influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe,...

146
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Biociências Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia THIEZA GRAZIELLA ARAÚJO DA SILVA GÓES DE MELO Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos da fluoxetina na memória e comportamentos relacionados à ansiedade e depressão em ratos Tese apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para defesa de doutorado, Programa de Pós- graduação em Psicobiologia. NATAL/RN 2016

Upload: ngodung

Post on 16-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Biociências

Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia

THIEZA GRAZIELLA ARAÚJO DA SILVA GÓES DE MELO

Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos

da fluoxetina na memória e comportamentos relacionados à

ansiedade e depressão em ratos

Tese apresentada à Universidade

Federal do Rio Grande do Norte,

como requisito para defesa de

doutorado, Programa de Pós-

graduação em Psicobiologia.

NATAL/RN

2016

Page 2: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

2

THIEZA GRAZIELLA ARAÚJO DA SILVA GÓES DE MELO

Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos

da fluoxetina na memória e comportamentos relacionados à

ansiedade e depressão em ratos

Tese apresentada à Universidade

Federal do Rio Grande do Norte,

como requisito para defesa de

doutorado, Programa de Pós-

graduação em Psicobiologia.

Orientadora: Regina Helena da

Silva

Co-Orientador: Ramón Hypolito

Lima

NATAL/RN

2016

Page 3: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

3

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Biociências - CB

Melo, Thieza Graziella Araujo da Silva Goes de.

Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos da

fluoxetina na memória e comportamentos relacionados à ansiedade e

depressão em ratos Tese / Thieza Graziella Araujo da Silva Goes de Melo. - Natal, 2016.

145f.: il.

Orientador: Profa. Dra. Regina Helena da Silva.

Coorientador: Prof. Dr. Ramón Hypolito Lima. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte. Centro de Biociências. Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia.

1. Antidepressivos - Tese. 2. Fluoxetina - Tese. 3. Esquiva

discriminativa - Tese. 4. Ciclo estral - Tese. I. Silva, Regina

Helena da. II. Lima, Ramón Hypolito. III. Universidade Federal

do Rio Grande do Norte. IV. Título.

RN/UF/BSE-CB CDU 616.89-008.454

Page 4: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

4

Título: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos da fluoxetina na

memória e comportamentos relacionados à ansiedade e depressão em ratos

Autor: Thieza Graziella Araújo da Silva Góes de Melo

Data da defesa: 27/07/2016

Banca Examinadora:

___________________________________

Profa. Regina Helena da Silva

Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP-SP

___________________________________

Profa. Alessandra Mussi Ribeiro

Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP-SP

___________________________________

Profa. Elaine Cristina Gavioli

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN

___________________________________

Profa. Vanessa de Paula Soares Rachetti

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN

___________________________________

Prof. Flávio Freitas Barbosa

Universidade Federal da Paraíba, UFPB

Page 5: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

5

“The only thing we have to fear is fear itself”

(Franklin Delano Roosevelt)

Page 6: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

6

Agradecimentos

Ao pensar em agradecimentos, avalio a importância, contribuição e

propósito de agradecer. Esses aspectos relacionados não apenas ao que me

acrescentaram, mas também o que eu vou acrescer ao agradecer. E por mais

bizarro que possa soar, agradecer sempre é necessário. Acrescenta-se muito

mais a quem doa, assim como amor, que a quem recebe. É algo de somar o bem;

algo definitivamente necessário.

Retrospectivamente, por ser psicóloga, não penso apenas no doutorado,

mas no caminho que me trouxe até aqui. E esse caminho é longo, antigo e de

chão bem batido. Antes de mim, pelo menos três gerações construíram e trilharam

partes desse caminho, coube-me apenas uns últimos metros; mas os últimos

metros de toda caminhada sempre são o verdadeiro desafio do caminhante.

Três gerações atrás minha bisavó, Dona Ernestina, mulher firme, no sertão

do nordeste brasileiro, em meados de 1900 (nascida em 1903) decidiu que seus

filhos iriam estudar. Nem bem a escravidão havia sido abolida, quem eram esses

indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir”

algo? Absolutamente ninguém. Mulheres não decidiam. Mulheres obedeciam.

Bem, Dona Ernestina Góes DECIDIU. E estava decidido.

Minha avó, Dona Guiomar Góes, seguindo as decisões já tomadas de sua

mãe, estudou. E, achando simples os primeiros metros, resolveu alongar esse

caminho. Estudou e tornou-se professora. Não só professora, mas professora de

geometria (pensar fora da caixinha faz parte!); não só professora de geometria,

diretora de uma das escolas públicas mais renomadas da época. E não havia

problema que não fosse resolvido com a praticidade que reina e rege até hoje a

sua vida: quando faltava na escola, ela dava o que tinha em casa, depois podia

repor, quando necessário. E quantas diretoras eram responsáveis por escolas de

renome no sertão do nordeste brasileiro? Certamente poucas! Até porque

mulheres foram educadas para servir o marido em meados de 1930 (nascida em

1927).

Dona Inácia, minha mãe, incrivelmente não filha de Dona Guiomar!, mas

bem poderia ter sido pelos metros caminhados. Mãe solteira, com todo o estigma

que o título carregava nos anos 1990; fez graduação à noite depois de dois turnos

trabalhando e com um quarto turno à espera em casa; achando pouco, fez pós-

Page 7: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

7

graduação; escreveu um livro. Ah! Também plantou árvores. Dona Inácia

caminhou uns metros extras na independência necessária da mulher e na

construção do conhecimento.

Como não considerar essas três gerações de pedras fundamentais?

Impossível restringir esses agradecimentos a esses quatro anos.

Minha família Góes com exemplares incríveis, como minha tia Maria Góes,

torna desperdício pensar em tão poucos anos, quando já se contam às centenas.

Impossível não dizer o quanto minha família Pereirinha de siris-na-lata foi

fundamental pra empoderar geração após geração. A cada geração de primos um

sucesso ainda maior de assertividade. Assertividade essa, interpretada como

agressividade por tantos, reconhecido como selo de autenticidade Pereirinha.

Ora! Quem são as mulheres (ainda hoje) para serem assertivas?

Por vezes, agradecer é parte de reconhecer o impacto de outros em quem

você é. E, neste momento, estou nesse processo de re-conhecer esses impactos.

Preciso considerar todos que passaram pelo meu caminho e deixaram suas

marcas, boas ou ruins. Apenas escolherei ter gratidão pelos que deixaram boas

marcas.

Creio não ser mais que pleonástico dizer o quão importantes, pra quem sou

hoje, são minha mãe e minha avó. Devo um agradecimento impagável em uma

única vida. Elas construíram os alicerces da minha personalidade, moral e ética;

e para isso não existe receita de sucesso maior, que o exemplo. Da minha avó

aprendi o senso de praticidade que tento aplicar sempre que possível. Da minha

mãe a incompetência em mentir, a pouca ou nenhuma necessidade de divulgar

minha vida, a não ser em casos especiais.

E, lembrando da importância do exemplo, eu não poderia deixar de ver a

continuidade do trabalho. Meu padrasto, segundo ele, tinha direito a 1cm2 do meu

diploma de mestrado (eu sempre achei que tinha direito a muito mais!). Nesse

doutorado ele continuou seu trabalho de ser meu educador no exemplo. Esteve

sempre disposto a me ajudar, mesmo que isso signifique 100km de deslocamento

apenas para me fazer companhia; gerando desafios que me fizeram, a cada vez,

pensar ainda mais fora da caixinha; e sendo um porto seguro de aceitação,

carinho, amor e atenção; sendo sempre presente e a me apoiar a seguir os meus

sonhos.

Page 8: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

8

Como não considerar nesse percurso minha família Barros Brazuco-

Dinamarquesa? Aquela tão siri-na-lata quanto os Pereira (leia “tão assertiva

quanto”). Intensificadas pela sociedade dinamarquesa em todo o seu impacto

feminino/feminista. Como não considerar todas as mudanças que aconteceram

em dois meses de amor e aceitação intensivos na Dinamarca? As mudanças que

me fizeram enxergar tão mais além das aparências; que me fizeram aceitar minha

assertividade ainda melhor.

Preciso agradecer ao meu pai, que à sua forma, sempre fez o possível para

que eu alcançasse meus objetivos.

A última, não menos importante, família a quem preciso agradecer são os

meus amigos. Minha mãe me ensinou a importância de ser atenciosa e honesta;

de saber que pode confiar naqueles que eu chamo de “amigos” a qualquer

momento, para qualquer situação; exatamente como eu me esforço para que eles

saibam que podem contar com o mesmo que me oferecem. Enquanto algumas

pessoas, em toda a minha vida, quiseram usar minha assertividade contra mim,

algumas usaram como incentivo para se aproximar de alguém que eles sabem

que será sempre leal e sincera e espera apenas o mesmo de volta. Amigos esses

que sempre estiveram ali por mim. Amigos que merecem diversas vidas para eu

pagar o bem que já me fizeram e a paciência que tiveram durante minha vida toda,

especialmente durante a graduação, mestrado e doutorado. Amigos de longa

data, né Marília, Renata e Wanessa?, ou aqueles de nem tanto tempo, mas de

importância na intensidade, não é Naíra? Amigos encontrados nos mais diversos

lugares: laboratório, como Luane e Marla; graduação como Andressa; da

EMUFRN como Diogo, Agosto e Glauberto. Através de outras pessoas como Dr.

Márcio, Alice, Aline, Anne, Deivyson, Bruno, Girão, Amanda, Rodrigo, Nicolau,

Carlos e Alberto. Os que também são parentes como Sânzia e Saniza. E aqueles

que eu não sei nem como classificar, mas são importantes e ponto final. Amigos

de todos os tipos. Minha enorme família de amigos a qual eu não conseguiria

terminar nunca de agradecer por escrito.

Agradeço à profa Regina, me orientando desde a graduação e que me

possibilitou construir uma história acadêmica. História essa com o plot escolhido

por mim em todos os capítulos; algo muito difícil de se permitir.

Vanessa, minha querida “aluna”. Também agradeço, não só pela ajuda

durante os experimentos; pelos dias infindáveis de ciclo no laboratório; pelas

Page 9: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

9

reuniões cheias de dedicação para a construção do conhecimento sobre

antidepressivos. Obrigada por cada vez ir mais longe na busca por conhecimento

e ser incentivada e incentivo para o meu crescimento.

A todos, e a cada um, agradeço por cada “sim” e cada “não”.

Todas essas pecinhas compuseram essa minha história até hoje.

Claramente, continuarão em outras etapas. Mas aí são outros capítulos... ;)

Page 10: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

10

Quando partido, um coração

Nunca volta a ser o mesmo.

Rachaduras, cicatrizes,

Pedacinhos perdidos por aí...

Nisso, os japoneses têm razão:

Preencha as marcas com o ouro

Dos pequenos prazeres do dia-a-dia...

Xícaras de um bom chá

Em uma varanda ensolarada,

livros, amigos, paisagens, lugares...

Logo ele estará mais forte,

Mais sábio,

E muito mais belo.

Recrie seu coração

Após o baque:

Escolha mais vida;

Menos Prozac.

;)

(Alberto K. Busquets)

Page 11: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

11

Resumo

Transtornos depressivos e os relacionados a traumas e estresse, os quais

possuem uma grande incidência na população mundial, apresentam-se em alta

comorbidade. Além dos sintomas emocionais, indivíduos afetados por essas

patologias apresentam alterações cognitivas importantes. A primeira linha de

tratamento farmacológico para a maioria desses transtornos são os

antidepressivos, especialmente os inibidores da recaptação de serotonina (ISRS)

e inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN).

Apesar de mulheres serem até duas vezes mais afetadas pelos transtornos

citados, as pesquisas pré-clínicas sobre os efeitos dos antidepressivos nesse

sexo não são tão representativas quanto aquelas realizadas no sexo masculino.

Além disso, possíveis influências do ciclo hormonal natural das mulheres na ação

desses fármacos têm sido pouco exploradas. Nosso trabalho buscou investigar os

efeitos da administração aguda de fluoxetina na memória, ansiedade e

comportamento tipo-depressivo em ratas nas diferentes fases do ciclo estral. Para

tanto, utilizamos avaliações comportamentais na tarefa de esquiva discriminativa

em labirinto em cruz elevado (EDL). A EDL é realizada em um labirinto em cruz

elevado modificado que permite a avaliação concomitante de parâmetros

cognitivos e emocionais. Fluoxetina (5, 10 ou 20 mg/kg) ou veículo foram

administrados agudamente, i.p., em ratas em diferentes fases do ciclo estral e em

ratos, antes da sessão treino, depois da sessão de treino, ou antes do teste. Em

cada experimento, os animais foram testados e retestados 24 h e 48 h depois de

uma sessão inicial de treino, respectivamente. O comportamento tipo-depressivo

também foi avaliado através do teste do nado forçado (NF). Num geral, os

resultados de memória mostraram que os efeitos da fluoxetina no comportamento

de fêmeas variaram de acordo com a fase do ciclo estral e o momento da

administração. Prejuízos na memória, comportamentos tipo-ansioso e depressivo

também foram observados nas ratas após o tratamento com fluoxetina. Apesar de

a clínica e estudos comportamentais com animais mostrarem efeitos

antidepressivos e ansiolíticos com o tratamento prolongado com essa substância,

os presentes resultados sugerem a possibilidade de importantes efeitos colaterais

cognitivos e emocionais que possam surgir no início do tratamento clínico, os

quais podem variar com o sexo e a fase do ciclo hormonal.

Page 12: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

12

Palavras-chave: esquiva discriminativa, antidepressivos, fluoxetina, ciclo estral.

Page 13: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

13

Abstract

Depressive and stress and trauma-related disorders, which have great incidence

among world population, present high comorbidity. Besides the respective

emotional characteristics, individuals affected by these pathologies present

important cognitive alterations. The first line of pharmacological treatment for both

depressive and, to some extent, stress and trauma-related disorders are the

antidepressants, mainly selective serotonin reuptake inhibitors (SSRI) and

serotonin-norepinephrine reuptake inhibitors (SNRIs). Even though women are

approximately twice more affected by these disorders than men, the pre-clinical

research on the effects of antidepressants on this sex is not as representative as

in male subjects. Further, possible influences of the natural female hormonal cycle

on the action of these drugs have been poorly explored. Our study aimed to

investigate the acute effects of three doses of fluoxetine on the behavior of female

rats at different phases of the estrous cycle, using the plus-maze discriminative

avoidance task (PMDAT). The PMDAT is held in a modified elevated plus-maze

that allows concomitant evaluation of cognitive and emotional parameters.

Fluoxetine (5, 10 and 20mg/ml/kg) or vehicle were given i.p. to female rats at

diferent cycle phases before training, after training or before testing. Animals were

tested and retested 24h and 48h after the training session, respectively.

Depressive-like behavior was also evaluated by the forced swimming test. Overall,

the memory results showed that the effects of fluoxetine on female behavior varied

according to the estrous cycle phase and period of administration. In addition,

memory deficits, anxious- and depressive-like behaviors were observed in female

rats after fluoxetine treatment. Despite clinical and animal studies show

antidepressant and anxiolytic beneficial effects of fluoxetine prolonged treatment,

the present results suggest possible cognitive and emotional acute side effects

which may be influenced by sex and hormonal state.

Key-words: discriminative avoidance task, forced swimming test, antidepressants,

fluoxetine, estrous cycle

Page 14: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

14

Sumário

1. Introdução ............................................................................................................. 16

1.1. Aprendizado, memória e extinção ................................................................ 16

1.2. Psicopatologias e déficits cognitivos ............................................................ 22

1.2.1. Transtornos de ansiedade: transtornos relacionados a trauma e

estresse 24

1.2.2. Transtorno depressivo ............................................................................. 28

1.3. Teorias da depressão e tratamentos: Fluoxetina ....................................... 35

1.4. Dimorfismo sexual e os transtornos depressivos e relacionados à trauma

e estresse 42

Justificativa ...................................................................................................................... 46

Objetivos .......................................................................................................................... 48

2. Materiais e métodos ............................................................................................ 50

2.1. Animais ................................................................................................................. 50

2.2. Fármaco ............................................................................................................... 50

2.3. Procedimentos experimentais ........................................................................... 51

2.3.1. Verificação do ciclo estral ........................................................................... 51

2.3.2. Esquiva discriminativa em labirinto em cruz elevado ............................ 53

2.3.3. Nado Forçado............................................................................................... 55

2.3.4. Delineamento experimental ....................................................................... 55

2.7. Análise estatística ............................................................................................... 58

3. Artigo a ser submetido ........................................................................................ 59

Page 15: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

15

4. Resultados complementares ........................................................................... 110

5. Considerações finais ......................................................................................... 124

Anexos ............................................................................................................................ 144

Page 16: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

16

1. Introdução

1.1. Aprendizado, memória e extinção

Aprender é um processo relacionado com uma habilidade do sistema

nervoso de sofrer alterações de acordo com as influências no meio, tanto interno

quanto externo. Essas alterações podem ser devidas a processamentos de

percepção ou armazenamento e alterações de informações, visando a

manutenção da homeostase (Benfenati, 2007; Panegyres, 2004; Ritter et al.,

2015). A associação de informações como “memória” já era idealizada pelos

gregos (Lisman et al., 2011). A ideia de que as informações são armazenadas no

cérebro dependendo de alterações na força das sinapses já existia no século 19

(Cooke e Bear, 2014). Contudo, o conceito moderno das modificações plásticas

na sinapse como uma unidade de acomodação de informações vem dos escritos

de Donald Hebb em “The Organization of Behavior” (Cooke e Bear, 2014; Park et

al., 2014; Ritter et al., 2015). Essas informações armazenadas são sujeitas a

modificações em resposta à experiência; esse seria um processo de plasticidade

que estaria envolvido na modificação de conexões sinápticas e,

consequentemente, nos processos de aprendizado e memória (Benfenati, 2007;

Sihra et al., 2014).

A neurobiologia considera “plasticidade” uma propriedade fundamental do

sistema nervoso, desenvolvida bem cedo na evolução (Spatz, 1996). Essa

habilidade, combinada com a concorrência de informações, também engloba a

capacidade de selecionar informações para serem armazenadas e posteriormente

evocadas (Benfenati, 2007).

Ainda segundo Hebb, qualquer tipo de formação de assembleias neurais –

neurônios que disparam em conjunto – para armazenamento e alteração de

informações necessita de plasticidade. Ainda, para que essa plasticidade ocorra

Page 17: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

17

é necessário que exista um continuum da atividade sináptica associativa entre os

neurônios pré e pós-sináptico. Esse continuum é referido na plasticidade

Hebbiana como “neurônios que disparam juntos, conectam juntos”. Essa atividade

é especificamente modulada pela intensidade da despolarização (fortificação ou

enfraquecimento sináptico) do neurônio (Park et al., 2014).

Dentre esses processos estão o potencial de disparo e resposta entre os

neurônios e a permanência desse potencial. Estudos indicam que o tempo de

disparo do neurônio pós-sináptico referente ao pré-sináptico pode fortalecer ou

enfraquecer a sinapse (Favero et al., 2014). A LTP e a LTD (do inglês long term

potentiation e long term depression) são as formas mais comuns de

exemplificação da plasticidade Hebbiana e traduzem o fortalecimento de uma

sinapse (LTP) ou o enfraquecimento da mesma (LTD). Mecanicisticamente, essas

alterações plásticas Hebbianas podem incluir uma alteração pós-sináptica nos

receptores de glutamato pré-existentes na superfície do neurônio. O glutamato é

o neurotransmissor mais abundante no sistema nervoso central e possui um papel

essencial na transmissão sináptica excitatória, dessa forma sendo o mais

estudado no que diz respeito a sua participação em processos de plasticidade

(Cooke e Bear, 2014; Park et al., 2014).

A área CA1 do hipocampo foi a mais estudada com relação às afirmações

de Hebb; e as modificações hebbianas nessa área são mediadas por um tipo de

canal ativado por glutamato, denominado de receptor NMDA (NMDAR). A

abertura desse canal é caracterizada por um mecanismo de detecção de

coincidência (essencial para cumprir a hipótese hebbiana) – é necessária a

liberação de glutamato pré-sináptico e uma concomitante despolarização pós-

sináptica. Essa ativação do NMDA resulta num influxo de Ca2+, o qual ativa a

proteína Ca2+/proteína quinase II dependente de calmodulina (CaMKII), que então

Page 18: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

18

dispara alterações bioquímicas que fortalecem a sinapse. Estudos indicam que

interferências farmacológicas e genéticas com os NMDARs e a CaMKII

comprometem fortemente a formação de memórias (Lisman et al., 2011).

Contudo, a formação de memórias não obedece apenas uma forma tão

simples de associação para o seu funcionamento, como sugeriu Hebb. Estudos

indicam que, em CA1, além dos fatores hebbianos, e de outros, é necessária a

ação do neurotransmissor dopamina. Essa liberação de dopamina depende de

processos sistêmicos como motivação e estímulo de novidade. Estudos indicam

que os disparos dessas assembleias neurais podem acontecer em situações de

aumento ou diminuição da ativação de células dopaminérgicas. Situações de

estresse e medo são algumas das situações que diminuem essa ativação das

células dopaminérgicas (Lisman et al., 2011).

A formação de uma memória possui fases. Essas podem ser consideradas

na classificação mais clássica com aquisição, consolidação, evocação e extinção

(para uma revisão ver Kandel, 2009); ou com conceitos mais recentes que

compreendem as fases de aquisição, consolidação e reconsolidação (Gisquet-

Verrier et al., 2015). Para ambas as formas de classificação, a aquisição se trata

de um processo celular e molecular onde mudanças facilitam ou dificultam a

comunicação entre neurônios (Benfenati, 2007; Kandel, 2009). Para a

consolidação, temos mudanças funcionais seguidas por transcrição gênica e

síntese proteica, produzindo alterações fenotípicas nos neurônios, associadas a

rearranjos estruturais nas redes neurais. A evocação seria, literalmente, a

retomada das informações de forma consciente ou não, correspondendo à

reativação da rede neuronal envolvida com o armazenamento da informação em

questão (Benfenati, 2007; Kandel, 2009).

Page 19: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

19

O conceito de reconsolidação implica que as memórias (novas ou já

consolidadas), ao serem evocadas, exigem uma nova cascata proteica para que

ocorra modificações no modo como a informação está armazenada (para uma

revisão ver Gisquet-Verrier et al., 2015). Durante a reconsolidação, a memória

está lábil e pode ser modificada da sua forma original sempre que é evocada

(Gisquet-Verrier et al., 2015). Para essa nova teoria, a extinção seria um processo

molecularmente distinto e mutuamente excludente da reconsolidação (Merlo et al.,

2014).

A extinção de memórias é um mecanismo natural. Extinção seria a

aquisição de um novo aprendizado. Esse aprendizado teria relação com um

previamente existente, contudo apresentaria alterações suficientes para uma nova

formação e semelhanças o bastante para reativação da memória antiga. A

extinção seria então uma alteração no engrama – alterações neurais para

formação de memórias – de uma memória, porém o novo engrama é armazenado

como uma outra memória capaz de inibir a evocação da memória inicial (Furini et

al., 2015). Esses engramas são passiveis de alterações de acordo com a força

das sinapses que os formam (Favero et al., 2014).

Comportamentalmente, a extinção foi inicialmente descrita por Pavlov e

Anrep, em 1927, em estudos de condicionamento alimentar. Nos primeiros 30

anos de estudos acerca da extinção, eles ficaram restritos a extinção de estímulos

condicionados. Eles observaram que a resposta ao estímulo incondicionado vai

diminuindo até sumir, caso o estímulo que foi pareado com ele pare de ser

apresentado. Também foi Pavlov que iniciou os estudos de condicionamento de

medo em animais, não utilizando o termo “medo”, contudo. Ainda existem

discussões sobre essa nomenclatura para o fenômeno que acontece com

animais. LeDoux sugere o uso de “ameaça” e “resposta de defesa” no lugar dos

Page 20: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

20

termos “memória de medo” ou “resposta de medo” (LeDoux, 2014; Furini et al.,

2015).

O fenômeno da extinção de memórias, sejam elas de medo ou não, parece

estar intimamente ligado ao fenômeno da reconsolidação de memórias,

mencionado acima. Na reconsolidação é necessária a evocação de uma memória

previamente existente, enquanto na extinção essa memória deve estar latente.

Quanto maior o tempo entre o treino e a re-exposição a uma mesma situação,

maiores as chances de extinção, ao invés de uma possível reconsolidação, de um

evento (Furini et al., 2015).

A extinção pode levar a um esquecimento das memórias relacionadas, nas

circunstâncias adequadas (Quirk et al., 2010); ou ainda a uma redução da ativação

da memória inicial a níveis tão baixos que se assemelhem a um esquecimento

(Furini et al., 2015). O desuso de sinapses pode levar a um processo de atrofia

dessas. E essa atrofia sináptica pode levar a um ponto de esquecimento dessas

memórias. Assim, após a retirada do reflexo condicionante o animal tenderá a

suprimir essas sinapses o que eventualmente levará a um esquecimento real da

memória associada (Furini et al., 2015).

A extinção de memórias aversivas, ou de comportamentos relacionados ao

medo, é um fenômeno bastante estudado. Apesar disso, as pesquisas em busca

dos mecanismos de inibição da memória inicial, pró-extinção dessa, ainda não

foram elucidados. Enquanto isso, as pesquisas que focam nos aspectos

comportamental e psicológico do condicionamento e extinção produziram dados

que são fundamentais para as pesquisas atuais dos mecanismos neurais onde a

extinção de medo é formada (para uma revisão mais extensa sobre o assunto ver

Milad e Quirk, 2012).

Page 21: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

21

As pesquisas sobre a extinção de medo tiveram início no começo da

década de 90. Estudos mostraram que a extinção era uma forma de inibição e que

o bloqueio de receptores GABA-A poderia impedir a extinção (Harris e Westbrook,

1998 apud Milad e Quirk, 2012). Também indicaram que é necessário o

envolvimento de receptores NMDA no núcleo basolateral da amígdala (Falls et al.,

1992). Outras áreas neurais também foram relacionadas a extinção. Essas áreas

são coincidentes com áreas de funcionamento alterado em transtornos de

ansiedade como o TEPT (transtorno de estresse pós-traumático; Milad e Quirk,

2012).

Como ocorre nos demais tipos de aprendizado, a extinção é dependente

de plasticidade. O envolvimento de receptores NMDA e do córtex pré-frontal

infralímbico (ilPFC) sugerem uma necessidade de plasticidade. Ainda, estudos

envolvendo a medição dos níveis de BDNF (do inglês, brain derived neurotrophic

factor) mostram a necessidade da presença desse fator para a plasticidade e a

posterior facilitação na extinção de memórias (Siuciak et al., 1997; Palazidou,

2012; Leal et al., 2015).

Possivelmente por estar envolvido com a extinção de memórias aversivas,

o BDNF também está relacionado a potenciais efeitos antidepressivos. De fato,

uma injeção intracerebroventricular ou diretamente no mesencéfalo dessa

substância possui a capacidade de aumentar a atividade das vias serotonérgicas,

dopaminérgicas e/ou noradrenérgicas (Siuciak et al., 1997). Estudos também

mostram que alterações nos níveis de BDNF no cérebro de camundongos adultos

alteram a neurotransmissão hipocampal de 5-HT (Deltheil et al., 2008). Enquanto

alterações na transmissão de 5-HT, através de tratamentos crônicos com ISRS,

também se mostraram capazes de aumentar as quantidades de BDNF em

camundongos (Santarelli et al., 2003). Como mencionado, o BDNF é um fator

Page 22: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

22

diretamente relacionado à plasticidade neural. (Arantes-Gonçalves e Coelho,

2006; Lipsky e Marini, 2007; Santarelli et al., 2003). Em CA1 (sub-região

hipocampal) essa plasticidade ocorre através da indução de LTP (para uma

revisão ver Leal et al., 2015). Deve-se ressaltar que o hipocampo é uma estrutura

cujo hipofuncionamento e sua redução de volume são fortemente relacionados à

depressão, o que foi detectado tanto em humanos, quanto em modelos animais

(Bremner et al., 2000; Santarelli et al., 2003).

Por fim, existem indicações de que a plasticidade de longa duração

hebbiana possui um importante papel no desenvolvimento do sistema nervoso

central e em patologias neurológicas como autismo, retardo mental sindrômico,

demência, perda cognitiva, dependência, processos dolorosos e transtornos

relacionados à ansiedade (Park et al., 2014).

1.2. Psicopatologias e déficits cognitivos

Todas as psicopatologias conhecidas estão descritas e classificadas em

um manual, o Diagnostic and Statistical Manual (DSM), atualmente na sua 5a

edição (APA, 2013). Esse manual reúne as informações acerca de critérios de

diagnóstico, sintomas, características auxiliares no diagnóstico, prevalência,

desenvolvimento e curso do transtorno, fatores de risco e prognóstico, relações

com a cultura e gênero que impliquem no diagnóstico, diagnóstico diferencial,

comorbidades e relações com outros diagnósticos e transtornos. Nesse manual

existe uma grande lista de psicopatologias que interferem no funcionamento dos

processos cognitivos.

Existe uma grande predominância de déficits cognitivos associados aos

transtornos relacionados a traumas e/ou estresse. Uma boa parte das

psicopatologias com esses sintomas exibem um padrão de dificuldade de

Page 23: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

23

evocação e extinção de memórias. De forma geral, relacionam-se com a

dificuldade de extinguir memórias aversivas (Yaffe, 1999; Ravnkilde, 2002; Phelps

e LeDoux, 2005; Pardo, 2006).

O estresse não é necessariamente ruim. Estresse é a palavra utilizada para

descrever experiências desafiadoras, tanto emocional quando fisicamente. O

“bom estresse” seria o desafiador, de duração controlada, o qual deixa a sensação

de excitação e conquista. Já o estresse prolongado, sobre o qual o indivíduo não

tem controle, exaustivo emocional e fisicamente ou perigoso, é o chamado

“estresse ruim” (McEwen, 2006; 2007).

A resposta de estresse ativa o sistema nervoso autônomo e o eixo

hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), disparando a resposta de “luta ou fuga”. Essa

resposta é a forma clássica de organizar o comportamento fisiológico e

comportamental numa situação ameaçadora ou perigosa. O organismo necessita

de um nível ótimo de estresse para sobreviver, e a liberação do cortisol (hormônio

liberado em situações de estresse) é essencial para diversas atividades básicas.

Porém, uma quantidade inadequada ou excessiva de hormônios adrenocorticais

pode ser perigosa (Quervain et al., 1998). Essas alterações são muito propensas

a ocorrer em humanos, pela sua capacidade de prolongar períodos de elevada

atividade desses sistemas. Esse prolongamento da atividade autonômica pode

ser devido à ansiedade, ou exposição a ambientes adversos, ou ainda mudanças

no estilo de vida, ou psicopatologias que podem resultar da submissão ao estresse

crônico (McEwen, 2006; 2007).

As psicopatologias mais comumente associadas ao prolongamento do

estresse são os transtornos depressivos. Já os transtornos de ansiedade, em

especial os relacionados ao estresse e traumas, são comumente associados a

estresses agudos de intensidade elevada, que podem causar danos psicológicos.

Page 24: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

24

Contudo, esses dois tipos de transtornos estão sendo, atualmente, estudados em

conjunto. Alguns dos fatores para essa combinação são a grande prevalência de

comorbidade de ambos, o tratamento similar e alguns dos sintomas, como os

déficits do processamento cognitivo (Haber et al., 2013).

1.2.1. Transtornos de ansiedade: transtornos relacionados a trauma e

estresse

Segundo a American Psychiatry Association (APA), há dois transtornos de

ansiedade que se caracterizam pela dificuldade em levar uma vida normal após

um evento traumatizante. São os transtornos relacionados à estresse e trauma:

transtorno de estresse agudo e o transtorno de estresse pós-traumático. Em

ambos o indivíduo passa por situações em que se identifica um evento ameaçador

da vida, dano severo ou violência sexual nas seguintes situações: presenciando

o evento, sofrendo o evento, sabendo do evento ocorrido a terceiros próximos ou

sendo exposto a essas situações aversivas constantemente (comum em

profissionais como bombeiros, policiais e primeiros a chegar a cenas criminais;

APA, 2013).

A sintomatologia é similar em ambos os transtornos, o que os diferencia é

a temporalidade do aparecimento e a persistência dos sintomas. Enquanto o

transtorno de estresse agudo tem um aparecimento imediato ou com poucos dias

após o evento traumático, persistindo de 3 dias a 1 mês, o TEPT caracteriza-se

pela persistência dos sintomas por mais de 1 mês (APA, 2013).

Após o evento traumatizante, ou evento disparador, podem ser

apresentados os seguintes sintomas: reações dissociativas (flashbacks), reações

fisiológicas e estresse psicológico relacionados a pistas internas ou externas que

lembrem o evento (mudança de temperatura, cheiro, ruído...), sonhos

Page 25: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

25

estressantes com conteúdo relacionado ao evento e memórias intrusivas,

involuntárias e recorrentes do evento traumático. As reações dissociativas

costumam aparecer com completa perda de consciência do ambiente a volta que

podem durar de alguns segundos a horas. As memórias intrusivas do evento se

apresentam involuntariamente e normalmente incluem informações emocionais,

sensoriais e/ou fisiológicas comportamentais do evento. Os sonhos estressantes

também se enquadram nas formas de reexperiência de sintomas (APA, 2013).

Pode haver também evitação de pessoas, locais, situações, conversas,

memórias, pensamentos ou sentimentos que podem ser associados ao trauma.

Os indivíduos evitam sempre ou quase sempre entrar em contato com os

disparadores (APA, 2013).

Existem ainda sintomas de excitação inadequada relativa ao evento como

humor irritável ou ataques de raiva, comportamento autodestrutivo ou displicente

com relação à própria vida, hipervigilância, resposta de medo exagerada,

distúrbios de sono e ainda déficits de concentração e memória. Dentre as

alterações cognitivas e de humor podem aparecer: a persistência de crença

negativa e exagerada sobre si mesmo, outros ou o mundo, inabilidade de

experienciar sentimentos positivos, diminuição no interesse de participar de

atividades, persistência de estado emocional negativo, sentimentos de desapego

ou estranhamento ao outro, persistência distorcida de informações cognitivas

sobre causas ou consequências do evento e ainda incapacidade de lembrar

aspectos importantes sobre o evento. Esses sintomas podem ser relacionados a

comportamentos do próprio indivíduo ou de outros. Podem não ser diretamente

relacionados ao evento, mas demonstrar uma incapacidade de confiar em si

mesmo, ou nos outros. O indivíduo pode apresentar variações na manifestação e

predominância dos sintomas (baseados em medo, alterações cognitivas,

Page 26: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

26

emocionais, ou outras variações). Ainda, alguns indivíduos podem apresentar

combinações nas manifestações dos sintomas (APA, 2013).

O TEPT é um transtorno que varia de acordo com a influência cultural e

estudos indicam um menor número de casos na Europa, Ásia, África e América

Latina, do que nos Estados Unidos (EUA). Pode também variar de acordo com o

grupo de indivíduos e fatores de risco. Por exemplo, é aumentado entre policiais,

bombeiros, paramédicos e veteranos de guerra, e também entre mulheres.

Supõe-se que a susceptibilidade feminina ao transtorno pode ser agravada pela

maior possibilidade de ocorrência de violência interpessoal sofrida por esse sexo

na maioria das sociedades, não descartando a influência dos fatores biológicos e

genéticos (APA, 2013).

Aproximadamente 80% dos indivíduos com TEPT atendem a critérios para

outro transtorno mental (depressão, transtorno bipolar ou transtorno de uso de

substâncias, por exemplo). Os tratamentos podem variar de acordo com a

prevalência de sintomas e responsividade aos fármacos. Contudo, são indicados

tratamentos farmacológicos e psicoterápicos, para uma melhor reestruturação

neural dos estímulos aversivos (Karpova et al., 2011).

Numa tentativa de entender o que ocorre em transtornos que envolvam o

medo, como o TEPT, é utilizado o modelo de condicionamento Pavloviano. Nesse

modelo, é utilizada uma versão do modelo clássico de condicionamento. O

estímulo condicionado (EC) é pareado a um estímulo aversivo (EA), como choque

nas patas ou sopro de ar. Esse pareamento que vai evocar a reação condicionada

(RC; freezing, resposta de sobressalto ou respostas autonômicas).

Em uma exposição inicial a uma informação sensorial aversiva, um som,

por exemplo, a informação é redirecionada para uma estrutura, já bastante

estudada pelo seu papel no medo, a amígdala. Esse input é recebido do córtex

Page 27: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

27

auditivo e do tálamo auditivo simultaneamente, podendo ser mediado por ambas

as estruturas para um condicionamento de medo (LeDoux, 2003). Existem

evidências de que o tálamo auditivo esteja mais envolvido nesse processamento

de medo e também que existem alterações na amígdala durante esse

processamento mediado pelo tálamo. Essa ativação da amígdala não ocorreria

em atividades mediadas pelo córtex (Mahan e Ressler, 2012).

Para a interpretação e processamento dessas informações que são

direcionadas à amígdala, os seus núcleos basal e basal acessório recebem

projeções vindas do hipocampo e do córtex pré-frontal (PFC, do inglês prefrontal

cortex). O hipocampo é uma estrutura conhecida por sua relação na mediação

das respostas de medo e na formação de memórias, especialmente de memórias

espaciais (Palazidou, 2012). E o córtex pré-frontal é destacado nas funções de

regulação e emocionais (Palazidou, 2012). No transtorno citado o PFC está

menos responsivo, enquanto a amígdala e o hipocampo ficam hiperresponsivos a

estímulos aversivos e emocionais (Milad e Quirk, 2012; Mahan e Ressler, 2012).

No TEPT existe o envolvimento de outras áreas para o processamento da

informação como o giro parahipocampal, o córtex orbitofrontal, córtex sensório-

motor, tálamo e córtex cingulado anterior. Todas essas regiões têm suas funções

comprometidas nesse transtorno. O giro parahipocampal, o córtex orbitofrontal e

o córtex cingulado anterior apresentam diminuição do seu volume e/ou densidade.

O tálamo apresenta diminuição da circulação sanguínea, e o córtex sensório-

motor é o que apresenta um padrão de aumento de resposta e sensibilidade aos

estímulos (Mahan e Ressler, 2012).

Os pacientes com TEPT demonstram respostas características aos

estímulos de medo, em experimentos. Por exemplo, apresentam-se com uma

maior sensibilidade ao estresse, uma generalização de respostas associadas ao

Page 28: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

28

medo, dificuldade para extinguir condicionamento e aprender respostas inibitórias

de medo. Essas respostas inadequadas podem ser decorrentes de uma

plasticidade sináptica aberrante (Mahan e Ressler, 2012).

Uma das possibilidades para explicação dessa plasticidade aberrante seria

uma sinalização ineficiente, ou inadequada de BDNF. Esse fator é diretamente

relacionado à plasticidade neural. Também é diretamente correlacionado com

TEPT em humanos, modelos animais de condicionamento de medo, extinção e

aprendizado inibitório (Soliman et al., 2010).

Outras possibilidades recentemente investigadas envolvem alterações na

produção de proteínas específicas, como a Bax e Bcl-2. Alterações no balanço da

produção dessas proteínas, para positivo ou negativo, seriam cruciais para

modificações nas taxas de apoptose de algumas áreas. Outras proteínas estariam

relacionadas a alterações nas taxas metabólicas de neurônios e células da glia. E

esse balanço de proteínas seria sensível a protocolos de estresse agudo, que

buscam simular o TEPT. O aumento da apoptose ou alteração no metabolismo

dessas áreas seriam relacionados à sintomatologia apresentada pelo transtorno.

Alguns estudos sugerem alterações na produção de Bax e Bcl-2 na amígdala e

hipocampo para o balanço da apoptose, enquanto outros destacam a importância

da produção e balanço entre NAA/Cr (N-acetilaspartato e creatina) e Cho/Cr

(cholina moieties e creatina) nas mesmas áreas para o controle do metabolismo

(Ding et al., 2010; Li et al., 2010; Han et al., 2015).

1.2.2. Transtorno depressivo

A depressão é um dos transtornos mais comuns na população mundial

(APA, 2013) e uma das mais antigas psicopatologias já descritas. Foi descrita por

Hipócrates, 400 a.C., que foi o primeiro a utilizar o termo “melancolia” que, em

Page 29: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

29

grego, significa “bile negra”. Outros sintomas eram descritos associados à

melancolia, sendo que apenas no século XIX a depressão foi adequadamente

estudada, quando alterações cerebrais passaram a ser foco dos estudos (Nestler

et al., 2002).

Atualmente, a depressão atinge cerca de 350 milhões de pessoas no

mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2012). Estima-

se que em 2030 será a doença com maior contribuição para os gastos com saúde

(Willner et al., 2013). Sua etiologia apresenta cerca de 40-50% de componente

genético (Fava e Kendler, 2000). Pesquisas recentes sugerem alterações em um

marcador genético relacionado com a estrutura da mitocôndria, o SIRT1 (Ledford,

2015). Apesar desse componente genético forte, ele ainda não é determinante,

pois outros aspectos não-genéticos são considerados bastante relevantes para o

desenvolvimento da depressão (Fava e Kendler, 2000). A depressão pode

apresentar sintomas semelhantes ao TEPT, contudo com estímulos disparadores

diferentes (APA, 2013).

Desde os anos 60 a depressão é classificada como “depressão maior”

devido a sua sintomatologia descrita no DSM (Nestler et al., 2002). Segundo a

APA, a sintomatologia da depressão é caracterizada por humor deprimido ou

perda de interesse nas atividades prazerosas e mais, pelo menos, cinco sintomas.

O humor deprimido se apresenta por boa parte do dia, quase todos os dias. Essa

alteração de humor pode ser uma queixa relatada pelo próprio paciente, ou algo

observado por outros. Outros sintomas são a diminuição do interesse, ou prazer,

por todas ou quase todas as atividades; alterações no peso, apetite, sono e

comportamento motor (sendo essas caracterizadas por aumento da expressão

desses aspectos ou diminuição dessas manifestações quando comparado ao

comportamento normal do indivíduo). Pode-se apresentar ainda fadiga ou

Page 30: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

30

diminuição da energia constantemente, sentimentos de desvalia ou culpa

inapropriada, diminuição da habilidade de pensar ou raciocinar, indecisão e

dificuldades de concentração. Os déficits cognitivos também podem se

manifestar, e são caracterizados por dificuldades de recordar fatos ou eventos.

Podem ocorrer pensamentos recorrentes sobre morte e suicídio, sem planos, ou

tentativas de suicídio, ou ainda, planos para esse fim podem estar presentes

(APA, 2013).

Devido à heterogeneidade nos sintomas e intensidade dos mesmos, a

depressão é considerada uma síndrome que compreende numerosas patologias

de causas distintas (Nestler et al., 2002), além de estar correlacionada a diversas

outras psicopatologias (APA, 2013). Apesar da sua grande parcela de etiologia

genética, os genes relacionados a essa vulnerabilidade ainda não estão

totalmente elucidados. É também bastante influenciada por fatores externos como

estresse, traumas emocionais, infecções virais e até alterações no

desenvolvimento cerebral (Fava e Kendler, 2000).

Como mencionado, uma das teorias para o desenvolvimento da depressão

envolve uma pré-disposição genética, associada a eventos em diversas fases do

desenvolvimento. A pré-disposição genética varia em torno dos 40%, mas alguns

eventos podem aumentar essas chances de desenvolvimento. É relatado, por

exemplo, que uma interação parental emocionalmente pobre ou abusos na

infância podem agravar os riscos de depressão (para uma revisão ver Willner et

al., 2013). De fato, experiências biopsicossociais traumáticas temporárias podem

ser convertidas em vulnerabilidades de longo prazo (Willner et al., 2013). Contudo,

as interações entre a genética e os eventos parecem ser fundamentais para

explicar a variabilidade da incidência da depressão (Papakostas et al., 2004).

Page 31: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

31

Pacientes com depressão possuem acentuada elaboração de informações

negativas, dificuldades em desapego de materiais negativos e dificuldades no

controle do processamento de informações negativas. Isso pode estar associado

ao grande volume de pensamentos automáticos negativos e ruminação

patológica. Pessoas com depressão são particularmente sensíveis a feedbacks

psicológicos negativos, os quais tem um efeito desproporcional no desempenho

posterior. A patologia também é associada a uma diminuição na capacidade de

antecipar recompensas, e até em considerar recompensas imediatas (Beck, 1967;

1991; Willner et al., 2013).

Alterações hormonais também podem acentuar sintomas depressivos, ou

até mesmo desencadear um episódio depressivo. São exemplos desse fenômeno

alterações no cortisol (hiper e hipocortisolemia) e na função da tiroide (hiper e

hipotireoidismo). Outras doenças também são conhecidas por apresentarem

sintomas correlatos à depressão, como as doenças de Parkinson e Alzheimer,

alguns tipos de câncer, asma, diabetes e acidentes vasculares cerebrais.

Contudo, o estresse é um dos desencadeantes mais comuns da depressão.

Usualmente, o estresse mais perigoso para desencadear esse transtorno é o

estresse crônico, não o agudo (Nestler et al., 2002).

Nesse sentido, como já mencionado, o estresse agudo é conhecido por

desencadear transtornos de ansiedade e transtornos relacionados ao estresse e

traumas (TEPT e transtorno agudo de ansiedade), e o transtorno depressivo maior

pode ser comórbido a esses transtornos. Contudo, além de seu curso para

desencadeamento de episódios estar geralmente relacionado a uma exposição

continuada a estresses (leves a moderados), seria ainda necessária a presença

de uma predisposição genética junto aos fatores ambientais (Nestler et al., 2002).

Page 32: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

32

Apesar de a sintomatologia da depressão ser bastante diferente daquela

de transtornos de ansiedade em diversos aspectos, os aspectos emocional e

cognitivo são semelhantes, além de poderem ser disparados por eventos

estressantes e possuírem o mesmo tratamento farmacológico (Haber et al., 2013).

Como já foi dito, há uma incapacidade de ressignificação das memórias aversivas

que influenciam nos demais sintomas. A ressignificação de memórias é

considerada importante desde Freud, que trouxe a sua importância para

tratamento de desejos repetitivos e/ou intrusivos (Freud, 1914; Friedman, 2008).

O seu uso atualmente é mais amplamente divulgado para tratamento de

transtornos de ansiedade que envolvam traumas e fobias, através de uma

reexposição ao estímulo causador do transtorno, por meio de uma terapia

comportamental (Beck, 1991).

Existe uma ampla variação na prevalência e intensidade dos sintomas

nesses transtornos. Uma das questões levantadas é porque alguns indivíduos

desenvolvem os transtornos, enquanto outros em situações semelhantes não. No

caso do TEPT de 5-30% das pessoas que são submetidas a traumas

desenvolvem o transtorno, enquanto os demais aparentemente são resilientes

(Mahan e Ressler, 2012). Alguns dos seguintes aspectos podem ser cruciais para

o desenvolvimento dos transtornos: genética, predisposição, rede de suporte

social e experiências prévias (Beck, 1991; Nestler, 2002).

Uma das teorias envolve a vulnerabilidade genética mais as experiências

prévias de crenças negativas sobre si mesmo. O indivíduo cria uma crença na

qual se torna inferior caso não conquiste alguns desafios, ou seja superior em

outros. Nesse padrão de resposta, os indivíduos se tornariam muito mais

vulneráveis a experiências negativas na vida adulta. Seriam indivíduos mais

susceptíveis a psicopatologias de ansiedade e humor (Beck, 1991).

Page 33: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

33

As alterações cerebrais para regulação do humor se dão em diversas

áreas. Em indivíduos deprimidos, são reveladas alterações no fluxo de sangue e

alterações de constituição de diversas áreas como córtex pré-frontal, córtex

cingulado, hipocampo, estriado, amígdala e tálamo (Nestler et al., 2002). Além

disso, a análise post mortem de algumas dessas áreas revelam alterações

neuronais específicas, como diminuição de receptores 5-HT1A e aumento no

número de 5-HT2, mas ainda existem controvérsias quanto a esses achados

(Power, 2004).

Quanto à relação entre as alterações nas áreas cerebrais e os sintomas,

sugere-se que alterações no hipocampo e neocórtex estejam relacionadas com

os déficits cognitivos, como impedimentos na memória, e os sentimentos

negativos de culpa, desespero, desvalia e pensamentos suicidas. O estriado (em

especial o núcleo accumbens e o estriado ventral) e amígdala (e outras áreas

correlatas) estariam relacionados com a memória emocional e, dessa forma,

poderiam estar mediando a anedonia, ansiedade e a motivação reduzida nos

pacientes com o transtorno. Devido à presença de vários sintomas

neurovegetativos, também se propõe uma participação do hipotálamo. Existem

diversas áreas do cérebro que trabalham em conjunto com o hipotálamo, para a

regulação das funções alteradas. Por esse motivo, se propõe uma formulação de

um circuito neural no qual o hipotálamo estaria envolvido na depressão (Nestler

et al., 2002; Krishnan e Nestler, 2008).

Estudos com ressonância magnética funcional (fMR) e tomografia por

emissão de pósitrons (PET) mostram ainda uma relação entre a atividade da

amígdala e o córtex pré-frontal, especificamente a região do córtex cingulado

subgenual, e emoções disfóricas. A atividade dessas áreas aparece aumentada

em indivíduos saudáveis em um momento de tristeza, e cronicamente

Page 34: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

34

aumentadas em indivíduos depressivos. Essas alterações são restauradas com o

tratamento da psicopatologia (Krishnan e Nestler, 2008).

As alterações na amígdala são descritas e relacionadas a alterações no

processamento emocional e percepção dos eventos estressantes. Porém,

estudos que buscam alterações físicas, no volume, se mostram inconsistentes

(Palazidou, 2012). Tais alterações podem servir como um mecanismo de

feedback positivo para o quadro depressivo. São indicados padrões de

processamento cognitivo potencialmente capazes de intensificar os sintomas

negativos da depressão (ver fig.1). A percepção do indivíduo deprimido tem um

menor limiar para eventos negativos verbais e de imagens; maior capacidade de

relembrar feedbacks negativos que positivos; maior propensão a relembrar algum

evento negativo numa hora específica do dia que eventos positivos no mesmo

momento do dia; e tendência a apresentar uma interpretação negativa dos

eventos e perspectiva pessimista dos efeitos de eventos/ações (Beck, 1991).

Figura 1. Ciclo de feedback positivo dos sintomas depressivos.

evento negativo

interpretação de padrão negativo

falta de expectativas

positivas

sentimentos de

incapacidade

atitudes/posturas negativas

Page 35: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

35

Esse ciclo envolve outras estruturas para esses comportamentos, mas a

participação da amígdala é importante para a manutenção dessas alterações

cognitivas, de forma negativa, dos eventos. Podemos então, sugerir que a

hipertrofia da amígdala se deve ao aumento da sua atividade (Palazidou, 2012).

É interessante ressaltar que essa hipertrofia da amígdala se dá

concomitante a uma diminuição do volume do hipocampo. Essa diminuição do

volume hipocampal está relacionada a um possível efeito da excitotoxicidade

causada pelo aumento do cortisol cerebral (Bland et al., 2005; Palazidou, 2012).

O hipocampo é uma das estruturas de mediação da atividade da amígdala. A

diminuição do seu volume resulta na diminuição da mediação exercida na

atividade amigdalar, além de possivelmente estar relacionada ao aparecimento

dos déficits de memória (Palazidou, 2012).

Há também alteração na espessura do PFC. O PFC também é uma

estrutura mediadora da função amigdalar. Outra função comprometida pela

diminuição da espessura do PFC é a tomada de decisão, que pode ser

relacionada com a alteração psicomotora (Palazidou, 2012).

As alterações estruturais descritas podem ser decorrentes de alterações na

rede de modulação monoaminérgica. Essa rede se ramifica para a área frontal do

cérebro vinda de projeções da área centro-cerebral e de núcleos do tronco

encefálico. A via dopaminérgica origina-se na área tegmental ventral (VTA), a

serotonérgica emerge do núcleo dorsal da raphe, da área cinzenta periaquedutal

e a noradrenérgica é oriunda do locus coeruleus. Em soma ao controle do alerta

e consciência, esses neurotransmissores também estão envolvidos na modulação

de estímulos emocionais (Krishnan e Nestler, 2008).

1.3. Teorias da depressão e tratamentos: Fluoxetina

Page 36: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

36

Em 1951, a isoniazida e a iproniazida foram desenvolvidas para o

tratamento da tuberculose. Como efeito colateral ao tratamento, a iproniazida

demonstrou uma melhora no humor e euforia nos pacientes. Em 1952, Zeller e

colaboradores provaram que a droga era um inibidor da monoaminoxidase

(IMAO). Assim, foi a primeira droga utilizada como antidepressivo, em 1956, até

se descobrir sua hepatoxicidade (Nestler et al., 2002; Meyer e Quenzer, 2005;

Aguiar et al., 2011).

A enzima monoaminoxidase é responsável pela degradação dos

neurotransmissores monoaminérgicos dentro do neurônio. Existem dois tipos de

MAO: A e B e sua diferença é com relação ao substrato que é degradado. A MAO-

A caracteriza-se por uma preferência pela serotonina e noradrenalina, enquanto

a MAO-B metaboliza especialmente os substratos da feniletilamina, como a

dopamina (Aguiar et al., 2011).

A inibição da MAO-A está ligada também a efeitos hipertensivos, além dos

efeitos antidepressivos. Já a MAO-B está associada a efeitos neuroprotetores

contra a degeneração. Os IMAO podem atuar de duas maneiras: de forma

reversível e irreversível. A forma irreversível é de alto risco à vida do paciente,

pois mesmo com a interrupção do uso do medicamento demoram-se vários dias

para a reversão do quadro inibitório e os riscos de interação medicamentosa, e

até alimentícia, são altos (Meyer e Quenzer, 2005; Aguiar et al., 2011).

Em 1958, pesquisas para a descoberta de anti-histamínicos levaram ao

desenvolvimento da imipramina. Nesse momento passaram a existir duas das

classes de antidepressivos conhecidos hoje: os IMAO e os tricíclicos. Enquanto,

como já mencionado, os IMAO são responsáveis por aumentar a

neurotransmissão monoaminérgica através da inibição da enzima de degradação,

os tricíclicos aumentam essa transmissão através do bloqueio da proteína de

Page 37: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

37

recaptação das monoaminas (Moreno et al., 1999; Nestler et al., 2002; Aguiar et

al., 2011).

Os antidepressivos tricíclicos têm esse nome pela sua estrutura, contendo

três anéis. Sua síntese, inicialmente foi relacionada a efeitos antipsicóticos devido

à similaridade estrutural com a clorpromazina (primeiro antipsicótico descoberto).

Contudo, a imipramina demonstrou ação antidepressiva e não antipsicótica. Os

tricíclicos não atuam somente impedindo a recaptação de serotonina,

noradrenalina e dopamina, mas também agem bloqueando receptores

histaminérgicos, alfa-adrenérgicos e muscarínicos. Devido ao seu bloqueio

colinérgico, podem causar déficits cognitivos, ou agravar os existentes (Moreno et

al., 1999; Aguiar et al., 2011).

Esses mecanismos de ação dessas drogas levaram à elaboração de

hipóteses de causas biológicas para o surgimento da depressão. Uma vez que a

inibição da monoaminoxidase se provou um método eficiente no tratamento,

supôs-se que a depressão estaria relacionada a um déficit de monoaminas na

fenda sináptica. Drogas que depletam esses neurotransmissores seriam capazes

de induzir quadros depressivos, enquanto drogas que aumentassem a liberação

ou manutenção desses neurotransmissores na fenda sináptica, seriam capazes

de melhorar os sintomas da depressão (Krishnan e Nestler, 2008). Assim, a

inibição da degradação dos neutransmissores recaptados possibilita um maior

volume de monoaminas de volta à fenda sináptica. O mesmo raciocínio se

aplicaria para a inibição do transportador responsável pela recaptação dessas

substâncias (Aguiar et al., 2011).

Nesse sentido, existem evidências da importância das monoaminas no

surgimento dos sintomas da depressão. Uma restrição da ingestão de alimentos

envolvidos na síntese do triptofano (precursor da 5-HT) diminui os níveis

Page 38: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

38

plasmáticos do triptofano em até 80%, levando a uma queda nos níveis de

serotonina cerebral. Há ainda alteração com a inibição da tirosina hidroxilase, o

alfa-metil-para-tirosina (AMPT), causando também uma depleção das

catecolaminas, DA e NA. A depleção do triptofano e a inibição da AMPT causam

o aparecimento dos sintomas de depressão em pacientes previamente em

remissão pelo uso de ISRS e ISRN, respectivamente (Delgado et al., 1990, 1991,

1994, 1999; Miller et al., 1996; Willner et al., 2013). O uso de fármacos que

induzem a depleção dessas monoaminas também é um fator indutor de quadros

depressivos (Freis, 1954; Guay, 2010; Tian et al., 2010; Aia et al., 2011; Ghia et

al., 2011).

Apesar de conhecidamente as monoaminas cerebrais estarem envolvidas

com a fisiopatologia da depressão, a hipótese monoaminérgica tal como descrita

acima não parecia ser suficiente para explicar alguns aspectos do tratamento com

antidepressivos. Assim, uma segunda hipótese foi desenvolvida devido a estudos

posteriores com a imipramina. Esses estudos mostravam que a administração

dessa droga levava a um efeito na fenda sináptica em algumas horas, enquanto

os efeitos comportamentais demoravam pelo menos 2 semanas para aparecerem.

Preconizou-se então que a administração prolongada dessa droga levava a uma

modificação estrutural, como por exemplo uma redução na quantidade e função

dos receptores monoaminérgicos, resultando em um feedback positivo para um

aumento na liberação de neurotransmissores. A hipótese inicial, da liberação de

neurotransmissores foi então alterada para a modificação na sensibilidade dos

receptores monoaminérgicos (Willner et al., 2013).

As principais monoaminas envolvidas nas ações de antidepressivos

também têm envolvimento com o funcionamento neuroendócrino. O

funcionamento neuroendócrino também está envolvido com uma das possíveis

Page 39: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

39

teorias para o surgimento da depressão. Esta hipótese seria relacionada a uma

resposta não adaptada/mal adaptada aos estímulos estressores, causando efeitos

maléficos. Como já foi mencionado, alterações no sistema endócrino de regulação

da resposta ao estresse constituem-se em elementos de diferenciação entre a

depressão e transtornos de ansiedade. Em ambos, alterações na resposta do eixo

HPA, seja uma hipersensibilidade a essa resposta, seja uma ativação prolongada,

podem levar aos quadros psicopatológicos.

Estudos mostram que aproximadamente 50% dos pacientes

diagnosticados com depressão possuem uma alteração chamada

hipercortisolemia. Essa alteração está relacionada a um aumento da atividade do

eixo HPA, ou alterações de sensibilidade do eixo e regulação da alça de feedback,

causando uma maior liberação de cortisol na corrente sanguínea (Nestler et al.,

2002).

O aumento dos níveis de cortisol também está relacionado a inibição da

neurotransmissão de 5-HT. Essa alteração propõe uma relação direta com os

sintomas de humor da depressão. As alterações nos níveis de cortisol parecem

levar aos sintomas depressivos, não o contrário. Isso se sugere pelos efeitos da

diminuição das taxas de cortisol, através de medicação, acompanhada pelo alívio

dos sintomas depressivos (Nestler et al., 2002).

Apesar da não-especificidade das classes de medicamentos existentes,

apenas em 1988 foi desenvolvida a fluoxetina, primeira droga da classe dos

Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS). Essa classe foi

desenvolvida a partir de pesquisas com os tricíclicos. Receberam essa

nomenclatura por apresentarem uma baixa afinidade por receptores adrenérgicos,

colinérgicos e histaminérgicos, enquanto apresentam uma maior afinidade pelo

bloqueio das proteínas de recaptação de serotonina. Devido ao seu mecanismo

Page 40: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

40

de ação, relacionado majoritariamente ao neurotransmissor serotonérgico, pode

causar “síndrome serotonérgica”, que é uma urgência médica caracterizada pela

presença exacerbada de serotonina na fenda sináptica ocasionando agitação,

nervosismo, vômito, ataxia, mioclonias, tremor, convulsões, coma e até a morte

do paciente (Aguiar et al, 2011).

Após os ISRS foram desenvolvidos outros medicamentos com mecanismos

variados. Contudo, o uso dos ISRS na depressão ainda é bastante significativo,

sendo a fluoxetina uma das drogas mais prescritas até hoje para esse fim (Dunlop

e Davis 2008).

Um dos efeitos da fluoxetina na reversão dos sintomas das psicopatologias

é a melhora nos déficits cognitivos (Monleón et al., 2002; Drapier et al., 2007;

Castañé et al., 2015). Os mecanismos pelos quais essa melhora acontece ainda

não são completamente claros. Contudo, o tempo necessário para o aparecimento

dos efeitos antidepressivos, seria após o 7º dia de tratamento, segundo estudos

utilizando voluntários saudáveis (Harmer et al., 2009; Harmer, 2010), leva ao

levantamento de possibilidades sobre seu mecanismo de ação mais amplo. A

serotonina possui também um papel regulador na divisão celular e um papel crítico

no controle da proliferação das células adultas neurais, fato que explicaria sua

eficácia na melhora dos sintomas depressivos considerando o papel da

neurogênese hipocampal na fisiopatologia da depressão. Algumas possibilidades

relacionam fluoxetina com alterações na liberação de BDNF, o que está

relacionado a uma das teorias mais recentes da depressão (Santarelli et al., 2003;

Paizanis et al., 2007).

Os efeitos da fluoxetina sobre a liberação de BDNF vem sendo discutidos.

Se, por um lado a fluoxetina tem ação imediata no cérebro, com o aumento da

disponibilidade de neurotransmissor na fenda sináptica (e o BDNF está

Page 41: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

41

relacionado com a disponibilidade de serotonina versus a quantidade de cortisol

circundante), por outro esse mesmo BDNF precisa de pouco tempo para exercer

modificações estruturais capazes de reestabelecer a comunicação neural

adequada (Dulawa et al., 2004; Arantes-Gonçalvez e Coelho, 2006; Palazidou,

2012).

Estudos sugerem também uma associação entre o BDNF e a ansiedade.

Em humanos foi observado que tanto o estresse crônico, quanto o agudo tem a

capacidade de diminuir a expressão de BDNF no hipocampo e aumentar os

comportamentos agressivos e ansiosos (Arantes-Gonçalves e Coelho, 2006).

Nesse sentido, comumente se administram ISRS para o tratamento de alguns

transtornos de ansiedade, e acredita-se que o mecanismo de ação desse efeito

envolva o aumento da liberação de BDNF (Dulawa et al., 2004; Palazidou, 2012).

A fisiopatologia e o tratamento da depressão envolvem também adaptação

e plasticidade neural. De acordo com essa hipótese, a depressão seria resultado

de uma falha na execução de respostas adaptativas apropriadas ao estresse e a

estímulos aversivos, ou seja, perda da plasticidade sináptica. De fato, a exposição

crônica a situações de estresse induz um quadro semelhante à depressão, com

redução dos níveis hipocampais de BDNF (Gould et al., 1999; Sen et al., 2003;

Arantes-Gonçalves e Coelho, 2006), componente da família das neurotrofinas,

que, entre várias outras moléculas, apresenta um papel reconhecidamente

importante na plasticidade sináptica (Arantes-Gonçalves e Coelho, 2006; Monfils,

2007; Kalueff, 2007; Karpova et al., 2011).

Estudos utilizando fluoxetina apontam para a necessidade de neurogênese

para a melhora dos sintomas cognitivos associados aos transtornos de humor e

ansiedade. Nesses estudos a administração crônica de fluoxetina melhorou a

Page 42: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

42

neurogênese, fator intimamente relacionado à quantidade de BDNF circundante

(Santarelli et al., 2003; David et al., 2009; Karpova et al., 2011).

1.4. Dimorfismo sexual e os transtornos depressivos e relacionados à

trauma e estresse

É de amplo conhecimento o fato de que a fisiologia de homens e mulheres

é diferente. Essas diferenças, contudo, não se restringem aos aparelhos

reprodutores e dimorfismo sexual secundário. Existem diferenças que permeiam

tamanho e processamento de estruturas cerebrais, influenciando e alterando

comportamentos, que não só são sexuais e reprodutivos (Andreano e Cahill,

2009).

Essas diferenças, quanto ao aspecto cerebral, acentuam-se nos efeitos do

estresse e psicopatologias associadas. Mulheres são mais susceptíveis a sofrer

de doenças mentais relacionadas ao estresse e têm duas vezes mais chances de

experienciar depressão, fobias, ansiedade social e TEPT (Mahendran e Yap,

2005; WHO, 2012; Farrell et al., 2013; Graham e Milad, 2013). Além disso, tendem

a apresentar, com maior frequência, sintomas considerados atípicos, como humor

irritável, por exemplo (APA, 2013; Bigos et al., 2009). Sem descartar a influência

de aspectos socioculturais, essa susceptibilidade parece estar ligada à flutuação

hormonal, uma vez que a diferença nas taxas de acometimento dessas

psicopatologias tende a diminuir após a menopausa. O estrógeno está

relacionado a uma modulação da serotonina e do eixo HPA (Nur et al., 2007). Uma

evidência disso é que as taxas de depressão são mais altas em mulheres na

presença de flutuações hormonais intensas, tais como logo antes da

menstruação, imediatamente após a gravidez e durante a menopausa (Bigos et

al., 2009).

Page 43: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

43

Alguns estudos indicam uma maior susceptibilidade do sexo feminino aos

efeitos do estresse e, especificamente, aos efeitos do cortisol/corticosterona. Em

um estudo com ratos machos e fêmeas submetidos a um estresse inescapável

foram observados os níveis de corticosterona em dois momentos: imediatamente

após o estresse agudo e 60 minutos após. Nos resultados foram encontrados altos

níveis plasmáticos de corticosterona nas fêmeas em ambos os momentos, tanto

comparando ao seu basal, quanto ao serem comparadas com os machos. A

resposta de aumento da corticosterona nos machos também foi significativa nas

duas medições, mas com menores taxas do hormônio no plasma (Bland et al.,

2005).

Essa resposta aumentada e prolongada ao estresse pode estar relacionada

a uma maior sensibilidade ao cortisol. Essa sensibilidade aumentada pode ser

relacionada com os efeitos deletérios desse hormônio no cérebro, que pode levar

a uma excitotoxicidade (Bland et al., 2005), com consequentes alterações de

funcionalidade e até a danos em estruturas. Dentre as estruturas cerebrais que se

observam alterações decorrentes da toxicidade induzida por glicocorticoides

destaca-se o hipocampo (Palazidou, 2012).

Essa estrutura apresenta dimorfismo sexual. As mulheres apresentam um

hipocampo proporcionalmente maior, diferenças na neuroquímica e maior

sensibilidade ao estresse nessa área (Bland et al., 2005; Goldstein et al., 2001;

Madeira e Lieberman, 1995). As diferenças sexuais para a neuroquímica cerebral

são diversas, como por exemplo alterações nos níveis dos neurotransmissores

GABA (ácido γ -aminobutírico), acetilcolina, vasopressina, opióides e monoaminas,

especialmente a serotonina. Essa é sintetizada em uma proporção muito inferior

em cérebros de mulheres saudáveis quando comparadas com homens saudáveis

(Nishizawa et al., 1997). Também em menor quantidade são os níveis de

Page 44: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

44

metabólitos de serotonina em tecido post mortem, e além de um menor número

de células nos núcleos da rafe (Nestler et al., 2002).

Aspectos farmacocinéticos e farmacodinâmicos da ação dos

antidepressivos podem ser distintos entre os sexos. Uma evidência dessa

diferenciação para as respostas aos antidepressivos é a melhor responsividade

do sexo feminino aos ISRS e as altas taxas de abandono do tratamento com

tricíclicos (Dalla et al., 2009), comparando-se aos homens. Alguns estudos

argumentam que os ISRS não seriam uma opção de tratamento para mulheres

em menopausa, até estudos indicarem a melhora da sua eficácia com tratamento

combinado de estradiol (Zanardi et al., 2007). Estudos com ratos são controversos

com relação a essa afirmativa, corroborando-a em alguns estudos e

contradizendo-a em outros (Li et al., 2013; Charoenphandhu et al., 2011,

respectivamente). Ainda em modelos animais, alguns estudos mostram não haver

diminuição da imobilidade no nado forçado em fêmeas tratadas com um

antidepressivo tricíclico, enquanto machos respondem positivamente ao mesmo

tratamento e com a mesma dose (Barros e Ferigolo, 1998). Nesse sentido, sugere-

se um metabolismo mais lento como explicação para a resposta diminuída aos

tricíclicos em fêmeas adultas (Wilson e Roy, 1986).

Os estudos com antidepressivos, mesmo a fluoxetina, poucas vezes

utilizam fêmeas (para uma revisão ver Pehrson et al., 2015). Além disso, quando

o fazem, poucas vezes exploram as fases do ciclo estral das ratas, mesmo com o

crescente corpo de evidências da influência dos hormônios na incidência dos

transtornos de humor e ansiedade e nos efeitos da fluoxetina (para revisão ver

Cahill, 2006; Andreano e Cahill, 2009).

Dois dos estudos mais importantes encontrados para o desenvolvimento

dessa tese utilizando fêmeas e fluoxetina, e buscando verificar efeitos na memória

Page 45: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

45

e ansiedade foram os seguintes: o primeiro trabalho utilizou um tratamento

crônico, de 20 dias, para avaliar os efeitos da fluoxetina na ansiedade e memória

com a esquiva discriminativa com fêmeas. Devido ao tipo de tratamento escolhido,

não foi possível a separação dos efeitos por fases do ciclo. Não foram encontrados

efeitos na ansiedade. Os efeitos na memória se destacaram pela melhora na

extinção de uma tarefa aversiva (Melo et al., 2012). O outro estudo utilizou ratos

machos e fêmeas, realizando tratamentos agudo e crônico com fluoxetina. As

ratas mostraram um padrão de extinção do comportamento de medo apenas no

grupo de baixa concentração hormonal. O aumento da ansiedade no tratamento

agudo, por sua vez, pareceu não estar ligada à concentração hormonal ou sexo

dos animais; enquanto o efeito ansiolítico parece estar ligado apenas ao

tratamento crônico (Lebrón-Milad et al., 2013).

Page 46: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

46

Justificativa

Os antidepressivos possuem um padrão paradoxal de efeitos sobre a

ansiedade, a memória e os sintomas depressivos. Enquanto os principais

sintomas depressivos só vão minimizar após algumas semanas de tratamento, os

efeitos na ansiedade e na memória podem aparecer agudamente (Harmer et al.,

2009; Harmer, 2010; Lebrón-Milad et al., 2013). Além de respostas temporalmente

diferentes, também podem ser de diferentes tipos, como aumento ou diminuição

dos déficits mnemônicos e de níveis de ansiedade. Essas respostas com tempos

diferenciados são importantes para a compreensão dos mecanismos pelos quais

ocorrem as modificações responsáveis pela diminuição dos sintomas depressivos

promovidos pela fluoxetina.

Além disso, conforme comentado na introdução, alguns estudos mostram

que os efeitos da fluoxetina e outros antidepressivos podem estar envolvidos com

a ação de hormônios sexuais. Nesse sentido, estudos indicam uma maior

incidência e prevalência dos transtornos de humor e ansiedade em mulheres que

em homens, consequentemente maior prescrição de antidepressivos, inclusive

fluoxetina, para mulheres. Apesar disso, as pesquisas farmacológicas tendem a

utilizar modelos experimentais com animais machos (Zucker e Beery, 2010).

Existem ainda evidências de que as mulheres são mais susceptíveis a efeitos

adversos de certos medicamentos quando comparadas aos homens (Kim et al.,

2010). Além disso, um dos efeitos adversos da administração aguda da fluoxetina

é o aumento da ansiedade, tanto em humanos como em modelos animais (Dunlop

e Davis, 2008), e como mencionado, transtornos de ansiedade são mais

prevalentes em mulheres (Bekker e van Mens-Verhulst, 2007). Contudo, esse

efeito de aumento da ansiedade ainda é controverso, aparecendo em alguns

estudos e em outros não (Drapier et al., 2007).

Page 47: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

47

O presente trabalho buscou verificar as interações de um tratamento agudo

com fluoxetina e os níveis hormonais endógenos sobre as etapas de uma tarefa

que envolve memória aversiva. Levou-se em consideração, para tanto, o sexo dos

sujeitos experimentais e, em especial, o ciclo hormonal das fêmeas.

Para a fase de aquisição da memória, utilizamos uma comparação entre os

efeitos da administração aguda de três doses de fluoxetina antes do treino tarefa

de memória em ratos machos e fêmeas, com concomitante avaliação da

ansiedade. Foram também abordadas as possíveis influências do ciclo estral das

ratas, utilizando assim animais separados pela sua fase do ciclo estral,

possibilitando uma abordagem sobre os efeitos hormonais relacionados à fase do

ciclo estral. Para a consolidação, utilizamos as mesmas doses, contudo

administradas logo após a sessão de aquisição da memória. E para verificar os

efeitos na evocação dessa memória os animais foram tratados antes da sessão

de teste.

Acreditamos que nossa abordagem permitiu a obtenção de informações

relevantes a cerca de aspectos clínicos do tratamento com fluoxetina: seus

possíveis efeitos agudos sobre as várias etapas da memória e sobre a ansiedade,

possíveis diferenças nesses efeitos entre os sexos e possível influência de

estados hormonais na ação dessa substância.

Page 48: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

48

Objetivos

A primeira etapa deste trabalho teve como objetivo investigar os efeitos de

um tratamento agudo pré-treino com fluoxetina em machos e fêmeas saudáveis

avaliando: (1) influência do tratamento na aprendizagem; (2) influência do ciclo

estral na aprendizagem; (3) os efeitos do tratamento na memória (4) parâmetros

clássicos e não-clássicos de ansiedade, relacionando-os ao tratamento e/ou ciclo;

(5) averiguar os efeitos do tratamento e ciclo na locomoção dos animais. Todas

essas avaliações foram realizadas na esquiva discriminativa em labirinto em cruz

elevado, que permite a avaliação concomitante de tais fenômenos.

Na segunda etapa, nossas investigações foram centralizadas em duas

etapas do ciclo estral que demonstraram efeitos opostos nos resultados da

primeira etapa, as quais apresentam perfis hormonais distintos. Estro e Proestro

foram as fases escolhidas para as etapas seguintes de investigação dos efeitos

na memória que incluíam manipulação da consolidação através da administração

de fluoxetina logo após a sessão de aquisição da memória, investigando assim

(6) influência de tratamento e/ou ciclo na evocação; e administração pré-teste,

afim de avaliar (7) alterações decorrentes do tratamento e/ou ciclo na evocação e

extinção da tarefa. Essa segunda etapa também foi utilizada para avaliar alguns

dos mesmos aspectos da primeira etapa e relacioná-los à influência do

tratamento, como os efeitos na ansiedade e locomoção.

Em nossa terceira etapa utilizamos, novamente, todas as fases do ciclo

estral e todas as doses de fluoxetina, para analisar os efeitos do tratamento agudo

no teste do nado forçado e, assim, averiguar (8) alterações nos comportamentos

tipo depressivos.

Page 49: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

49

A maior parte dos resultados obtidos foram organizados na forma de um

artigo científico para submissão e os resultados restantes estão compilados em

sequência (itens 3 e 4 desse documento, respectivamente).

Page 50: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

50

2. Materiais e métodos

2.1. Animais

Foram utilizados ratos machos e fêmeas da linhagem Wistar, adultos,

provenientes do Biotério Setorial do Laboratório de Estudos de Memória (LEME-

UFRN) e do Biotério Central da Universidade Federal de São Paulo (CEDEME-

UNIFESP). Os ratos foram alojados sob condições de temperatura controlada (21-

23 °C) e iluminação (12/12h claro e escuro). Comida e água ad libitum. Foram

manipulados de acordo com a lei brasileira para uso de animais em pesquisa

científica (Lei no 11.794) e foram feitos todos os esforços para minimizar a dor e

sofrimento dos animais, assim como o número de animais utilizados, e os

procedimentos foram aprovados pelas comissões de ética no uso de animais em

pesquisa nas referidas universidades (ver anexo 1).

2.2. Fármaco

Foi utilizado cloridrato de fluoxetina (Sigma Pharma, Brasil), o qual foi

diluído em solução salina com 50µl de Tween 80 por ml. Em cada experimento, a

fluoxetina foi administrada em doses de 5, 10 ou 20 mg/kg, e o grupo controle

recebeu solução salina com Tween 80 (veículo). As administrações foram

realizadas por via intraperitoneal, em um volume de injeção de 1 ml/kg.

O fármaco ou veículo foram injetados 30 min antes dos procedimentos

comportamentais ou logo após o fim da tarefa comportamental (de acordo com os

respectivos protocolos). O intervalo entre a injeção e o início dos procedimentos

foi escolhido com base em estudos anteriores utilizando a esquiva discriminativa

ou outras tarefas nas quais as doses foram efetivas (Carr et al., 2011; Cryan e

Lucki, 2000; Djordjevic et al., 2012; Dulawa et al., 2004; Iñiguez et al., 2010;

Page 51: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

51

Javelot et al., 2011; Li et al., 2009; Melo et al., 2012; Miyamoto et al., 2010; Taylor

et al., 2004; Wang et al., 2011).

2.3. Procedimentos experimentais

2.3.1. Verificação do ciclo estral

O ciclo estral foi monitorado por, pelo menos, dois ciclos completos antes

do início dos experimentos comportamentais, sempre entre as 10-12 h, pelo

seguinte procedimento: Pipetas plásticas são inseridas gentilmente na vagina,

com água destilada (aproximadamente 0,1 ml). Uma leve pressão é aplicada ao

bulbo da pipeta para a coleta de células vaginais. O material coletado é colorido

com azul de metileno (5 mg/ml) e analisado sob microscópio ótico. Foram

adicionados aos experimentos apenas animais que apresentaram ciclo normal.

No começo do terceiro ciclo os animais foram selecionados de acordo com

suas fases do ciclo para os grupos de tratamento. Tentamos equilibrar o número

de animais de cada fase do ciclo em cada dia de experimento. Além disso, a coleta

e análise do ciclo foi realizada antes de qualquer outro procedimento

comportamental ou farmacológico. Para a diferenciação das quatro fases do ciclo

estral foram utilizados os mesmos critérios visuais descritos por outros artigos:

estro – predominância de células cornificadas; proestro – predominância de

células epiteliais nucleadas; diestro – predominância de leucócitos; metaestro –

proporções similares de células cornificadas, nucleadas e leucócitos (Medeiros et

al., 2014; Scharfman et al., 2003).

Page 52: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

52

Figura 2. Foto micrografias do esfregaço vaginal de ratas nas diferentes fases do

ciclo estral a. metaestro; b. diestro; c. proestro; d. estro (arquivo pessoal).

A fim de mimetizar o tempo e forma de manipulação necessária para a

coleta do ciclo, utilizada com as fêmeas, os machos foram submetidos a

manipulações semelhantes pelo mesmo período aproximado de tempo, sem,

contudo, a introdução de pipetas.

Page 53: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

53

2.3.2. Esquiva discriminativa em labirinto em cruz elevado

Os animais foram submetidos a uma sessão de aquisição da tarefa na EDL

à partir das 12 h, seguida por uma primeira sessão de evocação 24 h após a

primeira (teste), e uma segunda sessão de evocação 48 h após a sessão de treino

(reteste). Teste e reteste ocorrem da mesma forma que a aquisição, a não ser

pela ausência de estímulos (Fig. 3).

Figura 3. Esquema do design experimental referente à tarefa da esquiva

discriminativa em labirinto em cruz elevado e sessões.

O aparato utilizado é uma versão modificada do labirinto em cruz elevado,

feito em madeira, contendo dois braços fechados (50 × 15 × 40 cm), sendo um

braço aversivo (AV) e um não aversivo (NAV), oposta a dois braços abertos (OA;

50 × 15 cm). Em uma sala com iluminação à 5 lx. A tarefa consiste em três

sessões: treino, teste e reteste, cada uma com duração de 10 min.

Na sessão de treino, cada rato é colocado no centro do aparato com a

orientação do corpo para o cruzamento entre os braços abertos. Toda vez que o

animal entra com as quatro patas no braço fechado aversivo, estímulos aversivos

são ligados até o animal deixar o braço. Os estímulos aversivos utilizados são

uma luz de 100 W (1500 lx no chão do aparato) e um ruído (white noise) de 80 dB

Page 54: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

54

produzido por uma lâmpada e alto-falantes colocados no braço fechado aversivo.

Nas sessões de teste e reteste os animais são novamente colocados no aparelho,

mas sem a apresentação do estímulo aversivo. A lâmpada e caixa de som

continuam presentes no braço aversivo, contudo permanecem desligados. Vários

estudos realizados com este aparato têm mostrado que o estímulo aversivo é

eficiente. Estudos também demonstram eficiência na tarefa na avaliação de

comportamentos tipo-ansiosos (Melo et al., 2012; Munguba et al., 2011; Patti et

al., 2006; Ribeiro et al., 2010, 2011; Silva et al., 2004).

Para a avaliação da memória foi utilizada a comparação entre os tempos

absolutos gastos nos braços fechados – aversivo e não-aversivo – e a

porcentagem de tempo gasto no braço aversivo [% TAV = tempo em NAV / (tempo

em NAV + AV) x 100]. Para a porcentagem de TAV geral, quando toda a sessão

for considerada, e o TAV% em blocos de tempo, quando a variável for analisada

ao longo das sessões. Nas sessões completas as durações foram divididas em

cinco blocos, de dois minutos cada, a fim de avaliar o aprendizado na sessão de

treino, evocação da tarefa na sessão teste e a possível extinção no reteste.

Ansiedade será avaliada pela percentagem de tempo gasto nos braços

abertos [% = TOA tempo na OA / (tempo de OA + NAV + AV) x 100] e pela

atividade de avaliação de risco para entrada nos braços abertos, caracterizada

pelos comportamentos de esticar-se para avaliar o ambiente, antes de entrar ou

recuar (Setem et al., 1999) – tempo e frequência. A atividade motora foi avaliada

pela distância total percorrida (m) no conjunto do aparelho nas sessões.

As sessões foram gravadas com uma câmera digital colocada sobre o

aparelho e a quantificação comportamental realizada por um software de

monitoramento de vídeo (Anymaze®, Stoelting, EUA).

Page 55: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

55

2.3.3. Nado Forçado

Nesse teste as ratas foram colocadas em um cilindro (40 cm altura x 25 cm

largura) com água (30 cm de profundidade, 24-26o C), por dois dias consecutivos.

No primeiro dia os animais foram submetidos a 15 min de exposição forçada

(sessão pré-teste). Vinte e quatro horas depois da sessão pré-teste os animais

foram colocados no cilindro com água novamente (sessão de teste) por 5 min e

as manifestações comportamentais foram quantificadas. Foram avaliados

imobilidade – onde o animal apresenta apenas os comportamentos mínimos para

manter a cabeça acima do nível da água – e escalada – comportamento no qual

o animal tenta escalar as paredes do cilindro na tentativa de escapar.

As sessões foram gravadas com uma câmera digital posicionada acima do

aparato e a quantificação comportamental foi realizada simultaneamente ao teste,

por um experimentador cego ao grupo e tratamento.

2.3.4. Delineamento experimental

Os animais foram alocados em 5 experimentos. As fêmeas foram

separadas em grupos de acordo com a fase do ciclo.

Experimento 1:

Para esse experimento foram utilizadas fêmeas, separadas pelas fases do

ciclo estral no dia do treino (momento da injeção) da tarefa da EDL. Fluoxetina (5,

10 e 20 mg/kg) ou veículo (n=6-11/tratamento/fase) foram administrados 30

Page 56: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

56

minutos antes da sessão de treino, para a avaliação dos efeitos comportamentais

durante a aquisição da tarefa.

Figura 4. Delineamento experimental, experimentos 1 e 2.

Experimento 2:

Foram utilizados machos, submetidos a um delineamento experimental

semelhante e aos mesmos tratamentos farmacológicos que as fêmeas do

experimento 1 (n=8-12/tratamento).

Experimento 3:

Foram utilizadas fêmeas, separadas pelas fases do ciclo estral no dia do

treino da tarefa (momento da injeção) da EDL. O tratamento com fluoxetina (5, 10

ou 20mg/kg) ou veículo (n=6-7/tratamento/fase) foi realizado imediatamente após

o treino, para a avaliação dos efeitos na consolidação da memória.

Figura 5. Delineamento experimental, experimento 3.

Page 57: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

57

Experimento 4:

Foram utilizadas fêmeas, separadas pelas fases do ciclo estral no dia do

teste da tarefa (momento da injeção) da EDL. Fluoxetina (5, 10 e 20mg/kg) ou

veículo (n=6/tratamento/fase) foram administrados 30 minutos antes da sessão de

teste, para a avaliação dos efeitos na evocação da memória da tarefa e demais

aspectos comportamentais passíveis de avaliação na tarefa.

Figura 6. Delineamento experimental, experimento 4.

Experimento 5:

Para esse experimento as fêmeas utilizadas foram separadas em grupos,

de acordo com a fase do ciclo no dia do teste (momento da injeção) do NF. O

tratamento com fluoxetina (5, 10 ou 20mg/kg) ou veículo (n=5-11/tratamento/fase)

foi administrado 30 minutos antes do teste do NF.

Figura 7. Delineamento experimental, experimento 5.

Page 58: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

58

2.7. Análise estatística

Para a avaliação dos parâmetros da tarefa de esquiva discriminativa

análises de variância foram utilizadas para a análise do tratamento x sessão x

ciclo estral (ANOVA de 3 vias) para frequência e tempo em avaliação de risco.

ANOVA de 2 vias para %TAV, %TOA, a distância percorrida e frequência e tempo

em avaliação de risco. ANOVA de 2 vias (tratamento x sessão, em grupos

divididos pelo ciclo estral) e ANOVA de 1 via (tratamento), em animais separados

pelo ciclo estral ou sem considerar o ciclo, foram aplicadas para %TAV, %TOA e

frequência e tempo em avaliação de risco. Utilizamos post hoc Sidak para a

análise de múltiplas comparações de ciclo e sessão e Dunnett para avaliação de

tratamento. O tempo absoluto gasto nos braços aversivo e não aversivo foi

analisado por amostras pareadas utilizando o teste t de student. Para a avaliação

dos blocos de minutos de %TAV foi utilizada ANOVA de medidas repetidas. Todos

os resultados foram considerados significativos quando p<0,05, exceto nas

comparações de blocos de minutos pareadas, onde foi aplicada a correção de

Bonferroni para a significância estatística.

Para a avaliação dos parâmetros da tarefa de nado forçado foram utilizadas

ANOVAs de 2 vias (tratamento X fase do ciclo estral) e 1 via (tratamento),

considerando ou não a separação por fases do ciclo, respectivamente, para os

tempos em imobilidade e em escalada. Para as análises de post hoc utilizamos o

Sidak para avaliação dos efeitos do ciclo e Dunnett para comparações dos

tratamentos.

Page 59: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

59

3. Artigo a ser submetido

Estrous cycle and fluoxetine interactions on the modulation of memory and

anxiety- and depression-like behaviors in rats

Melo, T.G.1; Paiva-Santos, M.A.2; Sousa, V.M.1; Bioni, V.S.2; Cunha, D.M.G.2;

Lima, A.C.2; Ferreira, L.S.1; Feitosa, A.S.1; Cunha, J.A.S.1; Medeiros, A.M. 2;

Lima, R.H.1; Ribeiro; A.M.3; Silva, R.H.1,2

1Memory Studies Laboratory, Physiology Department, Federal University of Rio

Grande of Norte, Natal, Brazil

2 Behavioral Neuroscience Laboratory, Department of Pharmacology, Federal

University of São Paulo, São Paulo, Brazil

3 Laboratory of Neuroscience and Bioprospecting of Natural Products, Department

of Biosciences, Federal University of São Paulo, Santos, Brazil

Abstract

Depressive and stress and trauma-related disorders, which have great incidence

among world population, present high comorbidity. Besides the respective

emotional characteristics, individuals affected by these pathologies present

important cognitive alterations. The first line of pharmacological treatment for both

depressive and, to some extent, stress and trauma-related disorders are the

antidepressants, mainly selective serotonin reuptake inhibitors (SSRI) and

serotonin-norepinephrine reuptake inhibitors (SNRIs). Even though women are

approximately twice more affected by these disorders than men, the pre-clinical

research on the effects of antidepressants on this sex is not as representative as

Page 60: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

60

in male subjects. Further, possible influences of the natural female hormonal cycle

on the action of these drugs have been poorly explored. Our study aimed to

investigate the acute effects of three doses of fluoxetine on the behavior of female

rats at different phases of the estrous cycle, using the plus-maze discriminative

avoidance task (PMDAT). The PMDAT is held in a modified elevated plus-maze

that allows concomitant evaluation of cognitive and emotional parameters.

Fluoxetine (5, 10 and 20mg/ml/kg) or vehicle were given i.p. to female rats at

diferent cycle phases before training, after training or before testing. Animals were

tested and retested 24h and 48h after the training session, respectively.

Depressive-like behavior was also evaluated by the forced swimming test. Overall,

the memory results showed that the effects of fluoxetine on female behavior varied

according to the estrous cycle phase and period of administration. In addition,

memory deficits, anxious- and depressive-like behaviors were observed in female

rats after fluoxetine treatment. Despite clinical and animal studies show

antidepressant and anxiolytic beneficial effects of fluoxetine prolonged treatment,

the present results suggest possible cognitive and emotional acute side effects

which may be influenced by sex and hormonal state.

1. Introduction

Anxiety disorders are a large chapter of Diagnostic and Statistical Manual

of Mental Disorders (APA, 2013). They are associated to traumatic events and

difficulties to extinguish fear and anxiety related to chronic stressors or specific

events. Anxiety-like responses are part of the evolutionary behavioral repertoire of

both humans and other animals, but they can be abnormally inadequate to certain

stimuli and/or persistent, which generates the anxiety disorder (Ji et al., 2015; Luck

Page 61: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

61

and Lipp, 2015). They are also frequently comorbid with major depressive disorder

(APA, 2013).

Depression is a common mental disorder and a worldwide health concern

(WHO, 2012). The World Health Organization (WHO) estimates that 350 million

people are affected by the psychopathology (2012). In both psychopathologies, as

well as in their comorbidity, women are proximately twice more affected than men

(Mahendran and Yap, 2005; WHO, 2012; Farrell et al., 2013; Graham and Milad,

2013).

The first line of pharmacological treatment for these disorders is the use of

antidepressants (Marks et al., 1998; Brunello et al., 2001; Nestler et al., 2002;

Dulawa et al, 2004; Nandam et al., 2007; Dunlop and Davis, 2008; Lebrón-Milad

et al., 2013), mainly selective serotonin reuptake inhibitors (SSRI) and serotonin-

norepinephrine reuptake inhibitors (SNRIs). It follows that the largest amount of

these drugs is prescribed for women.

Among other alterations (APA, 2013), the cognitive deficit is the most

studied symptom in both mood and anxiety disorders (Austin et al., 2001;

Castaneda et al., 2008; MacQueen et al., 2003; Marks et al., 1998; Nestler et al.,

2002; Paizanis et al., 2007; Schulz et al., 2007; Melo et al., 2012; Lebrón-Milad et

al., 2013). These deficits are usually related to a failure to extinct aversive

emotional experiences (APA, 2013; Graham and Milad, 2013; Lebrón-Milad et al.,

2013). For this reason, there is a growing interest in studying the effects of

antidepressant treatment on extinction of fear responses and fear inhibition

(Lebrón-Milad et al., 2013). Despite of the several studies, the mechanisms of the

cognitive deficits due to the mentioned psychopathologies, as well as are the

mechanisms to regain the cognitive function through the treatment are not clear

yet (Karpova et al., 2011; Kobayashi et al., 2013; Lebrón-Milad et al., 2013).

Page 62: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

62

In parallel, despite the greater incidence in women, preclinical research on

the effects of the antidepressants on females is incipient compared to those on

males (Melo et al., 2012; Monleón et al., 2002; Lebrón-Milad et al., 2013). Some

studies indicate a differential effect of antidepressant drugs related to the gender

(Li et al., 2013; Monleón et al., 2002). Further, a possible influence of the female

hormonal cycle in these effects should be considered. Depending on the cycle

phase, the alterations on levels of estrogen, as estradiol, modify the response on

the extinction memory recall of a task in heathy humans (Milad et al., 2010). There

is also evidence that co-administration of estradiol can enhance the speed for

therapeutic effects of SSRIs (fluoxetine or paroxetine) administration, through a

faster desensitization of the 5-HT1A receptors (Li et al., 2013). As for progesterone,

animal studies shown a facilitation on recall of fear extinction, while human studies

showed no alterations (Milad et al., 2009; Milad et al., 2010).

Studies already described a decrease in fear expression after extinction at

the inhibitory avoidance in male (rats), but not in females, chronically treated with

fluoxetine (Monleón et al., 2002). A recent study by our group addressed the

effects of chronic fluoxetine (one of the most used SSRI) on the extinction of an

aversive memory task on females. Those results showed that untreated females

failed to extinguish the task (as had been previously demonstrated by another

study - Ribeiro et al., 2010). Prolonged treatment with fluoxetine potentiated the

extinction of the task (Melo et al., 2012). Nevertheless, one hindrance to better

understood the effects of fluoxetine on females’ behavior in that study was the

impossibility to separate the animals by estrous cycle phases, due the protocol

used. Indeed, the need for a specific number of days of treatment preclude the

selection of animals that were in a certain phase at the day of behavioral

experiment, unless the number of animals were highly increased.

Page 63: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

63

The task used in that study was the plus-maze discriminative avoidance

task (PMDAT), which can be useful to investigations on the effects of

antidepressants on aversive memory because emotional parameters can also be

investigate concomitantly during the task. This is of relevance because alterations

in the emotional state can modify learning of the task irrespective of a direct effect

of drugs in cognitive mechanisms (Silva and Frussa-Filho, 2000).

Our study aimed to investigate the acute effects of three doses of fluoxetine

on aversive memory acquisition, consolidation and retrieval and anxiety-like

behavior of female rats submitted to the PMDAT at different estrous cycle phases.

Possible cycle-dependent effects of acute fluoxetine on depressive-like behaviors

were also investigated in the forced swimming test.

2. Materials and methods

2.1. Animals

We used 379 three-month-old female (150–270g) and 37 three-to-four-

month-old male Wistar rats (300-515g) from our Sectorial Colony of Memory

Studies Laboratory (LEME-UFRN) and from the Central Colony from University of

São Paulo (CEDEME-UNIFESP). They were housed in groups of 4–5 animals in

plastic cages (30×37×16 cm) in a room with acoustic isolation and controlled

temperature (21–25 °C), humidity and luminosity (12 h light:12 h dark, lights on

6:30 a.m.). Food and water were available ad libitum during the experiments. The

rats were handled according to Brazilian law for the use of animals in scientific

research (Law Number 11.794), and all procedures described were approved by

the local ethics committee (CEUA-UFRN and CEUA-UNIFESP, protocols numbers

17/2013 and 9309030216, respectively). We made all efforts to minimize animal

pain, suffering or discomfort as well as the number of animals used.

Page 64: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

64

2.2. Treatment and general procedures

Animals were allocated in groups according to the estrous cycle phase at

the moment of injection. Further, for each phase of the estrous cycle we allocated

them in one of these treatment groups (n=6-11/group/phase): vehicle

(physiological saline with Tween 80) and fluoxetine (fluoxetine chlorhydrate, Sigma

Pharma, Brazil, diluted in physiological saline with one drop of Tween 80 per ml)

at the doses of 5, 10 and 20 mg/kg. Treatments were given i.p. ate a volume of 1

mL/kg. The estrous cycle was monitored by vaginal smears for at least two full

cycles before the beginning of the behavioral experiments.

Plastic pipettes were gently introduced in the vagina with distillated water

(approximately 0.1 ml). Slight, brief pressure was applied to the bulb of the pipette

to collect vaginal cells. The material collected was stained with methylene blue (5

mg/ml) and analyzed by optical microscope. The vaginal smears were collected

and analyzed before the treatment and behavioral protocol. For the four phases of

estrous cycle differentiation we used the same visual criteria as other articles

described: estrus (E) — predominance of cornified cells; proestrus (P) —

predominance of epithelial nucleated cells; diestrus (D) — predominance of

leucocytes; and metestrus (M) — similar proportion of nucleated cells, leucocytes

and cornified cells (Medeiros et al., 2014; Scharfman et al., 2003). The visual cell

criteria for differentiation it is correlate to hormone blood analysis of the phases

(Turner and Bagnara, 1971 apud Scharfman et al., 2003). All animals included in

the study were cycling normally.

At the beginning of the third cycle the animals started to be selected for

behavioral sessions, according to the phase they were assigned to the treatment

Page 65: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

65

groups. The number of animals at each phase was similar for each experiment

day. Thus, all the phases were mixed on the daily choose and order to avoid

alterations due the time on the experimental room.

2.3. Plus-maze discriminative avoidance task (PMDAT)

The apparatus employed for the PMDAT is a modified elevated wood plus-

maze containing two enclosed arms (50×15×40 cm) in opposition to two open arms

(50×15 cm). In the 10-minute training session, each rat was placed in the center

of the apparatus, and every time the animal entered the aversive enclosed arm,

the rat encountered an aversive situation that lasted until the animal left the arm.

The aversive stimuli included a 100W light (1500 lx at the maze floor level) and an

80 dB noise applied through a speaker placed over the aversive enclosed arm. In

the test and retest sessions held 24h and 48h later, respectively, the rats were

again placed in the apparatus for 10 min without receiving the aversive stimulation.

The lamp and the speaker were still present over the aversive arm but in the off

position. Several studies performed with this behavioral model have demonstrated

that the aversive stimuli used are effective. Indeed, when exposed to these stimuli

in a certain arm of the maze, the animals progressively avoid the specific arm

during a behavioral session. Studies also showed the efficiency of the task in

anxiety-like behaviors evaluation (Melo et al., 2012; Munguba et al., 2011; Patti et

al., 2006; Ribeiro et al., 2010; Silva et al., 2004).

Learning was evaluated by the percentage of time spent in the aversive

enclosed arm [(time spent in aversive enclosed arm/time spent in both enclosed

arms)*100] during the training session. Retrieval and extinction of the task were

evaluated by the comparison of the absolute time spent in the aversive (AV) and

the non-aversive enclosed arms (NAV) in each group in test and retest sessions,

respectively. Both classical (percentage of time spent in open arms, %TOA: time

Page 66: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

66

spent in open arms/time spent in both open and enclosed arms) and non-classical

(risk assessment of the open arms) anxiety related measures were registered.

Locomotor activity was evaluated by the distance traveled within the apparatus on

the whole session. The behavior of the animals was monitored and analyzed using

the video-tracking software Anymaze (Stoelting, USA).

2.4. Forced swimming test (FST)

In this test rats were placed in a cylinder (40 cm high × 25 cm wide) filled

with water (30 cm deep, 24–27 °C), for two consecutive days. On the first day, the

animals were submitted to 15 min of forced exposure (pre-test session). Twenty-

four hours after this pre-test session, rats were again placed in the water tank (test

session) for 5 min, and immobility duration and climbing behavior were registered.

The behavior of the animals was monitored and analyzed using the video-tracking

software Anymaze (Stoelting, USA). Time spent in immobility and tentative

climbing the cylinder wall were recorded.

2.5. Experimental design

Experiments 1 and 2:

138 female (distributed in P, E, D and M phases, experiment 1) and 37 male

(experiment 2) rats received treatment 30 minutes before the training session of

the PMDAT. Test and retest sessions were performed 24 and 48 h later,

respectively.

Experiment 3:

52 female rats (distributed in P and E phases) were trained in the PMDAT

and received treatment immediately after leaving the apparatus. Test and retest

sessions were performed 24 and 48 h later, respectively.

Experiment 4:

Page 67: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

67

50 female rats were trained in the PMDAT. 24h later, rats in P and E phases

and fluoxetine or vehicle treatment was performed 30 minutes before the test

session. Retest session was performed 24 h later.

Experiment 5:

139 female rats were trained in the FST. 24h later, rats in P, E, M and D

phases and received treatment (fluoxetine or vehicle) 30 minutes before the test

session.

The interval between the administration and the injections was chosen

based on previous studies with the plus-maze discriminative task or other protocols

in which the doses were effective (Carr et al., 2011; Cryan and Lucki, 2000;

Djordjevic et al., 2012; Dulawa et al., 2004; Iñiguez et al., 2010; Javelot et al., 2011;

Li et al., 2009; Melo et al., 2012; Miyamoto et al., 2010; Taylor et al., 2004; Wang

et al., 2011).

2.6. Statistical Analysis

Multivariate analyses of variance for estrous treatment x session (two-way

ANOVA) was applied to %TAV, %TOA and the distance travelled on the apparatus.

The treatment x session (two-way ANOVA) separated for each cycle were also

applied to %TOA. One-way ANOVAs were performed to evaluate treatment effect

on distance separately. We used Sidak’s post hoc to multiple comparisons analysis

for session and estrous cycle evaluation and Dunnett’s post hoc for treatment

evaluation. Moreover, the analysis of absolute time (s) spent in AV x NAV was run

by paired-samples student’s t-test, split by treatment and by cycle and treatment.

All analysis were perform at SPSS software and results were considered

significant when p < 0.05.

Page 68: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

68

3. Results

3.1. Effects of estrous cycle, sex and fluoxetine treatment in learning and

memory

3.1.1. Pre-training administration

The comparisons for the time spent in aversive and non-aversive arm using

Student’s T test for treatment evaluation showed that both female (Fig.1A-C) and

male (Fig.1D-F) animals, in the training session learned the task, by a lower

exploration of the aversive arm: female VE [t(37) = -11.11; p < 0.001], F5 [t(36) =

-8.11; p < 0.001], F10 [t(30) = -6.68; p< 0.001] and F20 [t(31) = -11.36; p< 0.001];

male VE [t(11) = 12.92; p < 0.001], F5 [t(8) = 12.06; p < 0.001], F10 [t(7) = 15.11;

p < 0.001] and F20 [t(7) = 15.63; p < 0.001] compared to non-aversive arm. The

same analysis to the test session showed that altogether the females did not had

impairment on retrieval caused by treatment: VE [t(37) = 7.21; p < 0.001], F5 [t(36)

= 7.75; p < 0.001], F10 [t(30) = 6.36; p < 0.001], F20 [t(31) = 4.53; p < 0.001]. VE

[t(11) = 3.01; p = 0.012] and F20 [t(7) = 3.17; p = 0.016] males were able to

distinguish the enclosed arms, the other two treatments did not seem to be able to

recognize which arm was aversive on training and explored both enclosed arms

similarly. For the retest session the females continued to discern the enclosed

arms, despite the treatment: VE [t(37) = 8.92; p < 0.001], F5 [t(36) = 7.49; p <

0.001], F10 [t(30) = 5.82; p < 0.001] and F20 [t(31) = 4.47; p < 0.001], while males

were not able to distinguish the enclosed arms anymore, suggesting extinction of

the task.

The same evaluation was performed for the female rats on the experiment

1 with estrous cycles phases and treatments considered for analysis (Fig.2A-L).

For the training session, similar results were shown: VE P [t(8) = -7.06; p < 0.001],

Page 69: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

69

E [t(8) = -6.77; p < 0.001], M [t(10) = -4.33; p = 0.001], D [t(8) = -5.16; p = 0.001];

F5 P[t(6) = -3.83; p = 0.009], E [t(9) = -6.28; p < 0.001], M [t(8) = -3.36; p = 0.01],

D [t(10) = -3.24; p = 0.009]; F10 P [t(5) = -2.80; p = 0.03], E [t(7) = -3.52; p = 0.01],

M [t(7) = -3.58; p = 0.009], D [t(8) = -2.89; p = 0.02]; F20 P [t(5) = -4.43; p = 0.007],

E [t(9) = -13.61; p < 0.001], M [t(7) = -7.14; p < 0.001] and D [t(7) = -3.01; p = 0.02].

For the test session, all VE groups continued to distinguish the arms,

spending more time at the non-aversive arm, except for E group: VE P [t(8) = 5.99;

p < 0.001], M [t(10) = 2.97; p = 0.014] and D [t(8) = 4.90; p = 0.001]. All groups

treated with F5 continued to avoid the aversive arm at the test of the task: P [t(6)

= 4.95; p = 0.003], E [t(9) = 2.97; p = 0.016], M [t(8) = 3.51; p = 0.008] and D [t(10)

= 5.44; p < 0.001]. E group was also the only group that did not retrieve the task

on the test session when treated with F10: P [t(5) = 4.08; p = 0.01], M [t(7) = 3.66;

p = 0.008] and D [t(8) = 3.39; p = 0.009]. For F20 treatment, E and D were not able

to retrieve the task on the test session (P [t(5) = 8.95; p < 0.001] and M [t(7) = 6.87;

p < 0.001]).

In the retest session, all VE and F5 treated groups continued to discriminate

the arms,: VE P [t(8) = 6.36; p < 0.001], E [t(8) = 3.88; p = 0.005], M [t(10) = 3.10;

p = 0.011] and D [t(8) = 6.03; p < 0.001]; F5 P [t(6) = 11.80; p < 0.001], E [t(9) =

2.71; p = 0.024], M [t(8) = 2.42; p = 0.042] and D [t(10) = 5.02; p = 0.001]. The E

group was the only group treated with F10 that was not able to remember the task

on the retest session (P [t(5) = 5.09; p = 0.004], M [t(7) = 4.28; p = 0.004] and D

[t(8) = 2.99; p = 0.017]). For the F20 treatment, E and D increased their

explorations on the aversive arm, showing extinction (P [t(5) = 4.63; p = 0.006] and

M [t(7) = 9.67; p < 0.001]). In summary, fluoxetine was effective in inducing deficits

in E and D females, and promoted a mild improvement in E rats.

Page 70: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

70

To compare the female groups across the sessions irrespective of their

estrous cycle phase we ran a multifactorial ANOVA (Fig.3A) and showed no effects

for treatment and sessions in %TAV, suggesting no extinction of the task. In males

(Fig.3B), ANOVA to treatment X session for %TAV showed a session [F(2,99) =

66.15; p < 0.001] effect. Sidak’s post hoc pointed to a difference between training

and the other sessions (p < 0.001), with an increase on the exploration of the

aversive arm. This indicates male rats extinguished the task irrespective of

treatment.

3.1.2. Post-training administration

Comparisons using Student’s T test session for the time spent in aversive

and non-aversive arm (Fig.1G-I) for evaluation of training session showed that all

animals learned the task: VE [t(13) = -15.02; p < 0.001], F5 [t(11) = -8.41; p <

0.001], F10 [t(11) = -11.04; p < 0.001] and F20 [t(11) = -10.84; p < 0.001]. For test

session only VE and F20 groups spent more time on the non-aversive arm,

demonstrating memory retrieval: VE [t(13) = -3.67; p = 0.003], F20 [t(11) = -2.96;

p = 0.013]. In the retest session, none of the groups demonstrated to remember

the task.

The same evaluation was performed considering estrous cycles phases and

treatments of female rats (Fig.5A-F) and training showed similar results, i.e., all

groups learned the task: VE P [t(6) = -9.78; p < 0.001], E [t(6) = -10.71; p < 0.001];

F5 P [t(5) = -4.96; p = 0.004], E [t(5) = -7.43; p = 0.001]; F10 [t(5) = -7.21; p =

0.001], E [t(5) = -7.70; p = 0.001]; F20 [t(5) = -6.12; p = 0.002], E [t(5) = -10.46; p

< 0.001]. In the test, only VE groups spent less time in aversive arm (P [t(6) = -

2.87; p = 0.028]; E [t(6) = -2.46; p = 0.049]) indicating a memory deficit induced by

all doses of fluoxetine. The retest evaluation showed that no group had recall the

task and spent more time on aversive arm.

Page 71: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

71

Two-way ANOVA of %TAV (Fig.3C) for session X treatment showed

session effect [F(2,138) = 49.41; p < 0.001]. Sidak’s post hoc pointed to training

different to test and retest (p < 0.001) sessions, indicating a fade of the memory of

the task, but unspecific for treatment.

3.1.3. Pre-test administration

We used Student’s T test to compare the time spent in aversive and non-

aversive arm (Fig.1J-L) to evaluate the training and all groups seemed to be able

to learn the task: VE [t(11) = 12.48; p < 0.001], F5 [t(11) = 15.59; p < 0.001], F10

[t(11) = 17.83; p < 0.001] and F20 [t(11) = 11.77; p < 0.001]. For test session only

VE distinguished the arms and spent more time in the non-aversive arm [t(11) =

2.69; p = 0.02]. In the retest session none of the treatment groups discriminate the

arms.

Separating the groups by cycle and treatment (Fig.6A-F), and performing

Student’s T test, the same profile of results was found for training, all groups

learned the task (VE P [t(5) = 16.45; p < 0.001], E [t(5) = 6.38; p = 0.001], F5 P

[t(5) = 12.93; p < 0.001], E [t(5) = 9.65; p < 0.001], F10 P [t(5) = 14.31; p < 0.001],

E [t(5) = 10.59; p < 0.001], F20 P [t(5) = 6.56; p = 0.001], E [t(5) = 10.85; p <

0.001]). The same evaluation for test and retest sessions showed that no group

distinguished the enclosed arms, suggest a learning deficit in both phases

irrespective of treatment.

Two-way ANOVA evaluating treatment X session for %TAV (Fig.3D)

pointed to a session effect [F(2,132) = 36.41; p < 0.001] and Sidak’s post hoc

showed that training differed from test and retest (p < 0.001), indicating an

extinction of the memory of the task across sessions.

Page 72: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

72

3.2. Effects of estrous cycle and fluoxetine treatment on anxiety-like

behavior and locomotion

3.2.1. Pre-training administration

Two-way ANOVA was used to investigate treatment X session effects

(Fig.4A) and we found treatment [F(3,402) = 4.84; p = 0.003] and session [F(2,402)

= 15.76; p < 0.001] effects. Dunnett’s post hoc for treatment showed VE differ to

F20 (p = 0.017); Sidak’s post hoc for session indicated training differs from test (p

= 0.001) and retest (p < 0.001). For males, we did not found any effect on the two-

way ANOVA on %TOA (Fig.4B).

To further explore the effects reported above, we did a two-way ANOVA for

treatment X session (Table 1), considering cycle. For P group we found session

[F(2,72) = 9.92; p < 0.001] effect, where Sidak’s post hoc showed training differed

from test (p = 0.014) and retest (p < 0.001). E group showed no effect at any

variable. M group showed a treatment [F(3,96) = 4.92; p = 0.003] effect and

Dunnett’s post hoc pointed to VE differ to F20 (p = 0.001). D group showed a

session [F(2,99) = 8.14; p = 0.001] effect and Sidak’s post hoc indicated training

differed from test (p = 0.005) and retest (p = 0.001).

For locomotion two-way ANOVA for females (Table 2) showed significant

effect to session [F(2,402) = 11.16; p < 0.001]. Sidak’s post hoc comparisons for

session showed training differ to test and retest (p < 0.001) sessions. One-way

ANOVA to evaluate treatment pointed to effect on training [F(3,134) = 3.26; p =

0.023]. Dunnett’s post hoc showed VE different to F20 (p = 0.009). There was no

treatment effect on test and retest sessions.

Two-way ANOVA for locomotion in males (Table 2) showed differences

between subjects’ effects for treatment and session [F(6,99) = 2.66; p = 0.019] and

session [F(2,99) = 12.46; p < 0.001] effect. Sidak’s post hoc for session indicated

Page 73: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

73

training different to test (p < 0.001). One-way ANOVA for locomotion in males

pointed to treatment effect in training session [F(3,33) = 4.26; p = 0.012] and

Dunnett’s post hoc pointed to VE differ to F10 (p = 0.029) and F20 (p = 0.012) and

marginally to F5 (p = 0.053). Test and retest sessions did not show any effect.

3.2.2. Post-training administration

Two-way ANOVA for %TOA (Fig.4C) considering treatment X session

effects showed treatment [F(3,138) = 6.74; p < 0.001] effect. Dunnett’s post hoc

indicated difference between VE and F5 (p < 0.001) and F20 (p = 0.004).

Comparisons with two-way ANOVA for %TOA (Table 1) to treatment X

session, split by cycle, were performed. P group showed treatment [F(3,63) = 8.42;

p < 0.001] effect. Dunnett’s post hoc showed VE differ to F5 (p < 0.001). E group

also showed treatment [F(3,63) = 3.66; p = 0.017]. Dunnett pointed to VE different

to F20 (p = 0.006).

One-way ANOVA all cycles together did not show treatment effect for

locomotion on training, test or retest session. Two-way ANOVA for locomotion

(Table 2) did not show any effect from treatment or session.

3.2.3. Pre-test administration

Two-way ANOVA for %TOA (Fig.4D) showed interaction between treatment

and session [F(6,132) = 3.88; p = 0.001] and treatment effect [F(3,132) = 2.70; p

= 0.048]. Dunnett’s post hoc pointed to VE different to F20 (p = 0.028). Two-way

ANOVA with split cycle (Table 1) showed P group alterations in session [F(2,60) =

5.24; p = 0.008] and interaction between session and treatment [F(6,60) = 2.46; p

= 0.034]. Sidak’s post hoc pointed to test differ to training (p = 0.028) and retest (p

= 0.015). E group showed treatment effect [F(3,60) = 3.00; p = 0.038] and

Dunnett’s post hoc pointed to VE differing to F5 (p = 0.026).

Page 74: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

74

For locomotion the two-way ANOVA pointed to interaction between subject

effects [F(6,132) = 6.12; p < 0.001], treatment [F(3,132) = 4.03; p = 0.009] and

session [F(2,132) = 16.19; p < 0.001] effects. Dunnett’s post hoc to treatment

showed VE different to F20 (p = 0.002); Sidak’s post hoc pointed test differing to

training and retest (p < 0.001). One-way ANOVA to treatment evaluation showed

no effect on training and retest sessions, but there was an effect on test session

[F(3,44) = 22.63; p < 0.001]. Dunnett’s post hoc for treatment showed VE different

to F5 (p = 0.001), F10 and F20 (p < 0.001).

3.3. Effects of estrous cycle and fluoxetine treatment on depressant

behavior

One-way ANOVA to all females to evaluate antidepressant effect from

treatment with fluoxetine on FST (Table 3) showed no effect on immobility or

climbing time. Two-way ANOVA comparing treatment X cycle was performed and

showed a cycle effect for climbing time [F(3,123) = 3.70; p = 0.014]. Sidak’s post

hoc pointed to P group differ to E (p = 0.016) and D (p = 0.033). One-way ANOVA,

considering the cycle phase, was performed to clarify the cycle effect on immobility

and climbing time. P group showed effect on immobility time [F(3,19) = 4.34; p =

0.017]. Dunnett’s post hoc pointed to VE differing to F5 (p = 0.049) and F20 (p =

0.008), but no other cycle presented treatment effect on immobility or climbing.

Page 75: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

75

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

TrainingNav

Av

* * * *

A

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

TestNav

Av

* * * *

B

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs N

Av

(s)

RetestNav

Av

* * * *

C

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

TrainingNav

Av

* * * *

G

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

TestNav

Av

* *

H

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

RetestNav

Av

I

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

TrainingNav

Av

* * * *

J

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

TestNav

Av

*

K

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

RetestNav

Av

L

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

TrainingNav

Av

* * * *

D

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs N

Av

(s)

TestNav

Av

E

* *

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

RetestNav

Av

F

Figure 1. Effects of vehicle (VE) or fluoxetine (F) treatment (5, 10 and 20 mg/kg) on learning and memory in the plus-maze discriminative avoidance task in experiments 1 (females, pre-training - A, B, C), 2 (males, pre-training - D, E, F), 3 (females, post-training - G, H, I) and 4 (females, pre-test - J, K, L). Mean ± SE for time spent in aversive (AV) and non-aversive (NAV) enclosed arm in the training, test and retest sessions. Females were considered together for analysis irrespective of cycle phase. Paired-samples Student’s T test: *p ≤ 0.05 compared to NAV.

Page 76: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

76

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Training (P)Nav

Av

* * * *

A

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Training (M)Nav

Av

* * * *

G

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Training (E)Nav

Av

* ** *

D

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Training (D)Nav

Av

* * * *

J

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Test (M)Nav

Av

* ** *

H

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Test (D)Nav

Av

* * *

K

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Test (P)Nav

Av

* * * *

B

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Test (E)Nav

Av

*

E

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Retest (D)Nav

Av

* * *

L

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Retest (M)Nav

Av

**

* *

I

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Retest (E)Nav

Av

* *

F

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Retest (P)Nav

Av

** *

C

*

Figure 2. Effects of vehicle (VE) or fluoxetine (F) treatment (5, 10 and 20 mg/kg) on learning and memory in the plus-maze discriminative avoidance task in experiment 1 separated by the estrous cycle phases P (A, B, C), E (D, E, F), M (G, H, I), D (J, K, L). Mean ± SE for time spent in aversive (AV) and non-aversive (NAV) enclosed arm in the training, test and retest sessions. Paired-samples Student’s T test: *p ≤ 0.05 compared to NAV.

Page 77: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

77

0

20

40

60

80

Training Test Retest

%TA

V

Post-training

VE F5 F10 F20

C

# #

0

20

40

60

80

Training Test Retest

%TA

V

Pre-test

VE F5 F10 F20

D

# #

0

20

40

60

80

Training Test Retest

%TA

VPre-training

VE F5 F10 F20

A

0

20

40

60

80

Training Test Retest

%TA

V

Pre-training (Males)

VE F5 F10 F20

B

# #

Figure 3. Effects of vehicle (VE) or fluoxetine (F) treatment (5, 10 and 20 mg/kg) on learning and memory in the plus-maze discriminative avoidance task in experiments 1 (females, pre-training - A), 2 (males, pre-training - B), 3 (females, post-training - C) and 4 (females, pre-test - D). Mean ± SE for %TAV in the apparatus in the training, test and retest sessions. Treatment x sessions: two-way ANOVA followed by Sidak’s post hoc for session effect: #p < 0.05 compared to training session.

Page 78: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

78

0

10

20

30

40

50

60

70

Training Test Retest

%TO

APre-training VE

F5F10F20

*

* *

#

A

0

10

20

30

40

50

60

70

Training Test Retest

%TO

A

Post-training VEF5F10F20

* * * *

C

0

10

20

30

40

50

60

70

Training Test Retest

%TO

A

Pre-test VEF5F10F20

*

D

0

10

20

30

40

50

60

70

Training Test Retest

%TO

A

Pre-training (Males) VEF5F10F20

B

Figure 4. Effects of vehicle (VE) or fluoxetine (F) treatment (5, 10 and 20 mg/kg) on anxiety-like behavior in the plus-maze discriminative avoidance task in experiments 1 (females, pre-training - A), 2 (males, pre-training - B), 3 (females, post-training - C) and 4 (females, pre-test - D). Mean ± SE for %TOA in the apparatus in the training, test and retest sessions. Treatment x sessions: two-way ANOVA followed by Sidak’s post hoc for session and Dunnett’s post hoc for treatment effects: *p < 0.05 compared to vehicle; #p < 0.05 compared to other sessions.

Page 79: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

79

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Training (P)Nav

Av

* * * *

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Training (E)Nav

Av

* * * *

D

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Test (P)Nav

Av

*

B

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Test (E)Nav

Av

*

E

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Retest (P)Nav

Av

C

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Retest (E)Nav

Av

F

Figure 5. Effects of vehicle (VE) or fluoxetine (F) treatment (5, 10 and 20 mg/kg) on learning and memory in the plus-maze discriminative avoidance task in experiment 3 separated by the estrous cycle phases P (A, B, C) and E (D, E, F). Mean ± SE for time spent in aversive (AV) and non-aversive (NAV) enclosed arm in the training, test and retest sessions. Paired-samples Student’s T test: *p ≤ 0.05 compared to NAV.

Page 80: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

80

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Training (E)Nav

Av

* * * *

D

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Test (P)Nav

Av

B

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Test (E)Nav

Av

E

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Retest (P)Nav

Av

C

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Retest (E)Nav

Av

F

0

200

400

600

VE F5 F10 F20

Av

vs. N

Av

(s)

Training (P)Nav

Av

* * * *

A

Figure 6. Effects of vehicle (VE) or fluoxetine (F) treatment (5, 10 and 20 mg/kg) on learning and memory in the plus-maze discriminative avoidance task in experiment 4 separated by the estrous cycle phases P (A, B, C) and E (D, E, F). Mean ± SE for time spent in aversive (AV) and non-aversive (NAV) enclosed arm in the training, test and retest sessions. Paired-samples Student’s T test: *p ≤ 0.05 compared to NAV.

Page 81: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

81

Experiments pre-training treatment

Groups %TOA

Training Test Retest

Two-way ANOVA (Treatment X Sessions)

VE P 22.4 ± 8.7 14.7 ± 3.5# 6.6 ± 2.5#

VE E 29.3 ± 9.3 22.5 ± 10.7 15.4 ± 6.1

VE M 47.3 ± 11.1 49.3 ± 11.1 33.3 ± 8.9

VE D 32.3 ± 11.8 19.8 ± 10.1# 18.5 ± 5.6#

F5 P 35.9 ± 15.5 25.8 ± 8.3# 16.9 ± 2.1#

F5 E 20.3 ± 6.7 17.3 ± 5.5 11.2 ± 3.2

F5 M 40.9 ± 14.4 20.7 ± 5.4 18.2 ± 5.7

F5 D 35.8 ± 10.4 19.0 ± 5.4# 13.8 ± 3.7#

F10 P 45.9 ± 15.4 14.5 ± 6.0# 6.9 ± 2.1#

F10 E 28.6 ± 10.0 30.2 ± 11.8 21.3 ± 7.3

F10 M 44.5 ± 15.0 32.2 ± 12.1 34.4 ± 11.7

F10 D 57.1 ± 14.1 21.9 ± 5.4# 20.6 ± 6.4#

F20 P 32.1 ± 14.9 5.2 ± 3.4# 1.6 ± 1.2#

F20 E 12.6 ± 4.7 14.5 ± 5.1 9.4 ± 3.8

F20 M 19.7 ± 9.8* 10.3 ± 2.9* 10.2 ± 2.3* F20 D 44.5 ± 14.5 22.0 ± 5.4# 20.4 ± 8.0#

Experiment post-training treatment

Groups %TOA

Training Test Retest

Two-way ANOVA (Treatment X Sessions)

VE P 10.4 ± 1.9 8.1 ± 2.1 8.8 ± 1.4 VE E 8.7 ± 2.7 9.2 ± 3.1 6.7 ± 2.2 F5 P 24.5 ± 6.4* 26.7 ± 6.5* 21.1 ± 3.9* F5 E 11.5 ± 3.5 12.0 ± 5.2 8.1 ± 2.4 F10 P 16.0 ± 4.5 11.4 ± 3.2 5.6 ± 1.2 F10 E 15.5 ± 4.0 12.3 ± 3.9 6.7 ± 1.9 F20 P 14.4 ± 4.3 14.6 ± 3.8 14.2 ± 5.5 F20 E 15.6 ± 4.3* 16.2 ± 3.9* 17.0 ± 4.3*

Experiment pre-test treatment

Groups %TOA

Training Test Retest

Two-way ANOVA (Treatment X Sessions)

VE P 11.4 ± 1.1b 12.3 ± 2.6 7.0 ± 1.4b

VE E 9.6 ± 3.9 22.0 ± 6.2 11.6 ± 3.6

F5 P 10.7 ± 3.3b 5.9 ± 1.6 12.8 ± 3.5b

F5 E 7.3 ± 3.3* 4.7 ± 0.9* 8.5 ± 3.1*

F10 P 11.2 ± 1.9b 4.2 ± 1.3 16.7 ± 3.5b

F10 E 8.3 ± 2.0 4.8 ± 1.2 11.2 ± 2.0

F20 P 11.2 ± 3.4b 3.1 ± 0.8 9.6 ± 2.8b

F20 E 11.1 ± 1.2 4.0 ± 3.4 7.8 ± 4.6

Table 1. Effects of vehicle (VE) or fluoxetine (F) treatment (5, 10 and 20 mg/kg) on anxiety-like behavior in the plus-maze discriminative avoidance task in experiments 1 (females, pre-training), 2 (males, pre-training), 3 (females, post-training) and 4 (females, pre-test). separated by estrous cycle phases (Proestrus: P, Estrus: E, Metestrus: M and Diestrus: D). Mean ± SE for percentage of time spent in open arms (%) in the apparatus in the training, test and retest sessions. ANOVAs followed by Sidak’s post hoc for session and Dunnett’s post hoc for treatment: *p < 0.05 compared to vehicle; #p < 0.05 compared to training session; bp < 0.05 compared to test session.

Page 82: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

82

Experiments pre-training treatment

Groups Distance (m)

Training Test Retest

Two-way ANOVA (Treatment X Sessions)

VE P 11.1 ± 2.1 16.4 ± 3.0# 13.1 ± 2.9#

VE E 19.1 ± 1.6 26.8 ± 11.0# 16.7 ± 2.3#

VE M 17.6 ± 1.8 21.9 ± 4.9# 20.5 ± 3.7#

VE D 16.6 ± 1.8 13.6 ± 3.1# 16.0 ± 3.8#

VE Males 17.8 ± 1.7 16.2 ± 1.9# 16.0 ± 1.8

F5 P 13.0 ± 1.1 16.7 ± 1.9# 20.6 ± 2.2#

F5 E 13.2 ± 1.9 16.4 ± 3.0# 21.0 ± 6.8#

F5 M 12.2 ± 3.0 19.4 ± 4.1# 20.5 ± 3.8#

F5 D 9.1 ± 1.3 14.2 ± 2.4# 16.7 ± 2.9#

F5 Males 11.1 ± 2.4 21.9 ± 1.8# 15.5 ± 2.4

F10 P 9.3 ± 2.7 19.6 ± 4.7# 16.1 ± 4.6#

F10 E 26.6 ± 10.2 18.3 ± 2.5# 19.4 ± 2.4#

F10 M 11.7 ± 1.1 14.3 ± 3.1# 27.1 ± 7.1#

F10 D 8.9 ± 1.3 19.1 ± 3.4# 22.9 ± 3.0#

F10 Males 10.1 ± 2.1 20.8 ± 2.4# 18.2 ± 2.2

F20 P 13.5 ± 1.4* 9.8 ± 2.8* # 7.9 ± 4.1* #

F20 E 9.3 ± 0.9* 19.1 ± 1.5* # 17.4 ± 2.2* #

F20 M 9.1 ± 1.6* 17.5 ± 3.8* # 16.9 ± 3.2* #

F20 D 8.6 ± 1.6* 20.9 ± 2.8* # 18.3 ± 3.0* #

F20 Males 9.1 ± 2.1 19.0 ± 2.2# 14.5 ± 2.3

Females: One-way ANOVA (Treatment)

VE 16.2 ± 1.0 19.8 ± 3.1 16.8 ± 1.7 F5 11.7 ± 1.0 16.5 ± 1.5 19.5 ± 2.2 F10 12.7 ± 2.8 17.7 ± 1.7 21.8 ± 2.3 F20 9.9 ± 0.7* 17.4 ± 1.5 15.7 ± 1.6

Males: One-way ANOVA (Treatment)

VE Males 17.8 ± 1.7 16.2 ± 1.9 16.0 ± 1.8

F5 Males 11.1 ± 2.4 21.9 ± 1.8 15.5 ± 2.4

F10 Males 10.1 ± 2.1* 20.8 ± 2.4 18.2 ± 2.2

F20 Males 9.1 ± 2.1* 19.0 ± 2.2 14.5 ± 2.3

Experiment post-training treatment

Groups Distance (m)

Training Test Retest

Two-way ANOVA (Treatment X Sessions)

VE P 19.9 ± 2.2 23.1 ± 1.9 23.9 ± 1.6 VE E 22.2 ± 2.0 21.9 ± 3.4 20.3 ± 3.2 F5 P 27.1 ± 4.1 30.1 ± 3.8 28.5 ± 3.3 F5 E 22.5 ± 3.0 25.0 ± 5.0 22.2 ± 4.4 F10 P 22.6 ± 2.6 25.3 ± 3.4 22.4 ± 3.3 F10 E 26.8 ± 3.3 23.9 ± 4.1 19.7 ± 3.0 F20 P 21.5 ± 3.1 26.3 ± 4.9 22.9 ± 2.4 F20 E 25.0 ± 0.9 26.9 ± 1.6 23.4 ± 3.1

One-way ANOVA (Treatment)

VE 21.5 ± 1.5 22.9 ± 1.9 21.9 ± 1.8 F5 24.8 ± 2.5 27.6 ± 3.1 25.4 ± 2.8 F10 24.7 ± 2.1 24.6 ± 2.5 21.0 ± 2.2 F20 23.2 ± 1.6 26.6 ± 2.4 23.1 ± 1.9

Experiment pre-test treatment

Groups Distance (m)

Training Test Retest

Two-way ANOVA (Treatment X Sessions)

VE P 23.7 ± 2.5# 25.5 ± 2.5 19.1 ± 2.2#

VE E 18.6 ± 3.1# 25.6 ± 3.9 23.2 ± 3.1#

F5 P 24.5 ± 3.1# 14.9 ± 2.5 23.8 ± 1.5#

F5 E 19.4 ± 4.4# 16.8 ± 2.4 18.1 ± 3.0#

F10 P 25.1 ± 4.9# 11.6 ± 3.4 24.8 ± 4.5#

F10 E 22.9 ± 2.9# 11.1 ± 2.0 25.3 ± 2.4#

F20 P 25.1 ± 3.9# 8.0 ± 2.2* 23.5 ± 3.7#

F20 E 23.5 ± 3.3# 3.6 ± 1.2* 14.9 ± 3.6#

One-way ANOVA (Treatment)

VE 21.2 ± 2.1 25.6 ± 2.1 21.2 ± 1.9 F5 22.0 ± 2.7 15.9 ± 1.7* 20.9 ± 1.8 F10 24.0 ± 2.7 11.4 ± 1.9* 25.0 ± 2.4 F20 24.3 ± 2.5 5.8 ± 1.3* 19.2 ± 2.8

Page 83: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

83

Forced swim pre-test treatment

Groups Immobility (s) Climbing (s)

Two-way ANOVA (Estrous Cycle X Treatment) One-way ANOVA (Treatment – split by cycle)

VE P 9.6 ± 3.4 59.8 ± 15.5e d

VE E 55.3 ± 9.7 70.2 ± 10.8 VE M 57.0 ± 6.8 74.0 ± 13.4 VE D 34.3 ± 6.8 92.7 ± 14.0 F5 P 50.8 ± 17.5* 57.5 ± 14.1 e d F5 E 49.0 ± 8.1 82.8 ± 8.1 F5 M 54.8 ± 10.7 56.1 ± 6.8 F5 D 50.4 ± 6.3 73.2 ± 17.3 F10 P 32.9 ± 8.0 35.2 ± 6.5 e d F10 E 54.3 ± 8.8 65.6 ± 11.6 F10 M 45.8 ± 7.2 55.3 ± 9.9 F10 D 47.0 ± 7.0 49.4 ± 11.3 F20 P 64.6 ± 11.5* 31.9 ± 12.7 e d F20 E 59.3 ± 8.7 77.0 ± 8.0 F20 M 51.8 ± 11.8 82.1 ± 6.7 F20 D 54.7 ± 15.1 76.2 ± 16.8

One-way ANOVA (Treatment)

VE 42.5 ± 4.8 75.3 ± 6.6 F5 51.4 ± 5.4 68.3 ± 6.1 F10 47.0 ± 4.3 54.1 ± 5.9 F20 56.9 ± 5.9 70.4 ± 6.3

Table 2 Effects of vehicle (VE) or fluoxetine (F) treatment (5, 10 and 20 mg/kg) on locomotion in the plus-maze discriminative avoidance task in experiments 1 (females, pre-training), 2 (males, pre-training), 3 (females, post-training) and 4 (females, pre-test), separated by the estrous cycle phases (Proestrus: P, Estrus: E, Metestrus: M and Diestrus: D). Mean ± SE for distance travelled (m) in the apparatus in the training, test and retest sessions. ANOVAs followed by Sidak’s post hoc for session and Dunnett’s post hoc for treatment: *p < 0.05 compared to vehicle; #p < 0.05 compared to other sessions.

Table 3. Effects of vehicle (VE) or fluoxetine (F) treatment (5, 10 and 20 mg/kg) on depressive-like behavior in the FST in experiment 5 separated by the estrous cycle phases (Proestrus: P, Estrus: E, Metaestrus: M and Diestrus: D) Mean ± SE for immobility time (s) and climbing time (s) during, test session. Two-way ANOVA. ANOVAs followed by Sidak’s post hoc for cycle and Dunnett’s post hoc for treatment: *p < 0.05 compared to vehicle and one-way ANOVA separated by estrous cycle phases: ep < 0.05 compared to Estrus and dp < 0.05 compared to Diestrus.

Page 84: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

84

4. Discussion

Fluoxetine is one of the most prescribed antidepressants to treat mood and

anxiety disorders (Dulawa, 2004; Dunlop and Davis, 2008; Lebrón-Milad et al.,

2013; Nestler et al., 2002). Fluoxetine is a selective serotonin reuptake inhibitor

and it has a widely known mechanism of action. It avoids serotonin reuptake by

blocking the reuptake bomb, acting through norfluoxetine, its pharmacologically

active metabolite (Moreno et al., 1999).

Some studies indicate a modulation by estradiol and progesterone on the

effects of fluoxetine (Benmansour et al., 2012; Gomes, et al., 2014; Lebrón-Milad

et al., 2013; Li, et al., 2013). Those hormones seem to be a direct path to enhance

the fluoxetine effect in 5-HT1A receptor protein levels. Desensitization of 5-HT1A

receptor is involved on the improvement of the symptoms of depression and the

signaling of the receptor may accelerate the symptoms improvement (Li et al.,

2013). Our data demonstrated effects that were modulated by both treatment and

hormonal status on memory and anxiety- and depression-related behaviors.

4.1. Memory

The extinction of an aversive memory seems to be fundamental to improve

cognitive deficits, as well as to decrease depressed and anxious behavior. Our

previous studies demonstrated that non-treated mixed cycle female rats in PMDAT

kept avoiding the aversive arm even in the absence of the stimuli (Ribeiro et al.,

2010). In addition, chronic fluoxetine treatment not only elicited an extinction

behavior but also showed the best results among the evaluated antidepressants

(Melo et al., 2012).

In the case of the present study, our intent was to investigate the effects

acute fluoxetine, so we could have a precise indication of the cycle phase the

Page 85: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

85

animals were in when treated and tested. In addition, we aimed at evaluating

possible effects of fluoxetine on separate stages of the memory processes. For

this purpose, we performed the injection at three different moments: pre-training

(to verify possible effects on acquisition/learning of the task), post-training (to verify

specific effects on memory consolidation without interference with the learning

process) and pre-test (to assess possible effects on retrieval, and further influence

on extinction mechanisms).

In the pre-training experiment, our results altogether show the peculiarity of

hormonal alterations on modulation of fluoxetine treatment and the importance of

the administrated dose. All females together, for each treatment, showed no effect

on memory acquisition of the PMTAD. In addition, they did not present any type of

extinction of the memory, or even a deficit in retrieving the task with an acute pre-

training administration.

The lack of effect of pre-training administration on the performance at test

was different from which was found for males, that had the performance decreased

by all doses of fluoxetine, except F20. Corroborating this result, Monleón et al

(2002) showed an alteration in males in acquisition of fear, while females were not

affected by chronic fluoxetine treatment. The lack of extinction is another feature

that was different from male animals, and this result corroborates a previous study

(Ribeiro et al., 2010).

When we considered the estrous cycle phases for analysis, however,

animals in each phase showed a different range of results for the treatment, as

well as basal difference for vehicle treated animals.

For the pre-training treatment P, M and D vehicle groups were able to

retrieve the task in the test session. EVE group not only was not able to fully

discriminate the arms, but also had this effect reversed by EF5 treatment. Other

Page 86: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

86

groups did not seem to be affected by F5 treatment. On the other hand, there was

a potential amnestic effect induced by F20 treatment, observed at E and D groups.

Although we cannot ensure that E group had the performance worsened by F20,

considering the lack of a significant difference between the arms showed by the

respective VE group, D group was once able to remember and F20 impaired its

memory retrieval, or alternatively, it could have enhanced the beginning of the

extinction process.

Data suggest an influence of gonadal hormonal alterations. Most of the

results indicated E group as more susceptive to have a poor retrieval or highly

efficient extinction of the aversive task, when compared to other groups. The

results for E time on the aversive arm suggest an alteration on the behavioral

pattern on the F5 dose only, in which the animals presented the lower exploration

of the arm. The other animals in E groups demonstrated an increased time spent

in the aversive arm. Studies suggest an influence of the estradiol levels on the

effect of fluoxetine for the desensitization of 5-HT1A receptor (Li et al., 2013).

However, vehicle showed similar patterns of behavior with the other treatment

doses, for the pre-training treatment. That suggests another mechanism

predominantly dependent on hormones for the memory aspects, on the strategy

for our task.

Apparently, the proestrus hormonal pattern acted enhancing the memory of

the task, when the treatment was given before the acquisition. The same memory

persistence appeared in when rats in proestrus went through PMDAT after

treatment with a classical anxiolytic drug (diazepam, Silva et al., 2016).

Altogether, the results from experiments performed with pre-training

administration indicates that acute effects of fluoxetine on memory seem to depend

on sex and estrous cycle phases. However, it is worth mentioning that the

Page 87: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

87

treatment did not affect the acquisition of the task, i.e., the behavior during the

acquisition phase (training) was not modified even with the administration of the

drug being held before this session. This suggest that the brain mechanisms

related to the consolidation of memory were most likely affect by the treatment

without consequences to the behavioral modification involved in learning (in the

case of the task used here, the decrement in exploration of the aversive arm). If it

is true, the detrimental effect of fluoxetine would be present even if the injection

was held after the training, when the mechanisms of consolidation continue for

hours after the event (Bekinschtein et al., 2010; Santini et al., 2004).

In the protocol that we used to investigate the effects of post-training

administration, the groups treated with fluoxetine at the highest dose (F20) had a

similar performance compared to VE. The other doses worsened the consolidation

process. Further analyses considering estrous phases results showed that only VE

groups were able to properly retrieve the memory. This suggests that the effects

of fluoxetine were more generalized when given post-training compared to pre-

training administration (in which the effects were more dependent on the cycle

phase). It is important to note that the consolidation processes lasts for hours,

beginning at the moment of the event to be learned. Thus, it is possible that the

post-training administration acted on more specific time points of the mechanisms

leading to consolidation, which might be less dependent of the hormonal status.

Additionally, the basal differences between P and E phases detected in the

previous experiment could be related to the specificity of fluoxetine’s effects. In the

experiment with post-training administration, there was no difference between

estrous cycle phases in animals treated with vehicle. In summary, these data can

be interpreted as a minor importance of the role in the consolidation of the memory

by the interaction of serotonin with sex hormones.

Page 88: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

88

Alternatively, a different type of stimuli was offered by the injection in the two

situations; while the PMDAT task is more psychologically aversive, the injection

can elicit a different type of response (more physical) and, due to the moment of

the administration, alter the intensity in which aversive memory will be retrieved. In

other words, the presence of an injection before the behavioral session could

induce a stronger aversive memory than when the training was held without a

previous injection, and this could reflect on retrieval upon test. In this respect,

although there are studies about stress induced by chronic saline injections (Izumi

et al., 1997), one injection could be enough for females under our experimental

design.

Pre-test injection protocol had a different design from the other experiments.

The estrous cycle phase considered is the one on the test day, different from pre-

training and post-training protocols that considered the estrous cycle phase at the

acquisition day. Considering that, the acquisition of the memory happened in a

different phase for translational comparison to pre-training experiment. We choose

this configuration to evaluate fluoxetine treatment directly on the hormonal effects

at the memory stage of retrieval and a possible influence on extinction of the pre-

learned and consolidated task.

When we analyzed all groups together, only VE showed to retrieve the task.

However, when we separated the groups by cycle none of the groups retrieved the

task. Following the same line discussed above, the difference in the results among

experiments, especially in VE groups, can be due to the injection effect, which

could be a confound bias because it was not present in the training phase.

Alternatively, when considering all the cycle phases together, when retrieval did

happen for the VE group, a state dependent learning processes regarding the

effects of fluoxetine could cause the memory deficit. Data about fluoxetine state-

Page 89: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

89

dependent-related effects are rare (Arenas et al., 2006) and inexistent in the

PMDAT, but this dependence on interoceptive cues to retrieve tasks have been

well reported for other psychoactive drugs (Hunt and Barnet, 2016; Patti et al.,

2006; Sanday et al., 2012; Sanday et al., 2013). Irrespective of these issues, the

possible effects of fluoxetine in this case did not seem to depend on estrous cycle

phase.

When considering the three protocols of investigation used here, we notice

that extinction of the task varied among experiments. Thus it was clear that the

profile of extinction of the aversive task was: 1- different between sexes; 2-

dependent on cycle phase in the moment of training (acquisition) and 3 –

dependent on the protocol (moment of injection). Some studies found an increase

in extinction under high levels of estradiol, like those found on proestrus (Glover et

al., 2012; Graham and Milad, 2013), due an increase in the activity of ventromedial

prefrontal cortex (vmPC), which is involved in fear inhibition (Zeidan et al., 2011).

Neuroimaging studies show an increased activity in vmPFC, hippocampus and

amygdala during extinction recall in women with high estrogen levels (Glover et

al., 2012). This activity suggests a modulation of hormones in these areas, which

are related to fear extinction. Studies show a differential dendritic morphology,

spine density in CA1 of the hippocampus according to presence or absence of

estradiol (Wooley and McEwen, 1994). It was also shown that there are differences

in spine density in female rats when proestrus and estrus phases are compared

(for a review see Farrell et al., 2013). Estrus phase is characterized by a decrease

in hormonal levels, coming from proestrus, when the levels of estradiol reach the

higher pic, except for progesterone which remains at high levels (Goldman et al.,

2007). Our data suggest that these alterations could be essential to memory recall

and fear behavior, but in an opposite direction.

Page 90: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

90

The high activity on these areas combined to our task design seemed to

make a very strong memory trace. Another study from our group also indicated the

persistence of the memory, in proestrus phase even treated with an anxiolytic with

a known amnestic effect (Silva et al., 2016).

D group showed a better potential to extinguish the aversive memory from

the task, while E group was not able to recall and P group was not able to modify

the memory aspect. Apparently, the hormonal balance on estrous cycle and the

memory stage manipulation are the main keys for the effects of fluoxetine on

memory in the PMDAT. The PMDAT allows a complex assess on the memory

stages from learning to extinction. Simultaneously, it allows the evaluation of

anxiety-related and locomotion aspects. This task has shown effectiveness in

evaluating the effects of memory – enhancing and amnestic drugs, anxiolytic and

anxiogenic procedures and drugs, as well as locomotor activity (Silva and Frussa-

Filho, 2000; Silva et al., 1997, 2002a, b). Besides that, some studies also used this

task to analyze gender differences in all the aspects provided (Ribeiro et al., 2010).

4.2. Anxiety

Clinically, fluoxetine is well known for increase anxiety at the beginning of

the treatment (Spigset, 1999), while chronic treatment improves those symptoms

(Boyer and Feighner, 1989). In major depression, anxiety can be a symptom, or a

comorbid disorder (APA, 2013; Wittchen and Jacobi, 2005; Dunlop and Davis,

2008; Lebrón-Milad et al., 2013). The maintenance of the anxiety symptoms could

be due a persistence of the fear related or due aversive memory persistence (APA,

2013).

Some studies using elevated plus maze and fluoxetine in a single IP

injection found effects on the time on the open arms, reducing the exploration

Page 91: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

91

(Drapier et al., 2007). Our results, all together, corroborated this acute anxiogenic

effect of fluoxetine in the PMDAT, at least regarding female rats. Further, when the

analysis of the time in the open arms were held considering the estrous cycle

phases, it was clear that this effect is influenced by hormonal status.

Our data found reduced exploration effect for F20 dose in experiments 1

and 4. The effect of reduction on exploration of the open arms on test and retest

sessions, found on first and second experiment, can be due one habituation to the

apparatus, that seems to be lowered by the injection before test session on the

forth experiment, reinforcing the stress theory around injection.

Studies have demonstrated several controversial data regarding anxiety-

like behavior in rats, suggesting that symptoms of anxiety are increased during

early stages of SSRI treatments, whereas a chronic SSRI treatment decreases 5-

HT neurotransmission inducing anxiolytic-like effect (for a review, see Borsini et

al., 2002; Bosker et al., 2001; Drapier et al., 2007; Holmes and Rodgers, 2003;

Kurt et al., 2000; Silva et al., 1999). One recent study has shown that a chronic

treatment with citalopram impaired fear extinction in male rats, while a subchronic

treatment had no effect (Burghardt et al., 2012). In other study citalopram and

fluoxetine had increased the fear expression in a single injection pre testing

(Burghardt et al., 2004). A study compared male and female in acute treatment

and described a small increase on anxiety in both genders, which disappears when

the number of animals were reduced (Lebrón-Milad et al., 2013). Other credited

the increase on anxiety to the activation of 5-HT2C with the SSRIs acute

administration (Burghardt et al., 2007).

It was unclear whether or not SSRI and gonadal hormones interact to

modulate anxiety-like behavior and the persistence of aversive memories in a

specific phase, while impaired the recall of other phases. Only a few studies have

Page 92: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

92

conducted experiments involving female rats according to their phases of the

estrous cycle. Oppositely to our results, other studies have demonstrated that

female rats and women have showed good retrieval of extinction memory when

receiving extinction training during high gonadal hormones stages and bad recall

in rats during low levels of gonadal hormones. The high hormonal levels, in rats,

occur during proestrus and first half of estrus (Goldman et al., 2007; Lebrón-Milad

et al., 2013; Maeng and Milad, 2015).

It may be possible due to the large concentration of steroids hormonal

receptors not only in the hippocampus but also in other areas of the brain such as

the ventromedial prefrontal cortex. Those brain areas along with amygdala play a

role in the fear circuitry responsible for regulating fear responses. Previous studies

have shown that testosterone and estradiol regulate serotonin receptors (5HT1A

and 5HT2C) in those areas of the circuitry (McQueen et al., 1999; Nishizawa et al.,

1997). As we showed in our results, all together suggest, therefore, that gonadal

hormones itself may modulate the expression of aversive memories and anxiety-

like behavior, consequently.

Studies showed a high activity of amygdala on an acute treatment with

fluoxetine, in male rats. This activation acts through an enhancing on firing output

on lateral amygdala, and tends to lower down on a chronic treatment (Ravinder et

al., 2011). The high activity on the amygdala of females seems to be more relate

with the high levels of estradiol. Other studies showed that females use different

strategies to escape from aversive tasks (Ribeiro et al., 2010). in a parameter that

simulate a preventive reaction to innate fear. For the classical parameters we did

not found differences for the anxiety. We only found one other study that used

fluoxetine and cycling females, but they presented the results of estrus and

proestrus together, as one phase (Lébron-Milad et al., 2013); even when the two

Page 93: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

93

stages showed a different hormonal pattern (for a review see Maeng and Milad,

2015).

4.3. Locomotion

The reduction on locomotor activity as an effect of drugs, it is usually caused

by lethargic or anxiogenic states (Borsini et al., 2002; Drapier et al., 2007; File et

al., 1999; Robert et al., 2011). On our study there were more than one indicative

of reduced locomotion on the higher dose by the antidepressant compared to

vehicle. On the first, second and forth experiments, animals showed a reduced

total covered distance with F20 dose on the administered session. On the second

experiment F10 dose also seemed to be able to reduce the locomotion and a

strong indicative, non-statistical, of a reduction on F5. The forth experiment

reinforced the indicative that all fluoxetine doses reducing locomotion of females

on the one-way ANOVA analysis.

The experiments and doses are similar to the found anxiety effects. This

could be an indication to altered locomotion due anxiety levels. The only

experiment there was not able to influence the locomotion was the third, that

treatment was after the behavioral task and which there was no increase on the

anxiety response. Previous studies also did not find alterations on chronic

fluoxetine treated rats locomotor activity (Iñinguez et al., 2015; Drapier et al.,

2007), but tend to lower behavioral aspects dependent on behavior on the classical

elevated plus-maze (Amodeo et al., 2015) and demonstrate higher anxiety

behaviors despite the non-specificity of the locomotor evaluation (Yang at al.,

2015).

Page 94: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

94

4.4. Antidepressant aspects

Literature shows females spending less time in active behavior at the FST

when compared to males (for a review see Bogdanova et al., 2013). Our main

results regarding FST showed that P females had decrease climbing duration,

while fluoxetine induced an increase in immobility at this cycle phase, which is

compatible with the classically described depressive-like behavior (Porsolt et al.,

1977). Importantly, these effects were not observed when all females were

considered for analysis, irrespective of cycle phases. The lack of effect on

depressive-like behaviors for acute treatment with antidepressants in this test is

not surprising, because it is known that the clinical antidepressant action is

apparent only with a few weeks of repeated treatment (Gaynes et al., 2009).

However, the possible increase in depressive-like behavior pointed by our results

in proestrus female point to a relevance of deleterious effect in the beginning of

treatment, especially considering women and their respective cycle stage.

Major studies use males, instead of females, besides the majority in

population diagnostics of depression and anxiety disorders being in women.

Hence, the majority of antidepressant prescriptions are for women (see

Introduction). One of the arguments is the fact that male rats produce a more

consistent data, while females have behavioral oscillations due the hormonal cycle

(Milad et al., 2009; Lebrón-Milad et al., 2013). There is another concern about the

effects that can be related to sex, non-dependent on female hormonal cycle, but

dependent on the brain maturation in presence of the different hormonal patterns

(for a review see Gillies and McArthur, 2010; Arevalo et al., 2014).

There are some sex differences to be considered and to be investigated.

Despite women are basically half of world population, pharmaceutical field still

Page 95: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

95

have less information about female brain and physiology for develop and distribute

drugs. There is a need to sex equality on the development and publishing of

scientific research (Berry and Zucker, 2011).

As mentioned, one of the arguments for lower numbers of research in

females is the non-consistent data found (Milad et al., 2009; Lebrón-Milad et al.,

2013). In addition, the majority of existent papers combined some estrous cycle

phases, like diestrus and metaestrus or estrus and proestrus, because of a similar

hormonal pattern (Lébron-Milad et al., 2013; Silva et al., 2016), or because they

found similar responses. Either way, maybe this phase combination is one of the

reasons of many controversial data. Our study indicated the hazard on do such

thing. Every cycle phase had a different pattern of results, depending on the dose

and memory manipulation. Although some of the patterns did not differ statistically

between them, they were visually different and, if combined, could lead to a fake

neutral response.

Combining effects on memory, anxiety and depressive-like behavior, our

results indicate important implications for treatment women with depression and

anxiety disorders with fluoxetine. The contemporary society has increased the

female participation on multiple work and social parameters, but did not increase

the needed respect and health security regarding, for example, drugs which can

be more aggressive to them.

Nevertheless, our study presents some limitations. We used healthy young

adult rats, with a single injection at a sorted moment of investigation, despite the

protocol being able to mimicry the cognitive aspects evolved on mood and anxiety

disorders. Additional studies to verify other memory aspects, plasticity alterations

by gonadal hormones, the effects of multiple injections, and possibly use animals

Page 96: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

96

expressing a previous depressive or anxious state might help in the clarification of

the results reported herein.

In conclusion, the results suggest that the acute effects of fluoxetine on

memory vary according to the estrous cycle phase, as well as the memory phase

in which it was administered. In addition, anxious- and depressive-like behaviors

were observed in female rats, under certain conditions, after fluoxetine treatment.

Despite clinical and animal studies show antidepressant and anxiolytic beneficial

effects of fluoxetine prolonged treatment, the present results suggest possible

cognitive and emotional acute side effects which may be influenced by sex and

hormonal state.

References

American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual Of Mental

Disorders (DSM-5). American Psychiatric Publishing, Fifth Edition. 2013.

Amodeo LR, Greenfield VY, Humphrey DE, Varela V, Pipkin JA, Eaton SE,

Johnson JD, Plant CP, Harmony ZR, Wang L, Crawford CA. Effects of acute or

repeated paroxetine and fluoxetine treatment on affective behavior in male and

female adolescent rats. Psychopharmacology (2015) 232:3515–3528.

Arenas MC, Vinader-Caerols C, Monleón S, Martos AJ, Everss E, Ferrer-Añó A,

Parra A. Are the effects of the antidepressants amitriptyline, maprotiline, and

fluoxetine on inhibitory avoidance state-dependent? Behavioural Brain Research

166 (2006) 150–158.

Page 97: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

97

Arevalo MA, Azcoitia I, Garcia-Segura LM. The neuroprotective actions of

oestradiol and oestrogen receptors. Nature Reviews Neuroscience. November,

2014.

Austin MP, Mitchell P, Goodwin GM. Cognitive deficits in depression: possible

implications for functional neuropathology. Br J Psychiatry 2001;178:200–6.

Benmansour S, Weaver RS, Barton AK, Adeniji OS, Frazer A. Comparison of the

effects of estradiol and progesterone on serotonergic function. Biological

Psychiatry 2012;71:633–41.

Bekinschtein P, Katche C, Slipczuk L, Gonzalez C, Dorman G, Cammarota M,

Izquierdo I, Medina JH. Persistence of Long-Term Memory Storage: New Insights

into its Molecular Signatures in the Hippocampus and Related Structures.

Neurotox Res (2010) 18:377–385.

Bogdanova OV, Kanekar S, D’Anci KE, Renshaw PF. Factors influencing behavior

in the forced swim test. Physiology & Behavior 118 (2013) 227–239.

Borsini F, Podhorna J, Marazziti D. Do animal models of anxiety predict anxiolytic-

like effects of antidepressants? Psychopharmacology (Berl) 2002;163:121–41.

Bosker FJ, Cremers TIFH, Jongsma ME, Westerink BHC, WikstroÈm HV, den

Boer JA. Acute and chronic effects of citalopram on postsynaptic 5-

hydroxytryptamine1A receptor-mediated feedback: a microdialysis study in the

amygdala. Journal of Neurochemistry, 2001, 76, 1645±1653

Page 98: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

98

Boyer WF, Feighner JP. An overview of fluoxetine, a new serotonin-specific

antidepressant. Mount Sinai Journal of Medicine 1989;56:136–40.

Brunello N, Davidson JR, Deahl M, Kessler RC, Mendlewicz J, Racagni G, et al.

Posttraumatic stress disorder: diagnosis and epidemiology, comorbidity and social

consequences, biology and treatment. Neuropsychobiology 2001;43(3):150–62.

Burghardt NS, Sullivan GM, McEwen BS, Gorman JM, LeDoux JE. The selective

serotonin reuptake inhibitor citalopram increases fear after acute treatment but

reduces fear with chronic treatment: a comparison with tianeptine. Biol Psychiatry.

2004 Jun 15;55(12):1171-8.

Burghardt NS, Bush DE, McEwen BS, LeDoux JE. Acute selective serotonin

reuptake inhibitors increase conditioned fear expression: blockade with a 5-HT(2C)

receptor antagonist. Biol. Psychiatry, 62 (2007), pp. 1111–1118

Burghardt NS, Park EH, Hen R, Fenton AA. Adult-born hippocampal neurons

promote cognitive flexibility in mice. Hippocampus, 22 (2012), pp. 1795–1808

Carr GV, Schechter LE, Lucki I. Antidepressant and anxiolytic effects of selective

5-HT6 receptor agonists in rats. Psychopharmacology (Berl) 2011;213:499–507.

Castaneda AE, Tuulio-Henriksson A, Marttunen M, Suvisaari J, Lönnqvist J. A

review on cognitive impairments in depressive and anxiety disorders with a focus

on young adults. J Affect Disord 2008;106(1–2):1-27.

Page 99: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

99

Cryan JF, Lucki I. Antidepressant-like behavioral effects mediated by 5-

Hydroxytryptamine (2C) receptors. J Pharmacol Exp Ther 2000;295:1120–6.

Djordjevic A, Djordjevic J, Elaković I, Adzic M, Matić G, Radojcic MB. Fluoxetine

affects hippocampal plasticity, apoptosis and depressive-like behavior of

chronically isolated rats. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry 2012;36:92-

100.

Drapier D, Bentué-Ferrer D, Laviolle B, Millet B, Allain H, Bourin M, et al. Effects

of acute fluoxetine, paroxetine and desipramine on rats tested on the elevated

plus-maze. Behav Brain Res 2007;176:202–9.

Dulawa SC, Holick KA, Gundersen B, Hen H. Effects of chronic fluoxetine in animal

models of anxiety and depression. Neuropsychopharmacology 2004;29:1321–30.

Dunlop BW, Davis PG. Combination treatment with benzodiazepines and SSRIs

for comorbid anxiety and depression: a review. Prim Care Companion J Clin

Psychiatry 2008;10:222–8.

Farrell MR, Sengelaub DR, Wellman CL. Sex differences and chronic stress effects

on the neural circuitry underlying fear conditioning and extinction. Physiology &

Behavior 122 (2013) 208–215.

File SE. One-trial tolerance to the anxiolytic effects of chlordiazepoxide in the plus

maze. Psychopharmacology 1990; 100:281–2.

Page 100: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

100

File SE, Ouagazzal AM, Gonzalez LE, Overstreet DH. Chronic fluoxetine in tests

of anxiety in rat lines selectively bred for differential 5-HT1A receptor function.

Pharmacol Biochem Behav 1999;62:695–701.

Gaynes BN, Warden D, Trivedi MH, Wisniewski SR, Fava M, Rush AJ. What Did

STAR∗D Teach Us? Results From a Large-Scale, Practical, Clinical Trial for

Patients With Depression. Psychiatr Serv. 2009 Nov;60(11):1439-45.

Gillies GE, McArthur S. Estrogen Actions in the Brain and the Basis for Differential

Action in Men and Women: A Case for Sex-Specific Medicines. Pharmacol Rev

62:155–198, 2010.

Glover EM, Jovanovic T, Mercer KB, Kerley K, Bradley B, Ressler KJ, Norrholm

SD. Estrogen Levels Are Associated with Extinction Deficits in Women with

Posttraumatic Stress Disorder. Biol Psychiatry 2012;72:19–24.

Goldman JM, Murr AS, Cooper RL. The rodent estrous cycle: characterization of

vaginal cytology and its utility in toxicological studies. Birth Defects Research, Part

B: Developmental and Reproductive Toxicology 2007;80:84–97.

Graham BM, Milad MR. Blockade of Estrogen by Hormonal Contraceptives Impairs

Fear Extinction in Female Rats and Women. Biol Psychiatry 2013;73:371–378.

Page 101: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

101

Holmes A, Rodgers RJ. Prior exposure to the elevated plus-maze sensitizes mice

to the acute behavioral effects of fluoxetine and phenelzine. Eur J Pharmacol

2003;459:221–30.

Hunt PS, Barnet RC. Adolescent and adult rats differ in the amnesic effects of

acute ethanol in two hippocampus-dependent tasks: Trace and contextual fear

conditioning. Behav Brain Res. 2016 Feb 1;298(Pt A):78-87.

Iñiguez SD, Warren BL, Bolaños-Guzmán CA. Short- and long-term functional

consequences of fluoxetine exposure during adolescence in male rats. Biol

Psychiatry 2010;67:1057–66.

Iñiguez SD, Riggs LM, Nieto SJ, Wright KN, Zamora NN, Cruz B, Zavala AR,

Robison AJ, Mazei-Robison MS. Fluoxetine exposure during adolescence

increases preference for cocaine in adulthood. Scientific Reports 5, Article number:

15009 (2015).

Izumi J, Washizuka M, Hayashi-Kuwabara Y, Yoshinaga K, Tanaka Y, Ikeda Y,

Kiuchi Y, Oguchi K. Evidence for a depressive-like state induced by repeated

saline injections in fischer 344 rats. Pharmacology Biochemistry and Behavior, Vol.

57, No. 4, pp. 883–888, 1997.

Javelot H, Weiner L, Terramorsi R, Rougeot C, Lalonde R, Messaoudi M. Efficacy

of chronic antidepressant treatments in a new model of extreme anxiety in rats.

Depression Research and Treatment 2011; 2011:531435.

Page 102: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

102

Ji JL, Heyes SB, MacLeod C, Holmes EA. Emotional mental imagery as simulation

of reality: fear and beyond. A tribute to Peter Lang. Behavior Therapy (2015)

Karpova NN, Pickenhagen A, Lindholm J, Tiraboschi E, Kulesskaya N,

Agustsdottir A, Antila H, Popova D, Akamine Y, Bahi A, Sullivan R, Hen R, Drew

LJ, Castren E. Fear erasure in mice requires synergy between antidepressant

drugs and extinction training. Science, 334 (2011), pp. 1731–1734.

Kobayashi K, Ikeda Y, Asada M, Inagaki H, Kawada T, Suzuki H. Corticosterone

facilitates fluoxetine-induced neuronal plasticity in the hippocampus. PLoS One.

2013 May 10;8(5):e63662.

Kurt M, Arik AC, Celik S. The effects of sertraline and fluoxetine on anxiety in the

elevated plus-maze test in mice. J Basic Physiol Pharmacol 2000;11:173–80.

Lebrón-Milad K, Tsareva A, Ahmed N, Milad MR. Sex differences and estrous

cycle in female rats interact with the effects of fluoxetine treatment on fear

extinction. Behav. Brain Res., 253 (2013), pp. 217–222.

Li WL, Cai HH, Wang B, Chen L, Zhou QG, Luo CX, Liu N, Ding XS, Zhu DY.

Chronic fluoxetine treatment improves ischemia-induced spatial cognitive deficits

through increasing hippocampal neurogenesis after stroke. J Neurosci Res. 2009

Jan;87(1):112-22.

Page 103: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

103

Li Q, Sullivan NR, McAllister CE, Van de Kar LD, Muma NA. Estradiol accelerates

the effects of fluoxetine on serotonin 1A receptor signaling.

Psychoneuroendocrinology. 2013 Jul;38(7):1145-57.

Luck CC, Lipp OV. A potential pathway to the relapse of fear? Conditioned

negative stimulus evaluation (but not physiological responding) resists instructed

extinction. Behav Res Ther. 2015 Mar;66:18-31.

MacQueen GM, Campbell S, McEwen BS, Macdonald K, Amano S, Joffe RT, et

al. Course of illness, hippocampal function, and hippocampal volume in major

depression. PNAS 2003;100(3):1387–92.

Maeng LY, Milad MR. Sex differences in anxiety disorders: Interactions between

fear, stress, and gonadal hormones. Horm. Behav. (2015).

Mahendran R, Yap HL. Clinical practice guidelines for depression. Singapore Med

J 2005;46:610–5.

Marks I, Lovell K, Noshirvani H, Livanou M, Thrasher S. Treatment of posttraumatic

stress disorder by exposure and/or cognitive restructuring. Arch Gen Psychiatry

1998;55:317–25.

McQueen JK, Wilson H, Summer BE, Fink G (1999) Serotonin 902 transporter

(SERT) mRNA and binding site densities in male rat 903 brain affected by sex

steroids. Brain Res Mol Brain Res 904 63:241–247.

Page 104: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

104

Medeiros AM, Izídio GS, Sousa DS, Macedo PT, Silva AF, Shiramizu VKM, Cabral

A, Ribeiro AM, Silva RH. Estrogen levels modify scopolamine-induced amnesia in

gonadally intact rats. Progress in Neuro-Psychopharmacology & Biological

Psychiatry 53 (2014) 99–108.

Melo TG, Izídio GS, Ferreira LS, Sousa DS, Macedo PT, Cabral A, Ribeiro AM,

Silva RH. Antidepressants differentially modify the extinction of an aversive

memory task in female rats. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2012

Apr 27;37(1):33-40.

Milad MR, Igoe SA, Lebrón-Milad K, Novales JE. Estrous cycle phase and gonadal

hormones influence conditioned fear extinction. Neuroscience. (2009).

Milad MR, Zeidan MA, Contero A, Pitman RK, Klibanski A, Rauch SL, Goldstein

JM. The influence of gonadal hormones on conditioned fear extinction in healthy

humans. Neuroscience 168 (2010) 652–658.

Miyamoto D, Iijima M, Yamamoto H, Nomura H, Matsuki N. Behavioural effects of

antidepressants are dependent and independent on the integrity of the dentate

gyrus. Int J Neuropsychopharmacol 2010;3:1-10.

Moreno RA, Moreno DH, Soares MBM. Psicofarmacologia de antidepressivos.

Rev Bras Psiquiatr Depressão – vol.21 – maio 1999.

Page 105: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

105

Monleón S, Urquiza A, Arenas MC, Vinader-Caerols C, Parra A. Chronic

administration of fluoxetine impairs inhibitory avoidance in male but not female

mice. Behavioural Brain Research 136 (2002) 483-488.

Munguba H, Cabral A, Leão AH, Barbosa FF, Izídio GS, Ribeiro AM, et al. Pre-

training anandamide infusion within the basolateral amygdala impairs plus-maze

discriminative avoidance task in rats. Neurobiol Learn Mem 2011;95:527–33.

Nandam LS, Jhaveri D, Bartlett P. 5-HT7, neurogenesis and antidepressants: a

promising therapeutic axis for treating depression. Clin Exp Pharmacol Physiol

2007;34:546–51.

Nestler EJ, Barrot M, DiLeone RJ, Eisch AJ, Gold SJ, Monteggia LM. Neurobiology

of depression. Neuron 2002;34:13–25.

Nishizawa S, Benkelfat C, Young Sn, Leyton M, Mzengeza S, De Montigny C, Blier

P, Diksic M. Differences between males and females in rates of serotonin synthesis

in human brain. Proc. Natl Acad. Sci. USA 94, 5308–5313 (1997).

Paizanis E, Hamon M, Lanfumey L. Hippocampal neurogenesis, depressive

disorders, and antidepressant therapy. Neural Plast 2007;2007:1–7.

Patti CL, Kameda SR, Carvalho RC, Takatsu-Coleman AL, Lopez GB, Niigaki ST,

et al. Effects of morphine on the plus-maze discriminative avoidance task: role of

state-dependent learning. Psychopharmacology (Berl) 2006;184:1-12.

Page 106: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

106

Porsolt, R. D., Le Pichon, M., and Jalfre, M. Depression: A new animal model

sensitive to antidepressant treatments. Nature 1977 266(5604), 730–732.

Ravinder S, Pillai AG, Chattarji S. Cellular correlates of enhanced anxiety caused

by acute treatment with the selective serotonin reuptake inhibitor fluoxetine in rats.

Frontiers in Behavioral Neuroscience December 2011, Volume 5, Article 88.

Ribeiro AM, Barbosa FF, Godinho MR, Fernandes VS, Munguba H, Alves LM, et

al. Sex differences in aversive memory in rats: possible role of extinction and

reactive emotional factors. Brain Cogn 2010;74:145–51.

Robert G, Drapier D, Bentué-Ferrer D, Renault A, Reymann JM. Acute and chronic

anxiogenic-like response to fluoxetine in rats in the elevated plus-maze:

modulation by stressful handling. Behav Brain Res 2011;220:344–8.

Sanday L, Zanin KA, Patti CL, Tufik S, Frussa-Filho R. Role of state-dependency

in memory impairment induced by acute administration of midazolam in mice. Prog

Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2012 Apr 27;37(1):1-7.

Sanday L, Patti CL, Zanin KA, Fernandes-Santos L, Oliveira LC, Kameda SR, Tufik

S, Frussa-Filho R. Ethanol-induced memory impairment in a discriminative

avoidance task is state-dependent. Alcohol Clin Exp Res. 2013 Jan;37 Suppl

1:E30-9.

Page 107: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

107

Santini E, Ge H, Ren K, Pena de Ortiz S, Quirk GJ (2004) Consolidation of fear

extinction requires protein synthesis in the medial prefrontal cortex. J Neurosci

24:5704 –5710.

Scharfman HE, Mercurio TC, Goodman JH, Wilson MA, MacLusky NJ.

Hippocampal Excitability Increases during the Estrous Cycle in the Rat: A Potential

Role for Brain-Derived Neurotrophic Factor. J Neurosci. 2003 December 17;

23(37): 11641–11652.

Schulz D, Buddenberg T, Huston JP. Extinction-induced “despair” in the water

maze, exploratory behavior and fear: effects of chronic antidepressant treatment.

Neurobiol Learn Mem 2007;87:624–34.

Silva AF, Sousa DS, Medeiros AM, Macêdo PT, Leão AH, Ribeiro AM, Izídio GS,

Silva RH. Sex and Estrous Cycle Influence Diazepam Effects on Anxiety and

Memory: Possible Role of Progesterone. Possible Role of Progesterone, Progress

in Neuropsychopharmacology & Biological Psychiatry (2016).

Silva MT, Alves CR, Santarem EM. Anxiogenic-like effect of acute and chronic

fluoxetine on rats tested on the elevated plus-maze. Braz J Med Biol Res

1999;32:333–9.

Silva RH, Bellot RG, Vital MA, Frussa-Filho R. Effects of long-term ganglioside

GM1 administration on a new discriminative avoidance test in normal adult mice.

Psychopharmacology (Berl) 1997;129:322–8.

Page 108: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

108

Silva RH, Frussa-Filho R. The plus-maze discriminative acoidance task: a new

model to study memory–anxiety interactions. Effects of chlordiazepoxide and

caffeine. J Neurosci Methods 2000;102:117–25.

Silva RH, Abílio VC, Torres-Leite D, Bergamo M, Chinen CC, Claro FT, et al.

Concomitant development of oral dyskinesia and memory deficits in reserpine-

treated male and female mice. Behav Brain Res 2002a;132:171–7.

Silva RH, Kameda SR, Carvalho RC, Rigo GS, Costa KL, Taricano ID, et al. Effects

of amphetamine on the plus-maze discriminative avoidance task in mice.

Psychopharmacology (Berl) 2002b;160:9-18.

Silva RH, Chehin AB, Kameda SR, Takatsu-Coleman AL, Abilio VC, Tufik S, et al.

Effects of pre- or post-training paradoxical sleep deprivation on two animal models

of learning and memory in mice. Neurobiol Learn Mem 2004;82:90–8.

Spigset O. Adverse reactions of selective serotonin reuptake inhibitors: reports

from a spontaneous reporting system. Drug Safety 1999;20:277–87.

Taylor GT, Farr S, Klinga K, Weiss J. Chronic fluoxetine suppresses circulating

estrogen and the enhanced spatial learning of estrogen-treated ovariectomized

rats. Psychoneuroendocrinology. 2004 Nov;29(10):1241-9.

Wang Y, Cui XL, Liu YF, Gao F, Wei D, Li XW, et al. LPS inhibits the effects of

fluoxetine on depression-like behavior and hippocampal neurogenesis in rats. Prog

Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry 2011;35:1831–5.

Page 109: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

109

Wittchen HU, Jacobi F. Size and burden of mental disorders in Europe--a critical

review and appraisal of 27 studies. Eur Neuropsychopharmacol. 2005

Aug;15(4):357-76.

Woolley CS, McEwen BS. Estradiol Regulates Hippocampal Dendritic Spine

Density via an IV-MethybAspartate Receptor-Dependent Mechanism. The Journal

of Neuroscience, December 1994, 74(12): 7660-7667.

World Health Organization (WHO). Depression. Fact sheet N°369. October 2012.

http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs369/en/

Yang Y, Qin J, Chen J, Sui N, Chen H, Li M. Behavioral and pharmacological

investigation of anxiety and maternal responsiveness of postpartum female rats in

a pup elevated plus maze Behavioural Brain Research 292 (2015) 414–427.

Zeidan MA, Igoe SA, Linnman C, Vitalo A, Levine JB, Klibanski A, et al. Estradiol

modulates medial prefrontal cortex and amygdala activity during fear extinction in

women and female rats. Biol Psychiatry 2011;70:920–927.

Page 110: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

110

4. Resultados complementares

Devido à restrição de espaço no artigo, alguns dados foram suprimidos e

estão descritos a seguir. Em geral, como poderá ser observado, os mesmos

corroboram os resultados descritos e discutidos no artigo acima.

4.1. Aprendizado e memória

4.1.1. Administração pré-treino

A ANOVA de 2 vias (fase do ciclo estral X tratamento) para %TAV (Fig. 9)

não revelou efeitos na sessão de treino, mas apresentou efeito no fator ciclo

[F(3,120) = 6.01; p = 0.001] na sessão de teste. A análise de post hoc Sidak

indicou diferenças entre o grupo E e P (ep = 0.001), M (mp = 0.011) e D (dp =

0.035). Na sessão reteste também houve um efeito no fator ciclo [F(3,121) = 7.93;

p < 0.001]. Análise do post hoc Sidak indicou E diferindo de P (pp < 0.001), M (mp

= 0.001) e D (dp = 0.038). ANOVA de 1 via para efeito do tratamento em cada fase

do ciclo não revelou efeitos na sessão treino, teste ou reteste (Fig.8A-C). Machos

também não apresentaram efeito do tratamento em nenhuma das sessões (Fig.

8D-F).

A análise da ANOVA de medidas repetidas, separadas pela fase do ciclo,

com intuito de avaliar a %TAV no decorrer das sessões (Fig. 10) e a influência do

tratamento, para os animais tratados antes do treino, mostrou que as fêmeas

tiveram efeito do tempo em todos os grupos no treino P: [F(4,100) = 6.42; p <

0.000], E: [F(4,132) = 28.52; p < 0.001], M: [F(4,128) = 19.06; p < 0.001], D:

[F(4,132) = 21.58; p < 0.001]. Os machos (Fig.13) tiveram efeito do tempo

[F(4,132) = 22.01; p < 0.001]. As comparações post hoc indicaram as diferenças

entre os seguintes blocos, para cada grupo no treino: P blocos 1 ≠ 3 (p = 0.006),

4 (p = 0.009), 5 (p = 0.012), E blocos 1 ≠ 2, 3, 4, 5 (p < 0.001), M blocos 1≠ 2 (p =

Page 111: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

111

0.025), 3, 4, 5 (p < 0.001), D blocos 1 ≠ 2 (p = 0.001), 3, 4, 5 (p < 0.001) e machos

blocos 1 ≠ 2 (p = 0.002), 3, 4 e 5 (p < 0.001) apenas para tempo. No geral, ocorreu

uma diminuição do tempo no braço aversivo ao longo da sessão de treino, o que

é esperado já que todos os grupos aprenderam a tarefa.

Na sessão teste foi encontrado o efeito tempo nos grupos P [F(4,100) =

3.35; p = 0.013], mas a análise do post hoc não confirmou esse efeito [blocos 1 ≠

3 (p = 0.055)], e machos [F(4,132) = 6.61; p < 0.001] e o post hoc indicou efeito

nos blocos 1 ≠ 3 (p = 0.043), 4 (p = 0.005) e 5 (p < 0.001). Na sessão reteste foi

encontrado efeito do tempo no grupo D [F(4,132) = 6.54; p < 0.001] e a análise

post hoc indicou efeito nos blocos 1 ≠ 2 (p = 0.046), 3 (p = 0.006), 4 (p = 0.033), 5

(p = 0.006).

4.1.2. Administração pós-treino

ANOVA de duas vias não encontrou alterações para tratamento X ciclo

estral na %TAV (Fig. 12) no treino, teste ou reteste. E ANOVA de uma via (Fig.

8G-I) também não encontrou alterações na variável quando separados os animais

pela fase do ciclo.

A ANOVA de medidas repetidas para a %TAV (Fig. 13) separadas pela fase

do ciclo para averiguar efeitos do tempo da sessão e tratamento mostrou efeito

interação tempo X tratamento para o grupo E [F(12,84) = 2.03; p = 0.03] e efeito

do tempo: P: [F(4,84) = 7.04; p < 0.001] e E: [F(4,84) = 9.10; p < 0.001], apenas

na sessão treino. Post hoc indicou alterações para o grupo P entre os blocos 1 ≠

2 (p = 0.012), 5 (p = 0.001) e blocos 1 ≠ 4 (p = 0.015), 5 (p < 0.001) para o grupo

E.

4.1.3. Administração pré-teste

A ANOVA de duas vias para %TAV (Fig. 16) considerando ciclo estral X

tratamento não encontrou alterações no treino, teste ou reteste. A ANOVA de uma

Page 112: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

112

via (Fig.8J-L) para tratamento com separação pelas fases do ciclo estral também

não foi capaz de indicar alterações do tratamento nas sessões.

ANOVA de medidas repetidas para %TAV nos blocos de 2 minutos das

sessões (Fig. 15) indicou efeito do tempo na sessão treino: P [F(4,84) = 6.25; p <

0.001] e E: [F(4,84) = 6.46; p < 0.001]. A análise post hoc indicou blocos 1 ≠ 3 (p

= 0.015), 5 (p = 0.024)] [bl.2 ≠ 3 (p = 0.021), 5 (p = 0.008) para o grupo P e blocos

1 ≠ 5 (p = 0.014) para o grupo E. Na sessão de teste o grupo E mostrou efeito do

tempo E: [F(4,80) = 3.03; p = 0.022], mas não foi confirmado no post hoc. E na

sessão teste não houve efeito.

4.2. Ansiedade

4.2.1. Administração pré-treino

Foi realizada uma ANOVA de uma via para as fêmeas, ignorando as fases

do ciclo, para avaliar o efeito do tratamento na frequência e tempo gasto em

realização do comportamento de avaliação de risco (Tabela 1). Não foram

encontradas diferenças significativas para as variáveis nas sessões treino, teste

ou reteste. A ANOVA de três vias (sessão X tratamento X ciclo estral) encontrou

interação entre os fatores sessão X ciclo [F(6,314) = 3.59; p = 0.002] e tratamento

X ciclo [F(9,314) = 1.98; p = 0.041] e efeito do ciclo [F(3,314) = 3.41; p < 0.018] na

frequência. O post hoc de Sidak indicou o grupo M diferindo de P (pp = 0.021) e E

(ep = 0.02). A avaliação para o tempo gasto em avaliação de risco indicou

interação entre tratamento X ciclo [F(9,314) = 2.02; p = 0.036) e sessão X ciclo

[F(6,314) = 4.22; p < 0.001].

Devido a essas interações envolvendo o ciclo, mas a ausência de efeito

direto do ciclo, foi realizada ANOVA de duas vias (tratamento X ciclo) em cada

uma das sessões. Na variável frequência observamos efeito do ciclo [F(3,105) =

4.51; p = 0.005] no treino. Post hoc de Sidak indicou grupo P diferindo dos demais

Page 113: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

113

grupos: E (ep = 0.02), M (mp = 0.008) e D (dp = 0.017). Na sessão teste foi indicado

um efeito dentre os fatores [F(9,105) = 2.25; p = 0.024). E na sessão reteste efeito

do ciclo [F(3,105) = 4.35; p = 0.006], onde o post hoc de Sidak indicou diferenças

entre grupo E e M (mp = 0.002) e D (dp = 0.023).

Para o tempo gasto em avaliação de risco encontramos efeito do ciclo

[F(3,105) = 3.80; p = 0.012] no treino. Post hoc de Sidak indicou grupo P diferindo

do E (ep = 0.046) e M (mp = 0.018). No teste encontramos interação entre os

fatores [F(9,105) = 2.09; p = 0.036]. E na sessão de reteste encontramos efeito do

ciclo [F(3,104) = 6.01; p = 0.001]; post hoc de Sidak indicou grupo E diferindo de

P (pp = 0.004), M (mp = 0.001) e D (dp = 0.006).

ANOVA de duas vias (sessão X tratamento) para os machos (Tabela 1)

indicou interação entre sessão e tratamento [F(6,99) = 2.30; p = 0.04] e efeito da

sessão [F(2,99) = 18.38; p < 0.001] para a frequência. Post hoc de Sidak indicou

a diferença entre a sessão de reteste e treino (#p < 0.001) e teste (#p = 0.002).

Para o tempo foi verificado efeito da sessão [F(2,99) = 2.05; p < 0.001]. Post hoc

de Sidak indicou diferenças entre as sessões de reteste e treino e teste (p <

0.001).

4.2.2. Administração pós-treino

ANOVA de uma via com todas as fases do ciclo juntas para avaliar efeito

do tratamento na frequência e tempo de realização da avaliação de risco (Tabela

1) não demonstrou alteração em nenhuma das sessões. ANOVA de três vias

comparando ciclo X tratamento X sessão indicou efeito do ciclo para frequência

[F(1,126) = 6.44; p = 0.012] e tempo [F(1,126) = 9.38; p = 0.003].

4.2.3. Administração pré-teste

A ANOVA de uma via com todos os ciclos juntos para avaliar o efeito do

tratamento não encontrou efeito nas sessões de treino e reteste, para frequência

Page 114: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

114

e tempo de realização de avaliação de risco (Tabela 1). Para a sessão de teste

encontramos efeito do tratamento na frequência [F(3,44) = 8.84; p < 0.001], onde

o post hoc de Dunnett indicou VE diferindo de F10 (*p = 0.006) e F20 (*p < 0.001);

e efeito no tempo [F(3,44) = 4,35; p = 0.009], onde o post hoc de Dunnett indicou

VE diferente de F20 (*p = 0.003).

Comparações com a ANOVA de três vias para a avaliação de risco

(frequência e tempo) considerando fase do ciclo X tratamento X sessão (Tabela

1) indicou efeito da sessão [F(2,120) = 8.94; p < 0.001] na frequência; post hoc de

Sidak indicou teste diferindo de treino e reteste (bp = 0.001). Para o tempo gasto

em comportamento de avaliação de risco o efeito entre fatores indicou efeito na

sessão [F(2,120) = 2.63; p = 0.011] e no tratamento [F(3,120) = 3.19; p = 0.026].

Post hoc de Sidak indicou teste diferente de reteste (bp = 0.016) e marginalmente

diferente do treino (p = 0.057); o post hoc de Dunnett para o tratamento VE

diferindo de F20 (*p = 0.01).

Page 115: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

115

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

VTreinoA ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

TesteB ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

RetesteC ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

TreinoG ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

TesteH ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

RetesteI ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

TreinoJ ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

TesteK ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

RetesteL ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

TreinoD ♂

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

VTesteE ♂

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

RetesteF ♂

Figura 8. Efeitos do tratamento com veículo (VE) ou fluoxetina (F, 5, 10 e 20 mg/kg) no aprendizado e memória na esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado nos experimentos 1 (fêmeas, pré-treino – A, B, C), 2 (machos, pré-treino – D, E, F), 3 (fêmeas, pós-treino – G, H, I) e 4 (fêmeas, pré-teste – J, K, L). Média ± SE for %TAV no aparato nas sessões de treino, teste e reteste. Não houve nenhuma diferença estatística para as análises realizadas.

Page 116: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

116

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Treino (E)D ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

VTreino (P)A ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Treino (D)J ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Treino (M)G ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Teste (E)E ♀

p m

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Teste (M)H ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Teste (P)B ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Teste (D)K ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Reteste (E)F ♀

p m

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Reteste (D)L ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Reteste (M)I ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Reteste (P)C ♀

Figura 9. Efeitos do tratamento com veículo (VE) ou fluoxetina (F, 5, 10 e 20 mg/kg), no aprendizado e memória na esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado no experimento 1 (fêmeas, pré-treino), considerando-se as fases do ciclo estral (Proestro: P, Estro: E, Metaestro: M e Diestro: D). Média ± SE para %TAV no aparato nas sessões de treino, teste e reteste. ANOVAs de duas vias para tratamento x ciclo estral, seguida de post hoc de Sidak para efeito do ciclo: pp < 0.05 comparado ao Proestro; mp < 0.05 comparado ao Metaestro.

Page 117: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

117

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

inTreino (P)

VE F5 F10 F20

A ♀

# 3 4 5

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Treino (E)

VE F5 F10 F20

D ♀

#

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Treino (D)

VE F5 F10 F20

#

J ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Treino (M)

VE F5 F10 F20

#

G ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Teste (P)

VE F5 F10 F20

B ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Teste (E)

VE F5 F10 F20

E ♀

0

50

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Teste (D)

VE F5 F10 F20

K ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Teste (M)

VE F5 F10 F20

H ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Reteste (D)

VE F5 F10 F20

#

L ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Reteste (M)

VE F5 F10 F20

I ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Reteste (E)

VE F5 F10 F20

F ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Reteste (P)

VE F5 F10 F20

C ♀

Figura 10. Efeitos do tratamento com veículo (VE) ou fluoxetina (F, 5, 10 e 20 mg/kg), no aprendizado e memória na esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado no experimento 1, considerando-se as fases do ciclo estral (Proestro: P, Estro: E, Metaestro: M e Diestro: D). Média ± SE para %TAV em blocos de dois minutos nas sessões de treino, teste e reteste. ANOVA de medidas repetidas, com comparação dos blocos com correção de Bonferroni: #p < 0.05 comparando aos outros blocos de minutos (quando específico para alguns blocos, está identificado pelo número do bloco ao qual foi estatisticamente significativa a diferença).

Page 118: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

118

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

inTreino

VE F5 F10 F20

A ♂

#

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Teste

VE F5 F10 F20

B ♂

# 3 4 5

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Reteste

VE F5 F10 F20

C ♂

Figura 11. Efeitos do tratamento com veículo (VE) ou fluoxetina (F, 5, 10 e 20 mg/kg), no aprendizado e memória na esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado no experimento 2. Média ± SE para %TAV em blocos de dois minutos nas sessões de treino, teste e reteste. ANOVA de medidas repetidas, com comparação dos blocos com correção de Bonferroni: #p < 0.05 comparando aos outros blocos de minutos (quando específico para alguns blocos, está identificado pelo número do bloco ao qual foi estatisticamente significativa a diferença).

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Treino (P)A ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Treino (E)D ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Teste (P)B ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Teste (E)E ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Reteste (P)C ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Reteste (E)F ♀

Figura 12. Efeitos do tratamento com veículo (VE) ou fluoxetina (F, 5, 10 e 20 mg/kg), no aprendizado e memória na esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado no experimento 3 (fêmeas, pós-treino), considerando-se as fases do ciclo estral (Proestro: P, Estro: E). Média ± SE para %TAV no aparato nas sessões de treino, teste e reteste. Não foi identificada nenhuma diferença estatística.

Page 119: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

119

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

inTreino (P)

VE F5 F10 F20

A ♀

# 2 5

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Treino (E)

VE F5 F10 F20

#4 5

D ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Teste (E)

VE F5 F10 F20

E ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Teste (P)

VE F5 F10 F20

B ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Reteste (E)

VE F5 F10 F20

F ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Reteste (P)

VE F5 F10 F20

C ♀

Figura 13. Efeitos do tratamento com veículo (VE) ou fluoxetina (F, 5, 10 e 20 mg/kg), no aprendizado e memória na esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado no experimento 3, considerando-se as fases do ciclo estral (Proestro: P, Estro: E). Média ± SE para %TAV em blocos de dois minutos nas sessões de treino, teste e reteste. ANOVA de medidas repetidas, com comparação dos blocos com correção de Bonferroni: #p < 0.05 comparando aos outros blocos de minutos (quando específico para alguns blocos, está identificado pelo número do bloco ao qual foi estatisticamente significativa a diferença).

Page 120: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

120

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Treino (P)A ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Treino (E)D ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Teste (P)B ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

VTeste (E)E ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Reteste (P)C ♀

0

20

40

60

80

VE F5 F10 F20

%TA

V

Reteste (E)F ♀

Figura 14. Efeitos do tratamento com veículo (VE) ou fluoxetina (F, 5, 10 e 20 mg/kg), no aprendizado e memória na esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado no experimento 4 (fêmeas, pós-treino), considerando-se as fases do ciclo estral (Proestro: P, Estro: E). Média ± SE para %TAV no aparato nas sessões de treino, teste e reteste. Não foi identificada nenhuma diferença estatística.

Page 121: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

121

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Treino (E)

VE F5 F10 F20

#5

D ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Teste (E)

VE F5 F10 F20

E ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Teste (P)

VE F5 F10 F20

B ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Reteste (E)

VE F5 F10 F20

F ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

in

Reteste (P)

VE F5 F10 F20

C ♀

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5

%TA

V -

2m

inTreino (P)

VE F5 F10 F20

A ♀

# 3 5 #

3 5

Figura 15. Efeitos do tratamento com veículo (VE) ou fluoxetina (F, 5, 10 e 20 mg/kg), no aprendizado e memória na esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado no experimento 4, considerando-se as fases do ciclo estral (Proestro: P, Estro: E). Média ± SE para %TAV em blocos de dois minutos nas sessões de treino, teste e reteste. ANOVA de medidas repetidas, com comparação dos blocos com correção de Bonferroni: #p < 0.05 comparando aos outros blocos de minutos (quando específico para alguns blocos, está identificado pelo número do bloco ao qual foi estatisticamente significativa a diferença).

Page 122: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

122

Experimento tratamento pré-treino

Grupos Avaliação de risco BA (n) Avaliação de risco BA (tempo)

Treino Teste Reteste Treino Teste Reteste

ANOVA 3 vias (Ciclo estral X Tratamento X Sessões) ANOVA 2 vias (Ciclo estral X Tratamento - ♀ ou Tratamento X Sessão - ♂)

VE P 7.9 ± 1.4e m d 7.4 ± 1.7 4.6 ± 0.9 12.1 ± 2.4e m 13.2 ± 4.0 7.3 ± 1.3 VE E 4.7 ± 1.0 7.5 ± 2.3 7.2 ± 1.7m d 8.2 ± 2.8 13.9 ± 4.1 13.0 ± 5.1p m d

VE M 2.8 ± 1.2p e 1.8 ± 0.6p e 1.5 ± 0.8p e 3.9 ± 1.9 2.5 ± 1.0 1.6 ± 0.9 VE D 3.6 ± 1.2 3.0 ± 0.8 1.1 ± 0.6 6.3 ± 2.7 3.4 ± 1.3 1.2 ± 0.7 VE Machos 19.9 ±3.1 15.1 ± 2.3 23.3 ± 2.6# b 20.8 ± 4.3 14.7 ± 2.7# 32.0 ± 4.2# b F5 P 5.1 ± 1.9 e m d 2.0 ± 0.6 3.1 ± 1.2 10.3 ± 3.9e m 3.2 ± 0.9 2.8 ± 1.3 F5 E 2.6 ± 0.5 2.2 ± 0.8 6.8 ± 1.0m d 3.6 ± 0.9 2.6 ± 0.8 13.0 ± 2.8p m d F5 M 2.7 ± 0.9 p e 4.3 ± 1.1 p e 3.7 ± 1.5 p e 4.3 ± 1.3 8.3 ± 2.8 8.6 ± 3.7 F5 D 3.7 ± 0.8 4.8 ± 1.6 5.3 ± 1.5 5.2 ± 1.0 9.0 ± 3.2 8.1 ± 2.5 F5 Machos 10.6 ± 2.8 18.2 ± 2.7 22.8 ± 3.2# b 10.1 ± 2.1 18.6 ± 4.9 26.9 ± 4.7# b F10 P 5.2 ± 1.5 e m d 4.8 ± 1.4 4.0 ± 2.2 9.7 ± 3.2e m 6.4 ± 2.1 7.1 ± 3.8 F10 E 2.5 ± 0.7 8.0 ± 2.8 7.0 ± 1.4m d 2.2 ± 0.7 12.0 ± 3.6 18.0 ± 3.5p m d F10 M 5.5 ± 1.7 p e 3.6 ± 1.9 p e 3.1 ± 1.1 p e 10.7 ± 3.6 8.2 ± 5.1 3.9 ± 1.5 F10 D 3.3 ± 1.0 7.0 ± 2.2 5.0 ± 1.4 6.1 ± 1.8 16.0 ± 6.5 9.0 ± 2.9 F10 Machos 7.3 ± 2.8 20.5 ± 4.0 28.1 ± 2.4# b 6.1 ± 2.0 21.7 ± 5.8 46.1 ± 11.2# b F20 P 8.3 ± 4.3 e m d 2.7 ± 0.9 5.8 ± 3.4 17.3 ± 9.8e m 4.6 ± 2.0 7.3 ± 4.8 F20 E 2.4 ± 0.7 4.4 ± 0.6 9.8 ± 1.9m d 5.7 ± 1.9 7.0 ± 1.5 17.4 ± 4.7p m d F20 M 2.6 ± 0.8 p e 5.1 ± 2.1 p e 4.5 ± 1.6 p e 4.0 ± 1.4 10.1 ± 5.5 7.7 ± 3.5 F20 D 3.1 ± 0.9 9.6 ± 1.6 4.9 ± 1.6 9.5 ± 3.5 20.2 ± 4.4 8.5 ± 3.0 F20 Machos 8.9 ± 2.3 15.5 ± 2.5 25.5 ± 5.5# b 7.9 ± 2.1 17.8 ± 4.5 40.6 ± 9.0# b

Tratamento X Sessões

VE 4.6 ± 0.7 4.5 ± 0.8 3.2 ± 0.6 7.4 ± 1.3 7.4 ± 1.6 4.9 ± 1.3 F5 3.7 ± 0.5 3.7 ± 0.6 4.4 ± 0.7 6.3 ± 1.1 6.5 ± 1.3 7.6 ± 1.5 F10 4.3 ± 0.7 5.7 ± 1.1 4.4 ± 0.8 7.7 ± 1.4 10.9 ± 2.6 8.0 ± 1.5 F20 4.0 ± 1.0 5.8 ± 0.9 5.9 ± 1.0 8.9 ± 2.4 11.3 ± 2.3 9.6 ± 2.0

Experimento tratamento pós-treino

Grupos Avaliação de risco BA (n) Avaliação de risco BA (tempo)

Treino Teste Treino Teste

Ciclo estral X Tratamento X Sessões

VE P 16.4 ± 1.6e 21.9 ± 4.9e 20.9 ± 3.3e 20.9 ± 3.5e 17.6 ± 4.0e 19.0 ± 4.5e VE E 13.1 ± 5.4 10.9 ± 5.0 14.7 ± 3.6 10.4 ± 3.5 8.2 ± 3.7 12.3 ± 3.1 F5 P 19.3 ± 3.7e 24.3 ± 7.5e 29.0 ± 4.0e 15.5 ± 3.8e 19.2 ± 5.7e 16.6 ± 3.0e F5 E 11.3 ± 5.0 14.2 ± 5.3 25.8 ± 6.8 9.4 ± 5.6 12.6 ± 4.4 20.7 ± 5.1 F10 P 23.3 ± 5.6e 16.3 ± 4.0e 15.2 ± 4.9e 18.6 ± 4.0e 14.9 ± 6.9e 12.2 ± 2.4e F10 E 14.3 ± 6.5 17.7 ± 8.0 18.3 ± 5.0 10.5 ± 5.0 15.1 ± 5.5 14.1 ± 4.4 F20 P 19.8 ± 3.0e 15.8 ± 3.3e 20.7 ± 3.1e 23.2 ± 5.3e 16.0 ± 3.7e 16.8 ± 4.7e F20 E 15.6 ± 4.9 14.7 ± 5.3 13.5 ± 3.6 11.2 ± 4.0 13.3 ± 5.0 8.6 ± 2.7

Tratamento X Sessões

VE 14.8 ± 2.7 16.4 ± 3.7 17.8 ± 2.5 15.7 ± 2.8 12.9 ± 2.9 15.7 ± 2.8 F5 15.3 ± 3.2 19.3 ± 4.6 27.4 ± 3.8 12.4 ± 3.3 15.9 ± 3.6 18.6 ± 2.9 F10 18.8 ± 4.3 17.0 ± 4.3 16.8 ± 3.4 14.5 ± 3.3 15.0 ± 4.2 13.2 ± 2.4 F20 16.7 ± 2.9 14.7 ± 3.0 17.1 ± 2.5 16.4 ± 3.7 14.7 ± 3.0 12.7 ± 2.9

Experimento tratamento pré-teste

Grupos Avaliação de risco BA (n) Avaliação de risco BA (tempo)

Treino Teste Treino Teste

Ciclo estral X Tratamento X Sessões

VE P 21.3 ± 4.4b 19.3 ± 2.6 14.3 ± 2.8b 20.2 ± 6.1b 21.7 ± 6.1 18.6 ± 5.8b VE E 21.1 ± 4.5b 19.1 ± 2.7 27.9 ± 7.3b 21.4 ± 6.0b 17.0 ± 2.9 27.3 ± 6.9b F5 P 16.5 ± 3.0b 14.7 ± 4.5 18.0 ± 3.8b 17.5 ± 4.4b 13.8 ± 4.2 24.0 ± 8.0b F5 E 18.0 ± 5.6b 12.2 ± 4.0 19.2 ± 4.8b 19.0 ± 6.8b 12.9 ± 4.9 17.8 ± 5.4b F10 P 26.3 ± 7.3b 10.7 ± 4.5 20.3 ± 5.8b 30.8 ± 10.8b 10.4 ± 4.2 18.9 ± 5.5b F10 E 16.8 ± 3.6b 8.8 ± 2.2 22.8 ± 3.8b 17.3 ± 4.0b 11.6 ± 5.3 24.3 ± 7.1b F20 P 25.5 ± 4.6* b 7.2 ± 2.0* 20.0 ± 4.2* b 19.9 ± 2.0* b 8.5 ± 3.9* 15.2 ± 2.8* b F20 E 17.2 ± 4.0* b 1.2 ± 0.5* 13.0 ± 2.6* b 12.6 ± 2.0* b 1.6 ± 1.0* 12.6 ± 2.1* b

Tratamento X Sessões

VE 18.8 ± 2.9 20.0 ± 2.0 22.6 ± 4.7 17.7 ± 4.1 20.7 ± 3.7 25.0 ± 5.0 F5 17.3 ± 3.0 13.4 ± 2.9 18.6 ± 2.9 18.2 ± 3.9 13.3 ± 3.1 20.9 ± 4.7 F10 21.8 ± 4.2 9.8 ± 2.4* 21.6 ± 3.3 24.0 ± 5.9 11.0 ± 3.2 21.6 ± 4.3 F20 21.3 ± 3.2 4.2 ± 1.3* 16.5 ± 2.6 16.2 ± 1.7 5.0 ± 2.2* 13.9 ± 1.7

Page 123: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

123

Tabela 1. Efeitos do tratamento com veículo (VE) ou fluoxetina (F, 5, 10 e 20 mg/kg), em comportamentos tipo-ansiosos na esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado nos experimentos 1 (fêmeas, pré-treino), 2 (machos, pré-treino), 3 (fêmeas, pós-treino) e 4 (fêmeas, pré-teste), considerando-se as fases do ciclo estral (Proestro: P, Estro: E, Metaestro: M e Diestro: D). Média ± SE para frequência (n) e tempo (s) em comportamento de avaliação de risco nos braços abertos (BA) nas sessões de treino, teste e reteste. ANOVAs seguidas de post hocs Sidak ou Dunnett de acordo com a variável: *p < 0.05 comparando ao veículo; #p < 0.05 comparado à sessão de treino; bp < 0.05 comparado a sessão teste; pp < 0.05 comparando ao P; ep < 0.05 comparando ao E; mp < 0.05 comparando ao M; dp < 0.05 comparando ao D.

Page 124: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

124

5. Considerações finais

Devido à demora no tempo de resposta do início do tratamento para o início

da melhora dos sintomas depressivos é que grande parte dos estudos investiga

os efeitos da administração crônica (Santarelli et al., 2003). Os estudos também

tendem a averiguar em tratamentos crônicos a reversão de possíveis déficits

cognitivos (Yaffe, 1999; Ravnkilde, 2002; Phelps e LeDoux, 2005; Pardo, 2006).

A importância desses estudos é inegável, contudo ainda é pequeno o número de

estudos envolvendo os efeitos da fluoxetina nas diversas etapas das memórias.

Apesar de saber-se que a percepção de indivíduos com depressão pode

estar alterada (Beck, 1967; 1991; Willner et al., 2013) e, dessa forma,

retroalimentar a persistência de memórias aversivas, poucos são os estudos que

investigam as alterações causadas pela fluoxetina nessas etapas de memória.

Num geral, a maioria dos experimentos focam na extinção de memórias de medo,

mas nem sempre é possível uma extinção dessas memórias. Estudos indicam a

necessidade da combinação de terapias psicofarmacológicas e psicoterapias para

uma maior eficiência dos efeitos dos antidepressivos (Karpova et al., 2011). E, em

alguns casos, a extinção de uma memória é inviável ou indesejado, uma

reconsolidação, através da ressignificação e utilização de terapias de exposição

(Beck, 1991; Knapp and Caminha, 2003) pode ser a opção mais viável para lidar

com memórias aversivas.

Para uma terapia comportamental mais eficaz o tratamento

psicofarmacológico associado deve ser adequado ao seu propósito. Normalmente

os efeitos diretos da ação do fármaco são a parte mais conhecida; a farmacologia

e farmacocinética das drogas não necessariamente explicam os efeitos num

organismo. Para a investigação dos efeitos no organismo é necessário avaliar

aspectos específicos, relacionados com a psicopatologia.

Page 125: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

125

Essa investigação deve englobar os aspectos a serem tratados e a

população onde esse fármaco será administrado. Mulheres são duas vezes mais

afetadas por depressão e transtornos de ansiedade que homens (APA, 2013;

Monleón et al., 2002; Lebrón-Milad et al., 2013). Os fármacos mais receitados para

esses tratamentos são os antidepressivos (Marks et al., 1998; Brunello et al.,

2001; Nestler et al., 2002; Dulawa et al, 2004; Nandam et al., 2007; Dunlop e

Davis, 2008; Lebrón-Milad et al., 2013). Um dos sintomas recorrentes está

relacionado a alterações na memória (Nestler et al., 2002). Apesar disso,

mulheres ainda recebem prescrições de fármacos para melhora de sintomas que

elas possuem, mas que não foram investigados em fêmeas, então não se tem

certeza de atingir o objetivo proposto.

Ainda assim, a fluoxetina é um dos antidepressivos de primeira linha para

o tratamento de depressão e transtornos de ansiedade (Haber et al., 2013).

Apesar disso, são poucos os estudos investigando os efeitos desse fármaco em

aspectos de memória, um dos sintomas mais recorrentes da depressão e que tem

o potencial de retroalimentar o processo depressivo, em mulheres ou fêmeas

(Melo et al., 2012). E são ainda mais escassos os que fazem essa investigação

utilizando-se de uma investigação dos efeitos nas fases do ciclo (Lebrón-Milad et

al., 2013).

Nossos resultados indicam para uma grande importância com relação à

separação das fases do ciclo hormonal para a avaliação da dose e o esquema de

tratamento combinado com a psicoterapia. Aparentemente, o momento de início

pode agir de forma a não alterar a persistência de uma memória aversiva, mas

piorar os sintomas depressivos, caso do grupo proestro. Ou ainda, pode depender

da dose para melhorar a persistência de uma memória, caso do estro tratado com

fluoxetina 5 mg. Ou ainda, provocar um início de extinção de uma memória através

Page 126: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

126

de reexposição ao contexto da memória, como aconteceu com o grupo diestro

tratado com 20 mg.

A fase de aquisição da memória aversiva parece ter uma grande influência

para a alteração posterior dessa memória. Já a consolidação das memórias

parece ser menos afetada pelo efeito do tratamento. E a evocação passa,

novamente, a ser afetada pelo tratamento. De forma geral, nossos resultados

apontam para a necessidade de investigações dos efeitos dos tratamentos com

fluoxetina nas etapas da memória e nas fases do ciclo hormonal, pois todas essas

variáveis parecem influenciar nos efeitos do fármaco.

Por fim, deve-se destacar que encontramos um aumento dos

comportamentos tipo-ansioso e tipo-depressivo em animais tratados agudamente

com fluoxetina, os quais variaram também de acordo com a fase do ciclo estral.

Somados aos resultados encontrados para a memória, aponta-se para a

possibilidade de importantes efeitos colaterais cognitivos e emocionais que

possam surgir agudamente, independente do efeito benéfico do tratamento

prolongado com este antidepressivo, os quais podem variar com o sexo e a fase

do ciclo hormonal.

Page 127: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

127

Referências

Aia, P. G., Revuelta, G. J., Cloud, L. J., Factor, S. A. 2011. Tardive Dyskinesia.

Curr Treat Options Neurol, Mar 3.

Aguiar CC, Castro TR, Carvalho AF, Vale OC, Sousa FC, Vasconcelos SM.

Drogas Antidepressivas. Acta Med Port 2011; 24: 091-098.

American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual Of Mental

Disorders (DSM-5). American Psychiatric Publishing, Fifth Edition. 2013.

Andreano J, Cahill L. Sex influences on the neurobiology of learning and memory.

Learning & memory (Cold Spring Harbor, N.Y.) 2009; 16, 4: 248-266.

Arantes-Gonçalves, F. & Coelho, R. 2006. Depression and treatment. Apoptosis,

neuroplasticity and antidepressants. Acta Médica Portuguesa. v.19, p.9-20.

Barros, H. M. T. & Ferigolo, M. 1998. Ethopharmacology of imipramine in the

forced-swimming test: gender differences. Neuroscience and Biobehavioral

Reviews 23 279–286.

Bear MF, Connors BW, Paradiso MA. Neuroscience: exploring the brain.3rd edition.

2007 Lippincott Williams & Wilkins.

Beck AT. Depression: Clinical experimental and theoretical aspects. New York:

Harper & Row (1967).

Page 128: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

128

Beck AT. Cognitive therapy: a 30-year retrospective. American Psychologist april

1991 Vol. 46, No. 4, 368-375.

Bekker MHJ, van Mens-Verhulst J. Anxiety disorders: sex differences in

prevalence, degree,

and background, but gender-neutral treatment. Gend Med 2007;4:S188–93.

Benfenati F. Synaptic plasticity and the neurobiology of learning and memory.

ACTA BIOMED 2007; 78; Suppl 1: 58-66.

Bigos, K.L., Pollock, B.G., Stankevich, B.A., Bies, R.R. Sex differences in the

pharmacokinetics and pharmacodynamics of antidepressants: an updated review.

Gend Med. Dec;6(4):522-43. Review. Nature 465 10 June 2009

Bland ST, Schmid MJ, Der-Avakian A, Watkins LR, Spencer RL, Maier SF.

Expression of c-fos and BDNF mRNA in subregions of the prefrontal cortex of male

and female rats after acute uncontrollable stress. Brain Research 1051 (2005) 90

– 99.

Bremner JD, Narayan M, Anderson ER, Staib LH, Miller HL, Charney DS.

Hippocampal volume reduction in major depression. Am J Psychiatry 2000;

157:115–117.

Page 129: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

129

Brunello N, Davidson JR, Deahl M, Kessler RC, Mendlewicz J, Racagni G, et al.

Posttraumatic stress disorder: diagnosis and epidemiology, comorbidity and social

consequences, biology and treatment. Neuropsychobiology 2001;43(3):150–62.

Castañé A, Kargieman L, Celada P, Bortolozzi A, Artigas F. 5-HT2A receptors are

involved in cognitive but not antidepressant effects of fluoxetine. European

Neuropsychopharmacology (2015) 25, 1353–1361.

Charoenphandhu J, Teerapornpuntakit J, Nuntapornsak A, Krishnamra N,

Charoenphandhu N. Anxiety-like behaviors and expression of SERT and TPH in

the dorsal raphé ofestrogen- andfluoxetine-treated ovariectomized rats.

Pharmacology biochemistry and behavior 98(4):503-10 · march 2011.

Cooke SF, Bear MF. How the mechanisms of long-term synaptic potentiation and

depression serve experience-dependent plasticity in primary visual cortex. Phil.

Trans. R. Soc. B369:20130284. http://dx.doi.org/10.1098/rstb.2013.0284.2014.

Dalla, C., Pitychoutis, P.M., Kokras, N., Papadopoulou-Daifoti, Z. Sex Differences

in Animal Models of Depression and Antidepressant Response. Basic & Clinical

Pharmacology & Toxicology, 106, 226–233. 2009.

David DJ, Samuels BA, Rainer Q, Wang JW, Marsteller D, Mendez I, Drew M,

Craig DA, Guiard BP, Guilloux JP, Artymyshyn RP, Gardier AM, Gerald C,

Antonijevic IA, Leonardo ED, Hen R. Behavioral effects of fluoxetine in an animal

model of anxiety/depression are mediated by both neurogenesis-dependent and

independent mechanisms. Neuron. 2009 May 28; 62(4): 479–493.

Page 130: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

130

Delgado PL, Charney DS, Price LH, Aghajanian GK, Landis H, Heninger GR.

Serotonin function and the mechanism of antidepressant action: reversal of

antidepressant-induced remission by rapid depletion of plasma tryptophan. Arch

Gen Psychiatry 1990;47:411–8.

Delgado PL, Price LH, Miller HL, Salomon RM, Licinio J, Krystal JH, Heninger GR,

Charney DS. Rapid serotonin depletion as a provocative challenge test for patients

with major depression: relevance to antide- pressant action and the neurobiology

of depression. Psychopharmacol Bull 1991;27:321–30.

Delgado PL, Price LH, Miller HL, Salomon RM, Aghajanian GK, Heninger GR,

Charney DS. Serotonin and the neurobiology of depres- sion: effects of tryptophan

depletion in drug-free depressed patients. Arch Gen Psychiatry 1994;51:865–74.

Delgado PL, Miller HL, Salomon RM, Licinio J, Krystal JH, Moreno FA, Heninger

GR, Charney DS. Tryptophan-depletion challenge in de- pressed patients treated

with desipramine or fluoxetine: implications for the role of serotonin in the

mechanism of antidepressant action. Biol Psychiatry 1999;46:212–20.

Deltheil T, Guiard BP, Cerdan J, David DJ, Tanaka KF, Repérant C, Guilloux JP,

Coudoré F, Hen R, Gardier AM. Behavioral and serotonergic consequences of

decreasing or increasing hippocampus brain-derived neurotrophic factor protein

levels in mice. Neuropharmacology 55 (2008) 1006–1014.

Page 131: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

131

Ding J, Han F, Shi Y. Single-prolonged stress induces apoptosis in the amygdala

in a rat model of post-traumatic stress disorder. Journal of Psychiatric Research

44 (2010) 48–55.

Drapier D, Bentué-Ferrer D, Laviolle B, Millet B, Allain H, Bourin M, et al. Effects

of acute fluoxetine, paroxetine and desipramine on rats tested on the elevated

plus-maze. Behav Brain Res 2007;176:202–9.

Drevets, W. 2001. Neuroimaging and neuropathological studies of depression:

implications for the cognitive-emotional features of mood disorders. Current

Opinion in Neurobiology, 11:240–249.

Dulawa SC, Holick KA, Gundersen B, Hen R. Neuropsychopharmacology

2004;29:1321.

Dunlop BW, Davis PG. Combination treatment with benzodiazepines and SSRIs

for comorbid anxiety and depression: a review. Prim Care Companion J Clin

Psychiatry 2008;10:222–8.

Falls WA, Miserendino MJ, Davis M. Extinction of fear-potentiated startle: blockade

by infusion of an NMDA antagonist into the amygdala. J Neurosci 1992;12:854–

863.

Farrell MR, Sengelaub DR, Wellman CL. Sex differences and chronic stress effects

on the neural circuitry underlying fear conditioning and extinction. Physiology &

Behavior 122 (2013) 208–215.

Page 132: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

132

Fava M, Kendler KS. 2000. Major Depressive Disorder, Neuron, Vol. 28, 335–341,

November.

Favero M, Cangiano A, Busetto G. Hebb-Based Rules of Neural Plasticity: Are

They Ubiquitously Important for the Refinement of Synaptic Connections in

Development? The Neuroscientist 2014, Vol. 20(1) 8 –14.

Freis, E. D. 1954. Mental depression in hypertensive patients treated for long

periods with large doses of reserpine. N Engl J Med. Dec 16;251(25):1006-8.

Freud, S. Recordar, repetir e elaborar. 1914, reediction of 1976.

Friedman L. A renaissance for Freud's papers on technique. Psychoanal Q

2008;77:1031–44.

Furini C, Myskiw J, Izquierdo I. The learning of fear extinction. Neuroscience and

Biobehavioral Reviews 47 (2014) 670–683.

Garcia-Vendugo JM, Doetsch F, Wichterle H, Lim DA. 1998. Architecture and cell

types of the adult subventricular zone: in search of the stem cells. J Neurobiol.

Aug;36(2):234-48.

Goldstein JM, Seidman LJ, Horton NJ, Makris N, Kennedy DN, Caviness VS,

Faraone SV, Tsuang MT. Normal sexual dimorphism of the adult human brain

Page 133: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

133

assessed by in vivo magnetic resonance imaging. Cerebral Cortex Jun

2001;11:490–497; 1047–3211.

Gould E, Beylin A, Tanapat P, Reeves A, Shors TJ. 1999. Learning enhances adult

neurogenesis in the hippocampal formation, nature neuroscience, v. 2 no 3, march.

Gould E, Gross CG. 2002. Neurogenesis in adult mammals: some progress and

problems. J Neurosci. Feb 1;22 (3):619-23.

Gisquet-Verrier P, Lynch III JF, Cutolo P, Toledano D, Ulmen A, Jasnow AM,

Riccio DC. Integration of New Information with Active Memory Accounts for

Retrograde Amnesia: A Challenge to the Consolidation/Reconsolidation

Hypothesis? The Journal of Neuroscience, August 19, 2015 • 35(33):11623–

11633.

Graham BM, Milad MR. Blockade of Estrogen by Hormonal Contraceptives Impairs

Fear Extinction in Female Rats and Women. Biol Psychiatry 2013;73:371–378.

Guay, D. R. 2010. Tetrabenazine, a monoamine-depleting drug used in the

treatment of hyperkinetic movement disorders. Am J Geriatr Pharmacother.

Aug;8(4):331-73.

Haber SN, Safadi Z, Milad MR. Meeting report: "Depression and Anxiety Spectrum

disorders: from basic science to the clinic and back". Biology of Mood & Anxiety

Disorders 2013, 3:6. http://www.biolmoodanxietydisord.com/content/3/1/6

Page 134: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

134

Han F, Xiao B, Wen L, Shi Y. Effects of fluoxetine on the amygdala and the

hippocampus after administration of a single prolonged stress to male Wistar rates:

In vivo proton magnetic resonance spectroscopy findings. Psychiatry Research:

Neuroimaging 232 (2015) 154–161.

Harmer, C. J., Goodwin, G. M., Cowen, P. J. 2009. Why do antidepressants take

so long to work? A cognitive neuropsychological model of antidepressant drug

action, The British Journal of Psychiatry 195, 102–108.

Harmer, C.J. 2010. Antidepressant drug action: a neuropsychological perspective.

Depression and Anxiety 27: 231–233.

Kalueff, A. V. 2007. Neurobiology of Memory and Anxiety: From Genes to

Behavior. Neural Plasticity. p.1-12.

Kandel E. The Biology of Memory: A Forty-Year Perspective. The Journal of

Neuroscience, October 14, 2009 • 29(41):12748–12756 40th.

Karpova NN, Pickenhagen A, Lindholm J, Tiraboschi E, Kulesskaya N,

Agustsdottir A, Antila H, Popova D, Akamine Y, Bahi A, Sullivan R, Hen R, Drew

LJ, Castren E. Fear erasure in mice requires synergy between antidepressant

drugs and extinction training. Science, 334 (2011), pp. 1731–1734.

Kloet, E. Ron de, Jöels, M., Holsboer, F. 2005. Stress and the brain: from

Adaptation to disease. Nature Reviews Neuroscience, Volume 6, June, 463.

Page 135: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

135

Kim AM, Tingen, CM, Woodruff TK. Sex bias in trials and treatment must end.

OPINION NATURE Vol 465 10 June 2010.

Knapp P, Caminha RM. Terapia cognitiva do transtorno de estresse pós-

traumático. Rev Bras Psiquiatr 2003;25(Supl I):31-6.

Krishnan V, Nestler EJ. The molecular neurobiology of depression. Nature Vol 455

16 October 2008.

Leal G, Afonso PM, Salazar IL, Duarte CB. Regulation of hippocampal synaptic

plasticity by BDNF. Brain Research Volume 1621, 24 September 2015, Pages 82–

101 Brain and Memory: Old Arguments and New Perspectives.

Lebrón-Milad K, Tsareva A, Ahmed N, Milad MR. Sex differences and estrous

cycle in female rats interact with the effects of fluoxetine treatment on fear

extinction. Behav. Brain Res., 253 (2013), pp. 217–222.

Ledford H. First robust genetic links to depression emerge. Nature Vol 523 16 July

2015.

LeDoux JE. The Emotional Brain, Fear, and the Amygdala. Cellular and Molecular

Neurobiology, Vol. 23, Nos. 4/5, October 2003,

LeDoux JE., 2014. Coming to terms with fear. Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 111,

2871–2878.

Page 136: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

136

Lipsky RH, Marini AM. Brain-derived neurotrophic factor in neuronal survival and

behavior-related plasticity. Ann. N.Y. Acad. Sci. 1122: 130–143 (2007).

Li Q, Sullivan NR, McAllister CE, Van de Kar LD, Muma NA. Estradiol accelerates

the effects of fluoxetine on serotonin 1A receptor signaling.

Psychoneuroendocrinology. 2013 Jul;38(7):1145-57.

Li X, Han F, Liu D, Shi Y. Changes of Bax, Bcl-2 and apoptosis in hippocampus in

the rat model of post-traumatic stress disorder. Neurological Research 2010 VOL

32 NO 6 579.

Lisman J, Grace AA, Duzel E. A neoHebbian framework for episodic memory; role

of dopamine-dependent late LTP. Trends in Neurosciences, October 2011, Vol.

34, No. 10. Special Issue: Hippocampus and Memory.

Madeira MD, Lieberman AR. Sexual dimorphism in the mammalian limbic system.

Progress in Neurobiology Vol. 45, pp. 275 to 333, 1995.

Mahan AL, Ressler KJ. Fear conditioning, synaptic plasticity and the amygdala:

implications for posttraumatic stress disorder. Trends in Neurosciences, January

2012, Vol. 35, No. 1.

Mahendran R, Yap HL. Clinical practice guidelines for depression. Singapore Med

J 2005;46:610–5.

Page 137: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

137

Manji HK, Drevets WC, Charney, DS. The cellular neurobiology of depression.

Nature Med 7:541–547 2001.

Marks I, Lovell K, Noshirvani H, Livanou M, Thrasher S. Treatment of posttraumatic

stress disorder by exposure and/or cognitive restructuring. Arch Gen Psychiatry

1998;55:317–25.

McEwen BS. Protective and damaging effects of stress mediators: Central role of

the brain. Dialogues Clin Neurosci. 2006;8:367-381.

McEwen BS. Physiology and Neurobiology of Stress and Adaptation: Central Role

of the Brain. Physiol Rev 87: 873–904, 2007.

Melo TG, Izídio GS, Ferreira LS, Sousa DS, Macedo PT, Cabral A, Ribeiro AM,

Silva RH. Antidepressants differentially modify the extinction of an aversive

memory task in female rats. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2012

Apr 27;37(1):33-40.

Merlo E, Milton AL, Goozeé ZY, Theobald DE, Everitt BJ. Reconsolidation and

Extinction Are Dissociable and Mutually Exclusive Processes: Behavioral and

Molecular Evidence. The Journal of Neuroscience, February 12, 2014 •

34(7):2422–2431.

Meyer JS, Quenzer LF. Psychopharmacology: Drugs, the Brain, and Behavior.

2005 by Sinauer Associates, Inc.

Page 138: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

138

Milad MR, Quirk GJ. Fear Extinction as a Model for Translational Neuroscience:

Ten Years of Progress. Annu. Rev. Psychol. 2012. 63:129–51.

Miller HL, Damell A, Cappiello A, Bemman R, Anand A, Charney DS. Serotonin

function and vulnerability to depression. Biol Psychiatry 1996;36(Suppl):528.

Miyamoto D, Iijima M, Yamamoto H, Nomura H, Matsuki N. Behavioural effects of

antidepressants are dependent and independent on the integrity of the dentate

gyrus. Int J Neuropsychopharmacol 2010;3:1-10.

Moreno RA, Moreno DH, Soares MBM. Psicofarmacologia de antidepressivos.

Rev Bras Psiquiatr Depressão – vol.21 – maio 1999.

Monfils, M. H., Cowansage, K. K., LeDoux, J. E. 2007. BDNF: linking fear learning

to memory consolidation. Molecular Pharmacology Fast Forward. p, mai.

Monleón S, Urquiza A, Arenas MC, Vinader-Caerols C, Parra A. Chronic

administration of fluoxetine impairs inhibitory avoidance in male but not female

mice. Behavioural Brain Research 136 (2002) 483-488.

Nandam LS, Jhaveri D, Bartlett P. 5-HT7, neurogenesis and antidepressants: a

promising therapeutic axis for treating depression. Clin Exp Pharmacol Physiol

2007;34:546–51.

Nestler EJ, Barrot M, DiLeone RJ, Eisch AJ, Gold SJ, Monteggia LM. Neurobiology

of depression. Neuron 2002;34:13–25.

Page 139: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

139

Nestler EJ, Carlezon-Jr WA. 2006. The Mesolimbic Dopamine Reward Circuit in

Depression. Biol Psychiatry 59:1151–1159.

Nishizawa S, Benkelfat C, Young Sn, Leyton M, Mzengeza S, De Montigny C, Blier

P, Diksic M. Differences between males and females in rates of serotonin synthesis

in human brain. Proc. Natl Acad. Sci. USA 94, 5308–5313 (1997).

Nur MM, Romano ME, Siqueira LM. Premenstrual Dysphoric Disorder in an

Adolescent Female. J Pediatr Adolesc Gynecol (2007) 20:201e204.

Paizanis E, Hamon M, Lanfumey L. Hippocampal neurogenesis, depressive

disorders, and antidepressant therapy. Neural Plast 2007;2007:1–7.

Palazidou E. The neurobiology of depression. British Medical Bulletin 2012; 101:

127–145.

Panegyres PK. The contribution of the study of neurodegenerative disorders to the

understanding of human memory. Q J Med 2004; 97:555–567.

Papakostas GI, Petersen T, Mahal Y, Mischoulon D, Nierenberg AA, Fava M.

Quality of life assessments in major depressive disorder: a review of the literature.

General Hospital Psychiatry 26 (2004) 13–17.

Pardo, J. V., Pardo, P. J., Humes, S. W., Posner, M. I. 2006. Neurocognitive

dysfunction in antidepressant-free, non-elderly patients with unipolar depression:

Page 140: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

140

Alerting and covert orienting of visuospatial attention. Journal of Affective

Disorders. v.92, p,71-78.

Park JM, Jung SC, Eun SY. Long-term Synaptic Plasticity: Circuit Perturbation and

Stabilization. Korean J Physiol Pharmacol Vol 18: 457- 460, December, 2014.

Pehrson AL, Leiser SC, Gulinello M, Dale E, Li Y, Waller JA, Sanchez C. Treatment

of cognitive dysfunction in major depressive disorder - a review of the preclinical

evidence for efficacy of selective serotonin reuptake inhibitors, serotonin-

norepinephrine reuptake inhibitors and the multimodal-acting antidepressant

vortioxetine. European JournalofPharmacology753(2015)19–31.

Phelps, E. A. & LeDoux, J. E. 2005. Contributions of the Amygdala to Emotion

Processing: From Animal Models to Human Behavior. Neuron, Vol. 48, 175–187,

October 20.

Power M. Mood disorders: a handbook of science and practice. ?2004 JohnWiley

& Sons Ltd.

Quervain DJF, Roozendaal B, McGaugh JL. Stress and glucocorticoids impair

retrieval of long-term spatial memory. Nature Vol 394 20 August 1998.

Quirk GJ, Pare D, Richardson R, Herry C, Monfils MH, Schiller D, Vicentic A.

Erasing Fear Memories with Extinction Training. The Journal of Neuroscience,

November 10, 2010 • 30(45):14993–14997.

Page 141: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

141

Ravnkilde, B., Videbech. P., Clemmensen, K., Egander, A., Rasmussen, N. A.

Rosenberg, R. 2002. Cognitive deficits in major depression. Scandinavian Journal

of Psychology. 43, 239–251.

Ritter P, Born J, Brecht M, Dinse HR, Heinemann U, Pleger B, Schmitz D,

Schreiber S, Villringer A, Kempter R. State-dependencies of learning across brain

scales. Frontiers in Computational Neuroscience. February 2015 Volume 9 Article

1.

Santarelli L, Saxe M, Gross C, Battaglia F, Dulawa S, Weisstaub N, et al.

Requirement of hippocampal neurogenesis for the behavioral effectc of

antidepressants. Science 2003;301:805–9.

Sen S, Nesse RM, Stoltenberg SF, Li S, Gleiberman L, Chakravarti A, Weder AB,

Burmeister M. A BDNF Coding Variant is Associated with the NEO Personality

Inventory Domain Neuroticism, a Risk Factor for Depression,

Neuropsychopharmacology 2003. 28, 397–401.

Setem J, Pinheiro AP, Motta VA, Morato S, Cruz APM. Ethopharmacological

Analysis of 5-HT Ligands on the Rat Elevated Plus-Maze. Pharmacology

Biochemistry and Behavior, Vol. 62, No. 3, pp. 515–521, 1999.

Sihra TS, Flores G, Rodriguez-Moreno A. Kainate Receptors: Multiple Roles in

Neuronal Plasticity. The Neuroscientist 2014, Vol. 20(1) 29 –43.

Page 142: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

142

Siuciak JA, Lewis DR, Wiegand SJ, Lindsay RM. Antidepressant-like effect of

brain-derived neurotrophic factor (BDNF). Pharmacology Biochemistry and

Behavior, Vol. 56, No. 1, pp. 131–137, 1997.

Soliman, F. et al. (2010) Agenetic variantBDNFpolymorphism alters extinction

learning in both mouse and human. Science 327, 863–866.

Spatz HC. Hebb's concept of synaptic plasticity and neuronal cell assemblies.

Behavioural Brain Research 78 (1996) 3-7.

Tian, J. S., Cui, Y. L., Hu, L. M., Gao, S., Chi, W., Dong, T. J., Liu, L.P. 2010.

Antidepressant-like effect of genipin in mice. Neurosci Lett. Aug 2;479(3):236-9.

Wilson, M. A., & Roy, E. J. 1986. Pharmacokinetics of imipramine are affected by

age and sex in rats. Life Sci. Feb 24;38(8):711-8.

Willner P, Scheel-Krüger J, Belzung C. The neurobiology of depression and

antidepressant action. Neuroscience and Biobehavioral Reviews 37 (2013) 2331–

2371.

World Health Organization (WHO). Depression. Fact sheet N°369. October 2012.

http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs369/en/

Yaffe, K., Blackwell, T, Gore, R, Sands, L, Reus, V, Browner, W. S. 1999.

Depressive symptons and cognitive decline in nondemented elderly women. A

prospective study. Archives of General Psychiatry. v.56, p.425-430.

Page 143: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

143

Zanardi R, Rossini D, Magri L, Malaguti A, Colombo C, Smeraldi E. Response to

SSRIs and role of the hormonal therapy in post-menopausal depression. European

Neuropsychopharmacology (2007) 17, 400–405.

Zucker, I. & Beery, A. K. 2010. Males still dominate animal studies. Nature. Jun

10;465(7299):690.

Page 144: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

144

Anexos

Page 145: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

145

, 04 de abril de 2016 CEUA N 9309030216

IImo(a). Sr(a). Pesquisador(a): Regina Helena Da Silva

Depto/Disc: Farmacologia Regina Helena Da Silva (orientador) Título do projeto: "INFLUÊNCIA DO SEXO E DO CICLO HORMONAL NOS EFEITOS DA FLUOXETINA NA

MEMÓRIA E ANSIEDADE EM RATOS". 2ª Via da carta de aprovação, com atualização de número de

animais emitida em 04 de abril de 2016. Parecer Consubstanciado da Comissão de Ética no Uso de Animais UNIFESP/HSP (2ª via)

Os antidepressivos possuem um padrão distinto de efeitos sobre a ansiedade, a memória e os sintomas

depressivos. Enquanto os principais sintomas depressivos só vão minimizar após algumas semanas de

tratamento, os efeitos na ansiedade e na memória podem aparecer agudamente. Alguns estudos mostram

que os efeitos da fluoxetina, principal antidepressivo utilizado na clínica, podem estar envolvidos com a ação

de hormônios sexuais femininos. Estudos com animais de laboratório fêmeas que pudesse esclarecer essa

questão são escassos, e o presente estudo verificará os efeitos da fluoxetina em fêmeas separadas pela fase

do seu ciclo estral, investigando aspectos comportamentais (memória e ansiedade), neuronais e hormonais

desses efeitos.

ANIMAIS - Serão utilizados: - 40 Ratos heterogênicos Wistar, Machos, Peso: 250g, idade: 3 meses - 240 Ratos heterogênicos Wistar, Fêmeas, Peso: 200, idade: 3 meses Proced ência: CEDEME Manutenção: Laboratório de Experimentação Animal Leal Prado VIG ÊNCIA DO ESTUDO: Início previsto para: 03/2016 com término

previsto para: 02/2017 A Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal de São Paulo/Hospital São Paulo, na reunião

de 07/03/2016, ANALISOU e APROVOU todos os procedimentos apresentados neste protocolo. 1. Comunicar toda e qualquer alteração do protocolo. 2. Comunicar imediatamente ao Comitê qualquer evento adverso ocorrido durante o desenvolvimento do

protocolo. 3. Os dados individuais de todas as etapas da pesquisa devem ser mantidos em local seguro por 5 anos para possível auditoria dos órgãos competentes. 4. Relatórios parciais de andamento deverão ser enviados

anualmente à CEUA até a conclusão do protocolo.

Rua Botucatu, 572, 1º andar conjunto 14 CEP 04023-061 São Paulo - tel: 55 (11) 5571-1062 / fax: 55 (11) 5539-7162 : e-mail:[email protected] CEUA Nº

9309030216

Page 146: Influência do sexo e do ciclo hormonal nos efeitos agudos ... · indivíduos de segunda classe, independentemente de cor ou raça, para “decidir” algo? Absolutamente ninguém

146

PROTOCOLO N.º 017/2013

Professor/Pesquisador: REGINA HELENA DA SILVA

Natal (RN), 20 de agosto de 2013.

Prezado Professor/Pesquisador,

Vimos, através deste documento, informar que o projeto “INFLUÊNCIA DO

GÊNERO E DO CICLO HORMONAL NOS EFEITOS DA FLUOXETINA NA MEMÓRIA E

ANSIEDADE EM RATOS”, protocolo n° 017/2013, após análise das adequações, foi

considerado APROVADO por esta Comissão.

Informamos ainda que, segundo o Cap. 2, Art. 13 do Regimento, é função do

professor/pesquisador responsável pelo projeto a elaboração de relatório(s) de

acompanhamento que deverá(ão) ser entregue(s) dentro do(s) prazo(s) estabelecido(s)

abaixo:

- Relatório Final: JUNHO 2016 (30 dias após a conclusão do projeto).

Agradecemos a sua atenção e nos colocamos a disposição para eventuais

esclarecimentos.

Cordialmente,

UFRN – Campus Universitário – Centro de Biociências

Av. Salgado Filho, S/N – CEP: 59072-970 – Natal/RN e-mail: [email protected]

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

COMISSÃO DE ÉTICA NO USO DE ANIMAIS - - CEUA

John Fontenele Araujo Coordenador da CEUA