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Nova lei do SNE aprovada inclui os subsídios do MEPT

“MEPT, Activista Moçambique, e ONP lançaram 2ª edição da campanha Meu Professor, Meu Herói.”

“MEPT junta parlamentares para reflectirem em torno da planificação orçamental.”

“Governo revoga Despacho 39/GM/2003 após pressão das OSCs lideradas pelo MEPT”

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4ªEdição | Abril de 2019 | Cidade de Maputo

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SOBRE O MEPT

Ficha Técnica

Produção: MEPT-SECRETARIADO

Edição: MEPT-SECRETARIADO

Layout e Impressão: AMAZING,LDA

COPYRIGHT © MEPTMOZAMBIQUE

O que é MEPT?O MEPT é um Fórum de ONGs, associações,

OCBs e pessoas singulares que trabalham e/ou que se interessam pela Educação. Foi estabelecido em 1999 com o objectivo de capacitar as Organizações da Sociedade Civil para o seu pleno envolvimento nas questões de Educação e de advocacia em prol de Educação básica de qualidade para todos.

VisãoTer um país onde todas as crianças, jovens

e adultos tenham acesso a uma educação básica de qualidade, sem qualquer tipo de discriminação”.

MissãoRealizar acções de advocacia no seio

do Governo, Sociedade Civil, dos Sectores Público e Privado para que uma Educação básica de qualidade seja acessível e usufruída por todos os cidadãos.

O objectivo geralContribuir para a melhoria do acesso a

uma Educação de qualidade e inclusiva e que dê particular atenção às raparigas, à mulher e às crianças vulneráveis”.

EDITORIAL

De forma a preparar melhor as crianças, a Educação Pré-escolar deve ser considerada prioritária no nosso Sistema Nacional de Educação

Nos primeiros anos, as crianças são expostas a algumas das experiências de aprendizagem mais significativas da vida e desenvolvem competências que estão na base de toda a aprendizagem posterior.

A Educação e Desenvolvimento Pré-escolar têm demonstrado ser uma das soluções eficazes e sustentáveis para garantir que crianças de 5 a 6 anos de idade possam ingressar no primeiro ano da Educação Primária com o nível mínimo de prontidão para aproveitar as experiências de aprendizagem que as escolas oferecem, contribuindo, também, para bons níveis de desempenho nos primeiros anos de escola, retenção e também aumento da taxa de entrada na 1ª classe, na idade desejada de 5 a 6 anos de idade. Este nível constitui o alicerce crucial para o sucesso do indivíduo.

Todavia, em Moçambique, apenas 4% das crianças entre 0 e 5 anos beneficiavam de alguma forma de ensino pré escolar formal (MINEDH, 2012).

A nova Lei do Sistema Nacional de Educação, aprovada em 2018, coloca a educação pre-escolar como opcional, colocando-a em segundo plano nas prioridades do sector, retirando-a também, deste modo, como mandato primário do Estado.

Urge, deste modo, que o Estado Moçambicano reconsidere, de forma geral, a posição da Educação Pré-escolar, enquanto estratégia de desenvolvimento da primeira infância, e de forma específica, promova a revisão pontual da Lei do Sistema Nacional de Educação.

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Nova lei do SNE aprovada inclui os subsídios do MEPT.

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No dia 01 de Novembro 2018, foi aprovada por consenso pela Plenária da Assembleia

da República a proposta do MINEDH (Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano) para a revisão da Lei do Sistema Nacional de Educação. A decisão foi tomada, após O MINEDH ter submetido por quatro vezes a proposta ao Movimento de Educação Para Todos, com o objectivo de colher mais subsídios para enriquecer a nova proposta.

A lei aprovada propõe a escolaridade obrigatória da 1ª à 9ª classe, alterando a lei nº 6/ 92 de 6 de Maio, segundo a qual a escolaridade obrigatória era até a 7ª classe, ciclo conhecido como Ensino Primário Completo (que inclui o primeiro ciclo – da 1ª à 5ª classe, e o segundo da 6ª a 7ª classe).

A nova lei introduz dentre outras alterações a redução do Ensino Primário de 7 para 6 classes, com um plano curricular contínuo e em regime de monodocência, isto è, um professor leccionando todas as disciplinas curriculares de uma determinada classe. Propõe a passagem da 7ª classe para o Ensino Secundário Básico que, por sua vez passará a ser de apenas 9 classes sendo de carácter obrigatório. Está medida foi tomada para garantir que todas as crianças do país possam concluir o nível em tempo útil. Para tal, as crianças devem ser obrigatoriamente matriculadas na primeira classe no ano em que completam 6 anos de idade. A nova lei mantém a gratuitidade do ensino primário.

Segundo Sua Exª Conceita Xavier Sortane, Ministra de Educação e Desenvolvimento Humano, a nova lei do SNE visa garantir uma educação básica, inclusiva a todos os cidadãos nacionais, com alargamento da escolaridade obrigatória. “Com esta Lei pretende-se ainda promover o acesso à educação, salvaguardando o princípio de equidade de género, igualdade de oportunidades e erradicação do analfabetismo”.

Membros do MEPT apresentando o seu posicionamento em relação a proposta de revisão da lei do SNE aos parlamentares.

De entre outras mudanças, a nova lei estabelece que o SNE passa a ser constituído por seis subsistemas nomeadamente:

A Educação Pré-Escolar; Educação Geral; Educação de Adultos; Educação Profissional; Formação de Professores e Ensino Superior.

Segundo o MINEDH, a revisão do SNE surgiu da necessidade de alinhar e harmonizar a lei com as convenções internacionais sobre a educação e formação de que o país é subscritor, preconizando um ensino básico de 9ª e 10ª classes que está consagrado no protocolo da comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) sobre a Educação e Formação.

Governo revoga Despacho 39/GM/2003 após pressão das OSCs lideradas pelo MEPT

A pós cerca de 15 anos de diálogo com o MEPT, O Ministério de Educação e

Desenvolvimento Humano revogou, no mês de Dezembro o Despacho 39/GM/2003 que obrigava a transferência de alunas grávidas do período diurno para o nocturno.

A revogação deste Despacho só foi possível graças a uma campanha desencadeada pelo Movimento de Educação Para Todos, com apoio de pessoas colectivas e outras organizações que actuam na área de educação e protecção dos direitos da criança e mulher, nomeadamente Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil, Save The Children, WLSA (Mulher e Lei na África Austral), Fórum Mulher, Right To Play, Organização Nacional dos Professores, Actionaid, Associação dos Estudantes Secundários de Moçambique, e a Fundação para o Desenvolvimento da

Comunidade. Segundo a Secretaria do MEPT, Isabel Francisco está decisão é um ganho para à educação da rapariga, uma vez que, muitas foram forçadas a abandonar os estudos devido a este Despacho, que as obrigava a passar para o período nocturno. “Com a revogação do Despacho, esperamos que todas as meninas tenham o acesso à educação sem nenhum tipo de discriminação”. A Secretaria acrescentou ainda que, o trabalho não termina por aqui, pois ainda há um trabalho árduo a ser feito no que refere à educação da rapariga.

De frisar que, este é mais um dos passos político importante na promoção e proteção dos direitos das raparigas em Moçambique, principalmente no direito à educação, visto que, ao revogar o Despacho o governo removeu mais uma barreira na sua educação.

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Integrantes dos núcleos de estudantes da AESMO.

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Manual de Procedimentos limita a gestão de fundos do Apoio Directo às Escolas.

A s escolas têm limitações para aplicar o dinheiro do Apoio Directo às Escolas (ADE)

em suas prioridades, por causa das regras do Manual de Procedimentos do ADE. Este facto foi observado em oito escolas de Namacurra e Mocuba, na província da Zambézia, durante uma visita realizada pelo Movimento de Educação para Todos (MEPT), em Setembro último.

Antes de tudo, afinal o que é e como funciona o ADE?

O ADE é um valor alocado às escolas, com objectivo de melhorar as condições de ensino e aprendizagem. Este valor é usado para a aquisição de materiais e serviços diversos com enfoque no material didáctico para o aluno e para a escola. O ADE visa reforçar a gestão escolar através de um maior envolvimento da comunidade e dos Conselhos de Escola na aplicação dos recursos da escola.

Os fundos do ADE abrangem todas as escolas primárias públicas e estão inscritos no orçamento do Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia (SDEJT) ou da Direcção Provincial de Educação e Cultura (DPEC) para o caso das escolas das cidades capitais de cada província. Os fundos deverão ser movimentados do orçamento para a conta bancária do SDEJT e, subsequentemente, canalizados às escolas e aos Coordenadores das Zonas de Influência Pedagógica (ZIPs).

A utilização dos fundos e a prestação das contas é primeira responsabilidade do Director da Escola. O Conselho de Escola, sendo um órgão importante para o correcto funcionamento da escola, deve verificar e aprovar a lista de materiais e serviços a adquirir assim como os processos de prestação de contas, ou seja, a despesa. (Manual de procedimentos, ADE, Ensino primário, 2015)

Exactamente, onde está a limitação?

O valor do ADE é gasto com base no Manual de Procedimentos, para garantir maior transparência e uma gestão efectiva. O manual indica que cada escola deve gastar 70% do ADE em bens e serviços e 30% fica ao critério da escola.

A limitação começa quando reconhecemos o facto de que as escolas são diferentes e cada uma tem suas próprias prioridades e necessidades. Assim, na tentativa de seguir o Manual de Procedimentos do ADE, as escolas realizam despesas que não coincidem com as suas prioridades.

Durante a visita do MEPT, foi constatado que a maioria das escolas, mesmo sem necessidade, gastam o ADE comprando material pedagógico repetidamente, deixando de lado suas reais prioridades: “com o valor que recebemos, tanto na primeira como na segunda tranche compramos cadernos para alunos, livro de turma, caderneta do professor, bola para educação física, e outros materiais”. Afirmou Deolinda Zeferino, Directora da EPC de Cunheia, sublinhando que estas despesas são feitas seguindo as recomendações do Manual de Procedimento.

Processos não transparentes por falta de infraestruturas escolares.

Para garantir boa gestão e transparência na aplicação do ADE, o Manual de Procedimentos recomenda que os processos sejam de domínio público. Que as escolas disponibilizem, na vitrina da secretaria, os valores do ADE, as listas de necessidades, as actas de compra e recepção do material e outro tipo de informação relacionada.

Porém, das escolas visitadas, apenas uma é que tem uma secretaria. As outras escolas guardam os documentos em casa do Presidente do Conselho

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Secretariado do MEPT em visita as escolas primárias de Mocuba e Namacurra, Província da Zambézia.

de Escola. “Não temos como tornar todos esses documentos públicos; como vêm não dispomos de secretaria. A nossa secretaria funciona aqui debaixo da mangueira. Quando há supervisão, devem nos informar com antecedência, para poder também informar ao Presidente da escola, para ele trazer os processos”, disse Cecilia Muleneia, Directora da EP1 de Macuvine.

Uma história diferente.

Se por um lado a aplicação do ADE é limitada pelas regras de alocação estabelecidas no Manual de Procedimentos, por outro o é pela capacidade de definição de prioridades e mobilização da comunidade, por parte dos gestores de escolas.

A Escola Primária de Muera, no distrito de Mocuba, usou a autonomia sobre os 30% do ADE para construir três salas de aulas de material convencional. Isto foi possível devido ao trabalho do

Director da Escola em definir prioridades e envolver a comunidade para alcançar os objectivos.

Esta lição é melhor ensinada nas palavras do próprio Director: “é verdade que o valor é baixo, mas quando se tem prioridades bem definidas é possível fazer o uso desse valor de forma positiva. A nossa escola é fruto desse valor, fomos comprando o material pouco a pouco até chegar a este nível que se encontra. É verdade que ainda não atingimos o nível desejado, mas podemos dizer que avançamos em comparação ao ano de 2015 em que os alunos estudavam em salas de material precário”.

Necessidade de rever o Manual de Procedimentos e de reforçar a coordenação institucional.

Um dos critérios usado na alocação do ADE é o número de alunos. Quer dizer, que as escolas com menor número de alunos recebem menos dinheiro.

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Secretariado do MEPT em visita as escolas primárias de Mocuba e Namacurra, Província da Zambézia.

Porém, durante a visita verificou-se que as escolas com poucos alunos (e com a menor “fatia do bolo”) estão em condições mais difíceis, com turmas ao ar livre, sem casa de banho e nem secretarias.

Um exemplo é a Escola Primária Completa 22 de Abril, que recebeu 23.780,00 MT para 500 alunos. Deste valor, 19.024,00MT foi para compra de bens e serviços (material escolar para alunos, material didático para sala de aulas, assuntos administrativas, produtos de higiene e limpeza, mobiliários e equipamento, entre outros), e 4.756,00 MT ficou ao critério da escola.

No entanto, alguns gestores de escola não concordam com as recomendações do Manual de Procedimentos, referindo que material didático não é o único elemento para o bom desempenho do

aluno, havendo necessidade de considerarem-se outros elementos.

Um outro desafio ligado ao ADE é a sobrecarga financeira sobre os Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia. Durante as suas actividades, esta instituição não só realiza as despesas ligadas à educação; realiza também despesas de outros ministérios, como os da Juventude e Desporto, da Cultura e da Ciências e Tecnologia.

De realçar que a actividade enquadra-se no âmbito do projecto Promoção da participação dos cidadãos e das OSCs na garantia da transparência e da responsabilização na alocação do orçamento no ensino básico, financiado pela Counterpart International, através da USAID.

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Comemorou-se no dia 11 de Outubro de 2018, o dia internacional da rapariga, sob

o Lema: Rapariga Educada e Formada, Promove o Desenvolvimento da Sociedade. A data foi instituída em 2011 pela Organização das Nações Unidas com o objetivo de promover a proteção dos direitos das raparigas de todo o mundo e de acabar com a vulnerabilidade, a discriminação e a violência que estas sofrem.

Em Moçambique o momento foi marcado por debate cujo tema principal era violência praticada contra a rapariga e criança com deficiência na escola. O evento teve como palco a escola Secundária Francisco Manyanga, e contou com um total de 250 alunos.

Durante a actividade, sob a orientação da Right To Play, os alunos foram destacando as principais formas de violência que colocam em causa à educação da rapariga. Ana Júlio Brás, aluna da 10ª classe na Escola Secundária Francisco Manyanga afirmou que, o Despacho Ministerial 39 do Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano era umas das barreiras para à educação da rapariga, “penso que o Despacho 39 é uma das formas de violência contra a rapariga, porque além de contribuir para a desistência escolar da menina, o despacho coloca em causa a saúde da mãe adolescente que é obrigada a frequentar o período nocturno, sem levar em consideração o seu estado e nem as condições que a mesma dispõe para frequentar o período nocturno”.

Por outro lado, Francisco Manhiça, estudante da escola secundária Francisco Manyanga, apontou o estigma como uma das formas de discriminação que a rapariga grávida enquanto estudante sofre.

Alunos afirmam que ainda prevalece a violência contra a rapariga na escola.

“Na nossa turma tínhamos uma colega que ficou grávida e alguns colegas faziam piada do seu estado, mas eu como chefe de turma, sensibilizei os colegas e mostrei que era errado a atitude que tinham em relação a colega”.

Embora a nível global se registem avanços significativos no acesso à educação para as mulheres e raparigas, Moçambique ainda enfrenta grandes desafios no acesso à educação e participação das mulheres e raparigas em diversas

Intervenções das raparigas durante o debate

MEPT, Activista Moçambique, e a ONP lançam 2ª edição da campanha Meu Professor, Meu Herói.

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O Professor é um dos principais actores no processo de ensino- aprendizagem do

aluno, contudo, nota-se ainda as dificuldades que estes enfrentam no seu dia-a-dia para o bom exercício da sua função, desde o material do trabalho, salas inadequadas, superlotação de salas, falta de reciclagem dos professores, baixos salários, fraca participação dos pais, encarregados de educação e da comunidade em geral, ficando cada vez mais a cargo do professor a educação das crianças.

No âmbito das actividades do Movimento Activista em prol da educação, foi criada a Campanha Meu Professor, Meu Herói, em 2017, que tem em vista reconhecer e valorizar o crucial desempenho do professor para construção e desenvolvimento de uma sociedade, assim como levantar o auto estima e motivá-lo para o exercício das suas funções.

No dia 5 de Outubro (Dia Mundial dos professores), o Movimento Activista Moçambique em parceria com o Movimento de Educação Para Todos e a Organização Nacional dos Professores, através do projecto Quebrando Barreiras financiado pela agência Norueguesa, lançaram a segunda edição da Campanha “Meu professor meu herói, minha professora minha heroína”, na escola Primária Completa de Marracuene.

Durante o evento, a Directora Adjunta Nacional de Formação de Professores afirmou que, o professor é um agente fundamental para o desenvolvimento da comunidade por essa razão deve empenhar-se em fazer o seu trabalho com isenção e rigor, pois o futuro das crianças depende deste.

Marcos Cherinza em representação da UNESCO, na sua intervenção disse que,

actividades do país, em particular para mulheres com deficiência.

Fárida Gulamo, da Associação dos Deficientes de Moçambique (ADEMO), afirmou que, o cenário é mais agravante para pessoas com deficiência, pois o sistema não dispõem de condições para responder às necessidades de pessoas com deficiência, razão pela qual muitas acabam ficando marginalizados.

O Direito à Educação consubstancia se como um imperativo de cidadania que não se esgota nas escolas. A educação e a manutenção no sistema de ensino e a aprendizagem ao longo da vida

permitem às meninas, raparigas e mulheres não só a aprender mas também a melhorar as suas competências de prevenção e escolhas promovendo o desenvolvimento da sociedade em que elas estão inseridas.

De frisar que, o debate enquadra-se no âmbito dos projectos da Campanha de revogação do Despacho 39 e Quebrando Barreiras implementados pelo Movimento de Educação Para Todos com apoio do Alto Comissariado do Canadá e o NORAD (Agência Norueguesa Para o Desenvolvimento da Comunidade)

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apesar do reconhecimento generalizado de que os professores são fundamentais para alcançar uma educação de qualidade para todos, o ensino ainda não é amplamente considerado como uma profissão valorizada. Seu baixo prestígio impede os esforços para recrutar e reter professores em países ricos e pobres.

Cherinza acrescentou ainda que, em muitos lugares, no entanto, as crianças são privadas do direito à educação devido a uma escassez global de professores qualificados e experientes - particularmente de professoras em países de baixa renda. Apesar de um aumento geral no acesso à educação, mais de 263 milhões de crianças e jovens em todo o mundo não estão na escola.

O evento que teve apoio da Actionaid através da Agência Norueguesa para o Desenvolvimento (NORAD), contou com a presença da Directora Adjunta Nacional de Formação de Professores, Activistas do MAM, Colaboradores do Secretariado do Movimento de Educação Para Todos, Representantes da UNESCO, Professores membro da Organização Nacional do Professor da Matola, Manhiça e Magude e alunos.

De realçar que, a campanha teve o seu ponto mais alto no dia 12 de Outubro (Dia nacional dos professores), e durante a semana foram realizadas várias actividades, dentre elas: workshops com os professores e directores das escolas; palestras com os alunos e participação em programas televisivos e radiofónicos.

Lançamento da campanha Meu professor, Meu herói, Minha professora minha heroína

MEPT junta parlamentares para reflectirem em torno da planificação orçamental.

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O Movimento de Educação Para Todos levou a cabo no dia 05 de Novembro de 2018,

na cidade de Maputo, um encontro de reflexão com Parlamentares e membros das Assembleias Provinciais, Municipais sobre o processo de planificação orçamental no sector de educação.

O objectivo da actividade visava dotar os parlamentares de ferramentas que lhes possam permitir ter um papel mais activo, de modo a influenciar no processo de alocação orçamental, desde o âmbito distrital, provincial e nacional.

Segundo o facilitador do encontro, Luís Mutondo, para que haja uma boa gestão do orçamento alocado em diferentes sectores é pertinente que o deputado conheça os instrumentos de planificação pública, que vão deste, o processo de planeamento e alocação de recursos, gestão de despesa e desempenho, integridade pública e fiscalização.

Cientes desta realidade partilhadas pelos facilitadores do encontro, um dos deputados, da 3ª Comissão Leopoldo Ernesto, reagiu afirmando que, nem todos os deputados têm o domínio de fazer uma boa fiscalização dos recursos. “Isso fica complicado porque temos deputados que não tem um nível que lhes permita fazer uma análise crítica e um bom acompanhamento da gestão do orçamento”.

Leopoldo acrescentou ainda que, “este encontro seria mais produtivo se fosse realizado nos períodos do início da legislatura, pois poderia servir como mecanismo orientador para nós os deputados”.

Durante o encontro, o deputado da bancada do MDM José Manuel de Sousa fez um apelo aos participantes. “Meus caros, se realmente temos o interesse em resolver os problemas deste país, temos que despir a nossa camisola, e considerarmos a educação como um assunto sério, o qual todos

devemos intervir”.

O evento que, contou com a presença de parlamentares, técnicos e Secretário Permanente do MEF, técnicos do MINEDH, técnicos da AT, parceiros de cooperação e sociedade civil, serviu igualmente para discutir sobre as perdas que o país tem sofrido com as isenções fiscais, tratados de dupla tributação e fuga ilícita de capitais.

De realçar que, esta actividade, enquadra-se no âmbito dos projectos Fortalecimento das Capacidades de Advocacia da Sociedade Civil para o Alcance das Metas de Educação Para Todos, financiado pela OXFAM e Promoção da participação dos cidadãos e das Organizações da Sociedade Civil na garantia da transparência e da responsabilização na alocação do orçamento no ensino básico, financiado pela Counterpart International através dos fundos da USAID.

Deputado da bancada do MDM José Manuel de Sousa enaltecendo o MEPT pela iniciativa .

MEPT realiza conferência provincial dos Conselhos de Escola.

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Foto família com os deputados apos o evento.

Membros de Conselhos de Escola da província de

Sofala e Maputo participaram da conferência

provincial dos Conselhos de Escola, realizado no dia 8

de Novembro, na cidade da Beira. O encontro tinha

como objectivo analisar o papel e impacto das acções

dos Conselhos de Escola na melhoria da governação

escolar, assim como partilhar as melhores formas de

boas práticas.

A abertura do evento foi presidida pelo Director

Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano,

Manuel Chicamisse, que, na sua intervenção enalteceu

aos parceiros, em particular ao MEPT pela iniciativa,

encorajando os Conselhos de Escola a partilharem

suas experiências sem nenhum receio, de modo que

sirvam de exemplos para os outros. “Vamos aproveitar

o máximo este encontro único proporcionado pelo

MEPT, para partilharmos as nossas experiências e

adoptarmos bons exemplos”.

Por sua vez, Jamilo Abdula presidente do Conselho

de Escola da Escola Secundária da Ponta Gea, na sua

intervenção apelou aos presentes, em particular ao

Director Provincial que, “há uma necessidade de se

formar os membros dos Conselhos de Escola, porque,

muitos tão pouco sabem sobre as suas funções, razão

pela qual abandonam o posto “.

É função do Conselho de Escola garantir a gestão

participativa e transparente, o bom aproveitamento

escolar, o bom desempenho dos professores, a

participação activa dos pais ou encarregados de

educação no acompanhamento do desempenho dos

seus filhos/educandos e avaliação permanente da

escola.

De referir que, o evento contou com a presença do

Director provincial de Educação e Desenvolvimento

Humano, Gestores escolares, representantes de

Conselhos de Escola de 20 Escolas da província de

Sofala, e uma da província de Maputo e a Sociedade

Civil.

Está actividade enquadra-se no âmbito do projecto

CSEF (Fundo de Apoio a Sociedade Civil para

Educação).

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Principais resultados alcançados no ano de 2018 pelo MEPT:• Revogado o Despacho 39

• Incorporados os subsídios do MEPT na Nova Lei aprovada do Sistema Nacional de Educação

• MEPT convidada a fazer parte das Subcomissões de implementação da estratégia nacional da nova lei do Sistema Nacional de Educação.

Participantes da conferência dos Conselhos de Escola, na cidade da Beira.

15InfoMEPT

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