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Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de um Corpo de Bombeiros e suas Implicações Estudo realizado nos B. V. de Famalicão Dissertação apresentada com vista à obtenção do grau de Mestrado em ciências do Desporto, especialização na área de Gestão Desportiva, ao abrigo do Decreto-lei 216/92 de 13 de Outubro Orientador: Prof. Doutor Rui Garcia David Manuel Fernandes Dias Porto Outubro de 2006

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Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de um

Corpo de Bombeiros e suas Implicações

Estudo realizado nos B. V. de Famalicão

Dissertação apresentada com vista à obtenção do grau de Mestrado em ciências do Desporto, especialização na área de Gestão Desportiva, ao abrigo do Decreto-lei 216/92 de 13 de Outubro

Orientador: Prof. Doutor Rui Garcia

David Manuel Fernandes Dias

Porto

Outubro de 2006

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Ficha de catalogação:

Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na

Academia de Fitness num Corpo de Bombeiros e suas Implicações.

Estudo Realizado na Academia dos Bombeiros Voluntários de

Famalicão. Dissertação apresentada com vista à obtenção do grau

de Mestre em Ciências do Desporto, na área de especialização de

Gestão Desportiva. Faculdade de Ciências do Desporto e de

Educação Física – Universidade do Porto.

Palavras – Chaves: - Associação de Bombeiros Voluntários; Academia de

Fitness; Qualidade / Satisfação e Social/Económico.

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I

Pensamento

PTT

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II

Agradecimentos

Quero agradecer de forma muito sincera a todos aqueles que me apoiaram ao

longo da realização deste trabalho.

Assim:

Ao Prof. Doutor Rui Garcia, agradeço muito sinceramente pela atenção e

disponibilidade com que seguiu e orientou este trabalho.

O seu profissionalismo e dinâmica, fizeram de mim uma pessoa mais atenta e

reflexiva sobre actividade de gestão.

Aos meus pais, filhas (Ana e Joja) e Mizé, pelo constante amparo e

encorajamento, cujo amor e preocupação me ajudou a superar momentos de

desânimo e fadiga e ainda a compreensão pelo pouco tempo que lhes

disponibilizei durante todo este período de trabalho.

À Luísa e Mónica, pelo o incentivo e colaboração prestada, assim como pela

amizade demonstrada.

Ao Professor Doutor Pedro Sarmento, coordenador deste mestrado, pela forma

coerente e eficaz como procurou ajudar a resolver as dificuldades que se foram

colocando ao longo deste dois anos.

A todos os Professores do 7º Mestrado de Ciências do Desporto,

especialização em Gestão Desportiva, pelos conhecimentos transmitidos

durante a docência, nesta minha formação contínua.

À Direcção e Comando dos Bombeiros Voluntários de Famalicão, pela total

disponibilidade e colaboração demonstrada ao longo deste estudo sem o qual o

mesmo não teria sido possível de concretizar

À Filipa, Carlos e Heitor, pela ajuda prestada de várias formas para a

realização deste estudo.

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III

Índice Geral

Agradecimentos …………………………………………………………………. II

Índice Geral ……………………………………………………………………… III

Índice de Quadros ………………………………………………………………. V

Índice de Figuras ………………………………………………………………... VII

Índice de Anexos ………………………………………………………………... IX

Abreviaturas e Siglas …………………………………………………………… X

Resumo …………………………………………………………………………... XI

Abstract …………………………………………………………………………... XIII

Résumé …………………………………………………………………………... XV

Introdução .......................................................................................................... 1

1. Problemática em Estudo ............................................................................. 7

2. Enquadramento Teórico............................................................................ 11

2.1. Qualidade........................................................................................... 11

2.2. Breve nota histórica do conceito de qualidade................................... 16

2.3. Conceitos actuais de qualidade ......................................................... 19

2.4. Definição de normas de qualidade (ISO – 9000) ............................... 21

2.4.1. Modelo europeu de qualidade .................................................... 23

2.4.2. Sistema português de qualidade................................................. 24

2.4.3. Normas de qualidade dos centros desportivos ........................... 25

2.5. Medição e controlo de qualidade ....................................................... 28

2.5.1. Scale of Quality In Fitness Services............................................ 30

2.6. Garantia de qualidade nos centros desportivos ................................. 34

2.6.1. Atendimento ao cliente ............................................................... 34

2.6.2. Qualidade e satisfação dos clientes............................................ 36

2.6.3. Heterogeneidade ........................................................................ 40

2.7. Academia / Ginásio ............................................................................ 41

2.7.1. O Corpo ...................................................................................... 44

2.7.2. Saúde / Bem-Estar...................................................................... 46

2.7.3. Conceito de Lazer....................................................................... 48

2.7.4. O mercado do fitness.................................................................. 51

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IV

2.7.5. Enquadramento legal.................................................................. 53

2.7.6. Serviços Desportivos .................................................................. 56

2.7.7. Fidelização dos clientes.............................................................. 58

2.8. Gestão dos serviços desportivos ....................................................... 61

3. Associação de Bombeiros Voluntários de Famalicão ............................... 68

3.1. Associativismo ................................................................................... 68

3.2. Breve nota histórica sobre bombeiros de Portugal ............................ 70

3.3. Breve nota histórica sobre a Real Associação Humanitária de

Bombeiros Voluntários de V. N. de Famalicão ............................................. 72

4. Metodologia............................................................................................... 81

4.1. Introdução .......................................................................................... 81

4.2. Escolha da população e selecção da amostra................................... 82

4.3. Definição das variáveis ...................................................................... 84

4.4. Métodos e procedimentos na colheita de dados................................ 85

4.5. Procedimentos ................................................................................... 89

4.6. Método de “amostragem não – casual” (pré – teste) ......................... 91

4.7. Referências a aspectos éticos ........................................................... 92

5. Apresentação e Análise Dados ................................................................. 93

5.1. Caracterização demográfica .............................................................. 93

6. Discussão dos Resultados ........................................................................ 99

7. Conclusões ............................................................................................. 145

8. Recomendações ..................................................................................... 153

9. Bibliografia .............................................................................................. 155

10. Anexos …………………………………………………………… XVII

10.1 Anexo I – Caracterização Técnica ……………….. XVIII

10.2 Anexo II – Requerimento …………………………… XXXII

10.3 Anexo III – Tabela e introdução de GRAFFAR … XXXV

10.4 Anexo IV – Questionários ………………………….. XLIII

10.5 Anexo V – Tabelas ………………………………….. XLIV

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V

Índice de quadros Quadro 1: Distribuição por sexos…………………………………. 93

Quadro 2: Distribuição por idades………………………………… 94

Quadro 3: Distribuição por situação profissional………………. 95

Quadro 4: Distribuição por tempo de frequência………………. 95

Quadro 5: Distribuição por frequência de modalidades………. 96

Quadro 6: Distribuição de frequências por habil i tações……… 96

Quadro 7: Distribuição de frequências em ginásios. ………... 97

Quadro 8: Distribuição de frequências no KFCBVF. ………... 97

Quadro 9: Distribuição de frequências pela importância de

um ginásio……………………………………………………………….

98

Sexo

Quadro 10. Balneários……………. ………………………………… 100

Quadro 11. Recepção………………………………………………… 101

Quadro 12. Musculação Cardio ……………………………………. 103

Quadro 13. Aulas de Grupo………. ……………………………… 103

Quadro 14. Ginásio – Academia…. ……………………………… 105

Quadro 15. Recursos Humanos. …………………………………… 107

Idade

Quadro 16. Balneários…. …………………………………………. 109

Quadro 17. Musculação Cardio. …………………………………. 110

Quadro 18. Recepção…...…………………………………………… 112

Quadro 19. Recursos Humanos……………………………………. 113

Quadro 20. Aulas de Grupo…. …………………………………… 115

Quadro 21. Ginásio Academia……………………………………… 117

Socio-económico

Quadro 22. Balneários....……………………………………………. 120

Quadro 23. Recepção………………………………………………… 122

Quadro 24. Recursos Humanos……………………………………. 124

Quadro 25. Musculação Cardio…. ………………………………. 125

Quadro 26. Aulas de Grupo…………………………………………. 127

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VI

Quadro 27. Ginásio Academia. …………………………………….. 129

Tempo de frequência

Quadro 28. Balneários. ……………………………………………... 131

Quadro 29. Recepção………………………………………………… 133

Quadro 30. Recursos Humanos……………………………………. 135

Quadro 31. Musculação Cardio. …………………………………… 137

Quadro 32. Aulas Grupo. ……………………………………………. 139

Quadro 33. Ginásio – Academia. ………………………………….. 141

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VII

Índice de Figuras

Figura 1. - Modelo Europeu de qualidade ……………………… 24

Figura 2. - A Qualidade como um sistema nos Serviços de Fitness

Adaptado de Chang (1998) …....………………………………………...….

32

Figura 3. – Antecedentes e consequências da satisfação dos clientes

(Adaptado de Anderson & Fornell, 1994) …………………………………..

61

Figura 4. - Recursos para se atingir a Satisfação ………………………… 65

Figura 5. Primeiro corpo de Bombeiros Voluntários de

Famalicão……………………………………………………………….

73

Figura 6. Primeiro quartel dos Bombeiro Voluntários de

Famalicão. ……………………………………………………………..

73

Figura 7: Quartel actual dos Bombeiro Voluntários de

Famalicão ………………………………………………………………

76

Figura 8. Viatura de Emergências médica (INEM) ……………. 77

Figura 9. Equipamento de ataque a fogos urbanos…. ………. 77

Figura 10 e 11. Socorro de acidentados…………………. ……. 79

Figura 12. Fogo Florestal…………………………………………… 79

Apresentação e análise de Dados

Figura 13.Distribuição de % por sexos. …………………………………..... 93

Figura 14. Distribuição de % por idades……………………………………. 94

Figura 15: Distribuição de % por nível sócio – económico ……. ……… 95

Figura 16: Distribuição de % tempo de frequência…………………. …... 95

Figura 17. Distribuição de % por modalidades……………………………. 96

Figura 18. Distribuição de % por habilitações……………………………… 96

Figura 19. Distribuição de % por frequência noutras academias……… 97

Figura 20. Distribuição de % por frequência no KFCBVF……………. …. 97

Figura 21. Distribuição de % da importância do Ginásio………………… 98

Figura 22. Distribuição de % do grau de importância atribuído pelos

inquiridos. ………………………………………………………………………

98

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VIII

Discussão dos Resultados

Figura 23. Distribuição de respostas por sexo em B …………………. …. 100

Figura 24. Distribuição de respostas por sexo em R.………………….... 101

Figura 25. Distribuição de respostas por sexo em MC………………….... 103

Figura 26. Distribuição de respostas por sexo em AG……………………. 104

Figura 27. Distribuição de respostas por sexo em GA……………………. 105

Figura 28. Distribuição de respostas por sexo em RH……………………. 107

Figura 29. Distribuição de respostas por idade em B ……………. ……... 109

Figura 30. Distribuição de respostas por idade em MC…………………. 110

Figura 31. Distribuição de respostas por idade em R……………………. 112

Figura 32. Distribuição de respostas por idade em RH…………………… 113

Figura 33. Distribuição de respostas por idade em AG…………………… 115

Figura 34. Distribuição de respostas por idade em G/A……………. …… 118

Figura 35. Distribuição de respostas por nível socioeconómico em B …. 120

Figura 36. Distribuição de respostas por nível socioeconómico em R…. 122

Figura 37. Distribuição de respostas por nível socioeconómico em RH... 124

Figura 38. Distribuição de respostas por nível socioeconómico em MC. 126

Figura 39. Distribuição de respostas por nível socioeconómico em AG... 127

Figura 40. Distribuição de respostas por nível socioeconómico em G/A. 129

Figura 41. Distribuição de respostas por tempo de frequência em B…… 132

Figura 42. Distribuição de respostas por tempo de frequência em R…… 134

Figura 43. Distribuição de respostas por tempo de frequência em RH.... 135

Figura 44. Distribuição de respostas por tempo de frequência em MC.... 137

Figura 45. Distribuição de respostas por tempo de frequência em AG…. 139

Figura 46. Distribuição de respostas por tempo de frequência em G/A... 142

Figura 47. Distribuição de respostas por nível de importância…………... 143

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IX

Índice de Anexos

Anexo – I. Caracterização técnica da Real Associação Humanitária

dos Bombeiros Voluntários de V. N. de Famalicão ………………………

XIX

Caracterização do Ginásio (Korpos Fitness Clube Bombeiros

Voluntários de Famalicão) ………………………………………………. …

XXVII

Anexo – II. Requerimento solicitando o pedindo autorização para a

realização do trabalho ……………………………………………………….

XXXIII

Anexo – III. Introdução á tabela de Graffar e notas explicativas ……… XXXVI

Anexos – IV. Inquéritos aplicados aos utentes do KFCBVF:

- 1º Inquérito com questões de ordem demográfica e percepção de

qualidade – 2º inquérito com questões sobre o grau de satisfação dos

utentes. ………...……………………………………………………..............

XLIV

Anexos – V. Tabelas ……………………………………………………. … LXII

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X

Abreviaturas e Siglas

• B. V. – Bombeiros Voluntários

• B. V. F. - Bombeiros Voluntários de Famalicão

• RAHBVF – Real Associação Humanitária dos Bombeiros

Voluntários de Famalicão

• KFCBVF – Korpos Fitness Clube Bombeiros Voluntários de

Famalicão

• Fig. - Figura

• % - Por cento

• B – Balneários

• R – Recepção

• MC – Musculação e Cardiof i tness

• CF – Cardiof i tness

• AG – Aulas de Grupo

• RH – Recursos Humanos

• G/A – Ginásio / Academia

• M – Mascul ino

• F – Feminino

• PQ – Percepção da Qual idade

• GS – Grau de satisfação

• GI – Grau de Importância

• Ex. – Exemplo

Siglas

• SPSS – Stat ist ical Package for the Social Sciences

• OMS – Organização Mundial de Saúde

• SPQ – Sistema Português de Qual idade

• SGQ – Sistema de Gestão da Qual idade

• SNB – Serviço Nacional de Bombeiros

• ISO – Organização Internacional de Padronização

• CEN – Comité Europeu para a Normalização

• INEM – Instituto Nacional de Emergência Medica

• UNE – Euroquality

• IPQ – Instituto Português de Qualidade

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XI

Resumo

O Associativismo neste caso específico l igado à vertente

desportiva é um valor centrado na cultura da organização, mas

também uma fonte geradora de receitas. Nesta perspectiva a

Associação dos Bombeiros Voluntários de Famalicão procura

garantir a todos os seus sócios o acesso à prática do fi tness,

tentando prestar um serviço de qualidade a um preço compatível.

Não basta prestar um serviço, este deve ser de qualidade

suficiente para satisfazer os utentes e assim captar novos sócios e

voluntários (Gerson 1998).

O termo “Qualidade” vem sendo uti l izado de uma forma muito

directa com a “Satisfação” do cl iente (Chang 1998). Assim sendo,

torna-se importante, na nossa opinião, estudar o impacto desta

nova realidade (Fitness) que vai emergindo, e que tomou forma

nesta Associação.

É pois nosso propósito entender qual os conceitos de Qualidade e

Satisfação dos utentes da Academia / Ginásio dos B.V.F. e as suas

implicações sociais.

Neste contexto, efectuou-se um estudo de natureza descrit iva e de

carácter exploratório, partindo das opiniões dos utentes

(inquéritos).

Optamos pela investigação quantitativa com a finalidade de

contribuir para o desenvolvimento e avaliação dos níveis de

qualidade e satisfação e suas implicações a nível social e

económico, permitindo que a análise estatística seja feita através

do programa SPSS (Standard Package For the Social Sciences).

Embora tenhamos concluído que o conceito de qualidade dos

utentes por vezes não vai ao encontro dos níveis de satisfação,

outros casos há, em que ultrapassa as expectativas da qualidade

dos utentes do KFCBVF.

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XII

Verif icou-se no entanto um grau elevado de fidelização, assumindo

claramente os inquir idos a importância deste t ipo de estruturas na

Associação.

De realçar o esforço da Associação no sentido de criar um espaço

de qualidade e satisfação (provado pelo nosso estudo) que vem

dar resposta às novas exigências sociais (saúde, bem-estar, lazer)

criando uma fonte de riqueza extra.

Palavras – Chaves: - Associação de Bombeiros Voluntários; Academia de

Fitness; Qualidade / Satisfação e Social/Económico.

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XIII

Abstract

Being Associated in this specif ic case connected to the sports

source, i t is not just a value centered in the culture of the

organization, but it is also a generat ing prescription source. In this

perspective the Association of the Voluntary Firemen of Famalicão

aims to guarantee to all i ts partners the access to the practice of

f i tness, trying to give a quality service with a compatible price.

It is not enough to land a service, this service must have enough

quality in order to satisfy the usuaries and thus to attract new

partners and volunteers (Gersson 1998). The term "Quality" is

being directly used with the "Satisfaction" of the customer as well

(Chang 1998). That is why, i t becomes essential, in our opinion, to

study the impact of this new reality (Fitness) that is emerging, and

was born in this Association.

It is therefore our intention to understand which are the concepts of

Quality and Satisfaction of the usuaries of the Academia/Ginásio of

the B.V.F. and its social implications. According to this context, our

study is in a certain way, an exploit ing work based on the opinions

of the usuaries (inquiries).

We chose the quantitative inquiry with the purpose to contribute for

the development and evaluation of the quality and satisfaction

levels and its implications at social and economic level, al lowing

that the statistics analysis is made using the SPSS program

(Standard Package for the Social Sciences).

Although, according to our conclusion, the concept of quality of the

usuaries sometimes does not reach satisfaction levels, there are

cases that the satisfaction exceeds the expectations of quality.

We can verify however a high degree of loyal memberships who

clearly assume (through inquires) the importance of this type of

structures in the Association.

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XIV

The outstanding Associaton work in order to create and develop a

space of quality and satisfaction (according to our study) is now

able to reply to the new social requirements (health, well-being,

leisure) creating a new extra wealth source.

Key words : Association of Voluntary Firemen; Academy of Fitness;

Quality/Satisfaction; Social / Economic.

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XV

Résumé

L’acte de s’associer, dans ce cas particulier l ié au plan sportif est

une valeur centrée sur la culture de l ’organisation, mais c’est aussi

une source de revenus. De ce point de vue, l ’Association des

Pompiers Volontaires de Famalicão cherche à garantir à tous ces

associés l ’accès à la pratique du fi tness, en essayant de prêter un

service de qualité à un prix compatible.

I l ne suff it pas de prêter un service, celui-ci doit être de qualité

suff isante pour satisfaire les besoins de ces usagers et, ainsi,

capter de nouveaux associés et de nouveaux volontaires. (Gerson

1998)

Le terme « Qualité » est couramment employé directement l ié à la

« Satisfaction » du client (Chang 1998). Ainsi, i l s’ impose, à notre

avis, d’étudier l ’ impact de cette nouvelle réalité (le Fitness) qui

émerge, et qui a vu le jour dans cette Association.

Notre intention est, donc, de comprendre quels sont les concepts

de Qualité et de Satisfaction des usagers de l ’Académie / Gymnase

des B.V.F. et ses implications sociales.

Dans ce contexte, i l s’agit d’une étude de nature descriptive et de

profi l exploratoire, qui a pour base les opinions des usagers (les

enquêtes).

Nous avons choisi l ’ investigat ion quantitative ayant pour but

contribuer au développement et à l ’évaluation des niveaux de

qualité et de satisfaction au niveau social et économique, tout en

permettant que l ’analyse des statist iques soit faite à l ’aide du

programme SPSS (Standard Package For The Social Sciences).

En dépit des conclusions qui prouvent que le concept de qualité

des usagers ne suit, souvent, pas de près les niveaux de

satisfaction, i l arrive, parfois, que ce même concept dépasse les

attentes de qualité des usagers du KFCBVF. On a cependant pu

constaté un niveau élevé de fidélisation, et ce sont les enquêtés

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XVI

qui ont nettement reconnu l ’ importance de ce type de structures

dans cette Association.

Nous devons mettre en évidence l ’effort de l ’Association en ce qui

concerne la création d’un espace de qualité et de satisfaction

(comme le prouve notre étude) qui comble les nouvelles exigences

sociales (la santé, le bien-être, les loisirs) tout en créant une

source extraordinaire de richesse.

Palabres – Chavez : Association des Pompiers Volontaires, Académie de Fitness, Qualité / Satisfaire et Social / Économique.

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1

Introdução

O Associativismo local vive permanentemente em grande

dif iculdade para responder, com o mínimo de eficácia, às

solicitações que lhe são feitas.

Apesar de ter um papel preponderante na sociedade, cada vez

mais é renegado para segundo plano, quer ao nível de

recrutamento de Recursos Humanos, quer ao nível de fundos de

apoio.

É do domínio geral que muitas associações assumem o papel do

Estado e dão uma resposta ao seu melhor nível (Por ex.

Associações de Bombeiros Voluntários).

A nova polít ica do Associativismo tem de partir de uma realidade

local, erguendo as suas acções sobre a base de uma concepção

moderna e actualizada, face às mudanças sociais.

O Movimento Associativo local constitui um dos factores de

democratização da vida social e da cultura de um país, Carvalho

(1994).

As Associações de Bombeiros Voluntários surgiram quase sempre

devido à coragem e abnegação de um grupo de homens, i lustres

cidadãos, que após vários sinistros, viram-se obrigados a associar-

se, e do sonho à realidade foi um passo.

Algumas destas instituições, com mais de 100 anos de vida,

f izeram frente às guerras, regimes polít icos, crises, e tantos outros

obstáculos, sempre com o objectivo de servir o próximo.

Constituídas por gente humilde que vêm para o voluntariado sem

esperar nada em troca, que arriscam a sua própria vida na defesa

de bens e vidas alheios.

A vida destas associações faz-se de “apostas” e a gestão cuidada

está cada vez mais presente no sentido de gerir bens, homens,

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2

recursos e oportunidades, o que é determinante para se obter uma

maior operacionalidade.

Um dos objectivos destas organizações (B. V.) é estar aberta tanto

quanto possível à população, sendo certo que algumas delas vão

já apostando, para além da sua missão de socorro, nas áreas

sociais e novas formas de relacionamento com a sociedade.

Verif icando a importância do exercício físico na qualidade de vida

das pessoas, o Serviço Nacional de Bombeiros (SNB) e a Liga

Portuguesa de Bombeiros Voluntários, começaram a dada altura a

aprovar a inserção de espaços desportivos (piscinas e pavilhões)

dentro dos quartéis, com o objectivo claro de serem util izados pelo

respectivo corpo de bombeiros.

Tal facto não se veio a verif icar, devido à falta de motivação, mas

também à falta de conhecimento e orientação que levasse a uma

prática regular e diversif icada.

Estes espaços foram rapidamente aproveitados pelas associações,

para celebrar protocolos com Clubes e Autarquias que os

uti l izavam a troco de uma renda.

Noutros casos implementaram aulas de manutenção orientadas por

professores recém-formados em Educação Física.

Desta forma assiste-se ao nascimento tímido de um processo de

socialização da prática da actividade física num corpo de

bombeiros voluntários.

Mas rapidamente muitas Direcções destas Associações tomaram

consciência da mais valia que estas instalações desportivas

representavam, quer na captação de novos sócios, quer na fonte

de receitas que gerava.

Assim, as mais arrojadas, cobriram piscinas, outras equiparam os

pavilhões e acompanharam as tendências do f i tness, não deixando

passar para os investidores particulares esta oportunidade que já

existia de uma forma tímida dentro de portas.

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3

Pensamos ser pertinente debruçar-nos sobre a gestão destes

espaços, que devem ser de grande qualidade, estando por isso ao

nível da imagem destas Associações. Note-se que não podemos

esquecer o contributo social / económico que resulta de uma

gestão cuidada destes espaços e contribui simultaneamente para o

desenvolvimento da Associação.

Assim o tema do nosso estudo passa pela preocupação de

justif icar o seguinte problema:

- “ Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness na Associação dos Bombeiros Voluntários de Famalicão e suas implicações”.

Para melhorar e compreender esta temática, realizamos um

estudo Descrit ivo – Correlacional, apoiado em pesquisa

bibliográfica e aplicação de questionários.

Tendo em conta a subjectividade deste tema e os objectivos a que

nos propusemos, optamos por um estudo de natureza quantitativa,

pois segundo Fortin (2000), o investigador que uti l iza este método,

manifesta alguma preocupação com o facto de se poder fazer uma

abordagem absoluta e ampla do fenómeno em estudo.

Esta investigação foi realizada no Ginásio (Korpos Fitness Clube

dos Bombeiros Voluntários de Famalicão), e o método escolhido

para a selecção da amostra foi o que se funda numa amostra

Aleatória – estratif icada a nível socio-económico.

A recolha dos dados foi realizada com o auxíl io de inquéritos. O

estudo, análise e o tratamento de dados, foi realizado através do

programa informático “SPSS”.

Pela experiência adquirida e alguma pesquisa bibliográfica

efectuada, parece não existirem trabalhos nesta área específica do

Page 22: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

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conhecimento, pelo menos no nosso país. Desta forma, os

resultados obtidos com este estudo poderão dar algum contributo

para uma melhoria na qualidade dos serviços ao nível das

academias de fitness, sobretudo na forma de relacionamento da

Associação com a sociedade, fundamentalmente a 2 níveis:

1º - Maiores benefícios sociais e económicos que decorrem das

melhorias implementadas ao nível da gestão.

2º - Maiores benefícios ao nível do desenvolvimento sustentado da

própria Associação decorrentes dessas mesmas melhorias.

Pensamos ainda que este estudo pode contribuir para uma nova

tomada de consciência da Liga Portuguesa de Bombeiros e da

Federação Portuguesa de Bombeiros, em conjunto com as

autarquias, no sentido de adoptar um modelo inovador e mais

eficaz nas novas instalações (Quartéis), que permitam desenvolver

actividades de forma a captar voluntários, sócios e população em

geral, criando assim uma nova fonte de receita tão importante para

estas organizações que se debatem com muitas dif iculdades.

Considerando a f inalidade desta investigação já acima descrita,

este estudo é composto por IX Capítulos:

I - Justif icação da temática escolhida, considerações sobre a sua

pertinência para a gestão de academias na Associação de

Bombeiros Voluntários e as suas implicações a nível sócio –

económico.

- Exposição do problema sujeito a investigação.

- Objectivos e questões orientadoras.

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5

II - Breve abordagem das noções e conceitos de qualidade

(enquadramento teórico).

- Academia / Ginásio.

- Saúde e bem-estar associado ao mercado do fitness em Portugal.

- Gestão dos Serviços desportivos

III Breve resumo sobre o Associativismo e os Bombeiros Voluntários

de Famalicão (local da realização do trabalho).

IV Apresentação de métodos e técnicas que serão uti l izados na

investigação, descrição do tipo de estudo que será realizado,

processo de selecção da população e amostra, o meio onde

decorrerá a colheita de dados e os instrumentos uti l izados para o

efeito. Assim como o tratamento dos dados obtidos e ainda as

considerações de natureza ética.

V Exposição dos resultados e uma breve análise destes. Síntese dos

resultados obtidos de forma a concluir o nosso estudo.

VI Discussão dos resultados de forma a entende-los, relaciona-los e

quais as principais implicações destes para a Associação.

VII Conclusões

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6

VIII Recomendações

IX Referências bibliográficas

Nesta perspectiva, e tendo por base estas reflexões, o objectivo

deste trabalho será:

- Permit ir obter o grau de Mestre em Gestão Desportiva.

- Aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos nos Módulos.

- Aprofundar os conhecimentos na Área de Gestão Desportiva

relacionados com a Associação Bombeiros Voluntários.

Com a realização deste trabalho pretende-se, por um lado,

evidenciar a importância da qualidade de um centro de fitness

numa Associação de Bombeiros Voluntários e as implicações ao

nível social e económico desta opção.

Em nossa opinião, o propósito deste estudo justif ica-se

plenamente, pois a implementação deste t ipo de actividades,

associada a um corpo de Bombeiros reveste-se de grande

importância; sendo que, por outro lado, os benefícios retirados daí

são extremamente relevantes.

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1. Problemática em Estudo

Face às novas realidades de desenvolvimento do fi tness em

Portugal, que de uma forma embrionária foi dando os seus

primeiros passos não só no seio de associações desportivas como

também noutras associações, rapidamente essa fronteira foi

ultrapassada, tornando-se um lucrativo negócio para os

particulares. Começando por ser uma forma de prestar um serviço

aos seus sócios (ginástica) e de divulgar as Associações,

transformou-se de seguida numa consciente fonte de receitas

extra.

Todavia, seja pela mentalidade dos dirigentes, seja pela própria

f i losofia das instituições, as Associações acabaram por não

conseguir acompanhar o crescimento deste mercado ao nível da

qualidade e variedade dos serviços prestados.

Poucas foram as Associações que caminharam lado a lado com o

desenvolvimento fulguroso deste mercado; sendo certo também

que, as que o f izeram encontraram aí uma nova fonte de receitas,

promovendo a sua divulgação e captação de novos sócios e

simpatizantes.

A palavra “qualidade” vem sendo amplamente citada em tudo que

nos rodeia, (qualidade de vida, dos serviços dos produtos etc.).

Fácil será de concluir que a “qualidade ” é um termo subjectivo, ou

seja, aquilo que satisfaz uma pessoa pode não satisfazer a outra.

Desta forma, será válida a uti l ização do conceito qualidade no seu

sentido mais amplo.

A qualidade não nasce de forma espontânea, ela necessita de ser

implementada através de um sistema de gestão de Qualidade,

capaz de criar um serviço de excelência.

Page 26: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

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A Qualidade de Serviço, também passa pelos uti l izadores, a sua

opinião é fundamental para que possam os fornecedores dos

serviços, cada vez mais, ir ao encontro das suas expectativas e, se

possível, superá-las.

Assim sendo, não se sabe até que ponto, as Associações

conseguem manter níveis elevados de qualidade, atendendo à

própria f i losofia das instituições e dos seus dirigentes.

Estamos todos de acordo que a criação de riqueza e a própria

dinâmica dos sócios é fundamental para a vida das associações.

Contudo, o voluntariado não se compadece com as exigências do

mercado do fitness, ou seja, através do voluntariado e das

dif iculdades de investimento será difíci l atingir níveis de qualidade

propostos pelas empresas privadas.

Numa sociedade em crise f inanceira, as Associações têm de criar

mecanismos de auto f inanciamento. Por isso os sócios têm de ter a

garantia que para além do pagamento suplementar de um serviço,

este é de qualidade.

Assim, objectivamente, pretendemos identif icar o que acontece na

realidade, ou seja, verif icar níveis de qualidade e grau de

satisfação numa academia de ginástica, instalada numa

Associação de Bombeiros Voluntários.

O objectivo principal deste estudo é comparar a qualidade

percebida e o grau de satisfação dos utentes do KFCBVF e sua

implicações a nível socioeconómico.

Com base nestes resultados, sensibil izar os dirigentes da

Associação para a importância deste t ipo de actividade (Fitness)

nas suas instalações.

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9

Quanto aos objectivos específicos estes são os seguintes:

1º – Identif icar a Qualidade entendida e o grau de satisfação dos

utentes (KFCBVF) de acordo com as variáveis de atributo (sexo,

idade, nível socio-económico e frequência).

2º – Identif icar a importância que representa para a Associação o

desenvolvimento das actividades de Fitness nas suas instalações

ao nível social e económico.

A principal f inalidade deste estudo é avaliar a qualidade/satisfação

da Academia (KFCBVF) e as suas implicações ao nível sócio –

económico da Associação.

Para além da questão geral que funciona como núcleo, existem

outras que gravitam à sua volta, e que nos vão auxil iar e orientar

no processo de investigação:

Desde logo….

1 – Qual o conceito de qualidade dos utentes do KFCBVF?

2 – As variáveis de atributo (sexo, idade, nível socio-económico)

influenciam o conceito de qualidade?

3 – O tempo de frequência influencia o conceito de qualidade?

4 – Qual a importância do desenvolvimento de actividades de

Fitness nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Famalicão?

Parece-nos que esta dissertação / investigação poderá contribuir

signif icativamente para o nosso conhecimento e desenvolvimento

profissional, para além de responder a questões / problemas com

que as associações se deparam diariamente, de forma a melhorar

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a sua prestação de serviços para captação e f idelização de

voluntários e utentes da academia.

Com base na l i teratura da especialidade, e na nossa experiência,

consideramos importante verif icar se algumas variáveis (sexo,

idade, situação socio-económica, tempo de frequência de ginásios,

habil i tações l i terárias), se relacionam com a forma como os

utentes avaliam a qualidade / satisfação relativamente a este t ipo

de instalações pertencentes a um corpo de Bombeiros.

Por outro lado, pretende-se identif icar características dos cl ientes

que possam motivar diferentes percepções da qualidade (como por

exemplo: em função do seu extracto socio-económico - tabela de

Graffar, anexo II), levando a um entendimento mais claro sobre as

motivações que estão na base da procura / frequência de um

ginásio/academia localizada numa Associação de Bombeiros

Voluntários.

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2. Enquadramento Teórico

2.1. Qualidade

Qualidade é um conceito complexo, porque possui signif icados

diversos para diferentes pessoas, num contexto altamente

dependente. Portanto, não é fácil tomar-se medidas simples que

garantam a qualidade e que sejam aceitáveis para todos. Para

estimar ou melhorar a qualidade numa organização, deve-se definir

as características de qualidade, que se está interessado e, então,

decidir como serão medidas.

Qualidade é um conceito multi-dimensional, realizando-se por

intermédio de um conjunto de atributos ou características. As

empresas responsáveis pelo desenvolvimento de determinado

produto/serviço devem assumir a responsabil idade de estabelecer

este nível aceitável de qualidade e meios para verif icar se ele foi

alcançado. Qualidade é, portanto, um conjunto de propriedades a

serem satisfeitas, em determinado grau, de modo que satisfaça as

necessidades de seus usuários.

Como se pode verif icar através da revisão da l iteratura e da

própria experiência, a percepção da qualidade não é igual para

todo tipo de cl ientes; nem antes de começar uma actividade física

em qualquer t ipo de instalações desportivas, nem depois.

Trata-se de um conceito dinâmico que vai mudando em função de

diversos factores.

Por este motivo será imprescindível dispor de referências com as

quais se possa conhecer e avaliar o conceito de qualidade dos

serviços de forma homogénea.

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Há que levar em conta aspectos tangíveis, (os que podem ser

observáveis), como também os aspectos intangíveis. É neste ponto

onde o cl iente por vezes é mais exigente e reclama uma boa

qualidade. Estamos a falar de factores técnicos, (profissionalismo,

diversidade de actividades etc.) difíceis de medir, mas bem

perceptíveis e de fundamental importância para os utentes da

academia.

Os factores psicológicos são também aspectos importantes, quer

ao nível dos recursos humanos, quer das relações interpessoais

.

A percepção da qualidade de um serviço por parte do cliente vai

variando conforme a informação disponível.

O conceito de qualidade de um serviço tem um carácter subjectivo,

e está directamente relacionado com as expectativas dos clientes

(satisfação) face a determinado produto ou serviço.

Fácil será de concluir que a “qualidade ” é um termo subjectivo, ou

seja, aquilo que satisfaz uma pessoa pode não satisfazer a outra.

Para entender esta subjectividade á fundamental ter consciência

de 3 conceitos que se interrelacionam: satisfação do cliente,

qualidade do serviço e expectativas criadas. Dentro desta

perspectiva, a qualidade é uma componente abrangida pela

satisfação do cl iente. O cliente para além de avaliar os serviços

com base na satisfação e qualidade, também o faz de acordo com

o valor.

Rust e Oliver (1994) referem existirem algumas diferenças entre

os signif icados de qualidade e satisfação. A primeira prende-se

normalmente com características ou sugestões, fundamentam-se

em ideias, percepções. Neste sentido, o conceito de qualidade não

implica obrigatoriamente experimentar o serviço, enquanto a

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satisfação resulta de aspectos relacionados com a qualidade e

passa pela experimentação por parte do cl iente.

Correia (2000) refere que a qualidade deixou de ser um luxo,

constituindo-se agora como um factor estratégico de

desenvolvimento das organizações no sentido de captar novos

clientes e f idelizar os existentes.

A qualidade reflecte-se a vários níveis, mas o essencial centra-se

no cliente.

Actualmente e no futuro o destaque irá exclusivamente para a

capacidade de se oferecer um serviço ou produto diferenciado pela

qualidade agregada às expectativas dos cl ientes.

Existe uma preocupação voltada para todos os aspectos que

incluam a qualidade, como o mais importante valor que se pode

agregar a um negócio.

A palavra qualidade vem sendo amplamente citada em tudo que

nos rodeia, (Qualidade de vida, dos serviços dos produtos etc.).

Dos vários autores estudados todos concordam que o termo

“qualidade” vem sendo uti l izado de uma forma muito directa com a

“satisfação” do cliente.

O conceito “qualidade” está l igado a tudo que fazemos no nosso

dia-a-dia, começando pela qualidade de vida que é um desejo e

uma meta de todos.

A qualidade não nasce de forma espontânea, ela necessita de ser

implementada através de um sistema de gestão de Qualidade,

capaz de criar um serviço de excelência.

Qualidade dos serviços passa pelas competências das pessoas,

redesenhando processos de trabalho mais célebres e

transparentes e aproveitando as potencialidades das tecnologias

da informação para a aproximação dos Serviços aos cidadãos.

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Para dar mais objectividade ao conceito qualidade, e em que todos

os autores estão de acordo, é a normalização, ou seja; o

compromisso que temos com a Qualidade de Serviço e que foi

comprovado com a obtenção da Certif icação Global de Qualidade

ISSO 9001:2000 que dá um especial enfoque ao nível de

satisfação do Cliente como indicador fundamental da qualidade.

A Qualidade de Serviço, também passa pelos uti l izadores, a sua

opinião é fundamental para que possamos, cada vez mais, ir ao

encontro das suas expectativas e, se possível, superá-las.

Por isso, actualmente é disponibil izado o Apoio ao Cliente através

de números de telefone gratuitos, através do qual poderá

apresentar as suas questões, dúvidas ou sugestões. Apresentam e

reservam espaço próprio, boletins, etc. para que possa colocar as

suas opiniões, dúvidas, crít icas ou sugestões, que serão

analisadas com toda a atenção.

Todas as empresas de referência, e não só, preocupam-se com os

seguintes aspectos:

• Conseguir uma equipa de profissionais altamente qualif icada,

com participação activa na consecução dos objectivos da

qualidade.

• Melhorar continuamente os processos para dar o melhor serviço

ao Cliente ao melhor custo.

• Implementar o sistema de qualidade com os critérios da norma

internacional ISO 9001:2000

• Criar um mecanismo de auto-avaliar sistematicamente as

práticas de gestão e os seus resultados em relação ao modelo

de excelência.

• Cumprir com os requisitos do Cliente, ou seja, alcançar a

satisfação destes, através de produtos competit ivos e sistemas

fiáveis com garantia.

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Apesar de ter um carácter subjectivo, a qualidade deve ir de

encontro ás necessidades e expectativas dos cl ientes, contudo ele

vai mudando ao longo do tempo e em função do nível de

adaptação do cliente ao serviço, por isso ele deve mudar e

adaptar-se ao cliente.

A qualidade total deve ser o somatório de várias vertentes que

compõem o serviço. O empenho e intervenção deve ser de todos,

como tal deve-se criar uma equipa unida e recompensa-la pelo

sentido de grupo. Definir objectivos em conjunto, para que todos

possam sentir a responsabilidade dos resultados.

Os recursos humanos são fundamentais para a implementação do

conceito de qualidade de uma academia.

Depois de estudadas as várias formas de entender a Qualidade

apresentadas pelos vários autores, parece-nos não existirem

dúvidas que ela mantém uma relação directa com as expectativas

do utente. Assim sendo, não sabemos até que ponto, as

associações conseguem manter níveis elevados de qualidade,

atendendo á própria f i losofia das instituições e dos seus

dirigentes.

Parece-nos que a qualidade só pode ser satisfatória se os serviços

forem geridos com profissionalismo.

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2.2. Breve nota histórica do conceito de qualidade

O conceito de qualidade não é recente, já existia na antiguidade,

numa busca de melhores e novos produtos. Esta preocupação tem

acompanhado o desenvolvimento das civi l izações.

Nos séculos XVIII e XIX a qualidade marcava a organização da

sociedade e os seus confl i tos provocaram a Revolução Industrial.

No século XX estabelece-se o signif icado de “qualidade ”, tal como

ela é conhecida actualmente. Ligado a este conceito está Taylor

com o método de verif icação, inspecção e controlo de qualidade.

O conceito de “Qualidade total” foi desenvolvido pelos japoneses e

considera o factor humano, a chave de todo o processo.

É no sector dos serviços onde a qualidade intervém directamente

com as pessoas, no entanto o conceito de qualidade não se

resume a um produto ou serviço, actualmente é muito mais.

O conceito de Qualidade foi associado à definição de conformidade

às especif icações. Posteriormente o conceito evoluiu para a visão

de Satisfação do Cliente (Buján, 2004).

O termo Qualidade vem do latim Qualitas, e é uti l izado em diversas

situações, mas o seu signif icado nem sempre é de definição clara

e objectiva. Há várias definições para qualidade, do ponto de vista

de diferentes pessoas e para o f im a que se destina (produtos,

serviços, controlo, atendimento, etc.). O referido termo é

geralmente empregado para signif icar excelência de um produto ou

serviço.

Do ponto de vista do cl iente, a qualidade está associada ao valor e

à uti l idade reconhecida ao produto, controlo de qualidade, garantia

da qualidade e gerência da qualidade. Estes conceitos são usados

em várias áreas.

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A qualidade de um produto pode ser vista por duas ópticas: a do

produtor e a do cl iente. Do ponto de vista do produtor, a qualidade

associa-se à concepção e produção de um produto que vá de

encontro às necessidades do cliente. Do ponto de vista do cliente,

a qualidade está associada ao valor e à uti l idade reconhecidas ao

produto, estando nalguns casos l igada ao preço.

Na sua expressão mais simples, qualidade é uma relação de

especif icações e parâmetros definidos por Cruz e Carvalho (1994,

pag. 18) do seguinte modo: “A qualidade é a conformidade em

relação a especif icações e parâmetros definidos, conhecidos por

todos na empresa e estabelecidos pelos cl ientes, em permanente

revisão para que se encontrem em cada momento dinamicamente

ajustado às reais necessidades ”.

A satisfação do cliente não é resultado apenas e tão-somente do

grau de conformidade com as especif icações técnicas, mas

também de factores como pontualidade, cumprimento dos prazos,

qualidade do atendimento, envolvimento, f lexibi l idade, etc. Assim,

para Pires e Santos (1996, pag.45), a qualidade de um produto ou

serviço “é um conjunto de atributos tangíveis e intangíveis

associados a esse produto ou serviço, que permitem satisfazer as

necessidades e expectativas dos clientes a que se destinam”.

Paralelamente a esta evolução do conceito de Qualidade, surgiu a

visão de que o mesmo era fundamental no posicionamento

estratégico da empresa perante o mercado. Pouco tempo depois,

percebeu – se que no planeamento estratégico da empresa

enfatizar a Qualidade não era suficiente para o seu sucesso. O

conceito de satisfação do cliente foi então estendido para outras

entidades envolvidas com as actividades da Empresa. Daqui surge

então a expressão “Qualidade Total” representa a busca da

satisfação, não só do cl iente, mas de todos os “stakeholders ”

(entidades signif icativas na existência da empresa) e também da

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excelência organizacional da empresa. É um conceito moderno que

abarca o modo como a empresa satisfaz todas as expectativas dos

seus cl ientes, incluindo o atendimento, rapidez, oferta de novos

produtos e serviços, garantias, relacionamentos, etc.

Segundo Buján (2004) existem vários artigos, l ivros, informações e

estudos publicados que falam da “qualidade”, mas poucos

informam sobre a qualidade da gestão de centros desportivos”.

É inegável a importância da qualidade a vários níveis nestes

centros, sendo fundamental maximizar a prestação dos serviços

l igados às actividades físico – desportivas. O que se pretende

afinal é um serviço de qualidade ao menor preço.

Considerando a “Qualidade Total” como estado óptimo de

eficiência e eficácia na acção de todos os elementos que

constituem a existência da empresa, temos a necessidade de

modelar a sua organização e o seu contexto à realidade existente.

Ao resultado desse processo de modelagem damos o nome de

Modelo referencial para a Gestão da Qualidade Total (Leite, 2006).

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2.3. Conceitos actuais de qualidade

Nas últ imas décadas muito se tem falado sobre qualidade como

estratégia empresarial, vários conceitos surgiram, foram evoluindo

e adaptando-se às novas realidades e exigências dos clientes.

Deming (1988), um reconhecido investigador, foi quem apresentou

o controlo de qualidade e pôs em causa o modelo tradicional (a

qualidade é vista como um elemento que acrescenta custo). O

autor propõe outra em que as necessidades e expectativas dos

consumidores são o ponto fundamental para a melhoria da

qualidade.

O conceito de qualidade de Juran (1993) por exemplo, não era tão

amplo como o do Deming (1988), em vez de tentar promover uma

alteração radical, ele procurou melhorar a qualidade uti l izando os

sistemas de organização. Acrescenta que a ausência de defeito

num produto aumenta a qualidade deste.

Mas o conceito de qualidade não é estático e por isso Deming

(1993) associa a qualidade à impressão do cl iente. Segundo o

autor a dif iculdade em definir qualidade está na renovação das

necessidades futuras do usuário, de forma que o produto possa ser

projectado e modificado para dar satisfação (preço, tempo, prazer,

etc.).

Crosby (1986), outro especialista sobre qualidade, desenvolveu

uma fi losofia, dando ênfase aos aspectos de comportamento, e

baseando-se menos na análise estatística usada por Deming

(1993).

Um dos princípios expostos por Crosby (1986) foi em afirmar que a

qualidade envolve pessoas e defende que a qualidade é a

conformidade do produto às especif icações. Também Haandbook

apresenta a seguinte definição: “Qualidade consiste nas

características do produto que atendem as necessidades dos

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clientes e assim fornecem a satisfação em relação ao produto ”

(cit. Buján 2004, pag. 25).

Ishikawa (2006) foi o responsável pelo desenvolvimento do

conceito de Controlo de Qualidade total como uma revolução do

pensamento administrativo, defendendo que um bom controlo de

qualidade é desenvolver, produzir de forma a satisfazer o

consumidor e que passa por todos os intervenientes da

organização.

Percebe-se portanto, que a qualidade é aquilo que está

relacionado com o cl iente, que satisfaz as suas necessidades, ou

seja, o produto deve estar de acordo com as suas expectativas e

em conformidade com as especif icações.

Aliado a esta preocupação, foram estabelecidos padrões e normas

internacionais, como a ISO, aferindo e atestando todos os

processos no que respeita à qualidade.

Inspirado nas normas ISO 9000, a norma UNE 66,001-92 define

Qualidade como: “ Conjunto de propriedades e características de

um produto ou serviço que conferem uma satisfação das

necessidades expressas ou implícitas de um determinado

consumidor ” (IPQ, 2006).

A polít ica de “qualidade” deve abranger todos os colaboradores,

responsabil izando-os pelo bom funcionamento e controlo das

actividades.

Buján (2004) menciona que a qualidade dos serviços prestados

num ginásio e academias depende muito dos funcionários, pois

estes estão em contacto permanente com os cl ientes. O “produto”,

fabrica-se ao mesmo tempo que se vende e é uti l izado nesse

momento pelo cl iente.

De acordo com a análise da l i teratura, verif icamos que existem

diferentes conceitos e dimensões da qualidade relativamente aos

diversos autores. As definições de qualidade de serviços são

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inúmeras, porém quase todos convergem para as necessidades,

expectativas e satisfação dos clientes.

2.4. Definição de normas de qualidade (ISO – 9000)

ISO é o nome usual com o qual é conhecida a International

Organization for Standardization (Organização Internacional de

Padronização). Trata-se de uma entidade fundada em 1947,

sedeada na Suíça, que congrega organismos de normalização

nacionais, cuja principal actividade é a de elaborar padrões para

especif icações e métodos de trabalho nas mais diversas áreas da

sociedade.

Em 1987, vários países realizaram um acordo em que reconheciam

uma regulamentação internacional para um sistema de qualidade,

a série ISO 9000, que actualmente é reconhecida em todo o

mundo.

A International Standard Organisation (ISO) é uma organização de

carácter não governamental. A sua missão é desenvolver e

promover normalizações com o objectivo de facil i tar o intercâmbio

de produtos e serviços entre países a vários níveis.

Actualmente, o ISO agrupa os organismos nacionais de

normalização de mais de 91 países. Na Europa está representado

pelo Comité Europeu para Normalização (CEN) de onde fazem

parte todos os membros da união Europeia (IPQ, 2006).

O ISO 9000 é um padrão internacional de qualidade, que é

aplicado à gestão do processo de um produto / serviço, que atenta

às expectativas de seus usuários.

Esses padrões foram criados sob a premissa de que, se o

desenvolvimento e a gestão do sistema são de boa qualidade,

então, o produto ou o serviço resultante também será de boa

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qualidade. Um sistema de qualidade em conformidade com a ISO

9000 assegurará que seu processo de desenvolvimento possui um

nível de controlo, garantindo a qualidade de seus produtos,

O nome genérico ISO 9000 representa todo o conjunto de

documentos relacionados com a sistematização de actividades

para garantia da qualidade. Este conjunto é formado pelos

seguintes documentos:

ISO 9001 e 9002

É uma norma para o Sistema de Garantia da Qualidade.

Estabelece o conjunto de acções preventivas necessárias para

garantir a qualidade de um produto após as fases de produção,

instalação e serviços associados.

Não prevê actividades que assegurem a qualidade de um produto

durante o projecto.

ISO 9003

É uma norma para Sistema de Garantia da Qualidade. Estabelece

o conjunto de acções preventivas necessárias para garantir a

qualidade de um produto após as fases de inspecção e ensaios

f inais.

Um Sistema de Garantia de Qualidade é um conjunto planeado de

actividades, que se adiciona ao processo natural de fornecimento

de um dado produto, com o objectivo de reduzir o risco de falhas.

Foram inicialmente desenvolvidos, a partir de exigência explícita

de cl ientes em determinados segmentos de mercado. Esses

segmentos caracterizam-se pelo facto de que o custo provocado

pela não qualidade do material recebido por esses cl ientes, era

muitas vezes superior ao preço do material adquirido.

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Trabalhar com Qualidade, signif ica trabalhar dentro de um conjunto

de regras, normas, procedimentos, métodos e processos definidos

pela empresa.

Segundo Buján (2004) actualmente desenvolve-se uma série de

normas para ser possível criar um sistema de qualidade,

descrevendo os requisitos que são fundamentais a uma gestão de

qualidade.

Assim, será fundamental concentrar todo o esforço do centro

desportivo na implantação de uma qualidade total com base na

gestão dos colaboradores.

Deve-se promover a qualidade total com a participação de todos. O

autor acima citado, refere ainda na pag. 47, ”A qualidade total é

uma revolução conceptual da gerência, por tanto, há que combinar

os processos de raciocínio de todos os intervenientes”.

Acrescenta que não está provado cientif icamente que a

implantação do modelo ISO 9000 melhora em todos os casos a

qualidade das organizações.

2.4.1. Modelo europeu de qualidade

O modelo Europeu de Qualidade baseia-se em 9 critérios sendo 5

deles l igados a todos os agentes e processos que podem levar a

um nível de qualidade capaz de provocar bons resultados ao nível

dos 4 critérios que se seguem e que estão l igados ao cliente.

Este modelo centra-se na Liderança (conduta e actuação de todas

as equipas que apoiam e impulsionam uma cultura de qualidade),

Processos (como se faz e se adaptam as suas estratégias,

convertendo-as em planos de actuação) e f inalmente os

Resultados (produto f inal em relação aos objectivos de negócio de

acordo com as satisfação dos cl ientes).

Page 42: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

24

Fig. 1: - Modelo Europeu de qual idade para pyme (c i t Buján 2004 pag. 57)

Cada critério é valorizado convenientemente, ponderando-se as

expectativas do cl iente face ao serviço.

Dentro deste modelo refere-se ainda o desenvolvimento de um

sistema de qualidade com base em requisitos de certif icação como

o ISO 9000.

Este modelo visa organizar os resultados da organização em

relação com os objectivos da empresa e sobretudo satisfazer as

necessidades e expectativas dos cl ientes.

2.4.2. Sistema português de qualidade

O Sistema Português de Qualidade (SPQ) encontra-se

actualmente implementado através do Decreto-lei n.º 234/93 de 2

de Julho, com o fundamento de readoptar o anterior sistema para

os assuntos da qualidade, que data de 1983 (D.L. N.º 165/83, DE

27/4) sob designação de Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ).

O SPQ foi posteriormente revisto pelo Decreto-Lei nº. 4/2002, de 4

de Janeiro, o qual foi revogado pelo Decreto-Lei nº. 140/2004, de 8

de Junho.

AGENTE RESULTADOS

Gestão de Pessoal

Est ra tég ia

Recursos

P R O C E S S O S

L I D E R A N Ç A

Sat is fação do Cl iente

Sat is fação do Pessoal

Impacto Soc ia l

R E S U L T A D O

Inovação e Aprendizagem

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25

O SPQ é a estrutura que engloba, de forma integrada, as

entidades que congregam esforços para a dinamização da

qualidade em Portugal e que assegura a coordenação dos três

subsistemas – da Normalização, da Qualif icação e da Metrologia –

com vista ao desenvolvimento sustentado do País e ao aumento da

qualidade de vida da sociedade em geral. (IPQ, 2006).

O SPQ tem como objectivo a garantia e o desenvolvimento da

qualidade através das entidades que estabelecem princípios e

meios, que permitam de forma credível o alcance de padrões de

qualidade adequados, tendo em vista a universo das actividades,

seus agentes e resultados nos vários sectores da sociedade.

2.4.3. Normas de qualidade dos centros desportivos

A qualidade em unidades de produção centra-se no produto, nos

centros desportivos centra-se no cl iente. Devendo dirigir-se toda a

atenção para o sistema de serviços:

- Atenção dada ao cliente, principalmente nos primeiros

encontros.

- Aproveitamento de todos os recursos do centro desportivo.

- Eficácia contínua na prestação dos serviços.

- Confiança, Segurança e Profissionalismo – valores essenciais a

transmitir ao utente.

A qualidade pode decrescer ou elevar-se. Mas deve sempre

manter-se a sensibil idade e atenção constantes, respeitando o

nível dos serviços que se prestam. A Qualidade deve ser entendida

como um meio e não como um fim.

Nas organizações sem fins lucrativos (como é o caso dos B. V.)

onde os cl ientes são designados, depreciativamente por utentes ou

uti l izadores, uma vez que não é frequente uma academia num

Page 44: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

26

corpo de bombeiros, ( locar frequentado por uma classe baixa na

sua maioria) é necessário ter uma perspectiva de gestão centrada

nestes, pois são eles que garantem, de acordo com Andrés (1996),

a chave da qualidade de uma organização desportiva, são a

satisfação do cliente e a eficiência económica dos sistemas que a

compõem, tendo em conta os mecanismos de retroacção que

introduz ajustamentos fundamentais ao seu desenvolvimento.

Criar uma cultura de qualidade não é fácil e demora muito tempo,

mas não podemos esquecer os benefícios desta f i losofia.

Para ter êxito no mercado competit ivo de hoje, um centro

desportivo deve fornecer serviços em conformidade com as

exigências dos cl ientes, a um custo mínimo.

Segundo Buján (2004) dentro do sector de actividade física e

desportiva, apenas se conhecem normas sobre a qualidade dos

serviços. Será também importante desenvolver normas de controlo

sobre a qualidade dos professores e restantes colaboradores,

segurança e resultados. Deve-se ter em conta:

- Elementos humanos; comunicação, dar atenção, questionar,

cumprimentar.

- Elementos Técnicos; o nível das sessões (se vão de encontro às

necessidades dos utentes), desenvolvimento das sessões

(Progressões adequadas, classes divertidas, prestar atenção).

- Material uti l izado de forma apropriada e acessível.

- Elementos de Manutenção; aspecto das salas, temperatura,

l impeza e higiene, segurança etc.

Segundo o mesmo autor, o futuro da qualidade das empresas de

serviços de actividades físicas e recreativas, passa pela sua

Page 45: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

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direcção, como motor que impulsiona e desenvolve o crescimento

da mesma, através de várias comportamentos.

É fundamental concentrar todo o esforço do centro desportivo na

implantação de uma qualidade total com base na gestão dos

colaboradores.

As normas de qualidade de um serviço podem ser de três t ipos

segundo a procedência:

- Ditadas pelo Estado (t ipo laboral, f iscal, segurança, etc.).

- Normas de comunidade (Câmaras Municipais).

- Normas da própria organização (Recursos Humanos,

Funcionamento Técnico – desportivo, Cliente, etc.).

Não faz sentido falar-se de qualidade, se esta não for controlada.

É necessário criar um mecanismo que avalie a qualidade dos

serviços através de protocolos, investigação do mercado,

identif icação, análise e estabelecimento de critérios de avaliação

(Buján, 2004).

No caso concreto da prestação de um serviço desportivo em que

recai sobre 20 ou 30 alunos (aulas de grupo), não é seguramente

igual a um serviço prestado a uma só pessoa (personal training).

Este factor levanta naturalmente problemas ao nível da qualidade.

Instruir os cl ientes é um factor importante da prestação de um

serviço de qualidade, é mais do que indicar as características do

serviço que implica:

- Atrair os clientes.

- Dar informações.

- Dar a possibil idade de escolha.

- Levar à participação dos cl ientes.

- Responder a perguntas e dúvidas técnicas.

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28

A percepção da qualidade por parte do cl iente será influenciada

por um conjunto de factores onde se incluem as instalações, oferta

de serviços, atendimento (recursos humanos), etc.

Para assegurar que se aplica um sistema de procedimentos

normalizados que controle a qualidade de um produto ou de um

serviço, requer-se um documento que descreva todos os

procedimentos adequados.

Para se conhecer o nível de qualidade existente é fundamental ter

pontos de referências muito concretos com os quais se possa

comparar. Para isso é necessário uti l izar protocolos de controlo.

2.5. Medição e controlo de qualidade

Se não existir um controlo de qualidade que avalie o que se

pretende implementar, f icamos sempre sem saber se resulta e se é

a mais adequada ao serviço prestado.

As vantagens do controlo de qualidade são muitas:

- Dar uma verdadeira garantia de qualidade.

- Abrir canais de comunicação dentro da empresa.

- Permit ir que as empresas descubram falhas antes que estas

se convertam num desastre.

- Permitir que a empresa (centro desportivo) se ajuste de

maneira eficiente às mudanças e gostos dos consumidores.

Não existem normas perfeitas, sejam elas nacionais, internacionais

ou de uma própria empresa, pois todas contêm alguns defeitos

inerentes à actividade ou serviço. As exigências dos clientes

mudam continuamente.

Page 47: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

29

As normas que eram importantes num determinado momento

tornam-se impróprias noutros tempos e contextos. O que hoje é

bom para um cliente, amanhã será só aceitável.

Na prática, temos que fazer uma revisão e melhorar

constantemente as normas de qualidade.

Um bom controlo, signif ica rever as normas de qualidade

constantemente para que se vá de encontro à voz dos

consumidores e suas reclamações, assim como os requisitos de

todo o processo.

As normas não devem ser demasiadamente rígidas nem conduzir a

arrogância (Buján, 2004)

O meio de controlar, depende do tamanho da empresa e deve

recair sobre:

- Os erros cometidos.

- Análise das suas causas.

- A possibil idade de seleccionar os erros.

Para se poder realizar um controlo de qualidade de uma empresa

de serviços, é fundamental dispor de um manual de procedimentos

adequados aos objectivos da empresa.

Para se determinar a qualidade dos serviços e conhecer os

cl ientes, deve-se:

- Escutar directamente.

- Através de contactos telefónicos e e-mail.

- Criar grupos de opiniões.

Pode-se também definir uma escala de valores de forma a ser

aplicada. Para se medir os serviços no âmbito das actividades

físicas – desportivas e recreativas pode ser uti l izada uma escala

decimal (1 a 5) em que vai do péssimo ao excelente.

Existem outras formas, dependendo do objectivo. Tais como:

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30

- Gráficos

- Histograma

- Diagrama de Causa / efeito (Buján, 2004).

Para ser possível elevar os níveis de satisfação, é preciso realizar

periodicamente, estudos para se aferir a qualidade do serviço,

obviamente, centrados nas opiniões dos cl ientes, entende – se por

isto controlo da qualidade (Correia, 1997).

2.5.1. Scale of Quality In Fitness Services

A maior parte da investigação em qualidade de serviços foi feita

em torno do instrumento Servqual (Parasuraman 1988), o qual é

baseado no modelo de gaps. O Servqual é o mais referenciado na

l i teratura e tem sido bastante usado numa variedade de sectores

de serviços.

De acordo com o modelo do Servaqual, a qualidade de serviço

pode ser medida através da identif icação de gaps entre as

expectativas e percepções dos cl ientes acerca da performance dos

serviços. A percepção que se tem da qualidade de um serviço

resulta da avaliação global relacionada não só com o serviço em

si, mas sobretudo com o resultado de comparações que o

consumidor estabelece entre as expectativas e a forma com vê a

performance real.

O Servqual é constituído por cinco dimensões: - tangibil idade,

f iabil idade, responsabil idade, garantia (englobando as dimensões

competência, credibil idade e segurança) e empatia (englobando as

dimensões acessibil idade, comunicação e compreensão do

cl iente).

Alguns autores crit icaram este modelo numa base teórica e

operacional (Buttle, 1995). As crít icas consistem no facto de se

Page 49: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

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basear num paradigma de desconfiança em vez dum paradigma de

atitude.

Com base em alguns itens de escalas Servaqual e Quasc e

baseado na perspectiva dos sistemas de produção e consumo dos

serviços Chang (1998) desenvolveu um instrumento de medida de

qualidade em serviços de fitness, o SQFS – Service Quality in

Fitness Services, posteriormente validado para a população

portuguesa por Ferreira (2001) – SQFSp – Questionário sobre a

Qualidade dos Serviços em Centros de Fitness.

Para o seu preenchimento é solicitado aos inquiridos a indicação

da sua opinião relativamente a cada item, recorrendo escalas de

resposta t ipo Lickert de 7 pontos (de 1 = discordo totalmente,

nunca ou completamente falsa, a 7= concordo totalmente, sempre

ou completamente verdadeiro).

O nosso meio de avaliação teve por base este instrumento,

uti l izando as escalas de Lickert de 5 pontos.

A forma mais conhecida para a avaliar a qualidade dos serviços

nos Centros de Fitness, foi concebida por Chang (1998) e que

designou por Scale of Quality in Fitness Services (SQFS) e que é

constituída por 3 escalas:

- Primeira destina-se a avaliar as percepções da qualidade

dos clientes, que inclui 9 dimensões;

- Segunda destina-se a avaliar a satisfação de clientes, que

inclui 2 dimensões

- Terceira destina-se a avaliar a f idelização de clientes, que

inclui 1 dimensão.

Esta avaliação consiste em perceber a qualidade entendida pelo

cliente, bem como, a sua satisfação e f idelização.

Page 50: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

32

O desenvolvimento deste processo faz-se por fases:

Fig. 2: - A Qual idade como um sistema nos Serviços de Fi tness Adaptado de

Chang (1998)

Fase Input – Refere-se aos pressupostos dos serviços e que estão

na base de todo o processo de um serviço de qualidade e

satisfação.

Fase Thoughput – Refere-se à distribuição do serviço propriamente

dito, corresponde às expectativas acumuladas ao longo dos vários

encontros com o serviço (fase throughput ou da distribuição do

serviço) e as percepções da qualidade dos serviços produzidos,

que vão desencadear determinados tipos de reacções. Se forem

favoráveis conduzem à satisfação dos cl ientes, se forem

desfavoráveis levam à insatisfação dos mesmos (Cronin & Taylor,

1992).

Fase Output – Refere-se aos resultados do serviço, bem como às

relações que se estabelecem entre si. Esta fase corresponde aos

resultados da percepção da qualidade relativamente ao serviço

prestado e está directamente relacionado com os pressupostos de

qualidade da própria organização.

Page 51: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

33

Fase Outcomes – Refere a qualidade dos serviços analisada como

um output do sistema (resultado) que poderá levar a ter várias

consequências (outcomes), tanto na perspectiva dos cl ientes,

como dos funcionários, ou mesmo da organização (Chang, 1998).

A avaliação da qualidade de serviço na indústria desportiva,

apesar dos vários estudos, ainda é um assunto controverso

(Wil l iams, 1998). Vários instrumentos foram criados, resultando de

diferentes modelos conceptuais, para avaliar a qualidade dos

serviços. Foram propostas várias escalas, algumas das quais

usaram a metodologia do Service Quality Scale (Servequal) .

Estudamos estes instrumentos para adaptar um á nossa realidade.

Deste modo, atendendo aos objectivos principais do nosso

trabalho, decidimos uti l izar a versão portuguesa do modelo

proposto por Chang e Chelladurai adaptando-a á realidade do

nosso estudo.

A forma como o cl iente percepciona a qualidade em função do

serviço prestado e que está directamente relacionado com os

pressupostos apresentados pela organização, leva-o a ter um

maior ou menor grau de satisfação. Mas mais, pode ainda avaliar o

grau de importância dos serviços, em função das suas

expectativas.

Este resultado corresponde a um estado físico e mental, como

refere Grove (1992).

Devido á grande interacção cliente / colaborador a percepção da

qualidade poderá ter diferentes leituras quer para o cl iente ou para

a organização.

Este sistema de avaliação serviu de base ao desenvolvimento e

aplicação ao nosso trabalho, adaptando-o em parte aos objectivos

por nós propostos.

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34

2.6. Garantia de qualidade nos centros desportivos

Os centros desportivos devem garantir uma qualidade de acordo

com as exigências dos clientes e não ficar só pelas normas

nacionais ou internacionais.

Todos os intervenientes devem ter como meta a qualidade, e que

esta seja reconhecida pelos outros (clientes).

Na l inha de pensamento de Buján (2004, pag. 84) “ A garantia de

qualidade é assegurar um serviço de modo que o cl iente possa

uti l iza-lo com confiança, durante muito tempo com um elevado

nível de satisfação”.

É fundamental gerar uma cultura de garantia nas academias e

centros desportivos, que de uma forma empírica parece não existir.

Os uti l izadores procuram qualidade, mas raramente encontram

garantias de um resultado final e de uma orientação científ ica,

para a execução das tarefas que lhe são propostas pelos

monitores das academias.

Para que um cliente consuma um serviço desportivo deve ter

confiança no centro e que este tenha um bom-nome no mercado.

2.6.1. Atendimento ao cliente

É fundamental conhecer os cl ientes para que estes possam ser

atendidos como merecem, prestando-se atenção às queixas ou

reclamações, e procurando a solução mais apropriada ao problema

específico.

O centro desportivo moderno deve trabalhar centrado no cliente,

em que este é o principal e se encontra sempre em primeiro lugar,

indo ao encontro das suas necessidades e expectativas.

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35

Pode ler-se frases como estas, que demonstram bem a importância

do cliente para a instituição:

- “A f i losofia da academia centra-se na satisfação total dos

utentes (qualidade).

- “Os atletas serão colocados sempre em primeiro lugar”.

- “Queremos que se sinta em casa”.

Existem princípios de tratamento com os cl ientes / utentes, tais

como:

- Não interromper as suas queixas.

- Não discutir nem responder à sua agressividade.

- Ouvir atentamente adoptando uma atitude serena.

- Solucionar o problema.

- Levar em conta as suas reclamações com respeito.

- Compensar o cliente de qualquer forma.

- Dar mais atenção.

Na l inha de pensamento de Buján (2004), actualmente os cl ientes

são cada vez mais exigentes e intoleráveis com as deficiências do

serviço prestado. A competit ividade vai sendo cada vez maior. Os

clientes controlam a situação, comparam e avaliam a academia.

Os centros desportivos das associações e serviços públicos devem

competir também no mercado e na sociedade onde cada vez mais

se pede uma gestão de qualidade a baixos custos.

A imagem da empresa ou associação, a qualidade das instalações

e serviços aliado à necessidade de uti l izar esse espaço é uma

parte da motivação das pessoas.

O factor humano de toda a equipa é fundamental no

desenvolvimento da empresa.

A atenção ao cl iente é algo muito pessoal, de um trato directo

entre cl iente e colaborador. Este factor pode gerar benefícios.

Page 54: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

36

Não podemos esquecer que o cl iente hoje em dia está mais e

melhor informado e tem mais capacidade de selecção, (pode

comparar preços, serviços, atendimento, instalações etc.)

Gostava de concluir que os cl ientes não recebem apenas o que a

organização faz ou desenvolve, mas também influência de forma

directa ou indirecta, posit iva ou negativamente o processo de

relacionamento inter-pessoal (Aluno - Professor, Aluno - Aluno), e

consequentemente leva a uma satisfaço ou insatisfação deste.

2.6.2. Qualidade e satisfação dos clientes.

Da revisão da l i teratura depreende-se que o conceito de qualidade

de um serviço e satisfação do cl iente são únicos, mas que não

podem ser tratados da mesma forma. De acordo com Bitner e

Hubbet (1994) a qualidade dos serviços define-se como a

impressão geral do consumidor acerca da superioridade ou

inferioridade desse. A satisfação ou insatisfação do cl iente mede-

se pela experimentação de um serviço, comparando-o com as suas

expectativas iniciais.

É importante termos presente que a qualidade e satisfação são

conceitos que estão interl igados (embora sejam diferentes).

Podemos dizer que ambos os conceitos mantêm uma estreita

relação, ditando assim a adesão ou não de determinado produto.

Oliver (1997) define satisfação como um estado psicológico,

dependente da avaliação de uma ou várias características que o

produto ou serviço lhe proporciona. De acrescentar ainda que o

grau de comparação pode levar a uma maior ou menor satisfação

do cliente.

Yi e Nascimento (2000) consideram que a satisfação do

consumidor é um estado de espírito que parte da avaliação relativa

a uma experiência na aquisição de um produto ou serviço.

Page 55: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

37

Parece-nos então existir uma grande diferença entre qualidade e

satisfação do cliente, sendo que para a primeira podem ocorrer na

ausência da uti l ização dos serviços, ao passo que a segunda só

pode ser avaliada perante a uti l ização ou consumo de determinado

serviço. Contudo a satisfação do cl iente está intimamente

relacionada com a qualidade, sendo este últ imo determinante na

captação e f idelização dos destinatários dos serviços.

Rust e Oliveira (1994) referem que existem diferenças entre os

signif icados de qualidade e satisfação. A avaliação da primeira

pode ser mais específ ica e resulta de características ou sugestões.

No entanto a satisfação pode resultar da qualidade dos serviços,

mas também dos conhecimentos e da forma como sentimos o

agrado do que consumimos.

Segundo Gerson (1998) as necessidades do cliente estão

intimamente relacionadas com a satisfação, isto porque um cliente

satisfeito é aquele que vê as suas necessidades satisfeitas ou

excedidas.

A satisfação assume um carácter mais abrangente do que a

qualidade, podemos assim concluir que a qualidade de um serviço

é uma componente que leva a satisfação do cliente.

Na sua forma mais simples os serviços são realidades cuja

natureza é intangível, isto é, não pode ser tocados, vistos e

sentidos. Trata-se de características que pretendem distinguir

serviço de bens de consumo / produto.

Numa academia as funções desempenhadas pelos professores

(avaliação, motivação, correcções etc.) não podem estar ao

alcance dos alunos, o que realmente vêm ou tocam são as

componentes tangíveis do serviço (as instalações e os

equipamentos). Gerson (1998) afirma que a qualidade e o serviço

são os meios para atingir os f ins.

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A satisfação do cliente está intimamente relacionado com a

qualidade, e um cliente satisfeito f ideliza-se e defende a

instituição.

Um sistema de qualidade bem implementado, reduz a possibil idade

de desiludir o cl iente, ao mesmo tempo que vai potenciar a sua

satisfação.

Pela pesquisa realizada, verif icou-se que raras vezes os termos

qualidade e satisfação são uti l izados alternadamente, como

signif icando a mesma coisa.

Para Buján (2004) quando se presta um atendimento de qualidade

há que ter em atenção os seguintes aspectos:

- Prestabil idade – desejo de ajudar o cl iente e fornecer um

serviço rápido.

- Competência – recursos humanos e tecnológicos.

- Cortesia – educação, respeito, consideração e cordialidade.

- Confiabil idade – capacidade de cumprir o prometido.

- Credibil idade – transmissão de confiança e honestidade.

- Segurança – fundamentos da prática.

- Facil idade no acesso – contacto com o pessoal.

- Comunicação – manter o cliente informado sobre o produto.

-Adaptabil idade – capacidade de respostas a situações

previstas.

- Imagem – visão ou conceito formado sobre a empresa.

Ainda segundo o mesmo autor a satisfação total do cl iente

depende de vários pontos de contacto deste com a Empresa.

Contacto esse que pode ocorrer a partir de todo e qualquer

episódio que transmita alguma impressão sobre a Empresa, os

seus serviços, e que contribua para a formação da imagem. Fazer

certo da primeira vez, em todos os pontos de contacto com o

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cliente é uma oportunidade de o satisfazer em pleno e, logo,

f idelizá-lo. Esta será com certeza a forma mais eficiente de moldar

uma imagem posit iva.

Uma Empresa só alcança qualidade quando surpreende os

clientes. Mas atenção, isto exige percepção e imaginação; O que

surpreende hoje pode tornar-se rotineiro amanhã.

A maioria dos produtos ou serviços está associado mais às

necessidades psicológicas do que às essenciais ou básicas; o

produto possui um valor agregado de impacto psicológico ao

cl iente.

Algumas vantagens que justif icam direccionarem a empresa para a

satisfação dos cl ientes:

- Aquisição de vantagem competit iva duradoura em relação à

concorrência.

- Garantia de sobrevivência e estabelecimento de condições

favoráveis ao crescimento e desenvolvimento da Empresa.

- Fidelidade dos clientes / encantamento por inovações que

atendam expectativas e necessidades até então desconhecidas por

ele próprio.

- Maiores lucros nas vendas.

- Redução dos custos e não da qualidade.

Para ter êxito no mercado competit ivo de hoje, um centro

desportivo deve realizar serviços em conformidade com as

exigências dos cl ientes, a um custo mínimo.

A qualidade dos serviços é, um conceito subjectivo, o que signif ica

que conhecer as expectativas do cl iente acerca dessa qualidade é

essencial para se conseguir uma gestão efectiva (Rust & Oliver,

1994).

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40

Importa perceber que a qualidade efectiva é aquela que é

percebida pelo cl iente, pois só essa será capaz de atingir a sua

satisfação (Gronroos, 2000).

A satisfação ou insatisfação resulta da comparação que o cl iente

estabelece entre a qualidade do serviço experimentado e

qualidade esperada, esta relação não é assim tão l inear, porque

mesmo um serviço prestado de acordo com os mais elevados

padrões de qualidade pode não provocar a satisfação pretendida

no cliente quando ele vive situações extremas (falta temporária de

luz, excesso de tráfego, falta de água quente etc.).

Apesar da qualidade de serviços e da satisfação de clientes

estarem altamente relacionadas, a satisfação pode resultar de

quaisquer dimensões, relacionadas ou não com a qualidade (Rust

& Oliver, 1994).

2.6.3. Heterogeneidade

Atendendo a que os serviços prestados nas academias são feitos

para pessoas, torna-se impossível estabelecer um comportamento-

-padrão. Vários factores condicionam este estado (humor,

motivação, experiência etc.)

O envolvimento e o conhecimento vão contribuir para um melhor

desempenho das tarefas.

A heterogeneidade associada aos serviços é o resultado da

interacção que se estabelece entre fornecedores (professores) do

serviço e os cl ientes (alunos).

A forma como os responsáveis (professores, recepcionista, outros)

interagem com os clientes vai produzir nestes efeitos variados

condicionados pelo estado emocional dos primeiros.

Qualidade é uma característica intrínseca e mult ifacetada de um

produto. A relevância de cada faceta pode variar com o contexto e

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41

ao longo do tempo, pois as pessoas podem mudar seus

posicionamentos e actualizar os seus referenciais em relação a um

objecto ou a uma questão. Portanto, a qualidade não é absoluta,

mas depende da perspectiva do avaliador. Como tal, qualquer

medida de qualidade deve ser subjectiva, sumariando as

impressões de alguma classe particular de indivíduos, que

interajam com o produto.

2.7. Academia / Ginásio

A designação de Ginásios ou Academias de ginástica na

perspectiva das Ciências da Saúde (2004) são: - “Instalações que

têm programas que pretendem promover e manter um estado de

bem-estar físico e mental”.

Já Toscano (2001) conceitua as academias de ginástica como

centros de actividades físicas onde se prestam serviços de

avaliação, prescrição e orientação de exercícios físicos, sob

supervisão directa de profissionais de educação física.

O modo como os espaços destinados ao lazer interferem no

comportamento do indivíduo, e a forma como este se vai relacionar

com os outros é de maior importância numa academia. É neste

lugar onde se desenrolam as actividades físicas e como se

organizam os espaços, sendo este um factor de responsabil idade

no sentido de inibição ou encorajamento à prática das actividades.

Para Eichberg (2004, cit. Pereira, A.) os espaços desportivos

apresentam aspectos que nos permitem compreender determinadas

relações entre a actividade física e o meio.

O ambiente de ginásio procura estar de certa forma isolado do

meio, existindo uma demarcação clara do mundo quotidiano para

um mundo de exercício e bem – estar. Assim, podemos considerar

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que este espaço possibil i ta que durante algum tempo possamos

ser outra pessoa e dentro dele.

A recepção será o local onde se estabelece o primeiro contacto

com os clientes, sendo fundamental um bom atendimento (rápido,

informações precisas acerca de todos os serviços, etc.). A

formação das pessoas desta área tem que ser bastante cuidada,

no sentido de um melhor atendimento que cative os alunos /

cl ientes, e que faça com que estes se sintam únicos e integrados

no grupo.

A personalização dos serviços, a f idelização e captação de novos

sócios, assenta sem dúvida no primeiro contacto. Deve-se criar no

aluno um sentimento de pertença em que este “vista a camisola”,

ou seja, sinta e defenda um espaço que parti lha, gerando l igações

com esse lugar.

Na l inha de pensamento de alguns autores, entre os quais Fortuna

e Silva (2001), afirma que o sentido de pertença foi alterado,

dando lugar ao aparecimento de espaços de interacção, dentro dos

quais se podem incluir os ginásios /academias /health clubs .

As salas que compõem os ginásios devem ser amplas e venti ladas,

e recriar espaços naturais, de fácil acessibil idade ao equipamento.

Estas salas devem dispor de equipamento actual, ergonómico e

variado.

O aluno deve sentir-se bem, ser orientado por um professor com

formação e não se deve sentir pressionado pelo tempo (o tempo de

espera deve ser reduzido ao máximo).

O som, a luz e a imagem devem estar presentes no sentido de

criar um envolvimento favorável à prática do exercício físico

moderno (se puder ser personalizado melhor).

O espaço envolvente é fundamental, ao ponto de alunos marcarem

o seu lugar nas aulas de grupo, o que demonstra bem a

importância que revela a delimitação do seu próprio território.

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Casos destes já se passaram ao longo da experiência de qualquer

profissional à frente de um ginásio, situações que por vezes são

difíceis de gerir.

Outro espaço de fundamental importância é o balneário. Este deve

ter cabines de duche individuais, com amplas áreas de vestir, de

forma a evitar o amontoado de pessoas (principalmente nas horas

de maior afluência). A venti lação e cl imatização não devem ser

esquecidas, assim como uma higiene cuidada. Deve ainda estar

equipado com secadores de cabelo, amplos espelhos e cacifos

personalizados.

Um novo conceito que já vai surgindo nos health clubs de elite, é o

que se chama de bem-estar (wellness), uma realidade que se

alcança facilmente associando ao espaço onde se pratica a

actividade física um centro de SPA.

O aluno / cl iente valoriza o relaxamento físico e psíquico, o que

pode ser uma mais valia ou complemento destas estruturas.

Um ginásio é um espaço que ultrapassa largamente o mero local

físico onde se pratica exercício sob orientação de um técnico. Ele

transporta consigo um envolvimento l igado ao lazer, o que vai

reflectir-se quer nas relações sociais que este vai potenciar, quer

no que toca ao aspecto estético e de saúde.

Estes factores estão intimamente l igados a uma imagem corporal

desejada, que é imposta pelos media e pelo conceito estético que

se vive actualmente; muitas vezes tornando-se esse apelo

excessivo, podendo por vezes levar a desequilíbrios físicos e

psíquicos.

Assim, o espaço e os recursos humanos são fundamentais à

motivação ou inibição dos uti l izadores e por conseguinte à

f idelização destes.

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2.7.1. O Corpo

Ao falar-se de exercício físico na sociedade actual é inevitável

abordar os novos conceitos que rodeiam a noção de “corpo em

forma”. Há uma procura incessante do corpo ideal; uma aspiração

que nos chega a cada momento pelos meios de comunicação como

uma necessidade para quem quer alcançar o sucesso pessoal, e

aceitação em termos das relações inter – pessoais.

Cada vez mais, a prática de exercício físico está l igada à procura

do prazer, do dinamismo e do conceito “desportivo” (conceito este

que surge por sua vez l igado a várias áreas - roupa e carros

desportivos, vida desportiva, etc.,).

Começa a emergir o desporto lazer, o desporto saúde e tornou-se

um dos aspectos mais importantes na vida das pessoas, de uma

forma individualista, centradas no corpo.

Segundo Garcia (2003, cit. Cachada) o desporto dos nossos dias

não passa de uma forma que o homem encontrou para mostrar que

o corpo é uma das características mais marcantes das sociedades

actuais.

Este autor considera ainda que este novo conceito de corpo é uma

exigência social. Mas será pela saúde ou pela estética? Estudos

recentes, apontam que a estética é a grande preocupação, porque

através dela o indivíduo aumenta a sua auto – estima e cria

relações interpessoais mais facilmente.

Segundo Gervil la (1993) o prazer e o culto do corpo são

reconhecidamente valorizados nos nossos dias. Ele assume um

valor fundamental na sociedade contemporânea.

Este apelo ao “corpo perfeito” transporta-nos para um novo

conceito procurado por todos, levando as pessoas à procura de

truques que conduzam a uma beleza corporal e juventude eterna,

(ginásio, exercícios, nutrição, suplementos, cirurgias,

medicamentos etc.).

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A imagem corporal pode ser definida como visão do nosso corpo,

que produzimos na nossa mente (Schilder, 1999). Não passa de

um estado de espírito e quando esta é negativa pode levar a

comportamentos desnecessários (cirúrgicos, estéticos, dietas,

etc.).

Na sociedade actual a grande preocupação centra-se no corpo, o

que não passa despercebido e está plasmado em centenas de

páginas de publicidade de qualquer t ipo: - revistas, outdoors, TV…

O corpo está sempre presente na promoção de qualquer artigo

remetendo-nos para uma análise do corpo enquanto objecto de

percepção.

Face a esta realidade actual levantam-se duas questões de fundo:

- Em primeiro lugar a questão da atracção que este provoca

nos outros, ou seja, na percepção social do corpo.

- Em segundo lugar os efeitos do aspecto físico nas relações

interpessoais.

Mauss (1936) já considerava o corpo como um instrumento. De

acordo com este autor, as técnicas do corpo constituem um

processo de aprendizagem ao nível físico – pisco – social,

categorizado pela idade, sexo e classe social.

O corpo é o “objecto” mais privado que possuímos, mas ao mesmo

tempo, aquele através do qual nos damos (relações sociais,

repouso, dança, etc.,). Para além do exercício, das expressões,

das emoções, os movimentos corporais, estão implícitos na própria

regulação dos comportamentos, que desempenham um papel

importante no estabelecimento de «laços» e no controlo de

inibições. O corpo é sem dúvida, uma organização biológica que

suporta os comportamentos, funciona mais como objecto de

percepção e redução, e menos como realidade e unidade de vida.

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O corpo é talvez, na sociedade actual, aquilo que de menos

biológico possuímos.

Com base nesta nova visão conceptual do corpo, o exercício físico

não pode ser entendido de uma forma aleatória, mas sim de acordo

com as vontades dos indivíduos, apresentando-se assim as novas

tendências do fitness aliado a um conjunto alargado de serviços

que contemple, não só o exercício físico, mas o prazer de o

realizar, l igada a uma forte componente motivadora que passa pela

relação que se estabelece entre os demais. As academias são as

que melhor resposta dão aos novos valores sociais e mais

rapidamente se moldam às necessidades e interesses das

pessoas. Aliás, são as academias que sustentam através de vários

serviços os aspectos que se prendem com saúde e estética na

construção de um corpo ideal.

Segundo Cachada (2003), as academias cumprem a sua função

quando convocam o corpo para o prazer, a beleza, a dança, a

música, enfim as novas tendências do desporto.

2.7.2. Saúde / Bem-Estar

O conceito de saúde tem sido cada vez mais difundido e almejado

na sociedade actual, cujo objectivo primordial é melhorar a

qualidade de vida do homem.

A cada dia inovam-se as técnicas e conhecimentos científ icos na

busca do padrão ideal de uma vida saudável.

Saúde não é apenas a ausência de doença, ela corresponde ao

bem-estar humano na vertente, psíquica e social. Assim consta na

definição mais conhecida, proposta pela Organização Mundial de

Saúde (OMS). Uma das grandes batalhas desta organização desde

o início do século é a melhoria da qualidade de vida através da

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promoção de hábitos saudáveis, nestes inclui-se a pratica regular

de actividade física.

Toscano (2001) sugere que a relação entre actividade física e

saúde se justif ica pelas muitas evidências de que níveis

apropriados de aptidão física, mantida durante toda a vida por

meio de exercícios regulares, exercem efeitos benéficos nas

funções dos órgãos em geral; tendo como consequência o

prolongamento da vida em termos temporais, e em termos de

qualidade. O autor diz também que, desta forma, pode ser

apontada a academia de ginástica, como sendo um centro com

potencial para prestar um serviço de saúde primário, sendo

possível sua ampliação para outros níveis de prevenção.

Porém, face às discussões que vêm sendo realizadas a respeito, o

conceito da OMS recebe crít icas, uma vez que desconsidera a

saúde e a doença como um processo, portanto não existindo em

estado “completo”. Dejours (1986) entende que a saúde

compreendida como um estado é um equívoco e propõe o conceito

de vulnerabil idade, uma vez que os organismos vivos, e dentro

deles os homens, são caracterizados pelo movimento e não pela

estabil idade. Assim, há os que compreendem a saúde como um

fenómeno eminentemente individual, como por exemplo o

paradigma clínico, enquanto outros percebem a saúde

determinada, principalmente, pelo social. Há ainda aqueles que

consideram a saúde como resultado desse dois elementos.

Quer numa vertente, quer noutra, os benefícios da prática regular

de actividade física vão além do controle de peso.

Pesquisas mostram que os exercícios ajuda a reduzir o risco de

várias doenças, além de incrementar sensivelmente a qualidade de

vida, melhorando a auto – estima e combate o stress.

Pode-se notar uma tendência actual em que a educação física

ganha notoriedade na área da saúde devido à visão de que a

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actividade física, em todas as idades e de todas as formas pode

ajudar os praticantes a entender melhor o próprio corpo e os

mecanismos para o desenvolvimento de uma vida saudável.

Face à nova realidade social a importância da imagem corporal

encontra-se fortemente associada ao trabalho desenvolvido nas

academias.

Por vezes confundem-se os conceitos de saúde e estética, que

apesar de estarem intimamente l igados representam signif icados

diferentes.

Sem dúvida que o corpo é a parte mais visível e reflecte o estado

do ser humano.

Várias pessoas, nos l imites da busca de um corpo perfeito,

consideram a aplicação de métodos pouco ortodoxos, pondo em

risco a própria saúde.

A necessidade de exibir um corpo ditado pela moda, leva muita

gente à desinformação. Horas e horas nas academias na ânsia de

resultados rápidos, muitas das vezes, não cumprindo as

orientações dos técnicos, assim como aquisição de produtos bem

publicitados, mas que podem colocar em risco a própria saúde

Pereira (1999).

2.7.3. Conceito de Lazer

Dumazedier (1976, pag.33) define lazer como “um conjunto de

ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de l ivre vontade,

seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se,

ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação

desinteressada, sua participação social voluntária ou sua l ivre

capacidade criadora após l ivrar-se ou desembaraçar-se das

obrigações profissionais, famil iares e sociais”.

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Em consonância com Dumazedier, está o conceito de lazer de

Camargo (1989) que define um conjunto de actividades gratuitas,

prazerosas, voluntárias e l iberatórias, centradas em interesses

culturais, físicos, manuais, intelectuais, artísticos e associativos,

realizados num tempo l ivre e que interferem no desenvolvimento

pessoal e social dos indivíduos.

A melhoria da qualidade de vida da população é a condição

indispensável para se pensar no desenvolvimento do lazer. A

realidade social impede que grandes camadas da população

tenham acesso á actividade de recriação numa perspectiva

integradora, desalienadora e de bem-estar.

O lazer, na sua forma ideal, seria um instrumento de promoção

social. Este conceito, entendido somente como descanso, está a

deixar de ter sentido para abrir-se a novos signif icados. De facto, a

revolução tranquila do lazer está a acontecer pela mudança das

suas representações e percepções. Estudos realizados na últ ima

década demonstram, por exemplo, que as novas gerações

concedem ao lazer um valor novo, um valor central em si mesmo.

As pessoas necessitam distrair-se, evadir-se da realidade, sair da

rotina. Este é o objectivo de múlt iplas ofertas de actividades tais

como as viagens de férias, os videojogos, os concertos de música

moderna, as academias de ginásio, os SPA, etc. Esta opção parte

do acto l ivre da pessoa. É um tipo de lazer mais maduro que usa a

sociedade de consumo, que não surge espontaneamente e que

assenta em pressupostos de natureza humanista.

A crescente procura deste t ipo de lazer sustenta-se na

necessidade de realização e identif icação pessoal e de grupo.

Grande parte das referências sobre este conceito, surgidas na

últ ima década, especialmente as norte-americanas, deixa bem

claro este novo caminho. O lazer deixa agora de ser um tempo que

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se obtém como prémio de trabalho ou de uma actividade que se

leva a cabo somente para a pessoa se divertir ou descansar. A

uti l ização de espaços desportivos e lazer passa a ser entendido

como experiência humana que proporciona a vivência e o

desenvolvimento de valores específicos, que contribuem para a

realização de cada pessoa. A satisfação e o bem-estar que emana

deste exercício, enquanto acção l ivremente escolhida, permitem

relacioná-lo com o aumento da qualidade de vida dos cidadãos, e

com a melhoria da sua saúde, entendida como estado de bem

estar físico, mental e social.

Assim sendo, o lazer enquanto direito específico de l iberdade e de

desenvolvimento humano, não pode ser entendido como um

aspecto residual de vida, um luxo ou algo periférico. Ele é uma

experiência necessária e enriquecedora. Um direito cívico que

confere às pessoas uma ideia de poder legít imo, que está

associado a uma certa evolução das suas aspirações sociais.

O papel social de determinadas Instituições / Associações vai no

sentido de criar serviços de f itness / lazer de qualidade a preços

satisfatórios (o que garante que tais actividades não sejam

“propriedade” só de alguns).

O lazer é um produto do próprio desenvolvimento Social, com

tendência a tornar-se mais importante, segundo o aumento do

tempo l ivre dos trabalhadores.

Para Marcelino (1983) a perspect iva de difusão social do lazer

passa pela democratização do acesso aos equipamentos e

espaços necessários à sua prática.

Uma formulação paradigmática que concebe o lazer a partir de

factores estruturais que a sociedade contemporânea apresenta,

considera a divisão da sociedade em classes e procura destacar

como se manifesta o lazer e o consumo cultural das elites segundo

o estudo de Forjaz (1992) , nesta visão trata-se de adequar o lazer

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ao seu quotidiano, compatibi l izando-o com o trabalho, dada a sua

situação de favorecimento económico.

O lazer depende das condições objectivas, ou seja, das condições

sócios económicas de cada indivíduo ou classe social detém.

Para os trabalhadores existem limitações que impedem o

desenvolvimento destas actividades. Estes não possuem sequer

condições que lhes permitam ter acesso a estas práticas de lazer,

muito menos tendo a possibil idade de optar entre as variedades

disponíveis. Assim, tanto as condições socio-económicas como o

tempo l ivre influenciam no desenvolvimento do lazer. Percebe-se

então, que as classes menos privi legiadas possuam oportunidades

reduzidas no que toca à ocupação dos tempos l ivres, ao contrário

das elites, que conseguem desenvolvê-lo graças ao facto de serem

detentoras do capital.

Perante este cenário, faz todo o sentido uma Associação

desenvolver espaços de lazer e de actividade física nos moldes

dos existentes para classes com melhores condições socio-

económicas mas a custos mais baixos.

2.7.4. O mercado do fitness

O Fitness, como produto de consumo não é alheio ao fenómeno da

moda, por isso a implementação de novas actividades, ou a

alteração das existentes, e o investimento em novos

equipamentos, baseados em recentes inovações tecnológicas, é

uma exigência para quem quiser estar no negócio. Sem dúvida que

também neste campo “a tradição já não é o que era”.

A sedução protagonizada pela publicidade em geral apela a um

consumismo crescente, não só de produtos, mas também o culto

do próprio corpo. Este é actualmente um dos valores mais

prementes da sociedade contemporânea. Caso contrário, como se

justif icaria todo o «mercado» subjacente às práticas corporais?

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52

Vivemos num tempo em que a mudança a nível tecnológico e

humano dos centros de fi tness é feroz e está em constante

mudança, o que traz novos tipos de concorrência e novas formas

de fazer as coisas.

Gerir a mudança com sucesso, requer um conhecimento pluri-

facetado no âmbito da gestão, mas também no âmbito das novas

tendências do fitness, que deve ser encarado como um verdadeiro

desafio empresarial.

Qualquer empresa só poderá sobreviver se “alguém” estiver

interessado nos serviços por ela produzidos. É necessário pois,

dividir o mercado num certo número de segmentos, quantif icá-los,

perceber as suas necessidades, conhecer os seus comportamentos

e atitudes relativos a estas actividades. Em síntese, a gestão dos

serviços deve ser realizada a partir de um percurso dedutivo, dos

cl ientes para os serviços, dos serviços para as estruturas

organizacionais.

Uma organização para continuar no mercado, (onde os cl ientes são

considerados como um recurso escasso), necessita de produzir

serviços de qualidade. Clientes são pessoas conscientes e

informadas, que procuram os serviços de acordo com as suas

necessidades.

A qualidade é hoje um factor estratégico de desenvolvimento das

organizações, cujo objectivo é a f idelização, e a conquista de

novos cl ientes.

Que o f itness é um mercado promissor, já sabemos. Mas quais as

principais razões para que os empresários e economistas sejam

tão directos nesta afirmação? Apesar de compararmos nossos

índices (muitas vezes empíricos) com os dos outros Países é

impossível negar nosso potencial. O mais importante é que o

mercado tem espaço para todos, desde que sejam competentes e

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bem administrados, independentemente do tamanho da academia e

local onde ela se localiza.

“O modelo de academia actual deve vislumbrar a modernidade e a

agil idade, em todos os aspectos. Parece-nos que as academias

actuais devem ser pequenas, (500 metros quadrados), para

atender um segmento específico de cl ientes, ou seja, cada aluno

tem o seu professor. Isto é uma tendência forte e que já existe e

está crescer. As academias estão a mudar e estão a abrir o seu

leque de serviços, já não são só ginástica. Passaram a atender

áreas holísticas, yoga, alongamento, ou seja, áreas que

desenvolvem o bem-estar psicológico e físico.

A terceira idade, também é um segmento a ser explorado cada vez

mais. É um público que paga para ter saúde, para viver mais e

melhor.

Os media também têm papel de grande importância para a

divulgação do crescimento do mercado, pois cada vez mais divulga

a melhoria da qualidade de vida através do f i tness. Faz parte da

vida das pessoas. O fitness é um produto que não tem fim, já que

as pessoas querem viver mais e melhor e a actividade física é uma

das formas mais importantes para melhorar essa qualidade. A vida

não tem preço. A saúde não tem preço.

2.7.5. Enquadramento legal

Nos últ imos anos tem-se verif icado um aumento signif icativo do

número de academias e respectivamente de praticantes de

actividades l igadas ao fitness; no entanto, nem sempre esta

progressão quantitativa tem correspondido a uma melhor prestação

de serviços com qualidade (Meirim, 2000). Segundo este autor,

verif ica-se uma preocupação por parte do Estado, no sentido de

regulamentar esta actividade.

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Está consagrada na Constituição da Republica, no seu artigo 2º;

como sendo tarefa fundamental do Estado, promover o bem – estar

e qualidade de vida das pessoas, entre outras.

A preocupação pela saúde e pelo bem-estar (Wellness), através da

prática de actividade física, é o motivo pelo qual as pessoas

procuram no ginásio o acompanhamento e a orientação de

profissionais que correspondam da melhor maneira possível, às

suas exigências e necessidades.

Devemos levar em consideração as premissas existentes na nova

legislação (Decreto – Lei n.º 385/99, de 28 de Setembro).

Acreditamos que os legisladores também vêem as academias como

potenciais promotores da saúde dos seus frequentadores, visão

que parti lhamos. Também neste sentido se insere a

obrigatoriedade da permanência de um profissional habil i tado a

tempo inteiro no ginásio (responsável técnico), cuja formação

será «determinada consoante a t ipologia da mesma ou, em

qualquer caso, tratando-se de l icenciado em estabelecimento de

ensino superior na área da Educação Física e do Desporto» –

Decreto – Lei n.º 385 / 99, de 28 de Setembro. Devendo ainda o

ginásio dispor de um seguro «que cubra os riscos de acidentes

pessoais dos utentes inerentes à actividade desportiva», referido

no Decreto – Lei n.º 385/99, de 28 de Setembro.

O início da frequência do aluno num Ginásio deve passar por um

contacto com o professor, cujo objectivo será informá-lo sobre as

aulas que o ginásio oferece, de forma a encaminhá-lo pelos

diferentes programas de treino.

Serão recolhidas informações sobre o passado desportivo do

aluno, definindo-se, assim, um programa de treino com base nas

informações recolhidas (tendo em consideração a intensidade que

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este suportará). Embora esta decisão seja sempre influenciada

pelos desejos do cl iente, pois este poderá preferir aulas isoladas,

com exercícios «calmos», o tempo disponível por semana / sessão

e os objectivos do cl iente terão um peso decisivo na definição do

programa de treino. Contudo não podemos esquecer a idade do

aluno e lesões que este tenha sofr ido. Estas e outras situações

clínicas devem ficar registadas no histórico de saúde, para que,

conjuntamente com a apresentação de um atestado médico

(obrigatório), os instrutores f iquem informados sobre as

actividades que o aluno pode praticar. Esta autorização médica

para a prática de actividade física, condiciona a admissão do aluno

à frequência das instalações desportivas, segundo o Decreto – Lei

n.º 385/99, de 28 de Setembro, garante ao responsável pela

Academia que tem condições para definir um programa de treino

para este aluno e realizar a avaliação da sua condição física.

Na primeira avaliação da condição física devem-se abordar com o

aluno os objectivos e as metas a alcançar. Procura-se então

determinar o progresso do programa de treino, marcando uma nova

data para que seja realizada uma reavaliação da condição física e

verif icar, ou não, o alcance das metas previamente definidas.

A avaliação da condição física, para além de servir como base

para a elaboração e a determinação de um processo de treino, terá

um papel signif icativo no acompanhamento do desempenho e

empenho do aluno, repercutindo-se, deste modo, na sua motivação

pessoal para a prática das actividades em causa.

Será nesta primeira abordagem possível reunir um conjunto de

informações e vantagens que permitem ao professor definir um

programa realista adaptado à individualidade do aluno, e que tenha

em consideração as suas necessidades (Soeiro, 2000).

É ainda proibida a venda, detenção ou cedência de substâncias

dopantes, nomeadamente de asteróides anabolizantes. Todas as

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instalações desportivas estão sujeitas ao controlo antidopagem,

nos termos do decreto-lei nº. 183/97, de 26 de Julho e da portaria

nº.816/97, de 5 de Setembro.

2.7.6. Serviços Desportivos

Buján (2004, pag.71) considera como serviço “…um bem intangível

que supõe uma transição entre o centro desportivo e o cl iente, em

que há um benefício económico ou social para a empresa e um

desfrutar de um prazer ou satisfação para o cl iente”. Os serviços

são um conjunto de prestações que o cl iente espera receber, como

consequência de um preço à imagem e reputação que tem.

Antes de se implementar um serviço, devemos conhecer as

necessidades e desejos dos potenciais consumidores (para se

averiguar os benefícios ou satisfação destes), estar atentos e

avaliar de forma permanente.

À partida, o princípio de pagar mais está l igado a uma maior

qualidade, melhor prestação de serviços, maior grau de exigência.

Todo o processo ou ciclo, desde que o cl iente entra nas

instalações desportivas até que sai, é considerado um serviço

(Buján 2004). Este autor concluiu ainda, que um serviço de

qualidade não acaba nunca, pois deve existir um contacto

permanente com o cliente (telefone, correio, informações etc.)

Pela análise da l i teratura, verif icamos que a caracterização dos

serviços não é pacíf ica, sendo por vezes inconclusiva. Há uma

indefinição conceptual em torno das características dos serviços,

sendo por isso difíci l de implementar uma estratégia adequada.

Se a componente humana que participa na prestação de um

serviço for elevada o sucesso pode aumentar. Deve também existir

uma profunda interacção entre o fornecedor do serviço (professor)

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e o cl iente (aluno). Esta característica marca a distância que

separa o serviço do produto.

Como refere Brito e Lencastre (2000), a qualidade de um serviço

depende de quem, quando e como o presta. Exemplo disto é a

forma de relacionamento (simpatia, profissionalismo, etc.) como os

colaboradores (professores, recepcionista…), se relacionam, com

os cl ientes.

O conjunto de características contidas num produto ou serviço que

atende e por vezes supera as expectativas dos clientes, engloba

qualidade intrínseca (preço adequado, prazo adequado e apoio pós

venda).

Segundo Pires e Santos (1996) o nível de educação e de

informação dos consumidores é cada vez mais elevado o que por

isso leva a uma maior consciência crit ica face aos serviços.

Pesquisas efectuadas por vários autores nos anos 80 levaram-nos

a identif icar dez dimensões da Qualidade de um serviço:

1º - Fiabil idade

2º - Cortesia

3º - Comunicação

4º - Capacidade de Resposta

5º - Competências

6º - Acessibil idade

7º - Credibil idade

8º - Segurança

9º - Compreensão

10º - Tangibil idade

De acordo com estes dez princípios, a qualidade do serviço

entendido pelo cl iente, resulta da diferença entre o serviço

esperado e o serviço percebido, o que é ainda influenciado

directamente pela experiência anterior, necessidades pessoais,

conselho de um amigo e publicidade.

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Os centros de f itness são um óptimo exemplo de uma organização

onde o cl iente é a f igura central do serviço. Os cl ientes têm

oportunidade de compreender a organização, de contactar

inúmeras vezes com os funcionários e interagir com os outros

clientes. Desta forma, a percepção dos clientes sobre a qualidade

do serviço resulta da avaliação do resultado final que deriva da

produção do serviço e da avaliação (Chang, 1998).

Por exemplo, o resultado de uma aula de grupo depende

fundamentalmente dos alunos que nela participam, da sua

predisposição para o exercício, da sua alegria e energia, entre

outros.

2.7.7. Fidelização dos clientes

Hoje em dia, a base do êxito da maioria das empresas passa pela

f idelização dos seus clientes. Está comprovado que as empresas

que subsistem no tempo, são aquelas que conseguiram fidelizar os

seus cl ientes.

Para que isto aconteça é necessário conhecer bem o cl iente e as

suas motivações, estabelecer um clima posit ivo de ajuda e

transmitir segurança.

A comunicação é importante porque vai ajudar a detectar as

necessidades e os objectivos dos utentes, que por vezes por

qualquer t ipo de problema não são expostos de forma clara.

Uma vez conhecidas as suas necessidades e desejos, há que

preparar uma estratégia capaz de responder eficazmente aos seus

anseios.

Manter os cl ientes é aumentar a rentabil idade e ao mesmo tempo

reforçar a posição no mercado. Parece-nos que é mais difíci l

manter um cliente que fazer um novo.

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59

Um cliente que abandona o centro desportivo de forma insatisfeita,

vai transmitir este estado de coisas a outras pessoas, o que se

torna indesejável para a empresa gerando inevitavelmente efeitos

negativos para a mesma.

Deve-se criar no cl iente um elevado nível de satisfação o que vai

resultar na sua fidelização. Um cliente satisfeito gera novos

cl ientes, e esta é sem dúvida a médio e a longo prazo a melhor

forma de marketing.

As exigências de qualidade aumentam dia a dia, devido à

experiência e informação dos utentes que chegam de todo o lado.

É fundamental conhecer de forma individual cada cliente, estes

esperam atenção total e imediata e resolução rápida dos seus

problemas.

Um cliente satisfeito ajuda e defende a empresa ou associação

face à opinião pública e à concorrência. É uma pessoa fiel e

colabora no desenvolvimento da mesma.

Devem-se identif icar as necessidades e desejos dos cl ientes e

criar uma necessidade intrínseca nos mesmos, ou seja, conduzi-los

a uma “dependência” do serviço.

Cada vez mais a preocupação é atrair cl ientes, mas também reter

ou f idelizar os que já existem.

Como vários autores preconizam, o sucesso da empresa passa

pela f idelização dos cl ientes, sendo um avanço signif icativo para

se manter de forma sustentada no mercado.

Deve-se criar uma forma de conhecer todas as informações

necessárias à estimulação do cl iente, mantendo um contacto extra

ginásio (mensagens, telefone, etc.). Ligado a este conceito estão

os recursos humanos e a forma como comunicam com os usuários,

assim como o equipamento e o espaço envolvente. A satisfação e

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60

f idelização dos cl ientes enquanto conceitos centrais de marketing

e da gestão merecem ser medidos e analisados constantemente.

Na perspectiva de Buján (2004) a primeira atitude para poder

subsistir, crescer e potenciar os negócios, deverá ser perseguir um

objectivo. “Fidelizar os cl ientes”.

Toda a actividade ou serviço deve estar orientada para o cl iente,

em que tem cada vez mais um conhecimento do mercado e

portanto f ica mais exigente ao nível de:

- Suas necessidades

- Seus gostos

- Seus Recursos económicos

- Serviços prestados e suas característ icas

- As competências

- Características Sociais

O factor perdurabil idade é uma característica que se refere ao

facto de que um serviço desportivo não pode ser armazenado em

stock e ser prestado mais tarde. O que signif ica, por exemplo, que

se um cliente de uma academia / ginásio não foi devidamente

atendido ou se um professor não chegou a horas à aula, por

qualquer razão, não é possível corrigir tal facto.

Este factor é de fundamental importância e vai contribuir não só

para a f idelização do cliente, mas também para a imagem da

academia.

Lloróns (1996) refere que existe uma correlação posit iva entre um

serviço e a satisfação do cliente levando á f idelização deste.

Nesta perspectiva está naturalmente associado o custo (preço,

tempo etc.) sendo fundamental quando pretendemos analisar a

satisfação / qualidade e f idelização, ou seja, o cl iente pode

perceber o nível qualidade, mas esta não está ao seu alcance logo

não fica satisfeito, atendendo que não pode usufruir do serviço.

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61

A literatura sobre marketing de serviços identif icou o papel

decisivo da qualidade de serviços na satisfação e f idelização de

cl ientes (Chang, 1998). O estudo de Croin e Taylor (1992), sugere

que existem correlações posit ivas entre a qualidade dos serviços,

a satisfação dos clientes e a sua fidelização (ver f ig. 3).

F ig. 3 – Antecedentes e consequências da sat is fação dos c l ientes (Adaptado

de Anderson & Fornel l , 1994)

Nesse estudo, os autores associaram e relacionaram três ideias

fundamentais. A primeira refere-se ao facto de a qualidade

anteceder a satisfação, a qual, por sua vez, antecede a

f idelização.

2.8. Gestão dos serviços desportivos

O papel do gestor será fundamental no desenvolvimento destes

espaços para a prática de actividade física (academias). Estar

neste mercado de forma competit iva implica ter conhecimentos,

profissionalismo e manter os níveis de qualidade (tangíveis e

intangíveis) elevados.

A gestão tem vindo a mudar, e a fortuna dos gestores também.

Verif ica-se uma preocupação que antes não era tão importante,

mas que actualmente é fundamental; a comunicação. Há alguns

anos os gestores não se preocupavam com os aspectos socais e

de formação dos seus colaboradores, não seria suposto ser

amigável ou informal. O que poderá levar a verif icar-se que

também neste sector Portugal ainda vive da imitação, sem rasgos

de criatividade ou ousadia… como que alimentando uma

permanente crise de inovação.

Qual idade e Expectat ivas

Sat is fação de Cl ientes

F ide l ização de c l ientes

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62

É fundamental para se alcançar uma qualidade total, percebermos

que todos que fazem parte de uma empresa são responsáveis pela

sua renovação. O objectivo é uma renovação diária. Reciclando-se

imagem, conteúdos, abordagens, em suma…reinventando-se o

modelo a cada dia!

O sucesso de uma empresa ou serviço está na inovação que esta é

capaz de implementar.

A julgar pela forma como o negócio do f itness se tem

desenvolvido, começa a ser necessário os gestores socorrerem-se

de empresas especializadas para alcançar essa tal inovação e só

depois explorá-la. Caso contrário torna-se difíci l fazer as duas

coisas bem feitas.

Comunicar inovando…

O sucesso de uma academia passa por saber l idar com as pessoas

(utentes e colaboradores), inspirá-las, fazer com que se sintam em

casa e que o projecto também lhes pertence.

Devem-se criar condições para que a ida ao ginásio seja uma

aposta ganha na diversão e entretenimento; um prazer elevando o

bem-estar físico e psíquico.

Após pesquisa na área da gestão podemos observar como os

“gestores” surgiram de diferentes áreas do saber. No início

surgiram do direito, pelo facto de entenderem determinados

processos. Na época da industrial ização vieram das engenharias,

era necessário entender de tecnologia. Só na década de 70,

aparecem os primeiros gestores com formação na área.

Actualmente, estamos na era dos líderes, pessoas com capacidade

de resolver confl itos de comunicar, de inspirar e motivar pessoas e

equipas.

Um exemplo disto é o “fenómeno Mourinho”.

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63

Será que é realmente um bom líder que motiva, ou um bom gestor

de homens? A sua postura séria provocadora, a sua forma de

vestir e de comportamentos arrogantes, combinam perfeitamente

com uma atitude que tem causado um forte impacto no mundo do

desporto e não só. Pode ser um excelente actor, pode provocar o

adversário e os próprios “media” , manipular sentimentos quando

isso lhe interessa. Os pormenores fazem a diferença num líder

emotivo.

O importante não é como fazer, mas o que fazer. Os seus

colaboradores querem fazer parte do grupo e fazem o que for

preciso para ganhar a sua aprovação.

Concorde-se ou não com esta metodologia o facto é que o nível de

sucesso no seu trabalho é inquestionável.

Perante o cenário que se coloca actualmente no mundo dos

negócios e na l iderança destes, a forma agressiva como este se

desenvolve, colocam vários desafios às instituições e a estas nada

resta senão procurar a inovação que lhes permita acompanhar o

“andar da carruagem”…perdoe-se o plebeísmo.

O objectivo da gestão é a própria vida das organizações; esta

preocupa-se com as soluções que servem as pessoas e

simultaneamente garantam o seu próprio desenvolvimento.

Existe diferença entre a gestão rotineira, assente na mera

repetição dos processos uti l izados no passado, e a gestão como

uma metodologia baseada nas experiências e na investigação.

A gestão dos serviços é sem dúvida complexa, já que na prática

são necessárias soluções que possibil i tem clientes satisfeitos e o

próprio desenvolvimento da organização. A conjugação destas

duas exigências é complexa, cabendo ao gestor muitas vezes a

difíci l tarefa de compatibi l izar objectivos diferentes e concil iar

interesses contraditórios.

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64

A gestão é feita por pessoas e para pessoas, e por isso o grau de

sucesso da aplicação das soluções depende da capacidade do

gestor em trabalhar para as pessoas concretas.

O gestor terá de possuir a competência humana que lhe permitirá

obter a convergência entre as propostas e as expectativas. É

necessário observar as novas motivações e é imprescindível

conhecer as recentes inovações tecnológicas.

O gestor tem de possuir a capacidade de compreender a

complexidade que resulta da interacção de inúmeras variáveis

(Correia, 1997).

Não podemos esquecer que os consumidores são cada vez mais

exigentes, conhecem cada vez melhor a cultura desportiva,

procuram mais e melhores serviços.

A uma diversif icação de interesses, deverá corresponder uma

diversif icação nos serviços desport ivos, ajustando a sua oferta à

mudança nos interesses dos seus públicos alvo. Este t ipo de

fi losofia de gestão está portanto intimamente l igada aos princípios

do marketing.

Hoje, mais do que nunca, fala-se da gestão de qualidade nos

centros desportivos, que deve ser orientada numa perspectiva de

satisfação do cl iente (autores como: - Parasuraman and Berry,

1990, cit, in, Chelladurai, 1999; e ainda Buján, 2004. Parti lham

esta perspectiva).

A qualidade é o que torna possível a um consumidor, gostar de

determinado produto ou serviço. Portanto, é fundamental manter-

nos próximos das pessoas e estar atento às suas preocupações a

variadíssimos níveis, nunca esquecendo que o conceito de

qualidade é i lusório e abstracto (Carman, 1990).

Ao se transmitir um conhecimento / informação, este deve ser

adequado à compreensão de cada um na sua actividade, para que

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a qualidade seja alcançada. É necessário descodif icar o conceito e

as tarefas correspondentes a cada actividade. Quando se obtém a

compreensão clara do que é esperado de nós, sentimo-nos mais

motivados e comprometidos.

Os Recursos Humanos são fundamentais ao desenvolvimento da

empresa, seja ela um polidesportivo, ginásio, piscina etc.

Este t ipo de recursos deve ser considerado pelas direcções e

órgãos responsáveis como fundamentais.

É este o sector que a cada momento está de uma forma

instantânea em contacto com o utente, permitindo-lhe o acesso

aos serviços.

R. Humanos R. Técnicos Administrativos

Actividades e Serviços

Controlo de Qualidade

Satisfação do Cliente

Fig. 4: - Recursos para se at ingir a Sat is fação

Buján (2004) Para preparar um plano de qualidade total de uma

empresa de serviços l igados a actividades físicas – desportivas e

recreativas, é fundamental assegurar a qualidade final do serviço.

Os níveis de qualidade têm que estar presentes em todos os elos

da cadeia do centro desportivo, desde a direcção até aos cl ientes

ou utentes, passando pelos colaboradores.

A qualidade é hoje uma das principais estratégias competit ivas nas

diversas empresas e nos diversos sectores. A qualidade está

intimamente l igada à produtividade, à melhoria de resultados e

aumento de lucros, através de redução de perdas e do

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desperdício, do envolvimento de todos na empresa e consequente

motivação.

Bitner (1994) define o valor baseado no que é recebido e dado, ou

seja, o valor está intimamente l igado aos benefícios recebidos pelo

cl iente, versus o custo que este tem em termos de dinheiro/tempo.

Mas será que o custo alto de um serviço tem a ver directamente

com a qualidade deste? A bibliografia nesta campo é escassa,

contudo arriscamo-nos a adiantar que esta nova realidade que são

as Academias implementadas nas Associações podem ajudar a

promover serviços de qualidade a um custo bastante mais

reduzido…mercê das benesses de que desfrutam.

De facto parece-nos que o valor ou custo pode ser um factor que

atrai ou afasta cl ientes, tudo dependendo do nicho de mercado que

se quer atrair. Por conseguinte, o valor e a satisfação devem fazer

parte da estratégia de gestão.

Como já foi referenciado, torna-se vital orientar a qualidade no

sentido das necessidades dos clientes.

Os serviços desportivos são produzidos e consumidos de forma

simultânea. Esta impossibil idade prática de separar o momento em

que o cl iente está presente daquele em que se presta o serviço e

se decide a forma de o prestar é parte integrante de todo o

processo, criando inter – relações com os recursos do ginásio e

com os restantes usuários, obriga a uma atenção cuidada e

especif ica. Segundo Brito e Lencastre (2000) esta realidade tem

importantes implicações ao nível da gestão.

A gestão das organizações, num contexto global tem de ser feito

com base em conhecimentos, imprimindo uma dinâmica capaz de

prever o futuro e até construí- lo. Assim, estará melhor preparada

para oferecer um serviço de alta qualidade colocando-se em

vantagem aos seus concorrentes e até surpreendendo o

consumidor.

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A satisfação com o trabalho e o compromisso com os objectivos da

empresa, influenciam a produtividade e a relação entre colegas e

utentes, contribuindo para a motivação e eficácia do grupo.

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3. Associação de Bombeiros Voluntários de Famalicão

“ O exercício permanente da Memória sempre me pareceu ser uma das regras essenciais que deve presidir a qualquer acto de gestão, seja ele das de projectos ou de insti tuições”

Joaquim Marinho; Presidente do SNB

3.1. Associativismo

A concepção do associativismo tradicional gerido sem

profissionalismo, qualidade e conhecimento, f ica condenada a um

vida pouco mais do que vegetativa. É urgente a mudança de visão

dos dirigentes sendo uma questão vital para o desenvolvimento da

própria organização.

O serviço prestado por este t ipo de associações (B.V.) deve cada

vez mais pautar-se por níveis de qualidade superior. Para além de

factores l igados à economia, procuramos demonstrar que existe

um outro t ipo de lucro: O social. É nesta perspectiva, que o papel

do associativismo tem de se inserir quando encarado como órgão

social, e manter presente que só deve promover este t ipo de

serviço (f i tness ou outro) de forma que se auto f inancie e até

possa criar alguma rendibil idade.

Na conjuntura actual, pensamos que será utópico existir numa

instituição como a do B. V. um serviço de qualidade ao nível do

fitness de forma gratuita.

Com o desenvolvimento destas actividades (f i tness), cumpre-se

outra vertente no campo social, (garantindo a todos o acesso à

prática do f itness, a um custo compatível), gerando ao mesmo

tempo receitas para a associação.

A comercialização do desporto é legít ima, pois esta traduz, na

quase totalidade das situações, uma atitude de puro consumismo.

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Na base deste processo está a economia, que não pode ser

descurada e que irrompeu fortemente nos últ imos anos nas

associações e que de certa forma trouxe a tão falada crise no

Movimento Associativo.

A lógica do associativismo funde-se na lógica económica das

empresas, esquecendo-se a missão social.

É fundamental que a lógica económica não ignore nem liquide a

lógica social que representa um papel fundamental para as

populações.

“O Movimento Associativo local, constitui um dos factores de

democratização da vida social e da cultura de um país” (Carvalho,

(1994. pag.87).

O associativismo que se conhece do passado, já não pode

sobreviver numa sociedade actual, que apresenta mudanças

rápidas num mundo globalizante e estruturalmente diferente.

É necessário criar um novo estatuto adaptado aos novos desafios

sociais, criar novas técnicas de gestão que devem ser conhecidas

e uti l izadas.

No caso particular, as Associações de Bombeiros Voluntários

quase sempre surgiram devido à coragem e abnegação de alguns

homens, que após vários sinistros, viram-se obrigados a

associarem-se.

Na década de 80, os projectos dos novos quartéis já previam

instalações desportivas (pavilhões e piscinas) de forma a

complementar as áreas operacionais (saúde, socorro etc.). Estas

áreas foram em muitos casos aproveitados pelas direcções das

Associações para desenvolverem actividades, não só para os

bombeiros, mas para a população em geral, f izeram-se protocolos

de uti l ização com outras associações e autarquias e rapidamente

se percebeu que era uma fonte de rendimento adicional.

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70

Com maior ou menor dinâmica, estes espaços tornaram-se locais

de prática desportiva, ao mesmo tempo que criavam alguma

riqueza para a associação, que tanto luta com a falta de meios.

Algumas corporações mais dinâmicas, com gente da área da

Educação Física, acompanharam a evolução, e hoje possuem

espaços de excelência para o f itness e natação. Embora todas

tentem rentabil izar o espaço e criar uma l igação com a população

a outro nível que não o de socorro, vivem o estigma da falta de

qualidade, pelo facto da academia de f itness estar l igada ao corpo

de bombeiros.

3.2. Breve nota histórica sobre bombeiros de Portugal

Remonta aos tempos medievais o primeiro documento que dá

conta da formação de um corpo de bombeiros em Lisboa, mais

precisamente na carta régia de 25 de Agosto de 1395, em que se

pode ler que, D. João I confirma a ordenação com medidas

concretas para a prevenção e combate de incêndios urbanos.

Surgiu assim, o corpo de Salvação Pública que foi sofrendo várias

transformações à medida das necessidades e exigências de cada

época.

No século XVII surgem as primeiras grandes reformas que vão dar

forma às instituições e corporações de homens, com tarefas mais

definidas, para uma melhor coordenação de socorro às

populações.

Em 1646, o Senado da Câmara de Lisboa, realiza a compra de

vário material e mantém um conjunto de homens assalariados.

Mais tarde, já em 1678, são criados espaços próprios para

depósito do equipamento de combate a incêndios. O equipamento

resumia-se a bombas de ataque, baldes em lona, curtos lances de

manga em cabedal e bombas a copuladas em carros de cavalos.

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As reformas continuam e em 1683 surge o primeiro regimento para

o serviço de incêndios com um regulamento próprio e aprovado em

sessão municipal.

Talvez seja por volta de 1734, que surge pela primeira vez, a

designação de bombeiro atribuída a quem manipulava tais

engenhos. Assiste-se já ao aparecimento de equipamento de

segurança como; farda e capacete.

Relatos históricos dessa época, permite-nos concluir da falta de

organização, discipl ina, falta de método e insuficientes meios

humanos e materiais, testemunho disso foi a catástrofe de

terramoto de 1755, que Lisboa ardeu durante tr inta dias.

Entre 1786 e 1816, verif icaram-se profundas transformações

estruturais quer a nível de liderança, quer de alguma formação de

comando, tendo sido elaborados novos regulamentos. Foi nesta

época que se assistiu a um grande impulso e desenvolvimento de

novos equipamentos com a construção de locais para a captação

de água (tanques e chafarizes).

Finalmente em 1834, é criada a Companhia de Bombeiros mais

abrangente e por municípios. (Só alguns e na área de Lisboa e

Porto).

Estabelecem-se as primeiras medidas de prevenção em locais de

espectáculos e recintos fechados.

Até ao final do século XIX, verif icaram-se várias reformas

l ideradas pelos inspectores Carlos Barreiros e Augusto Gomes com

o aumento de número de bombeiros, o seu enquadramento

organizacional e discipl inar, reforço de material (aquisição das

primeiras escadas “ Magirus”) e instalação de uma rede de

comunicações telefónicas.

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No início do século XX, foi criado um quadro auxil iar para as

associações de voluntários das cidades que era regido pelos

regulamentos do corpo de bombeiros que tinham como base a

disciplina mil i tar.

Até aos nossos dias, estas associações foram capazes de

sobreviver às crises polít icas e económicas, catástrofes, guerras,

etc.

Com maior ou menor dif iculdade, todas elas vão servindo o melhor

que podem e sabem as populações, pondo em risco as suas

próprias vidas.

3.3. Breve nota histórica sobre a Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de V. N. de Famalicão

Após vários sinistros ocorridos na vila, (sendo o mais grave em 3

de Março de 1890, reduzindo a cinzas três prédios da rua

Formosa), os homens viram-se na necessidade de se socorrerem

dos bombeiros vizinhos, que no caso de V.N.F. vinham da cidade

do Porto. Assim, para colmatar tal problema deste concelho, um

grupo de i lustres cidadãos famalicenses, meteram “mãos à obra”.

A 20 de Abri l de 1890, reuniram-se no salão nobre dos Paços do

Concelho os homens mais i lustres e organizaram uma Associação

que viria a ser fundada a 6 de Maio de 1890, com a seguinte

denominação: - Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários

de V. N. de Famalicão.

Esta corporação teve como Presidente, Joaquim de Sousa

Fernandes e o 1º Comandante; Francisco Maria de Oliveira e Silva.

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Figura 5: - Pr imeiro corpo de Bombeiros Voluntár ios de Famal icão

O primeiro quartel foi inaugurado no antigo campo da feira (hoje

Praça D. Maria II), e pela altura das feiras Francas de S. Miguel,

em Setembro de 1890.

Entretanto o número de incêndios aumentava e fazia-se sentir a

necessidade de renovar e aumentar o equipamento de combate.

O quartel apresentava-se pequeno, não adaptado, o prédio do

Campo da Feira já não reunia condições.

Em 1901, surgiu a possibil idade de se adquirir um prédio na rua

Adriano Pinto Basto, nº 85, desta vi la.

Realizaram-se várias obras de adaptação a quartel e uma nova

vida se abriu à Associação.

Figura 6: - Pr imeiro quarte l dos Bombeiro Voluntár ios de Famal icão

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A 3 de Dezembro de 1903, foi assinado por sua Majestade D.

Carlos I, El-Rei, o Alvará concedendo o título de “REAL” a esta

Associação. Esta ligação à Monarquia ir ia trazer graves problemas

à associação, aquando da implantação da República (1910).

A Câmara Municipal decidiu reactivar os já extintos Bombeiros

Municipais, com o nome de Brigadas de Salvação Pública, e a Real

Associação dos Bombeiros de Famalicão teve que devolver o

material cedido pela Câmara. Apesar deste contratempo e

momentos de desânimo, estes “Homens da Paz” seguiram o seu

caminho com muitas dif iculdades.

Esta Associação conseguiu sobreviver aos graves problemas

económicos, al iados à Primeira Guerra Mundial e só em 1918 é

que foi possível aquisição de novo equipamento: o “carro-bomba”.

No ano de 1921, data que é extinta a Brigada de Salvação Pública,

a Associação toma um novo desenvolvimento e regista incêndios

importantes como: - “Casa de Camilo Castelo Branco” e Edifício

dos Paços do Concelho.

A direcção Geral dos Correios e Telégrafos procedeu a 30 de

Junho de 1927 à instalação da rede telefónica, como forma de

regalia das associações, mas também para facil itar as

comunicações aumentando a prontidão dos pedidos de socorro.

A 18 de Novembro de 1927 foi concedido o estatuto de Uti l idade

Pública à R. A. H. B. V. F.

Entre 1927 e 1937, assiste-se a uma década negra dos Bombeiros

Voluntários de Famalicão. Surgem divergências no seio da

corporação e consequente afastamento do inspector Fiúza de

Melo, Folhadela de Melo e o 1º Comandante, Álvaro Bezerra,

elementos que tinham fundado a associação. Tal divisão levou à

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fundação de uma nova Associação de Bombeiros, a 17 de

Novembro de 1927 e que ainda hoje existem. (Bombeiros

Voluntários Famalicenses).

Estavam criadas as condições para se desenvolverem rivalidades

entre as duas corporações de tal forma graves que, a 25 de Março

de 1938 o Governo Civi l de Braga decretou a dissolução das duas

corporações para a partir daí ser criada uma única.

Tal era o bairrismo que não se fizeram esperar protestos e a 10 de

Fevereiro de 1939, foi revogada a decisão.

A 30 de Setembro de 1935 a Associação fi l iou-se na Liga dos

Bombeiros Portugueses.

A formação da Fanfarra, data de 30 de Agosto de 1959, composta

por corneteiros, caixas, t imbalões e um bombo para que fosse

possível animar os desfi les e as apresentações do corpo activo.

O incêndio mais polémico da história dos Bombeiros de Famalicão

foi o “Dos Cancelas”.

Excertos do testemunho do 2º Comandante, António de Melo:

- “Foi este o incêndio de mais vulto que ocorreu na minha terra,

pela natureza dos materiais em combustão…. A fábrica de tecidos

Ferreira Mendes, continuação da fábrica de madeiras dos

Cancelas, encravados de casas daqueles bairros (esquina da Av.

Barão da Trovisqueira / rua da estação), com simples divisórias de

madeiras ou tabiques….Houve que fazer muitos cortes à custa de

arrojo e sacrifícios….E assim conseguimos circunscrever o fogo e

salvar aquele quarteirão”…. (Silva, 1990, pag. 43).

Sobre este incêndio muito se falou e se escreveu, dizendo

verdadeiras barbaridades, como por exemplo o jornal “O Diário de

Noticias” chegou a falar em 70 agulhetas, quando não existia água

para alimentar 10.

A Associação permaneceu num quartel provisório na rua Alves

Roçadas até 1962. Em 28 de Setembro de 1966 e depois de

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grande esforço foi inaugurado o novo quartel, no Campo Mouzinho

de Albuquerque, muito perto do seu local de origem, (Campo da

Feira).

Dos 27 homens que constituíam a Corporação em 1890 passaram

para 118, quando da Comemoração dos 75 anos.

Novos desafios se colocaram no campo dos sinistros e socorro pré

– hospitalar. O tempo não pára, e com ele as necessidades vão

sendo cada vez mais prementes e sofisticadas. Esta associação

esteve sempre atenta e acompanhou a evolução. O que foi

pensado para durar dezenas de anos ficou rapidamente

ultrapassado. Assim, surgiu o novo quartel na Av. Rebelo Mesquita

inaugurado em 6 de Maio de 1990, nele se iniciou o segundo

século da história desta Associação.

F igura 7: - Quarte l actual dos Bombeiro Voluntár ios de Famal icão

Os Bombeiros Voluntários de Famalicão têm demonstrado ao longo

dos anos serem pioneiros em várias áreas de actividade que

caracterizam um corpo de Bombeiros Voluntários. Desde a

aquisição do primeiro “carro – bomba”, da primeira ambulância de

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77

cuidados intensivos, (recurso nunca antes visto), viatura de

intervenção rápida (VIR), de desencarceramento e o grande

investimento na aquisição da plataforma hidráulica com 42metros

de altura e única no país.

Figura 8. Viatura de Emergências médica ( INEM)

F igura 9: - Equipamento de ataque a fogos urbanos

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78

Apostaram também na formação dos recursos humanos, e dos seus

quadros fazem parte (para além de todos os elementos comuns a

um corpo de bombeiros) uma equipa de médicos e enfermeiros,

que no voluntariado vão pondo em prática os seus conhecimentos,

com a formação dos bombeiros na área da saúde, proporcionando

um melhor socorro às vit imas.

Tem sido uma aposta f irme, a formação contínua dos seus quadros

operacionais, nas diferentes vertentes que caracterizam este t ipo

de Associações. Muito tem contribuído os médicos e enfermeiros,

que enquanto formadores credenciados pelo INEM (Instituto

Nacional de Emergência Médica) e ENB (Escola Nacional de

Bombeiro) prestam um serviço de fundamental importância.

Está constituída uma equipa de Salvamento e Desencarceramento,

que por sua vez está integrada numa outra de socorro mais ampla.

Este grupo encarrega-se da extracção das vít imas encarceradas,

criando condições de estabil idade à sua extracção.

Esta associação dispõe ainda de um Grupo Espacial de Busca e

Salvamento com cães, que será uma mais valia no auxíl io e

rapidez da detecção de vít imas soterradas em escombros e outros

cenários de catástrofes. (causas naturais, fugas de gás, atentados,

causas estruturais e outras).

Realizam-se também com frequência, simulacros, que permitem

testar a operacionalidade dos recursos, quer humanos quer

materiais, para que se possa efectuar um socorro com eficácia em

qualquer situação de emergência.

Page 97: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

79

Figura 10 e 11: - Socorro de acidentados

Figura 12: - Fogo Florestal

Esta Associação, que se pretende que seja o mais aberta possível

à população, regista actualmente 6.476 sócios 1 e realiza ao longo

do ano diversas acções de sensibil ização junto das populações,

escolas, e empresas no sentido de dar a conhecer vários

procedimentos a adoptar em caso de emergência.

1 Contabi l izado em Set/06

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80

Palavras do actual Comandante (Vítor Azevedo): - “No futuro, a

preocupação incidirá na modernização operacional, para um

melhor socorro às populações, e na realização de cada vez mais

acções de formação.

Temos como objectivo um socorro eficaz, seja na área de

incêndios seja na área de saúde, protegendo pessoas e bens,

muitas vezes com o risco da própria vida, dando corpo ao lema de

todos os bombeiros; “VIDA POR VIDA”.

Page 99: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

81

4. Metodologia

4.1. Introdução

É certo que uma investigação tem o seu início num foco de

interesse ou numa preocupação “ (…) que exige uma explicação ou

pelo menos uma melhor compreensão do fenómeno observado”

(Fortin, 1996, pag. 48) e é seguida pela fundamentação do domínio

do tema que a compõe. Não obstante, para a sua realização é

necessário mais que uma problemática ou uma descrição de

conceitos. É essencial optar por um campo de estudo e métodos

dentre os vários de que dispomos que mais se adequam à

investigação, objectivos e t ipo de população a auscultar.

Assim, neste capítulo, consta o nosso modelo de investigação, que

assenta num (…) “plano lógico elaborado e uti l izado pelo

investigador para obter respostas às questões de investigação…”

(Fortin, 1996, pag. 132). Tal como um arquitecto traça as l inhas

gerais de um projecto no papel, também o investigador terá de as

traçar, no sentido de obter dados fiáveis.

Esta fase do processo de investigação acarreta um conjunto de

métodos e técnicas que guiam a elaboração do processo de

investigação científ ica. Ou seja, é a secção que descreve os

métodos e as técnicas uti l izadas no quadro dessa intervenção, isto

para que possa assegurar a sua fiabil idade, validade, qualidade

dos resultados da investigação e análise dos dados entre outros.

Foi seguindo esta metodologia, e sem diminuir a eficácia do

método qualitativo, que se optou pelo método quantitativo, que

assenta numa amostra relativamente grande, e como o próprio

nome indica caracteriza-se pelo processo sistemático de colheita

de dados observáveis (trata-se de acontecimentos ou fenómenos)

e quantif icáveis (baseados na objectividade, a predição, o controlo

e a generalização).

Page 100: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

82

Em relação ao tipo de investigação, o estudo que ora se explana

será de carácter exploratório descrit ivo inferencial. Caracterizado

desta forma por se pretender descobrir e clarif icar conceitos de

qualidade junto de uma população específica (utentes do KFCBVF)

e suas implicações no desenvolvimento da associação.

Tratando-se de um estudo de natureza descrit ivo e de carácter

exploratório, tem como finalidade descrever os fenómenos

relacionados com a qualidade de uma academia de f i tness numa

Associação de Bombeiros Voluntários.

Não se pretende assim construir uma teoria explicativa duma

realidade empírica, mas somente fornecer algumas l inhas

orientadoras, que permitam conhecer e compreender melhor o

contributo prestado pela noção de “qualidade” a uma academia de

ginástica estruturada numa associação de B.V. e as suas

implicações ao nível da sua manifestação enquanto estrutura

social e económica.

4.2. Escolha da população e selecção da amostra

Com a questão em estudo definida e documentada pela l i teratura,

iremos passar para a investigação e caracterização da população,

estabelecendo critérios de selecção para o estudo, necessitando

de uma amostra e determinação do seu tamanho.

Segundo Palit & Hungler (1995) uma população é toda a agregação

de casos que entendem a um conjunto eleito de critérios. Seja qual

for a unidade básica, a população sempre inclui um agregado

específico de elementos (pessoas, grupos, objectos).

Fortin (2000) também refere a população alvo, na qual esta é

caracterizada por uma população particular que é submetida a um

estudo.

Deste modo a população alvo deste estudo serão os utentes do

Korpos Fitness Clube, sedeado nas instalações dos B.V.F.

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83

O universo do nosso estudo tem um total de 360 clientes que à

data se encontravam a frequentar o ginásio (30/Junho /2006).

A amostra foi constituída por indivíduos de ambos os sexos, com

idades compreendidas entre 16 e 59 anos.

Através da população alvo, escolheu-se uma amostra que será

estratif icada a nível socio-económico tendo por base a tabela de

Graffar. Este método é especialmente úti l quando o investigador

pretende obter sub – amostras representativas segundo várias

variáveis pré – identif icadas. (Hil l e Hil l , 2000). O que se identif ica

claramente com o nosso estudo, atendendo que inicialmente nos

socorremos da base de dados do ginásio, para determinar os

níveis socio-económicos dos usuários do mesmo.

O método de amostragem estratif icada tem a vantagem de ser mais

eficiente do que os métodos simples, mais económica em termos

de tempo e dá resultados com menor probabil idade de erro

associado.

Foi uma preocupação tentar seleccionar uma amostra

representativa, no sentido probabilístico do tema, dado que quanto

maior é amostra, maior será a f iabil idade dessa mesma amostra.

Para a recolha da Amostra, levantam-se várias questões para que,

com a sua resposta se possa ter uma população fiável..... É

adequada ao estudo?... Quando e onde?... A amostra é

representativa?... O seu tamanho é apropriado?...

“A amostra é um subconjunto de elementos ou de sujeitos t irados

da população, que são convidados a participar no estudo, ou seja,

é uma réplica das populações alvo” (Fortin 1996, pag. 202).

Os sujeitos foram escolhidos de forma aleatória. O número de

questionários foi igualmente dividido pelos dois sexos.

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84

Este t ipo de amostragem estratif icada assegura a representação

de um segmento particular da população em estudo e permite

comparações entre grupos formados.

Naturalmente os níveis de satisfação e de qualidade variam em

função das variáveis por nós colocados.

4.3. Definição das variáveis

No decorrer dos anos, os autores de investigação definiram

variáveis de formas diferentes, tendo estas como algo em comum o

facto de que a variável também varia.

Fernandes (1995, pag.56), considera que a variável “é um valor

que pode ser dado por quantidade, qualidade características,

magnitude, traço, etc. (...) que pode variar em cada caso

individual.” Pali & Hungler (1995; pag. 26) completam a noção

como sendo “ toda a qualidade de uma pessoa, grupo ou situação

que varia ou assume um valor diferente”.

Esta fase é uma das mais importantes de todo o estudo, visto que

permite a determinação do rigor e explicitação das variáveis em

estudo, bem como a identif icação e operacionalização de variáveis

que são fundamentais em qualquer pesquisa.

Polit & Hungler (1995; pag. 26) dizem-nos que....” Pode ser feita

uma importante distinção entre dois t ipos de variáveis, em uma

pesquisa... que distingue entre a variável dependente e a variável

independente como sendo aquela que o pesquisador tem interesse

em explicar, compreender ou prever. É aquela que sofre

influências de outras variáveis, não estando isoladas dos outros,

mas fazendo parte integrante da variável independente. Com esta

noção seleccionámos como:

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85

Variável dependente: A qualidade de um Ginásio/ Academia e o grau de satisfação dos

usuários desse ginásio (KFCBVF), passando pelas estruturas

físicas (recepção, balneários, equipamentos, salas, acessibil idade,

estacionamento etc.) e pelos recursos humanos (professores,

relações pessoais métodos de ensino etc.).

A variável independente:

Segundo Fortin (1996), é a que o investigador manipula com o

objectivo de estudar os seus efeitos na variável dependente. É a

condição que pode alterar o fenómeno em estudo. Foi assim que

escolhemos as seguintes:

- Sexo

- Idade

- Situação profissional

- Tempo de frequência de academias

- Modalidade que pratica

- Habil i tações académicas

- Tempo de inscrição no (KFCBVF)

- Grau de importância deste t ipo de estruturas nos BVF

4.4. Métodos e procedimentos na colheita de dados

Para podermos aplicar o nosso instrumento de colheita de dados à

população escolhida, elaborámos um pedido de autorização (Anexo

II) que foi entregue em mão aos serviços administrativos da

associação. Esta tarefa corresponde a uma fase intermédia do

trabalho.

Tratando-se de uma investigação quantitativa de estudo

exploratório – descrit ivo… “ o investigador visa acumular a maior

quantidade de informações possíveis, a f im de abarcar os diversos

aspectos do fenómeno.... (Fortin, 1996; pag. 240).

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86

Para definir que instrumentos de medida seriam uti l izados para

operacionalizar todos os componentes empíricos deste trabalho,

efectuou-se uma pesquisa bibliográfica, nomeadamente ao nível da

construção de questionários.

O questionário foi elaborado com base nos aspectos fundamentais

de uma academia, que podem interferir na satisfação do utente.

O 1º questionário foi constituído por 10 itens dos quais 9

correspondiam a questões de ordem demográfica e 58 itens

correspondiam a uma escala de qualidade (anexo IV).

No 2º questionário existiam só 55 itens correspondentes ao grau

de satisfação dos clientes (inquiridos) – (anexo IV).

Este instrumento para além das questões de nível socio-económico

e de frequência integra seis dimensões:

- Recepção (R),

- Balneários (B),

- Salas de Musculação e Cardiofitness (MC),

- Aulas de Grupo (AG),

- Recursos Humanos (RH)

- Aspectos Físicos da Academia (A/G).

Optámos pelo questionário pois este traduz os objectivos de

estudo com variáveis mensuráveis. Isto é, torna-se mais fácil

perante uma investigação quantitativa.

Foi preocupação integrar este método de recolha de dados nos

diversos serviços prestados pelo ginásio em estudo (KFCBVF), não

sendo um factor fundamental a presença do investigador.

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87

Outros critérios para escolha do questionário foram as inúmeras

vantagens que este apresenta:

1 – Instrumento menos dispendioso.

2 – Pode ser uti l izado junto de um grande número de sujeitos.

3– Natureza impessoal e uniformizada vai assegurar f idelidade

e facil ita na comparação dos dados.

4 – Anonimato das respostas dá maior segurança ao inquirido

e exprime-se mais l ivremente.

Porém, o questionário também auxil ia a organizar e normalizar os

dados, de forma a controlar e impedir variáveis estranhas que

pudessem enviesar o estudo.

Foi pedido aos professores que colaborassem na entrega dos

questionários, que explicassem o objectivo e os recolhessem na

mesma altura, impedindo desta forma possíveis extravios e atrasos

na conclusão deste estudo.

Para que os objectivos traçados fossem atingidos, o questionário

centrou-se num pedido de informação e opiniões relativos á

qualidade / satisfação do inquirido face aos serviços apresentados

pela academia (KFCBVF), não só para a realização do estudo, mas

para adquirirmos um quadro conceptual dos dados dessa

informação, de forma a verif icar a relação da qualidade/satisfação

com os benefícios socio-económicos que pode trazer á instituição

(Bombeiros Voluntários de Famalicão).

Para dar seguimento ao processo de colheita dos dados, o

instrumento de recolha, foi enviado á direcção da Associação de

(BVF) juntamente com um pedido formal para a sua aplicação aos

utentes do ginásio (anexo II).

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88

Foi submetido o protocolo de investigação, incluindo o formulário

de consentimento, explicando os objectivos do estudo e a natureza

da participação dos sujeitos.

O questionário foi composto por questões fechadas de escolha

múlt ipla. Optamos por este método por ser mais fácil a análise das

respostas e do seu tratamento estatíst ico.

Os instrumentos por nós uti l izados foram de 2 t ipos; de recolha e

de análise de dados. Os primeiros permitiram efectuar a recolha de

dados pretendidos referentes a amostra em função das variáveis a

serem estudadas. Os segundos tiveram como objectivo o

tratamento estatístico desses dados, para posterior análise e

discurso dos resultados obtidos.

Os questionários foram entregues no inicio do mês de Junho 2006,

após o pré-teste que nos permitiu reestruturar as questões e

reformular o questionário para que se adequasse de forma mais

real aos utentes do ginásio e nos traduzisse um conteúdo de

informação mais rico.

Foram levantados os questionários na segunda semana de Julho

de 2006. Pensamos que foi a melhor altura, pois é quando existe

uma maior procura deste t ipo de actividades por parte das

pessoas.

Nos questionários foram sempre levados em atenção os aspectos

éticos que acarretam qualquer t ipo de investigação, sendo o

anonimato e o voluntariado os mais predominantes.

A cada questionário foi atribuído um código. Este esquema de

codif icação, permitiu anexar os dois questionários preenchidos

pelo mesmo utente, mas com um intervalo de 4 semanas no seu

preenchimento.

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89

A cada pergunta do questionário foi- lhe atribuído um número.

Quando não respondiam à questão, não era atribuído nenhum

valor, para que este não interferisse nos resultados finais.

Nesta etapa foi uti l izado o computador no programa SPSS

(Statistical Package For The Social Sciences) para se conseguir

todos os resultados que permitissem tirar conclusões para o

trabalho em curso.

4.5. Procedimentos

Com a ajuda da base de dados do ginásio, verif icou-se que a

população em estudo era de 360 utentes.

De seguida e de forma aleatória aplicamos 30% dos questionários,

(o que corresponde 108 indivíduos), que foram distribuídos de

igual modo pelos dois sexos.

Através da atribuição de um código a cada inquirido, permitiu –

nos saber quais os utentes que teriam de preencher o segundo

questionário, o que aconteceu quatro semanas mais tarde. A sua

devolução era feita na recepção do ginásio num local próprio,

garantindo um maior anonimato dos clientes.

Procuramos que todos os questionários fossem preenchidos no

centro do f i tness, entregando-o de seguida, para que assim a taxa

de participação fosse elevada.

Dos 108 questionários distribuídos na primeira fase, foram

recolhidos 102, resultando uma taxa de retorno de 94,4 %. No que

se refere ao segundo questionário, foram distribuídos os mesmos

108, mas só 97 foram recolhidos, o que apresenta uma taxa de

87,8%.

No geral foram recolhidos 92,1% dos inquéritos distribuídos, o que

consideramos excelente para este t ipo de estudo.

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90

Para o preenchimento foi solicitado aos inquiridos a indicação da

sua opinião relativa a cada item, recorrendo a escala de respostas

t ipo Likerte de cinco (5) pontos (em que 1 representa nada

importante e 5 representa muito importante).

Para complementar o nosso estudo, foi ainda pedido aos inquiridos

a indicação de outros dados como: Sexo, Idade, Profissão, Tempo

de Frequência de Academias, Modalidade que pratica, Habil i tação

Académica, Tempo de frequência de Ginásio e a Importância do

ginásio nos B.V.

De realçar que no 1º questionário foi pedida opinião sobre

qualidade de uma Academia que não necessariamente a que

frequenta.

Mais tarde e com um intervalo de quatro semanas (para que as

primeiras respostas não influenciassem as segundas), as mesmas

pessoas foram inquiridas com um segundo questionário sobre a

Academia que frequentam (KFCBVF), sendo-lhe pedido que

avaliassem em termos de satisfação (numa escala de 5 pontos

entre o Péssimo e o Excelente) e tendo por base os mesmos itens

do primeiro questionário.

Este procedimento permitiu-nos de certa forma validar o segundo

questionário (com as respostas do primeiro), uma vez que

respondiam em função do seu conhecimento / experiência (no

primeiro questionário) e no segundo, mais no âmbito da satisfação

do ginásio que frequentam (KFCBVF).

Para além destas questões, tentamos recolher a opinião dos

utentes sobre o grau de importância deste t ipo de estruturas

(Academias/Ginásios) na Associação.

Depois que quantif icados e agrupados todos os dados, procedeu-

se à sua análise estatística, recorrendo á versão 10.0.05 do SPSS,

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91

sendo um dos mais actuais e conceituados programas uti l izado na

análise estatística de dados.

Para caracterização da amostra em estudo, foram uti l izados

estatísticas descrit ivas (Frequência, Percentagem, Média e Desvio

Padrão).

4.6. Método de “amostragem não – casual” (pré – teste) Todo o instrumento de pesquisa, após ter sido elaborado,

necessita ser aplicado a título experimental, antes da sua

uti l ização como uma prova prévia.

Isto corresponde a uma actividade importante, que permite

aprimorar o questionário, colaborando portanto para aumentar a

validez do instrumento.

Tem como objecto principal avaliar a eficácia e a pertinência do

questionário e verif icar os seguintes elementos:

- Se os termos uti l izados são facilmente compreensíveis e

desprovidos de equívocos;

- Se a forma das questões uti l izadas permite colher as

informações desejadas;

- Se o questionário não é muito longo e não provoca

desinteresse ou irri tação;

- Se as questões não apresentam ambiguidade;

- Se existem questões desnecessárias;

- Se existem questões importantes e que não foram

colocadas;

O pré – teste uti l izado neste trabalho, foi aplicado numa população

que não o da amostra (amostra por conveniência). Porém foi

aplicado a uma população com características semelhantes à da

amostra. O pré – teste auxil iou-nos imenso, visto que quando

elaboramos o questionário consideramo-lo apto para aplicar à

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92

população, porém quando o aplicamos à população do pré – teste

tomamos consciência de novos itens a ser focados e reformulados.

4.7. Referências a aspectos éticos

Neste estudo tivemos a preocupação da protecção dos direitos e

l iberdades das pessoas que participaram nas investigações.

Tivemos também em consideração os princípios do direito ao

anonimato, confidencialidade e autodeterminação.

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93

5. Apresentação e Análise Dados

5.1. Caracterização demográfica

A caracterização da população que está directamente l igada a este

estudo constitui o nosso primeiro objectivo. Através do

conhecimento prévio do sexo, da idade, da sua situação

profissional, habil i tações l i terárias e nível socio-económico (tabela

de Graffar, anexo III), pretendemos assim, que sirva de base e nos

ajude a compreender melhor as aspirações em termos de

qualidade/satisfação dos utentes do KFCBVF e suas implicações

ao nível socioeconómico.

Perg.1 – SEXO

Relativamente ao sexo a amostra apresenta 48 inquiridos do

género masculino sendo 47,1 % da percentagem válida.

Relativamente ao sexo feminino, este apresenta 54 inquiridos,

sendo 52,9% da amostra válida.

Podemos verif icar que existe uma divisão equitativa entre os dois

sexos.

F requênc ia % %

Vá l ida

Mascu l ino 48 47 ,1 47 ,1

Femin ino 54 52 ,9 52 ,9

TOTAL 102 100 ,0 - - - - -

Quadro 1 : D is t r i bu ição por sexos

SEXO

SEXO

femininomaculino

Per

cent

60

50

40

30

20

10

0

53

47

F i g u r a 1 3 : D i s t r i b u i ç ã o d e % p o r s e x o s

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94

PERG. 2 – IDADE

Quanto às idades dos inquiridos, verif icamos que a sua maioria

está compreendida entre os 23 e os 28 anos de idade, o que

representa 28,4% da amostra válida. Segue-se a faixa etária dos

29 aos 34 anos (23,5% amostra válida) e a faixa etária dos 17 aos

22 anos (17,6 % da amostra válida).

PERG. 3 – NÍVEL SÓCIO – ECONÓMICO

Verif icamos que a situação profissional dos inquiridos, recai na

sua maioria no Nível – III (segundo a caracterização de Graffar,

anexo III) com uma percentagem de 46,9 da amostra válida.

Podemos observar que os níveis II e IV se seguem

respectivamente com 17,3% e 20,4% da amostra válida.

F r e qu ênc ia %

%

V á l i da

< 1 6 an os 1 1 , 0 1 , 0

1 7 a 2 2 an os 1 8 1 7 , 6 1 7 , 6

2 3 a 2 8 an os 2 9 2 8 , 4 2 8 , 4

2 9 a 3 4 an os 2 4 2 3 , 5 2 3 , 5

3 5 a 4 0 an os 1 1 1 0 , 8 1 0 , 8

4 1 a 4 6 an os 7 6 , 9 6 , 9

4 7 a 5 2 an os 9 8 , 8 8 , 8

5 3 a 5 8 an os 3 2 , 9 2 , 9

T o t a l r es p . 1 0 2 1 0 0 , 0 1 0 0 , 0

Q u ad ro 2 : D i s t r i bu i ç ã o p o r i da d es

IDADE

IDADE

53 a 58 anos47 a 52 anos

41 a 46 anos35 a 40 anos

29 a 34 anos23 a 28 anos

17 a 22 anos< 16 anos

Perc

ent

30

20

10

0 3

97

11

24

28

18

F i g u r a 1 4 : D i s t r i bu i ç ã o d e % p o r i da des

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95

S e gu nd o

G r a f f a r F r e qu ênc ia % % V á l i d a

I 4 3 , 9 4 , 1

I I 1 7 1 6 , 7 1 7 , 3

I I I 4 6 4 5 , 1 4 6 , 9

I V 2 0 1 9 , 6 2 0 , 4

V 1 1 1 0 , 8 1 1 , 2

C / r es pos t a 9 8 9 6 , 1 1 0 0 , 0

S / r e s p o s t a 4 3 , 9

T o t a l 1 0 2 1 0 0 , 0

Q u ad ro 3 : D i s t r i bu i çã o p o r s i t uaç ão

p r o f i s s i o na l

PERG. 4 – TEMPO DE FREQUÊNCIA DE GINÁSIOS / ACADEMIAS

Observamos que 44 dos 102 inquiridos, (o que equivale a 43,1%

do total da amostra), são utentes frequentes de ginásios há mais

de 5 anos. Há mais de 3 anos de frequência surgem 18 dos

inquiridos, com 17,6% da amostra válida.

SITPROF

SITPROF

54321

Per

cent

50

40

30

20

10

0

11

20

47

17

4

F i g u r a 1 5 : D i s t r i bu i ç ã o d e % p o r n í ve l s óc i o –

e c o nó m ic o

TEMPGINA

TEMPGINA

> 5 anos

> 3 anos

> 2 anos

> 1 ano

> 6 meses

> 3 meses

Perc

ent

50

40

30

20

10

0

43

1814

7

12

7

F i g u r a 1 6 : D i s t r i b u i ç ã o d e % t e m p o d e f r eq uê nc ia

F r e qu ênc ia % % V á l i d a

> 3 m es es 7 6 , 9 6 , 9

> 6 m es es 1 2 1 1 , 8 1 1 , 8

> 1 a no 7 6 , 9 6 , 9

> 2 a nos 1 4 1 3 , 7 1 3 , 7

> 3 a nos 1 8 1 7 , 6 1 7 , 6

> 5 a nos 4 4 4 3 , 1 4 3 , 1

T o t a l 1 0 2 1 0 0 , 0 1 0 0 , 0

Q u ad ro 4 : D i s t r i bu i çã o p o r t em p o de

f r e qu ênc ia

Page 114: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

96

PERG. 5 – MODALIDADES QUE FREQUENTAM

Pela análise do quadro verif icamos que a maioria dos inquiridos

(46,1%) pratica mais que uma modalidade o equivalente a 47 dos

102 inquiridos.

F r e qu ênc ia % % V á l i d a

Muscu lação 22 21 ,6 21 ,6

Card io f i t ness 14 13 ,7 13 ,7

Manu tenção 2 2 ,0 2 ,0

Aerób i ca 13 12 ,7 12 ,7

Ar tes marc ia i s 3 2 ,9 2 ,9

Na tação 1 1 ,0 1 ,0

2 ou +

moda l idades 47 46 ,1 46 ,1

To ta l 102 100 ,0 100 ,0

Quadro 5 : D is t r i bu ição por f requênc ia de

moda l idades

PERG. 6 – HABILITAÇÕES LITERÁRIAS

Ao analisarmos o quadro podemos observar que a maioria dos

inquiridos que compõe a amostra apresenta um nível académico

superior, ou seja, bacharelato ou l icenciatura. Estes indivíduos

representam uma amostra válida de 38,2 %. Podemos ainda

observar uma l igeira tendência para o nível Secundário;

representando este uma percentagem de 35,3 da amostra válida.

MODALIDA

MODALIDA

2 ou + modalidades

natação

artes marciais

aeróbica

manutenção

cardiofitness

musculaçãoP

erce

nt

50

40

30

20

10

0

46

1314

22

F igu ra 17 : D is t r i bu i ção de % p o r mod a l i dad es

F r e qu ênc ia % % V á l i d a

1 . º c i c l o 1 1 , 0 1 , 0

2 . º c i c l o 5 4 , 9 4 , 9

3 . º c i c l o 1 8 1 7 , 6 1 7 , 6

S ec un dá r i o 3 6 3 5 , 3 3 5 , 3

B ac ha re l / l i c enc ia 3 9 3 8 , 2 3 8 , 2

M es t r ad / do u t o r 3 2 , 9 2 , 9

T o t a l 1 0 2 1 0 0 , 0 1 0 0 , 0

Q u ad ro 6 : D i s t r i bu i çã o d e f r eq u ênc ias po r ha b i l i t a ç õ es

HABILITA

HABILITA

mestrado/doutoramentbacharelato/licencia

secundário3.º ciclo

2.º ciclo1.º ciclo

Per

cent

50

40

30

20

10

0 3

3835

18

5

F i g u r a 1 8 : D i s t r i b u i ç ã o d e % p o r h a b i l i t a ç õ e s

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97

PERG. 7 – FREQUÊNCIA DE OUTRA ACADEMIA

Nesta questão 68,3% dos inquiridos responderam que já

frequentaram outros Ginásios/Academias.

F r e qu ênc ia % % V á l i d a

S i m 6 9 6 7 , 6 6 8 , 3

N ã o 3 2 3 1 , 4 3 1 , 7

C / r es pos t a 1 0 1 9 9 , 0 1 0 0 , 0

S / r es p os t a 1 1 , 0

T o t a l 1 0 2 1 0 0 , 0

Q u ad ro 7 : D i s t r i bu i çã o d e f r eq u ênc ias pe l a

f r e qu ênc ia e m g i nás ios

PERG. 8 – TEMPO DE FREQUÊNCIA DO KFCBVF

Observamos que 24 dos inquiridos, o que representa 23,5% do

total da amostra, são utentes do ginásio KFCBVF há mais de 5

anos e que 16,7 são há mais de 3 e 2 anos o que corresponde

respectivamente a 16,7% da amostra válida.

F r e qu ênc ia % % V á l i d a

> 3 m es es 6 5 , 9 5 , 9

> 6 m es es 1 7 1 6 , 7 1 6 , 7

> 1 a no 2 1 2 0 , 6 2 0 , 6

> 2 a nos 1 7 1 6 , 7 1 6 , 7

> 3 a nos 1 7 1 6 , 7 1 6 , 7

> 5 a nos 2 4 2 3 , 5 2 3 , 5

T o t a l 1 0 2 1 0 0 , 0 1 0 0 , 0

Q u ad ro 8 : D i s t r i bu i çã o d e f r eq u ênc ias pe l a

f r e qu ênc ia n o K F C BV F

OUTRGIN

OUTRGIN

nãosim

Per

cent

80

70

60

50

40

30

20

10

0

32

68

F i g u r a 1 9 : D i s t r i bu i ç ã o d e % p o r f r eq uê nc ia

n o u t r as ac a demi as

FRQKORPO

FRQKORPO

> 5 anos

> 3 anos

> 2 anos

> 1 ano

> 6 meses

> 3 meses

Perc

ent

30

20

10

0

24

1717

21

17

6

F i g u r a 2 0 : D i s t r i bu i ç ã o d e % p o r f r eq uê nc ia

n o K FC BV F

Page 116: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

98

PERG. 9 – IMPORTÂNCIA DE UM GINÁSIO NO CORPO DE BOMBEIROS

VOLUNTÁRIOS

Do total dos inquiridos, responderam de forma posit iva à questão

sobre a importância deste t ipo de estruturas (ginásios) nas

Associações de Bombeiros Voluntários 92,8 % da amostra válida.

Apenas 7, 2 % discordaram desta afirmação e 5 inquiridos não

responderam.

PERG. 9.1 – GRAU DE IMPORTÂNCIA

F i g u r a 2 2 : D i s t r i bu i çã o d e % d o g r au d e i m po r t ânc ia a t r i bu í do pe los i nq u i r i dos

Como se pode verif icar pela leitura do gráfico, a maioria dos

inquiridos (31,5%) deram mais importância ao rendimento deste

t ipo de estrutura com um fonte de receita complementar.

Em segundo lugar surge a importância que tem para a captação e

f idelização dos voluntários à Associação com 29,5%.

Finalmente com 19,6% e 19,4% surge o lazer e a nova imagem da

associação l igada a uma vertente que não a do socorro.

IMPTBVF

nãosimMissing

Per

cent

100

80

60

40

20

0 7

87

6

F i g u r a 2 1 : D i s t r i bu i ç ã o d e % d a i mp o r t ânc i a do G i nás io

F r e qu ênc ia % % V á l i d a

S i m 9 0 8 8 , 2 9 2 , 8

N ã o 7 6 , 9 7 , 2

C / r es pos t a 9 7 9 5 , 1 1 0 0 , 0

S / r es p os t a 5 4 , 9

T o t a l 1 0 2 1 0 0 , 0

Q u ad ro 9 : D i s t r i bu i çã o d e f r eq u ênc ias pe l a

i m p o r t ânc ia d e um g in ás i o

31,5%

19,4%

29,5%

19,6%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

RENDI MENTO NOVA I MAGEM CAPTAÇÃO

SÓ CI O/ VOLUNT.

LAZER

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99

6. Discussão dos Resultados

Neste capítulo pretende-se analisar tão exaustivamente quanto

possível os valores obtidos na amostra que serviu de base ao

nosso estudo empírico. Para o efeito analisaremos previamente os

valores médios e percentagens válidas relativamente à

caracterização demográfica.

Posteriormente serão analisados e discutidos os resultados em

função das variáveis (var.) dependentes a nível comparativo entre

a percepção da qualidade (PQ) (conceito que cada indivíduo tem

ou atribui a determinado serviço, com base em experiências ou em

conhecimentos empíricos), grau de satisfação (GS) (forma como o

individuo sente o serviço que lhe é prestado) e grau de importância (GI) (forma como o utente valoriza determinado

serviço relativamente a outros).

Tomaremos como valor de referência o mais assinalado pelos

inquiridos, verif icando o nível de concordância entre qualidade

percebida e satisfação dos utentes do (KFCBVF), relativamente às

várias dimensões (balneários (B), recepção (R), musculação /

cardio (MC), ginásio / academia (GA) e recursos humanos (RH).

Por últ imo centraremos a nossa atenção no serviço mais valorizado

pelos inquiridos (GI).

Parecem ser estas as dimensões com maior significado para o

nosso estudo, no sentido de avaliarmos qualidade/satisfação dos

utentes do KFCBVF.

Todas as variáveis tratadas, encontram-se em anexo V, quer ao

nível da qualidade, quer ao nível da satisfação.

Procuramos tratar a questão do meio envolvente (físico), como

factor importante para a satisfação dos cl ientes, o que não é

habitual nos trabalhos sobre qualidade/satisfação consultados (um

campo parco em referências bibliográficas).

Page 118: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

100

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

masculino feminino total

Limpeza 1 (PQ.)

Limpeza 95 (G.S.)

Temp.água 99 (G.I.)

F i g u r a 2 3 : D i s t r i b u i ç ã o d e r e s p o s t a s p o r s e x o e m B

Para uma melhor leitura e compreensão dos dados, vamos anexar

os respectivos quadros e gráficos (embora tendo a consciência que

não se deve repetir informações) estes complementam e facil itam a

leitura global dos resultados.

a – Variável de análise – SEXO

A variável “sexo” pode ser importante para se verif icar como cada

género tem interiorizado o conceito de qualidade e como l ida com

ele face ao seu grau de satisfação (no tocante às várias dimensões

do KFCBVF.

a.1 – Balneários (B)

S EX O

L i mpez a

va r . 1

( PQ )

L i mpez a

va r . 95

( GS )

T e m p .

á g ua

va r . 99

( G I )

M asc u l i no M ÉDI A 4 , 7 1 3 , 3 2 3 , 4 7

N 4 8 4 7 4 7

D P , 50 1 , 0 2 1 , 0 4

F e m i n i n o M ÉDI A 4 , 7 2 3 , 3 6 3 , 5 6

N 5 4 5 0 4 8

D P , 49 , 75 , 62

T o t a l M ÉDI A 4 , 7 2 3 , 3 4 3 , 5 2

N 1 0 2 9 7 9 5

D P , 50 , 89 , 85

Q u a dr o 1 0 : B a l n eár i o s

Relacionando o sexo com a qualidade percepcionada referente à

dimensão (B) verif icamos que ambos os sexos apresentam grandes

preocupações com a l impeza; como pode ser observado através

das médias (M = 4,71; F = 4,72). Para reforçar esta preocupação

podemos observar que os valores da “Moda” apresentam nível 5

numa escala de 1 a 5. (anexo V; quadro nº 1)

No que se refere ao grau de satisfação a l impeza surge abaixo das

expectativas dos inquiridos, com médias de M = 3,32; F = 3,36 e

Page 119: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

101

F i g u r a 2 4 : D i s t r i bu i ç ã o d e r e s p o s t as p o r s ex o e m R

3,85

3,9

3,95

4

4,05

4,1

4,15

4,2

4,25

Masculino Feminino Total

Atendimento 9 (PQ.)

Atendimento 60 (G.S.)

Atendimento 60 (G.I)

os valores da moda apresentam níveis 3, também numa escala de

1 a 5. (anexo V; quadro nº 2).

Verif icamos que existe uma discordância clara entre qualidade

entendida e o grau de satisfação dos utentes do KFCBVF.

Ainda se concluiu que no âmbito da satisfação, o sexo feminino é

um pouco mais exigente que o masculino (sem signif icado

estatístico).

É ainda de referir que o grau de importância atribuído aos vários

elementos pelos inquiridos (GI) vai no sentido da temperatura da

água, estando relativamente satisfeitos, como se pode constatar

pelos valores da média, sendo mesmo este o item mais

seleccionado.

Quanto a esta dimensão (B), não se verif icam diferenças

signif icativas entre os sexos e as variáveis tratadas.

Assim, podemos referir que deverá existir uma maior preocupação

com os aspectos da l impeza que estão abaixo das expectativas

dos cl ientes e como refere Abel Correia (1997). A qualidade de um

serviço é o grau de satisfação das necessidades dos cl ientes.

a.2 – Recepção (R)

Analisando os resultados das respostas dos indivíduos na

dimensão (R) em função do sexo, relativamente à qualidade e

S EX O

A t e nd i me n t o

va r . 9

( PQ. )

A t e nd i me n t o

va r . 60

( G . S . )

A t e nd i me n t o

va r . 60

( G . I . )

M ÉDI A 3 , 9 8 4 , 1 9 4 , 1 9

N 4 8 4 7 4 7 M asc u l i no

D P , 86 , 54 , 54

M ÉDI A 4 , 0 4 4 , 0 4 4 , 0 4

N 5 4 5 4 5 4 F e m i n i n o

D P , 82 , 61 , 61

M ÉDI A 4 , 0 1 4 , 1 1 4 , 1 1

N 1 0 2 1 0 1 1 0 1 T o t a l

D P , 84 , 58 , 58

Q u a dr o1 1 : r e ce p ç ão

Page 120: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

102

satisfação, observamos que os indivíduos do sexo M apresentam

uma PQ relativamente baixa, e um GS elevado, ou seja, este

serviço ultrapassa as suas expectativas. (PQ-3,98 e GS-4,19 de

media).

Já os indivíduos do sexo F atribuíram valores médios iguais à PQ,

ao GS e GI. O que demonstra que está de acordo a PQ com o grau

de satisfação. (PQ-4.04 e GS-4.04 de média).

Ambos os géneros atribuem maior importância ao atendimento,

como se constata através do quadro nº 3 em anexo V.

Estes resultados permitiram-nos observar que existem diferenças

estatísticas, entre a forma como os indivíduos dos diferentes sexos

percepcionam e sentem a satisfação do serviço.

Verif icámos que em ambos os casos (PQ e GS) o nível encontrado

foi de 4 numa escala de 1 a 5 (valor da moda, anexo V; quadro nº

3 e 4).

Conclui-se que a percepção da qualidade dos utentes do sexo

feminino está em concordância com o grau de satisfação dos

serviços prestados na (R) do KFCBVF.

Este resultado pode ser fundamentado ainda pela análise do grau

de importância (GI), que apresenta valor igual aos da satisfação.

Esta conclusão vai na l inha de pensamento de Chang (1998) que

refere que vários factores influenciam a percepção dos cl ientes

relativamente aos funcionários que prestam o serviço (cortesia,

prontidão, nível de conhecimento etc.).

Também neste item, o sexo feminino apresenta maiores

expectativas referentes à qualidade. Já o sexo masculino

apresenta uma satisfação maior face ao serviço (R).

Estas conclusões podem ficar a dever-se à menor preocupação

revelada pelos homens em relação ao factor atendimento na

recepção; estes só o valorizam depois de o sentir ou experimentar.

Page 121: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

103

Quanto ao sexo feminino, mais preocupado, apresenta já algumas

expectativas face ao serviço, mesmo antes de o experimentar,

elevando por isso a seu conceito de qualidade.

a.3 – Musculação / Cardiofitness (MC)

S EX O

L i mpez a

va r . 23

( PQ )

L i mpez a

va r . 74

( GS )

A t e nd i me n t o

va r . 78

( G I )

M ÉDI A 4 , 4 9 3 , 6 6 4 , 0 2

N 4 7 4 7 4 8 M asc u l i no

D P , 66 , 89 , 81

M ÉDI A 4 , 6 1 3 , 5 2 4 , 1 3

N 4 9 4 8 4 6 F e m i n i n o

D P , 57 , 85 , 65

M ÉDI A 4 , 5 5 3 , 5 9 4 , 0 7

N 9 6 9 5 9 4 T o t a l

D P , 61 , 87 , 74

Q u a dr o1 2 : m us c u l aç ã o c ar d i o

a.4 - Aulas de Grupo (AG)

S EX O

L i mpez a

va r . 29

( PQ )

P r o f ess o r

va r . 34

( PQ )

P r o f ess o r

va r . 81

( GS )

L i mpez a

va r . 89

( GS )

P r o f ess o r

va r . 81

( G I )

M ÉDI A 4 , 2 9 4 , 3 4 4 , 0 4 3 , 4 6 4 , 0 4

N 3 8 3 8 2 6 2 6 2 6 M asc u l i no

D P , 96 , 81 , 72 1 , 0 7 , 72

M ÉDI A 4 , 6 2 4 , 5 9 4 , 5 6 3 , 5 7 4 , 5 6

N 5 2 5 1 4 3 4 2 4 3 F e m i n i n o

D P , 57 , 54 , 59 , 80 , 59

M ÉDI A 4 , 4 8 4 , 4 8 4 , 3 6 3 , 5 3 4 , 3 6

N 9 0 8 9 6 9 6 8 6 9 T o t a l

D P , 77 , 68 , 69 , 91 , 69

Q u a dr o 1 3 : a u l as d e gr u p o

F i g u r a 2 5 : D i s t r i b u i ç ã o d e r e s p o s t a s p o r s ex o e m MC

0

0,51

1,52

2,5

33,5

44,5

5

Macul ino Feminino Total

Limpeza 23 (PQ.)

Limpeza 74 (G.S.)

Atendimento 78 (G.I.)

Page 122: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

104

Relativamente ao funcionamento das áreas da Musculação /

Cardiofitness e Aulas de Grupo em função do sexo a maioria do

inquiridos demonstra uma percepção da qualidade centrada na

l impeza com uma média de 4,55 MC e 4,48 AG, em segundo lugar

e com uma média também elevada surge o papel do professor com

4,48 de média nas AG.

Quanto ao grau de satisfação, a l impeza surge abaixo das

expectativas do cl iente com 3,59 para MC e 3,53 para AG de média

geral. Já quanto ao professor a perspectiva de qualidade (4,48 de

média) aproxima-se ao grau de satisfação (4,36 de média) dos

utentes nas AG.

Podemos ainda concluir que os indivíduos de sexo F são

l igeiramente mais exigentes na l impeza que os do sexo M, tal como

já foi visto em relação aos balneários.

O GI dos inquiridos vai para o atendimento com 4,07 de média nas

áreas da Musculação e Cardiofitness. Já para as Aulas de Grupo

este recai sobre o professor (métodos de treino e

acompanhamento etc.). De salientar que o atendimento nas salas

de M e CF é da responsabil idade dos professores e por isso

verif ica-se um grau de satisfação muito perto da percepção de

qualidade dos inquiridos.

Concluímos assim que ao nível da l impeza há uma discordância

signif icativa, mas que ao nível do atendimento existe uma

proximidade entre PQ e GS.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

maculino f eminino Total

Limpeza 29 (PQ.)

Pr of essor 34 (PQ.)

Pr of essor 81 (G.S.)

Limpeza 89 (G.S.)

Pr of essor 81 (G.I.)

F i g u r a 2 6 : D i s t r i b u i ç ã o d e r e s p o s t a s p o r s ex o e m A G

Page 123: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

105

De referir que as mulheres sentem – se mais satisfeitas uma vez

que dão mais valor ao atendimento/acompanhamento do professor,

talvez porque se sintam inseguras na execução dos exercícios,

porque estão mais preocupadas com o resultado final, e/ou porque

este t ipo de população é mais frequente nas aulas de grupo.

Quanto ao grau de importância, os inquiridos atribuíram ao

atendimento do professor o valor mais elevado, demonstrando

assim que este é o factor que os deixa mais satisfeitos no

KFCBVF.

Locabuci 1999) refere que a grande parte das reclamações e

descontentamento dos clientes dos centros de f i tness, incide sobre

as atitudes do pessoal de atendimento. Deste modo, podemos

aferir da existência duma elevada empatia entre funcionários do

KFCBVF e os utentes que compõem a nossa amostra.

a.5 - Ginásio / Academia (G/A)

S EX O

G . Mé d i c o

va r . 52

( PQ )

P a rq ue

va r . 45

( PQ )

P a rq ue

va r . 10 3

( GS )

L oc a l i z aç ão

va r . 10 4

( G I )

M É DI A 3 , 9 1 3 , 9 4 3 , 8 5 3 , 9 4

N 4 6 4 8 4 7 4 8 M as c u l i no

D P , 98 , 91 1 , 0 8 , 73

M É DI A 4 , 2 1 4 , 0 9 3 , 7 4 3 , 9 3

N 5 3 5 3 5 4 5 4 F e m i n i no

D P , 95 , 81 1 , 0 3 , 58

M É DI A 4 , 0 7 4 , 0 2 3 , 7 9 3 , 9 3

N 9 9 1 0 1 1 0 1 1 0 2 T o t a l

D P , 97 , 86 1 , 0 5 , 65

Q u a dr o 1 4 : g i n á s i o – a ca d emi a

F i g u r a 2 7 : D i s t r i b u i ç ã o d e r e s p o s t a s p o r s ex o e m G A

3,5

3,6

3,7

3,8

3,9

4

4,1

4,2

4,3

Maculino Feminino Total

G. Médico 52 (PQ.)

Parque 45 (PQ.)

Parque 103 (G.S.)

Localização 104 (G.I.)

Page 124: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

106

Pela leitura do quadro conferimos que a existência de um gabinete

médico faz parte das preocupações dos inquir idos. Esta questão

não vai ser por nós tratada a nível comparativo, pelo facto de tal

estrutura não existir nesta academia. Contudo, podemos concluir

que o sexo feminino é o que dá mais importância a este serviço

com médias de 4,21.

Relativamente à dimensão Ginásio/Academia como edifício e

situação geográfica, os inquiridos apresentam uma preocupação

com o estacionamento e localização.

Pela leitura dos dados, verif icámos ainda que existe uma

discordância clara entre a percepção da qualidade (4,02 de média

total) e a satisfação dos utentes (3,79 de média total).

As mulheres valorizam mais o estacionamento, apresentando um

distanciamento signif icativo entre a qualidade percepcionada 4,09

e o grau de satisfação 3,74. Já para os homens essa diferença não

é tão signif icativa.

Este factor poderá ter a ver com o local pouco i luminado e mal

frequentado, não tendo no entanto sido registado qualquer

problema até ao momento.

O que mais satisfaz os utentes do KFCBVF é a localização que

apresenta 3,93 de média. Isto traduz o seu grau de importância

face ao ginásio.

Tal factor prende-se com o conforto e ganho de tempo nas idas ao

ginásio, funcionando como um condição de motivação extra.

Estes resultados podem ser explicados pelas razões apontadas por

Link (2001), que afirma que o sexo dos cl ientes pode afectar quer

o conceito de qualidade, quer o grau de satisfação.

Page 125: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

107

a.6 – Recursos Humanos (RH)

S EX O P r o f es s or

va r . 53 ( PQ )

P r o f es s or va r . 10 9

( GS )

P r o f es s or va r . 10 9

( G I )

M ÉDI A 4 , 5 4 4 , 0 2 4 , 0 2

N 4 8 4 8 4 8 M asc u l i no

D P , 62 , 70 , 70

M ÉDI A 4 , 6 9 4 , 4 4 4 , 4 4

N 5 4 5 4 5 4 F e m i n i n o

D P , 51 , 57 , 57

M ÉDI A 4 , 6 2 4 , 2 5 4 , 2 5

N 1 0 2 1 0 2 1 0 2 T o t a l

D P , 56 , 67 , 67

Q u a dr o 1 5 : r ec u r s o s h uma no s

Depois de analisarmos o quadro, verif icamos que os níveis de

qualidade, o grau de satisfação e o grau de importância, são mais

elevados nos indivíduos do sexo feminino relativamente ao

professor, apresentando um desvio-padrão baixo, o que indica

grande unanimidade dos inquiridos sobre este item.

Tal factor poderá estar l igado à insegurança na realização dos

exercícios, manuseamento do equipamento e expectativa com os

resultados finais.

Os homens apresentam uma PQ relativamente alta, mas depois a

sua satisfação cai para valores inferiores.

F i g ur a 2 8 : D i s t r i b u i ç ã o de r e s p os t as p or s e x o e m R H

3,6

3,8

4

4,2

4,4

4,6

4,8

Masculino Feminino Total

Professor 53 (P.Q.)

Professor 109 (G.S.)

Professor 109 (G.I.)

Page 126: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

108

Este comportamento pode estar l igado por um lado, a uma maior

autonomia que o sexo masculino apresenta ao fim de algum tempo

de frequência, mas também pela forma prática de encarar este t ipo

de actividade.

Na l inha de pensamento de Buján (2004) os R.H. numa academia

são os que facil i tam o serviço aos cl ientes. Estes devem ser

capazes de ir ao encontro das necessidades dos cl ientes com

conhecimento, competências e disponibil idade.

Para reforçar esta tendência em termos de Satisfação dos cl ientes

relativamente ao professor, verif icámos que o GI está ao nível do

GS.

b – Variável de Análise – IDADE

Da análise de dados em função da idade relativamente às várias

dimensões (B, R, MC, AG, G/A, e RH), constatou-se que a maioria

dos inquiridos se situa na faixa etária 23-28; seguida dos 29-34

anos de idade.

Vamos tratar em simultâneo a dimensão B e MC, pelo facto de

apresentarem as mesmas preocupações (ex. l impeza) e a sua

evolução em função da idade ser muito semelhante.

Page 127: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

109

b.1 – Balneários (B)

I D AD E L i m p ez a

va r . 1 ( PQ )

L i m p ez a va r . 95 ( GS )

T e m p. á g u a va r . 99

( G I )

M ÉDI A 4 , 0 0 3 , 0 0 3 , 0 0

N 1 1 1 < 1 6 a no s

D P , , ,

M ÉDI A 4 , 5 6 3 , 6 7 3 , 6 5

N 1 8 1 8 1 7 1 7 a 2 2 an o s

D P , 51 , 77 1 , 0 6

M ÉDI A 4 , 7 9 3 , 6 1 3 , 6 1

N 2 9 2 8 2 8 2 3 a 2 8 an o s

D P , 49 , 74 , 74

M ÉDI A 4 , 8 3 3 , 0 5 3 , 2 3

N 2 4 2 2 2 2 2 9 a 3 4 an o s

D P , 38 1 , 0 0 , 97

M ÉDI A 4 , 7 3 3 , 6 0 3 , 5 0

N 1 1 1 0 1 0 3 5 a 4 0 an o s

D P , 47 , 70 , 71

M ÉDI A 4 , 7 1 2 , 7 1 3 , 4 3

N 7 7 7 4 1 a 4 6 an o s

D P , 49 , 95 , 79

M ÉDI A 4 , 5 6 2 , 7 8 3 , 8 8

N 9 9 8 4 7 a 5 2 an o s

D P , 73 , 97 , 64

M ÉDI A 4 , 6 7 3 , 5 0 3 , 5 0

N 3 2 2 5 3 a 5 8 an o s

D P , 58 , 71 , 71

M ÉDI A 4 , 7 2 3 , 3 4 3 , 5 2

N 1 0 2 9 7 9 5 T o t a l

D P , 50 , 89 , 85

Q u ad ro 16 : Ba ln e á r i os

0

1

2

3

4

5

6

< 16

anos

17 a 22

anos

23 a 28

anos

29 a 34

anos

35 a 40

anos

41 a 46

anos

47 a 52

anos

53 a 58

anos

T otal

Li mpeza 1 (P.Q.)

Li mpeza 95 (G.S.)

T emp.água 99 (G.I .)

G r á f i c o 29 : D i s t r i b u i çã o d e r es p o s t as p or i d a de em B

Page 128: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

110

b.2 – Musculação / Cardiofitness (MC)

I DA D E L i m p ez a va r . 23

( PQ ) L i m p ez a va r . 74

( GS ) At e n d i m e nt o va r . 78

( G I )

M ÉDI A 4 , 0 0 3 , 0 0 3 , 0 0

N 1 1 1 < 1 6 a no s

D P , , ,

M ÉDI A 4 , 5 0 3 , 8 2 4 , 1 9

N 1 6 1 7 1 6 1 7 a 2 2 an o s

D P , 52 , 88 , 66

M ÉDI A 4 , 6 1 3 , 6 9 4 , 1 7

N 2 8 2 9 2 9 2 3 a 2 8 an o s

D P , 63 , 71 , 71

M ÉDI A 4 , 7 8 3 , 5 9 3 , 8 6

N 2 3 2 2 2 2 2 9 a 3 4 an o s

D P , 42 , 80 , 94

M ÉDI A 4 , 4 5 3 , 9 1 4 , 1 8

N 1 1 1 1 1 1 3 5 a 4 0 an o s

D P , 69 , 70 , 60

M ÉDI A 4 , 2 9 2 , 8 0 4 , 2 0

N 7 5 5 4 1 a 4 6 an o s

D P , 76 1 , 3 0 , 84

M ÉDI A 4 , 3 8 2 , 8 8 4 , 0 0

N 8 8 8 4 7 a 5 2 an o s

D P , 92 1 , 1 3 , 53

M ÉDI A 4 , 0 0 3 , 5 0 4 , 0 0

N 2 2 2 5 3 a 5 8 an o s

D P , 00 , 71 , 00

M ÉDI A 4 , 5 5 3 , 5 9 4 , 0 7

N 9 6 9 5 9 4 T o t a l

D P , 61 , 87 , 74

Q u ad ro 17 : Musc u l açã o c a r d i o

0

1

2

3

4

5

6

< 16

anos

17 a 22

anos

23 a 28

anos

29 a 34

anos

35 a 40

anos

41 a 46

anos

47 a 52

anos

53 a 58

anos

T otal

Li mpeza 23 (P.Q.)

Li mpeza 74 (G.S.)

Atendi mento 78 (G.I . )

G r á f i c o 30 : D i s t r i b u i çã o d e r es p o s t as p or i d a de em M C

Page 129: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

111

Da análise dos quadros em função da idade e relativamente às

dimensões B e MC, verif ica-se que a PQ vai aumentando conforme

aumenta a idade dos uti l izadores do ginásio, diminuindo

l igeiramente a partir da faixa etária 35 – 40. Tal factor pode estar

l igado ao grau de exigência que vai aumentando com a idade e

pelo conhecimento que vão adquirindo através da comparação.

Contudo, a partir de determinada idade o conceito de qualidade

vai-se mantendo; talvez por falta de contactos com outras

academias e/ou pelos hábitos adquiridos ao longo dos tempos no

ginásio que frequentam (não esquecer que a maioria dos inquir idos

frequenta o KFCBVF há mais de 3 e 5 anos).

Constata-se que o GS se distancia bastante do conceito de

qualidade dos utentes (sendo mais visível na dimensão B). A

diferença mais signif icativa verif ica-se na faixa etária dos 41 – 46

(PQ - 4,71 e GS - 2,71) para os B e (PQ – 4,29 e GS – 2,80) para a

MC.

Verif icamos que o grau de importância atribuído não é l inear em

função da idade. Para os B atribuem importância à água quente,

para MC ao atendimento/professor. Os inquiridos estão mais em

acordo com GI na dimensão MC (atendimento), o que se verif ica

através do Desvio – Padrão.

Segundo Locabucci e Ostras (1999) constata-se um maior sentido

crít ico por parte dos indivíduos com mais idade. Nós

acrescentaríamos, com base nos dados deste estudo, que os mais

velhos apresentam uma qualidade percebida distanciada do seu

grau de satisfação, o que prova o seu sentido crít ico face ao

serviço. Contudo ao nível da satisfação por vezes os mais velhos

são mais tolerantes.

Page 130: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

112

b.3 – Recepção (R)

I DA D E

A t e nd i me n t o

va r . 9

( PQ )

A t e nd i me n t o

va r . 60

( GS )

A t e nd i me n t o

va r . 60

( G I )

M ÉDI A 4 , 0 0 3 , 0 0 3 , 0 0

N 1 1 1 < 1 6 a no s

D P , , ,

M ÉDI A 4 , 0 6 4 , 1 7 4 , 1 7

N 1 8 1 8 1 8 1 7 a 2 2

a n o s D P , 87 , 71 , 71

M ÉDI A 3 , 9 0 4 , 1 7 4 , 1 7

N 2 9 2 9 2 9 2 3 a 2 8

a n o s D P , 94 , 60 , 60

M ÉDI A 4 , 1 2 4 , 0 8 4 , 0 8

N 2 4 2 4 2 4 2 9 a 3 4

a n o s D P , 74 , 50 , 50

M ÉDI A 4 , 0 0 4 , 0 9 4 , 0 9

N 1 1 1 1 1 1 3 5 a 4 0

a n o s D P , 77 , 54 , 54

M ÉDI A 4 , 4 3 4 , 0 0 4 , 0 0

N 7 7 7 4 1 a 4 6

a n o s D P , 79 , 58 , 58

M ÉDI A 3 , 6 7 4 , 0 0 4 , 0 0

N 9 8 8 4 7 a 5 2

a n o s D P , 87 , 53 , 53

M ÉDI A 4 , 0 0 4 , 3 3 4 , 3 3

N 3 3 3 5 3 a 5 8

a n o s D P 1 , 0 0 , 58 , 58

M ÉDI A 4 , 0 1 4 , 1 1 4 , 1 1

N 1 0 2 1 0 1 1 0 1 T o t a l

D P , 84 , 58 , 58

Q u ad ro 18 : Rec epç ão

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

< 16

anos

17 a 22

anos

23 a 28

anos

29 a 34

anos

35 a 40

anos

41 a 46

anos

47 a 52

anos

53 a 58

anos

T otal

Atendi mento 9 (P.Q.)

Atendi mento 60 (G.S.)

Atendi mento 60 (G.I. )

G rá f i c o 3 1 : D i s t r i bu i ç ã o de res pos t as p o r i da d e e m R

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113

b.4 - Recursos Humanos (RH)

I DA D E

P r o f ess o r

va r . 53

( PQ )

P r o f ess o r

va r . 10 9

( GS )

P r o f ess o r

va r . 10 9

( G I )

M ÉDI A 5 , 0 0 5 , 0 0 5 , 0 0

N 1 1 1 < 1 6 a no s

D P , , ,

M ÉDI A 4 , 4 4 4 , 5 6 4 , 5 6

N 1 8 1 8 1 8

1 7 a 2 2 a n o s

D P , 51 , 51 , 51

M ÉDI A 4 , 7 2 4 , 2 1 4 , 2 1

N 2 9 2 9 2 9

2 3 a 2 8 a n o s

D P , 59 , 73 , 73

M ÉDI A 4 , 6 7 3 , 9 6 3 , 9 6

N 2 4 2 4 2 4

2 9 a 3 4 a n o s

D P , 48 , 81 , 81

M ÉDI A 4 , 3 6 4 , 0 9 4 , 0 9

N 1 1 1 1 1 1 3 5 a 4 0

a n o s D P , 67 , 30 , 30

M ÉDI A 5 , 0 0 4 , 7 1 4 , 7 1

N 7 7 7 4 1 a 4 6

a n o s D P , 00 , 49 , 49

M ÉDI A 4 , 6 7 4 , 2 2 4 , 2 2

N 9 9 9

4 7 a 5 2

a n o s D P , 50 , 44 , 44

M ÉDI A 4 , 0 0 4 , 3 3 4 , 3 3

N 3 3 3

5 3 a 5 8

a n o s D P 1 , 0 0 , 58 , 58

M ÉDI A 4 , 6 2 4 , 2 5 4 , 2 5

N 1 0 2 1 0 2 1 0 2 T o t a l

D P , 56 , 67 , 67

Q u ad ro 19 : R ec u r s o s h uma no s

0

1

2

3

4

5

6

< 16

anos

17 a 22

anos

23 a 28

anos

29 a 34

anos

35 a 40

anos

41 a 46

anos

47 a 52

anos

53 a 58

anos

T otal

Pr of essor 53 (P.Q.)

Pr of essor 109 (G.S.)

Pr of essor 109 (G.I .)

G r á f i c o 32 : D i s t r i b u i çã o d e r es p o s t as p or i d a de em R H

Page 132: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

114

Vamos tratar estas duas dimensões em conjunto porque

verif icámos que, quer a PQ, quer o GS quer GI apontam para o

atendimento.

Através da leitura do quadro, aferimos que os inquiridos dão muita

importância ao atendimento; desde o primeiro contacto na

recepção até ao acompanhamento ao nível dos professores

(médias totais: R; PQ - 4,01 e GS - 4,11 para os RH; PQ - 4,62 e

GS - 4,25); logo a percepção da qualidade está de acordo com o

seu grau de satisfação.

Verif icamos que a PQ não é entendida pelos inquiridos de forma

proporcional à idade, ou seja, a faixa etária 41-46 é que apresenta

maiores expectativas face à qualidade esperada com 4,43 de

média para ambas as dimensões (R e RH).

Os restantes grupos etários apresentam médias ligeiramente

abaixo, mas que rondam valores de 4,00 de média com uma moda

de 4 ao nível da satisfação (anexo V; quadro nº 12), isto signif ica

que valorizam o atendimento.

Quanto ao grau de Satisfação ao nível da R, este aproxima-se e

até ultrapassa em alguns casos a PQ que os utentes do KFCBVF

tinham inicialmente (como por exemplo para a R as faixas etárias

de 17-22, 23-28 e 35-40, mais acentuado para, 47-52 e 53-58). No

que se refere aos R.H., o GS apresenta oscilações nas suas

médias, apresentando a mais baixa na faixa dos 29-34 anos,

Podemos concluir que quer a PQ, quer o GS, dos utentes do

KFCBVF não apresentam uma sequência valorativa em função da

idade, ou seja, cada faixa etária apresenta uma PQ e um GS

distintos, apesar dos seus valores estarem próximos.

Segundo Bilhim (2004) a gestão de recursos humanos dá ênfase

aos aspectos l igado à atitude, emoções e características

comportamentais dos colaboradores, o que vai desencadear no

cl iente uma maior ou menor satisfação em relação aos serviços

prestados.

Page 133: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

115

b.5 – Aulas de Grupo (AG)

I DA D E

L i mpez a

va r . 29

( PQ )

P r o f ess o r

va r . 34

( PQ )

P r o f ess o r

va r . 81

( GS )

L i mpez a

va r . 89

( GS )

P r o f ess o r

va r . 81

( G I )

M ÉDI A 4 , 0 0 4 , 0 0 5 , 0 0 3 , 0 0 5 , 0 0

N 1 1 1 1 1 < 1 6 a no s

D P , , , , ,

M ÉDI A 4 , 4 0 4 , 3 3 4 , 6 7 3 , 4 5 4 , 6 7

N 1 5 1 5 1 2 1 1 1 2 1 7 a 2 2 an o s

D P , 74 , 62 , 49 1 , 0 4 , 49

M ÉDI A 4 , 2 6 4 , 4 4 4 , 3 2 3 , 7 0 4 , 3 2

N 2 7 2 7 1 9 2 0 1 9 2 3 a 2 8 an o s

D P , 98 , 85 , 75 , 86 , 75

M ÉDI A 4 , 9 5 4 , 6 8 4 , 3 1 3 , 6 0 4 , 3 1

N 2 0 1 9 1 6 1 5 1 6 2 9 a 3 4 an o s

D P , 22 , 48 , 79 , 99 , 79

M ÉDI A 4 , 5 0 4 , 2 0 4 , 1 4 3 , 7 1 4 , 1 4

N 1 0 1 0 7 7 7 3 5 a 4 0 an o s

D P , 71 , 63 , 38 , 49 , 38

M ÉDI A 4 , 6 7 5 , 0 0 4 , 3 3 2 , 8 3 4 , 3 3

N 6 6 6 6 6 4 1 a 4 6 an o s

D P , 52 , 00 , 52 1 , 1 7 , 52

M ÉDI A 4 , 3 8 4 , 5 0 4 , 1 4 3 , 4 3 4 , 1 4

N 8 8 7 7 7 4 7 a 5 2 an o s

D P , 74 , 53 , 90 , 79 , 90

M ÉDI A 3 , 6 7 4 , 3 3 5 , 0 0 4 , 0 0 5 , 0 0

N 3 3 1 1 1 5 3 a 5 8 an o s

D P , 58 1 , 1 5 , , ,

M ÉDI A 4 , 4 8 4 , 4 8 4 , 3 6 3 , 5 3 4 , 3 6

N 9 0 8 9 6 9 6 8 6 9 T o t a l

D P , 77 , 68 , 69 , 91 , 69

Q u a dr o 2 0 : A u l as d e gr u p o

0

1

2

3

4

5

6

< 16 anos 17 a 22anos

23 a 28anos

29 a 34anos

35 a 40anos

41 a 46anos

47 a 52anos

53 a 58anos

Total

Limpeza 29 (P.Q.)

Professor 34 (P.Q.)

Professor 81 (G.S.)

Limpeza 89 (G.S.)

Professor 81 (G.i.)

G r á f i c o 33 : D i s t r i b u i çã o d e r es p o s t as p or i d a de em A G

Page 134: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

116

Da análise do quadro podemos inferir que os inquir idos

apresentam uma preocupação com a l impeza em paralelo com o

desempenho do professor (verif icamos através das respectivas

médias totais, referentes á qualidade com valores iguais de 4,48).

Como estas duas dimensões apresentam médias iguais, vamos

tratá-las em conjunto.

A faixa etária 29-34 é a que apresenta maior expectativa de

qualidade com 4,95 de média para a l impeza.

A faixa 41-46 anos centra-se mais na qualidade do professor com

5,00 de média.

Quanto ao GS dos inquiridos a faixa etária dos 53-58 é a que

apresenta maior satisfação relativamente aos professores e à

l impeza. Os que têm menos de 16 anos (estudantes) apresentam

um GS superior à sua PQ. O que se justif ica pela falta de

experiências e conhecimentos.

Comparando a PQ com o GS ao nível da l impeza verif icamos

divergências, ao passo que ao nível do desempenho do professor,

as médias aproximam-se, o que signif ica que a qualidade esperada

está mais em acordo com o serviço prestado.

Verif icámos que as expectativas de qualidade são maiores quer

para a l impeza, quer para o professor, na faixa etária dos 29-34

(médias de 4,95 e 4,68 respectivamente) e para a faixa de 41-46

anos (média de 4,67 e 5,00 respectivamente).

O GS supera as expectativas no grupo etário dos 53-58 anos (ao

nível da limpeza e professor). Na faixa etária <16 e 17-22 também

se verif ica que o GS é superior à PQ, mas só ao nível do

professor.

Este dados estão de acordo com Yi e Nascimento (2000) que

consideram que a satisfação do consumidor é um estado de

espírito que parte da avaliação relativa a uma experiência na

aquisição de um produto ou serviço.

Page 135: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

117

Será importante referir que o t ipo de aulas de grupo leva a uma

maior interacção do professor /aluno e por isso criam-se laços

especiais que podem levar a níveis elevados de satisfação ou não.

Com base nestes dados não podemos concluir que exista uma

relação directa entre a idade, PQ e o GS dos inquiridos.

Finalmente o GI vai para o professor, existindo uma valorização do

atendimento/professor coincidente com o GS.

b.6 – Ginásio / Academia (G/A)

I D AD E

G a b i ne t e M éd i c o va r . 52 ( PQ )

P ar q ue va r . 45 ( PQ )

P ar q ue va r . 10 3

( GS )

L o c a l i z aç ã o va r . 10 4

( G I )

M ÉDI A 5 , 0 0 4 , 0 0 3 , 0 0 3 , 0 0

N 1 1 1 1 < 1 6 a no s

D P , , , ,

M ÉDI A 4 , 3 3 4 , 1 1 3 , 9 4 4 , 0 0

N 1 8 1 8 1 8 1 8 1 7 a 2 2 an o s

D P , 77 , 76 , 94 , 91

M ÉDI A 4 , 0 3 4 , 0 0 3 , 7 9 3 , 9 3

N 2 9 2 9 2 9 2 9 2 3 a 2 8 an o s

D P 1 , 0 5 , 93 , 82 , 65

M ÉDI A 4 , 0 0 4 , 1 7 3 , 9 1 4 , 0 0

N 2 3 2 4 2 3 2 4 2 9 a 3 4 an o s

D P 1 , 0 9 , 76 1 , 2 8 , 59

M ÉDI A 4 , 0 0 3 , 7 3 3 , 3 6 3 , 7 3

N 1 1 1 1 1 1 1 1 3 5 a 4 0 an o s

D P , 77 1 , 0 1 1 , 3 6 , 47

M ÉDI A 4 , 1 4 4 , 2 9 3 , 5 7 4 , 0 0

N 7 7 7 7 4 1 a 4 6 an o s

D P 1 , 2 1 , 95 1 , 6 2 , 58

M ÉDI A 4 , 0 0 3 , 7 8 3 , 8 9 3 , 8 9

N 8 9 9 9 4 7 a 5 2 an o s

D P , 93 , 97 , 60 , 60

M ÉDI A 3 , 0 0 3 , 5 0 4 , 0 0 4 , 0 0

N 2 2 3 3 5 3 a 5 8 an o s

D P , 00 , 71 , 00 , 00

M ÉDI A 4 , 0 7 4 , 0 2 3 , 7 9 3 , 9 3

N 9 9 1 0 1 1 0 1 1 0 2 T o t a l

D P , 97 , 86 1 , 0 5 , 65

Q u ad ro 21 : G in ás io ac a de mi a

Page 136: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

118

0

1

2

3

4

5

6

< 16 anos 17 a 22anos

23 a 28anos

29 a 34anos

35 a 40anos

41 a 46anos

47 a 52anos

53 a 58anos

Total

G. Médico 52 (P.Q.)

Parque 45 (P.Q.)

Parque 103 (G.S.)

Localização 104 (G.I.)

Mais uma vez verif icamos a importância de um gabinete médico

numa academia de fitness em função da idade.

Em termos de PQ os utentes mais novos são os que entendem que

este serviço é fundamental. Esta preocupação vai diminuindo

conforme aumenta a idade dos inquiridos, estabil izando na faixa

dos 35-40 anos e descendo no grupo 53-58 anos.

Tal situação poderá ser justif icada pela recente implementação da

entrega da declaração médica e pela importância que representa

para as pessoas a saúde. Relativamente aos mais velhos, o

professor é visto como um profissional que domina vários saberes

l igados à saúde e por isso não dão tanta importância ao

acompanhamento médico.

Através da leitura do quadro verif icamos que não existe uma

grande discordância entre a percepção da qualidade e o grau de

satisfação dos utentes relativamente ao estacionamento (4,02 para

3,79 média total).

A faixa etária que mais valoriza este t ipo de serviço é a de 41-46

anos, mas a que está mais satisfeita é de 53-58 anos, ou seja, a

sua satisfação ultrapassa a sua percepção de qualidade. Contudo

não existem diferenças signif icativas entre as outras faixas etárias.

G r á f i c o 3 4 : D i s t r i b u i ç ã o d e r e s p o s t a s p o r i d a d e e m G / A

Page 137: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

119

O GI apresentado pelos inquiridos é sem dúvida a localização que

apresenta 3,93 de média.

Mais uma vez se conclui que não se pode estabelecer uma relação

directa entre a idade e a PQ / GS, pois elas oscilam entre si.

Este nível de satisfação prende-se naturalmente com a localização

central, mas também com as boas acessibil idades (por ex. em

termos de transportes públicos); complementadas ainda com o

parque de estacionamento gratuito, a 40 metros do ginásio.

Apesar de ser um serviço periférico ao ginásio, este pode

predispor o utente à prática de exercício, aumentando o seu grau

de satisfação, como referem os autores Chelladurai e Chang

(1999).

c - Variável de Análise – Socioeconómico

Relativamente à análise dos resultados em função da situação

Socioeconómica, verif icamos que a maioria dos inquiridos se

situam no nível III, que segundo a tabela de Graffar (anexo III)

demonstra estarmos perante uma classe média; o que será um

indicador, de uma população informada, e que por isso poderá

fazer uma avaliação mais precisa do que lhe é pedido. Por outro

lado, pode apresentar expectativas mais elevadas face aos

serviços apresentados, e avaliar a sua satisfação de forma mais

correcta.

Page 138: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

120

c.1 – Balneários (B)

N í v e l

S oc io -ec on ó mic o

L i mpez a

va r . 1

( PQ )

L i mpez a

va r . 95

( GS )

T e mp . á g ua

va r . 99

( G I )

M ÉDI A 4 , 7 5 3 , 6 7 3 , 6 7

N 4 3 3 I

D P , 50 , 58 1 , 1 5

M ÉDI A 4 , 7 6 3 , 1 9 3 , 2 0

N 1 7 1 6 1 5 I I

D P , 44 , 91 , 68

M ÉDI A 4 , 7 6 3 , 0 5 3 , 5 2

N 4 6 4 3 4 2 I I I

D P , 48 , 84 , 74

M ÉDI A 4 , 7 0 3 , 5 5 3 , 5 0

N 2 0 2 0 2 0 I V

D P , 47 , 83 , 89

M ÉDI A 4 , 5 5 3 , 8 2 3 , 9 1

N 1 1 1 1 1 1 V

D P , 69 , 75 , 94

M ÉDI A 4 , 7 2 3 , 2 9 3 , 5 2

N 9 8 9 3 9 1 T o t a l

D P , 49 , 87 , 81

Q u ad ro 22 : Ba ln e á r i os

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

I II III IV V Total

Limpeza 1 (P.Q.)

Limpeza 95 (G.S.)

Temp.água 99 (G.I.)

G r á f i c o 35 : D i s t r i b u i çã o d e r es p o s t as p or n í ve l s oc i o eco n ó m i c o e m B

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121

Feita uma análise do quadro, verif icamos que a percepção da

qualidade é homogénea ao nível I, I I , I I I e IV ou seja, nas classes

alta, média alta, média e média baixa, descendo um pouco ao nível

V (classe baixa).

O nível II e III são as classes que apresentam maior PQ com uma

média de 4,76 cada. Contudo não existem diferenças signif icativas

relativamente aos restantes níveis.

Quanto ao GS verif icamos que este sentimento aumenta à medida

que descemos no nível sócio – económico, ou seja, os mais

satisfeitos são os de nível V, que pertencem à classe baixa.

Excepção do nível I que apresenta satisfação, mas só

responderam 3 inquiridos, o que nos parece pouco signif icativo.

Sem dúvida que a classe média (nível III) é a que apresenta maior

discrepância entre PQ e GS. Para além de uti l izar frequentemente

os balneários detém um conhecimento que lhe permite avaliar a

diferença que existe entre o seu conceito de qualidade e a

satisfação.

A PQ em função do estrato socioeconómico apresenta-se muito

homogénea; o que advém, a nosso ver, das informações em

catadupa que chegam através dos media, e da importância da

l impeza na cultura actual gerando uma percepção melhorada deste

conceito em todas as classes sociais.

A classe alta (I) apresenta um GS alto, este valor pode ser

entendido pelo facto desta classe pouco uti l izar este serviço (B),

mas também pelo número reduzido de inquiridos.

Quanto ao GI foi a classe baixa que mais valorizou estes serviços

(água quente) com uma média de 3,91. Este comportamento é

facilmente justif icado pelo facto de ser a classe que mais aprecia e

usufrui do banho nesta academia.

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122

c.2 – Recepção (R)

N í v e l

S oc io -ec on ó mic o

A t e nd i me n t o

va r . 9

( PQ )

A t e nd i me n t o

va r . 60

( GS )

A t e nd i me n t o

va r . 60

( G I )

M ÉDI A 4 , 2 5 4 , 2 5 4 , 2 5

N 4 4 4 I

D P , 96 , 50 , 50

M ÉDI A 4 , 1 8 4 , 0 6 4 , 0 6

N 1 7 1 7 1 7 I I

D P , 81 , 43 , 43

M ÉDI A 3 , 8 9 4 , 0 7 4 , 0 7

N 4 6 4 6 4 6 I I I

D P , 82 , 61 , 61

M ÉDI A 3 , 7 9 4 , 0 5 4 , 0 5

N 2 0 1 9 1 9 I V

D P , 79 , 62 , 62

M ÉDI A 3 , 7 3 4 , 3 6 4 , 3 6

N 1 1 1 1 1 1 V

D P , 90 , 67 , 67

M ÉDI A 4 , 0 1 4 , 1 0 4 , 1 0

N 9 8 9 7 9 7 T o t a l

D P , 83 , 59 , 59

Q u a dr o 2 3 : r ec e p çã o

3,43,5

3,63,73,83,9

44,14,24,3

4,44,5

I II III IV V Total

Atendimento 9 (P.Q.)

Atendimento 60 (G.S.)

Atendimento 60 (G.I.)

G r á f i c o 36 : D i s t r i b u i çã o d e r es p o s t as p or n í ve l s oc i o eco n ó m i c o e m R

Page 141: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

123

Feita a análise do quadro, verif icamos que a grande preocupação

vai para o atendimento (ver anexo V, quadro nº 3, variável 0009).

A PQ é maior na classe social alta (I), com uma média de 4,25.

Conferimos também que à medida que descemos na classe social

(de I para V), desce a PQ dos inquiridos.

Os sujeitos com estatuto sócio profissional superior detêm um

conceito de qualidade mais elevado ao nível do atendimento pelo

conhecimento e pela experiência.

Na classe alta (I) a PQ é igual GS, esta situação vai-se invertendo

à medida que se desce na escala de Graffar, em que o GS vai

sendo maior que a PQ atingindo o máximo de satisfação na classe

baixa (V). Verif icamos que só na classe (II) a PQ é superior ao GS.

Se compararmos as médias totais da PQ = 4,01 e do GS =4,10,

verif icamos que a satisfação dos utentes do KFCBVF ultrapassa as

suas expectativas (embora a diferença seja pouco signif icativa).

Na l inha de pensamento de Woratschek (2000), que defende que a

exigência dos cl ientes está directamente relacionada com a

informação de que dispõem e com a diversidade da mesma, bem

como com a sua capacidade económica. Deste modo, poderemos

extrapolar que os sujeitos com estatuto sócio económico superior

possam ser, de um modo geral, mais exigentes que os demais,

apresentando por isso noções mais elevadas de qualidade o que

se veio a verif icar neste estudo por exemplo relativamente à

dimensão R.

Page 142: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

124

c.3 - Recursos Humanos (RH)

N í v e l

S oc io -ec on ó mic o

P r o f es s or va r . 53 ( PQ )

P r o f es s or va r . 10 9

( GS )

P r o f es s or va r . 10 9

( G I )

M ÉDI A 4 , 5 0 4 , 2 5 4 , 2 5

N 4 4 4 I

D P , 58 , 50 , 50

M ÉDI A 4 , 6 5 4 , 1 8 4 , 1 8

N 1 7 1 7 1 7 I I

D P , 49 , 53 , 53

M ÉDI A 4 , 7 4 4 , 3 5 4 , 3 5

N 4 6 4 6 4 6 I I I

D P , 49 , 67 , 67

M ÉDI A 4 , 4 5 4 , 0 5 4 , 0 5

N 2 0 2 0 2 0 I V

D P , 60 , 69 , 69

M ÉDI A 4 , 3 6 4 , 1 8 4 , 1 8

N 1 1 1 1 1 1 V

D P , 81 , 75 , 75

M ÉDI A 4 , 6 1 4 , 2 3 4 , 2 3

N 9 8 9 8 9 8 T o t a l

D P , 57 , 65 , 65

Q u a dr o 2 4 : r ec u r s o s h uma no s

3,6

3,8

4

4,2

4,4

4,6

4,8

I II III IV V Total

Professor 53 (P.Q.)

Professor 109 (G.S.)

Professor 109 (G.I.)

Feita uma análise cuidada do quadro, as grandes preocupações

incidem sobre o atendimento/professor (anexo V, quadro nº 11,

variável 0053).

A classe média (nível III) é a que apresenta maior P.Q. com a

média 4,74, descendo quer no sentido da classe alta, quer no

sentido da classe baixa.

Este cenário pode ser entendido por um lado por a classe baixa

não possuir conhecimento suficientes, e por isso o seu conceito

G r á f i c o 37 : D i s t r i b u i çã o d e r es p o s t as p or n í ve l s oc i o eco n ó m i c o e m RH

Page 143: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

125

qualidade é naturalmente baixo, e por outro por a classe alta não

esperar muita qualidade de um centro de fi tness sedeado num

corpo de bombeiros.

Em todas as classes se verif ica que a PQ é mais elevada que o

GS, talvez porque todos os inquiridos atribuem muita importância

ao papel do professor ao nível da prescrição e vigi lância dos

exercícios.

O GS é maior na classe média (III) - com um valor de 4,35. As

restantes classes socio-económico vão apresentando valores

baixos.

Os GI apresentado pelos inquiridos coincidem com o GS, sendo

por isso um serviço por eles valorizado.

Em termos gerais a PQ é superior ao GS e o GI com média de

4,61 para 4,23 o que signif ica que as expectativas dos utentes

estão acima da satisfação sentida no KGCBVF ao nível dos

professores. c.4 – Musculação / Cardio Fitness (MC)

N í v e l

S oc io -ec on ó mic o

L i mpez a

va r . 23

( PQ )

L i mpez a

va r . 74

( GS )

A t e nd i me n t o

va r . 78

( G I )

M ÉDI A 4 , 6 7 4 , 0 0 4 , 0 0

N 3 3 3 I

D P , 58 , 00 , 00

M ÉDI A 4 , 6 5 3 , 2 9 3 , 9 4

N 1 7 1 7 1 7 I I

D P , 61 , 92 , 66

M ÉDI A 4 , 5 1 3 , 4 0 4 , 0 8

N 4 3 4 0 4 0 I I I

D P , 59 , 87 , 66

M ÉDI A 4 , 6 0 3 , 7 5 3 , 9 5

N 2 0 2 0 1 9 I V

D P , 60 , 85 , 85

M ÉDI A 4 , 5 0 4 , 0 0 4 , 5 5

N 1 0 1 1 1 1 V

D P , 71 , 63 , 69

M ÉDI A 4 , 5 6 3 , 5 5 4 , 0 8

N 9 3 9 1 9 0 T o t a l

D P , 60 , 86 , 71

Q u a dr o 2 5 : Mu s c u l aç ã o c ar d i o

Page 144: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

126

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

I II III IV V Total

Limpeza 23 (P.Q.)

Limpeza 74 (G.S.)

Atendimento 78 (G.I.)

Pela leitura do quadro averiguamos que a maior preocupação vai

para a l impeza com 4,56 de média total, em termos da PQ dos

inquiridos.

Verif icamos que a PQ é muito homogénea em todos os estratos

socioeconómicos, ou seja, o conceito de l impeza é parti lhado por

todos da mesma forma.

O GS dos utentes por sua vez está um pouco abaixo das suas

expectativas sobre a l impeza, com uma média total de 3,55

(comparativamente com a PQ com uma media total de 4,56).

Verif icamos que a satisfação vai diminuindo conforme se desce na

escala de Graffar até à classe média (III), depois verif ica – se um

ligeiro aumento desta para a classe média-baixa (IV) e baixa (V),

mas sem signif icado estatístico.

O menor diferencial entre PQ e GS verif ica-se na classe baixa (V).

Tal realidade está l igada com o nível de expectativa que cada

classe coloca face ao serviço. O que se vem a verif icar é que à

medida que descemos na escala social, o diferencial é menor (à

excepção da classe alta).

O GI recai sobre o atendimento (desempenho do professor),

considerando este aspecto como o mais posit ivo dentro desta

dimensão (MC), com uma média de 4,08. Opinião generalizada

G r á f i c o 3 8 : D i s t r i b u i ç ã o d e r e s p o s t a s p o r n í v e l s o c i o e c o n ó m i c o e m M C

Page 145: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

127

entre os vários níveis socioeconómicos, apenas verif icamos um

ligeiro aumento na classe baixa (V).

A julgar por estes números, verif icamos que mais uma vez a

l impeza fica aquém das expectativas dos utentes, existindo um

fosso entre a qualidade e a satisfação.

c.5 – Aulas de Grupo (AG)

N í v e l

S oc io -ec on ó mic o

L i m p ez a va r . 29 ( PQ )

P r o f es s or va r . 34 ( PQ )

P r o f es s or va r . 81 ( GS )

L i m p ez a va r . 89 ( GS )

P r o f es s or va r . 81

( G I )

M ÉDI A 4 , 6 7 4 , 6 7 4 , 0 0 4 , 0 0 4 , 0 0

N 3 3 3 3 3 I

D P , 58 , 58 1 , 0 0 , 00 1 , 0 0

M ÉDI A 4 , 4 4 4 , 5 0 4 , 2 5 3 , 7 5 4 , 2 5

N 1 6 1 6 1 2 1 2 1 2 I I

D P , 63 , 63 , 45 , 62 , 45

M ÉDI A 4 , 5 8 4 , 6 9 4 , 5 2 3 , 2 4 4 , 5 2

N 4 3 4 2 3 3 3 3 3 3 I I I

D P , 73 , 47 , 62 , 94 , 62

M ÉDI A 4 , 4 4 4 , 3 7 4 , 1 4 3 , 6 9 4 , 1 4

N 1 6 1 6 1 4 1 3 1 4 I V

D P , 81 , 72 , 86 1 , 0 3 , 86

M ÉDI A 4 , 1 1 3 , 7 8 4 , 3 3 4 , 0 0 4 , 3 3

N 9 9 6 6 6 V

D P 1 , 0 5 , 97 , 82 , 89 , 82

M ÉDI A 4 , 4 8 4 , 5 0 4 , 3 5 3 , 5 2 4 , 3 5

N 8 7 8 6 6 8 6 7 6 8 T o t a l

D P , 76 , 66 , 69 , 91 , 69

Q u a dr o 2 6 : A u l as d e gr u p o

00,5

11,5

22,5

33,5

44,5

5

I II I I I IV V T otal

Li mpeza 29 (P.Q.)

Pr of essor 34 (P.Q.)

Pr of essor 81 (G.S.)

Li mpeza 89 (G.S.)

Pr of essor 81 (G.I .)

G r á f i c o 39 : D i s t r i b u i çã o d e r es p o s t as p or n í ve l

s o c i o ec o n óm i c o em A G

Page 146: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

128

Da análise dos dados retiramos que a PQ se centra em dois

elementos distintos: l impeza e Professor (apresentando médias

totais muito semelhantes; 4,48 e 4,50).

A PQ diminui a partir da classe média (III) sendo os seus valores

mais baixos na classe baixa (V).

O GS apresenta grandes oscilações ao nível da l impeza, sendo o

valor mais baixo apresentado no nível III (classe média).

Quanto ao elemento “professor” vai subindo à medida que

descemos na escala; chegando mesmo a ultrapassar a PQ na

classe baixa (V).

Comparando o GS ao nível da l impeza com a PQ, esta desce e

verif ica-se uma discordância clara (4,48 para 3,52 de média). Já

ao nível do professor, verif ica-se uma concordância entre as PQ e

o GS (4,50 para 4,35 de média).

Mais se conclui que a classe alta (I) é a que apresenta maior PQ

face à l impeza e desempenho do professor com 4,67 de média

para ambos.

Tais conclusões podem ser explicadas pelo nível de informação e

conhecimentos que cada classe apresenta.

Todas as classes manifestam um GS signif icativo relativamente ao

professor, o que é natural devido à forte cumplicidade que o aluno

desenvolve com o professor em termos de tarefas realizadas, mas

também de l igações pessoais/afectivas. O que está de acordo com

Abel Correia (1997) em que a qualidade de um serviço afere-se

segundo o grau da satisfação das necessidades do cl iente em

função dos atributos de serviço consumido.

O GI coincide nos elementos atendimento/professor e a classe

média (III) é a que dá mais ênfase a este factor.

Page 147: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

129

c.6 – Ginásio/Academia (G/A)

N í ve l

S oc io -ec on ó mic o

G . Mé d i c o

va r . 52

( PQ )

P a rq ue

va r . 45

( PQ )

P a rq ue

va r . 10 3

( GS )

L oc a l i z aç ão

va r . 10 4

( G I )

M É DI A 4 , 6 7 4 , 0 0 3 , 7 5 4 , 0 0

N 3 3 4 4 I

D P , 58 1 , 0 0 1 , 2 6 , 82

M É DI A 4 , 0 6 4 , 0 0 3 , 8 8 3 , 8 8

N 1 6 1 7 1 7 1 7 I I

D P 1 , 0 6 , 87 , 93 , 49

M É DI A 4 , 1 3 4 , 0 9 3 , 5 3 3 , 8 9

N 4 5 4 6 4 5 4 6 I I I

D P , 84 , 78 1 , 1 2 , 64

M É DI A 3 , 9 0 4 , 1 0 4 , 0 0 3 , 9 5

N 2 0 2 0 2 0 2 0 I V

D P 1 , 2 5 , 91 , 92 , 60

M É DI A 3 , 9 1 3 , 8 2 4 , 0 0 3 , 8 2

N 1 1 1 1 1 1 1 1 V

D P , 70 1 , 0 8 1 , 1 0 , 87

M É DI A 4 , 0 6 4 , 0 4 3 , 7 5 3 , 9 0

N 9 5 9 7 9 7 9 8 T o t a l

D P , 95 , 85 1 , 0 5 , 63

Q u ad ro 27 : G in as io aca de m ia

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

I II III IV V Total

G. Médico 52 (P.Q.)

Parque 45 (P.Q.)

Parque 103 (G.S.)

Localização 104 (G.I.)

G r á f i c o 40 : D i s t r i b u i çã o d e r es p o s t as p or n í ve l s oc i o -

e c o n ómi c o e m G / A

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130

Todas as classes valorizam bastante a existência de um gabinete

médico no espaço da academia, sendo uma valorização mais

enfatizada no nível (I) - classe alta. Tal importância talvez esteja

l igada ao facto deste t ipo de população ter maior consciência das

vantagens e conhecimento sobre a importância do controlo médico

na actividade física.

Feita uma análise cuidada do quadro, verif icamos que existe uma

preocupação generalizada ao nível de todas as classes socio-

económicas, com o estacionamento (média total de 4.04).

Concluímos também que a sua satisfação com este serviço está ao

nível das suas expectativas com se pode verif icar através da

média total de 4,00.

De referir que apesar de não ser muito signif icativo, este serviço

ultrapassa as expectativas para a classe baixa (V), como se pode

ver pelas médias. (PQ - 3,82 de média e GS - 4,00).

Quer a PQ, quer o GS, apresentam muita homogeneidade, à

excepção da classe alta (I) – onde a primeira ultrapassa o segundo

de forma signif icativa.

O GI recai na localização, que é valorizada da mesma maneira por

todas as classe sociais, apresentando apenas pequenas

oscilações.

Esta preocupação com a localização e estacionamento tem a ver

com a maior capacidade de deslocação actual com o facto de a

maioria possuir veículo próprio e também pela acessibil idade.

Estes factores estão directamente l igados à comodidade e ganho

de tempo nas idas ao ginásio, o que está de acordo com os

resultados do nosso trabalho.

Na l inha de pensamento de Chelladurai e Chang (1999) – que

dividiram serviços prestados pela organização em essenciais

(actividades) periféricos (parque, bar, etc.), este factor vai

contribuir para uma satisfação do cl iente e uma maior

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131

predisposição para ida ao ginásio, o que está de acordo com os

resultados do nosso trabalho.

d – Variável de Análise – Tempo de frequência

Com o intuito de verif icar possíveis diferenças na percepção da

qualidade dos serviços, em função da frequência de ginásios, os

inquiridos foram integrados em 6 grupos como se pode verif icar

através da Quadro que se segue.

A percepção que os indivíduos têm da qualidade e o seu grau de

satisfação é desenvolvido e avaliado continuamente durante a sua

vida (Becker 1999), por isso consideramos importante analisar esta

variável.

d.1 – Balneários (B)

TEMPO FREQ.

G I NÁSI OS

L i mpez a

va r . 1

( PQ )

L i mpez a

va r . 95

( GS )

T e mp . á g ua

va r . 99

( G I )

M É DI A 4 , 5 7 3 , 7 1 3 , 5 0

N 7 7 6 > 3 m es es

D P , 53 , 49 , 55

M É DI A 4 , 8 3 3 , 1 7 3 , 8 3

N 1 2 1 2 1 2 > 6 m es es

D P , 39 , 58 , 72

M É DI A 4 , 7 1 3 , 1 7 3 , 6 7

N 7 6 6 > 1 a no

D P , 49 1 , 3 3 , 82

M É DI A 4 , 7 1 3 , 5 8 3 , 8 3

N 1 4 1 2 1 2 > 2 a nos

D P , 61 , 79 , 83

M É DI A 4 , 6 7 3 , 3 9 3 , 4 4

N 1 8 1 8 1 8 > 3 a nos

D P , 49 , 92 1 , 0 4

M É DI A 4 , 7 3 3 , 2 6 3 , 3 4

N 4 4 4 2 4 1 > 5 a nos

D P , 50 , 96 , 82

M É DI A 4 , 7 2 3 , 3 4 3 , 5 2

N 1 0 2 9 7 9 5 T o t a l

D P , 50 , 89 , 85

Q u ad ro 28 : Ba ln e á r i os

Page 150: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

132

0

1

2

3

4

5

6

> 3 meses > 6 meses > 1 ano > 2 anos > 3 anos > 5 anos Total

Limpeza 1 (P.Q.)

Limpeza 95 (G.S.)

Temp.água 99 (G.I.)

Analisando o quadro verif icamos que existe uma discordância

entre a PQ e o GS, como se pode verif icar pelas respectivas

médias totais (PQ – 4,72 e GS – 3,34), de onde se conclui que a

satisfação é inferior à percepção da qualidade inicial.

A PQ e o GS são muito homogéneos ao longo do tempo de

assiduidade, ou seja estes elementos não variam em função do

tempo de frequência nos ginásios, e se tal acontece é de forma

pouco signif icativa.

Assim, não podemos concluir que exista uma relação directa entre

o tempo de frequência e o nível da PQ e o GS dos inquiridos

(talvez porque a maioria dos inquiridos frequentam o KFCBVF á

mais de 3 anos).

Os que apresentam maior PQ são os que frequentam há mais de 6

meses com a média de 4,83. Talvez pelas expectativas iniciais,

mas não se distanciam muito dos grupos seguintes, não sendo por

isso signif icativa essa diferença.

Os mais satisfeitos com a l impeza são os frequentadores com mais

de 2 anos com a média de 3,58. Tal como na PQ, a diferença que o

separa dos restantes não é signif icativa.

G r á f i c o 41 : D i s t r i b u i çã o d e r es p o s t as p or t e m p o d e f r e q u ên c i a e m B

Page 151: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

133

Pensamos que a questão da l impeza é de grande importância; por

isso este conceito é por todos considerado como fundamental à

saúde, independentemente do tempo de frequência.

O GI vai para a água quente, onde não existem restrições por

parte da organização. De qualquer modo trata-se de uma

satisfação moderada, atendendo ao valor da Moda que é de 3

numa escala de 1 a 5 (anexo V; quadro nº 1; variável, 00005).

d.2 – Recepção (R)

TEMPO FREQ.

G I NÁSI OS

A t e nd i me n t o

va r . 9

( PQ )

A t e nd i me n t o

va r . 60

( GS )

A t e nd i me n t o

va r . 60

( G I )

M É DI A 3 , 8 6 4 , 0 0 4 , 0 0

N 7 7 7 > 3 m es es

D P , 90 , 00 , 00

M É DI A 4 , 2 5 4 , 0 8 4 , 0 8

N 1 2 1 2 1 2 > 6 m es es

D P , 87 , 79 , 79

M É DI A 3 , 7 1 4 , 2 9 4 , 2 9

N 7 7 7 > 1 a no

D P , 49 , 49 , 49

M É DI A 4 , 2 1 4 , 1 4 4 , 1 4

N 1 4 1 4 1 4 > 2 a nos

D P , 89 , 66 , 66

M É DI A 3 , 9 4 4 , 0 6 4 , 0 6

N 1 8 1 8 1 8 > 3 a nos

D P , 64 , 54 , 54

M É DI A 3 , 9 8 4 , 1 2 4 , 1 2

N 4 4 4 3 4 3 > 5 a nos

D P , 93 , 59 , 59

M É DI A 4 , 0 1 4 , 1 1 4 , 1 1

N 1 0 2 1 0 1 1 0 1 T o t a l

D P , 84 , 58 , 58

Q u ad ro 29 : r ece pç ão

Page 152: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

134

3,4

3,5

3,6

3,7

3,8

3,9

4

4,1

4,2

4,3

4,4

> 3 meses > 6 meses > 1 ano > 2 anos > 3 anos > 5 anos Total

Atendimento 9 (P.Q.)

Atendimento 60 (G.S.)

Atendimento 60 (G.I.)

Verif icamos que nesta dimensão (R) o plano mais relevante para

os inquiridos centra-se no atendimento.

A PQ apresenta oscilações signif icativas face ao tempo de

frequência, já o GS vai subindo até ao 1º ano, para descer nos

seguintes, e recuperar nos que frequentam há mais de 5 anos.

O grupo que apresenta maior PQ é o que frequentam ginásios há

mais de 6 meses (pensamos que será o tempo necessário para se

avaliar este t ipo de serviço, podendo este tornar-se mais vulgar no

futuro).

Os mais satisfeitos são os que frequentam há mais de 1 ano,

(apresentam maior famil iaridade com o serviço), contudo verif ica-

se uma PQ baixa.

As restantes frequências surgem com médias mais baixas, pelo

facto de não existirem constantes mudanças no ginásio e por isso

acomodam-se no que toca às suas expectativas, valorizando mais

o serviço e a sua satisfação.

Verif icamos em alguns casos que o GS ultrapassa a PQ dos

inquiridos como por exemplo: - Ao nível da R (> 3 meses,> 1 ano,>

3 anos e> 5anos).

Mais uma vez não podemos concluir que exista uma relação

directa entre a PQ / GS e o tempo de frequência de academias,

pois as médias oscilam entre o tempo de frequência.

G r á f i c o 4 2 : D i s t r i b u i ç ã o d e r e s p o s t a s p o r t e m p o d e f r e q u ê n c i a e m R

Page 153: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

135

Estes resultados estão em desacordo com o autor acima citado

(Becker, 1999).

O GI exibe valores iguais ao GS, pois a importância que os

inquiridos deram ao atendimento coincide com o seu GS.

d.3 - Recursos Humanos (RH)

TEMPO FREQ.

G I NÁSI OS

P r o f ess o r

va r . 53

( PQ )

P r o f ess o r

va r . 10 9

( GS )

P r o f ess o r

va r . 10 9

( G I )

M É DI A 4 , 4 3 4 , 2 9 4 , 2 9

N 7 7 7 > 3 m es es

D P , 53 , 49 , 49

M É DI A 4 , 5 8 4 , 8 3 4 , 8 3

N 1 2 1 2 1 2 > 6 m es es

D P , 67 , 39 , 39

M É DI A 4 , 2 9 4 , 2 9 4 , 2 9

N 7 7 7 > 1 a no

D P , 76 , 49 , 49

M É DI A 4 , 7 9 4 , 2 1 4 , 2 1

N 1 4 1 4 1 4 > 2 a nos

D P , 58 , 89 , 89

M É DI A 4 , 5 0 4 , 0 0 4 , 0 0

N 1 8 1 8 1 8 > 3 a nos

D P , 51 , 69 , 69

M É DI A 4 , 7 0 4 , 1 8 4 , 1 8

N 4 4 4 4 4 4 > 5 a nos

D P , 51 , 62 , 62

M É DI A 4 , 6 2 4 , 2 5 4 , 2 5

N 1 0 2 1 0 2 1 0 2 T o t a l

D P , 56 , 67 , 67

Q u ad ro 30 : r ecu rs os h u ma nos

0

1

2

3

4

5

6

> 3 meses > 6 meses > 1 ano > 2 anos > 3 anos > 5 anos Total

Professor 53 (P.Q.)

Professor 109 (G.S.)

Professor 109 (G.I.)

F i g ur a 4 3 : D i s t r i b u i ç ã o de r e s p os t as p or t em p o d e f r e qu ê n c i a e m R H

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136

Na dimensão RH, verif icamos que PQ está próxima do GS com as

respectivas médias PQ – 4,62 e GS – 4,25; o que signif ica que os

inquiridos estão de acordo com o nível dos serviços prestados

nesta dimensão.

De referir que os inquiridos com frequência há mais de 6 meses

estão mais satisfeitos; ao ponto de ultrapassar as sua PQ sobre o

serviço.

O grupo com mais de 2 anos é o que apresenta maior PQ (tempo

suficiente para avaliar todos os serviços e assim criar o seu

próprio conceito.

As diferenças quer da PQ, quer do GS, não são signif icativas,

apresentando uma homogeneidade ao longo do tempo de

frequência.

O GI atribuído maioritariamente pelos auscultados vai para o

atendimento, que coincide com o GS. O que demonstra o equilíbrio

entre o serviço prestado e a satisfação do cliente.

Conferimos alguma homogeneidade para a PQ, GS e GI ao longo

do tempo de frequência. O que pode revelar que, o tempo de

frequência de ginásios não altera o conceito nem o sentimento dos

inquiridos. Devemos realçar que a maior parte dos inquiridos

frequentam o KFCBVF há mais de 3 e 5 anos. Este factor pode em

parte explicar este comportamento (total de inquiridos com> 5 anos

= 44 e com> 3 anos = 18 anos).

Page 155: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

137

d.4 – Musculação/ Cardiofitness (MC)

TEMPO FREQ.

G I NÁSI OS

L i mpez a

va r . 23

( PQ )

L i mpez a

va r . 74

( GS )

A t e nd i me n t o

va r . 78

( G I )

M É DI A 4 , 4 3 3 , 8 6 4 , 2 9

N 7 7 7 > 3 m es es

D P , 53 , 38 , 49

M É DI A 4 , 3 3 3 , 5 5 4 , 5 5

N 9 1 1 1 1 > 6 m es es

D P , 71 , 69 , 52

M É DI A 4 , 2 9 3 , 5 0 4 , 3 3

N 7 6 6 > 1 a no

D P , 76 , 55 , 52

M É DI A 4 , 7 9 3 , 9 2 4 , 0 0

N 1 4 1 3 1 3 > 2 a nos

D P , 58 , 86 , 91

M É DI A 4 , 6 1 3 , 7 2 3 , 9 4

N 1 8 1 8 1 8 > 3 a nos

D P , 50 , 83 , 64

M É DI A 4 , 5 6 3 , 4 0 3 , 9 5

N 4 1 4 0 3 9 > 5 a nos

D P , 63 1 , 0 1 , 79

M É DI A 4 , 5 5 3 , 5 9 4 , 0 7

N 9 6 9 5 9 4 T o t a l

D P , 61 , 87 , 74

Q u ad ro 31 : musc u l açã o ca rd i o

0

1

2

3

4

5

6

> 3 meses > 6 meses > 1 ano > 2 anos > 3 anos > 5 anos Total

Limpeza 23 (P.Q.)

Limpeza 74 (G.S.)

Atendimento 78 (G.I.)

Verif icamos através da leitura do quadro que a P.Q. dos inquiridos

referente à l impeza (item mais votado) apresenta uma discordância

signif icativa com o grau de satisfação (PQ – 4,55 para GS – 3,59

de media total).

F i g ur a 4 4 : D i s t r i b u i ç ã o de r e s p os t as p or t em p o d e f r e q u ên c i a e m M C

Page 156: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

138

Os indivíduos com uma antiguidade acima de 2 e 3 anos são os

que apresentam uma maior PQ com 4,79 e 4,61 de média, pois

transportam consigo experiência e conhecimentos que lhes permite

comparar. Estes dados estão de acordo com o autor Correia &

Pires (1998) que preconiza que a percepção da qualidade

comparativamente às suas expectativas passa pela experiência.

Os mais insatisfeitos são os que frequentam há mais de 5 anos.

Tal factor pode estar relacionado com uma uti l ização alargada no

tempo no mesmo ginásio, podendo assim baixar os seus níveis de

satisfação.

Constatamos que os sujeitos que frequentam o ginásio há mais de

5 anos são os que avaliam mais desfavoravelmente a l impeza,

apesar de o seu conceito de qualidade não ser o mais elevado.

Podemos ainda inferir que os indivíduos que frequentam o ginásio

há mais de 6 meses são os que estão mais satisfeitos com o

Atendimento / Professor. Tal facto pode estar l igado à falta de

autonomia, objectivos e expectativas que os levaram à prática de

exercício físico orientado, valorizando por isso mais os aspectos

técnicos.

Page 157: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

139

d.5 – Aulas de Grupo (AG)

TEMPO FREQ.

G I NÁSI OS

L i mpez a

va r . 29

( PQ )

P r o f ess o r

va r . 34

( PQ )

P r o f ess o r

va r . 81

( GS )

L i mpez a

va r . 89

( GS )

P r o f ess o r

va r . 81

( G I )

M É DI A 4 , 0 0 4 , 2 9 4 , 0 0 3 , 0 0 4 , 0 0

N 7 7 3 2 3 > 3 m es es

D P , 82 , 76 1 , 0 0 1 , 4 1 1 , 0 0

M É DI A 4 , 5 6 4 , 5 6 4 , 7 8 3 , 3 3 4 , 7 8

N 9 9 9 9 9 > 6 m es es

D P , 73 , 53 , 44 , 87 , 44

M É DI A 4 , 5 0 4 , 5 0 4 , 5 0 4 , 0 0 4 , 5 0

N 4 4 4 4 4 > 1 a no

D P 1 , 0 0 1 , 0 0 , 58 , 82 , 58

M É DI A 4 , 5 8 4 , 4 5 4 , 5 0 3 , 7 8 4 , 5 0

N 1 2 1 1 8 9 8 > 2 a nos

D P , 79 , 93 , 76 , 67 , 76

M É DI A 4 , 5 9 4 , 3 5 4 , 1 7 3 , 5 8 4 , 1 7

N 1 7 1 7 1 2 1 2 1 2 > 3 a nos

D P , 51 , 70 , 83 1 , 0 8 , 83

M É DI A 4 , 4 6 4 , 5 6 4 , 3 0 3 , 4 7 4 , 3 0

N 4 1 4 1 3 3 3 2 3 3 > 5 a nos

D P , 84 , 59 , 64 , 92 , 64

M É DI A 4 , 4 8 4 , 4 8 4 , 3 6 3 , 5 3 4 , 3 6

N 9 0 8 9 6 9 6 8 6 9 T o t a l

D P , 77 , 68 , 69 , 91 , 69

Q u ad ro 32 : a u la s g ru po

0

1

2

3

4

5

6

> 3 meses > 6 meses > 1 ano > 2 anos > 3 anos > 5 anos Total

Limpeza 29 (P.Q.)

Professor 34 (P:Q.)

Professor 81 (G.S.)

Limpeza 89 (G.S.)

Professor 81 (G.I.)

No que se refere às aulas de grupo, os inquiridos dividem-se entre

a l impeza e o professor, sendo mais consensuais as opiniões no

F i g ur a 4 5 : D i s t r i b u i ç ã o de r e s p os t as p or t em p o d e f r e q u ên c i a e m AG

Page 158: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

140

segundo caso; em que se apresenta um desvio – padrão mais

baixo 0,68 para a PQ.

Verif icamos que existe uma maior divergência nas respostas dos

inquiridos relativamente à l impeza, estando mais em acordo ao

nível do professor, ( l impeza apresenta as seguintes médias totais:

PQ - 4,48 para GS - 3,53 e Professor: PQ - 4,48 para GS - 4,36).

Conferimos que a PQ sobe um pouco em função da frequência de

ginásios, estabil izando com um ano de uti l ização. Pensamos que

será o tempo para se poder formar um conceito de qualidade, que

não é estático ou definit ivo.

Pensamos que a questão da l impeza é mais um valor cultural e que

por isso faz parte da perspectiva de qualidade do indivíduo e não

terá muito a ver com as suas experiências vividas em academias.

Este grau de insatisfação relativamente à l impeza, justif ica-se em

parte pela capacidade de comparação, mas fundamentalmente pelo

valor que agrega consigo e da sua importância para a saúde.

No que se refere ao Professor, os que apresentam uma frequência

acima de 6 meses e dos 2 anos têm um GS mais elevado que a

sua percepção de qualidade, e por isso supera as suas

expectativas. A frequência de mais de 1 ano apresenta uma

satisfação igual ao seu conceito de qualidade.

Podemos concluir daqui, que o papel do professor nas AG é

particularmente inter-activo, criando uma dependência psicológica

nos utentes face às suas expectativas e orientações. Estes

comportamentos são um contributo posit ivo para aumentar o grau

de satisfação dos clientes.

.

Page 159: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

141

No nosso estudo, verif icamos que os indivíduos que frequentam há

mais tempo os ginásios/academias apresentam um conceito de

qualidade semelhante aos que frequentam há menos tempo.

A explicação que se pode adiantar para indivíduos com uma baixa

frequência de uti l ização de ginásios apresentarem um conceito de

qualidade elevado, pode partir do facto dos media exercerem uma

maior influência neste t ipo de população, tornando-os mais

exigentes e crít icos. Por outro lado a maioria dos inquiridos é

utente do KFCBVF há mais de 3 e 5 anos, o que pode condicionar

por si só a sua PQ e GS.

d.6 – Ginásio/Academia (G/A)

TEMPO FREQ.

G I NÁSI OS

G . Mé d i c o

va r . 52

( PQ )

P a rq ue

va r . 45

( PQ )

P a rq ue

va r . 10 3

( GS )

L oc a l i z aç ão

va r . 10 4

( G I )

M É DI A 3 , 8 6 4 , 1 4 3 , 0 0 3 , 7 1

N 7 7 7 7 > 3 m es es

D P , 90 , 69 , 58 , 49

M É DI A 4 , 4 2 4 , 3 3 4 , 2 5 4 , 0 8

N 1 2 1 2 1 2 1 2 > 6 m es es

D P , 67 , 98 , 62 , 51

M É DI A 4 , 0 0 3 , 4 3 3 , 0 0 3 , 8 6

N 7 7 7 7 > 1 a no

D P , 82 , 98 1 , 1 5 , 38

M É DI A 4 , 4 3 4 , 2 1 3 , 8 6 4 , 0 0

N 1 4 1 4 1 4 1 4 > 2 a nos

D P , 85 , 97 1 , 2 3 , 78

M É DI A 4 , 2 2 3 , 9 4 3 , 7 6 3 , 8 9

N 1 8 1 8 1 7 1 8 > 3 a nos

D P 1 , 0 0 , 64 1 , 2 0 , 68

M É DI A 3 , 8 3 3 , 9 8 3 , 9 1 3 , 9 3

N 4 1 4 3 4 4 4 4 > 5 a nos

D P 1 , 0 7 , 86 , 98 , 70

M É DI A 4 , 0 7 4 , 0 2 3 , 7 9 3 , 9 3

N 9 9 1 0 1 1 0 1 1 0 2 T o t a l

D P , 97 , 86 1 , 0 5 , 65

Q u ad ro 33 : g i ná s i o – aca d emia

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142

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

> 3 meses > 6 meses > 1 ano > 2 anos > 3 anos > 5 anos Total

G. Médico 52 (P.Q.)

Parque 45 (P.Q.)

Parque 103 (G.S.)

Localização 104 (G.I.)

Ficou demonstrado através da média total (PQ - 4,07) que os

utentes do KFCBVF dão muita importância à existência de um

gabinete médico e ao apoio que este poderá dará aos utentes.

(não vamos poder comparar este serviço, pois não existe no

KFCBVF).

Esta preocupação está relacionada certamente com a

obrigatoriedade por parte dos alunos em entregar uma declaração

médica no acto da inscrição e também com a informação e tomada

de consciência do aconselhamento médico para a prática do

exercício físico.

Os utentes com frequência de> 6 meses e> 2 anos são os que dão

mais importância a este serviço, contudo não existem diferenças

signif icativas com os restantes tempos de frequência.

Relativamente à análise do quadro, verif icamos que PQ e o GS

referentes ao elemento “estacionamento” estão próximos (4,02 e

3,79 médias totais).

Os frequentadores com mais de 1 ano são os que apresentam

maior percepção da qualidade (4,43 média) e por isso os mais

atentos a este serviço. Por outro lado, os mais satisfeitos com o

F i g ur a 4 6 : D i s t r i b u i ç ã o de r e s p os t as p or t em p o d e f r e q u ên c i a e m G / A

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143

serviço (parque estacionamento) são os frequentadores há mais de

6 meses (4,25 de média).

O GI vai ainda para a localização do ginásio que não apresenta

grandes variações em função da frequência dos utentes.

Pensamos que esta semelhança de valores entre PQ, GS e GI tem

a ver com o facto de se tratar de uma estrutura física, que não se

altera e por isso mantêm os conceitos e a satisfação constante.

f - Variável de Análise – Importância de um Ginásio/Academia

num corpo de Bombeiros

31,5%

19,4%

29,5%

19,6%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

RENDIMENTO NOVA IMAGEM CAPTAÇÃOSÓCIO/VOLUNT.

LAZER

Pela análise do gráfico concluímos que 31,5% dos inquiridos

pensam que uma academia num corpo de bombeiros, pode ser uma

fonte de receita extra muito importante para a Associação.

Ainda 29,5% dos inquiridos, consideram este t ipo de actividades

de fitness, de grande importância para captação de sócios e

voluntários, sendo uma forma de os cativar, f idelizar e criar

algumas regalias para os famil iares (que usufruem gratuitamente

deste serviço de f itness).

F i g ur a 4 7 : D i s t r i b u i ç ã o de r e s p os t as p or n í ve l d e i m p or tâ n c i a

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144

Por outro lado 19,6% dos inquiridos sublinham razões l igadas ao

lazer dos sócios, voluntários e famílias, que encontram aqui um

espaço comum de convívio e bem-estar.

Finalmente, 19,4% associam este t ipo de negócio a uma nova

imagem destas associações, projectando-as numa nova dimensão

social.

Pensamos que podem ser implementadas actividades com

qualidade a um custo reduzido, atendendo as benesses que a

associação pode ter em termos comerciais.

Na l inha de pensamento de Correia (2000) a qualidade deixou de

ser um luxo, constituindo-se agora como um factor estratégico de

desenvolvimento das organizações no sentido de captar novos

clientes e f idelizar os existentes.

De facto a maioria dos inquiridos percebeu as dif iculdades que

este t ipo de Associações vive hoje em dia, mercê da crise

económica que abrange todos os sectores.

Este “negócio” pode, ser entre outros, uma forma de equil ibrar as

despesas da organização. O que está na l inha de pensamento de

André (1996) em que a chave da qualidade de uma organização

desportiva, é a satisfação dos cl ientes e a eficiência económica

dos sistemas que a compõem.

Pode parecer estranho, mas a comercialização do desporto pelas

associações, no contexto actual, é indispensável para que se

possa desenvolver um serviço de qualidade.

Este fundamento é parti lhado por Carvalho (1994, pag. 27) que

refere que “ …a comercial ização do desporto é legít ima, pois esta

traduz, na quase totalidade das situações, uma atitude de puro

consumismo”. A relação entre o desporto e a economia sempre

existiu de diversas formas.

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145

7. Conclusões

Partimos para este trabalho com a apresentação de um problema

cada vez mais real que se vai desenvolvendo dentro das

associações, também elas a mudar face aos desafios actuais.

A concepção de um associat ivismo tradicional, gerido sem

profissionalismo, qualidade e conhecimento, f ica condenado a uma

vida pouco mais do que vegetativa.

Actualmente e no futuro o destaque irá exclusivamente para a

capacidade de se oferecer um serviço ou produto diferenciado pela

qualidade e agregado às expectativas dos cl ientes. Assim

centramos o nosso estudo na Academia de fitness dos Bombeiros

Voluntários de Famalicão (Korpos Fitness Clube).

Foi nosso propósito entender como os utentes desta academia

percepcionavam a qualidade (PQ), sentiam a satisfação dos

serviços (GS) e as implicações para a Associação ao nível socio-

económico.

Depois de analisados os resultados concluímos que a PQ dos

utentes incide sobre a l impeza, atendimento/professor e

localização/estacionamento. Observando estas preocupações em

função das várias dimensões; (Balneários (B), Recepção (R),

Musculação/Cardiofitness (MC), Aulas de Grupo (AG)

Ginásio/Academia (G/A), Recursos Humanos (RH),) e das variáveis

(Sexo, Idade; Nível Socioeconómico e Frequência de

Ginásio/Academias). Verif icou-se o seguinte:

Analisando as diferentes dimensões (B, R, MC, AG, A/G e RH) em

função do sexo, verif icamos que a qualidade esperada ao nível da

l impeza não está em concordância com o grau de satisfação dos

utentes. Já quanto ao atendimento, a qualidade esperada

aproxima-se do grau de satisfação, e no caso (Recepção) é

ultrapassada no sexo masculino, ou seja, o GS é maior que

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146

qualidade esperada por estes. O que demonstra a satisfação dos

homens face a este serviço.

O sexo feminino é mais sensível às questões do

atendimento/professor talvez por razões de ordem técnica.

Assim, verif icamos uma concordância entre a PQ e GS ao nível da

R, (atendimento), AG, (professor), A/G (estacionamento) e RH

(atendimento). Já na dimensão B (l impeza) e MC (l impeza) a

satisfação dos utentes do KFCBVF está abaixo das suas

expectativas.

A variável que dão mais importância (GI) é ao atendimento, quer

na recepção quer do professor, o que demonstra que ao nível dos

recursos humanos os utentes estão satisfeitos e a sua PQ vão ao

encontro do seu GS.

Verif icamos ao longo das várias dimensões (B, R, MC, AG, A/G e

RH), que a idade está relacionada em parte com uma perspectiva

de qualidade mais elevada, estabil izando por volta da idade

compreendida entre os 35 – 40 anos (no que se refere á l impeza).

No que se refere ao atendimento geral, verif icamos a mesma

situação, com a particularidade de que na faixa etária dos 41 – 46

são os que apresentam maior PQ.

Ao nível dos professores a PQ vai subindo em função da idade,

descendo l igeiramente a part ir dos 47 – 52 anos.

Relativamente aos serviços periféricos (parque, localidade) a

percepção da qualidade por parte dos inquiridos é mais

heterogénea, não existindo uma relação directa entre PQ e a

idade.

Ao nível do GS, este situa-se abaixo da PQ ao nível da l impeza. Já

ao nível do atendimento igualam os valores da PQ e em alguns

casos até ultrapassa as expectativas dos inquiridos

(atendimento/professor).

Este cenário pode ser explicado pela importância de interacção do

utente com o professor, (sendo maior nos utentes menos

Page 165: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

147

experientes e com mais idade) pois identif icam-no como

responsável pelos seus resultados e seu conselheiro.

Ao nível da localização e estacionamento a população com mais

idade é por inerência mais acomodada e por isso valoriza a

acessibil idade e o estacionamento como o conforto.

O GI vai na sua maioria para o atendimento/professor,

apresentando valores muito próximos da PQ. Isto garante que ao

nível do atendimento os seus requisitos estão satisfeitos.

Ao nível socioeconómico, os resultados do nosso estudo, na

dimensão B, a PQ vai descendo à medida que se desce na escala

social de Graffar. Já o GS não é tão l inear.

Nas restantes dimensões (R, MC, AG, A/G e RH) os sujeitos dos

vários níveis socioeconómicos atribuíram valores à PQ muito

heterogéneos.

Contrariamente ao que refere alguma bibliografia, (o nível socio-

económico está directamente relacionado com a percepção da

qualidade e com os níveis de satisfação), não encontramos uma

relação directa entre o nível socioeconómico e a PQ e GS dos

utentes do KFCBVF. Julgamos que tal facto terá a ver com o t ipo

de população que frequenta o KFCBVF e também com a

subjectividade do conceito que determina quem é que faz parte do

nível socio-económico alto ou baixo, ou seja, nem sempre quem

faz parte de um nível alto tem conhecimento e formação para

avaliar determinados serviços e vice – versa.

Observando os dados em função das várias dimensões (B, R, MC,

AG, A/G, e RH) com a variável tempo de frequência de ginásio,

verif icamos que a percepção da qualidade apresenta médias mais

altas para os indivíduos que frequentam há mais de 2 anos.

Contudo não se distancia muito das restantes frequências.

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148

Da análise feita aos valores obtidos, não podemos concluir que o

tempo de frequência tenha uma relação directa com o nível da PQ

e o GS dos utentes do KFCBVF.

Justif icamos esta posição dos inquiridos, pelo facto desta

academia estar instalada num corpo de bombeiros, e por isso

existir o paradoxo entre o serviço prestado por estes ao nível do

fitness (isto para os alunos mais recentes no FKCBVF).

Para os alunos mais antigos o facto de se encontrarem plenamente

envolvidos no projecto (são sócios) este conceito de qualidade vai

mudando ao longo do tempo e em função do nível de adaptação do

cliente, levando-os a um menor poder de crít ica face aos serviços.

Ao nível das implicações socioeconómicas que este t ipo de

estruturas pode acrescentar à Associação os inquiridos dividiram

as suas opiniões.

Pensamos que a grande preocupação dos dirigentes actuais passa

pela opinião da maioria dos auscultados neste trabalho

(rendibil idade). Contudo ao nível dos bombeiros, talvez um novo

espaço com qualidade seja fundamental para ajudar à sua

fidelização e compensação pelo trabalho prestado de forma

voluntária à Associação.

Concordamos que um corpo de Bombeiros não pode ser um espaço

exclusivamente virado para o socorro, mas sim complementado

com outras actividades de carácter formativo e social. Apesar dos

inquiridos atribuírem pouca importância à imagem que uma

academia de fitness pode acrescentar aos bombeiros, não deixa de

ter o seu reflexo posit ivo no sentido de se abrir mais para a

sociedade, aproximando-se das pessoas.

Podemos extrapolar com base nos resultados obtidos, que a

l impeza não está ao nível da percepção dos clientes. Parece-nos

que é um ponto a melhorar rapidamente, pois trata-se de um

Page 167: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

149

conceito muito valorizado actualmente e que pode levar à

insatisfação. Assim um cliente insatisfeito pode abandonar a

organização e transmitir uma imagem negativa da mesma.

Ao nível do atendimento a PQ está de acordo com o GS e em

algumas dimensões até ultrapassa as expectativas dos inquiridos,

o que consideramos que é bom para a organização, atendendo que

é uma forma de fidelizar os utentes e concluir que estão satisfeitos

com este serviço.

Verif icamos assim, que o trabalho ao nível dos recursos humanos

é bem desenvolvido, adaptando-se às necessidades dos clientes e

aumentando naturalmente a sua satisfação.

Outro ponto não menos importante é a localização e o

estacionamento. Estes serviços periféricos (localização e

estacionamento) são de grande importância para os utentes,

aumentando o seu grau de motivação.

Este serviço foi muito valorizado, contudo não encontramos uma

relação directa com as variáveis em estudo, pois pensamos que

existe uma preocupação generalizada quanto ao conforto,

comodidade, segurança e ganho de tempo quando consumimos um

determinado produto.

Hoje em dia o tempo é muito precioso. Acessibil idade com parque

gratuito e seguro é sem dúvida uma motivação extra para a prática

de exercício físico no KFCBVF.

Ao avaliar o relatório de contas 2 da Associação, pensamos não

existirem dúvidas quanto à importância deste t ipo de instalações

ao nível económico.

2 Doc umento d i s pon ív e l na Ass oc iaç ão

Page 168: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

150

Para além da quotização mensal dos utentes do ginásio,

acrescenta-se a quota de sócio, o que implica o aumento das

receitas anuais.

Para além de factores l igados à qualidade, procuramos demonstrar

que existe um outro t ipo de lucro “O Social”. É nesta perspectiva

que o papel do associativismo tem de se inserir quando encarado

como órgão social, contudo devemos manter presente que ao

promover este t ipo de serviço ele deve-se auto-finaciar e até gerar

receitas extras.

A instituição dedica um valor social não só à sociedade (permite o

acesso a um serviço de qualidade no âmbito do f itness a preços

mais baixos), mas também aos voluntários e família (frequência

gratuita).

Com este espaço (ginásio) criou-se uma área de lazer totalmente

gratuita para os voluntários, factor importante na captação e

f idelização destes. Agregado a todo este desenvolvimento gera-se

uma nova imagem da Associação, com outro fundamento mas de

grande importância para esta.

A visão tradicional da gestão das associações (sobrevivência com

base no mecenato, subsídios e peditórios) não se compadece com

o desenvolvimento social devendo-se criar novas fontes de

receitas.

Se a relação qualidade/preço for boa, as actividades vão

aumentar, divulgando a imagem da associação (valor

acrescentado) aliado a uma fonte de receita.

De acordo com os objectivos que nos propusemos alcançar, as

conclusões que retirámos do nosso estudo são fundamentalmente

as seguintes:

Page 169: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

151

- Feita uma análise global dos valores obtidos no estudo,

constatámos que o KFCBVF obteve, na generalidade das

dimensões, uma elevada avaliação na percepção da qualidade, o

que signif ica que estamos perante uma população informada e que

sabe e conhece bem este t ipo de actividades ou “negócio”.

- O grau de satisfação é elevado ao nível do atendimento /

professor e localização / estacionamento, havendo casos em que

este ultrapassa a percepção da qualidade (ex. R)

- Averiguámos que o grau de satisfação está signif icativamente

abaixo das expectativas dos inquiridos ao nível da l impeza (ex. B).

- Do contacto com o meio físico A/G, constatou-se maior

valorização do estacionamento / localização.

- Verif icámos claramente que os inquiridos aprovam a criação

deste t ipo de estruturas numa Associação de Bombeiros,

reconhecendo ainda a sua importância ao nível socio-económico.

- O grau de satisfação apresentou concordância ou discordância

relativamente à percepção da qualidade consoante as dimensões

tratadas; o que demonstra bem que os utentes avaliam com

conhecimento os serviços.

- Quanto à importância deste t ipo de estrutura para a Associação

os resultados foram os esperados. Contudo a divisão de opiniões

foi interessante, constatando-se uma consciencialização

generalizada da importância que estas assumem ao nível de

garantias de sobrevivência económica, reconhecendo-as como

fonte de rentabil idade de maior relevância.

Page 170: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

152

Ao contrário do que se poderia pensar no início deste trabalho, os

cl ientes do KFCBVF, não o frequentam pelo seu baixo preço; não

fazem parte duma classe social baixa e desinformada (apesar do

paradoxo bombeiros academia de f i tness) e são utentes que

apresentam algum tempo de frequência de ginásios.

Não podemos esquecer que este trabalho marca apenas um

momento da associação e mais particularmente o estudo do

ginásio, atendendo que o conceito de qualidade é subjectivo,

relativo, substancialmente dinâmico e evolut ivo, moldando-se aos

objectivos a serem atingidos. Considerá-la como algo absoluto e

definit ivo seria transportar-se para o inatingível. O esforço de

adaptação às novas motivações dos clientes deve ser constante.

Page 171: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

153

8. Recomendações

O maior desafio dos tempos modernos passa pela implementação

de serviços de qualidade. As associações l igadas à área do

f i tness, devem levar em consideração aspectos de âmbito

economicista l igados a uma concorrência cada vez mais feroz, mas

norteando-se pelo valor social e pelos princípios do

associativismo.

Com o presente estudo ficam identif icadas algumas premissas, que

interferem na forma como os sujeitos percepcionam a qualidade,

bem como os motivos que podem levar a um maior satisfação dos

cl ientes, numa academia de fi tness sedeada num quartel de

bombeiros.

Comprovando com a generalidade da l i teratura, pensamos que a

grande preocupação da gestão dos centros de f itness deve estar

centrada no cliente e nas suas necessidades, prestando um

serviço de qualidade.

Com base neste trabalho, pensamos que a qualidade só pode ser

satisfatória se os serviços forem geridos por profissionais da área.

A experiência tem-nos mostrado que a qualidade compensa. A

qualidade só se obtém, se todos se esforçarem de uma forma

individual e colectivamente.

Devido à falta de informação nesta nova área da gestão de Health

Clubes nas Associações de Bombeiros Voluntários, (que são cada

vez mais uma realidade com benefícios inegáveis para as

Associações), pensamos poder contribuir com esta investigação

para:

- Criar l inhas orientadoras para a realização e desenvolvimento

deste t ipo de estrutura num corpo de bombeiros.

Page 172: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

154

- Criar “modelos” de avaliação que passem pela qualidade e

satisfação dos serviços nesta nova dimensão.

- Constatar a relação de importância do desenvolvimento social /

económico da corporação.

- Identif icar o impacto que pode criar este t ipo de actividade num

corpo de bombeiros.

Os resultados desta investigação poderão servir de orientação à

Liga Portuguesa de Bombeiros e da Federação de Bombeiros

Voluntários, contribuindo para um aumento do conhecimento nesta

área, sensibil izando os dirigentes das Associações para a

importância deste t ipo de actividade (Fitness) nas suas

instalações.

Pensamos que em trabalhos futuros, variáveis como o voluntariado

deviam merecer atenção e serem trabalhadas de forma mais

específica sobre a implementação deste “ negócio ” na cooperação

de bombeiros voluntários. Só não o f izemos de forma mais

aprofundada porque o objectivo não comportava esta dimensão de

análise.

Consideramos ter interesse para a área da gestão dos serviços

desportivos nas associações, estes estudos comparativos de

qualidade/satisfação com a cultura organizacional destas

associações (B.V.), que já começam a proliferar nesta área.

Será fundamental mudar as mentalidades e criar mecanismos

legais que permitam as associações desenvolver actividades

complementares e por isso estar no mercado de uma forma clara e

competit iva.

Page 173: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

155

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XVII

Anexos

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XVIII

Anexos – I

Caracterização Técnica

Real Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Famalicão.

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XIX

CARACTERIZAÇÃO TÉCNICA

1 - REAL ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS

VOLUNTÁRIOS DE V. N. DE FAMALICÃO

1.1– LOCALIZAÇÃO

A Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de V. N. de

Famalicão foi fundada em 1890 e sita actualmente na Av. Rebelo Mesquita,

4.760-972, desta cidade.

Vila Nova de Famalicão localiza-se a Norte de Portugal e dista 30Km do Porto,

22Km de Braga e Guimarães, 20Km da Póvoa de Varzim. Dispõe de óptimas

acessibilidades (A3, A7 e IC1).

A cidade localiza-se numa encruzilhada de estradas e auto – estradas

importantes o que causou na última década um forte crescimento económico e

social. É uma cidade moderna, sede do concelho com uma totalidade de

20.000 habitantes e constituída por 49 freguesias, com 127.567 habitantes3.

O actual quartel foi construído no ano 2000, (quando do seu centenário), está

localizado na zona Sul da cidade rodeado de escritórios, bancos, serviços e

ainda uma zona residencial.

As instalações cobrem uma área de 7.360m2 estando distribuídas da seguinte

forma:

3 Informações recolhidas através do site da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão, no

dia 14 de Novembro de 2005, www.cm-vnfamalicao.pt

Ins ta lações Super f íc ie em m2Garagem 720 Of i c ina 126 Fu tu ro Museu 375 Casa Esco la 36 Lavandar ia 21 Casa do Quar te le i ro T2 Casa das máqu inas 20

Quadro 2 : – Anexos

Ins ta lações Super f íc ie em m2P isc ina 8 X 18 = 144 Esp lanada 72 Aud i tó r i o 135 Parque de es tac ionamento 230 Ja rd im 440 Parada 1 .330

Quadro 1 : – Á rea de Lazer

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XX

1.2 - ÓRGÃOS SOCIAIS OU CORPOS GERENTES

A associação é constituída por uma direcção responsável pela

área administrativa e gestão económica (assalariados, compras,

aquisição e renovação de equipamento). É gerido um orçamento

anual de aproximadamente de 1.297.061,58 € 4.

À Direcção pertence a condução dos destinos da corporação.

Homens que no seu dia – a – dia f izeram e fazem com que a

Associação supere as dif iculdades e possa acompanhar as

exigências actuais.

Os órgãos sociais são constituída por:

ASSEMBLEIA – GERAL Des ignação Qt . Sexo Hab i l i t ações Idade Pro f i ssão

Pres idente 1 M L icenc iado 48 Pro fessor V ice -p res idente 1 M L icenc iado 56 Advogado

1 º Sec re tá r io 1 M L i cenc iado 54 Advogado 2 º Sec re tá r io 1 M 12º Ano 46 Empresár io

Quadro 5

4 Documento: - “Conta de Gerência do exercício de 2006” (a pedir na Associação)

Ins ta lações Super f íc ie em m2

Recepção do G inás io 16 Ba lneár ios Mascu l inos 58 Ba lneár ios Femin inos 58 San i tá r i os Homens 24 San i tá r i os Mu lhe res 24 Área de conv ív io 83 G inás io (au las de g rupo) 224 Sa la de Muscu lação 187 Sa la de Card io f i t ness 64 Sa la de Formação – 2 98 Aud i tó r i o com 99 lugares 135 Secre ta r ia 60 Sa la de Reun iões 54 San i tá r i os 11 Ar rumos 12

Quadro : 4 – 1 º Andar

Ins ta lações Super f íc ie em m2Parque Operac iona l 560 Sa la do Bombe i ro 40 Recepção do Comando 40 Sa la de Formação – 1 50 Bar / Res tau ran te 165 San i tá r i os 9 Camara tas Mascu l inas 90 Camara ta Femin ina 45 Sa la de Fardamento 25 Dormi tó r io 100 Ba lneár ios – 1 32 Cen t ra l de Comunicações 20 Gab ine te Méd io 60 Área de passagem C/ j a rd im 70 Sa la da D i recção 40

Quadro : 3 – Rés-do-chão

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XXI

DIRECÇÃO Des ignação Qt . Sexo Hab i l i t ações Idade Pro f i ssão Pres idente 1 M Méd io 57 Empresár io V ice – P res iden te 1 M L icenc iado 55 Economis ta

1 º Sec re tá r io 1 M Méd io 57 Aposen tado (F . Púb l i ca )

2 º Sec re tá r io 1 M 12º 39 Bancár io

Tesoure i ro 1 M Méd io 59 Aposen tado (F . Púb l i ca )

Voga l 1 M Méd io 57 Função Púb l i ca Voga l 1 M L icenc iado 44 Pro fessor

Quadro 6

CONSELHO FISCAL

Quadro 7

É ainda da responsabilidade da direcção a gestão dos assalariados, que se

agrupam da seguinte forma:

ASSALARIADOS

Des ignação Qt . Sexo Hab i l i t ações Idade Mecân ico 1 M 6º Ano 48 L impeza 2 F 4 º Ano e 6 º ano 34 e 52 Manu tenção 1 M 6º Ano 55 Moto r i s tas 12 M 4º Ao 11º ano 23 Aos 51 Te le fon is tas 3 M 6º Ano e 11º

Ano 23 , 27 e 40

Secre ta r ia 4 F 4 º e 12º Ano 32 , 36 , 38 e 59

Recepção 1 F 12º Ano 22 Pro fessores 3 M/M/F L icenc iados 23 ,26 e 44

Quadro 8

1.3 - Comando

A definição de corpo de bombeiros é clara no Dec. – Lei n.º 295 / 2000, de 17

de Novembro, onde se pode ler no seu artigo 2º – “Corpo de bombeiros é uma

unidade operacional tecnicamente organizada, preparada e equipada para o

cabal exercício das missões descritas no artigo 3º – “Missão” e que passo a

descrever.

Des ignação Qt . Sexo Hab i l i t ações Idade Pro f i ssão

Pres idente 1 M L icenc iado 60 Che fe das F inanças

V ice -p res iden te 1 M L icenc iado 58 Advogado Secre tá r io Re la to r 1 M L icenc iado 49 Advogado Sup len te 1 M L icenc iado 47 Economis ta

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XXII

Aos corpos de bombeiros compete:

a) Combate a incêndios.

b) Socorro às populações (incêndios, inundações, desabamentos

catástrofes ou calamidades).

c) Buscas e salvamentos.

d) Socorro e transporte de sinistrados e doentes, incluindo urgências pré –

hospitalares).

e) Prevenção contra incêndios em edifícios, casas de espectáculos e

outros recintos).

f) Colaboração em outras actividades de protecção civil.

g) O socorro a náufragos e buscas subaquáticas.

h) A emissão de pareceres técnicos em matérias de prevenção e

segurança.

Os corpos de bombeiros organizam – se de acordo com o princípio da unidade

de comando.

As secções operacionais constituem subunidades que são compostas por 25

elementos do quadro do activo, distribuídos pelas diferentes categorias:

Ao comando é conferida a autoridade para organizar, comandar e coordenar as

actividades exercidas pelo corpo de bombeiros, incluindo a nível operacional

(estratégias, objectivos, etc.).

É ainda responsável pela operacionalidade da corporação, ao nível da

formação, socorro das populações, apoio à protecção civil, combate de fogos

florestais e urbanos, etc. (1º e 2º comandante e ajudante).

O quadro activo é constituído por elementos aptos para a execução das

diferentes tarefas (que vem referidas no artigo 3º do Dec. Lei nº 295/2000 de

17 de Novembro) normalmente integrados em grupo, em cumprimento das

funções que lhe são confiadas, (Chefes, Subchefes, Bombeiros de 1º, 2º e 3º e

Aspirantes). Existe ainda o quadro especial e auxiliares, constituído por

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XXIII

indivíduos que exercem funções de apoio e assessoria, (Médicos, Enfermeiros,

Psicóloga e Professores).

O quadro de reserva é constituído por elementos que atingiram o limite de

idade para permanecer na sua categoria.

O quadro de Honra é constituído por elementos que por algum impedimento

(idade, saúde, ocupação) não possam exercer as suas funções de voluntariado

e não tenham qualquer punição nos últimos 6 anos (artigo 15º do Dec. Lei. Nº

295/2000 de 17 de Novembro).

O Comando organiza-se hierarquicamente da seguinte forma:

- 1º Comandante, 2º Comandante, Adjunto do Comando, Chefe, Sub – Chefe,

Bombeiros de 1ª, Bombeiros de 2ª, Bombeiros de 3ª, Aspirantes / Auxiliares de

saúde e Cadetes.

ORGANIZAÇÃO DO CORPO ACTIVO Sexo

Des ignação Qt. M F Hab i l i t ações Idade Pro f i ssão

1 º Comandante 1 1 - L i cenc iado 32 Arqu i tec to 2 º Comandante 1 1 - L i cenc iado 45 Med ico

Ad jun to 1 1 - 6 º Ano 34 Mecân ico Che fes ou equ ipa rados (# ) 23 15 8 4 º Ano a L i cenc iados 55 Torne i ro , Méd icos

En fe rmei ros

Sub – Che fes 2 2 - 7 º Ano Un i f i cado 8 º Ano

41 33

Têx t i l Assa la r iado

Bombei ros de 1 ª 15 15 - Esco la r idade ob r iga tó r ia

43 Aos 56

Assa la r iados

Bombei ros de 2 ª 18 15 3 Esco la r idade ob r iga tó r ia

24 Aos 51

Assa la r iados

Bombei ros de 3 ª 58 55 3 Esco la r idade ob r iga tó r ia

20 Aos 55

Assa la r iados

Asp i ran tes

28

17

11

Do 9º ao 12º ano

17 Aos

20

Po l í c ias mun ic ipa is T raba lhadores

Es tudan tes Cade tes 10 7 3 A f requen ta r a esco la 14

Aos17 Es tudan tes

Quadro 9 (#) – Médicos e Enfermei ros

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XXIV

Há uma hierarquia onde existem funções bem definidas que fazem parte de um

regulamento geral de bombeiros.

Neste universo, e para fazer face às necessidades cada vez mais urgentes,

existe um corpo de assalariados que garantem o funcionamento 24 h sobre 24

horas do quartel.

As escalas de fim – de – semana e o horário pós – laboral, vão para os

voluntários que de uma forma gratuita e desinteressada prestam o seu serviço

à associação e à comunidade em geral.

De realçar o corpo de médicos e enfermeiros que asseguram o socorro a

sinistros, manipulando equipamento de ponta no campo da emergência médica

e ainda prestam formação, uma vez que estão credenciados pelo INEM.

(Instituto Nacional de Emergência Médica).

Uma psicóloga ajuda na resolução de problemas criados pela complexidade

dos serviços prestados (queimados, cortejados, etc.,) ou até problemas de

ordem profissional e particular.

A associação dispõe ainda de uma academia de ginástica com uma área de

1.024m2, devidamente equipada para a prática do fitness. Para além de prestar

um serviço na área do desporto a todos os voluntários, familiares e sócios é

local de convívio e também uma fonte de receita extra para a associação.

De salientar o aumento da população feminina que tem vindo a aumentar no

corpo de bombeiros voluntários na última década.

EQUIPAMENTO TÉCNICO DE SAÚDE

DESIGNAÇÃO QUANT.

ANO AQUIS IÇÂO

VIR – (Ve icu lo de In te rvenção Ráp ida ) 1 1998 ABCI – (Ambu lânc ia de Cu idados In tens ivos ) 2 1996 – 2000

Ambulânc ia de INEM 1 2005 ABSC – (Ambu lânc ia Saúde Socor ro ) 5 1996 – 1999 ABTM – (Ambulânc ia T ranspor te Mú l t i p lo ) 5 1997 – 2003

ABTD – (Ambulânc ia T ranspor te Doen tes ) 5 1990 – 2000

TOTAL DE V IATURAS 19 - - - - - - - - - - - - - - - Quadro 10

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XXV

EQUIPAMENTO TÉCNICO DE COMBATE A INCÊNDIOS

DESIGNAÇÃO QUANT.

ANO AQUIS IÇÂO

VP4201 – (V ia tu ra P la ta fo rma com 42mt ) 1 2001 VCOT – (Ve ícu lo Comando Operações Tác t i cas ) 1 1997

VUCI – (Ve ícu lo Urbano Combate a Incênd io ) 2 1995 – 1997

VTTU – (Ve ícu lo Tanque Tác t i co Urbano) 2 1980 – 2005 VTGC – (Ve ícu lo Tanque Grande Capac idade) 1 1987

VFCI – (Ve ícu lo F lo res ta l Combate Incênd io ) 2 1980 – 1995

VLCI – (Ve ícu lo L ige i ro Combate Incênd io ) 5 1989 – 2001

VOPE – (Ve ícu lo Operações Espec í f i cas ) 2 1990 – 2003 TOTAL DE V IATURAS 16 - - - - - - - - - - - - - -

Quadro 11

EQUIPAMENTO TÉCNICO DE BUSCA E SALVAMENTO

DESIGNAÇÃO QUANT.

ANO AQUIS IÇÂO

Cães 5 2001 e 2002At re lado 1 2004 Ve ícu lo de t ranspor te 1 2002 Equ ipamento de p ro tecção 14 2004

Quadro 12

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XXVI

2 - CARACTERIZAÇÃO DO GINÁSIO (KFCBVF)

2.1 - LOCALIZAÇÃO

O Ginásio localiza-se nas instalações da Real Associação Humanitária de

Bombeiros Voluntários de V. N. de Famalicão numa zona moderna da cidade,

muito perto do centro, com boa acessibilidade e um parque de estacionamento

para cerca de 1.000 carros totalmente gratuito.

ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

Ins ta lações Super f íc ie em m2 Sa la de ac t i v idades de g rupo 14x16= 224 Sa la de muscu lação 11x17= 187 Sa la de ca rd io f i tness 4x19= 76 Recepção 3x2 .5= 7 .5 Ba lneár ios mascu l inos 7x6=42 Ba lneár ios femin ino 7x6= 42 Sa la de conv ív io 8x10= 80 Gab ine te méd ico e pa ra tes tes 4x5= 20 Casa de banho M 5x3=15 Casa de Banho F 5x3= 15 Sa la de re laxamento 8x9= 72 Sa la de yoga e sp inn ig 11x8=88 P isc ina 8 x 18 = 144 TOTAL 1 .024 ,50

Quadro 13

A área disponível de implantação física das diferentes modalidades é um

espaço óptimo ao desenvolvimento de uma academia de ginástica ao nível das

melhores.

É um local com muita luz natural, bem ventilado e um pé direito de cinco

metros o que comporta um grande número de utentes sem que estes se sintam

perturbados com outras pessoas ou pelo ambiente que se forma quando o

espaço se encontra super lotado.

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XXVII

2.2 – ESPAÇOS

A área envolvente à Recepção é um espaço bem dimensionado, com luz e

plantas naturais o que confere ao local tranquilidade e descontracção.

Desta área ainda fazem parte as casas de banho masculino e feminino que se

encontram numa área isolada à dos balneários.

A sala de Cardiofitness encontra-se num piso superior, com vista para a rua e

para a parte norte da cidade. Dispõe de uma panorâmica geral sobre as

restantes salas, ventilada e com muita luz natural. Está equipada ao melhor

nível e com máquinas em quantidade suficientes.

Todo o equipamento permite efectuar uma leitura dos batimentos cardíacos,

controlo do tempo, medir o gasto energético e ainda dispõe de programas

protocolados, (trata-se de equipamento profissional).

As avaliações são efectuadas num gabinete próprio para o efeito.

Figura 1: - Sala de Cardiof i tness

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XXVIII

CARDIOVASCULAR

Quadro 14

O equipamento destinado à realização das avaliações é fundamental e serve

de base à elaboração das fichas individuais de treino. Funciona como forma de

despiste de possíveis incapacidades dos utentes, podendo ainda ajudar a

controlar o esforço dos praticantes.

A sala de Manutenção/Musculação que se situa no piso inferior, apresenta um

equipamento moderno e versátil, os seus bancos ergonómicos permitem

reduzir os riscos de lesões dos utilizadores. O trabalho convergente vai permitir

um maior rendimento, libertando as pressões sobre as articulações.

Apresenta um design actualizado e trata-se de uma marca conceituada no

mercado do fitness.

Figura 2: - Sala de musculação/manutenção

Qt T ipo Marca 4 Passade i ras H i -power 3 Remos Concept 3 S teppers H i -power 5 B ic i c le tas H i -power 2 E l íp t i cas H i -power 1 Ba lança Med i . - - - - - - - - - 1 Med ido r pu lsações MBO-15 1 Ca lcu ladora Cas io 3 Po la res Cas io 2 Cronómet ros Cas io

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XXIX

MUSCULAÇÃO

Qt.

T ipo Marca

1 Prensa inc l i nado 45º Pana t ta Spor t 1 Gémeos sentados c / d i scos Pana t ta Spor t 1 Ex tensão dos quadr íc ipes Pana t ta Spor t 1 Maqu ina Femora l (novo

mode lo ) Pana t ta Spor t

1 Peck deck regu láve l Pana t ta Spor t 1 Mu l t i power 4 sa ídas+crossover Pana t ta Spor t 1 Mu l t i power 25mm Pana t ta Spor t 1 P ress ombros convergen te Pana t ta Spor t 1 Adu to res ( i n te rno ) Pana t ta Spor t 1 Abdu to res (ex te rno Pana t ta Spor t 1 Banco Sco t t com assento Pana t ta Spor t 1 Banco abdomina is ( c runch) Pana t ta Spor t 1 Banco h ipe rex tenções 45º Pana t ta Spor t 1 Banco p ress apo io l a rgo Pana t ta Spor t 1 Banco inc l i náve l Pana t ta Spor t 1 Fundos+e levações+abdomina l Pana t ta Spor t 1 Banco inc l i nado apo io es t re i to Pana t ta Spor t 1 Ha l te res de 2 a 25 kg (pa res ) Pana t ta Spor t 1 Maqu ina Abdomina l Pana t ta Spor t

A sala para as aulas de grupo está situada no piso inferior, bem ventilada e

decorada com plantas naturais.

Encontra-se dividida da sala de manutenção/musculação por separadores

amovíveis de forma a não criar espaços estanques entre as salas.

Neste espaço são administradas aulas de: - Aeróbica e suas variantes, Artes

marciais, Capoeira, Danças de Salão, etc.

Qt T ipo Marca 1 Banco p ress apo io l a rgo Pana t ta Spor t 1 Banco inc l i náve l Pana t ta Spor t 1 Fundos+e levações+abdomina l Pana t ta Spor t 1 Banco inc l i nado apo io es t re i to Pana t ta Spor t 1 Ha l te res de 2 a 25 kg (pa res ) Pana t ta Spor t 1 Maqu ina Abdomina l Pana t ta Spor t 1 Máqu ina de g lú teos Pana t ta Spor t 1 Bar ras o l ímp icas Pana t ta Spor t 1 Bar ra no rma l de 1 ,60 mt Pana t ta Spor t 1 Bar ra em “Z ” Pana t ta Spor t 2 Bar ra cu r ta Pana t ta Spor t 6 D iscos de 3Kg Pana t ta Spor t 8 D iscos de 5 Kg Pana t ta Spor t 8 D iscos de 10 Kg Pana t ta Spor t 6 D iscos de 15 Kg Pana t ta Spor t 4 D iscos de 20 kg Pana t ta Spor t Quadro 15

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XXX

O equipamento foi seleccionado de forma a permitir aulas divertidas e variadas,

capaz de motivar os mais renitentes para as aulas de grupo, permitindo que o

aluno se liberte, mas ao mesmo tempo atinja os seus objectivos.

Figura 3: - Sala de Aeróbica

AULAS de GRUPO NATAÇÃO

Q t T ipo Marca 20 S teps Reebock

20 Co lchões Pana t ta Spor t 20 E lás t i cos Não tem 20 Bo las r í tm icas Reebock

20x2=40 Ha l te res Pana t ta Spor t 20 Bar ras c / pesos Pana t ta Spor t 20 Cane le i ras Pana t ta Spor t 20 Bas tões S / marca 10 Sp in ig Pana t ta Spor t 1 Apare lho HI -F I Sony 5 A rcos Pana t ta Spor t 6 Espe lhos 2x1 .5 mt Não tem Quadro 16 Quadro 17

Os balneários são funcionais, quer na movimentação dos utentes, quer na

limpeza.

As áreas de banhos foram separadas das restantes, através de barreiras

físicas. Colocaram-se estrados no chão, evitando que alguma água possa

circular na zona dos vestiários e tornando o piso menos escorregadio.

Qt T ipo Marca 22 P lacas Speedy 16 Sa ls i chas 14 P lacas pequenas Speedy 3 P lacas c i rcu la res Speedy 2 P lacas rec tangu l . Speedy

12 Bo las 17 F lu tuadores 2 Separadores Speedy 6 A rcos

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XXXI

Apresentam dimensões razoáveis, bem ventiladas, com 6 cabines de duche

individuais, aquecimento e secadores de cabelo, permitindo um conforto total.

A área desportiva ainda dispõe de uma piscina descoberta de 8 x18 metros,

rodeada por um relvado de 220metros quadrados.

Figura 4: - Piscina

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XXXII

Anexos – II

Requerimento

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XXXIII

Requerimento

Ex. m o Sr. Coordenador do Korpos

Fitness Clube dos Bombeiros

Voluntários Famalicão

Assunto:

Pedido de autorização para a realização do trabalho subordinado

ao tema: Qualidade / Satisfação da academia/ginásio da vossa

Associação e suas implicações ao nível socioeconómico.

Eu, David Manuel Fernandes Dias, portador do bilhete de

identidade nº 6476925, emitido em 14 de Março de 2002 pelo

arquivo de Lisboa, e residente na rua de Rorigo, nº290, V. N. de

Famalicão. Venho por este meio solicitar a V. Excelência, a

autorização para a realização do trabalho subordinado ao tema:

Qualidade da academia/ginásio da vossa Associação e suas

implicações ao nível socioeconómico.

Este trabalho terá como objectivo a concretização de uma

dissertação de Mestrado, subordinado ao tema: “Gestão de

academia/ginásio Associação de Bombeiros Voluntários de

Famalicão”.

Todos os dados serão tratados de forma confidencial e anónima.

As conclusões poderão servir de orientação para uma melhoria dos

vossos serviços.

Agradeço antecipadamente e peço deferimento.

_________________________________________________ (David Manuel Fernandes Dias)

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XXXIV

Requerimento

Ex. m o Sr. Coordenador do Korpos

Fitness Clube dos Bombeiros

Voluntários Famalicão

Assunto:

Pedido de autorização para a entrega de questionários a ser

preenchidos pelo utentes do ginásio.

Eu, David Manuel Fernandes Dias, portador do bilhete de

identidade nº 6476925, emitido em 14 de Março de 2002 pelo

arquivo de Lisboa, e residente na rua de Rorigo, nº290, V. N. de

Famalicão. Venho por este meio solicitar a V. Excelência, a

autorização para entregar dois questionários com os seguintes

títulos: - “Avaliar os níveis de qualidade de um ginásio / Academia

de Fitness” e “Avaliar o nível de satisfação dos alunos do Ginásio

KFCBVF”).

Estes terão como objectivo a concretização de uma dissertação de

Mestrado, subordinado ao tema: “Gestão de academia/ginásio

Associação de Bombeiros Voluntários de Famalicão”.

Todos os dados serão tratados de forma confidencial e anónima.

Agradeço antecipadamente e peço deferimento.

_________________________________________________

(David Manuel Fernandes Dias)

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XXXV

Anexos – III

Tabela e introdução de GRAFFAR

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XXXVI

NOTAÇÃO SOCIAL DE GRAFFAR (Notas explicativas)

1 – A família é classif icada em cada um dos cinco critérios

(profissão; instrução; fonte principal de rendimento; t ipo de

habitação; local de residência).

2 – Obtêm-se assim uma série de cinco números, cuja soma

identif ica a posição social e económica da família.

3 – A classif icação pela escala de Graffar constitui 5 níveis sociais

determinados pela soma de valores atribuídos a cada um dos

critérios parciais.

4 – A classif icação é feita de acordo com:

Ocupação de maior nível desempenhada pelo pai ou pela mãe ou

outro adulto que desempenhe as funções de chefe de família.

O nível máximo de instrução alcançado pelo pai, pela mãe ou pelo

tutor que convive com a criança e que è o chefe de famíl ia, será o

que serve de critério de classif icação: se o pai ou a mãe tem

diferente nível de instrução, adaptar-se-á para classif icação,

aquele que tiver o nível mais elevado.

Deve atender-se e apontar-se a fonte de rendimento maior, quer

seja do pai, da mãe ou do adulto que constitui o chefe de famíl ia.

5 – Poderá haver necessidade de se adaptar a classif icação,

quando numa determinada família é difíci l de se avaliar um dos

critérios. Nesses casos, a classif icação será feita do mesmo modo,

mencionando o critério que não foi avaliado, atendendo a que o

resultado das somas será de:

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XXXVII

CLASSE – I De 4 a 7

CLASSE – II DE 8 a 10

CLASSE – III De 11 a 13

CLASSE – IV De 14 a 16

CLASSE – V De 17 a 20

TESTES DE GRAFFAR

O Teste de Grafar, preconizado pelo Centro Internacional da

Infância, e formando parte dos estudos longitudinais sobre o

crescimento da criança.

Usado na actualidade em diversos países como em Paris, Londres,

Zurich, Estocolmo e Dakar.

O mérito do teste é: o ser internacional, o ter a f iscalização dos

resultados, o ser simples, basear-se em cinco referências

diferentes realizando-se assim uma correcção das dif iculdades

próprias de classif icação.

Em resumo: usando as próprias palavras do autor, Prof. Graffar de

Bruxelas, consistem do seguinte:

“ Os estudos biológicos sobre amostras de população deveriam

acompanhar, se não de uma descrição completa do modo de vida

dos grupos observados, ao menos do emprego de um método de

classif icação social e económica que torne possíveis as

comparações.

Para que o sistema de classif icação seja apropriado a estudos

sociais deve ser simples, deve ter em conta dados objectivos que

possam procurar-se facilmente e deve ter uma representação fiel

do nível que ocupa na estratif icação social o indivíduo ou grupo

observado.”

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XXXVIII

Classificação Social Internacional Professor Graffar (Bruxelas)

(Adaptação para Portugal fei ta por Luísa Ferreira da Si lva)

O método baseia-se no estudo não apenas de uma característica

social, mas de um conjunto de cinco critérios a saber:

1 - A profissão

2 - Nível de instrução

3 - Fontes de rendimentos famil iares

4 - Conforto do alojamento

5 - Aspectos de bairro onde habite

Numa primeira fase há que atribuir a cada família observada uma

pontuação para cada um dos cinco critérios enumerados e numa

segunda fase servir-se da soma destas pontuações par definir o

escalão que a família ocupa na sociedade.

1 - A profissão

Classif icar-se-ão as famílias em cinco categorias segundo a

profissão exercida pelo pai servindo-nos da classif icação britânica,

tal como se descreve na obra “Classif ication of Occupations”,

General Register Office (London Stationary Office 1951). No caso

da mãe de família exercer uma profissão de nível mais elevado do

que a do pai será a primeira a que servirá de base para a

classif icação da famíl ia.

1º Grau – Quadros superiores da Administração Pública ou privada

e especialistas das profissões científ icas, Técnicas, l iberais e

Similares.

2º Grau – Empregados de escritório em posições de chefia,

comerciantes, operários altamente qualif icados ou trabalhadores

especializados.

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XXXIX

3º Grau – Profissionais “artistas” – serralheiros, cozinheiros –

trabalhando por conta própria em oficina de dimensões reduzidas.

4º Grau – Empregados de escritório, Operários (Funcionários

subordinados em geral).

5º Grau – Jornaleiros, ajudantes de cozinha, mulheres de l impeza,

pessoal auxil iar, etc.

2 - Nível de Instrução

As categorias estabelecidas são as seguintes:

1º Grau – Ensino Universitário ou equivalente, (Licenciatura ou

Bacharelato – Curso Superior).

2º Grau – curso Técnico ou Profissional.

3º Grau – 3º Ciclo, ensino secundário, Complementar do Liceu,

Curso Comercial ou Industrial.

4º Grau – Ensino Primário completo ou Ciclo Preparatório (Ensino

Básico).

5º Grau – Ensino Primário incompleto ou nulo.

3 - Fontes de Rendimentos famil iares

Para seu estudo partir-se-á da principal fonte de rendimento da

famíl ia.

Adoptam-se as cinco categorias seguintes:

1º Grau – Vive de Rendimentos

2º Grau – Os rendimentos correspondem a um vencimento mensal

f ixo. Tipo funcionário.

3º Grau – Os rendimentos correspondem a vencimento mensal de

famil iares com quem vive, não tem rendimentos próprios

4º Grau – Os rendimentos resultam de salários, ou seja,

remuneração por semana, horas ou á tarefa.

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XL

5º Grau – Beneficência pública ou privada é que sustenta o

indivíduo ou a família. Não se incluam neste grupo as pensões de

desemprego por serem temporárias.

4 - Conforto do alojamento

Trata-se de dar uma impressão de conjunto, ainda que um pouco

subjectiva.

Estabelecem-se cinco categorias:

Grupo 1 – Casas ou andares luxuosos e muito grandes oferecendo

aos seus moradores o máximo conforto.

Grupo 2 – categorias intermediária: Casas ou andares que sem

serem tão luxuosos como os da categoria precedente, são, não

obstante, espaçosos e confortáveis.

Grupo 3 – Casa ou andares modestos, bem construídos e em bom

estado de conservação, bem iluminados e arejados, com cozinha e

casa de banho. (ex. bairro camarário).

Grupo 4 – Categoria intermédia entre 3 e a 5. (casa em bom

estado de conservação mas sem casa de banho dentro de casa, ou

de construção clandestina).

Grupo 5 – Alojamentos impróprios para uma vida decente, choças,

barracas ou andares desprovidos de todo o conforto, venti lação,

i luminação ou também aqueles onde moram demasiadas pessoas

em promiscuidade, nomeadamente qualquer habitação em que o

quarto de banho não sirva só o agregado famil iar.

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XLI

5 - Aspecto do bairro onde habite:

Grupo 1 – Bairro residencial elegante, onde o valor do terreno ou

os alugueres são elevados

Grupo 2 – Bairro residencial bom, de ruas largas com casas

confortáveis e bem conservadas.

Grupo 3 – Ruas comerciais ou estreitas e antigas com casas de

aspecto geral menos confortável ou bairro de construção

económica com água, luz e saneamento.

Grupo 4 – Construção razoável, mas sem água, ou luz ou

saneamento.

Grupo 5 – Zona degradada.

Nota – o interessante deve ser o seu critério pessoal subjectivo.

No caso em que haja uma notória diferença entre bairro

relativamente confortável e a residência miserável deve ser

considerada esta últ ima.

CLASSIFICAÇÃO SOCIAL

Aplicando coeficientes de ponderação de 1 a 5 em cada um dos

grupos encontrados, obtemos a seguinte classif icação:

Classe I – Famílias cuja soma de pontos vai de 5 a 9

Classe II – Famílias cuja soma de pontos vai de 10 a 13

Classe III – Famílias cuja soma de pontos vai de 14 a 17

Classe IV – Famílias cuja soma de pontos vai de 18 a 21

Classe V – famílias cuja soma de pontos vai de 22 a 25

Nota: - Os estudantes foram incluídos nas características sociais

apresentadas pelos pais.

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XLII

Page 210: Influência da Qualidade/Satisfação na Academia de Fitness de … · Ficha de catalogação: Dias, D. (2006). Influência da Qualidade e da Satisfação na Academia de Fitness num

XLIII

Anexos – IV

Questionários

Nota Introdutória

Estes questionários destinam-se a recolher informações para um estudo sobre

como os utentes do ginásio KFCBVF, entendem o conceito de qualidade,

avaliar o seu grau de satisfação relativamente ao ginásio que frequentam e

tentar entender o grau de importância que estes atribuem a este tipo de

estruturas num a Associação de Bombeiros Voluntários.

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Questionário para avaliar os níveis de qualidade de um Ginásio / Academia de Fitness

- Este questionário destina-se a um estudo científico para a qual agradecemos a sua colaboração. Indica-se a seguir um conjunto de motivos que podem levar a avaliar a qualidade de um Ginásio / Academia. Por favor leia cada item com atenção e assinale o nível de importância que cada um deles tem para si. - Responda a todas as questões cuidadosamente e com o máximo de veracidade possível (não há respostas certas ou erradas). - Faça uma cruz (x) sobre o ITEM que melhor descreve a importância dada a cada afirmação. - Todos os dados são absolutamente confidenciais.

I – Qual é o seu sexo? (assinale a sua resposta com um x)

- Masculino………… - Feminino……. ……

II – A sua idade localiza-se em que intervalo? (assinale a sua resposta

com um x) < 16 Ano............................... De 17 a 22........................... De 23 a 28......................... De 29 a 34.......................... De 35 a 40.......................... De 41 a 46.......................... De 47 a 52........................... De 53 a 58........................... > 59....................................... III – Qual é a situação profissional /ocupacional actual?

(Consultar a classificação que consta na última página do questionário e preencha

c/ o nº correspondente)

IV – Há quanto tempo frequenta Ginásios / Academias? (assinale a sua resposta com um x) - > de 3 meses ...………… - > de 6 meses …………... - > de 1 ano …….………. - > de 2 anos ………......... - > de 3 anos ……….….... - > de 5 anos …………..... V – Qual a modalidade que frequenta regularmente. (assinale a sua resposta com um x podendo ser mais que uma)

Modalidades Frequenta Musculação Cardiofitness Manutenção Aeróbica Localizada Step Artes Marciais Hip – Hop Natação Artes Marciais Danças de Salão

Código

Características do(a) Entrevistado(a)

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VI – Qual a sua Habilitação académica? (assinale a sua resposta com um x) - 1º Ciclo (antiga 4ª classe) ………………………..… - 2º Ciclo (6º ano) ……………………………....…. - 3º Ciclo ou equivalente (9º ano) …………………....... - Secundário ou equivalente (12º Ano) ………….…….… - Bacharelato / Licenciado ………………………….… - Mestrado / Doutor ……………………..…...…….... VII – Já frequentou outro ginásio / academia? (assinale a sua resposta com um x) - Sim…. - Não….

VIII – Há quanto tempo frequenta este Ginásio / Academia “ Korpos Fitness Clube” dos Bombeiros Voluntário de Famalicão?

(assinale a sua resposta com um x) > De 3 meses ……………………….….… > De 6 meses ……………………….. …… > De 1 ano ………………………………… > De 2 anos ……………………..……...... > De 3 anos ……………………….……….. >De 5 anos ………………………. ….…….

IX – Entende que este tipo de estrutura num Corpo de

Bombeiros Voluntários é importante para a Associação?

- Sim…. - Não…

(Se respondeu SIM, passe à questão seguinte.)

Coloque por ordem de importância (sendo o 4 o mais importante

e o 1 o menos importante, não podendo repetir o mesmo número)

Afirmações Grau importância Fonte de rendimentos extra Nova imagem social Captação de novos voluntários/associados Espaço convívio / lazer

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X – Assinale com um círculo (○) sobre o ITEM que melhor descreve a

importância de cada afirmação, atendendo à qualidade de um Ginásio /

Academia.

Balneários

Nada Importante

Pouco Importante Importante Muito

Importante

Muitíssimo Importante

1 Limpeza 1 2 3 4 5 2 Ventilação 1 2 3 4 5 3 Dimensões 1 2 3 4 5 4 Equipamento (bancos,cabides,

estrados, secador, cacifos) 1 2 3 4 5 5 Temperatura da água 1 2 3 4 5 6 Acesso 1 2 3 4 5 7 Estética 1 2 3 4 5 8 Cabines de duche individuais 1 2 3 4 5

Recepção

9 Atendimento 1 2 3 4 5 10 Horário de atendimento 1 2 3 4 5 11 Instalações / Estética 1 2 3 4 5 12 Serviços prestados (Bebidas,

equipa/, etc.) 1 2 3 4 5 13 Acesso 1 2 3 4 5 14 Informações 1 2 3 4 5

Musculação / Cardiofitness

15 Atendimento 1 2 3 4 5 16 Horários de funcionamento 1 2 3 4 5 17 Equipamento 1 2 3 4 5 18 Disposição do equipamento 1 2 3 4 5 19 Som 1 2 3 4 5 20 Ventilação 1 2 3 4 5 21 Acesso 1 2 3 4 5 22 Mensalidades 1 2 3 4 5 23 Limpeza 1 2 3 4 5 24 Luminosidade 1 2 3 4 5 25 Métodos de treino 1 2 3 4 5 26 Acompanhamento 1 2 3 4 5 27 Dimensão das salas 1 2 3 4 5 28 Estética das salas 1 2 3 4 5

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Aulas de Grupo

29 Limpeza da sala 1 2 3 4 5 30 Equipamento 1 2 3 4 5 31 Metodologia utilizada nas

aulas 1 2 3 4 5 32 Ventilação 1 2 3 4 5 33 Som 1 2 3 4 5 34 Professores 1 2 3 4 5 35 Luminosidade 1 2 3 4 5 36 Horários 1 2 3 4 5 37 Mensalidade 1 2 3 4 5 38 Modalidades (diversificadas) 1 2 3 4 5 39 Estética das salas 1 2 3 4 5 40 Piso 1 2 3 4 5 41 Dimensão da sala 1 2 3 4 5 42 Disposição da sala 1 2 3 4 5 43 Acesso 1 2 3 4 5

Ginásio /Academia

44 Acessibilidades 1 2 3 4 5 45 Estacionamento 1 2 3 4 5 46 Localização 1 2 3 4 5 47 Estética do edifício 1 2 3 4 5 48 Serviços complementares

(bar, loja, etc.) 1 2 3 4 5 49 Estética interior 1 2 3 4 5 50 Piscina 1 2 3 4 5 51 SPA (sauna, turco, jacuzy…) 1 2 3 4 5 52 Gabinete médico de

avaliação 1 2 3 4 5

Recursos Humanos

53 Professores 1 2 3 4 5 54 Funcionários 1 2 3 4 5 55 Relações Interpessoais: -

Aluno/Prof./Aluno 1 2 3 4 5 56 Ambiente do ginásio 1 2 3 4 5 57 Actividades extras (festas,

encontros, etc.) 1 2 3 4 5

Outras sugestões:

Obrigado pela colaboração

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Questionário para avaliar o nível de Satisfação dos Alunos do Ginásio “Korpos fitness clube” / B. V. de Famalicão

- Este questionário destina-se a um estudo científico para a qual agradecemos a sua colaboração. Indica-se a seguir um conjunto de motivos que podem levar a avaliar o nível de satisfação dos alunos. Por favor leia cada item com atenção e assinale o nível de importância que cada um deles tem para si. - Responda a todas as questões cuidadosamente e com o máximo de veracidade possível (não há respostas certas ou erradas). - Faça uma cruz (x) sobre o ITEM que melhor descreve a importância dada a cada afirmação. - Todos os dados são absolutamente confidenciais.

Assinale com uma cruz (x) sobre o ITEM que melhor descreve a importância de

cada afirmação, atendendo à sua satisfação no Ginásio / Academia “Korpos

Fitness Clube” nos Bombeiros Voluntário de Famalicão.

Recepção Péssimo Mau Aceitável Bom Excelente

58 Horário de atendimento 59 Qualidade do Atendimento 60 Qualidade das informações 61 Venda de produtos 62 Serviços Prestados 63 Instalações 64 Acesso 65 Estética Musculação/

Cardiofitness

66 Disposição das salas 67 Disposição do equipamento 68 Qualidade do Equipamento 69 Ventilação 70 Qualidade do Som musical 71 Acessos 72 Luminosidade 73 Limpeza 74 Estética das salas 75 Acompanhamento 76 Métodos de Treino 77 Atendimento pelo professor 78 Horário do professor (10.00-

11.30/16.00-21.30)

79 Mensalidades Código

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Aulas de Grupo Péssimo Mau Aceitável Bom Excelente

80 Professores 81 Qualidade das aulas 82 Modalidades 83 Equipamento 84 Horários 85 Piso 86 Dimensão da sala 87 Disposição da sala 88 Limpeza da sala 89 Ventilação 90 Luminosidade 91 Estética da sala 92 Mensalidades 93 Acesso

Balneários Péssimo Mau Aceitável Bom Excelente

94 Limpeza 95 Ventilação 96 Dimensões 97 Equipamento (bancos, cabides,

estrados, secadores, cacifos, etc.)

98 Temperatura da água 99 Acesso

100 Estética

Ginásio / Academia

101 Acessibilidade 102 Estacionamento 103 Localização 104 Estética do edifício 105 Serviços complementares

(bar, loja, etc.)

106 Estética interior 107 Piscina

Recursos Humanos

108 Professores 109 Funcionários 110 Relações Interpessoais:

- Aluno/Aluno

111 - Aluno/Professor 112 Como considera o ambiente

Obrigado pela sua colaboração

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XLIV

Anexos – V

Tabelas

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Quadro das várias dimensões com as diferentes variáveis Balneários:

Variáveis Definição da Variável N Média Desvio-padrão Moda VAR00001 Limpeza 102 4,72 ,50 5 VAR00002 Ventilação 101 4,21 ,74 4 VAR00003 Equipamento 100 3,73 ,80 3 VAR00004 Dimensões 99 3,80 ,78 4 VAR00005 Temperatura da água 99 3,73 ,88 3 VAR00006 Estética 99 3,58 ,82 3 VAR00007 Cabines de duche individuais 100 3,23 ,90 3 VAR00008 Acesso 100 3,59 1,03 3

N Valid 93 Quadro 1: Conceito de qualidade

Recepção

Variáveis Definição da Variável N Média Desvio-padrão Moda

VAR00009 Atendimento 102 4,01 ,84 4 VAR00014 Informações 100 3,84 ,88 4

VAR00010 Horário de atendimento. 101 3,62 ,73 4

VAR00012 Serviços prestados 102 3,40 ,85 3 VAR00013 Acesso 100 3,39 ,82 3 VAR00011 Instalações / Estética 100 3,28 ,78 3

Valid N 99 Quadro 3: Conceito de qualidade

Variáveis Definição da Variável N Média

Desvio-padrão

Moda

VAR00060 Qualidade do Atendimento 101 4,11 ,58 4 VAR00061 Qualidade das informações 102 3,87 ,74 4 VAR00059 Horário de atendimento 101 3,72 ,80 4 VAR00065 Acesso 101 3,60 ,74 4 VAR00063 Serviços Prestados 99 3,55 ,77 4 VAR00064 Instalações 102 3,20 ,86 3 VAR00066 Estética 101 3,01 ,87 3 VAR00062 Venda de produtos 95 2,92 ,78 3

Valid N 90 Quadro 4: Grau de satisfação no KFCBVF

Variáveis Definição da Variável N Média Desvio-

padrão Moda

VAR00099 Temperatura da água 95 3,52 ,85 3

VAR00100 Acesso 98 3,49 ,69 3 VAR00095 Limpeza 97 3,34 ,89 3 VAR00097 Dimensões 97 3,07 ,77 2 VAR00098 Equipamento 94 3,00 ,72 3 VAR00101 Estética 98 2,84 ,95 3 VAR00096 Ventilação 95 2,49 ,98 3

N Valid 91 0 Quadro 2: Grau de satisfação no KFCBVF

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Musculação / Cardiofitness

Variáveis Definição da Variável N Média Desvio - Padrão Moda VAR00023 Limpeza 96 4,55 ,61 5 VAR00025 Métodos de treino 98 4,33 ,77 5 VAR00017 Equipamento 97 4,28 ,76 4 VAR00026 Acompanhamento 97 4,26 ,90 5 VAR00015 Atendimento 98 4,10 ,81 4 VAR00020 Ventilação 98 4,06 ,84 4 VAR00016 Horários de funcionamento 98 4,05 ,80 4 VAR00024 Luminosidade 98 4,03 ,79 4 VAR00022 Mensalidades 94 3,86 ,89 4 VAR00018 Disposição do equipamento 98 3,80 ,94 4 VAR00027 Dimensão das salas 95 3,79 ,84 3 VAR00019 Som 98 3,69 ,90 3 VAR00021 Acesso 98 3,51 ,80 3 VAR00028 Estética das salas 97 3,32 ,87 3

Valid N 91 Quadro 5: Conceito de Qualidade

Variáveis Definição da Variável N Média Desvio - Padrão Moda VAR00078 Atendimento pelo professor 94 4,07 ,74 4 VAR00076 Acompanhamento 96 3,97 ,75 3 VAR00077 Métodos de Treino 94 3,93 ,66 4 VAR00080 Mensalidades 92 3,75 ,83 3 VAR00073 Luminosidade 96 3,73 ,72 4 VAR00068 Disposição do equipamento 96 3,71 ,61 4 VAR00079 Horário do professor 92 3,68 ,88 4 VAR00072 Acessos 94 3,61 ,64 4 VAR00074 Limpeza 95 3,59 ,87 3 VAR00067 Disposição das salas 94 3,56 ,68 4 VAR00069 Qualidade do Equipamento 96 3,41 ,66 3 VAR00075 Estética das salas 93 3,37 ,72 4 VAR00071 Qualidade do Som musical 96 3,33 ,75 3 VAR00070 Ventilação 96 3,24 3,32 3

Valid N 79 Quadro 6: Grau de satisfação no KFCBVF

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Aulas de Grupo

Variáveis Definição da Variável N Média Desvio - Padrão Moda VAR00034 Professores 89 4,48 ,68 5 VAR00029 Limpeza da sala 90 4,48 ,77 5 VAR00031 Metodologia utilizada nas aulas 90 4,30 ,69 4 VAR00038 Modalidades (diversificadas) 89 4,07 ,70 3 VAR00030 Equipamento 90 4,07 ,76 4 VAR00032 Ventilação 90 4,02 ,85 4 VAR00036 Horários 88 3,93 ,75 4 VAR00040 Piso 88 3,90 ,83 4 VAR00037 Mensalidade 90 3,84 ,86 4 VAR00033 Som 89 3,84 ,81 4 VAR00035 Luminosidade 90 3,82 ,76 4 VAR00041 Dimensão da sala 89 3,74 ,76 3 VAR00042 Disposição da sala 89 3,55 ,84 3 VAR00043 Acesso 89 3,40 ,76 5 VAR00039 Estética das salas 90 3,37 ,77 3

Valid N 85 Quadro 7: Conceito de Qualidade

Variáveis Definição da Variável N Média Desvio - Padrão Moda VAR00081 Professores 69 4,36 ,69 4 VAR00082 Qualidade das aulas 69 4,17 ,75 4 VAR00087 Dimensão da sala 69 4,14 ,79 4 VAR00088 Disposição da sala 68 3,88 ,64 4 VAR00093 Mensalidades 67 3,76 ,78 3 VAR00083 Modalidades 68 3,75 ,63 3 VAR00086 Piso 68 3,75 ,80 4 VAR00091 Luminosidade 68 3,63 ,77 3 VAR00089 Limpeza da sala 68 3,53 ,91 4 VAR00094 Acesso 69 3,51 ,76 3 VAR00085 Horários 68 3,46 ,72 4 VAR00084 Equipamento 68 3,43 ,53 3 VAR00092 Estética da sala 68 3,18 ,79 4 VAR00090 Ventilação 69 3,12 1,13 4

Valid N (listwise) 63 Quadro 8: Grau de satisfação no KFCBVF

Ginásio/Academia

Variáveis Definição da Variável N Média Desvio - Padrão Moda VAR00052 Gabinete médico de avaliação 99 4,07 ,97 5 VAR00045 Estacionamento 101 4,02 ,86 4 VAR00046 Localização 100 3,83 ,82 4 VAR00044 Acessibilidades 101 3,74 ,86 4 VAR00050 Piscina 99 3,51 ,96 3 VAR00051 SPA (sauna, turco, jacuzy…) 99 3,45 1,08 3 VAR00049 Estética interior 100 3,37 ,87 3 VAR00048 Serviços complementares (bar, loja, etc.) 101 3,20 ,88 3 VAR00047 Estética do edifício 101 3,04 ,87 3

Valid N 97 Quadro 9: Conceito de Qualidade

Variáveis Definição da Variável N Média Desvio – Padrão Moda VAR00104 Localização 102 3,93 ,65 4 VAR00102 Acessibilidade 102 3,85 ,70 4 VAR00103 Estacionamento 101 3,79 1,05 4 VAR00108 Piscina 90 3,48 ,69 3 VAR00105 Estética do edifício 102 3,33 ,68 3 VAR00107 Estética interior 102 3,16 ,75 3 VAR00106 Serviços complementares (bar, loja, etc.) 97 2,80 ,90 3

Valid N 89 Quadro 10: Grau de satisfação no KFCBV

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Recursos Humanos

Variáveis Definição da Variável N Média Desvio – Padrão Moda VAR00053 Professores 102 4,62 ,56 5 VAR00056 Relações Interpessoais – Aluno/Professor 95 4,43 ,69 5 VAR00057 Ambiente do ginásio 99 4,35 ,72 5 VAR00055 Relações Interpessoais: - Aluno/Aluno 102 4,20 ,88 5 VAR00054 Funcionários 102 4,18 ,76 4 VAR00058 Actividades extras (festas, encontros, etc.) 101 3,05 ,98 3

Valid N 91 Quadro 11: Conceito de Qualidade

Variáveis Definição da Variável N Média Desvio – Padrão Moda VAR00109 Professores 102 4,25 ,67 4 VAR00112 Relações Interpessoais – Aluno/Professor 101 4,18 ,67 4 VAR00110 Funcionários 102 4,18 ,62 4 VAR00113 Como considera o ambiente 102 4,04 ,63 4 VAR00111 : Relações Interpessoais – Aluno/Aluno 102 4,00 ,76 4

Valid N 101 Quadro 12: Grau de satisfação no KFCBVF