalhistas, eleitorais e militares em um momento marcante para o Poder Ju-

diciário nacional. Também se-rão convidados para o even-

to os diretores das Escolas de Magistratura da Rússia e da China.

O evento vai colocar em pauta diversos assuntos

de interesse das escolas. No último encontro, realizado em

Brasília, foi discutida a competência para regulamentar o concurso para o ingresso na magistratura e a resolução nº 75 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A Escola Nacional da Magistratu-ra (ENM) também irá promover o Encontro Nacional de Dire-tores de Escolas de Ma-gistratura, em Aracaju, capital de Sergipe. O encontro, que ocorrerá no dia 11 de novem-bro, visa reunir dire-tores das Escolas e pro-porcionar troca de ideias, informações e experiências.

Segundo o diretor da ENM, desem-bargador Eladio Lecey, o evento reunirá diretores das escolas estaduais, federais,

Capital sergipana sedia encontro de diretores das Escolas de Magistratura

Congresso sobre cooperação judicial será realizado em novembro na Colômbia

Novas inscrições

2º Encontro Nacional dos Juízes de Infância e de Juventude

Data e local: 18 e 19 de novembro, em Brasília.Inscrições: até 8 de outubro, no site

www.enm.org.brO encontro visa propiciar aos magistra-

dos conhecimentos sobre os programas de atendimento às crianças e aos adolescen-tes vítimas de violência. Também serão tratados temas atuais ligados ao Direito da Infância e da Juventude.

Curso sobre Jurisdição e Psicanálise

Data e local: 1º a 3 de dezembro, em Brasília.Inscrição: até 28 de outubro, no site

www.enm.org.br. O curso vai oferecer aos magistrados

um debate sobre o exercício da atividade jurisdicional sob a inflexão da psicanálise.

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Ideia de magistrado surgiu na época em que ele ainda estava na universidade. Para Jesseir de Alcântara, projeto Júris em Faculdades, em Goiás, é uma forma de unir teoria à prática

Júri popular dentro da sala de aulaVida de juiz

As sessões de júri popular fo-ram parar dentro das salas de aula nas faculdades de

Direito em Goiânia (GO). Insatis-feito com a distância entre a teoria e a prática nos bancos escolares, o Juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, é autor da ideia que vem sendo muito bem recebida entre os bacharelandos. Segundo Alcântara, desde que es-tudava na Universidade Mackenzie de São Paulo, ele sentia falta de algo mais concreto para os alunos, den-tro da própria academia.

Na magistratura há 22 anos, Al-cântara tentava há nove colocar a ideia em prática, mas apenas no ano passado conseguiu a autorização da Presidência do Tribunal de Justiça de Goiás para iniciar as sessões em local que não fosse o fórum. “Hou-ve um pouco de resistência por parte de alguns colegas em aceitar o proje-to. A principal alegação deles era de que já tínhamos espaço e segurança no nosso local de trabalho e, por isso, não havia necessidade de se deslo-car”, explicou.

Alcântara explica que a questão, para ele, ia além do espaço físico. “Ao escolher o Direito como profissão eu pude perceber que tinha um dom e, acima disso, tinha pra-zer em exercer a função. Levan-do o Júris em Faculdades para as instituições queria que os alunos tivessem a mesma per-cepção e um incentivo em con-tinuar com a escolha.”

Só no ano passado, das 12 faculdades de Direito da capi-tal goiana, dez receberam as sessões. A expectativa é de que neste ano, todas as instituições de Direito participem do proje-

do processo não ocorrer dentro de um fórum, como é de costume, todo o trâmite é preservado.

“Fico muito feliz com o projeto porque nunca vi algo parecido em outro lugar. Ao levar para dentro da faculdade algo desse tipo, nós esta-mos fazendo com que o Júri desem-penhe cada vez mais a sua função de ser popular”, disse o magistrado.

O juiz conta que nas primeiras sessões a participação do público foi grande, com plenária cheia. Segundo ele, apesar de ser um projeto voltado para os docentes de Direito, alunos de outras áreas acadêmicas, como de Sociologia e de Comunicação Social, prestigiam as sessões.

“As pessoas não têm muito contato com o jargão jurídico, acham com-plicado e acabam se afastando, mas no caso do Júri é diferente. A mídia divulga muito esses casos, o que aca-ba popularizando e despertando a curiosidade”, afirmou o juiz.

Para ele, o interesse de alunos de outras disciplinas pelo Júri em Fa-

culdades é mais um canal da área jurí-dica com a sociedade. Essa participação, segundo ele, contribuiu para a consolida-ção do projeto, que antes era visto como

algo inusitado e, agora, passou a ser algo regular e rotineiro. “Alguns acadêmicos até brin-cam pelos corredores dizendo que diferente agora é ir ao tri-bunal ver alguma sessão. Mas, isso é apenas uma brincadeira. O nosso grande objetivo não é descaracterizar as sessões tradi-cionais, mas mostrar aos alunos e à sociedade como funciona o trabalho do magistrado. Eu es-pero que outros estados possam aderir a nossa prática aqui do Goiás”, diz Alcântara.

to. De acordo com o juiz, os casos que são levados para dentro das salas de aula, são mais tranquilos. A preferência é que o réu ainda esteja solto. Ele explica que apesar

Jesseir de Alcântara: No início, o projeto sofreu resistência

Júris em Faculdades: objetivo é mostrar à sociedade como é o trabalho do juiz

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