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EMPRESA METALGRÁFICA IGUAÇU EXPANDE NEGÓCIO Ações judiciais podem travar setor de transportes Condenações trabalhistas que o setor considera exorbitantes trazem risco de sobrevivência a várias empresas Industrial Pró edição 52 www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Maio – 2014 – ANO VI INCENTIVOS ADESÃO AO PRODUZIR VAI ATÉ 26 DE JUNHO ENTREVISTA ECONOMISTA NATHAN BLANCHE ADIAL 52_Layout 1 09/05/2014 11:04 Page 1

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EMPRESAMETALGRÁFICA IGUAÇU

EXPANDE NEGÓCIO

Ações judiciais podem travar setor de transportes

Condenações trabalhistas que o setor considera exorbitantes trazem risco de sobrevivência a várias empresas

IndustrialPróedição

52www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Maio – 2014 – ANO VI

INCENTIVOSADESÃO AO PRODUZIRVAI ATÉ 26 DE JUNHO

ENTREVISTAECONOMISTA

NATHAN BLANCHE

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Expediente Editorial

Após quatro meses decorridos e muitas notícias negati‐vas, a indústria brasileira já sinaliza que 2014 será maisum ano fraco. Motivos para isso não faltam: baixo cres‐cimento, juros elevados, calendários atípicos com Copado Mundo e eleições. Resultado: projeções revisadas

para baixo. Setores dinâmicos da indústria brasileira revisaramtambém seus investimentos ao não identificarem de onde virá oaquecimento da economia brasileira.

É extremamente frustrante assistir o governo, perdido, repetiro discurso de ajuda exclusiva ao setor automobilístico – que é alta‐mente estratégico, mas não deveria ser apoiado quase que isolada‐mente. Esse socorro às montadoras toda vez que os estoquesencalham denota a falta de uma política industrial global e a visãomínima dos executores da política econômica do País – que assis‐tem passivamente a desindustrialização de várias áreas de insumosindustriais sem mover um centímetro.

Nesta edição, ampliamos o olhar ao setor de transportes, quereclama do peso excessivo das sentenças trabalhistas após a apro‐vação da Lei do Caminhoneiro e a pressão de escritórios de advo‐cacia na captação de trabalhadores ‐ além da criação daADIAL‐Log. Recomendamos a leitura da entrevista com NathanBlanches, economista goiano que atua na Tendências Consultorias,e é um dos maiores especialistas em câmbio no Brasil. Entrevistaestá imperdível – leitura indispensável e de grande reflexão. A em‐presa apresentada nesta edição é a Metalgráfica Iguaçu.

Boa leitura.

ADIAL ‐ Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4º andar ‐ Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás.

CEP: 74.083‐060 Fone: (62) 3922‐8200.

www.adial.com.br

Presidente do Conselho de Administração Cesar HelouVice‐Presidente Financeiro Rodrigo Penna de Siqueira

Conselho NatoCyro Miranda Gifford Júnior, José Alves Filho eAlberto Borges de SouzaVices‐Presidentes e Conselheiros Domingos Sávio Gomes de Oliveira, Valdo Marques,Angelo Tomaz Landim, Alberto Borges de Souza, Ma‐ximiliani Liubomir Slivnik, Vanderlan Vieira Cardoso,Ananias Jus no Jayme, Ricardo Vivolo, Heribaldo Egí‐dio da Silva, Paulo Sérgio Guimarães dos Santos, Wil‐son Luiz da Costa, Marley Antônio da Rocha, MárcioBotelho Teixeira, Olympio José Abrão, Pedro Henri‐que Pessoa Cunha, Sandro Scodro, Alexandre BaldySant'anna Braga, Domingos Vilefort Orzil, AlfredoSes ni Filho, Carlos Luciano Mar ns Ribeiro, RivasRezende da Costa, José Alves Filho, José Carlos Gar‐rote de Souza, Juliana Nunes, Evaristo Lira Baraúna,Romar Mar ns Pereira, André Luiz Bap sta LinsRocha, Antonio Benedito dos Santos e Luiz AlbertoRassi.Diretor Execu voEdwal Freitas Por lho “Chequinho”Projeto Gráfico GráficaContemporânea PUC

SUMÁRIO

Projeções revisadas

COMERCIAL ‐ ANÚNCIOS (62) 3922‐8200 ou (62) 9125‐9526

EDITORIAL Projeções revisadas 3. //LOGÍSTICA Riscos para o setor de trans‐portes 4‐6. // REFLEXÃO Lei an corrupção 7.// ENTREVISTA Nathan Blan‐che 8‐10.// MARKETING & PRODUTOS Novidades na indústria 12‐13.//INVESTIMENTO Ciclo Verde 14.// NOTAS INDUSTRIAIS Novo comando naSIC, Prazo de adesão ao Produzir e Feira da Construção 15.// LEITURALivrosEmpresariais 18.// OPINIÃO Cesar Helou 19.//

EMPRESAS E INSTITUIÇÕES CITADAS NA EDIÇÃOGrupo Cereal (2), Metalgráfica Iguaçu (2,16 e17), Ciclo Verde (2 e 14), Setceg (4), Setcemg (4), OAB‐GO (6), CGU (7), Terra, Pimentel e Vecci Associados

(7), Tendências Consultoria Integrada (8 e 9), Stemac (11), La Fru a (12), Pande (12), Nestlé (12 e 13), Risqué (12), Coca‐Cola (12), Unilever (12, 13 e 14),Brasil Kirin (12), Goiás Verde (12), Clear (12), Benegrip‐Hypermarcas (13), GSA (13), Cargill (13 e 14), BNDES (14), Rei do Milho (14), Sun Foods (13),

Mabel (14), Quero (14), SIC (15), Acia (15), Fieg (15), Rotary Internacional (15), Enic (15), Sinduscon‐GO (15), Ademi‐GO (15), Bovespa (16), Grupo Mar‐frig (17), JBS (17), All Park (20), Pentágono (20), Adão Imóveis (20), UrbsRT (20) e Inovar Urbanismo (20).

PRÓ-INDUSTRIAL

Pró-Industrial3

EMPRESA Metalgráfica Iguaçu 16‐17

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Pró-Industrial

Risco parao setor d e

transportes

LOGÍSTICA

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Após a aprovação da Lei 12.619, conhecida como Lei dos Caminhoneiros, o excesso de decisões trabalhistas, com condenações exorbitantes e indenizações

milionárias, tem colocado em risco operação do setor de transportes

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Arelação entre os setoresde transporte e industrial évital para ambos. O maufuncionamento de um,afeta diretamente a condu‐

ção do outro. Sem uma operação logís‐tica correta e eficiente, os produtos nãosaem da indústria e chegam ao consu‐midor sem atrasos ou com o mesmocusto – leia‐se, preço final. Ou seja, porqualquer motivo que seja, se o trans‐porte falhar, o custo logístico fica maiscaro, o preço no supermercado sobe.

Em todo País, a continuar a situa‐ção atual de sentenças proferidaspela justiça do trabalho, a tendênciaé o custo do transporte e o preço dosprodutos subirem em um curto es‐paço de tempo. Em carta aberta, ossindicatos do setor se posicionam.Confira o manifesto do Sindicato dasEmpresas do Transporte de Carga deMinas Gerais, apoiado imediata‐mente pelas entidades co‐irmãs dequase todo País: “Os empresários detransporte estão vivendo uma situa‐ção dramática e preocupante porfalta de bom senso nas sentençasproferidas pela justiça do trabalho.Nossas empresas estão perdendomilhares de ações trabalhistas e estãosendo condenadas a pagar valoresastronômicos, fora da realidade dosfatos e dos processos. Já vimos em‐presas serem condenadas a pagar R$700 mil para um período retroativode cinco anos, o que significam R$11.667 por mês trabalhado.”

Paulo Afonso Lustosa, presidentedo Sindicato das Empresas de Trans‐porte de Cargas em Goiás (Setceg), émais enfático: “Condenações exorbi‐tantes trazem risco ao setor, que estávulnerável.” E endossa o texto dosmineiros: “Ninguém está pedindovista grossa para os problemas quede fato existem, nem retorno ao capi‐

talismo selvagem e à ilegalidade. Es‐tamos pedindo bom senso. Não po‐demos conviver com condenaçõesinjustas que desconhecem a profis‐são de motorista. Defendemos a apli‐cação da Lei 12.619, mas antes dela,defendemos a aplicabilidade do ar‐tigo 62 da CLT.”

“É preciso razoabilidade nas deci‐sões. Uma empresa, como aconteceurecentemente, pagar indenização tra‐balhista de R$ 600 mil para um moto‐rista que atuou dois anos na empresanão está dentro da realidade de nen‐huma profissão e de nenhuma em‐presa. Ao decidir assim, indeniza‐seum trabalhador e demite‐se uma de‐zena ou centena, pois as empresas nãotêm caixa para suportar estas deci‐sões”, reforça Paulo.

Segundo a advogada LudmillaRocha Ribeiro, especialista em direitotrabalhista, ocorre uma avalanche deprocessos trabalhistas em razão da Lei12.619, conhecida como Lei dos Ca‐

minhoneiros. Em muitos casos, a leivem sendo utilizado de forma retroa‐tiva. “Antes da lei, os tribunais trabal‐histas utilizavam o artigo 62, da CLT,que dispensava o controle de jornada.Com a nova lei, a aplicação tem ocor‐rido retroativamente, quando nãohavia esta regra”, disse.

Ludmilla Ribeiro, que atua comempresas do setor de transporte,afirma que a situação do setor égrave e uma parte das empresas, temalgum passivo trabalhista ‐ em suamaioria, recente.

Para o presidente do Setceg, o setortem debatido e mostrado a importân‐cia de ter provas documentais em suasdefesas para minimizar os riscos da ati‐vidade. “Os valores das ações trabal‐histas são absurdos. Em outros setores,as indenizações não chegam nem pertodisso. Até por isso, conscientizamos àempresa do setor que cada vez mais épreciso gestão, controle e conhecer de‐talhadamente a legislação.

Pró-Industrial5

1,2 milhão é o número de empresas que transportam cargas no País, entre transportadoras, operadoras e autônomos

“Tem ocorrido uma avalan‐che de processos contra osetor de transporte”

Ludmila RibeiroAdvogada

“Condenações exorbitantestrazem risco ao setor, que estávulnerável”

Paulo Afonso LustosaPresidente do Setceg

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LOGÍSTICA

A ADIAL (Associação Pró‐Des‐envolvimento Industrial do Estadode Goiás) criou na primeira se‐mana de maio a ADIAL‐Log, umgrupo de trabalho da entidade queagrega operadores logísticos paradiscutir problemas e propor solu‐ções para o setor. Mais de 40 em‐presas participaram do encontro.

“O setor industrial tem uma rela‐ção direta de negócio com o opera‐dor logístico. A distribuição faz partevital da cadeia produtiva do País e,para a indústria, a solução dos seusproblemas dão maior competitivi‐dade ao produto industrial. Estamosjuntos, parceiros das entidades dosetor, e atuando diretamente na de‐fesa das empresas. Vamos fortaleceressa relação e colocar suas lutas napauta de defesa da entidade. AADIAL‐Log é uma realidade”, disseo diretor Executivo da ADIAL,Edwal Portilho “Chequinho”.

ADIAL cria grupo para

debater logística

NOVA LEI DO DESCANSO

A Ordem dos Advogados do Brasil‐ seção Goiás (OAB‐GO) tomou conhe‐cimento, por parte do setor de trans‐porte, do aliciamento e pressão quealguns escritórios de advocacia temfeito a funcionários de transportadoras– alguns destes escritórios de fora doEstado. A OAB‐GO informa que o Có‐digo de Ética do Advogado, em seu ar‐tigo 7º, veda "o oferecimento deserviços profissionais que impliquem,direta ou indiretamente, inculcação oucaptação de clientela".

Caso se entenda que há prática ir‐regular, a medida cabível ao interes‐sado é ingressar com representaçãona OAB. As denúncias, informa a en‐tidade, podem ser feitas pelo telefone0800‐642‐2210.

Várias transportadoras identifica‐ram a ação de advogados da área tra‐balhista – ou representantes destes –agindo na captação de trabalhadores na

porta das empresas de transporte, oradistribuindo cartões e oferecendo o ser‐viço, ora visitando em casa o funcioná‐rio da empresa e oferecendo propostasde grandes indenizações.

Empresários apontam que essa ati‐tude destes escritórios é ilusória, pois sepromete valores astronômicos e ime‐diatos, no entanto, os processos podemdemorar. “Muitos funcionários denun‐ciam às empresas essas pressões sofri‐das por advogados”, disse umempresário, que pediu para não seridentificado. “Vamos reunir represen‐tantes do setor e formar provas paraprocessar estes profissionais.”

Empresas do setor vão se reunir naspróximas semanas e traçar estratégiaspara combater este assédio a seus fun‐cionários. “O setor vai mostrar suaforça e dar um basta nesta ação. A eco‐nomia perde, as empresas perdem.Não vamos mais aceitar pressão.”

Pressão de escritório atrabalhador pode ser

punida pela OAB

Confira trechos da nova Lei de Descanso para motoristas profissionais aprovada no Congresso

aAumento de 4 horas para 5h30 horas o tempoapós o qual o motorista é obrigado a descansar30 minutos; Redução de 11 horas para 8 horasdo período de descanso ininterrupto entre doisdias de trabalho;

aAs outras três horas podem coincidir com otempo de parada. Ambas as regras valem paracaminhoneiros empregados e autônomos;

aAs multas aplicadas pela Lei 12.619 ficam per-doadas. Somente após três anos de promulgação

da lei é que valerá para todas as rodovias do País.

aA permanência da pesagem dos veículos poreixo sendo que o limite de tolerância passa dosatuais 7.5% para 10%. O limite para peso brutototal fica em 5%.

aO embarcador indenizará o transportador portodos os prejuízos decorrentes de infração portransporte de carga com excesso de peso em de-sacordo com a nota fiscal, inclusive as despesascom transbordo de carga..

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LEI ANTICORRUPÇÃO

Compliance como atenuante do crime

de corrupção

Pró-Industrial7

Em fevereiro/2014, após 180 diasde sua publicação, entrou em vigor aLei nº12.846/2013 – conhecida comoLei anticorrupção, estabelecendo ummarco legal para responsabilizaçãoobjetiva das empresas.

Embora ainda sem regulamenta‐ção, portanto sem possibilidade deaplicação, a Lei movimentou o cená‐rio das empresas em geral, especial‐mente porque traz como penalidademulta de até 20% do faturamentobruto, responsabilidade objetiva dosdirigentes, isto é, independente deestar diretamente ligado ao ato decorrupção poderá ser responsabili‐zado caso qualquer funcionário ofaça, e por último e ainda mais gravea Lei prevê o fim da empresa.

Em que pesem apontamentos deinconstitucionalidade e ilegalidadenestas previsões, e o alarde da Cor‐regedoria Geral da União‐CGU depunições exarcebadas que podemfazer com que a Lei não seja efetiva,a norma definitivamente mudará ocenário de atuação nas diretorias dasempresas.

Historicamente os Estados Uni‐dos são os pioneiros na aplicação deLeis Anti Corrupção, desde 1977 comForeign Corrupt Practices Act –FCPA, pressionaram a Inglaterra quepossui uma lei ainda mais dura UKBribery Act, o Brasil que já assinoutratados internacionais anti‐corrup‐ção, tinha prazo até 2014 para publi‐car sua própria legislação, buscando

melhorar sua posição para investi‐mento internacional na OCDE.

Na esteira das leis estrangeiras aLei Brasileira foi publicada, deixandoa comunidade jurídica incomodadacom pontos que claramente feremgarantias constitucionais, e os diri‐gentes de empresas assustados coma possibilidade de responsabilizaçãode crimes que podem ser cometidospor funcionários em qualquer escalada hierarquia, tendo ou não conheci‐mento, e o pior podendo ser denun‐ciado pela “autoridade máxima” detodo órgão do Executivo, Legislativoe Judiciário, deixando uma largamargem para abusos e erros.

Neste cenário enquanto aguarda‐mos a regulamentação que já estápronta na Casa Civil aguardando achancela presidencial e supõe‐se se‐guirá o FCPA, podemos e devemosnos antecipar às práticas de Com‐pliance, que conforme determina aLei publicada e jurisprudência inter‐nacional comparada é um meca‐nismo eficaz de atenuação das penas.

Uma das Big Four publicou emseu site que 5% das pessoas terãoseus princípios como dogmas e ja‐mais cometerão crimes, outros 5% jáacordarão pensando em como co‐metê‐los, mas 90% dançarãoconforme a música e portanto, esta‐rão sujeitas às pressões internas e ex‐ternas de suas companhias e país,nesta margem o Compliance atuarápreventivamente espelhando a cul‐

tura e os valores dos dirigentes,construindo muros que dificultam aatuação da minoria e evitam a opor‐tunidade para maioria.

Ciente da necessidade criada pelanova lei, mas sem perder de vistanossa cultura e a realidade do nossopaís é preciso vencer preconceitos econstruir um programa de Com‐pliance levando em consideração aeficiência empresarial, assim o pro‐grama deve ser desenvolvido consi‐derando a estratégia e administraçãode cada negócio, gestão de risco e oDireito Nacional.

Ainda que exista um gap entre aproposta e a realidade, consideramosque este é um caminho sem voltapara as empresas e para um país quebusca melhorar sua imagem inter‐nacional.

Além do que a inserção de penasadministrativas no sistema legal Bra‐sileiro traz irremediavelmente umcenário onde é preciso pensar emCompliance, como espelho dos va‐lores dos dirigentes e demonstraçãode boa‐fé, o Compliance efetivo tal‐vez não exclua a responsabilidade,mas certamente atenuará as sanções,sendo instrumento essencial após aLei Anti‐corrupção.

Fernanda TerraSócia do Terra, Pimentel e Vecci Advo‐

gados, advogada especialista em Direito Tri‐butário, atualmente cursa Governança

Corporativa e Compliance no INSPER

REFLEXÃO

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Nome: Nathan BlancheÁrea de atuação: Economista e sócio daTendências Consultoria Integrada

ENTREVISTA

Pró-Industrial8

Fabiane Lazzareschi

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Michal Gartenkraut

Um dos maiores especialistas em mercado cambial do País, o economista goiano e sócioda Tendências Consultoria, Nathan Blanche, aponta que vários gargalos atrapalhama indústria brasileira, entre eles, a política cambial e tributária. Confira a seguir alguns

trechos da entrevista exclusiva de Blanche à revista Pró‐Industrial.

O governo federal lançou uma políticaindustrial, o Plano Brasil Maior, em2012, com 36 medidas para tentar recu‐perar a atividade industrial no País,mas o setor continua estagnado. Porque não funcionou?

As dificuldades do setor industrialrelacionam‐se fundamentalmente àperda de competitividade nos últimosanos, que é resultado de aspectosconjunturais e estruturais. Conjuntural‐mente, o período pós crise foi marcadopela baixa global de preços de bens in‐dustriais, situação agravada no Brasilpela valorização do real. Porém, maisimportantes são os aspectos mais estru‐turais, dados pela elevação de custos aoprodutor, com destaque para a mão deobra, além da ausência de reformas ca‐pazes de manter os ganhos de produti‐vidade. As ações do Plano Brasil Maiorforam basicamente pontuais, incapazesde criar um cenário de melhora de longoprazo da competitividade, que poderiaestimular os empresários a ampliar osinvestimentos. Adicionalmente, as ex‐cessivas intervenções nos setores de ati‐vidade minaram a confiança do setorprodutivo, que passou a aguardar (etemer) novas medidas em seus própriossegmentos, contribuindo com o quadrode estagnação do setor industrial.

Qual o mérito e quais as falhas dapolítica econômica do governo Dilma?

Os indicadores econômicos dos últi‐

mos três anos evidenciam as arapucasdiante das quais a economia brasileira seencontra dado que o cenário é marcadopor baixo crescimento, alta inflação,pleno emprego e alto déficit em contacorrente. Este é resultado da Nova“velha” Matriz Econômica, ou em outraspalavras, do abandono do tripé macroe‐conômico adotado no final do governoFernando Henrique e primeiro mandatodo Lula. Dificilmente podemos quanti‐ficar todos os passivos advindos destaspolíticas macro e microeconômicas irres‐ponsáveis, mas é possível ter uma ideiapelos números fiscais. O custo fiscal dosincentivos tributários e previdenciáriosatingiu R$ 78 bilhões só em 2013. Istosem levar em conta os créditos subsidia‐dos através dos bancos oficiais, forne‐cido à empresas “eleitas”. Se somarmoso custo da redução dos preços de ener‐gia, do controle das tarifas de transportepúblico e dos preços de combustíveis,

estes às custas da Petrobrás, as cifrasficam ainda mais astronômicas.

A competitividade empresarial doPaís, como mostram a cada pesquisaanunciada, tem reduzido na compara‐ção com outros países. Burocracia, tri‐butos e infraestrutura são os principaisgargalos sempre apontados. O País dápouca atenção aos investimentos estru‐turais de longo prazo?

Sim. Para elevar os investimentos delongo prazo o País teria que tomar ati‐tudes urgentes. A primeira, aumentar onível de poupança no País, o que passanecessariamente, pelo controle dascontas públicas. Segundo, melhorar oambiente de negócios, que inclui mu‐danças como simplificação de burocra‐cia, reforma tributária e investimento eminfraestrutura. Especialmente a reformatributária, passaria pela simplificação deimpostos e redução de carga ao setorprodutivo de maneira horizontal, umavez que fosse adotada uma política es‐trutural de controle de gastos. Terceiro,de suma importância, reduzir as incer‐tezas que são inerentes aos investimen‐tos de longo prazo, o que passanecessariamente por regulação, e nestecontexto, o papel das agências regulado‐ras deveria ser recuperado, com estas,primeiramente, voltando a ser compos‐tas por técnicos e não por políticos. Equarto, especificamente em relação aoBNDES, acabar com a política de cam‐

O governo nãoconseguiu elaborar umaestratégia de política eco‐nômica adequada para opós‐crise. A economiaopera a um ritmo equiva‐lente a 50% do ritmo decrescimento anterior.”

“A iniciativa privada tem muitoa ensinar ao setor público ”

Pró-Industrial9

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peão nacional, não só pela incapacidadede o banco concluir se o investimentoem uma empresa seria a melhor coisapara o país, quanto pelas distorções ge‐radas de um setor ao se beneficiar ape‐nas uma empresa.

Quanto aos tributos, o governoDilma não perdeu muito tempo nessacruzada contra os incentivos fiscais emvez de buscar uma verdadeira reformatributária que motivasse as empresas ainvestirem e estimulasse o desenvolvi‐mento regional?

Os estudos feitos pela Tendênciasmostram que as medidas de estímulosetorial geraram, em um primeiro mo‐mento, resultados para amenizar osefeitos da grande crise econômica e fi‐nanceira de 2008 sobre os indicadoresde atividade domésticos. Entretanto, ogoverno não conseguiu elaborar umaestratégia de política econômica ade‐quada para o pós‐crise. Foram amplia‐dos os benefícios concedidossetorialmente, mesmo com a economiajá em recuperação, em sacrifício aos re‐sultados fiscais (superávit primário re‐duziu‐se da casa de 3,5% do PIB, nopré‐crise, para os atuais 0,6% do PIB,quando são desconsideradas as receitasextraordinárias de concessões, dividen‐dos e Refis), sem que se gerasse o resul‐tado prometido, isto é, investimentos ecrescimento econômico. Ao contrário, aeconomia brasileira opera a um ritmoequivalente a 50% do ritmo de cresci‐mento observado na época da chamada“bonança externa”. Pelos cálculos daTendências, cresceremos apenas 1,9%,em 2014, e o ano de 2015 será muito di‐fícil, exigindo ajuste fiscal, ajuste no ba‐lanço de pagamentos e provávelelevação dos juros básicos (para conterpressões inflacionárias). O desafio fiscalé central, porque passa pela reordena‐ção dos gastos públicos, pelo controle deseu crescimento e, finalmente, pela re‐forma tributária.

A combinação desses eixos é centralpara que se construa um ambiente de fi‐nanças públicas favorável ao desenvol‐

vimento, e não limitador, como temoshoje. É urgente, dentro dessa agenda, su‐perar as amarras e a complexidade doICMS, criar regras de controle intertem‐poral para o crescimento do gasto cor‐rente e com pessoal, desindexar asdespesas sociais do salário mínimo, pau‐latinamente, e aumentar fortemente atransparência nas ações do setor público,princípio básico para a reconquista daconfiança dos mercados no governo.

O Simples passa por nova mu‐dança, universalizando o sistema sim‐plificado a toda e qualquer micro emédia empresa. O modelo bem‐suce‐dido, no futuro e com adaptações, nãopoderia ser implantado para alguns se‐tores, a título de teste, com grandes em‐presas?

Entendemos que o caminho maisseguro para a reforma tributária é algoque caminhe, de fato, na direção dasimplificação. Entretanto, é preciso terem mente que a redução da carga tribu‐tária não ocorrerá, da noite para o dia,se não houver mudanças do lado dosgastos públicos. Os custos fiscais preci‐sam ser bem medidos, antes de qual‐quer medida ser tomada. Não épossível, hoje, reduzir impostos de ma‐neira ampla sem que se produzam mu‐danças estruturais do lado dasdespesas. E, para que isso ocorra, a so‐ciedade precisará entender que este ca‐minho é o mais seguro para levar àexpansão das taxas de crescimento doPIB, isto é, da renda e do emprego aolongo do tempo. O exemplo da desone‐ração da folha nos deixa ainda maiscautelosos quanto à propostas de mu‐danças que não sejam bem planejadas.O caso mencionado levou à substitui‐ção de um imposto ruim, aos olhos doempresário, por outro ainda pior (1% a2% sobre o faturamento) e, pior, nãoconduziu ao aumento de renda, em‐prego e atividade esperado pelo go‐verno. Se não há um programa fiscalmais amplo, que envolva, inclusive,medidas de gestão e controle, adoçãoda meritocracia, como foi feito em al‐

guns governos locais, não há caminhoseguro para promover redução de recei‐tas fiscais. Nesse sentido, as empresasprecisam abraçar a batalha da competi‐tividade e da produtividade, que poderáser contemplada em programas deajuste fiscal associados a medidas deabertura da economia.

A gestão no setor público continua ine‐ficiente. São déficits anunciados diaria‐mente. Qual seria o melhor caminho equal a lição da iniciativa privada paratentar melhorar a gestão pública?

A iniciativa privada tem muito a en‐sinar ao setor público. A chamada“nova gestão pública” adota práticasimportantes voltadas à meritocracia, àfixação de metas e àquilo que é maiscomum de se observar em empresasvencedoras: gestão por resultados. Sema adoção de um modelo de gestão porresultados, dificilmente conseguiremosprover bens e serviços públicos de mel‐hor qualidade sem continuar aumen‐tando o peso do governo sobre o setorprodutivo. A eficiência é um caminhoimportante para melhorar os serviçosprestados sem aumentar os recursos..Os exemplos de São Paulo, na décadade 90, e Minas Gerais, nos anos 2000,são emblemáticos. No primeiro casolevou a um ajuste importante nos défi‐cits produzidos pelo governo estadual,nas gestões anteriores, com a adoção demedidas puramente de gestão. No casode Minas Gerais, , o programa“Choque de Gestão” e, em seguida, oPMDI – Programa Mineiro de Desen‐volvimento Integrado – conduziram oEstado de Minas Gerais à recuperaçãoda capacidade de investimentos e àmelhoria dos indicadores de educação.É possível seguir a mesma lógica, nocaso do governo federal, mas semprelembrando que há uma rigidez legal econstitucional para realizar grandesmudanças a curto prazo. O caminho éa mudança gradual, com sinalizaçõesclaras ao mercado e adoção urgente doprincípio da transparência como prio‐ridade das prioridades.

Pró-Industrial10

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A Coca‐Cola Brasilamplia o segmento dehidratação esportiva noBrasil com o lançamento dePowerade Zero, únicabebida repositora de saisminerais e vitaminas comzero caloria no país. Anovidade chega aomercado nos saboresTangerina e Mountain Blast.

“Observamos que aspessoas que fazematividades físicas podem sebeneficiar com a hidrataçãoideal para o corpo semreposição de caloriasperdidas no exercício. Dessaforma, desenvolvemosPowerade Zero, paraatender a todos que fazemexercícios de olho nocontrole de peso”, explicaAliucha Ramos, diretora demarketing de hidratação daCoca‐Cola Brasil.

A Pande, agência de designestratégico, redesenhou aidentidade visual da linha depicolés Nestlé La Frutta.Preservando elementos daembalagem antiga, a agência criouuma identidade proprietária eversátil, capaz de agregarlançamentos e edições limitadas –prática comum no segmento degelados – sem que a marca percasua unidade de linha.

MARKETING & PRODUTOS

COCA‐COLALA FRUTTA

As embalagens da cerveja Devassa ganham novas cores. Foram criadas seislatas de 350 mililitros para o lançamento da edição limitada de Devassa One:vermelho, branco, preto, verde, amarelo e azul. A ação faz parte da campanha“Pelada. O lado Devassa do futebol”, que teve início com a escolha de Romáriocomo novo garoto‐propaganda da marca e usa a Copa do Mundo comotrampolim. Segundo a Brasil Kirin, fabricante da Devassa, após o consumo dacerveja, as embalagens podem ser utilizadas para criar objetos e decorar a casacom as cores dos países preferidos do consumidor.

BRASIL KIRIN

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A Risqué apresenta a coleção outono/inverno2014 “Brasil por Risqué. É Campeão!”, com pretos,vermelhos e metalizados, além de uma corespecial, em homenagem à seleção brasileira defutebol. Para criar o conceito e os nomes das coresda coleção, a marca se inspirou nas expressõesusadas durante uma partida de futebol. “Algumassabem a escalação do seu time de cor, mas outrastorcem só pela diversão e, nessa mistura,acontecem situações engraçadas”, explica DaniellaBrilha, diretora de marketing da Risqué.

RISQUÉ

A Unilever investiu R$ 25milhões apenas em marketingpara divulgar o lançamento deOmo Tira‐Manchas. A nova linhada marca conta com nove itenspara diferentes necessidades deuso e estará disponível em todoo País a partir do dia 1º dejunho, em diferentesembalagens nas versões pó,líquido e spray, com preços entreR$ 6 e R$ 40. “O Brasil será oprimeiro país a receber olançamento”, explica MarcosAngelini, vice‐presidente demarketing da Unilever.

OMO

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CARGILL A Cargill fechou contrato com a Unilever para

iniciar a venda de produtos atomatados aosegmento food service. A empresa jácomercializa a linha de molhos, polpas e extratos de tomate para o varejo desde 2011, quandoadquiriu os ativos e as marcas da Unilever, que na ocasião permaneceu com a comercializaçãode atomatados para o food service. Com este acordo, a Cargill assume também a distribuiçãopara o canal. A operação irá dobrar o volume de produtos comercializados pela Cargill aosegmento food service, que vem crescendo a taxas superiores a 10% na última década Osprodutos voltados ao segmento food service continuarão a ser produzidos na fábrica deatomatados da Cargill em Goiânia (GO).

BENEGRIP

Goiás Verde Alimentos apresentanovidade na linha de conservas vegetaispara o Food Service, agregando valor nalinha de conservas vegetais. A empresalançou quatro novas embalagens de milho,ervilha, dueto e seleta de 1 Kg, com abertura abre/fecha‐fácil, em latas colecionáveisque podem ser reutilizadas para armazenar alimentos secos, guardar objetospessoais, entre outros. Praticidade e segurança são benefícios das novas latasabre/fecha‐fácil com fechamento a alto vácuo.

GOIÁS VERDE

Alexandre Borges e Murílo Benício, osnovos garotos propaganda de Benegrip,estrelam a nova campanha da marca, queestá prevista para ir ao ar no começo de maio.Os atores esbanjaram simpatia eentrosamento durante as gravações. “Ésempre muito divertido contracenar com oAlexandre. Já somos parceiros de longa data eagora mais uma vez juntos com Benegrip”, comenta Murilo. “É uma honra trabalhar com o Muriloe com a equipe de Benegrip. Nos divertimos bastante nas gravações”, comenta Alexandre.

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GSAAlém dos tradicionais sabores galinha e

carne, chegaram aos supermercados os caldosde picanha e de bacon da Sandella. O gerenteDiego Faria espera que, em um futuro próximoas vendas do caldo em cubo Sandella dobrem.O acréscimo é esperado com o desenvolvi‐mento de várias ações, como a promoção“leve 6 e pague 5 , com o lançamento dosnovos sabores e com as ações que têm comoobjetivo aumentar as vendas da GSA. Em ummercado crescente, a GSA também lançou oenergético Gan Power em lata com 269 ml. Atéentão, a bebida era comercializada apenas emgarrafas PET com 1 ou 2 litros.

LEITE MOÇAA lata de Leite Moça passa pela alteração mais radical dos últimos

dez anos, desde que a embalagem “acinturada” (lata expandida)chegou ao mercado, em 2004. A Nestlé anunciou a introdução dosistema de fácil abertura na embalagem e a volta das receitas na partede trás da lata, que fica mais “magra”, no formato “slim”. O visualatualizado do produto chega às prateleiras até o fim desse mês, e,segundo a Nestlé, atende a pedidos feitos por consumidores. Aempresa recebeu solicitações para facilitar o manuseio da lata.

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Aindústria Ciclo Verde Recicla‐gem, de compostagem de pro‐dutos industriais e defabricação de adubos e fertili‐

zantes, assinou, em março, o protocolode intenções com o governo de Goiáspara instalação de uma unidade indus‐trial no município de Santo Antônio deGoiás.

O empreendimento vai gerar 120empregos diretos e 312 empregos indi‐retos, e fará investimentos diretos e R$26 milhões, além de incentivos fiscaisque pleiteará junto ao programa Produ‐zir, recursos junto ao FCO e ao BNDESe demais instituições facilitadoras daestruturação da indústria com vistas àagilização de sua instalação e operacio‐nalização.Esta será a segunda planta in‐dustrial da Ciclo Verde Reciclagem emGoiás, já estando em atividade desde2007 uma indústria em Bela Vista deGoiás com 150 mil metros quadradosde área e gerando 160 empregos diretose indiretos e que já alcançou neste anoo volume superior a 100 mil toneladas.

Neste projeto de Santo Antônio deGoiás, a empresa vai construir unidadede 750 mil metros quadrados e vaiatuar inicialmente na compostagem de

lixo industrial limpo, com projeção deestarem produzindo nas duas indús‐trias, até 2016, 350 mil toneladas de re‐ciclados.

A Ciclo Verde Reciclagem propõe‐se a ampliar suas atividades numa se‐gunda etapa do projeto, passando aproduzir adubos e fertilizantes, queatenderão os mercados interno e nacio‐nal, além de exportações. Há ainda ocompromisso, que fez à assinatura doProtocolo de Intenções assinado com o

Governo, da interiorização dos investi‐mentos no Estado e de utilizar mão deobra local no seu parque industrial,promovendo o desenvolvimento so‐cioeconômico regional.

Outro ponto relevante do projeto daCiclo Verde, que reforça a sua propostade defesa do meio ambiente, é a locali‐zação de sua planta em região estraté‐gica próxima de polos industriaisalimentícios, o que propiciará o apro‐veitamento de resíduos como matérias‐primas de novos produtos, como é ocaso dos adubos e fertilizantes. Algu‐mas das mais importantes unidadesinstaladas nas cidades de Inhumas (Reido Milho e Sun Foods), Goiânia (Unile‐ver e Cargill), Aparecida de Goiânia(Mabel), Nerópolis (Quero), entre ou‐tras da região metropolitana, estão ins‐taladas em pólos industriais dosmunicípios vizinhos a Santo Antôniode Goiás.

De acordo com as informações dopresidente da empresa, Fábio Barbosade Oliveira, Ciclo Verde Reciclagem vaiiniciar suas operações em Goiás aindaneste ano de 2014, ficando o organo‐grama de ações na dependência dostrâmites burocráticos de rotina.

INVESTIMENTO

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Ciclo verde investe em Goiás

EMPRESA PREVÊ INICIAR OPERAÇÕES AINDA NESTE ANO

26milhõesé o inves mento anunciadopela Ciclo Verde, que devegerar mais de 400 empregos,entre diretos e indiretos.Nova unidade será em SantoAntônio de Goiás.

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NOVO COMANDO

INOTAS INDUSTRIAIS

D´Dwyer assume Secretariade Indústria e Comércio

Em abril, o governador MarconiPerillo empossou o novo secretário deEstado de Indústria e Comércio, oempresário e cônsul honorário daAlemanha para o Brasil, William LeyserO'Dwyer. Empresários, secretários deEstado, representantes do FórumEmpresarial de Goiás, embaixadores,lideranças políticas – inclusive deAnápolis – e familiares prestigiaram asolenidade, que contou ainda com apresença de cinco ex‐titulares da SIC.

Bill, como o secretário é conhecido,reafirmou, em discurso, seucompromisso com os projetosprioritários do governo de Goiás,ressaltando que não medirá esforçospara atrair novas indústrias einvestimentos que impulsionem aindamais o desenvolvimento do Estado.Também reverenciou nominalmentetodos aqueles que comandaram a SICdesde 1961.

Como empresário experimentadodo ramo automobilístico, ele tem livretrânsito nos meios empresariais,político e social do Estado, e umrelacionamento reconhecidamenteamplo com entidades e com o tradeempresarial de outros países. O novosecretário de Indústria e Comérciotambém é Diretor para ComércioExterior da Associação Comercial eIndustrial de Anápolis e da Federaçãodas Indústrias do Estado de Goiás(Fieg), além de ser Governador doDistrito 4530 do Rotary Internationalem Goiás, Tocantins e Distrito Federal.

O governador Marconi Perilloreiterou sua confiança no trabalho deWilliam O'Dwyer, “que por décadasvem colocando sua experiênciainternacional e qualificação a serviço

do Estado”, e disse ter convicção de quefez a escolha certa para o comando dasecretaria que, segundo ele, é a"ferramenta forte com que conta ogoverno para atrair negócios einvestimentos industriais essenciais aodesenvolvimento de Goiás".

Marconi ainda afirmou que járecomendou ao secretário que faça “opossível” para buscar maisinvestimentos, negócios e indústriaspara o Estado, destacando númerospositivos, como o crescimento do PIBgoiano e os sucessivos recordes daBalança Comercial, não poupandoelogios ao trabalho desempenhado pordois antecessores de Bill: Rafael Lousa eAlexandre Baldy, ambos presentes àsolenidade de posse.

Também presentes à cerimônia, osembaixadores da Alemanha no Brasil,Wilfried Grolig; da Indonésia,Sudaryomo Hartosudarmo; e orepresentante diplomático da Suíça, oex‐embaixador Juerg Leutert.

FEIRA DA CONSTRUÇÃO

EM GOIÂNIAEntre os dias 21 e 23 de maio de

2014, Goiânia será palco do maiorevento da Indústria da Construção naAmérica Latina. Trata‐se do 86ºEncontro Nacional da Indústria daConstrução (ENIC), promovido pelaCâmara Brasileira da Indústria daConstrução (CBIC) e realizado peloSindicato da Indústria da Construçãono Estado de Goiás (Sinduscon‐GO) eAssociação das Empresas do MercadoImobiliário de Goiás (Ademi‐GO). Aexpectativa é de que 1,5 mil pessoas,entre empresários e profissionais daindústria da construção de todo oBrasil, participem do encontro noCentro de Convenções.

ADESÃO AO PRODUZIR VAI

ATÉ 26 DE JUNHOO prazo de adesão às novas

regras do Produzir e Fomentar é de90 dias após a publicação do decretoregulamentador – que foi em 27 demarço. Neuza Maêve, consultora daADIAL, sugere que as empresas seantecipem ao final do prazo, porquecentenas de empresas estarãoprotocolizando suas solicitações namesma época. “Fiquem atento aoprazo que está definido em lei, e paraalterá‐lo, somente mediante ediçãouma nova lei, o que pode ocorrer”,diz a consultora.

ATENÇÃO AO PRAZO

William O’Dwyer

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AMetalgráfica Iguaçu, a 4ª maiorfabricante independente de em‐balagens metálicas para alimen‐tos do País, foi fundada em 1951.A empresa tem capital aberto

desde 1968 na Bovespa e responde com umaparticipação no mercado nacional de emba‐lagens metálicas próxima a 20%, fornecendoaos seus clientes 25 formatos diversos deembalagens, com capacidades de 90 gramasa 5 quilos, em diversos diâmetros e alturas.

A empresa tem investido continuamentepara aprimorar a qualidade das embalagensque produz, buscando capacitar sua equipee utilizando novas e modernas tecnologiasfabris. A Metalgráfica Iguaçu tem unidadesem Ponta Grossa, no Paraná, e em Goiânia,Goiás, gerando, no total, cerca de 300 empre‐gos diretos e produzindo latas de aço para omercado de embalagens metálicas para ali‐mentos.

A Metalgráfica Iguaçu possui os mais rí‐gidos processos de controle e gestão e contacom os mais modernos e eficientes laborató‐rios de qualidade. Toda a produção é rigo‐rosamente inspecionada, desde a chegadada matéria‐prima até a entrega do produtoao cliente, permitindo assim, além da quali‐dade, uma total rastreabilidade do processo.

Desde 2003, é certificada com a ISO 9001e ISO 14001 – normas reconhecidas interna‐cionalmente. É a única empresa no setor apossuir as duas certificações, que assegurama preservação do meio ambiente. Em seusprogramas de visitação, são divulgadas à co‐munidade informações sobre a grande van‐tagem das embalagens metálicas em

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EMPRESAS

Metalgráfica Iguaçu, meio século de negóciosEMPRESA PARANAENSE TRANSFERIU FILIAL EM 2012 DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO,SÃO PAULO, PARA GOIÂNIA. EMPRESA INVESTE E QUER EXPORTAR LATAS

Na foto acima, a linha de produção e, abaixo, uma eletrosoldadora,ambas da unidade da Metalgráfica Iguaçu em Goiania

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comparação com outras embala‐gens, proporcionando uma mel‐hor preservação do produto,inviolabilidade e proteçãocontra a luminosidade.

RECICLAGEMO processo de reciclagem da

embalagem metálica é isento dequalquer tipo de poluição oucontaminação ambiental, porquemesmo quando a embalagem nãoé coletada, a permanência nomeio ambiente sofre processo deoxidação rápido e benéfico à na‐tureza.

“A missão da empresa é pro‐duzir e comercializar embalagensmetálicas para o acondiciona‐mento de produtos alimentícios,atendendo a legislação aplicável eas necessidades dos seus clientes,através da utilização racional dosrecursos, preservação do meioambiente e prevenção da polui‐ção, com o comprometimento dosseus colaboradores e a melhoriacontínua do seu Sistema de Ges‐tão Integrado", destaca RobertoMarins, diretor superintendenteda empresa.

GOIÁSEm 2012, transferiu a filial de

São José do Rio Preto (SP) para

Goiânia (GO) com o intuito demelhor atender seus clientes. Se‐guindo seu investimento conti‐nuo, a Metalgráfica Iguaçuinvestiu em 2013, na unidade dePonta Grossa, em torno de R$ 1,8milhão – para fabricar mais ummodelo de lata de aço. Desta veza embalagem é voltada para o ar‐mazenamento de ‘corned beef’(carne de bovino direcionada para

exportação). De acordo com Ro‐berto Marins, a lata que estásendo fabricada se destina princi‐palmente para no Brasil, aoGrupo Marfrig (empresa globalde alimentos) e a JBS (frigoríficolíder mundial no processamentode carne bovina). Além destes,existe a possibilidade de exporta‐ção destas latas para AmericaCentral e para o Oriente Médio.

Unidade da Metalgráfica Iguaçu, em Ponta Grossa, no Paraná

Empresa conta também com infraestrutura de distribuição

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CARREIRANas letras da marca de uma empresa ou na Marca Profissional de um executivo encontramos as

energias que abrem as portas para uma trajetória bem‐sucedida. A chave para a compreensão dessefenômeno está na Numerologia. Em Você & Cia., por meio de muitos exemplos reais de empresas e

executivos/empreendedores dos mais variados segmentos, você aprenderá não só a decifrar essa energia,como terá condições de criar uma marca vencedora, seja para sua carreira, seja para sua empresa.

RECLAME MENOSReclamar da cultura corporativa dominada por homens, ou da falta de apoio para progredir na carreira, ou

ainda de não ter suas ideias ouvidas pela diretoria e de não ser incluídas em novos projetos e iniciativas nãolevará as mulheres a um nível executivo mais alto. O sucesso só chegará se elas compreenderem e aprenderem alidar com suas forças e fraquezas. Em "Pare de reclamar e comece a ganhar", Molly Dickinson Shepard e Jane K.Stimmler revelam os obstáculos que impedem as mulheres de alcançar e se manter nos altos postos das grandesempresas, fornecendo estratégias práticas para deixar essas dificuldades para trás.

RÁPIDO APRENDIZADOAs redes sociais são as protagonistas da nova internet e o que mais atrai a atenção de todos a este fenômeno

é a possibilidade de fazer novos negócios. Contudo, engana‐se quem pensa que esse espaço é estritamentedominado pelas grandes empresas que possuem departamentos de marketing estruturados e disponibilizam umaboa quantia do orçamento para investir nas redes sociais. O especialista em marketing Gail Z. Martin mostra como

microempresários e profissionais autônomos também podem se valer da internet para alavancar a divulgação deum produto a um baixo custo. 30 dias para arrasar nas mídias sociais ensina a navegar nos principais sites e

dominar as ferramentas que cada um deles oferece.

LIVRO PREMIADOIntroduzido por deliciosas fábulas, Belíndia 2.0, de Edmar Bacha – um dos pais do Plano Real ‐ percorre a trajetória

econômica do Brasil desde os tempos da instabilidade dos preços e discute temas contemporâneos e desafiadorespara um novo país. A fábula da Belíndia, escrita em 1974, prestou bons serviços na luta contra a ditadura, mas hoje osenormes avanços do país justificam uma "Belíndia 2.0". O texto aparece no capítulo inicial do novo livro pararelembrar a crescente desigualdade social fomentada pelo “milagre econômico” brasileiro e o seu legado.

101 MANEIRAS DE INVESTIRCom 101 conselhos valiosos e profundamente pesquisados que irão ajudar investidores e

traders a se concentrar nos sinais que caracterizam uma ação de sucesso, Clem Chambers revela asdicas que o tornaram um guru das Bolsas de Valores. Afiado, brutalmente honesto e eventualmenteaté mesmo engraçado, 101 maneiras de investir na Bolsa é um manual indispensável para quemquer fazer dinheiro no mercado de ações.

LEITURA EMPRESARIAL

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Os números e o diálogoda competitividade

CESAR HELOU

Oindustrial brasileiro é bom‐bardeado atualmente, quasetodos os dias, com notíciasnegativas do setor e da econo‐

mia como um todo. Em períodos derecessão, onde a economia fica um pe‐ríodo muito longo sem crescer, estesnúmeros ruins, no que se refere aosetor, são naturais. De certa forma, oempresário é vacinado. O foco é o tra‐balho, sem deixar se abater com esta‐tísticas gerais da economia, assimcomo não se deslumbra quando o re‐sultado é muito positivo.

Evidentemente, os números nãoignorados. Fazem parte de um grupode indicadores, agregados com dadosda empresa e do segmento, que orien‐tam decisões estratégicas do negócio.No entanto, nós empresários, temospor característica sermos otimistas,tentando identificar oportunidades,mesmo que o ambiente de negóciosnão esteja favorável.

Na ADIAL, promovemosconstantes encontros e debates comespecialistas de todo País com o obje‐tivo de ajudar a traçar o melhor cená‐rio econômico. Acompanhamostambém o que ocorre no País. Nestemês de maio, o destaque da indústriafoi o amplo debate sobre a competiti‐vidade, onde o Movimento BrasilCompetitivo e a Agência Brasileira deDesenvolvimento Industrial debate‐ram as causas e efeitos presentes e fu‐turos da perda de competitividade donosso setor.

Um número preocupa a todos.

Mesmo com a 8ª maior economia domundo, o Brasil é apenas o 56º no ran‐king mundial de competitividade. Acarência de infraestrutura básica,baixo investimento e a deterioraçãoda macroeconomia foram os fatoresque rebaixaram o País de 48ª, que jáera péssimo, para 56ª, segundo dadosdo Fórum Econômico Mundial, feito,no Brasil, em parceria com FundaçãoDom Cabral.

É, simplesmente, um retorno aosnúmeros de 2009. Aliás, apesar da po‐sição daquele ano não ser o desejado,foi um esforço conjunto de investi‐mentos públicos e privados, além deum sacrifício fiscal feito pelo contri‐buinte brasileiro. Recuar é frustrante.É a pura demonstração de que preci‐samos, de agora em diante, agir dife‐rente no que se refere à economia,recuperando a confiança do setor em‐presarial e realmente realizar investi‐mentos em infraestrutura.

Usamos muito as páginas da PRÓ‐INDUSTRIAL para debater o futurodo Estado e do País. Vamos, naspróximas edições, avançar no debatesobre competitividade, pois adotar odiscurso meramente pessimista, semlevantar os contrapontos e soluções,não é papel da ADIAL e não constróium País melhor. Entender onde osoutros países melhoraram e entendercomo fizeram isso é um caminho. OPaís precisa de se espelhar em exem‐plos práticos e desenvolvimentistas.

Toda vez que o Brasil apostou emsua economia, ofereceu crédito aos em‐

preendedores e fomentou as pequenase médias empresas, o País cresceu. Poroutro lado, toda vez que adotou ati‐tudes centralizadoras, inchou os gastospúblicos e arrochou a política monetá‐ria e fiscal, o País estagnou.

Entre os 12 pilares para o desen‐volvimento, avaliados pelo FórumEconômico Mundial, o Brasil decep‐cionou em 11. O pior resultado foi noitem Eficiência do Mercado de Bens,estratégico para País – onde o Brasil éapenas o 123º colocado. E não erapara menos, pois o item avalia ques‐tões regulatórias, impacto alfandegá‐rio nas exportações de bens e tarifasno comércio internacional.

Sabemos, como empresários, queas ações governamentais são essen‐ciais para modificar este quadro. Parareverter este quadro, apenas uma re‐forma tributária ampla e uma novapolítica industrial que contemplem osanseios do empresário e não apenasdos governos. Quem produz sabe oque necessita para crescer. Quem fazo País crescer é quem produz. Queestes recentes números da competiti‐vidade no País sirvam de alerta e re‐ferência para ajustar a rota dodesenvolvimento brasileiro. Precisa‐mos ouvir mais as classes produtores,empresários e trabalhadores, paraexistir um verdadeiro diálogo dacompetitividade.

Cesar Helou é empresário e presidente da ADIAL

OPINIÃO

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