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Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde e articulação entre as várias Unidades de Saúde Isabel Neves S. Infeciologia e GCL-PPCIRA ULS Matosinhos

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Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde e articulação entre as várias Unidades de Saúde

Isabel Neves S. Infeciologia e GCL-PPCIRA ULS Matosinhos

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Circulação dos doentes nos níveis de cuidados

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Estrutura Orgânica dos ACS

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Tipologias das Unidades da Rede de Cuidados Continuados • Unidade de Convalescença - Unidade de internamento, independente, integrada num hospital

de agudos ou noutra instituição, se articulada com um hospital de agudos, para prestar tratamento e supervisão clínica, continuada e intensiva, e para cuidados clínicos de reabilitação, na sequência de internamento hospitalar originado por situação clínica aguda, recorrência ou descompensação de processo crónico.

• Unidade de Média Duração e Reabilitação - Unidade de internamento, com espaço físico próprio, articulada com o hospital de agudos para a prestação de cuidados clínicos, de reabilitação e de apoio psicossocial, por situação clínica decorrente de recuperação de um processo agudo ou descompensação de processo patológico crónico, a pessoas com perda transitória de autonomia potencialmente recuperável.

• Unidade de Longa Duração e Manutenção - Unidade de internamento, de carácter temporário ou permanente, com espaço físico próprio para prestar apoio social e cuidados de saúde de manutenção a pessoas com doenças ou processos crónicos, com diferentes níveis de dependência e que não reúnam condições para serem cuidadas no domicílio.

• Unidade de Cuidados Paliativos - Unidade de internamento, com espaço físico próprio, preferentemente localizada num hospital, para acompanhamento, tratamento e supervisão clínica a doentes em situação clínica complexa e de sofrimento, decorrentes de doença severa e ou avançada, incurável e progressiva, nos termos do consignado no Programa Nacional de Cuidados Paliativos do Plano Nacional de Saúde.

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Repercussões das IACS nos níveis de Cuidados Microrganismos multiresistentes

Avanços técnicos e científicos e cuidados de saúde complexos Altas precoces Redução de profissionais e tempo escasso para formação continuada

Qualidade cuidados versus menor custo

alta hospitalar precoce no ACES: URAP, UCC… ausência de programas de VE específica défice de programas de CI uso de antibióticos não monitorizado desconhece-se prevalência e incidência de IACS

Tipologias das UCCI circulação doentes entre instituições ausência de programas de VE específica défice de programas de CI uso de antibióticos não monitorizado desconhece-se prevalência e incidência IACS

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COMO ESTAMOS?

Monitorização/programas VE nos 3 níveis de cuidados

• Estudo Prevalência de Infeção

• Campanha de Higiene das Mãos

• Consumo de antibióticos

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Infeção Hospitalar

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46

65 64 66,3

68,1 69,3

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Resultados Nacionais

Pré-Campanha

Pós-Campanha

Ano 2010

Ano 2011

Ano 2012

Ano 2013

Campanha Mundial da Higiene das Mãos

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• desconhece-se prevalência e incidência em Portugal

PNCI 2010: 22,5% inf. comunidade

ULSM 2012: Uso atb em 21,2 % inf. comunidade

IACS a nível dos CP

0 5 10 15 20 25 30 35

Pneumonia

Traqueobronquite

ITU

Bacteriemia

Neutropenia febril

SIRS

Sepsis abdominal

Inf. Gastroint.

Inf. Pele/tec.moles

Inf. Ouvido, nariz, boca

Inf. Olho

inf. Ginecológica

%

Infeções da comunidade tratadas com atb ( ULSM, IP 2012)

Quantas seriam IACS?

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IACS a nível dos Cuidados Continuados Estudo Prevalência Portugal 2012 Taxa prevalência IACS: 8,1% Taxa prevalência uso atb: 9,6%

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PPCIRA: Estrutura de Gestão

J A Paiva, DGS

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Despacho nº 15423/2013 e articulação entre as várias Unidades de Saúde Programa de saúde Prioritário com liderança única

Normaliza GCR e GCL, alocando horas específicas

Uniformiza objetivos:

• redução da taxa de infeção associada aos cuidados de saúde

• promoção do uso correto de antimicrobianos

• diminuição da taxa de microrganismos com resistência a antimicrobianos

Obriga de forma transversal:

• Programas de Vigilância epidemiológica

• Monitorização de consumo antimicrobianos

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Despacho nº 15423/2013

GRUPO COORDENADOR REGIONAL

TODAS AS ARS

Constituição: • Mínimo 3 elementos • Multidisciplinar, integrando elementos dos 3 níveis de cuidados ( primários, hospitalares e continuados) • Elementos com experiência em controlo de infeção e uso de antimicrobianos • Coordenado por um médico com dedicação de, pelo menos 12 horas/ semana, devendo o total de horas do grupo

ser> a 40 h /semana. • Ser apoiado por especialistas nas áreas de saúde pública, epidemiologia, farmácia, saúde ocupacional e saúde

ambiental • Um dos seus membros deve integrar a CFT da respetiva ARS

Competências • Coordenar e apoiar as atividades do PPCIRA nas unidades

de saúde de cada região • Garantir o cumprimento obrigatório dos programas de

vigilância epidemiológica nacionais • Promover e monitorizar a investigação de surtos • Colaborar na realização de auditorias; • Programar a realização de ações de formação e divulgação

em cada região; • Elaborar um plano e um relatório anual de atividades e um

plano de atividades trianual. • Prestar apoio ao membro do conselho diretivo de cada ARS

na área da implementação da Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde.

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Despacho nº 15423/2013 GRUPO COORDENADOR LOCAL

Todas as Unidades Saúde (Hospitalares, ACES, UCCI)

Constituição: Centros Hospitalares, Hospitais, ULS, ACES: • Multidisciplinar, incluindo médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros técnicos de saúde ligados à área de

intervenção. • No mínimo, 40 horas semanais de atividade médica se mais de 250 camas ou unidades locais de saúde com mais de 250

000 habitantes, um dos médicos dedicar pelo menos 28 horas semanais a esta função; • No mínimo, 80 horas semanais de atividade médica se mais de 750 camas ou unidades locais de saúde com mais de 500

000 habitantes, devendo um dos médicos dedicar pelo menos 28 horas semanais a esta função; • No mínimo, um enfermeiro em dedicação completa a esta função, acrescendo um enfermeiro em dedicação completa

por cada 250 camas hospitalares adicionais. • O coordenador deve ser membro da respetiva comissão na área da qualidade e segurança e da CFT • Nos hospitais, ULS e ACES com laboratório de microbiologia, um dos microbiologistas integra o GCL • Caso o apoio de laboratório de microbiologia seja externo, o respetivo GCL articula com o microbiologista, para

cumprimento de todos os programas de vigilância epidemiológica Unidades de Cuidados Continuados: • Um responsável local, que deve, obrigatoriamente, ser um médico ou um enfermeiro • Mantem-se a Circular Normativa nº 17/DSQ/DSC da DGS de 20/09/07 e CCI- UMP, para 250 camas 1 enfermeiro = 35

horas semanais, não devendo ser inferior a 2 horas semanais, independentemente da lotação da UCCI.

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Despacho nº 15423/2013 GRUPO COORDENADOR LOCAL Todas as Unidades Saúde

(Hospitalares, ACES, UCCI)

Competências: • Supervisionar as práticas locais de prevenção e controlo de infeção e de uso de antimicrobianos; • Garantir o cumprimento obrigatório dos programas de vigilância epidemiológica, nomeadamente

a vigilância e notificação de microrganismos-problema e de microrganismos alerta e a implementação de auditorias clínicas internas;

• Garantir práticas locais de isolamentos para contenção de agentes multirresistentes, assegurando a gestão racional dos recursos físicos existentes de acordo com a gestão de prioridades de risco e garantindo o fluxo de informação entre serviços e instituições;

• Garantir o retorno da informação sobre vigilância epidemiológica de infeção e de resistências aos antimicrobianos às unidades clínicas;

• Colaborar no processo de notificação das doenças de declaração obrigatória; • Promover e corrigir práticas de prevenção e controlo de infeção, nomeadamente higiene das

mãos, ao uso de EPI e higienização de superfícies;

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Despacho nº 15423/2013

GRUPO COORDENADOR LOCAL Todas as Unidades Saúde (Hospitalares, ACES, CCI)

Competências: • Rever e validar as prescrições de, pelo menos, carbapenemes e fluoroquinolonas, nas

primeiras 96 horas de terapêutica; • Ter como interlocutores privilegiados o diretor de serviço e o enfermeiro chefe de cada

serviço clínico, podendo as ações de ordem prática ser dinamizadas por um médico e um enfermeiro de cada serviço, que funcionem como elos do processo;

• Fazer integrar as suas atividades no plano e relatório anual de atividades da respetiva comissão de qualidade e segurança, de acordo e no plano de atividades do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos

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Como se está a processar esta articulação?

Direção do PPCIRA

GCR GCL

Unidades funcionais

GCR

Apresentação PPCIRA Discussão dos programas de VE

Constituição GCL Apresentação PPCIRA VE Validação prescrição ATB CI Formação

Apresentação PPCIRA Constituição CGR Consultadoria

Indicadores em controlo de infeção

Indicadores em controlo de infeção

VE em CP e CC?

Discussão dos indicadores Promoção boas práticas Formação

Formação Consultadoria

Normas Bundle hospitalar e da comunidade

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Em conclusão estão criadas condições para:

• Diminuição das IACS nos 3 níveis de cuidados

• Promoção da articulação entre as Unidades de Saúde e melhoria de comunicação

• Benchmarking entre instituições

Excelência no âmbito dos cuidados para a segurança do doente

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Obrigado pela atenção!